Revista Pilotis # 29 - abril/maio de 2015 Produção interna dos alunos e educadores do Colégio São Luís
NOVO complexo esportivo e cultural Perto de completar 148 anos de existência, o CSL inaugura novo e moderno espaço que trará desenvolvimento cultural e esportivo para os alunos.
CURSO EXTRA Mandarim no CSL TALENTO É nato ou adquirido? VESTIBULAR Lista de aprovados
Edição/Jornalista Responsável Marcia Guerra - DECOM Departamento de Comunicação (MTB 2435) Diagramação e projeto gráfico André Cantarino - DECOM Revisão Departamento de Publicações
“Que vida nova é esta que agora começamos?” Autobiografia, 21. Santo Inácio de Loyola em Manresa. Nesta edição da Revista Pilotis, a primeira de 2015, apresentamos o novo ginásio de esportes e um conjunto de atividades que refletem o movimento que a Companhia de Jesus faz na área da educação básica no Brasil e no mundo. Para qualificar e atualizar a tradição educativa dos jesuítas, há um movimento internacional de reflexão e de busca de novas respostas aos desafios que o contexto atual nos apresenta. Queremos ser capazes de colaborar na formação de pessoas que saibam conhecer, apreciar, respeitar e atuar na diversidade do mundo de maneira competente, consciente, compassiva e comprometida. Na América Latina, a Federação Latino-Americana de Colégios Jesuítas – FLACSI – está implantando um Sistema de Gestão da Qualidade Educativa do qual o Colégio São Luís participa desde 2014. Mais que uma questão de sobrevivência no mercado da educação privada, acreditamos que qualidade é uma questão de justiça e de equidade.
Reportagem Antonio Pádua Teixeira – prof. de Ciências do EF Débora Gonçalves Ribeiro - antiga aluna do CSL Fernanda Dias – estagiária do DECOM Isabella Egídio Corrêa – antiga aluna do CSL Julia Braun – estagiária do DECOM Karina Pelizaro – antiga aluna do CSL Lia Andriani – assessora de Formação Cristã Marcia Guerra – coordenadora do DECOM Paulo Goulart – pesquisador e escritor. Autor do livro Pontapé Inicial para o Futebol no Brasil Thiago Fernandes Maximo Teixeira – professor de física do EM Colaboração Tuna Serzedello - DECOM Direção-Geral Prof.ª Sônia M. V. Magalhães Direção Benedita de Lourdes Massaro Jairo Nogueira Cardoso Luiz Antonio Nunes Palermo
No Brasil, instituiu-se a Rede Jesuíta de Educação, que reúne 18 unidades educativas situadas em 13 cidades. Em sintonia com o movimento que faz a Companhia em nível mundial, estamos em um momento privilegiado de revitalização do nosso trabalho, com a elaboração de um Projeto Educativo Comum para todo o País. O Colégio São Luís participa desse momento com um sabor especial. Preparando-se para a celebração de seus 150 anos (em 2017), a Escola tem a oportunidade de beber da tradição, de considerar as interpelações do momento e de projetar-se com ousadia e com coragem, traços que marcam não apenas a história do CSL mas também a da Companhia de Jesus. Finalmente, mas não menos importante, vale mencionar o processo de integração com a Paróquia São Luís, que será fortalecido a partir deste ano não apenas para atividades religiosas, mas também como espaço formativo para famílias, alunos e profissionais docentes e não docentes da Escola. Boa leitura!
Rua Haddock Lobo, 400 - Cerqueira César CEP 01414-902 / São Paulo, SP Tel.: 11 3138 9600 / www.saoluis.org
A Revista Pilotis é uma publicação interna do Colégio São Luís.
Prof.ª Sônia M. V. Magalhães Diretora-Geral do Colégio São Luís
Revista Pilotis # 29 - abril/maio de 2015
4 exposição Todo dia era dia de índio
24
8 campanha capa
Uso consciente da água
Novo Complexo
13 curso extra
Esportivo e Cultural
Mandarim no Colégio São Luís
10 projeto de vida Doutora em seres humanos
14 avaliação Parceria Jovem – CSL e Anchietanum
30 avaliação O que mudou no sistema do CSL em 2015?
32 vestibular Lista de aprovados no vestibular
16
40 física O Ano Internacional da Luz
artigo O Colégio São Luís e as Ciências
43 projeto Revista Rural
44 Faça você mesmo Porta-lápis de sapo com lata reciclada
46 cultura 48 experiência
na web Leia mais matérias completas no site www.issuu.com/revistapilotis
vida Talento é nato ou adquirido?
18
45 dias em Omaha, EUA
EXPOSIÇÃO
todo dia era dia de
ÍNDIO Por Ipakâié (Professor) Antonio Pádua Teixeira, professor de Ciências do 9º. ano EF, pesquisador e responsável pelo Memorial do Colégio São Luís
4 | Revista Pilotis
EXPOSIÇÃO
E
Vivenciando a cultura indígena dentro de uma aldeia pataxó
res. Habitaram inicialmente o interior do
de artefatos indígenas constituintes do
Um dos redutos indígenas que tentaram
manter sua cultura indígena, mesmo com
Memorial do Colégio.
resgatar a cultura do índio pataxó é a re-
o avanço da civilização.
O Colégio conta com mais de 300 peças
serva da Jaqueira, situada na região de
Os habitantes mais antigos da tribo con-
de diversas etnias indígenas, algumas das
Porto Seguro, na Bahia. Próxima ao local
tam que os pajés diziam que chegaria um
quais já faziam parte do Museu do Colé-
onde Cabral desembarcou no Brasil, em
dia em que as pessoas seriam numeradas
gio São Luís de Itu, que funcionou a partir
1500, essa região abriga hoje aproxima-
(identificadas por números), em que uma
de 1867.
damente 15000 índios pataxós.
pista preta com listras amarelas cortaria a
A catalogação desses instrumentos con-
Com a chegada dos portugueses ao Brasil,
região indígena e que nessa pista morre-
tou com o apoio do Museu do Pateo do
a população estimada de índios superava
riam muitas pessoas. Essa visão de futu-
Collegio, Museu do índio de Embu das
5 milhões e o primeiro contato foi feito
ro mostrava-lhes também que teriam de
Artes, Museu de Arqueologia e Etnologia
com índios tupiniquins e tupinambás.
conviver com essas mudanças.
da USP, FUNAI e Reserva Pataxó da Jaquei-
Os índios pataxós eram nômades e resisti-
Hoje, os pataxós convivem de forma mis-
ra (BA), que nos recebeu para a pesquisa.
ram ao contato inicial com os colonizado-
ta com sua cultura e com a cultura “do
ntre os dias 13 de abril e 13 de maio, teve início, na Galeria do Colégio São Luís, uma exposição
Brasil e, após 1861, passaram a ser aldeados na região do Sul da Bahia, tentando
Revista Pilotis | 5
EXPOSIÇÃO
PARA SABER MAIS Os guias da reserva tinham os seguintes nomes: Nitynawâ Pataxó = Muitas frutas Kawhã Pataxó = Coração de guerreiro Xauá Pataxó = Pássaro Aderno Pataxó = Árvore de resistência Suryatã Pataxó = Enviado por Deus Sayra Pataxó = Rainha dos pássaros
6 | Revista Pilotis
branco”, tanto é que o registro civil é
(Professor), eu tinha vontade de aprender
obrigatório para os índios. A maioria deles
a ler e escrever e o senhor tirou”.
adota um nome indígena que tem um sig-
Hoje, as 17 tribos pataxó do Sul da Bahia
nificado geralmente relacionado à natu-
contam com escolas indígenas em algu-
reza, e o sobrenome é sempre “Pataxó”.
mas aldeias, onde o índio aprende a língua
Segundo Nitynawã Pataxó, líder indígena
portuguesa e o patxohã, que é a língua
da reserva da Jaqueira, que em criança
pataxó, pertencente ao tronco macro-jê.
vivia na mata, quando os índios conhe-
O guia recebe os visitantes na reserva da
ceram a televisão, discutiram entre si a
Jaqueira, dizendo-lhes: Taputá (Seja bem-
respeito do modo como as pessoas en-
-vindo), que Niamisu (Deus) os abençoe,
travam naquela caixa de madeira e dela
e Awery (Obrigado) pela sua visita. Nos
saíam. No tocante à educação, Nityna-
rituais de agradecimento, o pajé (curan-
wã conta que as escolas que aceitavam
deiro) acende num coité (cuia) um pouco
estudantes índios eram poucas e eles
de incenso e, por meio de uma dança ao
eram tratados de forma discriminatória
som do marakâyñã (maracá), os visitantes
por professores e por alunos; eram tidos
são saudados e purificados para adentra-
como selvagens, mesmo estando dentro
rem a aldeia.
de uma sala de aula. Nitynawã conta que
Alguns rituais se mantêm nas tribos tal
começou a estudar com 20 anos e, após
qual os faziam seus ancestrais. É o que
ser vítima de chacota, durante a aula, por
ocorre, por exemplo, com os rituais do
parte de um professor, disse-lhe: “Ipakâié
casamento. Quando um rapaz se inte-
EXPOSIÇÃO
ressava por uma moça, jogava para ela
com vistas ao sustento da família. Carre-
ancorou suas caravelas e naus e onde
uma pedrinha; se ela jogasse outra pedri-
gar o tronco simboliza a responsabilida-
foi celebrada a primeira missa do Brasil,
nha, estava interessada também. Assim,
de do noivo para com sua futura esposa;
pelo frei franciscano Henrique Soares
as pedrinhas continuavam a ser jogadas,
pois, com a invasão dos colonizadores,
de Coimbra.
até que o rapaz jogasse uma flor, o que
muitas vezes as aldeias eram destruídas
Viajando por mais de 500 anos de in-
simbolizava um pedido de casamento. O
e as mulheres, escravizadas e estupradas.
tervenção da cultura indígena no Brasil,
próximo passo era pedir autorização para
Por isso, o homem deveria abandonar
verificamos que o índio tem muito a nos
o cacique, que, por sua vez, comunica-
tudo e carregar nas costas sua esposa
ensinar ainda, com seus costumes, seu
va a família dos noivos. Marcado o ritual
para salvá-la. Daí a explicação do tronco
respeito à natureza e aos antepassados.
do casamento, o noivo deveria caçar um
com o peso da esposa. Para concluir essa
Assim, finalizo com um ditado do pajé
porco-do-mato e trazê-lo para a cerimô-
parte do ritual mais facilmente, os índios
Itambé de Coroa Vermelha, que era pro-
nia. Hoje, como não se pode mais caçar,
casam-se jovens, pois, “quanto mais ve-
ferido por seu avô pataxó:
um porco é solto e o noivo deve pegá-
lha for a noiva, mais pesado será o tron-
-lo, para simbolizar o ritual antigo. Outra
co”, brincam os pataxós.
