Em Companhia 15ª Edição

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DOM OSCAR ROMERO É BEATIFICADO

JESUÍTAS RELATAM SITUAÇÃO NO NEPAL

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ENCONTRO DOS PROVINCIAIS DA PAN-AMAZÔNIA

JESUÍTAS BRASIL

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INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL EDIÇÃO 15 ANO 2 JUNHO 2015

RELAÇÕES JUSTAS COM A CRIAÇÃO O CARISMA DA COMPANHIA DE JESUS INCENTIVA A RENOVAÇÃO DAS RELAÇÕES COM O MEIO AMBIENTE especial pág. 12




SUMÁRIO

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EDITORIAL

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MUNDO † CÚRIA GERAL

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AMÉRICA LATINA † CPAL

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GOVERNO

CALENDÁRIO LITÚRGICO

ENTREVISTA † PEREGRINOS EM MISSÃO

Construindo o Reino com os Jovens

O MINISTÉRIO DE UNIDADE NA IGREJA † SANTA SÉ

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Mística Inaciana e Ecologia

EDIÇÃO 15 | ANO 2 | JUNHO 2015

Beatificação de dom Oscar Romero Santas árabe-palestinas

ESPECIAL

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Cuidado com o Meio Ambiente

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Grupo de imigração na fronteira ganha prêmio Documentário sobre pintor jesuíta Jesuítas enfrentam os terremotos no Nepal

Chamados ao risco e à inovação Encontro com os Provinciais da Pan-Amazônia Ações conjuntas

Fórum de Gestão Apostólica reúne-se em Itaici

SERVIÇO DA FÉ

São José de Anchieta: Apóstolo e Padroeiro do Brasil


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INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL JESUÍTAS BRASIL

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PROMOÇÃO DA JUSTIÇA E ECOLOGIA

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Colégio Loyola oferece cursos para alunos de baixa renda Crianças e jovens do Projeto Vida com Arte realizam apresentações

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DIÁLOGO CULTURAL E RELIGIOSO

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EDUCAÇÃO

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Padre Inácio Spohr lança terceiro livro da série História das Casas Jesuítas serão tema de filme de Scorcese

Rede Jesuíta de Educação promove encontros sobre a PEC Carta de Einstein ao Colégio Anchieta

EXPEDIENTE EM COMPANHIA é uma publicação mensal dos Jesuítas do Brasil, produzida pelo Núcleo de Comunicação Integrada (NCI) CONTATO NCI noticias@jesuitasbrasil.com www.jesuitasbrasil.com DIRETOR EDITORIAL Ir. Eudson Ramos EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL Silvia Lenzi (MTB: 16.021) REDAÇÃO Juliana Dias DIAGRAMAÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGENS Handerson Silva Dimas Oliveira

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COLABORADORES DA 15ª EDIÇÃO Evenice Neta, Pe. Jair Barbosa Carneiro, Matheus Kiesling, Pedro Risaffi, Valéria Machado, Pe. Valério Sartor, Vinícius Soares Pinto e Ana Ziccardi (revisão). Um agradecimento especial a todos que colaboraram com a matéria especial dessa edição.

ETE FMC realizará Feira Estadual de Ciências e Tecnologia Sistema de Qualidade na Gestão Escolar é apresentado no Medianeira

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SERVIÇO ÀS JUVENTUDES E VOCAÇÕES

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CUIDADO DA AMAZÔNIA

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NA PAZ DO SENHOR

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JUBILEUS E AGENDA

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Casa Inaciana da Juventude promove atividades Noviços iniciam retiro de 30 dias Jesuíta será ordenado presbítero em julho

FOTOS Banco de imagens / Divulgação Ollivier Girard para o Centro para Pesquisa Florestal Internacional - cifor.org (capa) TRADUÇÃO DAS NOTÍCIAS DA CÚRIA Pe. José Luis Fuentes Rodriguez

Via Sacra do Xingu

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EDITORIAL

MÍSTICA INACIANA E ECOLOGIA

Pe. José Roque Junges, SJ Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UNISINOS e em Bioética, da UnB (Universidade de Brasília).

A PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE TORNASE UMA DIMENSÃO TRANSVERSAL DA MISSÃO DA COMPANHIA DE JESUS, CONCRETIZANDOSE NAS DIFERENTES OBRAS E ATIVIDADES APOSTÓLICAS.

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Todos os grandes místicos demonstram sensibilidade ecológica em relação à natureza. Santo Inácio não foge à regra. Ribadeneira, seu contemporâneo e biógrafo, afirma que “ao ver uma planta, uma pequena erva, uma flor, uma fruta, um pequeno verme ou qualquer outro animal, Inácio contemplava e levantava os olhos aos céus, penetrando no mais interior e no mais remoto dos sentidos”. Em outro lugar, diz-se que Inácio, um dia, parou ante uma flor e dando-lhe, com a ponta da bengala, pancadinhas leves, com amor, com um sorriso e com lágrima lhe fala: “Não diga mais, minha florzinha! Cale-se! Entendo, envergonhado, esta lição: na corola florida de seu cálice há mais vozes de Deus do que num sermão”. Como Geral, em Roma, a maior consolação para Inácio era contemplar o céu estrelado, porque isso o animava no amor e serviço a Deus. A contemplação da presença divina nas realidades da natureza está expressa na “Contemplação para Alcançar Amor”, na qual é apontado o critério de maturidade espiritual: “encontrar a Deus em todas as coisas e todas n’Ele”. Nesse sentido, pode-se dizer que a espiritualidade inaciana tem profunda senda ecológica, não tanto como temática, mas como perspectiva, porque se trata de encontrar Deus agindo no seu ambiente e entorno de vida. Hoje, a questão ambiental e a ecologia, como cultura, são um profundo desafio para o modo de vida dos jesuítas e para a missão da Companhia. A sensibilidade ecológica demonstra-se no estilo de vida pessoal e comunitário, expresso pelos comportamentos do dia a dia, desde o comer até o viajar. A preocupação com o meio ambiente torna-se uma dimensão transversal da missão da Companhia de Jesus, concretizando-se nas diferentes obras e atividades apostólicas. Se a formulação atual da missão da companhia é o serviço da fé e a promoção da justiça, como a questão ambiental encontra nela a sua expressão? A pedagogia da fé, na trilha dos exercícios espirituais, são um caminho privilegiado para despertar sensibilidade ecológica. A preocupação pela integridade da criação precisa tornar-se compromisso para os cristãos. A justiça assume a forma socioambiental, porque se trata de tomar consciência e denunciar os danos ambientais que os processos econômicos, industriais e agrícolas provocam no meio ambiente, desestruturando os ecossistemas e destruindo os meios de subsistência de populações que habitavam esses territórios desde sempre. A luta pela justiça significa preservar as condições socioambientais que permitem a reprodução da vida em todos seus sentidos. Para essa preservação, é importante resgatar a sabedoria ecológica dessas populações, em diálogo com as suas tradições culturais e religiosas, portadoras de uma visão ecocêntrica da natureza, entendida como casa (Oikos), onde todos os seres vivos, o próprio ser humano, convivem harmonicamente com o restante da criação. Aqui, a justiça socioambiental é enriquecida pela espiritualidade ecológica e pelo ecocentrismo das tradições culturais e religiosas. Boa leitura!


CALENDÁRIO LITÚRGICO

calendário litúrgico Próprio da Companhia de Jesus JUNHO

DIA 8 | São Tiago Berthieu

DIA 9 | São José de Anchieta

DIA 21 | São Luís Gonzaga São Tiago Berthieu

São José de Anchieta

São Luís Gonzaga

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ENTREVISTA † PEREGRINOS EM MISSÃO

CONSTRUINDO O REINO COM OS JOVENS

Pe. Jonas Elias Caprini, SJ

Quais foram os principais pontos abordados no I Fórum do Programa MAGIS Brasil, realizado em abril? Os principais pontos abordados no encontro foram: apresentação do Programa MAGIS Brasil para os jesuítas que trabalham com Juventude e Vocações e o alinhamento da linguagem na missão com os jovens. O Fórum foi a oportunidade para esclarecer a missão, a visão e as estratégias que englobam objetivos e metas para servirmos melhor as juventudes. Qual a importância desse encontro para a atuação da Companhia de Jesus com os jovens? Com a criação da Província dos Jesuítas do Brasil (BRA), criou-se também a oportunidade de iniciarmos algo novo, um modo novo de trabalhar com Juventude e Vocações. A proposta é pensar o novo,

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Este mês, o informativo Em Companhia traz uma entrevista especial com o padre Jonas Caprini, secretário de Juventudes e Vocações e coordenador nacional do Programa MAGIS Brasil. O jesuíta conta como esse trabalho está sendo construído em rede e quais os avanços já obtidos. Lembra que há muitos desafios, mas ressalta que “o bonito da caminhada é perceber que não estamos sozinhos”.

mas sem esquecer a história, o caminho já realizado. Tudo o que foi construído até o momento tem seu valor e pode nos ensinar a avançar. Agora, com mais ênfase e clareza, trabalhamos com foco na Juventude, buscando formar homens e mulheres para os demais, bons líderes cristãos para a sociedade. Claro que, se com o trabalho com jovens, alguns se sentirem inquietos vocacionalmente e desejarem viver como nós, como Companheiros de Jesus, faremos o acompanhamento próprio da Companhia de Jesus, como serviço essencial do nosso Plano Apostólico. Quais são os próximos passos do Programa MAGIS Brasil? O passo seguinte é dar continuação à implementação do Programa MAGIS Brasil. Temos a equipe nacional - formada por mim, Pe. Agnaldo Duarte, Pe. Edison Tomé, Pe. Alexandre Raimundo de Souza e Pe. Reginaldo Sarto - que vai marcando os passos e fazendo a conexão do MAGIS Brasil, nome da Rede Inaciana de Jovens. No momento, estamos trabalhando para recompor e reforçar as equipes de jesuítas nos Centros MAGIS (São Paulo, Goiânia, Fortaleza e Belém). Cada Centro está responsável por refletir e apresentar propostas de missão para os quatro eixos do Programa: Metodologia, Exercícios Espirituais, Voluntariado Jovem e Socioambiental. Depois do I Fórum MAGIS em abril, formamos sube-


quipes de trabalho com jesuítas e jovens para pensar e apresentar tais propostas de missão que contemplem os eixos. Com a realização do I Fórum MAGIS Brasil, demos passos significantes para a elaboração do Estatuto do Programa, que será apresentado para avaliação na Reunião da Equipe Nacional, em agosto.

enda como ser MAGIS, sendo MENOS. Menos egoístas, menos preconceituosos, menos arrogantes... Trabalhar em conjunto cria laços que ajudam a ter consciência de que necessitamos uns dos outros.

