Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. Suplemento distribuído em conjunto com o jornal Público a nível nacionale não pode ser vendido separadamente Março 2016 / EDIÇÃO Nº 53 - Periodicidade Mensal Venda por Assinatura - 4 Euros
Ana Cláudia Vaz Fundadora da Marca Adoro.Ser.Mulher, deu a sua perspetiva sobre as Mulheres e os Negócios
“Mais do que sucesso, queremos fazer a diferença no mundo e deixar um legado para a melhoria das condições de vida do local onde vivemos” MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
GASTRONOMIA DE EXCELÊNCIA
ESTATUTO PME EXCELÊNCIA
créditos: © diana quintela
GRUPO TAPER EM DESTAQUE
SOCI PONT EDADE O E A E VERDE CONO MI CIRC ULAR A
Adoro.Ser.Mulher é uma Comunidade de Networking que apoia e motiva o Empreendedorismo Feminino em Portugal, PALOP, Brasil e Comunidades de língua portuguesa. Conheça algumas das Empreendedoras que fazem desta comunidade um sucesso
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ESTATUTO PME EXCELÊNCIA | LABIALFARMA
CERTIFICAÇÃO ISO 27001 | APCER
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SOLUÇÕES | CESCE
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Índice DE TEMAS Em destaque Rosário Órfão
Presidente da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia SPA e o papel dos Anestesiologistas em Portugal
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MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO |JANSSEN
FICHA TÉCNICA Propriedade, Edição, Administração e Autor Horizonte de Palavras – Edições Unipessoal, Lda Administração – Redação – Depº Gráfico Rua Rei Ramiro 870, 5º A 4400 – 281 Vila Nova de Gaia Telefone +351 220 926 879 Outros contactos +351 220 926 877/78/79/80 E-mail: geral@pontosdevista.pt redacao@pontosdevista.pt www.pontosdevista.pt www.horizonte-de-palavras.pt www.facebook.com/pontosdevista
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Assinaturas Para assinar ligue +351 220 926 877 ou envie o seu pedido para Autor Horizonte de Palavras – Edições Unipessoal, Lda - Rua Rei Ramiro 870, 5º A, 4400 – 281 Vila Nova de Gaia E-mail: assinaturas@pontosdevista.com.pt Preço de capa: 4,00 euros (iva incluído a 6%) DIRETOR: Jorge Antunes Assinatura anual (11 edições): DIR. INFORMAÇÃO: Ricardo Andrade Portugal: 40 euros (iva incluído a 6%), PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS: Andreia Azevedo | Rita Duarte | Sara Gomes Europa: 65 euros, Resto do Mundo: 60 euros
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PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Jorge Cruz, Agente Oficial da Propriedade Industrial
O CÓDIGO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL DE 1995
1 = O Código de 1940 – nesta altura quási com oitenta anos – apesar de alguns erros, foi, talvez, o melhor Código que tivemos até hoje. Embora a Carta de Lei de 21 de maio de 1896 tenha representado um importantíssimo progresso na nossa legislação sobre propriedade industrial –nesta área foi a nossa primeira tentativa de codificação, aliás, bem sucedida – não há duvida de que o Código de 1940 beneficiou de um raro grupo de especialistas em propriedade industrial, bem conhecedores da matéria, que foi discutida com pormenor, o que naturalmente se refletiu na sua qualidade. E durante 40 anos não teve qualquer alteração, o que é um período de tempo demasiado longo para leis desta natureza, com evolução constante, que devem ser regularmente atualizadas.
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Essa atualização só se iniciou nos anos 80, com três importantes Decretos-lei : 176/80, de 30 de maio, 27/84 de 18 de janeiro e 40/87, de 27 de janeiro. No entanto, muitas das alterações então introduzidas no Código de 1940 eram pontuais e o Código necessitava de uma revisão geral. 2 = A revisão chegou – mas da pior forma : apareceu, em 1995, sem qualquer discussão com os meios interessados – designadamente a Indústria, os Agentes Oficiais da Propriedade Industrial e a Ordem dos Advogados – e, ao que parece, elaborado apenas por Funcionários do INPI, o que é manifestamente insuficiente.
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E a realidade é que o Código de 1995 foi talvez o pior de todos, de parceria com o Código de 2008, feito em condições muito parecidas.
b) O nº 2 do mesmo artigo, não permitia que se iniciasse a exploração da invenção antes de decorridos quatro anos sobre a data do pedido de patente; c) Previam-se licenças para exploração de invenções patenteadas por necessidades de exportação (artigo 106º); d) Sugeria-se a indicação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial para negociar uma licença contractual (artigo 111º); e) O artigo 121º previa a caducidade das patentes por falta de exploração industrial em território nacional; f ) Previa o registo da “marca de base” mas, para as registar, as empresas tinham de alterar os seus estatutos para a inserção de disposições relativas ao direito do uso da marca (artigo 178º); g) O conceito de imitação de marca registada (artigo 193º) ao introduzir o “ou” entre “confusão ou que compreenda um risco de associação” (que ainda hoje se mantém no Código de 2008), parece indicar que o “risco de associação” é independente do “risco de confusão”; h) Previa o registo de logótipos, que obrigatoriamente tinham de ter letras, ficando três direitos semelhantes (nomes e insígnias de estabelecimento e logótipos), o que é um autêntico exagero; i) Concedia ao agente ou representante autorização para registar a marca da empresa que representava, em condições que não podem encarar-se com seriedade.
Alguns dos erros do Código de 1995 eram realmente graves :
3 = O Decreto-Lei 16/95, de 24 de janeiro, que aprovou este Código, tinha um preâmbulo estranho, que indicava haver consciência do baixo nível que tinha:
a) O nº 1 do artigo 103º exigia a exploração industrial da invenção no território nacional;
Apesar de decorrido mais de meio século sobre a publicação do Código da Propriedade Industrial, aprovado pelo Decreto nº 30679, de 24 de
“Relativamente ao conceito de imitação de marca registada, também se piorou: não se corrigiu nenhum dos erros do Código de 1940 e acrescentou-se outro – que introduziu nova confusão no conceito, uma vez que a redacção relativa ao risco de associação não é clara.”
No entanto, o desenvolvimento tecnológico e a necessidade de adaptação a novos enquadramentos institucionais e económicos foram determinando, ao longo dos anos, a publicação de vários diplomas que introduziram modificações ao Código. …… Nos últimos anos, principalmente devido à adesão de Portugal à Comunidade Europeia e ao alargamento desta a países que com ela formavam o espaço económico europeu, e face ao acentuado desenvolvimento tecnológico e ao crescimento das atividades mercantis que se tem vindo a verificar, evidenciou-se também a necessidade de proceder a alterações mais profundas, designadamente em matéria de patentes e de marcas… …… Por outro lado, a conclusão do Acordo sobre os Aspetos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relativos ao Comércio (ADPIC), sob os auspícios do GATT, as recentes adesões de Portugal à Convenção de Munique sobre a patente europeia e ao Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), e a necessidade de transpor para o direito interno a Diretiva nº 89/104/CEE, de 21 de dezembro de 1989, tornaram mais prementes as alterações na legislação nacional. O presente diploma aponta nesse sentido, sem prejuízo de o Governo promover a imediata constituição de uma comissão de especialistas para acompanhar a sua aplicação e propor as alterações necessárias. 4 = É estranho que reconhecendo a “necessidade de proceder a alterações mais profundas, designadamente em matéria de patentes e de marcas”, tenha sido aprovado um Código que em nada podia contribuir para atingir esses objetivos. Aliás, ao prever, desde logo, a necessidade de nomear imediatamente uma Comissão de especialistas para acompanhar a aplicação e propor alterações ao novo Código, parece evidente que havia a noção de que este não satisfazia, minimamente, as necessidades do nosso País.
sem dúvida, outros elementos. 7 = Relativamente ao conceito de imitação de marca registada, também se piorou: não se corrigiu nenhum dos erros do Código de 1940 e acrescentou-se outro – que introduziu nova confusão no conceito, uma vez que a redação relativa ao risco de associação não é clara. Trata-se da alínea c) do nº1 do artigo 193º, do seguinte teor: “Tenham tal semelhança gráfica, figurativa ou fonética que induza facilmente o consumidor em erro ou confusão, ou que compreenda um risco de associação com a marca anteriormente registada, de forma que o consumidor não possa distinguir as duas marcas senão depois de exame atento ou confronto.” Na verdade, parece que o risco de associação nada tem a ver com o risco de confusão, originado pela semelhança das marcas, o que é grave. E o nº 2 do mesmo artigo foi mantido, com uma ligeira alteração redaccional, mas conservando a proteção do pacote ou invólucro sem necessidade de registo. Ao mesmo tempo, acrescentou às marcas notórias (artigo 190º) as marcas de prestígio (artigo 191º) – a que chama, erradamente, de “grande prestígio” – e exigindo, também, o pedido de registo das marcas notórias (mas não das de prestigio), para fazer oposição ao registo de marca que pretendesse imitar. 8 = O Código de 1995 tinha erros graves – tal como o de 2008 – que poderiam ter sido evitados se tivessem sido estudados e preparados por uma Comissão de especialistas em Propriedade Industrial, naturalmente – sem qualquer dúvida – também com a participação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Isto foi, aliás, o que sucedeu com o Código de 2003, como veremos oportunamente.
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agosto de 1940, em obediência aos princípios fundamentais estabelecidos na Lei nº 1972, de 21 de junho de 1938, pode dizer-se que este respondia ainda com eficácia às mais importantes necessidades nacionais e internacionais em matéria de proteção da propriedade industrial. ……
5 = Mas o mais estranho é que essa “Comissão para o Acompanhamento do Código da Propriedade Industrial”, foi criada por resolução do Conselho de Ministros da altura, em 27 de junho do mesmo ano, ou seja no próprio mês em que o novo Código entrou em vigor. 6 = Quem teria tomado a estranha iniciativa de criar uma Comissão para melhorar o Código?
Por outro lado, o Código tem disposições que dificilmente teriam sido sugeridas pelos Funcionários do Instituto Nacional da Propriedade Industrial que participaram na sua elaboração : portanto, a Comissão que elaborou o Projeto do Código também integrou,
9 março 2016
Não teria sido melhor nomear uma Comissão capaz de apresentar um Código em condições aceitáveis?
LIDERANÇA NO FEMININO
» O EMPREENDEDORISMO FEMININO
“queremos fazer a diferença no mundo” “Mais do que sucesso, queremos fazer a diferença no mundo e deixar um legado para a melhoria das condições de vida do local onde vivemos. Este foi um grande exemplo do nosso lema: #juntassomosmaisfortes”, afirma Ana Cláudia Vaz, Fundadora da marca Adoro.Ser.Mulher, em entrevista à Revista Pontos de Vista.
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abemos que a Adoro.Ser.Mulher é uma comunidade de networking que suporta e promove o empreendedorismo feminino em Portugal, PALOP, Brasil e Comunidades de Língua Portuguesa. Mas quem é hoje a Ana Cláudia Vaz? Alguém que encontrou o equilíbrio entre filhos, marido e a gestão de uma Comunidade Internacional ao lado de Mulheres fantásticas com quem tenho aprendido muito. Mas, principalmente, a nível profissional encontrei a paixão por partilhar, o que me traz uma motivação capaz de conquistar o mundo.
ANA CLÁUDIA VAZ
A comunidade assume como missão ser uma facilitadora da vida profissional da mulher. Nos tempos atuais, no outro prato da balança, o que tem dificultado o sucesso de uma mulher na promoção e desenvolvimento da sua carreira? Depende dos países, não podemos ignorar que fatores como a política, desigualdades sociais e não só, pesam nessa balança, e escrevo um ótimo exemplo de três países no meu artigo. No entanto, com curtas palavras, não generalizando e não direcionando só para as mulheres, essa dificuldade está dentro de cada um de nós. Se estivermos constantemente com medo de fazer e a dizer que não conseguimos, o mais provável é não conseguirmos mesmo. Agora, quando fazemos, devemos ser humildes para pedir ajuda, ajudar o próximo e afastar emoções negativas.
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Acredita que “não existe nenhuma pós-graduação capaz de superar a força de uma mulher que é empresária, empreendedora, encarregada de educação e conjugue”. Onde é que a Ana Cláudia encontra a sua força para conseguir conciliar várias funções? Começa pela paixão que encontrei neste projeto que me dá horas de felicidade e muita motivação, e também muito importante para a minha parte organizacional, é seguir religiosamente uma mágica folha de planificação semanal. Fazendo um balanço da sua vida profissional, é notório que tem crescido e conquistado o seu espaço de uma forma ímpar, como empresária, consultora de imagem, modelo. Ser mulher, em algum momento da sua carreira, foi um impeditivo ou colocou algum tipo de entrave à realização de um objetivo? Mais do que ser mulher, é termos um pouco de imagem. Mas isso nunca foi impeditivo de realizar seja o que for, porque sou bastante persistente. Agora, não estaria a ser sincera, se não dissesse que senti alguns projetos a não serem levados a sério. Compreendo que a beleza traga algum tipo de curiosidade, e infelizmen-
créditos: © diana quintela
Esta comunidade foi erguida tendo como base quatro pilares: destaque, motivação, vendas e contactos. Desconstruindo-os, o que é que cada um significa? São os caminhos essenciais para criar negócio e dinheiro, e falando francamente, dinheiro é também um fator muito importante para a nossa qualidade de vida, não é só, mas é importante.
te ainda existem alguns “cérebros” que acham que por se ter boa imagem, somos estúpidos. Celebrar efemérides como o Dia Internacional da Mulher é aplaudir os avanços conquistados no feminino a nível económico, social e político. Contudo, as estatísticas continuam a revelar dados preocupantes de desigualdades. No seu ponto de vista, por que é que estes dados continuam a ser tão alarmantes? O que falta fazer? Esses dados são verdadeiramente alarmantes para alguns países no mundo onde a mulher não tem valor nenhum, e é uma vergonha para os direitos humanos,
para todos nós, que só assistimos de longe e nada fazemos. Em outros países, penso que há mais reclamações do que ação. Estamos a entrar na era dourada do empreendedorismo feminino, e devemos aceitar com a maior felicidade do mundo e não confundir com desigualdades do género. O homem foi desde sempre educado para ser líder e empreendedor, tudo bem, foi assim a história, aceitamos. Agora é a nossa vez, em paralelo com eles, e temos que saber fazer as coisas. Aprender, ter mais formação, aproveitar todas as ferramentas fantásticas ao nosso dispor e sermos apoiadas. Não cair no individualismo e na demasiada independência. Falo por mim, que passei sete anos sozinha em
LIDERANÇA NO FEMININO
AGRADECIMENTOS Apoio à produção: Inspira Hotels, loja La Boheme, maquilhadores Alda Figueiredo, Daniela Homero, Rita Refoios, Susana Gomes e maquilhador coordenador Miguel Molena
OPINIÃO, Ana Cláudia Vaz | Fundadora Adoro.Ser.Mulher
A exaustão do Empreendedorismo feminino, do Empreendedor e da Liderança “Como pais, podemos e devemos preparar os nossos filhos masculinos a casar com uma empreendedora, e que isso será fantástico, porque um bom companheiro é um fator essencial para o sucesso profissional dessa mulher.”
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Reforçando que a mulher é muito emo nosso país, é usual as coisas preendedora em toda a parte do munboas tornarem-se tendências do, e considerando que estas mulheres até à exaustão. Mas esta, é têm várias coisas em comum, tal como, uma das mais saudáveis e a língua portuguesa, cultura, a femininecessárias, por isso, até que enfim! lidade e a vontade de fazer acontecer, Imagine que, se torna uma grande porque conseguem também ser tão tendência ir sempre votar, ou comprar diferentes? A mulher portuguesa, e mais produtos nacionais, ou, e fundaatenção que não estou nem posso mental, partilhar com o próximo, sem generalizar, tem todas as condições esperar algum retorno. O sítio onde políticas e sócio-culturais para arriscar vivemos, seria um local mais agradável, e lutar pelo seu sonho. Tem eventos, digo eu... Mas então, porquê tanta voz formações e muita informação ao seu sobre o empreendedorismo? dispor para se desenvolver. No entanto, os fatores criDe facto, a criação de pequenos negócios contribui NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT se e endividamento social, fizeram com que seja mais para impulsionar a inovação e aLER competitividade, desconfiada, um pouco individual, sobrecarregada mas também para a criação de emprego e estade tarefas familiares, e não só, o que leva a uma aubilidade política e social. A questão da criação de toestima menor. Em Cabo Verde, são demasiadamenempresas por parte das mulheres tem particular te empreendedoras, isto devido ao fator ilha pouco relevância social e económica para os países, não desenvolvida e limitada. Resultado, vários negócios só pelo potencial produtivo e criativo das mulheres, diferentes, e pouca satisfação profissional. mas também por razões de igualdade de oportunidades, dado que este grupo representa, claramente, Por outro lado são super mães, e muito femininas. uma minoria no contexto das economias globais. Respiram muito a desigualdade do género, tema À semelhança do que acontece noutros âmbitos sempre presente em qualquer conversa, provavelsociais e económicos, a presença feminina neste mente até com alguma razão, em que se culpa o domínio de atividade, é ainda inferior à presença homem ou o companheiro, ou até outra mulher. Ao masculina. Apesar disso, tem-se verificado um auserem assuntos demasiado explorados, qualquer comento do empreendedorismo feminino em vários municação ou desenvolvimento, morre. Já a mulher pontos do mundo. Mas ouvimos e lemos demasiacarioca, é empreendedora e trabalhadora ao mesmo das vezes estas palavras, e na prática, são poucos tempo. Não perde tempo com palavras como crise e os que se destacam como sendo verdadeiramente desistir, pois é algo que já está habituada, talvez por empreendedores. viver numa sociedade com graves problemas. Precisa sim, de orientação profissional e mais formação, e para nós foi uma surpresa saber que não Segundo Augusto Cury: existia muito networking feminino numa cidade tão “Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesgrande. Mas, o que me deixou feliz, é a capacidamo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesde de ser unida, partilhar e ajudar-se mutuamente, mo não tendo forças. É caminhar por lugares destalvez seja assim que consegue sobreviver a tanta conhecidos, mesmo sem bússola. É tomar decisões corrupção e desigualdade social. que ninguém toma. É ter consciência de que quem Não deixam de ser pontos de vista de análise muito vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esinteressantes. Isto para dizer que, a maior razão da deperar uma herança, mas construir uma história... sigualdade, seja do que for, está dentro de nós, dentro Quantos projetos deixou para trás? Quantas vezes da personalidade de cada um e do próprio desenvolos seus medos bloquearam os seus sonhos? Ser um vimento pessoal. Passa por escolhermos bem o comempreendedor não é esperar a felicidade acontecer, panheiro ideal, para nos apoiar durante a vida, e neste mas conquistá-la.” - Pergunto: Quantos amigos, ou caso, na carreira profissional. Em construir com visão até conhecidos, conhece com esta atitude? e originalidade. Em não cair na tentação de copiar ou É importante, portanto, perceber quais as especificiimitar. Em ajudar a construir e não a derrubar, e condades do empreendedorismo feminino que fazem trolar emoções, como a revolta e a inveja. com que seja um fenómeno de muito menor peso Voltando ao tema do empreendedorismo feminino, que o fenómeno masculino e, por outro lado, comnem todas as mulheres têm perfil e querem ser lídepreender quais os fatores que têm provocado o seu res. Muitas adoram ser donas de casa. Existe, e vão crescimento nos últimos tempos. Baseando-me na sempre existir diferenças entre o homem e a mulher, minha experiência como impulsionadora e organizaque podem ser bem divertidas e muito saudáveis. dora de eventos de networking internacionais, posso Mas como pais, podemos e devemos preparar os descrever a minha visão sobre três tipos de mulheres nossos filhos masculinos a vir a casar com uma emempreendedoras de países diferentes. A nossa Copreendedora, e que isso será fantástico, porque um munidade Internacional Adoro.Ser.Mulher, esteve o bom companheiro é um fator essencial para o suano passado (2015) na cidade da Praia – Cabo Verde, cesso profissional dessa mulher. ▪ Rio de Janeiro – Brasil, e claro, iniciou-se em Portugal.
11 MARÇO 2016
frente de uma mega estrutura, 12 horas diárias, e não tinha vida pessoal nenhuma. Tal como escrevi no meu artigo de opinião, o que falta fazer está na educação dos nossos filhos, prepara-los para serem empreendedores, escolherem bem os companheiros para a vida e também aceitarem o próximo. Não há nada melhor do que sermos apoiados pela família. O seu “core business” é a consultoria de imagem, os workshops e os eventos empresariais. A verdade é que cada vez mais a imagem assume-se na sociedade atual e no seio das empresas como um fator decisivo para o sucesso pessoal e profissional. Existe um momento ideal para se recorrer a um consultor de imagem? Isso seria estar a dizer o mesmo que só quando queremos ter sucesso é que recorremos a um profissional, ou seja, por outras palavras, quando as coisas estão caóticas é que pedimos ajuda. Devemos ter autoestima suficiente para gostarmos de nós ao ponto de querermos melhorar a nossa imagem. Somos diferentes uns dos outros, uns mais tímidos, outros mais arrojados, e recorrer a um consultor de imagem é uma viagem de autoconhecimento que vai ajudar no crescimento pessoal, e a partir daí tudo o resto vem. Amor, trabalho, dinheiro. Sim, faz diferença aos olhos da sociedade, não uma pessoa que veste roupas caríssimas, mas uma pessoa que sabe estar e espalhar charme, com educação. Portanto, não existe um momento especial para aprender com um consultor de imagem, a não ser que sinta que foi várias vezes prejudicado por causa da sua má imagem. Num futuro certamente marcado pela contínua voz desta comunidade em prol do sexo feminino, que objetivos pretendem ver concretizados no decorrer deste ano? Para já vamos ter Gestoras Independentes em mais cinco cidades diferentes. Restruturamos a nova loja on-line “Let´s Brand Together”, um projeto desenhado para ajudar as empreendedoras a vender, e pode ser encontrado na rede, na nossa APP e em todas as páginas do Facebook, e estamos a lançar um cartão ASM. Um universo feminino num só sitio (cartão) concebido para fortalecer a economia interna na nossa rede e fidelizar clientes para estas mulheres todas, não só em Portugal, mas em todos os outros países onde a comunidade já está presente. Por fim, paralelamente aos eventos de networking, estamos também a apostar em workshops de autoestima e valorização pessoal, a base do sucesso. De uma empreendedora para várias empreendedoras que estarão a ler esta entrevista, que mensagem quer deixar? Por outro lado, para as “suas” empreendedoras de um modo particular, para todas as mulheres que integram esta comunidade, o que tem a dizer? Para as empreendedoras que fizeram parte desta edição, muito obrigada por fazerem acontecer. Mais do que sucesso, queremos fazer a diferença no mundo e deixar um legado para a melhoria das condições de vida do local onde vivemos. Este foi um grande exemplo do nosso lema: #juntassomosmaisfortes. Para as restantes mulheres da rede e não só, muito obrigada também por estarem desse lado, sei que um dia vão juntar-se a nós de uma forma mais ativa. Cada uma a seu tempo e à sua maneira, e não há nada de errado nisso. Informem-se, ajudem-se umas às outras, não tenham medo de arriscar! O Adoro.Ser.Mulher estará aqui para apoiar. Por fim, obrigada aos parceiros que estiveram connosco na sessão fotográfica. ▪
LIDERANÇA NO FEMININO
» La Boheme - Uma Forma de Arte
Fazer arte através da moda A La Bohême é uma botique que pretende oferecer às suas clientes o melhor atendimento personalizado e mostrar que o aconselhamento profissional faz toda a diferença no bem vestir. Rita Carmo Ferreira, Consultora de Imagem e Fundadora deste espaço, tem como objetivo provar que a moda é uma forma de arte e que o nosso guarda-roupa deve expressar a nossa personalidade e não apenas as tendências do momento.
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ulher versátil, com o coração dividido entre a biologia, o ensino, a gestão e a moda, optou por não “optar” e hoje vive intensamente esses vários mundos. Diz que se apaixonou pela moda quando a sua avó a ensinou a costurar, a fazer crochet, tricot, arraiolos e muitas outras artes manuais. O que traz desses momentos e de que modo essa fase da descoberta permitiu aventurar-se no mundo da moda? Eu apaixonei-me, de facto, pela moda quando a minha avó me ensinou as artes e ofícios de antigamente. E este foi um ponto importante na minha vida, porque, como nunca segui as tendências da moda e sempre tive um estilo alternativo, utilizava estas artes para adaptar as peças que comprava. Por outro lado, o crochet, o tricot, o arraiolos, entre outras artes manuais, sempre foram um grande interesse. Quando fui para a Alemanha como investigadora para os laboratórios da Roche Diagnostics, o inverno rigoroso não permitia uma vida social muito ativa durante a semana. Portanto, mais uma vez, as artes manuais eram uma grande ajuda e companhia. Por isso, e apesar de academicamente ter seguido biologia e de ainda hoje estar ligada à microbiologia e à saúde, como docente na Universidade Católica, e como Diretora-Executiva de um grupo de laboratórios, a moda era um caminho inevitável.
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O que promoveu a abertura desta botique em dezembro de 2015, um espaço cujas coleções primam pelo bom gosto, elegância e design requintado? Apesar de me encontrar profissionalmente ligada à gestão em saúdemedicina, tinha interesse em iniciar um outro projeto em paralelo. Por coincidência, o meu marido está ligado à área da oncologia, atráves da representação em Portugal, da Christine Headwear, uma linha de acessórios (lenços e turbantes) que são pensados e criados com o intuito de ajudar as mulheres a ultrapassar uma fase díficil das suas vidas. Com base nesta ideia, abrimos um showroom. A parceria com a Christine na idealização e criação de catálogos para a divulgação destes lenços permitiu que o showroom tomasse uma maior dimensão e fossem incluídas peças de vestuário. Mas o que promoveu a abertura da botique foi a parceria com a Luisa Spagnoli, uma marca italiana carregada de história, com qualidade e design requintado. Em 2015, fui a Itália visitá-los, apresentei o projeto da La Bohême e adoraram. Ficou então decidido que iria representar esta marca em Portugal Foi um sonho tornado realidade, porque, mesmo antes de pensar em seguir por esta via, a Luisa Spagnoli era uma marca que sempre me encantou. Assim, em dezembro do mesmo ano abri a La Bohême, um espaço amplo, mas intimista, porque, acima de tudo, queríamos que a roupa tivesse espaço para respirar e poder ser devidamente apreciada..
RITA CARMO FERREIRA
Como define o vestuário e acessórios que apresentam na loja, provenientes das mais sofisticadas marcas nacionais e internacionais? Qual é o target pensado para as coleções que apresentam? Além da Luisa Spagnoli, temos peças de diferentes marcas europeias, de elevada qualidade e requinte, que ainda não possuam visibilidade em Portugal. O que procuro nas coleções que escolho é elegância, requinte, conforto e qualidade. Pretendo, igualmente, que as peças que as clientes encontram na La Bohême sejam usadas ‘à la longue’ e que atravessem gerações, que ditem, mais do que a tendência, um estilo. Porque a moda é uma extensão da arte e o que eu visto deve ser uma extensão de mim. Contudo, o mais importante na escolha das peças é a sua aplicação. Cada peça tem de permitir, pelo menos, três utilizações distintas, um macacão, por exemplo, deve poder usar-se num casamento com um salto alto, numa reunião com um blazer e num dia de descanso com umas sabrinas. Esta vertente, mais direcionada para a consultoria de imagem, é muito interessante, porque posso ajudar as minhas clientes a utilizar uma mesma peça em diferentes contextos e tem a grande mais-valia de lhes permitir comprar peças que deixam de ser uma despesa e passam a ser um investimento. O atendimento personalizado é uma característica muito particular da La Bohême. Podemos afirmar que, além das coleções de requinte presentes na botique, este é um motivo de distinção do vosso projeto face a outras marcas no mesmo segmento de mercado? Pretendo que o serviço que prestamos na La Bohême seja o mais completo possível. Temos consultores de imagem na frente de loja e penso que este é um conceito inovador. Todas as mulheres têm as suas inseguranças e pontos que querem realçar ou disfarçar e nós temos as condições para poder ajudar as nossas clientes a tomar decisões mais adequadas. Temos igualmente outros serviços que permitem apoiar integralmente quem nos procura. Adaptamos os estilos próprios das clientes ao seu ambiente
empresarial, renovamos completamente guarda-roupas, para clientes com horários mais complexos temos atendimento pós-laboral, seja na empresa, em casa ou na nossa loja. Este serviço vem suprimir a ideia preconcebida de que o atendimento ao público em horários incomuns está integrado apenas no mercado de luxo. Prestamos ainda o serviço de mix & match, que permite às clientes trazerem peças que já não usam, mas que gostariam de voltar a colocar no seu guarda-roupa habitual. Nós tentamos compreender o motivo que levou a que aquela peça deixasse de ser utilizada. Podemos alterar o corte, acrescentar um apontamento ou aconselhar vestuário que combine bem com essa peça. Todas estas áreas permitem uma maior profissionalização no atendimento ao público. Abrimos a loja recentemente, mas já sentimos o resultado deste serviço tão personalizado. No futuro pretende que a La Bohême seja um veículo de comunicação das distintas formas de arte. Como pretendem atingir este objetivo? Que outros projetos têm delineados? O facto de termos uma loja ampla permitirá criar aqui um espaço de comunicação entre moda e arte. Neste sentido, temos idealizados encontros e workshops relacionados com as diferentes formas de arte: pintura, fotografia, literatura e, obviamente, a moda. Neste contexto, serão organizados encontros que permitam dar a conhecer a história da moda e das suas personalidades mais marcantes. Considero importante utilizar o nosso espaço não para o transformar numa galeria de arte, mas para mostrar o verdadeiro conceito de arte, nas suas mais distintas configurações e criar uma maior proximidade com as nossas clientes. Importa ainda referir, no âmbito dos projetos a realizar no futuro, que temos a intenção de realizar o lançamento de novas coleções antecipadamente para as clientes que, em conjunto com a nossa equipa, têm vindo a acompanhar o percurso da La Bohême. ▪
La Bohême: Av. Casal Ribeiro 44B 1000-093 Lisboa Tel. 218 516 368 www.laboheme.pt www.facebook.com/labohemestyle
LIDERANÇA NO FEMININO OPINIÃO, DENISE FERRANDINI, PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA
CONQUISTAR A BELEZA E JUVENTUDE A busca pela beleza e juventude é uma característica básica da cultura contemporânea. Todos, homens e mulheres, querem ser jovens, belos e saudáveis para se divertir mais e mais, como se a vida fosse um grande parque de diversões.
Dina Aguiar, mulher, jornalista, pintora, empresária. Talvez por esta fusão motivadora tenha sido convidada, em 2015, para ser embaixadora da comunidade Adoro.Ser.Mulher. Ou talvez este desafio lhe tenha sido colocado pela sua postura perante a vida.
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om uma humildade intrínseca, assume ser, por vezes, mais inexperiente a nível empresarial do que as restantes mulheres empreendedoras que compõem a comunidade. Apesar de ter constituído uma empresa no passado, que entretanto optou por fechar, e atualmente estar ligada ao mundo dos vinhos “para dar continuidade ao percurso do meu pai”, tendo já uma marca própria para a comercialização dos vinhos DA, Dina Aguiar, segundo explica a jornalista à Revista Pontos de Vista. Contudo, a harmonia que mantém consigo e com o próximo, a energia de que se faz rodear e a atitude positiva com que encara os diferentes momentos da vida são aspetos que, provavelmente, conferem um maior apoio do que qualquer conselho empresarial. Acredita que o amor e a solidariedade são os grandes motores de desenvolvimento humano e social e apenas assim é possível seguir percursos bem-sucedidos. Gosta de incentivar as pessoas a sonhar, mas não faz projetos a longo pra-
zo, vive “um dia de cada vez”. Os sonhos devem existir, sim, como meio de atingir a felicidade plena e nunca como motivação para a ambição e atitudes negativas no ambiente laboral. E admite que talvez seja esse o segredo da sua longevidade na televisão, um mundo fortemente concorrencial, mas que em nada constrangeu a jornalista com mais anos de ‘antena’ na RTP. A sua experiência de 38 anos como jornalista é, na sua opinião, uma questão que poderá utilizar para benefício da comunidade Adoro.Ser.Mulher. O seu lado de comunicadora permitir-lhe-á “conceder força, ouvir as pessoas e incentivá-las”. O Portugal em Direto, programa televisivo que apresenta atualmente, possibilita ainda um foco em “exemplos positivos”, que poderão ser incentivos para todas as mulheres. No ceio da comunidade, continuará a ser uma fonte de incentivo e uma presença assídua nas diferentes atividades organizadas pelas várias mulheres que compõem este grupo de networking e entreajuda empresarial. ▪
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preciso ser belo e jovem para viver! A busca da beleza e juventude torna-se então uma obsessão! E obsessão, não é a maneira mais saudável para atingir um objetivo que, antes de tudo, está relacionado de forma intensa e visceral com a saúde física e mental, com a qualidade de vida, com o bem-estar, com a paz e a afetividade. Logo, uma busca obsessiva pelo belo e jovem pode não ser nada saudável. Menos saudável ainda é cair no outro extremo: largar-se à erosão do tempo, dos hábitos nocivos, das forças negativas que muitas vezes passa a ser um caminho sem volta. Condutas sensatas, firmes, constantes, disciplina nos hábitos de higiene com os cuidados da face e do corpo previnem o envelhecimento precoce. Cuidar-se e permitir que o profissional de estética trate de si de forma adequada, para que possa enfrentar de maneira eficaz e segura inimigos atrozes como rugas, manchas, flacidez, gordura localizada, celulite, queda de cabelo.... Sem perder bom senso, bom humor e a determinação. Facilmente perde-se o foco e neste momento põe-se tudo a perder. A arte de cuidar-se requer muita sabedoria, autoestima elevada, e claro, recomendações precisas dos profissionais de estética sobre os tratamentos mais adequados e avançados para cada caso específico. Tudo muito pessoal e intransferível,
porque cada um é como cada qual! Os cuidados começam com a busca de uma vida regrada por meio de boa alimentação, ingestão de água, alguma prática de exercício e principalmente bem-estar emocional, e aí temos meio caminho andado. A alta tecnologia, os avanços da ciência e da estética são poderosos aliados, desde que bem direcionados e aplicados de forma correta e no momento certo. Hoje contamos com inúmeros tratamentos aliados a melhor tecnologia: Rádio Frequência, Lazer, Microcorrentes, Cavitação, Eleroestimulação entre outros, para minimizar e corrigir a ação do tempo sobre o corpo e rosto. Associa-se a essas tecnologias produtos de altíssima qualidade, e há pouco tempo o surgimento da Nanotecnologia, com suas moléculas tão pequenas, sendo possível levar os ativos dos produtos em maior profundidade para resultados de excelência. Procedimentos como Peelings, estimula as fibras elásticas e renova a pele deixando-a viçosa e pronta para receber os tratamentos. São muitas as possibilidades e combinações de tratamentos de forma a personalizar um protocolo para cada cliente dentro de sua necessidade. Assim, de forma natural, e com cuidados profissionais, a beleza e a jovialidade consolidam-se, como resultado de uma vida boa e bem cuidada. ▪
13 MARÇO 2016
Dina Aguiar como embaixadora uma escolha de peso
LIDERANÇA NO FEMININO
ANA PAULA VARELA
Histórias
de sucesso e superação
créditos: © TITO CACAIS
Ana Paula Varela, Fundadora do blog Tea Time With Paula, aborda o crescimento do seu blog.
Opinião, Ana Guerreiro, Designer da Alzuleycha e Filipa Martins, Designer da Creative Factory, Criadoras do projecto ANDANA
Projeto ANDANA – Inspire-se A criação do projeto ANDANA é uma cooperação da Designer de interiores Ana GUERREIRO, da ALZULEYCHA, e da Designer Industrial Filipa MARTINS, da CREATIVE FACTORY, que juntaram os seus conhecimentos técnicos e criativos para criar acessórios de moda inspirados na cultura portuguesa.
pontos de vista
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CREATIVE FACTORY - Escola Ateliê, é o projeto da Designer Filipa Martins que consiste em ensinar a arte de costurar e de criar peças exclusivas em paralelismo com algumas vertentes do Design. A Creative Factory destina-se a todos os que tenham o gosto e o interesse por atividades criativas. Na CREATIVE FACTORY os formandos adquirem todas as ferramentas para a criação do seu próprio negócio ou marca. A ALZULEYCHA é um projeto da Designer Ana Guerreiro que surgiu da observação dos pormenores da arquitetura e uma tentativa de tornar esses pormenores em peças de arte dentro das nossas casas. A ALZULEYCHA desenha e vende acessórios de decoração inspirados na cultura e arquitetura Portuguesas. O projeto ANDANA, é uma sinergia
que nasceu do gosto comum das Designers pela cultura e tradição portuguesa. O projeto pretende rejuvenescer as artes tradicionais e dar a conhecer as tradições esquecidas. O nome da marca provém de uma expressão típica de uma região de Portugal, cujo significado é trajes estranhos, ou quando se conjuga materiais ou estampagens que no seu entender não combinam. A palavra ANDANA também vai buscar os nossos primeiros nomes das duas designers, ANA. Os artigos da ANDANA inspiram-se em peças e pormenores culturais do tempo dos avós e pais das designers, interligando materiais regionais com modernos e peças artesanais com Design. ▪ Facebook: https://www.facebook.com/Andana
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blog Tea Time With Paula tem já um significativo número de seguidores, que acompanham atentamente os conselhos de beleza, alimentação e saúde que aí são partilhados. Porque motivo surgiu este quase diário feminino? Como caracteriza o percurso do blog? O blogue surgiu na sequência da minha perda de peso, 28 Kg no total, e na necessidade de transmitir informação às minhas amigas que queriam saber como o tinha feito. Tudo começou por aí, uma partilha de informações entre amigas. Mas comecei a reparar que não era apenas este pequeno grupo de mulheres mas eramos um número enorme de mulheres que lutavam contra a perda de peso e tínhamos esta necessidade de nos motivarmos umas às outras. No início o blogue estava muito centrado no percurso da perda de peso mas há medida que fui fazendo este percurso fui adicionando outras áreas como a beleza e a moda porque apesar de não serem ditas são essenciais para quem está a perder peso e por norma não se encontra essas informações no mercado. Para mim, foi mais uma oportunidade de expandir o meu blogue e reunir um maior número de informações que as mulheres precisam de saber. O blogue tem tido um percurso muito inspirador para mim e para as minhas seguidoras, pois quando comecei esta caminhada estava desempregada (possuo um mestrado em Engenharia Química) e não possuía recursos financeiros para perder peso. Então, foi mostrar a mim
mesma e a outras mulheres que mesmo não tendo dinheiro para os alimentos ligth (normalmente mais caros) e nem para o ginásio, ainda assim podemos perder peso utilizando os recursos que temos ao nosso redor. Em relação á moda, sempre tive um enorme gosto mas nunca a desenvolvi devido aos meus complexos e medos mas após vencê-los, e digo de passagem vence-los não foi apenas perder peso mas amar-me e aceitar-me do jeito que sou, comecei a desenvolver mais o meu estilo pessoal através do blogue e a partilhar com as minhas seguidoras as dificuldades de vestir um novo corpo. De que modo tocam a sociedade feminina e promovem um estilo de vida contemporâneo, longe das discriminações e preconceitos do passado? O público-alvo é a mulher moderna porque a mulher atualmente possui um acumular de funções (mãe, filha, colaboradora ou empresária, dona de casa, esposa) e muitas das vezes se deixa para o fim. Principalmente neste período de crise económica em que se teve de reajustar as finanças familiares, a mulher para proporcionar o bem-estar da sua família, deixa muitas vezes de cuidar de si (muitas acreditam que é ser egoísta gastar dinheiro consigo). O meu blog pretende mostrar que com ou sem grandes recursos financeiros ainda assim podemos ter uma vida saudável e cuidar de nós a todos os níveis. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
LIDERANÇA NO FEMININO
“…pequenos detalhes marcam a diferença…”
Opinião, Filomena Antão, Administradora da Aromas Reais Gourmet
A Akcesora nasceu da paixão de Cátia Ruela pelos detalhes. Mais do que acessórios e peças de autor, a Akcesora oferece a possibilidade de criação de peças à medida, colmatando assim a falta no mercado de criações personalizadas no setor dos acessórios.
