MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÓNICO
Jorge Garção
Gestor do Departamento de Tecnologia e Inovação da Securitas Portugal, afirma
"Estamos a consolidar a nossa Organização para ficarmos na vanguarda das soluções inovadoras, da integração de sistemas e da monitorização remota"
DIREITO E JUSTIÇA
2012 – A SAÚDE EM PORTUGAL
SUPLEMENTO distribuído em conjunto com o JORNAL PÚBLICO / DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - JUNHO - ABRIL 2012 / EDIÇÃO Nº 17 16 - Periodicidade Mensal - Venda por Assinatura - 4 Euros
Em destaque 70
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CLUSTER DA PEDRA NATURAL A Pedra Natural, como setor em expansão, tem captado a atenção de várias empresas. Entre elas está a Barloworld STET que comercializa e distribui equipamentos de construção
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Fernando Ayala defende um futuro aprofundamento das relações entre Portugal e o Chile
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Cooperação CPLP – O mundo da publicidade e eventos pelas mãos da DDB Moçambique
CARTÕES E MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÓNICO Henrique Fonseca explica de que forma a tecnologia NFC pode vir a simplificar a vida das pessoas
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SECURITAS PORTUGAL – Segurança Privada em Portugal na ótica de uma das maiores empresas do setor
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sumário
SETOR AUTOMÓVEL – SEGURANÇA RODOVIÁRIA Ao longo dos últimos anos, a Liberty Seguros centra a sua estratégia de comunicação na segurança rodoviária, que tem tido um impacto positivo na prevenção de acidentes
DESTINOS DE SONHO Tranquilidade e privacidade é o que pode encontrar no Monte da Quinta Resort. Um paraíso para relaxar dentro da agitação do Algarve
Casa de Vilacetinho, refinamento de qualidade em vinhos de transição
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IDEALMED – Unidade Hospitalar de Coimbra promete marcar a diferença na Saúde em Portugal
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Semana Digestiva 2012, no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto, de 27 a 30 de junho
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Saúde Animal – Que precauções devem ser tomadas na prevenção de doenças?
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AUXADI, um exemplo de sucesso das relações no mercado ibérico
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GVB – Saiba o que fazer com a bateria usada do seu automóvel
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Aliar aventura e requinte é permitido no Aquashow Park Hotel, mais um dos destinos de sonho
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OPINIÃO DIREITO E JUSTIÇA
Por Sara Macias da GAMEIRO E ASSOCIADOS, SOCIEDADE DE ADVOGADOS, R.L.
Pontos de Vista Junho 2012
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“…Advogado é aquele que se chama para ajudar…”
De acordo com registos de vários autores de Direito, é consensual ad-vocare ser aquele que se chama para ajudar. E é essa a origem etimológica da palavra (latim advocatus, -i, aquele que se chama para ajudar um acusado).No plano religioso, a palavra tem outro sentido: advogado é aquele santo que os católicos invocam para se livrar de determinado malus. No mundo moderno, esta profissão tem uma conotação mais abrangente, dado que, pode afirmar-se que advogado significa ajudar, defender e chamar à razão, conduzir os outros à verdade, interceder a favor de alguém por aplicação da lei ao casu in concretum, tendo subjacente o princípio da legalidade em todos os seus atos.
N
a atualidade dos nossos dias diários, passando a redundância, cremos que advogar deverá assumir definitivamente, por adição ao anteriormente descrito, a ação de aconselhar, prevenir, evitar os conflitos, mediar as posições contrárias e, por fim último, esgotadas todas as medidas preventivas, promover pleitos judiciais que efetivamente sejam necessários, preterindo todos os atos desnecessários, abusivos e repreensíveis que lamentavelmente se arrastam pelos corredores da Justiça, e que os magistrados tanto designam de manobras dilatórias, conquanto se olvidam que a praxis forense de advogar é aplicar a lei à defesa do seu constituinte, utilizando todos os expedientes processuais legais, regulares e corretos à defesa dos interesses de quem patrocinam. Não querendo repetir o cliché que faz título diário dos jornais e prolifera nos mais variados blogs desta era cibernética, é indiscutível que a crise económica que a Europa atravessa tem necessariamente repercussões ao nível de hierarquização de valores, consciencialização de atitudes e mutações nas formas de estar em sociedade, não só pelos comuns cidadãos, mas, e agora acrescenta-se, com mais relevância para todos os intervenientes do universo da Justiça. Este imperativo de conduta de prevenção do conflito, de harmonização antecipada dos nossos atos à legislação atual, de aconselhamento às boas práticas, de incentivo ao aconselhamento prévio com advogados tem de ser introduzido nos costumes de todos, sejam pessoas
coletivas, sejam cidadãos, sejam mesmo organismos públicos. Estes, através da institucionalização de gabinetes de front-office ao serviço do público, composto por juristas | advogados (umas das soluções para os milhares de jovens que após o terminus do estágio de advocacia não têm lugar nas sociedades de advogados, ou mesmo os que nem sequer pretendem abraçar a carreira de advogado, mas que conhecem o modus operandi da lei) que prestem consultas jurídicas aos cidadãos que a estes organismos recorrem, e que transponham para linguagem corrente e inteligível as normas e os enquadramentos jurídicos vigentes para cada situação. Estes gabinetes, que tanto poderão estar no SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) como nas Juntas de Freguesia, como em qualquer Secretaria de Ministério, serviriam como impulso de consciencialização dos cidadãos, para corrigir por antecipação e cautela a sua relação com os organismos públicos, conhecer a sua esfera jurídica, estabelecer os limites dos seus direitos por respeito aos limites dos outros com que convive socialmente. Situação diferente, e que a nós advogados do setor privado, diz respeito,
há-que rever a nossa postura, a nossa missão e valor do Ius moderno, criando a convicção nos nossos semelhantes que, a atual crise económica conjuntural tem de associar esta nossa Nobre profissão, como consultor, como conselheiro preventivo, como alguém que preconiza soluções e antevê cenários futuros, e que com toda a arte e engenho dos profissionais desta classe, saberá evitar litígios ou construir verdadeiras obras de engenharia processual nos tribunais da nossa praça, apenas com o pretexto de que o trabalho de advogado se resume às demandas judiciais. O estado social de consumismo desenfreado, de frenética aparência de igualdade de classes, da luxuria circense que vimos ser representadas, conduziu ao atropelo de todos os valores de equidade, ponderação e racionalização na aquisição de bens de consumo, por bandas dos cidadãos, ditos de classe média. Esta calamidade teve um impacto tão avassalador nos nossos legisladores que, aterrorizados com a catapulta de incumprimentos das obrigações pecuniárias, criaram, o não menos tenebroso instituto jurídico do Pedido de Insolvência de cidadãos particulares. Esta solução legislativa, permite que qualquer ci-
“O estado social de consumismo desenfreado, de frenética aparência de igualdade de classes, da luxuria circense que vimos ser representadas, conduziu ao atropelo de todos os valores de equidade, ponderação e racionalização na aquisição de bens de consumo, por bandas dos cidadãos, ditos de classe média”
dadão compre, consuma, adquira, gaste desenfreadamente sem qualquer limite de razoabilidade, e, um dia, acorde num pesadelo de dívidas por não ter honrado as obrigações assumidas. Mas nesse dia, antes de repensar as suas atitudes egoístas de consolo do seu ego consumista e de alterar os seus hábitos de consumo, apresenta-se aos advogados, juízes e seus credores como sendo Insolvente … porquanto se encontra numa situação quer atual quer em futuro próximo – iminente – de não poder cumprir com as suas obrigações face ao rendimento de que dispõe !!!! Os últimos dados de insolvências decretadas de particulares em Portugal no final do primeiro trimestre, representava um aumento de 65% face ao período homólogo de 2011, e os estudos apontam para um registo de aumento exponencial no decurso de 2012. Representam estes números que, determinados cidadãos (não a totalidade, mas uma grande maioria) após terem consumido, adquirido e ostentado um nível de vida económico acima das suas posses, agora vêm neste recurso de insolvência, a possibilidade de suspenderem as execuções que pendiam sobre si e protelarem no tempo, diga-se ad eternum, o pagamento de dívidas, que caso houvesse consciencialização e racionalização de consumo as poderiam ter evitado e, consequentemente, não as ter contraído. Esta medida legislativa que na intenção do legislador era, com certeza, para controlar e desincentivar o endividamento das famílias, está a ser abusivamente utilizado por quem não soube resistir ao consumo e de ostentar publicamente o que sabia não ter condições para exibir. Destarte este desabafo, claro que se compreende, se admira e se ajuda quem investiu todo o seu património pessoal nas pequenas empresas familiares, e que por circunstâncias de conjuntura económica não previsíveis pelo cidadão comum, se vê a braços com dividas a fornecedores, com uma abrupta redução nas receitas e com total incapacidade para manter uma estrutura empresarial viável. O instituto da insolvência deve proteger estes, os investidores, e não aqueles, os consumistas! “… Há quem nos chame (a nós advogados) sacerdotes; e com razão, na verdade, prestamos culto à Justiça; professamos a ciência do bom e do equitativo – separando o équo do iníquo, dizendo o que é justo e o que é injusto, discernindo o lícito do ilícito, esforçando-nos para que os homens sejam bons, não só através da ameaça das penas, mas sobretudo pelo estímulo dos prémios inerentes ao sentido do cumprimento do devido…” Ulpianus (Lib.1 Institutionum).
RELAÇÕES BILATERAIS
Fernando Ayala, Embaixador do Chile em Portugal, e as relações bilaterais entre os dois mercados
Chile: o desafio de um mercado de oportunidades Um mercado aberto ao mundo, de oportunidades e desafios para os empresários. Este tem sido o cartão de visita do Chile, um país que é hoje o mais próspero da América do Sul. As políticas são desenvolvidas com o objetivo de captar investimento estrangeiro, através de um sistema fiscal bastante favorável.
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Fernando Ayala
s resultados falam por si. Em 2011, o Chile foi considerado o país que captou mais investimento estrangeiro em proporção ao PIB, do que todos os restantes países da América Latina. Da imagem que o Chile passa para o exterior destaca-se uma componente sólida que tem consolidado este mercado como um dos destinos mais atrativos para o investimento estrangeiro: a sua disciplina fiscal. “Temos uma política económica e fiscal muito estável baseada no respeito que o sistema político chileno tem pelo Estado de Direito. No Chile, não há dúvida de que a lei e os contratos estabelecidos são cumpridos”. Ninguém melhor do que o Embaixador do Chile em Portugal, Fernando Ayala, para descrever esta que é já considerada a economia emergente melhor avaliada da América Latina. Há mais de vinte anos que o mercado chileno adotou uma postura de abertura ao exterior. No começo baseou-se numa abertura unilateral mas, a partir da década de 90, começaram a ser assinados vários acordos comerciais um pouco por todo o mundo. Esta opção não tardou a trazer resultados frutíferos. Hoje, o Chile tem tratados de livre comércio com cerca de 60 países, sendo o país que mais se destaca a este nível, no cenário internacional. “Estes tratados são uma oportunidade para investir no Chile e para exportar para outros mercados. O Chile com 18
milhões de habitantes tem um mercado de 4 mil milhões de pessoas. As empresas chilenas e estrangeiras que estão no Chile exportam para todo o Mundo, sendo favorecidas por uma política alfandegária que lhes permite não pagarem impostos, devido a esses acordos comerciais estabelecidos”, explicou em conversa com a Revista Pontos de Vista, Fernando Ayala. A forma responsável e assertiva como os governos chilenos conduziram a economia do país, a ausência de uma dívida pública e o respeito pelas leis económicas são um chamariz para empresas estrangeiras. Aqui, “não se gasta mais do que aquilo que se produz”, afiançou o Embaixador. Todavia, apesar do seu percurso exemplar, o Chile não quer ser visto como um modelo. “Somos um país que aprendeu com a sua experiência. Tivemos muitas crises, conhecemo-las demasiado bem. Mas, o importante não é a crise, mas sim como se está no final desse período”, defendeu.
Como estará Portugal quando estiver encerradA esta etapa difícil?
“Portugal está a fazer reformas muito importantes, em que o resultado não pode ser visto de imediato. A crise vai acabar e o país terá de continuar a manter no tempo estas reformas, independentemente de quem estiver no Governo”, destacou Fernando Ayala. O Portugal de hoje tem uma vantagem enorme relativamente ao Portugal da década de 70: a mão de obra melhor qualificada. Apesar do crescente desejo de vencer no estrangeiro, Fernando Ayala acredita que esta situação é reversível e que a geração que hoje parte voltará ao país de origem. Enquanto isso, mercados como o chileno recebem de braços abertos esta juventude inovadora e empreendedora. “Através do programa Star-Up Chile, dez empresas portuguesas estão no país com o apoio do nosso governo. Estão lá durante seis meses, com um subsídio de 30 mil euros para desenvolverem projetos. É uma tremenda potencialidade de criatividade dos jovens portugueses”, afirmou Fernando Ayala.
Roteiro Estratégico para desenvolver relações bilaterais
Mais do que uma relação histórica, as entidades competentes portuguesas e chilenas partilham outra ideia: as relações estratégicas entre os dois países têm e
Pontos de Vista Junho 2012
devem ser fortalecidas. Como tal, no passado dia 24 de abril, foi assinado um Roteiro Estratégico entre o Governo de Portugal e o Governo Chileno para o Desenvolvimento das Relações Bilaterais. Na prática, serão desenvolvidas ações concretas, em várias áreas de trabalho, como: cooperação político-diplomática, defesa, economia, cultura, ciência e tecnologia, ensino superior, entre outras. Mas, os governos querem ir mais longe. Não basta estabelecer acordos que fortaleçam as relações a vários níveis. É necessário que os dois povos se conheçam mutuamente. “Os chilenos conhecem pouco Portugal. Têm uma relação forte mas pensam que a Europa termina em Espanha. Já os portugueses, quando vão à América do Sul, pensam que é tudo resumido ao Brasil e à Argentina”, asseverou o Embaixador. Para “pintar” um quadro diferente, o Chile convidou o Governo Português a assistir, como país convidado, à Feira do Livro, que é já um marco na história do país anfitrião. “Durante duas semanas, o país convidado estará destacado na imprensa e não só para falar sobre livros. É uma oportunidade para Portugal poder mostrar um pouco de si, em termos de turismo, economia, cultura, cinema”, concluiu Fernando Ayala. Assim, tendo como pano de fundo folhas e folhas de história escritas em todos os livros expostos na feira, Portugal e o Chile poderão começar a desenhar as páginas do seu livro em comum.
Revista Pontos de Vista – Está no nosso país há dois anos e meio. O que significa, para si, Portugal? Fernando Ayala – Portugal marca uma experiência única porque encontrei-me com um país muito semelhante ao Chile. Somos pessoas reservadas, falamos baixo e temos vizinhos muito grandes e expansivos. Portugal é um país de poetas. O Chile, com Neruda e Gabriela Mistral, também é um país de poetas.
“Somos um país que aprendeu com a sua experiência. Tivemos muitas crises, conhecemo-las demasiado bem. Mas, o importante não é a crise, mas sim como se está no final desse período”
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COOPERAÇÃO CPLP
DDB Moçambique em destaque
A Inimiga do vulgar Diferenciação, distinção e irreverência são «apenas» algumas das principais características da DDB Moçambique, agência de publicidade e eventos, que tem na sua forma de estar e actuar a principal premissa na arte da comunicação e que tão bons resultados têm dado. Inimiga do vulgar, a DDB Moçambique é hoje o paradigma do êxito no mercado em que actua. A Revista Pontos de Vista quis saber mais desta marca de renome e conversou com Vasco Rocha, Director Geral da DDB Moçambique, onde ficamos a conhecer as verdadeiras razões que levam a marca a ser actualmente um dos principais players de mercado.
O que dá mais gozo a Vasco Rocha…
O que me dá gozo é o trabalhar com uma equipa como a da DDB aqui e todos os dias poder acrescentar algo de novo assim como conhecer algo diferente e poder inovar sem restrição.
A DDB Moçambique é caracterizada como “inimiga do vulgar”. O que é que têm feito no sentido de serem diferenciadores e fazerem campanhas únicas e inovadoras? Bom, tentamos em tudo o que fazemos fazer justiça a essa referência. Nem sempre é fácil pois o mercado moçambicano ainda está em desenvolvimento e nem sempre a diferença é bem recebida uma vez que a mesma poderá apresentar níveis de evolução e de inovação ainda não legíveis pela grande parte do mercado. No entanto ao longo dos 11 anos de operação da DDB em Moçambique criamos diferentes e bastantes momentos de diferença quer na maneira e forma de comunicar assim como na inovação da forma de o fazer e nas ferramentas de comunicação. Nesta área, apostar na diferença e na criatividade como forma de criar impacto é o mais importante? Nem sempre é o mais importante. O mais importante é conhecer para quem falamos e conseguir passar a melhor mensagem possível e de uma forma que a mesma seja bem entendida pelo público á qual a mensagem é destinada. No caso de Moçambique e pelo estádio de evolução que o país tem tido nestes últimos anos a diferença na apresentação da mensa-
gem já começa a fazer sentido uma vez que os meios de comunicação já são mais assim como o número de mensagens a que o público está sujeito, no entanto lembro que o estádio de alfabetização assim como o nível de cultura geral ainda é muito baixo o que dificulta ainda o entendimento dessa diferenciação. Há algumas campanhas que a DDB tenha realizado que queira destacar? Há de facto algumas campanhas que foram marcantes e que foram casos de sucesso quer internamente quer externamente nomeadamente a campanha do “Chefe” feita para a Vodacom, a do “Bubbles”, reposicionamento da mcel assim como as campanhas do MFW (Moçambique Fashion Week) em que os elementos de comunicação foram os batiques (arte de rua) e campanhas de responsabilidade social para a ALCC (Associação Luta Contra o Cancro) em que se fez um outdoor vivo aonde as pessoas podiam ter uma experiência real e associar essa experiencia á doença criando uma sensibilização maior uma vez que se realizou durante o evento e o target principal da mesma estava presente. A DDB actua apenas em Moçambique ou têm feito também campanhas a nível in-
ternacional? Que campanhas são essas? A DDB Moçambique actua em Moçambique mas não faz do país um espaço fechado até porque Moçambique está num espaço político económico de importância para qualquer empresa. Nós damos apoio a outras empresas internacionais assim como fazemos activações ou gestão de eventos noutros países externos a Moçambique, nomeadamente Angola, Botswana e Malawi. Dadas as propriedades desenvolvidas pela DDB em Moçambique como o Moçambique Fashion Week e o Moçambique Music Awards, forma desenvolvidas parcerias com a Tanzânia, Suazilandia e com Cabo Verde que permitiram troca de experiencias e satisfação uma vez esses países terem-se inspirado no nosso trabalho e terem desenvolvido plataformas similares nesses países.
A DDB é uma agência de publicidade e eventos com espírito nacional e Know How multinacional. De onde vem esse Know How? Têm muitos colaboradores estrangeiros ou com formação oriunda de outros pontos do globo? A DDB é de facto uma agência multinacional, presente em vários países mas em Moçambique ela é e tem o espírito deste país. De alguma forma parece um
Déjà Vu mas de facto é assim mesmo. A DDB foi criada em Moçambique e cresceu em Moçambique com Moçambicanos e com produto e trabalho feito em Moçambique. Apesar de termos acesso via uma intranet internacional a toda a cultura da DDB internacional, ao longo dos anos fomos desenvolvendo um espírito próprio e um conjunto de iniciativas derivadas da nossa visão e daquilo que queríamos atingir no mercado. Isso fez com que antecipássemos até algumas correntes mundiais que estão agora em moda e conseguíssemos ser referência internacional de várias formas e inclusive para a nossa rede. Isso para nós, como equipa, é um facto que nos enche de orgulho e que nos motiva ainda mais. Mostra que a estratégia seguida criou bons resultados e hoje dos cerca de 70 profissionais da DDB em Moçambique, mais de 90% são moçambicanos. O resto da equipa, portugueses e brasileiros, complementam-na de uma forma educacional e de transmissão de know how mas no meio ambiente aonde operamos. Recebem muitos CVs de portugueses que querem juntar-se à equipa? Recebemos sim muitos cv´s de portugueses e de pessoas de outras partes
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do mundo. Diria mesmo que algumas das pessoas que nos procuram tem CV´s extremamente bons, o que mostra o seu interesse em trabalhar nesta equipa e neste país.
Em Portugal o mercado da publicidade e eventos está muito preenchido. Em Moçambique existe também muita concorrência nesta área? Têm surgido muitas agências novas? Neste último ano tem surgido inúmeras agências de publicidade e eventos em Moçambique. A maior parte derivado do problema que Portugal vive neste momento o que faz com que as empresas tentem outros mercados e outras oportunidades, apesar de Moçambique estar relativamente longe de Portugal, mas
também tem surgido outras empresas que tem acompanhado investimentos de seus clientes, nesta parte do mundo. Creio que quer uns quer outros estão a tentar aproveitar a oportunidade que existe e isso irá certamente melhorar o mercado e a sua competitividade assim como disponibilizar no mercado de trabalho mais e melhores pessoas e bem mais especializadas. Esta área tem crescido muito nos últimos anos em Moçambique? Sim, a área de comunicação nas suas vertentes gerais, tem crescido sim, apesar de não existirem ainda muitas empresas com orçamentos adequados de comunicação uma vez que estando presentes num mercado em desenvolvi-
mento, nem para todas a comunicação é um elemento prioritário.
A clara expansão do mercado moçambicano tem-se reflectido no volume de trabalhos da DDB? A esta questão diria que o crescimento do mercado tem sim reflexo numa maior especialização do que propriamente no volume de trabalhos, embora como é óbvio o volume de trabalho tenha vindo a aumentar ano após anos.
Está confiante neste crescimento? Como é que avista o futuro da DDB? Estar sempre confiante e ciente do que queremos atingir é o mote da nossa equipa. O mercado é o mercado e tem as suas próprias regras, creio mesmo
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que dia após dia vai ditando as mesmas e vai criando uma selecção muito própria. O futuro será a nossa adaptação ao próprio mercado e a sua antecipação e isso acreditamos que é o que estamos a fazer. A DDB já foi distinguida com inúmeros prémios. Há alguma distinção que o tenha marcado particularmente? Quais as razões deste sucesso? Sim, de facto já ganhamos inúmeros prémios e todos eles foram de orgulho para nós desde os ganhos em Moçambique aos que conseguimos ganhar na África do Sul, Estados Unidos e Cannes assim como a presença nas 200 maiores ilustrações do mundo da revista Archive.
SEGURANÇA PRIVADA
Jorge Couto, Administrador-Delegado da Securitas Portugal, revela
“A inovação desempenha um papel fulcral no desenvolvimento da nossa atividade” Mesmo em tempos de crise a segurança jamais pode ser descurada, sendo necessário continuar a oferecer serviços e produtos que promovam a excelência no domínio da segurança, sendo que ao universo empresarial cabe a responsabilidade de fomentar soluções tecnológicas e inovadoras no domínio da segurança nas mais diversas vertentes. Jorge Couto, Administrador-Delegado da Securitas, revela como tem a Securitas Portugal apostado fortemente nessa dinâmica, sendo portanto um dos principais players deste setor a nível nacional e mundial.
“A Securitas Portugal foi pioneira no setor em 1966, tendo adquirido uma boa reputação como empresa de prestação de serviços. A Empresa tem sido realmente uma referência no mercado, com uma imagem que assegura muita credibilidade, e que tem levado ao sucesso no seu desenvolvimento”
A Securitas Portugal encontra-se presente em território luso há 46 anos, sendo atualmente um dos principais players existentes do mercado no setor em que atua. Que análise perpetua da atuação da marca neste período em Portugal e de que forma tem vindo a Securitas Portugal a responder aos diversos desafios que diariamente vão surgindo? Desde logo gostaria de sublinhar a resiliência da empresa que ao longo destes anos teve a capacidade para se adaptar às alterações que se verificaram, tanto no contexto transacional como no contexto envolvente do mercado da segurança privada. Depois, registar o facto de a empresa ter conseguido, no decorrer destes processos de adaptação, criar a sua forte identidade, com uma cultura empresarial que vai muito para além das pessoas. A Securitas Portugal foi pioneira no setor em 1966, tendo adquirido uma boa reputação como empresa de prestação de serviços. A Empresa tem sido realmente uma referência no mercado, com uma imagem que assegura muita credibilidade, e que tem levado ao sucesso no seu desenvolvimento. Mais recentemente, a especialização na oferta de serviços tem assegurado que mantenhamos uma posição de liderança, que se conquista quando os Clientes reconhecem que as soluções apresentadas satisfazem as suas reais necessidades de segurança. Marca de renome e prestígio nacional e mundial, a Securitas é hoje sinónimo inolvidável de segurança e fiabilidade. De que forma é que a tecnologia e a inovação são parceiros fundamentais na prossecução dos desideratos da marca? Num mercado em que a competitividade pelo preço parece ser a única forma de distinguir propostas, as empresas têm de criar soluções inovadoras que constituam um fator de diferenciação. Os sistemas de segurança eletrónica integrados numa solução global, que inclui também a Vigilância Humana, resultam em melhorias de eficácia com benefícios mensuráveis, quer em termos de qualidade, quer em termos de custo.
Jorge Couto Os recursos humanos de uma determinada marca são o foco central do sucesso da mesma. Assim, qual a quota parte de responsabilidade dos colaboradores da Securitas Portugal no êxito alcançado pela marca em Portugal? Os colaboradores que representam esta organização têm que conseguir interpretar os valores da empresa e, com a personalidade e estilo de cada um, devem pautar o seu comportamento defendendo os valores intrínsecos da Securitas. Comummente é usada a expressão “família Securitas” no seio da nossa orga-
nização. Pessoalmente, sinto que esta referência não é superficial nem demagógica, mas sim o retrato fiel do sentimento íntimo dos seus colaboradores. A contribuição de todos os nossos Colaboradores tem sido importante no sucesso alcançado pela Empresa. Nesta organização todos têm um sentido de missão, com o objetivo de exceder as expectativas dos nossos Clientes. Qual a importância que atribui ao fator humano e à formação, no contexto da Securitas Portugal? A seleção e a formação dos nossos Co-
laboradores foram desde sempre considerados elementos estratégicos para a Securitas. O nosso principal ativo são os Recursos Humanos que prestam diretamente serviço nas instalações dos nossos Clientes. A seleção cuidada dos elementos que integram as nossas equipas é de enorme importância. A subsequente formação dada a estes Colaboradores sempre obedeceu ao objetivo de podermos servir com qualidade os nossos Clientes. Não teria sido possível ter uma posição de liderança, na área dos Serviços de Vigilância, sem a atenção e investimento que foram feitos nestas áreas, ao longo dos anos.
O atual contexto económico sentido nas diversas economias mundiais não é o mais positivo. Neste quadro, de que forma é que o volume de negócios da Securitas Portugal sofreu um decréscimo? De que forma tem procurado a marca contornar essas dificuldades? Ao nível de resultados, o exercício económico de 2011 terminou com uma ligeira contração em termos de volume de vendas, acompanhado de uma quebra nas margens operacionais, prevendo-se, para 2012, uma redução no volume de faturação, face à necessidade evidenciada por todos os agentes económicos em se reajustarem e acomodarem as condi-
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Essa ligação entre Segurança Privada e Segurança do Estado existe, de forma saudável, devendo ser sempre promovida. As respetivas responsabilidades estão bem definidas, complementando-se no prosseguimento do interesse comum, que é a garantia da estabilidade social e do regular funcionamento das instituições
“
ções orçamentais restritivas atuais. No nosso entendimento, teremos precisamente de dar continuidade à estratégia atual que, na nossa opinião, é a única possível, no sentido de manter uma performance saudável da empresa, contribuindo ativamente para o encontro de soluções eficientes e competitivas para os nossos Clientes.
Depois temos o reverso da medalha, ou seja, a crise instalada tem promovido o incremento de uma onda de criminalidade e insegurança, facto que pode propiciar uma superior atuação por parte da Securitas Portugal através de produtos e serviços que promovem a segurança. É legítimo afirmar que a crise económica pode aportar neste setor de mercado uma atuação mais preponderante por parte da marca devido à necessidade de maior segurança sobre bens e pessoas? Atualmente, o setor de segurança e vigilância privada é confrontado por duas situações distintas: o aumento dos níveis de criminalidade e o comportamento menos correto de algumas Empresas de segurança, que não atuam dentro do quadro legal obrigatório. Esta realidade leva a que, por um lado, aumente a necessidade de contratar serviços de segurança, mas, por outro, surja o impulso de contratar esses serviços pelo preço mais baixo, descurando, muitas vezes, a qualidade. Penso que o Setor e, em particular, a Securitas olham para esta realidade com natural apreensão. Tenho a expectativa de que as tensões sociais não se agravem, pois tal situação não beneficiaria o setor, nem a sociedade em geral.
O caminho da especialização foi o rumo traçado pela Securitas Portugal ao nível dos serviços que oferece aos diversos segmentos de mercado. Sente que é esta forma de estar e atuar que tem permitido fazer a diferença perante o mercado? A aposta na especialização dos nossos serviços advém do conhecimento que a Securitas tem do mercado. Este sofreu naturalmente alterações ao longo dos anos, mais concretamente em relação às necessidades e níveis de segurança
exigidos, e a correspondente capacidade de resposta a que os prestadores estão sujeitos. Atualmente espera-se que as empresas de segurança efetuem auditorias às instalações dos seus Clientes, detetando pontos vulneráveis e falhas nos níveis de segurança. Este trabalho minucioso só pode ser feito por elementos com preparação especializada. Os resultados apurados permitirão definir as medidas de segurança a tomar, para assegurar o controlo efetivo dos níveis de risco em questão. Os processos de especialização levam à segmentação dos nossos Clientes e à oferta de soluções específicas às necessidades de cada segmento. Um centro comercial tem necessidades de segurança muito diferentes das de uma entidade bancária. Só as empresas devidamente preparadas, como a Securitas, têm capacidade para, em conjunto com os responsáveis de segurança das entidades contratantes, definir as soluções mais corretas em termos da segurança das suas instalações.
Que análise perpetua do setor da segurança privada em Portugal? Ainda estamos atrasados relativamente a outros congéneres europeus? Que medidas deveriam ser impostas para melhorar este setor? O mercado da Segurança Privada em Portugal atingiu a maturidade. Em alguns aspetos, dispomos de legislação para o Setor tão boa ou melhor do que em alguns países Europeus. Contudo, o setor carece de inspeção adequada em relação às Empresas que não cumprem com o que está estipulado na Lei. Esta situação põe em causa a sobrevivência
das Empresas cumpridoras, criando situações de concorrência desleal que não deveriam ser permitidas. Aliás, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), em articulação com os parceiros sociais do setor, promove atualmente um projeto de intervenção inspetiva, que decorre durante todo o ano de 2012, e que pretende contribuir para a melhoria das condições de trabalho, assegurando as garantias fundamentais associadas ao trabalho digno, visando a eliminação de concorrência desleal e outras práticas empresariais desconformes à lei, tais como, a duração excessiva dos tempos de trabalho e o não pagamento das retribuições legalmente previstas. A ACT, recomenda às empresas e/ou entidades utilizadoras um custo mínimo dos serviços a prestar.
Acredita que deviam ser criados iniciativas/programas que promovessem uma superior ligação entre o setor de segurança privado e público? É uma lacuna neste setor? Essa ligação entre Segurança Privada e Segurança do Estado existe, de forma saudável, devendo ser sempre promovida. As respetivas responsabilidades estão bem definidas, complementando-se no prosseguimento do interesse comum, que é a garantia da estabilidade social e do regular funcionamento das instituições. Qual o potencial de crescimento que este setor pode ter de futuro? E qual o papel da Securitas Portugal neste processo evolutivo? O crescimento mais acentuado no Setor da Segurança Privada será sentido na
componente dos Sistemas de Segurança Eletrónica. Nesta área, o potencial de crescimento será liderado pelas empresas que consigam oferecer soluções integradas, com vantagens significativas para a gestão da segurança das instalações das entidades contratantes. No caso específico da Securitas, a componente de Segurança Eletrónica complementa a Vigilância Humana, o que possibilita oferecer ao mercado soluções com vantagens no binómio custo/ benefício. Creio que cada vez mais a especialização terá um papel determinante na escolha por parte do Cliente, que quer assegurar-se de que a solução que adquiriu vai ao encontro das suas necessidades específicas. Paralelamente, o Cliente prefere sempre ter um único interlocutor para todas as suas necessidades, o que lhe permite uma gestão mais eficiente da segurança nas suas instalações.
Quais são os principais desafios que se colocam à Securitas Portugal de futuro? Os desafios são e serão sempre muitos. Na frente operacional esperamos que o setor possa ser mais competitivo, no seguimento das ações inspetivas, já aqui referidas, que irão ter lugar durante o corrente ano. A Securitas dispõe de um know-how acumulado, sem paralelo no setor de atividade, que lhe permite, em conjunto com os seus Clientes, encontrar as melhores soluções para cada caso. A inovação desempenha também aqui um papel fulcral no desenvolvimento da nossa atividade, possibilitando oferecer ao mercado os mais elevados níveis de segurança.
“A aposta na especialização dos nossos serviços advém do conhecimento que a Securitas tem do mercado. Este sofreu naturalmente alterações ao longo dos anos, mais concretamente em relação às necessidades e níveis de segurança exigidos, e a correspondente capacidade de resposta a que os prestadores estão sujeitos”
SEGURANÇA PRIVADA
Departamento de Tecnologia e Inovação da Securitas Portugal
“Queremos continuar a responder aos desafios que os Clientes nos colocam” “A aposta da Securitas no seu Departamento de Tecnologia e Inovação é uma decisão estratégica do Grupo Securitas a nível internacional. Acreditamos que esta decisão irá permitir oferecer ao mercado soluções de tecnologia em complemento dos Serviços de Vigilância, aumentando a nossa competividade, melhorando a qualidade do nossos serviços e procurando sempre responder aos desafios que os clientes nos colocam”, afirma Jorge Garção, Gestor do Departamento de Tecnologia e Inovação da Securitas Portugal, em entrevista à Revista Pontos de Vista, onde ficamos a conhecer alguns dos desafios que se colocam à marca, bem como as razões que levaram a Securitas Portugal a apostar fortemente na criação do Departamento de Tecnologia e Inovação. Um exemplo a seguir.
“Os nossos Clientes podem esperar um serviço de qualidade, soluções com uma integração perfeita entre as componentes humana e tecnológica, soluções tecnicamente inovadoras com equipamentos state of the art, de elevada fiabilidade” Tendo como lógica evolutiva a inovação e a distinção, a Securitas Portugal decidiu apostar numa estrutura própria no âmbito da Segurança Eletrónica no sentido de complementar os Serviços de Vigilância. Quais os desideratos na edificação do Departamento de Tecnologia e Inovação? Existia essa necessidade por parte da marca? Em que âmbito? A Securitas foi a primeira empresa de segurança privada a criar um departamento técnico. Em 1976 a Securitas iniciou a atividade na área da Segurança Eletrónica, proporcionando ao mercado um conjunto de soluções técnicas que complementavam a sua oferta e que permitiu criar uma marca de enorme reconhecimento publico. A necessidade atual por parte da marca é manter uma oferta diferenciadora, com serviços inovadores que respondam aos requisitos do mercado.
Anteriormente à criação do Departamento de Tecnologia e Inovação, a Securitas Portugal recorria ao outsourcing de serviços para a componente de Segurança Eletrónica, complementar dos seus Serviços de Vigilância. Sente que este modelo estava esgotado, não correspondendo portanto às respostas que a marca pretendia oferecer aos seus clientes e mercado em geral? Jorge Garção
Para que uma solução de outsourcing de serviços funcione são necessários
Pontos de Vista Junho 2012
“Uma das missões do Departamento é o desenvolvimento de novos serviços. Procuramos estar atentos às novidades, estabelecendo contactos com os maiores fabricantes de equipamentos, e apostando no desenvolvimento de competências próprias na área de integração de sistemas e monitorização remota”
alguns requisitos entre os quais a confiança e o interesse comum no relacionamento comercial. Com o decorrer dos anos as empresas mudam de estratégica de mercado e por vezes os interesses dos parceiros entram em rota de colisão, ditando o términus da parceria. Nesse sentido sentimos que a solução estava esgotada e que teríamos de encontrar uma alternativa ao outsourcing. Com o Departamento de Tecnologia e Inovação a Securitas Portugal passa a voltar a ter soluções próprias na área da Tecnologia e Inovação? É uma forma de incrementar os níveis de competitividade da marca no mercado? A aposta da Securitas no seu Departamento de Tecnologia e Inovação é uma decisão estratégica do Grupo Securitas a nível internacional. Acreditamos que esta decisão irá permitir oferecer ao mercado soluções de tecnologia em complemento dos Serviços de Vigilância, aumentando a nossa competividade, melhorando a qualidade do nossos serviços e procurando sempre responder aos desafios que os clientes nos colocam. Não seria mais célere e menos dispendioso para a Securitas Portugal optar por uma solução por via da aquisição de uma empresa ou a opção por via do crescimento orgânico permitirá à marca apostar mais fortemente na sua dinâmica e orgânica diferenciadora?
A decisão do crescimento orgânico, sendo mais lenta é no nosso entender, mais sólida. A Securitas têm uma forma muito própria de estar no mercado. Temos um conjunto de valores que são reconhecidos no mercado, existe entre nós um “pensar Securitas”. Numa aquisição, para que esses valores não se percam, é necessário que exista uma estrutura consolidada que receba a empresa adquirida e que transmita esses valores. Não colocando de parte a possibilidade de crescimento por aquisição, consideramos ser fundamental criar essa estrutura sólida. De que forma é que este Departamento de Tecnologia e Inovação da Securitas
Portugal permitirá o desenvolvimento de novos serviços e produtos no âmbito da marca? Uma das missões do Departamento é o desenvolvimento de novos serviços. Procuramos estar atentos às novidades, estabelecendo contactos com os maiores fabricantes de equipamentos, e apostando no desenvolvimento de competências próprias na área de integração de sistemas e monitorização remota. Que novos serviços/produtos estão a ser projetados com o Departamento de Tecnologia e Inovação? A Securitas está a desenvolver soluções na área da monitorização remota de vídeo e dados com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço da nossa Central Recetora de Alarmes (CRA), bem como para aumentarmos a nossa oferta de serviços que sejam efetuados a partir da CRA.
Quais os sistemas de segurança eletrónica que passarão a integrar as soluções «made in» Securitas Portugal? Que serviços e produtos serão oferecidos aos clientes? Os sistemas que disponibilizamos são o CCTV, Deteção e Extinção de Incêndio, Intrusão e Controlo de Acessos. Por outro lado, estamos ainda numa fase de desenvolvimento das condições técnicas que nos irão permitir criar serviços, mas ainda não é o momento oportuno para a apresentação detalhada dos novos serviços. Apenas podemos dizer que são serviços dentro da atividade da CRA , tirando partido das novas tecnologias da informação e comunicação de dados.
Os denominados Edifícios do Saber, vulgo Universidades, assumem-se como excelentes parceiros no âmbito da Investigação e Desenvolvimento. Neste sentido, a Securitas Portugal tem como desiderato a celebração de protocolos com Universidades e outros parceiros neste âmbito? Pode ser um rumo a seguir por parte da marca? As Universidades são uma fonte de conhecimento que as empresas como a Securitas podem e devem utilizar. Simultaneamente os protocolos são para as
Universidades um elo de ligação com a realidade empresarial que é fundamental para a formação dos recém-licenciados. É também um objetivo a celebração de protocolos entre a Securitas e as Universidades no desenvolvimento de projetos na área da segurança eletrónica.
Acredita que este é um setor de mercado em que a competitividade pelo preço é a única forma de distinguir propostas? De que forma é que esta aposta no Departamento de Tecnologia e Inovação aportará vantagens competitivas para a Securitas? Existe alguma secção da marca que terá maiores ganhos com esta aposta? Se sim, qual ou quais? Numa época de crise económica a pressão sobre o preço e a redução de despesas é enorme e o mercado da Segurança Privada não é poupado a esta pressão. A Securitas aposta no desenvolvimento da atividade do Departamento para apresentar ao mercado as soluções que estes tempos de crise necessitam. O preço não é a única forma de comparar propostas. Acreditamos que existem outros fatores a ter em conta na análise das propostas, como por exemplo: soluções focadas nas necessidades reais do cliente, a qualidade técnica das propostas, a fiabilidade dos equipamentos propostos, um serviço de assistência técnica de qualidade, a eficácia de um serviço de receção de alarmes, são fatores a considerar. Por quem irá ser constituído o Departamento de Tecnologia e Inovação e qual será a dinâmica e orgânica do mesmo? O facto de ser constituído por equipas técnicas especializadas «obrigará» a níveis de formação superiores? A equipa técnica é constituída por técnicos especializados com larga experiencia na área da Segurança Eletrónica. A evolução contínua da tecnologia obriga a uma atenção muito especial na formação. Acreditamos que a heterogeneidade quer a nível de formação quer a nível de experiencia é um fator chave na constituição de uma equipa. Por estas razões, a integração de técnicos com níveis de formação superiores é uma obrigatoriedade numa equipa dinâmica e de futuro.