Quando e onde foi realizado o Encontro dos Delegados de Juventude e Vocações da América Latina – Companhia de Jesus, organizado anualmente pela Conferência dos Provinciais da América Latina (CPAL)?

O senhor atua em duas funções (Secretário de Juventudes e Vocações e coordenador nacional do Programa MAGIS Brasil). Como está sendo esse trabalho?

Este ano, o encontro foi acolhido pela ARU – Província Argentina-Uruguai. A reunião realizou-se de 18 a 22 de maio no Noviciado Santo Inácio, na cidade de Córdoba, na Argentina. E contou com 32 jesuítas, representando todas as Províncias da Companhia de Jesus na América Latina.

Ser destinado para coordenar o Programa MAGIS Brasil, que é nossa missão principal com as Juventudes na BRA, e integrar o secretariado de Articulação e Capacitação para a missão (Juventude e Vocações) facilita-me a compreender a missão com o mundo juvenil e a atuar com os jovens diretamente (MAGIS Brasil) e, assim, ajudar com mais propriedade a Província a articular e capacitar os seus para a missão. Os desafios são muitos! Neste início de caminhada como BRA, vamos aos poucos compreendendo o caminho e dando os passos necessários para que o “novo” da missão no Brasil desponte. A BRA vai crescendo aos poucos e, como uma criança, ganhando corpo na medida em que a alimentamos de sonhos e esperanças. A organização é necessária, mas, se ela não é embalada de sonhos e utopias, torna-se fria e sem vida. Estar com os jovens rejuvenesce-nos a cada dia e, diante dos desafios e erros, faz-nos capazes de “rir de si mesmo” e continuar a caminhada apostando no futuro. As distâncias do Brasil são imensas, cada vez somos menos jesuítas e a missão mais exigente. Mas a Graça de Deus é maior, a missão é Dele e, se Ele nos chama, também nos dá a Graça, isso basta! O bonito da caminhada é perceber que não estamos sozinhos, o trabalho em parceria, em rede, faz somar na missão dos jesuítas milhões de sonhadores que, como Inácio, desejam mudar o mundo. Os jovens ajudam a Igreja a sonhar, a se reinventar para continuar a missão de Jesus nos tempos hodiernos. O Espírito de Deus sopra sempre e os jovens são a expressão mais nítida desse sopro. Onde os jovens estão, está também a movimentação, a alegria, a esperança... Está a VIDA, dom e sopro do Espírito de Deus!

O que foi discutido durante o encontro? Os assuntos discutidos foram a implementação do PAC – Projeto Comum – para a Companhia de Jesus na América Latina, a criação do observatório juvenil latino-americano e a articulação da Rede Inaciana de Juventude. Destaco também a convivência de muitos jesuítas que trabalham com jovens, a partilha dos desafios e fortalezas, assim como dos programas, dos projetos e das atividades futuras de cada Província jesuítica. Também gostaria de ressaltar dois momentos importantes: primeiro, o momento formativo sobre a Vida consagrada e os jovens – chaves para compreender a cultura juvenil; e segundo, a participação de três jovens da Rede Inaciana da ARU que partilharam os trabalhos do Centro Manresa de Juventude, em Córdoba, e a experiência de viver a espiritualidade inaciana como jovens. A Companhia de Jesus é um Corpo Apostólico em missão. Sempre é motivador encontrar companheiros jesuítas e jovens nas diversas regiões entregues na missão de Cristo. Encontrar-se, rezar juntos, partilhar, aprofundar a reflexão, organizar-se e sonhar aquece o coração e recupera as forças para lançar-se de novo na missão em Busca de construir o Reino com os jovens. Qual a importância desse encontro? Vejo que é muito importante caminhar juntos. Nós, jesuítas, somos convidados ao MAGIS. Esse convite nos faz olhar a missão de maneira ampla, que ultrapassa fronteiras de raças e línguas. Encontrar outros jesuítas que estão envolvidos no mundo juvenil, partilhar as dores e esperança de cada país, de cada Província, é muito consolador e formativo. A caminhada como corpo em missão facilita a abertura dos olhos e do coração para que cada um compre-

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O MINISTÉRIO DE UNIDADE NA IGREJA † SANTA SÉ

BEATIFICAÇÃO DE DOM OSCAR ROMERO

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Durante a celebração, o cardeal Amato recordou que o “martírio de Romero não foi uma improvisação, mas o ápice de um caminho espiritual”. Como registrou, ainda seminarista, Romero em seu diário: “Com o seu tudo e com o meu nada, faremos muito”. A reviravolta na vida de pastor manso e quase tímido de dom Oscar Romero aconteceu com a morte de padre Rutilio Grande, em 12 de março de 1977, jesuíta salvadorenho, pároco dos campesinos oprimidos e marginalizados. “A partir daquele momento, ele recebeu do Espírito Santo o dom da fortaleza que o tornou cada vez mais explícito na defesa do povo oprimido e dos sacerdotes perseguidos”, disse cardeal Amato.

UM HOMEM DE FÉ PROFUNDA E ESPERANÇA INQUEBRANTÁVEL Cardeal Angelo Amato Depois da beatificação, dom Oscar Romero, o Mártir da Paz, como está sendo chamado, deverá ser canonizado ou proclamado santo, em breve, com dispensa de comprovação de um milagre, atribuído à sua intercessão, pelo fato de ter sido martirizado pela fé católica. Fonte: News.VA | jornal O Estado de S. Paulo | Cáritas Brasileira

FOTO: EPA

ais de 200 mil pessoas participaram em San Salvador (El Salvador), no dia 23 de maio, da cerimônia de beatificação de dom Oscar Arnulfo Romero. O arcebispo salvadorenho foi assassinado por um franco-atirador, em 24 de março de 1980, enquanto celebrava a missa na capela do Hospital da Divina Providência, na capital do país. Dom Oscar Romero foi um defensor dos direitos humanos em meio à guerra civil que assolou El Salvador por 12 anos, deixando mais de 70 mil mortos. “Um homem de fé profunda e esperança inquebrantável”, disse o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, que presidiu a missa de beatificação.

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Santas árabe-palestinas

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ma delegação de mais de 2 mil pessoas da Terra Santa participou, no domingo 17 de maio, na Praça São Pedro (Vaticano), da missa de canonização das beatas palestinas irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas e irmã Maria Baouardy. O grupo foi guiado pelo Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal. O presidente do Estado da Palestina, Mammoud Abbas, também esteve presente na celebração, assim como uma delegação de Israel e representantes muçulmanos. As duas religiosas foram proclamadas santas pelo Papa Francisco junto com as beatas Joana Emilia De Villeneuve e Maria Cristina Brando. Francisco definiu as novas santas como “quatro mulheres que são modelos de santidade e que a Igreja convida a imitar”. Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, a cerimônia de canonização foi transmitida via satélite a várias locali-

dades do Estado da Palestina, onde os cristãos representam 2% da sociedade. Pela intercessão das novas santas árabe-palestinas, foram curados milagrosamente um engenheiro na Galileia (Israel) e um menino da Sicília (Itália), que estiveram presentes na Praça São Pedro. Irmã Maria Alfonsina Danil Ghattas, fundadora da Congregação das Irmãs do Rosário de Jerusalém, nasceu em 1843 e morreu 1927. Irmã Maria Baouardy, monja da Ordem dos Carmelitas Descalços, nasceu em 1846 e faleceu em 1878. O diretor do Centro Católico de Estudos e Mídia de Amã, na Jordânia, Pe. Rifat Bader, apresentou as duas novas santas na coletiva de imprensa, em 15 de maio, no Vaticano. Ele disse: em uma região em que “somos circundados por guerra e morte”, Deus nos manda “duas mulheres santas para nos guiar” e o Papa Francisco, no Ano da Vida Consagrada e no mês de maio, dedicado a Maria, nos propõe essas duas

figuras femininas que “nos convidam a rezar para que Deus torne as mentes, as almas e os corações mais mansos”. Fonte: Rádio Vaticano

PELA INTERCESSÃO DAS NOVAS SANTAS ÁRABE-PALESTINAS, FORAM CURADOS MILAGROSAMENTE UM ENGENHEIRO NA GALILEIA (ISRAEL) E UM MENINO DA SICÍLIA (ITÁLIA), QUE ESTIVERAM PRESENTES NA PRAÇA SÃO PEDRO.