“Corri atrás de boi grande
etapa do ritual de casamento consiste no
No município de Santa Cruz Cabrália,
Pedi a quem tem pra dar
fato de o noivo ter de carregar um tronco
na praia de Coroa Vermelha, existe uma
Quem anda em terras alheias
que tenha o peso da noiva, por mais de
aldeia urbana pataxó, já descaracteri-
Pisa no chão devagar”
200 metros. Sem essas etapas cumpridas
zada do formato tradicional de aldeia,
o casamento não se realiza.
porém com a presença marcante de
Awery (Obrigado) aos irmãos pataxós,
A caça ao porco-do-mato representa a
índios pataxó que vivem da venda de
que tanto nos ajudaram nessa pesquisa.
disponibilidade do homem para caçar,
artesanato nessa região, onde Cabral
Que Niamisu (Deus) os abençoe. Revista Pilotis | 7
campanha
Uso consciente da
água O Colégio São Luís mobiliza toda a sua comunidade educativa para a campanha de uso consciente da água.
O
Sudeste do país está passando
sustentável. Algumas medidas adotadas
disso, iniciou-se, no Colégio, uma visto-
por grande preocupação por
em 2014 foram reforçadas e, com isso,
ria periódica em todas as válvulas de tor-
conta da falta de água. A seca
a redução da água utilizada já chega a
neiras e de vasos sanitários, para que se
mais de 30%.
encontre qualquer tipo de vazamento e
que já atinge pelo menos 133 cidades, além de afetar as residências, causa pre-
desperdício. Outras medidas incluem a
juízos ao comércio, à indústria e à agri-
MEDIDAS
instalação de temporizadores e de areja-
cultura. Atualmente, 29 países sofrem
Tendo em vista a redução do consumo,
dores em todas as torneiras do Colégio,
com o mesmo problema, e toda essa
o CSL construiu um reservatório com ca-
já que esses dois produtos misturam cor-
escassez é cada dia agravada pela falta
pacidade para cerca de 70 mil litros de
rente de ar com água, o que faz o fluxo
de uso consciente do recurso. Em meio
água da chuva. Esse recurso se destina a
de água diminuir. Por fim, orientou-se a
à crise hídrica que São Paulo enfrenta, o
atividades que não necessitam de água
equipe de limpeza e de manutenção so-
CSL tem o objetivo de sensibilizar e de
potável, como a limpeza do ginásio, das
bre a utilização reduzida e consciente da
conscientizar as pessoas para o consumo
quadras externas e dos banheiros. Além
água, com adoção de novas práticas.
8 | Revista Pilotis
campanha
VOCÊ SABIA? De toda a água do mundo, 2,5% é doce, mas apenas 0,02% dessa quantia está disponível para consumo. O restante é composto pela água salgada, do mar, imprópria para ingestão. Mesmo com poucos recursos, o Brasil é um dos países que mais dispõem de água no Planeta, porém conta com uma distribuição desigual, que não abastece todas as regiões. Além disso, uma grande parte da população não recebe água tratada e desperdiça cerca de 40%, que vazam por encanamentos precários. Não é só o Brasil que passa por dificuldades com relação à água, muitos países enfrentam ou já enfrentaram o mesmo problema. A Inglaterra sofreu uma grande crise hídrica por conta da falta de chuvas em 2000. Como solução, o governo investiu em uma usina que torna potável a água do mar. Ela chega a fornecer o recurso para 1 milhão de pessoas e a produzir 140 milhões de litros. A água é fundamental e indispensável, é responsável por proteger o corpo contra as doenças e até contra o envelhecimento. Sem esse recurso, o ser humano conseguiria viver apenas de 3 a 5 dias. no site Para mais informações, acesse www.saoluis.org
DICAS Além das medidas mencionadas, o CSL
- Guarde a última água da máquina de
- Feche a torneira enquanto escova os
está divulgando dicas que podem ser utili-
lavar roupas para lavar banheiros e a área
dentes, faz a barba ou lava as mãos.
zadas tanto no Colégio quanto fora dele:
externa da casa, e só use a máquina na
- Feche a torneira enquanto se ensaboa.
- Utilize baldes para recolher água do ba-
sua capacidade máxima.
- Verifique se há vazamentos de água,
nho e da chuva.
- Guarde a água da chuva ou da limpeza
torneiras malfechadas e válvulas de des-
- Retire o excesso de sujeira dos pratos,
dos aquários para regar as plantas.
carga malreguladas.
dos copos, dos talheres e das panelas
- Economize energia: no Brasil, 65% da ener-
- Pressão política: é preciso brigar por po-
antes de abrir a torneira e jamais deixe a
gia elétrica vem das usinas hidrelétricas, e 15%
líticas que cuidem dos rios e lagos e ga-
água correr enquanto ensaboa as louças.
de toda a energia gerada é desperdiçada.
rantam água potável para todos.
Revista Pilotis | 9
projeto de vida
Doutora em
seres humanos
10 | Revista Pilotis
projeto de vida
M
eu nome é Débora Gonçalves Ribeiro,
Por que fora de casa? Liberdade e amadurecimen-
tenho 22 anos, me formei no São Luís
to, eram esses meus desejos. Mudar-me para o
em 2009, estou no segundo ano de
Rio de Janeiro, sem meus pais por perto, foi difícil,
Medicina na Faculdade Federal do Estado do Rio
mas me ensinou a ser gente grande! Aprendi que
de Janeiro e acabei de voltar da Índia, onde fiz tra-
a geladeira não faz compras sozinha, que as rou-
balho voluntário por dois meses.
pas não são lavadas e passadas em um passe de mágica e que eu tenho muitas contas para pagar.
Faculdade. Por quê?
E a liberdade que eu digo não é só para sair e não
Todos me perguntam por que escolhi Medicina,
ter hora para voltar, é também poder faltar a uma
mas nunca sei muito bem o que dizer. Acho que
aula e depois saber que é preciso correr atrás do
quem escolhe Medicina por paixão já nasce com
prejuízo, é saber levar as coisas no meu tempo,
essa decisão, e acho que foi o meu caso.
mas não deixar de cumprir minhas obrigações!
Desde pequena queria ser médica e, com o passar
É claro que há dias em que a saudade é grande,
dos anos, essa minha vontade foi ficando cada vez
principalmente agora que tenho uma irmãzinha
maior. Estava decidida a entrar em uma faculdade
linda de 9 meses, mas, sempre que o coração
pública e fora de São Paulo. Esse sonho era tão
aperta, eu penso no tanto que desejei estar ali, e
forte, que fui capaz de aguentar 3 anos no cursi-
aí me acalmo e sei que tudo vale a pena.
“Fui para o lugar certo e conheci as pessoas certas!”
nho para passar no meu tão sonhado curso! Admito que foi muito difícil segurar as pontas en-
Índia. Como?
quanto eu estava no cursinho, com certeza foram
Quando descobri que eu teria dois meses de férias
meus piores anos (risos). Mas quando eu vi o meu
por causa do Copa do Mundo, duas ideias surgiram
nome na lista de faculdade federal e fora de São
na minha cabeça: viajar e fazer trabalho voluntário.
Paulo, todo o sofrimento sumiu da minha memória
Sou extremamente apaixonada pelas duas coisas.
e uma nova etapa começou em minha vida!
Já fiz um mochilão com amigos pela Bolívia, Peru e Revista Pilotis | 11
projeto de vida
O que eu mais aprendi na Índia:
Chile, e já fiz trabalho voluntário no Hospital Emi-
em Deus, saiba que Ele me ama muito. Fui ao lugar
lio Ribas. Nessas duas experiências, eu vi minha
certo e conheci as pessoas certas!
• A ver todos como uma
vida mudar drasticamente para melhor e, desde
Embarquei no dia 10 de junho e, quando entrei
grande família e a tratar
então, sempre busco boas mudanças.
no avião, prometi a mim mesma que não criaria
todos da mesma forma.
Bom, com essas duas ideias na cabeça fui procurar
expectativa alguma e que estaria aberta para tudo
alguém ou alguma empresa que pudesse me aju-
e para todos. E foi isso mesmo que fiz! Vivi um dia
• A ajudar todos a qualquer
dar a juntar minhas grandes paixões, e foi aí que
de cada vez, experimentei todos os tipos de comi-
momento, não importa se
descobri a AIESEC. Fui a reuniões para saber como
da, conheci pessoas do mundo todo e me entre-
você conhece a pessoa ou não.
funcionava, fiz entrevistas e decidi que correria
guei totalmente à cultura indiana. E me apaixonei!
atrás dessa oportunidade. Marquei Skype com
Apaixonava-me a cada dia pelas pessoas, pelos
• A parar de dar desculpa, a
meus pais para explicar essa minha nova aventura
temperos, pelas cores e pelos costumes. Eu me
deixar a preguiça de lado e
e escrevi uma carta com todos os detalhes para
apaixonei pela Índia de uma forma que é até difícil
a conhecer novos lugares e
eles perceberem que eu realmente queria ir e que
de explicar! Eu me apeguei tanto às pessoas de
novas pessoas.
estava preparada para isso.
lá, principalmente à família que me recebeu e aos
Eu poderia escolher qualquer país da América do
meus aluninhos, que eu pensei em trancar a minha
• A agradecer tudo o que
Sul, da África, do Leste Europeu e da Ásia e os pro-
faculdade e passar mais uns meses no local, mas
tenho e todos que tenho
jetos eram diversos. Eu estava decidida a ir à Ásia,
a cabeça falou um pouco mais alto que o coração
ao meu lado.
mas ainda não sabia a qual país; inscrevi-me em
e eu decidi voltar ao Brasil, terminar meus estudos
programas na Tailândia, nas Filipinas, na Índia e na
direitinho e me programar para voltar à Índia.
• A dar valor às pequenas
Indonésia, e, após fazer entrevistas por Skype com
Se eu pudesse voltar no tempo, mudaria nadinha,
coisas e a dar mais atenção às
pessoas de lá, eu decidi ir para Ahmedabad, uma
nadinha da minha vida! Foi difícil ficar no cursi-
pessoas do que aos materiais.
cidade na Índia, onde eu trabalharia em uma escola
nho tanto tempo, é difícil morar longe dos pais,
como professora de inglês para crianças da favela.
foi arriscado ir à Índia sozinha, mas graças a tudo
Para quem acredita em sorte, eu sou muito sortu-
isso eu sou quem sou hoje, estou muito orgulhosa
da. Para quem acredita em destino, o caminho tra-
da pessoa que me tornei e sou muito feliz com a
çado para mim é muito bom. E para quem acredita
minha vida!
12 | Revista Pilotis
curso extra
Mandarim no colégio são luÍs O CSL lança o curso extra de Mandarim, considerado a língua do futuro. Por Fernanda Dias, estagiária do DECOM
C
om o mundo cada vez mais
língua é uma das melhores maneiras de
to acerca do mandarim, da cultura e da
globalizado, a influência eco-
se preparar para o mercado de trabalho.
forma de pensar dos chineses pode ser
nômica e cultural da China vem
fundamental para se fecharem bons ne-
crescendo muito. Desde 1990, a Chi-
O MANDARIM
gócios. Por isso, ter esse diferencial pode
na tem roubado a cena e se destacado
Mandarim é o nome dado a uma cate-
proporcionar um importante impulso à
como o país que mais cresce no Planeta,
goria de dialetos chineses, também co-
carreira pessoal.
além de ser o maior parceiro comercial
nhecida como chinês tradicional, falado
do Brasil, da Rússia e de muitos outros
na região central, Norte e Sudoeste da
países. Diante desse avanço, o manda-
China. Ele tem oitenta mil caracteres, dos
O Colégio São Luís oferece o curso para
rim está chegando com toda a força e
quais sete mil são mais frequentemente
crianças acima dos 7 anos de idade. Para mais
já é procurado por uma grande parte da
usados. Na China, 94% das pessoas fa-
informações, entre em contato conosco pelos
população, com vistas à melhoria de seu
lam essa língua, o que equivale a 840
telefones 3675-6898 / 3672-5881 ou pelo
futuro profissional. Hoje, aprender essa
milhões de falantes. Hoje, o conhecimen-
e-mail: chinbra@chinbra.com.br.
saiba mais
Revista Pilotis | 13
avaliação
Parceria Jovem CSL e Anchietanum Antigas alunas do E. M. Noturno participam de Voluntariado Jovem no Centro Pastoral Anchietanum e relatam a experiência.