Aromas Reais Gourmet - Conheça As boas recordações da nossa infância trazem-nos à memória as refeições carinhosamente preparadas pela avozinha, e que só ela sabia fazer, o sabor e o aroma apetitosos da broa acabada de sair do forno de lenha, prontinha para ser barrada com manteiga ou molhada no azeite com aquele cheiro tão caraterístico dos lagares das nossas aldeias…
pequenos detalhes marcam a diferença
by Cátia Ruela
LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
Cátia Ruela, Administradora da Akcesora
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facto de se tratarem de peças elaboradas artesanalmente, permite a escolha de acabamentos, materiais e detalhes, em suma: criamos personalizando! O segmento Akcesora Bride surgiu naturalmente e acabou por se tornar um foco. Aqui segue-se o mesmo ditame da personalização, pois tão importante quanto o vestido de sonho são os acessórios que o complementam, assim adequamos as criações ao gosto e estilo do evento a que destinam. Para além dos acessórios femininos para noiva, mãe e madrinha, a Akcesora desenvolve criações ao nível dos complementos para eventos, como bouquets eternos, porta-alianças, marcadores de mesa e placards, livros de honra, velas de batismo e lembranças. Tudo para que tenha detalhes únicos que marquem a diferença! Para 2016, a Akcesora apresenta cria-
ções que vão ao encontro das tendências românticas com apontamentos vintage, na coleção “nimphe” com inspiração nas mulheres que não receiam mostrar o seu brilho e também nos tecidos rendados e na filigrana tradicional portuguesa, atualizadas em peças delicadas e intrincadas. O futuro da Akcesora tem por ambição alargar o leque de clientes fora de Portugal bem como estabelecer parcerias com profissionais no setor dos casamentos e batismos, e no setor da moda feminina. Tem um evento especial, procura uma peça única e não encontra, venha desafiar-nos a criar uma peça ou conheça as opções base; quer tenha uma ideia pré-concebida, ou não, teremos muito gosto em aceder ao seu pedido! ▪ Visite-nos em:
www.akcesora.com ou www.facebook.com/Akcesora.cr
coberta que visitámos as respetivas instalações e procurámos conhecer, pormenorizadamente, a composição dos respetivos produtos, dando sempre oportunidade, e, por vezes, exclusividade, a novos produtores e fornecedores, apesar da fidelização a outros já com provas dadas no mercado nacional, na vertente gourmet em especial. De entre os mais variados produtos que podem ser encontrados em Campolide, no espaço comercial da Aromas Reais GOURMET, o qual, embora pequeno, está muito preenchido, destacam-se os seguintes: azeite, ex-libris nacional, mel de diversas proveniências, vinhos, queijos, fumeiros, flor de sal, licores, compotas, chás, biscoitos, doçaria variada e, ainda, apelativos cestinhos, caixinhas e cabazes para levar as compras num embrulho apetecível. Os bens comercializados pela Aromas Reais GOURMET são produzidos de forma artesanal e sustentada e pretendem satisfazer as exigências de consumidores requintados e sofisticados, bem como despertar, nos mais curiosos e afoitos, a vontade de experimentar novos e memoráveis sabores. Costumamos disponibilizar alguns produtos para degustação e, sazonalmente, organizamos eventos para apresentação e divulgação de novas marcas e experiências. A Aromas Reais GOURMET é um mundo de aromas e sabores, escondido numa ruazinha de bairro, e está de portas abertas para Vos receber, pois só se os olhos virem é que o coração sente!... ▪
15 MARÇO 2016
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Aromas Reais GOURMET, surgiu com o objetivo de fazer renascer os aromas e sabores campestres, caseirinhos e nacionais, que nos são tão queridos, e, sobretudo, de os pôr à mão de semear daqueles que habitam na cidade, de modo a que, sem fugir da rotina diária, agitada e stressante, passem a ter ao seu alcance, com a calma necessária para disfrutar, as experiências gastronómicas da infância. Com vista a proporcionar momentos dignos de memória, a Aromas Reais GOURMET aposta em selecionar, criteriosamente, uma vasta e variada gama de bons produtos com origem no passado, dando-lhes um toque atual e para o futuro, bem como em divulgar fusões inovadoras de sabores e aromas, temperando-as com uma pitada de história e tradição. Esta empresa é estritamente familiar e dedica-se à comercialização de bens alimentares e outros produtos artesanais exclusivamente nacionais, tendo, igualmente, uma pequena produção própria de alguns desses produtos, sob a égide de duas marcas registadas: Aromas Reais e AZ&MEL Gourmet. A qualidade e a autenticidade dos produtos da Aromas Reais GOURMET, oriundos de todas as regiões do país, surge de uma prospeção de mercado, in loco, já que, para proporcionar sabores e aromas únicos, especiais, e algo inovadores, resolvemos ir ao encontro dos produtores locais e artesanais. Assim, foi com um espírito de partir à des-
LIDERANÇA NO FEMININO Candida Campos, Criadora da Jasmim Colorido
O sucesso com a LIDERANÇA NO FEMININO Em 1999, Candida Campos escolheu para seu percurso de vida profissional algo que realmente a fazia sentir-se totalmente preenchida.
OPINIÃO, Carla Gomes - Carla Gomes - Avaliações/Consultoria/Coaching
É SER MULHER…É SER!!!! Nem todas as histórias começam por “Era uma vez”…esta que me proponho partilhar, começa por “Foram muitas vezes”…muitas mesmo…tantas que quase lhes perdi a conta.
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oram vezes em que ousei contrariar as vozes que me tentaram derrubar porque sou mulher. Foram vezes que por ser mulher quis ser apenas frágil e ceder ao estereótipo que me tentavam impor. Foram vezes que teria sido tão mais fácil parecer do que ser… mas foram sobretudo muitas as vezes em que me ergui, sobrevivi e segui em frente num caminho que reputo de vitorioso tais as sementes que lancei e tais os frutos que vou colhendo, apesar das pedras e dos solavancos. E foi em mais uma dessas vezes, a mais recente e quiçá a mais dolorosa pelo sabor a injustiça e pelas perdas que se lhe seguiram, que em vez de afastar as pedras do caminho ousei recolhê-las e moldá-las por forma a construir algo novo, algo meu, com a minha marca e a força dos valores que defendo – Humildade, Verdade, Honestidade, Determinação. Assim nasceu o projeto “Carla Gomes – Avaliações, Consultoria, Coaching”, uma marca registada a quem o meu nome empresta todos os valores que me distinguem e pelos quais sou reconhecida e onde a experiência e a paixão se tocam e se fundem.
Na verdade, os anos de experiência na área das avaliações e da direção de empresas, permitiram-me desenvolver competências de liderança de equipas que conjugadas com outras apetências e no tempo próprio, no meu tempo, fizeram despertar uma paixão … a paixão pelo Coaching ( e que paixão!!!!). A “Carla Gomes – Avaliações, Consultoria, Coaching”, presta serviços em avaliações, rústicas e urbanas, peritagens judiciais em sede de expropriações e outras, consultoria geral em todo o processo de expropriações, na regularização de documentos de titularidade de terrenos e outras consultorias técnicas. Certificada pela ICC – International Coaching Community, Carla Gomes, propõe-se facilitar processos de desenvolvimento pessoal e profissional, através de sessões de Coaching, individuais ou de equipas, em contexto pessoal ou empresarial, para além de promover conferências e apresentações sobre o tema. A “Carla Gomes – Avaliações, Consultoria, Coaching” é, indubitavelmente, um renascer, um não aceitar parar, um acreditar, …é ser capaz, é ser determinada, é ser profissional……..em suma…….É SER MULHER…É SER!!!! ▪
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oi por isso que deixou um mundo de gabinetes políticos no Governo de Portugal e decidiu criar a JASMIM COLORIDO CATERING E VENDING, LDª para eventos de media e grande dimensão nacional. Após cinco anos, desenvolve na empresa a área do Vending, encontrando pontos de localização para a sua atividade em grandes instituições nacionais de saúde pública e privada, assim como organismos oficiais de atendimento ao público. Mais recentemente, Candida Campos alarga os seus horizontes de empresária e decide criar, em 2015, uma empresa de comunicação e produção audiovisual, a DONE! Comunicação. Os vários eventos que organizou e liderou e a maior proximidade com o público foram os mais fortes argumentos que encontrou para a criação desta empresa quando se questionava a si própria em que nova área empresarial se deveria empenhar. Assim, após mais de 16 anos em catering e vending, a sua garra de mulher empreendedora leva-a a aceitar, de novo, um grande desafio de vida, o qual também se determinou a vencer. Logo no primeiro ano de atividade, a DONE! Comunicação assume funções de assessoria de comunicação em organismo oficial estatal, cria inovadoras produções audiovisuais para Museus e inicia ações de formação técnica e de conteúdos em rádio, numa instituição nacional de educação. Focada na produção audiovisual, a
DONE! congrega múltiplas vertentes no setor da comunicação, podendo prestar uma larga gama de serviços: vídeo, áudio, formação e assessoria, entre muitos outros que são devidamente explicados no site da empresa em donecomunicacao.com. Para além do universo profissional especializado e uma colaboração ativa com estações de televisão e rádio, a DONE! Comunicação pretende dirigir também a sua visão criativa e capacidade de inovação para o mercado dos particulares e da web. Os serviços apostam na rapidez, eficácia e criatividade de execução e das necessidades de comunicação na era global. Candida Campos reconhece-se grata pelos reflexos que tem recebido dos clientes desta sua nova aposta empresarial: “Trabalhar com a DONE! foi uma experiência muito agradável. Após um curto briefing inicial começámos a filmar e tudo fluiu! Creio que isso revela o nosso grande à vontade, alicerçado na confiança que nos transmitiram. O resultado final correspondeu 100% ao esperado!” Por característica pessoal que a fez enfrentar mais este novo desafio empresarial aos 66 anos de idade, Candida Campos acredita que o seu sucesso está no espírito de equipa e na qualidade profissional do grupo de pessoas que faz a DONE! Comunicação. A empresária diz que é grata pela liberdade de ação e criatividade de todos que, na sua equipa, a ajudam a alcançar o sucesso com a LIDERANÇA NO FEMININO. ▪
LIDERANÇA NO FEMININO
Hermesel – Parceira de Sucesso Rodeada de palavras e de significados, num amor e numa paixão por línguas e culturas que a têm acompanhado desde criança, lançou-se na indústria da tradução há 22 anos, sendo o forte know-how linguístico, os conhecimentos técnicos que tangencia e a entrega que coloca nos projetos o segredo deste sonho em criar uma empresa na área e impor-se no mercado mundial. PATRÍCIA CARDOSO FERREIRA, MANAGING PARTNER DA HERMESEL
Ao Encontro de Elena Martinis
LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
ELENA MARTINIS é brasileira, mora na cidade do Rio de Janeiro e tem duas filhas adolescentes. Pesquisadora, Consultora, Escritora e Palestrante na área de Empreendedorismo Feminino, Elena tem acompanhado, através das suas pesquisas, as conquistas das mulheres na área de negócios. É fato conhecido que as mulheres brasileiras têm conquistado muitos avanços na área do empreendedorismo, e, nos últimos anos, abriram mais novas empresas do que os homens. Hoje já são líderes de 1/3 das empresas no país. No entanto, quando falamos em funções de altos cargos em empresas de grande dimensão, as brasileiras ainda são uma minoria. Nesta área, temos ainda muito a conquistar. É com o objetivo de incentivar as mulheres na área do empreendedorismo, desde pequenas até em grandes empresas, que Elena Martinis trabalha. Através de suas pesquisas e consultorias, das publicações, das participações em rádio e principalmente das palestras, Elena atua para que melhor se conheça as especificidades da mulher empreendedora e os negócios liderados por elas cresçam e alcancem o sucesso. Para isto, a formação de redes para troca de informações, experiências e soluções, é fundamental. E devido às similaridades históricas entre Portugal e Brasil, a Rede Adoro Ser Mulher é fundamental para que as empresas lideradas por mulheres se fortaleçam e conquistem alcance internacional. O próximo sonho agora é lançar o livro “Mulher de Negócios” também em Portugal. ▪ www.elenamartinis.com.br elenamartinis@elenamartinis.com.br
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omeçou a sua carreira profissional como tradutora/ intérprete na Alemanha, em feudo masculino, no contexto da construção de uma das maiores centrais termoelétricas da Europa, Schwarze Pumpe; num desafio não apenas linguístico, mas também emocional e humano. A Hermesel não nasceu, assim, num intervalo de nada, refletindo, antes, um longo percurso de experiências e visões multiculturais, contactos com pessoas em todo o mundo e projetos com aprendizagem multidisciplinar, sempre de alma e coração, sem nunca esquecer o conceito de serviço como objetivo fundamental. Hoje, chega a mais de dez países espalhados pelo mundo e tem planos para crescer. Direcionada, puramente, para as necessidades de tradução e interpretação dos setores técnico, científico e industrial, a Hermesel manifesta-se na parceira ideal para os projetos de tradução que patenteiem uma maior opacidade especialista, dado que o entrelaçamento
linguístico e técnico dos seus sócios confere clareza e rigor no uso da terminologia adequada. Em termos académicos, possui a Licenciatura em Tradução Técnica pela Universidade Europeia (Portugal) e pela Universität Hildesheim (Alemanha), o Mestrado em Estudos Alemães pela Universidade Nova de Lisboa e frequentou o Curso de Doutoramento em Terminologia na Universidade Nova de Lisboa. Atualmente, encontra-se empenhada na conclusão da formação pós-graduada em Psicoterapia Somática, certificada pela International Foundation for Biosynthesis, com sede em Heiden (Suíça), procurando dar vida, através da participação ativa em conferências e formações, a um cruzamento entre a Inteligência Emocional e as áreas da Tradução e da Interpretação, pois acredita que é da intersecção entre vários eixos do saber que se faz a inovação. ▪ Contatos: patricia.cardoso.ferreira@hermesel.com Website: www.hermesel.com
17 MARÇO 2016
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utora do livro de sucesso “Mulher de Negócios – Faça Sua Empresa Acontecer”, é também consultora da Rádio Globo, uma das maiores rádios do Brasil, onde participa no programa semanal ao vivo com entrevistas e dicas de negócios. O programa é, inclusive, líder de audiência neste horário. Elena possui um Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma das mais renomadas no Brasil. Possui também diversas especializações em áreas como Gestão Estratégica do Conhecimento, Gestão de Pequenas & Médias Empresas, e Responsabilidade Social. Tem trabalhos publicados em diversos congressos nacionais e internacionais, e é constantemente convidada a ministrar palestras em diversas universidades e empresas. É também Membro Fundadora da Rede de Mulheres Líderes pela Sustentabilidade do Ministério do Meio Ambiente. Escreve também para jornais e blogs em colunas ligadas ao tema Empreendedorismo. Atualmente trabalha como palestrante em empresas e instituições que lidam com o empreendedorismo feminino, tendo recentemente ministrado palestras no Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas), a mais importante instituição de apoio aos pequenos negócios no Brasil.
LIDERANÇA NO FEMININO
Dimensão mais feminina É mediadora de conflitos e formadora na área da resolução de conflitos, sendo atualmente Vice-Presidente da Direção e do Conselho Científico do IMAP (Instituto de Mediação e Arbitragem de Portugal), Presidente da Comissão de Boas Práticas da Federação Nacional de Mediação de Conflitos e Presidente do Conselho de Ética e Deontologia da Associação de Mediadores de Conflitos, mantendo uma estreita colaboração profissional e pessoal com os países da CPLP, muito em especial com Angola, Brasil e São Tomé e Príncipe. Opinião, Marinélia Leal Facote, Fundadora do Instituto de Ciências da Alma
É permitido Sonhar
CÉLIA NÓBREGA REIS
Sou brasileira, carioca, formadora, terapeuta holística, escritora produtora de eventos, especialista em desenvolvimento humano com formação académica em engenharia química, pós graduada em qualidade de vida.
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mpresária há 17 anos no Brasil e em Portugal, sempre acreditei que a vida é para ser vivida com sucesso, felicidade e prazer. O meu percurso profissional iniciou-se no planeamento estratégico, onde percebi que a forma de aumentar os lucros era aumentando a qualidade de vida dos colaboradores. O planeamento estratégico deveria incluir a melhor qualificação profissional e pessoal dos colaboradores para funcionar. O lucro só poderia ser obtido pelo ser humano para o ser humano. Isto fez o meu olhar voltar-se para a qualidade de vida e especializar-me. Investir na qualidade de vida dos colaboradores impulsionaria o lucro da empresa. Esta minha visão de anos, fez com que me dedicasse à melhoria de vida das pessoas até hoje. PESSOAS Felizes =COLABORADORES Felizes = EMPRESAS DE SUCESSO. Como mulher e empresária, percebo também que o mundo moderno requer decisões hábeis, sensíveis e eficientes. Eu tomei algumas. Busquei a excelência. Investi em aprendizagens de várias técnicas comportamentais, em vários lugares do mundo com diversos profissionais. Tendo sempre como aliado infinitamente importante, o prazer para a busca do sucesso. Acreditei que para se ter sucesso no feminino o primeiro passo é SONHAR, o resto é MOTIVAÇÃO. Os meus sonhos começaram em 1994 na Universidade Católica de Petrópolis, Rio de Janeiro na pós-graduação em Engenharia de Qualidade. Onde acreditei, que mesmo tendo uma formação técnica, poderia auxiliar no bem-estar das pessoas em busca de mais lucros nas empresas. Depois comecei a investir no meu desenvol-
vimento pessoal e profissional. Fiz incontáveis cursos e li inúmeros livros de estratégia e qualidade. Comecei a ensinar jovens e crianças sobre tudo o que acreditava. Trabalhei na Organização Não Governamental Viva Rio para desenvolver um projeto de formação de jovens adultos e entrei mais intensamente no universo de colaboradores de grandes empresas. Encontrei no “campo” todos os elementos humanos para minha pesquisa de planeamento estratégico, as pessoas. Apaixonei-me pelo ser humano. Sonhei novamente. Larguei a engenharia e o planeamento estratégico e dediquei-me totalmente à minha qualificação profissional em desenvolvimento humano. Em 1998 acabei minha formação em Terapeuta de Rebirthing. SONHEI mais um pouco e em 1999 abri o meu consultório e deixei a ONG Viva Rio. O sonho agora era maior e mais desafiador, em 2000 tornei-me sócia de um Espaço Terapêutico com algumas amigas. Em 2002 trouxe este sonho para Portugal e não parei mais. Hoje sou fundadora do Instituto de Ciências da Alma, Líder Certificada do Projeto Internacional de Autoestima, Cocriadora do Projeto Empoderamento do Feminino Para a Paz Mundial, Gestora do Adoro Ser Mulher no Rio de Janeiro. Continuo a sonhar e a motivar pessoas a serem felizes. Cada vez que estou com um cliente, procuro pensar que estou comigo mesmo, buscando soluções para melhorar a vida pessoal e profissional. Cada evento que faço, desejo que cada participante saia de lá com motivação e entusiasmo para melhorar, a sua vida e o mundo à sua volta. Para mim ser mulher de sucesso é liderar os negócios colaborando, o tempo inteiro, para uma sociedade mais justa, feliz e próspera. ▪
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xerce a sua atividade privadamente e para o Ministério da Justiça, nos Julgados de Paz e nos chamados Serviços Públicos de Mediação (Familiar, Laboral e Penal). Nascida em Angola, filha e neta de angolanos, única menina entre quatro irmãos rapazes, desde muito cedo se habituou a lidar com as diferenças. Esta necessidade acentuou-se quando, ainda pequena, veio viver para Portugal e teve de se adaptar a uma nova sociedade e a uma nova cultura. Sempre quis ser Advogada para poder auxiliar todos aqueles que são vítimas de injustiças e de desigualdades, acreditando que o mundo pode ser um local de convívio pacífico entre seres humanos necessariamente diferentes, mas profundamente iguais nessa mesma humanidade. Já Advogada quis o destino que se encontrasse com a mediação e por ela se apaixonasse perdidamente pois permite-lhe auxiliar as pessoas a colocarem-se no centro e a assumirem o controlo das suas decisões, resolvendo os seus conflitos de forma responsável, justa e respeitosa da singularidade de cada uma e, simultaneamente, contribuindo para a prevenção de futuros conflitos.
A um mundo tradicionalmente de homens, o do Direito, acrescentou um outro mundo, o da Mediação, pelo qual, tendencialmente, são as mulheres quem mais interessa, procurando conjugar aquela dimensão mais masculina, marciana, yang a esta dimensão mais feminina, venusiana, ying, dessa forma dando corpo à sua crença na complementaridade dos géneros e das funções. Mais recentemente, na sequência da sua trajetória nesta área, desenvolveu com Marinélia Leal Facote um projeto de mulheres para mulheres com o objetivo de dar cumprimento à Resolução 1325 de 2000 do Conselho de Segurança das Nações Unidas que reconhece “o papel importante das mulheres na prevenção e na resolução de conflitos e na construção da paz” colocando as mulheres como agentes imprescindíveis na construção de sociedades mais justas, pacíficas e harmoniosas já que são as mulheres quem educa emocionalmente os homens. No curto prazo deseja manter e reforçar os laços que a ligam a África e ao Brasil, quer através da mediação, quer através do trabalho de empoderamento das mulheres. ▪
LIDERANÇA NO FEMININO Maria da Assunção, Administradora da Lisbossa Jazz
Música – Uma das missões de Vida Maria da Assunção Mendes da Silva nasceu em Tomar, em 1971. Empreendedora e jovem trabalhadora desde adolescente, escolheu como percurso académico a área financeira, fazendo Bacharelato em Contabilidade e Administração, prosseguindo posteriormente a Licenciatura em Gestão de Empresas e PósGraduações em Fiscalidade e Avançada em Direito Fiscal.
Opinião, Susana Sérgio Menoita, Fundadora da Cakes 2 Love
Aos 30 anos dei por mim desempregada. Licenciada, pós-graduada e a frequentar um mestrado. Até aí, chamavam-me “Dr.ª”, tinha um bom emprego, responsabilidades, gabinete próprio.
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espedi-me da realidade como a conhecia até então e embarquei numa nova jornada. Perdi-me ao tentar encontrar-me. Debati-me com dúvidas, fui invadida pelo medo e a angústia. Até que decidi que já não conseguia continuar inerte, com pena de mim mesma. Parei, refleti, fiz um período de luto. Sem pressa, o tempo que investimos em nós nunca é tempo perdido. Reinventei-me. No momento em que me entreguei à convicção de que ia vencer independentemente do caminho, iniciei o meu percurso rumo ao topo. Um percurso não isento de percalços mas que me orgulha, aprendi a medir o sucesso não com base no dinheiro que ganho mas no prazer que retiro do meu trabalho, nas pessoas com quem me cruzo e nas oportunidades que vão surgindo e que agarro. A cozinha era o meu refúgio e no meio dos meus devaneios culinários surgiu a ideia de abrir um espaço onde pudesse comercializar os doces que tanto gostava de preparar. Delineei um projeto, fiz estudos de viabilidade e sustentabilidade económica. Calculei o valor do investimento. Fiz formação. Aperfeiçoei-me. Procurei um espaço e a ideia tomou forma. Ainda hesitei, tive receio mas resolvi arriscar e assim nasceu a Cakes 2 Love. Quatro anos volvidos, a empresa cresceu, orgulho-me de dizer
que somos hoje uma referência na área dos casamentos na zona centro do país. Estamos situados na Guarda e tiramos partido da nossa localização, tendo já estabelecido contactos em Espanha. Procuramos crescer de forma sustentada e sem colocar em causa o trabalho já desenvolvido. Temos projetos, ideias e um futuro que creio promissor. Se aprendi algo foi que a vida não é estanque, nem preto no branco, há uma pluralidade de cores e tonalidades distintas para descobrir. Não temos que ser uma coisa só. Temos sim que saber aproveitar os nossos recursos, maximizar as nossas potencialidades e acreditar que somos capazes. Einstein dizia que, “uma mente que se abre a uma nova ideia, jamais regressa ao seu tamanho inicial” e eu fervilho de novas ideias. Descobri que sou mais forte do que julgava, que tenho valor e que não preciso de títulos académicos, nem prefixos para me sentir realizada. Já não me sinto vergada pelo peso do que a sociedade me impõe, quem me define sou eu. Mulher, esposa, mãe, filha, irmã, amiga, profissional. Desempenho uma panóplia de papéis e sou feliz em todos eles. ▪ Agradecimentos: Sofia Tregeira - Joalheria de Autor, pelas magníficas jóias cedidas para esta sessão fotográfica.
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o longo da sua vida juvenil e adulta os seus caminhos sempre a levaram à Música, que a título pessoal praticou pela via do canto e da guitarra. Por esse motivo, a Música, considerada “a Mãe das artes”, passou a ser uma das suas grandes missões de vida. Desse modo, e ao arrepio daquilo que os artistas profissionais tendencialmente fazem, aplicou os seus conhecimentos adquiridos na área da gestão e pôs-se ao serviço da Música, implementando junto dos talentosos artistas as práticas de gestão empresarial e financeira em que é experiente por forma a tornar a atividade proveitosa e sustentável. Nessa senda, tornou-se Manager, agenciando os profissionais e mentorando-os no sentido de se tornarem “empresários dos seus talentos” e prosseguindo o business development como forma de gerar e multiplicar negócio. Os seus primeiros e mais estimados agenciados, com sucesso demonstrado, foram o maestro José Orlando Pereira e a cantora Raquel Jorge, formam a base de vários projetos que por sua vez englobam formações com músicos convidados a trio, quarteto, quinteto ou outras, em função da natureza do evento, por iniciativa e indicação de Assunção, sob os formatos intitulados de LisBossaJazz, LisCelebration e LisFado - Intemporalidade, improviso, recriação, fusão, espontaneidade, leveza, bossa-nova, jazz, pop, rock, fado… a Música ao Vivo a abrilhantar momentos nos mais variados eventos (congressos, inaugurações, exposições, casamentos,
cerimónias, aniversários e outros), sendo cada espetáculo criado com especial carinho e profissionalismo por toda a equipa. Desse modo, Assunção conseguiu aliar a parte criativa e artística à sua vida profissional, enriquecendo-se pessoalmente, permitindo aos seus artistas que se foquem naquilo que fazem realmente bem! A Música ao Vivo é para si o elemento diferenciador, veículo para expressar sentimentos que atua na sensação de bem estar, de satisfação e de felicidade. Tem também o seu papel na economia social enquanto parte da direção da Associação Sensato Tributo – Associação de Artistas, cujo fim é a educação e formação artística na diversidade e multiplicidade das artes; produção e promoção de eventos culturais e sua divulgação, promoção e produção de espetáculos para apresentação pública, promoção de eventos e de artistas, em particular músicos singulares, ou em grupo em função da sua área exibicional. ▪ https://www.facebook.com/lisbossajazz https://soundcloud.com/lisbossajazz1 https://soundcloud.com/liscelebration_musica http://instagram.com/lisbossajazz www.lisbossajazz.com www.liscelebration.com BOOKING/MARCAÇÕES: +351 929104504 COM AS VARIADAS FORMAÇÕES, OS LISBOSSAJAZZ ENCONTRAM-SE VOCACIONADOS E PREPARADOS PARA ATUAR EM DIVERSOS EVENTOS - CASAMENTOS, INAUGURAÇÕES, ESPOSIÇÕES, ANIVERSÁRIOS, FESTAS PARTICULARES E INSTITUCIONAIS.
19 MARÇO 2016
“Temos projetos, ideias e um futuro que creio promissor”
LIDERANÇA NO FEMININO
“Seja excelente! Faça o que a apaixona” Num país onde por vezes o interior é tantas vezes esquecido, o empreendedorismo em todos os seus prismas resulta numa luz cativante para os novos visionários, os jovens curiosos e os sonhadores natos.
Vanda Brás Figueira, Fundadora da Variantactiva. Lda
Márcia Gigante, Administradora da MG Personal Concierge
“O importante é não desistir” Mãe, esposa, amiga, profissional e empreendedora, Márcia Gigante é uma espécie de “hub” internacional, com contactos, família e amigos nos cinco continentes.
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pontos de vista
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em 38 anos, é angolana e reside em Portugal desde os cinco anos de idade, país dos seus avós que também sente como seu. É um exemplo de luta e dinamismo! Desde muito cedo sentiu ter a capacidade de estabelecer empatia com pessoas. Essa característica, que herdou da sua mãe, permitiu-lhe mais facilmente atingir os seus objetivos nos projetos a que se dedicou. Considera-se uma mulher sofisticada, de gostos simples, independente, forte e determinada, de bem com a vida e em constante movimento. “Desde muito cedo aprendi a dar valor às coisas simples da vida. A celebrar as pequenas vitórias e a aprender com todos os erros e obstáculos que a vida nos coloca. Essas lições estão gravadas nas minhas memórias como capítulos de incentivo, esclarecimento e apoio nas várias escolhas que faço diariamente. Entendo que nada acontece por acaso.” Profissional com créditos reconhecidos há mais de 17 anos, cedo percebeu a importância de conseguir conciliar a relação trabalho/ família. Em dado momento da sua atividade profissional, por conta de outrem, percebe que esta pode ter um “lado B”, como muitas vezes comenta, como independente. A sua experiência como profissional de Relações Externas & Comunicação em empresas multinacionais, bem como o apelo de colegas e amigos foram o mote para se aventurar e decidir fazer por conta própria, aquilo que realmente gosta: estimular e estreitar
relações, e ajudar as pessoas. Assim surge MG Personal Concierge, um serviço de assessoria personalizada para executivos. “A minha missão é proporcionar aos meus clientes um serviço holístico que consiste na organização das suas viagens e estadias de negócios ou lazer, da sua agenda de compromissos, da gestão e manutenção da sua casa, de modo a que possam usufruir de experiências aprazíveis e genuínas, recomendando e assegurando o acesso aos locais onde poderá desfrutar do melhor da gastronomia, dos eventos culturais, artísticos e desportivos, de acordo com o seu perfil, interesses e preferências, sem que tenham que se preocupar com rigorosamente nada”. Personal Concierge e Virtual Assistant são duas atividades da MG Personal Concierge cujo sucesso tem por base e depende da relação de confiança que se estabelece com o cliente. “Discrição e qualidade são pontos-chave que não podem faltar”. Foi durante uma apresentação dos seus serviços num evento da Adoro.Ser.Mulher que descobriu a Comunidade ASM. Tem apoiado a Fundadora, dando a conhecer as atividades e partilhando a filosofia deste grupo de Mulheres Empreendedoras. “Estamos a fazer história! E através de “networking” estamos a fomentar parcerias internacionais de sucesso. É preciso criar sinergias porque juntas somos mais fortes! O importante é não desistir!” ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
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ara muitos, manterem-se no “limbo” é não se reconhecerem a eles próprios, ou ainda pior, é calar a voz interior que grita que foram feitos para muito mais. Porque se algo é certo, é que todo o empreendedor tem o seu rasgo de coragem e grandeza dentro de si. Onde ao ver realizadas e materializadas as ideias, estas se podem transformar em projetos que nos preenchem. Empreender é escolher um caminho que nos levará a um objetivo, é caminhar sabendo onde queremos chegar e o que queremos conseguir; empreender é trabalhar pelo que desejamos, dando especial atenção às pequenas singularidades das nossas ideias e passando estas à ação. Não interessa se existe mais alguém que tenha percorrido o mesmo caminho, porque no final a única realidade é que “podíamos ter sido os primeiros” e possivelmente “poderíamos ser os únicos”. Não precisamos de ser o Einstein para nos apercebermos que as nossas próprias vidas já são por si únicas e que podemos ser nós mesmos e aproveitar e disfrutar a vida fazendo o que nos dá prazer, e esse empreender já é por si ganhar. Porque escolhemos o que nos enche de satisfação e sentido, porque este caminho que é a vida, para muitos é já um empreendimento, e esse empreendimento é por si
único, porque somos únicos e as nossas circunstâncias, a nossa história e a nossa vida jamais se repetirá em toda a eternidade. Foi nesta vontade de empreender que surgiu a Variantactiva. Lda, com sede em Portugal e filial em Espanha. Uma empresa tão vasta em projetos como em dimensão. Desde os transportes nacionais e internacionais, à venda de carros e peças automóveis, ao aluguer de viaturas de luxo, à criação de um Centro de Abate de Viaturas. Possuímos também representação das marcas premium e 100% vegan - Aluminé e Benevita – dedicadas aos cuidados capilares, de rosto e nutrição. Viver no interior tem estas vantagens. A proximidade de fronteiras, as sinergias entre países, onde se esquecem as limitações geográficas e se aprende a tirar partido delas. Com a vontade de abraçar novos projetos, responder a desafios, mudar paradigmas, e ser capaz de inspirar e persistir, surgiu a oportunidade de representar a Comunidade de Empreendedorismo Feminino Adoro.Ser.Mulher nas cidades de Guarda, Viseu e Aveiro, com o intuito de ajudar a dar voz e divulgar os projetos de todas as mulheres empreendedoras que existem nestas cidades e em todo o país. Se você se quer destacar, não seja diferente. Seja excelente! Faça o que a apaixona. Aproveite! ▪
LIDERANÇA NO FEMININO Joana Neto, Administradora daJOANA NETO| INTERIORES
Memórias de valor inestimável “Proporcionando a criação de ambientes personalizados e únicos que correspondem ao life style dos nossos clientes, Joana Neto | Interiores concebe espaços onde são geradas memórias de valor inestimável.”
Formas de pensar diferentes…
e ainda bem
Formação/ Experiência:
Paula Falcão, Criadora da Paula Falcão Design, revela a importância deste projeto e as razões para fazer parte da Comunidade Networking Adoro.Ser.Mulher. Saiba mais.
A existirem segredos num negócio, quais são os seus? Quais são as bases de uma profissional tão bem sucedida? Não tenho segredos, as coisas surgem naturalmente, na procura atenta do que me rodeia, na pesquisa de novos materiais, na sua utilização integrando-os com respeito mais do que pela sua popularidade. Penso ser este o segredo, que foi reconhecido na Mother’s Bag, enquanto prémio Mundial de Design Ecológico em Hong Kong (2014), ao utilizar a cortiça e a burel em perfeita sintonia da forma/ função, realçando as características ecológicas, sustentáveis e antialérgicas, numa mala multifuncional. A forma de pensar e de observar é diferente num homem e numa mulher. Na sua opinião, o que distingue uma liderança no feminino de uma liderança no masculino na área do design? Quais são as mais-
-valias de ser uma mulher à frente deste negócio? A forma de pensar é diferente, e ainda bem. É difícil distinguir a melhor liderança, que hoje em dia é muito relativa no processo criativo inerente ao design. Trabalhamos em parcerias em interdisciplinaridade. Em todas as áreas a tendência é esta - partilha de saberes, uma liderança compartilhada com respeito. Na área que desenvolvo, Malas e Bijutaria, ser Mulher significa ter maior sensibilidade às formas e usos adequados para o público que quero atingir, mas beneficío do sentido crítico e racional da visão masculina. Fazendo um balanço da sua vida profissional que metas ainda lhe falta atingir? Quais são as suas ambições e de que forma as mesmas se cruzarão com os objetivos da Paula Falcão Design e da Comunidade Adoro.Ser.Mulher? A marca sendo muito recente, teve solicitações de participação e divulgação, quer em Feiras Nacionais (Festival da Inovação- LXdesign) quer nas Feiras Internacionais (Dusseldorf e Paris). A rápida aceitação dos modelos levou-me à criação da loja online, para comunicar e comercializar os produtos. Agora pretendo captar a atenção dos empresários para o meu design, disponibilizando os modelos (patenteados) para uma produção mais alargada. No meu atelier continuarei a desenvolver o projeto criativo e produção em escala reduzida para os pontos de venda já estabelecidos. Porque considero que um produto bom tem de saber comunicar em conformidade com a atualidade. ▪
O
projeto “Joana Neto | Interiores” teve início em 2011, com o propósito de desenvolver e implantar projetos de caracter particular e institucional na área do Design de Interiores, Consultoria e Decoração em Portugal e Angola. “A noção de uma ideia ocupar espaço fascina-me, conceber um ambiente em pensamentos e ser capaz de o materializar e dar-lhe vida.” É com esta perspetiva que cada novo trabalho é recebido. Sendo o cliente a habitar o espaço, torna-se fundamental conhecê-lo de modo a perceber o seu quotidiano, como vive, que aspetos valoriza: luz natural, conforto, versatilidade das peças escolhidas … para que o ambiente criado resulte harmonioso e corresponda às expectativas. A singularidade de cada projeto dá origem a um processo de investigação e aprendizagem, onde são reavaliados materiais, formas,
conceitos. “O resultado final deve superar as expectativas criadas e proporcionar o fator surpresa.” “Ter uma mente aberta e o olhar treinado torna mais fácil encontrar inspiração. Exposições, viagens, livros, um pormenor… podem ser um ponto de partida para um projeto.” É essencial conhecer as tendências do mercado, mas também saber adaptá-las ao gosto do cliente e ao projeto onde serão inseridas. “Uma abordagem intemporal, que transmita conceitos de proporção, funcionalidade e elegância, com base naquilo que realmente faz o nosso gosto e nos reflete, é preferível à última moda que não nos transmite nada.” “De momento estou a desenvolver um serviço dirigido aos noivos, no qual pretendo coordenar várias áreas de intervenção complementares.” ▪ Contactos:
Site: www.joananeto.com Email: design@joananeto.com
21 MARÇO 2016
A
sua paixão pelos materiais desde cedo lhe trouxe a perceção de que o seu caminho seria feito pelo design de produto, inicialmente como professora e agora enquanto criadora, tendo nascido pelas suas mãos a marca Mundo Cork. A marca MundoCork surge na necessidade de identificar as primeiras criações de malas e bijutaria em cortiça têxtil, que rapidamente captou a atenção pela inovação dos modelos. Hoje trabalho com vários materiais: a burel, a cortiça têxtil e as peles misturando-os de acordo com a forma e função a desempenhar, de grande flexibilidade e modelos muito apelativos.
