TURISMO DO ALGARVE – FINAL DO ANO
GRUPO TECNIFAR EM destaque
PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE URBANA
SUPLEMENTO distribuído em conjunto com o JORNAL PÚBLICO / DISTRIBUIÇÃO NACIONAL DEZEMBRO 2013 / EDIÇÃO Nº 31 - Periodicidade Mensal Venda por Assinatura - 4 Euros
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AS VANTAGENS DA MEDICINA NATURAL
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
BANCO BIC I
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Germano Couto Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, afirma:
Fotografia: Catarina Morais
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Não vamos compactuar com o atual desperdício do Serviço Nacional de Saúde! pág. 26
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RESPONSABILIDADE SOCIAL – PROMOVER A INCLUSÃO
O QUE É A FARMACOVIGILÂNCIA?
NICIA VE DE KW NDA ANZAS EM PORTU GAL
Em destaque 6
CONVERTIBILIDADE DA MOEDA ANGOLANA
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O Banco BIC Português deu os primeiros passos no processo de internacionalização e de convertibilidade da moeda angolana
Onde uns veem saúde, a Tecnifar vê vida, é desta forma que a marca sustenta a sua posição
EMPREENDEDORISMO
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IMPORTÂNCIA DA FARMACOVIGILÂNCIA NA SAÚDE
Conheça as potencialidades do Fundo Jessica e os diversos projetos que se enquadram nas quatro áreas prioritárias
Catarina Casimiro, Responsável de Farmacovigilância na Bayer Portugal, defende uma cultura aberta à notificação no seio da equipa
PROJETOS SUSTENTÁVEIS EM ÁREAS URBANAS
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António Costa Dieb, Presidente da Comissão Diretiva do INALENTEJO, em entrevista
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Turismo do Algarve e a maior campanha publicitária de sempre para promover o fim de ano. Desidério Silva, atual Presidente da Entidade Regional de Turismo do Algarve – ERTA, em entrevista
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Associação Portuguesa de Suplementos Alimentares desmistifica alguns dos enganos existentes sobre produtos de emagrecimento
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Na Clínica Eduardo Merino: “As pessoas sabem que lhe apresentamos sempre as melhores soluções possíveis”
I&D - F. INICIATIVAS
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2º Fórum Iniciativas à I&D+i decorreu no Lispólis, Pólo Tecnológico de Lisboa. Dos modelos públicos e privados de I&D+i às ferramentas de financiamento, a organização apostou na diversificação
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www.gocondominio.pt - A ferramenta online de gestão de condomínios - A forma mais fácil de gerir condomínios
A nova legislação sobre eficiência energética dos edifícios na ótica de Jorge Fonseca, Gestor da Fracção Exacta Imobiliária
TIRESUR: conheça esta empresa de referência na distribuição de pneus
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Ricardo Lopes Ferro, Diretor do Bureau Veritas, fala sobre o desafio da responsabilidade social empresarial
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A OPINIÃO DE...
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Jorge Cruz, Agente Oficial da Propriedade Industrial
IMITAÇÃO DE MARCA: CONTRAFAÇÃO COM ADJUNÇÃO OU AGREGAÇÃO - CASOS CONCRETOS
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1 - Conforme referido no último artigo (Revista relativa a novembro), vamos examinar alguns casos concretos de contrafação com adjunção ou agregação, começando pela marca GLAMOUR, que, na última meia dúzia de anos, tem sido vítima de numerosas tentativas de imitação, das quais se mencionam VINTE E OITO. 2 - Desses 28 pedidos de registo, 25 foram recusados com fundamento no registo da marca nominativa GLAMOUR mas os 3 últimos – relativos a marcas de composição semelhante às anteriores – foram concedidos. Dada a semelhança de vários fundamentos de recusa, apenas se indica a parte mais relevante de alguns que parecem mais elucidativos: a ) M. Nac. 372.704 - Recusa : 03.08.2006
CLUBE GLAMOUR Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido e a marca prioritariamente registada ressalta, em nosso entender, uma forte semelhança gráfica e fonética, circunstância que, a nosso ver, dificilmente permitirá a sua distrinça. Em face do exposto, reputando-se preenchido o conceito de imitação do direito pertencente à sociedade reclamante, propõe-se o indeferimento do presente pedido de registo, nos termos do nº4 do artigo 237º do CPI e com os fundamentos acima indicados. b ) M. Nac. 373.271 - Recusa : 06.10.2006
Fundamento: Ora, do confronto dos sinais, afigura-se-nos evidente a semelhança entre eles, o que gerará, na nossa opinião, suscetibilidade de confusão entre ambas, pelo consumidor. Efetivamente, parece-nos que a marca “GOURMET GLAMOUR” apesar de ser uma marca mista, composta por duas palavras, se caracteriza, essencialmente, pela presença do vocábulo “GLAMOUR”, em que consiste exclusivamente a marca prioritária. c ) M. Nac. 401.189 - Recusa : 06.09.2007
d ) Logotipo 9.819 - Recusa : 08.11.2007
GLAMOUR – CABELEIREIRO & DAY SPA Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido e as marcas prioritariamente registadas a favor da reclamante, ressalta, em nosso entender, uma forte semelhança gráfica e/ou fonética, circunstância que, a nosso ver, dificilmente permitirá a sua distrinça. e ) M. Nac. 417.436 - Recusa : 25.11.2007 GLAMOUR f ) M. Nac. 395.494 - Recusa : 01.02.2008 GLAMOUR g ) M. Nac. 373.272 - Recusa : 15.02.2008
Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido “GLAMOUR CAFÉ”, e a marca prioritariamente registada – “GLAMOUR” ressalta, uma forte semelhança gráfica e fonética, circunstância que, dificilmente permitirá a sua distrinça, sendo por isso, susceptivel de induzir em erro ou confusão, fácil o consumidor e de associá-los à mesma origem empresarial. h ) M. Nac. 396.427 - Recusa : 19.02.2009
Fundamento: Por último, os sinais em confronto, coincidem no vocábulo que caracteriza cada um deles “GLAMOUR”, circunstancia que, a nosso ver, poderá induzir facilmente o consumidor em erro ou confusão, ou mesmo levá-lo a pensar que se tratam de serviços com a mesma proveniência empresarial, pois não terá forma de distinguir quais os serviços que cada uma oferece no mercado. i ) M. Nac. 396.428 - Recusa : 19.02.2009
Fundamento: O sinal registando “GLAMOUR”, reproduz o elemento identificativo dos direitos prioritariamente registados a favor da reclamante, circunstância que, dificilmen-
Pontos de Vista Dezembro 2013
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Estes vinte e cinco pedidos de registo, representando marcas variadas, desde as simplesmente nominativas às mistas, com elementos peculiares, nominativos e figurativos, parece que definiam, claramente, uma orientação sobre o problema da contrafação com adjunção ou agregação
te permitirá a sua destrinça, sendo por isso, susceptivel de induzir em erro ou confusão fácil o consumidor e de associá-los à mesma origem empresarial. j ) M. Nac. 410.812 - Recusa : 19.02.2009
l ) M. Nac. 400.874 - Recusa : 25.11.2007 GLAMOUR m ) Logotipo 10.146 - Recusa : 22.06.2009
Fundamento: Ora, passando a tomar posição, constatamos que o elemento verbal “GLAMOUR”, que em exclusivo, constitui a marca comunitária nº 3239001 (e que integra igualmente as outras chamadas à colação por Advanced Magazine publishers, Inc), corresponde exatamente ao que se destaca no logotipo visado pelas requerentes, coincidência que, salvo melhor opinião, poderia conduzir a que os sinais fossem indevidamente associados à mesma entidade, tanto mais que as áreas de atividade a que as litigantes se dedicam podem coincidir, atendendo à ampla lista de produtos e serviços abrangidos pelos registos da reclamante. Do exposto resulta que consideramos procedente a oposição e aplicáveis os fundamentos de recusa atualmente plasmados nas alíneas b) e e) do nº1 do artigo 304º - I do Código da Propriedade Industrial, razão pela qual propomos o indeferimento do pedido de registo, nos termos do nº 4 do artigo 237º do mesmo diploma (por via do artigo 304º-G). n ) M. Nac. 447.760 - Recusa : 06.10.2009 HAIR GLAMOUR Fundamento: Por último, do confronto entre o sinal requerido e a marca prioritariamente registada ressalta a existência de uma grande semelhança entre os sinais em cotejo, não só a nível gráfico como também a nível fonético. O vocábulo GLAMOUR que imprime característica à marca registanda é precisamente o sinal das marcas que se encontram na titularidade da reclamante. o ) Logotipo 15.644 - Recusa : 10.11.2009
Fundamento: Ponderando os factos atrás descritos, sou de opinião de que o despacho de concessão que recaiu sobre o pedido de registo do logotipo “PORTUGALGLAMOUR” exarado em 01.04.2009, deve ser alterado, propondo-se, em consequência, a sua alteração para despacho de recusa, e o consequente deferimento do pedido de modificação de decisão solicitado. p ) M. Nac. 452.725 - Recusa : 22.01.2010 GLAMOUR SPA
q ) M. Nac. 453.420 - Recusa : 29.01.2010 r ) M. Nac. 401.895 - Recusa : 03.02.2010
Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido “GLAMOUR & CO”, e os direitos prioritariamente registados “GLAMOUR”, “GLAMOUR CLUB” e “CLUB GLAMOUR”, ressalta, em nosso entender, uma forte semelhança gráfica e fonética, circunstância que, dificilmente permitirá a sua distrinça, sendo por isso, susceptivel de induzir em erro ou confusão, fácil o consumidor e de associá-los à mesma origem empresarial. s ) M. Nac. 463.067 - Recusa : 26.08.2010 GLAMOUR AMADORA Fundamento: Por último, constata-se que o sinal proposto a registo reproduz integralmente a marca da reclamante - “GLAMOUR”, circunstância que, em nosso entender, é suscetível de induzir facilmente o consumidor em erro ou confusão, ou mesmo de levá-lo a pensar que se tratariam de serviços com a mesma proveniência, ou pelo menos, com alguma ligação. t ) M. Nac. 461.742 - Recusa : 01.10.2010 GLAMOUR NIGHT CLUB Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido “GLAMOUR NIGHT CLUB” e os sinais prioritariamente registados “GLAMOUR”, verifica-se que a marca em análise, reproduz o elemento verbal que caracteriza a marca oponente. u ) M. Nac. 459.748 - Recusa : 21.10.2010
Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido “GLAMOURBRANDS” e os sinais prioritariamente registados “GLAMOUR”, verifica-se que a marca em análise, reproduz o elemento que caracteriza as marcas oponentes. v ) M. Nac. 452.725 - Recusa : 04.11.2010
Fu n d a m e n t o : Por último, pese embora as diferenças na vertente figurativa, somos de opinião que existe um elevado grau de semelhança entre os conjuntos em comparação, na medida em que o sinal cuja viabilidade ora se afere contem integralmente e de forma destacada a marca da reclamante – “GLAMOUR”, circunstância que, em nosso entender, é suscetível de induzir facilmente o consumidor em erro ou confusão, ou mesmo de levá-lo a pensar que se tratariam de produtos e serviços com a mesma proveniência, ou pelo menos, com alguma ligação.
x ) M. Nac. 464.509 - Recusa : 07.02.2011
Fundamento: Ao confrontarmos o sinal requerido e as marcas s registadas, constatamos que existe semelhança gráfica e identidade fonética entre o elemento nominativo que caracteriza as marcas da reclamante – “GLAMOUR” e o vocábulo que também predomina na marca registanda – “GLAMOUR CENTRO DE ESTÉTICA”, este vocábulo assume uma posição central quer nos sinais registados quer no sinal registando. É à sua volta – “GLAMOUR” que são constituídos estes sinais. Cingindo-se o sinal registando a inserir a designação CENTRO DE ESTÉTICA. Alteração que não é todavia idónea a imprimir-lhe o cunho distintivo exigido pela lei. z ) M. Nac. 480.814 - Recusa : 23.08.2011 GLAMORY Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido “GLAMORY”, e a marca prioritariamente registada “GLAMOUR”, ressalta, uma forte semelhança gráfica, fonética e conceptual, circunstância que, dificilmente permitirá a sua distrinça. aa ) M. Nac. 487.278 - Recusa : 25.01.2012
Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido e a marca prioritariamente registada “GLAMOUR”, ressalta, uma forte semelhança gráfica, fonética circunstância que, dificilmente permitirá a sua destrinça. Estamos perante sinais, coincidentes, no que respeita, ao elemento que confere distintividade, à marca da reclamante “GLAMOUR”, porque os restantes elementos, são designativos dos serviços que se pretende identificar. ab ) M. Nac. 484.446 - Recusa : 26.01.2012 GLAMOURDAYSPA Fundamento: Do confronto entre o sinal requerido “GLAMOURDAYSPA” e a marca prioritariamente registada “GLAMOUR”, ressalta, uma forte semelhança gráfica, fonética, circunstância que, dificilmente permitirá a sua destrinça. 3 - Como se referiu, todas estas decisões de recusa foram fundamentadas no registo da marca nominativa “GLAMOUR” e algumas merecem referência especial. Estes vinte e cinco pedidos de registo, representando marcas variadas, desde as simplesmente nominativas às mistas, com elementos peculiares, nominativos e figurativos, parece que definiam, claramente, uma orientação sobre o problema da contrafação com adjunção ou agregação. Mas não: em 2012 e 2013, para marcas de composição idêntica, já foi entendido que não havia razão para recusar os registos! Parece importante analisar as razões que levaram a essas decisões, o que será feito no próximo artigo.
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CONVERTIBILIDADE DA MOEDA ANGOLANA
O Banco BIC português e o processo de internacionalização e de convertibilidade da moeda angolana
“O objetivo é prestar mais um serviço útil aos Angolanos e Portugueses” O Banco BIC Português deu os primeiros passos no processo de internacionalização e de convertibilidade da moeda angolana ao iniciar, no passado dia 1 de novembro, a comercialização de notas de Kwanza na sua rede de Agências em Portugal. Este poderá ser considerado um momento histórico, pois é a primeira vez que, fora de Angola, um banco comercial privado transaciona notas de Kwanza, constituindo esta iniciativa uma forte aposta do Banco BIC no serviço à comunidade luso angolana e a todos aqueles que desenvolvem uma atividade comercial e profissional em Angola e Portugal. A Revista Pontos de Vista conversou com Mira Amaral, Presidente da Comissão Executiva do Banco BIC, que revelou os desideratos deste novo desafio, as mais-valias que o mesmo aportará e de que forma é que será útil a portugueses e angolanos que trabalham entre Portugal e Angola.
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O Banco BIC Português começa a dar os primeiros passos no processo de internacionalização e de convertibilidade da moeda angolana. Quais as principais motivações que levaram a instituição a apostar neste domínio? Fomos escolhidos para ser o primeiro banco comercial fora de Angola a poder comprar e vender Kwanzas. Tal trabalho foi feito em conjunto com o nosso irmão gémeo, o Banco BIC Angola sob a orientação do Banco Nacional de Angola. Tivemos pois o objetivo de prestar mais um serviço muito útil aos Angolanos e Portugueses ligados a Angola que necessitam comprar ou vender Kwanzas em Portugal e isto de acordo com a nossa ambição de consolidarmos a nossa posição como banco de referência nas ligações Portugal-Angola. É a primeira vez que, fora de Angola, um banco comercial privado transaciona notas de kwanza. Que relevância aporta esta iniciativa para a instituição e de que forma é que foram as redes de agências do Banco BIC preparadas para dar início a este processo? Este processo foi dado em todas as Agências do Banco BIC ou apenas em algumas? Existe a perspetiva de o alargar a todas? Começámos primeiro em Lisboa na Agência da Mouzinho da Silveira e só agora progressivamente é que estamos
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A seu tempo, no desenvolvimento do Plano Estratégico a três anos que elaborámos, lançaremos outros produtos e serviços inovadores, que já estão a ser pensados, e que no momento oportuno divulgaremos
Mira Amaral
Pontos de Vista Dezembro 2013
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Trabalhamos em conjunto para manter este serviço. Além do nosso parceiro natural, o Banco BIC Angola, também já somos banco correspondente de outros bancos Angolanos, como o BPC, o SOL e o BDA e, nesse sentido, o Banco BIC Português é cada vez mais uma plataforma de relacionamento com o sistema financeiro Angolano e com os empresários Portugueses e Angolanos
a estender para outras Agências no país. Para este serviço, foi preciso formar o nosso pessoal e comprar máquinas apropriadas para a leitura e contagem das notas de Kwanzas. Em que domínio pode este processo funcionar como um forte apoio no serviço à comunidade luso-angolana e a todos aqueles que desenvolvem uma atividade profissional e comercial em Angola e Portugal? O objetivo é prestar mais um serviço útil aos Angolanos e Portugueses que trabalham entre Portugal e Angola, que necessitam comprar ou vender Kwanzas e tudo isto foi feito de acordo com a ambição de consolidarmos a nossa posição como banco de referência nas relações Portugal-Angola.
pra e venda de notas de kwanza se insere numa estratégia de inovação financeira por parte do Banco BIC? Existem outros projetos neste domínio, ou seja, na promoção da entidade como uma marca inovadora? A seu tempo, no desenvolvimento do Plano Estratégico a três anos que elaborámos, lançaremos outros produtos e serviços inovadores, que já estão a ser pensados, e que no momento oportuno divulgaremos.
As empresas portuguesas, através deste novo processo, poderão ter maior «facilidade» para promover a sua internacionalização em Angola? Sente que é um marco importante nas relações entre Portugal e Angola?
Este processo de compra e venda de divisas angolanas fora de Angola, em que fomos pioneiros, vai naturalmente facilitar o processo de convertibilidade da divisa angolana e a partir daí os empresários angolanos poderão começar um processo de internacionalização, usando a sua própria moeda a partir do momento em que se torne convertível. Os empresários portugueses já tinham felizmente uma moeda credível e convertível à escala global, o Euro, e por isso não precisaram do Kwanza para irem de Portugal para Angola. Na medida em que o Kwanza venha a ser convertível, é óbvio que isso poderá facilitar a vida às empresas portuguesas que operam em Angola e que faturam em Kwanzas.
Obviamente que pelas razões já explicadas, esta convertibilidade do Kwanza será mais um fator de inserção da economia angolana na economia global e portanto também num quadro bilateral fator de aprofundamento das relações entre Angola e Portugal. Na sua opinião, este passo era essencial para afirmar de vez o Banco BIC como um projeto bancário sólido, ambicioso e sustentável, para que o Banco BIC seja visto como o banco dos angolanos em Portugal? Não era essencial. Sem isto já atingimos o “break-even” e já somos uma marca conhecida na banca portuguesa mas, obviamente, este e outros projetos que vamos lançar consolidarão isso.
Neste projeto, qual a relação de parceria entre o BIC Português e o seu congénere Angolano? De que forma está o mesmo posicionado numa plataforma de contacto, conhecimento e relacionamento financeiro com o mercado angolano? Trabalhamos em conjunto para manter este serviço. Além do nosso parceiro natural, o Banco BIC Angola, também já somos banco correspondente de outros bancos Angolanos, como o BPC, o SOL e o BDA e, nesse sentido, o Banco BIC Português é cada vez mais uma plataforma de relacionamento com o sistema financeiro Angolano e com os empresários Portugueses e Angolanos. De que forma é que o serviço de com-
Quais os principais desafios que se colocam ao Banco BIC para 2014? Continuar um crescimento sustentado depois de termos atingido o “break-even” por forma a que a médio prazo possamos estar no ‘top-five’ da banca portuguesa, tendo este nicho especializado na ligação Portugal-Angola em que queremos continuar a ser o banco de referência até porque o Banco BIC AO (Angola) é o principal banco dos importadores Angolanos.
“Os empresários portugueses já tinham felizmente uma moeda credível e convertível à escala global, o Euro, e por isso não precisaram do Kwanza para irem de Portugal para Angola. Na medida em que o Kwanza venha a ser convertível, é óbvio que isso poderá facilitar a vida às empresas portuguesas que operam em Angola e que faturam em Kwanzas”
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PROJETOS SUSTENTÁVEIS EM ÁREAS URBANAS
Fundo JESSICA - Manuel Castro Almeida, Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional
Essencial para o futuro de Portugal A iniciativa JESSICA deverá servir de base às grandes ambições do país no âmbito da regeneração urbana e não só. Foi esta certeza que ficou no testemunho de Manuel Castro Almeida, Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, relativamente às potencialidades e mais-valias do Fundo JESSICA e que promete ser essencial para Portugal nos próximos anos.
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iniciativa JESSICA permite investir, no quadro de planos integrados de desenvolvimento urbano sustentável, em quatro áreas prioritárias: reabilitação e regeneração urbanas, incluindo regeneração de equipamentos e infraestruturas urbanas; eficiência energética e energias renováveis; revitalização da economia urbana, especialmente por parte de PME e empresas inovadoras; disseminação das tecnologias da informação e da comunicação em áreas urbanas, incluindo redes de banda larga e sem fios. De que forma é esta iniciativa fundamental para o país? “Tem uma relevância vital e é uma solução com capacidade para evoluir e deve servir de base às grandes ambições do país em termos de regeneração urbana”, revela o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional. Mas qual o balanço possível de realizar sobre este fundo comunitário? Quais os investimentos já aplicados e apoiados? Desde a criação do fundo, em julho de
2009, já foram aplicados cerca de 70 milhões de euros em 26 projetos, sobretudo nos segmentos do turismo, imobiliário, comércio e energia, panorama representativo da criação de 629 postos de trabalho direto em 19 concelhos portugueses. São diversos os projetos passiveis de serem apoiados pelo Fundo JESSICA. Basta «apenas» que reúnam um conjunto de especificidades e se enquadrem nas quatro vertentes prioritárias identificadas e inseridas em estratégias de desenvolvimento urbano com caracter sustentável. Desta forma, importa salientar que a viabilidade económica dos investimentos a realizar é indispensável para a utilização deste instrumento económico, sendo necessário que o projeto garanta as condições de reembolso do apoio concedido, em condições de prazo que pode ir até duas décadas, e de juro mais competitivas do que as realizadas em termos comerciais, precisamente por existir uma afetação de fundos estruturais, que é posteriormente alavancada pelas entidades gestoras dos fundos JESSICA. Mas no âmbito da regeneração urbana
Manuel Castro Almeida
será este somente um problema público? “Obviamente que não. A principal intervenção das entidades públicas é montar uma solução com racionalidade económica. O JESSICA é um bom exemplo de solução e as autarquias são o perfeito exemplo dessa realidade, pois aqui pode-se conjugar dinheiro e iniciativa privada com recursos públicos, porque as autarquias são essenciais para este desafio”, assegura. A Iniciativa Jessica apoia os Estados membros da União Europeia na utilização de mecanismos de engenharia financeira para financiamento de investimentos de regeneração urbana recorrendo a fundos do Quadro de Referência Estratágico Nacional, através dos Programas Operacionais, alavancados pelos Fundos de Desenvolvimento Urbano e da Direção-geral de Tesouro e Finanças. O programa prevê que por cada euro do Jessica, se alavanquem cinco euros de investimento adicional. O Fundo Jessica disponibiliza 130 milhões de euros, tendo uma capacidade de investimento direto de 335 milhões de euros e deverá ter todo o dinheiro disponibilizado e injetado na economia até ao final de junho de 2015. Segundo Manuel Castro Almeida esta é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada por Portugal, salientando ainda que o país vai dar conta da relevância deste projeto e aí, bem aí “haverá uma corrida a este programa”, finaliza o nosso entrevistado.
O QUE É O JESSICA Holding Fund Portugal - JHFP O JESSICA Holding Fund Portugal trata-se da operacionalização da iniciativa JESSICA em Portugal, através de um instrumento de engenharia financeira. Fundo de participações dotado de 130 milhões de euros, 100 milhões de euros FEDER e 30 milhões de euros provenientes da Direção-Geral do tesouro e Finanças. Os Programas Operacionais que contribuíram para a constituição do JESSICA Holding Fund Portugal foram: Norte ON2: 20 M, através do eixo prioritário II; Centro Mais Centro: 20 M, através do eixo prioritário II; Lisboa: 5M, através do eixo prioritário III; Alentejo INAlentejo: 10M, através do eixo prioritário II; Algarve: 5M, através do eixo prioritário III Norte/Centro/Alentejo POVT: 30 M, através do eixo prioritário IX;
ELEGIBILIDADE Existem condições de elegibilidade dos projetos e das despesas: Ao nível dos projetos, para que sejam passíveis de ser apoiados por fundos provenientes do JHFP, devem: -Fazer parte de um plano de desenvolvimento integrado de desenvolvimento sustentável; -Ter rentabilidade; -Ter capacidade para utilizar os recursos investidos até 31/12/2015 Ao nível das despesas efetuadas, devem. -Respeitar os critérios de elegibilidade FEDER específicos para cada eixo de onde provém o financiamento, para a componente cofinanciada por estas verbas.
A OPINIÃO DE...
PROJETOS SUSTENTÁVEIS EM ÁREAS URBANAS
José Henriques, CEO da MAGNUM CAP
“Será um veículo elétrico apenas uma nova forma de nos movermos?” A Mobilidade Elétrica é hoje uma aposta estratégica de todos os países ditos “desenvolvidos” e que procuram liderar as grandes mudanças Económicas e Sociais. As suas virtudes fazem com que, muito mais do que uma evolução na motorização do automóvel, seja uma revolução na forma como a mobilidade individual se integra na dinâmica diária e de desenvolvimento das cidades e da humanidade.
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Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo foca os problemas das alterações climáticas, da energia e da escassez de recursos, bem como a necessidade de reforçar a competitividade e melhorar a segurança energética, mediante o aumento da eficiência dos recursos e da energia. No domínio dos transportes, apela à rutura da dependência em relação ao petróleo e fixa uma meta de 60 por cento para a redução, até 2050, das emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes. Apela ainda a um sistema de transportes competitivo e eficiente em termos de recursos. Para atingir esses objetivos é fundamental o desenvolvimento e implantação de novos combustíveis e sistemas de propulsão sustentáveis, como é o caso dos veículos elétricos, e das infraestruturas de recarga necessárias à fácil adoção desta nova forma de mobilidade sustentável e amiga do ambiente. Mas será um veículo elétrico apenas uma nova forma de nos movermos? Uma vez que os veículos elétricos se abastecem a partir da rede elétrica, estes poderão ser reabastecidos em casa, na rua ou em parques de estacionamento, com custos de utilização muito inferiores aos veículos convencionais, e/ou tirando partido da energia produzida através de fontes renováveis, ao mesmo tempo que preservam o ambiente, reduzindo as emissões de CO2, gases nocivos, maus cheiros e ruído nas cidades. Aliás, é de salientar, que a motorização elétrica é a única forma possível de utilizar energias de origem renovável nos transportes motorizados. O uso em grande escala dos veículos elétricos irá oferecer oportunidades de armazenamento de energia de forma distribuída, permitindo uma maior proliferação das energias renováveis, e ao mesmo tempo, constituindo uma fonte alternativa de energia. Os veículos elétricos poderão vir a ser uma parte importante nas futuras redes inteligentes e pilar importante no desenvolvimento das cidades inteligentes do futuro. É exatamente a pensar na utilização dos veículos elétricos como sistemas distribuídos de armazenamento de energia, como estabilizadores da rede elétrica e promotores de uma maior proliferação de fontes de energia renovável, que os sistemas bidirecionais de interligação veículo/rede, ou veículo/casa, V2G, tomam especial importância, sendo fundamentais para a estabilização e eficiência de todo o sistema de distribuição energética. Estas
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“O veículo elétrico, é portanto, a peça que faltava para alavancar o desenvolvimento das cidades inteligentes e redes de distribuição de energia inteligentes”
interligações bidirecionais, permitirão que os veículos elétricos possam atuar como armazenadores de energia em períodos de elevada produção renovável, e possam atuar como fontes de energia, através da entrega de energia das baterias à rede, em períodos de pouca produção renovável e elevado consumo energético. O veículo elétrico, é portanto, a peça que faltava para alavancar o desenvolvimento das cidades inteligentes e redes de distribuição de energia inteligentes, já que todos os intervenientes podem lucrar com a sua massificação, incluindo, e principalmente, o utilizador final, o cidadão. www.magnumcap.com facebook.com/magnumcap
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O uso em grande escala dos veículos elétricos irá oferecer oportunidades de armazenamento de energia de forma distribuída
PROJETOS SUSTENTÁVEIS EM ÁREAS URBANAS
Entrevista ao Presidente da Comissão Diretiva do INALENTEJO, António Costa Dieb
“Existe hoje uma valorização dos nossos recursos” O INALENTEJO – Programa Operacional Regional do Alentejo 2007/2013 é um instrumento financeiro de política regional, de apoio ao desenvolvimento da região do Alentejo NUT II, que integra o QREN. Como tal, promove o desenvolvimento desta região em áreas como a inovação empresarial, crescimento e emprego, regeneração urbana, promoção da coesão social e territorial, qualificação ambiental e valorização do território. No último ano deste Programa para 2007/2013, que tem uma dotação financeira global de 854 milhões de euros financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), a Revista Pontos de Vista entrevistou o Presidente da Comissão Diretiva do INALENTEJO, António Costa Dieb, que é também o Presidente da CCDRA.
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O INALENTEJO – Programa Operacional Regional do Alentejo tem conhecido uma evolução positiva? Sem dúvida, em finais de 2011, a taxa era de 22 por cento e, no final de 2012, chegou aos 42 por cento. Em 31 de outubro de 2013, o INALENTEJO atingiu uma taxa de execução de 55 por cento, o que significa um grande esforço de parte de toda a equipa e também dos beneficiários do programa. Esta taxa de execução refere-se ao total das verbas previsto executar até final de 2015, e corresponde a 609,6 milhões de euros de volume de despesa realizada e a 460,3 milhões de euros de fundos comunitários validados. De que forma é que o INALENTEJO – Programa Operacional Regional do Alentejo tem vindo a promover projetos e iniciativas que tenham como desiderato primordial a dinamização, reabilitação e regeneração urbana da região? O INALENTEJO contempla no Eixo três – Coesão Local e Urbana, um regulamento específico vocacionado para a Reabilitação Urbana. No âmbito deste regulamento, tem sido possível apoiar um conjunto de projetos de reabilitação e regeneração urbana enquadrados nas Parcerias para a Regeneração Urbana ou nas Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação, entre as quais podemos destacar, por exemplo, a Rede Corredor Azul – Rede Urbana para a Competitividade e a Inovação, que abrange um conjunto de dez municípios promotores, mas também um vasto conjunto de organizações institucionais parceiras, rede esta inspirada nas oportunidades que as importantes infraestruturas e equipamentos de acessibilidades, comunicações e logística vão gerar nos próximos anos no eixo Lisboa – Madrid. Também tem sido possível apoiar projetos de reforço das redes urbanas, através da valorização de equipamentos, espaços públicos ou valores patrimoniais. Para além disso, temos a Iniciativa JESSICA, uma iniciativa conjunta da Comissão Europeia, do Banco Europeu de Investimento e do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, que apoia as Autoridades dos Estados-Membros da UE na utilização de instrumentos de engenharia financeira no investimento
pelo que todos os Eixos têm tido um desenvolvimento paralelo em termos de candidaturas e aprovações; no que se refere à execução, o Eixo 1 - Competitividade, Inovação e Conhecimento, revela uma taxa ligeiramente menor, mas tal deve-se, não só ao atual contexto económico (de referir que se enquadram neste eixo todos os projetos das empresas), mas também à forma de desenvolvimento da grande maioria destes projetos, baseada em pagamentos por adiantamento, sendo os respetivos valores de despesa realizada apenas validados e contabilizados no final.
António Costa Dieb
em desenvolvimento urbano sustentável. No Alentejo, os projetos aprovados representam já cerca de 10 milhões de euros financiados, num total de 16 milhões de euros alavancados. Encontram-se já dois projetos desenvolvidos, um de requalificação de imóveis de elevado valor histórico e patrimonial e outro na área da hotelaria, e estão a ser ultimados mais três projetos no valor de 25 milhões de euros, dos quais 13 milhões provenientes do Fundo JESSICA.
O Programa Operacional Regional do Alentejo 2007/2013 é um instrumento financeiro de política regional, com uma dotação financeira global de 854 milhões de euros financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Ao longo destes seis anos o que foi feito e o que ainda falta fazer? Que tipo de projetos têm sido mais apoiados? Ao longo destes anos, têm vindo a ser apoiados um conjunto muito significativo de projetos importantes para o desenvolvimento mais equilibrado da região e a redução das assimetrias regionais, de
que podemos destacar, na agenda temática Fatores de Competitividade, o apoio concedido pelo INALENTEJO a 543 empresas beneficiárias de ajudas diretas ao investimento, no âmbito dos sistemas de incentivos, representando um investimento total de 580,7 Milhões de euros; na agenda temática Valorização do Território destacamos o apoio a 68 equipamentos de saúde e 79 equipamentos sociais, enquanto na agenda do Potencial Humano se destaca o apoio à construção e reabilitação dos estabelecimentos da rede escolar (centros escolares do 1.º ciclo do ensino básico e escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico). Dos quatro Eixos que perpetuam o Programa Operacional Regional do Alentejo 2007/2013 - Competitividade, inovação e conhecimento; Valorização do Espaço Regional; Coesão Local e Urbana; Assistência Técnica, qual destes foi aquele que conheceu um desenvolvimento superior e qual o que ficou aquém das expectativas? O INALENTEJO tem a sua dotação praticamente comprometida na totalidade,
Quais foram, ao longo deste período, as principais dificuldades encontradas e de que forma procuraram contrariar as mesmas? O atual contexto económico que se vive “ditou” em parte as principais dificuldades que o INALENTEJO, e também os outros programas operacionais, encontraram e que motivaram a procura de soluções para as ultrapassar. No caso do INALENTEJO, com a reprogramação estratégica aprovada no final de 2012, foi possível: • Reforçar os apoios ao emprego e aos desempregados, promovendo em particular a empregabilidade dos jovens e assegurar o financiamento de medidas de apoio ao empreendedorismo de base local e à criação do próprio emprego, nomeadamente mediante o desenvolvimento das iniciativas enquadradas no Impulso Jovem; • Reforçar os recursos destinados a estimular o investimento das empresas, aumentando a dotação FEDER para os investimentos na modernização do tecido produtivo, em especial das PME, visando estimular a produção de bens e serviços transacionáveis, a melhoria das condições de financiamento das empresas e a criação de oportunidades de emprego; • Adequar a alocação de fundos às condições de concretização física e financeira dos investimentos públicos em projetos de infraestruturas • Reforçar as taxas de co-financiamento, como forma de acelerar a concretização do investimento público num contexto de forte consolidação orçamental. Dos diversos projetos financiados pela INALENTEJO alguns deles são de
Pontos de Vista Dezembro 2013
grande dimensão. Isto significa que as pequenas iniciativas empresariais não foram apoiadas? Em que âmbito é que estes projetos mais pequenos são importantes? Todas as iniciativas e projetos de investimento empresariais que possuam mais valia para a região Alentejo, são apoiados pelo INALENTEJO, desde que reúnam, naturalmente, as condições de acesso requeridas nos concursos. Os projetos de menor valor de investimento dispõem de um instrumento financeiro mais adequado à sua dimensão, o Sistema de Incentivos às Microempresas, um regime de incentivos simplificado que permite apoiar quer a promoção do investimento, quer a criação de postos de trabalho e se aplica a projetos de investimento inferior a 5 mil euros, ou igual ou superior a 5 mil euros, mas inferior a 25 mil euros nas freguesias não rurais, e à criação de até 2 postos de trabalho durante 12 meses. Até ao momento, neste sistema de incentivos, já foram apoiadas pelo INALENTEJO 72 microempresas do Alentejo, que permitiram a criação de 109 novos postos de trabalho, com um investimento total associado de 1.238 mil euros e um incentivo FEDER de 1.147 mil euros, encontrando-se ainda um concurso em fase de decisão e a última fase do mesmo concurso está aberta até 9 de dezembro. O atual contexto económico vivido em Portugal tem limitado de alguma forma a vossa atuação? A análise das candidaturas tem de ser mais rigorosa do que se estivéssemos num plano económico mais salutar? Quais os requisitos que uma candidatura deve reunir para ser aprovada e apoiada? O atual contexto económico tem criado alguns constrangimentos à normal execução do programa, dado que os empresários, e de uma forma geral todos os beneficiários, têm mais dificuldade nesta fase em garantir a execução dos seus projetos de acordo com o plano de investimento aprovado, e em garantir a própria contrapartida nacional dos projetos, isto é, as verbas que têm que colocar do seu bolso nos projetos para complementar o financiamento comunitário. No caso das empresas, as dificuldades de acesso ao crédito tem uma sido uma constante, e alguns projetos não têm avançado por esse motivo, apesar da sua aprovação. No entanto, o atual contexto económico não interfere na análise das candidaturas, todo o processo está regulamentado. Os requisitos das candidaturas são muito diversos e diferem consoante a
tipologia de investimento, a natureza do projeto e o promotor do mesmo, o que confere o seu enquadramento no regulamento e no concurso em causa. Toda esta informação é objeto de divulgação no site do INALENTEJO. De qualquer modo, o essencial é tratar-se de um “bom” projeto, autosustentável, e que traga mais valia para o desenvolvimento da região.
Neste momento a taxa de execução é de cerca de 52 por cento, com uma previsão de 62 por cento ate ao final do ano. Mas no início de 2012 a taxa de execução era de 22 por cento. Porque mudaram tanto estes valores? O que aconteceu para esta mudança? A taxa de execução já era de 55 por cento no passado dia 31 de outubro, e neste momento já subiu mais alguns pontos, o nosso objetivo é atingir uma taxa de execução de 62 por cento no final do ano. Efetivamente, essa taxa aumentou de 22 por cento em finais de 2011, para 42 por cento em finais de 2012, porque nesse período foi possível validar um conjunto de despesa apresentada pelos beneficiários que por diversas razões se encontrava pendente, mas também em resultado do empenho e esforço dos beneficiários na apresentação de despesa realizada nos seus projetos, e de toda a equipa do INALENTEJO na sua validação. Simplificaram-se os procedimentos, reorganizaram-se as equipas, estabeleceu-se contacto direto com os potenciais promotores estimulando-os a recorrer ao programa, partilhando prioridades de investimento, garantindo que os promotores executam adequadamente as operações e a equipa do INALENTEJO apoia-os, verifica e concretiza os procedimentos com rapidez. O INALENTEJO está neste momento com a quase totalidade das verbas comprometidas, envolvendo 1.977 projetos de investimento aprovados, os quais implicam um investimento total a rondar os 1.320 milhões de euros, para uma comparticipação comunitária de 856 milhões de euros. Um dos projetos apoiado pelo INALENTEJO é o Sistema Regional de Transferência de Tecnologia que envolve mais de duas dezenas de entidades. Qual a mais-valia deste projeto? Porquê apoiar o mesmo? De que forma tem este projeto vindo a promover o desenvolvimento? O meio académico tem sido importante neste domínio? A implementação do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo é de primordial importância para a região, dado tratar-se de uma infraestrutura de excelência e inovadora que irá atuar como elemento aglutinador do conhecimento de base científico e tecnológico existente na região do Alentejo e proporcionar um ambiente institucional propício à transferência de conhecimento, e à inovação competitiva do tecido produtivo. Faz
todo o sentido o apoio ao projeto que, ainda em instalações provisórias, já acolhe 15 novas empresas, a maioria das quais nas áreas da Energia e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), num total de 45 postos de trabalho. Este projeto tem tido a virtude de mobilizar os interesses dos diferentes agentes que compõem o sistema científico, tecnológico e de inovação regional, procurando assim conseguir assegurar o desejado e necessário equilíbrio entre a academia e o sector produtivo, que viabilize a transferência de conhecimento, tecnologia e inovação que sustente o incremento da competitividade regional com base em inovação, conhecimento e propostas de alto valor acrescentado. A parceria criada abrange os estabelecimentos de ensino superior da região, as infraestruturas tecnológicas, os centros de investigação e conhecimento, as associações empresariais, diversas instituições e outras entidades de interface, de todas as NUT III da região Alentejo. Neste momento, sente que a região mudou com o apoio do INALENTEJO? O apoio do INALENTEJO e dos programas regionais dos anteriores períodos de programação tem permitido dotar a região de um conjunto de infraestruturas e equipamentos diversos que muito têm contribuído para a melhoria da qualidade de vida da população e para
o desenvolvimento do tecido económico empresarial. Existe hoje uma valorização dos nossos recursos patrimoniais, culturais, ambientais e económicos muito grande e importante, uma grande sensibilização da importância desses recursos e da sua potenciação para o desenvolvimento económico da região.