Por Isabella Egídio Corrêa e Karina Pelizaro, antigas alunas do Ensino Médio Noturno do Colégio São Luís.
14 | Revista Pilotis
avaliação
O
Voluntariado Jovem é uma ex-
o intuito de propor uma reflexão e de
sorrisos e os olhares que recebemos das
periência de doação ao próxi-
encorajar a todos para as atividades do
pessoas com as quais interagimos, o que
mo, por meio do serviço co-
dia seguinte. Após o jantar, tínhamos
nos deu a sensação de missão cumprida e
munitário, em que somos convidados a
momentos de formação – organizados
ânimo para as próximas.
abandonar todo o receio em relação aos
por militantes políticos e por pessoas das
marginalizados e a conviver com eles,
obras de que participávamos – durante
O futuro
tentando reacender o desejo de resgatar
os quais refletíamos sobre as realidades
No Centro Pastoral Anchietanum pode-
sua dignidade diante dos paradigmas de
invisíveis da sociedade.
mos dar continuidade às atividades ina-
exclusão impostos pela sociedade.
As obras sociais cobertas pelo projeto
cianas realizadas no Colégio São Luís:
atendem pessoas em situação de vul-
além do Voluntariado, existem vários
A experiência
nerabilidade social. Os serviços eram di-
projetos de formação espiritual, humana
No Centro Pastoral Anchietanum, todos
recionados a crianças, a adolescentes, a
e social, que nos dão a oportunidade de
os jovens participantes foram divididos
moradores de rua e a refugiados.
uma vida em oração. É um lugar que aco-
em equipes, por meio de uma dinâmi-
lhe a nós, antigos alunos, como se fosse
ca de oração pessoal e contemplativa, e
O resultado
uma extensão do Colégio.
convidados a observar suas resistências
Participar do Voluntariado Jovem possibili-
Hoje, conseguimos abrir o coração e dei-
e desejos, para que fossem enviados às
tou uma experiência que nos fez enxergar
xar que o espírito de cidadania e o ser-
obras sociais.
o mundo de uma forma mais humanizada
viço aos irmãos façam parte de nossas
Nossa rotina era a seguinte: ao acordar,
e despertou em nós sentimentos e valores
vidas. Somos pessoas melhores porque
participávamos de uma oração em gru-
cristãos: gratuidade, entrega, compaixão,
conseguimos nos colocar, de forma real,
po ou da missa do dia e, após o café,
defesa da justiça, amor ao próximo, amor
no lugar e no coração das outras pesso-
íamos para nossas respectivas obras.
ao servir e, principalmente, encontro,
as, sobretudo das que mais precisam de
No retorno, havia uma oração da noite,
não só com as pessoas mas também com
atenção e de respeito. Ser voluntário é
preparada pelos próprios voluntários,
Deus, que se mostra em cada uma delas.
nada mais do que realizar o serviço de
vindos de diversas partes do Brasil, com
Em nossos corações ficaram marcados os
cidadania em sua plenitude. Revista Pilotis | 15
artigo
O Colégio São Luís e as
Ciências
Por Paulo Goulart, escritor e pesquisador, autor do livro Pontapé Inicial para o Futebol no Brasil.
16 | Revista Pilotis
artigo
A
caminho de completar 150 anos
- Publicações periódicas, tais como o anu-
ção em cuja História pode-se identificar
de fundação – o que ocorrerá em
ário Solene Distribuição de Prêmios, de
uma continuada atenção ao registro do-
2017 – o Colégio São Luís está
1868, a Revista São Luís e a atual Pilotis,
cumental de suas ações (especialmente
realizando um mergulho em sua própria
que constituem uma fonte preciosa, pois
por meio de anuários, de revistas e de fo-
História. O projeto O Colégio São Luís e
representam um retrato fiel do Colégio
tografias – além dos registros administra-
as Ciências, iniciado em 2014, visa trazer
mês a mês, ano a ano, e das distintas ati-
tivos e acadêmicos) desde sua instalação
novas luzes na secular trajetória do Colé-
vidades desenvolvidas;
em Itu, o levantamento de informações
gio, com base em importantes pilares de
- O acervo do Museu do Colégio, forma-
tende a ser bastante frutífero, o que per-
sua ação pedagógica. Iniciou-se o projeto
do por materiais remanescentes do Co-
mitirá que se chegue a um entendimento
em 2014 com a edição do livro Pontapé
légio em Itu, que dispõe de diversificada
bastante satisfatório da evolução do tema
inicial para o futebol no Brasil – O bate-
coletânea de objetos, peças e equipa-
“Ciências” ao longo de sua História.
-bolão e os esportes no Colégio São Luís:
mentos centenários – além dos animais
Nesse contexto, a realização do projeto
1880-2014, em que os esportes foram “a
taxidermizados do Museu de História Na-
O Colégio São Luís e as Ciências aponta
bola da vez”.
tural – hoje uma insubstituível fonte;
para alguns importantes desafios:
Em 2015, o São Luís definiu como objeto
- Acervo fotográfico do Colégio São Luís,
- Compreender as causas do surgimen-
de pesquisa do próximo livro o tema “Ci-
composto por milhares de imagens que
to de algumas iniciativas do Colégio em
ências” e como esse conteúdo, em suas
datam do século XIX. É outra fonte im-
seus primórdios e verificar como se de-
diferentes manifestações ao longo do
prescindível para uma compreensão me-
senvolveram, como o Museu de Física e
tempo, foi sendo instituído, conceituado,
lhor dessa História, além de ser matéria-
de História Natural, o Observatório Mete-
elaborado, transmitido, absorvido e inse-
-prima para a documentação visual do
orológico, entre outras.
rido, por alunos e ex-alunos, em seu coti-
livro a ser publicado;
- Resgatar a “genealogia” das disciplinas,
diano e em suas vidas depois do Colégio.
- Site do Colégio, onde estão registradas
das aulas laboratoriais e dos diversos proje-
Para a realização da pesquisa, algumas
inúmeras atividades pedagógicas;
tos atualmente desenvolvidos pelo Colégio
fontes estão sendo contempladas:
- Visita ao antigo Colégio São Luís, em Itu,
no âmbito das Ciências – sua dinâmica e
- Entrevistas com professores, coordena-
onde atualmente está o Museu do Quartel.
interface com as demais disciplinas e ações.
dores, ex-diretores, ex-alunos e colabora-
Com a utilização dessas fontes e com a
É, sem dúvida, um projeto desafiante e há
dores cujas experiências no Colégio São
aplicação de procedimentos de pesquisa
de ser revelador. Espera-se, por meio des-
Luís fornecem informações e reflexões
será possível resgatar e sistematizar infor-
sas premissas de trabalho, acrescendo-se
fundamentais, especialmente sobre as úl-
mações no âmbito das Ciências no Colé-
aí as colaborações espontâneas, chegar a
timas três décadas da História do Colégio;
gio. Esse é o passo a partir do qual será
uma compreensão consistente de como
- Pesquisa bibliográfica, com destaque
possível chegar a uma compreensão do
esses quase 150 anos da História do tema
para as publicações que registram a His-
tema no Colégio, desde as raízes até as
“Ciências” contribuíram para o aprimo-
tória do São Luís, especialmente até mea-
práticas pedagógicas atuais.
ramento dos paradigmas pedagógicos do
dos do século XX;
Como o Colégio São Luís é uma institui-
Colégio São Luís. Revista Pilotis | 17
vida
é nato ou adquirido?
Por Marcia Guerra e Julia Braun, do Departamento de Comunicação.
18 | Revista Pilotis
vida
Q
uando você vê alguém que faz
rado um “talento”? A questão é subjeti-
para desempenhar de forma acima dos
algo excepcionalmente bem,
va ou realmente querem alguém que se
padrões normais uma determinada fun-
quais frases logo aparecem na
enquadre no perfil que procuram? Sendo
ção”, escreve Assunção.
assim, para ser considerado um talento,
Bom, até aqui já temos material suficien-
você precisa encontrar o meio por onde
te para abrir nossas mentes para essa
“Que dom maravilhoso!” ou...
expressá-lo e pessoas e/ou empresas e lu-
questão. E, nesse contexto, a revista Pilo-
“Quanto esforço para chegar até aqui!”
gares que o reconheçam como tal?
tis inicia nesta edição uma série de bate-
sua cabeça?
Para nos ajudar, veja o que diz o Dicioná-
-papos com nossos alunos que já desco-
O talento nasce com a pessoa ou pode
rio de Ciências do Esporte: talento é um
briram o seu talento e se dedicam a ele
ser conquistado? Esse tema é discutido
“termo usual da linguagem para deter-
no seu dia a dia. Quem sabe se, ao ler
por pesquisadores, pais, professores, en-
minar indivíduos que possuem aptidões
esses relatos, você que ainda não encon-
genheiros e cientistas há milênios.
específicas melhores do que a média para
trou um talento para amar e cultivar se
No dicionário Aurélio da Língua Portu-
um determinado domínio, porém, ainda
inspira e vai em frente?
guesa, encontramos a seguinte definição
não totalmente desenvolvidas”.
para o termo talento: “Aptidão natural
A revista Exame, em uma de suas edi-
Nonô Lellis
ou adquirida”, o que não nos ajuda a en-
ções, citou Alfredo Assunção, autor do
Nossa aluna da 3.ª série do EM Diurno
contrar uma resposta à questão.
livro Talento – A Verdadeira Riqueza das
participou do The Voice Brasil, exibido
Agora, precisamos mesmo de uma res-
Nações (Editora Scortecci), com a defi-
pela Rede Globo, e obteve grande suces-
posta “certa” ou nos bastam uma re-
nição para talento: “é a condição de se
so por parte do público e dos jurados.
flexão com a ajuda de alguns autores e
fazer necessário para uma determinada
alguns pensamentos diferentes, que nos
função, atividade ou realização de so-
Revista Pilotis - Como e quando co-
permitam enxergar a questão por todos
nhos, próprios ou de terceiros, compro-
meçou o seu interesse pela música?
os lados, para que tiremos nossas pró-
vando feitos memoráveis ou que altera-
Quais suas principais influências?
prias conclusões?
ram para o bem uma condição vigente
Nonô Lellis – Eu sempre gostei muito de
Todos já vimos anúncios, ofertas de em-
qualquer. Falamos de um ser humano
música, desde que me entendo por gen-
prego e programas de bolsa de estudo
normal dotado de vontade, com apti-
te. Tive grande influência da minha mãe,
que procuram por “jovens talentos”. Do
dão e atitude positiva para desenvolver-
que sempre estava com o rádio ligado em
que um jovem precisa para ser conside-
-se usando de tecnicismos necessários
casa ou ouvindo CDs. Revista Pilotis | 19
vida
“Este ano prestarei vestibular para Música e se der tudo certo em breve serei aluna da USP, como meus irmãos.” RP - Você toca algum instrumento?