Licenciada em Design de I nteriores pelo IADE-U Instituto de Arte, Design e Empresa – Universitário, pós-graduada em Visual Merchandising & Store Design pelo IPAM. Trabalhou em ateliers de Design de Interiores e Decoração em Lisboa e Luanda, nos quais exerceu o cargo de Designer Sénior sendo responsável pelo desenvolvimento, implementação e concretização de projetos particulares, institucionais e comerciais.
LIDERANÇA NO FEMININO OPINIÃO, Jeane Zaccarão, Administradora da Digitalis
A importância
da língua portuguesa É inquestionável a aproximação proporcionada pela partilha de uma mesma língua materna. Produz entre pessoas, entidades e instituições, sinergias e pontos em comum que aproximam.
Sue Amado, Criadora do blog FEELME
“Sonhar é gratuito e ainda alimenta a alma” Quem é a Sue Amado? É uma empreendedora das palavras, que viu o seu primeiro romance ser editado em setembro de 2015, “Pedaços de Mim” pela Capital Books, mas tendo já escritos mais cinco que pretende mostrar, em breve, ao mundo.
C pontos de vista
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om a criação do blog FEELME, em 2012, obteve a confirmação do papel que as palavras desempenham na sua vida e na dos outros, sendo que o mesmo é de contos, emoções e sentimentos com os quais pretende mudar a direção dos afetos, ampliando-os, sem máscaras, e usando cada vogal e consoante, com os sons que não arrisca deixar fugir. O blog possui um cariz bilingue, com posts que deixa fluir, não arriscando quaisquer traduções, porque de outras línguas se fazem os mesmos amores e desamores. Ainda testou, no início, um formato mais quente, mas temeu ver-se colada a uma escrita erótica, e tem conseguido aligeirar o que tanto parece, ainda, assustar alguns, porque escrever usando MESMO as palavras com o significado que têm, aparenta ser uma tarefa para mais algumas décadas. A Pena e Papiro é um projeto de escrita por encomenda, no qual transforma as histórias de que são feitas as vidas de muita gente anónima, mas igualmente bonita, em livros, aprendendo a “navegar” por mundos que não sendo os seus, também lhe passam a pertencer. São já milhares de palavras que embeleza e romantiza, para que o que importa mesmo, se mantenha para sempre. Sue Amado é ainda professora de inglês, há mais de vinte anos, preparando os candidatos para os exames externos da Universidade de Cambridge, e administrando,
como formadora, cursos profissionais para áreas específicas. Possui um programa semanal na rádio Hertz, (92FM/98FM) escreve para a Blogazine, e abraçou o projeto Adoro ser Mulher, porque acredita na corrente criativa e empreendedora que existe em cada uma das maravilhosas mulheres que o compõem. Esta mãe de três filhos, todos rapazes, alimenta-se das energias que acumula, para ser mais, para chegar mais longe e para continuar a acreditar que este pequeno país, à beira-mar plantado, ainda lhe irá permitir um lugar ao sol. Sabe que a vida sem prazer, sem criatividade, e sem os universos que inventa para que o seu, e o dos outros, seja maior e melhor, nunca teria o mesmo sabor, se tivesse apenas uma atividade. Escrever será, talvez, o que sabe fazer melhor, e é usando as palavras, da forma e formato certos, que pretende continuar, num crescimento emocional que lhe permita a maturidade que apenas conseguem os que amam incondicionalmente. Mas muito mais tem ainda por realizar, e sabe, sem qualquer dúvida, que chegará onde se propôs, porque sonhar é gratuito e ainda alimenta a alma. ▪ Poderão chegar até à Sue Amado através das páginas e contactos que passamos infra: suesotto.blogspot.com www.facebook.com/lourdes.sue sueamado@sapo.pt
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ou empresária e fundei há 20 anos a Digitalis em Portugal. Sou natural do estado de Santa Catarina no Brasil e tenho atualmente a dupla cidadania. Chegada a Portugal com vinte e poucos anos de idade e um curso de Ciências da Computação da Universidade Federal de Santa Catarina, falar a língua nativa do país que me iria acolher nas próximas décadas foi fundamental para ultrapassar as barreiras e dificuldades iniciais. Foi, sem dúvida, um fator de auxílio importantíssimo para que ultrapassasse o deparar-me com uma nova cultura que, embora semelhante, é diferente o suficiente para que o esforço de adaptação exista, de fato. Vinte e poucos anos passados, a larga maioria dos quais enquanto empresária e gestora da Digitalis, empresa líder de mercado em sistemas de informação no ensino superior, a língua portuguesa não só não perdeu importância como parece ganhá-la cada vez mais e a cada dia que passa. Foi instrumental nas estratégias da Digitalis para a internacionalização do nosso produto SIGES em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné desde 2008 e, mais recentemente, na minha terra natal, no Brasil. As empresas que fazem da sua atividade a produção de software conhecem bem das dificuldades de se fazer uma localização eficaz de software para que este esteja pronto para mercados além-fronteiras. Passa não só pela adaptação de aspetos técnicos e
funcionais e pela introdução de novas normas legais, fiscais e legislativas, mas também, não menos importante, pelos ajustes necessários na forma de comunicar com utilizadores e consumidores. A língua não é meramente um modelo canónico de comunicação, um veículo de transporte de ideias e conteúdos. Por detrás da língua está também uma forma comum de pensar, contém genes de uma estrutura de pensamento que a língua nos trás. Essa forma semelhante de pensar e o subsequente entendimento que a língua proporciona àqueles que a têm em comum é, muitas vezes, aquilo que nos ajuda a ultrapassar dificuldades. E ajuda a criar compreensão, a decifrar o subtexto e o contexto, a estabelecer pontes com o próximo e empatias. A ideia da lusofonia pode muito bem ser uma construção, tal como o próprio nome indica, lusa. Poderá muito bem ser que, admitidamente, não seja vista sob o mesmo prisma em territórios fora de Portugal. Mas quer lhe chamemos lusofonia ou não, é inegável a herança comum que nos proporciona. Falar a mesma língua e aproveitar parcelas de uma herança cultural e social comum é algo que terá tido, raras vezes na história de Portugal, tanta importância como hoje. Na Digitalis, é uma variável presente em todas as decisões de gestão que tomamos e que muito nos auxilia na obtenção dos resultados de excelência que temos conseguido nessas duas décadas de existência. ▪
LIDERANÇA NO FEMININO
» Vencedora do 1º Lugar Global como Melhor Empresa Fornecedora de RH
“É essencial sabermos o nosso potencial” Com sensivelmente 30 anos de experiência, Isabel Freire de Andrade é Fundadora e CEO da Bright Concept, a empresa de consultoria que venceu o 1º lugar no concurso dos Melhores Fornecedores de RH.
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uem é esta empresa e a mulher que ocupa a principal linha da frente da Bright Concept? A Bright Concept nasceu para potenciar o brilho que há em cada pessoa, em cada equipa e em cada organização. Nós fazemos de cada cliente um caso de sucesso. Vou revelar-lhe o segredo do nosso trabalho: tudo o que fazemos, fazemos com prazer e dedicação personalizada. Creio que foi esse motivo que nos levou ao 1º Lugar Global como Melhor Empresa Fornecedora de RH. Os nossos clientes, como a Siemens, BP, Sonae, Santander, Leroy Merlin, Tranquilidade, Itaú, REN e a FNAC, valorizam quando maximizamos o potencial dos seus colaboradores nas áreas da Liderança, Inteligência Emocional, Accountability, Influência, e Relação com os Clientes. Qual é o impacto daquilo que fazemos? Aumentamos a rentabili-
ISABEL FREIRE DE ANDRADE
dade, a performance e a satisfação, tornando a missão dos clientes uma realidade! Quanto a mim, esforço-me por transmitir os nossos valores. Por isso tento ser a personificação do entusiasmo, confiança, inovação e eficiência. A minha filosofia é muito simples: é essencial sabermos o nosso potencial, usá-lo sem interferências e realizar os nossos sonhos. Hoje, são muitos os profissionais que não se sentem realizados com a sua carreira ou porque ainda não encontraram a empresa certa para trabalhar ou porque estão cansados do trabalho que desempenham. Com base nesta realidade, como é ser consultor em Portugal? É fantástico ser consultor em Portugal. É ter a oportunidade de todos os dias contribuir para o desenvolvimento dos nossos clientes e crescer com isso. Todos os dias conhecemos
A Isabel acredita que “as pessoas podem ser mais do que aquilo que imaginam” e que, com o seu trabalho pode ajuda-las a “concretizar esse potencial”. Hoje em dia, no seio das empresas portuguesas, há uma real valorização do seu capital humano? As grandes empresas portuguesas perceberam que é o investimento nos seus colaboradores que os pode levar à excelência. As empresas nacionais que nos contactam são as mais competitivas em Portugal e por isso estão a par e adotam políticas de recursos humanos muito idênticas às das multinacionais. Elas sabem bem que o retorno da nossa formação e coaching tem um ROI muito elevado. Se a Bright Concept se assume como uma empresa que “dá mais brilho” às pessoas, quem lhe dá o seu brilho? O brilho da Bright Concept advém da qualidade da minha calorosa equipa, dos nossos clientes que nos exigem mais e melhor e dos nossos parceiros que nivelam a qualidade da nossa intervenção. Dentro dos parceiros destacamos os que somos os representantes exclusivos em Portugal: A Partners In Leadership, uma empresa reconhecida mundialmente na área da Mudança da Cultura Organizacional e no desenvolvimento da Accountability. The Inner Game International School, na qual convidámos Tim Gallwey, o pai do coaching, a vir a Portugal para fazer um workshop e lançar a escola. A No Bully, o programa em que desenvolvemos a Inteligência Emocional
dos jovens nas escolas para parar o bullying. Na sua opinião, o que distingue uma liderança no feminino de uma liderança no masculino? Quais são as mais-valias de ter uma equipa com homens e mulheres com características tão distintas? Uma liderança feminina é passível de ser mais multifacetada, versátil e flexível. Já uma liderança de um homem costuma ser mais focada, eficiente e dedicada a 100% a cada tarefa separadamente. Assim, existem grandes vantagens em ter uma equipa de trabalho diversificada, para congregar as qualidades centrais de ambos e maximizar os variados objetivos. Ser mulher, em algum momento da sua carreira, foi um impeditivo ou colocou algum tipo de entrave à realização de um objetivo? Não, nunca foi um impeditivo, e também não deixaria que fosse um entrave no caminho dos meus objetivos! Atualmente a realidade ocidental permite-nos que a concretização dos nossos objetivos dependa principalmente de nós próprios e da nossa vontade. E eu sempre fiz questão que assim fosse comigo. Para o futuro, que projetos quer ver concretizados no seio da Bright Concept? O nosso principal objetivo é garantirmos que os nossos clientes estejam preparados para a 4ª revolução industrial, onde a forma de fazer negócios vai ser muito diferente. Para isso estamos a fazer formação, consultoria e coaching para que os nossos clientes sejam excelentes em Liderança, Inovação, Networking, e Desenvolvimento dos Colaboradores. Queremos assegurar que o nosso futuro e o dos nossos clientes seja Brilhante! ▪
23 MARÇO 2016
e vivemos diferentes realidades exigindo um nível elevado de adaptação à mudança. Em que profissão é possível tudo isto? Só mesmo na Consultoria.
LIDERANÇA NO FEMININO
» Anis Branding, Lda, Uma marca diferente
“Sempre tive espírito de Líder” “Nunca senti qualquer tipo de entrave na minha carreira por ser mulher. Sempre tive espírito de líder nas várias funções que assumi”. Quem o dia é Isabel Barreto, Cofounder and Business Development Partner da Anis Branding, Lda, que nos deu a conhecer um pouco mais da marca e do papel das Mulheres no universo empresarial.
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o sentido de contextualizar o nosso leitor, quando foi edificada a Anis Branding, quais são as principais mais-valias da marca e de que forma se assumem como um parceiro ideal do vosso cliente? A Anis Branding & Emotions é uma agência de Design e Comunicação que surgiu há cerca de um ano e meio. E que resultou da vontade empreendedora de dois amigos, ambos com longa experiência profissional na área do marketing e publicidade/design, em criar um projeto próprio que refletisse a nossa forma de estar e de trabalhar junto dos clientes. Nunca descurar a qualidade e a eficácia das propostas, assim como a proximidade com o cliente e a vontade de trabalhar em desafio mútuo, é o ponto de partida que entendemos ser necessário para o processo de planeamento estratégico e criativo. Esse é o nosso compromisso: entregarmo-nos de corpo e alma a cada projeto.
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“Somos focados nas emoções humanas. Tornar as marcas relevantes e assegurar o retorno das suas interações com os seus públicos é o que fazemos”. Que significado tem este vosso lema e de que forma é que as emoções humanas são essenciais para o crescimento das marcas? Entendemos que hoje a estratégia de focar a comunicação apenas nas vantagens de um produto ou de um serviço para o tornar “sexy” já não funciona. Para se poderem reforçar e crescer, garantindo o sucesso, as marcas têm que se centrar no cliente/consumidor e proporcionar-lhe experiências. E proporcionar essa experiência passa pela exploração das emoções humanas, por encontrar novas formas de interagir, de criar ligações que já não passam pelo produto ou serviço em si, mas por toda uma envolvente que se cria. As relações são criadas pelas emoções. Nunca nos podemos esquecer que de ambos os lados de qualquer marca, em qualquer negócio, estão sempre as pessoas, o ser humano, e as suas emoções e formas de sentir. É legítimo afirmar que uma das vossas grandes valias passa pela personalização de cada cliente, ou seja, cada caso é um caso? Que conceitos «emprestam» à vossa orgânica que seja único? Exatamente por cada caso ser um caso é que apostamos em relações de parceria e interação, no
Quais as principais prioridades e desafios da Anis Branding de futuro?
ISABEL barreto
sentido de tornar as marcas mais relevantes, garantindo o seu sucesso. Mais do que um fornecedor, assumimo-nos como um parceiro de negócio. Qual é o ponto/foco principal que uma marca deve ter para singrar no mercado? Sente que os empresários portugueses estão hoje mais sensibilizados e recetivos a compreender a importância da marca e a explorar isso mesmo? Com o digital, vivemos hoje num mercado verdadeiramente global. Tudo e todos estão à distância de um clique e um cliente/consumidor pode adquirir o que quer, onde quer e como quer. Mas, ao mesmo tempo, estamos cada vez mais a entrar na era da personalização e dos serviços e produtos à medida. E essa é uma enorme oportunidade para as marcas locais, que têm cada vez mais consciência de terem que centrar as suas estratégias no cliente, conhecer os seus gostos e preferências e até antecipar os seus desejos, criando propostas que acrescentem valor. E a realidade mostra que os empresários nacionais estão a reconhecer cada vez mais a importância desta alteração de fundo. A forma de pensar e de observar é diferente num homem e numa mulher. Na sua opinião, o que distingue uma liderança no feminino de
Crescer e desenvolver com os nossos clientes verdadeiras relações de parceria que lhes permitam ser relevantes e ter sucesso no desenvolvimento das suas estratégias. No fundo, garantir relações win-win.
uma liderança no masculino? Quais são as mais-valias de ter uma equipa tão diferenciada, com homens e mulheres com características tão distintas? Ainda que as exceções confirmem as regras, na minha opinião o que os distingue é a forma como imprimem diferentes níveis de energia a cada uma das competências necessárias para liderar e motivar equipas. Seja uma líder ou um líder. Tudo depende da sua personalidade, capacidade, competências, objetivos e estratégia. E ter uma equipa diferenciada garante multidisciplinariedade e complementaridade, fundamentais para o sucesso dos projetos. Ser mulher, em algum momento da sua carreira, foi um impeditivo ou colocou algum tipo de entrave à realização de um objetivo? Em que medida? Nunca senti qualquer tipo de entrave na minha carreira por ser mulher. Sempre tive espírito de líder nas várias funções que assumi ao longo do meu variado percurso profissional e sempre me senti aceite pelas minhas equipas, fossem elas maioritariamente femininas ou masculinas. Felizmente, nasci num tempo em que as coisas já estavam a mudar para as mulheres, tendência essa que se tem vindo a afirmar. ▪
LIDERANÇA NO FEMININO
» Ana Paula Aguiar, Diretora de Projeto da FASE – Estudos e Projetos S.A, em entrevista
“Gosto de desafios!” Fundada há 37 anos, a FASE – Estudos e Projetos S.A., tem vindo, ao longo destas quase quatro décadas, a promover uma posição de crescimento e diferenciação, através de uma oferta de serviços globais no domínio da engenharia, tendo como desiderato principal a satisfação total de clientes e parceiros. ANA PAULA AGUIAR
toria, Fiscalização e Gestão de Empreendimentos, a FASE procura estar sempre na vanguarda, “porque pretendemos que os nossos clientes se sintam completamente satisfeitos. Só assim sabemos estar no mercado”, salienta, reconhecendo que atualmente a empresa se encontra bastante direcionada para projetos na área da indústria, energia, água e ambiente e infraestruturas. Se o mercado luso é bastante competitivo, o internacional não fica nada atrás e é necessário, para fazer face à concorrência, apostar ainda mais na qualidade e na diferenciação. A adaptação e o conhecimento são, na opinião da nossa interlocutora, fundamentais. “Existem naturalmente diferenças, não só ao nível de legislação mas também em termos culturais, e, naturalmente, isso obriga-nos a estar mais atentos e a promover um serviço de melhor qualidade para fazer face ao mercado e às suas diferenças a nível internacional”. Mas quais são as principais prioridades da FASE para um futuro próximo? “Acima de tudo continuar
nesta linha evolutiva e que nos tem mantido, desde o começo, numa posição de liderança. Pretendemos continuar a apoiar e a satisfazer os nossos clientes a nível nacional e internacional”, salienta Ana Paula Aguiar. Há mais de dez anos nesta função, a nossa entrevistada fala com conhecimento de causa sobre a questão da liderança no feminino, principalmente num universo composto por um elevado número de homens, o da engenharia. É uma luta? “Não. É um desafio como qualquer outro. Não é por ser mulher ou homem que as coisas são diferentes. Eu gosto de desafios”, afirma convicta. Assegurando que nunca sentiu qualquer ceticismo ou impedimento por ser mulher numa área destas, para Ana Paula Aguiar o primeiro passo tem de ser dado pelas próprias mulheres. “As oportunidades existem e basta que as pessoas saibam agarrar as mesmas e sejam melhores naquilo em que se comprometem. Naturalmente que as pessoas inicialmente estranham a presença de uma mulher numa obra, mas depois encaram com naturalidade. Não há impedimentos nenhuns, desde que sejamos competentes e eficazes no que fazemos. Não pode existir distinções apenas por sermos homens ou mulheres”, revela a gestora, que tem um background de projetos com clientes de renome que falam e revelam bem a sua competência, ela que é também Diretora de Projeto em Portugal e no Brasil da terceira maior empresa a nível mundial de Aeronáutica, a EMBRAER. ▪
FASE sempre na frente Qualificação da FASE – Estudos e Projetos como Gestor Geral da Qualidade de Empreendimentos, ao abrigo do Decreto-Lei nº 310/90, atribuída pelo LNEC para a 1ª categoria “Edifícios e Monumentos” – Classe 8 (classe máxima), para a 2ª categoria “Vias de Comunicação e Obras de Urbanização” – Classe 8 (classe máxima) e para a 3ª categoria “Obras Hidráulicas” – classe 8 (classe máxima)
25 MARÇO 2016
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Revista Pontos de Vista foi conhecer uma das maiores empresas nacionais de engenharia e conversou com Ana Paula Aguiar, Diretora de Projeto da FASE – Estudos e Projetos S.A, que nos deu a conhecer um pouco mais sobre as prioridades e os desafios da empresa e como é ser mulher num universo, engenharia, bastante masculinizado, ela que lidera projetos da FASE há mais de uma década e se tem relacionado com alguns dos maiores clientes da empresa, tais como: EMBRAER, FC Porto, Santuário de Fátima, Universidade do Porto, UNICER, Associação Comercial do Porto, entre outros. Com mais de duas centenas de colaboradores, a FASE marca também a distinção pelo corpo de recursos humanos que apresenta, pois todos eles são qualificados e especializados nas várias áreas em que atua, assegurando ainda o acompanhamento da evolução tecnológica através de uma atualização permanente e de metodologias recentes e fundamentais. Munida de um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança de acordo com as normas NP EN ISO 9001:2008, NP EN ISO 14001:2004, OHSAS 18001:2007/ NP 4397:2008, a FASE mantém-se na primeira linha do mercado de engenharia desde a sua criação. Se a nível nacional, a empresa consegue uma cobertura e intervenção em todo o território luso, a nível internacional já é possível vermos a chancela da FASE– Estudos e projetos S.A. em mercados tão distintos como competitivos. Assim, a FASE encontra-se já implantada em territórios como o Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Macau entre outros, estando agora a entrar em “Timor e na Colômbia”, revela a nossa entrevistada. Mas porquê estes mercados? “Estão em crescimento e têm bastante potencial sendo que esta também foi uma forma de combater e ultrapassar a retração do mercado nacional, que no segmento da construção, que é onde operamos, conheceu momentos complicados com a crise económica”, afirma Ana Paula Aguiar, reconhecendo que atualmente o mercado está a recuperar. “E nós também. Quer queiramos, quer não, também sentimos essas dificuldades, mas, felizmente, voltamos a estar em crescimento”. Presente em diversas áreas como Projeto, Consul-
LIDERANÇA NO FEMININO
» Maria de Fátima Bacelos, líder da TerraDesign, em entrevista
Experiência e criatividade
culminam em empresa de excelência A Terradesign, é uma empresa focada no apoio às soluções de comunicação empresarial e na criação de valor com vantagens competitivas através do contínuo processo de melhoria dos modelos de negócio. Em entrevista à Revista Pontos de Vista, Maria de Fátima Bacelos, líder da TerraDesign, fala-nos sobre os serviços que a empresa oferece aos clientes e parceiros e sobre as áreas em que atua.
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TerraDesign atua em diversos segmentos da comunicação e dispõe de uma equipa multidisciplinar que avalia, investiga, cria e implementa soluções de comunicação empresarial e de produto. Através do conhecimento e parceria estabelecida com os seus clientes, desenvolve e implementa ações de comunicação, sendo a criatividade orientada por objetivos e centrada nas necessidades das empresas. “O resultado são relações de sucesso e confiança”, afirma Maria de Fátima Bacelos, Administradora da marca. De acordo, com os dados da APAP - Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação - a relação entre um cliente e uma agência tem uma duração média de quatro anos. A Terradesign ultrapassa essa média estipulada, trabalhando com empresas que se fidelizaram e nela depositam confiança, criando-se assim uma relação de verdadeira parceria.
Nunca senti discriminação direta por ser mulher. E não sei se há uma distinção, não vejo por esse prisma. O que eu vejo é que há maus líderes, bons líderes e pessoas que não são líderes de todo pontos de vista
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A empresa afirma-se no mercado como uma marca resistente, sólida e consistente pelo serviço de qualidade prestado aos seus clientes, pela diferenciação e criatividade dos projetos elaborados e pelo rigor na sua execução. Com capacidade de inovação, presta assim múltiplos serviços de: publicidade, ativação da marca, branding, editorial, eventos, ilustração, institucional, comunicação interna, marketing tools, filmes, packaging, radio, webdesign, entre outros. Desde logo, inovar, renovar e inventar tornaram-se características intrínsecas ao ADN desta equipa que procura surpreender e adaptar-se às novas e crescentes exigências do mercado. A sua missão passa por serem um parceiro dos seus clientes, com o propósito de ajudá-los no seu crescimento e criação de valor. “Mais do que uma agência, queremos acompanhar as empresas na «mudança» e ser o seu parceiro para
“Temos consciência de que uma empresa, principalmente dentro da nossa área, para ganhar alguma robustez e solidez com o mercado interno em crise tinha que se internacionalizar e, nessa altura, nem foi muito por fazer face à crise foi mais num processo de expansão para crescer e obter alguma dimensão, que sempre fez parte dos nossos objetivos como empresa”, esclarece a administradora. Assim instalaram-se em Luanda e, posteriormente em Maputo sendo, atualmente, Angola um dos principais mercados da agência. Mas a TerraDesing também já se aventurou por outros continentes e, neste momento, estão a negociar no Irão. “Neste momento, estamos a analisar uma parceria, toda a parte de design foi bem recebida e quando viram a nossa carteira de clientes e o nosso portfólio ficaram realmente encantados”, conta a empresária.
Desafios & Prioridades Quanto ao futuro a empresária ambiciona trabalhar a área do marketing político e, neste momento, não podendo adiantar muito mais, tem em mãos um projeto desafiante que abrange o desenvolvimento de regiões “já trabalhamos o turismo de Portugal e algumas regiões, mas nunca tivemos a oportunidade de desenvolver o renascer de uma região, o que é bastante aliciante”, confessa. E pretende ainda, continuar as negociações com o mercado do Irão, que neste momento, é o mais desafiante dos projetos uma vez que é um mercado com uma cultura diferente e bastante regulamentado, principalmente no que toca a headlines para campanhas.
Liderança no Feminino versus liderança no Masculino
Questionada sobre a diferença de liderança no feminino e no masculino, a administradora, afirma que “Nunca senti discriminação direta por ser mulher. E não sei se há uma distinção, não vejo por esse prisma. O que eu vejo é que há maus líderes, bons líderes e pessoas que não são líderes de todo. Reconheço que as mulheres, pela sua natureza, conseguem abarcar uma panóplia de tarefas diferentes em simultâneo. Somos polivalentes, gerimos a casa, o orçamento familiar, as empresas e a nossa vida. A única coisa que posso referir é que quando iniciei a minha carreira, por ser mais nova, não me levavam tão a serio, e essa talvez tenha sido a maior dificuldade que tive de contornar ao longo da vida”. ▪
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as ajudar a encarar o futuro com otimismo”. “O nosso principal objetivo é prestar um serviço de excelência, com uma abordagem objetiva, célere e eficaz, acompanhando sempre os clientes e aconselhando-os de forma a encontrar as melhores soluções para cada caso”, relata a empresária. A TerraDesign trabalha sempre no sentido de exceder as expetativas dos seus clientes. Para isso contribuirá, em grande parte, a experiência de 15 anos desta equipa pluridisciplinar nas mais diversas áreas, tais como Banca e Seguros; Estado/Organizações; Grande Consumo; Marcas de Luxo; Hotelaria e Restauração; Saúde; Imobiliária; Sustentabilidade; Turismo, entre outras áreas. “A TerraDesign é uma marca e sempre foi uma empresa que teve uma atitude no mercado de não se especializar apenas numa área, o que nos cria alguma distinção no mercado”. “Muitas vezes conseguimos ganhar projetos, porque temos uma visão alargada sobre vários setores do mercado do que alguém que já esteja muito viciado dentro de apenas um setor”, explica. A solução passa por serem criativos e terem conhecimento suficiente o que lhes permite, por um lado, serem consultores, mas principalmente, desenvolverem projetos/campanhas eficientes. “Começamos cada projeto do zero e fazemo-lo crescer em colaboração com o nosso cliente, trazendo obviamente a nossa experiência e sugestões para a mesa. Acredito que esta humanização e personalização dos nossos projetos, percebendo as necessidades e expetativas dos clientes nos distingue”, comenta Maria de Fátima Bacelos. Apesar de ser uma empresa portuguesa a TerraDesign opera em Portugal e há cerca de dez anos começaram a atuar noutros mercados.
LIDERANÇA NO FEMININO
» Ricardina Andrade, Diretora Geral do Hospital Agostinho Neto
“Sempre me senti respeitada” A propósito do Dia Internacional da Mulher, celebrado no passado dia 8 de março, a Revista Pontos de Vista quis saber mais e quis conhecer mulheres que se destaquem. Assim, conversámos com Ricardina Andrade, Diretora Geral do Hospital Agostinho Neto, uma gestora que tem dado provas que as lideranças não têm género e que são as pessoas as grandes mais valias.
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iretora do Hospital Agostinho Neto, Ricardina Andrade assume-se como uma mulher de força e uma gestora de enorme competência. No sentido de contextualizar o nosso leitor, que análise perpetua da sua carreira? Diria 16 anos pautada de muita determinação, paixão pelo meu trabalho, aliada à curiosidade para saber e fazer mais, à disciplina para fazer bem e organizar para fazer melhor e à minha vontade de servir à sociedade, contribuindo com algo de bom para a vida das pessoas. Terminei a minha licenciatura em Psicologia Social e das Organizações em Coimbra em 1998 e tive oportunidade de realizar o estágio numa multinacional da área de gestão de pessoas, em Lisboa, onde tive oportunidade de conhecer, de aprender e de implementar as técnicas de gestão e desenvolvimento dos RH. A busca pelo autodesenvolvimento tem sido o meu foco, e tenho aproveitado todas as oportunidades para aprender e melhorar o meu desempenho como profissional e como pessoa. Fiz o MBA em Gestão Global com o ISCTE em 2007 e tenho participado em eventos relacionados com as várias áreas de gestão, inclusive via web, para a troca de experiências. Tive o privilégio de trabalhar e aprender com excelentes líderes, homens e mulheres, que marcaram a minha trajetória profissional. Faço uma análise muito positiva, de muita aprendizagem, de muita entrega e também de muita gratidão. Fazendo um balanço da sua vida profissional, é notório que tem crescido e conquistado o seu espaço de uma forma ímpar. Ser mulher, em algum momento da sua carreira, foi um impeditivo ou colocou algum tipo de entrave à realização de um objetivo? Nunca. Com exceção do HAN, onde predominam as mulheres, sempre trabalhei em ambientes predominantemente masculinos e sempre me senti respeitada e acolhida.
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Celebrar efemérides como o Dia Internacional da Mulher é aplaudir os avanços conquistados no feminino a nível económico, social e político. Contudo, as estatísticas continuam a revelar dados preocupantes de desigualdades. No seu ponto de vista, por que é que estes dados continuam a ser tão alarmantes? O que falta fazer?
Ricardina Andrade
Temos que pensar nas mulheres no mundo todo! Faltam, efetivamente, políticas globais focalizadas no empoderamento da mulher. Vejamos: as estatísticas mundiais evidenciam a predominância das mulheres entre os pobres, consequência do desigual acesso às oportunidades que proporcionam ascensões económicas e sociais. Julgo serem necessárias políticas públicas focalizadas no empoderamento da mulher, condição fundamental de mudança da sua posição social, quer em relação a sua consciência, quer em relação aos seus direitos, quer ainda em relação às suas capacidades, possibilitando, dessa forma, a sua autonomia e sua emergência na vida económica e política nas sociedades. Neste particular, o acesso a Educação e à Saúde e Bem-estar são requisitos fundamentais para o empoderamento das mulheres em todas as esferas da sociedade. O que é, para si, uma Liderança no Feminino? É uma liderança que responde as demandas do mercado e da sociedade, integradora, resiliente e serena. Na sua opinião, existe alguma diferença entre uma liderança feminina e masculina? É importante compreender que homens e mulheres
têm diferentes modalidades de aprendizagem, interpretação e ação no contexto profissional. A diversidade é complementar, não excludente e a realização do trabalho em conjunto aumenta o desempenho e a concretização de resultados. Penso que, mais importante que a diferença feminina-masculina, devemos pensar nas pessoas, no seu caráter e nas suas competências. Sente que as mulheres têm de «provar» mais que os homens para singrar no universo da gestão de grandes projetos? Até então, nunca tive necessidade de provar mais que os homens. Quais são as grandes prioridades para si enquanto gestora/diretora do Hospital Agostinho Neto? Somos a maior estrutura hospitalar do país com a missão de proporcionar o bem-estar à população, prestando os cuidados de alta complexidade com eficiência e qualidade. Temos como visão “Ser (e ser reconhecido como) um Hospital de Referência, a nível nacional e regional, na prestação de cuidados de saúde. A prioridade é fazer com que cada profissional trabalhe para o cumprimento da missão e o alcance da visão, independentemente das hierarquias existentes. ▪
LIDERANÇA NO FEMININO
» Joana Gíria, Presidente da CITE, em entrevista
Pela Valorização das Mulheres Apesar de grandes avanços para alcançar a igualdade de género entre mulheres e homens, ainda há um caminho a percorrer. A propósito do Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março, e sobre esta missão, a Revista Pontos de Vista conversou com Joana Gíria, Presidente da CITE - Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, que nos deu a conhecer um pouco mais sobre este tema.
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Igualdade entre homens e mulheres é um princípio Constitucional, mas a discriminação no trabalho existe em Portugal. De que forma a CITE tem procurado, com os mecanismos ao dispor, combater a discriminação no mundo laboral? O princípio enunciado só é alcançável através da promoção de iguais condições e oportunidades para homens e mulheres em termos de vivência em sociedade e no mundo laboral, o que deve manifestar-se de forma transversal em todos os domínios integrando a perspetiva de género nas políticas e práticas sociais. Embora venhamos a assistir à melhoria de alguns indicadores no que respeita a discriminação de género, outros não são confortáveis, como os que respeitam à ascensão de mulheres a cargos de decisão e os que apontam para a desigualdade salarial ainda persistente. No ano transato, a CITE lançou a Campanha de promoção nacional mulheres nos conselhos de administração das empresas. A mensagem foi difundida, por diversos meios, a um elevado número de empresas, parceiros sociais, trabalhadores e trabalhadoras, com o objetivo de sensibilizar o público
2016 o Dia para a Igualdade Salarial, esperando que a data se aproxime à da UE.
JOANA GÍRIA
em geral para a necessidade de as mulheres, por mérito próprio, estarem presentes em maior número nos conselhos de administração das empresas. No que respeita à desigualdade salarial, de acordo com os últimos dados disponíveis, em Portugal as mulheres ganham aproximadamente 17,9% menos que os homens, o que corresponde a cerca de 2 meses de trabalho não remunerado por ano. Tal como a UE tem assinalado, anualmente, a 28 de fevereiro, o Dia para a Igualdade Salarial (Equal Pay), a CITE tem assinalado, anualmente, o Dia Nacional da Igualdade Salarial, de acordo com a realidade do país, a 6 de março, o que significa que para conseguirem ganhar o mesmo que os homens, as mulheres teriam de trabalhar mais 65 dias por ano, ou seja, até ao dia 6/3. Ao invés, os homens poderiam começar a trabalhar apenas nesse dia para haver igualdade salarial. Em 2015, a Comissão Europeia passou a destacar o dia 2 de novembro como o Dia para a Igualdade Salarial, pelo que em Portugal nos adaptaremos ao novo formato europeu assinalando no final do ano de
Assinalar o Dia Internacional da Mulher é aplaudir os avanços conquistados no feminino a nível económico, social e político. Atualmente, no mercado de trabalho, há uma real valorização do capital humano feminino? Acredito que sim. As empresas e outras organizações, bem como a sociedade em geral, despertam para a necessidade de incluir mulheres e homens no seu capital humano. Começam a ter noção de que a igualdade de género gera competitividade e aumento de produtividade. Uma organização em que mulheres e homens participem de igual modo; conciliem trabalho/família com a mesma naturalidade e tenham iguais oportunidades de carreira e ascensão profissional, são organizações mais saudáveis e socialmente responsáveis. Em 2013, a CITE impulsionou a criação do iGen – Fórum Empresas para a Igualdade – o nosso compromisso, que conta agora com 39 organizações. A troca de experiências e a avaliação de boas práticas no âmbito das organizações do Fórum demonstra que a participação equilibrada de mulheres e homens nas organizações é uma mais-valia a todos os níveis da gestão do negócio e é assumida como questão fundamental de direitos humanos. Em Portugal, há mais mulheres licenciadas, mestradas e doutorandas do que homens em igualdade de circunstâncias. Está na hora de não desperdiçar capital humano e escolher pelo mérito e é tempo de o mundo do trabalho espelhar a realidade social. O que trará 2016 para a CITE? Em 2016, no âmbito do desenvolvimento das suas atribuições legais, encontra-se prevista uma ação de promoção da Igualdade de Género, em conjunto com a ACT – Autoridade para as Condições do Trabalho, com o objetivo de sensibilizar públicos-alvo para temáticas importantes como igualdade no acesso ao emprego, igualdade salarial, proteção na parentalidade e conciliação, e assédio sexual. A CITE encontra-se ainda em fase de conclusão de três grandes projetos, dois de que é entidade promotora e um outro de que é entidade parceira. Estes projetos, financiados pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu – EEA Grants, permitirão colher dados fundamentais para o desenho de políticas promotoras da Igualdade de Género no Trabalho e no Emprego, particularmente focados nas temáticas do assédio sexual e moral no local de trabalho, do papel assumido pelos homens no âmbito das questões da conciliação e da parentalidade, bem como do conhecimento aprofundado da forma como o Tempo é utilizado por homens e por mulheres nas suas atividades quotidianas. Os seus resultados traçarão um retrato fiel e atualizado de alguns dos pilares estruturantes para o mundo do trabalho, permitindo introduzir mudanças consistentes para a construção de uma sociedade mais igualitária. ▪
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omo vê a CITE a sua missão na igualdade e não discriminação entre homens e mulheres no universo laboral? De acordo com a missão estabelecida na sua lei orgânica, e para o seu cumprimento, a CITE, que é constituída por representantes do Estado e dos parceiros sociais, aposta em ações de promoção e divulgação sobre a igualdade de género no trabalho, no emprego e na formação profissional, sobre os direitos relativos à proteção na parentalidade e sobre a promoção de boas práticas de conciliação trabalho/família, contando com o envolvimento e as diversas sensibilidades de todos os referidos agentes.