Quais são os principais desafios que se impõem ao INALENTEJO? Os desafios que se impõem ao INALENTEJO são a necessidade de continuar a promover os três vetores centrais do desenvolvimento desta região, inscritos nos eixos estratégicos “Alentejo 2015”: • Desenvolvimento empresarial, criação de riqueza e emprego • Abertura da economia, sociedade e território ao exterior • Melhoria da qualidade urbana, rural e ambiental. Ou, como se perspetiva no Programa Estratégico ‘Alentejo 2020’, uma estratégia de desenvolvimento para a Região ancorada na seguinte Visão: Um Alentejo com capital simbólico e identidade distintiva, num território dotado de recursos materiais, de conhecimento e competências e de amenidades, aberto para o mundo e capaz de construir uma base económica renovada sobre a sua mais valia ambiental, atraindo residentes, investimentos e atividades geradoras de emprego e coesão social.
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PROJETOS SUSTENTÁVEIS EM ÁREAS URBANAS
Artur Sousa, CEO e Gestor de Custos da DIMSCALE, em entrevista
“Em Portugal começa-se a perceber a importância da gestão de custos especializada dos projetos imobiliários” “Podemos entrar no projeto em qualquer uma das suas fases, sendo os objetivos sempre os mesmos: poupar o máximo de capital ao promotor, controlar os custos e salvaguardar o conceito arquitetónico e a qualidade final do projeto”, salienta Artur Sousa, CEO e Gestor de Custos da DIMSCALE, e com formação em Arquitetura, em entrevista à Revista Pontos de Vista, onde ficamos a conhecer mais de uma marca de enorme relevância e que é especializada na prestação de serviços de gestão de custos em projetos imobiliários.
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A empresa é especializada na prestação de serviços de gestão de custos em projetos imobiliários. De que forma conseguem fazer o controlo dos custos durante a fase de implementação? O serviço de Architecture Cost Management que desenvolvemos procura acompanhar o projeto desde a fase de estudos preliminares de investimento – sabemos que nesta fase é fulcral que o promotor imobiliário tenha o máximo de informação do seu lado quanto aos custos do projeto. Contudo, podemos entrar no projeto em qualquer uma das suas fases, sendo os objetivos sempre os mesmos: poupar o máximo de capital ao promotor, controlar os custos e salvaguardar o conceito arquitetónico e a qualidade final do projeto. Intervimos no levantamento exaustivo de todos os custos e condicionantes logísticas do projeto, na sua quantificação, na revisão e compatibilização de todas as especialidades, coordenamos as relações com os fornecedores e gerimos toda a informação que diga respeito aos custos, vinda de toda a equipa de projeto. Na fase de obra, certificamo-nos que tudo é executado conforme o planeado, controlando assim os custos até à finalização do projeto. Todo este trabalho diminui ao mínimo o risco de derrapagens orçamentais, através da eliminação de todo o tipo de imprevistos que se possam refletir em custos adicionais.
Mencionou que parte do vosso trabalho é permitir uma poupança de capital ao promotor. Como conseguem estes resultados? Podia dar vários exemplos de projetos nos quais participámos em que as soluções construtivas que estavam estipuladas à partida foram revistas com base no conhecimento que temos neste mercado. Este serviço tem-se traduzido numa poupança média de capital para o promotor de cerca de 28 por cento. O trabalho que desenvolvemos em conjunto com as equipas projetistas no sentido de otimizar o desenho de Arquitetura traz também mais-valias ao promotor neste âmbito. Hoje em dia ouvimos falar de uma série de projetos que apresentam derrapagens orçamentais bastante consideráveis, principalmente em projetos públicos. A cobertura mediática deste tipo de situações é positiva, na medida em
Artur Sousa que potencia o debate e a mudança de mentalidades. Significa também que em Portugal se começa agora a perceber a importância da gestão de custos especializada dos projetos imobiliários, principalmente quando estamos a falar de dinheiros públicos. É importante que haja uma consciência de que os recursos que temos são cada vez mais escassos, e que deve ser feita uma gestão competente desses mesmos recursos em todos os setores. Houve até aqui uma forma de proceder que não contemplava nem a otimização nem o controlo dos custos – recorrendo a um exemplo, concebia-se o projeto para se gastar vinte porque se tinham vinte para gastar, e acabava-se sempre a gastar trinta. Como é composta a vossa equipa técnica? E como integram as equipas de projeto? Maioritariamente a equipa é composta por arquitetos com experiência em gestão de projeto ou especificamente em gestão de custos, assim como experiência em contexto de obra e trabalho com soluções e processos construtivos. É também composta por engenheiros de várias especialidades. Quanto à inte-
gração nas equipas de projeto, o nosso percurso começou na colaboração direta com os arquitetos, num trabalho mais focado no Quantity Surveying, parcerias essas que continuamos a consolidar. Contudo, temos direcionado o nosso serviço para os promotores e investidores imobiliários, junto dos quais temos uma proposta de valor forte. Neste âmbito, trabalhamos diretamente para o dono de obra e gerimos toda a equipa no que diz respeito aos custos, ao colaborar estreitamente com o gestor de projeto e a equipa projetista. Gostaria de destacar algum projeto em que estejam envolvidos? Integrámos há alguns meses as equipas de dois projetos ligados ao turismo de luxo a implementar em São Tomé e Príncipe. Estamos a trabalhar diretamente com o dono de obra, uma empresa de origem sul-africana, e a colaborar com duas equipas de projeto, sendo que a parte das especialidades é portuguesa e a equipa projetista é francesa – são projetos verdadeiramente internacionais! São projetos extremamente interessantes, pela proposta de desenvolvimento económico e social que trazem à Ilha do
Príncipe. São também projetos que valorizam a sustentabilidade, na medida em que estamos a procurar minimizar o seu impacto ambiental. LER NA INTEGRA EM WWW.PONTOSDEVISTA.PT
O que é que podemos esperar da DIMSCALE nos próximos anos? Estamos a explorar vários mercados e temos já boas perspetivas quanto à concretização de mais parcerias internacionais que se irão traduzir na presença em projetos que nos permitirão continuar a potenciar o nosso know-how. Paralelamente, estamos a desenvolver um projeto paralelo – ARCH INNOVATION, uma plataforma de Inovação que visa a criação de novos produtos para os setores da Arquitetura, Design e Construção, assim como a promoção e exportação dos produtos de origem portuguesa, e para o qual temos já formalizada uma parceria com a Ordem dos Arquitetos.
TURISMO DO ALGARVE – FINAL DO ANO
Turismo do Algarve e a maior campanha publicitária de sempre para promover o fim de ano
Pontos de Vista Dezembro 2013
Final do Ano? Venha ao Algarve… O Algarve. Esse El Dorado turístico plantado a sul de Portugal e que tantas valias aporta a Portugal e que é hoje, cada vez mais, um destino turístico de excelência em qualquer altura do ano, «ombreando» com qualquer outro destino turístico a nível mundial.
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verão é o que se sabe. A primavera é similar, ou seja, em maio as temperaturas podem confundir-se com as do verão, mas em março e abril variam entre os 18 e os 20 graus (sombra) e entre os 20 e os 30 graus (sol). Temperaturas ideais de praia para muita gente que dispensa as 12 horas de Sol do verão, com temperaturas que podem atingir máximas de 35 graus e mínimas de 20 graus, a tornar as noites verdadeiramente únicas. O outono é como a primavera, sendo possível encontrar gente a banhos de Sol e de mar em outubro e em novembro, o que faz com que o Algarve possa funcionar o ano todo como destino turístico de excelência, eventual e naturalmente com públicos-alvos dominantes bem diferenciados ao longo das diversas estações do ano. Desta forma é possível confundir-se estações do ano nesse majestoso local que é o Algarve. Golfe, praia, gastronomia, unidades hoteleiras, cultura, entre muitos outros são apenas alguns dos cartões de visita do Algarve que é hoje comparado a muitos dos destinos dispersos mundialmente, em alguns casos é até o preferido por quem procura diversão, tranquilidade, sol, boa disposição e muito mais. Mas muito mais podia ser dito sobre o Algarve. A excelência deste local turístico faz do mesmo o local perfeito para o seu final de ano. Foi este o principal motivo que levou a Revista Pontos de Vista a entrar à conversa com Desidério Silva, atual Presidente da Região de Turismo do Algarve , onde ficamos a conhecer as mais-valias da campanha publicitária para promover o fim de ano 2013. Apelidada da maior campanha publicitária de sempre para promover a passagem de ano, esta iniciativa tem como desiderato a promoção do destino Algarve no mercado português e espanhol, sendo que a sua duração deverá prolongar-se até ao dia 17 de dezembro. Qual a opinião do nosso entrevistado relativamente a este desafio? “Do que conheço do histórico da Região de Turismo, acho que nunca houve nenhuma campanha publicitária realizada com esta dimensão. Acredito sinceramente que este é aquela que tem uma grandeza mais forte, assinalável e diversificada”. Portugal vive, como se sabe, momentos complicados do ponto de vista económico e financeiro, onde projetos não saem das «gavetas», iniciativas terminam à nascença e algumas em execução ficam pelo caminho. Neste sentido, quais são
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A iniciativa tem ainda a meta definida de combater a sazonalidade, estratégia na qual as entidades oficiais do turismo têm apostado fortemente no sentido de dinamizar economicamente o Algarve nos meses definidos de época baixa, combatendo portanto uma das principais dificuldades do país que é o desemprego e que, como sabemos, no Algarve atinge taxas demasiado elevadas
Desidério Silva os valores investidos nesta campanha e de que forma é a mesma essencial para o Algarve? “Temos de continuar a apostar no que é nosso e o Algarve é de todos nós e é uma das nossas principais preciosidades nacionais. Naturalmente que a verba investida é considerável, mas acredito que o retorno será conseguido, até porque estamos a promover a passagem de ano no Algarve”, afirmou o nosso entrevistado, sem especificar o montante investido.
Como se vai desenrolar a campanha?
Múpis, expositores de publicidade, autocarros, imprensa, televisão, rádio e multibanco são as formas escolhidas para que esta campanha alcance o sucesso. Assim, nos 16 dias de duração da campanha serão instalados, segundo o presidente da Região de Turismo do Algarve, 1100 múpis em centros comerciais, estações de metro e de comboio, bem como 775 retaguardas de autocarros em circulação em diversas cidades do país, como Lisboa, Porto e Braga. “Serão emitidos 15 anúncios em revistas e jornais de Portugal e Espanha e cerca de 260 spots nas rádios nacionais e espa-
nholas. Além disso, serão preenchidos espaços publicitários em 2250 caixas de multibanco do país. Como pode ver, esta será uma campanha com dimensão e que será um sucesso”, salienta confiante o nosso entrevistado. Será demasiado redutor pensar que esta campanha aporta apenas no desiderato da promoção da passagem de ano no Algarve. Esta promoção do fim de ano também está muito relacionada com a vertente da sazonalidade, ou seja, “é preciso que as pessoas ouçam falar do Algarve, independentemente de virem para cá ou não virem no fim de ano, para que possam ter vontade de conhecer o Algarve em outras alturas do ano”, salientou Desidério Silva, lembrando ainda que aliado ao fito de promoção da região, dos produtos e das atividades, “a iniciativa tem ainda a meta definida de combater a sazonalidade, estratégia na qual as entidades oficiais do turismo têm apostado fortemente no sentido de dinamizar economicamente o Algarve nos meses definidos de época baixa, combatendo portanto uma das principais dificuldades do país que é o desemprego e que, como sabemos, no Algarve atinge taxas demasiado elevadas”, revela Desidério Silva.
TURISMO DO ALGARVE – FINAL DO ANO
Turismo do Algarve e a maior campanha publicitária de sempre para promover o fim de ano
“As entidades regionais ficam responsáveis pela promoção em Portugal e nas regiões transfronteiriças, neste caso concreto a Espanha. Em relação à promoção externa, o Turismo de Portugal comprometeu-se com a ATA – Associação Turismo do Algarve para a contratualização, até ao final de 2013, de financiamento até cinco milhões de euros, que está a ser gasto em ações muito fortes nos principais mercados emissores de turistas para a região”
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Desengane-se quem pensa que o Algarve é «só» verão e praias. Nada disso. A região algarvia é um conjunto de mais-valias que vai querer conhecer por todas as razões e mais algumas. “Com esta campanha queremos afirmar definitivamente o Algarve perante os potenciais visitantes que a região tem mais produtos e mais ofertas. Visitem-nos. Visitem o Algarve no final do ano, pois tenho a certeza que não vão ficar desiludidos”.
Mudança de prisma
Defensor acérrimo da região algarvia, Desidério Silva enveredou por este desafio há cerca de um ano, período em que foi eleito presidente do Turismo do Algarve, ou seja, como líder da mais importante região turística do país, algo que aumenta o nível de exigência e dificuldade da gestão do nosso entrevistado. Como tem sido este desafio? As condicionantes económicas e financeiras têm feito mossa? “Os últimos quatro anos foram bastante complicados no que toca ao financiamento desta entidade, daí resultando alguns problemas difíceis de tesouraria. Além disso, a estrutura tem um quadro de recursos humanos que ronda a centena de pessoas, 40 ligados aos Postos de Turismo e os restantes na sede, e é muito dependente das transferências de verbas provenientes do poder central. A entidade tinha igualmente a componente da
promoção, mas era difícil ter uma atitude e projeção quando as verbas estavam condicionadas”, esclarece Desidério Silva, antigo edil da autarquia de Albufeira. Mas qual o estado das contas que encontrou na Região de Turismo do Algarve? “É comum aqueles que chegam criticarem o
anterior executivo. Seja porque razão for. Neste caso tenho de reconhecer que as contas da entidade estavam realmente equilibradas financeiramente, fruto do trabalho meritório realizado pelo anterior presidente, que teve grandes dificuldades para realizar a sua obra, pois os meios eram escassos e assim restava apenas tentar cobrir os custos com o pessoal”, esclarece o nosso interlocutor.
Apoio do Poder Central é essencial
Mas o que tem mudado no âmbito do Turismo nacional, mais concretamente da região algarvia? De que forma é que a atual conjuntura nacional e internacional tem vindo a criar barreiras e obstá-
culos difíceis de ultrapassar? “O cenário a nível interno e internacional é ainda uma incógnita constante e confirma que a legislação que se prepara para entrar em vigor vem impor mudanças no que concerne à promoção interna e externa”, salienta o nosso interlocutor, esclarecendo a atual posição da instituição que lidera relativamente ao futuro. “As entidades regionais ficam responsáveis pela promoção em Portugal e nas regiões transfronteiriças, neste caso concreto a Espanha. Em relação à promoção externa, o Turismo de Portugal comprometeu-se com a ATA – Associação Turismo do Algarve para a contratualização, até ao final de 2013, de financiamento até cinco milhões de euros, que está a ser gas-
Apostar no Algarve – Produto de Valor garantido Uma das principais características do atual presidente da Região de Turismo do Algarve é a sua frontalidade. “Conheço como poucos as especificidades da região algarvia, e existem ainda questões que devem ser esclarecidas. São matérias de foro público como a cobrança de portagens na Via do Infante, a situação do Aeroporto de Faro e, mais recentemente, da possibilidade do Rali de Portugal deixar de estar sedeado no Algarve e Alentejo”, salienta, assegurando que tem tentado demonstrar, junto de diversas personalidades e entidades, “que o nosso destino turístico, até à entrada em vigor das portagens, tinha um forte reforço de visitantes de Espanha, graças à promoção realizada pela Região de Turismo do Algarve e pela autarquia de Albufeira. No ano passado, o turismo espanhol desceu cerca de 20 por cento e isso tem a ver com a conjuntura atual, mas também com as barreiras físicas e psicológicas que foram introduzidas. Desta forma perdemos competividade perante outros destinos turísticos. Temos de compreender que o nosso destino só será competitivo se estiver munido com as mesmas facilidades do turismo espanhol”. Desta forma, o nosso interlocutor garante que tem mantido um diálogo acesso e regular com outros intervenientes do outro lado da fronteira, principalmente no que versa relativamente aos custos acrescidos e pela própria burocracia que rodeia o pagamento das portagens e que tem sido responsável pela diminuição de visitantes no Algarve. Líder prático, Desidério Silva tem colocado algumas propostas em cima da mesa. “Portugal tem de compreender que o Algarve representa cerca de 40 por cento do turismo nacional. A última proposta que fiz versava sobre a possibilidade de isenção aos fins de semana, para toda a gente, num contexto de avaliação da entrada de divisas na região. Isto é fundamental”, aponta, antes de referir que um dos fatores que marca a diferença na competitividade entre mercados concorrentes é a questão do IVA. “Veja-se este quadro. O IVA na restauração em Espanha é de 10 por cento, e em Portugal de 23. O IVA no golfe de oito por cento em Espanha e de 23 em Portugal. O nosso destino é competitivo se tiver as mesmas facilidades dos vizinhos e é fundamental que estas barreiras possam ser derrubadas para se alavancar a economia regional. Temos de perceber que o Algarve representa um potencial turístico enorme e que é fundamental para o país. Não podemos continuar a desaproveitar estas oportunidades. Temos de continuar a apostar fortemente neste «produto» de valor que é o Algarve”, finaliza Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve.
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to em ações muito fortes nos principais mercados emissores de turistas para a região”, assume categórico Desidério Silva, que recentemente conquistou mais uma valia para o Algarve, ou seja, conseguiu uma campanha extra para o inverno 2013/2014 e que será direcionada para os mercados tradicionais da Alemanha, Holanda, Irlanda e Inglaterra, bem como para outros mercados considerados complementares como o Canadá, Escan-
dinávia, França e Áustria. A consciência de que Portugal deve continuar a apostar nas potencialidades do seu turismo é evidente. A questão passa por compreender a recetividade dos governantes portugueses para que esse desiderato seja de facto cada vez mais uma realidade. Para já o cenário não é o melhor, principalmente pelo corte de verbas que foram alvo as Entidades Regionais de Turismo, algo que preocupa
o nosso entrevistado. “As contas ainda não estão efetuadas, mas já manifestei ao poder central a nossa insatisfação perante dois critérios de atribuição de meios financeiros que são bastante penalizadores para o Algarve”, assevera. Quais são esses critérios? “Está relacionado com o número de dormidas e de turistas e sabemos que os valores reais, na nossa região, são bastante superiores aos dados estatísticos. Temos que de-
monstrar que, além dos 13 milhões de dormidas oficiais, temos cerca de 17 ou 18 milhões e que, além dos dois milhões e 600 mil turistas oficiais, temos perto de cinco milhões. Isso pode ser quantificado através do alojamento local e do turismo residencial, bem como dos consumos de água, eletricidade e da recolha de resíduos sólidos, e nisto a AMAL, a CCDR e os municípios podem desempenhar um papel importante.
INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
2.º Fórum Iniciativas à I&D+i decorreu no Lispólis, Pólo Tecnológico de Lisboa
“É possível começar de muito pequeno, evoluir e fazer grandes coisas” Com o objetivo de promover a divulgação e disseminação de Modelos de I&D+i, Redes de Conhecimento e Instrumentos e Políticas de Financiamento que as empresas têm ao seu dispor, a F. Iniciativas realizou a segunda edição de um encontro que é já a marca desta entidade. Dos modelos públicos e privados de I&D+i (Investigação e Desenvolvimento e Inovação) às ferramentas de financiamento, a organização apostou na diversificação, tentando trazer os peritos de cada área de abordagem. No final, foram conhecidos três casos de sucesso para que se saiba que para se ser grande é preciso começar do zero.
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inda há a política de que ninguém dá nada a ninguém e que estas ajudas são só para alguns. A nossa missão é desmistificar essa ideia”. As palavras de Telma Paz, Diretora Geral Adjunta da F. Iniciativas abrem as hostes de um evento que vai já na segunda edição. Partindo do princípio de que a inovação tecnológica gerada pela Investigação & Desenvolvimento assume um papel vital no impulso à competitividade empresarial, Portugal, apesar de ainda ter um longo caminho a percorrer, está a dar passos sólidos nesse sentido, tal como Telma Paz começou por dizer aos participantes. “De 2005 a 2008, Portugal duplicou o seu investimento em I&D, sendo hoje, tal como Espanha e a nível da União Europeia, moderadamente inovador. Existem ferramentas e meios de financiamento mas é necessário adotar uma estratégia. Com base no nosso posicionamento internacional, prestamos todo o apoio à internacionalização. A nossa ambição é fazer mais e melhor”, garantiu. Estava, desde modo, aberto um evento que aproximou agentes de vários segmentos de atividade. Universidades, Empresas, Entidades Públicas
ou Estudantes comunicaram e aproveitaram ao máximo as condições que a F. Iniciativas criou num único espaço, Lispólis (Pólo Tecnológico de Lisboa) e num mesmo dia, 27 de novembro. Paulo Carvalho, Diretor Municipal de
Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa (CML), começou por apresentar Lisboa como uma “cidade do conhecimento e inovação”. “Lisboa é uma das cidades mais criativas do Mundo e tem de adotar uma estraté-
gia para se afirmar. Neste sentido, a CML não vende produtos mas funciona como orquestrador de um conjunto de atores chave”, afirmou. O conhecimento centralizado em Lisboa diz tudo: 104 instituições de ensino superior,
Vasco Teixeira Coordenador do Projeto Nanovalor “O investimento em investigação e desenvolvimento faz parte da solução para recuperar a economia do país. O objetivo da União Europeia é aumentar o investimento nesta área de forma a alinhar a despesa em I&D pela dos EUA e Japão”
Paulo Carvalho Diretor Municipal de Economia e Inovação da CML “É necessário promover a internacionalização e a capacidade competitiva da economia de Lisboa. Mas, Lisboa não tem de competir nem com Oeiras nem com Sintra. Tem de competir a uma escala global”.
Carlos Pires Head of Innovation Management do Grupo Salvador Caetano “Um empreendedor social é um agente de mudança que altera a sociedade para melhor. Um intraempreendedor social, além da sua actividade normal, lança desafios sociais e ambientais que não avançam por falhas no mercado”.
Pedro Cilínio Direção de Gestão de Incentivos e de Créditos – IAPMEI “Investigação e Inovação, Competitividade das PME e eficiência energética e energias renováveis são as principais prioridades para o FEDER 2020”.
Telma Paz
Pontos de Vista Dezembro 2013
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De 2005 a 2008, Portugal duplicou o seu investimento em I&D, sendo hoje, tal como Espanha e a nível da União Europeia, moderadamente inovador. Existem ferramentas e meios de financiamento mas é necessário adotar uma estratégia. Com base no nosso posicionamento internacional, prestamos todo o apoio à internacionalização. A nossa ambição é fazer mais e melhor
140 mil estudantes, 30 mil licenciados ou 158 centros de I&D são alguns dos números que ilustram esta realidade. Seguiu-se Vasco Teixeira, Coordenador do Projeto Nanovalor que centrou a sua apresentação na transferência de tecnologia das entidades do sistema científico e tecnológico nacional, com enfoque em exemplos derivados da nanotecnologia. Sendo objetivo da União Europeia aumentar o investimento nesta área de forma a ficar alinhada com a despesa em I&D dos EUA ou Japão, Portugal tem ainda um longo caminho a fazer. Segundo Vasco Teixeira, há uma escassa articulação entre estratégias públicas de I&D e as reais necessidades das empresas. O Projeto Nanovalor tem contribuído para a alteração deste paradigma mas “Portugal ainda não se apercebe que já tem tanta competência ao nível das empresas na nanotecnologia”, defendeu o investigador da Universidade do Minho. O primeiro painel terminou com o tema “Intraempreendedorismo e Redes Colaborativas” por Carlos Pires, Head of Innovation Management do Grupo Salvador Caetano. Ao longo do seu discurso, foi dando exemplos, nomeadamente: de entidades empreendedoras (3M, Apple ou Google) ou de Intraempreendedores Sociais (Dan Vermeer da
Coca-Cola, Sam McCracken da Nike, ou Bob Annibale do Citibank), terminando a sua apresentação com o repto: “todo o processo de colaboração exige disciplina, trabalho e preparação”. O final da manhã foi dedicado às Redes de Conhecimento para o I&D+i e Competitividade Empresarial com as intervenções de Gonçalo Amorim, Diretor do Programa MIT Portugal; Vasco Lagarto, Presidente da Comissão Executiva do TICE.pt; e João Caetano, Diretor de I&D+i do INTELI – Centro de Inovação que revelou alguns dados sobre a Rede de Living Labs. Portugal afirma-se como um dos principais promotores deste movimento europeu em torno da inovação aberta, alicerçado em valores como a cooperação, sustentabilidade ou empreendedorismo. E, de facto, estes três oradores sublinharam a importância de cooperação entre os diversos parceiros para que cada um consiga atingir os seus próprios objetivos.
Ricardo Migueis National Contact Point – GPPQ/FCT “Há uma baixa presença de entidades nacionais nos grandes grupos europeus que influenciam os programas de trabalho europeus. Há, por isso, uma grande dificuldade em entrar nos consórcios”.
Filipa Coelho EUREKA National Project Officer – FCT “O Programa EUROSTARS resulta da colaboração entre a EUREKA e a Comissão Europeia. Tem 32 países integrantes, mais dois estados associados”.
Modelos de Financiamento
Ao longo de dois painéis, que terminaram com chave de ouro com a intervenção de Antoine Abbatucci, Coordenador Internacional da F-Iniciativas, foram abordados vários modelos de financiamento atualmente existentes e
ao dispor das empresas para que elas se tornem mais competitivas e se diferenciem das demais. Com o impulso da União Europeia, muitos países têm implementado sistemas de incentivos fiscais com o intuito de promover as atividades de Investigação e Desenvolvimento. Em Portugal não é exceção. A F. Iniciativas acompanha, assim, as empresas na procura de fontes de financiamento da I&D e da Inovação, trazendo os melhores oradores para falarem dos desafios que as empresas terão de enfrentar no futuro, com a ajuda de programas como: o Quadro Estratégico Comum 2014-2020; o Horizonte 2020 (Programa Quadro de Investigação e Inovação) que uniformiza todo o financiamento em investigação e inovação e pretende desenvolver uma melhor sociedade, indústrias competitivas e uma ciência de excelência; a Iniciativa EUREKA ou o Programa EUROSTARS. Do BPI, chegou ainda Lurdes Pinho, Responsável pelas Operações Especiais desta entidade, que nos traçou em considerações gerais os principais pontos da Linha BPI/FEI Inovação, uma linha de financiamento para empresas inovadores com garantia do Fundo Europeu de Investimento. O evento terminou com a apresentação de três casos de sucesso. Para Telma
João Caetano Diretor de I&D+i – INTELI – Centro de Inovação “O ciclo de inovação envolve três principais fases: investigação, demonstração (testbeds; financiamento público e privado) e implementação”.
Porquê escolher a F. Iniciativas? - Experiência; - Reconhecimento; - Rede Internacional; - Conhecimento do negócio; - Serviços Combinados.
Paz, “são verdadeiros exemplos. Alguns com mais experiência e maturidade, outros mais recentes, são três casos bastante distintos a quem recorremos para mostrar que é possível começar de muito pequeno, evoluir e fazer grandes coisas”, defendeu. Falamos da Magnum Cap, uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções de gestão e disponibilização de energia elétrica; da Olisipo, vocacionada para o outsourcing de especialistas de tecnologias de informação e comunicação; e da R&D Nester, o novo centro de investigação e desenvolvimento da REN e da State Grid Corporation of China.
Principais caraterísticas do Programa Horizonte 2020: - Trata-se de um novo instrumento de financiamento europeu para Investigação, Desenvolvimento e Inovação; - Agrupa num único programa os instrumentos e procedimentos anteriores. Substitui o FP7; - Orçamento de aproximadamente 70 000 milhões de euros no período 2014-2020; - Financiamento único para projetos, podendo cobrir até cem por cento dos custos reais; - Participação em consórcio e com mínimo de três países comunitários; - Diferentes instrumentos de participação. Projetos com dois-quatro anos, com orçamento entre três-cinco milhões (em função do alcance e do tópico); - Maior enfoque para a cobertura de todo o ciclo de inovação com projetos orientados para o mercado.
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INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
www.gocondominio.pt, a ferramenta online de gestão de condomínios, em destaque
A forma mais fácil de gerir condomínios A GOcondomínios é uma aplicação web que inclui todas as ferramentas necessárias ao auxílio na gestão e administração de condomínios. Não precisa adquirir nem instalar qualquer tipo de software, basta ter acesso à internet para poder usar esta plataforma. Poderá ainda testá-la gratuitamente durante 30 dias sem qualquer tipo de limitação. Lançada pela Sopenfor, fique a conhecer a aplicação que veio simplificar a administração de condomínios através desta entrevista ao Administrador da empresa Francisco Osório de Aragão.
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Que balanço faz do percurso que a Sopenfor tem vindo a percorrer ao longo destes quase 30 anos de existência? Muito positivo. Ao longo destes anos fomo-nos adaptando e utilizando as diversas gerações de linguagens e plataformas de desenvolvimento de software. Criámos inúmeras aplicações em diversas áreas, nomeadamente em universidades, na banca, em companhias de seguros, e outras aplicações específicas.
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Especializada no desenvolvimento de software, de que forma conseguem corresponder em termos de inovação numa área em que o desenvolvimento é constante e acelerado? Estamos em constante atualização e adaptação a novas tecnologias graças a uma estrutura ligeira e ágil, não estando “amarrados” a sistemas tecnológicos pesados e tendo ainda uma equipa de desenvolvimento que alia a experiência de elementos que estão na fundação da Sopenfor a jovens informáticos.
Um dos exemplos mais recentes de aplicações desenvolvidas pela Sopenfor é a Gocondominio. Como tem sido a recetividade à mesma? A aplicação tem sido mais procurada por particulares ou empresas de condomínios? GOcondomínios foi lançada no início de 2013. O nosso principal objetivo é o da consolidação de uma plataforma online com a máxima qualidade. Numa perspetiva comercial, o lançamento foi feito apenas com recurso a um investimento muito pequeno no sistema AdWords da Google. Para além disso, criámos uma página no Facebook. Atualmente o número de clientes particulares é superior ao número de clientes empresa gestão de condomínios, apesar do lançamento ser muito recente já temos muitos
Francisco Osório de Aragão
clientes em ambos os casos. Temos tido excelente recetividade e satisfação dos nossos clientes e mantemos uma constante interação, sempre na busca de melhorias e desenvolvimento de novas funcionalidades.
Como funciona a Gocondominio? Quais as principais funcionalidades desta plataforma? GOcondomínios é uma plataforma 100 por cento online. Para a utilizar, basta uma ligação à Internet e um browser (Internet Explorer; Google Chrome; Mozila; entre outros). Não é necessário qualquer tipo de instalação, está sempre disponível a última versão e os utilizadores não têm necessidade de fazer qualquer tipo de segurança de dados. Existem dois tipos de registo: condomínios particulares ou empresas de gestão de condomínios. Para as empresas existe uma área espe-
“Ao longo destes anos fomo-nos adaptando e utilizando as diversas gerações de linguagens e plataformas de desenvolvimento de software. Criámos inúmeras aplicações em diversas áreas, nomeadamente em universidades, na banca, em companhias de seguros, e outras aplicações específicas”
cífica que, resumidamente, tem as opções: - Manutenção de tabelas comuns aos condomínios da Empresa: - Centros; Rubricas e Entidades; – Gestão de utilizadores; – Gestão de condomínios: Criação; Entrada na área do condomínio. No espaço de cada condomínio, tanto particulares como os condomínios das empresas, temos, também muito resumidamente, as seguintes funcionalidades: - Tabela das Frações; – Tabela dos Condóminos. Cada condómino pode ter um inquilino. O inquilino pode participar no pagamento de quotas, neste caso tanto o condómino como o inquilino terão uma conta corrente; – Manutenção das tabelas: Centros, Rubricas, Contas Bancárias, Entidades; – Orçamentos do Condomínio. Os orçamentos podem gerar plano de quotas, neste caso o sistema gera automatica-
GOcondomínios é uma plataforma 100 por cento online. Para a utilizar, basta uma ligação à Internet e um browser (Internet Explorer; Google Chrome; Mozila; entre outros). Não é necessário qualquer tipo de instalação, está sempre disponível a última versão e os utilizadores não têm necessidade de fazer qualquer tipo de segurança de dados. Existem dois tipos de registo: condomínios particulares ou empresas de gestão de condomínios
Em plena era digital faltava uma plataforma onde fosse possível tratar estas questões relacionadas com os condomínios, para as quais, muitas vezes, não sobra muito tempo? Foi uma lacuna que identificaram no mercado para a qual deram uma resposta? Sim. Tanto para as empresas de gestão de condomínios como para os condomínios particulares, não existia uma plataforma online sólida e completa. No caso dos condomínios particulares pensamos mesmo que praticamente não existe o hábito de utilização de aplicações informáticas.
Pontos de Vista Dezembro 2013
“GOcondomínios foi lançada no início de 2013. O nosso principal objetivo é o da consolidação de uma plataforma online com a máxima qualidade. Numa perspetiva comercial, o lançamento foi feito apenas com recurso a um investimento muito pequeno no sistema AdWords da Google. Para além disso, criámos uma página no Facebook” mente a quota associada ao orçamento. As quotas podem estar de acordo com as permilagens; – Criação de quotas de forma “manual” (não associadas a orçamento). As quotas podem ser calculadas com base na permilagem ou introduzidas manualmente. – Recebimentos de condóminos ou inquilinos. Todos os pagamentos incrementam o saldo da conta corrente. As quotas podem ser posteriormente dadas como pagas com base no saldo disponível da conta corrente; – Gestão de Quotas. Permite dar as quotas como pagas, tendo como base o saldo da conta corrente. Emissão de avisos de pagamento de quotas, possibilidade de envio automático por email; – Recebimentos / pagamentos do condomínio. Diversas listagens / balanços; – Manutenção do condomínio: Acompanhamento de obras; Tabela de zonas e equipamentos; Registo de vistorias ao condomínio; – Arquivo de documentos em formato PDF. Manutenção de minutas numa área
(administração e condóminos), dispensar qualquer tipo de assistência especializada, dispensar grande parte dos papéis (avisos de pagamentos / recibos / extratos de conta / balancetes / balanços que podem ser enviados por email e consultados online), assim como o muito reduzido custo.
com hipertexto. Geração, com possibilidade de envio por email aos condóminos, de documentos com base nas minutas.
E quais são as principais vantagens associadas à plataforma? São as de termos um sistema disponível em qualquer parte, acessível por todos
Quais os objetivos da Sopenfor para os próximos anos? Que metas querem ver atingidas? Pretendemos uma permanente melhoria da qualidade e chegar ao mercado dos condomínios particulares. Neste momento, estamos a desenvolver uma aplicação para a plataforma Android. Pretendemos possibilitar, numa primeira fase, a consulta a partir dos equipamentos existentes com esta plataforma. 21
EMPREENDEDORISMO
António Chaves Costa, C.E.O da Tecnifar, em grande plano
“Na Tecnifar criamos Fórmulas para a Vida” A Tecnifar é uma empresa que encara o mercado farmacêutico de forma distinta: onde uns veem saúde, a Tecnifar vê vida. É desta forma que a marca sustenta a sua posição, através de papel ativo na melhoria da qualidade de vida da sociedade, buscando de uma forma contínua o conhecimento e o desenvolvimento de soluções inovadoras nas diferentes áreas de atuação. O universo empresarial começa, cada vez mais, a apostar fortemente na componente da responsabilidade social. A Tecnifar é também o paradigma disso mesmo, apostando em diferentes desafios no âmbito da intervenção social e que têm como desiderato primordial a promoção e o fortalecimento das relações sociais no seio da empresa, fomentando esse estado de espírito para iniciativas de entreajuda e de apoio a causas sociais meritórias. António Chaves Costa, C.E.O da Tecnifar, abordou diversos temas ao longo da conversa com a Revista Pontos de Vista, sendo percetível que esta não é uma marca qualquer. A sua orgânica e essência assenta, acima de tudo, no fazer bem aos outros e pelos outros.
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António Chaves Costa
A Tecnifar é uma marca que encara o mercado farmacêutico de forma distinta: onde uns veem saúde, a Tecnifar vê vida. Mais do que dar resposta aos desafios da indústria, pretende apostar nas expectativas dos agentes que operam no setor e nas necessidades da população. De que forma é que a Tecnifar tem vindo a preconizar este desiderato? Somos um Grupo que nasceu para ter um papel ativo na melhoria da qualidade de vida das populações e que
procura incessantemente aprofundar o conhecimento e desenvolver soluções inovadoras nas suas áreas de atuação. Um Grupo que conta hoje com uma oferta alargada em três áreas chave da saúde: dos produtos de prescrição médica aos otc’s, passando pelos mais modernos meios médicos de diagnóstico. Na Tecnifar criamos Fórmulas para a Vida. De que forma é que o vosso posicionamento tem levado a empresa a
disponibilizar uma oferta de produtos inovadores e a desenvolver novas soluções? É esta atitude que permite que a marca esteja numa posição cimeira perante o mercado? Faz parte da nossa missão operar com ética, rigor e empenho, valores também reconhecidos pelos nossos parceiros. Esta consistência e coerência, tem-nos permitido trabalhar em parceria com companhias de referência na área da saúde, lançando produtos e soluções terapêuticas inovadoras, bem como re-
presentar um papel relevante na área de I&D a nível nacional.
A Tecnifar é uma referência das empresas portuguesas na área da Saúde, com crescente reconhecimento internacional. Como analisa o posicionamento da Tecnifar no âmbito externo? Apreciamos o crescente reconhecimento internacional, mas queremos ir mais além. É para nós estratégico alavancarmos o nosso reconhecimento e imagem
Pontos de Vista Dezembro 2013
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Com a integração da Responsabilidade Social na cultura interna da Tecnifar, fortalecem-se as relações sociais dentro da empresa e envolvem-se os colaboradores em iniciativas de entreajuda e de apoio a causas sociais meritórias
externa como um meio para acelerarmos o processo de internacionalização, que se pode revestir de diversas formas, mas que passará sempre por queremos competir, através das nossas principais “marcas” de produtos ou serviços, nos mercados externos em que possamos acrescentar valor.
De que forma tem sido necessário atuar de uma forma distinta do mercado interno, para assim singrar e conquistar o setor a nível internacional? De que forma têm aumentado o vosso impacto além-fronteiras? Enquanto empresa de capitais nacionais, com claras responsabilidades na definição e respeito dos códigos deontológicos da APIFARMA ou das multinacionais com as quais temos parceria, estamos formatados para o respeito de compromissos bastante rigorosos, que estreitam as nossas opções de ação promocional. Desenvolveram-se, também por isso, padrões de criatividade e flexibilidade que nos têm permitido alcançar objetivos importantes também a nível internacional. No próximo triénio, o plano estratégico do Grupo privilegia, vincadamente, a aposta em novas geografias e a consolidação em países onde já temos presença importante. A aposta em marcas próprias, detidas pelo Grupo, será também uma linha estratégica a continuar de forma a garantir a presença e o crescimento de marcas portuguesas no mundo. A inovação assume-se como um vetor essencial em todos os setores, sendo
que o da saúde não «escapa» a esse desígnio. Desta forma, de que forma é que promovem a Inovação na vossa atuação em áreas ligadas ao diagnóstico e às terapêuticas? A Tecnifar sempre procurou estar na vanguarda da inovação terapêutica, tendo desenvolvido ao longo da sua existência, numerosos acordos de licenciamento com participação em ensaios clínicos, que culminaram no acesso dos portugueses a novas classes terapêuticas sendo exemplo disso, os medicamentos first-in-class – primeiro antiagregante plaquetário e o primeiro contracetivo oral de emergência. Há cerca de 7 anos decidimos arrancar, em parceria com a empresa Tecnhophage, com um projeto arrojado de Investigação & Desenvolvimento numa área de unmet need recorrendo a um conceito terapêutico totalmente inovador – o da terapia bacteriofágica -no combate às infeções provocadas por agentes bacterianos multirresistentes aos antibióticos atualmente disponíveis. TP 102 é o nome de código do Lead Project que terminou com sucesso a fase pré-clínica do Plano I & D e está na iminência de submeter à FDA o pedido de entrada em ensaios clínicos – IND. As parcerias são fundamentais no domínio da inovação? De que forma é que assume essa rede de parceiros na área da I&D? Quem são os vossos principais parceiros neste domínio? Os Edifícios do Saber, vulgo Universidades, são parceiros de excelência?