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ESPECIAL

O CUIDADO COM

O MEIO AMBIENTE A harmonia entre crescimento econômico e sustentabilidade ecológica está entre os grandes desafios da humanidade no século XXI. Repensar nossas ações é um dos caminhos para mudar hábitos que impactam de forma negativa o mundo em que vivemos

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vida de Adriano é agitada e sua agenda é lotada de compromissos. O escritor acorda cedo, leva os filhos para a escola e, depois, inicia seu trabalho. Ele passa o dia escrevendo e reescrevendo textos. Adriano não gosta de fazer a revisão do conteúdo no computador, por isso sempre imprime seus textos. Na sua mesa, há papel para todos os lados e, após concluir o trabalho de um dia inteiro, todo esse material vai para o lixo, pois o escritor não tem o hábito de reciclar ou reutilizar as folhas de papel usadas. A dona de casa Sandra Regina é uma mãe exemplar, carinhosa e dedicada e uma das coisas que lhe dá mais prazer é cozinhar para os filhos. Ela prepara as refeições com muito cuidado e presta atenção em cada detalhe. Mas, na hora

de inutilizar o óleo de cozinha, a dona de casa não tem dúvida, joga o líquido no ralinho da pia. Esses casos são fictícios, mas ilustram alguns costumes de milhões de pessoas que descartam seus resíduos de forma inadequada e despreocupada. É a embalagem de salgadinho, o papel de bala, a lata de bebida... Pequenas atitudes que têm grandes impactos no meio ambiente. Segundo o Instituto Akatu, são necessários cerca de 540 litros de água para produzir um quilo de papel. E, quando esse material não é reciclado e vai para o lixo, aumenta ainda mais seu impacto ambiental ao lotar os aterros sanitários. Já o óleo de cozinha, quando mal descartado, pode contaminar rios, córregos e o solo. Sem contar que, além de provocar todo esse estrago

na natureza, entupirá o encanamento da pia de dona Sandra e de muitos outros lares onde o descarte correto do produto não é observado. Na correria do dia a dia, muitas vezes, nós também nem percebemos o impacto que pequenas atitudes como essas podem representar para o meio ambiente. Com o intuito de convidar a sociedade para refletir sobre a questão ambiental, o Papa Francisco publicou, no dia 18 de junho, a primeira encíclica dedicada ao tema do meio ambiente. Para o padre José Ivo Follmann, Secretário para a Justiça Social e Ecologia da Província BRA, “os problemas relacionados ao meio ambiente são gravíssimos e é fundamental que grandes vozes, como a do Papa Francisco, se levantem em um momento como esse,

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Foto: kris krüg

ESPECIAL

pois isso ajuda a sacudir as consciências adormecidas e desencantadas”. Para escrever o documento, traduzido para vários idiomas, o Pontífice consultou teólogos e especialistas no assunto. Com o título Laudato Si’ - em português, Louvado Seja-, a encíclica aborda temas como Ecologia humana e O cuidado com a criação. De acordo com o IHU Unisinos, a expressão foi tirada de uma oração de São Francisco de Assis que louva a Deus pela criação das diferentes criaturas e dos elementos da Terra. A harmonia entre crescimento econômico e sustentabilidade ecológica está entre os grandes desafios da humanidade no século XXI. Repensar nossas ações é um dos caminhos para mudar hábitos que impactam de forma negativa o mundo em que vivemos. Em 2015, o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, com o tema Consumo Sustentável, teve como slogan Sete bilhões de sonhos. Um planeta. Consuma com moderação. A data, estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1972, tem como objetivo divulgar mensagens sobre a questão ambiental. Neste ano, o consumismo desfreado foi o foco da campanha. Nesse contexto, a Companhia de Jesus tem a preocupação constante de estabelecer relações justas com a criação. Segundo a 35ª CG (Congregação Geral), o cuidado com o meio ambiente afeta a qualidade das nossas relações com Deus, com os outros 14

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seres humanos e com a própria Criação. Ainda segundo o documento, Santo Inácio de Loyola nos ensina esse cuidado com o meio ambiente no Princípio e Fundamento, porta de entrada dos Exercícios Espirituais. Por isso, a missão da Ordem religiosa tem como eixo central o Serviço da Fé e a Promoção da Justiça, que envolve também as questões de justiça ambiental.

ABRIR OS OLHOS E VER AS COISAS NOVAS A Ecologia é a ciência responsável por estudar as relações entre os seres vivos e o meio em que habitam. Para que esse relacionamento seja harmonioso, é fundamental conhecer as diferentes for-

SANTO INÁCIO DE LOYOLA NOS ENSINA ESSE CUIDADO COM O MEIO AMBIENTE NO PRINCÍPIO E FUNDAMENTO, PORTA DE ENTRADA DOS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS

mas em que a vida se manifesta. “O meio ambiente é a casa de todos nós, fazemos parte dele. Cuidar de nós e de nossa casa é fazer justiça socioambiental. A Ecologia não é só uma ciência, mas um conhecer e reconhecer profundo da casa comum. Ela nos ajuda a entender melhor o conceito de justiça socioambiental e nos comprometer com ele”, afirma padre José Ivo. Nas últimas décadas, o interesse pela ecologia cresceu na Companhia de Jesus. Segundo o padre José Ivo, durante a preparação da 34ª CG, em 1995, apareceram várias propostas (postulados) para que os jesuítas se manifestassem e assumissem claramente um posicionamento sobre a questão ecológica. A temática não conseguiu ser atendida por limitação de tempo e preparo, mas o padre Peter Hans Kolvenbach, na época Superior Geral, fez redigir o documento Vivemos em um mundo roto: reflexões sobre ecologia (Revista: Promotio Iustitiae, n. 70, abril de 1999). Em 2008, na 35ª Congregação Geral, a questão ecológica reapareceu com muita força. Com o intuito de ajudar os membros da CG a compreender as questões ambientais, uma série de fichas informativas sobre o tema foi preparada. Então, um grupo de trabalho ficou responsável por refletir sobre as questões ambientais. Depois, essa equipe apresentou suas considerações para a Congregação, que decidiu que o tema ambiental deveria


817 mil

População indígena no Brasil

315 mil

vivem em centros urbanos

Fonte: Senso Demográfico 2010

AMAZÔNIA: DOM PARA O MUNDO Nos últimos dois anos, a região sudeste do Brasil está passando por grave crise hídrica, causada pela falta de chuva. Muitos especialistas acreditam que essa estiagem está relacionada com o desmatamento e a exploração da Amazônia. Segundo o relatório de avaliação científica O Futuro Climático da Amazônia, do pesquisador Antonio Donato Nobre, até 2013 o desmatamento total acumulado na Amazônia já chegava a 762.979 km², o que equivale a cerca de três estados de São Paulo, ou duas Alemanhas. Além de afetar regiões mais distantes, o desmatamento gera impacto direto nas populações locais, como os indígenas e os ribeirinhos. Segundo o padre Aloir Pacini, que atua na UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) e na Pastoral Indígena, um número significativo de indígenas está migrando para os centros urbanos.

“Nas cidades, os índios vivem um drama, pois são encarados como alguém que abandonou sua cultura e deixou de ser índio. Muitos usam internet, falam português, mas nem por isso perdem a identidade”, afirma o jesuíta. No Brasil, de acordo com o Censo Demográfico 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas), a população de indígenas é de 817 mil pessoas, sendo que mais de 315 mil vivem em centros urbanos. “Essa aparente urbanização deve-se a maior autodeclaração nas regiões sudeste e nordeste, que têm menor número de terras indígenas homologadas e onde ocorreram, nas últimas décadas, importantes movimentos de mapeamento”, explica padre Aloir. O jesuíta trabalha como antropólogo e etnólogo e procura compreender as sociedades indígenas na sua realidade, atuando junto às suas necessidades. Contudo, segundo ele, atuar localmente é a forma mais efetiva de conseguir realizar trabalhos concretos. “Não há porque esparramar-se por todo o canto e não ter resultado em lugar nenhum. Por isso, a atuação focada nos Chiquitanos, grupo indígena localizado entre Mato Grosso e a fronteira da Bolívia, tem iniciativas concretas, como a criação da escola local ou a obtenção de água potável”, conclui padre Aloir. Devido à importância da Amazônia para o planeta Terra, a Companhia de Jesus

Foto: Aulia Erlangga para o Centro para Pesquisa Florestal Internacional (cifor.org)

ser tratado como parte do decreto sobre a Missão da Companhia de Jesus. Assim, dois anos depois, em 2010, o atual Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicolás, nomeou uma força tarefa que seria responsável por refletir sobre o meio ambiente. Esse trabalho contou com a colaboração de especialistas jesuítas e leigos dos cinco continentes. “Essa equipe, liderada pelo Secretário mundial para a Justiça Social e Ecologia, padre Patxi Álvarez, concluiu o seu trabalho com a publicação do documento Curar um Mundo Ferido: Relatório Especial sobre Ecologia (Revista Promotio Iustitiae, 2011). Trata-se de um texto muito rico e bem documentado, com conhecimentos de alcance mundial e que serve como material de reflexão para toda a Companhia de Jesus”, explica padre José Ivo. Na carta de apresentação do documento, o padre Adolfo Nicolás afirma que o instrumento é resultado do trabalho de pessoas que se dedicaram durante meses. Segundo ele, na publicação, há propostas que nos levam a examinar aspectos de nossa vida pessoal, estilos comunitários e práticas institucionais. “Esse documento pode ser um instrumento útil para concretizar as palavras em nossa vida e missão e, deste modo, todos os aspectos de nossa vida contribuirão para a sustentabilidade do planeta”, ressalta.

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ESPECIAL

O ‘CUIDADO COM A AMAZÔNIA’ DEVE ACONTECER, TAMBÉM, NO NOSSO DIA A DIA, POIS A AMAZÔNIA ESTÁ EM NÓS E ESTÁ EM NOSSO ENTORNO Padre José Ivo, Secretário para a Justiça Social e Ecologia da Província BRA

elegeu a região como uma de suas prioridades apostólicas. “Além de dar a nossa contribuição com ações em prol da Amazônia, precisamos sempre ter presente que o ‘cuidado com a Amazônia’ deve acontecer, também, no nosso dia a dia, pois a Amazônia está em nós e está em nosso entorno. Todos os pequenos e grandes cuidados que eu tenho com a natureza e com os meus irmãos são, também, ‘cuidados com a Amazônia’”, afirma padre José Ivo, Secretário para a Justiça Social e Ecologia da Província BRA. Como ressaltou padre José Ivo, cada um tem seu papel e suas responsabilidades no cuidado com a Amazônia, com o meio onde vive e com a natureza. Por isso, é importante repensar atitudes e comportamentos que prejudiquem o meio ambiente e nosso semelhante. “A questão ecológica ou do compromisso com o meio ambiente, a justiça socioambiental e o cuidado com a vida em todas as suas expressões devem começar, em primeiro lugar, na nossa maneira de viver, no nosso pequeno dia a dia. São os nossos

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL As obras da Companhia de Jesus mantêm iniciativas que promovem a consciência ambiental e que atuam na busca por relações mais sustentáveis com o meio ambiente. Conheça algumas delas: SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL O Sistema de Gestão Ambiental da Unisinos teve origem no projeto Verde Campus, aprovado em 1997. A iniciativa começou quando um grupo de funcionários da universidade levantou questões ambientais como a da coleta de lixo. A partir daí, diversos projetos surgiram, sendo o primeiro deles a coleta seletiva de papel. Em pouco tempo, as atividades da equipe passaram a envolver todas as rotinas de gestão ambiental realizadas na universidade. Em 2004, a universidade recebeu a certificação ISO 14001. Dessa forma, a Unisinos consagrou-se como a primeira universidade da América Latina a obter o certificado.