LIDERANÇA NO FEMININO
» PORTO CAPITAL, UMA MARCA DIFERENTE
Porto Capital A realizar Sonhos Há marcas que se fazem e evoluem pela sua capacidade de Inovação e de Diferenciação, num sentido onde a excelência e a qualidade são os principais pilares da mesma e que perpetuam uma «marca» da marca no mercado e nos clientes/parceiros.
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onfuso? A Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária representa isso mesmo. Uma capacidade intrínseca que exterioriza na sua forma de estar e atuar, perante o mercado e todos aqueles que querem e procuram «algo mais», algo original e longe do vulgar. Mas venha conhecer a Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária e saiba mais sobre a mesma e perceba que cumprir sonhos é possível. A Revista Pontos de Vista conversou com Arménia Moreira da Silva, Administradora da marca e o principal rosto da mesma e que tem superado todos os obstáculos que a vida profissional aporta, “porque nunca podemos desistir. O meu lema e o da Porto Capital é, «Nunca desistir e continuar, apostar e investir quando sentimos uma desaceleração económica, ou seja ganhar mercado»”, afirma a nossa interlocutora, dando-nos a conhecer entre vários, um projeto de luxo, localizado em Leça da Palmeira, denominado por ACQUA VILLAGE PRIME BEACHFRONT CONDO, um empreendimento que respira um estilo de vida próprio e que
é composto por imóveis no segmento de luxo. A Porto Capital domina o mercado residencial, retalho, comércio, indústria, insígnias, corporate, turismo e hotelaria, neste momento abraça um projeto nacional reconhecido como PIN - Projetos de Potencial Interesse Nacional. A liderança no feminino não foi esquecida e aqui a nossa entrevistada revela qual a sua posição sobre a matéria. Mas já lá vamos. Edificada há cerca de 15 anos, a Porto Capital - Sociedade de Mediação Imobiliária, assume-se como uma empresa que aposta na concretização de sonhos, de desejos
Confiança tem nome e sobrenome, Porto Capital, mediamos o seu sonho
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e aspirações de todos aqueles que procuram um imóvel distinto. Mas o que marca a diferença na Porto Capital - Sociedade de Mediação Imobiliária? Para Arménia Moreira da Silva, “é a nossa forma de estar. Sou eu e uma equipa fantástica de mulheres que diariamente demonstram em prática o profissionalismo de forma a acentuar e a elevar o nosso nome”, salienta a nossa entrevistada. Mas porquê um grupo maioritariamente feminino? “Temos também dois homens, mas a maior parte são mulheres. Foi uma opção estratégica. Acredito que as mulheres têm uma forma mais subtil de «sensibilizar» as pessoas e na forma como expõem as soluções”, revela a Administrador da Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária, assegurando que este discurso nada está relacionado com o facto de ser uma feminista acérrima. “Não sou de facto, mas acredito nesta abordagem diferente e de maior suscetibilidade e esse tem sido um ponto a nosso favor”. Como se sabe, o mercado da construção foi dos mais afetados com a famigerada crise que assolou o nosso país e da qual temos vindo a recuperar. Naturalmente que a nossa interlocutora compreendeu estes efeitos, embora na Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária esse feito não tenha tido tanto impacto. Porquê? “Porque estamos mais direcionados para segmento médio/alto e esse não sofreu tanto com estas agruras económicas e financeiras. Naturalmente que tivemos as nossas dificuldades, mas fomos capazes de as ultrapassar e aqui estamos no mercado com força e vigor, preparados para cumprir os sonhos das pessoas, até porque a nossa visão é fortificar o investimento quando o mercado reflete o contrario”, esclarece convicta, lembrando que a credibilidade do seu nome tem dado frutos perante o mercado, mesmo com a concorrência. “Temos o privilégio de trabalhar com mediadoras de renome e da concorrência e quando têm um processo mais complicado, é a mim que recorrem, até porque tenho bons acessos bancários, protocolares e jurídicos e isso é uma mais valia nesta setor de mercado”, assume Arménia Moreira da Silva, lembrando que a crise foi ultrapassada pela Porto Capital, “porque também abracei outros empreendimentos, apostamos nas plataformas de comunicação internacional e isso aportou novos clientes com um poder financeiro elevado, tanto nacionais como no mercado forense.
As mais valias dos recursos humanos
As pessoas são, porventura, o bem mais valioso de qualquer empresa, embora nem sempre isso seja reconhecido, o que acaba, inevitavelmente, por ser um erro crasso. Na Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária, o cenário ARMÉNIA MOREIRA DA SILVA
ACQUA VILAGE
é exatamente o oposto, até porque a nossa entrevistada prefere apostar em recursos humanos qualificados e capacitados para responder a qualquer exigência do cliente. “Além da crise, este mercado caiu um pouco porque se tornou acessível a toda a gente. As pessoas, das mais diversas áreas, acharam que podiam estar neste mercado sem conhecimentos profundos do mesmo e isso, naturalmente, criou muitos constrangimentos e embaraços no setor. Na Porto Capital somos uma família, e todos avocam a sua responsabilidade. A minha diferenciação perante o mercado passa pela relação aproximada que conseguimos criar com o cliente, mas também pela qualidade dos nossos recursos humanos, pois todos eles aportam conhecimentos de áreas distintas mas que se complementam, desde engenharia, advocacia, notariado, arquitetura, entre outras”, assume satisfeita a nossa entrevistada, assegurando que “a mediação com muitas «caras» não funciona para mim. Prefiro manter estas caras porque são elas a face da marca e da empresa perante o cliente”.
Uma Mulher num «mundo» de Homens Gestora da Porto Capital há cerca de 15 anos, Arménia Moreira da Silva é também advogada, há mais de duas décadas, sendo portanto uma personalidade que está presente num universo, da mediação e da advocacia, que ainda hoje é composto maioritariamente por homens. Mas afinal o que é uma Liderança no Feminino? “Somos mais dinâmicas. Acredito mesmo nisso. O homem é mais ponderado e nós conseguimos liderar diversos projetos em simultâneo e sempre com o mesmo entusiasmo. Para mim uma mulher é tudo”, revela a nossa entrevistada, lembrando que hoje a sociedade começa a perceber que as mulheres têm tanta ou mais capacidade que os homens para assumir postos de liderança, embora ainda haja um longo caminho a percorrer. Em que aspeto? “No mundo da advocacia, por exemplo, que ainda é bastante fechado, masculinizado e aqui ainda existe algum machismo, mas que consigo ultrapassar. Temos de ter esta postura de luta e de continuar”, conclui a nossa entrevistada.
O passo da internacionalização
Parque Real Residence
Varandas Residence
MORADIA QUINTA DO LAGO
Presente desde Vila Nova de Gaia à Póvoa de Varzim, a marca Porto Capital e os seus imóveis são hoje paradigma reconhecida de excelência e profissionalismo. Mas poderá este projeto avançar para outras «paragens»? Segura de si, Arménia Moreira da Silva, prefere caminhar de uma forma sustentada, embora não se negue a nada. “Tivemos recentemente um convite para abrir um espaço na ilha da Madeira, uma vez que nos encontramos a nível nacional, no Continente, é sem duvida um projeto a consolidar. A nível internacional, estamos a pensar dar o nosso primeiro passo que poderá passar pelos países da África Central e Ocidental, “onde temos relações Diplomáticas no âmbito dos Consulados e Embaixadas, avaliando alguns projetos, que provavelmente, iremos aceitar como desafio e embarcar nesta aventura”, salienta a nossa interlocutora, assegurando que quem procura a Porto Capital encontra três coisas: “Qualidade, Profissionalismo e Honestidade. Promovemos imoveis e empreendimentos de qualidade e colaboramos com promotores que sabem aquilo que pretendem”. ▪
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MORADIA NO GERÊS
LIDERANÇA NO FEMININO
» NEGÓCIOS NA LUSOFONIA
Opinião, Liliana Monteiro CEO da Brand Queen Consulting
Brand Queen Consulting e a Excelência Ao longo da história, a liderança e o empreendedorismo têm sido associados maioritariamente ao mundo masculino. Hoje em dia e com o passar dos anos com as novas exigências sociais, as mulheres foram conquistando o seu espaço no mundo laboral dando possibilidade ao surgimento da liderança feminina.
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Liliana Monteiro CEO da Brand Queen Consulting
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diferentes da realidade europeia. uando falamos de liderança feminina poA BQ Consulting rodeia-se de parceiros competentes demos também pensar em empreendee com implementação já consolidada nos mercados dorismo feminino, e percebemos então que consideramos estratégicos. Com base nesta que ambos têm vindo a conquistar cada equipa assente em parcerias, foram criadas agora vez mais espaço e confiança no mundo corpoem 2016 mais algumas áreas de intervenção nomerativo tanto a nível nacional como internacional. adamente a área de Project Management para a inComo mulher e empreendedora, posso dizer que dústria e engenharia (BQ Project Management), uma este conceito na prática, assenta em premissas como área de consultoria e implementação de projetos na inovação, persistência, responsabilidade, dedicação, área da saúde que para já assenta especificamente sacrifício, dinamismo e alguma ambição com o objena área da imagiologia (BQ Healthcare) e uma área tivo primário de evoluir e criar algo de novo. ligada á tecnologia que “Tenho em mim todos apresenta para já um sofos sonhos do mundo” tware de otimização inescreveu Fernando PesA experiência que tr ago de estar dustrial (BQ Technology). soa, posso dizer que É meu principal objetivo é assim que penso, e na cadeira do cliente permite-me assegurar que este projequando regressei de to se consolide ao longo Angola há um ano atrás conseguir estar alinhada a 100% com dos próximos anos, e acipara um país que clama de tudo, não defrauramente estava e está as reais necessidades dos nossos dar as expetativas dos em crise, decidi tornar c l i e n t e s e p o r ta n to p e r s p e t i va r nossos clientes que derealidade um sonho que positam toda a sua continha de criar uma start propostas mais eficientes. fiança no nosso trabalho. up ligada á prestação Tendo em conta tudo de serviços na área do isto, posiciono-me como Marketing e da Comuuma encorajadora da prenicação. sença feminina no mundo dos negócios, mas acrediA experiência que trago de estar na cadeira do cliento que o equilíbrio entre os dois mundos, feminino e te permite-me conseguir estar alinhada a 100% com masculino, seja o ideal. Devemos analisar o indivíduo as reais necessidades dos nossos clientes e portanto como pessoa única, e não através duma perspetiva perspetivar propostas mais eficientes. de género generalizada, que integra competências e Assim, nasce a Brand Queen Consulting em 2015, mais-valias que poderão ajudar a desenvolver a ecocom objetivo de prestar consultoria na área de Manomia portuguesa de forma inovadora e sustentada. rketing e Comunicação não só ao mercado euroO mundo tal como o conhecemos hoje está em mopeu em geral, mas também com especial enfoque dificação constante, mas já aceita de forma invulgar em África e Médio Oriente. A residência em alguns e pacífica a liderança feminina e cada vez mais as países de África e a passagem recorrente por motimulheres se assumem, não só como ícones familiavos profissionais pelo Médio Oriente, permitem a res, mas também como gestoras de eleição. E ainda existência de uma visão alargada e a assimilação do bem que assim é! ▪ funcionamento destes mercados que em muito são
LIDERANÇA NO FEMININO
» EIMIGRANTE EM DESTAQUE
Opinião DE Inês Azevedo, Partner da Eimigrante
MigraçõeS e empreendedorismo no feminino Há quem defenda que 2016 será o ano em que as forças do empreendedorismo convergirão com o feminismo, e que esta fusão será positiva para todos, para a economia, para os consumidores e para a sociedade. As migrações constituem hoje, simultaneamente, um dos maiores desafios e oportunidades para as políticas públicas de qualquer país. No âmbito da União Europeia, as migrações são uma realidade que suscita, e ainda bem, atenção crescente. Desde logo, no plano humanitário, a pressão migratória sobre as fronteiras externas da União Europeia tem aumentado. Temos assistido a tragédias humanitárias antes desconhecidas na Europa, fruto do desespero de muitos migrantes, que procuram, por todas as formas, muito precárias, chegar a solo europeu, em busca de uma vida melhor. Seria um erro, todavia, ver na política migratória apenas política de gestão de fronteiras, nacionais ou europeias. PORTUGAL EMIGRAÇÃO A política migratória é política de segurança interna. É também política social e de cidadania, política de emprego, política de gestão da diversidade, política económica Portugal tem alterado de forma significativa, nos últimos anos, o seu perfil migratório. No final dos anos 90 do século passado, Portugal transformou-se num país de perfil intensamente imigratório, acolhendo um número elevado de imigrantes que procuravam o nosso país para trabalhar. Esta realidade trouxe ao nosso país, como todos pudemos testemunhar, maior diversidade cultural, novos profissionais, novas línguas, abertura de horizontes e uma imigração que não se cingia aos países de língua portuguesa. Tudo isto foi enriquecedor sob diversos pontos de vista. Inúmeros estudos, nacionais e internacionais, demonstraram o efeito positivo da imigração nas contas públicas. A prestação de serviços migratórios pode ser também um trunfo de competitividade, de desenvolvimento, de alargamento daquilo a que podemos chamar o “espaço humano” de um país: toda essa rede de contactos, experiências e interações que a política migratória potencia. 33 Mas há também uma diferença de fundo: as migrações deixaram de se centrar exclusivamente no fator trabalho, como no passado, sujeitas à oferta existente nos mercados laborais. Deixámos de assistir a movimentos migratórios apenas laborais, para hoje testemunharmos que as novas migrações temporárias (circulares, de talento, turismo e de consumo) têm cada vez mais importância na economia. Esta realidade torna cada vez mais premente uma reflexão político-estratégica para que se possa definir o posicionamento que mais convém a Portugal. As migrações são hoje motivadas por fatores como o clima, o ambiente empreendedor, as condições de ensino ou de investigação, o ambiente fiscal e regulatório, o comércio e os serviços. A Ei! está atenta a tudo isto e oferece um conjunto de serviços diversificados e integrados para quem se encontra em mobilidade. Criado em setembro de 2014, o nosso projeto conta já com cerca de 250 clientes oriundos de 20 países diferentes e cuja tendência será seguramente para aumentar. Existe um provérbio chinês que diz que as mulheres sustentam metade do céu. O que signifiEimigrante ca que os homens sustentam a outra metade. É Av. Visconde de Valmor, 20 D necessário encontrar um equilíbrio. ▪ 1000 - 292 Lisboa MARÇO 2016
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e acordo com o “The Kaufman Startup Index 2015” , as mulheres empreendedoras são mais perspicazes do que a sua contraparte masculina a detetar as oportunidades no mercado e a criar um novo produto ou serviço para um determinado segmento. Foi exatamente o que sucedeu com a Ei!, a primeira empresa em Portugal totalmente direcionada para a assessoria ao migrante, onde as necessidades sentidas na primeira pessoa, por uma das sócias enquanto emigrante, detetaram uma oportunidade de negócio. Foi nesse sentido que a Ei! surgiu, tendo vindo a preencher uma lacuna no que respeita à prestação de serviços, cuja procura tem origem nos fluxos migratórios da atualidade. O empreendedorismo feminino é um fenómeno de tal forma interessante que tem merecido ser estudado e apresentado de forma individualizada, como acontece nesta revista. Vamos aos fatos: Em primeiro lugar, o empreendedorismo feminino tem sido reconhecido durante a última década como uma fonte-motor importante do crescimento económico. As mulheres empreendedoras criam novos postos de trabalho e oferecem diferentes soluções de gestão, organização e resolução de problemas inerentes ao negócio, ao mesmo tempo que exploram novos nichos de negócio. Contudo, as mulheres ainda são uma minoria entre os empreendedores. Mais, a percentagem de mulheres a ter acesso a venture capital no lançamento de um negócio é de apenas 20.1% comparado com 79.9% dos homens . Ainda existe uma falha no mercado que discrimina a possibilidade de as mulheres serem empreendedoras e serem empreendedoras bem sucedidas. Esta falha de mercado tem que ser enfrentada a vários níveis, político, económico e social - para que o potencial económico deste grupo possa ser plenamente utilizado. Sem dúvida que o impacto das mulheres na economia é substancial, contudo, ainda faltam dados concretos que permitam descrever em detalhe este impacto. Em segundo lugar, a participação das mulheres empreendedoras tem sido negligenciada. As mulheres não têm apenas uma taxa de participação mais baixa nas empresas como gerem empresas em indústrias diferentes das dos homens, designadamente: comércio, educação e prestação de serviços, que são áreas entendidas como menos importante para o desenvolvimento e crescimento económico do que a alta tecnologia e indústria. Mais, a pesquisa mainstream, as políticas e os programas tendem a ser “men streamed” e muitas vezes não têm em atenção as necessidades específicas das mulheres empreendedoras e das mulheres que querem ser empreendedoras Como consequência, a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres de uma perspetiva empreendedora ainda não é uma realidade. O projeto da Ei! é um projeto de três mulheres empreendedoras apaixonadas pelo fenómeno das migrações - uma área em permanente mutação e crescimento. Há poucos temas tão emotivos como as migrações. A migração é uma escolha individual, de quem busca uma vida melhor longe da sua terra natal. Mas esta escolha tem consequências que ultrapassam a esfera do indivíduo: afeta a sua vida, mas também a da sua família, a da sociedade onde escolhe residir, mas também a da sociedade que deixa para trás. É por causa desta relação, com tantos ângulos e tantos efeitos, que são necessárias várias formas de intervenção no acolhimento.
+351 962 365 478 +244 921 548 357 geral@eimigrante.pt
LIDERANÇA NO FEMININO
» Conheça as principais tendências de estética
Naturalidade
como premissa obrigatória Mantendo-se constantemente a par do que de melhor se faz na área da estética, Helder Silvestre afirma que os seus doentes podem esperar de si um profissional inconformado, sempre atualizado no sentido de oferecer o estado da arte aos seus pacientes. Conheça a perspetiva e o trabalho deste conceituado cirurgião plástico.
É
specialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, formador internacional de médicos, membro efetivo da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, perito em Macrolane. O que tem feito de si um profissional de referência? Fiz a especialidade de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética de 1999 a 2004. Durante a especialidade, fiz vários estágios fora do país, como na Clínica Pitanguy, no Rio de Janeiro, Brasil, ou no Hospital da Zarzuela, com Adolfo Montoya, um grande mestre em cirurgia craniofacial e em cirurgia plástica do nariz. Desde então, dediquei-me como cirurgião plástico à cirurgia plástica estética, colaborando com múltiplos colegas e sociedades científicas, no sentido de partilharmos sabedoria e experiências, sempre na procura de oferecer as melhores técnicas aos pacientes. Macrolane é um gel à base de ácido hialurónico, de elevada densidade, para ser utilizado no corpo humano. Dada a minha experiência com o produto, participei como perito numa reunião em Estocolmo, na Suécia, em 2011, com mais nove colegas europeus, de forma a definirmos as boas práticas e indicações corretas para a utilização do Macrolane. Ainda em 2011, fui convidado para fazer tratamentos com Macrolane, no bloco operatório, seguido de palestra, no 9º Curso de Avanços em Cirurgia Plástica Estética, em Barcelona.
pontos de vista
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Acredita que “um rejuvenescimento bonito é aquele que não se dá por isso”. Dentro do seu permanente contacto com mulheres, esta tem sido uma preocupação? Em busca do melhor rejuvenescimento possível, há uma crescente procura por uma beleza natural e personalizada? Por outro lado, há uma consciência dos riscos? Acredito que a beleza tem que ter naturalidade. Se alguém tem uma aparência “esquisita”, o propósito do procedimento e/ou cirurgia não foi alcançado. A beleza pode ser mais ou menos jovem,
o afundamento dos olhos, perdeu o que tanto a caraterizava, os olhos vivos, e ficou mais velha. A esqueletonização das pálpebras provoca o envelhecimento em qualquer pessoa. Meg Ryan é indescritível. Se ela pediu que lhe fizessem aqueles lábios e face, o cirurgião deveria ter recusado pois é a antítese do embelezamento ou rejuvenescimento.
HELDER SILVESTRE
mais ou menos exótica, mas tem que ter naturalidade, respeitando a harmonia que deve existir entre as diferentes unidades estéticas da face. Por exemplo, um homem ou mulher muito altos com um nariz muito pequeno serão sempre pouco naturais. O mesmo se passaria com uma mulher com uma boca de “peixe”. Não tem beleza nem sentido estético. Na minha abordagem, a comunicação com o paciente é essencial, em que explico o meu conceito de rejuvenescimento natural, mostrando casos clínicos reais, para que as pessoas saibam o que esperar e tenham uma decisão consciente e segura. Têm sido conhecidos vários casos de figuras públicas que se submeteram a cirurgias plásticas que as deixaram irreconhecíveis, como por exemplo Renée Zellweger ou Meg Ryan. O que corre menos bem nestas situações? Há uma inconformidade perante a perda da beleza e juventude? Esses casos exemplificam o contrário deste conceito. Renée Zellweger foi despersonalizada com
Algumas mulheres com cancro da mama, que se submetem a uma mastectomia, optam por fazer a reconstrução mamária, durante a cirurgia ou mais tarde. Também pelas suas mãos têm passado inúmeros destes casos. No domínio da plástica reconstrutiva, a sua sensibilidade é diferente? Não, a reconstrução de uma mama ou de uma face deve ter sempre o objetivo de, para além de restaurar a função, como colocar um nariz a respirar, devolver a melhor estética possível à mama reconstruída. Devemos lutar sempre para que uma mulher amputada de uma mama, área de grande sensibilidade e sensualidade para a beleza feminina, tenha a melhor reconstrução estética possível. Num momento em que se assiste a uma certa massificação deste tipo de tratamentos, o que é que os seus pacientes podem continuar a esperar de si? Que mensagem deixaria a um possível leitor que pondera submeter-se a estas técnicas? Os pacientes podem esperar um profissional inconformado, sempre atualizado no sentido de oferecer o estado da arte aos seus pacientes. O meu conceito de beleza tem sempre a naturalidade como premissa obrigatória, e quem me procura deve ter essa certeza. Diria ao leitor para se informar bem, porventura recorrer pelo menos a dois médicos antes de efetuar qualquer procedimento, ver casos clínicos e decidir com segurança e consciência. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
LIDERANÇA NO FEMININO
» NEGÓCIOS NA LUSOFONIA
A história da “Mulher Furacão” “Ser mulher não é fácil no mundo empresarial. Por vezes, muitas vezes, temos de adotar uma postura mais rígida, mais objetiva e muito mais fiel às nossas convicções para que possamos impor-nos”, afirma Cilene Correia, Administradora da Defendideias, empresa angolana de design, que aborda a evolução da marca e a liderança no feminino. Numa anterior entrevista disse que a “Defendideias é para ir até onde a alma nos levar”, sendo que a fasquia é muito alta. No campo da lusofonia, Portugal ocupa um espaço no seu coração? Portugal será sempre a minha casa: onde me fiz mulher, onde vivenciei grande parte das minhas experiências, foi a terra que, por vários motivos, fez manter “acesa a chama” do amor e da saudade da terra onde nasci!! Amo Coimbra, é a outra minha terra de coração, é o outro lugar mágico da minha vida, onde estão amigos que tanto gosto e onde estão as recordações de uma boa parte da minha vida, onde o meu filho nasceu e para onde os meus pais foram e ficaram para sempre! Um dia, em conversa com a D. Albina Assis, uma ilustre senhora da sociedade angolana e com lugar de destaque na história do país, falei-lhe sobre este amor por Coimbra e ela disse-me: «a nossa terra é aquela onde nascemos mas também é a terra do nosso pai ou da nossa mãe, é a terra onde o nosso coração também está».
CILENE CORREIA
pontos de vista
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a Defendideias, a atitude, a alma e a identidade angolana estão sempre presentes. Como é que consegue aliar, numa mesma peça, a tradição e a memória à modernidade e à contemporaneidade? A vida é um espaço de aprendizagem em que tento conseguir valorizar os saberes tradicionais, num contexto mais contemporâneo aliando a força das minhas memórias à perspetiva cultural e modernista das designer’s que, comigo, desenvolvem os projetos.
É muitas vezes apelidada de “mulher furacão” que dedica tudo de si àquela que considera a sua terra, Angola. O que faz de si uma profissional e uma mulher de referência? «Mulher Furacão» porque me entrego às convicções que defendo, às causas e aos valores que me transmitiram. «Mulher Furacão» porque “persigo” os meus sonhos, porque apesar das “tempestades” (e foram muitas) consegui sempre não perder de vista os meus objetivos, o meu rumo, consegui sempre ir em busca do sol e “virar as montanhas ao contrário”... se isso faz de mim uma mulher de referência? Uma avaliação que deixo para quem melhor me conheça... só quero ser o ponto de referência para o meu filho. Fazendo um balanço da sua vida profissional, é notório que tem crescido e conquistado o seu espaço de uma forma ímpar. Ser mulher, em algum momento da sua carreira, foi um impeditivo ou colocou algum tipo de entrave à realização de um objetivo? Bem, ser mulher não é fácil no mundo empresarial. Por vezes, muitas vezes, temos de adotar uma postura mais rígida, mais objetiva e muito mais fiel às nossas convicções para que possamos impor-nos. Nunca senti que o facto de ser mulher fosse
impeditivo à realização do que quer que me propusesse fazer mas... muitas vezes senti que se fosse homem seria mais fácil. Celebrar efemérides como o Dia Internacional da Mulher é aplaudir os avanços conquistados no feminino a nível económico, social e político. Contudo, as estatísticas continuam a revelar dados preocupantes de desigualdades. No seu ponto de vista, por que é que estes dados continuam a ser tão alarmantes? O que falta fazer? Na minha opinião, falta uma educação mais virada para a valorização pessoal, para a aceitação de nós mesmas tal como somos, para o respeito e amor próprios. Conquistada esta parte em cada uma de nós, mulheres, as desigualdades começam a ser combatidas. É óbvio que, em cada sociedade, se enfrentam problemas diferentes, mas a base para a igualdade de género é termos a capacidade de provar que temos amor próprio. Há ainda muitas barreiras a ultrapassar para chegarmos aqui. Na senda da internacionalização dos vossos Mussulus, no final de janeiro foi inaugurada a nova loja MUSSULUS na Baía de Luanda. O que se espera deste novo espaço? Em todas as peças respira-se inteiramente um espírito angolano? A loja na Baía de Luanda foi um primeiro passo onde se dá a conhecer os autênticos chinelos angolanos. A Baía é visitada também por estrangeiros e neste momento é considerado o cartão de visita do país e isso é uma mais valia para a divulgação da marca. A seguir, vamos tentar outras províncias em Angola e “atravessar” fronteiras. A Defendideias continuará a ser uma marca que ama Angola. O que podemos esperar desta empresa no futuro? Que objetivos quer ver brevemente realizados? A Defendideias será sempre uma marca a defender que Angola tem valores, tem história para poder contar... o futuro é já ali... e o grande objetivo é sem dúvida internacionalizar os MUSSULUS, criar postos de trabalho (nos últimos seis meses contratámos sete novos colaboradores). Crescer...e crescer porque o futuro é já ali e o país precisa do nosso contributo para o seu crescimento. ▪
COACHING E O SUCESSO NOS NEGÓCIOS
» inSoul.creating future
“O Coaching proporciona muito sucesso” O que é o Coaching? Que mais valias traz para a sua vida? Saiba mais sobre um conceito que muda mentalidades e cria novos rumos. A Revista Pontos de Vista conversou com Maria Julia Nunes, Fundadora inSoul.Creating Future, que revelou como o Coaching desperta talentos e expande competências.
Maria Julia Nunes
. Fundadora inSoul.creating future . Coaching Business e Pessoal . Métodos de Mudança Organizacional e Profissional . Mindfulness and Energetic Leadership Methods . Autora, Speaker
Quais são as verdadeiras mais valias da inSoul e de que forma pode a mesma mudar a vida das pessoas? A inSoul foi e continua a ser pioneira no tema do desenvolvimento pessoal em Portugal. No início pouco ou nada se falava destes assuntos, mas a minha experiência internacional, os princípios éticos pelos quais sempre me guiei, aliados a uma sólida aposta no profissionalismo/formação/especialização contribuíram para a credibilidade que hoje possuo e que felizmente me permite ter uma agenda preenchida desde o primeiro ano. Sem uma única acção de divulgação, foi o “passa palavra” de quem mudava as suas vidas que trouxe o sucesso à inSoul. Solidez e maturidade de competências, ética, respeito e sensibilidade intuitiva para perceber a base e a natureza das necessidades particulares de cada pessoa ou profissional é o que nos distingue dos demais.
verso empresarial/profissional ou também para uma vertente mais pessoal? No domínio do vosso core business, qual tem sido a preponderância da marca em cada um destes segmentos (profissional e pessoal)? Durante os primeiros anos focámos mais a vertente pessoal. Há cinco anos começaram a vir profissionais, que optam por um registo de confidencialidade, mas nos últimos três anos, fruto da maturidade alcançada, começámos a focar o nosso core business para o segmento empresarial. De que forma é que as empresas podem chegar à inSoul? Os empresários portugueses estão, na sua opinião, recetivos a estes conceitos e metodologias? Temos o site institucional, o canal youtube, as redes sociais Facebook e Linkedin. Oferecemos gratuitamente uma newsletter regular por email, que pode ser subscrita via Facebook,
e marcamos presença nos media com artigos. Também temos o email e claro o contacto telefónico. Quais são as principais prioridades e desafios da marca para o futuro? Como marca, queremos crescer de forma sólida, através de um serviço de excelência, contribuindo decisivamente para melhorar a vida das pessoas, o ambiente laboral, a performance profissional, o resultado empresarial.Tivemos experiências de internacionalização, no Brasil, mantemos um sólido portfólio de clientes nos Açores, já tivemos delegações no Porto e em Faro. Em 2013 fizemos uma opção estratégica de concentração de recursos, apostando no desenvolvimento contínuo de competências que permitam ter cada vez mais excelência nos serviços que prestamos. Por exemplo, estou agora a frequentar uma certificação internacional de Coaching que aplica Mindfulness ao desenvolvimento das Forças de Caráter. ▪
Na sua opinião, de que forma pode o conceito e metodologia do Coaching proporcionar sucesso nos negócios? Proporciona muito sucesso. O Coaching abre os horizontes, desperta os talentos, expande as competências, proporciona respostas eficazes e ações coerentes face às necessidades. Fale-nos um pouco das potencialidades do denominado Inner Coaching. O vosso método Inner Coaching aporta dois programas. A que programas se refere? Inner Coaching é uma metodologia que desenvolvi com vista a “chegar mais longe em menos tempo”. É trabalhado através da inclusão de metodologias mais abrangentes e específicas que o Coaching, e proporciona outro nível de resultados. O Programa Eu, que se destina ao universo individual, é o processo transformador da redescoberta existencial do eu, e da relação com o mundo, o trabalho e a família. O Programa Business direciona-se ao mundo profissional e dos negócios, onde os objetivos são tangíveis e incluem diversos universos. Este programa redefine a matriz mindset/ innergame, ganhando profissionais energizados, mentes focadas e visão criativa dos resultados. Está mais direcionada para o uni-
37 MARÇO 2016
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xecutiva num grupo internacional em biotecnologia farmacêutica, com responsabilidades de relações institucionais nacionais e internacionais descobriu que o seu maior valor na obtenção de resultados, era a relação de abertura e confiança que estabelecia e levava os seus interlocutores a sentirem-se fortes e confiantes, a descobrirem o seu brilho interior e a serem mais seguros e felizes. No sentido de contextualizar o nosso leitor, de que forma é que o seu percurso a levou à edificação da inSoul. Creating Future? Sempre fui apaixonada pelo desenvolvimento do potencial humano. Encarei as responsabilidades profissionais duma forma inovadora, implementando métodos geradores de confiança winwin com os meus interlocutores institucionais, em Portugal e no estrangeiro. Fazia-o de forma natural e espontânea, mas um dia percebi que estava na hora de mudar e demiti-me. Durante dez anos fiz preparação mental, emocional, académica e espiritual. Foi em 2004 que dei forma à marca, e aí nasceu a inSoul.
COACHING E SUCESSO NOS NEGÓCIOS
OPINIãO DE Carlos TROCADO FERREIRA, Chief Executive Officer da Coach FaCtor
... mudar para a Mudança As empresas enfrentam problemas internos e externos cada vez mais complexos. Na verdade, e para ser sintético, a globalização trouxe desafios e problemas que as estruturas internas das pequenas e médias empresas não têm condições de, per si, os resolverem.
A pontos de vista
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Carlos TROCADO FERREIRA Chief Executive Officer da Coach FaCtor
natureza da ambição empresarial e a diza. E como as organizações são pessoas [e cérebros cotomia da relação oferta e procura, ou (?)...] e estas tendem para a acomodação, para a lei qual destas duas promove primeiro a do menor esforço e para a zona de conforto, uma outra, levam muitas empresas de menor ideia nova é, pois, muitas vezes considerada uma dimensão, ou com reduzida massa crítica, a atropeameaça às ideias, aos produtos e serviços anteriores. larem os seus propósitos estratégicos e a confundiEstendendo esta analogia de resistência a todas rem atitudes corretivas com atitudes estratégicas. as dimensões da empresa, do produto até ao proA dimensão estracesso, ao sistema de tégica ou visionária governança, aos canestas empresas ainnais, ao marketing e, “Cada empresa, cada cadinho cultuda assenta muito na sobretudo, à Gestão de configuração da funTopo, temos que uma ral, tem os seus ritmos de absorção ção do produto ou no empresa que não se seu processo interno. adapta, que não muda diferentes. A fusão das perceções e A criação de valor e a todos os dias um bosucessivas adaptações, sem se perder sua partilha, ou se quicadinho, que não se sermos, a proposta de questiona, não apreo essencial, levam muito tempo, e por valor com que se apresenta pequenos saltos sentam no mercado, de forma regular, não isso exigem paciência, tempo e ententende para a sua dimitem a paixão pelo erro nuição progressiva. e não se foca no risco dimento cabal daquilo que é o ‘first O processo de inovada novidade, tenderá a ção (no pensamento, ter um futuro alicerçathings first’ da Gestão da Mudança” no processo, no prodo em soluções errátiduto, no serviço, na cas que mais não são distribuição, nos dido que respostas tipo versos canais...) requer uma organização a pensar tentativa-erro perdendo-se na noção errada de ‘mudança’. que está a mudar, quando sem a noção de desvio, apenas está a ‘apalpar terreno’. A mudança é o motor. A mudança é a única certe-
O trabalho do Consultor deve começar por preparar ou treinar a Gestão para as 7 (sete) fases da Ação de Mudança: 1. Identificação do problema primacial 2. Definição dos objetivos a alcançar 3. Reflexão sobre a forma e calendarização dos objetivos 4. Análise dos pontos fortes e fracos e sua abordagem 5. Criação de métricas e KPI’s da mudança 6. Preparação da sua dispersão pela Empresa 7. Aplicação do plano e sua monitorização. A intervenção, seja no processo de Pensamento Estratégico, seja na Transferência de Gerações na Gestão (empresas familiares), não deve ser superior a três anos nem inferior a um ano. Cada empresa, cada cadinho cultural, tem os seus ritmos de absorção diferentes. A fusão das perceções e sucessivas adaptações, sem se perder o essencial, levam muito tempo, e por isso exigem paciência, tempo e entendimento cabal daquilo que é o‘first things first’da Gestão da Mudança.
... (ver mais em: www.coachfactor.pt)
também ele não comunica nada. É preciso mais do que isso para construir uma relação de marca, de serviço ou função com o Cliente (ou consumidor, se for esse o caso). Um produto (ou serviço) deve resultar de um sistema - uma ordem sistémica- capaz de se reproduzir e de se reinventar de forma ordenada e consistente facilmente identificável pelo mercado. Para isso, exige-se que a empresa construa a sua própria identidade corporativa, baseada nas suas competências e capacidades e que seja suficientemente dispersa pela organização como uma bandeira, hino ou atitude. O recurso a consultores externos quer na redefinição estratégica quer na transferência de Gestão entre gerações é uma solução para essas PME’s com ambição e garra para vencer. Como mudar a forma de pensar para a mudança permanente? Não adianta querer mudar se
não se tiver consciência do problema. Desse problema. O primeiro passo é mesmo a definição do problema. A fase de Diagnóstico Estratégico (em que este comporta já parte da visão e missão a desenvolver) deve envolver o Consultor Estratégico e a Gestão de Topo da Empresa. De seguida há que definir um Plano de Ação. O consultor tem um papel fulcral nesta etapa: deve mediar o processo de implementação tendo em vista a sustentabilidade futura da organização, pois só preparando primeiro os acionistas/sócios e os gestores para a mudança sistemática se pode mudar a organização para que esta se reinvente permanentemente. Só depois de implementada a Paixão pela Mudança (como uma caixa de ferramentas virtual) se pode passar à redefinição do processo de inovação de mentalidade, de atitudes, de processos, de produtos ou de canais. ▪
39 MARÇO 2016
A gestão da mudança não é apenas iniciar um processo para mudar. Mudar é estabelecer um plano e métricas para a avaliação futura dos desvios, pois só isso é que permite ações corretivas em ordem a um objetivo (necessariamente estratégico). Muitas empresas tendem a confundir estes conceitos, pois recentemente correm ‘teorias’ de que o ‘mundo muda tão depressa que não vale a pena ter uma estratégia’. Aqui a confusão entre Planeamento e Estratégia. Nada de mais errado. A Empresa tem de saber para onde vai, para onde quer ir. E deve concitar todos os esforços, experiência, gestão e informação disponível para iniciar um processo de mudança e adaptar os recursos, humanos, técnicos, logísticos e financeiros a esse objetivo. Os produtos ou serviços são meros instrumentos, ou se quisermos, palavras do dicionário e da gramática que pretendemos implantar. Um produto, tal como uma palavra não é a língua,
SOLUÇÕES - EXPANSÃO E DIVERSIFICAÇÃO
» CESCE PORTUGAL
SEGURO DE CRÉDITO COM COBERTURA DE RISCO COMERCIAL E POLÍTICO A Cesce apresenta o Pay Per Cover. O novo produto em que a empresa só paga prémio pelos clientes que quiser segurar e pode incluir novos clientes ou deixar de segurar os existentes em qualquer momento.