Sim, é imprescindível sermos capazes de reconhecer que, para podermos enveredar por caminhos onde outros ainda não chegaram, é necessário estabelecer parcerias que permitam potenciar sinergias e tirar o melhor proveito dos projetos. Fomos por isso a primeira empresa portuguesa a celebrar uma parceria de licenciamento com uma multinacional farmacêutica ainda na década de 70 e desde então são numerosas as parcerias estabelecidas não só com a big pharma com acesso a moléculas inovadoras mas também com empresas europeias de média dimensão e com expertise em áreas específicas no desenvolvimento de novas tecnologias farmacêuticas, sobretudo na área do Sistema Nervoso Central, onde temos vindo a ser pioneiros. Por outro lado, sem dúvida que a in-
vestigação translacional ou “bench to bedside” que transpõe o conhecimento científico das universidades para a proximidade dos clínicos e dos doentes, é o segredo para o sucesso na aplicação real dos projetos de investigação. Portugal tem já alguns polos com esta característica mas tem ainda muito a percorrer para tirarmos o melhor proveito da excelência destas parcerias entre investigadores, empresas farmacêuticas, empresas de biotecnologia e hospitais. A parceria da Tecnifar - Technophage – Instituto de Medicina Molecular - Hospital Sta. Maria, no desenvolvimento do TP 102 tem-se revelado um bom exemplo dessa complementaridade. A Política da Qualidade é parte integrante das atividades a todos os níveis, assumida pela Administração e implementada com a ajuda dos vossos colaboradores. Em que vertentes é possível analisar a qualidade na orgânica da marca? Que quota-parte de
23 Quais são os principais desafios que se colocam às três marcas de futuro? Como analisa 2014? A continuidade da expansão geográfica é para manter? Às três marcas corporativas do Grupo – TECNIFAR, WELANCE e IMAG – cumpre o papel de isolar as suas operações em termos éticos e operacionais. Contudo, perante os utilizadores dos produtos e serviços dessas marcas, queremos uma confiança mutuamente endossada. Ou seja, qualquer consumidor de produtos WELANCE pode confiar nos serviços IMAG, ou medicamentos TECNIFAR, uma vez que os padrões éticos e de Qualidade estão estandardizados dentro do Grupo. 2014 será mais um ano difícil e estamos com confiança crescente na nossa equipa que, estoicamente, tem conseguido sustentar e até desenvolver novos negócios dentro do Grupo. É um ano em que o apelo à coesão vai ser reforçado e no qual serão desenvolvidos novos desafios orgânicos. Acreditamos que em 2014 a expansão geográfica será reforçada.
EMPREENDEDORISMO
responsabilidade possuem os vossos recursos humanos no sucesso alcançado pela marca? Numa indústria altamente regulada e competitiva como é a indústria farmacêutica, a Tecnifar, ao longo de mais de quatro décadas de existência, apostou sempre em vincular todas as suas atividades à disciplina de qualidade, conformidade, ética e rigor, só possível de alcançar com um capital humano consciente, empenhado, profissional e motivado. Esta abordagem - que reflete os valores, visão e missão da Tecnifar - e onde se suporta a Política da Qualidade recentemente desenvolvida, torna a Tecnifar uma referência das empresas portuguesas na área da Saúde, com crescente reconhecimento internacional, e a sua continuidade só é possível com o envolvimento de todos, através de uma participação ativa pela consciencialização, adoção e aplicação intuitiva nos processos diários da empresa, pelo que o envolvimento de todos quanto trabalham na Tecnifar é o principal Fator Crítico de Sucesso. 24
A formação dos mesmos (recursos humanos) de uma forma constante e regular é um dos vossos fitos? Dada a natureza da dinâmica da empresa em melhorar continuamente o seu desempenho através da diversificação e inovação dos seus produtos e serviços, constituindo desafios contínuos à organização e a quem faz parte dela, a Tecnifar, consciente da necessidade de melhorar continuamente as competências/ aptidões dos seus recursos humanos, promove periodicamente ações de formação nas áreas de marketing e vendas, técnico-científicas e comportamental, para que, com competência e eficácia, os colaboradores continuem a dar o seu melhor na realização das suas ativida-
António Chaves Costa, C.E.O da Tecnifar, em grande plano
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Numa indústria altamente regulada e competitiva como é a indústria farmacêutica, a Tecnifar, ao longo de mais de quatro décadas de existência, apostou sempre em vincular todas as suas atividades à disciplina de qualidade, conformidade, ética e rigor, só possível de alcançar com um capital humano consciente, empenhado, profissional e motivado
des. O Grupo Tecnifar está acreditado pela DGERT como entidade formadora desde 2009, para os domínios de organização, promoção desenvolvimento/ execução de intervenções e atividades formativas nas áreas de Ciências da Vida e Saúde. É importante referir que o Grupo conta com a colaboração direta e recorrente de mais de 250 colaboradores, traduzindo-se numa enorme responsabilidade e oportunidade de termos um papel diferente e importante na vida destas famílias.
No setor em que atuam, quais são as principais lacunas que conseguem identificar? De que forma é que as mesmas promovem dificuldades na execução dos vossos projetos? De que forma conseguem contornar esses obstáculos? A APIFARMA e as empresas suas associadas têm sido parceiros do Ministério da Saúde, contribuído com mais de 600 milhões de euros para a redução da despesa do Estado em medicamentos. Naturalmente, este esforço teve fortes repercussões na rentabilidade das empresas, quer pela redução do valor do mercado interno, quer pelas barreiras à entrada da inovação. A forma de contornar estes obstáculos tem sido através de uma melhor rentabilização do portefólio de pro-
dutos e estrutura existentes e agilização do crescimento nos mercados externos.
A Responsabilidade Social do universo empresarial tem vindo a aumentar nos últimos anos. De que forma é que a Tecnifar mantém e aposta numa política de intervenção social ativa e consistente? A Tecnifar mantém uma política de intervenção social ativa e consistente, tendo chegado, por exemplo, via Projeto SMS – Solidariedade Médica e Social - ao longo de 7 anos, a mais de 40.000 pessoas por todo o país. Na Educação para a Saúde, na Prevenção para a Doença e noutros projetos inovadores de entreajuda, a Tecnifar efetua esforços consistentes, com efeitos práticos e muito positivos na comunidade. Com a integração da Responsabilidade Social na cultura interna da Tecnifar, fortalecem-se as relações sociais dentro da empresa e envolvem-se os colaboradores em iniciativas de entreajuda e de apoio a causas sociais meritórias
Em que projetos inovadores e de superior valia é possível identificar essa Responsabilidade Social? Em tempo de crise sente que a responsabilidade das empresas neste âmbito aumenta?
A nível da comunidade, para além do nosso próprio Projeto SMS, temos as BICE – Bolsas de Investigação Clínica em Epilepsia, as BICUS – Bolsas de Investigação Clínica em Unidades de Saúde e as Bolsas de Investigação em Cefaleias. Apostas claras no desenvolvimento e inNo âmbito da investigação levada a cabo pela Tecnifar onde entra a dinâmica da Biotecnologia que, como sabemos, tem vindo a crescer exponencialmente nos últimos anos? Como já foi referido, a parceria que estabelecemos com a empresa de biotecnologia portuguesa Technophage, em 2006, permitiu-nos enveredar por projetos de I & D em tecnologias de vanguarda como é a área da terapia fágica que utiliza pequenas partículas virais – os bacteriófagos - altamente específicas para infetar e destruir as bactérias responsáveis por graves infeções clínicas. Percebemos por isso em boa hora a mais-valia de investirmos em projetos de I &D em áreas de biotecnologia.
Pontos de Vista Dezembro 2013
um importantíssimo papel na disponibilização de assistência médica e cuidados básicos de Saúde a quem mais deles precisa, e que, por falta de recursos financeiros ou por dificuldades de acesso por motivos geográficos ou debilidades físicas, não lhes pode aceder. As ações no terreno (financiadas a 100 por cento pela Tecnifar) envolvem para além destes voluntários, equipamentos e recursos, e promovem um espirito de entreajuda e contacto direto com as populações, refletindo-se com grande impacto no bem-estar de todos os envolvidos. O projeto SMS conta com a participação regular e dedicada de colaboradores da Tecnifar, que prestam o seu apoio no desenvolvimento e na implementação das ações. No âmbito da Responsabilidade Social existem mais projetos a ser desenvolvidos e realizados? Se sim, quais? Para além de todos os projetos em curso estamos a preparar a certificação em Responsabilidade Social pela ISO 26000.
vestigação no âmbito destas patologias. A Tecnifar é ainda membro do GRACE – Grupo de Reflexão e apoio à Cidadania Empresarial, colabora com a Fundação do Gil, sendo um dos patrocinadores do Dia do Gil (visitas semanais a 28 hospitais), com a Associação Salvador e ainda com inúmeras Associações de Doentes (APDP – Associação Portuguesa dos Diabéticos de Portugal, APDPK – Associação Portuguesa dos doentes de Parkinson, APAMCM – Associação Portuguesa de apoio à Mulher com Cancro de Mama) através de patrocínios, material educativo de apoio aos doentes, ras-
treios, e ações de sensibilização. A nível interno, a Tecnifar oferece aos seus colaboradores uma série de fringe benefits que passam por seguros de saúde, subsídios de parentalidade (para quem tem filhos), fruta fresca duas vezes por semana entregue no escritório, isenção de taxas moderadoras nos centros de diagnóstico IMAG, entre outros. O Projeto SMS é o paradigma claro do que faz neste domínio a Tecnifar? Quais as mais-valias desta iniciativa que teve a sua génese em 2006? O que trouxe de novo o mesmo?
O Projeto SMS nasceu na Tecnifar em 2006. Combina a capacidade profissional e a vontade pessoal de muitos profissionais de saúde para, em conjunto e em regime de voluntariado, participarem numa causa maior, dando apoio a populações carenciadas no território nacional, através da prestação de cuidados básicos de saúde ou de ações de sensibilização, exames complementares de diagnóstico (densitometrias, eletrocardiogramas e espirometrias) e rastreios gratuitos. As equipas de profissionais de saúde que de forma generosa oferecem o seu tempo e o seu know-how, têm tido
No seio do Grupo Tecnifar qual a relevância das vossas marcas Welance e Grupo IMAG? Fale-me um pouco de ambas… A inovação é também uma das imagens de marca destas empresas? Temos hoje uma abrangência de ação com a qual estamos bastante satisfeitos e realizados. Para além da área tradicional do Grupo – Fármacos de prescrição médica – desenvolvemos duas áreas que entendemos estratégicas e sinérgicas. A montante da terapêutica medicamentosa, está o Diagnóstico e, nesse sentido, fundámos em 2010 a IMAG – Imagens Médicas pela Vida. Entendemos que o diagnóstico por técnicas de imagem – inclui os exames de Imagiologia, Cardiologia e Gastrenterologia – seria uma área interessante, uma vez que é uma das áreas com maiores inovações pelo mundo fora e isso está no ADN do Grupo. Já em 2012 lançámos a marca WELANCE como umbrela dos nossos produtos de Equilíbrio e Bem-Estar, de forma a correspondermos a uma necessidade crescente do mercado com produtos inovadores e que podem ser complementares com os fármacos de prescrição.
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EMPREENDEDORISMO
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A Welance é uma marca de referência na venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica, Dispositivos Médicos e Suplementos Alimentares. Porquê a aposta nestas áreas? Busca da complementaridade? Reforço o que transmiti na questão anterior: acreditamos acima de tudo que podemos ter um papel importante na VIDA das pessoas. Nesse sentido, o nosso trabalho pela vida e, acima de tudo, pela qualidade de vida, está expresso nas nossas opções estratégicas que se têm revelado sinérgicas e complementares. A marca WELANCE é um desses pilares. O capital de confiança que um Grupo com mais de 40 anos deu a marcas recentes é fundamental e o rejuvenescimento dos quadros do Grupo associado à experiência de uma equipa vencedora tem dado excelentes frutos e tem deixado o Grupo indubitavelmente mais forte. O facto de possuírem no vosso seio o Grupo IMAG serve de alguma forma para promover algo que é muitas vezes esquecido na saúde, que passa pela Prevenção? A prevenção é uma das chaves de racionalidade dos sistemas de saúde. Sabemos contudo que a mudança de paradigma do diagnóstico para a prevenção é um processo de grande investimento, nos primeiros anos. Todos nós sabemos que Portugal não está em posição de realizar ou promover essa mudança de paradigma, por via do financiamento publico. Nesse sentido, temos trabalhado também com as empresas do setor privado para promovermos acordos
António Chaves Costa, C.E.O da Tecnifar, em grande plano
que promovam e facilitem o caminho do acesso à prevenção e diagnóstico. Com base em estudo recente e nas estatísticas também recentes da OCDE, Portugal tem um longo caminho a percorrer para estar ao nível dos países mais desenvolvidos em matéria de qualidade e sustentabilidade dos serviços de Saúde. Isso é irrefutável e encaramos esse gap como um claro desafio. Qual a abrangência geográfica desta rede? Existem perspetivas de crescimento da mesma? A rede está ainda em construção e queremos fazê-lo de forma assertiva, sustentada e nas zonas do país em que detetamos que podemos gerar um claro valor acrescentado para as populações. Temos já oito centros IMAG, situados em Lisboa, linha de Sintra e Faro.
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As ações no terreno (financiadas a 100 por cento pela Tecnifar) envolvem para além destes voluntários, equipamentos e recursos, e promovem um espirito de entreajuda e contacto direto com as populações, refletindo-se com grande impacto no bem-estar de todos os envolvidos. O projeto SMS conta com a participação regular e dedicada de colaboradores da Tecnifar, que prestam o seu apoio no desenvolvimento e na implementação das ações
De que forma procuram perceber os efeitos práticos e positivos para a comunidade? Esta aposta, na Responsabilidade Social, é também uma forma de envolver as próprias relações sociais no seio da empresa? Os números do trabalho feito e realizado pelo SMS, falam por si: Ações no terreno: 64 Pessoas que beneficiaram: mais de 40000 Voluntários que participaram: 915 Consultas médicas: 5284 Eletrocardiogramas: 3596 Espirometrias: 3350 Densitometrias: 3215 Avaliações nutricionais: 4600 Avaliações de glicémia, colesterol e tensão arterial: 70000 Rastreios visuais:3790 Entre outros que seria exaustivo nomear
A ENFERMAGEM EM PORTUGAL
Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, em grande entrevistA
“Não rentabilizar as capacidades dos enfermeiros significa desperdício de recursos e menos saúde” Que ninguém tenha dúvidas. A profissão do Enfermeiro assume um cariz confiável por parte da sociedade em geral, embora do outro lado da balança estejam aqueles que, infelizmente, não têm perpetuado um serviço meritório em termos da classe, da saúde nacional e dos portugueses. O Governo e as suas instituições, nos últimos tempos, nada mais têm feito do que desvalorizar e subaproveitar esta classe essencial na promoção da saúde e da qualidade de vida. Que impacto tem esta desvalorização? A Revista Pontos de Vista entrou à conversa com Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros - OE, há dois anos no cargo, onde ficamos a conhecer o que tem sido feito na proteção dos interesses dos enfermeiros e por consequência da população portuguesa. As formas de luta e de motivação promovidas pela própria OE, que é hoje o principal bastião no elevar da classe e da profissão do Enfermeiro. Saiba mais. Um testemunho que vale a pena ler e reter, porque a verdade é que um sistema de saúde sem os Enfermeiros pura e simplesmente não existe.
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Num país que se afirma progressista, ainda se assiste a inúmeras situações, graves, de unidades onde um enfermeiro fica sozinho na prestação de cuidados. Mas a falta de segurança não acontece apenas durante estados de doença. Do ponto de vista da regulação profissional o que interessa é definir padrões de qualidade para os cuidados de enfermagem e velar pelo seu cumprimento escrupuloso independentemente da tipologia de prestador Germano Couto
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Hoje, são muitos os profissionais que não se sentem realizados com a sua carreira ou porque ainda não encontraram o local certo para trabalhar ou porque estão cansados do trabalho que desempenham. São variados os motivos. Com base nesta realidade, como é ser, hoje, enfermeiro em Portugal? Apesar de ser uma profissão tida como muito confiável por parte da população, tem vindo a ser, sem dúvida, desvalorizada e subaproveitada pelas instituições e pelo Governo. Atualmente não se pen-
sa em todo o potencial que esta profissão pode atingir. Há que ver mais além, há que rentabilizar o conhecimento e as competências que os enfermeiros detêm já, neste momento. Não rentabilizar as capacidades que estes profissionais já têm, significa desperdício de recursos, menos saúde e menos cuidados disponíveis para a nossa população. A enfermagem registou entre nós, no decurso dos últimos anos, uma evolução, quer ao nível da respetiva formação de base, quer no que diz respeito à complexificação e dignificação do seu exercício
profissional e, no que concerne à qualidade e eficácia da prestação de cuidados de saúde. Durante as últimas décadas muitos enfermeiros obtiveram a sua especialidade com o objetivo, também, de progredir na carreira de Enfermagem, não sendo, em muitos casos, a mesma colocada em prática. As instituições de saúde não reconheciam este saber específico aos enfermeiros, recorrendo aos enfermeiros generalistas para quase todos os cuidados de Enfermagem. Não há dúvida de que o País necessita de cuidados de enfermagem especializados.
No entanto, as especialidades deveriam ser realizadas de acordo com as necessidades existentes. Por outro lado, não é compreensível que os enfermeiros especialistas, titulados pela Ordem dos Enfermeiros, a exercerem funções inerentes, não sejam reconhecidos e valorizados pelas instituições, sabendo de antemão que o valor acrescentado que os cidadãos vão obter são, certamente, muito superiores e de maior qualidade, promovendo-se assim a eficiência do sistema. Num país que se afirma progressista, ainda se assiste a inúmeras
Pontos de Vista Dezembro 2013
“ situações, graves, de unidades onde um enfermeiro fica sozinho na prestação de cuidados. Mas a falta de segurança não acontece apenas durante estados de doença. Do ponto de vista da regulação profissional o que interessa é definir padrões de qualidade para os cuidados de enfermagem e velar pelo seu cumprimento escrupuloso independentemente da tipologia de prestador.
Uma boa relação entre o paciente e o enfermeiro é fundamental para o sucesso de um tratamento, nomeadamente quando estamos a falar de doentes crónicos que passam, na generalidade dos casos, muitas horas com este profissional. Além de toda a formação indispensável, que características devem ser intrínsecas a um enfermeiro? O exercício profissional da enfermagem centra-se na relação interpessoal de um enfermeiro e uma pessoa ou de um enfermeiro e um grupo de pessoas (família ou comunidades). Do ponto de vista das atitudes que caracterizam o exercício profisional dos enfermeiros, os princípios humanistas de respeito pelos valores, costumes, religiões e todos os demais previstos no código deontológico enformam a boa prática de enfermagem. Neste contexto, os enfermeiros têm presente que bons cuidados significam coisas diferentes para diferentes pessoas e, assim, o exercício profissional dos enfermeiros requer sensibilidade para lidar com essas diferenças , perseguindo-se os mais elevados níveis de satisfação dos doentes. Quando o que é recomendado pelas instituições internacionais é 3,1 médicos e 8,7 enfermeiros por cada mil portugueses, em Portugal existem 3,8 médicos e 5,7 enfermeiros. Como se poderá colmatar esta discrepância? De que forma a criação da figura do enfermeiro de família pode ajudar a corrigir este défice? A Ordem dos Enfermeiros tem vindo a alertar para esta disparidade de números e está num processo de negociação com o Ministério da saúde para a aplicação de experiências-piloto ao nível da dotação de serviços com rácios adequados e seguros de enfermeiros. Em todos os países, os enfermeiros constituem o maior grupo de prestadores de cuidados. São o principal grupo de profissionais de saúde a prestar cuidados de proximidade na comunidade.
Não podemos compactuar com o desperdício atual do Serviço Nacional de Saúde, onde uma parte significativa do Orçamento de Estado para o Ministério da Saúde é desperdiçado, acima de tudo em recursos humanos que não são rentabilizados, como é o caso dos enfermeiros
Promovem e mantêm ligações entre os indivíduos, famílias, comunidades e o resto do sistema de cuidados de saúde, trabalhando tanto em autonomia como em colaboração para a prevenção da doença e da incapacidade, bem como para promover, melhorar, manter e restaurar a saúde. O seu trabalho abrange a saúde da população, a promoção da saúde, a prevenção da doença, os cuidados de bem-estar, o primeiro ponto de contacto para os cuidados e a gestão da doença ao longo de todo o ciclo de vida. Para haver progresso e obtermos em Portugal uma dotação segura de enfermeiros, é decisivo que os enfermeiros – enquanto figuras centrais na prestação de cuidados de saúde primários – se envolvam, liderem e coordenem os cuidados, e que os seus papéis na determinação de políticas e de prestação sejam encarados como legítimos e essenciais em todas as áreas. E é aqui que entra a figura do Enfermeiro de Família. Ter os enfermeiros no centro significa um acesso melhorado aos cuidados. A prevenção da doença e a promoção da saúde são exemplos perfeitos dos papéis e da influência crescente dos enfermeiros. Os enfermeiros fazem passar a mensagem de que um estilo de vida saudável é essencial para a manutenção, recuperação e melhoria da saúde. Num relatório recente a OCDE encara o reforço do papel dos enfermeiros , nomeadamente nos cuidados de saúde primários (CSP) como fator de cuidados custo-eficientes e um contributo importante para a sustentabilidade do sistema. Dando o exemplo de países como a Finlândia, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos da América, o investimento nos enfermeiros especialistas permitiu reduzir tempos de espera, aumentou a satisfação dos doentes e reduziu custos. A implementação do enfermeiro de família tem gerado alguma polémica, nomeadamente junto da Ordem dos Médicos que acredita que a atribuição de tarefas dos médicos de família a enfermeiros “pode não ter boas consequências”. Afinal, em que consiste o estatuto do enfermeiro de família? A OE tem defendido junto do poder político as mais-valias de um paradigma as-
sente na promoção da saúde/prevenção da doença, referindo que os enfermeiros especialistas dos CSP estão aptos a fazer o seguimento de grávidas de baixo risco e doentes crónicos, seguir o desenvolvimento de crianças e cidadãos com doença mental no seu domicílio. Nesta nova filosofia de organização e prestação de cuidados, o enfermeiro de Família desempenha um papel central enquanto gestor do processo de saúde/doença das famílias. Esta mudança de paradigma, associada à criação de mais Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) e Unidades de Saúde Familiar (USF) – aspetos fulcrais da reforma em curso nos CSP – permitirá uma efetiva reforma do sistema e facilitará a efetividade de outras medidas, como é o caso da anunciada redução no número de camas hospitalares. Estes profissionais podem, de facto, agir como o eixo entre a família e o médico de família, substituindo o médico quando as necessidades identificadas são mais relevantes para cuidados de enfermagem, do que cuidados médicos. Tudo isto resulta numa eficiência melhorada em termos de custos.
Ainda relativamente a este assunto, o Bastonário da Ordem dos Médicos afirmou: “ninguém deve preconizar a substituição de uns por outros, nomeadamente com o argumento de que fica mais barato ao Sistema Nacional de Saúde”. Estamos a falar de um processo de substituição ou de complementaridade e, no fundo, um trabalho de equipa? De complementaridade, claro. As equipas multidisciplinares desafiam os enfermeiros a assumir novos papéis interventivos para além dos atributos socialmente aceites e esperados da sua prática, mas não inviabilizam o papel do médico. É necessário um trabalho em equipa e há desafios a superar para uma participação mais efetiva dos enfermeiros na decisão, planeamento e coordenação de cuidados, a fim de reconhecer que a mudança ocorrerá consoante o papel do enfermeiro seja melhor compreendido na equipa e entre os utentes. Pela comunicação social são noticiadas várias “guerras abertas” entre médicos e enfermeiros. Relembro a questão da triagem dos doentes nas
Foi eleito para Bastonário da Ordem dos Enfermeiros para o quadriénio 2012-2015. Que balanço faz destes dois anos de mandato? Que relação tem procurado estabelecer com a classe? Há que salientar alguns fatores de coesão profissional que nos fizeram evoluir e que pretendo continuar a promover, como é o caso da proximidade, disponibilidade, liderança, respeito, apoio e reconhecimento. Para tal é necessário continuar a trabalhar em conjunto e apresentar propostas e sugerir alguns caminhos de mudança. Espera-se continuar a identificar as ineficiências do Estado, em particular da área da Saúde, e a propor soluções que não só vão ao encontro das necessidades dos cidadãos quanto à prestação de cuidados de saúde, mas também permitam reconhecer competências aos enfermeiros e elevar o estatuto da Enfermagem em Portugal. É notória a necessidade de devolver a Ordem aos enfermeiros através de uma política de proximidade, desenvolvendo canais de comunicação eficientes, dotando os seus membros de voz ativa no processo de tomada de decisão nas matérias que à profissão de enfermeiro dizem respeito. O envolvimento de todos os membros é essencial, uma vez que é do contributo coletivo que nascem as soluções para os crescentes desafios que sucessivamente vão surgindo. Pretende-se que a Ordem dos Enfermeiros seja um espaço que ajude na aproximação dos enfermeiros à sua entidade reguladora, onde todos se revejam, têm lugar e são bem-vindos.
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A ENFERMAGEM EM PORTUGAL
Germano Couto, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, em grande entrevistA
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urgências dos hospitais que, segundo a Ordem dos Médicos, deve deixar de ser efetuada por enfermeiros. De um modo geral, como tem sido a relação entre ambas as classes? A OE trabalha em conjunto com diversas instituições ligadas à classe médica, não só com a Ordem dos Médicos (OM), no sentido de definir e melhorar as boas práticas na saúde, tendo em vista proporcionar o melhor atendimento e acompanhamento de doentes. Mas a relação com a OM nem sempre tem sido fácil… Têm surgido situações em que foram feitas declarações infelizes e corporativistas pela OM à comunicação social que, por exemplo, põem em causa o sistema de triagem dos doentes que é utilizado nos hospitais e efetuado por enfermeiros, sistema que é eficiente e suportado em evidência científica. Isso constata-se através de inúmeros resultados de auditorias realizadas em diversos hospitais, como é o caso do Hospital Amadora-Sintra que indicam uma taxa de 98% de eficácia na classificação dos doentes nos seus diversos graus de urgência por parte dos enfermeiros, o que comprova o seu bom funcionamento. Também temos, a associar a estes, os dados internacionais que são compagináveis. Estas situações geram polémica
e acabam por dificultar o trabalho conjunto que é desenvolvido com o intuito de melhorar o funcionamento do sistema de saúde e possibilitar ao utente o melhor atendimento possível. Acima de tudo pode explorar, ainda, a necessidade de um diálogo de convergência para que os cidadãos recebam cuidados de excelência dos dois grupos profissionais que asseguram, por si, o grosso dos cuidados. Devemos passar a mensagem pela positiva na parte final…
A Ordem dos Enfermeiros tem estado contra a prestação de cuidados de saúde em farmácias por farmacêuticos e técnicos de farmácia. Não pretendendo colocar em causa o profissionalismo do farmacêutico, a Ordem acredita que estes profissionais não têm competências para o exercício dessas funções. Para que tal não aconteça, basta que o Governo clarifique o despacho de há quatro anos? A principal preocupação da Ordem dos Enfermeiros é com a segurança do utente. Defendemos que as farmácias poderão ser locais de prestação de cuidados quando têm condições estruturais e profissionais para o efeito. Algumas farmácias já são prestadoras de cuidados, não só ao nível da administração
de medicamentos, mas também ao nível da prestação de imensos tratamentos, independentemente de qual o profissional de saúde que o faz. Não estamos a por em causa o profissionalismo do farmacêutico. A questão é de quem tem
competências para prestar este tipo de cuidados de saúde, competências que o farmacêutico não tem pois não foi formado nesse sentido e não me parece que seja esse o seu mandato social. O Governo tem, pois, que clarificar o des-
Percurso de Germano Couto Habilitações académicas 1994 – Bacharel em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria. 1999 – Licenciou-se em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica pela Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria. 2003 - Tornou-se Mestre em Ciências de Enfermagem pela Universidade do Porto. 2007 - Doutorou-se em Ciências de Enfermagem, também pela Universidade do Porto. Percurso profissional 1994 - Enfermeiro no Centro de Saúde da Senhora da Hora, Matosinhos. 2000 - Colaborador da Linha Saúde 24 e nesse mesmo ano «transitou» para o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde. 2000 - 2007 - Supervisor Clínico de alunos da licenciatura e especialização em diversos contextos 2003 - 2011 - Lecionou em diversas instituições de Ensino Superior. 2000 - 2008 - Enfermeiro Chefe do Centro de Saúde de Vila do Conde e Modivas. 2008 - 2011 - Presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros. Desde 2012 (até 2015) - Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.
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pacho de há quatro anos, que está enfermado de subjetividade, senão vamos continuar a assistir à realização de atos que comportam riscos para a saúde da população, pela sua indefinição e consequentemente arbitrariedade em termos de regulação e garantia da qualidade e segurança.
Na sua opinião, Portugal continua a não saber rentabilizar as competências dos enfermeiros. Na prática, em que casos tal situação é mais “flagrante”? Não rentabilizar as capacidades que os enfermeiros já têm, significa desperdício de recursos, menos saúde e menos cuidados disponíveis para a nossa população. Temos, por exemplo, o caso da saúde materna e obstétrica, a dor crónica e os cuidados paliativos. No primeiro caso, o que está em causa é o acompanhamento feito por enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica das gravidezes de baixo risco, o que implica a prescrição dos respetivos fármacos e meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica segundo o modelo habitual de comparticipação estatal. A implementação desta medida a nível nacional iria permitir aumentar a acessibilidade de grávidas a cuidados especializados com uma poupança estimada em 1,8 milhões de euros por ano. Os enfermeiros de família podem ajudar indivíduos e famílias a lidar com a doença e incapacidade crónica, ou períodos de stress ou de maior vulnerabilidade, dedicando grande parte do seu tempo ao acompanhamento dos doentes e suas famílias nas suas habitações. Estes enfermeiros prestam aconselhamento em áreas tão diversas como estilos de vida e fatores de risco comportamentais, bem como assistem as famílias em questões relativas à sua saúde. Através da rápida deteção, estes profissionais podem assegurar que os problemas de saúde das famílias são tratados numa fase precoce. Não podemos compactuar com o desperdício atual do Serviço Nacional de Saúde, onde uma parte significativa do Orçamento de Estado para o Ministério da Saúde é desperdiçado, acima
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A OE tem defendido junto do poder político as mais-valias de um paradigma assente na promoção da saúde/prevenção da doença, referindo que os enfermeiros especialistas dos CSP estão aptos a fazer o seguimento de grávidas de baixo risco e doentes crónicos, seguir o desenvolvimento de crianças e cidadãos com doença mental no seu domicílio
de tudo em recursos humanos que não são rentabilizados, como é o caso dos enfermeiros. Apesar de uma grande percentagem dos diplomados em enfermagem em Portugal nos últimos anos estarem empregados, não tem sido Portugal a acolher estes jovens profissionais. Países como o Reino Unido, França, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Suíça têm captado estas competências. Na sua opinião, o que falta fazer para que Portugal saiba rentabilizar o conhecimento que produz nesta área? Nós formamos um grande número de enfermeiros em Portugal, e apesar de existir uma grande necessidade destes profissionais no nosso país, devido à crise em que o país se encontra não são contratados e vão para o estrangeiro, o que resulta nesse défice. Neste caso, a solução deveria passar pela admissão destes profissionais no sistema de saúde, onde são indispensáveis, ou, na expetativa de reunir as condições para a sua contratação, optar temporariamente pela redução do número de vagas no acesso ao ensino superior. No momento atual, se estivéssemos numa situação económica mais favorável, os serviços de saúde teriam não só a capacidade, mas mais do que isso, a necessidade
“A principal preocupação da Ordem dos Enfermeiros é com a segurança do utente. Defendemos que as farmácias poderão ser locais de prestação de cuidados quando têm condições estruturais e profissionais para o efeito. Algumas farmácias já são prestadoras de cuidados, não só ao nível da administração de medicamentos, mas também ao nível da prestação de imensos tratamentos, independentemente de qual o profissional de saúde que o faz”
de contratar o número de enfermeiros formados anualmente. É óbvio que esta avaliação deverá ser realizada ao longo do tempo, uma vez que estando assegurados os cuidados de Enfermagem à população, poderá haver a necessidade de reavaliar e adequar o número de vagas ao curso de Enfermagem. No entanto, este é um cenário hipotético, uma vez que nem as necessidades básicas em cuidados de Enfermagem estão asseguradas atualmente, em alguns contextos. Esta questão já foi apresentada ao Governo português, mas falta estratégia e coragem política ao executivo. Já expusemos o problema ao Ministério da Saúde, ao Ministério da Economia e do Emprego e ao Ministério dos Negócios Estrageiros e não percebemos qualquer preocupação sobre esta matéria. O que sentimos é que existe uma grande desarticulação entre políticas. Portugal investe milhões de euros em enfermeiros e promove a sua emigração numa autêntica debandada de capital humano e intelectual. Num país onde progressivamente existem mais dificuldades no acesso à saúde mas a capacidade de absorção de enfermeiros tende a diminuir, não seria importante desinvestir na formação, como aconteceu por exemplo com o Reino Unido que começou a aproveitar ainda mais mão de obra estrangeira? Existe um claro desperdício nacional de todo o investimento na formação de enfermeiros, como já tive oportunidade de afirmar. Não existem dados concretos quanto ao valor pago pelos contribuintes pela formação de um enfermeiro em Portugal. No entanto, e extrapolando comparativamente com cursos similares da área da saúde, como a medicina dentária, considerando as características da formação em causa, o valor médio pago pela formação de um estudante de enfermagem, durante os quatro anos do curso, será aproximadamente de 20.000 euros. Por ano são licenciados cerca
de 2500/3000 enfermeiros (total dos cursos públicos e privados). A maioria dos recém-licenciados passa pelo desemprego e, com o acumular dos anos e com o agravamento da crise, estima-se que entre 7 a 9 mil estejam sem emprego atualmente. O rácio de enfermeiro/1000 habitantes revela que seriam necessários cerca de 25 mil enfermeiros para atingir a média da OCDE e essa situação não se verifica. Trata-se de um contrassenso. Nós formamos um grande número de enfermeiros em Portugal, e apesar de existir uma grande necessidade destes profissionais no nosso país, devido à crise em que o país se encontra não são contratados e vão para o estrangeiro, o que resulta nesse défice. Neste caso, a solução deveria passar pela admissão destes profissionais no sistema Em conclusão, que mensagem gostaria de deixar à sua classe como incentivo e confiança no futuro, com especial enfoque para os jovens enfermeiros que estão a terminar as suas formações e só conseguem vislumbrar o desconhecido? Num momento em que estão a iniciar uma nova fase das suas vidas, tenho consciência que muitas são/vão ser as dificuldades com que se deparam no caminho. A procura pelo primeiro emprego poderá já ter começado para alguns e nem sempre se conseguem respostas imediatas. Apesar do cenário não ser o mais favorável, não podem baixar os braços. Não podem deixar de pugnar pelo direito dos cidadãos a uma saúde de qualidade e com segurança. E sobretudo, não devem esquecer todo o investimento feito, deixando de investir no futuro enquanto profissionais altamente qualificados.
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A ENFERMAGEM EM PORTUGAL
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de saúde, onde são indispensáveis, ou, na expetativa de reunir as condições para a sua contratação, optar temporariamente pela redução do número de vagas no acesso ao ensino superior.
No Reino Unido, Portugal está no pódio dos países que fornecem enfermeiros, depois da Roménia e da Espanha. O desempenho destes profissionais é considerado de grande mais-valia e, como tal, são altamente valorizados e respeitados. Mais do que os escassos recursos financeiros do SNS, são estes valores que escasseiam em Portugal? Não é compreensível que os enfermeiros especialistas, titulados pela Ordem dos Enfermeiros, a exercerem funções inerentes, não sejam reconhecidos e valorizados pelas instituições, sabendo de antemão que o valor acrescentado que os cidadãos vão obter são, certamente, muito superiores e de maior qualidade, promovendo-se assim a eficiência do sistema. Um dos passos a tomar para alterar esta situação é este mesmo: reconhecer o seu valor. Os gestores devem reconhecer que a Enfermagem se traduz num corpo de conhecimento, que os enfermeiros possuem a ciência e a evidência do que são e do que podem fazer pelas pessoas que cuidam, não esquecendo as expectativas que estas mesmas
pessoas têm em relação aos cuidados de Enfermagem. As organizações devem dar oportunidade a que os enfermeiros possam ter um desenvolvimento profissional contínuo, progredindo na carreira, independentemente de trabalharem em hospitais ou centros de saúde, nas grandes cidades ou no meio rural. Enquanto essa mudança não acontecer, são outros os países quecontinuarão a aproveitar essa mais-valia.
A Ordem já apresentou estes números ao Ministério da Saúde mas não sentiu nem preocupação nem vontade de desenvolver uma estratégia a respeito deste fenómeno. De um modo geral, a relação entre a Ordem dos Enfermeiros e a tutela tem sido pautada por que principais valores? A Ordem dos Enfermeiros tem vindo a interceder junto do Ministério da Saúde para a necessidade de os serviços de saúde serem dotados de recursos humanos adequados e que garantam a qualidade e segurança dos cuidados prestados. Desta forma combate-se o desemprego e a precariedade…. Deste modo oferecem-se melhores condições de exercício e evita-se a exportação de recursos que são necessários ao País. No que diz respeito ao Ministério da Saúde, os seus governantes têm-se demonstrado sensíveis aos argumentos
apresentados pela Ordem. Mas isso não chega…. As políticas recentes do Governo têm contribuído significativamente para um clima de instabilidade e tensão nos serviços de saúde, nomeadamente através do aumento de impostos, redução salarial, maior carga horária, menos recursos humanos e materiais, congelamento de progressões profissionais e um discurso de crescente separação entre o Estado empregador e os seus colaboradores. Estas políticas afetam os profissionais e a sua prestação, promovem desmotivação profissional e o absentismo laboral.
Tendo em conta o atual contexto económico e o clima de austeridade, que desafios acredita que estes profissionais terão de enfrentar? Qual será o posicionamento da Ordem dos Enfermeiros? Sistemas de saúde de todo o mundo lutam contra custos crescentes e contra uma desigual prestação de cuidados de saúde. Líderes de saúde e decisores políticos têm intentado inúmeras correções incrementais, mas sem grande impacto. É tempo de uma nova estratégia. Temos de maximizar o valor para os doentes, ou seja, alcançar os melhores resultados pelo valor mais baixo, ou seja, ser eficientes. Temos de nos distanciar de um sistema de saúde sus-
tentado na prática médica e focarmos-nos num sistema de saúde centrado no utente, instituído à volta das suas reais necessidades. Temos de mudar o foco da quantidade e rentabilidade dos cuidados de saúde prestados pelos serviços já institucionalizados, para o resultado obtido pelo utente. Há que substituir o atual sistema fragmentado, por um sistema integrado de cuidados, no qual as especialidades se reúnem em unidades de saúde de todo o país, mais próximas da comunidade. Requer uma reestruturação da forma como os cuidados de saúde são organizados, prestados, avaliados e reembolsados. Como tal, há que continuar a debater com as principais forças da Enfermagem o estado atual da profissão, assim como estratégias e intervenções articuladas para o futuro, enquadradas nas linhas regulamentares de cada organização, tais como, compreender, em conjunto, com todas as estruturas representantes da profissão, as forças e fraquezas da profissão de Enfermagem; preparar estratégias conjuntas e articuladas, por parte de cada estrutura, dentro das suas atribuições, no sentido do reforço da profissão de Enfermagem no enquadramento do sistema de saúde português e elaborar e aprovar um pacto de compromisso que promova a união, interna e externa, da profissão de Enfermagem.
A OPINIÃO DE...
FARMACOVIGILÂNCIA NA SAÚDE EM PORTUGAL
Mário Miguel Rosa, Neurologista, Farmacologista Clínico e Coordenador da UFLVT
A contribuição da Unidade de Farmacovigilância Regional Lisboa e Vale do Tejo (UFLVT) para a segurança em saúde O Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF), como o conhecemos hoje, foi criado como Centro Nacional de Farmacovigilância em 1992, articulado com a Autoridade Nacional do Medicamento - o INFARMED – no momento da sua criação em 1993. Em 2000 foi tomada a decisão de adotar um modelo descentralizado do SNF, que demonstrou ser mais eficiente em vários países da Europa. Neste contexto, foi desenvolvido um projeto de farmacovigilância na Faculdade de Medicina de Lisboa (FML), que culminou na Unidade Regional de Farmacovigilância (URF) que gerimos.