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pequenos gestos de cuidado que, somados, farão a diferença para o futuro da humanidade e do ecossistema que nós integramos. Somos chamados em nosso Serviço da Fé a sermos agentes da Promoção da Justiça Socioambiental”, diz o jesuíta. O documento Curar um Mundo Ferido faz apontamentos pertinentes sobre as questões ecológicas e apresenta o panorama atual do impacto da ação humana no meio ambiente e como isso afeta a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Além disso, oferece recomendações para que as províncias, obras e instituições ligadas à Companhia de Jesus possam repensar atitudes com relação ao meio ambiente. O documento alerta que, se as pessoas fecharem-se na pequenez de suas vidas e recusarem-se a agir com convicção, o mundo correrá real perigo de destruição. Por isso, todos são convidados a repensar suas atitudes para que, assim, possamos estabelecer relações justas com a criação.

NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE MEIO AMBIENTE O Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente – NIMA foi fundado, em 1999, com o objetivo de ser o local de discussões interdisciplinares sobre as questões socioambientais dentro da PUC-Rio. O NIMA realiza projetos em parceria com escolas, empresas, municípios e instituições nacionais e internacionais. O compromisso assumido desde a sua fundação é com a ética ambiental e com a formação da conscientização das pessoas. A iniciativa acredita na possibilidade de criar novos cenários a partir da comunhão do ser humano com o ambiente. PROJETO PAN-AMAZÔNICO A Pan-amazônia é uma região que engloba noves países: Brasil, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, Suriname e as Guianas Inglesa e Francesa. Iniciado em 2014, o Projeto Pan-amazônico da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina) tem por objetivo

defender e promover a vida e o meio ambiente na região. O trabalho é realizado em parceria com outros atores presentes na região, permitindo, assim, qualificar e articular a presença e a missão da Igreja e da Companhia de Jesus. Coordenador do Projeto, padre Alfredo Ferro Medina conta ainda com a colaboração do padre Valério Paulo Sartor, ambos jesuítas. NÚCLEO DE PESQUISAS EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS O Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais da Unicap foi inaugurado em 1998. A iniciativa atua como parte da estrutura de pesquisa experimental da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da instituição. O Núcleo integra grupos de pesquisa e desenvolve pesquisas multidisciplinares em Ciências Ambientais. A missão é viabilizar soluções científicas e tecnológicas para a geração de conhecimento e para o uso sustentável dos recursos naturais.


A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO † CÚRIA GERAL

GRUPO DE IMIGRAÇÃO NA FRONTEIRA GANHA PRÊMIO

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Kino Border Iniciativa, um ministério jesuíta no limite de Arizona-Sonora, na divisa dos Estados Unidos e do México, recebeu recentemente da Rede Inaciana de Solidariedade o prêmio El Legado de los Mártires. Segundo comunicado da imprensa,

a organização recebeu o reconhecimento “pela sua contínua dedicação em defesa da dignidade dos imigrantes através do acompanhamento, da ajuda e da educação”. “Além de solucionar as necessidades imediatas dos imigrantes, a iniciativa pretende encontrar o modo

de gerar uma mudança sistêmica tão importante em nosso país que enfrenta a necessidade de uma reforma integral da imigração”, disse Christopher Kerr, diretor-executivo da Rede Inaciana de Solidariedade. “Esse reconhecimento aumenta a motivação para seguir marcando presença na fronteira dos Estados Unidos e México e na promoção da dupla solidariedade nacional no problema da imigração, através do apoio humanitário, da educação e da pesquisa”, disse o padre Sean Carrol, diretor-executivo da Kino Border Iniciativa.

Documentário sobre pintor jesuíta

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o final de semana de 10 de abril, mais de 360 milhões de espectadores acessaram a primeira parte do documentário sobre a vida do jesuíta e pintor italiano Giuseppe Castiglione (16881766), que chegou a ser um dos maiores e mais admirados artistas na história da pintura chinesa. Dividido em três partes, o documentário é uma coprodução de Kuangchi Program Service, em Taipei, e Jiangsu TV,

tendo sido transmitido pelo canal 10 da gigante Rede TV Network da China Nacional. “Por causa do protagonista do tema, sabíamos que o documentário teria êxito. Mas não contávamos com número tão expressivo de espectadores”, dizem os produtores da obra, os padres jesuítas Jerry Martinson e Emílio Zaetti. O documentário terá sua estreia na Europa na segunda metade de 2015, começando pela Itália, em 30 de setembro.

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† CÚRIA GERAL

Jesuítas enfrentam os terremotos no Nepal

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ezesseis dias se passaram do devastador terremoto que afetou Tipling e muitas outras partes do Nepal. A situação está, até certo ponto, sob controle. As pessoas aceitam estoicamente a sua situação e já começaram a reconstruir suas casas e suas vidas. As primeiras notícias recebidas afirmam que há nove distritos na vizinhança, com um total de 547 casas e mais de 3.229 habitantes, sendo que 1.179 estão fora do povoado por motivo de trabalho ou estudo. Morreram nove pessoas e 11 estão feridas. O terremoto causou também a morte de muitos animais. Todos os habitantes estão em tendas de campanha porque as casas foram seriamente afetadas. E não há as condições necessárias para morar nelas. A destruição afeta não apenas as casas, mas também o acesso à aldeia. O único modo de chegar ao local é de helicóptero, ou expondo-se aos perigos de deslizamentos de terra, além de dois ou três dias de caminhar arriscado. Levar material útil – por mais leve que seja – é quase impossível. Nove dias depois do terremoto, após várias tentativas e com a ajuda de voluntários, eu consegui chegar até a Missão. Até esse momento, o Pe. Norberto D’Souza, com a ajuda de alguns amigos, recolheu dados e foi capaz de salvar muitas coisas úteis da comunidade e das pessoas. Além disso, o religioso inspecionou os nove distritos para ajudar as vítimas e recolher informação. Somente no dia 10 de maio, foi possível levar uma tenda de campanha para os jesuítas de Tipling. É totalmente impossível habitar a velha residência. Os padres encontravam-se muito ocupados tratando de ajudar a população de vários modos. O tempo ainda está frio e chuvoso. Chove quase todas as tardes. As tendas de campanha poderão servir apenas alguns meses... Essa é a nossa esperança... A estação das chuvas se aproxima. Nesta 18

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região, ela dura até outubro. Em consequência, precisamos de qualquer tipo de refúgio que possa resistir às copiosas chuvas e granitos. Reconstruir as casas não será possível quando as chuvas iniciarem. Em comparação com outros lugares, aqui tudo anda muito devagar. Não temos engenheiros, pedreiros, operários, nem acesso à material de construção. Os recursos alimentícios esgotam-se rapidamente. As vendas, que antes tinham reservas abundantes, estão vazias: as trilhas por onde as mulas traziam os alimentos não existem. A gente tenta recolher qualquer coisa que possa servir. A ajuda que recebem é insuficiente de qualquer jeito. A vinda de um helicóptero particular pode custar até 1.500.000 Rupees (US$785). Algumas organizações tentaram enviar-nos alimentos, porém só podem trazê-los até o ponto a partir do qual os veículos não conseguem passar. Habitantes de certos vilarejos foram até esses pontos, mas só conseguem carregar pequenas quantidades. Além disso, estão ocupados com o conserto de suas casas, cuidando dos animais, trabalhando no campo... Precisamos de toda a assistência possível, com urgência. Seu em Cristo, Samuel Simick, SJ

Outro tremor de magnitude 7,3 fez-se sentir na tarde de 12 de maio, por volta das 12h25. Segundo informação recebida, 30 pessoas morreram e os feridos passam de 1.000. Pelo menos 4 pessoas morreram em Chautara, no distrito de Sindhupalchok, ao norte de capital Katmandu (Nepal), onde vários edifícios desabaram. O Serviço Geológico dos Estados Unidos declarou que o epicentro do terremoto estava a 68 km a oeste da cidade de Namche Bazar, perto do Monte Everest. O terremoto foi sentido até em Nova Délhi (Índia) e Dhaka (Bangladesh). Habitantes de Katmandu, ainda assustados com o terremoto de 25 de abril, apressaram-se em sair de suas casas. Podiam ser vistos pais e mães correndo abraçados fortemente a seus filhos e centenas de pessoas que, por telefones celulares, tentavam se conectar com parentes. O comércio fechou e as ruas entraram em colapso por causa das pessoas que procuravam seus parentes. O novo terremoto semeou mais uma vez a intranquilidade entre a população. A vida começava a se reorganizar após o terremoto no qual morreram mais de 8.000 e ficaram feridos mais de 18.000. As instituições educativas esperavam abrir as suas portas esta semana. As pessoas começavam a voltar para suas casas. Porém, depois do novo terremoto, foram levadas novamente para albergues provisórios. No momento, todos nós estamos bem. Jomon José Kanniattukunnel, SJ FOTO: http://w w w.repubblica.it