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A solução integral CESCE MASTER OURO permitiu às empresas dispor de um serviço personalizado de consultoria na gestão de créditos e riscos comerciais, tanto no que diz respeito a ferramentas específicas para o conhecimento de mercados, como em questões de transferência de risco RITA LACERDA
Diretora Geral da CESCE
Temos duas soluções disponíveis e configuráveis consoante as necessidades de cada cliente: a “Full Cover”, com a cobertura da totalidade da carteira de devedores e onde os preços também são distintos consoante a qualidade dos mesmos, e a “Pay Per Cover” onde oferecemos uma flexibilidade única no mercado uma vez que as empresas não têm a obrigatoriedade de cobrir a totalidade da sua carteira de clientes, podendo decidir quando e quais os riscos que pretendem transferir para segu-
Com esta cobertura os nossos clientes estão protegidos não só do risco comercial dos seus clientes mas também do risco político do país onde estes estão inseridos
ro ou podendo mesmo nunca transferir riscos mas ter toda a sua carteira de clientes em vigilância de uma empresa como a CESCE, especialista em risco de crédito comercial. O Pay Per Cover está estruturado de acordo com umas características de flexibilidade únicas, como a possibilidade de não cobrir toda a carteira de devedores (elemento comum tradicional no setor do seguro de crédito) e proporciona a opção de decidir que riscos concretos se transferem para a CESCE e em que momento. O cliente escolhe que clientes segurar, só comunica as vendas dos clientes segurados e decide com quem segura as suas vendas. Além disso, a empresa não assume nenhum compromisso de pagamento de prémio, ou seja não tem prémio mínimo. Só paga pelos clientes que segurar, tanto portugueses como internacionais, e pode incluir novos clientes ou deixar de segurar os existentes em qualquer momento. Neste produto, o que o diferencia dos seguros de crédito tradicionais, é que não estabelece limite de Indemnização Máxima Anual e cobre até 95% do valor das faturas dos clientes segurados. Perante a importância da internacionalização empresarial, um dos nossos principais objetivos é manter a transversalidade dos nossos produtos e serviços. Deste modo podemos proporcionar aos nossos clientes um aconselhamento integral global em qualquer parte do mundo. No nosso portfolio de produtos, acabámos de incluir também a cobertura de Risco Politico. Neste momento os nossos clientes podem incluir na garantia do seguro além do risco comercial, o risco político, consubstanciado em acontecimentos políticos ou dificuldades económicas de especial gravidade que ocorram no estrangeiro, como crise na balança de pagamentos, alterações da paridade monetária de valor significativo ou a acumulação catastrófica de prejuízos, que originem uma situação generalizada de insolvência no país do seu cliente. Cada vez mais os nossos empresários procuram destinos de exportação onde são mais competitivos, onde a procura pelos nossos produtos é grande mas onde por vezes existe um risco politico. Com esta cobertura os nossos clientes estão protegidos não só do risco comercial dos seus clientes mas também do risco político do país onde estes estão inseridos.▪
41 MARÇO 2016
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gestão do crédito comercial tornou-se uma tarefa de máxima importância nas empresas. Actualmente, a realidade económica exige às empresas a optimização e gestão dos impactos que a recessão, a morosidade e a falta de liquidez exercem na sua actividade comercial. As empresas devem procurar novos mercados para potenciar o seu crescimento contando com a assessoria de uma seguradora de crédito que as vai ajudar a encontrar clientes solventes, decidir sobre as condições de venda, fazer o seguimento dos clientes e decidir transferir risco para cobertura de seguro, estabelecer um protocolo de cobrança e recuperação de dívidas e financiar as necessidades de circulante que gera o crédito a clientes. Entender esta mudança de tendência levou a CESCE a renovar as suas soluções adaptando-as às novas circunstâncias económicas e do mercado. Neste contexto económico, quando uma empresa tem a oportunidade de analisar, examinar e avaliar os riscos comerciais concretos que enfrenta, as suas probabilidades de êxito aumentam exponencialmente. A solução integral CESCE MASTER OURO permitiu às empresas dispor de um serviço personalizado de consultoria na gestão de créditos e riscos comerciais, tanto no que diz respeito a ferramentas específicas para o conhecimento de mercados, como em questões de transferência de risco. Dentro deste ambiente inovador criado pela CESCE MASTER OURO, desenvolvemos o Risk Management, um sistema de seguimento em tempo real dos possíveis riscos derivados do crédito da carteira de clientes. O valor diferencial desta ferramenta reside na configuração de modelos estatísticos de decisão relativos aos diferentes comportamentos de pagamento dos clientes, uma solução que permite às empresas controlar o risco de cada um dos seus clientes e antecipar-se a qualquer circunstância suscetível de ser um problema ou contingência no momento de tomar decisões. Para além do Risk Management a CESCE desenvolveu o serviço de Transferência do Risco, pensado para cobrir as necessidades concretas de cobertura de riscos, oferecendo a possibilidade de controlar a evolução de riscos da carteira de clientes e devedores, definindo que clientes quer cobrir e estabelecer os valores sobre os quais a empresa deseja aplicar uma cobertura de riscos.
O cliente escolhe que clientes segurar, só comunica as vendas dos clientes segurados e decide com quem segura as suas vendas
BREVES BREVES
Otorrinolaringologia
25º Jornadas (ORL) do Centro Hospitalar do Porto Nos dias 18 e 19 de março realiza-se, no Hotel Ipanema Park Porto, a 25ª edição das Jornadas de ORL do Centro Hospitalar do Porto. O evento, presidido por Cecília de Almeida e Sousa, tem o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia CérvicoFacial (SPORL). O encontro contará com a participação de convidados de França, Espanha, Holanda e Alemanha.
DE 2 a 4 de abril O importante “é que o legado a receber seja preservado e atualizado, respeitando o espírito republicano, ajudando a recriar a democracia e mantendo viva, livre e justa uma pátria que só o será se cada um dos que a integram puder viver em liberdade e com justiça”.
Marcelo Rebelo de Sousa
Tomou posse como Presidente da República no passado dia 9 de março
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Expocosmética 2016 reinventa-se “A grande celebração anual do melhor que se faz nas áreas da cosmética, estética, unhas e cabelo tem encontro marcado com o vasto mercado de expositores e consumidores para os dias 2 e 4 de abril, na Exponor. Já na XXI edição, a Expocosmética, que este ano tem como embaixadora a atriz e modelo Sónia Balacó, orgulha-se de ser uma feira líder do setor no mercado ibérico e prepara-se para consolidar essa posição na edição deste ano, reinventando-se e criando novos mecanismos de interação e troca de conhecimentos entre os profissionais e o consumidor final”.
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» Apresentação decorreu na Universidade Lusófona, em Lisboa
“A Globalização e a Geopolítica Internacional” Um livro que obriga a repensar Para políticos, juristas, universitários, estudantes, cientistas políticos, jornalistas, economistas, sociólogos ou estudiosos em geral, “A Globalização e a Geopolítica Internacional” lança as pedras basilares para um debate aprofundado e esclarecedor sobre as grandes questões hoje impostas à agenda internacional e nacional. Com a presença dos autores da obra, António Gameiro e Rui Januário, no passado dia 24 de fevereiro, a Universidade Lusófona assistiu ao lançamento de um trabalho que nasceu do “espírito inquietante e inquisidor” dos seus escritores.
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um evento que também contou com a presença do autor do prefácio da obra, Rui Pereira, Ministro da Administração Interna nos XVII e XVIII Governos Constitucionais, foi a João de Almeida Santos, Diretor do Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais da Universidade Lusófona, que coube a responsabilidade de dar início ao lançamento do livro “A Globalização e a Geopolítica Internacional”, no passado dia 24 de fevereiro, nas instalações da Universidade Lusófona. Desenvolvida no âmbito de uma parceria com o Departamento de Ciência Política, Segurança e Relações Internacionais, “a dimensão da obra é tão extensa que, mais do que apresenta-la, pretendo propor algumas reflexões em torno do fascinante tema da globalização”. Para João de Almeida Santos, é sempre gratificante verificar que os professores daquela instituição investigam matérias que facilitam a compreensão do mundo atual, sob a moldura de um assunto tão pertinente como é a globalização. “Logo no início desta obra os autores referem-se à globalização como algo que não é pacífico e que está envolvido por um manto de dificuldades”, explicou, acrescentando ainda que o facto de os autores defenderem que este conceito está a “cair em desuso” poderá significar que o mesmo está a “perder clareza concetual em parte por ter caído na esfera da banalidade linguística mas também por existir um afunilamento ao deslizar para a esfera da economia”. Contudo, para Almeida Santos, esta obra ultrapassa esse denominado “afunilamento económico-financeiro”, ao propor uma panóplia de temas que integram este mundo global, desde a “política externa e segurança comum da União Europeia, à necessidade da sua rein-
venção institucional e política com propostas concretas e bem estimulantes como é o caso da criação de um Senado que substitui o Conselho de Ministros até à complexa questão da guerra global da informação”, enumerou o responsável que, por inúmeras ocasiões, descreveu o livro como sendo “uma obra muito vasta” que percorre inúmeros temas que são objeto de uma análise bastante minuciosa por parte dos autores. O emprego numa ótica global, o direito ao trabalho e à subsistência para aqueles que não podem trabalhar ou a liderança no contexto internacional são outros assuntos
propostos, sob a bandeira da globalização, um conceito que, para João de Almeida Santos, está “banalizado e pouco claro do ponto de vista concetual”, confundindo-se frequentemente “o processo com o conceito”. Assim sendo, com este livro de António Gameiro, Doutorado pela Universidade Complutense de Madrid, e Rui Januário, Mestre em Relações Internacionais, Almeida Santos acredita que estão lançadas “boas alavancas para entrarmos em força nos grandes temas da globalização”. Se para os autores o facto de Rui Pereira ter aceite escrever o prefácio desta obra é de uma simbologia inestimável, para o antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros é de louvar o facto de alguém “ousar pensar e escrever sobre um conjunto vasto e atrevido de temas que estão na ordem do dia”. Globalização e Geopolítica Internacional são grandes temas do momento sobre os quais tem uma visão bastante otimista. Recuando no tempo e fazendo uma certa e curiosa analogia com o setor da saúde, Rui Pereira acredita que a “globalização está hoje para o discurso político como a virose estava para o discurso médico há uns anos”. Por outras palavras, se, no passado, perante um problema de saúde com causas desconhecidas os médicos tinham o hábito de associa-lo a uma virose, hoje o mesmo acontece com a globalização. Terrorismo, criminalidade internacional organizada, autoestradas da informação, entre muitos outros fenómenos atuais são frequentemente vistos como consequências do mundo global e, para Rui Pereira, dentro deste cenário, há uma certeza inabalável: “sabemos o que é a globalização mas não sabemos para onde nos vai conduzir”. Com esta obra, os autores conseguiram tratar algumas temáticas relativas à globalização, enfrentando este fenómeno através de algumas das suas manifestações. Para tal, abordaram temas com uma pertinência ímpar, como “a emergência do mundo unipolar, o fim da
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o que eles dizem
“O conceito de globalização deverá ser devidamente clarificado para que a discussão não conheça deslizes concetuais e, portanto, para que possamos abordar esta temática de forma correta”. JOÃO DE ALMEIDA SANTOS
RUI PEREIRA
“O livro, tendo como base um conjunto diversificado de temas, reúne o nosso esforço no sentido de narrar alguns fenómenos da globalização e da geopolítica internacional mas fomos ainda mais além, dando a nossa opinião”.
guerra fria, a era da mediatização global e da internet, a ameaça de colapso ecológico, a crise do estado social, as migrações e a insegurança no Mediterrâneo, a criminalidade organizada e o terrorismo”. São temas que se relacionam com a globalização que, para Rui Pereira, tem causado mais vantagens do que inconvenientes porque “no essencial, traz mais democracia, mais informação, mais liberdade e mais cultura às pessoas”, defendeu, reconhecendo, contudo, que um dos domínios onde tem efeitos mais perversos é o da segurança. “A globalização aumenta a liberdade e diminui a segurança”, afirmou Rui Pereira, lançando de imediato a questão: “nos tempos atuais, como conciliar liberdade com segurança?” Este é um problema a resolver. “Entre segurança e liberdade há uma relação de interdependência mas também existe uma relação de antinomia que tem sido agudizada pela globalização”, defendeu Rui Pereira que termina a sua intervenção com um apelo aos autores. “Perante esta avalanche da globalização, como é que podemos preservar o Estado Social? Numa futura obra espero que os autores respondam a esta questão de uma forma mais desenvolvida”, concluiu.
A visão dos autores
Considerando a globalização e a geopolítica internacional o denominador comum que melhor assentava, esta obra, acima de tudo, procura ser abrangente e abarcar um conjunto de temáticas sobre um assunto que, para António Gameiro, “nos interpela a todos, sobretudo aqueles que estão mais atentos ao fenómeno político e social”. Hoje não há nada que não seja acompanhado no momento e, como prova disso, o autor partilhou com o público o facto de, minutos depois do início do evento, já existirem fotografias nas redes sociais sobre
“Há quem defenda que o livro é um pouco reacionário. Pois bem, se ser reacionário é defender o bem comum e o bem da sociedade, eu serei orgulhosamente um reacionário”. RUI JANUÁRIO
o mesmo. “Estamos nesta era da globalização onde a informação nos interpela a cada momento. O livro, tendo como base um conjunto diversificado de temas, reúne o nosso esforço no sentido de narrar alguns fenómenos da globalização e da geopolítica internacional mas fomos ainda mais além, dando a nossa opinião”, salientou António Gameiro que acredita ainda que o Estado Social é cada mais digno de proteção uma vez que “o Estado Social na União Europeia é o arquétipo de Estado no Mundo. É um Estado igualitário, livre e justo que tende a fomentar políticas públicas para que as pessoas tenham mais qualidade de vida, e sejam felizes, o que traz harmonia e paz ao Mundo”. Mas, perante os desafios atuais e a falta de resolução de alguns problemas prementes, importa repensar e lançar o debate. Este é o objetivo da obra. “Espero que tenham boas reflexões porque a inquietação dos autores é imensa”, concluiu António Gameiro. Por fim, depois de todas as apresentações, Rui Januário dedicou a sua intervenção à desconstrução de algumas ideias apresentadas no livro, defendendo, desde logo, que a globalização evoluiu para uma vertente social e política com referência à chamada “sociedade dos dois décimos”, uma ideia preconizada por Werner Schwab. O que significa? “Significa que dois décimos das pessoas fazem falta e terão emprego no futuro, ao passo que 80% da população não vai ter uma atividade funcional”, explicou o autor. Se não houver uma rápida atenção relativamente ao Estado Social e aos ditames da relação entre política e economia, esta teoria tende a reforçar-se. Neste sentido, partindo do facto de no mundo ocidental 64% das receitas do Estado provir do rendimento do trabalho, Rui Januário avançou com alguns números que causam alguma preocupação e que geram aquilo a que chamou de “anemia no
mercado e na democracia ocidental”. “Segundo alguns autores, para sustentarmos o Estado Social na forma e no modelo existentes, teremos de diminuir os salários em 20%. Ora, 40% do PIB da Europa Ocidental é gasto em prestações sociais, financiadas fundamentalmente pelas contribuições do fator trabalho”, explicou. Perante estas constatações, os autores lançam algumas questões na obra: “Que dose de mercado poderá a democracia suportar? O que é que o mercado pode evoluir de forma a continuarmos no modelo de Estado Social e no modelo democrático?” Posto isto, os autores não defendem uma “cura de emagrecimento dos Estados por via de uma cisão social. Mas, correndo mais uma vez o risco de serem considerados “reacionários”, António Gameiro e Rui Januário expuseram algumas medidas que poderão combater o paradigma da designada “sociedade dos dois décimos”, nomeadamente: limitar o poder político de que dispõe os mercados; criação de um imposto sobre o volume financeiro; em vez de combater a inflação, encorajar a liberdade empresarial (regulada e tutelada); criação de um imposto sobre a circulação internacional de capitais; proibição das transferências de capitais para paraísos fiscais (já não de um ponto de vista criminal mas orçamental); incremento do sistema educacional para fornecer toda a informação aos cidadãos para que se consigam aperceber das realidades; novas formas de financiamento dos orçamentos públicos; entre outras. Se para Rui Pereira, os leitores poderão encontrar nestas páginas “um estímulo para (re)pensar o futuro de Portugal no quadro dos seus compromissos e alianças”, Rui Januário aceita que o vejam como um reacionário. “Se ser reacionário é defender o bem comum e o bem da sociedade, eu serei orgulhosamente um reacionário”, concluiu. ▪
45 MARÇO 2016
ANTÓNIO GAMEIRO
“Tenho uma visão muito otimista porque a globalização terá mais vantagens do que inconvenientes. No essencial, a globalização traz mais democracia, mais informação, mais liberdade e mais cultura às pessoas”.
ECONOMIA CIRCULAR
OPINIãO de Luís Veiga Martins, Diretor Geral da Sociedade Ponto Verde
Colocar Portugal a acelerar rumo à economia circular O setor dos resíduos e da reciclagem tem um papel crucial no desenvolvimento da economia europeia e portuguesa, um papel que tenderá a aumentar tendo em conta a aposta da Comissão Europeia no estabelecimento de uma economia circular. Por outro lado, as metas ambiciosas a que o setor está sujeito, nomeadamente com vista ao melhor aproveitamento do resíduo enquanto recurso, motivará o aparecimento de novos processos, de novas soluções tecnológicas e de novos modelos de negócios.
Luís Veiga Martins Diretor Geral da Sociedade Ponto Verde
D pontos de vista
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Desta forma, estaremos a contribuir para aumentar o valor esafios desta natureza e desta dimensão necessitam de um setor que, já por si, tem um peso muito importante na de respostas concertadas e concretas, e os tempos economia nacional. O setor dos resíduos urbanos em Portugal desafiantes com que nos deparamos não podem ser tem um impacto económico direto de 357 milhões de euros e nada mais do que estímulos à inovação, um fator crupermite a manutenção de mais de 15.000 postos de trabalho. cial em termos de competitividade. Nesta área, Portugal tem Só o setor da reciclagem de resíduos de embalagens contribui vindo a registar um progresso assinalável e foi, recentemente, com mais de 71 milhões de euros para o PIB nacional. Ou seja, reconhecido enquanto país dinamizador do empreendedorisestamos perante um setor que encerra um manancial impormo e com excelentes resultados na criação de empresas e de tante de oportunidades em termos de inovação e de criação incubadoras. Perante esta realidade, a Sociedade Ponto Verde, de valor. Mas este valor poderá ser significativamente superior. que há quase 20 anos tem sido motor da reciclagem de reEstima-se que o impacte ecosíduos de embalagem e do setor dos nómico direto global das atiresíduos, entendeu apostar no reforço estaremos a contribuir para aumentar vidades de gestão de resíduos da sua missão e lançar o Ponto Verde urbanos aumentará 26%, para Open Innovation, que acreditamos o valor de um setor que, já por si, tem 451 milhões de euros, com que poderá ajudar a acelerar o crescibase nas metas definidas no mento de empresas que promovam o um peso muito importante na economia Plano Estratégico dos Resíduos crescimento verde. Ao apoiar empreUrbanos para o ano de 2020. endedores, empresas e instituições do nacional. O se tor dos resíduos Por outro lado, prevê-se que as sistema científico e tecnológico, esta iniciativa será um importante impulurbanos em Portugal tem um impacto emissões de gases com efeito de estufa sejam reduzidas em sionador do empreendedorismo nacional, da inovação e da investigação, económico direto de 357 milhões de 47%, o que se traduz na poupança da emissão de 522 mil em suma do setor económico, com euros e permite a manutenção de mais toneladas de CO2, um dado impactos também a nível social, na importante considerando o criação de empregos e no estímulo à de 15.000 postos de trabalho recente Acordo de Paris para formação. Trata-se de uma iniciativa conter o aquecimento global. pioneira em Portugal, em associação Acreditamos que Portugal com parceiros de relevo em várias árepode e deve beneficiar do potencial associado a esta mudanas, nomeadamente na banca, universidades e empresas, que ça de paradigma económico e que a indústria portuguesa irá proporcionar financiamento, mentoring e incubação a emdeve olhar para o espaço europeu como o seu mercado napresas. Tem como objetivo criar valor económico e ambiental, tural. A tecnologia está disponível, existem recursos humanos capitalizar o potencial de Investigação e Desenvolvimento e muito qualificados, pelo que Portugal tem todas as condições estimular uma filosofia de gestão e modelos de negócio que para poder ser ainda mais competitivo e aproveitar as possibicontribuam para o desenvolvimento da Economia Circular, em lidades que se abrem com a economia circular, uma prioridade especial na área dos resíduos de embalagens e dos resíduos política na agenda da Comissão Europeia. ▪ de outros fluxos de materiais.
ECONOMIA CIRCULAR
Ponto Verde Open Innovation com candidaturas abertas até 8 de abril As candidaturas ao Ponto Verde Open Innovation estão abertas até dia 8 de abril. A iniciativa é promovida pela Sociedade Ponto Verde e visa apoiar projetos de Investigação & Desenvolvimento (I&D), modelos e projetos de negócio impulsionadores e dinamizadores da economia circular. Os interessados poderão submeter as candidaturas através do site http://pontoverdeopeninnovation.com.
tion. Entre setembro e outubro terá lugar um Bootcamp, organizado pela Nova School of Business and Economics, no qual poderão participar os responsáveis pelos projetos anteriormente selecionados pelo Advisory Board. Por último, os projetos serão avaliados pela comissão executiva da Sociedade Ponto Verde e pelos parceiros do Ponto Verde Open Innovation. O projeto conta ainda com o apoio das seguintes entidades: AEP – Câmara de Comércio e Indústria, AEPSA – Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente, Building Global Innovators, Centro para a Valorização de Resíduos, EY, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Fundação AIP, Millennium Capital, Nova School of Business and Economics, Porto Business School, Startup Lisboa, The Lisbon MBA, Universidade do Minho, Universidade do Porto e VDA – Vieira de Almeida Associados. O Advisory Board do projeto é cons-
Ao longo dos seus 19 anos, a Sociedade Ponto Verde tem vindo a apoiar e dinamizar a investigação e desenvolvimento, tendo investido mais de 2 milhões de euros em projetos e estudos
tituído por Ana Isabel Trigo Morais, António Barahona d’Almeida, António Lobo Antunes, Augusto Mateus, Fernando Leite, Francisco Nunes Correia, Jorge Rodrigues, Luís Veiga Martins, Miguel Fontes, Nuno Lacasta, Paulo Ferrão e Viriato Soromenho-Marques.
Ao longo dos seus 19 anos, a Sociedade Ponto Verde tem vindo, no âmbito da sua missão, a apoiar e dinamizar a investigação e desenvolvimento, tendo investido mais de 2 milhões de euros em projetos e estudos que se revelaram fundamentais para melhorar processos de recolha, de transporte, de triagem e de reciclagem e, inclusivamente, para o aparecimento de novas técnicas e de novos negócios. Destacam-se projetos como os Plásticos Mistos, que contribuíram para a reciclagem de plásticos que, no passado, constituíam refugo das estações de triagem; ou o baldeamento assistido, projeto que tem proporcionado ao setor horeca (hotéis, restaurantes e cafés) uma forma eficiente e fácil de depositar o vidro recolhido nos seus estabelecimentos em ecopontos especialmente adaptados para recolher grandes quantidades de embalagens. ▪
47 MARÇO 2016
A
iniciativa, que conta com apoio institucional do Ministério do Ambiente, será operacionalizada com um conjunto de parceiros de relevo das mais diversas áreas, nomeadamente investigadores, investidores, associações setoriais, empresas e universidades, que poderão proporcionar diversos tipos de apoio, nomeadamente mentoring, incubação de empresas e financiamento. São passíveis de candidatura projetos submetidos por Universidades, Instituições do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e outras entidades, Empresas, Associações e Organizações Não Governamentais, bem como de empreendedores individuais ou equipas e startups até três anos de existência. Após esta fase, seguem-se a verificação e avaliação de mérito das candidaturas, realizadas por entidades independentes e, posteriormente, a avaliação das mesmas pelo Advisory Board do Ponto Verde Open Innova-
ambiente
» eficiência energética
eficiência energética é o FOCO Criada em 2012, a FinalSegment assumiu como objetivo “demonstrar num mercado energético recentemente liberalizado e competitivo como o português” que é possível que uma empresa, sem colocar em segundo plano a sua responsabilidade social e ética, adote uma outra forma de estar e atuar no mercado. Conheça melhor esta posição com Pedro Leandro, CEO da FinalSegment.
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riada em 2012, a FinalSegment assumiu como objetivo “demonstrar num mercado energético recentemente liberalizado e competitivo como o português” que é possível que uma empresa, sem colocar em segundo plano a sua responsabilidade social e ética, adote uma outra forma de estar e atuar no mercado. Que postura é esta? Vivemos todos no passado recente, tempos de grande desperdício energético, descurando, e muitas vezes ignorando, o facto de que os recursos do planeta não são adquiridos e inesgotáveis. Inevitavelmente, e pelos piores motivos, o fenómeno “Aquecimento Global”, despertou o mundo para a era da consciencialização ecológica. Saber que planeta, e em que condições o queremos deixar às gerações vindouras, está nas mãos de todos e de cada um. A nível empresarial, a responsabilidade é todavia maior. E a nossa missão é assessorar e colaborar com o tecido em-
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presarial de modo a encontrarmos as melhores soluções para a redução da fatura energética. Assegurar por esta via um futuro mais sustentável, gera poupança ao invés de despesa, e é essa a mentalidade que queremos cultivar e enfatizar. No seu compromisso com o meio ambiente, a FinalSegment especializou-se na oferta de soluções de poupança energética. De que soluções podemos falar? A fatura energética adquire hoje uma importância muito relevante na gestão dos recursos das empresas, e está no centro das prioridades dos gestores. A FinalSegment especializou-se no desenho de soluções adequadas às necessidades de cada empresa, otimizando a utilização da energia, evitando sobrecustos e desperdícios desnecessários. Oferecemos soluções de iluminação LED de última geração, que para além de permitirem a melhoria das condições de luminosidade e de traba-
PEDRO LEANDRO
lho nas empresas, atingem níveis de poupança energética impressionantes. A nossa fórmula “pagar o investimento com a poupança gerada” está a ter uma grande aceitação pelos nossos clientes, que se sentem empolgados pela realização de uma ação de responsabilidade social corporativa, através da sua contribuição para a redução das emissões de CO2. Para além deste setor de atividade, a FinalSegment é parceira e colaboradora oficial da Iberdrola (uma das principais empresas energéticas a nível mundial), comercializando as melhores soluções de eletricidade para residências e empresas. Segundo o estudo “Climate Change Performance Index”, apresentado em dezembro último pela GermanWatch e pela Rede Europeia de Ação Climática na Cimeira do Clima de Paris, Portugal desceu dez posições no esforço de combate às alterações climáticas. No seu ponto de vista, a que se deveu esta “queda”? O que é premente fazer para recuperar o que foi perdido? É preciso ter a capacidade de consciencializar e introduzir uma nova mentalidade, em que cada um seja chamado a contribuir. É necessário reciclar, reutilizar, utilizar fontes de energia renováveis, investir em tecnologia e investigação, apoiar projetos amigos do ambiente. Pouparemos recursos e ganharemos futuro. O nosso atual 16º lugar no ranking dista ainda muito do 1º lugar da Dinamarca, mas ainda assim, fica muito acima do 38º lugar da nossa vizinha Espanha ou do 44º lugar da China. Por muito caminho que tenhamos que percorrer, o caminho faz-se caminhando, e Portugal, apesar das adversidades, é sensível a estas ques-
tões, e por norma adere à mudança. É urgente a intervenção de quem nos governa, introduzindo em primeira linha ações concertadas de sensibilização/educação nas escolas, mas também através da introdução de estímulos e apoios à economia que premeiem aqueles que, na vanguarda, promovem esta mudança de paradigma. Uma vez que a energia se assume, cada vez mais, como um elemento fundamental para o desenvolvimento do país e da sua economia, a aposta na eficiência energética tende a ser uma realidade impossível de contornar? Não tende a ser…, já é uma realidade incontornável! A nossa mensagem, bem como a de outras empresas especializadas neste setor, que assumem na sua génese e no seu ADN um compromisso com o meio ambiente, não chega, infelizmente a toda a gente. É um processo longo, mas promissor e desafiante, porque sabemos que estamos na linha da frente. Embora a energia seja um bem necessário, é possível evitar gastos e desperdícios. Que conselhos importa deixar? A energia mais barata é aquela que não se consome. No entanto, no nosso mundo, a energia não só é necessária, como imprescindível. Todos nos devemos diferenciar no uso que fazemos dela e na otimização do nosso consumo. Bem para além da poupança económica que a mudança dos nossos hábitos poderá conseguir, estará a contribuição para um mundo melhor que queremos deixar às gerações futuras. E o futuro assegura-se educando! Amanhã outros farão melhor, se bem o aprenderem a fazer hoje.▪
ambiente
» eficiência energética
Há 20 anos numa busca pela
melhoria contínua
A operar no mercado de gestão e reciclagem de resíduos, a Renascimento tem procurado diminuir a pegada ambiental, disponibilizando os melhores serviços e práticas nesta área. Saiba mais com Elsa Nascimento, Diretora da empresa.
É
possível inovar nos processos de reciclagem, adotando práticas que minimizam os danos para o meio ambiente. No quotidiano da Renascimento, de que forma a vertente inovação tem sido fundamental no processo de reciclagem? Somos uma empresa que se pretende diferenciar no mercado. Como tal, apresentamos os melhores serviços e melhores práticas. Para que tal aconteça, a busca pela melhoria contínua torna-se imprescindível. Este é um termo que está intrinsecamente ligado à definição de Inovação. Operamos no mercado de Gestão e Reciclagem de resíduos, portanto possuímos um foco muito grande na preservação do meio ambiente e, como tal, pretendemos sempre diminuir a nossa pegada ambiental. Existe na Renascimento uma estratégia que apela a um ambiente propício à geração de inovação. Perfeito exemplo disso, é a certificação WEEELABEX. É com certeza uma mais-valia, pois significa que estamos aptos qualitativamente, entre outras, para um conjunto de medidas de proteção ao ambiente. Várias entidades têm hoje procurado garantir o cumprimento das metas europeias de reciclagem de embalagens que são colocadas no mercado em Portugal. Tendo em conta o maior envolvimento da população na recolha seletiva e as novas tecnologias de triagem de resíduos elétricos e eletrónicos, acredita que estas metas vão sendo cumpridas? Todos nós, cidadãos, pretendemos ter um papel ativo na sociedade. Como tal, cada vez mais, assistimos a uma tendência crescente com proteção para com o ambiente. A recolha seletiva tende a ser uma prática crescente e um
Olhando para o cenário internacional e quando se fala em gestão e reciclagem de resíduos, qual a posição que Portugal assume? Estamos no bom caminho ou ainda há muito a fazer? No campo da consciencialização, o que continua a ser premente fazer? Portugal é um dos países mais desenvolvidos tecnologicamente na área da Gestão e Reciclagem de Resíduos. Estamos com certeza no bom caminho mas existe ainda muita coisa a fazer no âmbito burocrático e certificação. Os velhos hábitos são algo que se demora a perder e, como tal, é necessário tomar uma estratégia que siga uma linha de consciencialização contínua junto da população. Somente desta forma se irão conseguir atingir novas metas e resultados. Apenas se dedicam à recolha e reciclagem de resíduos elétricos? Não, a Renascimento também tem investido fortemente na gestão e tratamento de resíduos industriais, perigosos e resíduos de construção e demolição, estando também estas áreas certificadas em Qualidade, Ambiente e Segurança. Onde estão a operar? A Renascimento celebra este ano 20 anos de atividade e está presente no Porto, Lisboa e Faro. ▪
49 MARÇO 2016
ELSA NASCIMENTO
objetivo comum no dia-a-dia de muitos portugueses. As novas tecnologias têm-se revelado muito importantes pois vêm sistematizando processos, impulsionando esta área. Conseguem-se portanto paralelamente, não só aumentar a qualidade e produtividade do serviço, mas também poupar tempo e recursos que são vitais. A Certificação WEEELABEX estabelece medidas relativas à proteção do meio ambiente e da saúde e segurança humanas, mediante a prevenção e mitigação dos efeitos negativos da logística de resíduos de REE’s. Desta forma, com o carimbo de excelência que prova a qualidade de todos os procedimentos, pretendemos incentivar todos os intervenientes (sejam eles fabricantes de Resíduos Elétricos e Eletrónicos, distribuidores, armazenistas, logística, lojas de eletrodomésticos ou ainda consumidores finais), para que seja feita a correta triagem deste tipo de resíduos.
AgrikProducts
» AGRIKOLAGE – Marcar a Diferença
AGRIKOLAGE
Do It Yourself Existem produtos que marcam a diferença por si só. Por aquilo que representam e aportam a quem os escolhe e utiliza. AGRIKOLAGE! Conhece? Chegou em outubro de 2015 e tem como principal foco uma capacidade inovadora de enorme relevância. Mas já lá vamos.
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A
componente Faça você mesmo ou “Do It Yourself” tem ganho, nos últimos anos, uma dimensão superior em Portugal, sendo que as marcas começam, cada vez mais, a estar atentas a produtos que permitam aos consumidores criar, usar e valorizar. A AGRIKOLAGE, da Agrikproducts, representa, na sua plenitude, esse lema do Faça você mesmo que combina agricultura com bricolage e torna tudo mais simples. Que não subsistam dúvidas. Este é um conceito que vem romper com tudo o que já vimos, sendo composto por um portfolio bastante vasto e diferenciador: abrigos agrícolas ou para animais, estruturas de apoio, depósitos para armazenamento e distribuição de água, vedações, soluções energéticas, estruturas de suporte e proteção de árvores e plantas e ainda outros produtos que pode conhecer em agrikolage.com. Comprovando a valia deste projeto e conceito, a marca AGRIKOLAGE encontra-se presente no mercado Ibérico, sendo que o passo seguinte passa por conquistar o mercado internacional, com um projeto de internacionalização que já está aprovado no âmbito do Portugal 2020, sendo que o foco principal, nesta fase, passará pelo mercado da Europa Central, na Polónia e da Europa de Leste, na Roménia. ▪
“Sim, é um projeto inovador” O CEO da AGRIKOLAGE, Ricardo Henriques decidiu apostar num novo conceito que promete revolucionar o mercado. Saiba mais.
C
hegou recentemente ao mercado nacional uma nova marca de soluções integradas de produtos para a agricultura: a Agrikolage. Que conceito é este e que mais valias aporta o mesmo? Este novo conceito de soluções modulares que funcionam por componentes, permite ao agricultor aproveitar e definir exatamente o produto final que pretende, tendo por base os módulos existentes, experimentar combinações, testar tamanho e cores até ficar satisfeito com o resultado final. Além destas vantagens, há uma redução notória do preço do produto e da mão de obra na montagem.
Acredita que as pessoas vão estar recetivas a este conceito? A nossa marca oferece muitas vantagens e creio que o agricultor rapidamente vai entender a mais valia que trazemos para o Mercado. Que estratégia está delineada para promover o crescimento da marca e desta gama de soluções «low cost»? Atualização constante. Acompanhamento do cliente e das necessidades do seu negócio de forma a ter o produto certo para cada mercado. Vamos estar constantemente a desenvolver novos produtos, que respondam às solicitações e sugestões dos nossos clientes, aliás, como já tem acontecido até agora. Escolher Agrikolage é…? Escolher inovação, design, facilidade e proximidade.
51 MARÇO 2016
Será legítimo afirmar que este novo conceito: Agrikolage, vem, de alguma forma, revolucionar o setor até porque o mesmo tem uma forte componente «Do it yourself», criando uma simbiose entre a agricultura e a bricolage? Sim, é um projeto inovador. Este potencial de mercado não estava, ainda, explorado: área de equipamentos e infraestruturas auxiliares para a agricultura, num modelo de montagem em «Do It Yourself». Notamos que o agricultor contacta vários fornecedores para a implementação e/ou reestruturação de uma exploração agrícola, aumentando o tempo de execução, a complexidade de integração das soluções e o respetivo investimento realizado. Com as soluções Agrikolage, poderá adquirir vários produtos numa só compra, e ajustado exatamente às suas necessidades.
Soluções DIFERENCIAdoras
» CABLOTEC trabalha com indústrias muito distintas
Reforço contínuo
da capacidade técnica e produtiva A Cablotec desenvolve soluções especializadas de conectividade para a indústria automóvel e ferroviária, telecomunicações, informática, electromedicina e defesa. Tem sido precisamente esta diversificação um dos principais fatores do sucesso de uma empresa apostada em disponibilizar soluções à medida das necessidades dos seus clientes. Conheça melhor este “parceiro ideal para desenvolver, fabricar, instalar e manter soluções de conectividade” pela voz de Teresa da Silva, Gerente da Cablotec.
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riada em 1992, ao disponibilizar serviços e soluções globais aos seus clientes, a Cablotec rapidamente se destacou no mercado. O que permitiu e tem permitido esta diferenciação ao longo de mais de duas décadas? A nossa diferenciação baseia-se exatamente na nossa capacidade de oferecer soluções à medida dos nossos clientes, obedecendo sempre às exigências técnicas e níveis de qualidade que o mercado impõe. Quando falo de qualidade refiro todos os níveis, tanto de serviços como produto – desde o projeto até à conceção final do produto, incluindo um criterioso cumprimento de prazos de entrega.