Minha maior realização foi ter conseguido
NL - Eu faço aulas de piano, mas tenho
chegar à semifinal de um programa tão
vontade de aprender a tocar violão e ba-
grande como o The Voice Brasil e ser re-
teria também.
conhecida carinhosamente pelas pessoas.
RP- Como é a sua formação musical?
RP - Você já compôs? Pretende? Quais
Você faz aulas de canto? Desde quan-
suas ambições musicais?
do e qual a rotina?
NL - Eu já tentei compor. Achei beeeem
NL - Tenho aulas de canto desde os
difícil (risos), mas não vou desistir!
meus dez anos, quando eu me mudei
Pretendo gravar um CD, fazer shows e
para São Paulo.
videoclipes com músicas de que eu gos-
Comecei fazendo aula em escola de mú-
to e, quem sabe, com músicas compos-
sica em uma turma com outros alunos e,
tas por mim.
atualmente, tenho aulas particulares com uma professora, que, além de ser prepa-
RP - E o The Voice? Como você pode
radora vocal, é também fonoaudióloga.
descrever essa experiência?
A aula tem duração de uma hora e são
NL - Eu sempre gostei de programas de
quatro aulas por mês. Durante o The Voi-
talento e sempre foi um sonho meu par-
ce Brasil tive que fazer de 4 a 5 horas por
ticipar de um deles.
dia para me preparar para as apresenta-
Quando foi anunciado que pessoas com
ções e, quando estava no Rio de Janeiro,
16 anos poderiam se candidatar, me
fazia a aula por Skype.
inscrevi na hora. Escolhi cantar no meu vídeo de inscrição a música We Remain,
20 | Revista Pilotis
RP - Qual a sua maior realização como
da Christina Aguilera, tema do Filme Ca-
cantora?
tching Fire, pois adorei o livro e o filme.
NL - Eu amo cantar porque foi a manei-
Foram 200.000 inscrições e eu consegui
ra que eu achei para conseguir expressar
chegar entre os 8 semifinalistas.
meus sentimentos.
Foi uma experiência maravilhosa e sinto
vida
que amadureci demais nesses meses, pois
minha família, me ajudam a manter o pé
de melhor ator no Festival de Cinema do
tive que lidar com diversos tipos de senti-
no chão e a não esquecer quem eu real-
Rio de Janeiro pelo filme Ausências no
mentos e situações.
mente sou.
ano passado.
RP - Qual o maior aprendizado dessa
RP - Como você se imagina daqui a 5
Revista Pilotis - Como você conheceu
experiência? E qual o maior desafio?
ou 10 anos?
o CSL e por que decidiu estudar aqui?
NL - O maior aprendizado foi aceitar crí-
NL - Eu me imagino fazendo shows ao
Matheus Fagundes - Eu conheci o CSL
ticas. O maior desafio foi lidar com tanta
redor do mundo (risos), continuo pen-
através da minha irmã, porque ela tam-
pressão e controlar a ansiedade.
sando grande, viajando, viajando e co-
bém estudou os três anos do Ensino Mé-
nhecendo lugares novos e culturas dife-
dio aqui e saiu com uma ótima formação,
Quais serão seus próximos passos na
rentes, fazendo parcerias musicais com
ingressando numa universidade muito
área musical e na acadêmica (vestibular)?
os meus ídolos...
boa. O CSL é muito bom, é muito qualifi-
NL - Continuar focada nos estudos do Co-
cado, tem excelentes professores, e eu sa-
légio e de canto. Este ano prestarei vestibu-
RP - Sua influência sobre as gerações
lar para Música e se der tudo certo em bre-
mais novas é impressionante. Como
ve serei aluna da USP, como meus irmãos.
você encara isso?
RP - Quais são as melhores recorda-
NL - Eu fico muito feliz de ser inspira-
ções que você vai levar do CSL?
RP - Você é aluna do CSL há seis
ção para gerações mais novas, gosto de
MF - Acho que a melhor é a formatura.
anos, correto? O Colégio tem influ-
mostrar para eles que sempre vale a pena
Mas também adorei os treinos de futebol
ência sobre quem você é ou sobre
correr atrás de um sonho, independente-
e de ter participado do Interamizade. As
suas escolhas?
mente de quantos anos você tem, qual
pessoas que eu conheci, com quem eu
NL - Sim, seis anos! Fico triste só de pen-
seu tamanho ou sua experiência.
criei relações muito legais, também quero
sar que 2015 é o meu último ano aqui,
bia que estudar aqui ia me agregar muito.
levar para a vida toda.
mas sei que o Colégio São Luís será sem-
Matheus Fagundes
pre minha segunda casa.
Formou-se no Ensino Médio Noturno em
RP - Qual foi sua escolha de curso
O CSL me ensinou os verdadeiros valores
2014, é ator, participou da minissérie da
para o vestibular e por quê?
da vida. Os professores, coordenadores,
Rede Globo Felizes para Sempre? em ja-
MF - Eu escolhi Cinema. O curso de Ci-
amigos e namorado, juntamente com a
neiro deste ano e foi vencedor do prêmio
nema não abrange nada de atuação, mas
fotos divulgação
Revista Pilotis | 21
vida
eu gosto muito de escrever e a matéria
MF - Eu faço um curso de preparação
canto, instrumento, dança. Eu fui gos-
em que me dou melhor é redação. Fu-
para Cinema, voltado para atuação,
tando, e depois comecei a caminhar com
turamente eu quero ser um roteirista ou
com um cara que eu considero meu
minhas próprias pernas.
até mesmo um diretor, então por isso
mentor, meu mestre nesse meio, que é
optei por cursar Cinema. Também gosto
o Marcio Meriel. Ele me ajuda de várias
RP - Você tem algum ídolo, inspiração
muito de fotografia, e o curso de Cinema
formas, tanto na atuação quanto na
dentro da área da atuação?
abrange essas três coisas: direção, roteiro
vida, ele é um amigo. E foi com ele que
MF - Não existe alguém que olho e falo:
e fotografia. Como ator, conhecer mais
eu comecei a estudar, aprendi os primei-
“quero ter exatamente a mesma carrei-
sobre câmera, lente e roteiro me agrega
ros passos.
ra”. Mas existem muitos atores que eu admiro muito. Um deles é o Lima Duarte.
muito, também. RP - E além do Marcio, teve alguém
Eu acho que ele é um ator excelente e
RP - Quando você decidiu que queria
da sua família que inspirou você e
tenho muita vontade de trabalhar com
ser ator?
o ajudou?
ele. Existem outros atores que eu acho
MF - Eu percebi que poderia ter isso como
MF - Minha mãe. Na verdade, se não
fantásticos também: o Rodrigo Santoro,
profissão e que era isso que eu queria
fosse ela, eu não teria começado, por-
os trabalhos e o caminho que ele está se-
para a minha vida há três anos, quando
que, como falei, eu comecei fazendo
guindo; o Wagner Moura; Irandhir San-
decidi estudar atuação. Mas meu primei-
propagandas e foi minha mãe quem me
tos. São atores de referência no cinema
ro trabalho profissional foi em 2007, em
agenciou. Ela me incentivava, meu pai
e na televisão.
um curta-metragem com o diretor Vitor
também. Mas ela corria comigo para lá
Brandt. Antes desse curta eu já tinha feito
e para cá. Depois das publicidades eu fiz
RP - Quais são seus planos para o fu-
algumas publicidades, mas meu primeiro
o curta e vi que era isso que queria pra
turo, além da faculdade?
trabalho no cinema foi esse curta. E aí eu
mim. Ela que começou por mim, e eu de-
MF - Eu quero continuar trabalhando.
fui pegando gosto pela coisa, fui gostan-
cidi dar segmento.
Tenho alguns projetos bem legais para o ano que vem, que espero que deem cer-
do, fui querendo saber mais como era e me joguei mais nesse universo. Estou es-
RP - E por que ela agenciou você? Ela
to. Mas meu plano é continuar estudan-
tudando há três anos.
viu um talento especial em você?
do, dar segmento num curso superior,
MF - Ela sempre gostou do meio artístico
viajar, quero viajar também! De começo
e sempre me colocou para fazer aula de
só planejei isso.
RP - E como é o curso que você faz? 22 | Revista Pilotis
vida
“Eu gosto muito do teatro, adoro a televisão, mas a minha paixão é o cinema.” RP - Para você, qual é o maior desafio
MF - Graças a Deus já tive a oportuni-
da carreira de ator?
dade de experimentar um pouco de cada
MF - Estar em constante evolução, sem-
segmento. Eu gosto muito do teatro,
pre estudando. Nunca achar que você
adoro a televisão, mas a minha paixão é
está pronto, porque não tem como você
o cinema. O cinema foi onde eu comecei
chegar em um momento e falar: eu estou
e acho que é daí que vem essa paixão.
pronto, não tenho mais o que estudar. Porque você só faz na arte aquilo que você faz
RP - Você consegue conciliar bem a
na vida. Tem uma frase que eu adoro de
carreira de ator com o colégio e com
Stanislavski: “Se você quer evoluir como
o vestibular?
ator, evolua como indivíduo”. Acho que o
MF - É corrido, mas dá para conciliar.
maior desafio é esse, estar sempre em evo-
Um tempo atrás eu estava filmando em
lução e nunca estagnar, achar que você já
Brasília, então eu ia e voltava, e quando
está pronto, isso para mim não existe.
tinha tempo dava uma lida nas matérias, procurava ficar por dentro do que esta-
RP - Você tem um grande objetivo na
va acontecendo no Colégio. Mas dá para
carreira, como ser protagonista da
conciliar, sim, é só se esforçar que dá para
novela das 9?
tirar de letra.
MF - Eu tenho um grande sonho que é ganhar o Oscar (risos). Está um pouco
RP - Sua família e o Colégio apoia-
longe, tenho que fazer alguns trabalhos
ram você?
ainda. Mas se eu for traçar um grande
MF - Sempre me apoiaram, sempre.
objetivo, esse seria o ápice da carreira de
O Colégio me ajudou muito, e eu sou
qualquer ator. Espero conseguir realizar
muito grato. Eles me deram liberdade
esse sonho um dia.
para dar segmento nessa área que eu amo. É muita matéria e eles me enten-
RP - Você prefere cinema, teatro ou
deram, procuraram me ajudar sempre
televisão?
que possível.
fotos divulgação
Revista Pilotis | 23
capa
24 | Revista Pilotis
capa
novo complexo esportivo e cultural Perto de completar 148 anos de existência, o CSL inaugura novo e moderno espaço que trará desenvolvimento cultural e esportivo para os alunos.