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SEGURANÇA PRIVADA
Departamento de Tecnologia e Inovação da Securitas Portugal
“As Universidades são uma fonte de conhecimento que as empresas como a Securitas podem e devem utilizar. Simultaneamente os protocolos são para as universidades um elo de ligação com a realidade empresarial que é fundamental para a formação dos recém-licenciados. É também um objetivo a celebração de protocolos entre a Securitas e as Universidades no desenvolvimento de projetos na área da segurança eletrónica”
O que podem os Clientes da Vigilância Especializada e da Vigilância Mobile esperar da Securitas Portugal? Acredita que o Departamento de Tecnologia e Inovação irá acrescentar valor na relação com os Clientes? De que forma? Podem esperar um serviço de qualidade, soluções com uma integração perfeita entre as componentes humana e tecnológica, soluções tecnicamente inovadoras com equipamentos state of the art, de elevada fiabilidade. Dos serviços da Central Recetora de Alarmes, os nossos Clientes podem esperar uma excelente capacidade de resposta, um atendimento próximo e eficaz, conducentes com a responsabilidade de um líder de mercado, que somos. Os benefícios para o Cliente são óbvios, nomeadamente no que respeita a ter um único interlocutor para as suas necessidades de segurança, que se responsabiliza por todas as vertentes da solução de segurança integrada. Tudo isto é sustentado pela marca Securitas que, desde há 46 anos, tem demonstrado ser um parceiro merecedor da confiança dos seus Clientes.
O facto deste Departamento permitir ter um único interlocutor com os Clientes para as suas necessidades de segurança e que se responsabiliza por todas as vertentes da solução integrada é a valia mais evidente? A Securitas acredita que a segurança de um espaço não é só uma questão de instalação de camaras ou presença de Vigilantes. É necessário analisar os riscos e
vulnerabilidades e propor uma solução que seja adequada às necessidades. Por esta razão, consideramos que um especialista de segurança é alguém que utiliza todas as ferramentas ao seu dispor para apresentar a melhor solução. Por outro lado, a redução de custos das empresas nossas Clientes, implica que o responsável da segurança do cliente seja alguém com cada vez mais pelouros. Para este responsável ter um só interlocutor para os assuntos da segurança
representa uma enorme poupança de tempo e uma garantia de que o assunto segurança é visto de uma forma global. Quais as linhas de ação do Departamento de Tecnologia e Inovação da Securitas Portugal de futuro? De que forma vem o mesmo contribuir para o desenvolvimento do setor da Segurança Privada em Portugal? Os objetivos futuros do Departamento são consolidar a nossa organização para
garantir um serviço de assistência técnica de qualidade, dinamizar o serviço de monitorização de alarmes da CRA com novas ofertas, criar iniciativas para melhorar as competências da empresa na área da segurança, estar atento às novidades tecnológicas de forma a estarmos na vanguarda das soluções inovadoras, desenvolver meios internos para o desenvolvimento de produtos na área da integração de sistemas e monitorização remota.
OPINIÃO SEGURANÇA PRIVADA
Bárbara Marinho e Pinto, Secretária Geral da AES - Associação de Empresas de Segurança
Segurança Privada: trabalhadores do setor falam em irregularidades A segurança privada assume particular relevo em momentos de crise como o atual, uma vez que atua quer ao nível da proteção de pessoas e bens, quer na prevenção e dissuasão da prática de atos ilícitos. No entanto, os problemas associados ao setor proliferam e as condições remuneratórias e de segurança dos trabalhadores da área são diminutas porque a legislação muitas vezes não é aplicada.
E
m Portugal, existe uma associação de empregadores do setor que tem por objetivo defender os interesses e direitos dos associados, representá-los juntos da Administração Pública, promover princípios de deontologia e ética profissionais, o respeito pela legislação aplicável no setor de segurança privada e ainda o respeito pela prática da concorrência leal. Trata-se da AES (Associação de Empresas de Segurança), fundada em 1990, e que representa hoje mais de 50 por cento do setor. No entanto, a associação tem enfrentado alguns problemas. O problema mais grave é o dumping no setor, devido aos preços muito baixos apresentados por algumas empresas de segurança privada nos concursos públicos, sem reunirem sequer condições para concorrerem a esses mesmos concursos. Geralmente são os próprios trabalhadores das empresas as principais vítimas desta política de venda ilegal, praticada abaixo do custo, com a cumplicidade do próprio Estado, que constitui o maior cliente do setor. A proliferação de empresas que desrespeitam os requisitos subjacentes à prestação de serviços de segurança privada e, não raras vezes, de empresas que prestam tais serviços sem estarem tituladas por alvará, o que se traduz no crime de exercício ilícito da atividade de segurança privada, leva a que empresas de segurança privada incumpridoras das respetivas obrigações concorram com empresas cumpridoras, que são preteridas pelas primeiras, tanto nas contratações privadas, como nas públicas. Como tal, a AES tem apelado à intensificação da fiscalização das más práticas no setor, tendo por base uma tabela de
custos que contemple os vários tipos de serviço de segurança privada, o que, para já, resultou na constituição de um grupo de trabalho integrado pela AES, pela AESIRF (Associação Nacional de Empresas de Segurança), pelo STAD e a FETESE (filiada na UGT) e pela ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho). No entanto, esta constituição é insuficiente sem o apoio da chancela do Ministério da Administração Interna e a colaboração da PSP, entidade a quem compete o controlo, licenciamento e fiscalização da atividade de segurança interna, e com os quais o grupo espera poder contar.
Posição da CGD e reduções remuneratórias impostas pelo Orçamento de Estado
Também a Caixa Geral de Depósitos não está livre das críticas feitas pela AES, uma vez que é o único banco que se nega a abrir uma tesouraria virtual nas empresas de transporte de valores, com exceção da Esegur, empresa sua participada (o facto de a CGD deter uma participação na estrutura accionista da Esegur é em si mesmo um factor de distorção da concorrência no sector). Resultado? As restantes empresas de transporte de valores são obrigadas a permanecer na fila de atendimento geral ao público para procederem ao depósito dos valores destinados pelos seus clientes, o que penaliza os próprios clientes em termos de data/ valor das entregas. Por razões de lealdade concorrencial, segurança e interesse dos próprios clientes da Caixa, a AES está a reivindicar que esta entidade bancária faculte a todas as empresas de transporte a possibilidade de abrirem as ditas tesourarias virtuais, o
que se alcança com uma simples ordem administrativa nesse sentido. Também a contingência ao nível do Orçamento de Estado, ainda em 2011, levou a uma redução dos volumes de serviço já contratados mas, mais do que isso, impôs uma redução ao valor pago pelo mesmo volume de serviços de vigilância, o que se traduz inúmeras vezes na prática de preços abaixo do próprio custo dos serviços de vigilância a contratar. Para a Associação, este entendimento e esta redução do preço sem a correspondente redução do volume dos serviços a prestar não só é insustentável para as empresas prestadoras de serviços de segurança (levando a que o valor pago pelos serviços em causa passe a ser inferior ao respectivo custo) como, além do mais, subverte os princípios do interesse público e da concorrência, levando à participação exclusiva no procedimento de empresas que apresentam propostas artificiais e fictícias... Para além disso, o interesse público já é acautelado pelo facto de a Administração Pública ter a oportunidade de ditar o preço máximo que se dispõe a pagar. Tendo chegado a um acordo, a AES apenas pede que este seja cumprido.
Segurança nas ATM’s e atraso na emissão dos cartões profissionais
A AES destaca mais dois problemas que se prendem com a falta de segurança ao nível das instituições financeiras e com a demora na emissão dos cartões profissionais do pessoal de vigilância. No que toca à primeira, cabia às instituições financeiras adaptar as máquinas ATM’s para permitir um abastecimento seguro, através da criação de uma área reservada ou equipando as ATM’s com sistemas de neutralização de notas que protejam os valores no momento do abastecimento. No entanto, mesmo depois da publicação da Portaria 840/2009, que impõe um conjunto de
“No meio de tantas irregularidades, quem é que protege aqueles que diariamente se dedicam à segurança dos outros? Uma área tão exposta a perigos como esta não deveria estar melhor regularizada? Mais do que isso, a legislação não tem de ser aplicada?” medidas de segurança aplicáveis aos veículos de transportes de valores e às instituições financeiras, todos os meses são instaladas novas ATM’s que não cumprem as normas de segurança. Como tal, de pouco serve que o transporte de valores seja realizado em segurança, se o abastecimento da máquina não se realizar nos mesmos moldes. Em relação aos cartões profissionais, há mais de um ano que estes não são emitidos, uma situação insustentável, ainda mais se tivermos em conta que é obrigatório para o vigilante usar o cartão profissional visível e que as guias de substituição que têm vindo a ser emitidas, em folhas A4, não permitem o cumprimento cabal desta obrigação. O cartão profissional é um elemento fundamental de identificação perante o público em geral e tem mesmo um papel de relevo na dissuasão da prática de crimes. Para além disso, é o elemento que verdadeiramente distingue o vigilante de segurança privada dos mais diversos agentes que proliferam “clandestinamente” no setor. No meio de tantas irregularidades, quem é que protege aqueles que diariamente se dedicam à segurança dos outros? Uma área tão exposta a perigos como esta não deveria estar melhor regularizada? Mais do que isso, a legislação não tem de ser aplicada?
Empresas de segurança privada que pertencem à AES: • Prosegur – Companhia de Segurança Lda. • Securitas – Serviços de Tecnologia de Segurança S.A. • Charon – Prestação de Serviços de Segurança e Vigilância S.A. • Loomis Portugal S.A. • Strong – Segurança S.A. • Gália – Empresa de Segurança Lda. • Securitas Direct Portugal Unipessoal Lda. • Niscayah S.A.
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Prova de vinhos da Quinta dos Abibes na Garrafeira Tio Pepe
Quinta dos Abibes: Vinhos feitos com paixão Foram diversos os apreciadores que se dirigiram à Garrafeira Tio Pepe no passado dia 17 de maio para provarem os néctares da Quinta dos Abibes. A Revista Pontos de Vista, com o constante interesse em divulgar o que de melhor se faz em Portugal, também esteve presente e comprovou que o nosso país está na linha da frente no domínio dos vinhos com cultura, paixão e qualidade.
“O Luís Cândido da Silva teve toda a liberdade para elaborar os convites que pretendesse. Pelo seu lado, a Quinta dos Abibes também convidou aqueles que, sendo da nossa proximidade, se constituem em parceiros alvo que gostam e apreciam uma crítica fundamentada e são, no momento seguinte, também divulgadores e promotores da nossa marca. Naturalmente que estes passos devem ser amplificados uma vez verificada a qualidade e o valor destes vinhos”
Francisco Batel Marques e Osvaldo Amado
É
do casamento entre duas castas tradicionais lusas que surge o espumante Quinta dos Abibes Arinto & Baga. Para dar a experimentar a terceira colheita comerciável deste espumante, realizou-se no passado dia 17 de maio uma prova de vinhos da Quinta dos Abibes na Garrafeira Tio Pepe. Um evento que ninguém quis perder. Mas venha provar. Se as uvas da casta arinto dão frescura, a tinta baga dá personalidade bairradina a um espumante que se distingue pela harmonia e equilíbrio dos sabores. O enólogo Osvaldo Amado descreve a Quinta dos Abibes como “um produtor situado no centro da bairrada, com cerca de sete hectares de vinha e um terroir próprio e distinto, que teve o seu início há cerca de oito anos, mais concretamente desde 2004.
É sem dúvida um produtor que possui pretensões a ter uma qualidade muito elevada, com uma plantação cuidadosamente alinhada para o estilo de vinhos pretendidos, e cujo desiderato não passa por entrar no segmento médio nem da linha económica, mas marcar presença no mercado, num segmento distinto”, afirma. Para o Administrador da Quinta dos Abibes, Francisco Batel Marques, esta prova de vinhos assume um cariz vital, até porque é um passo “necessário no rumo da Quinta dos Abibes, que pretende, cada vez mais, assumir a preferência dos consumidores e tem-no vindo a conseguir ao longo dos tempos”, afirma o nosso entrevistado, lembrando que para além da produção dos vinhos, é imprescindível colocá-los nos espaços adequados para que estejam acessíveis
aos consumidores em geral e aos enófilos em particular. “Trata-se de um elo fundamental ao ciclo de vida dos vinhos, da viticultura e da enologia”, assume Francisco Batel Marques, para quem a escolha do espaço para a esta prova não foi inocente. “Pretendíamos um espaço nobre e é um enorme privilégio estar aqui, porque é com estes parceiros que pretendemos apresentar o que fazemos, ou seja, colocar os nossos vinhos no patamar de mercado que desejamos. Os nossos parceiros têm de acrescentar valor à cadeia de produção do vinho”, esclarece convicto, revelando um pouco do que foi feito para que esta prova se tornasse uma realidade. “O Luís Cândido da Silva teve toda a liberdade para elaborar os convites que pretendesse. Pelo seu lado, a Quinta dos Abibes também convidou aqueles que, sendo da nossa
proximidade, se constituem em parceiros alvo que gostam e apreciam uma crítica fundamentada e são, no momento seguinte, também divulgadores e promotores da nossa marca. Naturalmente que estes passos devem ser amplificados uma vez verificada a qualidade e o valor destes vinhos”, afirma Francisco Batel Marques.
Bom Vinho? Boa Garrafeira? Sucesso garantido…
Considerada a garrafeira do ano em 2011, a Garrafeira Tio Pepe, percorre um caminho de excelência na apresentação dos melhores produtos vitivinícolas nacionais. Trata-se de um estabelecimento requintado, apetrechado dos melhores vinhos e devidamente climatizado, onde os clientes podem encontrar um atendimento personalizado. Já é habitual realizarem-se todas as quintas-feiras provas de vinhos na garrafeira Tio Pepe. No dia 17 de maio foram degustadas as referências da Quinta dos Abibes, já disponíveis na Garrafeira Tio Pepe. “ A lógica destas provas é, para a garrafeira, procurar saber qual a opinião das pessoas, que no final acabam por comprar a garrafa que mais apreciaram e isso é uma ferramenta de trabalho para nós
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e, para os produtores, este é um espaço propício para darem a conhecer os seus vinhos. Esse foi efetivamente um cuidado que tivemos quando definimos a área do espaço comercial”, garante o proprietário Luís Cândido da Silva. E a apreciação dos clientes não podia ter sido melhor, as fotografias tiradas no evento não deixam dúvidas do ambiente de satisfação vivido e, muito menos, os comentários tecidos pelos presentes. José Mingocho é um dos apreciadores satisfeitos com os vinhos da Quinta dos Abibes que não quis deixar de mostrar o seu encantamento pela sublimidade deste néctar, “eu tenho o privilégio de acompanhar este processo há já algum tempo, pela relação de amizade que tenho com o produtor. Sou apreciador de vinhos, sendo a minha preferência os vinhos tintos. Durante algum tempo, deixei de beber vinho da bairrada, e este projeto fez-me voltar a beber vinho dessa região. Acho um projeto magnífico, que se distingue pela paixão do produtor, que é transportada para a excelente equipa que o rodeia e também aos que lhe são mais próximos. Acima de tudo há paixão por produzir o melhor e isso é conseguido, sendo já uma marca de referência e prestigio para Portugal. Se tivesse de classificar os vinhos com certeza daria nota máxima – Sublime…”. As palavras são de facto parcas quando falamos da qualidade dos vinhos da Quinta dos Abibes. Quem conhece, não muda. Quem provou pela primeira vez, quer voltar a provar. Quem ainda não conhece…não sabe o que perde e tem, definitivamente, de provar. Existem produtos que se fazem por si próprios. A qualidade fala por si e a excelência traz à tona a harmonia de um produto tão português e que faz as delícias de tantos dispersos pelo mundo. Quer provar? Fácil. Deguste e testemunhe que ao escolher os produtos da Quinta dos Abibes está a escolher um dos melhores produtos vitivinícolas de Portugal e não só…
José Mingocho
“Acima de tudo há paixão por produzir o melhor e isso é conseguido, sendo já uma marca de referência e prestigio para Portugal. Se tivesse de classificar os vinhos com certeza daria nota máxima – Sublime…”
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Luís Cândido da Silva
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Guimarães recebeu 19ª edição do Concurso Mundial de Bruxelas
Capital da Cultura foi durante três dias Capital do Vinho Berço de Portugal e do vinho verde, Guimarães foi a cidade escolhida para a 19ª edição do Concurso Mundial de Bruxelas. Um evento que vem promover não só a viticultura nacional, mas também o turismo e o comércio local. Os bons resultados dos vinhos portugueses, com o melhor vinho tinto em concurso, enchem-nos de orgulho.
“Teve sem dúvida um grande impacto na região porque permitiu que pessoas com grande capacidade aquisitiva estivessem entre nós, promovendo assim não só Guimarães, mas também o vinho verde da região, o vinho nacional em geral e a gastronomia local”
C
António Magalhães
om o apoio da Câmara Municipal e da Fundação da Capital da Cultura Europeia de 2012, Guimarães recebeu entre os dias 4, 5 e 6 de maio os principais críticos, importadores, compradores, sommeliers, produtores e enólogos do mundo para o Concurso Mundial de Bruxelas. Criado em 1994, este é atualmente um dos concursos internacionais com maior notoriedade a nível mundial. Esta é segunda vez que decorre em Portugal e o ano em que a participação portuguesa foi maior, com 85 vinhos nacionais, das principais regiões demarcadas exportadores, a concorrer. Uma ótima oportunidade de dar a conhecer os vinhos “made in Portugal”, que foi aproveitada por 15 produtores portugueses, representativos de 11 regiões. Os resultados dos três dias de prova foram prestigiantes, com os vinhos portugueses a arrecadarem 297 medalhas: 10 Grandes Medalhas de Ouro, 93 Medalhas de Ouro e 194 Medalhas de Prata. E foi mesmo um vinho alentejano o escolhido como melhor vinho tinto do concurso, com a melhor pontuação absoluta entre todos os vinhos que foram enviados para avaliação. Trata-se do Alentejo Poliphonia Signature 2008, o
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topo de gama da Granadeiro Vinhos e feito com base na casta Alicante Bouschet, fermentado em lagares de mármore e que estagiou cerca de 25 meses em barricas de carvalho francês. Os restantes premiados com a Grande Medalha de Ouro foram: Cardal 2010 e Portal da Águia 2010 da Quinta da Alorna; Encostas de Estremoz Reserva 2009 da Encostas de Estremoz; Herdade das Servas Touriga Nacional 2008 e Monte das Servas Colheita Seleccionada 2009 da Serrano Mira; Monsaraz Premium 2008 da Carmim; Palpite 2008 da Fita Preta; Quinta da Lagoalva Castelão & Touriga 2010 da Quinta Lagoalva de Cima e Quinta São João Batista Reserva 2010 da Enoport. Também estes são vinhos tinto e, muitos dos quais, pelos preços, não deixavam adivinhar tão prestigiada distinção. Curiosamente, todos os vinhos distinguidos com a Grande Medalha de Ouro são Alentejanos ou do Tejo, para encontrar vinhos do Douro ou de outras regiões teríamos de descer às medalhas de ouro ou de prata. Espanha foi o país que mais medalhas Grande Ouro recebeu, com 15 medalhas no total. No entanto, o país que mais distinções levou foi a França (670), seguido da Espanha (461), de Portugal (297) e da Itália (257).
Guimarães vai deixar saudades
No ano da maior edição de sempre do concurso, com 320 jurados, oriundos de 40 países e 8397 vinhos e espirituosos, provenientes de 52 países, em prova, as
unidades hoteleiras de Guimarães e das zonas circundantes ficaram completamente lotadas. Algo que já começa a ser habitual aos fins de semana desde que Guimarães foi nomeada Capital Europeia da Cultura 2012. Com um calendário recheado de eventos para todo o ano e a beleza natural que a cidade tem para oferecer, quer pela riquíssima arquitetura civil, militar e religiosa do centro histórico, considerado Património Cultural da Humanidade, quer pelas maravilhosas paisagens naturais com que nos contempla à medida que nos afastamos da zona velha da cidade. Também o comércio local da “Cidade Berço” ficou a ganhar com o concurso. “Teve sem dúvida um grande impacto na região porque permitiu que pessoas com grande capacidade aquisitiva estivessem entre nós, promovendo assim não só Guimarães, mas também o vinho verde da região, o vinho nacional em geral e a gastronomia local. Algumas das lojas da cidade venderam bastante mais do que o normal porque o turista tradicional de Guimarães tem uma formação acima da média mas às vezes a bolsa não está tao recheada como no caso dos visitantes que recebemos por causa do concurso, que tinham dinhei-
ro para gastar e foi isso mesmo que fizeram, beneficiando toda a zona dessa capacidade monetária”, afirma António Magalhães, Presidente da Câmara de Guimarães, que aproveita também para dar os parabéns à organização. “Correu tudo muito bem graças à organização que veio até nós e que foi fantástica. No que diz respeito aquilo que era o papel interventivo da Câmara também
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não houve problemas de maior. O único problema terá sido mesmo o tempo, que nesses três dias esteve um bocado pior mas isso é algo em que não conseguimos obviamente interferir”. Pelo feedback que recebeu dos visitantes, o autarca não tem dúvidas que “gostaram todos muito de Guimarães e sem dúvida que ficou a vontade e a promessa de voltar”.
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João Miguel Maia, Administrador da Casa de Vilacetinho
Vinhos de transição, com um refinamento de qualidade As características inigualáveis da propriedade da Casa de Vilacetinho fazem dos seus vinhos únicos na região onde são produzidos. Semelhantes ao champanhe pelo seu refinamento de qualidade e com características de maduro branco pela sua leveza e sabor acitrinado, os vinhos verdes da Casa de Vilacetinho enchem as medidas ao mais refinado dos paladares
E
m tempos, as propriedades de Vilacetinho pertenciam ao Mosteiro de Alpendurada e eram constituídas por centenas de hectares de propriedade de cultivo, em terreno de planura, no leito do rio Douro. Um latifúndio em região de minifúndio, dimensão que faz da propriedade única no contexto da região onde está integrada. A Casa de Vilacetinho é assim um pequeno Solar do Douro, uma elegante casa dos séculos XVII e XVIII, rodeada de um jardim erudito que separa a casa dos vinhedos e restante espaço agrícola. Atualmente a quinta ocupa cerca de 30 hectares contínuos e ordenados, predominantemente a sul, circundados por sobreiros e solarengos de manhã até a noite. As especiais condições climatéricas fazem com que os vinhos quase não precisem de intervenção humana e técnica dos engenheiros para que das uvas, de elevada qualidade, se extraia um néctar tão sublime e apreciado.
As castas Arinto, Avesso, Azal e Loureiro constituem a base dos vinhos verdes da Casa de Vilacetinho. Apesar dos vinhos monocastas terem pouca tradição na região dos vinhos verdes, uma vez que, historicamente, as vinhas eram plantadas sem que fosse dada importância às castas, que acabavam todas misturadas, a Casa de Vilacetinho beneficiou de uma replantação da vinha nos anos 90 que permitiu fazer vinhos monocastas de qualidade comprovada pelos vários prémios que têm vindo a receber. Só este ano, os vinhos da Casa de Vilacetinho já foram premiados com cinco medalhas. O Casa de Vilacetinho Colheita Selecionada Loureiro 2011 foi premiado com uma medalha de prata no Concours Mondial de Bruxelles e no “The International Wine and Spirit Competition”, outro dos concursos mais prestigiados do mundo, a Casa foi premiada com quatro medalhas de bronze nos seus três vinhos monocastas (Arinto, Avesso e Loureiro) e no Casa de Vila-
João Miguel Maia e José Manuel Antunes
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cetinho. “É um orgulho para nós todos e o reconhecimento do trabalho todo que é feito desde a uva ao engarrafamento”, afirma João Miguel Maia, Administrador da Casa de Vilacetinho. As características do terroir onde se encontra inserida, fazem destes vinhos verdes únicos. Para o nosso entrevistado, trata-se de “um vinho diferente, com um refinamento de qualidade que o assemelha ao champanhe. Para além disso, como nos encontramos numa zona bastante a sul da região dos vinhos verdes, os nossos vinhos têm muitas características de um maduro branco, o que os torna apelativos ao consumidor geral, que está habituado a vinhos verdes mais agressivos”.
Verão e Vinho Verde
A leveza e jovialidade dada pelas condições climatéricas únicas da região fazem dos vinhos da Casa de Vilacetinho frescos, agradáveis e frutados, um néctar perfeito para os dias quentes de verão. “Muitos dos nossos clientes esperam pelo início do verão para fazer as suas encomendas”, refere João Miguel Maia. No entanto, a Casa de Vilacetinho não espera por esta altura para promover os seus vinhos, porque as particularidades dos mesmos não obriga a que haja necessidade de avultados investimentos nesse tipo de estratégias. João Miguel Maia explica, “algo que nos deixa orgulhosos é não ter uma rede comercial, com vendedores, a funcionar. A nossa prioridade é nunca comprometer a qualidade dos vinhos e é isso gera o tipo de publicidade que nós queremos, baseado no passa palavra. Desta forma, conseguimos ter muitos clientes que nos vêm bater à porta, ou porque provaram os nossos vinhos ou porque alguém lhes disse que é um bom vinho. Para além disso, claro que tentamos também estar presentes nas feiras que consideramos estratégicas e em concursos, de que é exemplo o Concours Mondial de Bruxelles, porque competir com os melhores vinhos do mundo atesta a nossa qualidade, ainda por cima porque muitas das vezes acabamos por ser reconhecidos entre tantos outros”. Como fuga aos problemas sentidos no país, a internacionalização tem sido uma das grandes apostas da Casa de Vilacetinho, cujo valor das exportações representa já cerca de 40 por cento da faturação total da empresa. Mercados com grande influência portuguesa, de que é exemplo a Suíça, a França e o Luxemburgo, pela presença dos nossos emigrantes, são os principais clientes externos da Casa de Vilacetinho. Angola e os Estados Unidos são também dois mercados que têm mostrado grande interesse. Aproveitar as oportunidades do mercado externo e reforçar o mercado nacional é o
que João Miguel Maia aspira para os próximos tempos, deixando uma promessa. “Ao contrário de muitos produtores, que de forma a competirem a nível de preços comprometem a qualidade do vinho verde, a nossa estratégia nunca passou, nem vai passar por aí. Passa sim por garantir sempre a nossa qualidade mas ao mesmo tempo ser competitivos e poder estar presente em qualquer restaurante, para qualquer paladar”.
Curiosidades históricas
- Vilacetinho foi o vinho servido a Isabel II de Inglaterra, no banquete realizado em Lisboa, aquando da visita da soberana a Portugal em 1957, tendo sido nessa altura dotado de um rótulo especial, e o escolhido pelos próprios ingleses entre vários lotes de vinhos apresentados. - O Vinho Vilacetinho foi escolhido para ser servido num dos mais conhecidos Hóteis de Portugal, o Ritz, assim como para a Mesa da Presidência do Conselho de Ministros, que incluía Vilacetinho na sua garrafeira, e pela TAP (Transportes Aéreos Portugueses) que, no início, servia aos passageiros pequenas garrafas de vinho Vilacetinho para acompanhar as refeições.
Casa de Vilacetinho Colheita Seleccionada Arinto: vinho com cariz vivo e complexo, onde dominam notas a maçã verde e ameixa branca. Ano: 2010 Álcool: 12.5 % vol. Castas: Arinto Preço: €4,50 PVP Casa de Vilacetinho: vinho de tons citrinos e aroma atraente onde se revelam a ameixa e o pêssego conjugados com notas tropicais e de erva cidreira, revelando-se na boca com uma complexidade e mineralidade perfeitas. Ano: 2011 Álcool: 12.5 % vol. Castas: Avesso, Arinto e Loureiro Preço: €3,00 PVP Vinho Verde Vilacetinho: citrino com aroma a frutas brancas do pomar conjugadas com ligeiro tropical anuncia um paladar fresco, suave a agradável, óptimo para saborear em qualquer momento. ano: 2011 Álcool: 10.5 % vol. castas: Avesso, Arinto, Azal e Loureiro Preço: €1,90 PVP
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Solar de Serrade – El Dorado luso
Venha Viver um momento inesquecível… e delicie-se… Cansado do rebuliço quotidiano? Procura algo distinto? O El Dorado? Não se preocupe, já encontrámos por si. Venha ao Solar de Serrade porque não vai ficar desiludido. Aqui conjuga-se a arte do vinho de excelência com a harmonia de um espaço de requinte, onde tudo é concertado para agradar àqueles que pretendem e exigem a excelência e a sublimidade. A Revista Pontos de Vista confirmou este cenário e conversou com José Adriano Afonso, Gerente do Solar de Serrade, onde mais do que conhecer este espaço, sentimos o orgulho por este ser um local único na região. Venha conhecer. O Solar de Serrade personifica a excelência da tradição e da cultura, aliando a referência do turismo habitacional com verdadeiros vinhos de qualidade. Neste sentido, de que forma tem vindo o Solar de Serrade a consolidar a sua marca no mercado em ambas as vertentes? A gerência da Quinta de Serrade considera ser relevante a promoção do turismo habitacional/rural aliada à enologia na gratificação de proporcionar aos turistas, nacionais e estrangeiros, a hospedagem num Solar brasonado do Século XVII com a possibilidade de visita guiada e prova de vinhos na nossa própria adega. A nossa marca já tem consolidação nacional, sendo um pouco conhecida por todo o país, desde a distribuição de vinhos na zona norte (Viana do Castelo, Braga e Porto), como na zona centro (Lisboa) e sul (Algarve). Sempre de mãos dadas ao vinho, até porque os próprios rótulos dos nossos vinhos assim o exibem, está a divulgação da casa de turismo rural (o Solar de Serrade), junto a flyers, livros publicitários e brochuras. A nível internacional, tem-se vindo a apostar principalmente na missão de exportar parte, ou mesmo a maior trancha, da nossa produção vínica. Muito sinteticamente como caracterizaria o Solar de Serrade? Quais são as mais-valias deste espaço e dos seus vinhos? Tal como anteriormente mencionado, o Solar de Serrade é merecedor de, pelo menos, uma visita graças às suas características geográficas e arquite-
tónicas. Situado numa região de clima ameno, de beleza inigualável como as paisagens verdes do Alto Minho, o Solar caracteriza-se como sendo uma casa brasonada do século XVII, recuperada nos anos 90 pelo atual proprietário para turismo rural. Aberto ao público desde 1997, já contou com figuras mediáticas nas suas acomodações como o Duque de Bragança e a sua esposa, Herman José, José Sócrates, entre outros. Alojar-se no Solar de Serrade significa desfrutar da tranquilidade do meio rural e do contato com a Natureza, sem estar afastado do centro urbano da vila de Monção, da qual dista 5 km, para além de poder gozar das praias fluviais do rio Minho e da costa atlântica, como Moledo e Âncora. Isto sem falar na proximidade da fronteira com o nosso país vizinho, a Espanha, com entrada pela ponte que liga Monção a Salvaterra do Minho (Galiza) e a uma das maiores cidades da província galega – Vigo. A excelência dos vinhos verdes, especialmente o Alvarinho Solar de Serrade, produzidos na nossa adega e com uvas colhidas nas plantações que rodeiam o Solar também atrai turistas e visitantes à Quinta de Serrade. Todas estas mais-valias, aliadas com a simplicidade dos proprietários do Solar, o conforto e o trato familiar com os seus hóspedes, característica tão própria do turismo rural, fazem da Quinta de Serrade um local único a visitar na região. Sente que é este o caminho, ou seja, apostar nas mais-valias do vinho e do turismo habitacional?
Claramente favorável, na nossa opinião, é a aposta no enoturismo para empreendedorismos como o Solar de Serrade, que consegue unir a tradição, cultura, turismo rural e vinhos de alta qualidade como o Alvarinho Solar de Serrade. É difícil desagrupar todas estas componentes e pensar no Solar de Serrade unicamente dedicado ao turismo habitacional ou a empresa ligada aos vinhos – a SAVAM- Sociedade Agrícola Vinho Alvarinho de Monção, Lda – como produtora dos mesmos, por isso mesmo, quando se fala destas duas instâncias, ambas são conhecidas no meio vínico e/ ou turístico como a “Quinta de Serrade”, daí já ter sido mencionada várias vezes nesta entrevista.
Existe a preocupação em manter a genuinidade do vinho aqui produzido? De que forma é que as novas tecnologias promovem a qualidade dos vossos produtos? Sempre atenta às exigências dos mercados nacional e internacional, a SAVAM é detentora de todo o know-how para promover e assegurar um vinho de qualidade. Desde o pessoal administrativo, passando pelos funcionários da adega e da produção agrícola, colmatando nos sócios-gerentes da empresa, todos os trabalhos produzidos têm como finalidade o garante de um produto genuíno como o Alvarinho, vinho particular e único da sub-região de Monção e Melgaço. É claro que se procura manter a qualidade e o toque genuíno dado aos nossos vinhos. Mas também não pode-
mos deixar de prescindir de tecnologias inovadoras que, conciliadas à mão de obra qualificada e formada, traduzem benefícios e rentabilizam tempos de produção, antigamente desmedidos, considerando que parte dos trabalhos eram executados manualmente.
Essa junção entre inovação e o tradicional é fundamental para promover a qualidade do produto? A junção da inovação e do tradicional, tal como referido, traz vantagens para a produção dos vinhos. No entanto, não consideramos que seja a principal peça para promover a qualidade dos vinhos, talvez a vejamos como peça complementar. Complementa a escassez de mão de obra disponível para trabalhar na agricultura, agora apoiada com máquinas agrícolas. Complementa a prensagem das uvas, com apoio de maquinaria avançada. Complementa a filtração dos vinhos, engarrafamento e rotulagem das garrafas. Isto apesar de ainda se registarem trabalhos elaborados manualmente, como a poda da vinha e a colheita das uvas. Aqui ainda fala mais alto a labuta tradicional. Sim, a tecnologia complementa e também poderá ser fundamental para a qualidade dos vinhos onde, nos dias de hoje, é primordial o controlo da higiene e segurança alimentar nas adegas, a qual exige, cada vez mais, processos industrializados e “higienizados” para assegurar a venda nos mercados de produtos “certificados”, disponíveis para o consumidor.
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“Todas estas mais-valias, aliadas com a simplicidade dos proprietários do Solar, o conforto e o trato familiar com os seus hóspedes, característica tão própria do turismo rural, fazem da Quinta de Serrade um local único a visitar na região” Qual o posicionamento estratégico definido pelo Solar de Serrade relativamente aos mercados de vinhos? Quais os principais desideratos que se propõem atingir? A internacionalização dos vossos produtos tem sido um dos vossos desideratos? Para que mercados? Como analisa o vosso posicionamento estratégico ao nível internacional? O Solar de Serrade, na promoção de ações/provas de vinho organizadas pela Comissão da Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) tem levado a cabo a divulgação dos seus vinhos – brancos e tinto – pelos quatro cantos do Mundo. Existem, neste momento, mercados internacionais de elevado potencial, como a China e Estados Unidos, aos quais o Solar de Serrade também aspira. Atualmente, o mercado nacional não tem capacidade para absorção do nível de produção de vinho alvarinho presente na sub-região de Monção e Melgaço. Por isso, a internacionalização do vinho Alvarinho é de extrema importância e urge fincar uma posição sólida e consistente, com a apresentação de produtos de qualidade e de preços competitivos. O Alvarinho Solar de Serrade já singra no mercado suíço há algum tempo, tal como no mercado canadiano, francês, alemão e norueguês. Neste momento, valorizamos a abertura de novos mercados e tal acontecimento tendo sido possível graças à colaboração e árduo trabalho da CVRVV ao promover provas de vinho e reuniões de trabalho em vários países. O Solar de Serrade orgulha-se em proclamar que esteve presente nas ações de promoção dos vinhos verdes realizada nos EUA (Nova Iorque) e Canadá (Toronto) em março 2012, Suiça, Suécia, Ucrânia e Noruega. A participação nas feiras internacionais como a Prowein (Dusseldorf), realizada anualmente, e na Interwine China (Guangzhou) e nacionais (SISAB - Lisboa) também passa como estratégia para divulgação dos vinhos e contato com potenciais clientes. Os prémios fazem parte do quotidiano de qualquer marca de sucesso e renome. Neste âmbito, que prémios têm sido alcançados pelos produtos do Solar de Serrade? Que impacto é que esses prémios aportam na preferência do consumidor? Os vinhos produzidos na Quinta de Serrade têm alcançado alguns prémios nacionais e internacionais. São exemplos de mérito as medalhas de ouro, prata e bronze obtidas em diversos concursos, a saber, Concurso de Bruxelas, Wine Masters Challenge do Estoril, Mundus Vini, Concurso Nacional de Vinhos Ver-
des e Concurso os Melhores Verdes promovido pela CVRVV. No momento de apresentação da nossa empresa e dos nossos produtos numa feira ou prova de vinhos, revela-se de elevada importância a distinção dos prémios conseguidos. O consumidor ou potencial cliente parece saborear um elo mais estreito, de confiança e certeza ao adquirir um produto “medalhado”, acreditando que este representa um sinónimo de qualidade, estando apto para ser apresentado no mercado de vinho e capaz de “vencer” entre os melhores dos melhores.
Escolher uma visita ao Solar de Serrade e provar um vinho alvarinho é…? Escolher uma visita ao Solar de Serrade e provar um vinho alvarinho é …. Viver um momento inesquecível.
Quais são os principais desafios que se colocam ao Solar de Serrade de futuro? Os principais desafios para o Solar de Serrade ou Quinta de Serrade será conseguir introduzir os seus vinhos com sucesso nos mercados internacionais dos países do Novo Mundo.
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Pedro Sereno, Administrador da Encosta do Sobral
Vinhos com carácter
“Aromáticos, envolventes e persistentes” é assim que Pedro Sereno, Enólogo e Viticultor que assume a Administração da empresa, caracteriza os vinhos da Encosta do Sobral. Oriundo da família proprietária, que há várias gerações se dedica à cultura da vinha, Pedro Sereno é um jovem com os olhos postos na inovação e na conquista de novos mercados. À utilização dos mais recentes desenvolvimentos de que a enologia dispõe para melhorar a qualidade dos vinhos, juntam-se as característica muito próprias do terroir. Terrenos xistosos e exposição solar intensa conferem aos vinhos da Encosta do Sobral um carácter forte e intenso.
Pedro Sereno Marca de prestígio e qualidade, a Encosta do Sobral tem vindo a calcorrear um percurso de excelência em prol de produtos de qualidade ímpar. De que forma tem vindo a ser realizado este percurso tendo como desiderato a preferência por parte dos consumidores? Ao longo dos últimos quinze anos tem sido realizado um trabalho profundo pela nossa equipa ao nível da produção, tendo em mente a criação de um produto de excelência. A grande aposta foi focada na escolha e no acompanhamento exímio de um terroir de eleição com terrenos xistosos, vinha de sequeiro com produções baixas e com castas de renome permitindo originar uvas de extrema qualidade. O segundo passo foi o desenvolvimento de infraestruturas ao nível de novas adegas que possibilitam potencializar a nossa matéria-prima, de forma a conseguirmos alcançar a qualidade pretendida para os nossos produtos. A mais recente aposta foi a atualização da nossa imagem, sendo deveras importante para nos aproximarmos das preferências do consumidor.
De que forma caracterizaria os produtos da Encosta do Sobral? De que forma é que os mesmos assumem características diferenciadoras de outros produtos existentes no mercado? As nossas vinhas tem características únicas na região em que estamos inseridos, permitindo originar vinhos bastante diferentes, onde existe a preocupação de criar vinhos aromáticos, envolventes e persistentes mas para além destas, temos como principal trunfo nos dias correntes, o facto de os nossos produtos estarem com uma excelente relação qualidade preço nos vários segmentos de mercado, tornando-os acessíveis a um vasto leque de consumidores. Dos diversos produtos vinícolas que possuem, existe algum ao qual se possa apelidar como «estrela da companhia»? Felizmente temos vários, dependendo do que considerarmos estrela da companhia. Se estiver a falar de vinhos até 4 euros, posso-lhe dizer que são os nossos Encos-
ta do Sobral Selection tinto ou branco que nos últimos anos têm recebido prémios em Londres pela sua excelente relação qualidade preço. Se por ventura, for um vinho num segmento médio até 8 euros posso-lhe recomendar o nosso Encosta do Sobral Reserva que ainda na semana passada alcançou um prémio de excelência, sendo considerado o melhor vinho tinto da região. Para finalizar, menciono o nosso Different Red, onde utilizamos uvas provenientes de uma vinha velha e que todos os anos é reconhecido entre os melhores vinhos de Portugal pela crítica especializada. A inovação e a tecnologia são hoje dois vetores essenciais em qualquer organização e setor de mercado. No entanto, na vertente vitivinícola é importante manter a traça da genuinidade e tradição. De que forma é que as novas tecnologias estão presentes no processo de fabrico dos vossos produtos? Este vetor é importante na vossa orgânica?