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Especificamente, qual tem sido o vosso trabalho com cada um dos setores com os quais trabalham? O facto de colaborarem com indústrias tão distintas dá-vos uma abordagem mais global do mercado? Sem dúvida e tem sido essa diversificação um dos principais fatores do nosso sucesso. Ao nos apresentarmos no mercado como parceiros ideais para o fornecimento de “soluções globais”, temos uma responsabilidade acrescida no sentido de garantir as competências e recursos necessários aos desafios que nos vão sendo apresentados. Ao longo da nossa atividade, têm surgido diversos desafios de extremo interesse, nos quais temos investido e temos também contado em certos projetos com a ajuda dos nossos clientes. Tem sido um trabalho progressivo e conjunto, de constante expansão, que nos permite hoje oferecer um vasto leque de soluções e a capacidade de poder acompanhar um cliente desde a fase inicial de desenvolvimento dum produto, à conceção e produção do mesmo. Enquanto entidade que disponibiliza serviços de desenvolvimento, projeto e produção de cablagens e sistemas, de moldes e de ferramentas especializadas, que cuidados são seguidos para garantir a total segurança e qualidade destes serviços? Cada setor obriga ao cumprimento de normas específicas técnicas e de qualidade. O único “cuidado” a ter é cumprir criteriosamente essas normas. Quando as mesmas não estão especificadas, nós mesmos as definimos de forma a garantir essa qualidade e fiabilidade. A Cablotec está certificada segundo a Norma ISO 9001 desde 1999. Desde essa altura que temos os nossos próprios critérios de Garantia de Qualidade, que são reconhecidos pelos nossos clientes. Mais do que um chavão, a inovação deve fazer parte da estratégia das marcas. Na prática, na
TERESA DA SILVA
Tem sido um trabalho progressivo e conjunto, de constante expansão, que nos permite hoje oferecer um vasto leque de soluções
criação de soluções de negócio mais eficazes e personalizadas, de que modo o desenvolvimento tecnológico tem sido imprescindível? Ser uma marca inovadora gera mais confiança no cliente? Claramente que sim. O cliente tem de sentir que temos as condições desejadas e necessárias para responder às suas necessidades. Em qualquer organização os recursos humanos desempenham um papel fulcral. Na Cablotec, que políticas de desenvolvimento do vosso capital humano têm sido desenvolvidas? Na vossa atuação, a formação contínua ocupa um dos lugares cimeiros? Além da formação contínua, temos apostado
bastante em programas de estágio tanto curriculares como profissionais, que em muitos casos se têm traduzido na criação dos próprios postos de trabalho. Por outro lado, a baixa rotatividade dos recursos humanos, garante uma larga experiência, flexibilidade e polivalência de muitos dos nossos colaboradores.
Para o futuro, que objetivos serão concretizados para que a Cablotec continue a ser o “parceiro ideal para desenvolver, fabricar, instalar e manter soluções de conectividade”? Temos programado nestes próximos dois anos alguns investimentos no sentido de capacitar
a Cablotec de ferramentas mais eficientes de projeto e controlo de produção e manteremos a nossa política de reforço permanente de capacidade técnica e produtiva de forma a acompanharmos os desafios que o mercado nos apresenta. ▪
53 MARÇO 2016
Na senda da internacionalização trabalham essencialmente com o mercado europeu, nomeadamente Alemanha, Suíça, Espanha, Reino Unido e França. Quais são as principais exigências destes mercados? No decorrer deste ano pretendem chegar a novos países? Trabalhamos essencialmente com os países mais industrializados. As exigências são grandes, tanto a nível de custo, qualidade e cumprimento de prazos de entrega. Começámos a exportar em 1995, tendo o nosso volume de vendas para esses mercados atingido rapidamente os 80%. Desde essa altura o nosso nível de exportações diretas tem rondado permanentemente os 70 a 80 % do volume de negócios. O mercado interno está também em crescimento, havendo atualmente diversos desafios muito interessantes que queremos acompanhar.
SOLUÇÕES DIFERENCIADORAS
» CITYPOST EM DESTAQUE
Smart Post for Smart People Marca de renome, a CityPOST é hoje um nome incontornável na indústria da produção postal, sendo um enorme parceiro para empresas e consumidores particulares. A Revista Pontos de Vista conversou com Ian Glass, Managing Diretor da CityPOST, que nos deu a conhecer o crescimento da marca em Portugal.
IAN GLASS
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CityPOST assume-se atualmente como a “alternativa postal número 1”. Ao longo de mais de 28 anos de experiência, que características têm permitido melhorar a qualidade do serviço prestado ao mesmo tempo que veem a vossa carteira de clientes aumentar todos os dias? Não há praticamente nenhuma outra empresa no mercado (com exceção dos CTT) que tenha dedicado os últimos 28 anos “a entregar na sua caixa de correio”, como a CityPOST.
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Isto significa que somos capazes de entender a enorme complexidade de alcançar um alto volume e entrega postal de alta qualidade e, ao mesmo tempo, pretendemos usar cada vertente da tecnologia para sermos capazes de continuar a controlar as nossas entregas na caixa de correio. Isto dá-nos e aos nossos clientes a vantagem, pela primeira vez em cinco séculos da indústria de correios, de sermos capazes de rastrear e verificar as entregas nos clientes na cloud. A CityPOST apresenta valores inovado-
res e efetivos na indústria, não apenas providenciando melhores custos para os nossos clientes, mas também eficiência e segurança nas entregas.
de uma forma segura e encriptada e a CityPOST imprime e envia a um custo muito mais reduzido comparativamente ao que possui agora.
A CityPOST disponibiliza-se a gerir todo o processo de produção postal de qualquer empresa. A informação é um dos recursos mais fundamentais e essenciais de qualquer organização. Com base na vossa atividade, de que forma garantem uma total segurança e confidencialidade? A CityPOST será líder desta indústria ao nível do trânsito seguro, armazenamento e emissão de correio, seguro, no domínio da banca, cartão de crédito e outros em toda a Europa. Temos os mais elevados níveis de segurança e confidencialidade. Se um cliente usa o serviço Ipost, imprimimos o email, e a informação e correspondência chega-nos com um nível protocolar de encriptação dos mais elevados. Tendo em atenção todos os dados de segurança e movimento da correspondência da CityPOST, estamos na linha da frente no que concerne a correspondência segura a nível mundial, pois todo o material é expedido e arquivado nos depósitos regionais de correspondência, que será entregue a somente um individuo, baseado no rota definida e com reconhecimento biométrico. A CityPOST lidera a indústria ao nível de segurança, armazenamento e entrega de correspondência.
“Correio inteligente para pessoas inteligentes é o nosso lema mas também o nosso objetivo para o mercado particular e empresarial em Portugal”. Para que este público-alvo tenha conhecimento deste novo serviço, de que forma a CityPOST tem procurado divulgá-lo? Temos uma grande campanha na televisão e na rádio, estamos na TVI e na TVI24. Patrocinamos as indicações de trânsito de manha e à noite na TSF e temos alguns dos maiores outdoors em redor do país, incluindo na Segunda Circular, em Lisboa, e pontos importantes na cidade do Porto e outras cidades. Estamos também a tentar apoiar iniciativas de comunidades locais.
Recentemente foi lançado um novo serviço para envio de correspondência. O que importa saber sobre o iPOST? Quais são as principais mais-valias? Isto não concerne apenas a reduzir custo na correspondência, mas também promover eficiência em cada negócio. O staff não deve ter de gastar tempo a imprimir e a enviar a correspondência. Deixem isso para os profissionais que o fazem em menos de 20 % do tempo e a custo muito mais reduzido. Isto permite aos recursos humanos das empresas fazerem outro tipo de trabalho, mais importante na orgânica da empresa. Por exemplo, a rececionista ou outro membro do staff não tem de ir ao posto dos correios fazer o envio de correspondência e pode usar esse tempo para fazer algo mais produtivo para o negócio. O Ipost transmite qualquer correspondência para os nossos servidores,
Para o futuro, qual continuará a ser a linha estratégica da CityPOST Portugal para continuar a assumir a vanguarda neste segmento de negócio? Que objetivos querem ver brevemente concretizados? A CityPOST vai continuar a apostar fortemente no mercado da correspondência, onde vamos continuar a fomentar serviços de baixo custo, com inovação e soluções relevantes para o universo empresarial e para o consumidor particular. Temos um produto inovador a chegar brevemente para todos os consumidores em Portugal, em que acreditamos que o mesmo vai alterar a visão das pessoas na utilização dos correios e, provavelmente, os fará pensar que os correios podem ser modernos e inovadores. Para todos aqueles que ainda não conhecem o iPOST, que mensagem importa ser deixada? O Ipost está para os correios como os Smartphone’s estão para a indústria de telemóveis. Transformou uma grande indústria com 500 anos, numa indústria adaptada aos tempos modernos e atuais. Permite ao consumidor usar os correios de uma forma eficiente da sua secretária ou do seu computador. Permite estar mais atento a coisas mais importantes no seu trabalho e casa e ainda permite que as cartas físicas sigam pelo correio de uma forma eficiente, poupando dinheiro e tempo. É muito simples:“Smart Post for Smart People” ▪
estatuto PME EXCELÊNCIA
» Portugal e a Excelência das empresas lusas
PME Excelência como sinónimo de visibilidade e credibilidade Foram 1509 as PME que estiveram entre as melhores das melhores e que foram distinguidas com o estatuto de PME Excelência, um selo de reputação criado pelo IAPMEI em parceria com o Turismo de Portugal e a Banca. Em entrevista, Miguel Cruz, Presidente do IAPMEI, fala sobre este conjunto de empresas que, num mercado alargado e concorrencial, conseguiram manter-se competitivas e diferenciadoras.
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ue importância tem a atribuição deste estatuto para as PME’s nacionais? O Estatuto PME Excelência é um estatuto de reconhecimento importante para qualquer empresa, por se tratar de um reconhecimento realizado pelo IAPMEI, pelo Turismo de Portugal e por todos os bancos associados, valorizado por todos os stakeholders. Costuma-se dizer que nenhum homem é uma ilha. O mesmo acontece com as empresas, em particular as mais pequenas. O reconhecimento da sua excelência, solidez financeira e, em muitos casos, das suas estratégias de sucesso é essencial para o seu posicionamento e crescimento. Que vantagens há para as empresas que ganham este estatuto? Trata-se de um selo de reconhecimento. A grande vantagem é a visibilidade e a credibilidade que se associa a uma empresa que recebe o estatuto. É preciso não esquecer que as empresas PME Excelência são escolhidas do conjunto de empresas PME Líder, como sendo as melhores. Fruto deste reconhecimento, e do nível de exigência associado a este estatuto, há algumas vantagens adicionais, quer no acesso a alguns produtos ou serviços de entidades nossas parceiras, quer no acesso a instrumentos de financiamento como sejam as linhas de crédito.
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Qual o peso destas empresas na economia nacional? Quase oito mil milhões de euros de volume de negócios, mais de seis mil milhões de euros de ativo, mais de 2 mil milhões de euros de exportações, mais de 57 mil postos de trabalho. Valores importantes para um número restrito de empresas. Castelo Branco e Guarda estão entre os distritos que menos empresas ganharam este estatuto. Até neste campo o fosso entre o litoral e o Interior é grande. O que é preciso fazer para inverter esta tendência?
MIGUEL CRUZ
Penso que há cada vez mais atividade empreendedora em Portugal. Cada vez mais competência e conhecimento. Cada vez maior funcionamento em rede. Os empresários portugueses têm vindo a melhorar os seus níveis de flexibilidade, a sua capacidade de competir em contexto de elevada incerteza
Castelo Branco teve 18 empresas e Guarda 16. Representam um pouco menos de 2,5% do total dos 18 distritos e das duas regiões autónomas. O número de empresas no estatuto não pode deixar de estar relacionado com a densidade empresarial de cada região. É preciso continuar a criar as condições para incrementar o investimento, aprofundar o relacionamento das empresas com entidades do sistema de inovação e investigação e estimular o funcionamento em rede. Comparando com os anos anteriores, houve alguma evolução nos setores que ganharam este estatuto? Há uma redução do número global de empresas PME Excelência, quando comparado com o ano anterior. Tal deve-se a uma postura de maior exigência no cumprimento dos indicadores associados. No entanto, as alterações de comportamento entre diferentes setores entre um ano e o anterior foram perfeitamente marginais. O que há a assinalar, isso sim, é que apesar de uma redução no número total de empresas, os valores mé-
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Numa altura em que o país está a sair de uma crise profunda que levou ao encerramento de centenas de pequenas e médias empresas, premiar estas empresas é um incentivo à economia e ao investimento? Conceder o estatuto PME Excelência a estas empresas é um reconhecimento merecido do esforço que desenvolveram, da sua resiliência e da sua estratégia. É com certeza um bom exemplo para a economia e mais uma iniciativa de estímulo ao investimento. Felizmente o ano de 2015 registou o maior número de nascimentos de empresas desde 2007, com mais de 37 mil empresas criadas. Foram criadas cerca de 2,4 empresas por cada empresa encerrada. O investimento, e o aumento do investimento em percentagem do PIB, é essencial para a capacidade concorrencial das nossas empresas, e para o crescimento da economia portuguesa, razão pela qual todas as medidas que ajudem a estimular o investimento, a competitividade e a internacionalização das nossas empresas são importantes. Considera que Portugal é um país de empreendedores? Penso que há cada vez mais atividade empreendedora em Portugal. Cada vez mais competência e conhecimento. Cada vez maior funcionamento em rede. Os empresários portugueses têm vindo a melhorar os seus níveis de flexibilidade, a sua capacidade de competir em contexto de elevada incerteza. São, por isso, crescentemente empreendedores. Também na fase de arranque, os últimos dados mostram que em Portugal a propensão empreendedora está ligeiramente acima da média europeia. Temos, por isso, de continuar a densificar o ecossistema empreendedor, e continuar a apostar na promoção da competitividade empresarial, alargando o número de empresas de excelência. O IAPMEI tem recebido muitos pedidos de apoio de empresários que querem apostar numa atividade comercial/industrial? Sim, muitos. Basta referir que, se compararmos o Portugal 2020 com o QREN, a procura mais do que duplicou, isto é, recebemos mais do dobro das candidaturas do que no período comparável do QREN. O aumento da procura regista-se em todas as tipologias – Qualificação e Internacionalização de PME, Investigação e Desenvolvimento e particularmente Inovação Produtiva e Empreendedorismo. A média de candidaturas em fases simultâneas no Portugal 2020, dirigida ao IAPMEI aproxima-se das 800. Mas vamos tendo também muita procura para instrumentos de diagnóstico e acompanhamento, empreendedorismo, entre outros.
PME excelência 2015
No dia 10 de fevereiro, decorreu, no Europarque, em Santa Maria da Feira a cerimónia PME excelência 2015, onde foram distinguidas as empresas que mais se destacaram no ano transato. O estatuto PME Excelência tem como objetivo sinalizar o mérito de pequenas e médias empresas com perfis de desempenho superiores e conta com a parceria do Turismo de Portugal, I.P. e dos principais bancos a operar no mercado, designadamente o Banco BIC, o Banco BPI, o Banco Popular, o Barclays, a Caixa Geral de Depósitos, o Crédito Agrícola, o Millennium BCP, o Montepio, o Novo Banco, o Novo Banco Açores e o Santander Totta. A cerimónia PME Excelência 2015, onde esteve também presente o atual Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, integrou dois painéis debate sobre competitividade e crescimento empresarial e os desafios futu-
ros para a gestão das empresas de excelência, moderados, respetivamente, pela Secretária de Estado do Turismo e pelo Secretário de Estado da Indústria. Selecionadas pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, o estatuto das melhores das melhores tem como objetivo conferir notoriedade às PME, num justo reconhecimento do seu mérito e do seu contributo para os resultados da economia. É de saudar as empresas que obtiveram os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão e que conseguiram manter-se competitivas num contexto económico exigente, com crescimento e consolidação de resultados .
Quais são as áreas que estão a evoluir mais? A evolução das empresas portuguesas é sentida nas diferentes áreas de atividade com subida na cadeia de valor, e crescente internacionalização. Os desafios da competitividade empresarial são transversais, sendo que diferentes setores têm necessidade de tipos de soluções distintas. Nesta matéria importa aproveitar a oportunidade para destacar a importância da economia digital como uma emergente área com potencial de crescimento económico, e de diversificação crescente de mercados. ▪
A evolução das empresas portuguesas é sentida nas diferentes áreas de atividade com subida na cadeia de valor, e crescente internacionalização. Os desafios da competitividade empresarial são transversais, sendo que diferentes setores têm necessidade de tipos de soluções distintas
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dios de volume de negócios, de exportações e de autonomia financeira cresceram. As exportações médias cresceram mais de 19%, e o resultado líquido quase 50%. Os níveis médios de autonomia financeira continuam bem acima dos 50%.
ESTATUTO pme EXCELÊNCIA
» Associação Portuguesa de Fundição
Em prol do desenvolvimento da indústria de fundição Afirmando-se como uma associação técnico-cultural, a APF (Associação Portuguesa de Fundição) tem por finalidade a representação e defesa dos interesses da indústria de fundição. Filipe Villas-Boas, Presidente da instituição, em entrevista à Revista Pontos de Vista, relata o percurso trilhado há 52 anos pela APF.
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om mais de cem anos a indústria de fundição em Portugal expandiu-se e transformou-se, especializando-se, atualmente, na produção de fundidos para consumo doméstico e industrial, nomeadamente no fornecimento de componentes para a indústria automóvel. Mais de 80% da produção atual de fundidos é exportada, tendo como destino diferentes países da comunidade europeia, não sendo despiciente a exportação para outros mercados. A Associação Portuguesa de Fundição (APF) é criada em 1964, como organismo privado, de âmbito nacional “onde se agrupam as mais representativas fundições portuguesas, o que em termos de produção atinge cerca de 90% da totalidade dos fundidos produzidos no país”, revela Filipe Villas-Boas, presidente da direção. Com várias vertentes de apoio aos seus associados, a entidade tem por finalidade fomentar o desenvolvimento da tecnologia empregue, contribuir para a melhoria das condições de trabalho nas fundições e promover a otimização dos processos de fabrico, tornando as empresas mais competitivas. Tem, ainda, a missão de representar o setor junto das entidades públicas nacionais, fomentar a formação profissional, bem como colaborar com as organizações internacionais do setor, como o CAEF (Comité das Associações Europeias de Fundição). “A nossa intervenção, como associação, vai desde as áreas de qualidade, produtividade, gestão, informação sobre legislação nacional e comunitária, até à disseminação das melhores práticas de defesa do meio ambiente, saúde, e segurança no trabalho”, explica Filipe Villas-Boas. A Associação Portuguesa de Fundição tem como objetivo incentivar o crescimento sustentado do setor de fundição, gerando e participando das ações necessárias de modo a torná-lo forte e estável, promovendo assim, a investigação nas fundições, em parceria com as faculdades de engenharia portuguesas. Em parceria com o IEFP (Instituto de Emprego e FormaçãoProfissional), gere o CINFU (Centro de Formação Profissional da Indústria de Fundição), com sede no Porto,
Cabe a Portugal acompanhar aquilo que é a evolução da legislação que poderá vir a afetar ou a influenciar o setor e estar apta a dar o seu contributo no sentido de se saber qual o impacto desta indústria Filipe Villas-Boas
Presidente da Associação Portuguesa de Fundição
A nossa intervenção, como associação, vai desde as áreas de qualidade, produtividade, gestão, informação sobre legislação nacional e comunitária, até à disseminação das melhores práticas de defesa do meio ambiente, saúde, e segurança no trabalho
Plano estratégico para o ano 2016
Dentro do plano estratégico da Associação Portuguesa de Fundição para o ano 2016, Filipe Villas-Boas, esclarece que a instituição definiu alguns eixos relevantes. Pretende-se promover um levantamento da estratégia da indústria de fundição nacional, integrada naquilo que é a fundição europeia e a fundição mundial, “para assim perceber quais são os desafios, as vertentes, os pontos fortes e fracos desta atividade de modo a ser possível avaliar a médio e longo prazo qual é a tendência futura deste tipo de setor”, revela o nosso interlocutor. Apostar na disseminação do manual de segurança, anteriormente desenvolvido, através de colóquios e de partilha dessa informação em comissões técnicas de trabalho é outro objetivo. Destaca-se ainda um projeto a longo prazo que engloba as questões ambientais “Cabe a Portugal acompanhar aquilo que é a evolução da legislação que poderá vir a afetar ou a influenciar o setor e estar apta a dar o seu contributo no sentido de se saber qual o impacto desta indústria e até que ponto a tecnologia empregue permite cumprir aquilo que é a legislação atual e futura. Além disso, a atenção à caracterização dos produtos que o se-
É um congresso com um caráter bastante técnico, mas que também promove a discussão de temas de gestão, de economia e de aspetos estratégicos ligados ao setor a nível europeu e mundial
tor utiliza, produtos em fim de vida, a montante e a jusante, os resíduos que produz e que se pretende que possam, por sua vez, ser reutilizados no próprio setor ou noutros processos industriais. E, por último, a organização do 17º congresso, realizado de dois em dois anos, com duração de dois dias e com elevada participação dos seus associados e não associados ligados ao setor de fundição. “É um congresso com um caráter bastante técnico, mas que também promove a discussão de temas de gestão, de economia e de aspetos estratégicos ligados ao setor a nível europeu e mundial”.
17º Congresso da Associação Portuguesa de Fundição
A Associação Portuguesa de Fundição vai realizar, em Matosinhos, nos dias 11 e 12 de maio, o 17º Congresso Nacional de Fundição. O certame propõe-se ser um espaço de reunião e de partilha de conhecimentos e troca de ideias entre a comunidade dos fundidores, mas também de fornecedores e especialistas do setor. “É uma ocasião, por excelência, para os técnicos de fundição ouvirem as boas práticas dos processos disponíveis que se praticam noutras empresas”, explica o presidente. No primeiro dia do evento irão estar presentes convidados de vários continentes, como palestrantes, e pessoas reconhecidas no setor, tais como o Secretário-Geral do CAEF, na conferência inicial. Já o segundo dia do Congresso, após a sessão de encerramento, na parte da manhã, que contará com a presença do presidente do IAPMEI, será preenchido, na parte de tarde, com visitas a fundições de ferrosos e não ferrosos. ▪
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que promove a formação no setor, seja a nível dos ativos que queiram ingressar na indústria, seja a nível dos próprios ativos das empresas de modo a contribuir para a elevação das qualificações dos ativos do setor. É, ainda, um importante polo de difusão da indústria de fundição, em todas as suas vertentes, através da organização de eventos, seminários e congressos.
ESTATUTO PME EXCELÊNCIA
» Amílcar Ferraz, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Labialfarma, em entrevista
Labialfarma
Uma Marca que se Distingue Uma marca constrói-se por diversas razões, mas a primordial passa pela capacidade que tem em estar presente para os outros, numa lógica construtiva e de credibilidade perante o mercado e o consumidor. O Grupo Labialfarma personifica isso mesmo, essa preocupação constante em quem confia na sua forma de estar. A Revista Pontos de Vista foi conhecer esta entidade e conversou com Amílcar Ferraz, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Labialfarma.
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esde 1981 a Labialfarma tem dedicado a sua atividade à pesquisa, desenvolvimento e fabrico de produtos e formas farmacêuticas inovadoras na área da saúde e bem-estar. Com os constantes desafios impostos à indústria farmacêutica, quem é hoje esta organização? Fundada em 1981, com instalações fabris no centro de Portugal, em Mortágua, local da sua sede, a Labialfarma é uma empresa familiar atualmente gerida por membros da 2ª e 3ª gerações, que tem como Presidente do Conselho de Administração, Amílcar José dos Reis Ferraz, filho do fundador da Companhia. É a principal das cinco empresas do Grupo Labialfarma, que sendo o maior empregador do concelho de Mortágua, tem igualmente evidenciado importantes ações de responsabilidade social, contribuindo para o desenvolvimento da região. O Grupo Labialfarma é constituído pelas empresas Labialfarma, S.A; LiqFillCaps International; Wellcare; Nutri-Add, que desenvolvem atividades aplicadas à Indústria Farmacêutica e Nutracêutica, e a GesConsulting que presta serviços de gestão, de consultoria fiscal e de contabilidade. Todas estas empresas trabalham numa perspetiva integrada e transversal a todo o processo de acréscimo de valor ao produto final. A Investigação e o Desenvolvimento de conceitos inovadores, quer no fabrico, quer no acondicionamento dos produtos fabricados é a resposta da Labialfarma aos constantes desafios que a Indústria Farmacêutica e Nutracêutica enfrenta. Numa aposta clara de crescimento no mundo farmacêutico e nutracêutico, tem marcado presença permanente em feiras internacionais de referência no setor. Essa expansão internacional traduz-se, para já, no fornecimento de produtos para mais de 30 países. No Grupo Labialfarma trabalham atualmente cerca de 300 colaboradores, a maioria obedecendo a um critério de seleção de pessoas da região.
Amilcar Ferraz
Não se pode andar a disputar entre medicamentos e suplementos alimentares, não tem que haver essa competitividade. Deve, bem antes pelo contrário, haver uma atuação conjunta e complementar. São os utentes a ganharem com isso Amilcar Ferraz
Presidente do Conselho de Administração do Grupo Labialfarma
Ao longo do tempo a empresa passou por profundas transformações, nunca perdendo o foco nos seus objetivos e acumulando um vasto leque de produtos ao seu atual portfólio. Dentro desta gama quais são, para si, os que merecem ser destacados? Num propósito de desenvolvimento e de modernidade, com o objetivo muito claro de criar valor para os clientes da Labialfarma, têm sido desenvolvidas atividades na diversificação da sua produção num recurso ao fabrico de formas farmacêuticas únicas no país, levando ao empreendimento de intervenções sucessivas na sua unidade fabril com vista à sua completa adequação às mais recentes metodologias.
Das tecnologias desenvolvidas, destacam-se pela exclusividade do seu fabrico em Portugal, a produção de cápsulas duras com conteúdo líquido e pastoso e cápsulas moles com conteúdo líquido e pastoso - LiqFillCapsTM -, só possível à custa de um forte investimento em equipamento apropriado e em áreas específicas para a sua produção. Numa perspetiva de melhoria da estabilidade dos produtos fabricados, a Labialfarma desenvolveu conceitos tecnológicos inovadores dos quais se destacam as tecnologias QNPTM; SBSTM; RapidTabsTM, diretamente relacionadas com o fabrico do produto. Como tecnologias relacionadas com novos sistemas de acondicionamento (smartPACKAGINGTM), destaca-se o conceito tecnológico FUSiONPackTM. Encorajador para a Labialfarma têm sido as sucessivas manifestações de sucesso internacionalmente alcançadas. Os Suplementos Alimentares são necessários? Porquê? Os suplementos alimentares são sem dúvida muito úteis e necessários e existem diferentes tipos de suplementos em função das necessidades. Nos indivíduos saudáveis e, na maioria dos doentes, os nutrientes são veiculados pelos alimentos correntes. Seja saudável ou doente, cada indivíduo, tem necessidades individuais em macro e micronutrientes que devem ser adquiridas diariamente de forma equilibrada de modo a man-
Num propósito de desenvolvimento e de modernidade, com o objetivo muito claro de criar valor para os clientes da Labialfarma, têm sido desenvolvidas atividades na diversificação da sua produção num recurso ao fabrico de formas farmacêuticas únicas no país, levando ao empreendimento de intervenções sucessivas na sua unidade fabril com vista à sua completa adequação às mais recentes metodologias
A segurança alimentar é de facto o principal objetivo da EFSA. Assim sendo, não fazia nenhum sentido que a EFSA autorizasse os suplementos alimentares se estes não fossem seguros. Julgo que isto é claro e inequívoco
Como vê a problemática recentemente instalada sobre os suplementos alimentares? Antes de mais é necessário saber o que de facto são os suplementos alimentares. «Suplementos alimentares» são géneros alimentícios que se destinam a complementar o regime alimentar normal e que constituem fontes concentradas de determinados nutrientes ou outras substâncias com efeito nutricional ou fisiológico.Não se pode andar a disputar entre medicamentos e suplementos alimentares, não tem que haver essa competitividade. Deve, bem antes pelo contrário, haver uma atuação conjunta e complementar. São os utentes a ganharem com isso.
A problemática das insuficiências nutricionais, resultantes de contribuições desadequadas de nutrientes, tem nos suplementos alimentares uma opção válida de prevenção e melhoria. Temos assistido nos últimos anos a uma continuada relevância no recurso à suplementação de vitaminas e de minerais com resultados de melhoria na qualidade de vida e concretamente nas pessoas mais velhas, a nível do desempenho funcional evidenciado. Os suplementos alimentares têm regras bem definidas sendo regulados por um Organismo Central Europeu (EFSA). A EFSA - European Food Safety Authority, cujo Comité Científico é composto por cientistas e peritos independentes que avaliam rigorosamente o efeito nutricional ou fisiológico e a segurança de todas as substâncias que são usadas nos suplementos alimentares. Nenhuma substância pode ser usada nos suplementos alimentares sem passar por esta avaliação rigorosa. A segurança alimentar é de facto o principal objetivo da EFSA. Assim sendo, não fazia nenhum sentido que a EFSA autorizasse os suplementos alimentares se estes não fossem seguros. Julgo que isto é claro e inequívoco. Na Labialfarma, os suplementos alimentares são fabricados de acordo com a Boas Práticas
de Fabrico (GMPs) no cumprimento de todos os parâmeros de qualidade exigidos internacionalmente e nacionalmente para o setor. A Labialfarma foi o primeiro Laboratório Farmacêutico em Portugal a aplicar à produção dos suplementos alimentares as Boas Práticas de Fabrico. Dispõe ainda de um serviço de Vigilância Pós-Comercialização dos produtos que fabrica – Sistema VIGIA- serviço de apoio à toma segura de suplementos alimentares. Para o efeito, dispõe de uma equipa especializada de farmacêuticos e médicos pronta a responder às dúvidas colocadas pelos utentes através do número 808 20 10 70. Pensamos ser este o melhor caminho para evidenciar nos suplementos alimentares a qualidade que se lhes deve exigir. Qual o lema que a Labialfarma tem como missão? Nós acreditamos que desafiando o Status Quo através de inovação científica, desenvolvemos produtos com mais eficácia, qualidade e segurança. Acreditamos que juntando à inovação científica novos conceitos tecnológicos, conseguimos fazer chegar ao consumidor produtos com design elegante, de utilização fácil e intuitiva, que lhes promova melhor saúde e bem-estar. ▪
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ter a homeostasia (equilíbrio entre anabolismo e catabolismo) ou para corrigir desequilíbrios nutricionais por défice (ex. desnutrição) ou excesso (ex. obesidade). O papel importante dos suplementos alimentares para a população europeia em geral, saudável, está reconhecido desde 2002, através de uma Diretiva da CE e do Parlamento Europeu [A definição de «suplemento alimentar» Diretiva 2002/46/CE] e abrange não só as propriedades nutricionais benéficas como a existência de uma relação entre o alimento ou um dos seus constituintes e a saúde;
ESTATUTO pme EXCELÊNCIA
» americana em entrevista
PME Excelência, mais uma vez! Aquela que começou como uma pequena empresa com uma loja na cidade de Leiria é hoje uma referência nacional na sua área de negócio. Especialista na venda de artigos de papelaria, escritório e livraria, a Americana, criada em 1957, conquistou o seu espaço num mercado por vezes asfixiante e soube diversificar o seu negócio. Com o acompanhamento das tendências do mercado, a Americana destaca-se e foi mais uma vez distinguida com o estatuto de PME Excelência.
“A
Americana é uma empresa de 1957 que lentamente foi dando os seus passos até ao presente, com alguns momentos menos bons mas, ultimamente, com um crescimento sólido”. As palavras de António Sousa, Presidente da Administração da Americana S.A., apresentam uma empresa que, apesar das dificuldades sentidas no mercado nacional, tem sabido encontrar alternativas eficazes que justificam o sucesso que tem conquistado. Sucesso que acaba por fazer jus à origem do nome desta empresa, inspirado nos sucessos conquistados pela América nessa época. Olhando para o passado são vários os momentos que se destacam ao longo de sensivelmente seis décadas de existência. Desde a abertura de lojas (hoje sete) e a criação do armazém, aos primeiros passos na importação e exportação e ao início da distribuição nas grandes superfícies comerciais, a Americana ganhou dimensão e tornou-se uma referência nacional como uma das empresas mais competitivas nesta área de negócio, nomeadamente da venda de artigos de papelaria, livraria e escritório. Uma forte aposta focou-se, efetivamente, na parceria com as grandes superfícies comerciais. “Trata-se de um negócio difícil de gerir uma vez que estamos em contacto com pessoas que sabem muito bem o que fazem e o que querem e, por isso, temos de ter o conhecimento necessário para que tudo funcione bem e oferecer um produto que entusiasme”, explicou António Sousa. Tem sido precisamente esta adaptabilidade às exigências dos negócios e dos mercados que tem permitido que a Americana esteja continuamente no grupo da frente.
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ANTÓNIO SOUSA
Tendo como negócio base a venda de material para escritório, a atividade não se esgota nesta área. Com livrarias, centros de cópias, tabacarias e papelarias, António Sousa divide o momento atual em duas principais “modas”: a raspadinha e as manualidades. Além disso, falar em papelaria não se reduz a um simples caderno, uma pasta de arquivo ou uma mochila. Hoje a originalidade não tem limites e a Americana tem sabido renovar-se, acompanhando tendências e sendo uma das maiores especialistas da área para este tipo de soluções.
Atuar no mercado nacional
Com a quebra da natalidade, a perda da capacidade de alguns operadores e a redução dos custos nas empresas, operar apenas no mercado nacional pode ser uma tarefa hercúlea. Daí que a empresa tenha investido noutros mercados para contornar as dificuldades sentidas no mercado interno, embora António Sousa tenha noção de que em Por-
Temos que ter o conhecimento para acertar nas pessoas que queremos a trabalhar connosco porque basta uma peça não estar bem colocada para que o processo não entre no ritmo adequado
Americana Papelarias em síntese:
O segredo são as pessoas
O facto de a Americana estar hoje entre as principais empresas do setor poderá justificar-se pela qualidade do serviço e do produto mas a responsabilidade é, acima de tudo, da equipa de trabalho. A aposta na pouca rotatividade de pessoal reflete-se diariamente no negócio e essa continuará a ser a chave deste sucesso. Se, por um lado, a Americana conta com colaboradores que vestem esta camisola há 40 anos, por outro lado há um investimento em colaboradores novos. Neste sentido, na perspetiva de António Sousa, a Americana “não procura apenas doutores. Queremos, acima de tudo, pessoas bem intencionadas e que gos-
tem de produzir”. Hoje com 88 colaboradores, com uma faturação que ronda os 16 milhões de euros, é certo que a empresa tem sabido escolher. “Não é só uma questão de sorte. Temos que ter o conhecimento para acertar nas pessoas que queremos a trabalhar connosco porque basta uma peça não estar bem colocada para que o processo não entre no ritmo adequado”, explicou. Sem complicadas regras de recrutamento, a Americana é exatamente isto: uma empresa que funciona graças a uma equipa profissional, experiente e motivada.
“Estamos no caminho certo”
Foram 1509 as PME que estiveram entre as melhores das melhores e que foram distinguidas com o estatuto de PME Excelência, um selo de reputação criado pelo IAPMEI em parceria com o Turismo de Portugal e a Banca. Mais uma vez, entre elas está a Americana. “A excelência não é para todas as empresas mas é apenas um sinal de que estamos no caminho certo. É uma responsabilidade e não tem nada de mais acrescido. Os nossos clientes escolhem-nos, gostam do nosso trabalho e as nossas equipas são competentes. Ser PME Excelência é isso”, defendeu António Sousa que admite ainda não ser de todo objetivo central da empresa “perseguir” este estatuto. “De uma forma muito natural chegamos ao final do ano e os bancos dizem-nos que atingimos determinado valor”, acrescentou. Este sucesso no negócio só se atinge quando se
tem conhecimento, o que, para António Sousa, nem sempre acontece no seio empresarial português. “É preciso que um gestor se interesse por um mundo de aspetos que envolvem o negócio, desde a concorrência às boas relações com fornecedores e parceiros. Não se pode pensar que tudo é fácil. É preciso perceber e saber responder às perguntas difíceis”, disse o administrador. Sabendo que “o negócio pode nascer para todos mas nem todos têm a capacidade para dar conta do mesmo”, António Sousa deixa, por fim, uma mensagem direcionada à alma do seu negócio: “a Americana existe há muitos anos e os colaboradores são os elementos mais importantes para o sucesso. Contamos convosco e podem sempre contar connosco porque a empresa continuará sempre a ter uma postura correta e séria”. ▪
O que pode encontrar na Americana Autosserviço? Todo o tipo de material de escritório e consumíveis de informática, material escolar, embalagem, manualidades, pintura e belas artes. Disponibiliza ainda uma vasta gama de jogos, puzzles, brinquedos e material didático. Direcionados para adultos e crianças, são ainda realizados ao longo do ano workshops, aulas de patchwork/costura, aulas de pintura e de artes decorativas. Aqui existe ainda um centro de cópias que disponibiliza todo o tipo de serviços de cópias e impressões em tamanho A4 e grandes formatos, bem como ampliações, reduções, plastificações e encadernações. Basta enviar o trabalho por email e levantar o trabalho na loja.
63 MARÇO 2016
tugal o setor das manualidades e belas artes tem crescido, ao passo que o segmento do material de papelaria e escritório se mantem estável. Saindo da sua zona de conforto, a Americana acompanha ainda as tendências dos mercados. Como tal, levando na “bagagem” uma variedade e disponibilidade de gama e um serviço competente, a empresa exporta para Angola e Moçambique. Contudo, as vicissitudes atuais sentidas nestes mercados, com especial enfoque no angolano, desaceleraram o investimento. “Angola já foi um canal interessante mas neste momento deixamos de contar com esse número. Estamos atentos mas para já está estagnado”, revelou António Sousa. Se na exportação a empresa se tem centrado nestes principais mercados, a Americana trilhou um caminho próprio no campo da importação, centrando-se essencialmente em países europeus, um contínuo paradigma de qualidade. “Vendemos, representamos e distribuímos marcas fabricadas cerca de 80% na Europa”, salientou o responsável. Continuando atenta ao que se passa no mundo, o objetivo continuará a ser caminhar com passos firmes e sólidos, fortalecendo a atuação nos mercados onde já estão presentes e, para tal, a Americana sabe que pode contar com uma equipa totalmente dedicada.
- Criada em 1957; - Armazenista de papelaria; - Importadores; - PME Excelência 2014 e 2015; - Cerca de 80 colaboradores; - Cem mil referências em stock; - Aproximadamente 20 mil clientes; - Tem sete lojas (Leiria, Marinha Grande e Batalha) e um armazém (Leiria), onde estão disponíveis mais de cem mil produtos.
prémios EXCELÊNCIA no trabalho
» transitex como potenciadora dos seus recursos humanos
Uma aposta nas pessoas Para alertarem o tecido empresarial português para a importância de investirem no clima organizacional e na gestão estratégica dos seus ativos humanos, o Prémio Excelência no Trabalho reconhece as empresas que mais apostam nos seus colaboradores. No passado dia 2 de fevereiro, a Transitex trouxe este título para casa, na categoria de serviços. O que tem sido feito para merecer esta distinção? Fernando Lima responde.