Por Fernanda Dias e Marcia Guerra, do departamento de comunicação. fotos tom dib, paulo sutti e dta
Revista Pilotis | 25
capa
O
Colégio São Luís inaugurou o seu novo ginásio – a Casa da Cultura e dos Esportes – no início deste ano letivo. O espaço, com
9.062 metros quadrados, substituiu o antigo ginásio, construído na década de 1950. A obra é mais um investimento dos jesuítas com vistas ao aperfeiçoamento e à modernização de suas instalações. O espaço vem sendo usado desde o início do ano para as aulas de Educação Física e para os treinos esportivos dos alunos, porém sua inauguração oficial ocorreu nos dias 26 e 27 de março, com uma programação especial.
As comemorações Na quinta-feira, 26, ofereceu-se um café da manhã a todos os envolvidos na obra – engenheiros, construtores e funcionários do CSL. Na hora do intervalo do Ensino Médio Diurno, Pe. Eduardo Henriques, SJ, nosso diretor-geral, abençoou o espaço, e um grupo de alunos e de professores realizou diversas apresentações musicais. 26 | Revista Pilotis
capa
“A nova estrutura proporciona melhor visão da plateia, melhor iluminação e tratamento acústico adequado.”
Na sexta-feira, 27, shows da nossa aluna da 3.ª
No final do século XX, inaugurou-se a piscina, que
série EM Nonô Lellis e sua banda marcaram a inau-
mais tarde se tornou aquecida, para que as aulas de
guração do Ginásio em todos os intervalos do Ensi-
Educação Física fossem aproveitadas em todas as
no Fundamental I e II e do Ensino Médio Noturno.
estações do ano. Tempos depois, em 2012, quando
Padre Eduardo, além de abençoar todos os mo-
o Colégio completava 145 anos, houve o anúncio
mentos junto aos alunos, aproveitou a ocasião
de um novo espaço para a prática esportiva. A pro-
para se despedir do Colégio, pois, a partir do mês
posta era buscar o aproveitamento dos alunos no
de abril, estará encarregado da reitoria e de acom-
ambiente escolar, marcando-se, assim, mais uma
panhar o trabalho pastoral do Santuário Nossa Se-
vez, a trajetória pedagógica e esportiva do CSL.
nhora de Fátima, na Bahia.
O complexo foge à estrutura original e é feito com
Também para comemorar a inauguração, teve iní-
base no Steel Deck, um projeto arquitetônico ar-
cio uma exposição fotográfica do professor de His-
rojado, que gera leveza e economia. Além disso,
tória do 9.º ano EF, Paulo Sutti, que acompanhou
o lugar é composto por dois andares, em uma
de perto a construção do novo ginásio, desde o
estrutura de vidro que contém salas para práticas
início até a conclusão das obras, fazendo registros
de cursos extras, vestiário, sala de bolas, sala mais
com sua máquina fotográfica.
ampla para professores, palco móvel, arquibancada retrátil e redes de proteção e placar automa-
Um pouco de História
tizados. Além disso, construiu-se, no terraço, o
Antigamente, o ambiente dedicado às práticas es-
campo de futebol com grama sintética, e agora há
portivas era de terra. Com o tempo, veio a quadra
quatro quadras que podem ser utilizadas também
coberta, poliesportiva, com iluminação e placar.
na transversal. Essa nova estrutura proporciona Revista Pilotis | 27
capa
“Uma nova fachada, que deixou o nosso quarteirão mais moderno e valorizado.”
melhor visão da plateia, melhor iluminação e tra-
qualidade do som e da luz instalados possibilita a
tamento acústico adequado. Por fim, pensando-se
realização de shows e de apresentações de música
em contribuição com o meio ambiente, o proje-
e de dança.
to contempla o reuso da água da chuva, captada
Além disso, nos andares de cima, a sala multiuso
para a limpeza dos banheiros do próprio ginásio e
pode ser dividida em duas ou utilizada com seu
das quadras externas, além de melhor aproveita-
tamanho original para aulas de dança, de teatro e,
mento da energia.
ainda, para palestras e reuniões. O campo de futebol society, de grama sintética,
NA TV SÃO LUÍS A TV São Luís fez uma matéria exclusiva sobre o novo complexo esportivo. Veja-a em nosso canal do YouTube: www.youtube.com/tvsaoluis
28 | Revista Pilotis
Cultura e Esportes
agradou os alunos praticantes do esporte, que po-
O novo espaço está destinado a marcar diversos
dem realizar seus treinos ao livre.
eventos que acontecem no São Luís, bem como
A arquitetura do novo ginásio, localizado na esqui-
a servir de apoio e de estrutura para as aulas da
na das ruas Luís Coelho e Haddock Lobo, ofere-
equipe de Educação Física e Esportes.
ceu, ainda, para a região da Avenida Paulista, uma
A arquibancada retrátil é uma inovação que per-
nova fachada, que deixou o nosso quarteirão mais
mite melhor utilização do espaço para as aulas, e a
moderno e valorizado.
capa
“Felicidade. Essa palavra expressa realmente o que
Agora podemos perceber que, além da beleza,
Fabio Oliani,
nós, da equipe de Educação Física do Colégio São
demos um salto muito grande em qualidade. O
Coordenador da
Luís, estamos sentindo. Constatamos o quanto va-
Ginásio pode ser dividido em dois por meio de
Educação Física e
leu a pena esse tempo em que ficamos sem o nos-
redes removíveis, a arquibancada é retrátil, há
Esportes do CSL
so antigo Ginásio, tempo em que imaginávamos
uma sala multiuso que utilizamos para as aulas
como ficariam as novas estruturas, acompanháva-
de dança e de pilates, e a cereja do bolo: um
mos, enquanto estávamos em aula, aquela grua su-
campo de futebol society no coração da Avenida
bindo estruturas enormes. Havia muitas discussões
Paulista. Dá vontade de jogar com os alunos em
em nossa sala improvisada (que, apesar de hoje
todas as aulas. Felicidade e muito trabalho é o
estarmos bem-instalados, deixa saudade), na ten-
que esperamos com esse novo complexo espor-
tativa de visualizarmos como ficariam as quadras.
tivo e cultural!”
Revista Pilotis | 29
avaliação
O que mudou no
de notas do csl em 2015?
A
equipe pedagógica do CSL está
• Recuperação dos conteúdos e não ape-
em constante reflexão a respeito
nas da nota.
de suas práticas educativas.
Após pesquisa realizada com o corpo do-
Abaixo, segue em que consiste cada um
cente e a autoavaliação da FLACSI, em
dos tipos de Apoio Pedagógico:
que todos os processos do Colégio foram de avaliação e de recuperação, com o
APOIO PEDAGÓGICO DIFERENCIADO
objetivo de melhorar a aprendizagem e o
• Foco nos conteúdos básicos do bimes-
acompanhamento acadêmico.
tre anterior.
Nesse contexto, desde o início deste ano, al-
• Orientações de estudo e exercícios com
gumas medidas – já comunicadas em todas
gabarito no Moodle.
as reuniões de pais – vêm sendo tomadas.
• Videoaulas.
analisados, o Colégio revisou seu sistema
• Plantões / Chat.
São estas: os segmentos.
APOIO PEDAGÓGICO DIRECIONADO
• Distribuição uniforme dos pesos das
• Foco nos conteúdos básicos do bimes-
avaliações no Ensino Fundamental.
tre anterior.
• Sistema de recuperação que inclui aulas
• Orientações de estudo e exercícios com
e avaliação de recuperação.
gabarito no Moodle.
• Aulas de recuperação com conteúdos
• Videoaulas.
essenciais do bimestre anterior.
• Plantões / Chat.
• Distribuição de pesos para notas bimes-
• Aulas presenciais por disciplina, fora do
trais e nota de recuperação.
horário regular das aulas.
• Sistema unificado de avaliação em todos
30 | Revista Pilotis
avaliação
Para que todos entendam melhor, o processo de recuperação acontecerá da seguinte maneira:
1.º, 2.º e 3.º bimestre, em todas as disciplinas Alunos com média maior ou igual a 5,0 e menor ou igual a 7,0:
Cálculo da Média Bimestral de Recuperação
• Apoio Pedagógico Diferenciado MBR = (MB x 6 + NR x 4): 10
• Avaliação de Recuperação Alunos com média abaixo de 5,0:
A Média Bimestral de Recuperação
• Apoio Pedagógico Direcionado, com aulas presenciais
substituirá a Média do Bimestre, quando maior.
• Avaliação de Recuperação
Ensino Fundamental I (do 2.º ao 5.º ano)
nidade será dada aos alunos que tenham
• Todos os alunos com média bimestral infe-
interesse por esse recurso de recupera-
rior a 7,0 farão Avaliação de Recuperação.
• O Colégio manterá aulas de reforço gra-
ção, e será cobrada uma taxa por disci-
• As disciplinas de Arte, de Redação,
tuitas, em período não coincidente com o
plina oferecida.
de Filosofia, de Sociologia e de Ensino
das aulas regulares, para todos os alunos
• Todos os alunos com média bimestral infe-
Religioso oferecerão Apoio Pedagógico
com média bimestral inferior a 5,0.
rior a 7,0 farão Avaliação de Recuperação.
Diferenciado e orientações aos alunos
• Os alunos com média bimestral inferior
• As disciplinas de Arte, de Filosofia e de
em recuperação.
a 7,0 e igual ou superior a 5,0 receberão
Ensino Religioso oferecerão Apoio Peda-
Apoio Pedagógico Diferenciado.
gógico Diferenciado e orientações aos
Ensino Médio Noturno
• Todos os alunos com média bimestral infe-
alunos em recuperação.
• Os alunos com média bimestral inferior a 7,0 e igual ou superior a 5,0 receberão
rior a 7,0 farão Avaliação de Recuperação. • O calendário de Avaliação de Recupe-
Ensino Médio Diurno
Apoio Pedagógico Diferenciado.
ração obedecerá às especificidades do
• Os alunos com média bimestral inferior
• Os alunos com média bimestral infe-
respectivo grupo.
a 7,0 e igual ou superior a 5,0 receberão
rior a 5,0 serão orientados a participar
Apoio Pedagógico Diferenciado.
de Apoio Pedagógico Direcionado (aulas)
Ensino Fundamental II
• Os alunos com média bimestral infe-
da respectiva disciplina, marcado durante
• Os alunos com média bimestral inferior
rior a 5,0 serão orientados a participar
o bimestre, em período não coincidente
a 7,0 e igual ou superior a 5,0 receberão
de Apoio Pedagógico Direcionado (aulas)
com o das aulas regulares.