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importante realçar que as URFs que sobreviveram à fase inicial e se consolidaram estão ligadas a instituições académicas. A farmacovigilância, como tema de estudo, tem permitido a publicação de vários artigos científicos resultando em várias teses de mestrado/doutoramento nas Faculdades. Este é um exemplo de como um serviço público e universal à saúde é também útil à progressão do conhecimento científico e académico. A segurança das diferentes técnicas em saúde, incluindo os medicamentos, é considerada como um dos pilares da prática médica, e é fortemente monitorizada. Os medicamentos para serem comercializados têm de passar por diversos testes para que sejam conhecidos e minimizados os riscos – reações adversas (RA) - mais graves e frequentes. Como é compreensível, efeitos muito raros, que aparecem vários anos após a administração, por associação entre medicamentos, ou que passem despercebidos, podem não ser identificados durante a fase de desenvolvimento do produto e só são identificados durante a sua comercialização. E é aqui que a Farmacovigilância se torna mais importante. Medicamentos que se acreditavam suficientemente seguros, foram retirados do mercado
Equipa da Unidade de Farmacovigilância Regional de Lisboa e Vale do Tejo
meses após comercialização e outros, de modo a se manterem suficientemente seguros, veem impostas fortes restrições ao seu uso. As RAs de medicamentos são uma importante causa de morte nos países desenvolvidos. Este assunto foi especialmente estudado no final dos anos 90 nos EUA e alguns países da Europa. A nossa Unidade replicou o estudo de base hospitalar em 2002, confirmando a importância das RAs como causa e prolongamento do internamento e mortalidade: os resultados foram sobreponíveis aos americanos, com cerca de 21 por cento de doentes internados a sofrer RAs (13 por cento como causa de internamento e oito por cento ocorrendo já em internamento). A mortalidade foi felizmente muito baixa. Além deste estudo, os elementos da UFLVT efetuaram outros, no âmbito da Urgência Pediátrica/Neonatalogia (2004) e Farmacoepidemiologia (20102012), tendo atualmente projetos em curso em articulação com o INFARMED. Desde a criação do SNF que o sistema visa os profissionais de saúde (PdS) como notificadores. A relevância dos médicos nunca foi colocada em causa, já que são eles que, além de prescritores, melhor integram a sintomatologia da RA no contexto do doente, e a importância dos farmacêuticos foi também cedo identificada: têm maior proximidade e disponibilidade de interagir com o doente. A UFLVT promove a participação ativa dos farmacêuticos desde 2000 com ações de formação em várias Faculdades de Farmácia e na ANF e, enquanto grupo, tornaram-se os mais significativos notificadores. Os enfermeiros, embora mais tímidos, dominam na área das RA por vacinas. A qualidade das notificações é controlada desde o início e hoje somos dos países com melhor qualidade de notificadores e de desempenho do SNF em geral. Mas há sempre margem de melhoria: a taxa de notificação fica aquém da média europeia e o seu aumento regular é nosso objetivo prioritário. Desde junho de 2012 que a população em geral pode – e deve – notificar eventos adversos diretamente às URFs, sem necessitar de o fazer através do seu PdS. Esta novidade entrou em vigor simultaneamente em todos os estados membros da UE e vem justamente dar ao doente/utente a possibilidade de contribuir diretamente para o SNF. Neste momento, os utentes já são responsáveis por cinco por cento das notificações, mas pretendemos que este número venha a aumentar significativamente. A Unidade tem programadas ações de formação dirigidas a associações de doentes, de modo a melhorar a qualidade destes novos notificadores. Os meios de comunicação social devem também ter um papel relevante na divulgação e ensino da população quanto à possibilidade de comunicar qualquer suspeita de RA – à sua URF ou INFARMED.
Farmacovigilância na Saúde em Portugal
Jorge Polónia, Coordenador da Unidade de Farmacovigilância do Norte (UFN)
Pontos de Vista Dezembro 2013
“O medicamento é um sinal de triunfo da medicina” A vigilância de um medicamento não termina com os ensaios clínicos. Esta fase permite obter informações importantes mas por ser limitada na quantidade de informação recolhida, é fundamental que durante o período de comercialização a sua segurança seja monitorizada. De facto, é durante a comercialização que se deteta a maioria dos efeitos adversos dos medicamentos. Aqui surgem entidades como a Unidade de Farmacovigilância do Norte (UFN), integrada no Sistema Nacional de Farmacovigilância Português (SNF), cuja missão é recolher e analisar toda a informação relativa à segurança do medicamento.
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oi junto de Jorge Polónia, Coordenador da Unidade de Farmacovigilância do Norte, que a Revista Pontos de Vista foi conhecer a atividade desta instituição. Ligada à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, esta Unidade Regional de Farmacovigilância do Sistema Nacional de Farmacovigilância Português, é financiada através de contratos de prestação de serviços com o INFARMED. Ao longo da conversa, Jorge Polónia foi repetindo uma ideia chave: “o medicamento é um sinal de triunfo da medicina”. Mas, tal como numa moeda, existem duas faces: os riscos e os benefícios. Dizer que um medicamento tem risco zero é uma enorme falácia. Existem sempre efeitos secundários possíveis mas nesta relação entre benefícios e inconvenientes, a vitória deverá ser do primeiro. “Há que ponderar as vantagens e as desvantagens e quando as primeiras são superiores às segundas, as opções de prescrição são óbvias. Todas as decisões da nossa vida são assim. Temos de medir os prós e os contras”, explicou o responsável. E, neste processo, como é que se avalia a relação benefício e risco de um medicamento? “Depende muito do medicamento porque, por exemplo, para uma amigdalite, a penicilina pode não ter reações adversas num milhão de pessoas, mas pode te-las em apenas cem doentes. Diferentemente, com os medicamentos para o cancro a margem de segurança é muito mais estreita e muitos mais doentes vão sofrer de efeitos adversos. Isto porque o medicamento além de destruir as células más também ataca células boas, fazendo, por exemplo, com que o cabelo caia. Mas, neste caso, vou ter mais aproximação aos benefícios”, esclareceu Jorge Polónia. A comunicação espontânea das reações adversas aos medicamentos na prática clínica permite chamar a atenção para várias questões de segurança associadas ao medicamento em causa. “Há notificações que depois classificamos como improváveis mas é importante que as tenhamos porque precisamos de um conjunto de informação significativo para selecionar aquilo que é mais e menos provável”, explicou. Existe uma responsabilidade relacionada aos riscos do medicamento. O principal detentor dessa responsabilidade é, em primeiro plano, o detentor da autorização de introdução do medicamento no mercado, ou seja, o laboratório farmacêutico. Mas o profissional de saúde também tem uma palavra final. “Vemos sistematicamente antibióticos a serem usados nas viroses e nas gripes sem motivo. Se o doente tiver uma reação adversa grave, o profis-
sional que prescreveu pode ser responsabilizado”, exemplificou. Para Jorge Polónia, qualquer profissional de saúde deve conhecer bem o doente que tem à sua frente. Se tal não acontecer, estes profissionais apenas estão a fazer uma análise entre custo e benefício tal como apreenderam nos livros e não é isso que importa. Os profissionais de saúde têm frequentemente dúvidas relativamente às vantagens e aos métodos da notificação espontânea. Em todos os casos, a UFN mostra-se disponível para fazer sessões de esclarecimento nos hospitais, centros de saúde, universidades ou farmácias. O objetivo é sempre mostrar às pessoas, profissionais de saúde ou não, que elas são elementos ativos do sistema de farmacovigilância. “O utente deve ser um parceiro. É óbvio que não tem o conhecimento de um profissional de saúde para fazer uma análise mas foi ele quem sentiu no corpo uma reação adversa. É, por isso, uma parte interessada e importante”, ressalvou Jorge Polónia. É essencial que um profissional, ao prescrever um medicamento, dê essa informação ao paciente? Claro que será sempre uma mais valia mas importa não assustar o doente. “No momento em que dispensam o medicamento, devem dizer que há provas científicas de que existem benefícios mas em alguns doentes existem também inconvenientes. Faz parte da decisão terapêutica e, nos casos em que esses efeitos surjam, é importante que o doente comunique”, explicou o responsável.
Comunicar como?
De forma a facilitar e agilizar a notificação das suspeitas de reacção adversa a medicamentos por parte de profissionais de saúde e de utentes, o Infarmed desenvolveu uma aplicação, conhecida por Portal RAM e que surgiu no contexto da nova legislação europeia de farmacovigilância. Assim, mediante registo nesse portal, o notificador terá acesso às diferentes funcionalidades da aplicação. A par desta modalidade, pode ainda ser feita a tradicional notificação em papel, através dos formulários já existentes para os profissionais de saúde e do formulário disponibilizado no site do Infarmed direcionado para os utentes. A notificação de qualquer suspeita de reação adversa é, por isso, um contributo fundamental para a monitorização contínua da segurança dos medicamentos. No entanto, “há profissionais que apenas notificam quando têm a certeza mas não é assim que o processo funciona. A suspeita é suficiente para fazer uma notificação. Se assim não for, não conseguiremos ter um caudal suficiente de informação”, adiantou Jorge Polónia.
“Há que ponderar as vantagens e as desvantagens e quando as primeiras são superiores às segundas, as opções de prescrição são óbvias. Todas as decisões da nossa vida são assim” Faz, por isso, parte dos objetivos da Unidade de Farmacovigilância do Norte continuar a divulgar a importância desta prática para a saúde pública. “Queremos aumentar o número de notificações por profissionais de saúde e fazer chegar a mensagem aos utentes. Queremos mais informação para podermos processá-la e reduzir ainda mais os riscos dos medicamentos. É um trabalho que ainda está no início e estamos longe dos níveis que
Equipa da Unidade de Farmacovigilância do Norte
queremos atingir mas esta aproximação a todos os agentes que fazem parte deste processo é fundamental”, explicou. Como tal, Jorge Polónia deixou um último apelo: “O medicamento salva milhões de vidas mas tem riscos e a forma de reduzi-los é através da identificação das situações em que os inconvenientes acontecem. Profissionais de saúde e utentes têm de ser partes ativas deste processo”, concluiu.
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Farmacovigilância na Saúde em Portugal
Catarina Casimiro, Responsável de Farmacovigilância da Bayer Portugal S.A.
“A segurança dos medicamentos é transversal a todos” Presente no mercado português há mais de cem anos, a Bayer aposta fortemente na ciência e na inovação, dando contributos sólidos para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Na vertente da farmacovigilância, um conceito cada vez mais abrangente e necessário, Catarina Casimiro, Responsável por esta área na Bayer Portugal, considera ser “fundamental o treino das nossas equipas, na procura da transparência, rigor e de uma cultura aberta à notificação”.
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O conceito de farmacovigilância tem vindo a tornar-se mais abrangente à medida que a sociedade e os doentes se tornam mais conscientes e mais alertas relativamente à sua saúde. Qual o papel que a Bayer tem procurado desempenhar na promoção da importância da farmacovigilância e da notificação espontânea? Embora a indústria tenha muitas limitações de caráter legal no contato com o público em geral, as ações em prol da farmacovigilância são feitas a vários níveis, nomeadamente, na recolha reativa da informação de segurança que nos chega através dos contatos para esclarecimento de dúvidas, na informação adequada sobre os nossos produtos, no acesso à notificação através dos digital media que promovemos, na colaboração com as autoridades de saúde, no apoio a estudos e registos de segurança e na produção de materiais educacionais en-
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quadrados em planos de gestão de risco. Internamente é fundamental o treino das nossas equipas, na procura da transparência, rigor e de uma cultura aberta à notificação.
Na sua opinião, é positivo que exista um canal aberto ao público em que possam reportar reações adversas aos medicamentos que tomam? Os doentes de hoje têm cada vez mais acesso a ferramentas que lhes permitem uma melhor informação e estão mais empenhados na gestão da sua saúde. A segurança dos medicamentos é transversal a todos, pelo que uma partilha de dados com qualidade promove um maior conhecimento sobre cada medicamento, contribuindo para a prevenção ou a minimização dos riscos que lhe poderão ser inerentes. Assim, na nossa perspetiva, a notificação pelos utentes é muito positiva.
Os doentes de hoje têm cada vez mais acesso a ferramentas que lhes permitem uma melhor informação e estão mais empenhados na gestão da sua saúde Catarina Casimiro
A vigilância de um medicamento não termina com os ensaios clínicos. Permitem obter informação importante mas é fundamental que durante o período de comercialização a sua segurança seja monitorizada. Porquê? Os ensaios clínicos são a primeira fonte de reações adversas em seres humanos permitindo-nos delinear o perfil de segurança de cada medicamento. Mas são naturalmente limitados, tanto em termos temporais, como na dimensão e caraterísticas da população selecionada: as crianças, as grávidas, os doentes polimedicados ou com diversas patologias concomitantes são geralmente excluídos dos ensaios clínicos. Daí a necessidade de continuar a seguir a segurança do medicamento… Em Portugal, a taxa de notificação espontânea de RAM por parte dos profissionais de saúde é ainda muito baixa e não representa a realidade dos eventos adversos que decorrem da utilização dos medicamentos. O que é que é necessário fazer para mudar este paradigma? Infelizmente a taxa de notificação espontânea não reflete a realidade dos eventos que ocorrem. Embora estejamos convencidos que a notificação por profissionais de saúde e utentes continuará a ter o seu papel, cremos que virá a ser gradualmente substituída por estudos de segurança e registos de doentes e/ou patologias prospetivos, bem como por análises de segurança a grandes bases de dados de doentes. As reações adversas a medicamentos são uma importante causa de morta-
lidade nos países desenvolvidos. Em Portugal, qual é a gravidade desta situação? Tanto quanto é do nosso conhecimento não existem dados robustos sobre esta situação em Portugal.
Quais os principais desafios que se colocam atualmente ao setor farmacêutico e de que forma os mesmos se refletem no medicamento e na saúde pública? Atualmente os principais desafios consistem nas dificuldades de acesso dos doentes aos medicamentos inovadores, a rutura de fornecimento de alguns produtos por exportação para outros países, a instabilidade legislativa, a burocracia e demora na implementação de ensaios clínicos em Portugal. Segundo um relatório da OCDE, a crise financeira e económica global teve um “efeito significativo” sobre o crescimento da despesa farmacêutica em muitos países. Em Portugal, assistiu-se à situação inversa. Como é que tem sido o desempenho da Bayer nos últimos anos em Portugal e no Mundo? A Bayer investe fortemente em inovação – dois mil milhões de euros em 2012, tendo lançado nos últimos anos vários medicamentos inovadores, com impacto muito positivo no desempenho da companhia a nível global. Em Portugal, onde estamos presentes há mais de cem anos, o nosso portfolio muito diversificado tem contribuído para que consigamos atravessar este período de crise económica com uma queda inferior à do mercado e com uma perspetiva otimista para o futuro.
FARMACOVIGILÂNCIA NA SAÚDE EM PORTUGAL
A OPINIÃO DE...
IRIS MATEUS, Angelini Farmacêutica - Portugal
FARMACOVIGILÂNCIA: importância presente, impacto futuro Qualquer medicamento disponível no mercado foi sujeito a uma autorização prévia por parte das autoridades competentes, as quais baseiam a sua avaliação na informação de eficácia e segurança, disponível ao momento. Sendo reconhecido que a informação recolhida durante os ensaios clínicos, nomeadamente no que respeita à identificação de reações adversas medicamentosas (RAMs), é limitada (RAMs raras ou de aparecimento a longo prazo, por exemplo, poderão não ser identificadas nestes estudos), é essencial dispor de mecanismos que assegurem o acompanhamento contínuo do perfil de segurança dos medicamentos durante a sua comercialização.
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oi com esse intuito e no sentido de prevenir situações como a que se verificou no início da década de 60, associada à administração de talidomida, que foram criados em inúmeros países os respetivos Sistemas Nacionais de Farmacovigilância, visando a recolha contínua de informação de segurança, nomeadamente RAMs com impacto num indivíduo ou na saúde pública, e assim promovendo a implementação de medidas com vista a minimizar e/ou prevenir a sua ocorrência. Em Portugal, o Sistema Nacional de Farmacovigilância, criado em 1992 e desde então coordenado pelo Infarmed, é um Sistema recente perante o panorama internacional, tendo vindo a acompanhar as necessidades contemporâneas, evoluindo em paralelo com a legislação comunitária. De facto, a implementação da nova legislação de farmacovigilância no segundo semestre de 2012, veio incutir não só à Indústria Farmacêutica como às autoridades competentes, responsabilidades acrescidas com vista a promover o acesso facilitado e global a mais e melhor informação sobre a segurança dos medicamentos comercializados. Uma das principais alterações implementadas pela nova legislação de farmacovigilância, com impacto na população em geral, foi a contemplação, em termos legais, do doente ou seu representante não profissional de saúde, enquanto parte integrante e elemento chave na recolha de informação de segurança dos medicamentos. Ou seja, o doente passou, desde julho de 2012, a poder reportar diretamente às autoridades ou às empresas farmacêuticas qualquer situação relacionada com suspeita de RAMs, sem necessidade de confirmação prévia por um profissional de saúde. Numa sociedade em que os cidadãos são tendencialmente mais formados e informados esta é uma medida que visa promover o combate a um dos principais entraves à execução das atividades de Farmacovigilância: a subnotificação. Idealmente esta será uma medida que a longo prazo permitirá um maior acesso à informação quer por parte da Indústria Farmacêutica, quer por parte das autoridades, promovendo assim um melhor acompanhamento dos medicamentos. Atualmente, contudo, o número de notificações reportadas por utentes (doentes e/ou não profissionais de saúde) é ainda significativamente reduzido, totalizando apenas 16 das notificações de RAMs recebidas pelo Infarmed em 2012 (um por cento do total das notificações). Possivelmente em linha com a postura cultural a que assistimos, também a taxa de notificação espontânea de RAMs por profissionais de saúde é hoje ainda pouco significativa. O profissional de saúde, realçando médico, farmacêutico e enfermeiro, tem aqui um papel fundamental, ao apresentar-se numa posição de destaque na identificação de possíveis suspeitas de RAMs. Com efeito, é necessário identificar e incidir sobre os pontos críticos que levam à subnotificação por estes profissionais: falta de tempo e/ou disponibilidade?, inexistência de informação quanto ao modo de notificar?, desconhecimento de que todas as suspeitas de RAMs devem ser notificadas, independentemente do grau de certeza ou gravidade?, … É certamente crucial integrar o conceito de Farmacovigilância e a sua importância desde logo na formação destes profissionais, bem como no seu quotidiano, uma vez que contribuirão, também assim, para otimizar a utilização dos medicamentos, minimizando o seu potencial impacto secundário e indesejável no doente. Em diversas situações também a Indústria Farmacêutica é fonte de informação de segurança ao Infarmed, transmitindo informação obtida através de
contacto direto com profissionais de saúde ou utentes, ou identificando primeiramente a informação de segurança, por exemplo, através de estudos conduzidos internamente. De facto, de acordo com o Relatório Anual 2012 do Infarmed, a Indústria foi responsável por mais de 50 por cento do total das notificações, o que representa 1677 das 3104 notificações recebidas por esta instituição nesse ano. Neste sentido, há ainda um longo caminho a percorrer no que respeita à sensibilização dos profissionais de saúde e da população em geral relativamente à necessidade e importância da contínua monitorização do impacto dos medicamentos durante a sua comercialização. Até hoje, o conhecimento científico e tecnológico tem permitido desenvolver os mais diversos medicamentos, para os mais diversos fins, tendo permitido um claro aumento da qualidade de vida da população. Hoje cabe-nos a todos, cidadãos, contribuir para a otimização da sua utilização, minimizando os seu potenciais riscos e promovendo, assim, o seu contínuo benefício.
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Farmacovigilância na Saúde em Portugal
Carlos Trabulo, Diretor Médico da Boehringer Ingelheim PortugaL
“A Indústria Farmacêutica tem um papel incontornável na monitorização da segurança dos medicamentos comercializados” O Grupo Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais empresas farmacêuticas mundiais. Em Portugal, está sedeada em Lisboa desde 1960 e é no mercado português que esta empresa se assume como líder na investigação clínica. “Nos últimos dez anos, registámos um crescimento significativo em território nacional, com aumento progressivo do número de ensaios clínicos, maioritariamente multicêntricos internacionais”, salientou em conversa com a Revista Pontos de Vista, Carlos Trabulo, Diretor Médico desta entidade. Procuramos conhecer junto deste responsável o papel que a Boehringer Ingelheim Portugal tem procurado desempenhar no âmbito da farmacovigilância.
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A Boehringer Ingelheim Portugal, pertencente ao grupo internacional com o mesmo nome, está sedeada em Lisboa desde 1960, dedicando-se à comercialização e distribuição de produtos farmacêuticos. Neste domínio, que análise perpetua da atuação da marca em território luso? A Boehringher Ingelheim é uma empresa fortemente ligada à investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores, em diversas áreas terapêuticas. Em Portugal, consideramos ser líderes na investigação clínica. Nos últimos dez anos, registámos um crescimento significativo em território nacional, com aumento progressivo do número de ensaios clínicos, maioritariamente multicêntricos internacionais. Este investimento na investigação reforça o posicionamento da Boehringer Ingelheim em Portugal, como empresa empenhada na disponibilização de terapêuticas inovadoras na área da saúde, e perspetiva um fortalecimento da presença da marca a nível nacional. Um medicamento só pode ser comercializado após a confirmação da sua eficácia, segurança e qualidade, bem como da garantia da relação favorável entre os benefícios e os riscos esperados. Assim, a monitorização da segurança dos medicamentos comercializados é da responsabilidade da Indústria Farmacêutica através da Farmacovigilância. Que análise perpetua do sistema português de Farmacovigilância? A Indústria Farmacêutica tem um papel incontornável na monitorização da segurança dos medicamentos comercializados, através da implementação de sistemas adequados de Farmacovigilância, que permitam identificar e avaliar todas as suspeitas de reações adversas com medicamentos. Mas, na realidade, o conceito inerente à monitorização da segurança dos medicamentos é o da partilha de responsabilidades entre Indústria Farmacêutica, Autoridades, Profissionais de Saúde e Doentes/Utentes. O sistema português de Farmacovigilância teve uma evolução substancial desde que foi implementado em 1992.
O conceito inerente à monitorização da segurança dos medicamentos é o da partilha de responsabilidades entre Indústria Farmacêutica, Autoridades, Profissionais de Saúde e Doentes
Carlos Trabulo
Contudo, apesar da melhoria das taxas de notificação ao longo da última década, continua a ser um sistema muito centrado na Autoridade e na Indústria Farmacêutica. Esperamos que as recentes alterações introduzidas pela nova legislação de farmacovigilância contribuam para que o sistema evolua de modo a envolver de forma mais ativa todos os restantes intervenientes, aumentando a eficiência do sistema, e melhorando a informação sobre a segurança dos medicamentos.
Qual o papel que a Boehringer Ingelheim Portugal tenta desempenhar no âmbito da farmacovigilância? A proteção dos doentes é uma prioridade para a Boehringer Ingelheim. E por isso assumimos integralmente o compromisso de assegurar que os nossos medicamentos são os mais seguros e efetivos possível. A Boehringer Ingelheim Portugal dispõe de uma área específica de Farmacovigilância, constituída por profissionais dedicados à monitorização da segu-
rança dos nossos medicamentos, cuja principal responsabilidade é identificar, analisar e comunicar quaisquer riscos potenciais de segurança. Defendendo um conceito de responsabilidades partilhadas em matéria de segurança, trabalhamos em parceria com as Autoridades Regulamentares e diversos especialistas da área da saúde, de modo a assegurar que qualquer potencial risco é exaustivamente avaliado e comunicado aos profissionais de saúde e doentes, da forma mais adequada e atempada possível. Por que razão é importante que se promova um reforço crescente do envolvimento dos farmacêuticos no sistema nacional de farmacovigilância? De que forma se deve proceder a esse fortalecimento? Os farmacêuticos, e em particular os que se encontram em Farmácia Comunitária, estão numa posição privilegiada, na medida em que contactam diariamente com os doentes/utentes e portanto, são confrontados com diversas situações de potenciais reações adversas a medicamentos. É assim indiscutível o contributo que os farmacêuticos podem ter para a Farmacovigilância. Dados do Infarmed
Pontos de Vista Dezembro 2013
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A nova legislação de Farmacovigilância tem maior enfoque na proteção da saúde pública (…) e promove um maior envolvimento dos profissionais de saúde e consumidores.
indicam que o farmacêutico é o profissional de saúde que mais notifica atualmente em Portugal. O desenvolvimento de ações de sensibilização, informação e formação pré e pós-graduada, no âmbito da farmacovigilância, é fundamental para o reforço do papel destes profissionais na notificação de reações adversas. A Boehringer Ingelheim tem vindo a desenvolver campanhas de divulgação e sensibilização para a notificação de reações adversas nas farmácias e continuará a trabalhar neste sentido. Que análise tem relativamente à nova legislação europeia sobre farmacovigilância? É positivo que exista um canal aberto ao público em que possam reportar reações adversas aos medicamentos que tomam? A nova legislação tem maior enfoque na proteção da saúde pública procurando criar condições para que o sistema euro-
peu de farmacovigilância se torne mais proativo e rápido na tomada de decisão e promove um maior envolvimento dos profissionais de saúde e consumidores. É neste contexto que é aberta a possibilidade de notificação direta pelo público. O sucesso ou insucesso dos sistemas Farmacovigilância depende da participação ativa dos vários intervenientes, incluindo os doentes e o público em geral, que também têm um papel importante na monitorização da segurança dos medicamentos que tomam. Contudo, a qualidade da informação recolhida nas notificações de reações adversas é fundamental para uma correta análise da segurança de um medicamento. Assim, para que a notificação por parte do público se traduza num aumento efetivo do conhecimento sobre a segurança dos medicamentos, terá necessariamente que ser acompanhada de fortes campanhas públicas de informação e sensibilização em matéria de Farmacovigilância.
Em Portugal, a taxa de notificação espontânea de RAM por parte dos profissionais de saúde é ainda muito baixa e não representa a realidade dos eventos adversos que decorrem da utilização dos medicamentos. O que é que é necessário fazer para mudar este paradigma? Apesar das inúmeras vantagens do sistema de notificação espontânea, apenas uma pequena fração das reações adversas ocorridas é notificada. A receita para combater a subnotificação não é nova, requer o envolvimento, sensibilização e educação dos profissionais de saúde e doentes. Em Portugal a descentralização geográfica do sistema permite um maior nível de proximidade aos profissionais de saúde e doentes, com resultados muito positivos. A taxa de notificação tem vindo a evoluir de forma favorável, consistente e progressiva, aproximando-se do valor recomendado pela Organização
Mundial de Saúde. Para estes resultados também muito tem contribuído o forte compromisso que a Indústria Farmacêutica tem vindo a assumir nesta área. Dados do INFARMED I.P. indicam que, desde 2006, a Industria farmacêutica é a principal fonte de proveniência de notificações de reações adversas.
As reações adversas a medicamentos são uma importante causa de mortalidade nos países desenvolvidos. Em Portugal, qual é a gravidade desta situação? A nível nacional não foi conduzido nenhum estudo que permita uma avaliação da extensão do problema, apenas existindo dados de notificação espontânea do Infarmed. No entanto é globalmente aceite que as reações adversas constituem um problema de saúde pública relevante com elevados índices de mortalidade e morbilidade.
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Farmacovigilância na Saúde em Portugal
Ana Paula Rita, Regulatory Affairs, Medical Information & Patient Safety Manager da AstraZeneca
“Notificar umA reação adversa é ser cientista voluntário por um breve momento” “Somos uma empresa biofarmacêutica global, orientada para a inovação”. É desta forma que a AstraZeneca se apresenta ao seu público. Na sociedade, a empresa procura o reconhecimento dos seus medicamentos no tratamento de doenças e na melhoria da saúde das populações. Para isso, o conceito de farmacovigilância assume uma importância vital. Foi em conversa com Ana Paula Rita, Regulatory Affairs, Medical Information & Patient Safety Manager, que conhecemos o trabalho que a AstraZeneca tem procurado desenvolver num domínio já integrado no código de conduta interno da organização.
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O conceito de farmacovigilância tem vindo a tornar-se mais abrangente à medida que a sociedade e os doentes se tornam mais conscientes e mais alertas relativamente à sua saúde. Qual o papel que a AstraZeneca tem procurado desempenhar na promoção da importância da farmacovigilância e da notificação espontânea? A farmacovigilância faz parte dos valores que constituem o código de conduta interno da AstraZeneca, sendo como tal encarada como algo que vai muito além da obrigação regulamentar. Faz parte do ADN da empresa. A promoção dos seus valores começa desde o primeiro momento em que um novo colaborador inicia as suas funções, e em que recebe treino nesta área, que é repetido anualmente. Na AstraZeneca a área de farmacovigilância é formalmente denominada de “Patient Safety”, pois o grande objetivo não é apenas o recolher dados de segurança sobre os nossos produtos, o foco é garantir a segurança de qualquer doente que tome um medicamento da AstraZeneca. Outras iniciativas passam pela colaboração com grupos de trabalhos de farmacovigilância, do qual fazem parte outras empresas do sector farmacêutico e onde se analisam e identificam melhores práticas, áreas de melhoria, e se implementam projetos de forma coordenada, muitas vezes em estreita colaboração com o próprio INFARMED. Nestes fóruns não há concorrentes, imperando sim um espírito de cooperação com vista à salvaguarda da saúde dos doentes, que potencialmente somos todos nós. Na sua opinião, é positivo que exista um canal aberto ao público em que possam reportar reações adversas aos medicamentos que tomam? O canal de notificação de reações adversas aberto ao público é de extrema importância e é relativamente recente no sistema nacional de farmacovigilância. Este canal, aliado ao fato de hoje em dia recolhermos também informação sobre erros de medicação, faz com que possamos agir mais rápida e eficazmente na correção das causas destes mesmos erros. Como exemplo, podemos enumerar a possível má interpretação das instruções fornecidas pelo profissional de saúde ou descritas num folheto informativo. Estas situações, por norma, não são facilmente identificáveis pelo médico no
“A AstraZeneca continua a focar as suas prioridades no retorno ao crescimento e no atingir da liderança científica, o que está refletido no investimento contínuo nas suas plataformas de crescimento e na sua pipeline de produtos” Ana Paula Rita
momento da prescrição, ou mesmo pelo farmacêutico no ato de dispensa, e muitas vezes o doente recorre a este canal para obter a clarificação da informação, ao mesmo tempo que nos fornece assim um dado valioso do ponto de vista de farmacovigilância. Facilmente poderemos identificar a necessidade de melhorar um folheto informativo ou de alertar os profissionais de saúde para aspetos específicos da utilização do medicamento que tenham que ser reforçados junto do doente, pelos mesmos.
A vigilância de um medicamento não termina com os ensaios clínicos. Permitem obter informação importante mas é fundamental que durante o período de comercialização a sua segurança seja monitorizada. Porquê? Por um lado, os ensaios clínicos decorrem durante um determinado período de tempo e expõem um número limitado de doentes. Por outro lado, somos todos geneticamente diferentes, e como tal é normal que tenhamos respostas diferentes a um determinado medicamento. Há caraterísticas genéticas que são mais raras e que podem não estar presentes nos doentes que são envolvidos nos ensaios clínicos, pelo que as reações adversas que daí surgem na presença do medicamento podem não ser identificadas ou confirmadas durante este período de investigação. Assim, é muito importante que na fase de comercialização se mantenha a monitorização da segurança. Em resumo, a investigação em matéria de segurança nunca pára, acompanhando o ciclo de vida do medicamento.
Em Portugal, a taxa de notificação espontânea de RAM por parte dos profissionais de saúde é ainda muito baixa e não representa a realidade dos eventos adversos que decorrem da utilização dos medicamentos. O que é que é necessário fazer para mudar este paradigma? É necessário informar todos os possíveis intervenientes sobre os objetivos nobres desta área, sobre o caráter não punitivo do sistema e o baixo nível burocrático que neste momento está associado ao ato da notificação. Contribuir com informação sobre uma reação adversa de que tenhamos conhecimento é contribuir para o avanço do conhecimento científico sobre o ser humano, e para a redução da probabilidade de ocorrência dessa reação no futuro. Notificar uma reação adversa é ser cientista voluntário por um breve momento.
As reações adversas a medicamentos são uma importante causa de mortalidade nos países desenvolvidos. Em Portugal, qual é a gravidade desta situação? O sistema de farmacovigilância Nacional e Europeu evoluiu imenso nesta última década, e mais recentemente com a última alteração da legislação Europeia. Tornou-se altamente automatizado com o objectivo de aumentar a sua eficácia e rapidez de actuação, reduzindo assim para níveis mínimos a ocorrência de situações mais graves e que podem ser prevenidas. Um dos aspectos igualmente relevantes foi a implementação dos planos de gestão de risco que permitem às empresas farmacêuticas, em colaboração com as autoridades, mitigar ao máximo os riscos associados aos medicamentos, mantendo um elevado nível de monitorização do seu perfil de segurança. O sucesso destas ações depende de todos os intervenientes, ou seja, depende da medida em que todos nós contribuímos para o aumento de conhecimentos nesta área e, é claro, depende igualmente do respeito que todos temos pela utilização racional e correta do medicamento.
Quais os principais desafios que se colocam atualmente ao setor farmacêutico e de que forma os mesmos se refletem no medicamento e na saúde pública? São várias as medidas que, no presente contexto económico do país, afetam o setor farmacêutico, nomeadamente medidas que impactam no estabelecimento de preços dos medicamentos, comparticipações ou mesmo proteção de patentes e que colocam em risco a viabilidade económica de algumas empresas neste sector. No entanto, mesmo no actual panorama económico, acreditamos que é necessário manter um espírito empreendedor, continuar a investir na investigação de novos medicamentos e sempre que possível cooperar com os decisores no sentido de fazer parte da solução. Mais uma vez também aqui é necessária a cooperação e responsabilização de todos os intervenientes. Segundo um relatório da OCDE, a crise financeira e económica global teve um “efeito significativo” sobre o crescimento da despesa farmacêutica em muitos países. Em Portugal, assistiu-se à situação inversa. Como é que tem sido o desempenho da AstraZeneca nos últimos anos em Portugal e no Mundo? A AstraZeneca continua a focar as suas prioridades no retorno ao crescimento e no atingir da liderança científica, o que está refletido no investimento contínuo nas suas plataformas de crescimento e na sua pipeline de produtos. Têm-se verificado progressos muito significativos particularmente ao nível da pipeline, com três novos produtos em fase de submissão às autoridades e outros três que se encontram na sua última fase de desenvolvimento (fase III), bem como outras parcerias que foram recentemente realizadas. De qualquer forma, quer a nível mundial quer em Portugal a performance está ligada também ao contexto económico em que nos encontramos e também à perda de exclusividade de alguns dos nossos produtos.
MEDICINAS NATURAIS
Raul Maia Oliveira, Presidente da APARD, alerta
“Não existem produtos milagrosos” Fundada em 1986, a APARD – Associação Portuguesa de Suplementos Alimentares – surgiu da necessidade de representar um setor de atividade que embora exista há mais de 50 anos em Portugal, teve um crescimento muito significativo nas últimas duas décadas. Raul Maia Oliveira, Presidente da Associação, quando questionado sobre os malefícios que os produtos de emagrecimento podem ter na saúde, afirmou, nesta entrevista, que essa imagem não corresponde à realidade e apenas passa para a opinião pública por questões concorrenciais. “A resposta parece-nos elementar: a existirem tais perigos, não deveriam já as entidades competentes ter retirado tais produtos no mercado?”, questiona.
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Criada em 1986, que balanço faz do caminho que a APARD tem vindo a percorrer? Quais os principais avanços que a APARD conseguiu ao longo destes anos na defesa de um setor que teve um crescimento muito significativo nas últimas duas décadas? As apostas fundamentais da APARD, intimamente ligadas entre si, procuraram responder às mudanças estruturais entretanto verificadas: por um lado, incrementar o nível de preparação e resposta da sua estrutura técnica e representativa com meios humanos qualificados e com capacidade de resposta. Por outro, acompanhar e assessorar, direta e diariamente, as empresas associadas na sua atividade industrial e comercial, cada vez mais exigente. Em três palavras, (in)formação, profissionalismo e responsabilidade. De que forma tem evoluído o setor dos suplementos alimentares e produtos dietéticos em Portugal? A crise veio abalar o crescimento? Desde 1998 que todo o setor alimentar nacional e o dos suplementos em particular desde 2003, tem rececionado sucessivas Diretivas e Regulamentos
europeus, com patamares de exigência muito elevados aos níveis da integridade e segurança dos nossos produtos, bem como da defesa dos consumidores. Muito ao contrário da imagem que frequentemente se pretende transmitir, o setor tem sabido corresponder, ciente de que a defesa de tais valores é fundamental para a imagem de mercado dos suplementos alimentares. É bom sublinhar que nos últimos 15 anos, nenhum dos nossos produtos conheceu qualquer retirada compulsiva do mercado, fosse por que motivo fosse.
O tipo de vida da sociedade contemporânea, marcado muitas vezes por excessos e pelo elevado stress, leva a que seja cada vez mais importante que se recorra a este tipo de produtos? Em que situações é mais relevante que se tome um suplemento alimentar? A desgastante exigência dos tipos de vida que observamos nas sociedades modernas conduz, infelizmente com enorme facilidade, a desequilíbrios fisiológicos com efeitos diretos na saúde das pessoas. A toma de suplementos alimentares - designadamente, vitaminas, minerais, oligoelementos, ervas e plan-
Raul Maia Oliveira tas diversas, ajuda efetivamente a manter e a repor nutrientes essenciais ao bom equilíbrio do organismo humano. E a melhor prova da sua eficácia é a sua aceitação por parte dos consumidores. Os suplementos alimentares muitas vezes são confundidos com anabolizantes. Qual o papel da APARD no es-
clarecimento deste tipo de confusões? Existem produtos no mercado cuja finalidade é a de fornecer fontes energéticas suplementares a consumidores que pontual ou habitualmente, se sujeitem a esforços físicos intensos. Alguns são suplementos alimentares, outros alimentos especiais - tipologia legalmente diferenciada dos suplementos. Todavia e em qualquer dos casos, existe sempre uma fronteira de licitude de comércio, a qual, uma vez ultrapassada, transporta o tratamento da questão para a esfera criminal, como casos de polícia. Apenas comercializamos produtos previamente registados junto das entidades oficiais competentes e de cuja composição constem ingredientes previamente autorizados pela legislação nacional e europeia. Os produtos para emagrecer são cada vez mais procurados e as opiniões quanto aos perigos associados a estes mantêm-se. Estes produtos trazem ou não malefícios à saúde humana? Talvez por motivos de concorrência com outros produtos, essa imagem tem passado para a opinião pública. A resposta parece-nos elementar: a existirem tais perigos, não deveriam já as entidades competentes ter retirado tais produtos no mercado?..
Que cuidados é necessário ter quando se toma um produto para emagrecer? Que recomendações é importante deixar? Basicamente, este tipo de produtos pode agir de duas formas distintas: ou inibem o apetite, ou potenciam a eliminação de gorduras. A sua adequabilidade depende de cada caso em concreto, não sendo despicienda a obtenção de aconselhamento prévio. Verdade é que, como dizia Hipócrates, a saúde começa pela alimentação. E não existem produtos milagrosos que atuem apartadamente de uma dieta alimentar adequadamente rica e variada. É um pouco aquela estória do consumidor que não põe açúcar no café, ao mesmo tempo que come um bolo. Ou a de saber se nos dias de hoje as pessoas têm tempo e (dinheiro) para almoçarem algo que não seja fast food. Repito o essencial: só podem estar no mercado produtos contendo substâncias previamente autorizadas pela Agência Europeia de Segurança Alimentar. LER NA INTEGRA EM WWW.PONTOSDEVISTA.PT
MEDICINAS NATURAIS
Pontos de Vista Dezembro 2013
Eduardo Merino Terapias Manuais, em destaque
“A Terapia Manual vai assumir-se como referência de uma nova era na saúde” Decorria o ano 2000 quando Eduardo Merino, em duas salas de um apartamento, deu início a um conceito de clínica a que hoje dá continuidade num espaço novo, de maiores dimensões, com várias salas de terapia, ginásio e profissionais de saúde das diferentes áreas. Terapeutas que nasceram a estudar a saúde, a reinventar novas áreas do conhecimento e a correr o mundo das tecnologias para descobrir a dita “cura”. É assim que Eduardo Merino, Diretor desta Unidade de Saúde e aquele que lhe dá o nome, descreve o grupo de profissionais com os quais trabalha. Consciente, satisfeito e orgulhoso dos resultados que tem alcançado, garante: “somos conhecidos no país pela competência e evolução constante, as pessoas sabem que lhes apresentamos sempre as melhores soluções possíveis”.