A Encosta do Sobral desde 2002 estabeleceu um protocolo com o Instituto Superior de Agronomia para, através da pessoa do Professor Carlos Lopes, desenvolvermos e aprofundarmos a melhor tecnologia a aplicar aos nossos vinhedos. Devo-lhe dizer que foi um dos mais importantes trunfos para o sucesso das nossas vinhas, onde abrindo as nossas portas ao mais recente know-how conseguimos ajustar e potencializar o nosso terroir, e simultaneamente ao desenvolver estes estudos nas nossas instalações, permitimos aos futuros licenciados um contacto com o mundo real e atingir o grau académico. Podemos também mencionar todo o mais recente equipamento pertencente às nossas adegas que permitem otimizar as nossas colheitas e desta forma atingir a qualidade pretendida. A internacionalização faz parte dos vossos desideratos? Em que mercados internacionais é que estão presentes? Como analisa o vosso posicionamento estratégico ao nível internacional? Sem dúvida! A nossa empresa desde o início tem vindo a apostar na exportação,
que atualmente representa 65 por cento da nossa faturação. Estamos representados em diversos países, tais como: Angola, Brasil, China, Hong-Kong, Holanda, Macau, Reino Unido e Suíça e continuamos a fazer prospeção em mais mercados, onde prevejo a possibilidade de entrar ainda este ano, de forma a termos uma melhor representação a nível mundial. A Encosta do Sobral sofreu ao longo dos anos de 2009 e 2010 uma remodelação acentuada ao nível de infraestruturas que lhe permitiu promover um serviço diferenciador, particular e de qualidade. Quais foram as motivações para esta reorganização? Estamos a falar da vertente do enoturismo?
Em 2000 quando avançámos com o projeto da primeira adega sabíamos à partida que a sua capacidade era limitada no tempo atendendo à nossa produção futura., contudo tal facto aconteceu por questões meramente burocráticas e legais visto que o PDM (Plano Diretor Municipal) local, da época, não permitia que o projeto fosse outro. Posteriormente com a remodelação do PDM passámos a poder desenvolver uma nova cave e adega que nos permitem agora alcançar os nossos objetivos a nível de produção. Com esta remodelação iremos num futuro próximo reestruturar a antiga cave para uma sala de eventos, de forma a dinamizar e dar a conhecer os nossos vinhos e instalações. Os prémios fazem parte do quotidiano de qualquer marca de sucesso e renome. Neste âmbito, que prémios têm sido alcançados pelos produtos da Encosta do Sobral? Que impacto é que esses prémios aportam na preferência do consumidor? Desde a primeira colheita que, felizmente, já vamos com várias dezenas de prémios nos
mais prestigiados concursos e crítica mundial, mas como os mais importantes são sempre os mais recentes, como tal posso, desde já, transmitir que na última gala da Comissão Vitivinícola da nossa região onde apenas 14 vinhos foram medalhas de ouro, tivemos o privilégio de ver o nosso trabalho reconhecido. De entre este pequeno número de medalhados recebemos três delas com os seguintes vinhos: Encosta do Sobral Selection tinto 2010, Encosta do Sobral Reserva tinto 2010 e Different Red 2010. No final dessa noite tivemos ainda a honra de ver um dos nossos vinhos tintos atingir o momento alto da noite, tendo o Encosta do Sobral Reserva tinto 2010 recebido o prémio de excelência por ter sido considerado o melhor vinho tinto da Região. Posso ainda mencionar que esta semana tivemos o resultado de um dos mais reconhecidos concursos a nível mundial – Concours Mondial de Bruxelles - onde perante 8.400 vinhos de todo o mundo conseguimos alcançar uma medalha de Ouro com o Encosta do Sobral Selection tinto 2010e duas de Prata com o Different Red 2010 e Encosta do Sobral Reserva tinto 2010. Ainda hoje saíram os resultados do Concurso International Wine Challenge que decorreu no mês passado em Londres onde recebemos mais duas medalhas de prata com os nossos Encosta do Sobral Reserva tinto 2010 e o Encosta do Sobral Reserva branco 2011. Quais são os principais desafios que se colocam à Encosta do Sobral de futuro? Os desafios diários passam por manter a consistência da qualidade dos nossos produtos, ao mesmo tempo, que temos de procurar conseguir difundir a nossa mensagem por novos horizontes para chegarmos ao maior número de consumidores, tanto a nível nacional como internacional.
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2012 – A SAÚDE EM PORTUGAL
IdealMed – Unidade Hospitalar de Coimbra em destaque
“A Unidade Hospitalar de Coimbra é aberta a todos os cidadãos” A Saúde assume-se como um pilar fundamental e central no desenvolvimento de um país, cenário que não é alheio a Portugal. Apesar de vivermos em tempos conturbados, onde a Saúde também sido alvo de diversos cortes, ainda temos motivos de satisfação, sendo paradigma disso mesmo a edificação da IdealMed – Unidade Hospitalar de Coimbra, projeto erigido no mês passado e que promete ser um elemento diferenciador no domínio da Saúde no nosso país, pois acima de tudo “iremos apostar numa oferta qualitativa e diferenciada”, afirma José Alexandre Cunha, Administrador da IdealMed – Unidade Hospitalar de Coimbra, em entrevista à Revista Pontos de Vista. Venha conhecer mais.
“A Unidade Hospitalar de Coimbra é aberta a todos os cidadãos. Temos os acordos de saúde que permitirão o acesso de todos aos cuidados de saúde. É à Gestão que compete encontrar os mecanismos necessários que permitam democratizar o acesso das populações à Unidade”
José Alexandre Cunha Coimbra, conhecida como a “cidade da saúde”, acolhe agora aquela que é considerada a maior unidade hospitalar privada da zona centro. Na cidade estão já instaladas várias unidades hospitalares, como o Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil ou o CHUC que congrega oito hospitais. De que forma é que o novo Hospital Privado de Coimbra da IdealMed pretende marcar a diferença? A IdealMed – Unidade Hospitalar de Coimbra nasce de um investimento rigorosamente desenhado para garantir conforto e qualidade na Saúde. Qualidade nos cuidados que prestamos, na relação humana com quem nos procura, na organização dos diferentes serviços, na inovação e na diferenciação tecnológica. Agregamos diferentes especialidades médicas e cirúrgicas, uma moderna Maternidade, uma Unidade de Atendimento Permanente, entre muitos outros serviços, assentes numa excelente equipa de colaboradores e profissionais de saúde, que todos os dias farão para que a Unidade Hospitalar de Coimbra seja uma referência na área da Saúde.
É esta a nossa aposta. É o somatório de todos estes valores e características que me permite afirmar que somos uma das unidades mais evoluídas do país.
Enquanto sub-holding do grupo Ideal Tower para a saúde, o trabalho desenvolvido pela IdealMed agrega não só as unidades clínicas, como a formação, investigação e desenvolvimento. O novo hospital reúne essas quatro vertentes? Na prática, em que é que essa conjugação se vai traduzir? A IdealMed UHC é um projeto clínico que se estruturou desde a sua génese numa abordagem transversal. Para além da qualidade no acolhimento e atendimento, nas competências do corpo clínico, na diferenciação e número de valências disponíveis, este projeto tem uma forte componente de formação e investigação/desenvolvimento, o que nos levou a apostar em parcerias estratégicas de longo prazo com os grandes players na área da saúde. Ao nível da formação: temos um longo historial de créditos formativos, através da excelência de percursos dos nossos
profissionais de saúde e ainda nas parcerias formalizadas com algumas das instituições de referência a nível mundial como a Harvard Medicinal School. Na Educação em Saúde criámos uma oferta diferente, materializada num espaço inovador e exclusivo de formação, com elevada componente tecnológica – a Unidade de Medicina Interativa. Temos 1000m2 dedicados exclusivamente à formação em saúde e uma equipa dedicada de profissionais capacitados em formatos e suportes inovadores. Também na investigação a IdealMed é pioneira. Disponibilizamos 500 m2 dedicados exclusivamente à investigação clínica e de onde se destacam o equipamento científico e tecnológico state of the art e a equipa de profissionais especializados para a gestão e realização de investigação clínica - Ensaios clínicos, Estudos observacionais, Estudos de iniciativa do investigador, Estudos de farmacoeconomia, farmacocinética e farmacodinâmica Num período em que o país enfrenta elevados níveis de desemprego, esta unidade trouxe uma lufada de ar fresco.
Quantos postos de trabalho foram criados? Que caraterísticas são indispensáveis aos vossos profissionais de saúde? Num curto espaço de tempo a equipa IdealMed vai atingir os 500 colaboradores. A IdealMed – Unidade Hospitalar de Coimbra agrega valências clínicas e profissionais de referência que, pela sua experiência e know-how reconhecido e comprovado, se associam a um projeto de saúde altamente diferenciado com o objetivo de criar um cluster de excelência na área da saúde.
A IdealMed (Unidade Hospitalar de Coimbra) tem mais de trinta valências a funcionar de forma integrada. Em que é que consiste o vosso “modelo de negócio inovador e dinâmico”? Esta unidade dispõe de inúmeras valências clínicas, cirúrgicas e de diagnóstico que funcionam de forma integrada e são dirigidas por um corpo clínico reconhecido e altamente diferenciado. Entre outros serviços, disponibilizamos uma Maternidade com dois blocos de partos, com uma equipa 24h por dia e com uma Unidade de Cuidados de Neonatologia; Centro de Atendimento a Sinistrados; Unidade de Atendimento Permanente; Unidade de Medicina Familiar. Também a inovação tecnológica patente nos equipamentos médicos e no sistema de informação próprio, tornam a IdealMed numa unidade modelo de medicina de excelência e inovação. É a integração de todos estes fatores que nos permite prestar todos os cuidados de saúde num único espaço, o que nos posiciona como uma unidade de saúde diferenciada. Tudo isto, potenciado por um acolhimento e acompanhamento personalizado. Através de simuladores humanos e plataformas interativas, o novo hospital aposta ainda na formação em saúde e na investigação clínica. Qual é a principal finalidade? A IdealMed é um projeto clínico que se estruturou desde a sua génese numa abordagem transversal assente na formação, na investigação e na aposta em parcerias estratégicas de longo prazo com os grandes players na área da saúde. É um projeto aberto à Comunidade Científica, nacional e internacional, e a
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todos aqueles que aportem valor incremental ao desenvolvimento do conhecimento. Queremos que nos visitem e que usufruam das nossas instalações, dos nossos equipamentos e do conhecimento dos nossos profissionais.
O espaço é aberto a todos os cidadãos, tendo sido formalizados os acordos necessários para esse livre acesso de todos aos cuidados de saúde. De que parcerias estamos a falar? A IdealMed – Unidade Hospitalar de Coimbra é a maior unidade de saúde privada da região Centro, mas teremos os acordos necessários para que todos possam ter acesso aos cuidados de saúde. A IdealMed é uma unidade hospitalar aberta a todos os cidadãos. A nova unidade hospitalar surge num período crítico, a nível financeiro, para a generalidade das famílias portuguesas. De que forma os vossos serviços vêm responder às atuais necessidades dos cidadãos? A Unidade Hospitalar de Coimbra é aberta a todos os cidadãos. Temos os acordos de saúde que permitirão o acesso de todos aos cuidados de saúde. É à Gestão que compete encontrar os mecanismos necessários que permitam democratizar o acesso das populações à Unidade. Através da Unidade de Medicina Interativa, a IdealMed pretende oferecer um espaço inovador, totalmente dedicado à educação e formação em saúde. É uma área aberta a que público-alvo? Na Educação em Saúde foi desenvolvida uma oferta diferente através da criação de um espaço inovador e exclusivo de formação, com elevada componente tecnológica – a Unidade de Medicina Interativa. São 1.000m2 dedicados exclusivamente à formação em saúde e uma equipa dedicada de profissionais capacitados em formatos e suportes inovadores: Simuladores Humanos de última geração; Plataformas interativas multitouch; E-learning; Videoconferência; Ensino à distância a partir de qualquer ponto da IdealMed, entre outros. É uma área que queremos potenciar internamente mas, sobretudo para o público externo, ou seja, trazer a comunidade
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“A IdealMed – Unidade Hospitalar de Coimbra agrega valências clínicas e profissionais de referência que, pela sua experiência e know-how reconhecido e comprovado, se associam a um projeto de saúde altamente diferenciado com o objetivo de criar um cluster de excelência na área da saúde”
científica de qualquer ponto do mundo para dentro da IdealMed.
Quando se faz um investimento tão volumoso (cerca de 35 milhões de euros), quais são as principais preocupações? Foram várias os cuidados e preocupações. Para além de tudo o que já foi referido ao nível da qualidade nos cuidados que prestamos, na relação humana com quem nos procura, na organização dos diferentes serviços, na inovação, na diferenciação tecnológica, também a versatilidade futura e o conforto do edifício, através da aplicação de matérias de grande qualidade e de respeito pelo meio ambiente, até às acessibilidades, foram tidas em conta. Das características físicas do edifício destacamos a utilização de um sistema de controlo de temperatura ambiente inovador, potenciado pela introdução de vigas arrefecidas; o reaproveitamento de águas das coberturas provenientes da chuva para posterior reaproveitamento em rega e instalações sanitárias; a utilização de painéis solares no aquecimento de águas. Para além disso,
todos os espaços de trabalho são iluminados de forma natural Do ponto de vista da acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, todas as entradas do edifício são servidas por percursos acessíveis que dão acesso a todos os espaços da unidade. Também os nove elevadores do edifício estão adaptados a pessoas com mobilidade reduzida.
Até ao momento, e sabendo à partida que é um período de tempo bastante curto, que recetividade têm tido dos utentes? É para nós altamente gratificante perceber que o trabalho que desenvolvemos vai ao encontro da melhor expectativa de quem nos procura. Este é o nosso desafio. Depois do “nascimento de um filho”, são sempre esperados resultados. Quais são as expectativas para o futuro da mais recente unidade hospitalar privada de Coimbra? A expectativa que temos é muito elevada. Temos presente que o nível de exigência das populações se exponenciou
nos últimos anos e ainda bem, só assim sendo possível exigir mais e melhores serviços. Nós, na IdealMed, antecipámos esta boa tendência. Sabemos que no curto médio prazo todos vão reconhecer que a integração do conhecimento e competência com qualidade tecnológica, segurança e modernas condições de acolhimento, constituem um enorme ativo na prestação de serviços de saúde.
Depois de terem conseguido erguer a maior unidade hospitalar privada da região centro, quais são os próximos objetivos da IdealMed? Para além do investimento na IdealMed - Unidade Hospitalar de Coimbra, materializámos, no decurso dos dois últimos anos, importantes investimentos em diferentes áreas, com especial relevância nas Tecnologias de Informação, Imagiologia, Neurologia e Neurofisiologia. Temos vindo a ser convidados, por diferentes mercados, para participarmos no desenvolvimento de estimulantes projetos, cujas oportunidades não descuraremos, procurando projetar a IdealMed em Portugal e no mundo.
DOENÇAS DEGENERATIVAS
principal causa De morte das sociedades ocidentais
Doenças dos tempos modernos As doenças degenerativas constituem a principal causa de morte nos países desenvolvidos. Um flagelo provocado normalmente por maus hábitos alimentares e estilos de vida sedentários.
A
s doenças degenerativas são aquelas que causam algum tipo de alteração no funcionamento sadio de uma célula, órgão ou tecido. Alterações essas que podem surgir sob a forma de inflamação, tumores ou infeções. Grande parte destas doenças são crónicas, o que significa que têm uma evolução lenta e gradual, ao mesmo tempo em que os tecidos e/ ou células vão sendo destruídos. Conhecidas como as doenças dos tempos modernos e das sociedades desenvolvidas, as doenças degenerativas afetam cada vez mais pessoas, principalmente adultos e idosos, afetando menos regularmente os jovens. O património genético da humanidade, herdado dos nossos antepassados, pouco se alterou em milhares de anos de evolução. No entanto, ocorreram profundas alterações a nível sociocultural que não foram acompanhadas pela condição genética humana e, muitas vezes, pela própria medicina. Com o advento da agricultura, inúmeras alterações a nível nutricional foram introduzidas, que conjugadas com falta de exercício físico e exposição a substâncias nocivas como o fumo e o álcool, levaram ao aparecimento de novas doenças. A par dos hábitos de vida, está provado também que existem determinados fatores genéticos que precipitam o aparecimento deste tipo de doenças, mas ainda não se conhece a relação causa-efeito, o que impede a obtenção de terapias mais eficazes.
“
Conhecidas como as doenças dos tempos modernos e das sociedades desenvolvidas, as doenças degenerativas afetam cada vez mais pessoas, principalmente adultos e idosos, afetando menos regularmente os jovens
As principais doenças degenerativas são: diabetes, aterosclerose, hipertensão, doenças cardíacas e da coluna vertebral, cancro, alzheimer, Parkinson, reumatismo, esclerose múltipla, artrite deformante, artrose e glaucoma.
Doenças degenerativas mais comuns
O diabetes é uma das doenças que afeta mais pessoas no mundo, especialmente nos Estados Unidos e no Norte da Europa, em que cerca de 7,6 por cento da população adulta entre os 30 e os 69 anos é diabética. Trata-se de uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue. Embora ainda não haja uma cura definitiva para o diabetes, há inúmeros tratamentos que proporcionam saúde e aumento da qualidade de vida aos portadores. Quando não tratado adequadamente, podem ocorrer outro tipo de complicações como ataques cardíacos, derrames cerebrais e insuficiência renal. Segundo alguns estudos, com o aumento do sedentarismo, obesidade e envelhecimento da população, o número de pessoas com diabetes no mundo vai aumentar mais de 50 por cento, passando a 380 milhões de diabéticos em 2025. Quase universal na velhice, a aterosclerose é uma doença onde existe acumulação de uma placa dentro das artérias. As artérias são vasos sanguíneos que carregam sangue rico em oxigênio e nutrientes para todos os órgãos do corpo humano, incluindo o coração. Por sua vez, a hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é caracterizada, como o nome indica, pelo aumento da pressão arterial, provocando alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração. Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg. Também esta é uma das doenças com maior prevalência no mundo atual. A atingir milhões de pessoas no mundo, independentemente da idade ou do sexo, temos também, entre as doenças degenerativas, o cancro. Por cancro entende-se a proliferação anormal de células, que invadem e destroem tecidos adjacentes e podem espalhar-se para vários locais do corpo. Os cancros mais mortíferos são o do pulmão, estômago, fígado, cólon e mama. As anomalias que podem resultar neste flagelo são, regra geral, resultantes de tabagismo, radia-
ção, contacto com substâncias químicas ou agentes infeciosos, bem como de erros na replicação do ADN ou herança genética. As doenças de Alzheimer e Parkinson são, infelizmente, também elas muito conhecidas por estarem diretamente relacionadas com o envelhecimento. Os neurónios cerebrais deixam de exercer as suas funções e acabam por morrer. A má notícia é que não existem tratamentos capazes de as curar. A boa é que há cada vez mais opções para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Também a esclerose múltipla é uma doença neurológica crónica, de causa ainda desconhecida e com maior incidência em mulheres e pessoas brancas. Por fim, o glaucoma consiste na designação genérica de um grupo de doenças que atingem o nervo ótico e envolvem a perda de células ganglionares da retina. Se não for tratado, o glaucoma leva ao dano permanente do disco ótico da retina, causando uma atrofia progressiva do campo visual, que pode progredir para visão subnormal ou cegueira. Resta dizer, que entre as doenças provocadas pela inflamação das articulações, destacam-se a artrite reumatoide e deformante e as artroses. Já entre as doenças cardíacas, o destaque vai para o enfarte do miocárdio, a angina de peito e a aterosclerose.
O diabetes é uma das doenças que afeta mais pessoas no mundo, especialmente nos Estados Unidos e no Norte da Europa, em que cerca de 7,6 por cento da população adulta entre os 30 e os 69 anos é diabética. Trata-se de uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue
Curiosidades ao nível da prevenção:
- Jejuar um ou dois dias por semana evita doenças como o Parkinson e o Alzheimer. A conclusão resultou de uma pesquisa realizada pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos. Basta reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para que os benefícios sejam sentidos. - A ingestão diária de cinco ou mais frutas e vegetais protege o organismo dos radicais livres que aumentam a probabilidade dos indivíduos estarem sujeitos a estes distúrbios. - De acordo com um estudo do Departamento de Psicologia da Universidade de York, no Canadá, o cérebro de pessoas que têm fluência em mais do que um idioma está protegido por mais tempo dos malefícios de doenças degenerativas nos neurónios. O facto do ser humano administrar outra linguagem permite que o sistema de controlo executivo do cérebro seja executado de forma sequencial, evitando que um conhecimento se misture com o outro, o que resulta num retardamento das doenças neurológicas. - Comer peixe assado pelo menos uma vez por semana também ajuda a evitar o Alzheimer. Cientistas descobriram que, preparado dessa forma, o peixe conserva melhor os seus valores nutricionais e estes nutrientes ajudam a fortalecer o cérebro.
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2012 – A SAÚDE EM PORTUGAL
Life Beat – Centro de Diagnóstico Avançado
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Diagnóstico por Imagem de Patologias Assintomáticas Os avanços tecnológicos têm tido um enorme impacto no desenvolvimento de meios de diagnóstico minimamente invasivos, permitindo lançar novos métodos de rastreio de patologias assintomáticas.
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as técnicas de imagem radiográfica e em particular na Tomografia Computorizada ou TAC, tem sido dada especial atenção à redução da dose de radiação ionizante associada aos exames que sejam efetuados em situações de rastreio, em que se pretende garantir o mínimo prejuízo para o doente. Têm sido efectuados diversos estudos, tendo em vista precisamente a garantia de que as vantagens na realização do exame, em grupos de risco determinados, superam as desvantagens associadas à exposição à radiação presente nesse mesmo exame. Actualmente o Life Beat dedica especial atenção ao diagnóstico precoce de três patologias com um enorme impacto ao nível da mortalidade e morbilidade.
Doença Aterosclerótica Coronária
Na Doença Aterosclerótica Coronária, o método utilizado é o TC cardíaco para a determinação do Score de Cálcio, incluído na Guideline publicada em Novembro de 2010, conjuntamente pelo American Heart Association e American College of Cardiology para a avaliação do Adulto Assintomático. Este exame é indicado para um grupo específico da população constituído por homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 anos e que, de acordo com as tabelas de risco cardiovascular se encontrem num nível de risco intermédio. Aos diabéticos foi igualmente indicada a realização do exame a indivíduos de ambos os sexos a partir dos 40 anos.
No Reino Unido, no mês de Março de 2010, foi também publicada uma Guideline sobre a utilização do Score do Cálcio pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), entidade constituída em 1999 pelo NHS - Serviço Nacional de Saúde Britânico, com a missão de investigar e estabelecer standards para a execução de exames de diagnóstico e terapêuticas, tendo em vista a garantia de qualidade e custo eficácia dos procedimentos. Os estudos que têm vindo a ser publicados nos últimos 20 anos a este propósito são unanimes em concluir que o Score de Cálcio permite um diagnóstico preciso da existência de placa de ateroma, sua extensão e localização e, com esta informação, proceder a uma reclassificação do risco individual do doente, permitindo a adopção de medidas terapêuticas personalizadas.
Cancro do Cólon / Colonoscopia Virtual
Adoptamos a recomendação da American Cancer Society para o rastreio do Cancro do Colon a adultos de ambos os sexos a partir dos 50 anos de idade. Esta recomendação foi publicada em Março de 2008, e das técnicas recomendadas à época surge a Colonoscopia Virtual. Nesse documento, uma das vantagens apontadas para a colonoscopia virtual é a possibilidade de identificar lesões extracolónicas, como por exemplo, o Aneurisma da Aorta Abdominal, cuja prevalência é relevante nesta faixa etária. O carácter não invasivo da Colonoscopia Virtual tem sido o factor mais apreciado uma vez que elimina a necessidade de
sedação e o risco de perfuração intestinal sempre presente na colonoscopia tradicional.
Cancro do Pulmão
No Cancro do Pulmão foi finalmente validado um método de diagnóstico precoce baseado em Tomografia Computorizada de baixa dose. Esta validação surge na sequência do estudo National Lung Screening Trial (NLST), apoiado pelo National Cancer Institute e cujos resultados foram publicados na edição de Agosto de 2011 do The New England Journal of Medicine. Este estudo que envolveu 53.454 fumadores e que decorreu entre Abril de 2004 e Dezembro de 2009, formou um grupo de 26.722 participantes vigiados por TC do Tórax e outro com 26.732 participantes vigiados por RX do Tórax. No final do período de acompanhamento apuraram que, no grupo vigiado por TC do Tórax, se verificava uma redução de mortalidade na ordem dos 20%. A conclusão do grupo de trabalho foi taxativa e telegráfica e que aqui se reproduz – “Screening with the use of low-dose CT
reduces mortality from lung cancer”. Nestas três situações pretende-se identificar a doença na sua fase inicial e assintomática em grupos de risco determinados, numa acção personalizada e de acordo com evidência médica obtida pelos milhares de estudos realizados até à data, principalmente na área da Doença Aterosclerótica Coronária. É consensual que, em qualquer das patologias apresentadas o diagnóstico precoce permite um prognóstico muito mais favorável associado a um custo financeiro bastante inferior. Trata-se de uma atitude proactiva face ao risco individual e que pode conduzir a significativos ganhos para o doente e para o sistema. No Life Beat, utiliza-se a Tomografia por Feixe de Electrões ou EBT e que esteve na origem da Tomografia Computorizada dirigida ao coração e às artérias coronárias, devido à sua resolução temporal (velocidade de aquisição da imagem). Esta tecnologia tem igualmente a característica de realizar os estudos com uma dose de radiação extremamente baixa, entre 5 a 10 vezes menos do que a verificada num equipamento de TAC tradicional.
Life Beat – Centro de Diagnóstico Avançado Rua Mouzinho da Silveira, 27 C . 1200 – 631 Lisboa Tel. 211 922 040 . info@lifebeat.pt . www.lifebeat.pt
OPINIÃO 2012 – A SAÚDE EM PORTUGAL
João Freitas – Assistente Hospitalar Graduado de Cardiologia do Hospital de S. João e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
O que é a Aterosclerose? A aterosclerose é uma doença onde existe acumulação de uma placa dentro das artérias. As artérias são vasos sanguíneos que carregam sangue rico em oxigênio e nutrientes para todos os órgãos do corpo humano, incluindo o coração. O que provoca a aterosclerose?
A
placa aterosclerótica é feita de gordura, colesterol, cálcio, e outras substâncias encontradas no sangue. Com o tempo, a placa endurece e estreita o interior (lúmen) das artérias. Este processo progressivo vai limitar o fluxo de sangue rico em oxigênio para os órgãos podendo provocar problemas graves, incluindo ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (trombose), ou até mesmo a morte. A aterosclerose pode afetar qualquer artéria do corpo, incluindo artérias do coração (coronárias), cérebro, braços, pernas, rins, etc. Como resultado, diferentes doenças podem-se desenvolver a partir da afetação dessas artérias:
Doença coronária
É a principal causa de morte nos países desenvolvidos. Existe quando a placa de aterosclerose provoca um estreitamento das artérias coronárias suficiente para reduzir o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. A formação de placa também torna mais provável a formação de trombos (coágulos de sangue) nesse local e que poderão agravar parcial ou totalmente o fluxo sanguíneo, provocando respetivamente, angina (dor ou desconforto no peito) ou um ataque cardíaco (enfarte).
Doença carotídea
Ocorre se a placa se acumula nas artérias de cada lado do pescoço (carótidas). Estas artérias são as que fornecem sangue rico em oxigênio para o cérebro. Se o fluxo sanguíneo para o cérebro é reduzido ou bloqueado, poderá haver um acidente vascular cerebral (trombose ou AVC).
Doença arterial periférica
A doença arterial periférica (DAP) ocorre se a placa se acumula numa das artérias principais que fornecem sangue rico em oxigênio para as pernas ou braços. Se o fluxo sanguíneo para essas partes do corpo é reduzido ou bloqueado, pode existir dor, dormência, e, às vezes, infeções perigosas. Gangrena (morte dos tecidos periféricos) pode se observar em casos graves e não tratados.
A causa da aterosclerose não é ainda bem conhecida. No entanto, certas características, condições ou hábitos aumentam o risco do desenvolvimento da doença. Estas condições são conhecidas como fatores de risco. Pode-se controlar alguns fatores de risco, tais como falta de atividade física, tabagismo e uma dieta pouco saudável. A diabetes, hipertensão arterial e o colesterol elevado são também fatores de risco modificáveis. Contudo, outros não se podem controlar, como o envelhecimento, história familiar de doença cardíaca prematura e o sexo masculino. Algumas pessoas que têm aterosclerose podem não apresentar sinais ou sintomas, pelo que a doença pode não ser diagnosticada até que exista um ataque cardíaco ou AVC. O principal tratamento e prevenção da aterosclerose é a modificação do estilo de vida. Frequentemente será necessário a utilização de medicamentos e procedimentos médicos. Estes tratamentos, além de cuidados médicos continuados, pode para além de prolongar a vida, aumentar a qualidade de vida dos doentes.
Principais fatores de risco da aterosclerose
Níveis de colesterol no sangue. Nomeadamente o colesterol das LDL alto (às vezes chamado de “mau” colesterol) e colesterol HDL baixo (às vezes chamado de colesterol “bom”). A pressão arterial elevada. A pressão é considerada elevado se permanece acima de 140/90 mmHg ao longo do tempo. Se existe diabetes ou doença renal cronica, a hipertensão arterial é definida para valores acima de 130/80 mmHg. Tabagismo pode danificar os vasos sanguíneos, aumentar os níveis de colesterol, e aumentar a pressão arterial. Fumar também não permite que exista oxigenação suficiente aos tecidos do corpo. Diabetes. Com esta doença, o nível de açúcar no sangue é muito alto, pelo que o corpo não produz insulina suficiente ou não usa a insulina adequadamente. A diabetes leva também a lesões arteriais graves e ao agravamento da aterosclerose. A obesidade e a falta de atividade física pioram os outros fatores de risco que promovem a aterosclerose, tais como os níveis sanguíneos saudáveis de colesterol, pressão arterial elevada e diabetes. Uma dieta pouco saudável pode aumentar o risco de aterosclerose. Os alimentos que são ricos em gorduras saturadas, sódio
(sal), colesterol, e açúcar podem piorar os outros fatores de risco de aterosclerose. Envelhecimento aumenta o risco de aterosclerose. Nos homens, o risco aumenta depois dos 45 anos. Nas mulheres, o risco aumenta depois dos 55 anos. História familiar de doença cardíaca
precoce (fatores genéticos) aumenta o risco para a aterosclerose, se o pai ou um irmão foi diagnosticado com doença cardíaca antes dos 55 anos de idade, ou se sua mãe ou uma irmã foi diagnosticada com doença cardíaca antes dos 65 anos de idade.
Como é tratada a aterosclerose? Os objetivos do tratamento incluem o alívio dos sintomas, a redução e controlo dos fatores de risco para retardar ou impedir a acumulação da placa (ver figura) e dilatar ou fazer pontes (“bypass”) às artérias ocluídas. Uma dieta saudável é uma parte fundamental de modificação do estilo de vida saudável. Seguir uma dieta mediterrânica, rica em frutas, peixe, vegetais e pobre em sal pode prevenir ou reduzir a pressão arterial alta e níveis altos de colesterol e ajudar a manter um peso saudável. Bebidas alcoólicas em dose moderada são benéficas. A atividade física regular pode também diminuir muitos dos fatores de risco de aterosclerose, incluindo o LDL (“mau colesterol”), pressão arterial alta e excesso de peso. A atividade física reduz o risco para o diabetes e aumenta o nível de colesterol HDL. HDL é o colesterol “bom” que ajuda a prevenir a aterosclerose. A abstinência tabágica e o controlo do stress são dois fatores fundamentais para reduzir a progressão da aterosclerose. Fármacos para tratar a diabetes, hipertensão e o colesterol elevado deverão ser usados se estes fatores de risco não são controlados apenas pela modificação do estilo de vida. Antiagregantes das plaquetas como a aspirina são também usados nos doentes com aterosclerose para evitar a trombose no local das placas. Por último, se existe aterosclerose grave, o médico pode recomendar um procedimento médico ou cirúrgico como a angioplastia que é um procedimento que é usado para abrir as coronárias estreitadas, aliviando a angina de peito ou tratando um enfarte se a coronária está totalmente bloqueada Por vezes, um pequeno tubo de malha metálico chamado de stent é colocado na artéria para mantê-la aberta após o procedimento. A cirurgia de revascularização do miocárdio (“bypass”) é um tipo de cirurgia em que artérias ou veias de outras áreas do corpo são usadas para fazerem uma ponte ao estreitamento das artérias coronárias. Esta cirurgia assim como a implantação de stents pode prevenir um ataque cardíaco. Também se pode usar um tipo de cirurgia semelhante para as artérias da perna. Com esta operação, um vaso de sangue saudável é usado para fazer uma ponte de uma artéria periférica com aterosclerose significativa, melhorando o fluxo sanguíneo para a perna. A endarterectomia carotídea é a cirurgia para remover o acúmulo da placa aterosclerótica das artérias carótidas no pescoço. Este procedimento restaura o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que pode ajudar a prevenir um AVC.
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DIA MUNDIAL SEM TABACO
31 DE MAIO - DIA MUNDAL SEM TABACO
DEIXE DE FUMAR HOJE! Em 90 Minutos com a RELIEF ® A marca Relief®, de origem alemã, é Líder Mundial no método antitabágico utilizando a tecnologia soft-laser, estando já presente em mais de 105 clínicas distribuídas pela Alemanha, Áustria, Suíça, Suécia, Espanha, México, Colômbia e Portugal.
O
método soft-laser é aplicado há mais de 20 anos nos Estados Unidos e Canadá, sendo um método internacionalmente comprovado e integrado no serviço Nacional de Saúde na HOLANDA. O sucesso de mais de 8 anos da RELIEF® baseia-se também no facto de, com uma única sessão de 90 minutos, eliminar a necessidade da nicotina, tendo já ajudado milhares de fumadores a converterem-se em ex-fumadores, com a mais alta taxa de êxito no mercado.
O MÉTODO SOFT-LASER RELIEF O tratamento com o soft-laser Relief, indolor e sem efeitos secundários, estimula determinadas zonas do corpo promovendo a segregação de endorfinas pelo cérebro. O corpo experimenta, assim,
um estado de relaxamento profundo ocorrendo, simultaneamente, a saturação dos recetores de nicotina. Desta forma, elimina-se a vontade de fumar sem recurso a quaisquer medicamentos e os sintomas de abstinência da nicotina são reduzidos ao mínimo convertendo, de forma facilitada, um fumador em ex-fumador. De todos os métodos antitabágicos existentes atualmente, o soft-laser é o que detém a maior taxa de sucesso no mercado, sendo que menos de 15% dos clientes Relief necessitam de uma segunda sessão de reforço. “Segundo a nossa experiência, a percentagem de êxito situa-se acima dos 85%”, afirma Paulo Crispim, diretor da marca em Portugal, sendo que “para aqueles que tenham eventualmente uma recaída, oferecemos um segundo tratamento gratuito no prazo de 1 ano”.
PORQUÊ RELIEF - É líder Mundial na técnica soft-laser antitabágica; - Consiste apenas numa única sessão indolor; - Sem necessidade de medicamentos nem efeitos secundários; - Sem aumento de peso (opcional); - Apresenta a maior taxa de sucesso de todos os métodos antitabágico (acima de 85%); - Oferece um serviço de aconselhamento personalizado, incluindo um tratamento de reforço totalmente gratuito, caso necessário.
OPÇÕES DE TRATAMENTO
Relief® RCC - Deixar de fumar. Relief® RCW - Deixar de fumar com controlo de peso.
Clara Augusto, Diretora técnica da Relief Portugal
“Há cerca de quatro anos, sendo uma fumadora veterana, foram-me diagnosticados dois problemas graves de saúde derivados ao tabaco, Efizema Pulmonar e Histiocitose X. Após o diagnóstico, e conforme esperado, o médico recomendou-me deixar de fumar. Tentei vários métodos existentes mas sem sucesso, pois os sintomas associados à falta da nicotina levavam-me constantemente a uma recaída. Feitas algumas pesquisas descobri o método Soft-Laser da Relief, com uma elevada taxa de sucesso. A curiosidade surgiu e foi então que decidi deslocar-me a uma das clínicas Relief em Barcelona e experimentar o tratamento Relief. Alguns dias após, surpreendentemente continuava sem
Dia Mundial Sem Tabaco
Criado pela Organização Mundial da Saúde, o Dia Mundial Sem Tabaco é comemorado a cada ano em 31 de maio. Na edição 2012, o tema escolhido pela OMS foi a interferência da indústria do tabaco na saúde pública. O Dia Mundial sem Tabaco, alerta para os riscos à saúde associados ao uso do tabaco e defende políticas eficazes para reduzir o seu consumo. O uso de tabaco é a segunda maior causa de morte a nível mundial. A primeira é a hipertensão. Atualmente é responsável pela morte de 1 em cada 10 adultos. O uso do tabaco é a maior epidemia evitável!
Pense nisso!
vontade de fumar e, mais curioso ainda, sem os indesejados sintomas de abstinência. Decorridos dois anos como ex-fumadora, foi então que decidi trazer e implementar o método Relief em Portugal, através de Franchising, e desta forma ajudar fumadores que enfrentam as mesmas dificuldades pelas quais eu passei. A primeira clínica Relief em Portugal foi inaugurada em 2011, existindo atualmente em Lisboa e Vila Nova de Gaia, sendo o nosso objetivo expandir para outras zonas do país e ajudar todos os dias e com enorme satisfação, fumadores a converterem-se, definitivamente, em ex-fumadores.”
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OPINIÃO XII CONGRESSO PORTUGUÊS DE GINECOLOGIA
Fernando Mota, Secretário-Geral do XII Congresso Português de Ginecologia e Secretário-Geral da Sociedade Portuguesa de Ginecologia
Hotel Tivoli – Vilamoura, 7 a 10 de Junho de 2012
XII Congresso Português de Ginecologia De entre os vários assuntos que irão ser abordados no XII Congresso Português de Ginecologia, a decorrer entre 7 a 10 de Junho do corrente ano, merecem particular destaque: preservação da fertilidade em doentes com cancro, Sexologia na prática clínica em Ginecologia, robótica em Ginecologia, vacinas contra o HPV e lançamento no mercado de novas “pílulas” contracetivas.
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evo ainda realçar a realização de cinco Cursos Práticos, especialmente dirigidos aos internos da Especialidade, versando os temas: pequena cirurgia vulvar, novas técnicas em laparoscopia, estudos urodinâmicos, técnicas recentes em histeroscopia e tratamento das disfunções sexuais.