COMPANHIA DE JESUS


A COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA LATINA † CPAL

CHAMADOS AO RISCO E À INOVAÇÃO Pe. Jorge Cela, SJ Presidente da CPAL

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Companhia de Jesus prepara-se para nova Congregação Geral. Será a 36ª de nossa história. A convocação nasce da necessidade de escolher um novo Superior Geral; é a prática generalizada na Igreja de uma substituição na liderança ao chegar a certa idade. A Companhia apresenta-nos hoje a pergunta sobre que tipo de liderança queremos para este momento da história e da Igreja. A busca por um novo Geral exige-nos definir qual queremos que seja sua tarefa principal, escolhendo a pessoa adequada para a missão que queremos entregar-lhe. O Pe. Adolfo Nicolás encaminhou-nos nesse discernimento ao pedir-nos para refletir sobre quais são os três desafios fundamentais que enfrenta a Companhia neste momento. Em uma ordem apostólica como somos, os desafios nascem do contexto de nossa missão. Contudo, esses desafios sempre exigem renovação, adequação, conversão do corpo apostólico para poder cumprir a missão. No Concílio Vaticano II, a Igreja deixou questionar-se por um mundo que, em um século, mudou mais do que em todo o milênio anterior. Isso exigiu a conversão da própria Igreja. Foi um processo difícil, que despertou resistências empedernidas, entusiasmo às vezes pouco prudente, confusão por momentos… Um processo doloroso de poda que somente agora, cinquenta anos depois, começa a sentir a satisfação dos novos brotos que florescem com frescor e vitalidade renovados. E, para essa primavera eclesial, que Geral e que estilo e rumo nós, jesuítas, necessitamos? É importante levar a sério a pergunta

que nos faz o Pe. Nicolás. Necessitamos sensibilidade para a escuta atenta dos sinais dos tempos. Deus nos fala, nos marca o caminho desde esses sinais. Por isso, temos de aproximar-nos até que a pele entre em contato com a realidade e as vozes mais apagadas deixem-se escutar e sentir com nitidez. Será desde a proximidade com o pobre e com sua dor que poderemos escutar a voz de Deus. Mais do que nunca, neste tempo, temos de buscar essa proximidade como composição de lugar de nossa oração. E escutar atentamente. Deixemos, pois, que ressoe esse murmúrio nascido da realidade no profundo de nossa fé. Que invada nosso interior como pergunta e desafio até remover nossas raízes. Deixemos que essas vozes percorram os campos de nosso conhecimento para que se vistam de informação abundante, da reflexão e da pesquisa que buscam compreender, até que encontrem os caminhos de saída por onde devemos andar. Que nosso olhar ilumine-se pela penetrante profundidade intelectual e espiritual que constitui nossa fé. E se nossa espiritualidade nasce da realidade que nos interpela, ela orienta-se à transformação dessa realidade. É uma espiritualidade para a missão no mundo. Por isso, peça-chave é o discernimento da vontade de Deus sobre o mundo que nos toca transformar com nossa ação. Nossa espiritualidade leva-nos ao compromisso de nossa vida. A missão nasce do olhar sobre o mundo com a intenção de salvar, com o olhar trinitário que nos propõe Inácio na contemplação da encarnação. Mas, na Companhia, o compromisso é da comunidade, que partilha uma missão comum. O discernimento sobre a missão e a ação apostólica são tarefas do corpo que se reuniu sob a bandeira de Cristo para colaborar com Ele na missão. Se o que nos une é a missão, o chamado de Cristo, o Rei Eterno, o que nos manterá unidos será o aprender a partilhar a missão, colocá-la em comum, rezá-la, discerni-la juntos, assumi-la como equipe, sentir que ela nos une. É uma mis-

são de corpo que nos dá identidade e nos leva ao sentido de pertença a um corpo para uma missão. A comunidade apostólica que formamos com nossos irmãos jesuítas e com todas as demais pessoas, companheiros e companheiras nesta missão, com quem a discernimos e vivemos. É nossa vocação à Companhia a que nos leva a colaborar nessa missão comum, superando gostos e interesses pessoais ou grupais. Uma missão que ultrapassa fronteiras nacionais, religiosas, ideológicas ou de qualquer índole. Que nos faz um “nós para a missão”, rompendo as barreiras que nos definem como estranhos. Tal como Nicodemos, temos de nascer de novo, percorrer novas aprendizagens, desconstruir estruturas mentais e físicas que nos impeçam de responder às novas realidades, desandar muitos caminhos para saber começar de novo com o ímpeto da juventude. Necessitamos formar-nos constantemente para uma tarefa que muda sem cessar, surpreendendo-nos com novas oportunidades e tecnologias para a missão. Necessitamos reinventar nossas formas de governo para, mantendo a fidelidade ao nosso chamado fundamental, agilizar nossas respostas, nascidas do discernimento comunitário, mas construídas desde a criatividade que nos permitem as novas tecnologias e culturas. Necessitamos da liberdade que nos capacita para assumir riscos, para ter a coragem de começar de novo quando seja necessário, para não nos deixar afundar pelo lastro das instituições pesadas, sem sermos capazes de permitir-lhes voar para novas fronteiras. Teremos de renovar nossas formas de governo, nossas alianças para a colaboração na missão, nossas maneiras de fortalecer a comunidade, nossos estilos de trabalho, nossa maneira de aprender ao longo da vida. E devemos começar por juntos atrever-nos a propor, à próxima Congregação, caminhos para entrar na novidade do Evangelho nos novos tempos e contextos.

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A COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA LATINA † CPAL

Encontro com os Provinciais da Pan-Amazônia

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convite do Pe. Jorge Cela, presi- Latina), o coordenador do Projeto PAM SJ dente da CPAL (Conferência dos (Projeto Pan-Amazônico da CPAL), Pe. AlProvinciais Jesuítas da América fredo Ferro, reuniu-se com os Provinciais

AÇÕES CONJUNTAS

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pós a participação na Assembleia da CPAL, em Bogotá (Colômbia), o Pe. Alfredo Ferro encontrou-se com o Pe. Hugo Alexis Moreno, presidente da FLACSI (Federação Latino-americana de Colégios da Companhia de Jesus) e reitor do Colégio de San Bartolomé Mayor, e com Luís Felipe Carrillo, secretário executivo da FLACSI, com o intuito de estudar possíveis ações conjuntas com os Colégios da Companhia na América Latina, para sensibilizar sobre as questões da Amazônia (elaboração de materiais pedagógicos, campanhas e experiência de campo na realidade amazônica). O Pe. Ferro conversou ainda com o Pe. Ignacio Suñol, coordenador da Fé e Alegria Internacional, sobre alguns passos necessários para viabilizar, a partir do Projeto PAM SJ, a construção de uma Rede de Centros de FyA na Amazônia, voltada para a educação inculturada. Por 20

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último, o jesuíta teve um diálogo muito proveitoso com alguns vice-reitores e decanos da Universidade Javeriana de Bogotá, com o objetivo de socializar a missão do Projeto PAM SJ e consultá-los sobre as possibilidades de convênios que

da Pan-Amazônia e, depois, teve um momento com todos os Superiores maiores que participam da Assembleia da CPAL, realizada em maio, em Bogotá (Colômbia). Em seu diálogo com os Provinciais, Pe. Alfredo Ferro centrou-se na avaliação global do andamento do Projeto PAM SJ, que busca responder à prioridade do PAC – Plano Apostólico Comum; nos avanços alcançados com a reformulação do Projeto; e no início da construção da Comunidade Jesuíta interprovincial em Leticia (tríplice fronteira). Os Provinciais manifestaram suas opiniões sobre o desenvolvimento do Projeto PAM SJ, fazendo observações a respeito e ratificando seu apoio.

permitam a realização de ações conjuntas da Universidade e do Projeto, principalmente nos campos da investigação, da educação/formação e da extensão. Esse diálogo visa a uma possível aliança de caráter global do Projeto PAM SJ com a AUSJAL (Associação de Universidades Confiadas à Companhia de Jesus na América Latina).

Fonte: Pan-Amazônia SJ Carta Mensal nº 15 – Maio 2015 Acesse o link (http://bit.ly/1M4NRjo) do Portal Jesuítas Brasil e faça o download da edição completa da Pan-Amazônia SJ Carta Mensal


COMPANHIA DE JESUS † GOVERNO

FÓRUM DE GESTÃO APOSTÓLICA REÚNE-SE EM ITAICI

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ntre os dias 11 e 13 de junho, realizou-se a 2ª reunião do Fórum de Gestão Apostólica na Casa de Retiro Vila Kostka, em Itaici (Indaiatuba/ SP), com a presença de 22 jesuítas que têm funções de liderança na estrutura da Província do Brasil. “A importância desse encontro foi a reflexão e o início de uma discussão sobre a vida e a missão que queremos para a Província do Brasil”, destaca o Provincial do Brasil, Pe. João Renato Eidt. “Para isso, durante o Fórum, nosso objetivo foi, à luz do Plano Apostólico e de suas Preferências e Fronteiras Apostólicas, discernir sobre as opções que devem entrar nos Planos de Ação Apostólica das Plataformas Apostólicas e da Província.” De acordo com o Estatuto da Província do Brasil, o Fórum de Gestão Apostólica tem por finalidade ajudar o Governo Provincial em sua função de acompanhar, articular e discernir os diversos aspectos da Missão nas Plataformas Apostólicas e na Província como um todo, como o processo de planejamento, a formação dos jesuítas em vista da Missão e a execução do Plano Apostólico em todo território nacional. Desse modo, os temas discutidos durante o Fórum giraram em torno dos trabalhos do Secretariado de Articulação e Capacitação para a Missão da Província do Brasil, composto pelas seguintes opções preferenciais: Serviço da fé e espiritualidade; Justiça social e ecologia; Colaboração com outros Juventudes e vocações. “Com base nisso, fizemos um apanhado do que já funciona em cada uma das Plataformas, como atividades apostólicas e pastorais, para, começarmos, a partir desse conteúdo, o discernimento olhando para as Preferências Apostólicas da Província do Brasil. O passo seguinte foi nos perguntar: o que devemos fazer,

o que deve permanecer, o que precisa ser mudado e o que precisa ser descontinuado?”, ressalta Pe. João Renato Eidt. “São perguntas que nos ajudarão a encontrar as opções para que cada Plataforma Apostólica e toda a Província possam realizar os seus Planos de Ação Apostólica.” O Provincial lembra, porém, que todo esse trabalho está no início. “Estamos estudando e começando as discussões para encontrar as primeiras diretrizes, que, depois, devem ser discernidas, refletidas, estudadas e aprofundadas, para ver se, de fato, devem ou não entrar nos Planos de Ação Apostólica das Plataformas e da Província”,

observa. “Por isso, nesse momento, não temos decisões tomadas.” Outros dois pontos importantes discutidos durante o Fórum foram os trabalhos em rede e articulados. “Devemos começar a aprender a trabalhar em rede e, para isso, a missão e as opções apostólicas devem estar articuladas. Hoje, algumas ações acontecem apenas em uma Plataforma Apostólica, enquanto outras acontecem de forma transversal e precisam ser articuladas nacionalmente ou entre as demais Plataformas, logicamente, dependendo do contexto apostólico de missão em cada região”, observa Pe. João Renato Eidt.