Apoio Pedagógico Diferenciado.
da respectiva disciplina, marcado durante
• Todos os alunos com média bimestral infe-
• Os alunos com média bimestral infe-
o bimestre, em período não coincidente
rior a 7,0 farão Avaliação de Recuperação.
rior a 5,0 serão orientados a participar
com o das aulas regulares. Essa oportu-
• As disciplinas de Arte, de Filosofia,
de Apoio Pedagógico Direcionado (aulas)
nidade será dada aos alunos que tenham
de Ensino Religioso, de Inglês e de Es-
da respectiva disciplina, marcado durante
interesse por esse recurso de recupera-
panhol oferecerão Apoio Pedagógico
o bimestre, em período não coincidente
ção, e será cobrada uma taxa por disci-
Diferenciado e orientações aos alunos
com o das aulas regulares. Essa oportu-
plina oferecida.
em recuperação. Revista Pilotis | 31
vestibular
lista de aprovados no
estibular Ensino Médio Diurno
Alexandre b. Bevilacqua
Carolina r. de Almeida Prado
FEI - Engenharia Mecânica
UC - Portugal - Economia
Instituto Mauá de Tecnologia - Eng. de Produção
UFJF - Ciências Contábeis USP - Economia Empresarial e Controladoria
Ana Beatriz O. P. Galhano
UNICAMP - Estatítisca
UNICAMP - Educação Física
INSPER - Economia
UNIFESP - Química Industrial
UNIFESP - Ciências Atuariais
Ana Beatriz Santana Lerner
Catarina de Laurenza Collaço
Escola Superior de Arte Célia Helena - Artes Cênicas
Belas Artes - Arquitetura ESPM - Design
Ana Luiza Greco Hubaika USP - História
Catarina Taveira Holsbach UFMS - Ciências Econômicas
Arina Soares Dias USP - Relações Internacionais
Clara Machado Campolim
UFABC - Bacharelado em Humanas
USP - Nutrição e Metabolismo
UFSC - Relações Internacionais
UNICAMP - Nutrição
Beatriz Garcia Nunes
Daiana Ji Ae Kim
USP - Administração
Mackenzie - Administração de Empresas
UNIFESP - Ciências Econômicas
Daniel Minatti Felismino Bruna Bertachini Eliseu
USP - Ciências Biológicas
Mackenzie - Publicidade e Propaganda
Eduardo Lanfredi T. Hills Lopes Camila Cunha de Gouvêa
Instituto Mauá de Tecnologia - Eng. de Alimentos
PUC - RJ - Jornalismo
PUC - SP - Relações Internacionais
ESPM - RJ - Comunicação Social
UFABC - Ciências e Tecnologia
IBMEC - RJ - Jornalismo UFRJ - Ciências Sociais 32 | Revista Pilotis
vestibular
Éric Yves Wuilleumier
Giovana S. Da C. Dias dos Santos
Mackenzie - Publicidade e Propaganda
USP - Marketing - 4.º lugar PUC - SP - Publicidade e Propaganda
Erika Taboada dos Santos
UNISANTOS - Publicidade e Propaganda - 1.º
ESPM - Administração
lugar Cásper Líbero - Publicidade e Propaganda
Fabio Debiazzi Oréfice
Mackenzie - Publicidade e Propaganda
FEI - Engenharia Civil UFMG - Engenharia Civil
Giovana Whang Tak Belas Artes - Arquitetura
Felipe Marangoni Mostardeiro UNESP - Engenharia Elétrica
Giovanna de C. Vieira Basile UFPR - Publicidade e Propaganda
Fernando Lima Meo Martins PUCCAMP - Direito
Guilherme F. Pires do Couto
Mackenzie - Direito
FAAP - Publicidade e Propaganda
Frederico Maria s. P. V. Vilar
Guilherme Lledo Marchetti
UNESP - Engenharia Biotecnológica
USP - Engenharia Mecânica
USP - Engenharia Bioquímica
UFMG - Engenharia Mecânica UNICAMP - Engenharia Mecânica
Gabriel de Melo Hachul
FEI - Engenharia Mecânica
USP - Administração de Empresas UNICAMP - Economia
Guilherme Paz Leça
UFABC - Ciências e Humanidades
UFSC - Engenharia Elétrica UFABC - Exatas
Gabriel dos Santos Barros PUC - Ciências Contábeis
Gustavo B. Amado Ferreira ESPM - Publicidade e Propaganda
Gabriel Polito Verdasca
INSPER - Administração de Empresas
UNICAMP - Administração
UFPE - Oceanografia Revista Pilotis | 33
vestibular
Gustavo Camargo de Barros
Júlia Nasser Carceles
FEI - Engenharia
Mackenzie - Engenharia Civil
Instituto Mauá de Tecnologia - Engenharia Civil
PUC - SP - Economia Instituto Mauá de Tecnologia - Engenharia Civil
Gustavo Fukuda
UFRJ - Ciências Matemáticas e da Terra
Mackenzie - Psicologia
Larissa Palomares Rosélli Isabela Z. P. Coutinho Amorim
UFPR - Publicidade e Propaganda
INSPER - Administração de Empresas
Larissa Valente Isabella Gai Henriques
PUC - SP - Publicidade e Propaganda
Mackenzie - Publicidade e Propaganda Cásper Líbero - Publicidade e Propaganda
Laura Santarelli Bastos
PUC - SP - Propaganda e Marketing
PUC - SP - Direito
ESPM - Design
ESPM - SP - Administração UNIFESP - Administração
Jae Hong Min
INSPER - Administração de Empresas
USP - Matemática /Física
Leonardo Santiago Hampshire João Felipe Casimiro de Tavares
UFABC - Ciências e Tecnologia
FGV - Administração Pública - 18.º lugar
UNESP - Engenharia Civil
UNIFESP - Relações Internacionais
Lianna Antunes Gonçalves João Pedro T. Guedes Peinado
PUC - SP - Jornalismo
FMU - Arquitetura
Mackenzie - Jornalismo ESPM - SP - Jornalismo
João Victor B. M. da Silva USP - Ciências Contábeis
Luca Ferrari Ferreira UNICAMP - Ciências dos Esportes
Joyce Lima Santos
34 | Revista Pilotis
Mackenzie - Direito
Luca Mariani Calcopietro
PUC - SP - Publicidade e Propaganda
Mackenzie - Arquitetura e Urbanismo
vestibular
Lucas Aravéchia Zanella
Maria Eugênia R. Vitale Patara
FEI - Engenharia de Produção
FURG - Comércio Exterior
Instituto Mauá de Tecnologia - Eng. de Produção Mackenzie - Engenharia de Produção
Maria Gabriela F. N. de Moraes PUC - SP - Direito
Lucas L. S. Mamede Oliveira FGV - SP - Administração de Empresas
Maria Luiza Costa Monteiro
PUC - SP - Direito
IBMEC - SP - Direito
Luis Felipe Sorgini Peterlini
Mariana Havir Bufarah
Mackenzie - Engenharia Civil
PUC - SP - Direito
UNESP - Engenharia Civil UNICAMP - Engenharia Civil
Marina Martinho Azevedo ESPM - SP - Publicidade e Propaganda
Luisa Dias Raha PUC - SP - Jornalismo
Mateus Albano Fernandes PUC - SP - Direito
Luiza Martins Falcade
FGV - SP - Administração Pública - 2.º lugar
UNIP - Odontologia
INSPER - Administração de Empresas - 3.º lugar
Maitê Guillard
Matheus A. Coelho Netto
USP - Gestão de Políticas Públicas
USP - Física
UNICAMP - Administração Pública
UFSCAR - Física
UFRJ - Engenharia Civil - 10.º lugar
Nathália Braido Francino Marcelo Dória Hiltner Almeida
UNIFESP - Nutrição
USP - Engenharia Química UNICAMP - Engenharia Química
Paola Bahdur Fillippi
UFRJ - Engenharia Civil - 10.º lugar
FGV - SP - Administração de Empresas
Maria Cerdeira Jorge
Patrícia Sellini Lo Turco
USP - Editoração - 6.º lugar
ESPM - SP - Jornalismo Mackenzie - Jornalismo PUC - SP - Jornalismo Revista Pilotis | 35
vestibular
Patricia S. Machado Fonseca
Sofia Yaki Novaes
PUC - SP - Medicina
Centro Universitário São Camilo - Nutrição - 4.º lugar
Mackenzie - Psicologia
Tainá Natal Gadotti Paula L. Zoza Guiro Pacheco
UFRJ - Engenharia Nuclear - 1º lugar
Belas Artes - Design Gráfico
USP - Engenharia Elétrica UNICAMP - Engenharia Elétrica
Pedro Caram dos Reis Oliveira Mackenzie - Administração de Empresas
Tarik Joseph Bsaibes
USP - Educação Física
USP - Educação Física e Esportes
PUC - SP - Administração
UNICAMP - Ciências dos Esportes
Pedro Henrique S. S. Cunha
Thaís Naiara Nunes da Fonseca
FAAP - Engenharia Civil
UFMG - Psicologia UNESP - Artes Cênicas
Pedro Parada Mesquita Cásper Líbero - Jornalismo
Victor de Campos Jordão
PUC - SP - Jornalismo
FEI - Engenharia Química
FAAP - Jornalismo
Instituto Mauá de Tecnologia - Eng. Química
Priscila Guedes Astur
Victor Gabriel G. Gouveia
PUC - SP - Publicidade e Propaganda
FEI - Engenharia
Rafael Lourenço Facchini
Victor Montañes Rston
USP - Direito
PUC - SP - Direito
PUC - SP - Direito
USP - Direito FGV - SP - Direito
Samual Min Hywk ChoI Mackenzie - Administração de Empresas
Victória da S. P. G. Perpetuo USP - Direito
Sofia Kwiek Bordin
FGV - SP - Administração de Empresas
FASM - Moda
Mackenzie - Direito PUC - SP - Direito
Sofia Rocha Viotti
36 | Revista Pilotis
USP - Administração
Viviana Viski Zanei
FGV - SP - Economia
UTFPR - Engenharia de Controle e Automação
vestibular
Yago Rosa da Silva
Andrea A. da Silva Queiroz
FGV - SP - Administração de Empresas
PUC - Pedagogia
INSPER - Administração de Empresas
UNILA - Geografia
Yasmin Vieira Braga
Andrew Montanha Ferreira
PUC - SP - Direito
Mackenzie - Química
Anna Laura Lima Figueiredo FEI - Engenharia
Ensino Médio noturno
Mackenzie - Psicologia
Bárbara dos Santos Rabelo UNIP - Ciências Biológicas
Abigail Amanda de J. Ferreira FAPCOM - Publicidade e Propaganda
Bruna Gomes De Barcellos FMU - Gestão de Turismo
Alan Cardoso Xavier PUC - Geografia
Bruna Meneses Medeiros UFPB - Geografia
Alexandre Hugo M. Cardoso
PUCCAMP - Geografia
PUC- Engenharia de Produção
Bruno Menezes da Silva Amanda da Silva Oliveira
UNESP - Engenharia Química
UCDB - Direito Universidade São Judas Tadeu - Pedagogia
Caio Borges de Freitas FEI - Engenharia Química
Amanda do Nascimento Pinto
FIAP - Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Anhembi Morumbi - Gestão de Evento
Universidade São Judas Tadeu - Eng. Eletrônica
Cásper Líbero - Jornalismo
Caio da Silva Abreu Ana Claudia Barbosa de Matos
FAPCOM - Publicidade e Propaganda
Anhembi Morumbi - Engenharia Civil FEI - Engenharia Civil
Camila G. Sampaio Padua
FESP - Engenharia Civil
PUC - Ciências Sociais
FMU - Engenharia Civil
Revista Pilotis | 37
vestibular
Carolina Marques
José Eduardo P. de Oliveira
UFPEL - Ciências Sociais
Mackenzie - Ciências Biológicas UFMS - Ciências Biológicas
Délis Pessoa
UFU - Ciências Biológicas
Mackenzie - Jornalismo
Julia Nogueira Zon Diogo Lopes Teixeira
Centro Universitário São Camilo - Psicologia
FEI - Administração Mackenzie - Administração
Juliana Azevedo Castro UNESP - Pedagogia
Erick Lucas Faustino de Araújo Mackenzie - Publicidade e Propaganda
Karina P. Rodrigues da Silva Centro Universitário São Camilo - Nutrição
Fernando Araujo Sanchetta
UFRJ - Nutrição
Uni. Anhembi Morumbi - Design de Games
Karolline Soares dos Santos Gabriel Ramos de Morais
FEI - Engenharia Mecânica
FEI - Engenharia Civil
UNIP - Engenharia Mecânica
Giovanna de Freitas Rosa
Kimberly K. Gonzaga Pedro
FEI - Engenharia Civil
FEI - Engenharia Química
PUC - Ciências Econômicas UFF - Economia
Larissa Aparecida Lopes XaviER
Mackenzie - Engenharia Civil
Anhembi Morumbi - Arquitetura e Urbanismo
Isabella E. de Oliveira Corrêa
Laryssa A. B. R. de Oliveira
Universidade Anhembi Morumbi - Quiropraxia
UFFS - Letras
Universidade de Mogi das Cruzes - Fisioterapia UMC - Fisioterapia
Leonardo C. Constancio USP - Gestão Ambiental
Maria Carolina D. Moreira FMU - Administração Universidade São Judas Tadeu - Direito Anhembi Morumbi - Administração
38 | Revista Pilotis
vestibular
Mariana Marques Kawamoto
Talles Holanda Melo Beserra
PUC - SP - Administração
FIAP - Engenharia da Computação Anhembi Morumbi - Engenharia da Computação
Mateus Santos Rodrigues USP - Ciências Econômicas
Tamires Castro da Silva
UNICAMP - Ciências Econômicas
PUC-SP - Economia
UNESP - Ciências Econômicas
UNEMAT - Economia
UFMG - Ciências Econômicas PUC-SP - Ciências Econômicas
Tania Carolina Braga dos Reis Universidade Anhembi Morumbi - Biomedicina
Natália Sayuri Watanabe de Lara
Universidade São Judas Tadeu - Biomedicina
UNILA - Ciências Biológicas
Centro Universitário São Camilo - Biomedicina
UNIP - Veterinária
Thiago Jesus Lemes Omar Curi
FEI - Engenharia Civil
USP - Física (licenciatura)
Vinicius da Silva Santos Paloma Moreira da Costa
PUC-SP - Engenharia Elétrica
UNIP - Fisioterapia
FEI - Engenharia Elétrica
Phelipe Ribeiro Oliveira Mackenzie - Administração
Priscila Costa Dourado Mackenzie - Jornalismo Casper Líbero - Jornalismo Anhembi Morumbi - Jornalismo
Parabéns aos alunos do Ensino Médio Diurno e Noturno pelos resultados nos vestibulares.