Temáticas mais relevantes, para o público em geral, na área da Ginecologia Hemorragias Genitais São um motivo habitual de consulta em Ginecologia pela sua elevada frequência e por serem uma fonte de preocupação para a mulher. Por vezes, a sua gravidade exige internamento ou atuação médico-cirúrgica imediata. De um ponto de vista muito prático podem ser classificadas consoante o grupo etário que afetam: crianças, adolescentes, mulheres jovens, mulheres próximas da idade da menopausa (perimenopausa) e mulheres na pós-menopausa. As crianças pré-púberes com hemorragias genitais são consultadas por Pediatras e as causas mais comuns da hemorragia incluem a presença de lesões vulvovaginais relacionadas com infeções ou traumatismos, corpos estranhos que a criança introduziu na vagina, ingestão acidental de hormonas prescritas a familiares e os muito raros tumores da vagina ou do ovário. Na adolescência a grande maioria das hemorragias anormais é devida à imaturidade do chamado “eixo hipotálamo-hipófise-ovário” responsável por hemorragias ditas anovulatórias, por ausência de ovulação, que, regra geral, se atenuam com o tempo mas, ocasionalmente, são suficientemente graves para exigir internamento hospitalar. Na mulher jovem a possibilidade da hemorragia estar relacionada com a gravidez ou suas complicações é grande, pelo que este diagnóstico está sempre presente no espírito do médico-assistente. Outras causas comuns de hemorragia genital são a toma irregular da “pílula” contracetiva ou a sua inadequação à mulher em causa e, por fim, a patologia tumoral benigna, representada por pólipos e miomas, pode ser responsável pelas hemorragias. Na mulher perimenopáusica as hemorragias são muito frequentes e relacionam-se não só com a patologia tumoral benigna já aludida mas, mais vezes, com o envelhecimento dos ovários, responsável por hemorragias anovulatórias. Nestas idades os tumores malignos, particularmente do
colo do útero, devem ser procurados pelo médico-assistente. Por fim, na pós-menopausa a maioria das hemorragias é provocada pela atrofia do endométrio, mas lesões tumorais malignas podem estar em causa, como o cancro do endométrio e do colo do útero, pelo que o Ginecologista as deverá confirmar ou eliminar. A ecografia pélvica, a histeroscopia (ob-
servação da cavidade do útero) e vários exames laboratoriais são requisitados para esclarecimento diagnóstico e a terapêutica, naturalmente, dependerá das causas encontradas. Infeções Genitais São uma causa muito frequente de consulta em Ginecologia. As vulvovaginites são dominadas pela vaginose bacteriana e
Avanços recentes em Ginecologia
Entre muitos, distingo os seguintes, em diferentes áreas da Especialidade de Ginecologia: Desenvolvimento e aperfeiçoamento da cirurgia por via laparoscópica, que tem permitido uma menor morbilidade da cirurgia, com tempo de internamento mais curto e recuperação mais rápida da doente. Utilização, na prática clínica corrente, de novos fármacos dirigidos a alvos moleculares, que permitem uma terapêutica individualizada na mulher com cancro ginecológico e da mama. Aplicação de novas técnicas cirúrgicas, pouco invasivas, e com grande sucesso no tratamento da incontinência urinária. Por fim, e no que concerne à procriação medicamente assistida, destaco o aperfeiçoamento de técnicas in vitro que identificam várias doenças genéticas e, deste modo, previnem o desenvolvimento de embriões com esses defeitos.
pela infeção por tricomonas que provocam corrimentos fétidos e são facilmente tratadas com metronidazol. Já as candidíases vulvovaginais são causadas por fungos, provocam comichão local e múltiplas preparações antifúngicas são eficazes no seu tratamento. A infeção genital pelo HPV (vírus do papiloma humano) é considerada a doença sexualmente transmissível mais comum e provoca os conhecidos e contagiantes condilomas vulvares e lesões microscópicas nas células infetadas que, num período de tempo médio de 12 anos, poderão dar origem a cancros do colo do útero. Felizmente, a esmagadora maioria das infeções causadas pelo HPV são eliminadas pelo sistema imunitário da mulher e não há desenvolvimento de doença cancerosa. As úlceras vulvares são essencialmente devidas a infeções pelo vírus herpes. Rarissimamente, no nosso país, pode estar em causa uma lesão de sífilis. Quando o chamado “trato genital superior” – endométrio, trompas, ovários – é infetado por gonococos, clamídeas ou outras bactérias, surge uma situação designada por DIP (doença inflamatória pélvica) aguda que pode ter consequências gravosas para a fertilidade futura da mulher e estar na origem de dores pélvicas crónicas ou dor profunda durante a relação sexual. Com frequência, os germens agressivos colonizam os genitais femininos após coito vaginal com um parceiro infetado. A terapêutica antibiótica deve ser atempada e agressiva para prevenir as complicações referidas. A mulher com uma DIP aguda tem, habitualmente, dores pélvicas ou abdominais intensas, corrimento vaginal fétido, por vezes febre, náuseas e vómitos. Nunca é demais realçar a importância do uso do preservativo aquando de uma relação sexual ocasional. Algias Pélvicas As dores pélvicas e/ou abdominais são um motivo frequente de consulta em Ginecologia ou ida à urgência. O seu diagnóstico é, por vezes, difícil, dada a multiplicidade de patologias que lhe estão associadas. Atendendo à relação de proximidade entre os órgãos genitais internos e os aparelhos digestivo e urinário, com frequência, a razão da dor tem origem nestas estruturas e não, como a doente pode pensar, nos seus órgãos genitais. Também a patologia musculo-esquelética e dos trajetos nervosos pode, raramente, ser motivo das dores abdominopélvicas. As dores são classificadas como agudas e crónicas exigindo, as primeiras, cuidados
Pontos de Vista Junho 2012
imediatos, por vezes, cirúrgicos. De entre as múltiplas causas de dor crónica com origem nos órgãos genitais e que perturbam a mulher merecem-me destaque: A. A dor ovulatória que resulta da rutura da superfície ovárica para postura ovular e condiciona uma pequena hemorragia que pode “irritar” o peritoneu. Habitualmente moderada, a dor é cíclica e sinaliza a regularidade dos ciclos ovulatórios dessas mulheres. B. Dismenorreia. Por definição é a dor que surge exclusivamente na altura da menstruação e divide-se em primária e secundária de acordo com o seu aparecimento. A dismenorreia primária surge após as primeiras menstruações, habitualmente moderada e que, por vezes, se mais intensa, cede aos banais analgésicos. Já a dismenorreia secundária surge mais tarde e associa-se a patologia benigna, nomeadamente endometriose (presença de tecido endometrial fora do útero) que pode ser causa de infertilidade. C. Dispareunia. Constitui a dor que é sentida durante o coito vaginal e/ou uma vez este terminado. Distingue-se a dispareunia superficial ou orificial que tem uma causa orgânica subjacente, habitualmente uma infeção/inflamação vulvovaginal ou insuficiência/ausência de lubrificação vulvovaginal. Pelo contrário, o diagnóstico de dispareunia, dita profunda, é difícil pois, para além de patologia orgânica, muitas vezes tem uma causa chamada psicogénica, ou seja, um conjunto de perturbações de natureza social, sexual, psicológica vão ser expressas sob a forma de dor durante a atividade sexual. Doença Benigna da Mama A descoberta pela mulher de um nódulo da mama, qualquer que seja a sua idade, é fonte de grande preocupação, pois teme poder tratar-se de um cancro. Geralmente a consulta é requerida sem demora, por vezes é motivo de ida à urgência. Felizmente, a maioria das nodularidades mamárias detetadas pela mulher são de natureza funcional, isto é, predominam nos quadrantes externos, são mais evidentes ou só encontradas no período pré-menstrual e não têm importância/significado clínico, a não ser que exista dor associada. Noutras ocasiões as nodularidades mamárias correspondem a banais alterações ditas do “normal desenvolvimento mamário”, ou podem corresponder à frequente patologia benigna representada pela conhecida “doença” fibroquística da mama, quando coexistem pequenos quistos com fibrose. Por vezes o/s nódulo/s mamário/s correspondem a tumores benignos conhecidos como fibroadenomas ou, menos vezes, a quistos volumosos. Trata-se de patologia benigna que necessita de vigilância e a mulher deve ser informada sobre a natureza das lesões e tranquilizada quanto à inexistência de cancro ou possível transformação dessas lesões em cancro. Para tanto é fundamental o diagnóstico, que se apoia
na imagiologia, seja ecografia mamária e/ ou mamografia, com frequente estudo citológico do/s nódulo/s e, em caso de dúvida, biopsia ou mesmo excisão para estudo histológico. Ocasionalmente numa mulher cancerofóbica, quando os nódulos benignos provocam sintomatologia (dor mamária mais frequentemente) ou aumentam de dimensões, está indicada a sua remoção cirúrgica.
Cancro Ginecológico Os cancros ginecológicos mais comuns no nosso país são, por ordem decrescente de frequência, o cancro do endométrio, colo do útero, ovário, vulva, vagina e trompa de Falópio. Anos atrás, o cancro do colo do útero predominava, mas graças ao rastreio a sua frequência tem vindo a diminuir em detrimento do carcinoma do endométrio, que é um tumor maligno típico da mulher idosa vivendo em sociedades afluentes com consumos calóricos excessivos. O terceiro cancro que mais afeta a mulher portuguesa é o cancro do ovário, que é, de todos, o mais letal pela ausência de sintomas a ele associados. Quando é diagnosticado a doença encontra-se em avançado estádio de evolução e a terapêutica é, necessariamente, insuficiente – não curativa. Em quarto lugar surge o cancro da vulva prevalecendo na mulher idosa. Os tumores da vagina e da trompa de Falópio são muito raros. Perante uma hemorragia genital anormal a mulher deve dirigir-se ao seu médico para esclarecimento da causa. Adultas jovens a quem nunca foi realizada, erradamente, uma citologia do colo do útero, podem desenvolver cancros do colo que se manifestam por coitorragias (aquando da relação sexual surge uma pequena hemorragia) ou corrimentos vaginais fétidos e rebeldes às terapêuticas instituídas de modo empírico ou, ainda, hemorragias genitais espontâneas mais ou menos abundantes. Por maioria de razões, mulheres na perimenopausa ou mulheres idosas com hemorragias genitais devem consultar o seu médico, pois a possibilidade de patologia tumoral maligna poder estar em causa é maior. Sintomas como alterações dos hábitos intestinais, enfartamento, “dispepsia”, desconforto ou dor abdominal levam o médico a requisitar, entre outros exames, uma ecografia abdominopélvica que permite diagnosticar tumores ováricos e, entre eles, o cancro do ovário. Também o prurido (comichão) vulvar persistente, que não cede a terapêuticas locais empíricas, exige observação para diagnóstico de eventual cancro da vulva que, como já referido, é mais comum na mulher idosa, mas pode também ser encontrado em mulheres na perimenopausa. Rastreio do Cancro do Colo do Útero Hoje em dia existem, em todo o país, campanhas de rastreio organizado para prevenir o cancro do colo do útero. A região centro foi pioneira ao lançar uma campanha
em 1990 e atualmente as mulheres desta região têm taxas de incidência (frequência) idênticas às dos países mais desenvolvidos do mundo. O método do rastreio consiste na citologia do colo do útero, realizada quer por Clínicos Gerais quer por Ginecologistas. O seu objetivo não é o de diagnosticar cancros do colo nas suas fases de evolução mais inicial (muito pequenos, mesmo microscópicos), mas sim diagnosticar, e de seguida destruir, as lesões precursoras do cancro, as chamadas lesões pré-malignas ou pré-invasivas e, deste modo, evitar a eclosão de um cancro. Infelizmente muitas mulheres não realizam a citologia do colo periódica e algumas acabam por desenvolver cancros em fases avançadas de evolução, com reduzidas possibilidades de cura. Por convocatória ou vontade própria, a mulher – a partir dos 25 anos e até aos 65 anos de idade – deve consultar o seu médico-assistente para que lhe seja feita uma citologia cervical anual. Depois de duas citologias normais, a sua execução passa a trienal. Deste modo é prevenido o desenvolvimento de cancro invasivo. Desde 2008 existe no mercado mundial e português uma vacina contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por aproximadamente 70 a 75% de todos os cancros do colo do útero. Todas as adolescentes e adultas jovens são aconselhadas a vacinarem-se e, a partir dos 25 anos, a realizarem a citologia cervical periódica, visto que a vacina não é 100% eficaz, embora reduza consideravelmente a probabilidade de ocorrência do tumor maligno. Cancro da Mama e seu Rastreio É o cancro mais frequente da mulher. Todos os anos são diagnosticados cerca de 4500 novos cancros da mama no nosso país. Apesar das taxas de cura serem muito elevadas nos tumores iniciais, todos os anos morrem aproximadamente 1500 portuguesas com esta patologia. A mulher é aconselhada a “conhecer as suas mamas” para que qualquer alteração cutânea ou nodularidade seja descoberta e, sem demora, seja esclarecida pelo seu médico. Para tanto é aconselhada a autopalpação mamária durante o período menstrual ou imediatamente após – nas mulheres em fase genital ativa – seis a oito vezes, grosso modo, ao ano. Mulheres com história familiar de cancro da mama devem ser vigiadas pelo Ginecologista a partir dos 25-30 anos de idade, realizando exames periódicos para deteção de eventual patologia. Caso não exista história familiar de cancro da mama as mulheres são aconselhadas a participar no rastreio organizado pela Liga Portuguesa contra o Cancro, e que consiste na realização de uma mamografia, cada dois anos, a partir dos 45 anos e até aos 69 anos de idade. Qualquer alteração detetada é esclarecida com recurso a vários exames, ditos complementares de diagnóstico, e todas as lesões pré-malignas e todos os pequenos
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cancros serão tratados. Deste modo, consegue-se obter taxas de cura que rondam os 95% dez anos após o diagnóstico inicial. De novo reitero que todas as mulheres deverão, ou participar na campanha de rastreio organizado ou, então, a título individual, consultar o seu Ginecologista com esse propósito. Infelizmente muitas das nossas concidadãs não realizam mamografias periódicas e consultam por retrações do mamilo ou da pele, ulcerações ou tumores volumosos. Naturalmente, nestas circunstâncias, o prognóstico é sombrio. A SOCIEDADE PORTUGUESA DE GINECOLOGIA, abreviadamente designada “SPG”, é uma associação, científica, sem fins lucrativos e sem limite de tempo e foi fundada em 10/07/1975, reportando-se, portanto, o início da sua atividade, àquela data. A Sociedade Portuguesa de Ginecologia tem como finalidade o estudo e a investigação de todos os assuntos relacionados com a Ginecologia. Compete à SPG desenvolver todas as atividades necessárias para a prossecução dos seus fins, podendo, nomeadamente: a) Promover e/ou apoiar iniciativas de caráter educativo, técnico, científico, investigacional e ético no âmbito da Ginecologia, para profissionais de saúde e público em geral; b) Participar, no País ou no estrangeiro, em atividades com interesse específico para a Ginecologia; c) Promover e realizar sessões científicas, sob as formas que considerar convenientes e adequadas, nomeadamente, entre outras, congressos, conferências, cursos especializados, reuniões de trabalho; d) Fomentar a cooperação e o intercâmbio científico com Sociedades congéneres ou outras instituições científicas dedicadas à Ginecologia; e) Filiar-se, associar-se, fazer-se representar e colaborar com federações e/ou associações, nacionais e internacionais, de caráter científico; f) Proceder à edição, periódica ou pontual, de publicações para, nomeadamente, divulgação e informação do público em geral, associados e profissionais de saúde, de assuntos, direta ou indiretamente relacionados com a ginecologia, que entenda convenientes e adequados.
OPINIÃO V CONGRESSO DA SPCMIN
José Novo de Matos – Presidente da SPCMIN e Chefe de Serviço de Cirurgia
O 5º Congresso da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva O 5º Congresso da SPCMIN representa o culminar de um trabalho contínuo de uma jovem sociedade científica que aglutina oito especialidades cirúrgicas e médicas unidas pela prática comum da mínima invasividade no tratamento do doente.
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ão é simplesmente uma ideia que nos une, mas sim a IDEIA, isto é, Inovação, Divulgação, Ensino, Informação e Auditoria. Esta é a nossa plataforma de trabalho. A cirurgia minimamente invasiva, como o nome indica, é todo um conjunto de procedimentos que tentam minimizar a agressão física do corpo humano mas obtendo os mesmos resultados terapêuticos. O conceito é bastante abrangente e para além da “cirurgia” propriamente dita aplica-se a todas as especialidades que passaram a usar abordagens terapêuticas que tentam reduzir ao máximo o trauma cirúrgico. Assim se compreende que a Gastroenterologia e a Radiologia de intervenção façam parte integrante da nossa Sociedade. Na Cirurgia Geral todas as patologias, excetuando o trauma, podem ser tratadas por cirurgia minimamente invasiva, apesar de haver atualmente “goldstandards” como a cirurgia da vesícula biliar, da doença de refluxo gastro-esofágico (hérnia do hiato), cirurgias da obesidade, da suprarrenal e do baço. Para além destas a patologia benigna e maligna do cólon deve ser preferencialmente realizada por este método assim como muita patologia da parede abdominal (vulgo hérnias). Nas outras especialidades existe também uma panóplia de patologias com indicação preferencial para a abordagem minimamente invasiva. Hoje em dia se quisermos falar das cirurgias mais frequentemente realizadas desta forma, podemos dizer que na Cirurgia Geral é a remoção da vesícula (colecistectomia), a cirurgia dos anexos (ovários, trompas) na Ginecologia, a remoção do apêndice (apendicectomia) na Cirurgia Pediátrica, a remoção do rim (nefrectomia) na Urologia e a lise de sinéquias pleurais na Cirurgia Cardiotorácica, entre muitas outras abordagens minimamente invasivas especialmente na Gastroenterologia e na Radiologia de intervenção. O que importa realçar é que à medida que o tempo passa vão aparecendo mais
patologias com indicação preferencial para a abordagem laparoscópica (se falarmos de abdómen) o que decore em paralelo ao ganho de experiência nas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas. Somos uma sociedade aberta e que tentamos unir os esforços de todas as Sociedades ditas tradicionais, das especialidades que nos integram, para realizar um trabalho conjunto em prol do desenvolvimento da Medicina em geral e do tratamento cirúrgico em particular. Assim o nosso 5º Congresso é realizado em simultâneo com o Congresso da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Pediátrica.
O Congresso vai decorrer na Alfândega do Porto nos dias 21 e 22 deste mês de junho e esperamos cerca de 500 participantes havendo também vários conferencistas estrangeiros. Durante o Congresso vão existir vários workshops nomeadamente de Cirurgia Vascular, Ginecologia e Enfermagem. E temos como pontos relevantes: “Como diminuir a morbilidade nas várias cirurgias laparoscópicas”,”Da investigação para a prática clínica”, “Inovação em mini-invasão, a voz da Industria”, “Endoscopia flexível nas várias especialidades”, “Urgência”, “Cirurgia Robótica”, “Porta Única”, “Cirurgia Major em mini-
SPCMIN – Sociedade Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva A SPCMIN funda-se notarialmente a 16 de outubro de 2006 e começa a funcionar na prática a 22 de setembro de 2007. (…) “Tem como objetivos principais a formação dos seus associados nas novas tecnologias e o intercâmbio de experiência e “know how” entre todos os sócios, permitindo ainda o contacto com “experts” a nível internacional. O alvo principal é o ensino e a formação dos mais jovens, grupo que habitualmente tem menos acesso a uma formação de excelência. O desenvolvimento das técnicas minimamente invasivas a nível nacional com principal orientação para os hospitais periféricos é outro dos objetivos. Estabelecer parcerias e sinergismos com os hospitais, as faculdades e os organismos públicos e privados interessados no projeto da abordagem da mínima invasão, será uma prioridade.” Tem atualmente cerca de 300 sócios com uma idade média de 35 anos, sendo a maior parte jovens cirurgiões (no sentido lato do termo).
-invasão”. E finalmente um tema muito atual nos tempos que correm: “Desafios da Cirurgia Minimamente Invasiva em tempos de “Troika”. Realçamos ainda a nossa ligação desde há uns anos à nossa sociedade “irmã”, a Sociedade Espanhola de Cirurgia Laparoscópica e Robótica, que este ano é assinalada por uma conferência dada pela Professora Elena Ortiz de Madrid. O ponto mais emblemático deste Congresso prende-se com o facto de termos convidado para realizar uma lição de sapiência quem realizou a 1ª Cirurgia Laparoscópica neste país em 1992, o Professor Doutor Carlos Alves Pereira, na altura em que esta sociedade, cujo objetivo maior é o desenvolvimento da cirurgia laparoscópica , faz o seu 5º Congresso e a 1ª cirurgia laparoscópica feita a nível mundial faz 25 anos. O Congresso é sempre um local de discussões teóricas mas também um espaço de reflexão e debate. Neste caso é a altura do ano em que os colegas de todos os hospitais centrais e periféricos trocam as suas experiências numa base de partilha hipocrática de conhecimentos e práticas adquiridas. É interessante realçar que no congresso desta Sociedade todas as salas se enchem de gente e fervilham de interesse pelas novidades e inovações que se apresentam todos os anos. Com o apoio de mais de 20 empresas da área comercial que vêm trazer as últimas tecnologias ao serviço das abordagens minimamente invasivas é possível a realização deste grandioso Congresso e deixo desde já aqui publicamente expresso o nosso agradecimento a esse apoio inestimável. A Sociedade tem tido um papel importante junto dos profissionais de saúde nomeadamente médicos e enfermeiros de bloco operatório ao incrementar a informação na área das abordagens minimamente invasivas. Mas a principal ação é formativa pela organização sistemática ao longo dos anos de cursos de formação e de treino em cirurgia laparoscópica. Realizamos cursos práticos (cirurgia em animal vivo anestesiado) não só nos biotérios das Universidade de Évora e do Minho, mas também no Centro de Cirurgia Experimental Avançada em Vila do Conde e ainda em Espanha no Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva Jesús
Pontos de Vista Junho 2012
Úson em Cáceres. Na Faculdade de Medicina da Universidade Nova de Lisboa já promovemos cursos de cirurgia em cadáver e ainda pudemos utilizar o ano passado a Realidade Virtual para treino cirúrgico num Curso orientado para esta nova potencialidade de aprendizagem de Cirurgia Laparoscópica. Temos previstos para 2012 um enorme conjunto de Cursos que abordam temas gerais de Cirurgia Geral, Urologia, Cirurgia Pediátrica e Ginecologia e também cursos monotemáticos. Promovemos a organização dentro dos próprios hospitais da formação continuada nesta área. É importante referir que estes cursos destinam-se na maior parte dos casos a internos em formação das várias especialidades, principal razão de ser da existência dos mesmos. O papel da sociedade não se limita só aos profissionais de saúde e tenta dirigir-se à população em geral, quer através de informação da sua página na net quer através de órgãos de informação escrita como o caso presente. É importante passar informação científica fidedigna e neste caso realçar as vantagens desta técnica. As vantagens são múltiplas: estéticas – 1,2, 3 ou 4 orifícios de 5 a 10 mm em vez de grandes incisões de 20 ou mais centímetros, uma redução drástica da dor no pós-operatório, um tempo de internamento mínimo (2 a 3 dias em vez de uma semana ou mais), uma redução flagrante na agressão imunitária do doente diminuindo significativamente a imunodepressão provocada pelas cirurgias tradicionais, uma impressionante
redução de custos a nível de cuidados de saúde e ainda a possibilidade de ser desenvolvida em Cirurgia de Ambulatório sem qualquer internamento hospitalar o que exacerba este ultimo ponto referido. Em 1987 as pessoas assistiram com espanto e algumas com ceticismo à possibilidade de se começar a operar sem necessidade de introduzir as mãos nas cavidades anatómicas (abdómen e tórax) que foi a Cirurgia Laparoscópica (ou Toracoscópica). Tudo isso foi desenvolvido e hoje é uma rotina na maior parte dos Serviços dos Hospitais dos países civilizados. Contudo temos recentemente avanços que importa divulgar. Assim começa-se agora a operar com o intuito de não deixar nenhuma cicatriz, fazendo as cirurgias só através do umbigo (cicatriz “natural” já existente) ou através dos orifícios naturais (boca, ânus, vagina e uretra). O desenvolvimento tecnológico fez também com que se minimizasse quer a mortalidade quer a taxa de complicações de muitas cirurgias com o advento desde há cerca de 10 anos da Cirurgia Robótica. Em Portugal só existe um hospital desde o ano passado em que se pode realizar este tipo de Cirurgia, mas já é um começo. Por tudo isto é natural que no nosso Congresso onde estarão presentes os mais diferenciados médicos que realizam procedimentos minimamente invasivos neste país temas como Cirurgia Robótica, Cirurgia de porta única (umbilical) e pelos orifícios naturais (“NOTES”) sejam assuntos de debate. Podemos dizer á laia de conclusão que este Congresso representa o quinto ano de trabalho desta Sociedade Científica a tentar fazer passar a IDEIA: Inovação, Desenvolvimento, Ensino, Informação e Auditoria. Esperando que todos, profissionais e potenciais doentes, ajudem a desenvolver a Cirurgia Minimamente Invasiva neste país para atingirmos níveis elevados de qualidade no tratamento cirúrgico fica esta Sociedade à vossa inteira disposição através do seu mail: www.spcmin.pt
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OPINIÃO SEMANA DIGESTIVA 2012
José Cotter, Presidente da Semana Digestiva 2012, Vice- Presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia e Médico Gastrenterologista do Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães
SEMANA DIGESTIVA 2012 A Semana Digestiva 2012, organizada pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva e pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado, comporta-se como um autêntico festival científico que decorrerá no Centro de Congressos da Alfandega do Porto entre 27 e 30 de junho próximos.
“O Programa prosseguirá nos dias 28-30, com múltiplas sessões para apresentação de Comunicações (orais ou sob a forma de poster), na sequência da seleção a que teve de se proceder dos cerca de 330 trabalhos submetidos (record nunca antes atingido, revelador que nestas áreas em Portugal se está a trabalhar com qualidade e de forma intensa)”
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erá aí que acorrerão a generalidade dos médicos gastrenterologistas, mas também um número grande de outros especialistas que têm pelas doenças do tubo digestivo e do fígado uma especial relação e/ou afetividade, não só fruto da sua experiencia quotidiana mas também porque as exigências profissionais os motivam para uma atualização continua e profunda, legitimamente expectável quando se deparam com temas apelativos, credíveis, aplicáveis na prática clinica diária. Foi essa mescla de virtudes que se procurou obter com o programa científico da Semana Digestiva 2012. A começar pelo Curso denominado “Novos Paradigmas na Doença Inflamatória Intestinal”, que decorrerá no dia 27. De forma inédita, conseguir-se-á atrair além dos especialistas portugueses que mais se relacionam e investigam nas áreas da Doença de Crohn e Colite Ulcerosa, os principais especialistas europeus de renome envolvidos na cientificamente pu-
jante European Crohn’s and Colitis Organization. Aí se apresentarão e debaterão o “estado da arte” destas duas doenças, num contexto internacional inédito em Portugal no respeitante a esta área específica. Os avanços nos campos diagnóstico e terapêutico que têm ocorrido nos últimos anos serão o tema forte para um mais que previsível sucesso. O Programa prosseguirá nos dias 28-30, com múltiplas sessões para apresentação de Comunicações (orais ou sob a forma de poster), na sequência da seleção a que teve de se proceder dos cerca de 330 trabalhos submetidos (record nunca antes atingido, revelador que nestas áreas em Portugal se está a trabalhar com qualidade e de forma intensa). Também um conjunto de Simpósios decorrerá sobre temas da atualidade. Abordar-se-ão as novas armas no tratamento da obstipação, discutir-se-ão as controversas formas de abordagem das lesões do pâncreas, os novos tratamentos no cancro do estomago, projetar-se-á o futuro dos testes de função esofági-
ca e a sua aplicação clinica. Já na área da endoscopia digestiva será dado enfase às recentes inovações nas áreas do tubo digestivo e das vias biliares e um especial destaque à Cápsula Endoscópica, método diagnóstico recente que pela evolução que tem tido se afigura atualmente como um exame de eleição para o diagnóstico das lesões do intestino delgado, ao mesmo tempo que no referente ao intestino grosso se constitui já como um método alternativo muito válido perante situações de impossibilidade de realização da colonoscopia. No campo da hepatologia (doenças do fígado) serão focados para além da cirrose hepática e do cancro do fígado, a problemática das hepatites B e C e os enormes avanços que se alcançaram com a introdução de novos fármacos, com consequente aumento do controlo das doenças (na hepatite B) e elevação significativa das taxas de cura (na hepatite C). A Qualidade terá um destaque especial ao longo deste evento científico. Pela sua importância e validade, será
focada por um lado a propósito da sua necessária manutenção em face da racionalização dos gastos, mas também numa outra vertente que diz respeito à endoscopia do tubo digestivo e das vias biliares, pela utilização de novos meios e técnicas que permitem otimizar a acuidade diagnostica e terapêutica. É aqui também que entra toda a preocupação dos gastrenterologistas respeitante ao rastreio do cancro do cólon, em que consensualmente se considera a colonoscopia como o método mais eficaz. Mais do que a deteção da lesão maligna precoce, a preocupação com esta doença, que apesar de todos os meios de tratamento disponíveis (cirurgia, quimioterapia, radioterapia) apresenta apenas uma taxa de sobrevida aos cinco anos de cerca de 50%, prende-se com a deteção e imediata retirada das lesões pré-malignas denominadas adenomas (pólipos), responsáveis ao longo da sua evolução e crescimento pelo aparecimento de 9095% dos cancros do colon e reto (intestino grosso) e cujo tratamento (extração) só continua a ser possível fazer no decorrer de uma colonoscopia. São também aguardados com expectativa os Minicursos que se irão realizar e que terão uma vertente mais pratica, não só no ensino de algumas técnicas (biopsia hepática, capsula endoscopia, aplicação de acessórios de endoscopia em modelos) mas também em áreas diferentes como seja a aprendizagem de formas para motivar os doentes a melhor aderir aos tratamentos ou a iniciação à endoscopia digestiva com treino em simuladores. A Semana Digestiva 2012, pela dimensão que certamente atingirá, cumpre os objetivos para que foi criada: um grande evento anual que congregue as diferentes Sociedades e instituições científicas, de forma a constituir-se como um momento único no panorama científico nacional. Este ano, ao conseguir envolver a generalidade dos gastrenterologistas nacionais em conjunto com reputados especialistas europeus, ao receber a presença do Presidente da World Gastroenterological Association (o uruguaio Henry Cohen que versará o tema “Importância da qualidade na gastrenterologia mundial”) e o Presidente da Federação Brasileira de Gastrenterologia, ao atrair inúmeros médicos de outras especialidades (cirurgiões, internistas, pediatras), assume-se como um evento da mais alta qualidade científica que ficará seguramente como um marco da ciência médica no ano de 2012.
OPINIÃO SEMANA DIGESTIVA 2012
Guilherme Macedo, Vice-presidente da Semana Digestiva e presidente da sociedade portuguesa de endoscopia digestiva
Pontos de Vista Abril 2012
SEMANA DIGESTIVA 2012 A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED),é uma associação científica de créditos firmados no país, pujante e com uma importância indiscutível no panorama médico nacional por ter sabido acompanhar de forma atenta, empenhada e participativa, o constante desenvolvimento e aplicação prática das técnicas endoscópicas mais modernas.
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em sido sua preocupação aplica-las à Medicina Nacional, oferecendo assim aos portugueses a possibilidade de beneficiarem do que mais atual e avançado se pode fazer nesta área da ciência. Tem constituído igualmente a sua ação pedagógica, a elaboração de normas, recomendações e organização de reuniões e debates com outros profissionais, de forma a difundir por todos os centros nacionais as boas práticas da endoscopia digestiva moderna. Tem promovido esse incremento do intercâmbio entre os vários profissionais, seja a nível nacional seja a nível internacional, e faz igualmente parte dos objetivos da SPED, o estabelecimento de normas de treino e prática em endoscopia digestiva e o desenvolvimento de atividades de educação tendo em vista o aperfeiçoamento dos médicos e outros técnicos. Nesta Semana Digestiva estarão bem visíveis os avanços tecnológicos bem como a ultrapassagem das fronteiras biológicas convencionais, que atualmente a Endoscopia em Portugal é capaz de proporcionar. Área privilegiada da sua atenção, pela dimensão e seriedade que assume, é a que diz respeito ao cancro do cólon e reto (CCR), que continua a representar em Portugal um grave problema de saúde pública. A elevada incidência, constituindo a primeira causa de morte por tumor maligno, a existência de fatores de risco acrescido bem definidos e a identificação da lesão precursora, são parâmetros que validam de forma incontestável o benefício de estabelecer e desenvolver um programa nacional de rastreio. Torna-se angustiante e até frustrante pensar que todos os anos, mais de 3.000 portugueses morrem por CCR, mortes na sua maioria evitáveis se o rastreio endoscópico do cancro colo-retal fosse uma realidade. Daí o grande empenho da SPED em tornar este assunto uma prioridade na agenda dos decisores políticos, desde há mais de 10 anos, tomando uma serie de iniciativas tais como a publicação de inúmeros artigos, textos e editoriais, versando o tema, não só em revistas de índole científica, mas também em órgãos de comunicação social visando fundamentalmente a população em geral. A colaboração estabelecida com os meios de comunicação social não se limitou à imprensa escrita, sendo os membros das várias Direções da SPED convidados a participar em ações públicas e mediá-
Sobre a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva:
A Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva, abreviadamente designada por SPED, é uma associação científica, sem fins lucrativos e de utilidade pública, que congrega médicos e outros profissionais ligados à saúde, que praticam ou se interessam pela endoscopia digestiva em Portugal. A SPED tem por objeto: -Promover o desenvolvimento da endoscopia digestiva ao serviço da saúde da população portuguesa; -Difundir a atualização de ideias, conhecimentos e trabalhos em matéria de endoscopia digestiva; -Estimular a investigação na área da endoscopia digestiva; -Promover contactos e o intercâmbio nacional e internacional entre os diversos profissionais ligados à endoscopia digestiva; -Desenvolver atividades educacionais conducentes à formação e aperfeiçoamento de médicos e outros técnicos em endoscopia digestiva; -Contribuir para o estabelecimento de normas de treino e prática em endoscopia digestiva. -Zelar para que as atividades relacionadas com a endoscopia digestiva sejam realizadas nas melhores condições técnicas, por profissionais competentes. Para concretização do seu objeto, a SPED propõe-se, designadamente: -Editar e publicar, em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) e outras Sociedades Científicas, ou separadamente, uma revista - que será o órgão oficial da SPED - assegurando a divulgação deste e de outros documentos científicos entre os seus associados; -Representar Portugal junto das sociedades internacionais homólogas e a estas no nosso país; -Promover e cooperar na organização de atividades educacionais dirigidas aos médicos e à população em geral, no domínio da endoscopia digestiva; -Produzir e editar material didático conducente à formação pós-graduada, à educação médica contínua e à educação para a saúde da população em geral; -Criar prémios, bolsas de estudo e fomentar projetos de investigação; -Organizar e promover cursos e reuniões científicas, nomeadamente o Congresso Nacional de Endoscopia Digestiva.
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OPINIÃO SEMANA DIGESTIVA 2012
Guilherme Macedo, Vice-presidente da Semana Digestiva e presidente da sociedade portuguesa de endoscopia digestiva
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Nesta Semana Digestiva estarão bem visíveis os avanços tecnológicos bem como a ultrapassagem das fronteiras biológicas convencionais, que atualmente a Endoscopia em Portugal é capaz de proporcionar. Área privilegiada da sua atenção, pela dimensão e seriedade que assume, é a que diz respeito ao cancro do cólon e reto (CCR), que continua a representar em Portugal um grave problema de saúde pública
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ticas para consciencialização sobre este tema. Também sabemos como é hoje muito importante divulgar o fígado, a sua saúde e as suas doenças, entre a população, e como é fundamental que se formem médicos devidamente diferenciados nesta área sendo também preciso que se sensibilizem as autoridades de saúde para que deem às doenças hepáticas o relevo que merecem. As doenças do fígado são muito frequentes em Portugal, sendo a cirrose a 10ª causa de morte e tem-se vindo a registar um aumento do número de diagnósticos de carcinoma hepatocelular. A primeira causa de doença hepática continua a ser em Portugal o consumo excessivo de álcool (70 a 80% dos casos de cirrose são de etiologia etílica), surgindo a seguir as hepatites virais B e C, que no seu conjunto afetarão cerca de 2% da população, assim como o fígado gordo não alcoólico, entidade cada vez mais frequente e que acompanha a epidemia da obesidade. Em suma, estima-se que cerca de um milhão
A colaboração estabelecida com os meios de comunicação social não se limitou à imprensa escrita, sendo os membros das várias Direções da SPED convidados a participar em ações públicas e mediáticas para consciencialização sobre este tema.
de portugueses tenham algum tipo de patologia hepática: alcoólica, virica ou metabólica. A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) sabe pois que a Hepatologia nacional está, do ponto de vista assistencial, ao nível dos melhores países europeus, e mesmo faltando-nos alguns meios humanos e organizacionais, sobretudo ao nível da investigação científica, temos recursos humanos muito qualificados e com grande experiencia clinica, como se constatam nas múltiplas intervenções sobre estas temáticas durante a Semana Digestiva. Estamos certos que a Semana Digestiva Portuguesa é assim o espaço nobre onde todas estas preocupações, veiculadas pelas diferentes Sociedades Cientificas relacionadas com as doenças digestivas, serão amplamente debatidas, entre os maiores peritos nacionais e estrangeiros. A exigência de qualidade, a inovação e a reflexão sobre os caminhos a prosseguir, serão claramente a matriz em que se desenrolará a mais importante realização da Gastrenterologia nacional.
Sobre a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) é uma associação científica, sem fins lucrativos, que congrega profissionais do setor da saúde que se interessem pelas doenças do fígado e das vias biliares. A APEF tem como objeto: -Estimular o estudo e investigação de problemas científicos relacionados com o fígado e vias biliares e respetivas doenças; -Estudar os aspetos sociais das doenças hepáticas e sua profilaxia; -Promover o estreitamento das relações científicas entre os médicos portugueses, e outros profissionais de saúde nacionais, ou estrangeiros, que se dediquem particularmente a este campo da Medicina; -Organizar atividades e eventos educacionais, dirigidos a médicos e à população em geral, no domínio da Hepatologia; -Contribuir para o estabelecimento de normas de treino e práticas na sua área; Na prossecução dos seus fins, a APEF: -manterá estreitas relações com a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) e com a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED), nos termos e condições que vierem a ser definidos por acordo entre a Associação e estas Sociedades;
Sobre a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, abreviadamente designada por SPG, constituída em 21 de agosto de 1986, é uma associação científica, sem fins lucrativos e de utilidade pública, continuadora da Secção com idêntica denominação, fundada em 1960, da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa. A SPG tem por objeto: -Promover o desenvolvimento da Gastrenterologia ao serviço da saúde da população portuguesa; -Estimular a investigação no domínio da Gastrenterologia; -Difundir ideias, promover a atualização de conhecimentos e trabalhos de Gastrenterologia; -Promover contactos e o intercâmbio nacional e internacional entre os diversos profissionais ligados à especialidade; -Desenvolver atividades educacionais no domínio da Gastrenterologia; -Exercer atividades de consultadoria no campo da Gastrenterologia; Para concretizar o seu objeto, a SPG propõe-se designadamente: -Editar e publicar uma Revista (órgão oficial da SPG) e assegurar a sua divulgação; -Divulgar documentos científicos e informativos entre os seus membros; -Promover a criação no seu seio, de “Secções Especializadas” e de “Comissões Especificas” -Representar Portugal junto das Sociedades Internacionais homólogas e estas no nosso país; -Promover e cooperar na organização de atividades educacionais dirigidas aos médicos, profissionais de saúde e população em geral, no domínio da Gastrenterologia; -Promover o estudo das doenças do aparelho digestivo e colaborar no desenvolvimento de programas profiláticos e assistenciais no âmbito da Gastrenterologia; -Criar Prémios e Bolsas de Estudo e fomentar Projetos de Investigação; -Organizar e promover Reuniões Científicas, nomeadamente, Congressos Nacionais de Gastrenterologia e Cursos de Pós-Gradução;
OPINIÃO 2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL
Isabel Pedroto, Chefe de Serviço de Gastrenterologia e Hepatologista e Diretora do Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar do Porto
A Hepatite C Curiosamente, ou talvez não, escrevo este texto versando a hepatite C no dia 19 de Maio, o Dia Mundial da Hepatite. O dia em que, no ano de 2008, 200 grupos de associações de doentes em todo o mundo, se uniram para reconhecer o dia mundial da hepatite.
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A análise das variantes que compõem o problema chamado hepatite C está identificada. Os riscos da inatividade a longo prazo são por todos reconhecidos e são mensuráveis. De facto, falarmos de hepatite C é um desafio social, cultural e económico. Os doentes infetados com o vírus da hepatite C desejam ser diagnosticados, orientados para centros especializados e, se clinicamente indicado, tratados. Os clínicos estão preparados
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Ser otimista é possível…
U
m dia não muda o mundo mas marca uma iniciativa, uma preocupação; a de que a hepatite crónica virica não tem merecido a consciencialização nem a vontade política necessárias ao seu combate como observamos com o vírus da imunodeficiência humana (VIH), a tuberculose ou mesmo a malária. Em contraste com o VIH, a maior parte dos portadores crónicos da hepatite C não têm conhecimento da infeção. Isto, apesar do facto de que o número de doentes infetados cronicamente ser na mesma escala de morbilidade e mortalidade que os infetados com o VIH. Acresce ainda que a incidência de cancro do fígado triplicou nos últimos 15 anos e a hepatite C é o elemento responsável. No entanto, é comum a afirmação de que a hepatite C constitui um importante problema de saúde pública. E é verdade. E assim sendo, no ano de 2011, a Organização Mundial de Saúde marca o dia 28 de Julho como o primeiro dia oficial da hepatite. Datas, dados, números, estatísticas; escreve-se que é fundamental identificar e priorizar os problemas. Também é verdade. Mas se formos consequentes nas nossas intervenções, porque é prioritário intervir precoce e eficazmente na história natural da infeção, só assim curamos, diminuímos a progressão para a hepatite crónica, a cirrose, as suas complicações, a incidência de cancro do fígado, e a mortalidade. E esta é que é a verdade e o que realmente importa. E também curiosamente, numa altura em que tanto se fala, e se peca por tardio, de eficácia, eficiência e efetividade, falemos, nós também clínicos, de factos.
Para nós, clínicos, é frustrante observarmos, pela primeira vez, doentes numa fase já avançada da hepatite crónica C. É deplorável quando falamos numa hepatite potencialmente curável. O rastreio da hepatite C é uma forma simples e barata de promover o diagnóstico precoce e o tratamento atempado, evitando assim a dispendiosa e difícil abordagem das suas complicações. E são muitos os doentes que nos são referenciados tardiamente, já com fibrose (doença) avançada, fator preditivo de má resposta ao tratamento, ou seja, maus candidatos à terapêutica. Numa época em que tanto se apregoam os ganhos em saúde, temos novos fármacos, eficazes, eficientes e promissores para a hepatite C. Mas tratar, sendo urgente na sua dimensão clínica, social e comprovadamente custo-efetiva, não é suficiente. Urge definir objetivos, metas e criar valor. Impõem-se novas estratégias organizativas e integradoras, orientadas para o doente e para a doença que percorram toda a cadeia de valor em saúde; a prevenção, o diagnóstico, a referenciação precoce a centros especializados de tratamento. As novas terapêuticas são dispendiosas mas curam a hepatite C em mais de 80% dos casos. Se tratarmos com sucesso 50% dos doentes com hepatite crónica a VHC, diminuímos a mortalidade por doenças do fígado em 34%. São tratamentos exigentes para ambos, clínicos e doentes. E a curto prazo, para o País. Mas previnem as complicações e diminuem a mortalidade com ganhos de vida saudável. A análise das variantes que compõem o problema chamado hepatite C está identificada. Os riscos da inatividade a longo prazo são por todos reconhecidos
e são mensuráveis. De facto, falarmos de hepatite C é um desafio social, cultural e económico. Os doentes infetados com o vírus da hepatite C desejam ser diagnosticados, orientados para centros especializados e, se clinicamente indicado, tratados. Os clínicos estão preparados. O investimento nesta área hoje será amplamente compensado no futuro, não só na qualidade de vida dos doentes como também na minimização dos custos sociais e económicos que permitirá propiciar. Num País economicamente assimétrico, a acessibilidade à abordagem especializada e às novas terapêuticas não
Factos
pode ser condicionada nem ficar refém de políticas regionais ou institucionais. Normas de orientação clinica de âmbito nacional, passíveis de sistematizar a prática clínica, salvaguardando a qualidade dos cuidados prestados e a segurança dos doentes, devem ser elaboradas e disseminadas. Curar a hepatite C é atualmente possível. A solução exige da sociedade e do poder politico dedicação e o abandono urgente da imobilidade. Só assim obteremos ganhos em saúde. E afinal é da saúde de centenas de milhares de portugueses com hepatite crónica a vírus da hepatite C que falamos.