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COMPANHIA DE JESUS † SERVIÇO DA FÉ

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA: APÓSTOLO E PADROEIRO DO BRASIL

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o dia 9 de junho, a Companhia de Jesus e a Igreja Católica celebraram o dia de São José de Anchieta, apóstolo e padroeiro do Brasil. Há um ano, mais precisamente no dia 3 de abril de 2014, o jesuíta foi proclamado santo pelo Papa Francisco. Um momento histórico e importante para todos os fiéis. No dia 24 de abril deste ano, outro momento histórico, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), por decreto, outorgou a São José de Anchieta o título de padroeiro secundário do Brasil, junto de Nossa Senhora Aparecida. Além disso, conferiu ao Santuário de São José de Anchieta, em Anchieta (ES), o título de Santuário Nacional. Personagem importante na construção da história do Brasil,Anchieta nasceu em São Cristovão de Laguna, nas Ilhas Canárias, arquipélago pertencente à Espanha, em 19 de março de 1534. Com o objetivo de estudar, foi enviado, aos 14 anos, a Coimbra, Portugal, onde, aos 17 anos, ingressou na Companhia de Jesus. Mesmo com saúde frágil, inspirando cuidados, o então noviço Anchieta solicitou partir em missão para o Novo Mundo, para dedicar-se à catequese dos indígenas locais. Aos 19 anos, desembarcou com a comitiva do segundo governador-geral, Duarte da Costa, e outros seis jesuítas em Salvador, na Bahia, em 13 de julho de 1553. Em terras brasileiras, Anchieta não só trabalhou como catequista, mas também se tornou dramaturgo, poeta, gramático e linguista. Vale ressaltar que o jesuíta foi o autor da primeira gramática brasileira, A Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil. Nessa obra, o religioso descreveu e sistematizou o tupi, língua que passou a dominar em menos de um ano vivendo no país. A pé ou de barco, o jesuíta viajou pelo Brasil, inaugurando missões, com aulas de catequese, gramática e conhecimentos ge22

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rais. Em janeiro de 1554, participou da missa de inauguração do Colégio de São Paulo de Piratininga, hoje o Pateo do Collegio, local que deu origem à cidade de São Paulo. Entre as características marcantes da atuação de Anchieta, estão a disseminação dos preceitos cristãos utilizando particularidades locais como missas ao ritmo de tambores e aulas ao ar livre e, como os demais jesuítas, a oposição ferrenha aos abusos cometidos pelos colonizadores portugueses contra os indígenas. Em 1566, aos 32 anos , Anchieta foi ordenado sacerdote. Três anos depois,

fundou o povoado de Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo. E, em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585, sendo substituído a seu pedido. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba, onde permaneceu até seu falecimento, aos 63 anos de idade, em 9 de junho de 1597. Saiba mais sobre São José de Anchieta no portal: www.jesuitasbrasil.com/anchieta


COMPANHIA DE JESUS † PROMOÇÃO DA JUSTIÇA E ECOLOGIA

Colégio Loyola oferece cursos para alunos de baixa renda

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Colégio Loyola, por meio da ASIA (Associação de Antigos Alunos do Loyola), promove dois cursos para alunos de baixa renda: o Free Idiomas, que oferece aulas de inglês e espanhol, e o Cursinho ASIA Loyola, destinado ao preparo de candidatos ao ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e aos demais vestibulares. O Free Idiomas oferece as modalidades de ensino para o ENEM e o curso de Sobrevivência, esse último com duração de três anos, com dois professores por sala e foco na conversação. O valor do curso é simbólico e varia entre R$ 10 e 30. O candidato deverá estar cursando o Ensino Médio em qualquer instituição pública ou particular e precisa comprovar baixa renda. O curso conta com professores voluntários, sendo seis antigos alunos, duas alunas e uma mãe de aluna. Além disso, o Free Idiomas conta também com uma coordenadora e com o consultor pedagógico.

“Cada turma é assistida por dois professores em sala, possibilitando a divisão dos alunos em grupos menores, o que aumenta a possibilidade dos estudantes se soltarem e falarem mais”, explica o professor Carlos André Gomes, integrante da ASIA. O Cursinho ASIA Loyola foi criado por iniciativa de uma ex-aluna, em 2008. Depois disso, outros ex-alunos interessaram-se pela iniciativa. Assim como o Free Idiomas, os professores, coordenadores e monitores que trabalham no cursinho são voluntários. Embora não seja necessário ter nenhum vínculo com o Loyola para participar do projeto, alguns voluntários são ex-alunos, pais de alunos e professores do Loyola. “Alguns têm muita experiência como professor, já outros têm no cursinho sua primeira oportunidade de contato com a sala de aula”, afirma Carlos. História, Química, Física e Álgebra são algumas das disciplinas oferecidas na iniciativa. Ao longo do ano, voluntários de outras áreas também colaboram

com palestras, aulas especiais, orientação vocacional, etc. “Há também algumas atividades extraclasse. Em 2014, realizamos uma visita ao Museu das Minas e do Metal e uma trilha ecológica em Itabirito (MG)”, acrescenta Carlos. O cursinho é destinado a pessoas que queiram preparar-se para o ENEM e vestibulares, mas que não tenham condições de frequentar um cursinho particular. A cada ano, cerca de 70 pessoas participam do curso e os alunos contribuem mensalmente com uma taxa de R$20, que é utilizada para ressarcir os gastos dos voluntários com preparação de material para as aulas. Em 2014, o Cursinho ASIA Loyola iniciou uma parceria com o Centro Zanmi, que encaminha alguns imigrantes para participarem do curso. “No ano passado, um haitiano conseguiu aprovação para cursar Medicina em uma instituição federal. Nesse ano, temos uma família de alunos do Líbano”, conclui Carlos.

Crianças e jovens do Projeto Vida com Arte realizam apresentações

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Orquestra Vida com Arte realizou um concerto didático para alunos das Escolas Municipais de Ensino Fundamental de São Leopoldo (RS), nos dias 28 de abril e 15 de maio. “Além de tocar os clássicos, seguimos um roteiro, semelhante a uma peça de teatro, para explicar como funcionam os instrumentos”, comentou a regente, Daiana Fülber. A apresentação uniu músicas clássicas, como Beethoven, e músicas contem-

porâneas, como o do grupo O Rappa, para mostrar a versatilidade da música de orquestra e corresponder às expectativas da faixa etária do público presente. Para Anita Coronel, professora da Trupe Teatro Escola, de São Leopoldo, que participou pela primeira vez de uma apresentação do Vida com Arte, a surpresa foi grande: “O trabalho que se faz aqui é lindo e merece ganhar o mundo”. Da mesma forma, pensa Tiarles Fontes, membro da Orquestra desde

2012. De acordo com ele, que hoje toca contrabaixo, concertos assim são importantes para “introduzir uma nova cultura musical na vida das crianças”. O projeto Vida com Arte é uma iniciativa da Unisinos e do Colégio Anchieta de Porto Alegre (RS), em parceria com a Prefeitura Municipal de São Leopoldo, através da Secretaria de Educação. O projeto atende crianças e jovens, entre 6 e 15 anos de idade, da rede pública de ensino.

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COMPANHIA DE JESUS † DIÁLOGO CULTURAL E RELIGIOSO

Padre Inácio Spohr lança terceiro livro da série História das Casas

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padre Inácio Spohr lançou o terceiro livro da coleção História das Casas, no dia 3 de maio. A obra conta, em detalhes, as memórias de dois dos mais importantes locais da cidade de Cerro Largo (RS): a Paróquia Sagrada Família e o Seminário São José. O lançamento do livro aconteceu na Paróquia Sagrada Família, logo após a missa, presidida pelo bispo de Santo Ângelo, dom Liro Meurer. Entre as autoridades presentes, estavam o prefeito de Cerro Largo, René Nedel, e a secretária da Educação do município, Neiva Fogolari. No evento, padre Inácio Spohr citou as diversas etapas da história da Paróquia, desde a chegada do fundador, padre Max Von Lassberg, bem como dos primeiros colonizadores. O jesuíta salientou as dificuldades enfrentadas para se chegar à região no início do século XX. “Dom João Pimenta, primeiro bispo a visitar Serro Azul (antigo nome de Cerro Largo), em 1909, teve de enfrentar um temporal no lombo do cava-

lo e na charrete”, disse padre Inácio. O público presente adquiriu todos os exemplares disponíveis e as obras acabaram antes mesmo da sessão de autógrafos terminar. Após a distribuição das dedicatórias, o professor Egon Roque Fröhlich citou a importância dos livros Salvador do Sul e São Pedro da Serra, que pertencem à coleção História das Casas.

Jesuítas serão tema de filme de Scorcese

A Andrew Garfield e Martin Scorcese (da esq. p/ dir.)

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mbientado no século 17, o filme Silence retratará a história de dois padres jesuítas portugueses que viajam para o Japão para procurar seu conselheiro e difundir os ensinamentos do Cristianismo, ao mesmo tempo em que são perseguidos. O longa será dirigido pelo diretor americano Martin Scorcese. Baseado no livro homônimo, do japonês Shusaku Endõ, publicado em

SERVIÇO Livraria Padre Reus Endereço Rua Duque de Caxias, 805 - Porto Alegre (RS) Telefone (51) 3224-0250 E-mail livrariareus@livrariareus.com.br

1966, o filme é protagonizado por Andrew Garfield, no papel do padre Sebastião Rodrigues, Adam Driver como padre Francisco Garrpe, e Liam Neeson, que atuará como padre Ferreira. Durante uma coletiva de imprensa, Scorcese revelou que conheceu o livro em 1988 e que, em 1991, fez um esboço malsucedido de um roteiro para um filme, acrescentando que esse teve de se “desenvolver ou evoluir” dentro de si antes que pudesse tentar adaptá-lo para as grandes telas. Sem data de estreia definida, a produção, da Paramount Pictures, tem o lançamento nos cinemas previsto para 2016.


COMPANHIA DE JESUS † EDUCAÇÃO

Rede Jesuíta de Educação promove encontros sobre a PEC OS SEMINÁRIOS MARCARAM UM MOMENTO IMPORTANTE DO PEC, POIS FOI O PRIMEIRO TRABALHO INTEGRADO ENTRE OS PROFISSIONAIS DAS UNIDADES EDUCATIVAS DA REDE JESUÍTA DE EDUCAÇÃO.