Rafael Ferreira e Silva UFC - Química Mackenzie - Química
Rebeca Figueiredo Gondim PUCCAMP - Geografia UFSCar - Geografia
Revista Pilotis | 39
Física
O Ano Internacional da
luz Por Thiago, professor de Física do Ensino Médio.
40 | Revista Pilotis
física
MAIOR ENERGIA
LUZ
MENOR ENERGIA
A
UNESCO, Organização das Na-
cacionais, ONGs e o setor privado para,
e desenvolver novas técnicas e consumir
ções Unidas para a Educação, a
juntos, defenderem o uso de tecnologias
de modo consciente é fundamental para
Ciência e a Cultura, tem por obje-
para melhorar a qualidade de vida nos pa-
a sociedade. A eficiência energética e a
tivo contribuir para a paz e para a seguran-
íses desenvolvidos e em desenvolvimento.
busca por fontes múltiplas devem estar
ça mundial, promovendo atividades que
pautadas nas principais discussões no
estimulam a preservação do patrimônio
No Brasil
País este ano, pois estamos diante de
cultural mediante ações relativas à educa-
No Brasil, costumeiramente escutamos
graves problemas que ainda não foram
ção, à ciência, à cultura e à comunicação.
que “vai faltar luz” quando há risco de
discutidos com a importância devida.
Em uma sessão na Assembleia Geral das
cortes na energia elétrica. Isso hoje é uma
Nações Unidas realizada em 20 de de-
das maiores preocupações no País, pois
Afinal, o que é luz?
zembro de 2013, proclamou o ano de
vivemos uma crise energética grave, com
Será que é a imagem encontrada na capa
2015 como o Ano Internacional da Luz.
risco iminente de apagões. O Ano Inter-
do lendário álbum The dark side of the
Essa iniciativa visa destacar o papel fun-
nacional da Luz coincide com a discussão
moon, da banda Pink Floyd? Ou é o que
damental da luz em nossas vidas e res-
que aqui ocorre.
encontramos nos belos versos da música
saltar as evoluções tecnológicas da ópti-
É fundamental que aconteça no Brasil
“Pela luz dos olhos teus”, de Vinicius de
ca, mostrando ao mundo a fundamental
uma abordagem séria do assunto para
Moraes? Ou, ainda, é aquela luz que per-
importância da luz na construção de um
que o consumo seja consciente, isto é,
mite às plantas receber energia para rea-
futuro mais sustentável e mais pacífico.
para que ocorra uma reeducação sobre
lizarem a fotossíntese e que, ao mesmo
Com esse reconhecimento por parte da
hábitos de consumo e sobre cuidados
tempo, em grande intensidade, provoca
UNESCO verificamos que é necessário que
quanto ao desperdício exercido por todas
um câncer de pele em um ser humano?
haja mais atenção e mais conscientização
as instâncias da sociedade. A luz está pre-
Afinal, o que é luz?
mundial sobre o assunto, para que se de-
sente em várias tecnologias fundamentais
A luz é uma onda eletromagnética cujo
senvolva um consumo mais sustentável e
para o pleno caminhar de nossa socieda-
comprimento se inclui em um determi-
para que se criem soluções de maior efici-
de, o que raramente percebemos. Como
nado intervalo no qual o olho humano é
ência, principalmente na área energética.
exemplo pode-se citar a transmissão de
a ela sensível. Trata-se, de outro modo,
No decorrer do ano, a UNESCO reunirá
dados via fibra óptica ou mesmo uma ci-
de uma radiação eletromagnética que
a sociedade científica, instituições edu-
rurgia de correção visual a laser. Preservar
se situa entre a radiação infravermelha Revista Pilotis | 41
Física 1013 1011
Ondas de rádio
750
109
105
Infravermelho
103
dicas: Você pode brincar com experimentos
101
700
Ondas curtas
VISÍVEL Ultravioleta
sobre a luz no simulador do site www.phet.colorado.edu. Para leitura, Pablo Neruda – No Hay Pura Luz, e,
10-1 10-3
para ouvir “Pela luz dos olhos teus” – Vinicius de Moraes.
10-5
Raios X
Comprimento de onda (nm)
107
BAIXA ENERGIA
Raios gama
600
500
400
ALTA ENERGIA
e a radiação ultravioleta. Apesar disso,
grandes nomes envolvidos no estudo da
que, além de comprovar a teoria eletro-
vale ressaltar que a luz se propaga como
luz e da óptica.
magnética da luz, observou as primeiras
uma onda, porém interage com a matéria
Com papel de grande destaque em vá-
evidências do efeito fotoelétrico.
como uma partícula.
rias áreas da Física, Isaac Newton (1642-
Advindo dessa discussão e com dificulda-
Essa luz é formada quando o elétron de
1727) publicou uma importante obra em
des em conciliar as leis da radiação tér-
uma órbita externa faz uma transição de
1704 – Óptica – em que relata os resul-
mica com a física clássica, Max Karl Ernst
um estado excitado de energia para um
tados sobre a decomposição espectral
Ludwig Planck (1858-1947), em 1900,
estado excitado de menor energia.
da luz branca e inclui observações sobre
formulou a hipótese dos quanta (atu-
efeitos ondulatórios, combinando teoria
almente conhecidos como fótons), que
Um pouco sobre sua história
corpuscular e ondulatória da luz.
originou a teoria quântica: “A radiação é
Deve-se ressaltar que o primeiro trabalho
absorvida e emitida por um corpo aqueci-
A luz é um dos fenômenos mais intrigan-
preciso sobre a difração da luz foi realiza-
do não sob forma de onda, mas por meio
tes da natureza. Isso decorre do caráter
do por Francesco Maria Grimaldi (1618-
de pequenos pacotes de energia.”.
fisiológico de sua percepção e das dificul-
1663), um padre jesuíta italiano, matemá-
Para bagunçar ainda mais toda a discus-
dades em lidar com as grandezas envolvi-
tico e físico que lecionava na faculdade de
são, Albert Einstein (1879-1955), em 1905,
das em sua composição.
Bologna. Foi por meio do trabalho de Gri-
apresentou resultados observados no efei-
Desde a época dos filósofos gregos anti-
maldi que Newton chegou a uma teoria
to fotoelétrico que pareciam inexplicáveis
gos – que construíram suas teorias com
mais abrangente a respeito da luz.
pela física clássica, mas que poderiam ser
base na ideia de que a luz era produzida
Mais tarde, James Clerk Maxwel (1831-
explicados se estendidos à teoria de Planck,
pelos olhos e tinha a função de tatear ob-
1879) formulou equações básicas do
que descreve a luz com caráter corpuscular.
jetos distantes para o homem – passando
campo eletromagnético e deduziu, delas,
Com isso, chegou-se à teoria – aceita atu-
pela de Galileu Galilei (1564-1642) – que
a existência de ondas eletromagnéticas
almente – de que a luz é governada por
tentou medir a sua velocidade sem muito
que se propagam com a velocidade da
suas propriedades ondulatórias, mas a
sucesso –, a luz desperta o interesse de
luz. Chegou, portanto, à conclusão de
troca de energia entre a luz e a matéria é
grandes nomes da ciência. Não é o intui-
que a luz é uma onda eletromagnética,
governada por suas propriedades corpus-
to deste texto construir uma história cien-
o que foi confirmado experimentalmente
culares, comportamento onda-partícula
tífica passo a passo, mas citar alguns dos
por Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894),
ou comportamento dual da luz.
projeto
Revista
A
Rural
lunos do 6.º ano EF produzem publicação em grupo após viagem de Estudo do Meio em 2014. O projeto contou com o apoio de todos os professores da série e estimulou a criatividade e a curiosidade dos estudantes pelo conteúdo e pelo formato do trabalho. Confira algumas matérias:
Revista Pilotis | 43
faça você mesmo
porta-lápis de sapo com lata reciclada
1
2
3
No EVA verde-claro, contorne (com lápis
Em seguida, recorte o EVA verde-escuro,
Pegue os moldes das mãos e cole-os em
ou caneta) e recorte os moldes da cabeça,
em um tamanho de aproximadamente
torno da lata, a uma distância de aproxi-
dos pés e das mãos, disponíveis no álbum
10 cm de largura e 32 cm de compri-
madamente 5 cm uma da outra.
do Flickr, nas linhas indicadas. Lembre-se:
mento. Forre a lata com o pedaço de EVA
tanto os pés quanto as mãos devem ser re-
verde-escuro e cole com cola para EVA.
cortados duas vezes, formando-se pares.