• A hepatite C é uma doença do fígado causada pelo vírus da hepatite C (VHC). • O VHC é transmitido através do contacto com o sangue infetado. Raramente, a infeção pelo VHC, resulta numa doença aguda, sintomática. • Em cada 100 pessoas infetadas com o VHC, 85 desenvolvem hepatite crónica com consequente risco de evolução para cirrose e eventual cancro do fígado. • O VHC é um vírus oncogénico. • Afeta 3% da população mundial • Afeta cerca de 160 mil portugueses (números subestimados). • Mundialmente, cerca de 2 milhões de pessoas estão cronicamente infetadas com o VHC, e anualmente, mais de 350 000 morrem de doenças relacionadas com a hepatite C. É a principal causa de cirrose hepática na Europa. • A hepatite C é curável com medicamentos antivirais, atualmente muito eficazes. • Apesar da investigação em curso, não há nenhuma vacina para prevenir a infeção pelo vírus C. • É preciso atuar mais a nível da prevenção, informação, diagnóstico precoce e referenciação especializada.
OPINIÃO 2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL
José Manuel Ferreira, Assistente Graduado de Gastrenterologia. Hepatologista H. Santo António
Pontos de Vista Junho 2012
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O vírus da Hepatite C e os riscos O vírus da hepatite C (VHC) afeta cerca de 160 milhões de pessoas a nível mundial. Em relação a Portugal, há poucos dados epidemiológicos, mas calcula-se que cerca de 1,5 % da população esteja infetada, sendo a toxicodependência o fator de risco mais importante.
“
Durante os primeiros 10-20 anos após a infeção, os doentes geralmente mantêm-se assintomáticos, o que explica a estimativa de que, nos EUA, 75 % dos doentes infetados não estejam diagnosticados
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A
relevância clínica da hepatite C depende do risco de evolução para cirrose e suas complicações e do desenvolvimento de hepatocarcinoma. A cirrose hepática poderá ocorrer em até 30-40 % dos doentes infetados com o VHC, a menos que o vírus seja erradicado com o tratamento. Dos doentes com cirrose, anualmente 3,6-6,0 % sofrerão descompensação da sua doença e 1-5 % desenvolverão hepatocarcinoma. O VHC é a causa mais frequente de transplantação hepática na Europa e EUA. Durante os primeiros 10-20 anos após a infeção, os doentes geralmente mantêm-se assintomáticos, o que explica a estimativa de que, nos EUA, 75 % dos doentes infetados não estejam diagnosticados. A progressão desde a infeção até à doença hepática avançada é lenta, pelo que com o avançar da idade da população atualmente infetada, os custos de saúde na prevenção e tratamento das complicações da cirrose pelo VHC vão aumentar no médio prazo. Prevê-se que a proporção de doentes com cirrose pelo VHC, nos EUA, passe de cerca de 25 % para 45 % em 2030 e que na ausência de tratamento eficaz da população afetada, o número anual de doentes com cirrose, cirrose descompensada e hepatocarcinoma duplique e a mortalidade pela doença hepática quase triplique, em 2030. Com o tratamento, pode obter-se uma resposta virulógica mantida (RVM), que corresponde quase sempre à erradicação do vírus com consequente redução da taxa de com-
plicações e da mortalidade pelo VHC. Avanços no diagnóstico e tratamento são, assim, necessários para reduzir o peso do VHC na saúde pública. O screening dos indivíduos com fatores de risco para hepatites víricas permite detetar um maior número de infetados e oferecer-lhes a possibilidade de tratamento e educação sanitária (os doentes frequentemente alteram os comportamentos quando tomam consciência do seu estado clínico). Na França, uma política dirigida para o tratamento de toxicodependentes tem reduzido significativamente o número de novos casos nesta população. O tratamento do VHC tem-se baseado na administração semanal de Peginterferão (PegIF) e na toma diária de ribavirina. O PegIF, administrado por via s.c. tem como efeitos laterais mais importantes a febre, cefaleias, mialgias, reações cutâneas locais, alterações neuropsiquiátricas, tireoideias e citopenias do sangue periférico, algumas delas podendo obrigar à redução da dose ou suspensão do tratamento. A ribavirina é causa de anemia. Aos efeitos laterais, acresce a necessidade de tratamentos prolongados, cuja duração depende de vários fatores mas que habitualmente é de 24 a 72 semanas. Os Genótipos mais prevalentes na população Portuguesa são o 1 e o 3. Para o Genótipo 3, as taxas de RVM são superiores a 70 % e para o Genótipo 1, serão de cerca de 40 %. Nalguns doentes observa-se um reaparecimento da carga viral após o término do tratamento, doentes recidivantes; nestes, a RVM é de
30-40 % e para aqueles nos quais não se observa indetectabilidade do vírus durante a terapêutica, os não respondedores, é de 10-15%. O conhecimento do ciclo de vida do VHC tem permitido o desenvolvimento de agentes antivirais de ação direta: inibidores da protease, inibidores da polimerase não-nucleosidos, inibidores da polimerase nucleosidos e inibidores da NS5A. Dois inibidores da protease, o Boceprevir e o Telaprevir estão já aprovados para uso terapêutico em doentes com Genótipo 1, em associação com o PegIF e ribavirina, com aumento da RVM em cerca de 30 % para 70%. Também em doentes que não apresentaram RVM ao tratamento com PegIF e ribavirina, a associação de um destes fármacos aumenta a taxa de RVM em mais de 40 %. Estes tratamentos triplos, sendo mais complexos e acrescentando aos efeitos laterais, aqueles próprios destes fármacos (anemia e disgueusia para o Boceprevir e rash cutâneos, anemia e sintomas ano-retais para o Telaprevir), representam um avanço notório no tratamento dos doentes com VHC. No futuro, outros agentes com pontos de atuação diferentes, em combinação, permitirão esquemas terapêuticos mais eficazes, com menos efeitos laterais, ativos também em genótipos não-1 e mais curtos. Poderão também permitir esquemas sem PegIF, evitando os seus efeitos laterais e permitindo o tratamento de doentes com contraindicação ou intolerância a este fármaco. O paradigma do tratamento do VHC está a sofrer uma revolução. Com políticas de screening de doentes de risco, a oferta
terapêutica vai permitir uma redução substancial do número de doentes infetados com o VHC e reduzir as taxas de progressão para cirrose e suas complicações, reduzindo os custos do seu tratamento e melhorando a morbilidade e mortalidade destes doentes.
“O tratamento do VHC tem-se baseado na admi-nistração semanal de Peginterferão (PegIF) e na toma diária de ribavirina. O PegIF, administrado por via s.c. tem como efeitos laterais mais importantes a febre, cefaleias, mialgias, reações cutâneas locais, alterações neuropsiquiátricas, tireoideias e citopenias do sangue periférico, algumas delas podendo obrigar à redução da dose ou suspensão do tratamento. A ribavirina é causa de anemia. Aos efeitos laterais, acresce a necessidade de tratamentos prolongados, cuja duração depende de vários fatores mas que habitualmente é de 24 a 72 semanas”
2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
As doenças dos olhos e do sistema visual afetam grande parte da população
Doenças oftalmológicas Nos últimos anos, com o aumento da qualidade da informação, dos avanços tecnológicos e da ciência médica em matéria de diagnóstico e tratamento, tornou-se possível prevenir e tratar doenças oftalmológicas que há pouco tempo atrás eram consideradas incuráveis. • Retinoblastoma; • Todas as doenças relacionadas com a prematuridade; • Doenças genéticas; • Doenças metabólicas.
As doenças oftalmológicas podem ser prevenidas?
A prevenção primária e a deteção precoce, bem como o acesso a terapêuticas cirúrgicas oftalmológicas, são determinantes para a redução da morbilidade das doenças da visão. A maior parte da disfunção visual, tanto na criança como no adulto, pode ser prevenida através de um diagnóstico oftalmológico precoce. O diagnóstico oftalmológico é feito por um médico oftalmologista.
Quem deve fazer um exame oftalmológico? E quando?
O que são doenças oftalmológicas? São as doenças dos olhos e do sistema visual. As doenças oftalmológicas provocam a diminuição da acuidade visual e podem, eventualmente, levar à perda de visão. A diminuição da acuidade visual é causada, fundamentalmente, por defeitos refrativos passíveis de correção ótica, como é o caso da miopia, da hipermetropia, do astigmatismo, da presbiopia e da retinopatia diabética.
Miopia
A imagem é focada à frente da retina e traduz-se por uma dificuldade de visão ao longe. Um olho míope é normalmente maior que o normal e é mais propenso a algumas doenças (ex. glaucoma, descolamento de retina, etc.). Requer atenção especial por parte do médico oftalmologista.
Hipermetropia
Presbiopia (ou vista cansada)
É um defeito refrativo caracterizado por dificuldade de visão ao perto. O trabalho mais minucioso ou a leitura aumentam a exigência de focagem, provocando fadiga ocular e até dores de cabeça. Pode ser a causa do mau aproveitamento escolar de uma criança. Um olho hipermetrope é, habitualmente, mais pequeno do que o normal. A “resistência” à hipermetropia diminui com a idade.
Dificuldade de visão ao perto, que é, normalmente, sentida por volta dos 45 anos. Deve-se à perda da elasticidade progressiva do cristalino fruto da idade.
Astigmatismo
Corresponde a uma qualidade visual desigual consoante o eixo visual em causa. Resulta, na maioria dos casos, de uma curvatura desigual da córnea, provocando uma visão distorcida. Pode ocorrer isoladamente ou associado aos outros defeitos refrativos.
Quais são as doenças oftalmológicas que podem causar perda de visão?
No adulto • Catarata; • Diabetes ocular; • Glaucoma; • Doenças maculares.
Nas crianças • Catarata congénita e infantil; • Glaucoma congénito; • Estrabismo; • Ambliopia;
Crianças de alto risco: recém-nascidos que apresentem potencial para sofrer de retinopatia da prematuridade, as que tenham história familiar e/ou suspeita clínica de retinoblastoma, de cataratas infantis, de glaucoma congénito e de doenças genéticas e metabólicas; Crianças até aos 2 anos e entre 2-5 anos: devem ter uma observação oftalmológica, através da participação em programas de rastreio oftalmológico; Jovens e adultos (entre os 14 e os 45 anos) que apresentem sintomas e queixas de visão deficiente, traumatismo ou diabetes, devem realizar exame oftalmológico; Todas as pessoas com idade igual ou superior a 46 anos devem fazer um exame oftalmológico periódico, pelo menos de quatro em quatro anos; Todas as pessoas com elevado risco de desenvolvimento de patologia oftálmica: com base na história clínica oftálmica médica, história familiar e idade, mesmo sem sintomas, devem realizar um exame oftalmológico. A visão tem um importante significado social, representando um meio de comunicação fundamental para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional. Sabe-se, hoje, que, mais importante do que a acuidade visual em si mesma, é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui (a visão funcional). A visão deve ser prevenida desde o nascimento e há meios suscetíveis de a melhorar. Fonte: Portal da Saúde (Direção-Geral da Saúde – DGS)
2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
Pontos de Vista Abril 2012
População jovem é a mais afetada
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Conjuntivite alérgica atinge 30 por cento dos portugueses O aumento do nível de polinização que se tem verificado nos últimos dias leva a um aumento das queixas de sintomas alérgicos, nomeadamente a nível ocular. As conjuntivites alérgicas, que atingem 30 por cento da população portuguesa, em especial a camada mais jovem, podem ser tratadas mas sobretudo prevenidas, evitando o contacto com os elementos que provocam a alergia (alergénios).
A
na Paula Sousa, oftalmologista e membro da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) explica que “a conjuntivite alérgica é uma doença inflamatória da superfície ocular externa, muitas vezes recorrente, que se manifesta através de prurido e sensação de ardor nos olhos, lacrimejo, olhos vermelhos, fotofobia e edema (inchaço) da conjuntiva e das pálpebras”. A conjuntivite pode também ter origem infeciosa, quando é provocada por vírus ou bactérias mas distingue-se da patologia alérgica porque, segundo a especialista, na primeira “predominam as secreções mucopurulentas ou sero-mucosas, contrastando com a lágrima límpida das conjuntivites alérgicas.
Além disso a alergia manifesta-se nos dois olhos, enquanto a conjuntivite infeciosa pode manifestar-se num dos olhos, estado normalmente associada a sintomas de infeção respiratória alta e a inflamação do gânglio pré-auricular ou submandibular”. A oftalmologista realça ainda que “A conjuntivite alérgica é muitas vezes acompanhada de sintomas nasais de rinite (rinoconjuntivite alérgica) e manifesta-se em cerca de 70% dos doentes com rinite alérgica. Os seus sintomas agravam-se nesta altura do ano em que há uma grande quantidade de pólenes no ar (gramíneas, oliveira e parietária, que são os mais comuns entre nós), caso se trate de conjuntivite alérgica com caráter sazonal. Na sua forma com caráter persistente (perene), a conjuntivite
alérgica está relacionada com outro tipo de alergénios, como os ácaros do pó da casa e os epitélios de animais domésticos (gato e cão). Para tratar a conjuntivite alérgica são utilizados “anti-histamínicos tópicos de ação rápida e dupla, eficazes no alívio imediato dos sintomas e previnem a libertação de mediadores inflamatórios. Os corticosteroides tópicos são também eficazes, mas a sua utilização deve ponderada e essencialmente monitorizada por oftalmologista”, explica Ana Paula Sousa. Mas, segundo a especialista “tal como acontece com outras manifestações alérgicas deve prevenir-se o desencadear ou o agravamento da alergia ocular evitando a exposição aos alergénios. Assim, na época polínica, que no nosso país se estende de março a julho (dependendo
do alergénio em causa), deve evitar-se andar ao ar livre nas primeiras horas da manhã, altura em que há maior polinização, em dias ventosos, quentes e secos e em espaços relvado. Outra medida aconselhável será o uso de óculos escuros, com 100% de filtro UV. Nas situações de conjuntivites alérgicas na sua forma perene é fundamental evitar a acumulação de pó em casa e a proliferação de ácaros domésticos, cujo crescimento é facilitado pelo calor e pela humidade”. Manuela Carmona, presidente da SPO, frisa que “o incómodo causado pelas conjuntivites é facilmente tratado por um especialista, mas devemos lembrar que se trata de um processo inflamatório ou mesmo infecioso, pelo que é fundamental procurar sempre o seu oftalmologista assistente”.
2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
Exposição desprotegida pode originar DMI e melanoma da coroideia
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância de proteger os olhos da luz solar Com a chegada do verão e o aumento dos índices de raios ultravioleta (UV), a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa o alerta: é fundamental proteger devidamente os olhos da luz solar, que está na origem de patologias graves como a degenerescência macular da idade e o melanoma da coroideia.
“O
sol atua diretamente sobre diferentes elementos do olho: atinge a córnea e a mácula por ação dos raios UV e o cristalino e retina por ação dos raios infravermelhos. A luz solar também atua por efeito acumulativo dos raios UV podendo levar a lesões da retina e área macular” explica Fernando Bivar, oftalmologista da SPO. O especialista afirma também que “de acordo com alguns autores, a ação continuada do sol sobre o olho ao longo dos anos está na origem da Degenerescência Macular da Idade que é, segundo a Organização Mundial de Saúde, a principal causa de cegueira a partir dos 50 anos de idade, nos países desenvolvidos. A exposição prolongada e desprotegida à luz solar pode também originar melanoma nas pálpebras e no interior do olho – melanoma da coroideia. Este é o tumor intraocular primário mais frequente nos adultos. Tal como os melanomas da pele, surge com maior frequência nas pessoas de pele e olhos claros, com tendência para as queimaduras solares. Muitas vezes cresce sem dar sintomas e tem risco de metastização para o fígado, pulmão e pele”. Relativamente à proteção, Fernando Bivar é categórico: “é essencial que quem está mais sujeito à exposição solar proteja os olhos com óculos com filtros para os raios UV. A lente pode não ser necessariamente escura, mas deve ter este tipo de filtro. Isto significa que quem usa óculos de lentes escuras mas sem filtros para raios UV está tão exposto aos efeitos nocivos da luz solar como quem não os usa”. Manuela Carmona, presidente da SPO, realça que “deixamos este alerta porque muitos portugueses usam protetores solares para a pele por estarem despertos para o perigo de desenvolvimento de melanoma, mas ignoram que a luz solar pode estar na origem de doenças graves a nível ocular, que podem muitas vezes
ser prevenidas e evitadas com uma proteção adequada”.
Erros refrativos, estrabismo e ambliopia são as doenças que afetam os mais novos
20% das crianças têm problemas de visão que interferem com o rendimento escolar Cerca de 20% das crianças em idade escolar têm algum défice da função visual capaz de interferir com o rendimento escolar. A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para a importância da deteção precoce dos problemas visuais das crianças através de rastreios que devem ser feitos, pelo menos, a partir dos 3/4 anos. Augusto Magalhães, membro da SPO, afirma que “as doenças dos olhos que mais afetam as crianças são os erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo), a ambliopia e o estrabismo. Estima-se que cerca de 20% das crianças em idade escolar tenham algum défice de função visual provocado por uma destas patologias (ou outras menos frequentes)”. Um dos sinais mais habituais de problemas na visão, é, segundo Augusto Magalhães, “a dificuldade na leitura. Embora algumas crianças se queixem da sua dificuldade, muitas não o fazem, pelo que deve ser o educador (pais ou professor) a estar atento. A lentidão ou rejeição das tarefas que exigem esforço visual, o fechar ou tapar um dos olhos e os erros a copiar do quadro são sinais de alerta. Dores de cabeça, náuseas, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, estrabismo e fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são sintomas que não podem ser ignorados e devem levar os pais a procurar um oftalmologista”. Assim, o especialista refere que é fundamental “realizar um primeiro rastreio por volta dos 3/4 anos, pois nesta idade a criança já colabora minimamente e o procedimento acaba por ter uma boa relação preço-eficácia. No entanto, do ponto de vista médico é preferível ras-
trear mais cedo. O rastreio dos fatores ambliogénicos deve ser efetuado entre os 12 e os 18 meses e só pode ser realizado por oftalmologistas”. A forma como a utilização de computadores e outros dispositivos eletrónicos podem influenciar a função visual é uma questão que preocupa muitos pais. Mas Augusto Magalhães desmistifica esta ideia e explica que “não existem estudos científicos que comprovem a ideia de que os computadores provocam e/ou aumentam a miopia. O único prejuízo é o cansaço visual sentido após o uso prolongado e ininterrupto destes dispositivos eletrónicos, pelo que se recomenda que a sua utilização seja alternada com períodos de descanso”. Para promover a saúde visual, o especialista em oftalmologia pediátrica recomenda que os pais e educadores “providenciem a iluminação, cadeira e secretária adequadas para tarefas de leitura, corrigindo posições erradas (como ler deitado de barriga para baixo) e certificando-se de que a distância de leitura é de 30 a 40 cm. É fundamental também a realização de pausas e verificar a posição dos monitores do computador e da televisão, evitando reflexos. No computador os olhos devem estar a um nível superior (15 a 20º) do centro do monitor e a distância da televisão deve ser cinco vezes a largura do ecrã”. Augusto Magalhães deixa um alerta final, relativo à prevenção de traumatismos oculares. “A prática de atividades com laser ou jogos que coloquem em risco a integridade do aparelho visual deve ser impedida ou realizada com protetores de qualidade”. Manuela Carmona, presidente da SPO, afirma que “é na infância que se devem prevenir e tratar muitos problemas de saúde que podem revelar-se graves na idade adulta. As doenças oftalmológicas não são exceção, pelo que recomendamos a todos os pais e educadores que estejam atentos, realizem rastreios visuais o mais cedo possível e, em casa, promovam a saúde visual dos mais novos”.
Um dos sinais mais habituais de problemas na visão, é, segundo Augusto Magalhães, “a dificuldade na leitura. Embora algumas crianças se queixem da sua dificuldade, muitas não o fazem, pelo que deve ser o educador (pais ou professor) a estar atento. A lentidão ou rejeição das tarefas que exigem esforço visual, o fechar ou tapar um dos olhos e os erros a copiar do quadro são sinais de alerta. Dores de cabeça, náuseas, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, estrabismo e fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são sintomas que não podem ser ignorados e devem levar os pais a procurar um oftalmologista”.
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2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
Desconforto, ardor e olho vermelho são sintomas de alerta
Síndrome do Olho Seco atinge 10 a 20 por cento da população Incidência tem aumentado. A síndrome vulgarmente chamada de “olho seco”, é uma patologia inflamatória que atinge 10-20% da população adulta e, segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), a sua incidência tem vindo a aumentar. Desconforto ocular, ardor, sensação de corpo estranho e olho vermelho são alguns dos sintomas de alerta para esta e outras formas de inflamação ocular.
S
egundo Ana Paula Sousa, coordenadora do Grupo de Inflamação Ocular da SPO, o “olho seco pode ser consequência da diminuição da produção de lágrima ou da deficiência de alguns dos seus componentes. Está relacionado com causas ambientais (poluição, ar condicionado), profissionais (uso excessivo de computador - insuficiente pestanejo), uso prolongado de lentes de contacto, com o processo natural de envelhecimento ou pode ser um efeito secundário de alguns medicamentos.” A especialista refere que “é importante lembrar que esta síndrome pode ser manifestação de doenças sistémicas, particularmente as do foro imunológico (artrite reumatoide; lúpus eritematoso
disseminado; Síndrome de Sjögren ou sarcoidose).” Já o tratamento, “ é sintomático: devem ser utilizadas substâncias lubrificantes, denominadas lágrimas artificiais”. O “olho seco” é apenas uma das manifestações das inflamações que podem afetar as estruturas extraoculares, em particular a superfície do olho. As situações mais frequentes ocorrem nas pálpebras – as blefarites, e na conjuntiva - as conjuntivites - que podem ser de origem alérgica ou infeciosa. Neste último caso é essencial prevenir o contágio, utilizando medidas de higiene, e tratar com antibióticos na forma de colírios ou pomadas. Ana Paula Sousa afirma ainda que as inflamações podem surgir dentro do olho, estando associadas a doenças sistémicas, podendo ser a sua primeira manifestação. As origens possíveis são
doenças infeciosas como a tuberculose, sífilis, toxoplasmose, a sida ou patologias autoimunes como a espondilite anquilosante, a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso disseminado, a esclerose múltipla. A oftalmologista explica que os “processos inflamatórios intraoculares são geralmente designados por uveíte ou inflamação da úvea. Os sintomas são geralmente baixa da visão, olho vermelho, dor ocular, fotofobia e “moscas volantes”. A sintomatologia e a gravidade do quadro clínico variam conforme a estrutura anatómica atingida, mas se não forem detetadas e tratadas precocemente, estas inflamações podem conduzir à cegueira”. Os métodos de tratamento e diagnóstico destas patologias sofreram uma “verda-
deira revolução, o que tem contribuído para um melhor prognóstico das inflamações intraoculares”, conclui Ana Paula Sousa. As inflamações dos olhos estiveram em debate no dia 28 de janeiro, na reunião do Grupo Português de Inflamação Ocular, que se realizou no hotel H2O em Unhais da Serra. Manuela Carmona, presidente da SPO, explica que a atualização científica nesta área da oftalmologia é fundamental porque as inflamações, particularmente as que atingem as estruturas intraoculares, “são situações oftalmológicas graves, que obrigam a uma avaliação médica interdisciplinar, numa tentativa de chegar a um diagnóstico e instituição de uma terapêutica correta e atempada de modo a minorar os danos do globo ocular e preservar a visão”.
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No Universo da Optometria
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A UPOOP e o reconhecimento da Optometria A Revista Pontos de Vista conversou com Diamantino Valente, Presidente da UPOOP - União Profissional dos Óticos Optometristas Portugueses, onde ficamos a conhecer um pouco mais desta entidade, bem como os avanços que têm sido realizados no domínio da formação destes profissionais de enorme relevância. O eterno «conflito» entre Optometristas e Oftalmologistas também foi abordado, e segundo o nosso entrevistado, o termo «conflito» não tem razão de ser, até porque, “a colaboração entre optometristas e oftalmologistas é uma realidade, cada vez mais abrangente, com ótimos resultados para ambas as profissões e, principalmente, para os utentes”.
Seminário de «Exploração do Fundo do Olho para Optometristas», ministrado pelo Prof. Juan Carlos Ondategui da Universidade de Tarrassa
Sendo a UPOOP uma entidade sem fins lucrativos, de que forma caracteriza a atuação da associação? Desde a sua criação, em 1979, a UPOOP tem fundamentado a sua ação em três alicerces principais: formação, regulação e divulgação. Logo em 1980, foi criada a Escola Portuguesa de Ótica Ocular (EPOO) que ministra cursos de Ótica e Optometria e disponibiliza uma vasta gama de especializações, workshops e seminários que dão resposta à obrigatoriedade de formação contínua dos nossos associados. Somente com profissionais preparados e continuamente atualizados se consegue alcançar o nível de boas-práticas imprescindível nesta profissão. Neste âmbito, deve realçar-se a ligação às Universidades, com protocolos e parcerias que permitem intercâmbios e a presença de especialistas dessas Escolas a coordenar módulos e cursos de especialização. Apesar do reconhecimento oficial da profissão, desde 1980, esta permanece por regulamentar. Por esta razão, a UPOOP chamou a si a responsabilidade de autorregulação criando uma série de mecanismos, incluindo o Código Deontológico, que obrigam os seus associados, permitindo a intervenção em caso de incumprimento e a uniformização do exercício da profissão de acordo com as orientações internacionais, nomeadamente do
Abertura das VII Jornadas de Optometria Contactologia e Ótica. Videoconferência pelo Prof. Doutor Carvalho Rodrigues, Diretor da EPOO. Na mesa: Helder Bértolo (Consultor Científico), Florbela Tibúrcio (Tesoureira), Diamantino Valente (Presidente), José Carlos Cardoso (Vice-Presidente), Prof. Doutor Rúben Leitão (Presidente da Universitas), Prof. Doutora Cristina Ventura (Presidente do ISEC)
Conselho Europeu de Ótica e Optometria (ECOO) e do Conselho Mundial de Optometria (WCO) a que a UPOOP pertence. A divulgação da profissão junto do grande público e das entidades oficiais permitiu a confiança que hoje existe nos serviços prestados pelos profissionais, o sistema de comparticipações das prescrições dos optometristas pelos sistemas e subsistemas de saúde e seguradoras e, acima de tudo, a consciencialização dos atores políticos para a relevância da profissão que se veio a traduzir nos diversos Projetos de Resolução apresentados para a regulamentação da profissão nos últimos anos e, finalmente, na Resolução aprovada na Assembleia da República em fevereiro de 2012 que recomenda ao Governo a regulamentação da atividade e do exercício da profissão. Há mais de 20 anos que duas universidades públicas portuguesas formam profissionais de optometria. Comparativamente com os países da UE onde a optometria está regulamentada, os nossos padrões são de grande qualidade. No entanto, o estado português não capitaliza o investimento realizado dado que não insere os optometristas nos cuidados primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Qual a sua opinião? As licenciaturas existentes surgiram de
propostas da UPOOP e de protocolos assinados entre esta associação e essas Universidades, ao abrigo dos quais a UPOOP assegurou o apoio formativo, pedagógico e logístico e a disponibilização e supervisão de estágios profissionalizantes aos novos licenciados. Uma vez mais, defendendo que a formação é a pedra de toque para o avanço e reconhecimento de qualquer área científica, a UPOOP esteve na vanguarda e na génese da chegada da Optometria ao Ensino Superior. De facto, é lamentável que o Estado não potencie o investimento realizado na formação destes profissionais e, à semelhança do que sucede noutros países, os integre no SNS. Não obstante, o trabalho de décadas da UPOOP, junto dos partidos políticos e das entidades governamentais, parece começar a dar frutos. Alguns dos Projetos de Resolução apresentados no Parlamento, não só reconhecem a relevância da profissão ao nível dos cuidados visuais primários como sugerem a integração dos profissionais no SNS. A optometria é uma profissão da área da saúde responsável pelos cuidados primários da visão reconhecida pela OMS, e essencial na melhoria das condições da saúde visual dos cidadãos e do próprio funcionamento do SNS. Sente que esta relevância ainda não é dada ao setor? Sente que o eterno «conflito»
Seminário «Como Melhorar o Exame Optométrico - Estudo da Binocularidade», ministrado pelo Prof. Andres Gené da Universidade de Valência
entre Optometristas e Oftalmologistas ainda existe? Tal como sucedeu na maioria dos países, o caminho até ao total reconhecimento foi extremamente difícil. A presença do WCO na OMS, os contactos cada vez mais frequentes entre o ECOO e a Comissão Europeia, as equipas internacionais que trabalham, no âmbito da OMS, por exemplo na prevenção da cegueira e que agregam oftalmologistas e optometristas, têm vindo a despertar consciências e a dar a relevância merecida ao setor. Claramente que esse «pseudo-conflito», não exclusivo de Portugal, esteve na origem de muitas dificuldades para a evolução e reconhecimento da profissão. Dizemos «pseudo» porque, no dia a dia, a colaboração entre optometristas e oftalmologistas é uma realidade, cada vez mais abrangente, com ótimos resultados para ambas as profissões e, principalmente, para os utentes. A crispação que ainda se observa em determinadas ocasiões é muito mais institucional e a nível das «cúpulas», muito relacionada com o entendimento de ato médico e com uma defesa corporativa. Acreditamos que com a regulamentação todas estas questões, que já foram ultrapassadas na prática quotidiana, também se venham a dissipar ao nível do discurso.
OPINIÃO 2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
José Gouveia Roque, Médico Oftalmologista – Instituto de Microcirurgia Ocular, Lisboa
Degenerescência Macular Ligada à Idade A Degenerescência Macular Ligada à Idade (DMI), é uma doença degenerativa que atinge uma região particular e muito importante da retina – a mácula – responsável pela visão central, ou seja é a região da retina que nos permite ter uma visão de promenor e portanto de realizar tarefas tão importantes do nosso dia a dia, como a leitura, ver as horas, conduzir e, enfim, fixar e identificar objetos.
A
feta sobretudo pessoas com mais de 50 anos e constitui a principal causa de cegueira legal nos países ocidentais. Em Portugal, considerando a prevalência da DMI como sendo idêntica à dos países caucasianos, calcula-se que podem existir cerca de 85000 casos de DMI, estimando-se que em 2030 a sua prevalência em indivíduos com mais de 65 anos poderá duplicar. A DMI pode apresentar-se clinicamente de duas formas. A Forma Atrófica ou “Seca”, mais frequente, é responsável por cerca de 90 % dos casos. De evolução lenta e gradual, surge como consequência de uma perda progressiva das células do que designamos por Epitélio Pigmentado e que no fundo corresponde a uma camada de células que se encontram sob a mácula, muito importante para o seu bem estar funcional. A outra forma de apresentação é a Forma Exsudativa, ou “Húmida”, que apesar de responsável apenas pelos restantes 10% dos casos, é a causa de 90% de perda de visão causada pela DMI na sua globalidade. Esta forma clínica surge quando aparecem vasos anómalos (a que chamamos complexo neo-vascular) sob a mácula, deformando-a e acabando por destruí-la anatomica e funcionalmente,
dado que, pelas suas características são muito agressivos, crescendo rapidamente, dando origem a hemorragias extensas e à formação de tecido cicatricial sem qualquer função visual. Do ponto de vista clínico a DMI manifesta-se sobretudo pela perda da visão central e pelo aparecimento do que designamos por um “escotoma central”, que no fundo corresponde a uma mancha escura na parte central do nosso campo de visão. Na prática, por exemplo, ao olhar para outra pessoa um doente com DMI poderá ao fixar-lhe a face não ser capaz de a identificar, mas perceber, por exemplo, se essa pessoa usa ou não gravata. Um fenómeno muito importante e que por vezes surge muito precocemente na DMI é o que designamos por “metamorfopsia”, ou seja visão distorcida – as linhas retas aparecem deformadas em algumas porções, as faces das pessoas aparecem por exemplo distorcidas ou inclinadas – trata-se de um sintoma muito precoce e que deve levar a pessoa a procurar um Oftalmologista para despiste de uma forma inicial de DMI. Outros sintomas também importantes no contexto de uma situação de DMI são a perda da sensibilidade ao contraste, a perda ou perturbação da visão das cores, a presença de sensações luminosas semelhantes a “flashs” ou relâmpagos e,
nas fases mais avançadas da doença a presença de alucinações visuais com ou sem forma. Apesar de não se conhecer a sua origem, há alguns fatores de risco já identificados. O fator de risco principal para a DMI é a idade, calculando-se que o risco para a DMI é de cerca de 2% aos 50 anos para passar para quase 30% a partir dos 75 anos. Outros fatores de risco identificados são o sexo, mais frequente nas pessoas do sexo feminino, havendo mesmo estudos que referem as mulheres com tendo o dobro da probabilidade de desenvolver a forma exsudativa da DMI do que os homens. A raça branca está também mais sujeita ao desenvolvimento desta forma mais severa de DMI do que, por exemplo a raça negra. Também a hipertensão arterial, os níveis elevados de colesterol ou a existência de doença cardiovascular parecem estar associados a maior risco de desenvolver a DMI. Um fator de risco também identificado como “major” é o fumo de cigarro, que parece duplicar o risco de desenvolver a DMI. A exposição à luz solar (ou à luz azul) e fatores nutricionais decorrentes do baixo consumo de carotenoides constituem também riscos já identificados para o desenvolvimento da DMI. Aos fatores genéticos é também atribuída grande relevância não só no desenvolvimento da doença, como no aumento da susceptibiliade a outros fatores de risco e ainda na resposta ao tratamento. Os tratamentos actualmentes empregues dependem do tipo de DMI em causa e visam retardar a evolução da doença e obter alguma melhoria da visão. Na forma atrófica de DMI a terapêutica atualmente empregue baseia-se sobretudo na adoção de uma dieta equilibrada, em que se prefiram os alimentos ricos em Ómega 3, carotenoides e antioxidantes (vitamina A, C, E e Zinco) – na pática o peixe gordo, a maior parte dos legumes e fruta! De acordo com estudos recentes os suplementos multivitamínicos a que são associadas a Luteína, Zeaxantina e Omega 3 poderão desempenhar aqui um papel muito importante. Julgo importante que esta terapêutica seja acompanhada por um oftalmologista até porque sabe-se que cerca de 20% dos doentes com esta forma de doença podem evoluir para a forma exsudativa, mais agressiva e cuja deteção precoce se reveste de importância fundamental. Por outro lado este acompanhamento reveste-se também da maior importância dado haver estudos que demonstram
o aumento da incidência de algumas doenças sobretudo associadas ao beta-caroteno (vitamina A) em fumadores. Na forma exsudativa da doença o tratamento visa a destruição ou regressão do complexo neo-vascular. Até há cerca de 12 anos a única arma ao dispor dos oftalmologistas era o Laser de Argon, laser térmico que ao destruir a lesão danificava também a retina – o objetivo era evitar que a doença progredisse aumentando o chamado escotoma ou mancha central. Em 2000 surgiu um tratamento inovador, a chamada Terapêutica Fotodinâmica, que consistia na administração endo-venosa de um produto fotosensível que era captado de forma preferencial pelos vasos anómalos, em seguida fazia-se incidir na região afetada um laser não térmico cujo único objetivo era ativar a substância injetada desencadeando-se em seguida uma série de reações oxidativas o que conduziam à regressão do complexo neo-vascular minimizando os danos nos tecidos adjacentes. Este tipo de tratamento representou um avanço importante na terapêutica da DMI, de tal forma que quando surgiu foi distinguido com o “Prix Galien 2001”, uma espécie de “Prémio Nobel do Medicamento”. Em 2004 surgiu uma nova abordagem terapêutica para a forma exsudativa da DMI – a Terapêutica Antiangiogénica. Trata-se de um tratamento que consiste na administração intraocular de um fármaco que promove a regressão dos neo-vasos. Este tratamento requer quase sempre a administração de várias injeções intraoculares que são realizadas em regime ambulatório, sob anestesia local (gotas!) e sob condições de assépsia rigorosa. É um procedimento praticamente indolor que quando realizado por um Médico Oftalmologista experiente tem uma taxa de complicações muito reduzida. Permite a preservação das áreas saudáveis da retina, e quando instituído precoce e atempadamente obtêm-se resultados anatómicos e funcionais excelentes com grande possibilidade de preservar a visão central e, em grande parte dos casos, melhorá-la. Foi seguramente, em meu entender, a grande “viragem” no tratamento da forma exsudativa da DMI. Face aos bons resultados obtidos quando instituída precocemente esta “nova” arma terapêutica vem reafirmar a necessidade de alertar para a importância do diagnóstico precoce e a premência de uma observação oftalmológica tão breve quanto possível assim que surjam os primeiros sintomas.
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OPINIÃO 2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
Manuela Carvalho, Coordenadora do Grupo Português de Glaucoma da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Glaucoma, uma Doença Silenciosa O glaucoma é uma doença ou conjunto de doenças de evolução crónica que afetam o nervo ótico por lesão das suas células ganglionares, podendo conduzir à perda progressiva de visão, se for deixado sem tratamento.
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“O controlo da pressão intraocular é ainda hoje a principal forma de tratamento da doença. Os valores ideais (pressão alvo) são variáveis de indivíduo a indivíduo e são condicionados por vários fatores como o grau de lesão apresentado, a idade e esperança de vida do doente, presença de vários fatores de risco e velocidade de progressão da doença”
Celestino Santos/Esfera das Ideias® 2011
onstitui a 2ª causa mais frequente de cegueira a nível mundial (cerca de 8 milhões pessoas cegas estimadas em 2010) sendo a 1ª causa de cegueira irreversível evitável. Estudos de prevalência recentes apontam na Europa para a presença da doença (nas formas mais comuns) em 2,23% das pessoas com idade superior a 40 anos. As extrapolações destes dados levam-nos a pressupor a existência de 120.567 doentes no nosso país. Por ausência de sintomas ou sinais de alarme nas fases precoces é conhecido pela “doença que cega silenciosamente”, podendo passar despercebida em 50% dos casos nos países desenvolvidos. Algumas formas de glaucoma podem ocorrer à nascença (congénito) ou durante a infância (juvenil). Contudo na maioria dos casos aparece depois dos 40 anos aumentando progressivamente a sua incidência com a idade O glaucoma é tipicamente irreversível, lentamente progressivo e normalmente assintomático até fases tardias. Quando se torna sintomático (dá queixas) existem já normalmente lesões graves do campo visual. Se não for tratado ou insuficientemente tratado resulta frequentemente em alteração visual ou mesmo cegueira. Antigamente pensava-se era provocado apenas pela subida da pressão intraocular (tensão ocular alta), mas sabe-se hoje que mesmo as pessoas sem pressão intraocular elevada podem sofrer da doença. A pressão intraocular é pois considerada atualmente um importante fator de risco para o glaucoma, bem como a idade avançada, história familiar, alta miopia e características étnicas entre outros. O diagnóstico de glaucoma é feito pela observação clínica do oftalmologista em consulta de rotina, que pode recorrer a exames complementares de confirmação como a análise do nervo ótico e dos campos visuais executados por tecnologias mais sofisticadas. A utilização destes exames é também muito importante para a monitorização da doença (deteção de eventuais agravamentos), permitindo um melhor ajuste dos tratamentos. O controlo da pressão intraocular é ainda hoje a principal forma de tratamento da doença. Os valores ideais (pressão alvo) são variáveis de indivíduo a indivíduo e são condicionados por vários fatores como o grau de lesão apresentado, a idade e esperança de vida do doente, presença de vários fatores de risco e ve-
locidade de progressão da doença. De uma forma geral utiliza-se um esquema escalonado de tratamentos, iniciando-se pelos mais simples e menos agressivos, até aos mais complexos que poderão trazer mais efeitos secundários. A falta de resposta pretendida em cada uma das etapas ou a intolerância à terapêutica levam à opção seguinte. Frequentemente opta-se inicialmente pela aplicação de colírios anti-hipertensores (gotas para baixar a tensão) que devem ser colocadas regularmente, sem falhas e nos horários recomendados para que possam ser eficazes. As falhas de cumprimento (ex: horários irregulares, esquecimentos, dificuldade de colocação das gotas em doentes mais idosos) conduzem a um insuficiente efeito
terapêutico (tratamento insuficiente), que não evitará a progressão da doença apesar de uma falsa noção de segurança (“eu até ponho as gotas”). Se esta 1ª etapa se revela insuficiente e/ ou causa intolerância ou falta de cumprimento pode optar-se por tratamentos com laser e mais tarde cirurgia, para controlar o valor da pressão intraocular. Esta sequência terapêutica embora frequente pode ser modificada consoante a avaliação que o médico faz de cada caso em particular, daquilo que considere mais vantajoso para o doente e depois de discutido (conversado) o problema com o interessado. Como existem também fatores de risco vasculares no desenvolvimento e progressão da doença deve atender-se
a eventuais desequilíbrios de doenças cardíacas e circulatórias que possam agravar o glaucoma. Também certas doenças neurológicas crónicas podem agravar a função visual já por si deteriorada destes doentes. Podemos pois considerar que o estudo e tratamento do glaucoma são abrangentes, necessitando frequentemente de colaboração multidisciplinar (colaboração entre diversas especialidades médicas). Sendo o glaucoma uma doença crónica progressiva (agravando-se com o tempo) e irreversível (as perdas ou danos verificados não são recuperáveis) o seu tratamento tem como objetivo evitar as formas graves de doença com perdas visuais incapacitantes, dependência de terceiros e respetiva perda de qualidade de vida. Pretende-se assim aproximar o doente o mais possível do padrão de perda visual do indivíduo normal (não doente) com a mesma idade. Para tal é fundamental um diagnóstico precoce e tratamento atempado efetuados pelo médico oftalmologista, pelo que se recomendam visitas regulares sobretudo nos casos de maior risco.