A
multidisciplinaridade de conhecimentos, desde a mais alta tecnologia até à interpretação da mais básica emoção é a base do trabalho desenvolvido na Clínica Eduardo Merino Terapias Manuais. Partindo do princípio que quando olhamos para grandes mestres ao longo dos tempos vemos que todos eles seguem o caminho da cientificidade e acabam sempre por se reencontrar com os princípios básicos das emoções e da natureza, nesta unidade de saúde a resposta dada ao paciente vai além da ciência e da técnica - ainda que primem pela excelência nestes aspetos - para entrar no campo da emoção, do contacto diferenciado, do que está além do visível e mensurável. “O essencial é invisível aos olhos e a consulta muito formal a que estávamos habituados tira pormenores que fazem a diferença. A medicina está a mudar e o profissional de saúde deixou de se sentar do outro lado da secretária para se sentar ao lado do utente, deixou de apenas receitar para começar a escutar e deixou de mandar fazer uma bateria de exames para tocar no paciente. Isso trouxe mudanças, não só a nível técnico, mas também psicológico. Desta forma, os utentes vão mais felizes ao médico, sem receios e fazem disso rotina. Muito mais do que tratar saúde, nós estamos aqui para prevenir saúde e, por isso, o chamado cuidado de saúde primário, que antes era uma utopia, agora é uma realidade. Prova disso é o facto de 60 por cento das nossas consultas diárias são com pessoas que procuram melhorar a sua performance”, explica. Na Clínica Eduardo Merino Terapias Manuais potencia-se, assim, o organismo de cada paciente através de um conjunto de ferramentas que estimulam a parte física e emocional através de profissionais de áreas tão diferenciadas como a osteopatia, a fisioterapia, a acupunctura, a psicologia, a nutrição, a dermatologia, a cirurgia vascular, estética entre outras. Para cada uma destas áreas há uma profissional competente, cujo grau mínimo de formação é a licenciatura e, dentro de cada uma delas, há profissionais multidisciplinares, com formação em diferentes áreas. Todos os anos fazem reuniões científicas,
Eduardo Merino estabelecendo os planos de investigação de cada um. Este ano, uns finalizam doutoramentos, outros iniciam, em Portugal ou por este mundo fora. “Desta forma, conseguimos ligar os vários vetores de saúde, trazendo mais equilíbrio às pessoas. 100 por cento de saúde não existe e portanto não é isso que damos aos utentes, o que damos é equilíbrio e capacidade para que percebam quais as ferramentas que têm que adquirir para que se consigam levantar rapidamente quando caem”, afirma o terapeuta.
“A grande vantagem da Terapia Manual é o toque”
A Ciência Médica não se pode esquecer das suas origens. É importante saber ouvir as vozes populares, as mais antigas tradições. Só assim faz sentido. “Pegamos nessas coisas boas e transformamos em ciência”, afirma Eduardo Merino. Em relação às formas de publicidade que a unidade tem usado ao longo dos anos, afirma que “ nós não somos uma empresa que publicita em grandes out-doors, ou entrega panfletos em feiras. São as pessoas que transmitem a nossa identidade e o nosso trabalho. Sermos referências naquilo que defendemos e fazermos disso a nossa vida”
“De ano para ano temos mais formação. Há pessoas que fazem cursos de fim-de-semana e dizem que são osteopatas mas as coisas não funcionam dessa forma e, felizmente, com as novas normas, estou confiante que começará a haver mais critério. Eu tenho quatro anos de formação base em fisioterapia e mais seis anos de formação em osteopatia na Escola Osteopática de Madrid onde neste momento sou monitor”, afirma este profissional que é ainda mestre em psicologia da dor, master em naturopatia, pós-graduado em gestão de unidades de saúde, docente universitário e formador na área das terapias manuais. “A investigação é essencial para criar evidência. O que não é muitas vezes fácil, reproduzir tantas avaliações empíricas, que surgiram da mescla entre a intuição e o aperfeiçoamento da técnica. A Escola Osteopatica de Madrid, que só forma Fisioterapeutas, está a pautar esse trabalho de credibilização desta profissão”, refere. Mais do que isso, Eduardo Merino tem a convicção de que “a terapia manual vai assumir-se como referência de uma nova era na saúde. Prova disso é a crescente procura, inclusive por utentes médicos que percebem que este é o
caminho e, por isso, estudam também eles estas áreas. A grande vantagem da osteopatia é o toque. Trata-se de uma disciplina com uma função generalizada, capaz de tratar as situações que mais facilmente associamos a esta área, como as dores musculares, mas também outras, tais como problemas digestivos ou até mesmo relacionados com o parto das crianças. O segredo da osteopatia é acompanhar o crescimento do feto e transmitir-lhe equilíbrio. Por sua vez, a acupunctura estimula pontos do nosso corpo promovendo um conjunto de mecanismos fisiológicos. Mediante o ponto, conseguimos induzir determinados mecanismos que são exatamente iguais aos efeitos produzidos pelos medicamentos, com a vantagem de não ter efeitos colaterais, não gerar dependência e potenciar saúde”, explica. Àqueles que ainda são um tanto ou quanto céticos face a estas disciplinas complementares da saúde, Eduardo Merino deixa a mensagem “ninguém sente falta daquilo que desconhece e enquanto não conhecer não vai sentir falta por isso, escolham alguém competente e experimentem porque esse momento vai mudar as vossas vidas e a partir vão daí sentir falta. A nossa vida é um conjunto de várias coisas, a dor que sentimos no ombro pode ser reflexo de uma entorse que fizemos há dez anos ou do facto de estarmos ansiosos; se estou tenso ou oprimido tenho mais dores musculares, se faço menos desporto tenho mais fragilidades… Aqui, na clínica, montamos uma rede para cada pessoa, com o modo de vida de cada uma delas, e damos pormenores de diferenciação que a permitam alterar no sentido corretivo. Por que é muito mais fácil ter azar que ter sorte, a nossa estratégia está em criar ferramentas que ajudem os utentes a terem sorte todos os dias”, conclui. Eduardo Merino: Licenciado em Fisioterapia Osteopata Mestre em Psicologia da Dor Master em Naturopatia Formador em Terapias Manuais eduardomerino@me.com www.eduardomerino.pt
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MEDICINAS NATURAIS
Custódio César, Diretor Geral da Eco-Nutracêuticos, uma empresa líder em Nutrição Desportiva
Há 13 anos como parceira de confiança de atletas de elite Jéssica Augusto, Emanuel Silva ou Dulce Félix. Em comum têm um percurso sólido enquanto atletas de elite. Mas, nesta incansável luta por excelentes resultados olímpicos, estes profissionais têm um parceiro de nutrição em todos os seus momentos. A Eco-Nutracêuticos, através da marca GoldNutrition, é a empresa líder no mercado nacional no segmento da nutrição desportiva e foi com o seu Diretor Geral, Custódio César, que a Revista Pontos de Vista conheceu uma empresa que tem procurado implementar alternativas seguras e naturais às carências nutricionais que existem na população portuguesa na generalidade e nos atletas em particular.
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oi em 2000 que a Eco-Nutracêuticos, uma empresa nacional vocacionada para a suplementação nutricional, começou o caminho que hoje se conhece. Quando se fala no balanço destes 13 anos de existência e de consolidação de uma imagem reconhecida no mercado, Custódio César, Diretor Geral da empresa, não hesita: “No início estávamos a representar marcas estrangeiras, tínhamos poucos produtos de marca própria e foi com muita satisfação que conseguimos implementar uma marca no mercado e expandi-la a nível internacional”, explicou. Falamos da marca GoldNutrition que apareceu em 2004 e tornou-se a primeira insígnia portuguesa de suplementação desportiva. Assim, e tendo como bandeira esta marca, a Eco-Nutracêuticos tornou-se numa parceira de eleição de atletas de elite, patrocinando clubes ou desportistas e marcando uma presença regular em vários eventos da área. “A maior parte dos atletas olímpicos já tomaram ou tomam suplementos da GoldNutrition e sentimo-nos gratos por contribuir para a melhoria das suas performances”, esclareceu o responsável em conversa com a Revista Pontos de Vista. O passo seguinte foi ainda mais alto. Em 2009, e depois de uma vasta experiência a acompanhar atletas de elite, a Eco-Nutracêuticos lança a linha GoldNutrition Clinical, uma forma de ajudar os terapeutas ligados ao desporto através de uma solução natural para problemas de saúde que possam decorrer da prática de exercício físico regular. Sendo a sua eficácia cientificamente comprovada, o sucesso desta marca deveu-se, não só ao potencial que concentrava, mas também ao desconhecimento que ainda havia nesta área. “Há 13 anos falava-se muito pouco de Marcas: - GoldNutrition: marca líder no mercado nacional na área da nutrição desportiva; - GoldNutrition Clinical; - GoldNutrition Slim; - Ultramax; - Kyolic.
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A maior parte dos atletas olímpicos já tomaram ou tomam suplementos da GoldNutrition e sentimo-nos gratos por contribuir para a melhoria das suas performances Custódio César
alternativas credíveis, cientificamente validadas para baixar o colesterol, por exemplo, ou para melhorar os níveis de serotonina que é um neurotransmissor fulcral na prevenção da depressão. A Eco-Nutracêuticos apareceu, assim, com suplementos inovadores na área clínica, que nos tem permitido restituir a saúde às pessoas sem causar danos transversais”, defendeu Custódio César. Ao longo de todo o processo de implementação de um novo produto no mercado e abraçando sempre a missão de fornecer produtos dotados de inovação e qualidade
no mercado da nutrição e dietética, a Eco-Nutracêuticos assume uma filosofia. “Temos o cuidado de não atirar para tudo o que mexe. Através do contacto com profissionais de saúde, de um forte trabalho de pesquisa e em parceria com laboratórios selecionados, desenvolvemos as fórmulas que, no nosso entender, são as mais adequadas para determinadas necessidades”, afiançou Custódio César. Só assim a Eco-Nutracêuticos tem conseguido manter a liderança nacional na comercialização de suplementos de nutrição desportiva, reforçando ainda
a sua imagem nos mercados externos. Aqui, quando se fala em internacionalização, a empresa tem como objetivo, além de reforçar a sua presença nos países mais apelativos nesta área (Brasil e Espanha, por exemplo), penetrar em mercados menos explorados. Estamos a falar de países como a Roménia, Eslovénia ou Letónia. Para se fazer ouvir num mercado onde se estabeleceu com uma filial há relativamente pouco tempo, a empresa tem já prevista a presença, com um stand bastante atrativo, no Rio de Janeiro, em abril de 2014, na maior feira do setor: Arnold Classic Brasil, idealizado pelo ator, político e ex-fisiculturista, Arnold Schwarzenegger. Deste modo, estando presente em eventos de renome internacional, a Eco-Nutracêuticos, aliada à permanente necessidade de rejuvenescimento, conservação e culto do corpo, tem mantido uma forte aposta na inovação. Certificação Na Eco-Nutracêuticos, todos os produtos são produzidos em laboratórios certificados da União Europeia, onde não são produzidos fármacos ou substâncias dopantes. Além disso, os produtos GoldNutrition são enviados para um laboratório internacional, creditado pelo Comité Olímpico Internacional.
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Antes de tomar um suplemento, que cuidados devo ter?
Enquanto nutricionista, Custódio César recomenda que cada pessoa, no momento em que começa a tomar um suplemento, procure o especialista mais adequado, consoante o produto em questão. Quando estamos a falar de um suplemento alimentar, o nutricionista será claramente o profissional mais apto a responder às dúvidas. Mas não podemos esquecer que dentro dos suplementos existem variadas categorias. Assim, por exemplo, quando alguém decide tomar um suplemento à base de plantas medicinais, deverá socorrer-se de quem tem, teoricamente mais informação nesta área, neste caso o farmacêutico. Recentemente, um inquérito europeu sobre “Resistência Antimicrobiana” mostrou que os portugueses não conhecem os riscos de tomar desnecessariamente antibióticos e, como tal, ainda acreditam que curam constipações. Nada há de mais errado. Nestas situações, quando surgem os primeiros sinais de gripe, Custódio César aconselha a toma de um suplemento que irá fortalecer o sistema imunitário. Como? “Através de uma equinácea (planta reconhecida pelas suas capacidades terapêuticas de estimular o sistema imunitário para prevenir e ajudar a combater infeções respiratórias) que está bem documentada nesta área e que, associada com Vitamina C e ao Extrato de Alho Envelhecido tem ótimos resultados. Claro que em casos mais graves deve-se consultar o médico. Mas na fase inicial, importa fortalecer o sistema imunitário”, explicou. A toma de Extrato de Alho Envelhecido por três meses, durante o final do outono e início do inverno, pode aumentar a capacidade de defesa imunitária e diminuir o número ou a gravidade das infeções respiratórias típicas desta época do ano, conforme publicado em várias revistas científicas.
Terapêutica à base de extrato de alho envelhecido
Além dos produtos já mencionados, a Eco-Nutracêuticos tem uma linha à Eco-Nutracêuticos em dados cronológicos 2000 – Criação da empresa; 2003 – Foram estabelecidos os primeiros contactos para a produção de uma marca própria nesta área; 2004 – Surge a marca GoldNutrition; 2009 – Depois de uma vasta experiência a acompanhar atletas de elite, surge a GoldNutrition Clinical; 2011 – Lançamento da gama Ultramax, uma marca Premium na área do anti-envelhecimento; 2012 – Foi lançada a GoldNutrition Slim, uma gama específica de emagrecimento da GoldNutrition.
base de extrato de alho envelhecido que é, atualmente, um dos suplementos mais investigados em todo o Mundo, com mais de 700 trabalhos científicos publicados. Trata-se de um produto com duas principais áreas de intervenção: cardiovascular e sistema imunitário. “Estamos a falar de um produto envelhecido através de processos naturais e, ao longo desse período de longo envelhecimento, adquire uma série de propriedades que conseguem prevenir doenças cardiovasculares, reduzindo uma série de fatores de risco”, explicou Custódio César, para quem tal não acontece com os fármacos existentes no mercado. “Há medicamentos específicos para o colesterol, para os triglicéridos, para a redução da inflamação mas que reduzam uma série de fatores, como acontece com o Extrato de Alho Envelhecido Kyolic, não há”, defendeu o nutricionista. Diversos estudos têm demonstrado que este produto traz benefícios para a proteção do coração, desintoxica o fígado, fortalece o sistema imunitário, tem propriedades antioxidantes, auxilia no controlo do stress, diminui o cansaço, protege contra o cancro e tem ainda propriedades antienvelhecimento.
Redução do IVA sobre os suplementos
A lei que regula a venda de suplementos alimentares foi, recentemente, alterada, obrigando à mudança de rótulos, muitos deles que se encontravam nas prateleiras dos estabelecimentos. Com esta medida, a Eco-Nutracêuticos, numa legislação que Custódio César apelidou de “despropositada”, perdeu mais de 50 mil euros. Para o responsável, muito há ainda a fazer por este setor, a começar pela diminuição do IVA sobre os suplementos alimentares. “Estamos a falar de produtos para a saúde que podem evitar doenças crónicas. Faz todo o sentido que as pessoas possam escolher e não serem obrigadas a tomar um fármaco se não for essa a sua vontade. Toda a gente deveria ter direito a escolher a sua forma de tratamento”, defendeu. Contudo, o Diretor Geral da Eco-Nutracêuticos sabe ser difícil chegar a esse ponto. Porquê? “A indústria farmacêutica é muito poderosa”, respondeu. Apesar de irem lutando contra a maré, a Eco-Nutracêuticos tem sonhos por concretizar. “Queremos fazer da GoldNutrition uma marca internacional. Queremos produzir alguma coisa em Portugal uma vez que as fórmulas são desenvolvidas cá pelo nosso grupo de trabalho mas a produção é feita no estrangeiro. Queremos que a ciência esteja cada vez mais interligada connosco e estarmos, por exemplos, associados a uma universidade ou a um centro de alto rendimento”, enumerou Custódio César. São sonhos a médio/longo prazo que estes 13 anos de existência e consolidação no mercado permitem desejar.
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MEDICINAS NATURAIS
Entrevista a Alexandre Silva, Administrador da Natiris
“As principais necessidades dos consumidores relacionam-se com as carências vitamínicas” Numa altura em que o tempo para sentar, relaxar e fazer refeições corretas escasseia para grande parte das pessoas, com um dia a dia cada vez mais agitado e stressante, os suplementos alimentares são uma boa alternativa e, por isso, são também cada vez mais procurados. A Natiris é um das principais produtores de suplementos alimentares em Portugal. Criada em 1971, cria suplementos alimentares de qualidade e eficácia comprovada, podendo assumir hoje a sua posição de liderança no sector. Fique a conhecê-la, através desta entrevista ao Administrador da empresa, Alexandre Silva.
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Com mais de 40 anos de experiência, a Natiris está vocacionada para a produção e comercialização de suplementos alimentares. Que balanço se pode fazer do percurso da empresa ao longo destas quatro décadas de existência? Obviamente que o balanço é positivo. A Natiris tem tido ao longo dos seus 42 anos de existência, um crescimento gradual e sustentado, alicerçado em elevados padrões de qualidade que vão desde os produtos: das matérias-primas à embalagem e rotulagem; à qualidade dos fornecedores e todos os players do mercado, e à qualidade dos recursos humanos e profissionais que temos recrutado criteriosamente para trabalhar connosco. Há 4 anos consecutivos que a Natiris é distinguida com o estatuto de PME Líder atribuído no âmbito do Programa FINCRESCE que distingue empresas nacionais com perfis de desempenho superiores, também este ano (2013) a gama CEREBRUM foi eleita pelos consumidores portugueses, como Produto Do Ano. Estas distinções são um selo de reputação e estímulo para prosseguirmos a nossa dinâmica empresarial, que contribui de forma sustentável para a criação de riqueza nacional e bem - estar social. Na Natiris têm como missão descobrir novos caminhos para uma saúde natural através de uma alimentação saudável. Quais os principais cuidados que se deve ter a este nível e para os quais a empresa tenta dar resposta? Quando falamos de alimentação saudável, estamos a falar obviamente da ingestão de alimentos que proporcionem ao organismo elementos vitais à nossa saúde e bem-estar. Os principais cuidados a ter relacionam-se com o sedentarismo, a rotina, a falta de tempo e a mudança para modernos hábitos alimentares que promovem défices de nutrientes, vitaminas e/ou minerais no organismo, por não serem ingeridos nas quantidades necessárias, ou que, o nosso organismo é incapaz de sintetizar ou sintetiza em menor quantidade por consequência, por exemplo, do avanço da idade.
Daí a importância e pertinência da suplementação alimentar, que não substitui um regime alimentar variado mas responde e compensa as carências nutritivas no organismo.
Quais são os principais erros alimentares que normalmente cometemos? Quais são os melhores suplementos para colmatar os efeitos desses mesmos erros? Atualmente são muitos e grande parte deles são, de certa forma, consequência da crise económica que atravessamos, mas os mais importantes são: não tomar o pequeno-almoço, ou substituí-lo por um café; o baixo consumo de peixe fresco, legumes e frutas frescas, o excesso de consumo de sal, óleos e de hidratos de carbono. Estes exemplos de erros alimentares podem provocar obesidade, diabetes, excesso de colesterol no sangue e hipertensão arterial que, como sabe, são as principais causas de ocorrência de eventos cardiovasculares como AVC (acidente vascular
cerebral) e enfartes do miocárdio, a primeira causa de morte em Portugal. A prevenção deve passar a ser, sempre, encarada como uma prioridade e neste caso em particular, temos no mercado resposta eficaz para este problema de saúde pública, as doenças cardiovasculares, sabe-se que o suplemento alimentar feito à base de arroz vermelho fermentado (Monascus purpureus, de nome comercial: Colester Oil Duo) de onde se obtém uma substância chamada monacolina K, contribui para a manutenção de níveis normais de colesterol no sangue. Quais são os produtos normalmente mais procurados? Quais são as principais necessidades que identificam nos consumidores no momento atual? Os produtos mais procurados são os multivitamínicos e os estimulantes cerebrais. Uma vez mais, em reflexo da conjuntura económica que Portugal atravessa, as principais necessidades dos consumidores relacionam-se com as carências vitamínicas, devido aos
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Uma vez mais, em reflexo da conjuntura económica que Portugal atravessa, as principais necessidades dos consumidores relacionam-se com as carências vitamínicas, devido aos maus hábitos alimentares e à necessidade de estimular o cérebro: melhorar o rendimento intelectual, o raciocínio, memória e atenção; combater a fadiga física e mental
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maus hábitos alimentares e à necessidade de estimular o cérebro: melhorar o rendimento intelectual, o raciocínio, memória e atenção; combater a fadiga física e mental.
Quais são os mercados externos para os quais a Natiris está atualmente a exportar os seus produtos? Na atual conjuntura nacional, a internacionalização impôs-se como uma necessidade para a empresa? Atualmente a Natiris exporta para Angola, Moçambique, Cabo Verde, Andorra, Espanha, Holanda, Escócia, Roménia, Canadá, Argélia, Emiratos Árabes Unidos, Azerbaijão. E sim claro, a expansão do negócio para mercados internacionais fez parte de uma orientação estratégica da Natiris de aumentar a abrangência e distribuição para novos mercados em detrimento da dependência exclusiva do mercado nacional e foi também o agarrar de oportunidades que nos foram surgindo fruto da grande notoriedade das marcas que comercializamos, dando resposta à procura dos mercados internacionais pelos nossos produtos. Temos uma parceria com
os Laboratórios Sanofi de distribuição internacional de alguns produtos, como por exemplo o Cerebrum (Omnivit). De que forma a empresa tem conseguido responder às exigências atuais no que diz respeito à segurança alimentar? Para garantir o elevado nível de proteção dos consumidores e facilitar a sua escolha, a Natiris disponibiliza produtos sujeitos a uma investigação e desenvolvimento rigorosos, rotulados e seguros os quais se traduzem nas melhores formulações. Escolhemos criteriosamente os fornecedores que garantem a mais elevada pureza e qualidade de produtos e matéria-prima, fabricados segundo os requisitos da FDA (Food and Drug Administration), segundo as regras HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point) e os requisitos GMP (Good Manufacturing Practices). Todos os produtos são notificados, e praticamente todos têm código CEDIME, atribuído pela Associação Nacional de Farmácias. A legislação nesta área tem vindo a apertar, é importante que assim o
seja de modo a que haja uma separação entre o trigo e o joio? Há ainda muitas empresas a vender produtos que anunciam como milagrosos mas cujos efeitos secundários são de elevado perigo para a saúde? É importante haver controlo sobre as empresas, que como refere, anunciam produtos eficazes e na realidade, por falta de qualidade, inspeção e/ou informação nas embalagens, podem traduzir-se em problemas graves de saúde pública, tal como é muito importante, regular produtos cujas dosagens de princípios ativos são tão reduzidas que não apresentam qualquer benefício para o consumidor. A legislação vai ao encontro dos direitos e proteção dos consumidores e a regulamentação é importante em todos os mercados, é uma espécie de seleção natural das “espécies” onde (segundo Darwin) só os mais aptos sobrevivem. Os suplementos alimentares são importantes no sentido a que se aporte a uma medicina mais preventiva e menos interventiva? Quais as principais vantagens que identifica no consumo destes produtos?
As principais vantagens são as que referiu, os suplementos alimentares atuam de forma preventiva evitando, em alguns casos, os efeitos nefastos que estão intrinsecamente associados às doenças: os sintomas; as despesas associadas ao tratamento; a abstenção do trabalho e os tratamentos invasivos que apresentam, quase sempre, efeitos colaterais a curto e médio prazo.
O que é que podemos esperar da Natiris nos próximos tempos? Têm novos mercados em vista? Serão lançados novos produtos? Temos na Natureza a nossa inspiração. O Rigor e Inovação como objetivos constantes, a Natiris comemoram os seus 42 anos com os olhos postos no futuro. Atenta à evolução e oportunidades do mercado. Temos muitos projetos por realizar, que sim, passam pela expansão para novos mercados e pelo lançamento de novos produtos. Podem contar com uma empresa que irá continuar dinâmica, empreendedora e pró-ativa. 47
BREVES
FIl Diverlândia
A FIL Diverlândia anima o Parque das Nações entre 30 de novembro e 5 de janeiro, numa iniciativa que tem entrada livre. Segundo a organização, este será o maior parque de diversões coberto do país, com os mais modernos equipamentos. Instalado no Pavilhão 1 da FIL, o evento promete animação para todas as idades, num espaço de 10.000 m2, equivalente a um campo de futebol, e com entrada livre. O parque é organizado pela Fundação AIP que promove a realização deste evento em simultâneo com a Natalis – Feira de Natal de Lisboa, com o Portugal Maior - Encontro Internacional para o Envelhecimento Activo, e com a FIL OUTLET, eventos que decorrem paralelamente.
Compal vai dar 60 mil euros a jovens fruticultores A Compal está a promover, pelo segundo ano consecutivo, uma iniciativa de apoio à fruticultura destinada a jovens empreendedores. Os três projetos vencedores desenvolvidos pelos formandos da Academia do Centro de Frutologia da marca ganharão 20 mil euros para serem postos em prática.Segundo informa o site da Academia, a edição para 2013/2014 tem como destinatários “empreendedores agrícolas que pretendem instalar-se, aumentar ou reconverter a sua exploração agrícola, produzindo uma das seguintes frutas: ameixa, ameixa rainha cláudia, baga, cereja, diospiro, maçã, maçã bravo de esmolfe, melancia, melão, meloa, marmelo, pêssego ou pera rocha”.
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Dieta mediterrânica é Património Imaterial da Humanidade A dieta mediterrânica foi classificada como Património Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em Baku, no Azerbaijão. A decisão foi tomada no âmbito da 8ª Sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, onde está presente uma delegação portuguesa, liderada pela Câmara de Tavira, que submeteu a candidatura conjuntamente com o Chipre, a Croácia, a Grécia, a Espanha, a Itália e Marrocos. Depois do fado, classificado com o mesmo título há dois anos, Portugal volta a integrar a lista de bens do Património Imaterial e Cultural da Humanidade, desta vez numa vertente gastronómica.
EXPONOIVOS regressa ao Porto e Lisboa O ano 2014 começa com a 20.ª edição da EXPONOIVOS® Lisboa e Norte, a feira de referência para o setor nupcial e para os noivos que confiam no evento para organizarem o seu casamento de sonho. O evento realizar-se-á entre os dias 10, 11 e 12 de janeiro no Centro de Congressos de Lisboa e estará na Exponor (Porto) a 17, 18 e 19 do mesmo mês. Com 20 anos de história, a EXPONOIVOS é responsável pela concretização dos sonhos de milhares de casais que desde 1994 visitaram o evento. 49
MEDICINAS NATURAIS
Ana Maria Ferro, Diretora Clínica da Clínica de Saúde Integral, afirmou:
“As pessoas chegam aqui à procura da verdadeira cura” “Cada doente que nos entra, sai um amigo que entendeu as regras para não adoecer e perceber a direção a tomar para se sentir bem consigo próprio e com o mundo”. Se existe ingrediente para o sucesso de uma empresa, esta é, sem dúvida, a receita que a Clínica de Saúde Integral tem incrementado ao longo dos seus 18 anos de existência. Munindo-se de uma equipa conhecedora e especializada, Ana Maria Ferro tem tentado sempre cumprir o seu objetivo: curar quem a procura. Ao longo deste trabalho, não falamos de doentes ou de pacientes, mas sim de amigos.
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m 1977, Ana Maria Ferro concluiu a sua licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Assumindo-se como uma perfecionista de raiz, a então recém licenciada partiu para a Ilha de Santa Maria, nos Açores, com a motivação de colocar em prática os seus conhecimentos. Foi, então, que chegou a frustração. Apesar da qualificação, Ana Maria Ferro não sentia que dava um efetivo contributo à melhoria da qualidade de vida das pessoas e não estava a cumprir o seu principal desígnio que era curar. Foi então que, “porque o universo é perfeito”, Ana Maria Ferro conheceu um radioamador brasileiro que também era médico e que lhe abriu novos horizontes. Foi o momento de fazer as malas e partir para o Brasil. “Quando lá cheguei, a homeopatia era uma especialidade médica, integrada nos hospitais. Em Portugal, trabalhamos muito com a sintomatologia, enquanto lá se foca mais a vertente psicológica”, relembrou. O dia em que se especializou em homeopatia foi “o dia mais feliz” da sua vida e foi com esse sentimento que regressou a Portugal. Mas o que encontrou cá, em 1985, ficava muito aquém do que já fazia parte do quotidiano de países como o Brasil. “Não se ouvia falar nem em homeopatia nem em acupunctura. O que existia era conhecido como bruxaria e eu era um ovni em Portugal”, explicou a responsável. Quando chegou, a homeopatia, tal como a conhecia, não era suficiente porque as pessoas que chegavam eram extremamente patológicas. Ana Maria Ferro teve de se reajustar e, no fundo, reaprender. Demorou dez anos a adaptar-se a esta nova realidade, a rodear-se dos profissionais mais competentes e a mudar mentalidades. “Partir pedras”
arquivado”. Ana Maria Ferro falou ainda de uma vertente nova em que a clínica tem apostado. Chama-se terapia reconectiva e, no fundo, inspirada pelo livro de Eric Pearl, trata-se de uma ligação do ser humano com o universo.
Descrença na medicina convencional?
Ana Maria Ferro como descreveu. O resultado é hoje conhecido. Chama-se Clínica de Saúde Integral e Ana Maria Ferro é a respetiva Diretora Clínica. Ao longo dos últimos anos, a Clínica era vista como um “embrião”. Vive, hoje, um momento de transformação, onde o objetivo passa por fomentar a comunicação com o exterior. Aliás, não foi a publicidade que fez crescer o arquivo desta entidade. “Os doentes chegam aqui boca a boca. A idoneidade do processo fala por si. Há doentes que chegam, muitas vezes, às portas da morte e sabem que de mim só terão a verdade”, defendeu. Das terapias existentes na Clínica de Saúde Integral, destaca-se a gerontologia, cujo principal foco é valorizar a população mais envelhecida. Uma valorização que passa acima de tudo pela prevenção. “Temos que começar a cuidar dos velhos aos 30 anos de idade. Aos 40 ou 45 já existem muitas ideias formadas e não se consegue mudar muita coisa. Tudo passa por uma boa alimentação, por uma vida ativa e por manter o cérebro a funcionar com expetativas e motivações”, afirmou Ana Maria Ferro. A equipa foca-se num trabalho muito direcionado para o corpo uma vez que “é nas memórias celulares que está tudo
A fase em que as pessoas recorriam às medicinas alternativas como resultado de uma profunda descrença nos métodos convencionais já passou. Neste momento, “as pessoas chegam aqui à procura da verdadeira cura”, salientou Ana Maria Ferro. A crise tem uma percentagem de responsabilidade, claro. O risco de depressão é maior, os níveis de ansiedade estão no auge. Mas é mais do que isso. “Temos uma rapidez de conclusão de processos fantástica. Uma amiga disse-me que eu era conhecida por curar cancros mas não é verdade. Não curo nada. A pessoa cura-se a si própria. Eu apenas facilito a cura através de uma postura correta, de bons hábitos e, de facto, temos muitos casos de remissão”, evidenciou a responsável. Para a especialista, é em tenra idade que se deve apostar na prevenção de doenças e os pais têm sempre um papel de uma importância incontornável. Não se manifestando contra as vacinas, de todo, Ana Maria Ferro defende uma reavaliação do momento certo para vacinar uma criança. “Não se devem dar tantas vacinas numa altura da vida em que as crianças ainda não têm um sistema imunológico competente”, alertou. Neste sentido, a Clínica de Saúde Integral é, atualmente, procurada por muitos pais uma vez que disponibiliza a resposta para estas preocupações. Através do Sistema Darkfield, é possível observar os glóbulos ao vivo e, com uma simples gota de sangue, perceber se aquele é o momento certo para avançar com a vacina.
“Libertar as pessoas das amarras emocionais”
Para o futuro, Ana Maria Ferro não esconde a vontade de ter um local de internamento onde as pessoas pudessem, em contacto com a natureza, tornarem-se mais saudáveis. Trata-se de um espaço onde o objetivo passaria por “libertar as pessoas das amarras emocionais”, desprendendo-as, durante algum tempo, do seio das suas famílias que são, em muitos casos, a origem destas instabilidades. Além disso, a especialista ambiciona ainda implementar um dia de atendimento gratuito por semana. Mas, para tal, não basta ter força de vontade. É necessário alcançar a rentabilidade que permita dar esse passo. Até lá, Ana Maria Ferro deixou o repto: “qualquer pessoa é bem recebida na nossa clínica, mesmo que seja só para conhecer as nossas instalações e respirar o nosso ar”. Serviços Disponíveis: Clínica Geral; Nutrição; Gerontologia; Psicologia; Medicina Tradicional Chinesa. Diagnósticos Complementares: DDFAO e Darkfield. Terapias: Homeopatia, Quiroprática, Osteopatia, Fitoterapia, Florais, Sacro craneana, Vegamed Matrix, Massagens, Exercícios Respiratórios, Mesoterapia, Terapia Neural, Manipulação Visceral, Terapia Reconectiva. Projetos: Educação para a Saúde Integral – “Aprender a pensar”, “Aprender a amar”, “Aprender a comer”, “Aprender a escolher”.
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Pontos de Vista Dezembro 2013
Terapia Bowen, saiba mais
Uma terapia suave e eficaz que pode ser usada em pessoas mais debilitadas Desenvolvida pelo trabalho inovador do australiano Tom Bowen, a Terapia Bowen tem tido bastante sucesso e resultados muito positivos na recuperação e tratamento das mais variadas dores e quadros clínicos. Reconhecida internacionalmente como uma terapia manual eficaz, já está em Portugal desde 2007, oferecendo grandes oportunidades de aplicação nas mais variadas áreas e queixas. Helena Quinta, Terapeuta Bowen ISBT e Formadora da International School of Bowen Therapy explica em que consiste esta terapêutica.
Em que consiste a Terapia Bowen ISBT e a que patologias é capaz de dar uma resposta eficaz? A Terapia Bowen é uma terapia manual que trabalha sobre o corpo, fazendo pequenos movimentos de cruzamento sobre as fibras musculares, tendões e ligamentos, por forma a promover o relaxamento das estruturas e assim aliviar e curar os sintomas, como sejam, as dores musculares e articulares, contraturas, tendinites, etc. As queixas mais comuns das pessoas que nos procuram são, por exemplo, ciática, ombro congelado, dores nas costas, dores de cabeça, dos braços ou das pernas, etc, e também por vezes dores viscerais.
Quais são as principais vantagens associadas a esta terapia? Quais os resultados que os pacientes podem esperar após uma sessão? A grande vantagem da Terapia Bowen é a sua suavidade em comparação com outras técnicas mais invasivas, nomeadamente osteopatia, quiropraxia, etc. A suavidade
e ao mesmo tempo a eficácia da Terapia Bowen permite que esta técnica possa ser utilizada em pessoas muito fragilizadas, idosos, convalescentes, em recuperações de cirurgia, e também em crianças pequenas e até bebés recém nascidos. A Terapia Bowen ISBT assemelha-se em alguns aspetos à acupunctura. Quais os principais fatores distintivos entre estas duas terapias? A acupunctura tem por base a prática da Medicina Tradicional Chinesa e o sistema de meridianos que permeiam todo o corpo, através de pressão exercida pelas agulhas em determinados pontos. A Terapia Bowen baseia-se na técnica desenvolvida pelo australiano Tom Bowen, nos anos 50-60 do século passado, e tem por base a homeostasia, ou seja, a tendência do corpo humano para se equilibrar naturalmente. Com os movimentos Bowen, o terapeuta dá determinados impulsos ao corpo, que chegam ao cérebro e promovem esse equilíbrio duma forma natural.
Onde é que os leitores podem fazer uma sessão de Terapia Bowen ISBT? Já há uma rede de terapeutas bem difundida no país? A Terapia Bowen ISBT está em Portugal desde 2007 e temos já bastantes terapeutas a trabalhar a nível nacional. Através do site: www.terapiabowenportugal. com podemos encontrar os terapeutas disponíveis por região e seus contactos.
Para além de terapeuta é também formadora Bowen ISBT. Quando é que serão ministrados novos cursos de formação nesta área e a quem é que estes se dirigem? Os cursos básicos de Terapia Bowen da International School of Bowen Therapy são efetuados normalmente duas vezes por ano. O próximo inicia-se em fevereiro 2014, e as inscrições estão já abertas. Estes cursos são indicados para as pessoas que queiram desenvolver as suas competências em terapias corporais, ajudando outras pessoas, familiares e amigos, e também em termos profissionais e de saúde. No site acima referido encontra-se toda a informação sobre estes cursos.
Como descreve a evolução desta área em Portugal nos últimos anos? O número de terapeutas e a procura desta terapia tem vindo a aumentar? Penso que, cada vez mais, as pessoas procuram técnicas não invasivas para tratar o seu corpo e as suas doenças. Temos tido muito bons resultados com esta terapia em Portugal (tal como acontece um pouco pelo resto da Europa e do Mundo – em Hong-Kong existem já hospitais cujos médicos trabalham já com a Terapia Bowen) e por isso, há um número crescente de pessoas que procuram este tratamento. Mesmo com doenças como a fibromialgia, artrite reumatoide, Parkinson, etc.,que não têm cura de momento, mas que dão
Helena Quinta muito mal-estar às pessoas, temos conseguido melhorar significativamente a qualidade de vida desses pacientes. Acredita que o futuro da medicina será marcado por uma maior complementaridade entre a medicina tradicional e as terapias e medicinas alternativas? Será possível que em Portugal, no médio prazo, ambas possam conviver no próprio sistema nacional de saúde? Seria ótimo para as pessoas se isso acontecesse! Hoje, esse processo está já em marcha, mas anda devagar. Há todo o interesse que essa complementaridade possa existir, para o bem de todos. Que mensagem gostaria de deixar às pessoas que não conhecem esta terapia e são ainda um pouco céticas relativamente aos tratamentos holísticos? A Terapia Bowen não é invasiva, é suave e ao mesmo tempo eficaz, conseguindo resolver a maioria dos problemas que afligem as pessoas. É só uma questão de experimentar e ver como se sente. Não custa nada!
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A OPINIÃO DE...
MEDICINAS NATURAIS
SUSANA BELO, licenciada em psicologia, TERAPEUTA ALTERNATIVA E FORMADORA
PSICOTERAPIA TRANSPESSOAL – UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA Formou-se em Psicologia Social e Organizacional, pelo ISCTE, mas logo percebeu que o âmbito da Psicologia que a fascinava era outro – uma vertente mais holística e integrativa, capaz de ir além da visão racionalista do ser humano e de libertar a consciência para um olhar mais abrangente da realidade. Trabalha como terapeuta transpessoal, utilizando nas suas consultas técnicas meditativas e regressivas, em busca do potencial maior de crescimento e de autocura que já reside em cada paciente.
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Psicoterapia Transpessoal, ainda embrionária em Portugal mas já relativamente difundida além-fronteiras, ocupa-se dos estados alterados de consciência e da experiência que vai “além do pessoal”, ou seja, além da persona, da identidade rudimentar ou do ego. O seu propósito é o de contribuir para uma visão mais compreensiva e holística do ser humano, impulsionando-o a evoluir. Estabelece uma ponte entre a dimensão pessoal da consciência, onde se inserem o ego e as suas motivações mais básicas, e a dimensão transcendente – frequentemente sinalizada como espiritual –, que incorpora a interconexão com os outros seres, a natureza e o cosmos. O movimento transpessoal surgiu através dos contributos de psicólogos como Carl Jung, Roberto Assagioli e Abraham Maslow, sendo oficialmente fundado nos E.U.A. em 1969. No entanto, esta visão já se encontra presente desde há milénios no Oriente, sendo reconhecidas as experiências transcendentes como naturais e até positivas para o processo de desenvolvimento do ser humano.
Abordagem em Expansão
Em Portugal, contamos com o apoio da Alubrat – Associação Luso-Brasileira Transpessoal e de outras instituições onde se encontra já disponível um reduzido, mas importante, leque de formações nesta área, como a pós-graduação em Psicologia da Consciência, pelo ISPA. Embora ainda se faça conhecer de forma tímida, este ramo da Psicologia, considerado como a sua quarta força, começa a angariar a simpatia e interesse do público, sobretudo daqueles que são formados numa área terapêutica ou de saúde e que procuram integrar ferramentas mais holísticas na sua ocupação. Existe, no entanto, ainda alguma confusão entre o terapeuta transpessoal e o “guru ou guia espiritual”, sendo que o termo transpessoal tem sido adotado de forma algo generalizada para se referir a abordagens de caráter mais espiritual, o que nem sempre se traduz numa abordagem psi-
coterapêutica. Há, por isso, que ter alguma atenção na escolha do terapeuta a consultar, para se ter a certeza de que não se compra “gato por lebre”. Em parte, devido à crise, e por outro lado, devido a uma certa abertura natural que a população portuguesa parece ter em relação a estas temáticas, existe cada vez mais uma procura por terapias não-convencionais e complementares. Parece estar a surgir uma nova consciência voltada para o natural, numa espécie de regresso às origens, em que se privilegiam os métodos orgânicos e de autoconhecimento como base de um trabalho de cura pessoal mais profundo e responsável. Lá fora, a Escola Espanhola de Desenvolvimento Transpessoal (Madrid) oferece um programa formativo de dois anos como Terapeuta Transpessoal. Em Inglaterra, a Universidade de Northampton possui uma pós-graduação em Psicologia Transpessoal e Estudos da Consciência. Nos Estados Unidos, a Sofia University (Califórnia) e a Kona University (Havai) oferecem mestrados e doutoramentos na área. A Eurotas – The European Transpersonal Association é uma das associações europeias mais ativas neste âmbito. Gradualmente, a Psicologia Transpessoal começa a demarcar o seu território.