Espere secar.
44 | Revista Pilotis
faça você mesmo
Sabe aquelas latas de Nescau ou de leite em pó que descartamos depois de usar? Agora podemos dar uma destinação bem legal a elas! Vamos reciclar latinhas e fazer
PASSO A PASSO DETALHADO NO FLICKR
um lindo porta-lápis do sapinho para as crianças.
Para visualizar todas as fotos do passo a passo,
Utilizamos latas de Nescau e EVA para fazer o sapinho. Veja, no passo a passo, que é
acesse o álbum “Porta-lápis de sapo” no nosso
bem fácil de fazer. Embarque conosco e divirta-se! A meninada vai amar e o Planeta
Flickr: www.flickr.com/photos/saoluis/sets
agradece! Além de ficarem lindas, as latas podem ser usadas no nosso dia a dia.
Você vai precisar de: - 1 lata de Nescau;
Curiosidade:
- 1 EVA verde-claro;
Os sapos são importantes para o
- 1 EVA verde-escuro;
equilíbrio da natureza. Um sapo adul-
- 1 EVA vermelho;
to come uma quantidade equivalen-
- 1 EVA preto;
te a três xícaras cheias de insetos por
- 1 EVA branco;
dia. Assim, ajudam a controlar a po-
- cola para EVA;
pulação de moscas e de mosquitos.
- tesoura sem ponta.
4
5
6
Para fazer os pés, pegue cada um dos
Para os olhos, corte um círculo de 2 cm
Por fim, corte dois círculos de 1,5 cm no
moldes recortados e cole sua ponta com
no EVA branco e um círculo de 0,5 cm
EVA vermelho e cole-os nas extremidades
cola para EVA embaixo da lata de Nescau,
no EVA preto. Depois, cole o círculo preto
da cabeça para fazer as bochechas. Com
próximos um do outro.
no centro do círculo branco. Em seguida,
uma caneta, risque de um círculo ao ou-
cole-os no molde da cabeça, onde devem
tro, para formar a boca do sapo. Depois,
ficar os olhos.
cole a cabeça do sapo atrás da lata. Revista Pilotis | 45
cultura
PHILOMENA O longa conta a trajetória real de Philomena Lee, uma jovem irlandesa que é mandada para um convento ao ficar grávida. Lá é obrigada a trabalhar de forma quase escrava e tem seu filho levado embora por um casal norte-americano, que o adota e volta para os Estados Unidos. Após sair do convento, Philomena começa uma busca de 50 anos pelo filho, até que Martin Sixsmith, um jornalista de temperamento forte, se interessa pela história e decide ajudá-la. Ao viajar para os EUA eles descobrem informações incríveis sobre a vida do filho de Philomena e criam um intenso laço de amizade. O filme é uma história emocionante sobre persistência, família e capacidade de perdoar. Título original: Philomena Gênero: Drama Classificação: 12 anos
Para que servem as listras das zebras? As listras das zebras têm como principal utilidade
UM, DOIS, TRÊS... CARNEIRINHOS!
camuflar os bichos de
Numa noite de tempestade, o fazendeiro Samuel
seus inimigos naturais.
decide aconchegar todos os seus carneiros dentro
Você provavelmente
de casa, sob as cobertas quentinhas da sua cama.
se perguntará como
Os animais vestem meias e toucas de dormir e fi-
esses mamíferos preto
cam deitados, esperando a contagem de Samuel,
e branco conseguem
que quer se certificar de que nenhum bicho ficou
ser confundidos com
do lado de fora. O único problema é que contar
qualquer outra coisa
carneirinhos dá sono.
em meio às savanas
Para ajudar Samuel a terminar a contagem, os
africanas. A resposta é
carneirinhos têm que usar toda sua criatividade. E
simples: seus principais
esse é só o começo de uma longa noite, em que
inimigos, os leões,
também tentarão impedir a invasão da casa por
não distinguem cores.
um lobo cheio de disfarces.
Portanto, não importa se elas são brancas, pretas,
Autor: Mij Kelly
verdes ou vermelhas,
Ilustração: Russell Ayto
mas que haja contraste.
Editora: Globinho
46 | Revista Pilotis
cultura
BRINCANDO DE GENTE GRANDE Chegou ao Brasil a rede KidZania. Presente em mais de 13 países, trata-se de um parque de diversões diferente. Desenvolvido por pedagogos, simula o ambiente de uma cidade onde os pequenos podem exercer diversas funções comuns aos adultos. Ao entrar na cidade cada criança recebe um valor de 50 KidZos, a moeda do parque. Com o “dinheiro”, elas podem realizar todo tipo de simulação, desde operações financeiras em bancos até aulas de pilotagem de avião. A alimentação também fica por conta de cada uma das crianças, com a participação em oficinas de como preparar hambúrgueres e outros alimentos. KIDZANIA Funciona todos os dias, em dois turnos: das 9h às 14h e das 15h às 20h. 2.º subsolo do Shopping Eldorado - Av. Rebouças, 3970 - Pinheiros. A entrada para os adultos custa R$ 50,00 e, para as crianças, os preços variam entre R$ 100,00 e R$ 120,00.
A JORNADA DE UM MESTRE RENASCENTISTA A mais reconhecida obra do grande pintor e escultor Leonardo da Vinci é a Mona Lisa. Agora, com a exposição “Leonardo da Vinci, a Natureza da Invenção”, todos podem conhecer o lado inventor do renascentista. A mostra reúne projetos desenvolvidos por pesquisadores e por engenheiros em 1952 para a comemoração do quinto centenário do nascimento de Da Vinci. Foram organizadas 40 peças e 10 instalações interativas que focam nos métodos de trabalho do grande gênio. Ao reviver sua trajetória, a exibição evidencia a enorme capacidade criativa e o olhar visionário de Leonardo. LEONARDO DA VINCI, A NATUREZA DA INVENÇÃO De 11 de novembro de 2014 a 10 de maio de 2015. Diariamente, das 10h às 20h. Galeria de Arte Sesi-SP - Av. Paulista, 1.313 – Cerqueira César. Entrada gratuita.
Revista Pilotis | 47
EXPERIÊNCIA
45 dias em Omaha, EUA Por Lia Andriani, assessora de Formação Cristã.
48 | Revista Pilotis
EXPERIÊNCIA
“Aprendi muito com meus olhos, meus ouvidos, meu tato, meu olfato e meu paladar, foram 45 dias intensos. O que será daqui para frente? Não sei, mas sigo pronta e atenta às oportunidades que surgirem no caminho.”
V
iajar nos possibilita alargar os horizontes,
instalada na universidade, preparando-me para
conhecer novas culturas e novos povos. É
prestar o TOEFL, que determinaria o nível em
um exercício de aprendizagem que ajuda
que eu estudaria. Dois dias depois, pude perce-
a quebrar preconceitos, estereótipos e nos faz co-
ber que as aulas que tive ao longo dos anos me
nhecer mais sobre nós mesmos. Nos últimos cin-
possibilitaram ingressar no nível 5, de 7. Senti-me
co anos acompanhei alunos em várias atividades
voltar no tempo e, na Bookstore, comprei todos
internacionais na cidade de Madrid, de Boston e
os livros, o fichário, 200 folhas pautadas – achava
de Omaha e, neste ano, tive a oportunidade de
que estava bom para começar –, estojo, borracha
fazer um curso intensivo de Inglês na Creighton
e muitos lápis.
University, em Omaha. Foram 45 dias de grandes
Não via a hora de as aulas começarem, pois estava
desafios e de grandes aprendizados.
muito animada e pronta para dar todo o meu empenho. Conheci meus colegas de classe, que eram
Eu, aluna.
da Arábia Saudita, da China e do Kuwait, e meus
O primeiro desafio enfrentado aconteceu no
professores de Reading, Writing, Grammar, Liste-
portão de embarque, depois de eu deixar minha
ning/Speaking. Precisei de uns quinze dias para
família para trás. Não teria de cuidar de aluno
começar a desaprender, a abandonar os esque-
algum, pois era eu a aluna. Será que daria conta?
mas preconcebidos e entender o meu processo de
Será que conseguiria vencer o inverno de –20ºC?
aprendizagem. O desafio dessa etapa foi romper
Será que teria fôlego para um ritmo forte de es-
a resistência e estabelecer uma rotina de estudo
tudo? Foram quase 15 horas pensando sobre es-
após as aulas, cerca de 6 horas por dia.
sas questões e, quando me dei conta, já estava
Rotina estabelecida, novos desafios apareceram: Revista Pilotis | 49
EXPERIÊNCIA
“Aprendi sobre a estrutura da língua e sobre novas estratégias pedagógicas.”
provas, apresentação oral, escrita de texto argumen-
fevereiro e que no hot-dog vai pimenta jalapeño.
tativo, tomar notas de vídeo-aulas, tecer comentá-
Aprendi que em Omaha não tem Carnaval e que
rios de filmes exibidos sem legenda, estabelecer di-
Quarta-Feira de Cinzas é dia normal de trabalho.
álogos, enfrentar a solidão e a saudade de casa. Em
Muitos jovens participaram da missa das 7h da
alguns dias me sentia numa terra estrangeira, com
manhã – quando ainda estava escuro, porque o
Deus falando em inglês comigo, e pude constatar
dia só amanhecia perto das 8h –, antes de irem
que estava tendo um intenso e proveitoso exercício
às suas aulas.
de aprendizagem e de crescimento pessoal.
Aprendi sobre escrita, poesia, gramática, filmes e conversas. Aprendi que dedo do pé é toe e que
50 | Revista Pilotis
A vivência e as lições
dedo da mão é finger, e reaprendi a brincar de
Vencidos os desafios, pude me deparar com fabu-
Stop. Aprendi a usar três calças, duas meias, qua-
losos tesouros, o que possibilitou grandes aprendi-
tro blusas, duas luvas, cachecol e que neve queima
zados. Aprendi a chorar com os sauditas a morte
a pele. Aprendi sobre a estrutura da língua e sobre
do seu rei, a não comer aos domingos os aqui tra-
novas estratégias pedagógicas.
dicionais macarrão e frango, a tomar café árabe e
Aprendi sobre Diálogo Ecumênico e Inter-Religio-
a ir à missa debaixo de neve.
so, sobre tese, leitura, sustentação oral, cantos e
Aprendi que podemos minimizar os riscos de enchen-
orações. Aprendi com meus olhos, meus ouvidos,
te se nos prepararmos e se as crianças forem educa-
meu tato, meu olfato e meu paladar, foram 45
das desde cedo sobre o que deve ser feito em caso de
dias intensos. O que será daqui para frente? Não
fenômenos naturais. Aprendi que o Dia dos Namora-
sei, mas sigo pronta e atenta às oportunidades que
dos nos EUA e na Europa é comemorado em 14 de
surgirem no caminho.
Você pode participar da Revista Pilotis n.º 30! Envie sua sugestão de pauta, seu artigo, sua opinião ou sua crítica para revistapilotis@saoluis.org