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OPINIÃO 2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
J. Salgado Borges – Diretor do Serviço de Oftalmologia do CHEDV (Feira) e da Clínica Oftalmológica Prof. Dr. J. Salgado Borges (Porto)
Cirurgia de Catarata O cristalino é uma lente natural localizada no interior do globo ocular (olho), imediatamente atrás da pupila. Em condições normais é completamente transparente o que permite a passagem dos raios luminosos e a sua focagem na retina, obtendo-se dessa forma uma imagem nítida. Quando o cristalino se opacifica o suficiente para provocar a diminuição da acuidade visual, estamos na presença de uma doença oftalmológica denominada catarata.
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xistem diversas causas que podem originar uma catarata, das quais a principal está relacionada com a idade, originando a denominada catarata senil. Considera-se que a maioria das pessoas com mais de 60 anos apresenta algum grau de catarata. Outras causas menos frequentes de cataratas são por exemplo, os traumatismos, medicamentos tais como os corticoides, doenças como a diabetes, congénitas, etc. São vários os sintomas e dependem do grau da opacidade do cristalino. Frequentemente a visão fica esborratada, referindo o doente que tem a sensação que está a ver através de nevoeiro, seguindo-se uma perda progressiva da acuidade visual que pode ser rápida (alguns meses) ou evoluir lentamente ao longo de alguns anos. Outros sintomas menos frequentes são o deslumbramento, alteração da visão das cores, má visão noturna, necessidade de mudar frequentemente de óculos ou visão dupla apenas com um olho aberto.
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A cirurgia da catarata é hoje em dia uma operação muito segura, com uma taxa de sucesso alta e praticamente indolor. Contudo, tal como em qualquer cirurgia, existem riscos, nomeadamente de infeção e/ou inflamação pós-cirúrgica, embora estes riscos sejam escassos devido à técnica atualmente utilizada, aos aparelhos e à medicação administrada bem como aos cuidados de assépsia protocolados antes e durante a cirurgia
A catarata é uma das doenças oftalmológicas mais comuns, atinge cerca de 20 milhões de pessoas e é responsável por metade dos casos de cegueira a nível mundial. Estima-se que em Portugal existam mais de 200.000 pessoas com sinais catarata. O tratamento é sempre cirúrgico, não existindo qualquer tratamento médico que seja eficaz para impedir o desenvolvimento ou a cura das cataratas. As cataratas incipientes não justificam a realização de cirurgia. Apenas quando a perda da visão é importante ou surjam sintomas que interfiram significativamente com a atividade habitual, está formalmente indicada a cirurgia. A técnica mais moderna utilizada atualmente é a Facoemulsificação, que permite uma rápida recuperação visual. Consiste na realização de uma pequena incisão (aproximadamente 2 mm) e, mediante o uso de um instrumento especial denominado facoemulsificador que emite ultrasons através de uma ponta de titânio, a catarata é fragmentada e aspirada. Posteriormente, introduz-se uma lente intraocular com um injetor sem ter
que se ampliar a incisão, não induzindo astigmatismo ou distorção da córnea. Hoje, é possível simultaneamente à realização da cirurgia de catarata, corrigir astigmatismos superiores a 2D, com o recurso a lentes intraoculares tóricas. Também já se conseguem obter boas acuidades visuais ao longe e ao perto, através da utilização das lentes intraoculares multifocais. Uma vez implantada a lente considera-se terminada a cirurgia sem ser necessário sutura, nem mesmo na maioria dos casos a necessidade de internamento, podendo o doente retomar a sua atividade normal poucos dias após a realização da cirurgia. A cirurgia da catarata é hoje em dia uma operação muito segura, com uma taxa de sucesso alta e praticamente indolor. Contudo, tal como em qualquer cirurgia existem riscos, nomeadamente de infeção e/ou inflamação pós-cirúrgica, embora estes riscos sejam escassos devido à técnica atualmente utilizada, aos aparelhos e à medicação administrada bem como aos cuidados de assépsia protocolados antes e durante a cirurgia.
“As cataratas incipientes não justificam a realização de cirurgia. Apenas quando a perda da visão é importante ou surjam sintomas que interfiram significativamente com a atividade habitual, está formalmente indicada a cirurgia” Em Portugal o nível da cirurgia da catarata é elevado, podendo o médico oftalmologista proporcionar estas técnicas à grande maioria dos seus doentes. Em conclusão, a cirurgia da catarata não visa apenas restituir a visão, mas sim deve ser encarada como um verdadeiro procedimento refrativo, já que é possível que o doente operado fique a ver bem sem óculos tanto ao longe como ao perto.
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OPINIÃO 2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
Manuel Monteiro Pereira, Diretor Clínico da Clínica Oftalmológica das Antas
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Cirurgia Refrativa LASIK A correção cirúrgica dos erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia), tem evoluído muitíssimo nos últimos anos, devido ao aperfeiçoamento dos aparelhos, das técnicas cirúrgicas e conhecimento dos resultados pós-operatórios.
“Tem existido uma crescente procura da cirurgia refrativa, em virtude da possibilidade da correção de quase todos os erros refrativos, através de um conjunto de técnicas cirúrgicas que atuam a nível do segmento anterior, essencialmente na córnea” Hoje em dia, devido aos avanços tecnológicos e à larga experiência de alguns oftalmologistas, existe solução para quase todos os defeitos refrativos.
Prognóstico
N
a miopia, o olho tem um excesso de potência dióptrica, levando a imagem a formar-se diante da retina e o doente a referir má acuidade visual para longe, afetando cerca de 16 por cento da população. A miopia pode ter três causas: curvatura corneana anómala, comprimento axial do olho aumentado e miopia induzida por cataratas nucleares. Na hipermetropia ocorre o contrário, o olho tem menos potência dióptrica e a imagem é formada atrás da retina. No astigmatismo, a córnea não tem forma uniforme, apresentando maior poder dióptrico num eixo do que no outro, levando as imagens a focalizarem-se em vários pontos, por detrás ou por diante da retina. A presbiopia consiste na incapacidade de focagem da visão de perto, em virtude do cristalino ter perdido as suas capacidades fisiológicas, nomeadamente a acomodação. A miopia é o erro refrativo mais frequente na criança, levando os jovens por vezes a queixarem-se de cefaleias, dores oculares e os pais a referirem que o filho se aproxima muito da TV e semicerra os olhos quando olha para longe.
Tratamento
Tem existido uma crescente procura da cirurgia refrativa, em virtude da possibilidade da correção de quase todos os erros refrativos, através de um conjunto de técnicas cirúrgicas que atuam a nível do segmento anterior, essencialmente na córnea. A córnea é uma lente biológica que jun-
tamente com o cristalino, focam as imagens na retina. Mudando a curvatura da córnea, modifica-se o poder dióptrico do olho, sendo essa a base da cirurgia refrativa com Laser Excimer. A técnica LASIK, é a mais utilizada na atualidade pela sua segurança e eficácia, consistindo na modificação da curvatura da córnea, por meio da aplicação do Laser Excimer. Previamente realiza-se um flap, através de um microceratótomo ou de um laser de Femtosegundo, para depois da cirurgia com laser, ser recolocado no mesmo local, sem necessidade de qualquer sutura. Além de um desconforto ligeiro, a maioria dos doentes apresentam acuidade visual normal, 24 horas após a cirurgia. A anestesia é tópica (colírio) e não necessita de oclusão ocular. Nos casos onde o LASIK está contra indicado, a solução passa por outras técnicas como o PRK, lentes intraoculares fáquicas e pseudofáquicas. As lentes fáquicas podem ser colocadas na câmara anterior (suportadas no ângulo ou fixadas na íris), ou na câmara posterior (entre a íris e o cristalino). Ao implantar as lentes intraoculares pseudofáquicas, extrai-se o cristalino através da técnica de facoemulsificação, substituindo-o por uma lente monofocal ou multifocal, implantada dentro do saco capsular. Por vezes, para corrigir todo o defeito refractivo, é necessário combinar duas técnicas, como o implante de lente intraocular e posteriormente o LASIK. A eleição de uma técnica ou de outra, vai depender do critério do cirurgião e das características do doente (número de dioptrias, condições do olho e idade).
Tem havido uma crescente adesão à cirurgia refrativa. Tal deve-se à procura de uma maior qualidade de vida, à segurança das técnicas e aos bons resultados cirúrgicos. Quanto aos resultados cirúrgicos, dependem fundamentalmente dum cuidadoso estudo pré-operatório, que passa por: exame oftalmológico de ro-
tina, exames específicos para cada técnica cirúrgica (paquimetria, topografia, tomografia, aberrometria, entre outros), técnica cirúrgica ajustada a cada doente e seleção criteriosa do candidato.
Conclusão
A cirurgia refrativa por LASIK é bastante segura, eficaz, previsível e estável, sendo a principal fonte de complicações a má seleção do doente, uma vez que, cerca de dez por cento dos candidatos não têm condições para a realizar com sucesso.
Qual o candidato ideal para LASIK?
-Idade mínima de 20 anos e refração estável no último ano; -Espessura e curvatura corneana dentro da normalidade; -Olhos saudáveis sem processos inflamatórios; -Saudável, sem diabetes descompensada, artrite reumatóide, lúpus, glaucoma, herpes ocular, cataratas, entre outros; -O LASIK deve ser evitado durante a gravidez; -Boa compreensão sobre a cirurgia e ser realista na expectativas; -Consciência de que a cirurgia procura minimizar ou eliminar o uso de óculos na maioria das situações, mas que por vezes devido à idade pode ser necessário usar óculos para perto, ou até ser submetido a reoperação em cerca de quatro por cento dos casos.
OPINIÃO 2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE OCULAR
Vitor Santos Maduro, Medico Oftalmologista, Secção de Córnea/Transplantes e Contactologia do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar de Lisboa- Zona Central
O uso de Lentes de Contacto A vigilância oftalmológica é cada vez mais uma preocupação e surge assim como um importante motivo para ir a uma consulta de oftalmologia. Desta forma, quando uma pessoa pensa estar interessada em usar lentes de contacto, o primeiro passo que deve dar é procurar ajuda com o seu médico oftalmologista.
A
s indicações para o uso de lentes de contacto são variadas. Desde logo, as razões estéticas são as primeiras a serem citadas, uma vez que podem substituir temporariamente o uso de óculos. Porém, são as indicações médicas como o tratamento de doenças da córnea, nomeadamente o queratocone ou após um transplante de córnea que mais desafios colocam ao oftalmologista. Actualmente existe uma grande diversidade de materiais, vários tipos de utilizadores e diversas marcas, o que mostra que este é um mercado emergente com milhares de utilizadores/consumidores
diários. Mas estarão estes portadores de lentes de contacto bem informados acerca dos cuidados e regras da boa utilização? Se por um lado esta opção em oftalmologia é cómoda e proporciona uma melhoria na qualidade de vida, por outro o seu uso indevido poderá resultar em lesões oftalmológicas graves que poderão levar à perda definitiva da visão. Assim, é de salientar algumas regras importantes que deverão ser praticadas por qualquer utilizador de lentes de contacto: • Cuidados de higiene, como a lavagem
“Actualmente existe uma grande diversidade de materiais, vários tipos de utilizadores e diversas marcas, o que mostra que este é um mercado emergente com milhares de utilizadores/consumidores diários. Mas estarão estes portadores de lentes de contacto bem informados acerca dos cuidados e regras da boa utilização?”
das mãos antes de manusear quer as lentes de contacto quer os produtos associados; • Minimizar o contacto entre as lentes e a água corrente de modo a evitar a contaminação com microrganismos patogénicos (é recomendável a não utilização aquando da prática de natação ou outros desportos aquáticos); • Respeitar a duração da lente de contacto e a validade dos produtos de conservação; • Seguir e respeitar as guidelines de higiene e manutenção que o fabricante de lentes de contacto sugere para determinada marca (as simples soluções salinas não têm as propriedades químicas
Vantagens das lentes de contacto
necessárias para garantir a desinfecção das lentes de contacto); • Ter sempre consigo o estojo de manutenção das lentes de contacto e mantê-lo em boas condições de higiene, bem como os seus óculos de correcção; • Ter atenção ao horário de utilização estipulado pelo médico assistente; • Realizar uma vigilância periódica com o seu oftalmologista; • Se apresentar queixas oftalmológicas como por exemplo olho vermelho, dor ocular ou desconforto com lente de contacto deverá suspender imediatamente o uso das lentes de contacto e procurar com brevidade o seu oftalmologista assistente.
O respeito das regras acima mencionadas irá proporcionar um uso mais seguro e eficaz das lentes de contacto. De frisar que as infecções graves na córnea são causadas na maiorias das vezes por erros na utilização e manuseio das lentes de contacto. Segundo a literatura científica publicada, cerca de 6% dos utilizadores de lentes de contacto irá desenvolver algum tipo de complicação. Por isso a mensagem final é: aproveite as vantagens que as lentes de contacto podem proporcionar na sua qualidade de vida mas não abdique de as usar em segurança.
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2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE ANIMAL
A consulta ao médico veterinário é imprescindível
Doenças frequentes em animais domésticos Existem algumas doenças que são particularmente frequentes nos animais domésticos, às quais deve ter especial atenção. A prevenção é importante e a consulta ao médico veterinário imprescindível.
da doença. Não tem perigo para os seres humanos.
LEISHMANIOSE
A Leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada de um mosquito. Numa primeira fase, os animais perdem a pele à volta dos olhos e do nariz; segue-se a perda de peso, feridas na pele e crescimento anormal das unhas. Em Portugal, esta doença tem um índice de ocorrência significativo. No entanto, está finalmente disponível a vacina contra a Leishmaniose canina. Com a vacinação é possível elevar o patamar de proteção do seu cão contra esta doença. Para além disto, é útil o uso de coleiras inseticidas impregnadas com deltametrina, ou as pipetas. A doença pode ser tratada, mas não tem cura. A partir do momento em que é infetado, o animal torna-se portador. Pode ser transmitida ao ser humano, apesar de ser raro acontecer.
LEPTOSPIROSE
BABESIOSE A Babesiose, doença parasitária transmitida normalmente pela picada da carraça, é considerada uma doença sazonal, só aparecendo no tempo quente e húmido. Entretanto, acaba de ser lançada uma vacina para cães que cria defesas imunitárias contra as várias famílias antigénicas de Babesia canis. Se o animal é picado por uma carraça, o comportamento dos próximos dois ou três dias deve ser observado com atenção. Se houver perda de apetite, febre e urina escura (cor de café), deve consultar o médico imediatamente. A doença tem cura, mas se não for detetada a tempo pode ser fatal para o animal. Não é transmissível ao ser humano, mesmo sendo perigosa.
CALICIVIROSE
A Calicivirose felina manifesta-se por
sintomas respiratórios e é uma doença contagiosa. Pode identificar-se através de úlceras na mucosa oral, febre, descarga nasal e ocular e perda de apetite. É causa de estomatites e gengivites crónicas nos gatos. A prevenção é feita com uma vacina e não é transmissível aos humanos.
ESGANA CANINA
A Esgana Canina é também uma doença infetocontagiosa, provocada pelo vírus morbilivírus, que pode afetar todos os animais, sendo os mais novos os mais suscetíveis. Sintomas respiratórios como espirros, tosse seca e corrimento ocular, vómitos e diarreia são formas de identificar a doença. A solução é prevenir, através da vacinação, porque o tratamento em si é pouco eficaz, acabando o animal, muitas vezes, por morrer ou por ter de se recorrer à eutanásia, devido aos sintomas nervosos que advêm
A Leptospirose é uma doença contagiosa provocada por uma bactéria. Os ratos são os principais disseminadores desta doença, que é transmitida através da urina de animais infetados. Pode afetar cães, gatos e até humanos. O animal apresenta febre, vómitos, diarreia e, quando em estado mais avançado, pode apresentar os olhos amarelos (icterícia). O diagnóstico é feito com análises ao sangue e urina e requer tratamento com internamento. A transmissão pode ser feita ao ser humano.
PANLEUCOPENIA FELINA
A Panleucopenia felina é particularmente propagável quando existem muitos gatos juntos. É uma doença contagiosa e surge de repente: o animal fica apático, sem apetite, vomita e tem diarreia. A vacinação é a melhor forma de evitar a doença. Quando há infeção e é precocemente detetada o tratamento não é complexo. Não se transmite ao Homem.
PARVOVIROSE CANINA
A Parvovirose Canina é uma doença infetocontagiosa provocada por um parvovírus que afeta os animais mais jovens. Os vómitos, diarreia e desidra-
tação são as formas mais comuns de manifestação do problema. A vacinação quando os animais são ainda bebés é a forma mais eficaz de prevenção. É uma doença que não apresenta perigo para os seres humanos.
RINOTRAQUEITE VIRAL FELINA A Rinotraqueite viral felina é uma doença que ataca o aparelho respiratório dos gatos. Contagiosa, esta doença surge frequentemente em gatos bebés, quando estes começam a perder os anticorpos maternos. Manifesta-se por espirros, corrimento nasal e conjuntivite. O médico deve prescrever um tratamento específico. Não se transmite aos humanos.
TAXOPLASMOSE
A Taxoplasmose é uma doença parasitária transmitida pelo gato, o único hospedeiro definitivo desta doença. Os répteis, aves, anfíbios e outros mamíferos podem ser hospedeiros intermediários. O diagnóstico faz-se por métodos diretos, que consistem na identificação do parasita em materiais dos animais infetados, e métodos indiretos, com a identificação de anticorpos específicos contra o taxoplasma. A infeção é feita por ingestão de oocistos, presentesna alimentação. Para prevenir, deve evitar-se a ingestão de carne crua e ainda tentar evitar que os gatos cacem ratos e pássaros. A doença pode ser transmitida ao Homem e as grávidas devem ter especial cuidado com ela. No primeiro trimestre, a infeção na grávida pode causar a morte fetal. As mulheres grávidas que tenham gatos em casa não devem fazer a limpeza do local dos animais, da caixa das necessidades.
TOSSE DE CANIL
A Tosse de Canil é uma doença contagiosa provocada por um ou vários agentes infeciosos. Transmite-se através da tosse e dos espirros e por contacto com objetos infetados, jaulas e comedouros.
Embora seja mais frequente nos meses frios, pode aparecer em qualquer altura do ano, sobretudo se os locais tiverem grande quantidade de animais. Os sintomas são essencialmente a tosse frequente e espirros. O médico veterinário deve indicar o tratamento mais eficaz. Não se transmite ao Homem.
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2012 –A SAÚDE EM PORTUGAL/ SAÚDE ANIMAL
A consulta ao médico veterinário é imprescindível
“Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo dos animais. Nesse dia um crime contra um animal será considerado um crime contra a própria Humanidade” – Leonardo Da Vinci
Royal Canin com gama de alimentos Hepatic
Que vacinas são necessárias nos cães e nos gatos?
O fígado apresenta uma elevada capacidade regenerativa, tanto durante, como depois do processo patológico. Contudo, nestas fases torna-se muito mais vulnerável a lesões provocadas pelo cobre e radicais livres, precisando de teores elevados de energia e proteínas. Perante estes factos, a Royal Canin lançou a gama de alimentos Hepatic Royal Canin, especialmente formulada para o cuidado do animal durante e após a ocorrência de doença hepática.
Dependendo da localidade onde mora, algumas infeções podem ser mais ou menos frequentes. O seu veterinário pode analisar os riscos nas suas circunstâncias e aconselhá-lo sobre o programa de vacinação. O leque de vacinas disponível para cães inclui Esgana, Parvovirose, Hepatite Infeciosa, Leptospirose, Laringotraqueíte, Raiva e Piroplasmose. Os cachorros e gatos precisam de tomar várias doses de vacinas. A primeira dose é a dose de preparação e a segunda dose, o chamado reforço faz com que a resposta seja maior e a imunidade se torne mais longa.
Cães treinados detetam doenças
Nos últimos anos, vários estudos têm vindo a comprovar que os cães conseguem detetar, e monitorizar várias doenças humanas através do odor. Desde o estudo publicado no British Medical Journal, em 2004, que mostrou que era possível para cães treinados detetar a existência de cancro na bexiga através do odor da urina, têm vindo a ser realizados diversos testes com várias raças de cães na prevenção e diagnóstico de cancro e de outras doenças comuns como a diabetes ou Alzheimer. Com base nestes estudos foi criada, no Reino Unido, a Cancer and Bio-detection Dogs, uma organização que treina cães para a deteção de doenças, especialmente para a monitorização da diabetes tipo I. De acordo com esta organização, a alteração do odor, exalado pelo corpo do doente quando a sua taxa de açúcar sobe ou desce, é sentida pelos cães antes que outros sinais, como a palidez, sejam percetíveis por humanos.
Desparasitação
Existem vários tipos de parasitas: - Ectoparasitas: Vivem na pele e pelo do animal;
- Endoparasitas: Alojam-se nos intestinos.
Os parasitas são prejudiciais à saúde do animal e em alguns casos às pessoas porque podem transmitir doenças. A transmissão pode ser por contacto direto ou indireto, com resíduos do animal (urina e fezes), com saliva, pele ou pelos, por arranhão, mordedura ou picada de pulgas ou carraças. Crianças, idosos, grávidas e imunodeprimidos são particularmente vulneráveis a este contágio, devendo ter mais cuidado. Muitos dos animais jovens já nascem com parasitas transmitidos pela mãe ou adquirem através do leite, por isso, devem ser desparasitados a partir das seis semanas de vida, de 15 em 15 dias, até aos três meses. Na idade adulta a desparasitação pode ser feita anualmente, cada seis meses ou de 4 em 4 meses, dependendo de
Para desparasitação intestinal existem vários produtos disponíveis: - Comprimidos, xaropes ou pastas, dependendo da facilidade de administração. A infestação por parasitas externos (pulgas, carraças, etc.) deve ser prevenida com recurso a: - coleiras inseticidas, soluções para unção, sprays, pós pipetas de aplicação na pele com durações de proteção variáveis.
Proteger toda a família
Desparasitar os animais é o primeiro passo para os proteger e, com eles, toda a família. Mas há mais cuidados: - Levar ao veterinário com regularidade para cumprir os esquemas de desparasitação e vacinação; - Alimentar com alimentos cozinhados ou ração e nunca carne crua; - Limpar o local reservado ao animal; - Evitar o contacto com crianças, grávidas, idosos e imunodeprimidos; - Lavar as mãos depois de contactar com animal; - Manter uma boa higiene do animal.
Higiene é Saúde...
Ter um animal de companhia exige…
- Ter disponibilidade de tempo para interagir com ele; - Garantir e salvaguardar os cuidados (alimentação, higiene, saúde, etc.) que ele precisa; - Criar regras através de treino; - Socialização e integração do animal no espaço público; - Exige, acima de tudo, que você seja responsável e consciente, uma vez que um animal depende de si para ter uma vida saudável e feliz. Seja fiel ao seu animal como ele lhe é a si.
vários fatores: - Idade e estado fisiológico (gestação/ amamentação); - Alimentação (Ração ou restos de comida e vísceras); - Ambiente em que vive (Exterior ou interior); - Contacto com outros animais.
Fonte: Tabela desenvolvida por Fred L. Metzger, DVM, State College, PA, EUA
O primeiro dos cuidados passa pela higiene, essencial quer quando o animal está só em casa, quer quando vai à rua: - Reserve-lhe um espaço próprio, mas separe a zona de alimentação da zona destinada às “necessidades” fisiológicas; - Use utensílios próprios para os alimentos e a água, nunca a louça da família; - Mantenha limpo o caixote de areia do gato, substituindo-o pelo menos uma vez por semana e colocando-o num chão lavável (um tapete é um alvo fácil da urina); - Na rua, eduque o seu cão para fazer as “necessidades” em locais próprios e de forma a que não ponha em risco a saúde das pessoas.
SAÚDE ANIMAL
Pontos de Vista Junho 2012
Clínica Veterinária de Serralves
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Referência na Oftalmologia Veterinária Castração, Ovariohisterectomia, Cirúrgia Torácica / Abdominal, Cirurgia de Boca / Ouvidos,etc.
Ortopedia
Completo leque de serviços com Despiste de Patologias de Crescimento (Diplasia da anca, do ombro, do cotovelo; etc.), Traumatologia (Cirúrgia dos ligamentos cruzados dos joelhosSaber Mais), Osteossíntese fraturas simples e complexas (com recurso a placas / fixadores),etc.
Endoscopia Digestiva
A Clínica Veterinária de Serralves rege-se por elevados padrões de qualidade e é uma instituição acreditada pela Ordem dos Veterinários e Direção Geral de Veterinária.
S
omos uma equipa clínica especializada com anos de experiência na apaixonante missão de ajudar as vidas dos animais domésticos dos nossos amigos e clientes. Vida é vida e o amor não escolhe espécies, para nós, a sua companhia de estimação é um ente querido, merecedor de toda a estima e do nosso melhor profissionalismo.
devidamente vacinado e desparasitado contra os principais riscos a que pode estar exposto.
Serviços Prestados
Clínica Geral
Baseada em clínica geral, especializada de referência em oftalmologia e com uma equipa de profissionais experientes e dedicados disponibilizamos uma completa seleção de serviços para garantir a saúde, bem-estar e beleza do seu animal de estimação.
Pediatria & Cuidados Primários
Disponibilizamos consultas de Pediatria, Cuidados Primários e Nutrição para manter o seu animal saudável e em forma. Vacinação & Desparasitação Prevenir é melhor que remediar. Proteja a sua companhia de doenças perfeitamente evitáveis. Certifique-se que está
Serviços de Diagnóstico, Biópsia e Extração de corpos estranhos assim como
Gastroduodenoscopia, Colonoscopia, Colocação de tubos de alimentação, etc.
Outras Especialidades
Sob marcação prévia agendamos consultas de especialidade reservadas com médicos veterinários experientes e credenciados na especialidade em questão. Consultas de Dermatologia (por marcação)
Consultas de Comportamento (por marcação) Consultas de Animais Exóticos (por marcação)
Microchip Legalize, identifique e ajude a encontrar o seu animal. Implantar um microchip não trás inconvenientes para o animal e serve como identificação em caso de perda ou acidente. Como o próprio nome indica consultamos e diagnosticamos o seu animal para a generalidade das situações. Inclui serviços de Geriatria.
Meios Auxiliares de Diagnóstico Possuímos uma gama completa de sistemas de apoio ao diagnóstico: Radiografia / Radiografia de contraste, Ecografia, Análises Sanguíneas, Ecocardiografia, Pressão Arterial, Eletrocardiograma, Análises Sanguíneas, TAC, Ressonância Magnética, etc.
Cirurgia Geral
O nosso bloco operatório está bem equipado para todas as situações de cirurgia geral.
Somos o Centro de Oftalmologia Veterinária do Porto o que nos torna a referência nesta especialidade. Outros Centros de Atendimento Médico-Veterinários encaminham para nós os seus casos oftalmológicos mais graves. Contacte-nos se desejar quaisquer esclarecimentos Oferecemos um leque de serviços de oftalmologia especializada: • Cirurgia de cataratas. • Cirurgia das pálpebras. • Cirurgia da córnea. • Tratamento do glaucoma. • Tratamento de úlceras complicadas. • Despistes de taras oculares (criadores). • Testes genéticos de doenças hereditárias.
OPINIÃO SAÚDE ANIMAL
Pedro Lima, Médico Veterinário
O que é a Alergia… A alergia consiste numa resposta fisiológica (sensibilização), de um organismo vivo, ao contacto com uma (s) substância (s) previamente identificada e classificada por este como estranha (alergeno) e do qual resulta uma hiper-reação (sob a forma de libertação de anticorpos) que se exprime de forma mais ou menos exuberante (reação alérgica). Esta reação resulta aos nossos olhos pelo aparecimento, de prurido (comichão mais ou menos intensa), eritema (vermelhidão) e ou pápulas (bolhas)
mente nos nossos animais de companhia, principalmente no cão, como uma doença cutânea de caráter crónico recidivante, clinicamente caracterizada por uma reação eczematosa da pele, acompanhada por lesões pruriginosas, descamativas, com distribuição cutânea típica (região periocular e perianal) e variável de acordo com a idade do paciente, sendo por muitos considerada o componente cutâneo de um estado de hipersensibilidade a estímulos ambientais .
Porque tratar
N
os cães e nos gatos, as manifestações cutâneas (dermatites alérgicas) são talvez a expressão mais comum da dita alergia, podendo de uma forma simples, ser classificadas consoante a via de contacto / entrada dos alergenos, em: - Dermatites alérgicas de origem parasitária (ex: Dermatite alérgica à picada da pulga – DAPP), - Dermatites alérgicas de contacto
(ex: reação alérgica ao plástico de uma coleira antipulga), - Dermatites alérgicas de origem alimentar (ex: reação alérgica a um dos componentes da ração. Pode-se revelar através do aparecimento, de prurido cutâneo (comichão), diarreia, etc..), - Dermatites alérgicas de origem respiratória (ex: asma). Não podemos deixar de mencionar a Dermatite Atópica ou mais comummente a Atopia, que se revela maioritaria-
Pela necessidade em controlar as reações alérgicas e as alterações por elas induzidas, as quais se deixadas sem controlo podem muitas vezes vir a ser fatais (ex: choque anafilático), sendo sistematicamente causadoras de grande desconforto e inquietação. Porque regularmente acompanhadas pela presença de prurido (comichão) de intensidade variável, estas dermatites alérgicas quando não acompanhadas clinicamente, podem rapidamente levar a um estadio de automutilação (lembremo-nos que os nossos animais de companhia, se coçam com as patas ou através de mordedura nas zonas do corpo, que conseguem alcançar com os dentes), levando ao aparecimento de feridas mais ou menos exuberantes, normalmente exsudativas e sanguinolentas, denominadas lesões “hot-spot”. O tratamento de fundo (que deverá ser sempre realizado sob controlo e orientação de um médico veteriná-
A Atopia é própria de cães geneticamente predispostos, sendo que as vias de “entrada” dos alergenos podem ser bastantes diversas: via percutânea, via respiratória (inalação) ou mesmo a via digestiva, através da ingestão de alergenos diversos de origem alimentar. A maioria dos cães (cerca de 70%) revelam os primeiros sinais clínicos de atopia entre 1 e 3 anos de idade, mas a idade de início dos sinais pode variar de 4 meses a 7 anos, porém poucos cães iniciam sintomas clínicos após 7 anos. Em consequência da natureza hereditária da doença, várias raças estão hoje identificadas como tendo uma maior predisposição para a atopia: Shar Pei, West Highland White Terrier, Scotish Terrier, Lhasa Apso, Shih Tzu, Dálmata, Pug, Setter Irlandes e Inglês, Boston Terrier, Golden Retriever, Boxer, Labrador, Schnauzer Miniatura. Os cães atópicos geralmente esfregam, lambem, mordem ou coçam as patas, o focinho, as orelhas, as axilas ou as virilhas, o que causa a perda de pelos, vermelhidão e espessamento da pele. O envolvimento cutâneo generalizado pode estar presente em 40% dos cães, otite externa e conjuntivite atópica podem estar presentes em cerca de 50% dos cães. A maioria dos cães atópicos apresenta descamação média na maior parte das áreas com mais prurido (comichão) e apresentam pelagem frequentemente em mau estado (pelos secos quebradiços. Os sinais clínicos podem inicialmente ser sazonais ou não, dependendo do alérgeno envolvido, mas cerca de 80% dos cães atópicos eventualmente apresentam sinais clínicos não-sazonais.
rio) é na maioria dos casos feito através da administração de medicamentos que atenuam os fenómenos fisiológicos da reação alérgica (anti-histamínicos, córticos), sendo que atualmente está reconhecido o interesse em associar a esta medicação específica, adjuvantes de tratamento como os ácidos gordos essenciais.
Como prevenir
A prevenção que deverá igualmente ser sempre efetuada sob controlo e indicação do médico veterinário passa em cada caso por conseguir identificar o ou os agente(s) (alergenos) responsáveis, de modo a poderem-se implementar estratégias de prevenção (ex: vacinas de dessensibilização, planos de controlo dos parasitas externos, planos alimentares, etc….), de modo a poder atuar preventivamente, atenuando ou mesmo evitando, o “reaparecimento” da reação alérgica a cada novo contacto com o(s) alergeno(s) responsáveis. Nesta “missão” de manter um animal alérgico “livre” de sintomas, a par do papel da esfera de competências do médico veterinário (diagnóstico e terapêutica), o dono do animal pode e deve igualmente desempenhar um papel ativo. Relembrando as noções de “limiar de prurido” e de “efeito de adição”, podemos perceber, que o simples facto de reduzirmos a “carga” de alergenos em contacto com a superfície da pele, contribuirá decididamente para manter o “nível” de alergenos em valores inferiores ao do “limiar de prurido” e deste modo evitamos o aparecimento dos sintomas. O que podemos fazer para evitar a incidência de crises alérgicas: para além do diagnóstico e da dessensibilização, o controlo dos “alergenos” ambientais que entram em contacto com o nosso animal alérgico, desempenha um papel estratégico neste processo. Ficam aqui alguns exemplos entre muitos: o controlo dos ectoparasitas, facto por muitos menosprezado mas que se reveste da maior importância, em virtude de a própria “saliva” que a pulga inocula na pele para se poder alimentar, apresentar um potencial alergénico muito elevado, uma correta “higiene” corporal, conse-
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Limiar de prurido
Todos os animais apresentam um limiar de prurido. Quando a soma dos pruridos de diferentes origens ultrapassa o limiar, o animal se torna pruritico e irá coçar-se. Efeito de adição: Além disso, cada prurido originado por uma fonte individual, possui um efeito aditivo [cumulativo] do que resulta que a soma do todo possui um efeito pruritico superior ao das partes individuais . Assim, uma atopia associada ao pioderma secundário, mais otite externa produz um desconforto observável. Se, no entretanto, a otite for controlada, então a soma das “fontes” de prurido é menor. Se o prurido decair abaixo do limitar de prurido, ele irá parar de se coçar. A aplicação de um tratamento dito coadjuvante (ex: suplementação com AGE´s ou aplicação de champôs apropriados) é utilizado com o propósito de manter o prurido tão próximo ao limiar de prurido quanto for possível, de tal modo que a dosagem de medicamentos, dos córticos em particular, seja minimizada.
guida através de um programa de banhos com champôs apropriados, a intervalos regulares, os quais para além do efeito suavizante e calmante sobre uma superfície cutânea inflamada e irritada, contribuem para remover quantidades consideráveis de detritos celulares bem como reduzir a carga bacteriana que atuam igualmente como fatores alergisantes. O controlo da alimentação: tal como os humanos, muitos cães e gatos, desenvolvem por razões diversas, alergias a diferentes componentes da sua alimentação diária, com por exemplo a carne de bovino ou de frango, ou alguns estabilizantes presentes nos alimentos compostos, vulgo “rações”. Nestes casos torna-se imperioso garantir que a alimentação que lhes disponibilizamos é isenta destas substancia. Como conclusão a maioria dos estados alérgicos podem ser prevenidos ou evitados, através de um maneio cuidado da higiene e alimentação do nosso animal de companhia. Em caso de dúvida nunca se esqueça que tal como os humanos, também os animais “merecem” ter acesso a um acompanhamento médico-veterinário regular.
“A prevenção que deverá igualmente ser sempre efetuada sob controlo e indicação do médico veterinário passa em cada caso por conseguir identificar o ou os agente(s) (alergenos) responsáveis, de modo a poderem-se implementar estratégias de prevenção (ex: vacinas de dessensibilização, planos de controlo dos parasitas externos, planos alimentares, etc….), de modo a poder atuar preventivamente, atenuando ou mesmo evitando, o “reaparecimento” da reação alérgica a cada novo contacto com o(s) alergeno(s) responsáveis”
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MERCADO IBÉRICO
À conversa com José Aser, Presidente da Associação de Empresários Galegos em Portugal (AEGAP)
“O galego olha para o português como um irmão” Responder às necessidades de empresários e profissionais liberais, particularmente de origem galega é o desafio que se coloca quando se fala na AEGAP. Ser ou não associado não é imperativo. Num mercado em que o fator risco deve ser bastante ponderado, a associação apoia todas as empresas a fazerem as suas escolhas com “peso e medida”.
J
osé Aser, Presidente da Associação de Empresários Galegos em Portugal, integra os catorze empresários, profissionais liberais e quadros superiores de empresas que, em 1994, deram vida à AEGAP. No período em que era Presidente do Centro Galego de Lisboa, começou a ser sentida a necessidade de destacar a área empresarial. “Havia uma mistura grande entre a componente recreativa, cultural e de negócios. Um dia resolvemos tornar independente a associação de empresários e isso acabou por coincidir com a constituição, na Galiza, de uma Federação de Empresários Galegos”, contou José Aser à Revista Pontos de Vista.
Desde a sua constituição, a AEGAP tem sido uma ponte entre os empresários e o mercado. Empresários galegos em Portugal e nos países de língua oficial portuguesa ou empresários portugueses que estejam estabelecidos na área de influência da Galiza veem na AEGAP um aliado no momento de arriscar. O que é que a associação tem para oferecer a quem a procura, quer seja associado ou não? “Uma forte rede de contactos”, respondeu, convitamente, José Aser. A nível interno e externo, a AEGAP assume-se como “um meio privilegiado de oferta e de procura de oportunidades de negócios”. No momento em que uma empresa procura explorar o mercado galego ou português, a associação recolhe a
informação necessária. “Quando alguém vem para um mercado que não conhece, acaba por fazer o que não deve. Nós procuramos que não sejam cometidos erros”, garantiu José Aser.
Portugal e Galiza: o que os une?
“O galego olha para o português como um irmão”. A afirmação de José Aser descreve, na plenitude, a relação que, desde sempre, uniu os dois povos. Mais do que uma relação intrinsecamente histórica, os laços são geográficos e linguísticos. “A língua ajuda muito mas, além disso, para um galego era mais fácil vir para Lisboa do que para Madrid”, afirmou o Presidente da AEGAP. Em Portugal ou na Galiza, o galego ou o português sente-se nitidamente em casa. A proximidade geográfica, à partida, facilita o desenvolvimento das relações. “Portugal olha para a Galiza com olhos diferentes do que olha para o centro de Espanha. O galego olha para o português como um irmão”, defendeu o empresário. A par disso, quando o interesse das entidades políticas é manifestamente favorável, este “casamento” tem tudo para resultar.
“Este país tem futuro”
Apesar de algumas áreas de negócio se encontrarem saturadas, Portugal, ao contrário do que muitos pregam aos sete ventos, “tem futuro”, apelou José Aser. O turismo e as novas tecnologias são dois
Fundadores da AEGAP:
José Aser setores em que vale a pena continuar a apostar. Mas, a par disso, a AEGAP pretende procurar outras oportunidades de negócio, setores que estão esquecidos e que escondem potencialidades. José Aser relembrou um deles. “Na área do mar, Portugal e a Galiza ainda têm muito a dizer. Nós trazemos os empresários para cá, mas o Governo deve facilitar, não demorando anos para conseguir as licenças”, alertou o responsável. Com o objetivo de divulgar novos negócios e procurar alternativas, no plano de atividades da AEGAP está previsto um levantamento de áreas onde haja um défice de empresários e onde valha a pena investir. África é outro desafio. “Para lá chegarmos, temos que estar minimamente suportados para dar aos empresários informações úteis nas suas tomadas de decisões. Para as Américas temos o apoio das Associações da diáspora galega”, garantiu José Aser. Se, para uns, sobreviver à crise é o objetivo, para a AEGAP deve-se ir mais longe. É importante afastar o desânimo que, por vezes, se instala nas empresas em momentos difíceis e perscrutar novos caminhos. Como referiu o empresário: “que ninguém esmoreça face à crise, com muito trabalho, imaginação e criatividade podemos fazer surgir outras oportunidades”.