Mais-Valias do Transpessoal
Esta abordagem dá um salto quântico face às anteriores abordagens psicológicas, baseadas no materialismo científico. Mostra que não pode existir uma experiência de saúde e bem-estar psicológico duradouro se a pessoa não estiver conectada com o nível transcendente ou espiritual da realidade, e sobretudo, se não estiver a avançar no aprofundamento dessa conexão. As implicações destas
conclusões são radicais, pois demonstram que podemos resolver problemas pontuais e suprimir os sintomas desconfortáveis gerados pela tensão, stress, depressão, ansiedade e até pelas doenças, mas não podemos ir mais além e erradicar estes estados patológicos das nossas vidas se não existir uma abertura ao que é transcendente e que está para além da compreensão humana. A visão transpessoal reconhece, assim, uma ligação entre os três níveis fundamentais do ser: o físico, o mental/emocional e o espiritual. Influenciada pelas filosofias orientais, esta abordagem desdramatiza a importância do pessoal e sublinha a importância universal da experiência humana. De acordo com esta visão, as limitações e imperfeições que trazem sofrimento são apenas transitórias e necessárias, no caminho da plenitude. Em vez de se criarem obsessões por estas imperfeições, é mais útil desdramatizá-las e enfraquecer a ilusão de que vivemos uma existência separada. As práticas meditativas e de regressão são, por isso, comuns no trabalho transpessoal e possibilitam ao paciente avaliar a sua vida a partir de um olhar mais abrangente, compreendendo a conexão entre o que lhe sucede e o que existe no seu interior. Também as técnicas de libertação psicocorporais, técnicas respiratórias e técnicas criativas são utilizadas, para promover a transformação pessoal e o alargamento da consciência. Esta abordagem pode, em alguns casos, promover uma reabilitação mais rápida do paciente e evitar o uso de medicação. No entanto, nem todos os casos serão para tratar sem o apoio da psicologia e psiquiatria tradicionais, e por isso, esta abordagem pode ser complementar às abordagens mais clínicas, sempre que necessário. O maior desafio desta área parece ser a dificuldade em investigar as experiências transcendentes em laboratório pois, pela sua própria definição, estas são experiências que transcendem os limites da ciência, embora existam já avanços no seu estudo. O Journal of Transpersonal Research apresenta semestralmente novas investigações na área.
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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DOS IMÓVEIS
Jorge Fonseca, Gestor da Fracção Exacta Imobiliária, sobre a alteração à legislação da eficiência energética dos imóveis:
“Trata-se de mais uma medida que dificulta o nosso trabalho” Com a entrada em vigor, no passado dia 1 de dezembro, de uma nova legislação sobre eficiência energética dos edifícios que obriga a que em qualquer anúncio comercial a classe de certificação do imóvel esteja mencionada, a Revista Pontos de Vista procurou a opinião de quem “sente na pele” o impacto desta medida. Para Jorge Fonseca, Gestor da Fracção Exacta, esta é apenas “mais uma taxa criada pelo Governo para retirar outra mais valia”.
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e, no passado, era obrigatório apresentar o documento de certificação energética somente aquando da transação comercial (venda ou arrendamento), a partir do primeiro dia do presente mês de dezembro, o cenário é outro. Desde o momento zero, essa informação deve ser comunicada nos anúncios comerciais. Esta será uma responsabilidade partilhada entre o proprietário e o mediador imobiliário, sendo que, em caso de incumprimento, a multa poderá ir até aos 45 mil euros (aproximadamente) no caso de pessoas coletivas. Já os certificados podem custar 200 euros ou mais, mediante a empresa que o passa e a dimensão do imóvel. Por um lado, estes certificados estabelecem até que ponto a casa é eficiente mas é também uma forma de serem propostas melhorias para aumentar a poupança em termos de energia. Para Jorge Fonseca, Gestor da Fracção Exacta Imobiliária, “trata-se de mais uma medida que dificulta o nosso trabalho”, acrescentando: “trata-se de mais uma taxa que o Governo quis criar para tirar uma mais valia porque ninguém sabe para que é que isto serve. Se houvesse algum benefício e o cliente tivesse, por exemplo, uma redução de impostos, mas nada disso acontece. O IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) é o mesmo, quer tenha uma classificação energética alta ou muito baixa”, declarou. A obrigatoriedade de apresentar este
documento no momento da escritura é completamente aceitável para Jorge Fonseca mas esta alteração apenas vem trazer algum “tumulto” ao mercado imobiliário. “As empresas têm uma carteira de imóveis e a partir de agora vão ter de fazer a classificação energética de todos eles para poderem passar essa informação para a publicidade. É complicado, sobretudo quando estamos a falar de proprietários com dificuldades em vender a casa que vão ter de pagar por um certificado energético, sem saberem quando é que o imóvel vai ser vendido”, explicou. No caso da Fracção Exacta, surge ainda uma outra dificuldade. “O nosso principal fornecedor é a banca que não nos dá essa informação quando nos passa os imóveis que estão à venda”, defendeu Jorge Fonseca. O próprio cliente final não demonstra interesse por esta questão, tal como referiu o nosso entrevistado. No momento em que uma pessoa procura uma casa para arrendar ou comprar, o desempenho energético acaba por ser colocado em segundo plano, na maioria dos casos. “Nenhum cliente questiona qual é a classificação energética de um imóvel. Aliás, muitos deles nem sabem o que isso é. Estão habituados a ouvir isso quando compram uma lâmpada ou um frigorífico”, adiantou. Como tal, para Jorge Fonseca, e tal como defendeu o Presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, este não é o momento adequado para avançar com esta medida.
Jorge Fonseca
Empresa vocacionada para RETOMAS de BANCOS
Orientada para valores como a transparência, inovação e dedicação ao cliente, em 2008, foi criada a Fracção Exacta, uma empresa de mediação imobiliária que surgiu no pico da crise económica em Portugal. Fala-se muito em recessão económica e, no setor imobiliário, esta manifesta-se através de um incremento do crédito malparado e, como resultado, a entrega dos imóveis aos bancos quer por dações de pagamento quer por açōes judiciais. Assim, desde logo, esta equipa decidiu adotar um nome e uma vertente de negócio muito específica: RETOMA de BANCOS como resposta ao facto de a banca ser, cada vez mais, a maior proprietária do país. Todavia, “os bancos não querem imóveis mas sim dinheiro. Assim, tentamos escoar da melhor forma possível e,
como tal, somos um grande parceiro da banca nesse sentido”, salientou Jorge Fonseca. Assumindo como lema a expressão “um cenário de recessão origina sempre oportunidades de negócio”, a Fracção Exacta soube aproveitar uma janela aberta, tendo, hoje, acesso privilegiado aos imóveis resultantes do crédito malparado. Comprar imóveis da banca é, na maioria dos casos, bem mais vantajoso do que arrendar uma habitação, tal como explicou em conversa com a Revista Pontos de Vista, Jorge Fonseca, partindo de um exemplo. “Temos um imóvel que custa cem mil euros. Os bancos vão praticar um spread de cinco por cento, o que equivale a um encargo mensal que rondará os 500 euros. Já o imóvel do lado que é do banco, terá um spread de um por cento e a prestação será de cerca de 250 euros. Por outras palavras, a mesma casa tanto pode custar 500 como 250 euros e ao comprador o que interessa é o valor que terá de pagar por mês”. Apesar de ter noção de que a situação atual do país não permite que as empresas sonhem muito alto, a Retoma de Bancos continuará a ser o “core business” da Fracção Exacta. As oscilações do mercado imobiliário continuarão a fazer parte do quotidiano, a burocracia continuará a ser um entrave (exemplo disso é a recente alteração à legislação sobre eficiência energética dos imóveis) mas a empresa continuará a assumir riscos e a proporcionar aos seus clientes outras oportunidades de negócio complementares. “Um cliente pode entrar aqui para comprar uma casa. Não compra o imóvel mas marca as suas férias”, concluiu Jorge Fonseca. Voo Exacto O Grupo Fracção Exacta decidiu apostar no segmento do turismo, abrindo no passado mês de Novembro, uma agência de viagens. A Voo Exacto agências de viagens aposta no conceito low cost, assegurando um preço mais baixo aos seus clientes e não cobrando a taxa de reserva. A agência de viagens estará presente na rede de lojas Retomas de Bancos. “Estamos a abrir uma loja piloto mas temos como objetivo abrir cinco a seis lojas no Grande Porto durante o próximo ano”, afirmou Jorge Fonseca.
BREVES
XXV Congresso do CDS-PP O XXV Congresso do CDS-PP, que se vai realizar a 11 e 12 de janeiro de 2014, irá decorrer em Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro. Segundo António Carlos Monteiro, da Comissão Organizadora, Oliveira do Bairro foi um dos concelhos onde o partido registou um grande crescimento nas últimas eleições autárquicas, realizadas em setembro, tendo conseguido alcançar o lugar de segunda força política na autarquia liderada pelo PSD, com mais de 37 por cento dos votos, que lhe garantiram a eleição de três vereadores. O XXV chegou a estar marcado para julho deste ano, mas foi adiado e, posteriormente, desconvocado, devido à crise política, tendo, na altura, Paulo Portas assumido a candidatura à liderança.
Exportações de pedra portuguesa podem atingir recorde Segundo declarações da Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins (Assimagra), as exportações de pedra natural portuguesa estão a crescer “a um ritmo assinalável”, podendo atingir um novo recorde. Apesar de não ter indicado valores, a Assimagra afirma que entre os meses de janeiro e setembro, comparativamente ao ano de 2012, só não se registou crescimento em quatro mercados: China, Bélgica, Marrocos e Líbano. Dos 30 países importadores de pedra portuguesa, destacam-se a França, Alemanha, Espanha, Itália como destinos onde se verificou maior crescimento. Também no Reino Unido, Angola e Estados Unidos se nota um crescimento significativo no setor.
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Fórum empresarial sobre o Brasil em Lisboa A Aicep e a Embaixada de Portugal no Brasil estão a preparar o Fórum Brasil, para capacitar empresas lusas que queiram explorar oportunidades no mercado brasileiro. O evento acontece a 18 de dezembro em Lisboa. Os principais temas a abordar serão: desafios e oportunidades; procedimentos de constituição de sociedades e parcerias; regime de vistos aplicável; regime fiscal aplicável às empresas; importação de bens e serviços; planeamento, logística e vertentes aduaneiras e o papel do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, no apoio ao desenvolvimento de negócios.
2º Encontro dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (Polo A) irá receber, nos dias 24 e 25 de janeiro de 2014, o 2º Encontro dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica. O evento irá debater temas como a segurança do doente e qualidade dos cuidados; sistemas de informação e continuidade dos cuidados; relação, comunicação e informação; gestão dos cuidados; formação para melhores práticas; a prática especializada à pessoa em situação crítica e a prática especializada à pessoa com doença crónica e paliativa. O Encontro irá também contar com a apresentação de trabalhos livres que podem ser comunicações livres ou pósteres.
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A OPINIÃO DE...
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
Jorge Jacob, Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
2014: Ano novo, Código novo Já diz o ditado popular “Ano novo, vida nova”. Para o ano de 2014 que se avizinha, será caso para dizer também “Ano novo, Código novo”. Com efeito, no próximo dia 1 de janeiro, entrarão em vigor as mais recentes alterações ao Código da Estrada, as quais terão impacto sobre todos os “atores” do ambiente rodoviário, quer sejam condutores, quer sejam simplesmente peões.
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liás os peões passam a gozar de uma especial proteção face aos veículos motorizados, estando incluídos no novo conceito de “utilizadores vulneráveis”. Para estes, foram especialmente concebidas as zonas de coexistência, devidamente sinalizadas, com o intuito de que peões e veículos possam coexistir de forma harmoniosa e em respeito mútuo, sendo inclusivamente permitido aos peões ocupar toda a largura da via, até para a realização de jogos, desde que tal não impeça ou embarace desnecessariamente o trânsito de veículos. Por sua vez, os condutores de veículos motorizados terão de usar de especial cuidado com os peões e ciclistas, não podendo circular a velocidades superiores a 20 km/h. Por falar em ciclistas, também estes passam a integrar o conceito de “utilizadores vulneráveis” sendo que, a título de exemplo, sempre que um automobilista pretenda ultrapassar um velocípede, deve manter uma distância lateral mínima de 1,5 m, por forma a evitar acidentes. Os direitos dos ciclistas não se ficam por aqui, passando a poder circular a par em determinadas circunstâncias, bem a como a ter prioridade onde antes não a tinham. Como é bom de ver, os automobilistas terão de redobrar a sua atenção face à aproximação de velocípedes. E quem não tem histórias para contar de acidentes ou quase acidentes em rotundas? Acho que todos nós. E sempre que contamos estas histórias, ouvimos as mais diversas opiniões: que se deve circular sempre por “fora”, ou que isto ou que aquilo. Pois bem: com as novas alterações, é clarificado o regime de circulação em rotundas, sendo expressamente proibida a circulação pela via mais à direita da rotunda (por “fora”), exceto se se pretender sair na saída imediatamente a seguir. No entanto, não se pense que deixaremos de ver os autocarros a circular na rotunda do Marquês de Pombal “por fora”: é que segundo as alterações ao Código, os veículos pesados, os velocípedes e os veículos de tração animal, podem continuar a circular na via mais à direita, embora estejam obrigados a facilitar a saída dos outros veículos. É profissional do volante ou tem carta de condução há pouco tempo? Se sim, então leia com atenção as linhas que se seguem. A partir de 1 de janeiro, a taxa de álcool no sangue a partir da qual é considerada contraordenação, sofre uma redução significativa para condutores de veículos pesados de mercadorias ou de passageiros, de socorro ou serviço urgente, de transporte coletivo de crianças, de táxis e de veículos de transporte de mercadorias pe-
“Transporta habitualmente crianças no seu veículo? Então saiba que a partir de 1 de janeiro não carece de utilizar os sistemas de retenção de crianças, vulgo cadeirinhas, se a criança medir mais de 1,35 m de altura, podendo ser utilizado o cinto de segurança que equipa o veículo” rigosas. Assim, os condutores deste tipo de veículos e também os condutores habilitados há menos de três anos, passam a ser autuados sempre que sejam fiscalizados com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,20 g/l. Transporta habitualmente crianças no seu veículo? Então saiba que a partir de 1 de janeiro não carece de utilizar os sistemas de retenção de crianças, vulgo cadeirinhas, se a criança medir mais de 1,35 m de altura, podendo ser utilizado o cinto de segurança que equipa o veículo. Fique ainda a saber que a morada relevante para efeitos de notificações passa a ser o domicílio fiscal, razão pela qual terá de se fazer acompanhar sempre do respetivo cartão de contribuinte fiscal, isto se não for já titular do cartão do cidadão. Ciente do impacto que estas alterações implicarão no quotidiano de quem conduz, ou simplesmente é peão, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária tem vindo a fazer um périplo pelos principais eventos dedicados ao setor dos transportes ou da segurança rodoviária, sensibilizando para as alterações que se aproximam. Mas, enquanto as alterações ao Código da Estrada não entram em vigor, temos ainda uma época que suscita preocupações a quem trabalha na segurança rodoviária: o natal e a passagem de ano. Ainda que os dados estatísticos indiquem que se mantém a tendência da redução do número de vítimas mortais e de feridos resultantes de acidentes de viação, não é menos verdade que o número de acidentes ainda não acompanha esta tendência. A época natalícia que se aproxima, tem sempre associados grandes volumes de tráfego resultante das deslocações que, tradicionalmente, se fazem nesta altura, logo propícia à ocorrência de acidentes. Por isso, não facilite, tome todas as medidas preventivas por forma a poder oferecer a melhor prenda àqueles de quem mais gosta: chegar bem ao seu destino. Boas festas.
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
João Gama, Diretor dos Serviços de E. M. e Comunicação da MAPFRE em destaque
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“A Responsabilidade Social está no nosso ADN” A responsabilidade social tem sido uma aposta estratégica e que sempre esteve presente na atuação da Fundação MAPFRE, uma instituição promovida pelo grupo segurador espanhol MAPFRE, de forma a fazer chegar a sua mensagem na sociedade e junto dos consumidores e clientes. Com o Natal a chegar, as preocupações relativamente à segurança rodoviária ganham novos contornos e reforçar a prevenção faz parte dos desafios desta organização. “Esta é uma aposta de longo prazo que abrange as faixas de população mais vulneráveis e que estamos certos contribui para uma melhoria dos índices de sinistralidade rodoviária”, afirmou João Gama, Diretor dos Serviços de Estudos de Mercado e Comunicação da MAPFRE. Para a o futuro, e tendo em vista um momento de viragem na presença no mercado português, pretende-se aumentar o reconhecimento dos atuais e de novos clientes e gerar retorno, tanto para a sociedade como para os acionistas.
Quais são os principais produtos e serviços apresentados pela MAPFRE no âmbito do seguro automóvel? No segmento automóvel a MAPFRE comercializa dois produtos: o MAPFRE-AUTO e o Automóvel Essencial e Completo. O primeiro é o nosso produto âncora disponibilizado em cinco modalidades, com vários âmbitos de cobertura, desde a responsabilidade civil até aos danos próprios e ainda a possibilidade de contratar um leque bastante alargado de coberturas o que lhe confere uma versatilidade interessante e capacidade de adaptação às necessidades de cada cliente. Já o segundo é um produto mais simples e económico.
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A questão do preço de um seguro é cada vez mais tida em conta pelos cidadãos no momento de escolher determinada seguradora. A MAPFRE consegue apresentar ofertas que tenham em linha de conta esta dificuldade por parte dos cidadãos? Com efeito, nós temos um portfolio de soluções e produtos muito abrangente. Para ter uma ideia, só para o automóvel temos as duas referidas soluções, compostas por sete modalidades que disponibilizam um total de 25 coberturas que fazem face a todas as necessidades de proteção associadas ao automóvel, desde o condutor e ocupantes até a todo o tipo de possíveis danos materiais. Neste sentido, a nossa oferta tem uma amplitude de pricing que se adapta facilmente a todos os consumidores e à sua capacidade financeira. Podemos mesmo
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Através da Fundação MAPFRE, o nosso programa de Responsabilidade Social reverte para a sociedade parte das receitas geradas nas operações da empresa, contribuindo com iniciativas e campanhas que geram impactos positivos na sociedade
João Gama
referir que os nossos preços são muito competitivos e que temos uma relação qualidade/preço imbatível. Temos também em curso um programa de fidelização que procura ir ao encontro das necessidades específicas de cada cliente. A ideia é otimizar os custos para os consumidores adotando, para tal, estratégias de cross-selling e up-selling (mais coberturas e produtos pelo mesmo preço).
O número de condutores a circularem sem seguro automóvel nas estradas portuguesas está a aumentar,
seja por descuido ou por dificuldades financeiras. Que análise perpetua deste cenário de automóveis «fora da lei»? A fiscalização deve ser mais interventiva? O Seguro de Responsabilidade Civil Automóvel é obrigatório por lei para os detentores de veículos e, por esse facto, tem uma grande importância no mercado segurador nacional. Praticamente metade do volume de prémios do setor Não Vida pertence ao ramo automóvel. Infelizmente, a crise está a levar a que muitas famílias tenham dificuldades
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acrescidas em pagar o preço do seguro, deixando de cumprir os pressupostos da lei. O número de veículos a circular sem seguro tem vindo a aumentar pelo que se justifica uma atenção redobrada a este fenómeno. Neste particular estão sobretudo em causa a proteção dos interesses de potenciais lesados por um acidente de viação de que não são responsáveis e que veem assim dificultado, não obstante a existência do Fundo de Garantia Automóvel, o acesso a uma regularização mais rápida e simples da situação. Pensamos que é efetivamente necessária uma fiscalização mais atenta e eficiente.
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Para o futuro, qual continuará a ser a estratégia da empresa no sentido de cumprirem os objetivos a que se propuseram? Um dos nossos principais desafios, à semelhança de muitas outras empresas, será procurar o crescente reconhecimento dos nossos clientes, chegar a um número cada vez maior de consumidores, gerar retorno para a sociedade e para os acionistas. Neste momento estamos numa fase de profunda renovação estratégica que implica alterações no nosso modelo de negócio, de forma a estar mais próximos dos canais de distribuição, dos nossos agentes e clientes finais. Temos uma vocação de presença forte nos mercados nos 45 países onde já desenvolvemos a nossa atividade. Estamos muito focados no crescimento e, a este nível, estamos num momento de viragem relativamente à nossa presença em Portugal, já que vamos reforçar a aposta no mercado Português. Queremos investir para ser uma marca mais presente junto de um número cada vez maior de consumidores portugueses. Estamos neste momento a iniciar a implementação de um programa que irá permitir, estamos certos, aumentar a nossa posição no país. Quem é a MAPFRE? É um grupo empresarial multinacional com cerca de 80 anos de actividade, de origem espanhola e que desenvolve actividades no setor segurador, de resseguro, imobiliário, finanças e de serviços. A sua origem remonta a uma entidade mutualista criada em 1933: “Mutua Agrícola de los Proprietarios de Fincas Rústicas de España”. Esta presente em mais de 40 países, nos quais conta com mais de 36 mil colaboradores em todo o Mundo.
João Gama, Diretor dos Serviços de E. M. e Comunicação da MAPFRE em destaque
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A nossa oferta tem uma amplitude de pricing que se adapta facilmente a todos os consumidores e à sua capacidade financeira. Podemos mesmo referir que os nossos preços são muito competitivos e que temos uma relação qualidade/preço imbatível
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A mensagem tem sempre de alertar para a prevenção nomeadamente dos comportamentos de risco. Excesso de velocidade, as manobras perigosas e o álcool são sempre causas importantes para a maioria dos acidentes que ocorrem nas nossas estradas. A esta situação acresce a preocupação com o bom estado geral dos veículos e com os sistemas de segurança como travões e pneus
Segundo o ACP (Automóvel Club de Portugal), os ciclistas deveriam ser obrigados a ter um seguro de responsabilidade civil uma vez que as novas regras do Código da Estrada concederam às bicicletas direitos semelhantes aos restantes veículos. Concorda com esta medida? Concordo, por princípio somos favoráveis ao aumento da proteção dos cidadãos que os seguros proporcionam. Claro que neste momento económico mais desfavorável o aumento de seguros obrigatórios por lei tem de ser bem equacionado para não se cair numa situação de incumprimento generalizado. Teríamos de analisar bem as coberturas e os capitais para verificar que preço esse seguro teria e se seria comportável pelos portugueses que utilizam, de forma crescente, a bicicleta. Nos já comercializamos um seguro para bicicletas bastante acessível e também oferecemos, há já alguns anos, a todos os nossos clientes que contratam o produto MAPFRE-AUTO uma cobertura de responsabilidade civil para a condução de velocípedes com um capital de 50.000 Euros. Neste sentido fomos percursores. A Segurança Rodoviária tem sido, ao longo dos anos, uma pedra de toque na estratégia de comunicação da Fundação MAPFRE. De que forma é que a vossa atuação tem contribuído para uma maior sensibilização e consequente redução da sinistralidade? A Responsabilidade Social está no nosso ADN em virtude da nossa história mutualista. É um dos nossos pilares estratégicos e sempre presente na nossa
intervenção na sociedade e junto dos consumidores e clientes. Fomentando a cultura, a educação e a cidadania, promovemos a inserção social de crianças, jovens, adultos e idosos e alertamos para a prevenção de riscos e para a educação rodoviária. Através da Fundação MAPFRE, o nosso programa de Responsabilidade Social reverte para a sociedade parte das receitas geradas nas operações da empresa, contribuindo com iniciativas e campanhas que geram impactos positivos na sociedade. A Sinistralidade Rodoviária constitui uma preocupação premente para a sociedade portuguesa, sendo uma das principais causas de morte a nível mundial. A prevalência da sinistralidade na população mais jovem continua a ser dramática. São os utilizadores mais vulneráveis. Estima-se que haja, anualmente, mais de 1,3 milhões de mortes e cerca de 50 milhões de feridos em todo o mundo, em consequência de acidentes de viação. As projeções indicam que estes números vão aumentar 65 por cento nos próximos 20 anos, a menos que exista uma nova aposta na prevenção. O último relatório da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR) revela que, por cada morto na estrada, há uma média de quatro feridos graves e 60 ligeiros, o que representa uma enorme sobrecarga para as vítimas, famílias, sistema nacional de saúde e sociedade em geral. Tínhamos, por isso, de atuar nesta área de forma ativa e marcante. De entre as várias iniciativas levadas a cabo destacam-se: Verão também é Prevenção! roadshow pelas praias portuguesas; Ao Fim de semana tu decides
e Num segundo a Tua Vida Muda…, são campanhas de choque e de interação que têm como objetivo principal alertar os condutores mais jovens para uma atitude de prevenção face à condução, a importância das medidas de segurança e as graves consequências de um acidente de viação. Outro projeto muito interessante que levamos a cabo em Portugal há já alguns anos é a Caravana de Educação Rodoviária. Esta é uma iniciativa dirigida a crianças dos sete aos 12 anos, que tem como principal objetivo fomentar atitudes responsáveis e cívicas em relação ao trânsito rodoviário entre os mais jovens. Temos ainda ações específicas destinadas à população sénior, atendendo às novas exigências de prevenção destes cidadãos. Esta é uma aposta de longo prazo que abrange as faixas de população mais vulneráveis e que estamos certos contribui para uma melhoria dos índices de sinistralidade rodoviária.
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Com a época de Natal a chegar, as preocupações relativamente à segurança rodoviária aumentam. Que mensagem deve ser deixada para diminuir a sinistralidade nas estradas portuguesas? A mensagem tem sempre de alertar para a prevenção nomeadamente dos comportamentos de risco. Excesso de velocidade, as manobras perigosas e o álcool são sempre causas importantes para a maioria dos acidentes que ocorrem nas nossas estradas. A esta situação acresce a preocupação com o bom estado geral dos veículos e com os sistemas de segurança como travões e pneus. Claro que, se ainda assim e infelizmente o acidente não se conseguir evitar, então é fundamental contar com a proteção de um bom seguro automóvel que certamente minimizará as consequências do mesmo e facilitará a recuperação da situação gerada.
Temos uma vocação de presença forte nos mercados nos 45 países onde já desenvolvemos a nossa atividade
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SEGURANÇA RODOVIÁRIA
Jorge Parrado, Coordenador do Grupo Automóvel da Crédito Agrícola Seguros, afirma
“Temos registado ao longo deste ano crescimento de apólices” Em entrevista à Revista Pontos de Vista, Jorge Parrado, Coordenador do Grupo Automóvel da Crédito Agrícola Seguros, garante: “é sempre urgente investir em sinalização onde a mesma é inexistente ou deficiente. Tão importante quanto a sinalização, são as condições das vias. Temos assistido à ocorrência de sinistros que foram potenciados pelas deficiências e más condições das vias”. Para o mesmo, as alterações ao Código da Estrada, poderão ter um efeito contrário ao pretendido nas regras que abrangem bicicletas e ciclistas, nomeadamente as que os equiparam aos veículos motorizados no que diz respeito à regra da prioridade.
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Quais são os principais produtos disponibilizados pelo Crédito Agrícola na área do seguro automóvel? Apesar da grande competitividade no seguro automóvel, além da cobertura obrigatória de responsabilidade civil, os nossos produtos são acompanhados de garantias de assistência que permitem responder às necessidades dos nossos Clientes. Temos como preocupação disponibilizar produtos que promovam o serviço e a satisfação das necessidades imediatas. Outro exemplo é o que ocorre com o nosso produto de tratores e máquinas agrícolas, o qual permite reunir numa única apólice as garantias de responsabilidade civil na via pública e em laboração. Somos a única Seguradora no mercado com esta solução, com a possibilidade de garantir os riscos na estrada e no campo. Quais as vantagens que o Crédito Agrícola disponibiliza na área dos seguros para aqueles que já são clientes desta instituição financeira? O Cliente CA Seguros, por norma, já é Cliente Crédito Agrícola, pelo que poderá efetuar o pagamento dos prémios por débito em conta, de forma fracionada, sem qualquer agravamento, o que não acontece na maioria do mercado segurador. Além disso, devido ao conhecimento que temos dos Clientes, poderemos apresentar-lhes as soluções mais adequadas.
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Jorge Parrado
Está a crescer o número de carros a circular sem seguro como resultado das dificuldades financeiras com que muitos portugueses se deparam. De que forma a conjuntura económica foi sentida na área de seguros do Crédito Agrícola?
Seria pertinente se as entidades responsáveis pelas estradas e sinalização das mesmas dialogassem com as autoridades que fazem o levantamento das circunstâncias em que ocorreram os acidentes
É uma realidade que não é de agora. Apesar da retração verificada no mercado automóvel, temos registado ao longo deste ano crescimento de apólices, quer na carteira, quer em produção nova.
O ACP defende que os ciclistas sejam obrigados a ter um seguro de responsabilidade civil, já que as novas regras do Código da Estrada concedem às bicicletas direitos semelhantes aos dos restantes veículos. Concorda com esta posição? Antes de responder, parece-me importante levantar outras questões. Os veículos motorizados que circulam na via pública obrigam a que o seu condutor seja habilitado para o exercício da condução, o que inclui o conhecimento do Código da Estrada. No caso das bicicletas, não há obrigação de obtenção de qualquer habilitação de condução e não tem em conta a idade do condutor, o que poderá implicar o
completo desconhecimento sobre as regras do Código da Estrada, atuais ou futuras. É verdade que o ACP já veio alertar para os riscos de insegurança rodoviária que será potenciada pela alteração das regras de convivência entre ciclistas e condutores de veículos motorizados. Nesta perspetiva, é percetível a razão pela qual o ACP defende que os ciclistas ao circularem na via pública, com os mesmos direitos e obrigações dos condutores de veículos motorizados decorrentes das alterações do Código da Estrada, devam ter seguro de responsabilidade civil. Talvez todos nós tenhamos dúvidas quanto a estas alterações, pelo que apenas no futuro poderemos avaliar as suas consequências e necessidades complementares em termos de legislação, para que seja possível proteger não só os ciclistas, mas também garantir os danos a terceiros. Seguro obrigatório ou não, a experiência o dirá.
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“O Cliente CA Seguros, por norma, já é Cliente Crédito Agrícola, pelo que poderá efetuar o pagamento dos prémios por débito em conta, de forma fracionada, sem qualquer agravamento, o que não acontece na maioria do mercado segurador”
Qual a sua opinião relativamente ao novo Código da Estrada, já aprovado e a aguardar publicação em Diário da República? Acredita que o mesmo irá contribuir para uma diminuição da sinistralidade? Tenho sérias reservas decorrentes das alterações das regras que abrangem as bicicletas e os ciclistas, nomeadamente, as que os equiparam aos veículos motorizados no que diz respeito à regra da prioridade. Acredito que iremos ter um efeito contrário ao pretendido, de início, onde deveremos vir a verificar um aumento de sinistralidade envolvendo ciclistas. Em 2012 morreram atropelados 98 peões devido à sinalização deficiente. Têm surgido muitos casos de sinistros de segurados do Crédito Agrícola como resultado da má sinalização? Que outras razões cuja responsabilidade não pode ser diretamente atribuída aos condutores costumam estar na origem de sinistros? Relativamente a sinistros resultantes especificamente de má/ausência de sinalização, não nos é objetivamente possível quantificar o nº de casos conhecidos/participados. Quanto à existência de outras razões que possam estar na origem de sinistros com atropelamento, cuja responsabili-
dade não deva ser diretamente atribuída aos condutores, podemos apontar, de forma generalizada, a imprudência e falta de atenção do próprio peão, ocupando a faixa de rodagem, para circular ou atravessar, sem se certificar se o pode fazer em segurança.
É urgente investir na sinalização das estradas nacionais? Que outras medidas faltam ainda tomar para que se assista a uma efetiva diminuição da sinistralidade nas estradas portuguesas? É sempre urgente investir em sinalização onde a mesma é inexistente ou deficiente. Tão importante quanto a sinalização, são as condições das vias. Temos assistido à ocorrência de sinistros que foram potenciados pelas deficiências e más condições das vias. Seria pertinente se as entidades responsáveis pelas estradas e sinalização das mesmas dialogassem com as autoridades que fazem o levantamento das circunstâncias em que ocorreram os acidentes. Haveria ganhos de conhecimento e seriam encontradas soluções mais adequadas nas correções a implementar, contribuindo para a diminuição dos índices de sinistralidade. A área seguradora é conhecida por ser muito competitiva. De que forma
Crédito Agrícola Motociclos, Automóveis e Ciclomotores Vantagens: • Qualidade nos serviços de assistência a veículos e pessoas, em caso de acidente ou avaria, em Portugal e no Estrangeiro; • Atribuição imediata de veículo de substituição em caso de avaria ou acidente, desde que a viatura garantida se encontre imobilizada; • Serviço de encaminhamento, transporte e acompanhamento de sinistrados e reboque do veículo para oficina escolhida por si; • Substituição ou reparação imediata de vidros; • Preços competitivos para veículos ligeiros com condutor com idade superior a 25 anos e carta de condução há mais de dois anos e para veículos ligeiros com Leasing no Crédito Agrícola; • Atribuição de bónus até 50 por cento (até 55 por cento na renovação anual das apólices); • Aumento anual do bónus em caso de ausência de acidentes no ano anterior, traduzindo-se numa redução do prémio no ano seguinte; • Em caso de acidente por responsabilidade do condutor, apenas é agravado o prémio relativo à cobertura afetada pelo sinistro; • Pagamento semestral, trimestral ou mensal, sem qualquer encargo adicional, desde que prémio pago por débito em conta no Crédito Agrícola.
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SEGURANÇA RODOVIÁRIA
“É uma realidade que não é de agora. Apesar da retração verificada no mercado automóvel, temos registado ao longo deste ano crescimento de apólices, quer na carteira, quer em produção nova”
Jorge Parrado, Coordenador do Grupo Automóvel da Crédito Agrícola Seguros, afirma
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Os veículos motorizados que circulam na via pública obrigam a que o seu condutor seja habilitado para o exercício da condução, o que inclui o conhecimento do Código da Estrada. No caso das bicicletas, não há obrigação de obtenção de qualquer habilitação de condução e não tem em conta a idade do condutor, o que poderá implicar o completo desconhecimento sobre as regras do Código da Estrada, atuais ou futuras
esta competição afecta o setor? Como perspetiva a evolução do mesmo?
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De facto, nos últimos anos, assistimos ao aumento de competitividade no mercado segurador não vida, nomeadamente em acidentes de trabalho e automóvel, com consequências muito negativas nos rácios de exploração. Esta situação, no que diz respeito a acidentes de trabalho, motivou a atuação do ISP no sentido de exigir que as Seguradoras recuperem os rácios de exploração deste ramo para valores de equilíbrio técnico. Das 15 Seguradoras autorizadas a explorar o ramo de acidentes de trabalho, 11 foram abordadas com a necessidade de o fazerem. Nós não fomos uma destas Seguradoras, pois sempre mantivemos a preocupação de praticar tarifas adequadas à exploração dos diferentes ramos. Desta forma, acreditamos que a grande competitividade existente neste ramo poderá inverter-se no decorrer do próximo ano.
O que é que o Crédito Agrícola – Seguros tem feito de forma a assumir-se como um player de referência e a sobressair num setor tão competitivo? O que é que particulares e empresas podem esperar desta seguradora nos próximos tempos? Sempre nos pautámos por uma postura de serviço aos Clientes do Crédito Agrícola, disponibilizando produtos de valor acrescentado, que correspondam às suas necessidades e contribuam para a sua satisfação. Apesar da enorme competitividade no setor segurador, sendo exemplo disso o que acontece no ramo automóvel, os nossos Clientes poderão continuar a esperar de nós, enquanto “Sua” Seguradora, Serviço, confiança nos nossos serviços.
Crédito Agrícola Motociclos, Automóveis e Ciclomotores 4 Planos de coberturas: Plano 1: Para quem quer garantir a responsabilidade obrigatória e ficar descansado quer em relação ao condutor e ocupantes do veículo, quer em relação à Assistência ao veículo; Plano 2: Para quem pretende resolver o incómodo de um vidro partido, no momento, onde quer que esteja; Plano 3: Para quem pretende a garantia de uma proteção total dos danos ao veículo; Plano 4: Para quem pretende garantir o investimento na aquisição de um veículo novo. Permite fixar o valor de indemnização, correspondente ao valor em novo, em caso de perda total, durante os primeiros três anos do veículo, desde que se trate de ligeiro de passageiros. Coberturas • Responsabilidade Civil (danos causados a terceiros); • Danos Próprios (danos no veículo seguro): • Choque, Colisão e Capotamento; • Incêndio, Raio ou Explosão; • Furto ou Roubo. • Outras coberturas: • Pessoas Transportadas - Condutor e Ocupantes; • Assistência em Viagem e Proteção Jurídica; • Quebra Isolada de Vidros; • Valor de Substituição em Novo (três anos); • Veículo de Substituição por Sinistro; • Veículo de Substituição por Avaria ou Acidente; • Atos de Vandalismo e Fenómenos da Natureza.
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
Aldo Machado, Country Manager da Tiresur Portugal
Uma empresa de referência na distribuição de pneus O Grupo Tiresur é, hoje, o terceiro maior distribuidor ibérico de pneus e, foi em fevereiro deste ano, que começou a sua atividade no mercado nacional. Os pneus são, de facto, o único ponto de contacto de um veículo com a estrada e, portanto, o seu perfeito funcionamento é fundamental para a segurança rodoviária. Mas será que o condutor tem essa consciência? Fomos conhecer a opinião de Aldo Machado, Country Manager da Tiresur Portugal.
A origem da empresa leva-nos para o ano de 1934 com a designação de “Recauchutados Antonio Mañas. Abraçando o lema “nos movemos contigo”, quando se deu a entrada do grupo no mercado português? Que principais lacunas vieram preencher? A Tiresur Portugal, filial no nosso país do grupo Tiresur (terceiro maior distribuidor ibérico de pneus), iniciou a sua atividade em fevereiro deste ano, com o intuito principal de alargar a distribuição das marcas GT Radial e Ovation a todo o mercado ibérico.
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A empresa tem apostado na qualidade do serviço prestado, na proximidade e na relação pessoal com o cliente. Em que valências a TIRESUR se distingue da concorrência? A valorização do fator humano e tecnológico na relação com os clientes tem sido um ponto chave da nossa estratégia destacando-se de forma mais evidente o nosso departamento comercial, constituído por pessoas jovens, experientes e com elevado reconhecimento no mercado. A conciliação destes fatores e o controlo da distribuição de marcas exclusivas facilitam a implementação e consolidação de estratégias de distribuição o que, por sua vez, asseguram uma fiabilidade excecional ao cliente.
Além da consolidação do negócio, a estratégia da empresa passa pela aposta em novos segmentos de mercado e pelo desenvolvimento da rede de oficinas CENTER’S AUTO. O que tem sido feito nestes dois sentidos? De facto, a rede Center’s Auto é um dos pilares estratégicos da Tiresur Portugal; em apenas dez meses de atividade a rede conta já com 25 oficinas em todo o país e na ilha da Madeira, sendo este um fator de dinamização e consolidação
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Aldo Machado
da presença da GT Radial em Portugal. Por outro lado, existem diversas oportunidades para alargamento da oferta por parte da Tiresur, sendo que desde o início da nossa atividade em Portugal foram já incluídas na nossa oferta duas novas marcas de pneus em regime de exclusividade e deu-se início à comercialização de pneus pesados, pelo que a seu tempo acreditamos que mais e melhores opções serão colocadas à disposição dos nossos clientes. Os pneus são o único ponto de contacto de um veículo com a estrada e, por isso, o seu perfeito funcionamento determina a segurança rodoviária. De um modo geral, existe a consciência de que o bom estado dos pneus
As ações de fiscalização devem ser transversais, isto é, não deverão incidir apenas no pneu montado na viatura, passando a existir mecanismos de controlo rigoroso no mercado dos pneus, nomeadamente nos pneus usados
é fundamental para uma condução segura? Como regra geral, diria que sim. O condutor assume que esse ponto de contacto é único e determinante para o controlo da sua viatura, levando-o por vezes a não considerar alguns outros fatores de elevada importância e atribuindo eventuais incidentes à condição e composição dos pneus. Com a atual conjuntura económica, os consumidores são, muitas vezes, levados a utilizar pneus que têm um tempo de vida útil muito curto e não estão em condições de circular. Além das campanhas de sensibilização, importa que as entidades competentes reforcem as ações de fiscalização? Penso que as ações de fiscalização devem ser transversais, isto é, não deverão incidir apenas no pneu montado na viatura, passando a existir mecanismos de controlo rigoroso no mercado dos pneus, nomeadamente nos pneus usados. Coloco uma questão: será mais importante o pneu ter o piso mínimo obrigatório para circular ou aferir se o pneu que está montado na viatura é de origem fidedigna e não apresenta deficiências graves na sua estrutura (como acontece frequentemente com os pneus usados que, infelizmente, são apresen-
tados como alternativa de compra) podendo originar um rebentamento e/ou provocar um grave acidente?