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RJE (Rede Jesuíta de Educação) promoveu dois seminários sobre o desenvolvimento do PEC (Plano Educativo Comum). Nos dias 16 e 17 de abril, o seminário discutiu a dimensão acadêmica, e, nos dias 11 e 12 de maio, as dimensões administrativa e pastoral do PEC. No total, os encontros reuniram cerca de 180 educadores e profissionais das unidades da Rede Jesuíta de Educação. É importante destacar que os seminários foram divididos apenas por uma questão de logística, já que o PEC contemplará as sugestões e discussões apresentadas nas dimensões acadêmica, administrativa e pastoral. O Delegado para a Educação, padre Mário Sündermann, acolheu os participantes e apontou os rumos desenhados para a Educação Básica da Companhia

de Jesus no Brasil. A diretora do Colégio São Luís, Sônia Magalhães, apresentou o histórico da missão educativa da Companhia de Jesus no mundo e problematizou os principais desafios que os colégios jesuítas enfrentam no país hoje e as possibilidades que surgem com o contexto da BRA (Província do Brasil). Ao final dos encontros, o GT (Grupo de Trabalho) responsável pela organização dos seminários apresentou o resultado das plenárias fazendo uma síntese do que esteve mais presente. Para a coordenadora do GT e professora Colégio Catarinense, Louisa Schröter, o legado de educação deve ser garantido de forma criativa. Segundo ela, “é necessário olhar para o futuro, para os novos contextos, para os alunos, dessa forma será possível nos organizarmos de uma maneira diferente.

O PEC está sendo essa oportunidade de traçar algumas referências e desejos comuns, pensados de forma coletiva pela RJE, tendo como horizonte a aprendizagem integral em todos os âmbitos de crescimento de um cidadão”, afirmou. Os profissionais presentes foram desafiados a disseminar, em suas instituições, as reflexões apresentadas nos encontros. O intuito é que se possa ampliar o debate realizado nos seminários, que representam o passo inicial para construção do PEC. A estimativa é que, até o final de 2015, seja apresentada uma proposta prévia do documento definitivo. Os seminários marcaram um momento importante do PEC, pois foi o primeiro trabalho integrado entre os profissionais das unidades educativas da Rede Jesuíta de Educação.

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COMPANHIA DE JESUS

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† EDUCAÇÃO

o dia 22 de maio, o Colégio Anchieta de Porto Alegre (RS) tornou pública uma carta escrita pelo cientista Albert Einstein, em 1951. A mensagem, que estava guardada em um cofre há 64 anos, é direcionada aos alunos da instituição. Há muitos anos, ouviam-se rumores de que o cientista tinha mandado uma carta para o Colégio Anchieta, mas ninguém sabia onde estava essa raridade. Então, um professor decidiu investigar o paradeiro da carta e a encontrou no arquivo da escola, em um cofre. A carta veio acompanhada de uma foto exclusiva, feita pelo fotógrafo Marcel Sternberger. A origem dos documentos está ligada ao padre Gaspar Dutra, que, em um encontro com Einstein, em Nova York, teria pedido um recado especial aos alunos do Colégio Anchieta. Para atestar sua veracidade, a mensagem e a foto passaram pela análise da perita judicial Liane Pereira, que realizou o estudo comparando assinaturas de Einstein em diferentes documentos pesquisados. “Passar por essa experiência foi muito significativo, já que geralmente não trato com notícias muito boas. Essa foi uma surpresa para mim”, conta Liane. O diretor geral do colégio, padre João Claudio Rhoden, diz que a mensagem e a foto são muito significativas para a instituição. “Além de qualquer valor histórico ou comercial, na mensagem que está ali, há a lembrança que ele deixou para os alunos”, diz. O coordenador da unidade de ensino, Dario Schneider, explica que o material tem significado muito importante para a instituição, que completa 125 anos em 2015. “É uma mensagem que motiva não só nossos alunos, mas os pais, os professores e a comunidade educativa, pois incentiva a promoção do conhecimento como um passo importante na mudança de realidades”, diz ele. A notícia da descoberta da carta foi destaque nos principais veículos de comunicação do país. 26

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Carta de Einstein ao Colégio Anchieta

Leia a mensagem do cientista que desenvolveu a Teoria da Relatividade Geral, um dos pilares da física moderna:

QUEM CONHECEU A ALEGRIA DA COMPREENSÃO CONQUISTOU UM AMIGO INFALÍVEL PARA A VIDA. O PENSAR É, PARA O HOMEM, O QUE VOAR É PARA OS PÁSSAROS. NÃO TOMA COMO EXEMPLO A GALINHA QUANDO PODES SER UMA COTOVIA Para os estudantes do Colégio Anchieta, Brasil. A. Einstein


ETE FMC realizará Feira Estadual de Ciências e Tecnologia

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ETE FMC (Escola Técnica de Eletrônica Francisco Moreira da Costa) realizará a primeira edição da FECETE (Feira Estadual de Ciências e Tecnologia), entre os dias 7 e 9 de outubro. O objetivo do evento é promover o intercâmbio de conheci-

mento, incentivar a pesquisa científica e divulgar novas tecnologias. A FECETE é voltada para alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e do Ensino Técnico do Estado de Minas Gerais. O evento acontecerá simultaneamente a Projete,

tradicional Feira de Projetos Futuristas, que, em 2015, chega à 35ª edição. Os projetos inscritos deverão ser submetidos à análise de uma comissão julgadora e os vencedores receberão prêmios e certificados. Os interessados em participar da FECETE devem acessar o site etefmc.com.br até o dia 20 de junho e realizar a inscrição de seus trabalhos. A divulgação dos selecionados, em primeira prévia, acontecerá no dia 5 de agosto. A FECETE oferecerá hospedagem e transporte (trajeto entre sua cidade e Santa Rita do Sapucaí/MG) gratuitos para parte dos estudantes. Os interessados devem realizar a solicitação, no momento da inscrição. A comissão organizadora da FECETE analisará os pedidos e os contemplados serão comunicados, juntamente com a lista de trabalhos selecionados para participação na feira.

Sistema de Qualidade na Gestão Escolar é apresentado no Medianeira

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m maio, o Colégio Medianeira apresentou o Sistema de Qualidade na Gestão Escolar para sua comunidade educativa. A ferramenta de autoavaliação foi desenvolvida pelas instituições jesuítas Universidad Católica (Uruguai) e Universidad Alberto Hurtado (Chile). O objetivo do sistema é desenvolver novas competências e nova cultura de gestão escolar, promovendo, assim, profunda reflexão sobre a identidade e missão dos colégios da Companhia de Jesus.

O sistema é uma estratégia em rede, desenvolvida pela Federação Latino-Americana de Colégios Jesuítas (FLACSI). Em 2014, a ferramenta começou a ser implantada no Brasil. Os colégios Catarinense, em Florianópolis (SC), São Luís, em São Paulo (SP), e Diocesano, em Teresina (PI), foram os primeiros a utilizar a ferramenta. Neste ano, além do Colégio Medianeira, o sistema será implantado nos colégios Antônio Vieira, Salvador (BA), e Santo Inácio, no Rio de Janeiro (RJ).

“O Sistema de Qualidade ajudará o Medianeira a avaliar seus processos. Depois, possibilitará repensar procedimentos, projetos e ações no sentido de melhorar a aprendizagem. Formaremos novas competências de liderança e teremos elementos para revitalizar nossa cultura institucional. Para um colégio jesuíta, esse olhar comum em todas as unidades vai fortalecer a Rede Jesuíta de Educação”, afirma padre Carlos Jahn, diretor geral do Colégio Medianeira.

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COMPANHIA DE JESUS † SERVIÇO ÀS JUVENTUDES E VOCAÇÕES

Casa Inaciana da Juventude promove atividades

Encontros do Momento Mariano e do Café com Cultura reuniram jovens em Fortaleza

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CIJ (Casa Inaciana da Juventude) promoveu dois eventos no mês de maio: o Momento Mariano, que acontece anualmente, e o Café com Cultura, realizado mensalmente. As atividades reuniram os jovens da região de Fortaleza (CE), entre os dias 16 e 17. No primeiro dia, a CIJ realizou o Momento Mariano, atividade que propõe aos jovens um período de silêncio para

Noviços iniciam retiro de 30 dias

Na foto (esq. p/ dir.), os noviços Alan, Diego, Klebson, Lucas, Márcio e Thiago

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s noviços do 1º ano da Companhia de Jesus iniciaram os Exercícios Espirituais de 30 dias, no dia 20 de junho, em Vila Kostka – Itaici, em Indaiatuba (SP). Os noviços Alan Cavalcante, Diego Carriel, Klebson Dantas, Lucas Pedro, Márcio Danilo e Thiago Augusto produziram um vídeo pedindo a oração de todos durante o período do retiro.

Confira no link https://youtu.be/F1OR2SAZafU.

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contemplação do exemplo de Nossa Senhora, modelo de amor ao Cristo amigo e ao seu projeto para a humanidade. O Café com Cultura, organizado pelo Grupo de Universitários da CIJ, foi realizado no dia 17 e teve como objetivo a promoção do diálogo inter-religioso, acerca do ecumenismo e da tolerância religiosa. Representantes da Igreja Evangélica Pentecostal Betesda, da Igreja Católica, do Budismo, do Espiritismo e do Candomblé participaram do encontro. Os jovens ouviram atentamente as falas e participaram do debate por meio de perguntas que indicaram o desejo de quebrar fronteiras através do conhecimento e do respeito à diversidade. “Enquanto todos apresentavam sua vivência espiritual, percebi que o diálogo desenvolvido pelos convidados sobre a manifestação do sagrado, em seu cotidiano, superava as diferenças entre esses movimentos religiosos. A monja budista completava a fala do pastor, este, por sua vez, completava a fala do espírita, a leiga católica utilizou-se dos seus estudos bíblicos para explicar o movimento ecumênico e o sacerdote da Umbanda manifestou seu desejo por mais respeito entre as religiões”, afirmou a jovem Beatriz Perote.

Jesuíta será ordenado presbítero em julho

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diácono António Ronilson Braga de Sousa será ordenado presbítero no dia 25 de julho, em cerimônia presidida por dom Alessio Saccardo, SJ, bispo da Diocese de Ponta de Pedras (Marajó/PA). A cerimônia acontecerá às 16h, na Catedral de Santa Maria de Belém (Igreja da Sé).