- Manuel Cordo Boullosa - Luís Guillermo Castro Fuertes - António Castro Gil - Amador Piñeiro Nagy Draskovich - José Aser Castillo Pereira - Álvaro Suarez Cal Contreras - Constantino Domingos Costal - Acácio Jorge Gonzalez Troncoso - José Domingo Vazquez Gonzalez - José Manuel Cal Gonçalves - Hilda Maria Portela Estevez da Cunha - Marisol Gonzalez Veiga Alves Batista - José Aser Castillo Lorenzo - António Cal Gonçalves
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MERCADO IBÉRICO
Iván Ferrer Font, Diretor Geral da Auxadi em Portugal, em destaque
AUXADI: a força do mercado ibérico É a maior empresa familiar em Espanha em BPO (Business Process Outsourcing). Com escritórios em Madrid e em Lisboa, a equipa da Auxadi trabalha ao lado de grandes multinacionais, quase como se fosse parte integrante do seu Departamento Financeiro. Ultrapassando a fronteira que separa dois países, a empresa trabalha num único mercado: o ibérico.
“A
satisfação do cliente é o núcleo que conduz todos os nossos atos”. Em 1979, a Auxadi, pelas mãos do seu Sócio e Fundador, Victor Salamanca Carrasco, agarrou esse lema e lançou-se no mercado. Passados mais de trinta anos, o sucesso da empresa é irrepreensível. Quase como um aliado na resolução das questões de ordem financeira dos seus clientes, a Auxadi tornou-se a maior empresa familiar em Espanha de BPO sendo agora liderada pelo filho Víctor Salamanca Cuevas. Para muitos, este pode apenas ser mais um dado contabilístico. Mas, para Iván Ferrer Font, Diretor Geral da Auxadi em Portugal, é esta característica que diferencia a empresa e que a torna única. “As grandes empresas não têm tanta proximidade com o cliente. Nós somos uma empresa familiar e isso dá-nos uma outra personalidade”, definiu o responsável em conversa com a Revista Pontos de Vista. Contudo, não é só deste carácter familiar que se fala. A Auxadi assume-se como uma empresa que conhece bem a realidade de cada país e responde, de forma adequada, às questões solicitadas. “Temos pessoas divididas por secções, de forma a termos uma melhor especialização. Assim, não precisamos de ir à procura de soluções noutro lugar e respondemos acertada e rapidamente aos nossos clientes”, afiançou Iván Ferrer Font.
“O nosso foco é atender às necessidades dos nossos clientes internacionais e ser o equivalente ao Departamento Financeiro deles em Espanha e Portugal” Iván Ferrer Font e Victor Salamanca
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“As grandes empresas não têm tanta proximidade com o cliente. Nós somos uma empresa familiar e isso dá-nos uma outra personalidade”
“Ser o equivalente ao Departamento Financeiro” Cerca de 94 por cento da carteira de clientes da Auxadi é de origem estrangeira. Por outras palavras, “o nosso foco é atender às necessidades dos nossos clientes internacionais e ser o equivalente ao Departamento Financeiro deles em Espanha e Portugal”, afirmou. Com as constantes alterações que derivam da crise económica e financeira global, as empresas têm trabalhado na sua reestruturação de acordo com a fiscalidade de cada país. “Os nossos clientes precisam de uma contínua informação sobre o que está a acontecer nos nossos paises, não apenas a nivel de reporting como estando tambén a par de todas as alterações da legislação.”, explicou Iván Ferrer Font. É esse trabalho de acompanhamento que faz parte do cartão de visita da Auxadi. Apesar de toda a equipa pretender um produto uniformizado para todos os clientes, a verdade é que a realidade dos dois países, além de muitas proximidades, tem também imensos pontos de diferenciação. O trabalho deve sempre ser desenvolvido de acordo com a legislação do país em questão. Iván Ferrer Font defende uma maior uniformização, em termos legislativos. Só assim o mercado ibérico terá o peso suficiente para atuar com supremacia noutros mercados externos. “Temos que olhar para o mercado ibérico não como dois países mas como um só e a Auxadi já faz isso. Os nossos clientes têm um intermediário, quer em Portugal, quer em Espanha, que o ajuda a encontrar a solução em ambos os países”, referiu.
“O sucesso do cliente é o sucesso da empresa”
Quando contactam com a Auxadi, de que é que os clientes estão à procura? “Querem, acima de tudo, uma solução integrada que cubra todas as suas necessidades a nível local em termos de obrigações fiscais e reporting para o grupo”, respondeu Iván Ferrer Font. Desde a sua fundação, a Auxadi tem centrado a sua atividade e presença no mercado na prestação de serviços a empresas multinacionais, em áreas vinculadas às finanças e contabilidade. O sucesso do cliente é o sucesso da empresa. Para responder à altura, a Auxadi possui uma equipa de consultoria no mercado de excelência, especializada em terceiriza-
ção de serviços, distribuída por quatro principais setores, nomeadamente: contabilidade, relatórios e compromissos fiscais; folha de pagamento e gestão de recursos humanos; assessoria fiscal e serviços jurídicos e fiduciários. A Auxadi é a figura do Departamento Financeiro de uma empresa, respondendo, com o devido rigor e assertividade, às exigências dos clientes e da realidade do país em que estão inseridos.
O exemplo vem de cima
Na Auxadi, é no topo da hierarquia que está o exemplo a seguir. Victor Salamanca Carrasco fundou a empresa e, decorridas mais de três décadas, continua a trabalhar, todos os dias com o apoio do seu filho como Diretor Geral do Grupo. É esta dedicação e afinco que fazem questão de transmitir. Com 110 colaboradores em Espanha e 14 em Portugal, a Auxadi forma os seus recursos humanos, de um modo contínuo, mesmo acima do que é minimamente exigível por lei. O futuro passa, como tem passado ano após ano, por um reforço do capital humano. O ano passado a equipa cresceu cerca de 11 por cento, sendo cada vez mais imprescindível dedicar toda a atenção às pessoas que trabalham, diariamente, por manter o bom nome da empresa. “Apostamos muito na tecnologia e na formação interna porque consideramos que o nosso ponto de diferenciação é o nosso conhecimento da legislação e a nossa eficiência interna é conseguida através da tecnologia. A nossa equipa é formada continuamente”, afirmou o Diretor Geral. Além deste acompanhamento a nível tecnológico, a Auxadi faz questão de facilitar a comunicação entre a equipa e os clientes, apostando, para tal, em formações de inglês.
Auxadi parte para Paris
Todos os anos, a empresa realiza um inquérito de satisfação aos seus clientes. Além de, modo geral, os resultados serem bastante motivadores para a equipa, é uma forma de conhecer as exigências daqueles que dão sentido à empresa. Além disso, o objetivo é ainda saber onde é que eles desejam que a Auxadi esteja presente. A conclusão foi bastante incisiva. “O primeiro país que escolheram foi a França, o segundo o Brasil e o terceiro foi a Inglaterra e a Itália”, revelou Iván Ferrer Font. E como o sucesso do cliente é o sucesso da empre-
Os consultores da Auxadi fazem parte do Departamento Financeiro de uma empresa, atuando nas seguintes áreas: • Contabilidade & Reporting; • Consultoria & Cumprimento de Obrigações Fiscais; • Gestão de Recursos Humanos; • Fiduciários e Representação Fiscal.
sa, a Auxadi respondeu às solicitações. “Vamos abrir brevemente escritórios em Paris, depois vamos para o Brasil e, mais tarde, pretendemos chegar a Itália”, concluiu.
Crise é mudança
“Mas as mudanças têm de ser vistas com muita calma porque podem ser destrutivas”, garantiu o responsável. Quando estão mais asfixiadas, as empresas querem, a todo o custo, ir para o estrangeiro, não ponderando os riscos. “Esquecem-se da sua base que deve
ser sempre protegida. Manter a base é manter a qualidade, o serviço, o nome e nunca esquecer a realidade que os rodeia. Não devemos pensar que a solução so está fora do nosso país”, defendeu. O que existe em Portugal tem potencialidades. De mãos dadas com Espanha, este mercado ibérico poderá ser a ferramenta necessária para que ambos se afirmem como players de referência no cenário internacional. A Auxadi, há mais de trinta anos, deu o primeiro passo, continuando, hoje, a defender que Portugal e Espanha juntos têm “a força de mil homens”.
OPINIÃO GESTÃO DE ÓLEOS USADOS
Inês Diogo, Vogal do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente
Gestão de óleos minerais Os óleos usados são um “fluxo específico de resíduos”. As suas características de perigosidade e estado físico reclamam uma gestão específica no sentido de se salvaguardar a proteção da saúde humana e do ambiente.
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e acordo com a definição legal, são óleos usados quaisquer lubrificantes, minerais ou sintéticos, ou óleos industriais que se tenham tornado impróprios para o uso a que estavam inicialmente destinados. A título de exemplo, destacam-se os óleos usados dos motores de combustão e dos sistemas de transmissão, os óleos lubrificantes usados e os óleos usados para turbinas e sistemas hidráulicos. A adequada gestão de fluxos de resíduos visa assegurar a hieraquia de operações de gestão de óleos usados, ou seja a prevenção da sua produção, seguida da sua regeneração e de outras formas de reciclagem e, como último recurso, a valorização dos mesmos. Para o cumprimento deste objetivo, a gestão de óleos usados foi orientada sob a égide do “Principio da Responsabilidade Alargada do Produtor”, o qual atribui ao produtor do óleo novo a responsabilidade pelos impactes ambientais e pela produção de resíduos decorrentes do processo produtivo e da posterior utilização dos respetivos produtos, bem como da sua gestão quando atinjam o final de vida. Neste contexto, foi constituído um sistema integrado de gestão do fluxo para o qual é transferida a responsabilidade dos produtores mediante o pagamento de uma prestação financeira, gerido pela entidade gestora designada por SOGILUB – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda. À entidade gestora em causa encontram-se adstritas competências, vertidas na respetiva licença, nomeadamente de assegurar objetivos de gestão associados à recolha e valorização, de implementação de sistemas de controlo do fluxo, de promoção de campanhas de sensibilização e de estudos/projetos de investigação e desenvolvimento. O sistema integrado prevê a adequada articulação de atuação entre os vários intervenientes no ciclo de vida dos óleos, bem como a criação de um circuito de gestão que preconiza a recolha de óleos usados, mediante a solicitação do respetivo produtor, e o respetivo transporte, armazenagem, tratamento e valorização, desde que os mesmos reúnam as especificações técnicas necessárias à prossecução do cumprimento dos objetivos de gestão que lhe estão associados. A Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. enquanto entidade coordenadora do licenciamento, acompanha e monitoriza o sistema integrado de gestão de óleos usados a nível nacional. Esta monitori-
“A nível europeu muitos países valorizam o óleo usado através da regeneração e reciclagem, sendo que em 10 países, incluindo Portugal, esta valorização representa valores próximos e superiores a 80%, em relação aos vários destinos dados ao resíduo. Os óleos usados valorizados energeticamente apresentam em 7 países valores próximos e superiores a 60% dos destinos do óleo usado. No entanto, em 5 países o óleo usado ainda é encaminhado para eliminação (fonte: ANNEX to Draft Final Implementation Report For the Waste Oils Directive 75/439/EEC)”
zação permitiu aferir que, entre 2006 e 2010, ocorreu uma diminuição de 9 mil toneladas nas quantidades de óleos novos colocados no mercado. Assim, nos últimos anos, têm-se mantido as quantidades recolhidas bem como a regeneração e a reciclagem de óleos usados. A partir de 2008 a valorização energética da totalidade dos óleos usados foi substituida pela regeneração e outro tipo de reciclagem, cumprindo a hierarquia da gestão referida. O tratamento de óleos usados através da regeneração tem sido efetuado em instalações de outros países da UE, sobretudo em Espanha, visto que o nosso país ainda não apresenta capacidade instalada suficiente (havendo uma nova instalação em processo de licenciamento). Outros tipos de reciclagem são realizados tanto em Portugal como no estrangeiro. Relativamente a metas para este fluxo específico de resíduos, o desempenho da SOGILUB não permite por si só o cumprimento da meta nacional de recolha em 2010 (85% do óleo usado gerado). No entanto, é expetável que a meta nacional
seja cumprida tendo em conta o acréscimo de óleos usados recolhidos por operadores de gestão não pertencentes à rede de operadores da entidade gestora. Como referido, a partir de 2008 não se verificou encaminhamento de óleo usado tratado para valorização energética, tendo-se optado pela regeneração e reciclagem. consegue-se assim o cumprimento da meta de valorização da totalidade dos óleos usados. Foram apenas encaminhados para eliminação os resíduos resultantes do pré-tratamento do óleo usado (água e sedimentos), que representam em média cerca de 10% do óleo usado recolhido. No que se refere às novas metas introduzidas pelo novo regime geral dos resíduos de 2011, a meta de regeneração tornou-se mais exigente, devendo atingir 50 % dos óleos usados recolhidos até 31 de dezembro de 2011. A meta de reciclagem, por seu turno, passou para 75 % dos óleos usados recolhidos, passando a abranger a regeneração, o que não se verificava até o momento. As metas de recolha e de valorização mantêm-se.
Assim, a nível da regeneração é exigido um aumento significativo para se atingir a meta nacional, estando a entidade gestora a realizar esforços nesse sentido. Os resultados de 2011 encontram-se em análise pela APA, podendo-se já adiantar que no segundo semestre desse ano a entidade gestora aumentou consideravelmente a regeneração, através da contratualização de mais uma unidade para esse efeito, perspetivando-se desta forma o cumprimento desta meta em 2012. A nível europeu muitos países valorizam o óleo usado através da regeneração e reciclagem, sendo que em 10 países, incluindo Portugal, esta valorização representa valores próximos e superiores a 80%, em relação aos vários destinos dados ao resíduo. Os óleos usados valorizados energeticamente apresentam em 7 países valores próximos e superiores a 60% dos destinos do óleo usado. No entanto, em 5 países o óleo usado ainda é encaminhado para eliminação (fonte: ANNEX to Draft Final Implementation Report For the Waste Oils Directive 75/439/EEC).
CLUSTER DA PEDRA NATURAL
Filipe Palma, Presidente da Associação VALORPEDRA, em entrevista
“Temos de continuar a aproveitar o setor da Pedra Natural” Em entrevista à Revista Pontos de Vista, Filipe Palma, Presidente da Associação VALORPEDRA, revelou o verdadeiro potencial deste setor e a forma como o mesmo é fundamental para o país. Ao longo desta conversa ficamos ainda a conhecer as razões que levam Portugal a posicionar-se entre os primeiros dez produtores e exportadores de Pedra Natural a nível mundial, sem esquecer que para este ano está marcada a organização de um evento fundamental para o setor da Pedra Natural, o GLOBAL STONE CONGRESS 2012, a realizar em Portugal. Filipe Palma O setor da pedra natural atira Portugal para os dez maiores produtores e exportadores mundiais. A par desse reconhecimento, é ainda responsável por 1,5 por cento das exportações nacionais. A certificação da qualidade da pedra portuguesa é o próximo passo a assumir? O que está a ser feito nesse sentido? A certificação da qualidade da Pedra Portuguesa não é o próximo passo, mas já uma realidade. O Valorização da Pedra Natural, do Cluster da Pedra Natural, promovido em parceria com o CEVALOR, ANIET, ASSIMAGRA, ISEP, LNEG e UNIVERSIDADE DE ÉVORA, é uma aposta na certificação da qualidade da Pedra Natural Portuguesa como forma de apoiar as Empresas com argumentos competitivos de Mercado. A caracterização dos Granitos e Calcários, onde existia lacuna. Os mármores encontram-se todos caracterizados; Estamos empenhados em conseguir certificar a origem portuguesa da Pedra Natural, através da atribuição de Denominação de Origem Controlada, sendo a primeira experiência a nível mundial. A Marca STONE PT, que já se encontra construída e a ser implementada nas Empresas, e que além de certificar a qualidade da Pedra e Processos, irá certamente reforçar a imagem internacional do Setor. O grande objetivo do Cluster da Pedra Natural é a internacionalização, a sustentabilidade e a competitividade do setor. Qual é o papel da Associação Valor Pedra neste panorama? A VALORPEDRA é a Associação que gere as atividades do Cluster da Pedra Natural. O seu papel é de dinamizar parcerias e contribuir para que os eixos de competitividade sejam alvo de todas as iniciativas que possam ser consideradas estratégicas. Dentro do programa de ação definido em conjunto com as empresas e instituições para criar uma visão comum para o setor, quais são os principais obstáculos na concretização desses objetivos? Que ações estão planeadas para 2012? A crise tem sido o principal constrangimento, uma vez que se sentiu com intensidade no Setor da Pedra Natural. Contudo, Portugal mantém-se entre os primeiros dez produtores e exportado-
res de Pedra Natural, a nível mundial. Para 2012, a organização do GLOBAL STONE CONGRESS 2012, que será realizada em Portugal constituí-se como a ação mais importante. Além deste Evento, a VALORPEDRA tem ainda perspetivado a realização de uma Agenda 2015 – Estudo prospetivo das atividades do Cluster, e a internacionalização da Marca STONE PT.
O Global Stone Congress vai já na quarta edição. Borba será, este ano, palco de mais um encontro mundial entre os amantes e especialistas do setor da Pedra Natural. Para o arranque de mais um congresso, foi lançada uma palavra de ordem: originalidade. O que diferencia esta edição das anteriores? A grande distinção passa pelo seu conceito, uma vez que pretendemos e estamos empenhados em fundir a realidade das rochas ornamentais e industriais com o contexto social e o turismo. Para este desígnio, o GLOBAL STONE CONGRESS 2012 será itinerante entre algumas localidades no Alentejo: Borba (Sede do Congresso), Estremoz, Vila Viçosa e Évora, e ainda haverá um dia em que se farão visitas a fabricas, pedreiras e monumentos noutras regiões de Portugal. O Congresso aliará a sua vertente científica e tecnológica de elevada qualidade, a uma forte promoção da Pedra Natural (com visitas técnicas) e promoção do turismo, gastronomia, e cultura das regiões onde se realizará. Este conceito está a revelar-se de sucesso, não só pelo interesse demonstrado, mas principalmente pela adesão já registada no Congresso, que contará com profissionais e Empresários de pelo menos dez países. Depois de ter passado pelo Brasil, Itália e Espanha, foi a vez de Portugal acolher o Global Stone Congress. É no Alentejo que podemos encontrar o que melhor existe no setor da pedra natural? No Alentejo encontramos o Mármore, muito reconhecido internacionalmente. Por todo o país podemos encontrar o que de melhor se faz e existe em Pedra Natural, até porque somos um Setor que alia a qualidade da Pedra, a Empresas Inovadoras e Competitivas, que se encontram espalhadas de Norte a Sul de Portugal.
A escolha do Alentejo, além de oferecer (como noutras regiões) condições excelentes para atração de participantes, deveu-se ao facto do Centro Tecnológico da Pedra Natural - CEVALOR e a VALORPEDRA estarem sediadas em Borba e aqui existirem infraestruturas adequadas. Outro fator de relevância, foi o apoio do INALENTEJO, desde o primeiro momento à concretização deste evento em Portugal. Num mercado cada vez mais asfixiado, mercados como a China, o Brasil e os EUA são fundamentais para o incremento das exportações. Que desafios se colocam para o futuro da pedra natural?
O futuro da Pedra Natural será o de continuação da sua atuação diversificada nos Mercados Internacionais, aproveitando o know-how dos recursos humanos, a qualidade da nossa pedra e o apetrechamento tecnológico das nossas Empresas, que são a nível Europeu as mais evoluídas neste campo. Este é o caminho e olhando para as estatísticas (em que de ano para ano, o Setor da Pedra Natural tem sido o que regista mais crescimento em comercio externo), é o caminho de sucesso.
CLUSTER DA PEDRA NATURAL
Barloworld STET e o setor da Pedra Natural
Suprir as necessidades dos seus clientes continua a ser a missão da Barloworld STET “O setor da pedra natural é para a Barloworld STET um dos setores estratégicos”, afirma Sérgio Azevedo que considera ser necessário “apostar na indústria de maneira a que o país consiga aumentar as suas exportações” e acrescenta. “Estamos alinhados com os nossos clientes no que concerne à inovação tecnológica para aumentar a rentabilidade e a produção”
O setor da Pedra Natural tem vindo a tornar-se cada mais competitivo e dinâmico, o que tem conduzido a um maior investimento por parte de várias empresas direta ou indiretamente ligadas ao setor. A Barloworld STET, empresa que comercializa e distribui equipamentos de construção, está ciente disso e compromete-se a encontrar as melhores soluções de forma a ir ao encontro das necessidades dos seus clientes.
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Caterpillar (CAT), marca representada pela Barloworld STET e líder mundial no fabrico de equipamento para a construção, desde a sua origem que dispõe de uma variada gama de produtos de máquinas industriais concebidas para a operação em pedreiras, seja para a extração ou para o transporte da pedra natural, em especial Pás Carregadoras de Rodas, Escavadoras de Rastos e Dumpers Rigidos e Articulados. Sérgio Azevedo, Diretor Comercial da Barloworld STET desde 2011 explica. “Faz parte da nossa linha de produtos ter equipamentos para pedreiras, sejam de agregados ou de blocos, neste caso do setor industrial da pedra ornamental. São máquinas especialmente desenhadas para o transporte e para o arrancamento de blocos de pedra”. Para além da comercialização destes equipamentos, que no caso do setor da pedra representa cerca de 8% do volume de negócio da empresa, a Barloworld STET fornece também serviços após venda, através de soluções de manutenção e da assistência, contando para isso com uma vasta equipa técnica composta por 120 mecânicos espalhados por vários pontos do país. “A solução é criada à medida e dependendo das necessidades do cliente”, afirma o diretor comercial. Os clientes podem ainda recorrer ao serviço de assessoria como forma de ajuda na escolha do equipamento que melhor se adequa ao layout da pedreira e produção esperada, estes estudos prévios são efetuados no local de trabalho. A Barloworld STET realiza também ações de formação sobre técnicas de operação, manutenção e segurança, para os seus os clientes, permitindo a otimização da utilização dos equipamentos e
Sérgio Azevedo
“Faz parte da nossa linha de produtos ter equipamentos para pedreiras, sejam de agregados ou de blocos, neste caso do setor industrial da pedra ornamental. São máquinas especialmente desenhadas para o transporte e para o arrancamento de blocos de pedra”
redução dos custos de operação. Face à conjuntura de crise que o país atravessa, Sérgio Azevedo considera que é urgente apostar nas indústrias como motor de desenvolvimento para o futuro. “Se quisermos manter o país a produzir e aumentar as exportações, temos que apostar fortemente nas indústrias de extração”, afirma. A especificidade e a qualidade da pedra que pode ser encontrada em Portugal, como é o caso do granito, moca creme, lioz ou do mármore, é para o diretor comercial um fator chave para a sua internacionalização. “O setor da pedra natural é para a Bar-
loworld STET um dos setores estratégicos”, afirma Sérgio Azevedo que considera ser necessário “apostar na indústria de maneira a que o país consiga aumentar as suas exportações” e acrescenta. “Estamos alinhados com os nossos clientes no que concerne à inovação tecnológica para aumentar a rentabilidade e a produção”. Os clientes da Barloworld STET privilegiam o investimento em equipamento tecnologicamente evoluído com maior eficiência no consumo de combustível. Muitos deles tentam adaptar as suas frotas às suas necessidades e novos desafios, tendo como objetivo aumentar a sua produção e rentabilidade. A empresa tem apresentado aos seus clientes soluções avançadas a nível tecnológico com vista a reduzir consumos de combustível, a diminuir a emissão de gases de carbono, a otimizar a produção e a melhorar o conforto do operador. “O que nós podermos fazer para aumentar a produtividade dos nossos clientes, indo ao encontro dos
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seus objetivos, que é exportarem cada vez mais, estaremos cá para dar esse apoio”, realça Sérgio Azevedo. O Cluster da Pedra Natural, resultado da concertação estratégica entre diferentes atores que intervém neste setor tem como missão estabelecer uma estratégia de eficiência coletiva com base num plano de ação que contribua para a inovação nas empresas ligadas ao setor da pedra natural. Neste sentido, a Barloworld STET assume o compromisso de se manter ao lado dos seus clientes de modo a ajudá-los a melhorar o seu desempenho e a aumentar o seu volume de exportações. Sérgio Azevedo sabe que este Cluster “é forte e que o nosso produto tem excelente qualidade e muito boa reputação no estrangeiro”, mas considera que há ainda existe caminho a percorrer no sentido de uma maior afirmação da marca da pedra Portuguesa. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para suprir as necessidades desta indústria de forma a dinamizá-la tam-
bém”, conclui o diretor comercial. A Barloworld STET já esteve inclusivamente presente na Bienal da Pedra em Marco de Canaveses e na Feira da Pedra de Vila Pouca de Aguiar e frequentemente organizam demonstrações de equipamento. Com uma nova linha de produtos, como é o caso das pás de rodas série K, escavadoras serie E, e os novos camiões articulados serie B, a Caterpillar acentuou a inovação tecnológica dos equipamentos a nível industrial, através da introdução de novos motores que vêm responder às necessidades de redução da emissão de gazes cumprindo as normas europeias impostas. “Temos tecnologia nova, mais eficiente e isso leva-nos a investir mais em formação dos nossos técnicos para melhor respondermos aos nossos clientes”, confirma Sérgio Azevedo que acrescenta que o investimento também irá ser feito de forma a garantir a visibilidade dos novos produtos no setor da indústria extrativa das pedras ornamentais.
A Barloworld STET (Sociedade Técnica de Equipamentos e Tratores) foi fundada em 1961 após um processo de separação da empresa SMEIA. Desde 1992 que faz parte do grupo sul-africano Barloworld, sediado em Joanesburgo, presente em cerca de 30 países, espalhados pelos cinco continentes e no qual trabalham mais de 20 mil colaboradores. A sede da Barloworld STET é em Lisboa, mas tem filiais e concessionários no território português, na Maia, em Leiria, em Beja, no Algarve e nos Açores, em S. Miguel e uma sucursal em Cabo-Verde. Após completar 50 anos no ano passado, a Barloworld STET continua a cumprir a missão a que se propôs aquando da sua criação: proporcionar as melhores soluções em produtos e serviços a quem a procura através de valores como a focalização no cliente, o orgulho nas marcas que representa, a integridade, o profissionalismo, o espírito de equipa e a cidadania responsável.
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CARTÕES E MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÓNICO
Henrique Fonseca, Diretor de Serviços de Internet Móvel e Conteúdos da Vodafone Portugal, em entrevista
“O telemóvel assumirá um papel ainda mais importante no dia a dia das pessoas” O setor das telecomunicações assume-se como uma atividade em constante mutação e desenvolvimento, evoluindo a um ritmo bastante célere, sendo necessário, para fazer frente às exigências e necessidades dos consumidores, contribuir para que este dinamismo se mantenha e cresça. A Vodafone é o paradigma claro deste cenário, sendo uma marca de enorme prestígio e reconhecimento, vindo, desde sempre, a apostar nas principais tecnologias de ponta no setor das telecomunicações. A Revista Pontos de Vista conversou com Henrique Fonseca, Diretor de Serviços de Internet Móvel e Conteúdos da Vodafone Portugal, onde ficamos a conhecer as principais razões que convertem esta marca em um dos principais players deste setor de mercado a nível nacional e mundial, bem como a relevância da tecnologia NFC que promete agitar o mercado. Conheça mais.
Henrique Fonseca De que forma a tecnologia NFC pode alterar o modo de vida do consumidor? Que tipo de utilizações se pode dar a esta tecnologia? O setor de telecomunicações é um dos setores de atividade com maior dinamismo no mercado e as evoluções verificadas neste setor têm permitido verdadeiras revoluções na oferta de serviços móveis que alteraram o modo como atualmente interagimos na sociedade. E nós na Vodafone orgulhamo-nos de contribuir ativamente para este dinamismo. De comunicações de voz rapidamente
se evoluiu para comunicações de dados permitindo oferecer nos dias de hoje um vasto leque de serviços da internet através de um acesso ‘user frendly’, disponível em qualquer momento em qualquer lugar. Com o desenvolvimento desta tecnologia contactless aplicável aos telemóveis antevê-se um nova revolução neste setor, uma vez que ficam acessíveis vários serviços contactless com grande potencial para simplificar o modo como os clientes interagem nas suas diferentes atividades do seu dia a dia. Vão surgir alterações e oportunidades em áreas tão
vastas como os pagamentos, bilhética, acessos, fidelização, transportes, etc. em que o telemóvel vai surgir como alternativa aos meios tradicionais. O telemóvel assumirá um papel ainda mais importante no dia a dia das pessoas, descomplicando algumas atividades diárias do consumidor. Se hoje o telefone móvel já ‘acorda’ e se ‘deita’ connosco, com esta tecnologia tenderá a oferecer novas funcionalidades que o tornarão ainda mais indispensável para simplificar grande parte das necessidades do nosso dia a dia.
No entanto, até agora, esta tecnologia ainda não foi capaz de se impor, quer por razões de cariz técnico, quer de negócio. Quais são as principais falhas que ainda se verificam neste sistema? Uma das grandes expectativas desta nova tecnologia passa pelos pagamentos móveis, ou seja, a extensão natural da utilização do telemóvel assumindo novas funcionalidades, como as atuais funções do dinheiro e dos cartões bancários, permitindo uma utilização mais rápida, segura e cómoda por parte dos clientes. À medida que se fecham os standards da tecnologia e se criam as condições favoráveis a nível tecnológico, nomeadamente a disponibilidade de equipamentos no mercado, estão criadas as condições para uma transformação do processo atual de realizar operações financeiras e a forma como atualmente efetuamos os pagamentos. No entanto, para que qualquer solução se torne universal e se consiga implementar num mercado será necessário o envolvimento de todas as partes que interagem na cadeia de valor. Na nossa opinião, a cooperação entre o setor financeiro e de telecomunicações é a solução ideal para a consolidação e desenvolvimento de futuras soluções na área móvel, dado ambos acrescentarem valor aos sistemas de pagamentos. Veja-se por exemplo o serviço MB Phone (multibanco no telemóvel), resultado da parceria entre as entidades financeiras e os operadores móveis e disponível há vários anos em Portugal, permitindo a partir de um telemóvel efetuar diversas operações bancárias, como consulta de saldos e de movimentos, pagamento de serviços, carregamento do telemóvel, entre outras.
Que ameaças se associam ao pagamento por smartphone e NFC? O consumidor pode sentir-se seguro e protegido neste tipo de pagamento ou o mesmo ainda se encontra vulnerável a vários tipos de ataque? Atualmente os smartphones possibilitam aos clientes um acesso real à internet a partir do telefone, seja através do browser, que permite aceder aos sites da web (como sites bancários), seja
Pontos de Vista Abril 2012
através de aplicações criadas e definidas especificamente para o interface móvel e que melhoram a experiência de utilização dos serviços. Desta forma, a utilização de um smartphone que na prática está ‘online’ permite verificações quer da parte de instituições financeiras quer do utilizador final em tempo real, possibilitando a geração de alertas e avisos imediatos sempre que se detetem operações duvidosas. Esta realidade permite ainda que seja efetuada uma gestão remota dos meios de pagamento no equipamento, possibilitando, por exemplo, o barramento ou mesmo a eliminação de dados à distância em situações de perda ou furto. Com esta abertura ao universo da internet impõe-se a aplicação às soluções móveis das mesmas medidas de segurança aplicadas na internet, uma vez que os universos se tornam únicos, variando apenas no modo como acedemos a ela. Adicionalmente, a utilização destes serviços, através da rede dos operadores móveis, constitui um fator adicional de segurança, dado que as transmissões de informação são efetuadas numa rede fechada, encriptada e totalmente segura. Com a tecnologia NFC no telemóvel serão adicionalmente utilizadas as mesmas normas e padrões de segurança que atualmente são aplicadas aos cartões bancários, podendo mesmo este nível de segurança ser acrescido com o apoio dos operadores. Ao nível da segurança os operadores móveis também podem contribuir para a implementação de soluções mais seguras, não só pela sua capacidade de autenticação dos clientes como pela possibilidade de definição de novas variáveis que tornam os algoritmos de segurança ainda mais fiáveis. Acha que os portugueses estão recetivos a fazer pagamentos usando o telemóvel ou trata-se de um sistema que gera alguma desconfiança? Estudos efetuados em testes-piloto realizados por toda a Europa demonstram que existe uma forte apetência e aceitação em efetuar pagamentos através do telemóvel e que o utilizador está pronto para adotar este novo meio no seu dia a
dia. A cooperação entre bancos e operadores vai ser um fator crucial para afastar qualquer estigma de insegurança, uma vez que os clientes utilizam o seu banco e o seu operador móvel. Por outro lado, os pagamentos de conteúdos digitais via telemóvel já existem há bastante tempo e com bastante expressão. E serviços como o já referido MB Phone já há muito que permitem alguns tipos de pagamentos via telemóvel, concretamente como alternativa ao cartão de crédito numa série de sites na Internet. O que agora estamos a falar é de um sistema que permita massificar este tipo de pagamentos tornando-se uma real alternativa á nossa carteira.
E para não esperarmos pelo NFC, a Vodafone começou já a oferecer aos seus Clientes algumas das vantagens que se antecipam para esta tecnologia, tendo lançado comercialmente o serviço Vodafone m.Ticket em janeiro de 2012, com o qual é possível a partir de um tablet, smartphone ou telemóvel com acesso a dados, escolher, comprar, pagar e receber no telefone bilhetes eletrónicos que evitam a necessidade de passar na bilheteira e as filas de entrada. A aceitação que este nosso novo serviço está a ter é para nós mais uma evidência que os portugueses estão recetivos a estas evoluções tecnológicas que permitem acrescentar valor e simplificar o nosso dia a dia.
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O Vodafone m.Ticket é um sistema de venda de bilhetes eletrónicos, via telemóvel, que a Vodafone lançou pela primeira vez no Rock in Rio em 2010. Dado o sucesso da iniciativa, este serviço passou a ser a aposta da Vodafone para o acesso a festivais de música em Portugal, tendo sido utilizado no Vodafone Mexefest e agora no Rock in Rio 2012. O seu lançamento comercial ocorreu em janeiro de 2012 e passou a permitir aos portugueses a seleção, aquisição e receção de bilhetes de cinema através do telemóvel, assim como o acesso facilitado às mais de 200 salas de cinema da Zon Lusomundo em todo o País.
CARTÕES E MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÓNICO
Mailtec, um grupo empresarial onde a rapidez e a eficiência do serviço são o alicerce do trabalho
Integração do físico com o digital: o caminho está a ser trilhado No interior de qualquer empresa, a integração do físico com o digital assume-se como uma tarefa fundamental para acompanhar as exigências do mundo atual. Sabendo disso, a Mailtec tem focado a sua atividade no desenvolvimento de soluções integradas alavancadas em tecnologia, no sentido de facilitar a vida dos seus clientes. O serviço ViaCTT, em que a confidencialidade e a segurança são características da maior importância, vem responder aos desafios que o mercado tem lançado.
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rofissionalismo, rigor, segurança e eficiência. Quando se entra na Mailtec, todo o trabalho se resume a quatro parâmetros que são moldados com base num objetivo: satisfazer as exigências de comunicação daqueles que procuram os seus serviços. A explicação é simples. “Porque chegar com rapidez e eficácia aos seus clientes é uma necessidade básica e fundamental da empresa”. A Revista Pontos de Vista conversou com três profissionais que, em áreas distintas, contribuem, diariamente, para o sucesso da empresa: Nuno Soares, Presidente da Comissão Executiva, Sílvia Oliveira, Gestora de Projeto, e João Cunha Lopes, Diretor de Aplicações Empresariais. Criada em 1995, a Mailtec nasceu com a finalidade de prestar serviços de produção de correio em regime de outsourcing. Em 2005, com a aquisição pelos CTT, deu-se um salto enorme no rumo da empresa, reforçando a posição do grupo no mercado. Respondendo às solicitações de produção e gestão de grandes volumes de documentos das empresas, a Mailtec assumiu a lideran-
João Cunha Lopes, Sílvia Oliveira e Nuno José Soares ça no mercado nacional de produção de correio. Cerca de 500 profissionais constituem o núcleo da Mailtec, subdivididos por três empresas: Mailtec consultoria, Mailtec comunicação e Mailtec processos. “Este ano criamos uma maior homogeneidade no Grupo Mailtec, adotando um logótipo novo, mais integrado no Grupo CTT. Assim, a Mailtec processos faz Outsourcing de Processos de Negócio (BPO); a Mailtec comunicação dedica-se a soluções de comunicação multicanal e a Mailtec consultoria tem quase todas as suas atividades dedicadas à gestão da informação”, explicou Nuno Soares. Aliando uma rede física a uma plataforma informática de qualidade e confiança, a empresa, através de tecnologia de ponta, trabalha para que a comunicação dos seus clientes seja o mais eficiente, rápida e segura possível.
Confidencialidade como pedra de toque
Entre todos, reina um consenso quando se fala da necessidade das empresas disponibilizarem a informação nos canais mais adequados a cada cliente, adotan-
do uma lógica de comunicação multi-canal. “Ligamos à componente digital uma área de cobranças e gestão de cobranças, onde está inserida a faturação eletrónica”, elucidou Nuno Soares. No Grupo CTT, o fator confidencialidade é levado muito a sério e, como tal, incumbiu o Grupo Mailtec de criar o sistema ViaCTT, onde a segurança é superior ao circuito normal dos emails. Apesar das destacáveis vantagens, muitas empresas continuam muito “apegadas” ao papel. “Mas a tendência é que essa utilização decresça”, defendeu Sílvia Oliveira. No entanto o abandono total da componente física nem sempre é permitido por lei. “Mas a ViaCTT oferece aos clientes um arquivo digital. Se eu, como particular, receber em casa faturação, não preciso de fazer nada porque, dois anos depois, posso ver todas as cartas que recebi e que estão arquivadas automaticamente pela ViaCTT”, referiu Nuno Soares.
O que é a Via CTT?
Ninguém melhor do que João Cunha Lopes, Coordenador Técnico do Serviço, para explicar em que consiste o sistema. “É uma caixa postal digital, mas não é um
email. A plataforma está vocacionada para prestar serviços a particulares e a empresas. Existem funcionalidades específicas para cada um dos segmentos de mercado. Por exemplo, enquanto particular, se assim o entender, posso partilhar o meu correio ViaCTT com outros utilizadores do sistema. Sempre que o correio chega posso ser notificado por sms ou por email. É um sistema totalmente gratuito para o utilizador final enquanto recetor de correio digital”, referiu o responsável. “Um outro ponto importante prende-se com o facto de termos na ViaCTT entidades emissoras de correio que já enviavam informação digital para a Mailtec. No passado esta informação digital destinava-se exclusivamente à Produção Física. Com o advento da ViaCTT, e sem qualquer necessidade de alteração nos sistemas informáticos das entidades emissoras, a Mailtec passou a disponibilizar aos seus clientes uma oferta de distribuição multi-canal, onde um dos canais privilegiados é a ViaCTT.” Trata-se de um sistema onde através das melhores práticas tecnológicas, se privilegia a confidencialidade e a segurança. A plataforma atual foi integralmente desenvolvida em 2011 por uma equipa de Engenheiros da Mailtec Consultoria. “A nova plataforma provou já ser extremamente robusta e capaz de lidar com elevados níveis de tráfego. Em 2012, na sequência da legislação em vigor, registaram-se na ViaCTT todas as empresas Portuguesas bem com um número significativo de particulares (os sujeitos passivos de IRC bem como os sujeitos passivos de IVA). Nos últimos dias de registo houve um acesso extremamente elevado à ViaCTT, sendo que a plataforma não acusou quaisquer problemas técnicos. Eram estas as expectativas da Mailtec Consultoria, face ao elevado rigor na produção e teste do software base que suporta o sistema.”
Plataforma integrada de cobranças
Desenvolvida pelo Grupo Mailtec, esta plataforma é propriedade dos CTT e tem como objetivo disponibilizar às empresas a integração da informação nos seus documentos de cobranças, uma gestão unificada das referências de pagamento, prestação de contas e informação de detalhes do pagamento. Esta plataforma é usada em vários produtos desenvolvi-
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dos pela empresa, por exemplo, na solução de tratamento integrado de contraordenações (STICO) e na gestão do sistema comercial das águas (Cyclos).
Soluções integradas
Estas soluções foram desenvolvidas tirando o máximo partido de vários serviços do grupo CTT aliados a uma componente de desmaterialização de processos e desenvolvimento de sistemas de informação. O Cyclos, solução para entidades gestoras de Água e Saneamento, composta por uma solução inovadora de gestão comercial, oferece um conjunto alargado de serviços, que vão desde a Leitura de Contadores, Gestão Integrada de Cobranças, serviço de Call Center, entre outros, disponibilizados e configurados de acordo com os requisitos de negócio e estrutura de cada Entidade. O STICO automatiza toda a gestão do processo de contra ordenações desmaterializando os elementos processuais, que por lei ainda persistem em suporte físico e integrando com as entidades externas mais relevantes ao processo ANSR e IRN. Esta solução agiliza o processo contribuindo ativamente para a diminuição do sentimento de impunidade do cidadão.