Um pneu usado tem deficiências que nem sempre são facilmente detetáveis ao utilizador comum. Que conselhos devem ser deixados para que o consumidor fique mais atento a estes fatores? Enquanto utilizador, que cuidados devo ter com os pneus do meu automóvel? Em primeiro lugar, a escolha de pneus novos é fundamental, sob pena de prejudicar irremediavelmente a segurança da viatura. Ao escolher um pneu novo deverá optar por uma oficina que cumpra todos os requisitos na montagem, equilíbrio e alinhamento de direção, serviços esses que devem ser efetuados de imediato. Posteriormente, a verificação regular da pressão e do estado dos pneus são fatores determinantes para assegurar o bom estado dos mesmos (deverá fazê-lo pelo menos uma vez por mês), assim como visitas regulares a um especialista em pneus em intervalos de 5000 kms para eventuais correções. Ao cumprir estes pressupostos, garante a sua segurança e aumenta a vida útil dos pneus. A TIRESUR fornece quase todas as marcas Premium. Contudo, a princi-
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“Respeito e prudência, cumprindo as regras em vigor. O Natal é uma época que nos deve motivar e fazer sentir que as dificuldades vão ser superadas. Como tudo na vida, se o bom senso imperar tudo se torna mais fácil…”
pal estratégia tem sido na exclusividade das marcas GT Radial em ligeiros e Ovation em ligeiros e pesados. De que forma a empresa tem sabido apostar na inovação dos seus produtos? Uma pequena correção: fornecemos todas as marcas Premium. A estratégia principal em termos de GT Radial é fundamentalmente assegurada pela rede Center’s Auto, que possui condições exclusivas na comercialização do produto. Em relação à marca Ovation, serão brevemente divulgadas novas linhas estratégicas na comercialização do produto e que constituem uma inovação no mercado de pneus budget, podendo adiantar desde já que se aproximará da estratégia (bem sucedida) utilizada na GT Radial. A tarefa de saber que pneus comprar nem sempre é fácil. De que forma a TIRESUR presta este apoio aos seus clientes? Toda a equipa Tiresur está formada e apta a fornecer informação aos seus clientes acerca das diversas opções a ter
em conta no momento da escolha. Numa ótica de aconselhamento ao cliente final, já no início do próximo ano a rede Center’s Auto será alvo de formação técnica específica sobre os produtos GT Radial e Ovation.
Sendo um grupo internacional de distribuição de pneus a operar em oito países e três continentes, que mais valias a TIRESUR veio introduzir no negócio de distribuição de pneus em Portugal? A Tiresur, para além do enfoque na distribuição ibérica das suas marcas exclusivas, possui três pontos chave determinantes na sua operação: preço, serviço e stock. Numa perspetiva de operador global, os preços oferecidos ao mercado são reconhecidos como sendo extremamente competitivos, o serviço global tem tido uma evolução exponencial (por exemplo, a Tiresur Portugal possui atualmente distribuição bi-diária na zona litoral entre Coimbra e Setúbal e, desde setembro, entregas quatro vezes por dia na área da Grande Lisboa) e o stock total exis-
tente nos quatro armazéns ibéricos supera as 150.000 unidades. Sempre atenta às necessidades que vão surgindo e que podem motivar a abertura de novos mercados, segmentos, produtos e marcas em exclusivo, qual será a estratégia da TIRESUR para o futuro? Que objetivos estão em cima da mesa? Todas as oportunidades serão analisadas e, caso possuam interesse estratégico, incluídas no nosso business plan. O objetivo principal da Tiresur Portugal passa pela consolidação da atividade no nosso país, passando inclusive pelo incremento dos recursos humanos e do stock disponível, para além de projetos que conduzirão a melhorias no serviço prestado aos clientes, sendo este último o nosso principal target.
Com a época de Natal a chegar, as preocupações relativamente à segurança rodoviária aumentam. Que mensagem deve ser deixada para diminuir a sinistralidade nas estradas portuguesas?
Respeito e prudência, cumprindo as regras em vigor. O Natal é uma época que nos deve motivar e fazer sentir que as dificuldades vão ser superadas. Como tudo na vida, se o bom senso imperar tudo se torna mais fácil…
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A valorização do factor humano e tecnológico na relação com os clientes tem sido um ponto-chave da nossa estratégia 65
DIREITO E JUSTIÇA
A OPINIÃO DE...
Maria Teresa Matos Pereira, Advogada da João Marcelo & Associados, Sociedade de Advogados, RL
“A PARTILHA DE BENS NA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO DE FACTO” Na sociedade atual cada vez mais se vive a crise do conceito tradicional de casamento, sendo este substituído progressivamente e de forma determinante por novas famílias assentes na comunhão de vida em condições análogas às dos cônjuges - as denominadas uniões de facto.
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casamento e a união de facto são, contudo, materialmente diferentes, verificando-se a sua distinção no assumir do compromisso da vida em comum. Os casados – cônjuges – decidiram assumir esse compromisso, enquanto os membros da união, pelas mais variadas razões pessoais e que só a eles diriam respeito, decidiram e optaram, pela não assunção desse compromisso, pela rejeição do “estatuto matrimonial”. É no direito de escolha desta opção que radica a distinção entre estes dois institutos de constituição de família, com efeitos jurídicos próprios. No âmbito da Constituição, o art.º 36, limitou-se a reconhecer o direito à livre constituição de família, não distinguindo a escolha desse direito dos cidadãos, logo não atribuindo mais ou menos efeitos ou direitos jurídicos à opção escolhida entre o casamento ou a simples união. Não equiparou, pois, a Constituição, os dois regimes, limitando-se a remeter para a Lei a regulamentação dos requisitos e efeitos do casamento. E se a Constituição não os equiparou, o Legislador limitou-se a atribuir, à união, os efeitos jurídicos do casamento no âmbito da assistência social, do direito a alimentos e na garantia da habitação, embora sujeitando o membro da união neles interessados à obtenção da declaração judicial dessa necessidade. Ora, sendo perfeitamente normal que na relação caraterizada pela união de facto (sendo certo que se passa o mesmo para o casamento) que os seus membros não reduzem a escrito (formalizem contratos entre si) nem questões relacionadas com a economia doméstica, nem questões relacionadas com o contributo na aquisição de bens. E tal acontece por se estar perante relações entre pessoas, onde a confiança e o desinteresse material são as pedras basilares da relação. Naturalmente tais questões são sempre envolvidas em grande delicadeza, evitando-se dessa forma repercussões indesejadas na relação amorosa. Mas uma dia... o romance acaba! E aquilo que não foi feito atempadamente – uma simples descrição da forma de comparticipação de cada um por se ter privilegiado a relação afetiva vai ser necessário equilibrar com “justiça” e “bom senso”.
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Mas uma dia... o romance acaba! E aquilo que não foi feito atempadamente – uma simples descrição da forma de comparticipação de cada um por se ter privilegiado a relação afetiva vai ser necessário equilibrar com “justiça” e “bom senso
E esta necessidade de equilíbrio será feita não só para as simples despesas do dia a dia do agregado familiar, como para as prestações da casa morada de família, do veículo, das contas bancárias... Enfim de tudo o que os membros angariaram enquanto a união se manteve. Se é certo que a união acaba de forma ligeiramente mais simples do que a relação onde os membros aceitaram estabelecer entre eles um compromisso, certo é que estes veem de forma mais tranquila o seu património e contributo ser partilhado. Se no casamento o Legislador regulou a forma de aquisição dos bens pelos cônjuges distinguindo-o através do regime de casamento, já na união de facto tal é inexistente. Assim, quando duas pessoas decidem unir-se e constituir família, são livres de o fazer mas, não devem deixar de pensar que, tal como no casamento, existem contas a pagar e se recebem bens que são vendidos e se adquirem outros com o contributo dos dois membros da união. É normal os pais ajudarem no início de vida, seja através de donativos em dinheiro para a comparticipação da casa, do carro ou até mesmo dos eletrodomésticos; é normal um deles ter casa e o outro ir para lá viver; é normal os dois terem casa e estas serem vendidas e comprarem uma maior; é normal um dos membros ganhar mais do que o outro; é normal um deles ficar desempregado; é normal os membros da união já terem filhos de outras relações e, estes, auferirem pensão de alimentos por parte do seu outro progenitor; é normal terem um dos pais a viverem em casa e, estes, contribuírem com a sua pensão para as despesas do lar, enfim… Ora, quando o romance acaba é que as contas são feitas e, como não existe um “regime de casamento” legalmente imposto e que resolva parte destes problemas, verificam-se situações de grande “injustiça” e “falta de bom senso”. Inexistindo qualquer tipo de regulamentação legal para as questões patrimoniais suscitadas pela dissolução da união de facto (seja por morte, seja por decisão dos membros) há que recorrer às regras gerais. Na dissolução da união por morte de um dos membros esta não produz qualquer efeito sucessório, dado não ser fonte de relações de parentesco. O unido sobrevivo
será titular de um direito real de habitação e terá acesso às prestações por morte. No caso da dissolução da união por rutura da relação, o normal é cada membro ir á sua vida, saindo de casa aquele que não é dela proprietário e dividindo-se, com maior ou menor, “justiça” e “bom senso” os bens que foram adquiridos ao longo da relação. Ora, se tal procedimento poderá ser aplicado a algumas relações a outras está longe de aceitável, para aquelas relações cuja duração permitiu a existência da aquisição de bens em comum, de dívidas contraídas por um ou por ambos, de contas bancárias conjuntas, bens móveis. Assim, as primeiras regras a aplicar serão aquelas que foram estabelecidas pelas partes no seu contrato. E por “contrato” só vale o que estiver reduzido a escrito e assinado pelas partes. E estes podem ser tantos, quantas as necessidades que se enfrentem ao longo do período da união. É neles que estará a salvaguarda dos interesses do membro da união em qualquer caso de dissolução. A inexistência do contrato, não significa que o acordo não exista entre os unidos. Na falta deste(s) contrato(s) valerão as regras do direito comum das relações reais e obrigacionais, pois que os unidos não tem bens comuns. Existe, sim, relações de colaboração entre duas pessoas na aquisição de qualquer tipo de bem, pelo que elas serão reguladas, eventualmente, pela existência de uma situação de compropriedade ou de um enriquecimento sem causa. Cada unido tem o seu património. A titularidade, o uso e a fruição da totalidade dos bens está na disponibilidade e vontade dos unidos, na sua regulamentação. Se um dos unidos auxiliou outro a obter (seja por contributo direto, seja indireto) os bens deverá estar bem ciente que não poderá dizer que aquele bem, também é dele se não fizer qualquer contrato escrito de onde tal resulte inequivocamente. As contribuições pecuniárias que um dos unidos dá para a aquisição da casa ou do carro e estes são registados em nome do outro (e não no nome dos dois) apenas permitirá, no futuro, àquele (que deu o contributo) intentar atempadamente uma ação judicial com vista a obter o
“Cada unido tem o seu património. A titularidade, o uso e a fruição da totalidade dos bens está na disponibilidade e vontade dos unidos, na sua regulamentação”
ressarcimento do enriquecimento sem causa ou da compropriedade da casa. E como se está perante uma relação entre duas pessoas, numa relação sentimental em que se pretende o seu êxito, contribuindo ambos os membros com o que querem e/ou podem ir-se-á discutir o empobrecimento daquele que se arroga ter contribuído. É que nestas relações, consideradas de essenciais para a satisfação do ser humano, os contributos efetuados pelos membros para o êxito da relação poderão ser tidos por “liberalidades”. Logo, se são denominados de “liberalidade” não conferem a quem as praticou qualquer direito de regresso. A decisão de viver em união de facto, não tem de implicar uma situação de insegurança aos unidos. Estes devem estar conscientes que cabe a eles proceder à regulamentação das situações patrimoniais que vão ocorrendo ao longo da relação!
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Na dissolução da união por morte de um dos membros esta não produz qualquer efeito sucessório, dado não ser fonte de relações de parentesco. O unido sobrevivo será titular de um direito real de habitação e terá acesso às prestações por morte
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DQS - UL EM DESTAQUE
DQS-UL marca presença no X Simpósio Luso-Alemão de Energia
DQS - UL apresenta EcoStep em Lisboa No passado dia 3 de dezembro, decorreu em Lisboa o X Simpósio Luso-Alemão de Energia sob o tema “Eficiência Energética para a Indústria e Grandes Consumidores – Informações, Desenvolvimento e Potencial”. Organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, foram convidadas a marcar presença neste evento seis empresas alemãs especializadas em tecnologias inovadoras, direcionadas para a melhoria da eficiência energética e ajustadas aos setores da indústria e atividades empresarias, de forma a reduzir os custos energéticos e manter a competitividade. Estas empresas apresentaram-se no Simpósio, onde procuraram também parceiros de cooperação, para em conjunto promoverem a gestão e utilização racional de energia. Uma dessas empresas é a DQS – UL. Saiba mais sobre esta empresa alemã com uma vasta experiência em certificação e no apoio e acompanhamento de empresas na aplicação eficiente da energia!
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Grupo DQS – UL conta com mais de 20 mil clientes, sendo um dos líderes internacionais na área de certificação de sistemas de gestão e de processos. Com uma rede constituída por 2400 auditores, em cerca de 65 países, coordenada a partir de Frankfurt, o grupo está ainda a dar os primeiros passos em Portugal, onde quer reforçar a sua presença. Nesse sentido, Eric Werner-Korall, Project Manager na DQS, aproveitou a sua apresentação para dar a conhecer e introduzir no nosso país o sistema de gestão de energia para empresas industriais e pequenos empresários, com 20 a 250 empregados, que queiram implementar de forma eficiente e custos
reduzidos um sistema simplificado de gestão da qualidade, ambiente, segurança e energia. Trata-se do sistema EcoStep Energie que foi desenvolvido pela DQS em conjunto com o Centro de Racionalização e Inovação da Economia Alemã (RKW) e com o Ministério de Energia e Meio Ambiente de Hesse (HMUELV) como instrumento especialmente concebido para responder às necessidades das PME de forma a melhorar a sua organização, o seu desempenho ambiental e níveis de segurança e reduzir o consumo de energia. É, por isso, uma ferramenta básica para melhorar continuamente a eficiência energética e realizar os potenciais na redução dos custos. O EcoStep Energie reporta-se a sistemas de gestão existentes, nomeadamente, ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001
Eric Werner-Korall e ISO 50001. Assim, as empresas até agora não certificadas podem adotar os conteúdos mais importantes desses mesmos sistemas. Além do inventário e da determinação de um ponto de partida, serão igualmente definidos processos individuais e medidas para poupar energia. Na sua apresentação, Eric Werner-Korall fez questão de referir que existem várias pequenas medidas que podem ser implementadas nas empresas para reduzir os custos energéticos, sem custos elevados, sendo o EcoStep uma forma de o fazer. Outras vantagens que podem ser alcançadas pelas empresas que adotarem este sistema, para além do aumento da eficiência das mesmas e da competitividade nos mercados, são: a implementação de políticas e objetivos corporativos, a melhoria contínua do desempenho global da empresa, a prevenção de erros no lugar da correção, a redução dos custos resultantes das metodologias implementadas de forma sistemática, a redução de acidentes e riscos ambientais, o fortalecimento da imagem corporativa e da competitividade, a recuperação da segurança jurídica e o aumento da satisfação do cliente. Na Alemanha já há cerca de 200 empresas que implementaram o EcoStep Energie – um sistema vivo que está em constante desenvolvimento e que tem mesmo soluções sectoriais disponíveis, por exemplo, para a vinicultura, carpintaria e consultórios médicos. Ainda que o orador não se tenha esquecido das diferenças que existem entre Portugal e Alemanha no apoio a este género de investimentos, afirmando mesmo que “na Alemanha temos a sorte de ter dinheiro para apoiar este tipo
de projetos”; em Portugal, no âmbito do Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE) existem também possibilidades de apoio para sistemas de gestão de energia e de medição. Se tiver interesse em adotar este sistema na sua empresa informe-se, a DQS também o pode ajudar elaborando uma proposta adaptada à sua dimensão e atividade económica. No processo de implementação poderão ser realizados, entre outras coisas, workshops sobre energia como ação preparatória, onde participarão, se possível, várias empresas em simultâneo, o que resultará também num intercâmbio de experiências; reuniões de aconselhamento na empresa a fim de integrar aquilo que foi aprendido nos sistemas existentes e auditorias externas pela DQS com concessão do Certificado Ecostep Energie. Não deixe escapar o seu! Parceiros de negócio procurados A DQS - UL está interessada em contactos com representantes de: - Empresas de consultoria energética e consultores; - Agências locais de energia; - Organizações interprofissionais que queiram apoiar as suas empresas associadas. Para mais informações aceder ao site: https://pt.dqs-ul.com/ Caso esteja interessado numa reunião com o responsável da empresa, responda por e-mail para anapaula.pereira@dqs-portugal.com ou telefone para +351 963038407
MARCAS DE PRESTÍGIO
SRI - Sociedade de relojoaria independente em destaque
Pontos de Vista Dezembro 2013
SRI: o apelo irresistível das edições especiais A Sociedade de Relojoaria Independente, representante em Portugal de marcas de prestígio como a Junkers, a Aviator ou a Vostok Europe, tem criado nos últimos anos séries especiais e de produção limitada de relógios para diversas entidades e organizações, com ênfase nos diversos ramos das Forças Armadas.
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Entre os inúmeros projetos realizados nos últimos anos, dois deles merecem referência por terem tido a sua concretização já no final de 2013: o relógio estanque criado para os Mergulhadores da Armada Portuguesa; e o relógio comemorativo dos cem Anos dos Submarinos em Portugal
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mercado português da relojoaria continua em contraciclo com o resto da economia, mostrando uma invejável capacidade de resistência perante uma retração generalizada
do consumo. A SRI – Sociedade de Relojoaria Independente é uma empresa portuguesa do setor relojoeiro que representa marcas que são especialmente interessantes para o mercado nacional, dada a sua excelente relação preço/qualidade. É o caso, por exemplo, da alemã Junkers – que oferece uma garantia vitalícia em todos os seus relógios, mecânicos ou de quartzo – e da Vostok Europe, que possui modelos com um conjunto de funcionalidades e caraterísticas que é único na sua gama de preços. Nos últimos anos, a SRI tem também encontrado outras formas de se afirmar no mercado, nomeadamente através da criação de séries especiais e de produção limitada. A empresa possui um excelente relacionamento com diversas entidades para as quais já criou diversas séries especiais, e, mais recentemente, tem criado relógios exclusivos para as Forças Armadas, a partir de modelos Junkers e Vostok.
Rumo às profundezas
Entre os inúmeros projetos realizados nos últimos anos, dois deles merecem referência por terem tido a sua concretização já no final de 2013: o relógio estanque criado para os Mergulhadores da Armada Portuguesa; e o relógio comemorativo dos cem Anos dos Submarinos em Portugal. Nalguns casos, a SRI reserva também algumas unidades destas edições especiais para venda ao público, que tem assim a oportunidade de adquirir peças de grande exclusividade e valor. No caso do relógio para os Mergulhadores da Armada, mais do que uma simples peça comemorativa, este relógio estanque (na foto) é um verdadeiro instrumento de trabalho para mergulhadores, resistente a pressões até 30 atmosferas – ou seja, até 300 metros de
profundidade. A escolha do relógio foi feita após a realização de vários testes de estanquidade pela própria Armada Portuguesa, que considerou igualmente como critérios de seleção a estética do relógio bem como a sua relação preço/ qualidade. Das 114 unidades produzidas deste modelo exclusivo, cerca de 80 relógios foram destinados aos Mergulhadores da Armada Portuguesa, estando neste momento apenas algumas unidades ainda disponíveis para venda ao público. A escolha dos Mergulhadores da Armada surgiu na sequência de uma série de produção limitada que desde 2010 tem provado o seu valor no pulso dos oficiais e tripulantes dos submarinos Arpão e Tridente – submarinos a bordo dos quais podemos encontrar ainda relógios de antepara criados em exclusivo e oferecidos pela SRI. Enquanto no caso do relógio dos Mergulhadores da Armada o projeto foi realizado em conjunto com a Vostok, a SRI associou-se à comemoração do centenário dos Submarinos em Portugal com um relógio mecânico automático da Junkers que, tal como os submersíveis da 5.ª Esquadrilha, é fabricado na Alemanha. Este relógio possui o mostrador personalizado com o logótipo dos cem anos dos Submarinos em Portugal e foi entregue com um lingote de aço gravado, retirado do casco do submari-
no Albacora – abatido ao serviço após a receção dos novos submarinos. Jorge Pinheiro, diretor-geral da SRI, salienta que “este é um tipo de iniciativas cujo desenvolvimento nos dá uma enorme satisfação e, ao mesmo tempo
que ajuda a promover as marcas que representamos, permite estabelecer a SRI como um parceiro sério e empenhado, capaz de desenhar e implementar projetos personalizados e complexos no mundo da relojoaria.”
A bordo dos submarinos A SRI ofereceu à Marinha Portuguesa dois relógios de antepara criados propositadamente para instalação a bordo dos submarinos N.R.P. Arpão e N.R.P. Tridente, no âmbito da comemoração do centenário da Esquadrilha de Submarinos, que se assinalou no passado dia 13 de abril. Os novos relógios de antepara dos submarinos portugueses são peças únicas e exclusivas e o seu mostrador foi personalizado com os logótipos identificativos de cada um dos submarinos. Trata-se de relógios mecânicos com autonomia de cerca de 12 dias. A caixa em aço possui uma escotilha e a “corda” do movimento é dada na posição das seis horas, com a ajuda de uma chave de orelhas.
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A OPINIÃO DE...
RESPONSABILIDADE SOCIAL
José Madeira Serôdio, Presidente do INR - Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.
“Quebrem barreiras, abram portas: por uma sociedade inclusiva para todos” Segundo informação disponibilizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 15 por cento da população mundial vive com algum tipo de deficiência.
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o caso específico de Portugal, os Censos de 2011 revelam que cerca de 18 por cento da população, com 5 ou mais anos de idade, não consegue realizar pelo menos uma das 6 atividades diárias relacionadas com a visão, audição, locomoção, memória/concentração e com a higiene e arranjo pessoal e, ainda, com a compreensão dos outros e fazer-se entender por eles. A realidade destas pessoas no dia a dia passa por enfrentar as barreiras que as impedem de participar plena e efetivamente na sociedade, em condições de igualdade com as outras pessoas. É por esta razão que a Assembleia-Geral da ONU proclamou, em 1992, o dia 3 de dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, com o intuito de sensibilizar a população mundial para a necessidade de construir uma sociedade inclusiva e para todos. O objetivo estratégico desta efeméride é promover a compreensão da transversalidade da deficiência, em todos os domínios da vida em sociedade, mobilizando a comunidade internacional na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Assim, em 2013, “Quebrem Barreiras, Abram Portas: Por uma Sociedade Inclusiva para Todos”, é o tema escolhido pela ONU para chamar a atenção mundial para a situação das pessoas com deficiência, no sentido de criar uma visão estratégica e de planificar o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva. Neste contexto, o Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., por motivo desta significativa efeméride internacional, associou-se à Casa Pia de Lisboa, I.P. na preparação das comemorações nacionais do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Ambas instituições assinalaram esta importante efeméride e promoveram o Congresso Nacional de Apresentação do Projeto “Surdocegueira: Um Modelo de Intervenção”, nos dias 3 e 4 de dezembro, no Centro Cultural de Belém – Sala Almada Negreiros, sob o lema escolhido pela ONU: “Quebrem barreiras, abram portas: por uma sociedade inclusiva para todos”. No âmbito destas comemorações, em 2013, pela primeira vez, foi organizada a “Festa das Artes – crianças e jovens com deficiência”, um evento que proporcionou uma tarde de diversão para todas as
crianças e jovens com deficiência, preenchida de muita música e animação. Ao mesmo tempo, e também pela primeira vez, foram nomeados, oficialmente, os embaixadores para a deficiência 2014 personalidades que conquistaram o patamar de cidadania de excelência no compromisso cívico pelos direitos das pessoas com deficiência. Os nomeados foram: Simone Fragoso, no desporto paraolímpico; José Arruda, na gestão das ONG’s; Carlos Pereira, na área das acessibilidades e Mário Augusto, na área da comunicação social. O INR, I.P., no âmbito da sua missão, visão e valores, norteia-se pelos princípios da garantia de igualdade de oportunidades, do combate à discriminação e da valorização das pessoas com deficiência, numa perspetiva de promoção dos seus direitos fundamentais consagrados na Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, que Portugal ratificou, em 2009. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência constitui um marco histórico na garantia e promoção dos direitos humanos de todos os cidadãos e em particular das pessoas com deficiência. Esta convenção reafirma os princípios universais (dignidade, integralidade, igualdade e não discriminação) em que se baseia e define as obrigações gerais dos Governos relativas à integração das várias dimensões da deficiência nas suas políticas, bem como as obrigações específicas relativas à sensibilização da sociedade para a deficiência, ao combate aos estereótipos e à valorização das pessoas com deficiência. Celebrar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, no contexto do Ano Europeu dos cidadãos, representa o imperativo de incrementar a participação destes cidadãos, de criar e efetivar um sentimento de pertença e de reforçar a proteção dos seus direitos como cidadãos. É hora de quebrar barreiras e abrir as portas por uma sociedade inclusiva para todos!
RESPONSABILIDADE SOCIAL
José Silva Peneda, Presidente do CES, em destaque
“É preciso ter uma visão para o País, o que implica o surgimento de um novo modelo” José Silva Peneda dispensa apresentações. Depois de ter ocupado diversos cargos no panorama político nacional é, atualmente, Presidente do Conselho Económico e Social (CES), uma entidade que não podia passar em branco num especial sobre responsabilidade social. Não querendo ser protagonista, porque esse papel cabe aos parceiros sociais, Silva Peneda esforça-se por ser um agente facilitador na concertação social. Para o presidente do CES “após uma crise tão profunda como aquela que vivemos, nunca podemos esperar que no fim da crise se regresse ao ponto de partida. Estamos a atravessar um período de transição e estes são períodos em que normalmente surgem muito equívocos e muitas injustiças, mas temos que caminhar para novos equilíbrios porque o modelo que serviu de base à economia portuguesa até 2011 está esgotado”. À Revista Pontos de Vista, Silva Peneda apresentou algumas alternativas a seguir na procura desses novos equilíbrios.
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osé Silva Peneda já por diversas ocasiões tem vindo a demonstrar o seu descontentamento relativamente à intervenção da União Europeia em Portugal, no âmbito do Programa de Assistência Financeira. Tal como consta do Parecer do CES sobre a Proposta do Orçamento do Estado para 2014, a estratégia económica seguida pela Troika em Portugal, através de um esforço de consolidação orçamental demasiado agressivo, está a colocar em causa pontos primordiais da economia nacional. Segundo o mesmo, “quatro erros maiores condicionaram a elaboração do Memorando de Entendimento e as políticas dele resultantes”. Por um lado, “uma inadequada caraterização da crise, subestimando a dimensão estrutural da mesma e os elevados níveis de endividamento, não apenas do Estado, mas também das empresas e das famílias”. Por outro, “uma subavaliação do peso da procura interna e do impacte negativo da sua redução sobre o crescimento e o emprego, cujo reverso foi a sobrestimação da capacidade de alavancagem da procura externa”. O terceiro erro dá conta de um “reforma do Estado apressadamente confundida com mero combate cego ao ‘despesismo’ e corte de ‘gorduras’ do Estado”. Por último, é criticada a “visão minimalista das ‘reformas estruturais da economia’, assimilada a uma mera sucessão de desvalorizações internas competitivas”. Para Silva Peneda, com o modelo económico que vigorou até 2011 esgotado - assente na construção civil, no imobiliário, no consumo ilusoriamente fácil e na ideia de que desde que se aumentasse a despesa pública haveria crescimento económico –, surge a necessidade de se criar um novo modelo, orientando para a produção de bens não transacionáveis, que tire partido do nosso centros de excelência e das nossas vantagens competitivas, que aposte na diferenciação do produto e nunca num esquema de baixos salários. “As políticas públicas terão de valorizar os fatores de diferenciação positiva do País que favoreçam uma menor dependência do exterior”, pode ler-se no Parecer do CES. Um novo modelo deve perseguir de forma coordenada três objetivos:
“Com o programa da Troika a terminar em meados do próximo ano, ou somos nós a apresentar um programa deste género ou será a União Europeia a dar-nos a receita que será mais do mesmo”
“equilibrar as contas públicas, reformar o Estado e pôr a economia a crescer. Se estes três objetivos estivessem representados num triângulo, no centro teríamos a coesão social do país. Estes objetivos têm que ser perseguidos de forma equilibrada, não se podendo carregar no acelerador para um e descurar os outros, tal como aconteceu até aqui”, afirma.
“Os acontecimentos recentes não me deixam muito otimista”
José Silva Peneda garante que esse modelo não pode ser criado sobre betão, como no modelo económico que vigorava antes da crise, nem com base num programa como o da Troika. Para além disso, exige tempo e compromisso político ao mais alto nível. “Primeiro é preciso ter uma visão para o País, o que implica o surgimento de um novo modelo que, para ser eficaz, exige um programa desenhado para ser aplicado, no mínimo, por uma década, com desenvolvimento gradual, assente num alto grau de coerência entre as diferentes políticas setoriais, por forma a contribuir para mais elevados padrões de coesão social. Mas nada disto será possível sem a obtenção de um elevado grau de compromisso entre as forças políticas representadas no Parlamento. Com o programa da Troika a terminar em meados do próximo ano, ou somos nós a apresentar um programa deste género ou será a União Europeia a dar-nos a receita que será mais do mesmo”, garante. O Presidente do CES fez questão de realçar nesta entrevista que “junho vai ser um péssimo período em termos de União Europeia, uma vez que o Parlamento Europeu vai a eleições, a Comissão estará numa fase de transição e, portanto, quem vai mandar são os burocratas que irão pegar na receita que têm, na tabela tradicional a que já estamos habituados e se traduz em redução dos salários, cortes na despesa…”. Como tal, a necessidade de apresentar um programa alternativo para Portugal reveste-se de cariz urgente. Apesar da urgência, Silva Peneda não está confiante. “Se a classe politica pensar pequenino e no curto prazo, como habitual, não vamos ter programa de médio prazo com estas características. Se forem capazes de pensar em termos das neces-
José Silva Peneda
sidades de país, cientes de que é preciso selecionar os instrumentos que corporizem essa visão, então será possível. No entanto, os acontecimentos recentes não me deixam muito otimista”. Relativamente ao salário mínimo, José Silva Peneda refere que esta é uma matéria que deve ser conduzida fundamentalmente pelos parceiros sociais, os quais já mostraram disponibilidade. Quanto à Troika, considera que a mes-
ma não tem sido colaborante. Um ajustamento do salário mínimo teria, para o presidente do CES, um efeito positivo na procura interna, que por sua vez contribuiria para alguma animação do tecido empresarial mas, sobretudo, seria um sinal de que o País não quer basear a sua economia em baixos salários. Por fim, alertou que sem um crescimento da economia a taxas de, pelo menos, dois por cento, não será possível criar emprego em Portugal. Para a criação de posto de trabalho no imediato, o Turismo e a Agricultura são os setores que mais rapidamente conseguirão dar uma resposta por terem capacidade instalada. O aumento do emprego na indústria, por sua vez, só será possível com um programa estruturante e de médio prazo porque obriga a investimentos que precisam de maturação para que sejam altamente competitivos no mercado globalizado.
Revista Pontos de Vista - O que é que destaca da atividade do CES nos últimos anos? José Silva Peneda - O CES tem tido uma atividade intensa nos últimos anos procurando promover o debate e a reflexão entre os seus Conselheiros e a Sociedade sobre temas do foro económico e social. Os trabalhos preparatórios que conduziram à assinatura do acordo de concertação social sobre o “Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego” em 2012 tiveram lugar no CES. Em termos de Pareceres podem destacar-se os que o CES tem aprovado anualmente sobre Orçamentos do Estado, Grandes Opções do Plano e Documentos de Estratégia Orçamental. Salientam-se ainda alguns Pareceres de Iniciativa do Conselho designadamente sobre as “Consequências económicas, sociais e organizacionais decorrentes do envelhecimento da população”, acerca da “Competitividade das cidades, coesão social e ordenamento do território” e sobre o “Futuro da Zona Euro”. Para além de múltiplas reuniões de trabalho com as instituições e outros organismos da União Europeia e com representantes dos parlamentos de vários Estados-Membros, o CES tem organizado encontros e conferências que considera úteis na atual situação do país.
Pontos de Vista Dezembro 2013
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
OUVIR, uma associação que segue o lema:
Saber OUVIR é saber escutar com o coração! É uma Associação recente o que se traduz numa dificuldade acrescida na situação económica em que o país se encontra. Ainda assim, na OUVIR não baixam os braços e prometem trazer melhor qualidade de vida e apoio aos deficientes auditivos. Saiba mais sobre a Associação OUVIR através desta entrevista a António Antunes Miranda, Presidente da mesma.
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Que tipo de apoio a Associação Ouvir tem dado aqueles que sofrem de deficiência auditiva em Portugal e que se encontram numa situação de maior carência económica? Em primeiro lugar, a OUVIR vai assinalar no próximo dia 11 de março de 2014, o seu terceiro aniversário. Parece-nos pouco tempo, para conseguirmos dar a resposta que os deficientes auditivos merecem e devem ter, para podermos ajudá-los a ultrapassar e superar uma situação de maior carência económica. Somos ainda uma associação nova, e que carece de meios e de fundos para a nossa organização. De qualquer forma, não podemos esquecer, que a situação económica por que Portugal está a passar, é para nós – a OUVIR -, também, uma contrariedade àquilo que poderíamos fazer. Também a OUVIR, está a ser alvo dessa mesma situação, e posso dizer-lhe que, neste momento, a associação tem menos pessoas para a apoiar. Infelizmente, vive-se um tempo em que as pessoas têm que pensar mais em si próprias, e assim há menos tempo para ajudar os outros. O que para nós é lamentável! O tipo de apoio que temos dado até ao momento, é o apoio logístico a quem recorre à OUVIR, e a quem nos contacta. Foi o que fizemos no que sucedeu com a paragem de cirurgias para implante coclear, no Centro Hospitalar de Coimbra, Hospital dos Covões, por falta de verbas para implantes. A OUVIR quis resolver esse problema, por se tratar de um Hospital pioneiro neste tipo de cirurgia, e fez desbloquear a situação, com uma carta que enviou diretamente ao Ministério da Saúde.
Quais as principais ações que têm vindo a desenvolver? Não temos tido oportunidades para desenvolver as ações necessárias. Todavia, temos tentado aproveitar e estar disponível, para esclarecer algumas dúvidas suscitadas por alguns deficientes auditivos, portadores de próteses e implantes. Temos agido mais na área da informação, e orientar quem nos procura. Estamos, agora mais, a trabalhar na divulgação da associação, e na angariação de sócios e donativos. No entanto, sentimos que podemos fazer muito mais, e pensamos ir mais longe e ambiciosamente com o nosso projeto. Por isso, estamos a unir esforços, e neste momento, a OUVIR conta com uma rede de parceiros de grande importância. Temos um projeto bem definido a orientar-nos, cujo planeamento está ainda em fase de desenvolvimento, e que está acessível ao público através da nossa página, em: www.ouvir.pt .
O problema da deficiência auditiva afeta cada mil crianças e um em cada três idosos. Apesar do número elevado, há ainda algum desconhecimento em relação a este flagelo e aos tratamentos atualmente existentes? Um dos principais papéis da associação é dar essa informação? Não temos meios de acesso nem a responsabilidade de dar essa informação, mas conhecemos os dados estatísticos relativos ao problema da deficiência auditiva, e damo-los sempre que alguém nos pede esses dados. Mas se por algum motivo sair alguma notícia em algum órgão de comunicação social, também a partilhamos nos nossos meios de divulgação. A responsabilidade de se saber a razão
deste flagelo, deve ser dada através dos órgãos de comunicação social, mas por órgãos ou pessoal competente da área da otorrinolaringologia. Falamos, com certeza, dos médicos em primeiros lugar, e depois dos técnicos, que também devem divulgar e debater esta situação. A origem de um problema de audição, é de grande amplitude, e pode compreender um número variadíssimo de fatores. A associação conhece muitos casos de surdez, e qual a origem dela nalguns casos. Podemos dizer, que temos um enorme cuidado em saber qual a origem da surdez dos nossos sócios, e das pessoas que recorrem à OUVIR para solicitarem qualquer informação. Pois, a forma como damos resposta às abordagens, deve ser diferente de caso para caso. Tendo em conta que um terço dos idosos enfrentam o problema da deficiência auditiva, de que forma é possível melhorar a qualidade de vida dos mesmos? O que é que a Associação Ouvir tem feito nesse sentido? A melhor forma de lhes dar a qualidade de vida é “fazê-los ouvir”. Infelizmente, a OUVIR nem sempre chega até aos idosos, porque nem sempre eles têm acesso aos meios de divulgação da associação. Todavia, é muito importante que, quem cuida deles, saiba da existência da nossa associação para os apoiarmos. Estamos a estudar a melhor forma de responder a esses casos. No entanto, a OUVIR não tem a capacidade nem a responsabilidade financeira de apoiar os idosos, quando se trata de casos em que a reforma é limitada. Antes, ajudá-los no diálogo com órgãos governamentais competentes e parceiros, e solicitar-lhes que haja facilidade de pagamento, e depois, que haja meios ou apoios técnicos na Segurança Social.
Como perspetiva o futuro da Associação Ouvir? Perspetivamos uma OUVIR mais ativa, com mais membros, colaboradores, voluntários, e por sua vez, com mais sócios. Queremos que possa ser mais participativa em diversas ações e campanhas, que possa ter o arcaboiço económico, que lhe permita organizar mais eventos e atividades, e que lhe permitam o maior contacto com e entre os deficientes auditivos em Portugal. Pretendemos ser uma organização fundamental na procura dos melhores direitos das pessoas com deficiência auditiva. Mais interveniente, e que possa servi-los cada vez melhor. Abraçar outras associações e organizações, nacionais e
António Antunes Miranda internacionais, que nos permitam o contacto com outras pessoas com deficiência auditiva de outros pontos do Mundo, bem como, o descobrir de novas formas de atuar não existentes em Portugal.
3 de dezembro é o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Que mensagem gostaria de deixar, em nome da Associação Ouvir, para assinalar esta data? Em nome da associação OUVIR, e como Presidente da mesma, queria pedir a todos os deficientes auditivos para se juntarem a nós. Precisamos de Todos e unir esforços, para conseguirmos chegar onde pretendemos. Mas, sobretudo, quero dizer que nenhum deficiente auditivo está esquecido neste enorme projeto, que é a OUVIR. No Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, e em particular, a Deficiência Auditiva, pedimos aos órgãos competentes governamentais e não governamentais, que deem cada vez mais valor a esta deficiência, que muitas vezes, é esquecida. Pedimos que as pessoas ligadas a esses órgãos prestem atenção e deem maior importância às dificuldades enormes e de toda a espécie com que o deficiente auditivo se depara. Não se olhe apenas para o surdo profundo, mas também, para aqueles que dependem de prótese e/ou implante auditivo. Queria ainda lembrar os custos diários que carregamos com próteses e implantes. Tudo é muito caro! Revisões; reparações; substituições, porque este material tem grande desgaste; pilhas, que, têm que ser substituídas diariamente; etc. Há crianças implantadas que não usam os respetivos implantes porque os pais não conseguem suportar as despesas. Solicitamos que haja, cada vez mais, uma maior acessibilidade para as pessoas com deficiência auditiva, e meios que permitam dar garantias de boas condições de trabalho a estas mesmas pessoas. O deficiente auditivo é muito descriminado! LER NA INTEGRA EM WWW.PONTOSDEVISTA.PT
A OPINIÃO DE...
RESPONSABILIDADE SOCIAL
JOSÉ PAVOEIRO, Presidente da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência
QUEM SOMOS... O que acontece quando no desenrolar da vida ativa de uma Pessoa escorreita, sofre um acidente em que é confrontado com uma deficiência, cai o mundo á nossa frente, procura-se respostas e não as há, bate-se de porta em porta tentando encontrar alguém que de uma forma ou de outra consiga nos dizer, porquê Eu?