FERNANDO LIMA
O que esperar da Transitex? “A Transitex cresceu muito rapidamente na área das cargas completas mas no futuro queremos continuar a contribuir para aumentar a competitividade das exportações portuguesas, tendo uma rede que funciona bem em termos de distribuição de carga fracionada. O mercado português é constituído por PME’s e empresas familiares que não têm a capacidade para encher um contentor (cerca de 20 toneladas) e recorrem à grupagem, sendo que os custos e as dificuldades inerentes à logística disparam. É neste serviço que pretendemos melhorar”. (Fernando Lima)
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specialista no transporte porta a porta, a Transitex assume-se como um operador logístico que assegura que uma mercadoria chega a “bom porto”. Assim, enquanto perito em comércio internacional, um transitário tem de procurar soluções logísticas para transportar uma mercadoria de um ponto para outro e, como tal, importa estar constantemente na linha da frente. Na realidade da Transitex, uma empresa que deu os seus primeiros passos em 2002, a aposta na diferenciação foi, desde logo, um objetivo muito claro, conquistando uma posição de referência no mercado ibérico. Como? “Afirmamo-nos desde o primeiro dia como sendo uma empresa ibérica, com direito espanhol e capital português. Mas ainda assim considerámos que importava fazer mais porque a Transitex precisava de ter uma rede de agentes a nível mundial para garantir o transporte das mercadorias”, explicou Fernando Lima, Administrador da Transitex. Sabendo assim que os grandes concorrentes nesta área se encontravam em países como Alemanha, França ou Inglaterra, importava construir o seu próprio espaço, daí a aposta no Hemisfério Sul, nomeadamente América Latina e África Austral. “Construímos nestas regiões a nossa própria rede, o que nos tem permitido continuar a crescer e a marcar a diferença no serviço que prestamos aos nossos clientes”, salientou o responsável. Ao longo desta dinâmica, o maior esforço de gestão prende-se com a manutenção da identidade da Transitex, em qualquer geografia onde opere. Manter a empresa como uma só tem sido o grande desafio. “Temos de ter objetivos comuns, descobrir as características que nos unem, potenciando-as”, reforçou Fernando Lima, que acredita que todo este esforço apenas se consegue com a total entrega das pessoas envolvidas neste projeto. Com 23 escritórios dispersos por 13 países, a Transitex é e sempre será o espelho das suas pessoas.
As pessoas são o negócio
Composta por um grupo de colaboradores motivados e comprometidos com a empresa, a Transitex demonstra ser uma entidade que sabe como apostar e investir nos seus ativos humanos. O facto de ter sido recentemente distinguida com o
Prémio Excelência no Trabalho, como vencedora sectorial da categoria de serviços, é prova disso mesmo. Este reconhecimento não é mais do que uma forma externa e independente de mostrarem que o trabalho que está a ser feito em prol do clima organizacional e dos recursos humanos é visto como um exemplo a seguir. De onde surge esta constante preocupação com as condições dos seus colaboradores? Por que razão esta empresa assumiu como missão trabalhar em função das pessoas? A resposta é mais do que evidente. “Nesta atividade só temos pessoas, elas são o negócio. Decidir que o caminho da Transitex passa por ser uma empresa multinacional e estar presente em vários países obrigou-nos a estar constantemente atentos às pessoas que temos, a valorizá-las e a tentar encontrar diariamente as pessoas certas para os locais certos”, explicou Fernando Lima. Convidar um colaborador para liderar um projeto internacional é, por isso, uma decisão muito ponderada por ambas as partes, tanto por parte do decisor que acredita que aquela pessoa está talhada para determinado objetivo, como por parte do colaborador que tem total liberdade de escolha. “Nunca forcei ninguém a ir para um dos nossos escritórios internacionais. Aliás, ao ser forçada, esta mudança tem todas as características para correr mal. Além disso, nunca é só um bilhete de ida. Por inadaptação ou por qualquer outro motivo, o colaborador tem a garantia de que a sua carreira continua aqui, caso queira regressar”, garantiu Fernando Lima. Na ótica do CEO da Transitex, esta preocupação com os ativos humanos tem sido uma constante no seio das empresas portuguesas. O “eu” dá lugar ao “nós” e as pessoas sentem que fazem parte de algo maior. Por outro lado, “existe uma nova geração de gestores que percebe a importância de integrar os colaboradores nas empresas, partilhando objetivos, vitórias, dificuldades, dando-lhes a oportunidade de celebrarem os triunfos da empresa ao mesmo tempo que sofrem quando a mesma passa por momentos mais complicados”, realçou Fernando Lima que terminou a nossa conversa com uma mensagem dirigida à equipa Transitex: “continuem a apostar na empresa porque a empresa continuará a apostar em vocês”. ▪
NEGÓCIOS NA LUSOFONIA
» entrevista a luís diogo, diretor comercial da fabrimetal
compromisso com o povo angolano A Fabrimetal tem caminhado ao lado de Angola no seu progresso e afirmação no mundo global. Nesta longa caminhada conta com uma equipa de trabalho dedicada que a empresa procura motivar todos os dias, tal como explicou em conversa com a Revista Pontos de Vista o Diretor Comercial da empresa, Luís Diogo.
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o rápido desenvolvimento das infraestruturas de Angola, na criação de emprego, no apoio ao crescimento do setor da construção e na diminuição da poluição ambiental, a Fabrimetal tem procurado estar nas principais linhas da frente? Nós acreditamos que temos feito o nosso trabalho e de forma muito comprometida com Angola. Empregamos hoje cerca de 450 colaboradores nacionais, e apesar da crise não demitimos qualquer trabalhador. Em 2015, aumentámos em 15% a massa salarial e este ano já efetuamos um ajustamento no subsídio de transporte. Produzimos um produto, com qualidade, que gera um valor acrescentado significativo à economia nacional, pois trata-se de um produto de base para o setor da construção civil. Além disso, concluímos recentemente a implementação de um sistema de controlo de poluição e estamos a aumentar os espaços verdes na fábrica.
Num país que, apesar dos avanços dos últimos anos, continua a estar em reconstrução, ainda existem fortes privações e debilidades. Quais continuam a ser as principais carências de Angola que afetam significativamente a vossa atividade, enquanto Produtor Nacional? Efetivamente foram dados fortes avanços mas esta crise que estamos a viver evidenciou ainda mais fortes debilidades que persistem. Todavia entendo que despertou “adormecidos”. No nosso caso particular, temos ainda problemas graves ao
LUÍS DIOGO
nível do fornecimento de energia à fábrica pois o funcionamento da mesma com recurso a geradores é economicamente inviável. Sem energia não conseguimos produzir e sem produção não conseguimos satisfazer os nossos clientes, colocando em causa a própria sobrevivência da empresa. Teremos de fazer investimentos adicionais para garantir o fornecimento contínuo de energia! Entendemos que deve ser feito um esforço adicional no sentido de serem criadas as condições para que a indústria nacional possa continuar a crescer. Em qualquer organização os recursos humanos desempenham um papel fulcral. Na Fabrimetal, que políticas de desenvolvimento do vosso capital humano têm sido desenvolvidas? Na vossa atuação, a formação contínua ocupa um dos lugares cimeiros? O capital humano para nós reveste-se de primordial importância. Temos neste momento em curso/execução o plano anual de formação, que decorrerá durante o corrente ano, cuja formação in-job, irá cobrir cerca de 90% do nosso quadro de pessoal. Além da formação completamos também
Apesar de estar na vanguarda dentro da área em que atua, a Fabrimetal não coloca nunca de lado a vertente da responsabilidade social. O que têm procurado fazer a este nível? Neste sentido, qual tem sido a importância da vossa plataforma de Responsabilidade Social Corporativa? Ao nível da responsabilidade social temos feito algumas ações que julgamos serem de primordial importância. Saliento a doação de um camião com 30 toneladas de aço e alguns colchões para a população da Província de Benguela, quando esta foi assolada pelas cheias em 2015. Durante o mês de fevereiro do corrente ano providenciamos a vacina da Febre Amarela a todos os colaboradores. Temos planos para fazer mais ações durante o corrente ano. Dentro da sua visão, neste universo empresarial e na senda da responsabilidade social, há uma espontânea preocupação em fazer a diferença nas comunidades com as quais se envolvem? A postura da maioria das empresas, aquelas que ainda se mantêm, tem sido de investimento contínuo com uma visão de longo prazo. Congratulo-me hoje por representar uma empresa que, apesar de não ter capitais portugueses, tem uma postura de longo prazo, de compromisso com o povo angolano. A longa permanência que já tenho neste mercado permite-me hoje afirmar que as empresas portuguesas são as que, na economia real, mais apostam neste mercado. Se olharmos para o setor industrial de Angola, facilmente poderemos verificar que o maior número e com mais antiguidade no mercado são empresas de capital português ou misto (parcerias entre portugueses e angolanos). ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
65 MARÇO 2016 marçO
De que modo têm conseguido antever as necessidades do mercado, de forma a conseguirem dar uma resposta imediata e adequada às solicitações que vão surgindo? Temos vindo a reforçar a nossa capacidade produtiva, estando neste momento com uma capacidade mensal de 7.000 tons/mês, não obstante a crise que Angola atravessa. Debatemo-nos ainda com algum receio ou diria mesmo desconhecimento de alguns players que continuam a colocar bastantes entraves à produção nacional, apesar de cumprirmos na íntegra os standards internacionais ao nível do processo produtivo. A nossa aposta continua a ser na qualidade do produto e no reforço dos conhecimentos do nosso capital humano.
uma parceria com uma entidade de saúde, que além de nos garantir uma melhor gestão dos sinistros de trabalho, irá proporcionar uma formação exaustiva ao nosso pessoal interno afeto ao nosso Posto Médico e também, em caso de necessidade, providenciará cuidados de saúde aos nossos trabalhadores. De forma complementar, estamos também a melhorar as condições de trabalho, com a construção de um novo balneário e de um novo refeitório.
CERTIFICAÇÃO ISO 9001: 2008
» Certificação em qualidade
OPINIÃO DE JOSÉ MIGUEL, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA INFRALOBO
Em prol da satisfação do cliente A Infralobo – Empresa de Infra-estruturas de Vale do Lobo, E.M. obteve no início de 2016 a certificação em Qualidade pela norma internacional IS0 9001.
A aposta em remodelações/construções de infraestruturas estruturantes para a zona de intervenção da Infralobo num horizonte temporal de quatro anos tem sido uma aposta ganha
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m dos objetivos, senão o principal, foi garantir um elevado grau de satisfação do cliente, melhorando as condições existentes, apostando na otimização da capacidade de resposta às solicitações numa ótica de desenvolvimento sustentado, económico, social e ambiental. Ao longo do processo que conduziu à certificação em qualidade, a empresa teve de definir e clarificar metodologias de trabalho, devidamente documentadas. Todos os colaboradores da empresa, com a sua colaboração e comprometimento, contribuíram e contribuem no dia-a-dia para a prossecução deste propósito. Posteriormente, e depois de devidamente implementadas estas metodologias, a auditoria por uma entidade externa - SGS – veio atestar a conformidade das mesmas com a norma ISO 9001. Esta norma é um standard de garantia de funcionamento do Sistema de Gestão da Qualidade da empresa, reconhecido internacionalmente. Desta forma, a certificação da Infralobo pela ISO 9001 traz o reconhecimento do sucesso na definição e implementação das referidas metodologias, reconhecimento esse que é identificado pelos nossos clientes, fornecedores e parceiros, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Não pode assim deixar de ser uma mais valia também para toda a sua área de intervenção, numa área de resort turístico de luxo, vocacionada para o mercado de turismo internacional. A par com este processo, a aposta em remodelações/construções de infraestruturas estruturantes para a zona de intervenção da Infralobo (que abrange as urbanizações de Vale do Lobo, Dunas Douradas, Encosta do Lobo, Quinta Jacintina, Vilas Alvas, Vale do Garrão e Aldeia das Ferrarias) num horizonte temporal de quatro anos tem sido uma aposta ganha. Paralelamente, a modernização tecnológica ao nível do controlo e gestão de infraestruturas fundamentais como são as águas de abastecimento, águas residuais, resíduos sólidos urbanos, espaços públicos (iluminação, espaços verdes, águas pluviais, limpeza urbana), tendo como objetivo a eficiência/eficácia dos meios humanos e materiais disponíveis, conduziu-nos a investimentos significativos em áreas como a telemetria, eficiência energética, telegestão, formação, monitorização de águas residuais e ecopontos, desmaterialização documental, etc. O ano de 2016 será o da consolidação das metas e objetivos a atingir com o culminar da implementação das alterações ao contrato de gestão delegada com a CML, que se irá traduzir na estabilização do elevado grau de qualidade dos serviços prestados. ▪
SEGURANÇA na informação iso 27001
» inês esteves, vogal do conselho diretivo da associação dns.pt
.PT: “mais resiliente, seguro e confiável” Foi dado mais um passo firme no sentido da segurança da informação. Recentemente, o modelo global de segurança de informação que tem sido seguido pelo DNS.PT foi formalmente reconhecido pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação) que concedeu a certificação segundo o referencial internacional para a gestão da segurança da informação ISO 27001:2013.
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INÊS ESTEVES
O que é a ISO 27001:2013? Publicada pela International Standardization Organization (ISO), a ISO 27001 descreve as melhores práticas para a implementação da gestão da segurança da informação numa organização, quer seja pública ou privada, de pequena, média ou grande dimensão. A versão mais recente foi publicada em 2013, daí que a sua designação tenha sido alterada para ISO/IEC 27001:2013. Receber esta certificação significa que a entidade em questão implementou a segurança da informação em conformidade com a ISO 27001:2013.
que existe, para tal, outro conjunto de práticas que permitem mitigar e garantir uma resposta adequada a essas vulnerabilidades.
Evolução das ameaças exige permanente atualização
A exposição a ataques e ameaças é permanente. Tendo em conta esta realidade, importa adotar uma contínua atualização de conhecimento técnico e tecnológico para que se consiga dar uma resposta rigorosa e eficaz. “As ameaças estão sempre a evoluir e, para isso, é fundamental ter uma atuação orientado para a inovação e permanente atualização, ao mesmo tempo que se estimula o contacto com entidades estratégicas nacionais e internacionais que contribuem para nos mantermos a par das mais reais e atuais vulnerabilidades nesta área”, disse Inês Esteves, que deixou alguns exemplos de possíveis ataques e ameaças que o .PT pode ser alvo: “ataques
de DDoS aos servidores de DNS ou ao serviço whois; tentativas de intrusão nos sistemas web do DNS.PT, SQL injection nos sistemas web ou tentativas de personificação”. Por parte das empresas, Inês Esteves acredita que cada vez mais há uma preocupação genuína no domínio da segurança da informação, considerado um dos maiores recursos de qualquer organização. “Sabemos que não conseguimos erradicar todas as ameaças e assegurar que estamos 100% seguros mas estamos conscientes de que temos um maior conhecimento interno das nossas possíveis fragilidades e sabemos como atuar, tornando-nos mais resilientes perante ameaças externas”, garantiu Inês Esteves. A todas as entidades que estejam a trabalhar para alcançar a conformidade com este referencial internacional, Inês Esteves deixou um último conselho: “este é um processo complexo e muito exigente para as organizações. É necessário um comprometimento inequívoco. A organização tem de fazer uma reflexão e uma autoanálise antes de começar o processo de implementação de um referencial tão exigente. A partir daí, identificando as suas vulnerabilidades e os aspetos que devem ser melhorados, atuar na sua mitigação. Tudo deverá estar em conformidade”. Da parte do .PT, segue-se um longo trabalho de consolidação e amadurecimento. “Estamos abertos e disponíveis para desenvolver este sistema de gestão, tornando-o ainda mais robusto, colocando-o ao serviço da nossa comunidade e refletindo sobre outros aspetos críticos para a associação”, assegurou Inês Esteves. Para tal, há a certeza de que o .PT conta com uma “equipa comprometida e orientada para uma missão que é de todos nós: garantir a segurança, resiliência e a continuidade da Internet em .PT ”. ▪
67 MARÇO 2016
epois de ter sido distinguido com a certificação do sistema de gestão de qualidade ISO 9001 que comprovou o compromisso desde sempre assumido com a qualidade e satisfação dos clientes, o .PT viu recentemente o seu modelo global de segurança de informação ser reconhecido com a certificação internacional ISO 27001:2013. Mais do que uma vitória depois de um longo e complexo processo, a atribuição deste referencial “abriu um processo de reflexão e de formalização de determinados aspetos com vista ao cumprimento dos requisitos impostos por este referencial”, clarificou Inês Esteves, Vogal do Conselho Diretivo da Associação DNS.PT com a responsabilidade pela área da segurança da informação. Com o reconhecimento por parte de uma entidade externa e independente que atestou o nível de implementação e de adequabilidade do referencial, a ISO 27001:2013 “é o culminar de um trabalho que a associação tem vindo a desenvolver na área da segurança da informação com vista a promover continuamente a adoção das e melhores práticas internacionais nesta área”. No entanto, a concretização desta certificação não é o fim do processo mas sim uma etapa da estratégia e dos objetivos que .PT quer atingir. Para tal, “pretendemos envolver entidades nacionais e internacionais de referência nesta área, parceiros e registrars, que também têm um interesse acrescido no que respeita à segurança. Neste modelo internacional multistakeholder assumido pela associação, queremos chamar todas as partes interessadas”, afirmou Inês Esteves. Desde a sua criação que a Associação DNS.PT, entidade nacional responsável pelo domínio de topo da Internet de Portugal, assumiu o compromisso de se dedicar ao estudo e ao desenvolvimento de soluções que permitam tornar o .PT “mais resiliente, seguro e confiável para a comunidade de utilizadores”. O Registry Lock Service (um serviço que disponibiliza uma proteção adicional de segurança aos dados associados a nomes de domínio) ou o DNSSEC (extensões de segurança ao protocolo DNS criadas para proteger e autenticar o tráfego DNS) são, aliás, exemplos desse real compromisso com a segurança da informação. Esta é a missão da associação que tem merecido o reconhecimento não só da comunidade de utilizadores e dos parceiros, mas também da comunidade europeia de ccTLDs (domínios de topo de um país). Apesar de recente, já é possível avaliar o impacto que esta certificação teve junto da comunidade de parceiros e de utilizadores. “Mais confiança” acrescentou Inês Esteves. Confiança que não se esgota na comunidade já existente. A certificação gera ainda confiança adicional para quem procura um registo fiável e seguro como é o caso do .PT “que está preparado para os desafios atuais nas matérias ligadas à segurança da informação”, assegurou a responsável. Estar preparado significa saber que cada vez mais existe um conjunto de ameaças a que se está exposto e
SEGURANÇA na informação iso 27001
» André Ramos, Diretor de Marketing da APCER, em entrevista
Norma ISO/IEC 27001-
Um fator Diferenciador “Vivemos numa era em que a informação é considerada a chave dos negócios de uma organização, devido à sua utilidade e importância”, revela André Ramos, Diretor de Marketing da APCER. Conheça as valias da norma ISO/IEC 27001.
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informação é um dos maiores recursos das organizações. Nas empresas, a informação suporta uma grande diversidade de processos como negociações com clientes e fornecedores, nas fusões, e mesmo nos dados pessoais dos colaboradores. De que forma é que a norma ISO 27001:2013 pode demonstrar a integridade de dados, sistemas, além do compromisso com a segurança e informação? A norma ISO/IEC 27001 define os requisitos necessários para estabelecer, implementar, manter e melhorar de forma contínua um sistema de gestão de segurança da informação (SGSI). A complexidade de um sistema de gestão de acordo com este referencial vai depender de um conjunto de fatores, como necessidades e objetivos da organização, requisitos de segurança, processos organizacionais definidos e dimensão e estrutura da organização. O sistema de gestão preserva a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação através da aplicação de um processo de gestão do risco, e dá confiança a todas as partes interessadas de que os riscos são geridos adequadamente. Para um eficaz sistema de gestão de segurança da informação é fundamental que o mesmo seja integrado com os processos da organização e que a segurança da informação seja considerada na conceção de processos, sistemas de informação e controlos.
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A norma ISO 27001:2013 tem como princípio geral a adoção pela organização de um conjunto de requisitos, processos e controlos com o objetivo de mitigarem e gerirem adequadamente o risco da organização. As empresas portuguesas estão preparadas para responder às exigências desta norma? Sim. De acordo com o estudo da ISO – International Organization for Standardization, de 2014, existiam em Portugal 56 certificados emitidos de acordo com este referencial normativo, o que por si só revela o grau de resposta das organizações portuguesas face aos requisitos da norma. Quando está em causa a gestão do risco de uma atividade, qualquer organização que preze pela sua sustentabilidade deve identificar esses mesmos riscos, classifica-los por ordem de gravidade e tomar medidas adequadas. O processo de gestão dos riscos existe devido ao constante surgimento de novas ameaças aptas a explorar as vulnerabilidades dos ativos da informação, o que exige que se tomem algumas medidas de prevenção. A avaliação dos riscos deve ser feita tendo em conta uma análise de custo-benefício, para revelar se compensa um risco ser minimizado ou transferido. Em suma, se um risco tem baixa probabilidade de ocorrer, o custo do seu tratamento é muito elevado e a consequência é considerada insignificante ou menor, pode não compensar essa tomada de decisão, sendo o risco assumido. No entanto, qualquer que seja a decisão, será sempre tomada
da informação por pessoas que dela possam fazer uso indevido e não autorizado? Qual o custo da diminuição da produtividade por erros, falhas de sistema ou utilização de informação errada? Qual o peso da ocorrência de incidentes sobre as informações de uma organização? As respostas a estas questões colocam os custos de implementação e certificação a um nível insignificante.
ANDRÉ RAMOS
com base em informação, factos e conhecimento do negócio. Quais as principais mais-valias para quem adota a norma ISO 27001:2013 e quais os benefícios para os clientes, fornecedores ou parceiros? Credibilidade comercial: o facto de a organização ser reconhecida ao nível da proteção da informação é uma garantia para os seus clientes e parceiros da forma como os seus dados são tratados pela organização; Redução de custo: o custo de um único incidente de segurança poderá ser consideravelmente superior ao investimento em sistemas de proteção. Por outro lado, a certificação pode diminuir o custo de eventuais prémios de seguros que tenham como objeto a segurança da organização; Cumprimento legal e regulamentar: A certificação demonstra às autoridades competentes e acionistas que a organização cumpre as leis e regulamentos aplicáveis, tanto do ordenamento jurídico português como regulamentos setoriais. Redução do risco de incidentes de segurança: a certificação proporciona um melhor conhecimento dos sistemas de informação, das suas vulnerabilidades e da forma como os proteger, o que resulta num aumento do nível de proteção contra riscos de negócio. O universo empresarial português vive alguns momentos de contenção financeira e sendo esta uma relevante norma na melhoria, a questão do valor é sempre importante. Neste sentido, qual é o custo estimado da implementação e certificação? Mais do que quantificar os custos inerentes ao processo de implementação e certificação de um sistema de gestão de acordo com a norma ISO/ IEC 27001, as organizações devem procurar respostas para as seguintes questões: Quanto custará uma falha que implique uma perda efetiva de informação? Quais as consequências da utilização
Crê que esta norma vem apoiar as empresas portuguesas no domínio da internacionalização, ou seja, o mercado externo identifica quem está munido desta norma e aceita-o melhor, dada a credibilidade e segurança que a mesma aporta? A certificação de acordo com a norma ISO/IEC 27001 é reconhecida a nível mundial. No final de 2014, e de acordo com o estudo da ISO – International Organization for Standardization, existiam 23.972 certificados emitidos em todo o mundo de acordo com este referencial normativo, um crescimento de 7% face aos números de 2013. Uma das grandes vantagens das organizações que procuram esta certificação, num contexto de mercado complexo, é sem dúvida a possibilidade de conquistarem novos mercados através deste fator diferenciador. De que forma é que, com esta norma, as empresas conseguem proteger de forma mais eficaz as suas vantagens competitivas e o próprio conhecimento do negócio? Vivemos numa era em que a informação é considerada a chave dos negócios de uma organização, devido à sua utilidade e importância. A problemática da segurança da informação está associada com a crescente dependência das empresas em sistemas de informação e tecnologias da informação. Reconhecendo o valor da informação, as organizações devem certificar-se de que a gerem de forma eficaz. Um SGSI permite uma gestão dos riscos da segurança da informação para garantir que a informação não é negada nem se tornará indisponível, não será perdida, destruída ou danificada, divulgada sem autorização ou até mesmo roubada. Que conselho/mensagem deixaria às empresas que ainda vislumbram a norma ISO 27001:2013 com algum ceticismo? Como dizia Descartes “todo o conhecimento é inseguro e não está livre de dúvidas”. Para aquelas organizações que ainda não encontraram uma certeza absoluta sobre as mais-valias na implementação da ISO/IEC 27001 proponho que procurem fazer algum benchmarking com organizações que possuam um SGSI implementado, ou por outro lado, que avaliem o impacto da perda total ou parcial da informação que gerem em resultado da sua atividade. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
» especialista em processos de suporte à comunicação
“A Contisystems sempre apostou e investiu na segurança” Assumindo a ambição de continuar a desempenhar um papel fulcral no modo como as marcas se relacionam com os seus clientes finais, da Contisystems poderá esperar-se um contínuo compromisso com a evolução da comunicação e da gestão dos documentos dos seus clientes. Quem o diz é Pedro Caravana, CEO da Contisystems, numa entrevista à Revista Pontos de Vista.
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Contisystems apresenta-se como uma especialista em analisar, planear e implementar processos de suporte à comunicação. Fundada há cerca de cinco décadas, esta empresa sempre esteve ligada à segurança de documentos. Com os avanços tecnológicos, houve a necessidade de se reinventar. Hoje quem é a Contisystems? A Contisystems, antes do reposicionamento, chamava-se Contiforme. O avanço tecnológico dos últimos quatro anos fez-nos repensar a estratégia. A empresa tem origens gráficas, mas numa altura em que vivemos uma transformação digital da comunicação, a Contisystems necessitava de ganhar algum awarness na área tecnológica. É hoje uma empresa one stop shop para a comunicação multicanal de players empresariais. Tornámo-nos uma empresa end to end nesta área, cobrindo não só a produção dos suportes físicos como a carta e o envelope, bem como, passámos a gerir, enviar e custodiar todo o tipo de documentos eletrónicos. Não abandonámos as linhas de negócio mais antigas porque são ainda muito utilizadas.
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Esta empresa foi criada por empreendedores com vários anos de experiência na área das tecnologias de informação. Em Portugal, quando se avança para a criação de um negócio desta natureza, quais são as principais preocupações? Existem preocupações que são comuns a outros negócios. Quais as necessidades que identificávamos nos nossos clientes, que competências tínhamos para as satisfazer melhor que os restantes players do mercado. De facto, existem muitos players no mercado com um leque muito vasto de soluções, mas com base nas relações comerciais e operacionais já existentes, a Contisystems conseguiu encontrar uma proposta de valor única para a gestão de uma comunicação multicanal. Hoje em dia, quais são as prioridades tecnológicas das empresas portuguesas e de que forma a Contisystems, a partir dos serviços que disponibiliza, tem conseguido responder às exigências? A gestão da informação é hoje em dia uma das grandes preocupações. A transformação digital é cada vez mais o assunto do dia numa comunicação coerente e multifacetada. A Contisystems disponibiliza aos seus clientes uma solução denominada por DOS (Document Outsourcing Services) que permite de forma integrada a gestão do ciclo de vida do documento, desde o seu desenho ao seu arquivo e consulta. É facilmente integrado em qualquer ponto dos fluxos de dados que suportam a comunicação dos nossos clientes. A custódia digital e serviços de envio de documentos digitais é um dos negócios com peso crescente na empresa. De que modo é que estes serviços têm
PEDRO CARAVANA
A tendência será para uma colaboração mais estreita entre o cliente e o provedor da solução
permitido que o vosso cliente obtenha vantagens competitivas relativamente à sua concorrência? Sendo a Contisystems o player escolhido para outras atividades do ciclo de vida dos documentos, como a formatação, aplicação de regras e impressão, a custódia digital e os serviços de envio de documentos digitais vieram preencher as necessidades dos nossos clientes. Desde a sua génese que a empresa imprime documentos para o segmento financeiro e entidades que precisam de segurança. De que forma a Contisystems tem sido o garante de uma total confidencialidade? A Contisystems sempre apostou e investiu na segurança. Para além de ser uma organização certificada pela APCER, possui também um certificado da VISA e outro da MasterCard. Ambos exigem um elevado grau de segurança e confidencialidade. Atualmente, muitas empresas estão a investir em TI para reforçarem a sua competitividade. De um
modo geral, quais são as principais necessidades tecnológicas das empresas portuguesas? Conceitos como o Cloud Computing, Big Data e IoT fazem cada vez mais parte do nosso quotidiano. Estes conceitos vão fazer com que existam grandes transformações ao nível das infraestruturas de Tecnologias de Informação, por exemplo, a capacidade das próximas gerações de Data Centers (aumento de requisitos de velocidade, eficiência e capacidade de processamento). A tendência será para uma colaboração mais estreita entre o cliente e o provedor da solução. As empresas têm escolhido o caminho da internacionalização como via para o crescimento estrutural das suas equipas. Na Contisystems esta é também uma realidade? Neste sentido, pesam mais os mercados ditos emergentes ou outros considerados mais maduros, como a Alemanha ou os países nórdicos? Para crescer a Contisystems avançou para novas áreas de negócio e foi à descoberta de mercados fora de Portugal. Hoje temos clientes regulares em França, Espanha, Angola, Moçambique e Cabo Verde. No entanto, já fizemos projetos pontuais para a Nigéria, Estados Unidos da América, Inglaterra e Guiné. Para 2016, que projetos esperam ver concretizados? O que podemos continuar a esperar da atuação da Contisystems? Continuaremos a apoiar os nossos clientes na evolução da sua comunicação e na gestão dos seus documentos. Acredito que vamos ter um papel relevante na forma como as marcas se relacionam com os seus clientes finais. A transformação digital está a afetar definitivamente a experiência de loja e toda a interação com o cliente final. ▪
ENSINO E FORMAÇÃO
» 2045 - Empresa de Segurança S.A E A EXCELÊNCIA
2045 – A Formação que marca a diferença
Sobejamente conhecida por todos, a 2045 - Empresa de Segurança S.A é hoje um dos principais players no domínio da segurança, onde a formação “é um requisito essencial para a prestação de um serviço de excelência para os clientes”, afirmam Inês Moreira, Coordenadora de Formação e Ana Assunção, Responsável pelo Centro de Formação, em entrevista à Revista Pontos de Vista. Porque só a diferenciar se pode ser o melhor.
Sendo o Grupo 2045 um dos mais importantes em Portugal e não só no âmbito da segurança, de que forma é a formação um pilar essencial no sucesso da marca? A 2045 considera a formação um requisito essencial para a prestação de um serviço de excelência para os clientes. Neste sentido, o Centro de Formação pauta a sua atuação pela exigência e rigor ao nível dos conteúdos ministrados e qualidade pedagógica das ações de formação desenvolvidas. A elevada qualidade da sua bolsa de formadores externos e internos constitui um fator diferenciador no mercado da formação da segurança privada. O Centro de Formação da 2045 disponibiliza formação para os nossos colaboradores com o objetivo de ir ao encontro das suas expectativas e interesses, independentemente do posto onde desempenham funções. Acreditamos contribuir assim para o enriquecimento das competências e aspirações profissionais dos colaboradores, traduzindo-se numa maior motivação e, consequentemente, num melhor desempenho. Apresentam soluções para diversos setores de atividade. Deste modo, de que forma é que as vossas ações de formação são adaptadas mediante as áreas onde serão aplicadas? Para além da formação técnica obrigatória, a 2045 considera fundamental desenvolver formações à medida do cliente, não só por sua solicitação, mas por iniciativa da empresa como fator decisivo para uma cultura de excelência e um desempenho de elevada eficiência. Este facto visa contribuir também para uma maior satisfação e motivação dos colaboradores. Como caracteriza a formação «made in» Grupo 2045? Quais são as principais mais-valias? A 2045 é uma empresa certificada pela DGERT, autorizada pela PSP, com credenciação NATO Secret pelo
INÊS MOREIRA E ANA ASSUNÇÃO
Um dos elementos distintivos da nossa formação é a elevada qualidade técnica dos formadores. Todos com um percurso profissional muito relevante na área da segurança pública e privada
Gabinete Nacional de Segurança e certificada nas normas de qualidade, segurança, ambiente e, mais recentemente, responsabilidade social. Um dos elementos distintivos da nossa formação é a elevada qualidade técnica dos formadores. Todos com um percurso profissional muito relevante na área da segurança pública e privada. A 2045 tem também vindo a estabelecer protocolos de cooperação com diferentes entidades especializadas, nomeadamente, com associações representantes de militares e ex-militares no sentido de proporcionarmos aos seus associados condições para a entrada no mercado da segurança privada. Acredita que este ainda é um setor que carece de formação por parte dos principais players e respetivos profissionais? A formação qualificada em segurança constituirá, sem dúvida, um fator de diferenciação das diferentes empresas no mercado da segurança privada. A 2045 tem procurado reforçar essa aposta integrando nos
seus quadros formadores de referência oriundos das diferentes áreas da segurança pública. É importante que o legislador e os diferentes reguladores reconheçam o esforço das empresas que apostam na formação de qualidade e na diferenciação pela formação em detrimento de players que desenvolvem estratégias simplistas de apropriação baseadas no muito baixo preço. Que leitura faz o Grupo 2045 do contexto atual da segurança privada? O mercado da segurança privada em Portugal, no seu estado atual, é claramente um mercado maduro que beneficiaria com alguma concentração. No entanto, ainda mais importante do que falar em concentração, é fundamental uma aposta na regulação e no “compliance” do mercado. Se algumas empresas cumprissem o quadro normativo existente e se este fosse qualitativamente mais exigente relativamente à entrada de empresas no mercado, julgamos que teríamos um mercado de segurança privada mais competitivo e mais qualificado. As empresas que atuam dentro do quadro legal existente e que constituem a coluna vertebral da segurança privada em Portugal, pela quota de mercado e pela qualidade do serviço prestado, veem os seus resultados prejudicados pelas más práticas de outras com o inerente reflexo no seu contributo para o Estado e para a criação de emprego qualificado. O Estado Português tem um papel determinante nesta situação, não só como regulador, mas sobretudo como cliente de referência. Se o próprio Estado exige e fixa preços abaixo do custo direto do serviço de segurança, dificilmente poderemos almejar a ter um mercado de elevado nível qualitativo. ▪
71 MARÇO 2016
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2045 - Empresa de Segurança S.A, assume-se como um dos principais players no domínio da Segurança Privada, sendo hoje uma das marcas mais conhecidas e reconhecidas do grande público. No sentido de contextualizar junto do nosso leitor, de que forma tem vindo a ser calcorreado o trajeto da marca? A 2045 celebrou em 2015 o seu 25º aniversário. 25 anos no mercado da segurança privada numa posição de destaque são garantia do reconhecimento pelo mercado da excelência do serviço, da capacidade técnica e da forte relação que construímos com os nossos clientes e parceiros. A 2045 conta atualmente com perto de 3000 colaboradores, fazendo da nossa empresa um dos maiores grupos portugueses independentes com presença nos países africanos de língua oficial portuguesa.
ENSINO E FORMAÇÃO
» GRUPO FERPINTA EM DESTAQUE
“Juntos continuaremos a «sonhar o futuro»” A formação dos recursos humanos de uma qualquer marca é absolutamente essencial para que a mesma consiga alcançar altos níveis de excelência. O Grupo Ferpinta é disso exemplo, até porque a política da marca passa pelo desenvolvimento contínuo de competências dos colaboradores. Paulo Pessoa, Director de Recursos Humanos, Ambiente e SST do Grupo Ferpinta, em entrevista à Revista Pontos de Vista abordou essa dinâmica.
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om a crescente globalização dos mercados, o Grupo Ferpinta desde sempre pautou a sua atuação pela flexibilidade e capacidade de resposta imediata aos desafios que foram surgindo. De que forma o vosso modelo de gestão tem conduzido ao sucesso desta organização? O modelo de gestão do Grupo Ferpinta assenta na aposta na sua diferenciação relativamente aos seus concorrentes, dinamizada por uma sólida rede de suporte aos seus clientes, proporcionando-lhes assim, melhor serviço e a mais completa gama de soluções para responder às sua necessidades, com toda a qualidade que nos distingue. Em qualquer organização os recursos humanos desempenham um papel fulcral. No Grupo Ferpinta, que políticas de desenvolvimento do vosso capital humano têm sido desenvolvidas? Na vossa atuação, a formação contínua ocupa um dos lugares cimeiros? A formação contínua e a avaliação de desempenho constituem instrumentos decisivos e cruciais para garantir a aprendizagem e desenvolvimento constantes dos nossos colaboradores, fomentando assim o reconhecimento diferenciado pelo mérito, complementado pela política de compensações e benefícios.
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Segundo dados mais recentes, Portugal apresenta uma taxa de desemprego jovem que ultrapassa os 30%. Apesar de ser um valor preocupante, trata-se de um número que tem vindo a diminuir. A juventude tem sido uma das vossas prioridades? A aposta do Grupo nos jovens é notória, sendo parte da estratégia, o recrutamento de jovens de diferentes níveis de formação, com o objetivo de desenvolver e aplicar competências adquiridas, sustentadas num conjunto de princípios e valores que definem a cultura organizacional do Grupo Ferpinta. Nesta linha desenvolvemos um forte conjunto de iniciativas que incorporam a política de retenção dos nossos recursos.
monstrar, por um lado um real compromisso com o meio ambiente e por outro, criar novas oportunidades de negócio com clientes ambientalmente conscientes, tornando em simultâneo as organizações mais competitivas através da redução de custos. A consciência ambiental e energética do Grupo Ferpinta fica assim demonstrada pela obtenção, para a Ferpinta, de Certificação Ambiental e Certificação Energética desde 2010 e 2014, respetivamente.
