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ODS Consumo e produção

tro produto mais sustentável que agrida menos o meio ambiente, que seja reciclável, que tenha menos embalagens, assim por diante. O terceiro é: “Como comprar?”. Analisar se você tem dinheiro para isso, ou é por impulso. O quarto é: “De quem comprar?”. Você vai comprar de uma empresa que tem um respaldo muito bacana, que tem indicadores de sustentabilidade ou de quem tem históricos de maus-tratos a animais, maus-tratos de pessoas, homofobia, apoiando movimentos contrários à democracia. O quinto é: “Como usar?”. Utilize com muito cuidado, para não quebrar, durar mais, para depois poder doar para alguém, para você fazer a reciclagem corretamente, usar de uma forma mais correta. E o sexto é: “Como descartar?”. A gente entra aí na economia circular, na reciclagem. Será que isso não pode passar para frente, por exemplo, um celular que não usa doar para alguém, melhor do que deixar guardado na gaveta ou em algum lugar que não se deve. Então essas seis perguntas, são as perguntas do Instituto Akatu de consumo consciente, que tem o trabalho muito bacana de conscientizar as empresas, as escolas, para que esse consumo seja mais consciente.

Como as empresas vão se adaptar a essa mudança sustentável?

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A grande dificuldade de empresas grandes e multinacionais é que qualquer mudança de cultura corporativa é muito complicada, muito lenta, tem muita gente envolvida, tem uma questão educacional interna a se trabalhar. Mas, se eles não fizerem isso, essa mudança irá gerar valor não somente para o acionista, mas para quem investe o dinheiro, ou no cliente, os outros stakeholders, ou próprio funcionário. O acionista vai ficar com medo de investir em uma empresa que só gera lucro a qualquer custo, e esse é o grande medo. A grande mudança de pensamento é compreender que grandes empresas precisam não ganhar lucro a qualquer custo. Você tem sim um impacto positivo e negativo na sociedade, nas pessoas, no planeta, no seu ambiente externo, nos seus stakeholders e cada vez mais você precisa minimizar ou até zerar o impacto, para que você possa por exemplo regenerar uma flores-

HOJE É UMA VANTAGEM COMPETITIVA, NO FUTURO VAI SER UMA MANUTENÇÃO DO MERCADO, UMA SOBREVIVÊNCIA, UMA PERENIDADE E UMA SUSTENTABILIDADE NO NEGÓCIO

ta, desenvolver uma comunidade local, para que ele possa ser sustentável, treinar seus funcionários para que ele cresça dentro da empresa. Tudo isso é uma mentalidade de ganhar, que você gera valor não somente a qualquer custo para seus acionistas. Não que você vai deixar de gerar valor, aí você deixa de ser empresa. A empresa precisa gerar valor para o acionista, mas não é só para o acionista, também gerar valor para todos os stakeholders e todos os públicos de relacionamento.

Quais são os erros mais comuns que as empresas cometem com a questão do ESG?

Acho que um dos grandes problemas é o tal do greenwash (ESG washing, diversité washing, social washing) que muitas vezes no afã de querer fazer uma atividade – e tudo bem não querer fazer atividade não é o problema isso – porém, ele antes não cuidou da casa, não cuidou lá dentro dos seus funcionários, não cuidou dos seus processos, não cuidou da estratégia de colocar o ESG na estratégia do negócio, da missão, visão e valores; de estabelecer metas definidas dentro do ESG. Agora com isso definido, ter um departamento, pessoas dedicadas a isso, para depois divulgar e trabalhar externamente. Um segundo problema é a educação, as pessoas não sabem o que é o ESG, o conhecimento, os grandes organizadores, as ações, não é em todos os níveis de organizações que as pessoas sabem o que é o ESG. Tem muita gente que acha que ainda é fazer projeto social, que é cuidar do carbono e ter diversidade, então pronto eu tenho ESG, porque estou cuidando do carbono, tenho programa de diversidade (não quer dizer que tenha indicadores), não que isso não seja importante, mas não é só isso o ESG, é muito mais do que isso. São muitos e muitos indicadores para você trabalhar.

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