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Em Portugal com o nascimento da Federação Portuguesa de Desporto para pessoas com Deficiência data a assinalar, 7 de dezembro de 1988, veio ao encontro de procura de respostas para a competição quando se diz competição quer dizer alto rendimento, utilizando o mote do ano Internacional da Pessoa com deficiência, temos a consciência de ter quebrado barreiras aberto portas para uma sociedade inclusiva para todos
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ão me lembro de ter faltado ao respeito a alguém, não me lembro de ter feito algo grave para que tenha que ser castigado desta forma, sem que ninguém tenha explicado primeiro o que poderia vir a acontecer se não tivesse uma conduta dentro dos parâmetros considerados normais, no decorrer de respostas que tardam em chegar por quem de direito, encontra-se Pessoas semelhantes em que a vida lhes ensinou a serem persistentes, lutadores e acima de tudo nunca vacilar perante o primeiro obstáculo, são deficiências congénitas em que os protagonistas se adaptaram desde o inicio do primeiro dia de vida, em que a adaptação e a luta pela sobrevivência se tornou uma constante no dia a dia, procura essa que encontra uma resposta no desporto adaptado, uma porta, uma luz e é com uma dessas luzes entre tantas outras que começa um processo de reabilitação e integração na sociedade, onde demostra as suas capacidades e a deficiência começa a ter um papel secundário, embora ainda haja quem teime em dar um papel principal, o mundo fica estupefacto com a capacidade de uma Pessoa com deficiência de se exortar para uma pratica desportiva que era impensável numa pessoa com deficiência nem a comunidade estava preparada para tal, ainda nos dias de hoje, pleno seculo XXI a sociedade não está preparada para receber de uma forma simples a capacidade de uma Pessoa com deficiência em ser capaz, sem que ponha em primeiro lugar a deficiência, tornando-nos nuns heróis num dia e num outro dia tornando-nos vitimas de nós próprios.
O desporto tem tido ao longo dos séculos um papel determinante na construção de uma sociedade para todos, vejam por exemplo mais de vinte séculos separam Hipócrates de Cós (460-377 a.C.), considerado o fundador da medicina científica que utilizou o exercício físico para melhorar as doenças congénitas e adquiridas da anca do Sir Ludwig Guttmann, médico, neurocirurgião, a quem se atribui o mérito de ter introduzido a atividade física e o desporto nos programas de reabilitação dos deficientes civis e militares vítimas da segunda guerra mundial outros exemplos de registo, do passado, que fazem referência a prática da atividade física e do desporto para pessoas com deficiência, refere-se, a título de exemplo, a existência em 1888 de um clube de praticantes de golfe de um só braço. Em Portugal com o nascimento da Federação Portuguesa de Desporto para pessoas com Deficiência data a assinalar, 7 de dezembro de 1988, veio ao encontro de procura de respostas para a competição quando se diz competição quer dizer alto rendimento, utilizando o mote do ano Internacional da Pessoa com deficiência, temos a consciência de ter quebrado barreiras aberto portas para uma sociedade inclusiva para todos.
Missão e Visão Motivar o desenvolvimento de atividades físicas para pessoas com deficiência. Promover um aprofundamento em termos de conhecimentos teóricos e práticos relativamente ao desporto adaptado. Objetivos: • Promoção das modalidades existentes e divulgação das novas modalidades adaptadas; • Captação e Fidelização de novos praticantes; • Fomentar a prática desportiva para cidadãos com deficiência; • Tornar prática desportiva adaptada parte dos programas de apoio à vida ativa; • Combate à tendência para a obesidade e sedentarismo; • Combate à exclusão social; • Integração social de cidadãos com deficiência;
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A OPINIÃO DE...
RESPONSABILIDADE SOCIAL
João Carneiro da Silva, Presidente da Direção da Alzheimer Portugal
Plano Nacional para as Demências em 2014? Há vários anos que a Alzheimer Portugal defende a necessidade urgente de se criar um Plano Nacional para as Demências.
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oi com agrado que, na conferência comemorativa do seu 25º aniversário, a 18 de outubro, a Alzheimer Portugal recebeu a notícia, transmitida pelo Dr. António Leuschner, Presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental, de que o Plano poderia ser uma realidade em 2014. O trabalho desenvolvido neste sentido pela Direção Geral de Saúde, surge na sequência do que têm sido os sucessivos convites do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia aos governos nacionais para que criem Planos ou Estratégias Nacionais para as Demências e também das iniciativas realizadas a nível nacional pela Alzheimer Portugal e pelo próprio Parlamento Nacional . Muito recentemente, a DGS lançou a publicação “PORTUGAL, SAÚDE MENTAL EM NÚMEROS 2013”. Nas notas introdutórias desde documento, o Dr. Álvaro de Carvalho, referindo-se às demências, afirma o seguinte: “Neste particular as demências são uma realidade, cuja intervenção necessária ultrapassa a competência do Ministério da Saúde mas em que a Saúde Mental tem responsabilidade inevitável. Neste sentido deram-se os primeiros passos para juntar e articular os vários parceiros nacionais com saber e responsabilidade no tema, estruturando-se um plano nacional, em que a caracterização das necessidades em cuidados, o apoio domiciliário, direto e às famílias, a par da vertente residencial, se perspetiva que tenham tradução numérica e sobretudo qualitativa diferentes, passíveis de terem expressão em próximas edições do “Portugal: Saúde Mental em números”. Nesta publicação, no que toca ao levantamento dos dados sobre o que se passa nas estruturas públicas de saúde, as figuras 18 e 19 (págs. 48 e 49), referem, respetivamente, apenas 0,29 por cento de pessoas com registo de Demência entre o número de utentes inscritos em CSP por ARS e apenas 0,48 por cento entre o número de utilizadores. Estas percentagens são bem demonstrativas do muito que ainda há a fazer no sentido da maior sensibilização dos médicos de família, das pessoas com queixas de memória e dos seus familiares. Face ao número estimado de pessoas com Demência que existem em Portugal (cerca de 153 000), o sub diagnóstico continua a ser um problema grave. Na verdade, existem atualmente muitos casos de doença de Alzheimer ou outra forma de demência, por diagnosticar e que ainda há um longo caminho a percorrer no sentido da sensibilização dos profissionais de saúde, muito em especial dos clínicos gerais, bem como das famílias, para a importância de: 1. Estar atento aos primeiros sinais de Demência; 2. Encaminhar para especialista a fim de obter um diagnóstico preciso; 3. No pós-diagnóstico: a. Assegurar a articulação entre os vários intervenientes: o clínico geral, o especialista, a própria pessoa, os seus familiares;
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“Face ao número estimado de pessoas com Demência que existem em Portugal (cerca de 153 000), o sub diagnóstico continua a ser um problema grave”
b. Dar a conhecer e encaminhar para a Alzheimer Portugal e para outros serviços existentes na comunidade; Espera-se que a criação do Plano Nacional para as Demências possa contribuir para o combate eficaz ao sub diagnóstico e que promova o diagnóstico atempado, com inegáveis ganhos em saúde.
A Alzheimer Portugal
A Alzheimer Portugal é uma associação sem fins lucrativos, dotada do estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social. Fundada em 1988, é a única organização de âmbito nacional, especificamente constituída para promover a qualidade de vida das pessoas com Demência, estimadas em 153 mil em Portugal. Como membro da Alzheimer Europe, a Alzheimer Portugal participa ativamente no movimento mundial e europeu sobre as demências, procurando reunir e divulgar os conhecimentos mais recentes sobre a Doença de Alzheimer, promovendo o seu estudo, a investigação das suas causas, efeitos, profilaxia e tratamentos. A Alzheimer Portugal integra, também, a Plataforma Saúde em Diálogo, uma associação sem fins lucrativos constituída por associações de doentes, promotores e profissionais de saúde e de consumidores, cujo principal objetivo é o de dar voz aos doentes e utentes de saúde contribuindo para a
evolução de um sistema de saúde cada vez mais centrado no doente. A Alzheimer Portugal promove atuações em três áreas fundamentais: • Ajuda Direta às Pessoas com Doença de Alzheimer ou outras formas de demência e aos seus cuidadores. Temos atendimento direto nas Delegações em Matosinhos, Pombal, Funchal, nos Núcleos em Almeirim e Aveiro e no Gabinete em Coimbra. Centros de Dia em Matosinhos, Pombal, Lisboa e Estoril, Serviço de Apoio Domiciliário em Lisboa e Estoril, um Lar de Acolhimento no Estoril e disponibilizamos vários serviços descentralizados (Grupos de Suporte, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, etc.). • Formação e Informação a familiares e a profissionais. Em 2012, realizámos 142 atividades formativas para 3935 participantes, onde se inclui a promoção de conferências. • Comunicação e Consciencialização Pública com a realização de campanhas, organização do Memory Walk (Passeio da Memória) e criação e disponibilização de conteúdos gerais para a população e conteúdos específicos para cuidadores e pessoas com Demência (Site, Newsletter, Revista, Facebook). Saiba mais em www.alzheimerportugal.org Contactos: Tel.: 213 610 460 E-Mail: info@alzheimerportugal.org
A OPINIÃO DE...
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Valor Brands
Uma empresa comprometida com o meio ambiente A Valor Brands é uma companhia do Grupo P.I. Mabe que opera no mercado Europeu desde 2000 com a marca de fraldas e toalhitas húmidas para bebés “Moltex". Atualmente, ainda comercializa fraldas com as marcas “Baby-Up” e “Aquakids” e Incontinência para adultos com a marca “Affective”.
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Grupo P.I. Mabe é líder na produção de marcas para a distribuição em toda a América Latina e tem duas fábricas na América. O Grupo P.I. Mabe, junto com a companhia Norteamericana líder na distribuição de Marcas Privadas de toalhitas húmidas em EEUU, Rock-Line, forma uma sólida sociedade que potencia a distribuição e completa a Gama. O nosso crescimento demonstra a confiança que os nossos clientes depositam na nossa capacidade para desenvolver novos produtos de qualidade e no esforço que fazemos para manter elevados níveis na qualidade de serviço.
Qualidade, produção e distribuição
O nosso centro logístico em Espanha está situado em Toledo, onde temos capacidade para armazenar e distribuir produtos para toda a Europa. Nas nossas fábricas seguimos um exaustivo procedimento de controlo de qualidade tanto de matérias primas como de produto acabado. Estamos certificados pela AENOR com a norma ISO 9001.
Objetivos
O nosso primeiro objetivo é conseguir que o consumidor esteja plenamente satisfeito com a qualidade e performance do produto comprado. Pretendemos conseguir que o nosso produto se traduza numa melhoria de imagem e incremento do prestígio para os nossos clientes. Sabemos que a consecução dos objetivos anteriores só é possível se mantiver-
mos uma dedicação prioritária na investigação e desenvolvimento dos nossos fabricantes e por isso, para nós, o investimento em I&D é prioritário. Estamos conscientes de que não só devemos oferecer o melhor e mais adequado produto, como também um serviço logístico que melhore os custos e o controlo dos mesmos para os nossos clientes. Queremos ser um prolongamento do departamento de marketing dos nossos clientes, tratando a sua marca como se fosse nossa e desenvolvendo sempre o produto e as políticas adequadas para melhorar a sua rotação e benefício. A Moltex é uma marca que tem produtos fabricados da mais alta qualidade, protegidos por patentes próprias. O nosso rigoroso controlo de qualidade está avaliado pelas normas ISO e pela confiança dos nossos consumidores, que fazem da Moltex uma garantia de vendas para os nossos clientes. Os produtos de incontinência para adultos estão mais focados no canal de Hospitais, Residências e Farmácias mas graças à sua evolução no mercado, já é usual encontrar estes produtos nos lineares de vários tipos de lojas. A Affective é uma marca testada ao longo de muitos anos, com extensa investigação e desenvolvimento no campo de absorventes e tecidos nonwomen. Os produtos Affective estão protegidos por patentes próprias, certificação dos processos de controlo de qualidade e fabrico pelas normativas ISO, certificados pelo Ministério de Saúde com número de registo. Affective é um produto da máxima qualidade com a garantia de uma grande companhia.
Quatro em cada cinco pais desconhecem o efeito ambiental provocado pelas fraldas dos seus filhos • Segundo um estudo elaborado por Biobaby quase metade dos pais entrevistados desconhece que as fraldas tradicionais contêm produtos derivados do petróleo. • Conter materiais biodegradáveis é um dos fatores mais importantes que influencia os pais na escolha de uma fralda, juntamente com a qualidade e com a proteção do bebé. • Em Espanha, os resíduos das fraldas dos bebés representam 900.000 toneladas por ano, o que equivale a encher o estádio Santiago Bernabéu duas vezes. Valor Brands Europe S.L. está a apostar no desenvolvimento de uma fralda Biobaby by Moltex.
Sabia que?
Esta é a primeira fralda que, sem perder as suas qualidades, é mais amiga do meio ambiente e tem maior número de materiais naturais e biodegradáveis que as restantes fraldas. A fralda tradicional fabricada com superabsorventes feitos com 100 por cento de petróleo demora cerca de 400 anos a decompor-se. Se considerarmos que no mundo se consomem aproximadamente 93 mil milhões de fraldas por ano e que a maior parte das mesmas não são biodegradáveis, o problema torna-se preocupante e não queremos que sejam os nossos filhos a pagar, sobretudo quando ainda não podem tomar decisões.
Solução BIOBABY:
Substituímos as fibras plásticas de embalagem e cobertura da fralda por materiais biodegradáveis, com isto asseguramos que num prazo inferior a oito anos estes materiais estarão decompostos e reintegrados na natureza. Todavia substituímos materiais de fontes não renováveis (derivados do petróleo) como as barreiras anti fugas, coberturas internas e inclusive o gelatinizante, foram substituídas por materiais de origem natural que são biodegradáveis e provêm de fontes sustentáveis.
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A OPINIÃO DE...
RESPONSABILIDADE SOCIAL
LARA DE NORONHA, Gestora de Projetos na Associação Salvador em celebração dos dez anos da Associação
Durante dez anos a aumentar a participação ativa na sociedade das pessoas com deficiência No próximo dia 23 de Novembro, a Associação Salvador celebra 10 anos de existência. A sua missão mantém-se viva, a de promover a inclusão das pessoas com deficiência motora na sociedade e a melhoria da sua qualidade de vida.
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Associação Salvador acredita que a exclusão social só pode ser combatida com políticas concretas de integração que assegurem as condições básicas de vida, e que apostem fortemente na valorização das capacidades de cada um. Neste sentido, desenvolveram ao longo dos últimos dez anos projetos com o objetivo de aumentar a participação ativa das pessoas com deficiência na sociedade. Atualmente, cada vez mais cientes das reais necessidades das pessoas com deficiência, continuam a focar o seu trabalho nas áreas da Integração onde têm iniciativas que vão desde a organização de eventos de convívio (em 2013 tiveram 300 participantes), eventos desportivos, ações de formação profissional, e atribuição de apoios concretos que muitas vezes vêm colmatar necessidades básicas, como é o caso da maioria das 133 pessoas apoiadas através da Ação Qualidade de Vida. Para financiar os casos que não foram contemplados pelo orçamento da Ação Qualidade de Vida, relançam todos os anos a plataforma de crowdfunding (www.preenchaestavida.com). A luta pelas acessibilidades, ou pela falta delas em Portugal, continua a ser um grande desafio, tendo como principal objectivo o de eliminar as barreiras físicas existentes de Norte a Sul, invisíveis aos olhos de tanta gente, mas que se tornam fatores de exclusão para tantas pessoas com mobilidade reduzida. Para isso, realizaram recentemente um evento de sensibilização de ocupação de um parque de estacionamento por pessoas em cadeira de rodas (Ocupe o Seu Lugar). Apostam também na área da Sensibilização, de modo a alertar os jovens para o perigo atrás de um acidente de mota ou de um mergulho mal dado, para além de ser importante desdramatizar a temática da deficiência. O Salvador fez o filme “Há sonhos que morrem cedo demais” que pode ser visto nas redes sociais que demonstra este empenho em campanhas de prevenção rodoviária. Obrigada pelo apoio nesta década de tanto trabalho e tão motivador!
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A exclusão social só pode ser combatida com políticas concretas de integração que assegurem as condições básicas de vida, e que apostem fortemente na valorização das capacidades de cada um
“Não sou eu que vivo agarrado a uma cadeira, é a cadeira que vive agarrada a mim, porque o que realmente importa é estarmos agarrados à vida!”
Salvador Mendes de Almeida
Sobre a Associação Salvador Fundada em 2003 por Salvador Mendes de Almeida, tetraplégico desde os 16 anos devido a um acidente de viação, a Associação Salvador desenvolve projetos em quatro eixos de atuação: Integração, Acessibilidades, Sensibilização e Investigação e Tecnologia. Com uma postura ativa e responsável, a Associação Salvador luta pela construção de uma sociedade mais inclusiva, com padrões de justiça e eficácia na integração plena das pessoas com deficiência motora. Para mais informações visite http://www.associacaosalvador.com
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Piedade Líbano Monteiro, Diretora da APSA fala sobre a Associação e a Síndrome de Asperger
Pontos de Vista Dezembro 2013
Dez anos de APSA São cerca de 40 mil os portugueses que sofrem de Síndrome de Asperger - uma perturbação neurocomportamental de base genética que causa problemas de adaptação social o que faz com que estes muitas vezes sejam incompreendidos ou mal interpretados. Por essa razão surgiu, há dez anos, a APSA – Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger – com o objetivo de promover o apoio e a integração social das pessoas diagnosticadas com esta patologia.
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oram 21 as vontades que se juntaram no dia 7 de novembro de 2003 com o intuito de apoiar a total integração do indivíduo com síndrome de asperger na sociedade”, explica a Diretora da Associação, Piedade Líbano Monteiro. Na base, esteve também um repto do Pediatra Nuno Lobo Antunes “que via chegar regularmente, ao gabinete dele, famílias em sofrimento sem perceberem bem o problema que o filho tinha porque estavam sozinhas e não havia divulgação, nem informação suficiente sobre o que é a Síndrome de Asperger”. Na APSA, através dos vários projetos que têm vindo a desenvolver, é feita “uma caminhada na sociedade em geral mas, acima de tudo, na escola e no acompanhamento à família. “Estes projetos são também uma via para dar a conhecer à sociedade que temos um corpo de pessoas com capacidade de ajudar os pais no encaminhamento e na melhor forma de aceitar e viver. É no fundo dar o ‘colo’ porque nunca é fácil para um pai ouvir dizer que o seu filho é diferente”, afirma. É através de workshops, seminários e ciclos de encontro para pais e profissionais que se realiza este trabalho. Para Piedade Líbano Monteiro, a troca de informação entre os pais é muito importante, até porque é na família que está a base de todo o trabalho. “Os nossos filhos podem ter os melhores técnicos e as melhores escolas mas se não tiverem uma família que os entenda e aceite, tudo o resto não vale a pena, porque é em nós que eles sentem o apoio total e incondicional, daí que trabalhemos muito com a família. Nestas reuniões há uma passagem de testemunho incalculável porque tanto estão presentes pais que
têm filhos com 40 anos com Síndrome de Asperger e, portanto, passaram uma vida inteira a educar sozinhos, como aparecem famílias que têm um filho de sete anos cuja síndrome foi diagnosticada há oito dias atrás”, explica.
Equipa Apsa de Lisboa
Projetos Gaivota e Casa Grande
A par da família, o papel da escola é primordial e, por essa razão, um dos projetos de maior impacto da associação é o Projeto Gaivota, que pretende apoiar os professores de alunos com Síndrome de Asperger, como forma de potenciar o desempenho dos mesmos na forma como lecionam e se relacionam com estes alunos especiais, facilitando, assim, o êxito escolar. Desta forma, a APSA vai às escolas de Norte a Sul do país e ilhas num apoio descentralizado que chegue a todos. “Quando as crianças ou jovens com esta disfunção têm à sua frente professores que os entendem é meio caminho andado. É importante que se perceba que estes jovens podem ser muito inteligentes, ter inclusivamente um QI acima da média, mas se aqueles que os rodeiam não perceberem os seus comportamentos, as suas capacidades intelectuais ficam hipotecadas”, explica. Para que estas capacidades sejam sempre valorizadas, um novo projeto, que é neste momento a grande prioridade da APSA e que dá pelo nome de Casa Grande, está prestes a ser aberto ao público. Trata-se de um espaço de formação, de treino de competências sociais e de emprego temporário, que vem favorecer a integração social e profissional dos jovens com Síndrome de asperger, tendo em vista a construção de um projeto de vida futuro. “Até ao 18 anos é tudo mais fácil mas, quando os jovens entram no mercado de trabalho, a situação tende a piorar porque, por mais que estes possam até ter o seu
Revista Pontos de Vista: Por volta de que idade se descobre a Síndrome de Asperger? Quais os primeiros sinais? Piedade Líbano Monteiro: De forma realmente eficaz eu diria que por volta dos cinco anos, que corresponde à altura em que a criança entra para a escola e tem que mostrar o que vale individualmente mas também em grupo. É nesta altura que os primeiros problemas começam a surgir ou porque a criança se isola, ou porque é muito sensível a determinados sons ou cores, ou porque tem reações adversas, diferentes das reações dos colegas relativamente a determinadas situações como o simples levar um empurrão de um colega. É muito importante que quando os pais têm dúvidas não deixem passar tempo porque quanto mais cedo atuarmos melhor será o futuro da criança. Os principais sinais de alerta são: o défice no comportamento social, interesses restritos e obsessivos, os comportamentos rotineiros, as peculiaridades ao nível do discurso e da linguagem, as perturbações na comunicação verbal e não verbal e a descoordenação motora.
curso superior e serem fantásticos em determinada profissão, os comportamentos deles não são muitas vezes entendidos, nem adequados ao mercado de trabalho”, lamenta Piedade Líbano Monteiro. O projeto Casa Grande dará assim duas respostas sociais inexistentes em Portugal até então: por um lado funcionará como
residência autónoma temporária para os jovens de Norte a Sul do país que tenham, por exemplo, “que vir estudar ou trabalhar para Lisboa e não tenham onde ficar”, como exemplifica a nossa entrevistada e mentora do projeto; por outro lado, funcionará como centro de atividades ocupacionais, permitindo a estes jovens descobrir a sua vocação e adquirir competências para a futura inserção na vida ativa. Através dos espaços que funcionarão na Casa Grande, tais como lavandaria, engomadoria e restaurante, estes jovens poderão integrar-se profissionalmente e descobrir as suas capacidades profissionais. Para além disso, poderão servir a comunidade, transformando este espaço num local sustentável, que presta um serviço à comunidade envolvente. “Se a integração é o nosso objetivo não podemos fechar portas”, refere Piedade Líbano Monteiro que faz questão ainda de afirmar: “esta casa é sempre um ponto de partida e nunca um ponto de chegada”. LER NA INTEGRA EM WWW.PONTOSDEVISTA.PT
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A OPINIÃO DE...
RESPONSABILIDADE SOCIAL
FÁTIMA MARQUES, Gerente da H Sarah TradinG
Sistema Integrado de Recolha de Roupa Usada pela Preservação Ambiental e Responsabilidade Social A Empresa Sarah Trading, fundada em 2006 pela mão do seu sócio Gerente Nedal Habal, dedica-se à recolha de roupa, calçado e brinquedos novos e/ou usados através de equipamentos colocados na via pública, em parceria com municípios, instituições e empresas privadas.
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ioneira no sistema Integrado de recolha Têxteis, esta empresa colabora com os municípios no encaminhamento correto dos resíduos têxteis que até então têm sido depositados em aterro, permitindo, assim, a preservação dos recursos naturais, a longevidade dos aterros e a oferta ao público em geral de participar na recolha seletiva de mais um tipo resíduo. Como operador de gestão de Resíduos, a Sarah Trading, conta com o apoio de entidades como a Associação Portuguesa do Ambiente, APEMETA, CCDR e está registada no Netresíduos, portal de referência nesta área. Esta empresa possui uma serralharia própria onde fabrica os seus equipamentos, de design exclusivo, recorrendo a fornecedores portugueses e a maquinaria especializada. Neste espaço a chapa toma forma com acabamentos personalizados de acordo com cada parceiro. Isto permite aos municípios incorporar a sua imagem, cores e símbolos nos equipamentos. As equipas de recolha e instalação de equipamentos percorrem diariamente o país para levarem até si este novo serviço. São mais de 1000 pontos de recolha instalados a nível nacional. São recolhidos diariamente entre 10 a 12 toneladas de têxteis que são encaminhados para a sede de empresa em Vila Verde – Seia. Neste espaço, trabalham cerca de 40 pessoas na receção de roupas, pesagem, triagem e seleção das peças. Daqui saem seleções por níveis de qualidade, tipos e faixas etárias que serão posteriormente exportadas para países como os Camarões, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, India, Paquistão etc.
Susana Saraiva, Fátima Mansour, Cláudia Cruz, Fátima Marques e Nedal Habal
Numa visita às instalações, destaca-se a equipa jovem e dedicada. São, ao todo, mais de 60 trabalhadores que se fixaram no centro do país, zona de escassas oportunidades. O projeto “InVista nO Ambiente” permitiu aliar o processo de recolhas com o apoio ao próximo. Através deste, as gestoras de projeto fazem chegar às famílias carenciadas roupa, calçado e brinquedos em óptimas condições. Assim, estes bens chegam a IPSS’s e lojas sociais por forma a atenuar necessidades que de outra forma não seriam suprimidas de imediato. Porém, a responsabilidade social da empresa vai mais longe e já conseguiu mobilizar esforços para atuar a outros níveis como é o caso do desfibrilador oferecido à delegação da Cruz Vermelha de Oliveira do Conde, os alimentos doados a várias instituições, os produtos de higiene entregues a diversas lojas sociais e os cuidados hospitalares proporcionados às crianças apoiadas pela Fundação do Gil. São mais de 400 parcerias das quais se destacam a Liga dos Bombeiros Portugueses, Aldeias de Crianças SOS, Fundação do Gil entre outras. A responsabilidade social desta empresa tem-se vincado e neste campo, a H Sarah Trading, tem feito um apoio significativo, mérito que levou a ganhar o prémio “Empresa Solidária do Ano” com
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Daqui saem seleções por níveis de qualidade, tipos e faixas etárias que serão posteriormente exportadas para países como os Camarões, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, India, Paquistão etc.
o galardão “Os Nossos Heróis” e a “Campânula de Mérito Social”. A par disto, a empresa aposta também na consciencialização cívica levando às escolas, lares e centros sociais a sua mascote “Sarah”. Com ações de sensibilização e atividades lúdicas adaptadas a cada faixa etária, coloca a reciclagem têxtil a par da recolha seletiva do papel, vidro e metal entre outros. Com perspetivas de crescimento, a empresa H Sarah Trading orgulha-se de manter o compromisso de colaborar para um meio ambiente sustentável.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CADin – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, em destaque
Pontos de Vista Dezembro 2013
“Há muitos perfis e muitas maneiras de ser autista” O sonho é apenas um: cuidar de crianças, jovens e adultos com perturbações do desenvolvimento, oferecendo-lhes a melhor qualidade técnica na avaliação e tratamento. Foi deste sonho que nasceu o CADin, que conta com especialistas de áreas desde a Psicologia à Psiquiatria, da Terapia da Fala à Psicomotricidade ou da Neuropediatria à integração sócio profissional. No CADin o objetivo não é ser unicamente um centro de excelência na área clínica, mas ir mais além e ter uma missão abrangente nas áreas da Dislexia, do Autismo, da Hiperatividade, da Integração Profissional, das Perturbações do Sono, entre outras. O Diretor Clínico do Centro, Pedro Cabral, explica como. Quais as principais perturbações de desenvolvimento com os quais se lida diariamente no CADIn? Nesta altura, são sobretudo as que acarretam queixas de dificuldades de aprendizagem e de dificuldades escolares, nomeadamente o insucesso e a integração. Cabem aqui as perturbações da atenção, as dificuldades específicas de aprendizagem, as perturbações da linguagem, muito mais frequentes do que julgamos, e, obviamente, as perturbações do relacionamento com os pares, da empatia, da socialização, e da compreensão da necessidade de adquirir objetivos na aprendizagem!
Como surgiu a ideia de começar este projeto? Faltava em Portugal uma instituição que conseguisse dar uma melhor qualidade de vida àqueles sofrem com este tipo de perturbações, aliando a área clínica à própria integração socioprofissional? Eu sou Diretor Clínico do CADIn há pouco mais de um ano... Mas o projeto surgiu da ideia de reunir o mecenato de um conjunto de empresas concentrando-o num projeto original e inclusivo de apoio a crianças e jovens com problemas em várias áreas de desenvolvimento, otimizando recursos e concentrando-os num Centro em que várias especialidades e técnicas podem, de forma integrada, avaliar, intervir e investigar os diferentes tipos de perturbações. Na compreensão e respeito pelo ambiente em que se movem, escola, família e atores de aprendizagem e intervenção, e portanto no constante diálogo com todos, independentemente das suas condições socio-económicas. Isto pode parecer utópico, mas é muito inovador e meritório - sobretudo numa altura em que colapsam sem pudor as ajudas institucionais a quem mais necessita, justamente os que não se conseguem fazer ouvir.
Quais são as principais técnicas utilizadas no CADIn no tratamento deste problema? No caso das perturbações do espetro do autismo a intervenção precoce e cognitivo-comportamental, o ‘floor time’, o TEACCH, e a comunicação alternativa e aumentativa têm dado os melhores resultados. Os técnicos fizeram formação em diferentes abordagens, utilizando as mais adequadas para cada caso.
Parte da equipa do Cadin Em que idades geralmente se detetam estas perturbações? Quais são os primeiros sintomas de que a crianças tem um problema ao nível do desenvolvimento? Depende do problema. Tratando-se de uma perturbação grave da socialização, da família dos autismos, isso pode ser claro nos primeiros meses de vida, pela maneira como a criança (não) olha ou interage com a mãe e a família, por exemplo. Se se tratar de um problema de linguagem, só se poderá começar a pensar nisso quando, no decurso do crescimento, ela faltar. Perturbações da leitura e do cálculo, com uma conhecida determinação genética, não poderão ser detetadas normalmente antes dessas competências serem solicitadas nas tarefas escolares. Normalmente na primária, por vezes antes, raramente mais tarde. Mas há outras, como a angústia e a ansiedade, as dificuldades de brincar e de dormir, que podem ser detetadas mais cedo. Qual é a atitude que os pais devem adotar nestas situações? O CADIn, para além de dar informação aos pais
para que saibam lidar com o problema dos filhos, disponibiliza também algum tipo de apoio psicológico às famílias? Essa, pode dizer-se, foi uma das apostas mais importantes. Houve sempre a preocupação de chegar junto de todos os intervenientes no ambiente onde se encontra a criança ou jovem, família, escola, professores e técnicos, garantindo uma aproximação coerente nas diferentes circunstâncias. Qual é o perfil de uma criança autista? Quais são as principais causas na origem do autismo? Há muitos perfis e muitas maneiras de ser autista, com diferentes graus de gravidade e de prognóstico, e diferentes perspetivas de evoluir. Na maior parte dos casos estarão os genes, que todos nós podemos ter, mas que em algumas famílias surgem em ‘constelações’ particularmente patogénicas. Mas há imensos matizes, desde a criança que nunca falou até ao doutorado muito pouco sociável e com grande dificuldade em se ligar ao quotidiano!
Uma criança que tenha determinada perturbação no seu desenvolvimento naturalmente precisa de um acompanhamento sistemático e de recorrer a terapias cujos valores muitas vezes são dispendiosos. Falta apoio a nível nacional para estes casos? O que é que se sente nesta altura particularmente difícil para grande parte das famílias? Algumas perturbações devem ser tratadas cedo (como a dislexia) para serem resolvidas rapidamente e de forma, digamos, económica. Outras exigem intervenções muitas vezes demoradas de adequação sendo preciso intervir no jovem e no ambiente, como acontece nas diferentes formas de autismo. Tornar a família, sempre que possível, parte integrante da intervenção é fundamental. Mas faltam apoios, e é em alturas como estas que se nota mais.
Qual é o papel que o CADIn tenta desempenhar a este nível? O CADIn apoia, na medida do possível, as famílias mais carenciadas de pessoas com problemas de desenvolvimento. Para isso criou uma Bolsa Social que suporta as consultas e o acompanhamento de crianças cujas famílias não o podem pagar. E o CADIn é tão rigoroso no acompanhamento técnico quanto na preocupação em adquirir recursos para a Bolsa Social, que ajuda as famílias em situação de carência. LER NA INTEGRA EM WWW.PONTOSDEVISTA.PT
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Responsabilidade Social
Ricardo Lopes Ferro, Diretor do Bureau Veritas
“Uma política e prática de responsabilidade social é uma política e prática empresarial” Se, no passado, o conceito de responsabilidade social de uma empresa era visto como um ato de mecenato, hoje os contornos são bem diferentes. É uma área mais abrangente e desafiante, que envolve diversas partes interessadas. Colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade são quatro pratos de uma balança que deve estar sempre equilibrada, nunca deixando que os interesses de uns prejudiquem outros. Trata-se de um conceito de partilha de risco e benefício, cuja complexidade assume novos contornos e “tudo o que é mais complexo demora mais tempo a ser apreendido”. Esse reconhecimento é, para Ricardo Lopes Ferro, Diretor do Bureau Veritas, “o grande desafio da responsabilidade social”.
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ureau Veritas é já um nome incontornável a nível mundial na avaliação de conformidade e certificação. Atuando nas áreas da Qualidade, Saúde e Segurança, Ambiente e Responsabilidade Social, esta empresa presente em 140 países e que conta hoje com cerca de 60 mil colaboradores, assume-se como um parceiro ideal quando o objetivo é reduzir o risco e melhorar o desempenho com base num desenvolvimento sustentável. Num contexto de profunda e rápida mudança, muitos são os desafios que se colocam às empresas em geral. Assim, o conceito de responsabilidade social que fazia parte de uma comunidade na década de 70, é diferente do que vivemos hoje. As empresas têm uma responsabilidade social importante que deverá integrar preocupações sociais a nível pessoal e comunitário. Devem funcionar como verdadeiros promotores do desenvolvimento sustentável das sociedades onde estão integradas. Nesse sentido, no Bureau Veritas estão concentrados dois tipos de posicionamento ao nível da responsabilidade social. De um lado está tudo aquilo que a empresa faz do ponto de vista técnico no apoio ao desenvolvimento de normas e guias de boas práticas nesta área. “Neste ponto, há uma participação ativa do Bureau Veritas no organismo de normalização setorial em Portugal, temos presidência na comissão técnica que desenvolve normas portuguesas neste
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pedidos de ajuda são mais enfatizados. A nível ambiental, todas as atividades do grupo estão sintonizadas com um sistema de gestão ambiental certificado. Numa empresa virada para o Mundo, a velha máxima “Pensar Global, Agir Local” faz todo o sentido. “Procuramos em cada país onde estamos ser uma empresa nacional e integrarmo-nos o melhor possível na sociedade e nos seus atores, adaptando o desenvolvimento dos nossos produtos com as necessidades locais”, apontou Ricardo Lopes Ferro.
Ética na economia: um valor que se perdeu?
A 8ª edição da Semana da Responsabilidade Social, co-organizada pelo Bureau Veritas, teve como tema central de discussão um valor que deverá ser central na economia: “Ética na Economia: o caminho para construir confiança e fazer negócios”. Sobre a perda deste valor numa economia cada vez mais voltada para o lucro, Ricardo Lopes Ferro quer acreditar que chegará o momento em que a ética se sobreporá a outros valores menos dignos porque mesmo nos negócios a base está na confiança. “Quanto menos confiança houver, mais caros serão os custos de contexto. Se formos
Ricardo Lopes Ferro
âmbito e que traduz o ISO 26000 (Norma Internacional de Responsabilidade Social Empresarial) para Portugal e colaboramos ainda com o Grace (Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empre-
No passado havia uma noção de comunidade e de grande responsabilidade dos bons e maus atos praticados. Hoje, nas grandes urbes, os atos são quase incógnitos
sarial)”, explicou Ricardo Lopes Ferro, Diretor do Bureau Veritas em conversa com a Revista Pontos de Vista. Por outro lado, a empresa assume a nível interno um conjunto de práticas em prol do bem estar dos seus colaboradores. Essa preocupação traduz-se numa disponibilidade por parte da direção para com a sua equipa, numa tentativa de conciliar a vida profissional com a familiar. Em prol da comunidade, a empresa estimula um espírito de solidariedade entre todos, através de ações de recolha de sangue, havendo mesmo empresas do grupo com participações ativas em organizações não governamentais, sobretudo neste período do ano em que os
Principais dados sobre o Bureau Veritas Sendo hoje líder mundial em testes, inspeções e certificação, o Bureau Veritas surgiu em 1828 e propôs-se apoiar os seus clientes a enfrentar desafios decorrentes da qualidade, segurança, proteção ambiental e responsabilidade social. Mais do que cumprir normas e regulamentações, o Bureau Veritas, reconhecido e certificado mundialmente pelos principais organismos nacionais e internacionais, reduz riscos, melhora desempenhos e é promotor de um desenvolvimento sustentável.
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Quanto mais socialmente responsáveis forem as empresas, mais sustentáveis são e aqui falamos dos três pilares: económico, social e ambiental. Uma empresa tem de conseguir equilibrar a criação de valor entre todas as partes interessadas e é esse o conceito que deve presidir porque no momento em que uma empresa se mostra a favor de uns, tendencionalmente deixará de ser interessante para outros
todos éticos, estes custos baixam, o negócio é mais direto e não obriga ao envolvimento de tantos “agentes”. É simples. Para haver confiança tem de haver ética por parte dos interlocutores”, defendeu. Para o diretor do Bureau Veritas, a sociedade sofreu uma mudança social muito abrupta e o poder da palavra foi perdendo sentido, tal como descreveu Ricardo Lopes Ferro. “No passado havia uma noção de comunidade e de grande responsabilidade dos bons e maus atos praticados. Hoje, nas grandes urbes, os atos são quase incógnitos”, afirmou. A perda da força deste valor deve-se
“Ao sermos mais inovadores, teremos mais fatores de diferenciação, que nos levará a ganhar um posicionamento mais elevado num mercado que se espera mais global e para o qual poderão contar com o apoio do Bureau Veritas em todo o processo de internacionalização”
a dois principais fatores. Por um lado, “não há uma cultura educacional virada para a importância dos valores na atuação do indivíduo”. Por outro lado, “há uma enorme desresponsabilização das ações”. Por outras palavras, Ricardo Lopes Ferro acredita que o indivíduo, com base nas mensagens que recebe da sociedade, não é fortemente responsabilizado pelas suas opções. Tem que se recentrar a importância no “Ser” em detrimento do “Ter”. “Há 30 anos uma pessoa era respeitada por aquilo que era. Hoje é respeitada por aquilo que tem”, asseverou.
Perceção do consumidor
O impacto das práticas de responsabilidade social das empresas é notório, tanto quanto ao resultado financeiro para a organização como aos resultados para a comunidade. Mas, do lado do consumidor, este investimento é percebido? As preocupações sociais de uma empresa agregam, de facto, valor à imagem? Ricardo Lopes Ferro não hesita: “uma política e prática de responsabilidade social é uma política e prática empresarial”. Ouvindo as expetativas das partes interessadas, as políticas e as estratégias de uma empresa tentarão ir ao encontro
dessas mesmas expetativas. Daí que o consumidor valorize e perceba as práticas de responsabilidade social quanto mais elas forem orientadas para aquilo que ele espera. Com isso, a empresa aumenta a sua vantagem competitiva, atraindo um tipo de público que valoriza atitudes socialmente responsáveis no momento em que escolhe uma marca. Ricardo Lopes Ferro acredita que a apreensão do conceito de responsabilidade social terá tudo para que as empresas sejam mais competitivas e tenham mais sucesso. Mas trata-se de um sucesso sustentável porque estas práticas são a forma de operacionalizar o conceito de sustentabilidade de que tanto se fala. “Quanto mais socialmente responsáveis forem as empresas, mais
sustentáveis são e aqui falamos dos três pilares: económico, social e ambiental. Uma empresa tem de conseguir equilibrar a criação de valor entre todas as partes interessadas e é esse o conceito que deve presidir porque no momento em que uma empresa se mostra a favor de uns, tendencionalmente deixará de ser interessante para outros”, defendeu o responsável. Tendo como bandeira todo o trabalho em prol da responsabilidade social, continuará a ser objetivo do Bureau Veritas ser uma empresa fortemente implementada no território nacional que apoia os seus parceiros nos processos de internacionalização. Processo este que se centra num principal valor: confiança, a base de tudo, mesmo nos negócios.
Mensagem deixada por Ricardo Lopes Ferro “Apreendam o conceito de responsabilidade social do Século XXI que é preconizado pela ISO 26000. Atendam às expetativas das partes interessadas e, através de um diálogo coerente, regular e consistente, vamos ter muitas ideias para sermos mais inovadores. Ao sermos mais inovadores, teremos mais fatores de diferenciação, que nos levará a ganhar um posicionamento mais elevado num mercado que se espera mais global e para o qual poderão contar com o apoio do Bureau Veritas em todo o processo de internacionalização”.
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