“São duas soluções que utilizam várias áreas dos CTT. Na gestão do sistema comercial das águas, os carteiros são usados para lerem os contadores de água. No sistema de tratamento integral de contra ordenações a entidade acede a todas as informações do processo de uma forma desmaterializada”, referiu Sílvia Oliveira. Para a gestora de projeto, a Certificação Eletrónica Digital Qualificada também assume um papel de destaque em todo o trabalho desenvolvido na STICO. “Para que a desmaterialização seja possível, é necessário que os documentos sejam certificados de forma eletrónica. Assim, disponibilizamos na nossa aplicação essa possibilidade, ou seja, antes dos documentos em formato físico saírem, existe um PDF certificado pela entidade para validar”, explicou Sílvia Oliveira.
Solução para pagamento de portagens nas Ex-Scuts
Os CTT, em parceria com as Estradas de Portugal, apresentaram uma solução inovadora a nível Nacional. “Trata-se de um cartão pré-pago, com valor facial, onde consta um código pessoal. A pessoa que o compra, ao enviar a sua matrícula e o código do cartão, por exemplo por sms,
ativa o cartão e passa a ter um saldo correspondente ao valor desse mesmo cartão (acumulado com eventual saldo anterior). Assim, pode entrar em Portugal sem ter a necessidade de efetuar uma paragem para aquisição presencial ou automática de um título de viagem que permita a circulação nas ex-scuts”, explicou João Lopes. Paralelamente, será ainda desenvolvido um portal com informações relevantes sobre estas questões, que servirá como uma porta de entrada para quem visita Portugal e pretende saber que produtos e serviços estão disponíveis no âmbito das ex-scuts.
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Cabe à Mailtec Consultoria, na sequência do trabalho efetuado nesta área, implementar e desenvolver o software que suportará os serviços anteriormente descritos. Mais uma vez serão aplicadas as melhores práticas no desenvolvimento de software, tendo como objetivo um produto final de elevada qualidade, fácil de usar e extremamente seguro. Através de um vasto leque de serviços, em que a tecnologia é pedra de toque, a Mailtec comunica pelos seus clientes, com o máximo rigor e eficácia. São “parcerias de valor” que só existem quando há “confiança e fidelidade entre ambos”.
CARTÕES E MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÓNICO
Helena Rodrigues, Administradora e CEO da PayShop
Um aliado no momento de pagar as contas A empresa PayShop há muito que faz parte do quotidiano dos portugueses. Da tabacaria ao café da rua, a PayShop está lá no momento de pagar uma conta ou de carregar o telemóvel. Em tempos de crise, a empresa descomplica o dia a dia dos seus clientes, respondendo de forma imediata à “maior apetência por soluções de pagamento simples e eficazes”.
Dentro do vasto leque de serviços disponibilizados pela PayShop, qual é o que tem tido maior procura? Que explicação daria para esse facto? Destaco o serviço de carregamento de telemóveis como o de maior expressão no nosso perfil de pagamentos. O motivo prende-se, a meu ver, com a elevada proporção de telemóveis pré-pagos existente em Portugal, e com o facto de a PayShop ser um serviço fácil e inclusivo na medida em que está acessível a todos (bancarizados ou não, de qualquer faixa etária, dispensa registos ou adesões e não exige domínio de meios eletrónicos) pelo que toda a população pode usar o serviço.
A Rede PayShop abrange cerca de 4000 estabelecimentos comerciais, por todo o território nacional, desde tabacarias, papelarias, quiosques a supermercados. Que vantagens esta opção traz para as lojas? O que é necessário fazer para que um estabelecimento se torne num agente PayShop? Uma loja com PayShop diferencia-se das restantes pois tem serviços que as outras não têm. Saliento que estamos principalmente em tabacarias, papelarias, quiosques, minimercados, cafés.... ou seja, tipos de loja frequentes e para os quais, naturalmente, diferenciarem-se é relevante. O serviço atrai pessoas às lojas e gera vendas adicionais. Existe uma marca comum que une a rede. É importante notar que o público-alvo do serviço PayShop é a generalidade da população:
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É importante notar que o público-alvo do serviço PayShop é a generalidade da população: praticamente toda a gente tem telemóvel, os 5 milhões de lares têm contas para pagar, logo, grande parte da população tem um motivo para entrar numa loja que tenha PayShop Helena Rodrigues
praticamente toda a gente tem telemóvel, os 5 milhões de lares têm contas para pagar, logo, grande parte da população tem um motivo para entrar numa loja que tenha PayShop. Que o serviço gera tráfego e cross-selling adicionais é um facto demonstrado pela experiência que
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Presente em 99% dos concelhos nacionais, a PayShop veio revolucionar a área dos pagamentos, permitindo ao utilizador responder aos seus compromissos de uma forma simples e rápida. Que 1% vos falta preencher? Apenas muito poucos concelhos, e de menor expressão populacional. Contudo, dado sermos um serviço inclusivo, procuramos estar em todos os concelhos do país.
levamos nestes anos, bem como pela boa aceitação do conceito pelas lojas. Em geral, selecionamos e angariamos nós mesmos as lojas para a nossa rede. Mas qualquer loja se pode candidatar, através de um formulário que disponibilizamos em www.payshop.pt.
Em tempos de crise, que oportunidades e preocupações surgem para o setor?
Julgo que em tempos como os atuais há uma maior apetência por soluções de pagamento simples e eficazes, como, por exemplo, as oferecidas pela PayShop. Mas também no setor bancário se assiste a uma menor complexidade na oferta de serviços financeiros, com maior foco em fontes de rentabilidade tradicionais. Por outro lado, há uma maior pressão sobre o setor financeiro para rentabilizar investimentos, o que pode adiar a entrada em funcionamento de modelos de pagamento alternativos, de rentabilidade menos evidente.
Decorridos cerca de doze anos desde que foi criada a PayShop Portugal, qual foi a maior dificuldade em implementar o serviço no país? O facto de passarem a ser uma instituição de pagamento aprovada pelo Banco de Portugal impulsionou a vossa visibilidade? A maior dificuldade não foi angariar clientes ou lojas para a rede, como previmos ao início. Foi, antes, dar a conhecer à população a existência da nossa proposta de pagamento. À época sem disponibilidade financeira para fazermos uma campanha de comunicação nacional, fomo-nos dando a conhecer de forma gradual mas sistemática: nas faturas a pagamento, nos cartazes nas lojas, em ações locais... Em resultado, a partir do segundo ano completo de serviço disponível (ou seja, em 2004) os níveis
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de reconhecimento e utilização do serviço dispararam, até atingirem os cerca de 4.5 milhões de pagamentos por mês que fazemos hoje. Desde 2011 que somos uma Instituição de Pagamento aprovada pelo Banco de Portugal. Esta licença passou a ser necessária, no final de 2009, para prestar o tipo de serviços de pagamento que a PayShop presta. Sem dúvida que, desta forma, oferecemos ainda mais segurança e credibilidade aos nossos clientes e utilizadores, as quais, contudo, já tínhamos comprovado anteriormente. Ficámos muito agradados com a criação deste tipo de instituição financeira, que dignifica o serviço e obriga ao cumprimento de normas específicas para uma atividade que exige uma grande responsabilidade e ética empresariais, na medida em que intermedia fundos de terceiros. “Maximizar o negócio, otimizar investimentos, rentabilizar operações, efetuar um maior controlo do risco e fidelizar clientes”. Estes são alguns dos temas discutidos no Congresso dos SmartCards em Portugal. O que nos pode adiantar acerca da décima edição do evento?
Parece-me uma edição com uma agenda muito focada, pragmática e que levanta diversas das questões relevantes no setor dos cartões e meios de pagamento, com particular ênfase nos pagamentos móveis. Como equilibrar a inovação com o investimento e a rentabilidade? São questões muito bem colocadas, e para as quais certamente esta edição vai contribuir para clarificar.
Com o crescente desenvolvimento das aplicações tecnológicas, levantam-se algumas questões relativas à segurança inerente aos meios de pagamento. Para que aspetos os utilizadores devem estar mais consciencializados? Quais são os maiores perigos? Os meios de pagamento eletrónicos são, a meu ver, seguros, desde que os utilizadores cumpram as recomendações de segurança, sobretudo quando os utilizam na internet. Não há meios de pagamento seguros sem utilizadores conscientes e cuidadosos. A confidencialidade dos pagamentos também é um aspeto que os utilizadores devem ter em atenção. Já são dez anos a realizar o Congresso Anual de Cartões e Meios de Pagamen-
to. Como descreve a evolução deste setor em Portugal? De que forma as inovações tecnológicas vieram dar um impulso à atividade? Portugal é, já desde há alguns anos, um país com uma elevada taxa de bancarização e de posse e utilização de cartões. Ainda assim, houve espaço para o aparecimento de uma proposta de pagamento em dinheiro simples, conveniente e universal, como a nossa. Julgo que os diferentes meios de pagamento se completam, não se excluem. O nível de inovação tecnológica neste setor no nosso país é muito elevado.
Desde 2007 que a PayShop assumiu o seu papel de responsabilidade social, através de um serviço que permite que as pessoas doem um valor simbólico que será creditado a instituições. Apesar do momento difícil que muitas famílias atravessam, o espírito solidário continua bastante presente? Penso que sim, na medida em que somos permanentemente procurados por novas instituições para campanhas de solidariedade com o nosso modelo, que tornou os donativos acessíveis a todos.
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Para 2012, o que é que podemos esperar da PayShop? A PayShop procurará trazer aos portugueses, ao retalho e às empresas, mais serviços de pagamento com os valores que são a nossa identidade: simples, universais, convenientes e eficazes, e que em simultâneo criem valor acionista, tanto ou mais relevante no contexto de privatização que se avizinha.
O que é a PayShop?
Trata-se de um serviço que permite o pagamento de várias contas, como: telefone, eletricidade, água, gás ou TV por cabo. Além disso, permite o carregamento de telemóveis e títulos de transporte, pagamento de compras efetuadas na internet ou donativos. Está presente em mais de 4000 agentes distribuídos por todo o país.
SETOR AUTOMÓVEL - SEGURANÇA RODOVIÁRIA
Luís Cardoso, Diretor Coordenador do Serviço ao Cliente da Liberty Seguros
Pela Protecção dos Valores da Vida Sensibilizar os utentes das estradas portuguesas para a segurança rodoviária tem sido um dos focos do trabalho desenvolvido pela Liberty Seguros. Através de mensagens simples, pretendem dar o seu contributo para a diminuição de números que, apesar de terem diminuído, continuam a ser preocupantes. A Segurança Rodoviária tem sido, ao longo dos últimos anos, uma pedra de toque na estratégia de comunicação da Liberty Seguros. As vossas campanhas de sensibilização têm contribuído para a redução da sinistralidade? Temos apostado muito na sensibilização da sociedade no tema da Segurança Rodoviária, em linha com a nossa de missão de zelar Pela Proteção dos Valores da Vida. Certamente que a nossa ação tem sido positiva e tem contribuído para a prevenção de acidentes em geral, contudo, não há forma de medir o impacto direto das campanhas, uma vez que não sabemos quantos acidentes contribuímos para evitar. Cada vez mais, as campanhas publicitárias e sensibilizadoras escapam ao olho atento do público final, que, simplesmente, tende a não valorizar estes conteúdos. Na Liberty Seguros o que é feito para contrariar esta tendência? As vossas campanhas têm um toque especial? É preciso procurar novas formas de levar as mensagens às pessoas. Nós apostámos na campanha “Eu respeito a estrada” no facebook (https://www. facebook.com/eurespeitoaestrada), e temos recebido muito feedback dos fãs. Atingimos quase 23.000 fãs num ano, e há um grande interesse em comentar os posts. Penso que não podemos apostar em campanhas unidirecionais, vivemos na época da partilha da informação e do poder dos consumidores. As campanhas só podem ser bem sucedidas se eles tiverem a oportunidade de se interessarem e de ter uma voz ativa.
“Em tempos de crise as pessoas preocupam-se menos com a segurança e mais com a sobrevivência”
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São as pequenas decisões que tomamos todos os dias que podem fazer a diferença. Pôr ou não pôr o cinto, verificar ou não se a cadeirinha do bebé está bem instalada, reduzir ou não para a velocidade regulamentar quando se passa numa localidade, decidir ou não ultrapassar numa situação arriscada
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No momento em que se planeia uma campanha de sensibilização sobre prevenção rodoviária, que elementos são tidos em linha de conta? Pretendemos sobretudo conseguir chegar às pessoas com uma mensagem simples que mude efetivamente comportamentos ao volante. São as pequenas decisões que tomamos todos os dias que podem fazer a diferença. Pôr ou não pôr o
Luís Cardoso
Pontos de Vista Junho 2012
cinto, verificar ou não se a cadeirinha do bebé está bem instalada, reduzir ou não para a velocidade regulamentar quando se passa numa localidade, decidir ou não ultrapassar numa situação arriscada. Em 2011, foi lançada uma campanha que estimula os portugueses a adotarem uma atitude mais cívica nas estradas. Estamos a falar da Campanha “Eu Respeito a Estrada!”. Os portugueses respeitam as estradas ou, pelo contrário, em muitos casos, as condições das estradas não são as mais respeitáveis?
Pelos números de vítimas mortais de 2011 (698), de feridos graves (2436) e ligeiros (quase 40.000), os portugueses não respeitam a estrada. Estamos a meio da tabela dos países europeus em termos de fatalidades. Tem-se conseguido uma redução importante do número de vítimas, mas ainda há muito a fazer. A sinistralidade rodoviária continua a não ter o destaque que merece. Curiosamente, quando comparamos o número de vítimas de colisões com as vítimas de criminalidade violenta, por exemplo, aqueles são cerca de 5 vezes mais, mas o destaque vai sempre para os crimes violentos. Pode-se discutir sempre se a sinistralidade é uma questão de condutores ou de vias, e sem dúvida que há muitas vias com traçados mal feitos, mal sinalizadas, mal iluminadas, etc. Há aí muito a fazer nesse campo. Chamo a atenção em particular para a marcação das passadeiras nas cidades, Temos muitos mortos que podiam ser evitados se as passadeiras fossem mais visíveis. Mas não podemos esquecer que a via está sempre lá, é o condutor que tem que tomar cuidado. O poder de dirigir a viatura é dele, é ele que decide de que forma o faz. “Acidentes em tempo de crise” é a mote para o III Congresso Prevenir e Reparar, que se realizará no próximo dia 1 de junho. Que mensagem será transmitida? Mesmo em tempo de orçamentos reduzidos, compensa investir em prevenção. Esta é a mensagem principal. Os custos associados aos acidentes de viação, domésticos e de trabalho são demasiado grandes para serem ignorados. Não estou a falar apenas do custo direto suportado pelas seguradoras, que muitas vezes nem sequer é o maior. Ha muitos custos indiretos suportados pelas famílias, pelas empresas e pelo Estado: a assistência, os hospitais, a intervenção das entidades policiais e judiciais, o custo de imobilização e de substituição do trabalhador para as empresas, o custo para as famílias de se verem privadas de uma fonte de rendimento, etc. Fazendo jus à temática do congresso, em tempos de crise há uma maior ou
menor consciencialização para os perigos rodoviários? Dada a conjuntura atual, a Liberty Seguros alterou a sua estratégia de sensibilização? Eu diria que é menor. Aquilo que sentimos na nossa atividade é que em tempos de crise as pessoas preocupam -se menos com a segurança e mais com a sobrevivência. Notamos que há menor cuidado com o estado da viatura, menos investimento na segurança dos trabalhadores (não podemos esquecer que uma parte significativa da sinistralidade de acidentes de trabalho é derivada de acidentes de viação), e até o crescimento de casos de uso de substâncias que alteram as capacidades
cognitivas, como o álcool e as drogas. Em face disto, a Liberty Seguros está a reforçar a sua comunicação em volta da segurança das pessoas e das famílias. É uma das razões que nos leva a organizar novamente o Congresso Prevenir e Reparar: Acidentes em tempo de crise, que terá lugar no dia 1 de junho na Culturgest.
Para a Liberty Seguros, “o negócio segurador faz-se de pessoas e com pessoas”. É esta personalização que vos diferencia da concorrência? Sem dúvida. Somos uma empresa que vive das pessoas e para as pessoas. Não podemos ignorar que temos que ser
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“Pode-se discutir sempre se a sinistralidade é uma questão de condutores ou de vias, e sem dúvida que há muitas vias com traçados mal feitos, mal sinalizadas, mal iluminadas, etc. Há aí muito a fazer nesse campo” rentáveis para poder sobreviver, mas acreditamos firmemente num papel ativo na sociedade, procurando que as pessoas tenham vidas mais seguras. Por isso nos envolvemos em centenas de atividades de responsabilidade social nacionais e locais em cada ano.
No ano passado, cerca de cinco mil acidentes de viação ocorreram em Portugal envolvendo viaturas sem seguro. Com o aumento das dificuldades financeiras, a tendência é que esta situação se agrave? Os dados que vão sendo divulgados quanto ao número de veículos sem seguro apontam nesse sentido. O seguro é uma das despesas que as famílias cortam quando se veem em dificuldades. Quais são os principais produtos e serviços apresentados pela Liberty Seguros no âmbito do seguro automóvel? O nosso produto chama-se Liberty Auto e oferece uma proteção completa, com inúmeras coberturas destinadas a proteger os veículos e seus ocupantes na grande maioria das situações que podem ocorrer. Temos, por exemplo, uma cobertura de Assistência em Viagem muito extensa. E temos um produto especial, que é o Proteção Plus, que permite localizar as viaturas em caso de roubo ou carjacking.
Prémio Excelência no Trabalho 2011/2012
Pelo segundo ano consecutivo, a Liberty Seguros em Portugal recebeu o Prémio Excelência no Trabalho 2011/2012. Como é fazer parte da melhor grande empresa para trabalhar no país? É um grande orgulho e também uma grande responsabilidade. Temos um ambiente de trabalho que é uma ilha de tranquilidade e prosperidade no meio de uma crise violenta. Como um dos diretores da companhia, sinto uma responsabilidade acrescida por fazer com que continuemos assim...
Para 2012, que ações estão a ser delineadas? Seria difícil enumerar todas as ações que estão a ser preparadas ou já a ser levadas a cabo. Somos uma empresa muito dinâmica, nunca paramos... mas dentro do âmbito da sinistralidade rodoviária, saliento um programa de treino para colaboradores, chamado “Liberty Segura”, que visa fazer de cada um condutor exemplar. É o primeiro ano que estamos a desenvolver este programa e vamos certamente continuar nos anos seguintes.
SETOR AUTOMÓVEL - ROTULAGEM DE PNEUS
Jose Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental Pneus (Portugal), S.A., afirma
“O consumidor irá dar importância à nova etiqueta de pneus”
Jose Luis de la Fuente
“A Continental apoia a introdução da regulamentação relativa à etiqueta europeia para pneus. É uma medida que fazia falta num mercado, onde grande parte dos consumidores está mal informado”, afirma Jose Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental Pneus (Portugal), S.A., em entrevista à Revista Pontos de Vista, onde ficamos a conhecer alguns dos desafios que se colocam a uma das marcas de maior prestígio em Portugal e além-fronteiras. situada em Vila Nova de Famalicão, que é uma das mais avançadas a nível mundial, sendo considerada um modelo dentro do nosso Grupo e mesmo fora dele, tendo sido premiada por entidades a nível nacional e que continua a ser alvo de investimentos. Para a Continental Pneus, a aposta no mercado português é bastante forte, e prova disso, é o facto de continuarmos a apostar num centro de decisão em Portugal, pois consideramos que dessa forma, estamos melhor preparados para dar resposta às necessidades dos nossos parceiros de negócio. O que podemos esperar de novidades de produto por parte da Continental para este ano? A nível de produto acabámos de lançar
o ContipremiumContact 5, um pneu fundamental dentro do nosso portfólio de produtos para veículo ligeiros, vocacionado para o conforto de condução, que vem completar a gama “5”, do qual já faziam parte o ContiEcoContact 5, orientado para baixos consumos, e o ContiSportContact 5 e 5P, orientados para uma condução desportiva. Acaba de ser implementada a nova rotulagem estandardizada para pneus a nível europeu. A Continental apoia esta nova regulamentação? Era uma lacuna existente no setor? A Continental apoia a introdução da regulamentação relativa à etiqueta europeia para pneus. É uma medida que fazia falta num mercado, onde grande
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Penso que o consumidor irá dar importância à nova etiqueta de pneus, pois terá ao seu dispor uma forma simples de o ajudar a entender, três dos critérios relevantes no desempenho de um pneu
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Quais são os principais desafios de futuro da Continental Pneus? Apesar da crise, está otimista num ano de 2012 positivo para a marca? Apesar da crise, o nosso objetivo, passa por consolidar a nossa posição no mercado português, ganhando quota de mercado. A nossa aposta passa por alcançar a liderança de mercado, de forma sustentada, criando valor acrescentado para os nossos parceiros de negócio. Embora focalizados na marca Continental, sustentamos o crescimento do Grupo Continental, com o suporte de outras marcas, entre as quais destaco a Mabor, uma marca de origem portuguesa com um grande reconhecimento por parte dos consumidores. Recordo que a Mabor deu origem à Continental Mabor, a nossa indústria de pneus
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“Para a Continental Pneus, a aposta no mercado português é bastante forte, e prova disso, é o facto de continuarmos a apostar num centro de decisão em Portugal, pois consideramos que dessa forma, estamos melhor preparados para dar resposta às necessidades dos nossos parceiros de negócio” parte dos consumidores está mal informado. No entanto, para nós, no desenvolvimento de pneus, são tidos em conta mais fatores, para além daqueles que estão mencionados na etiqueta.
A nova regulamentação assume que a partir de 1 de novembro todos os pneus dos veículos ligeiros de passageiros e dos veículos comerciais ligeiros e pesados à venda no mercado terão de estar acompanhados de pictogramas de compreensão fácil e universal indicando o respetivo desempenho em relação a três parâmetros (eficiência energética, a aderência em piso molhado e ruído de rolamento externo dos pneus). Que vai mudar depois da implementação desta nova regulamentação? A primeira consequência é que os consumidores vão finalmente ter à sua disposição, uma informação objetiva sobre três critérios importantes no desempenho de pneus, que os irá ajudar a decidir a melhor opção, não tendo só em conta o fator preço. Por outro lado, permitirá definir claramente quais são as marcas que oferecem ao consumidor um desempenho à altura do que se espera de um produto fundamental como são os pneus, tornando mais evidente quem são os fabricantes com maior capacidade para enfrentarem este novo desafio.
Até que ponto é que a nova etiqueta dos pneus mudará as condições de produção? A Continental, não muda as suas condições de produção, só porque irá passar a existir uma etiqueta de pneus. Os nossos produtos já há muito são desenvolvidos, tendo por base um grande investimento em pesquisa, desenvolvimento e utilizando as mais modernas tecnologias de produção. A prova disso, é que somos líderes de mercado em Equipamento de Origem na Europa, o que demonstra bem a confiança que os maiores construtores automóveis depositam nos nossos produtos. Na sua opinião, crê que as pessoas irão ter em atenção a informação contida nas novas etiquetas dos pneus? Darão a devida importância a essa informação? Deverão ser promovidas iniciativas neste domínio? Penso que o consumidor irá dar importância à nova etiqueta de pneus, pois terá ao seu dispor uma forma simples de o ajudar a entender, três dos critérios relevantes no desempenho de um pneu. A Continental, já iniciou há bastante tempo, a divulgação da informação sobre a nova etiqueta de pneus, através da distribuição de informação junto
dos seus agentes. Este esforço também foi feito junto de alguns orgãos de comunicação, que foram convidados para a apresentação internacional de um novo pneu da Continental, tendo a ocasião sido aproveitada para introduzir o tema da nova legislação sobre a etiqueta europeia de pneus. Vamos também disponibilizar informação sobre este tema nos nossos meios digitais em www.continental.pt e em www.facebook.com/ ContinentalPneusPT
De que forma é que este facto permitirá que os consumidores, gestores de frota e utilizadores finais façam uma escolha informada quando adquirirem novos pneus? Será uma ajuda importante, no entanto, a posição da Continental é que a imposição da nova etiqueta de pneus, embora positiva, nunca poderá substituir os testes de pneus, onde podem ser avaliados em média 14 a 18 critérios, enquanto na etiqueta são medidos apenas três. Os
testes são de facto, uma boa base para o consumidor que deseja ter mais e melhor informação antes de uma tomada de decisão, para além disso, a Continental, geralmente fica nos lugares cimeiros nos testes independentes, realizados por orgãos de comunicação da especialidade. A inovação e a tecnologia têm sido dois vetores fundamentais no domínio da orgânica da Continental. Neste âmbito, qual a relevância dada pela Continental na vertente de I&D (Investigação e Desenvolvimento)? Possuem um departamento especializado neste setor?
A vertente de I&D é fundamental nesta área, especialmente para uma marca de topo como é a Continental, como tal, temos um departamento dedicado exclusivamente a esta área. Anualmente o Grupo Continental, investe bastante, não só em equipamento, mas também em recursos humanos, nomeadamente nas diversas áreas da engenharia associadas ao desenvolvimento e produção de pneus.
Ao nível de I&D, que análise faz do momento? Acredita que vivemos um período de grande inovação tecnológica na área dos pneus? A inovação tecnológica e o desenvolvimento de novos produtos estão em alta, uma vez que os consumidores estão cada vez mais exigentes. A Continental neste campo, tem uma particularidade que a destaca dos seus principais concorrentes, uma vez que para além de fabricante de pneus, é também fabricante de outro tipo de componentes para automóveis, como por exemplo sistemas eletrónicos de travagem, e este “know-how” permite-nos ter uma visão global do automóvel e tirar partido das vantagens daí resultantes, como seja compreender e testar “dentro de portas” a interligação entre o comportamento dos pneus em conjugação com outros sistemas de segurabnça ligados à roda e assim maximizarmos o desempenho global de todos estes equipamentos.
BATERIAS USADAS
GVB - gestão e valorização de baterias, Lda.
Baterias usadas em boas mãos Precisa de trocar a bateria do seu carro e não sabe o que fazer à antiga? Conheça o percurso das baterias desde que são colocadas no mercado até serem recicladas, com total respeito pelo ambiente.
U
ma vez em bom estado e em funcionamento, as baterias dos automóveis ou industriais não apresentam geralmente qualquer tipo de risco. O grande perigo surge quando são descartadas incorretamente, como é o caso de danos ambientais e para a saúde humana resultantes do derrame do eletrólito contido no interior dessas baterias. Em Portugal existe legislação específica que define a forma como as baterias novas são introduzidas no mercado e, sobretudo, as normas associadas à recolha, armazenagem e reciclagem dessas baterias quando transformadas em resíduo. A GVB (Gestão e Valorização de Baterias, Lda.) é uma das principais entidades gestoras a atuar nesta área. Para o Diretor Geral, Fernando Moita, quando se fala em baterias usadas “estamos na presença de um resíduo altamente valorizado uma vez que o chumbo é o seu principal constituinte, e essa valorização influencia decisivamente a forma como se organiza todo o sistema integrado de recolha, transporte, armazenagem e reciclagem das baterias usadas. Do ponto de vista do consumidor final, essa influência começa na fixação do Ecovalor pago na aquisição de uma bateria nova e termina na valorização da bateria usada entregue quando adquire a bateria usada. Este último é muito superior ao primeiro”, explica.
Fernando Moita E o ambiente também beneficia de forma muito significativa. “É também esta elevada valorização que explica porque não se vêem baterias usadas abandonadas na natureza”, acrescenta.
Como funciona o circuito?
O circuito de gestão de baterias está dividido em dois planos, o das baterias novas e o das usadas. A GVB, enquanto entidade gestora, tem parcerias com empresas de ambos os planos. O primeiro está relacionado com aquilo que é convencionalmente conhecido como
a responsabilidade do produtor (ou importador), ou seja, aqueles que vendem as baterias novas no mercado, e no segundo plano estamos no domínio dos detentores de baterias usadas e dos operadores de gestão de resíduos. É ao nível da comercialização das baterias novas que o produtor/importador introduz o Ecovalor, adicionando-o ao valor da bateria para que seja posteriormente repercutido ao longo da cadeia de comercialização até ao consumidor final. Na prática, numa primeira fase o produtor/importador paga à GVB o Ecovalor associado às baterias vendidas, Ecovalor esse que acabará por ser pago mais tarde pelo consumidor final. “Ao aderirem à GVB, os produtores/importadores beneficiam dos Ecovalores mais competitivos do mercado em praticamente todos os tipos de baterias automóveis e industriais, benefício esse que é também partilhado com os seus distribuidores e clientes”, informa Fernando Moita. “É com estas receitas do Ecovalor que a entidade gestora põe a funcionar todo o sistema integrado de gestão, o qual assenta fundamentalmente em dois grandes pilares – o sistema de informação e a rede de recolha – e é complementado com investimentos em comunicação e em investigação em projetos de melhoria dos circuitos de gestão e logística e de melhoria dos processos de reciclagem das baterias”, explica. Em termos operacionais, a GVB tem de assegurar que há locais onde podem ser entregues as baterias usadas, os chamados pontos de recolha, e que todas as baterias usadas recolhidas são devidamente canalizadas para os recicladores. A rede de pontos de recolha da GVB está espalhada a nível nacional, incluindo Açores e Madeira, e é constituída por distribuidores
e operadores de gestão dos resíduos que otimizam a logística da recolha, armazenagem e transporte para reciclagem das baterias. Quanto aos recicladores, a GVB privilegia o trabalho com a Exide Technologies Recycling II, o único reciclador português, de forma a garantir “que esta tecnologia permanece em Portugal, o que é seguramente uma vantagem para o sistema e para o país”, afirma Fernando Moita. Em cada ano, as metas que a GVB tem de atingir em termos de recolha estão indexadas às baterias que “entram” no mercado no mesmo ano. Isto resulta do facto de se ter convencionado que “uma bateria nova dá sempre origem a uma bateria usada”. É esta relação direta entre baterias novas vs baterias usadas que permite estabelecer metas de recolha, as quais, no caso da GVB, têm vindo a aumentar progressivamente, traduzindo, desta forma, a cada vez maior exigência para o funcionamento do sistema. Se em 2010 a meta de recolha foi de 80 por cento e no ano seguinte de 82 por cento, em 2012 as expectativas estão nos 85 por cento. Em Portugal, há cinco entidades gestoras a operar ao nível da gestão e valorização das baterias. A GVB foi a última a estabelecer-se, em 2010, num mercado que já estava de certa forma preenchido. Ainda assim, os resultados têm sido muito positivos – até ao momento já foram recicladas mais de 10.000 toneladas de baterias usadas – e, em 2012, Fernando Moita espera atingir, pela primeira vez, a meta de recolha que está fixada na licença da empresa. Resta dizer que uma vez recicladas, os componentes das baterias, compostas essencialmente por chumbo e outros metais, em menores percentagens, e plásticos, são reutilizados, dando origem, na maior parte dos casos a novas baterias.
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DESTINOS DE SONHO
Monte da Quinta Resort
Um segredo no coração do Algarve Com características únicas, o Monte da Quinta Resort representa a excelência, a elegância e o bem-estar em pleno, estando localizado num espaço amplo e verdejante, proporcionando privacidade e tranquilidade com os serviços exclusivos de um hotel de elevada qualidade.
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rivilegiadas pelas suas áreas e por uma excelente luz natural, as Suites e Moradias do Monte da Quinta Resort estão mobiladas com estilo, uma decoração sóbria e de tons claros que apaziguam o olhar e os sentidos. O segredo existente no coração da Quinta do Lago, no Algarve, só pode ser descoberto por quem por aqui passa, sendo um segredo partilhado por poucos, pois reúne o que de melhor o Algarve tem para oferecer.
Românticos, luxuosos ou exóticos, as oportunidades de se instalar num espaço absolutamente portentoso e admirável são extraordinários quando a sua escolha recair sobre o Monte da Quinta Resort. A elegância, beleza e distinção apresentam-se como o principal cartão de visita do Suite Hotel e do Monte da Quinta Club, um aldeamento turístico de luxo, com villas e moradias geminadas de grande qualidade, onde a decoração perpetua as delícias do mais exigente visitante, proporcionando uma férias
de sonho, onde podemos alcançar a quimera interiorizada por cada um de nós. Um espaço a não perder, uma visita para recordar. Segurança, exclusividade e conforto são três das principais características que aqui vivemos, onde, a cada instante e cada detalhe foi tido em conta, criando uma atmosfera única e mágica para a sua estada e que se enche de brilho com os elevados padrões de decoração. Idealizado para se evidenciar entres os demais, retratando a harmonia e a elegân-
cia que farão as delícias de qualquer um. Com 132 suites de um, dois e de três quartos, o Monte da Quinta Suites foi edificado numa envolvente de tranquilidade e bem-estar, onde poderá usufruir da familiaridade e conforto do seu lar, tendo como complemento os serviços de renome e prestígio qualitativo, reconhecidos por todos, do Monte da Quinta Mas as escolhas não se ficam por aqui. Se prefere mais espaço, pode ainda optar pelas luxuosas moradias de traça tradicional do Monte da Quinta Club,
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mentar e saborear, em que o seu corpo com certeza irá agradecer. Congregando conhecimentos e terapêuticas milenares, com técnicas e terapias atuais, o spa representa de uma forma profunda a harmonia do ambiente aqui sentido, que através da delicadeza e amabilidade dos colaboradores deste espaço, retrata a energia positiva e equilibrada que lhe permitirá a busca e o encontro com o el dorado do ser humano, estabelecendo um equilíbrio do seu corpo, mente e espírito.
Momentos que perdurarão na memória
onde cada casa foi decorada ao pormenor, garantido exclusividade e conforto para as suas férias de sonho. O Monte da Quinta Club providencia moradias geminadas de dois ou de três quartos e villas de três a cinco quartos, todas elas climatizadas e com piscina e jardins privados. Abrangendo diversos e distintos conceitos, o Monte da Quinta Resort oferece-lhe ainda um luxuoso spa e um health club, sendo outra das magnificências e sumptuosidades que podem experi-
Aqui pode ainda encontrar um espaço para os petizes, denominado por Kids Club, O Mundo da Criança, a poucos metros da piscina, onde envolvidos num ambiente paradisíaco e convidativo, os mais novos podem entrar no mundo da diversão e entretenimento, alimentando a sua imaginação, correrias e tropelias características dos mais novos. Quando falamos de crianças, as diabruras e traquinices emergem imediatamente como o sol resplandecente surge no maravilhoso Algarve, e por isso a segurança no Kids Club não é descurada, existindo a
garantia que os seus filhos ficarão bem entregues, pois todos os monitores do espaço fazem do profissionalismo e qualificação a sua forma de estar. As atividades são inúmeras, para crianças dos seis meses aos 12 anos, onde pode deixar as crianças e aproveitar as regalias colocadas à sua disposição, usufruindo dos programas que o Monte da Quinta Resort lhe proporciona. Sim. Aqui há um vasto leque de atividades para desfrutar no seio da atmosfera familiar do Resort. Passeios de bicicleta, jogging, ténis, desportos aquáticos, passeios a cavalo, entre outros são apenas algumas das atividades que poderá fazer, tudo com segurança, tudo ao seu ritmo. Se preferir olhe à sua volta e verá que está rodeado dos melhores campos de golfe da Europa onde poderá jogar e praticar o seu swing. A escolha é diversa, Quinta do Lago Norte, Sul e novo Laranjal e, ainda Pinheiros Altos e Vale do Lobo Royal e Ocean com tarifas preferenciais. Assim terminamos esta «viagem» pelo Monte da Quinta, que só será realmente finalizada quando vier conhecer in loco este espaço maravilhoso e que lhe proporcionará momentos inesquecíveis.
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DESTINOS DE SONHO
Aquashow Park Hotel – A melhor escolha para si
Onde a elegância, a aventura e o bem-estar andam de mãos dadas… E se alguém lhe dissesse que agora é possível aliar o requinte e a excelência com diversão e uma dose de aventura? Utopia? Agora não. O Aquashow Park Hotel é o destino perfeito e apropriado para lhe proporcionar isso mesmo, pois é o primeiro e o único hotel integrado num parque Aquático e Temático com características únicas. Não perca esta oportunidade e visite. Só ou acompanhado o Aquashow Park Hotel é a melhor escolha…o melhor destino.
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Aquashow Park Hotel dispõe de 148 quartos distribuídos por quatro pisos, dos quais três são adaptados para pessoas com mobilidade condicionada. Climatizados, com design único e inovador, decorados e equipados para proporcionar-lhe o conforto necessário para uns dias de descanso mas também de muita diversão. Localizado no coração do Algarve, em Quarteira, a cinco minutos da Marina de Vilamoura e a 20 minutos do Aeroporto Internacional de Faro, o Aquashow Park Hotel é hoje o paradigma do bem-estar,
da elegância e da diversão total para si e para a sua família. No Aquashow Park Hotel nada é deixado ao acaso, tudo para que desfrute com toda a sua família num clima acolhedor e ligado à aventura, porque aqui o cliente é o centro de toda a dinâmica deste espaço. A distinção começa nas singularidades, pois de acordo com o conceito do Aquashow Park Hotel, ou seja, jovial, alegre e vocacionado para as famílias, os pisos foram preparados ao pormenor, cada um com a sua cor. O primeiro piso é verde (juventude), o segundo piso é laranja (or-
gulho), o terceiro é azul-turquesa (fidelidade) e o quarto é o roxo (glamour). Juventude, orgulho, fidelidade e glamour. Aqui está o segredo para o sucesso e para a sua satisfação plena, onde os quartos encontram-se decorados com fotografias temáticas do Parque, tendo vista para a piscina do Hotel ou para o Parque Temático. Quer dar um «saltinho» à praia e saborear as maravilhas das praias algarvias? Não tema. O Aquashow Park Hotel oferece-lhe um serviço gratuito de transportes para levar os hóspedes até à praia de Quarteira ou à Marina de Vilamoura.
Tudo para si… Espaço de requintes diversos, este é também o melhor espaço para a sua família, mais concretamente para as crianças, e assim o Hotel criou um espaço dedicado exclusivamente para elas, o Aquakids Club, onde as diversões e atividades são diversas, as brincadeiras uma constante e o sorriso das crianças uma forma de estar. Descanse, no Aquakids Club os seus filhos irão aproveitar o melhor do dia em atividades especialmente desenvolvidas para os mais pequenos, onde prevalece sempre a segurança. Se aprecia gastronomia portuguesa e
Pontos de Vista Junho 2012
Divirta-se sem stress Splash! Splash! Sorrisos nos lábios, corpos molhados, disputas de quem desliza mais depressa, escorregas fechados, abertos e atrações que o levam além-fronteiras são apenas algumas das sensações que este espaço tem para si e onde a aventura e a emoção irão estar sempre presentes. Pode ainda entrar no mundo animal. Shows de araras, aves de rapina e répteis serão bastante agradáveis e divertidos, onde pode ainda conhecer os mais recentes habitantes do parque, os leões-marinhos, cenário que proporcionará recordações que irão perdurar na sua mente. Venha divertir-se durante a sua estadia e desfrute deste parque gratuitamente. Acabou o dia no parque aquático e agora tem de regressar a casa. O cansaço depois de um dia de pura diversão e as intermináveis filas de trânsito são demasiado desagradáveis. Com o Aquashow Park Hotel isso acabou. Venha aos splash’s de alegria e fique no Aquashow Park Hotel sem ter de pegar no automóvel. Desfrute do último raio de sol enquanto se refresca nas fantásticas piscinas. Satisfeito? Quer vir conhecer? Então venha conhecer e marque as suas férias no Aquashow Park Hotel, porque aqui os Sonhos são tornados realidade.
internacional renda-se ao restaurante «Charme», onde certamente irá degustar pratos maravilhosos acompanhados por uma bebida sugerida pelo chefe da casa. Pode ainda tomar um cocktail no Lobby Bar «Requinte» ou no bar da piscina «Sensação», ou até mesmo deliciar-se com um gelado junto à piscina a ver o pôr do sol…que por estes lados é ainda mais magnífico. O staff do Aquashow Park Hotel presenteia-o com todos os «mimos» a que tem direito, sempre com enorme profissionalismo, simpatia e empenhado em fornecer todos os serviços que necessitar.
Tudo para que tenha mais tempo para garantir que as suas férias são livres de stress, tal e qual como deseja. Mas quer relaxar ainda mais? Vamos entrar no «maravilhoso mundo do Spa». Este é sem dúvida o último paraíso para as mentes e os corpos que buscam tranquilidade e serenidade. São diversas as opções e escolhas. Ouroterapia, Chocoterpia, Vinoterapia, massagem com pindas, reflexologia entre outros. Não perca este espaço. Venha visitar o Spa do Aquashow Park Hotel e desfrute da quietude e do sossego que o farão esquecer do rebuliço e do alvoroço do dia a dia.
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