COMPANHIA DE JESUS † CUIDADO DA AMAZÔNIA

Via Sacra do Xingu Por Pe. Juan Fernando López Pérez*

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ia 3 de abril, Sexta-feira Santa, o rio Xingu, localizado entre os estados de Mato Grosso e Pará, foi sentenciado à morte, está sendo cortado e agoniza... Sua indômita e fecunda liberdade milenária é acorrentada pela Hidroelétrica de Belo Monte, “feio monstro” – apelido dado pelo povo... Com ele, morrem culturas milenárias, locais e simbologias sagradas, fontes espirituais de vida, ilhas e várzeas, igarapés e florestas, plantas e animais. Todas essas formas de vida estão sendo violadas e feridas. Os habitantes da região também sofrem: indígenas e ribeirinhos, populações urbanas e vilas, todos os povos banhados e alimentados pelas águas do Xingu e seus afluentes desde tempos imemoriais. Toda a vida da região se empobrece. A Via Sacra em Altamira começou cedo. Na manhã, ao raiar do sol, um “rio de gente” firme e de cabeça erguida avança pelas ruas da cidade. É o povo simples, povo de Deus, que caminha valente rezando e denunciando a injustiça, o abuso e a morte imposta pelos poderosos. O bispo da Prelazia do Xingu, dom Erwin Kräutler, encabeça a “Via Sacra”. Vai à frente, como pastor ao serviço da Amazônia e seus povos, defendendo sua gente, rios e florestas, cuidando de toda a vida da Criação, da Mãe Terra que a todos amamenta e sustenta. Juntos, “como membros de um mesmo corpo que tem Cristo por cabeça” (1 Cor 12), bispo e povo sofrem e choram, amam e lutam, denunciam e anunciam, rezam e cantam com teimosia e profecia a vitória da Cruz e da Justiça, da Ressurreição e da Vida sobre todo tipo de morte. Muitas pessoas já tombaram e foram crucificadas na Via Sacra do Xingu. A Ir. Dorothy Stang (12/02/2005), missionária norte-americana, que atuava junto aos camponeses do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança (PDS Esperança), no município de Anapu, no Pará. Segundo o Jor-

Bispo da Prelazia do Xingu, dom Erwin Kräutler, com a comunidade local nal Correio Braziliense (12/02/2015), “nos 10 anos que se seguiram à morte de Irmã Dorothy a situação permanece praticamente inalterada. De 2005 a 2014, o número total de assassinatos no campo diminuiu. Foram 334. O Pará, porém, concentrou 118 das mortes, 35,3%. Das 548 tentativas de assassinato, 165 aconteceram no Pará. Das 2.118 das pessoas ameaçadas de morte, 617 viviam no Pará”. Várias lideranças ribeirinhas, camponesas e indígenas continuam hoje ameaçadas e marcadas para morrer na região do Xingu.

SINAIS DE ESPERANÇA Muitos são os sinais de morte na Amazônia. Mas muito mais fortes são as sementes de vida que continuam germinando no meio das ruas, florestas e rios da Amazônia. No nível local, os povos continuam em pé, com a cabeça erguida, pintados e enfeitados, bailando ao som dos maracás a dança da vida. No nível global, a consciência ecológica vai crescendo e também o enfrentamento ao sistema econômico capitalista imposto, que semeia a destruição e a morte por toda a redondeza da terra. No nível eclesial, também há fortes sinais de esperança. A Encíclica sobre Ecologia, lançada pelo Papa Francisco, denuncia e anuncia profeticamente a responsabilidade humana com a defesa da vida e o cuidado de toda a Criação. Também, em setembro de 2009, foi oficializada a Rede Eclesial Pan Amazônica (REPAM), com o firme apoio do Papa: “A missão da Igreja deve ser incentiva-

da e relançada na Amazônia”. Um sinal forte dessa capacidade de serviço e incidência da REPAM é a audiência que recentemente teve na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington-DC (19/03/2015). Ali, foi denunciada a violação dos direitos humanos e ambientais que sofrem as comunidades indígenas e camponesas afetadas pelas indústrias extrativas. O bispo Pedro Barreto, presidente do Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), ameaçado também de morte por denunciar a violência da mineração no Peru, afirmou no CIDH: “Queremos testemunhar a angústia e o sofrimento de muitos irmãos e irmãs que vivem as consequências da devastadora e cada vez mais ameaçante atividade extrativista sem rosto humano e sem ética.” Os povos indígenas, com seus projetos de Bom Viver, são caminhos de ressurreição e vida para a humanidade e o planeta. Essa é nossa força e esperança: O Bom Viver, a Ressurreição e a Vida vencem a morte! Dando um toque amazônico às palavras proféticas de São Romero da América: “Se me matam, ressuscitarei na vida do meu povo”, “se nos plantam, germinaremos e nos multiplicaremos na vida das florestas, rios e povos da Amazônia!”. *Pe. Juan Fernando López Pérez atua na Pastoral Indígena em colaboração com o CIMI (Conselho Indigenista Missionário)

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NA PAZ DO SENHOR IR. LUIGI CREMONESE Por Ir. Eudson Ramos

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r. Luigi Cremonese nasceu em Lonigo, região de Vicenza na Itália, em 7 de novembro de 1928, em uma família de gente simples: o pai era pedreiro e a mãe, costureira. Os irmãos eram quatro: um homem e três mulheres. Até a idade de 19 anos, viveu com a família, em sua terra natal. Perto de sua casa, ficava o Noviciado dos Jesuítas e isso favoreceu o surgimento de sua vocação missionária, a partir do contato, sobretudo, com os juniores e noviços. Depois de vários encontros e reuniões, ingressou no Noviciado, como Irmão, a 21 de abril de 1947. Dois anos depois, fez os votos do biênio e recebeu o ofício de cozinheiro, função que exerceu por longos anos, tanto aí como, mais tarde, na Residência San Fedele, em Milão. Fez os últimos votos a 2 de fevereiro de 1959. Sua vida continuava aparentemente sem novidades, mas, em seu coração, crescia o desejo missionário que o tinha movido a entrar na Companhia de Jesus. Em 1968, os Superiores aprovaram seu pedido, várias vezes formulado, e, no ano seguinte, partia para o Brasil, desembarcando em Salvador (BA), no dia 27 de maio de 1969. De 1970 a 1972, vamos encontrá-lo no Centro de Estudos e Ação Social 30

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(CEAS), ainda em sua antiga sede no Largo da Graça. Daí passa ao Colégio Antonio Vieira, onde permanecerá pelo período de 17 anos, auxiliando na administração. Na casa, por várias vezes, foi ministro e consultor da comunidade, sendo também responsável pelo Sítio Loyola e integrante da equipe de Administração do Colégio. Em seguida, na década de 1980, foi transferido para Manaus (AM), onde compôs a Comunidade da Compensa II, morando numa casa e bairro muito pobres. Exerceu a função de administrador da casa e também realizava trabalhos pastorais na paróquia. No ano de 1995, retornou a Salvador e, desta vez, colaborou na formação dos vocacionados à Companhia de Jesus na Comunidade Vocacional, no bairro de Vale dos Lagos, além de regressar ao trabalho no CEAS e tornar-se o diretor da obra Sementes do Amanhã, que acolhia crianças em risco social ou que eram abandonadas por suas famílias. De 1997 até 2001, Ir. Cremonese colaborou na função de administrador na Organização de Auxílio Fraterno (OAF), uma obra de apoio ao menor e ao adolescente em situação de risco, na época sob a direção do Pe. Piazza. Acompanhava as atividades do setor contábil no Economato da Província. A partir de 2002, foi transferido para Teresina (PI), assumindo a função de Diretor do Centro Social Pedro Arrupe e ministro da residência do Colégio Diocesano. De lá, veio para a Residência de Santo Antônio da Barra, no ano de 2010, onde era responsável pelos funcionários da comunidade, além de colaborar nos trabalhos sociais da Igreja de Santo Antônio. Com o passar dos anos, suas forças foram naturalmente diminuindo

e, por isso, foi transferido à Casa de Saúde São Luís Gonzaga, em Fortaleza (CE). No final de 2013, tinha planejado uma visita aos parentes na Itália e, lá estando, sofreu um acidente que o levou à Casa de Saúde em Gallarate, não retornando mais ao país que escolhera para ser missionário e que tanto amava. Ir. Cremonese deixou marcas profundas no trato atencioso com os funcionários, o que, até hoje, é recordado com saudades. Era uma pessoa muito comunicativa e alegre e sabia cultivar as amizades. Tinha especial atenção aos colaboradores e, sempre que podia, visitava a casa e participava das festas familiares (aniversários, batizados, casamentos, entre outros). Quando chegava, a todos contagiava com sua simpatia e generosidade, interessando-se pelos seus problemas e participando de suas alegrias. Faleceu em Gallarate, Itália, no dia 4 de maio de 2015. Tinha 86 anos de idade e 68 anos de Companhia de Jesus.

QUANDO CHEGAVA, A TODOS CONTAGIAVA COM SUA SIMPATIA E GENEROSIDADE, INTERESSANDO-SE PELOS SEUS PROBLEMAS E PARTICIPANDO DE SUAS ALEGRIAS.


JUBILEUS 70 ANOS DE COMPANHIA

60 ANOS DE SACERDÓCIO

Em 7 de junho Pe. Pedro Biondan Maione

Em 10 de julho Pe. Gino Raisa Pe. Angelo Luigi Imperiali

60 ANOS DE COMPANHIA

50 ANOS DE SACERDÓCIO

Em 14 de junho Ir. Bruno Kuntzler Ir. Affonso Wobeto

Em 3 de julho Pe. Johan M. Herman Jozef Konings

50 ANOS DE COMPANHIA

25 ANOS DE SACERDÓCIO

Em 31 de julho Ir. Hélio Birck Ir. Valdir Jacó Vanzella

Em 30 de junho Pe. José Maria Fernandes Machado

AGENDA JULHO

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1º A 9 EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS COM COLOCAÇÕES - EECC Orientador | Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ Local | Casa de Retiros Itaici - Vila Kostka Inscrições | www.itaici.org.br

EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS Tema | Pe. Alfredo Sampaio, SJ Local | CARPA (Casa de Retiros Padre Anchieta) – Rio de Janeiro (RJ) Inscrições | www.clfc.puc-rio.br/inscricao-de-retiros

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