PAULO PESSOA
No contexto do Portugal 2020, o investimento no capital humano é um dos pilares mais importantes das políticas definidas. No seu entender, este assunto está bem representado ou continuam a existir lacunas? Penso que claramente continuam a existir lacunas graves; senão vejamos a dificuldade extrema que as nossas empresas do setor produtivo têm em recrutar perfis especializados ao nível da metalomecânica! É fundamental e crucial um processo de ajustamento entre a realidade industrial e o mundo académico, canalizando o investimento do capital humano em competências que, de facto, o mercado laboral necessita. Num mercado feroz e muito competitivo, o desempenho ambiental de uma empresa acaba por ser um excelente cartão-de-visita, dando-lhe competências competitivas acrescidas. Os empresários têm essa consciência? Quais são as vossas principais preocupações? De facto é hoje internacionalmente consensual que o desempenho ambiental prestigia a reputação de qualquer organização, permitindo de-
Mais do que um chavão, a inovação deve fazer parte da estratégia das marcas. Na prática, na criação de soluções de negócio mais eficazes e personalizadas, de que modo o desenvolvimento tecnológico tem sido imprescindível? Ser uma marca inovadora gera mais confiança no cliente? Certamente que para todos os nossos clientes é fundamental percecionarem a capacidade do Grupo Ferpinta em continuamente acompanhar o desenvolvimento tecnológico, pois é garantia da qualidade dos nossos produtos e serviços. No atual contexto económico é crucial que os nossos produtos e serviços criem, de forma sustentada, valor acrescentado para os nossos clientes, numa relação de parceria e benefícios mútuos. A melhoria contínua é intrínseca à cultura organizacional do Grupo Ferpinta, que possui inclusive equipas de trabalho especializadas nessa área. Para o futuro, e ainda na senda do desenvolvimento e da capacitação dos vossos recursos humanos, qual continuará a ser a linha de atuação do Grupo Ferpinta? A política do Grupo Ferpinta passa pelo desenvolvimento contínuo de competências dos nossos colaboradores, seja através de formação, seja através de outra ferramenta de desenvolvimento, alinhando as mesmas com a estratégia do Grupo, garantindo assim o know-how adequado, que permitirá alcançar os resultados desejados. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
OFERTAS SOCIALMENTE INOVADORAS
» Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano – Ilidh
“Os valores universais são para nós como um código genético” “Temos como prioridade afirmar a Universidade dos Valores como um espaço privilegiado para expandir o conhecimento e a experiência sobre os valores universais, para Portugal e para o mundo”, afirma Lourenço Xavier de Carvalho, Cofundador do Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano - iLIDH, Sociólogo e Doutorado em Ciências da Educação, em entrevista à Revista Pontos de Vista. Saiba mais ao longo desta conversa.
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dificado em 2007, o Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano (iLIDH), tem vindo a promover um serviço de excelência e inovação. Para contextualizar o nosso leitor, de que forma têm vindo a percorrer um trajeto positivo em prol do país? O iLIDH foi constituído em 2007, após cerca de dez anos de projetos preparatórios. E, de facto, olhando para os últimos oito anos de atividade formal do iLIDH, vemos que construímos já algo relevante e que nos permite encarar um novo ciclo com otimismo – formámos mais de 4.000 agentes educativos em ações oficiais acreditadas sobre valores e literacia social (conceito que criámos e que coloca a centralidade do desenvolvimento de competências nos valores) e estima-se que tenham participado diretamente nas nossas ações no terreno, em escolas, clubes, comunidades diversas, mais de 50 mil crianças e jovens. Criámos o LED on Values, que está hoje em mais de 700 escolas em todo o país e desenvolvemos mais de uma centena de recursos pedagógicos em diversos temas em torno dos valores, da ética e da cidadania, desde manuais, livros, brochuras, jogos interativos, entre outros materiais didáticos. Reabi-
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Mais informações em: www.universidadevalores.org e www.ledonvalues.org
litámos um palácio senhorial com mais de mil anos de história deixado ao abandono durante décadas, onde instalámos a Universidade dos Valores, um polo de investigação e desenvolvimento (I&D), de formação, de intervenção e de mudança. Como têm conseguido, numa vida ainda recente do iLIDH, promover esse movimento interventivo e de mudança com tanta intensidade? Fundamentalmente, temos sido observadores atentos da realidade, a explícita e a implícita. E com isso definimos rumos, tomamos decisões e empenhamos esforços, com grande sentido de sacrifício pessoal dos fundadores ao longo destes anos. Em 2009 fizemos um inquérito representativo da população portuguesa sobre valores, comparámos
dados recolhidos dez anos antes e pudemos tirar conclusões importantes sobre as necessidades mais fundamentais para os portugueses, aquilo que valorizam, ao que aspiram e sonham, para si e para a sociedade. Com isso, pudemos criar recursos pedagógicos para os educadores recuperarem o lugar dos valores na educação – que é no seu centro – forçando um distanciamento a uma visão de vida materialista, privilegiando a sua dimensão humana individual e relacional, desenvolvendo competências verdadeiramente relevantes para “uma vida bem-sucedida e uma sociedade funcional”, tal como são definidas pela OCDE, e não competências que servem interesses divergentes ao que as pessoas comuns procuram. Que interesses são esses e de que forma o vosso trabalho oferece respostas sociais e de proximidade? E como o perpetuam? Os objetivos de vida dos portugueses são, por ordem de importância, construir uma família sólida, amar e ser amado, ser um profissional competente, ser honrado e ajudar os outros. Já o ser rico, ter uma boa posição social e poder, não são
ambiente de alta tecnologia, com jogos interativos 2D e 3D, tecnologias e espaços imersivos em realidade virtual com instrumentos de medição e feedback aos utilizadores com a incorporação de biossensores; tecnologias que depois contrastam com jogos manuais e mecânicos intercalados, de grande envolvimento emocional, que procuram manter o equilíbrio entre as valências do digital e do não-digital.
os objetivos fundamentais da esmagadora maioria das pessoas, no âmago da sua consciência. Se esse é o objetivo que os cidadãos definem para as suas vidas, para a sua realização e felicidade, será que o sistema educativo fornece respostas adequadas? Parece-nos que não e, pelo contrário, parece servir os interesses de uma minoria dominante. A nossa resposta é, assim, educar para os valores e para a felicidade, apoiando os sistemas de educação formal e informal com recursos para as comunidades educativas – escolas, famílias e outros grupos sociais. Perpetuamos esse contributo com a formação constante de milhares de agentes educativos – professores, dirigentes, pais, treinadores desportivos, etc. – ao mesmo tempo que lhes oferecemos ferramentas práticas que podem utilizar todos os dias, nomeadamente com o programa LED on Values. Depois, construímos a Universidade dos Valores, dando a conhecer o sentido original da palavra Universidade – a totalidade, o universo – com um conjunto de estruturas de apoio como a Pousada de Mafra e os Sabores Universais (um restaurante, para o qual procuramos um parceiro) com o objetivo de garantir a sustentabilidade de todo este esforço social, lugar de investigação, formação e experiência vivida dos valores. De que «valores» falamos e de que forma eles são fundamentais na vossa dinâmica? Valores que não são certamente preferências pes-
soais, nem somente consensos culturais. Valores que estão para além da cultura, da ideologia, da religião ou de qualquer muro criado pelo Homem. Valores que estão na essência de Ser Humano, que nos distinguem enquanto espécie e que representam um conjunto de qualidades inerentes à condição fundamentalmente humana e que, quando ativadas e praticadas na interação com tudo o que existe, resultam em harmonia, desenvolvimento e realização. Chamamos a esses, os valores universais. Como tal, os valores universais são para nós como um “código genético” da existência mais profundamente humana, iminentemente espiritual, latu sensu. Com este código vimos a este mundo, marcados das nossas origens, do nosso património passado. É esse património que promovemos no Museu dos Valores Universais, uma das estruturas centrais da Universidade dos Valores, um espaço inovador de “ciência viva” que combina cultura, educação, tecnologia, I&D e entretenimento. Que características identifica no Museu dos Valores Universais para que o mesmo seja considerado inovador? É um espaço único e pioneiro em Portugal, na Europa e talvez no mundo. Crianças, jovens e adultos podem celebrar na Universidade dos Valores uma dupla dimensão de património neste espaço histórico do Palácio dos Marqueses, em Mafra, num
A inovação dos vossos projetos tem tido reconhecimento, a nível nacional ou também internacional? E esse reconhecimento é fundamental para a prossecução dos vossos desideratos? Posso considerar que temos tido significativo reconhecimento, cá em Portugal e também lá fora. Trabalhamos muito em parcerias internacionais, principalmente europeias, e nesse âmbito o LED on Values e a Universidade dos Valores têm tido muito reconhecimento, quer do ponto de vista conceptual, quer das respostas sociais práticas que implementamos. Ele traduz-se em diversos convites para comunicações no estrangeiro para partilhar estas “best practices”, em projetos de transferência destas para outros países, mas também em financiamentos que a Comissão Europeia nos atribuiu, reconhecendo o valor dos projetos, a sustentabilidade conseguida e o seu potencial de multiplicação. Cá em Portugal, tem sido muito interessante verificar a mobilização da sociedade, das instituições, das universidades, dos empreendedores, dos ativistas sociais, em torno da Universidade dos Valores. Pessoas provenientes de todas as áreas, ideologias e estratos sociais, têm manifestado um enorme e carinhoso apoio a esta iniciativa do iLIDH. Ainda há dias recebemos o convite para a Universidade dos Valores integrar a Rede da UNESCO, pela nossa Comissão Nacional, o que nos orgulha muito. Que desafios se colocam de futuro à instituição e quais as principais prioridades da mesma? Temos como prioridade afirmar a Universidade dos Valores como um espaço privilegiado para expandir o conhecimento e a experiência sobre os valores universais, para Portugal e para o mundo, revivendo esse que foi o sonho subjacente à expansão de Mafra no século XVIII – uma história fascinante que também se conta no espaço museológico – ao mesmo tempo que aprofundamos o nosso relacionamento com as escolas que implementam, com grande empenho, o LED on Values. Daí advêm os desafios de sustentabilidade financeira, de comunicação eficaz com os nossos públicos e de eficiência das parcerias institucionais que temos com parceiros que muito prezamos. ▪
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LOURENÇO XAVIER DE CARVALHO
Porquê dupla dimensão de património? Património material e imaterial. Por um lado, e talvez no pior contexto económico para o fazer, reabilitámos um edifício com imensa história, que já foi castelo mouro, paço medieval e palácio senhorial, dando uma nova função socialmente relevante a um património material caído no esquecimento. Por outro, ali promove-se aquilo que consideramos um património – talvez o mais importante e certamente o mais partilhado pela comunidade global – os valores universais, como património imaterial. Aliás, já temos apresentado esta perspetiva à UNESCO, pois acreditamos que um dia poderemos ter o reconhecimento dos valores universais como património imaterial da humanidade! Creio que isso seria um contributo histórico para a construção da paz e harmonia globais.
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» JANSSEN PORTUGAL SEMPRE NA VANGUARDA
“A Saúde é um fator de riqueza para a sociedade” “Colaboramos com o mundo para a saúde de todos. Este lema da Janssen está interligado com a questão de mais e melhor saúde no futuro”, afirma José Antunes, Diretor Médico da Janssen Portugal, em entrevista à Revista Pontos de Vista, dando-nos a conhecer as prioridades e desafios da marca, um dos principais players na saúde a nível mundial.
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Janssen Portugal assume o paradigma no desenvolvimento de medicamentos inovadores, tendo como principal fito a promoção da melhoria da qualidade de vida das pessoas. De que forma tem assumido a “função” de ser uma marca completamente direcionada para a proteção das pessoas e da saúde das mesmas? A Indústria Farmacêutica é uma das mais inovadoras e também uma das que tem aportado mais valor para os doentes e para a sociedade. Os novos medicamentos desenvolvidos pela Indústria Farmacêutica foram responsáveis por grande parte do aumento da esperança de vida da população observada nos últimos cem anos. Trabalhar na Indústria Farmacêutica é uma enorme responsabilidade, mas também um motivo de realização e de compromisso. A inovação e o foco nas pessoas são duas características essenciais que marcam a identidade e a cultura da Janssen, companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson. Atualmente, o nosso foco está centrado no desenvolvimento de novos medicamentos em áreas de grande necessidade médica, como são a Hemato-Oncologia, a Imunologia, as Neurociências, a Infeciologia e as Doenças Cardiovasculares e Metabólicas. A Janssen possui um dos pipelines mais inovadores e diversificados dentro da Indústria Farmacêutica e a sua capacidade de desenvolver e disponibilizar soluções terapêuticas tem sido amplamente reconhecida a nível global. A título de exemplo, recentemente, e pelo 4º ano consecutivo, a J&J (e a Janssen) foi distinguida pela IDEA Pharma como a companhia mais bem-sucedida no desenvolvimento e na comercialização de novos medicamentos.
devemos ser parte integrante do ecossistema da saúde e isto significa trabalharmos em conjunto com os diferentes stakeholders para melhorarmos a qualidade da saúde dos doentes e da população, incrementarmos as competências e qualificações dos profissionais de saúde e aumentarmos o valor e a competitividade de Portugal nas áreas de inovação e na economia do conhecimento relacionadas com a saúde.
JOSÉ ANTUNES
Será legítimo afirmar que a vossa orgânica e missão está sustentada, também, nas relações de parceria e proximidade que possuem com doentes, comunidade médica e outros stakeholders? Qual a importância desta “rede” para o sucesso da Janssen? Conforme refletido no “Nosso Credo” que traduz a nossa missão e o nosso sistema de valores enquanto empresa do grupo J&J, a nossa primeira prioridade são os doentes. Além disso, acreditamos que enquanto Janssen,
Esta rede e estas parcerias são vitais no desenvolvimento de medicamentos inovadores e diferenciadores? Em que moldes? Como refere Paul Stoffels, atual Chief Scientific Officer da Janssen a nível mundial, as parcerias na Investigação e Desenvolvimento de novos medicamentos são cruciais e o modelo “fechado” baseado em tecnologias e know-how específicos internos está esgotado. Atualmente, a produção de inovação científica passa por modelos colaborativos e abertos envolvendo a Indústria Farmacêutica, a Academia, os Centros de Investigação, empresas de biotecnologia, entre outros stakeholders. A forma como a Janssen está organizada em termos de infraestruturas de Investigação e Desenvolvimento reflete essa visão. A nível global, a Janssen dispõe de 13 Pólos de Investigação dedicados ao desenvolvimento interno de novos medicamentos, em profunda articulação com a academia e grupos independentes de investigação. A estes pólos internos, acrescem quatro Centros de Inovação, que integram equipas multidisciplinares com qualificações na área de investigação básica e clínica nas áreas terapêuticas prioritárias da organização, especialistas em investimentos de capital de risco, peritos em patentes. A missão destas equipas consiste na identificação
Mais Saúde, Mais Futuro. De que forma é que a Janssen personifica este lema? Colaboramos com o mundo para a saúde de todos. Este lema da Janssen está interligado com a questão de mais e melhor saúde no futuro. A título de exemplo, a Janssen e as restantes companhias do grupo J&J têm trabalhado cada vez mais numa lógica de colaborações e parcerias, tanto internas como externas, com o objetivo de promover a saúde e combater a doença. Acreditamos que a saúde não é uma fonte de despesa, mas antes um fator de riqueza para a sociedade e que contribui para a prosperidade da mesma em todas as vertentes.
Quais são os grandes desafios e prioridades da marca no futuro? A Inovação é e será sempre a principal componente da Janssen na promoção da saúde a nível local e global? O Grupo J&J, do qual a Janssen faz parte, tem quase 130 anos de história. O nosso sucesso ao longo de todos estes anos tem resultado da nossa integridade, da nossa reputação, da nossa capacidade de antecipação e adaptação às novas realidades na área da saúde e da produção de inovação com valor para o doente e para a sociedade. Investimos em inovação de vanguarda trabalhando para prevenir, intercetar e tratar a doença. Acreditamos na inovação aberta e em novos modelos de colaboração com os diferentes stakeholders no desenvolvimento e disponibilização de soluções terapêuticas. Acreditamos também que devemos ter um papel importante no incentivo à economia do conhecimento e na identificação de propostas que possam contribuir para o combate à doença e para promover uma sociedade mais saudável, mais produtiva e com melhor qualidade de vida.
A Janssen assume-se como um dos principais players ao nível da investigação farmacêutica mundial. Em Portugal, de que forma é que a Janssen tem na Inovação o seu principal «cartão de visita»? Em Portugal, o volume de ensaios clínicos realizado está ainda aquém do potencial do país, mas observa-se já uma ligeira tendência de crescimento, a qual é preciso consolidar e acelerar. Nos últimos anos, têm sido implementadas algumas medidas importantes para aumentar a competitividade do país na atração de novos ensaios clínicos. Para que um país possa ser competitivo na área de investigação clínica num contexto internacional, são necessárias equipas de investigação preparadas e competentes, processos de avaliação e aprovação eficientes, elevado nível de qualidade na geração de dados e fiabilidade no cumprimento dos objetivos de recrutamento assumidos. A Janssen tem trabalhado junto das equipas de investigação locais e dos centros de decisão internacionais para incluir Portugal nos programas de desenvolvimento clínico dos nossos medicamentos. Temos igualmente realizado um trabalho de prospeção de novas tecnologias na área da saúde, a nível nacional, em articulação com o Centro de Inovação da J&J em Londres. Portugal dispõe de excelentes profissionais e centro ligados à inves-
tigação básica, quer a nível académico, quer em institutos independentes. Existe igualmente um número crescente de start-ups na área da saúde, e um ambiente altamente estimulante para o empreendedorismo e inovação na área da saúde. A J&J, através dos seus Centros de Inovação, tem atualmente cerca de 400 acordos de parceria com empresas de biotecnologia e centros de investigação a nível global. Queremos que, no futuro, Portugal possa estar na rota das nossas histórias de sucesso. De que forma é que essa aposta concreta e clara na Inovação tem dado resultados visíveis no domínio da investigação e desenvolvimento de medicamentos potenciadores da melhoria da saúde em Portugal? A Janssen tem um dos pipelines mais valiosos e inovadores na Indústria Farmacêutica a nível global. Não obstante os extraordinários progressos científicos nas últimas décadas, existem ainda muitas áreas de necessidade no desenvolvimento de novas soluções terapêuticas. Em Portugal, a Janssen comercializa medicamentos em áreas de grande impacto em termos de saúde pública, das quais destacaria as doenças mentais, a infeção VIH/SIDA, as doenças imunológicas e a hemato-oncologia. Esta aposta na Inovação em Portugal é fruto de uma estratégia delineada a nível global por parte da marca? É importante que a marca seja reconhecida com este cariz inovador e diferenciador? A inovação faz parte dos nossos genes e esse facto tem um impacto na nossa forma de estar e de agir enquanto companhia a nível global e também
em Portugal. Esse cariz inovador e diferenciador traduz-se não só nas inovações terapêuticas que produzimos, mas também nas nossas estratégias de Inovação Aberta, na utilização de novas tecnologias para geração e partilha de conhecimento. O mundo está em rápida transformação e enquanto companhia é fundamental acompanharmos e anteciparmos as mudanças. Pela sua experiência e conhecimento, quais são as tendências futuras do setor dos cuidados de saúde? Acreditamos que, num futuro próximo, o mundo dos cuidados de saúde será constituído por doentes informados, que exigem ter acesso aos melhores tratamentos disponíveis. As novas tecnologias estarão cada vez mais integradas na prestação de cuidados de saúde e na melhoria da efetividade das intervenções terapêuticas. As tecnologias de informação e o “big data” serão amplamente utilizados na geração de conhecimento, no suporte à decisão clínica e na otimização da utilização de recursos. Os modelos de Inovação Aberta serão a regra e as novas soluções terapêuticas serão desenvolvidas através de parcerias entre a indústria, a academia, as entidades governamentais, profissionais de saúde e doentes. Caminharemos para uma medicina mais personalizada em que as terapêuticas serão selecionadas de acordo com as características de cada doente individual. Os biomarcadores permitirão selecionar populações que podem beneficiar de medicamentos específicos. Será, seguramente, um mundo mais complexo e mais tecnológico, no qual será essencial trabalhar lado a lado com os stakeholders em benefício dos doentes e da sociedade.▪
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de oportunidades de parceria no desenvolvimento de novas tecnologias que possam resultar em inovações terapêuticas relevantes para o doente e para a sociedade. Hoje em dia, cerca de 50% dos medicamentos em desenvolvimento pela Janssen foram, inicialmente, desenvolvidos por entidades externas. Isto é o resultado do sucesso da nossa estratégia de Inovação Aberta.
mais saúde, mais futuro
» 60 ANOS da sociedade portuguesa de anestesiologia
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78 (Esq. para a Dir.) Marta Azenha, Paulo Sá, Fernando Abelha, Rosário Órfão, Rui Guimarães
“Anestesiologia: a especialidade âncora” Fundada em 1955, a Sociedade Portuguesa de Anestesiologia - SPA – representa os anestesiologistas em Portugal nas suas mais diversas áreas. Rosário Órfão, Presidente da Instituição, em entrevista à Revista Pontos de Vista, conta o percurso trilhado há 60 anos pela SPA.
ROSÁRIO óRFÃO
te, que ocorrem repentinamente, temos que atuar imediata e eficazmente, o que faz com que tenhamos uma grande perícia na área da emergência e medicina intensiva, além do papel fundamental na medicina da dor”, explica a presidente.
Mitos e medos relacionados com complicações indesejadas
A Sociedade ao abraçar este projeto pretende dar informação rigorosa, de qualidade e estandardizada para ver se conseguimos passar a mensagem, otimizar o mais possível o doente, aumentando a segurança
Papel do anestesiologista
Sendo a anestesiologia uma especialidade âncora transversal a quase todas as especialidades hospitalares, a importância do anestesiologista foi crescendo cada vez mais ao longo dos anos, tendo um papel fundamental no desenvolvimento da medicina e dos cuidados de saúde prestados no século XX. A Anestesiologia atingiu em Portugal níveis de excelência, com profissionais de elevada qualidade e diferenciação que “ombreiam com os melhores a nível mundial com formação de grande credibilidade internacional”. Inicialmente, a anestesia começou por permitir determinados atos cirúrgicos sem sofrimento para o doente. Progressivamente foi-se alargando e, atualmente, o anestesiologista realiza também analgesia de trabalho de parto, sedações e anestesias gerais necessárias para os exames de diagnóstico e terapêutica, etc. “O anestesiologista durante a intervenção é o “anjo da guarda” do doente. Temos que nos certificar que o doente mantém as suas funções vitais equilibradas de forma a continuar vivo e, no fim ter uma boa recuperação. Nesse sentido, temos que conhecer bem todos os fármacos, as várias patologias dos doentes e o procedimento de diagnóstico ou terapêutica realizado, cirúrgico ou não. Durante o ato cirúrgico, em situações de maior ameaça à segurança e bem estar do doen-
Apesar da formação dos anestesiologistas portugueses ter níveis de excelência comparáveis com os melhores centros europeus e da América do Norte e de toda a evolução tecnológica e farmacológica dos últimos anos, a anestesia encontra-se, ainda, envolta em ideias erradas por parte da população. Para desmistificar estas noções menos corretas, a SPA tem a preocupação de divulgar a especialidade tornando-a mais acessível para a população em geral e incentivando a participação ativa dos cidadãos. Para isso, além da Revista de Anestesiologia, a SPA criou um site acessível e funcional para o público em geral; desde 2014 têm uma exposição com 24 painéis que tem percorrido os hospitais públicos e privados do país, com o objetivo de divulgar a especialidade para a população em geral; em 2012 promoveu a “Carta dos Direitos e Deveres do Cidadão e Anestesiologia” com o intuito de responsabilizar o cidadão a intervir ativamente nos cuidados que lhe são prestados, devendo para isso, estar informado e informar, não omitindo nada ao anestesiologista”; em 2005 assinou a declaração de Helsínquia da Sociedade Europeia de Anestesiologia, que visa aumentar a segurança e a qualidade dos cuidados prestados com boa tecnologia, organização e uma boa cultura de segurança (protocolos, checklists). A SPA tem ainda o projeto “Vou ser anestesiado” com duas vertentes: um cartão com os principais itens da informação prestada pelo doente, tais como alergias, medicação, antecedentes, entre outros, “o que vai facilitar sobretudo numa
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m 1955 um grupo de médicos portugueses dedicado primordialmente à anestesia e acreditando no futuro da especialidade fundou a Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, alcançando assim o desígnio porque lutava há alguns anos, uma vez que em 1949 lhes foi recusada a criação de uma sociedade autónoma, porque a especialidade não estava reconhecida pela Ordem dos Médicos. Logo em setembro, a SPA fez-se representar no World Congress of Anesthesiologists realizado na Holanda. Durante este Congresso, foi criada a World Federation of Societies of Anaesthesiologists, de que a SPA foi uma das 26 sociedades nacionais fundadoras. Em novembro do mesmo ano, a SPA organizou a sua primeira Reunião Científica em Lisboa, com a participação de uma representação da American Society of Anesthesiologists. Desde então, a SPA tem sido uma sociedade pioneira, dinâmica, inovadora, sempre em constante desenvolvimento. Liderando a Anestesiologia em Portugal nas suas mais diversas áreas (medicina perioperatória, medicina da dor, medicina intensiva e de emergência) e tendo como palavra de ordem no exercício da sua profissão – Prevenir - a Sociedade tem como missão promover a segurança do doente, a qualidade dos cuidados anestesiológicos prestados e implementar a continuidade destes cuidados para melhorar o resultado final. Desenvolver e promover o desempenho profissional dos anestesiologistas portugueses, fortalecer, harmonizar e integrar a educação na prática clínica, estimular e facilitar a investigação e inovação são outros aspetos importantes da missão da SPA. Este trabalho é feito através da organização de congressos, reuniões científicas nacionais e internacionais, cursos de reciclagem e aquisição/ manutenção de competências, promovendo ainda a formação contínua e a recertificação que a qualidade do desempenho profissional se mantém. A promoção e participação em reuniões de consensos e fóruns de discussão em determinadas áreas, em colaboração com os vários stakeholders , outras sociedades médicas nacionais ou internacionais, colégio da especialidade da Ordem dos Médicos, entidades oficiais e sponsors, é uma estratégia para promover a qualidade e segurança dos atos anestesiológicos. “A sociedade tem procurado responder às necessidades dos anestesiologistas portugueses nas diferentes vertentes da formação, prestando informação e constituindo-se como palco de diálogo sobre temas importantes e dando resposta aos desafios que a especialidade enfrenta”, relata Rosário Órfão, Presidente da SPA.
mais saúde, mais futuro
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Projetos Futuros
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emergência quando o doente está inconsciente”. E ainda, a vertente de fornecer informação correta ao cidadão sobre as alternativas que este tem, tirando medos e esclarecendo dúvidas. “A Sociedade ao abraçar este projeto pretende dar informação rigorosa, de qualidade e estandardizada para ver se conseguimos passar a mensagem, otimizar o mais possível o doente aumentando a segurança”, elucida a presidente.
Congresso Anestesiologia Líder em Medicina Perioperatória
Nos dias 10, 11 e 12 de março realizou-se no Hotel Eurostars Oasis Plaza, na Figueira da Foz, o Congresso da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia, sob o tema Medicina Perioperatória (Organização, Monitorização, Outcomes e Dor
Aguda Pós- Operatória). Dirigido aos profissionais anestesiologistas e internos da especialidade, mas também com curso de divulgação da especialidade para os alunos da faculdade de medicina, o congresso, à imagem do que vem sendo hábito, foi um espaço de reunião e partilha de conhecimentos e de atualização nos principais temas da área de Anestesiologia. No evento estiveram presentes pessoas relevantes para a especialidade, portugueses e não só, tal como Sue Hill, Coordenadora do Diploma Europeu de Anestesiologia e Medicina Intensiva da Sociedade Europeia de Anestesia, uma ferramenta de recertificação e Antoine Tesniére Presidente da Sociedade Europeia de Simulação aplicada à Medicina e Paulo Lemos, Presidente do Colégio da Especialidade. ▪
Pretendem reforçar a promoção da identidade da SPA, comunicar e tornar clara e evidente a relevância da anestesiologia no país, implementar ferramentas que permitam identificar e corrigir os fatores de risco perioperatório para melhorar o outcome, divulgar a missão da entidade junto dos stakeholders (cidadãos, colegas da especialidade e de outras especialidades, outros profissionais de saúde, entidades oficiais e sponsors), apostar na investigação e educação na área da segurança do doente, promover as atividades que têm vindo a realizar (cursos, congressos, fóruns de discussão em colaboração com os vários stakeholders, quer a nível nacional como internacional), fazer parte do processo de desenvolvimento de novas tecnologias para promover a segurança do doente e a qualidade dos cuidados prestados. Vão continuar a privilegiar nas relações com outros países a colaboração ativa com a Sociedade Europeia de Anestesiologia mas também com países de língua portuguesa, estando atualmente a promover o diploma europeu no Brasil. “Um número elevado de candidatos de língua portuguesa pode facilitar a realização futura do exame em português, algo porque a atual direção tem pugnado”, esclarece Rosário Órfão.
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» msd em grande plano
Opinião DE Óscar Gaspar, External Affairs DireCtor – MSD
Anestesia – um ponto fulcral na gestão hospitalar
Se há palavra que se confunde com MSD é inovação: faz parte do nosso código genético e tem marcado toda a nossa história. bro. Em termos de gestão hospitalar, é muito importante tornar os blocos operatórios mais eficientes porque tal permite reduzir o tempo de permanência do doente no hospital e reduzir também as listas de espera para cirurgia. A otimização dos blocos operatórios pode ser uma peça chave porque tem ainda o potencial de aumentar o número e o tipo de cirurgias realizadas em ambulatório. Este efeito vai em linha com os objetivos definidos em termos de política de saúde e pode ser um elemento importante para o financiamento dos hospitais. Outro benefício do melhor funcionamento dos blocos operatórios será também o impacto positivo na problemática das infeções hospitalares e resistências antimicrobianas, que tanto preocupam as entidades de saúde a nível global. Em Portugal, a MSD tem procurado, ao longo dos últimos anos, ser um parceiro ativo na busca de melhores soluções na área da anestesia e da gestão do bloco operatório. Temos procurado implementar projetos de caráter multidisciplinar conjuntamente com os vários stakeholders da saúde, para que os resultados sejam melhores para os pacientes, para o hospital e também para o SNS, como um todo. A inovação é uma abordagem com resultados no dia a dia e, no caso da anestesia, traduz-se por mais conforto, maior segurança, melhor aproveitamento dos recursos e excelência na prática clínica. ▪
PERFIL
Óscar Gaspar
External Affairs DireCtor – MSD
81 MARÇO 2016
E
ste ano estamos particularmente orgulhosos desse nosso legado: comemoramos os 125 anos de MSD, de mais e melhor saúde em todo o mundo, com contributos importantes da nossa empresa na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Queremos continuar na vanguarda da pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, produtos e serviços inovadores, que respondam às necessidades das pessoas em todo o mundo, como é o caso da anestesia onde contamos com um percurso de mais de meio século de investigação. O desenvolvimento de fármacos relaxantes musculares tem contribuído significativamente, nos últimos anos, para o progresso médico na área da anestesia, permitindo um relaxamento muscular adequado no desenrolar duma cirurgia. No final da cirurgia, a recuperação do tónus muscular é possível pela administração de fármacos reversores do bloqueio muscular, em particular, os agentes inovadores de reversão específica. Estes fármacos possibilitam uma recuperação pós-operatória potencialmente com melhores outcomes. Na MSD acreditamos que as decisões tomadas em parceria entre o cirurgião e o anestesista fazem toda a diferença para o melhor outcome de cada cirurgia. Cada vez mais é dada uma relevância acrescida aos fatores que contribuem para uma gestão mais integrada e eficiente do bloco operatório, como a redução do tempo de reco-
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» DIA MUNDIAL DO RIM
“O rim é um órgão vital e prevenir é fundamental” A propósito do Dia Mundial do Rim, celebrado no passado dia 10 de março, a Revista Pontos de Vista conversou com um dos principais especialistas destas matérias, Arnaldo Figueiredo, Presidente da Associação Portuguesa de Urologia, há cerca de dois anos, e Chairman da Secção de Transplantes Renais da Associação Europeia de Urologia, que nos deu a conhecer um pouco mais sobre todas as patologias relacionadas com um órgão vital à condição humana, o Rim.
A
credita que a urologia é a especialidade médica que mais se diferenciou das restantes desde muito cedo devido à tecnologia utilizada. O avanço para essas novas tecnologias é algo “inevitável e desejável”. Em Portugal é esse caminho que tem sido seguido? O que ainda falha? É verdade que a tecnologia contribuiu decisivamente para que a urologia se tenha diferenciado muito cedo enquanto especialidade cirúrgica. Mas seria talvez excessivo dizer que foi a que mais se distinguiu. É verdade que foi em grande parte essa tecnologia que permitiu uma visualização endoscópica do interior do trato urinário, que constituiu o caráter mais diferenciador e que mais contribuiu para a autonomização da urologia enquanto especialidade médico-cirúrgica. É evidente que uma medicina cada vez mais tecnológica é inevitável, tal como em todas as atividades humanas, mas devo dizer que deve ser temperada pela experiência individual e pelo humanismo e só assim será desejável. Portugal não é exceção nesta dependência da tecnologia, apesar das contingências financeiras constituírem uma limitação nos tempos atuais. Mas permita-me dizer que, mais do que as limitações em termos de acesso no sentido global, existe porventura uma desajustada distribuição da tecnologia em Portugal, traduzida por exemplo no facto de termos hospitais de pequenas dimensões e com poucos recursos humanos melhor equipados tecnologicamente do que hospitais centrais e isso é que deveria merecer uma atenção especial por quem é responsável pelo custear dessa tecnologia.
pontos de vista
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Falar em urologia é, entre muitas outras áreas de atuação, falar em doenças renais. Muitas vezes, logo no início da doença renal crónica, as pessoas não se apercebem dos sintomas. Para que principais sinais se deve estar alerta? As manifestações da doença renal crónica são muito vastas e frequentemente bastante inespecíficas. É evidente que alterações nas características da urina são as que mais facilmente podem ser associadas a doença renal, apesar de na maioria dos casos de doença renal poder não ser evidente nada de anormal na observação da urina por parte dos doentes. Por exemplo, uma urina que faz espuma, ou mais descorada ou urinar em grande quantidade podem ser sinais de insuficiência renal que raramente são percebidos pela população. Já uma urina com sangue ou muito escura chama naturalmente mais a atenção. As outras manifestações são mais vagas e menos específicas, como a hipertensão arterial, dores de cabeça, aparecimento de edemas, cansaço fácil e anemia, todas comuns na insuficiência renal crónica. De acordo com o “Estudo de Perceções sobre a
ARNALDO FIGUEIREDO
A propósito do Dia Mundial do Rim, celebrado no passado dia 10 de março, que mensagem de sensibilização importa ser deixada aos nossos leitores? O rim é um órgão vital, e deve merecer todos os cuidados fundamentais para preservar a sua função. E isso passa, essencialmente, pela prevenção em termos da adoção de hábitos de higiene alimentar, exercício físico, ingestão hídrica e de manutenção e vigilância periódica, analítica e clínica para fazer com que o drama que é a Insuficiência Renal Crónica seja cada vez menos um problema para o indivíduo e para sociedade.
No campo das terapêuticas médicas e cirúrgicas, que avanços têm sido feitos na vertente da doença renal crónica? Tenho que dizer que os avanços, apesar de relevantes, tem tido uma evolução relativamente lenta. Tem incidido essencialmente na melhoria do tratamento das doenças autoimunes com atingimento renal, como o lupus eritematoso sistémico, ou no aprofundar do conhecimento e no desenvolvimento de terapias para algumas doenças hereditárias, como a doença poliquística e a esclerose tuberosa, entre outras. Já na fase de doença terminal, refiram-se os refinamentos das técnicas de diálise, designadamente de hemodiafiltração, com melhores resultados, bem como os progressos na transplantação. E, de modo indireto, também em termos cirúrgicos houve avanços, designadamente na utilização crescente de nefrectomias parciais no tratamento de lesões tumorais, o que se veio a revelar um fator favorável no sentido de se prevenir o desenvolvimento de Insuficiência Renal Crónica e doença vascular nesses doentes. Mas, em termos de estratégia, o foco fundamental é colocado na prevenção e esta é essencialmente relacionada com hábitos de higiene alimentar e promoção de exercício físico. Mas também num controlo mais apurado da hipertensão ou da diabetes, no evitamento de fármacos nefrotóxicos, na evicção tabágica, etc. E na prevenção em termos de infeções e de litíase, que é uma causa ainda bastante prevalente de insuficiência renal crónica, sendo inaceitável que, num país desenvolvido, se continuem a perder rins por litíase e infeções renais. Anualmente, registam-se mais de dois mil novos casos de insuficiência renal crónica. Hoje, ainda há um desconhecimento sobre a doença? Creio que sim. Até certo ponto, compreende-se que seja difícil para a população em geral entender que se há alguém que está a urinar em quantidade possa ter patologia renal. Daí se entenda que possa existir alguma confusão dos principais fatores que provocam insuficiência renal, como a ideia generalizada que as causas principais incluem a diminuição da ingestão hídrica ou outros fatores que têm uma tradução mais direta no volume e no tipo da urina que se produz. De facto, ainda não está muito presente que os principais fatores de risco para a Insu-
É patente que, cada vez mais, a população portuguesa sente que é responsável pela sua própria saúde e isso nota-se na preocupação crescente em termos da adoção de hábitos saudáveis
ficiência Renal Crónica em Portugal são a diabetes mellitus ou a hipertensão. Traduz esse desconhecimento dos mecanismos que levam à Insuficiência Renal Crónica e prova que ainda há muito trabalho a fazer no sentido dessa divulgação. Por outro lado, grande parte das pessoas crê que a Insuficiência Renal Crónica só é relevante a partir do momento em que se entra em hemodiálise ou se necessita de ser transplantado. Quando se sabe que, em situações de doença renal crónica menos avançada, existe ainda assim uma interferência grande com a homeostasia do indivíduo fazendo com que outro tipo de patologias, designadamente cardiovasculares, sejam muito mais prevalentes. Os conhecimentos e os cuidados técnicos em hemodiálise assentam numa formação que por vezes é insuficiente em Portugal. Normalmente, o profissional só tem contacto com a hemodiálise quando vai estagiar ou trabalhar para um centro particular. Acredita que esta formação deveria ser dada mais cedo? Não vejo que exista aqui um problema. Naturalmente que importa que todos os profissionais de saúde, médicos ou enfermeiros, tenham conhecimentos fundamentais sobre o processo de substituição da função renal por hemodiálise ou por transplante renal para que, quando atendam a população, saibam interpretar as suas necessidades, os efeitos secundários e os benefícios dessa terapêutica. Mas no que concerne à atividade num centro de hemodiálise, é um exercício muito próprio, e entendo que é adequado o modelo atual que contempla períodos de formação bem definidos, exigidos quando o profissional de saúde vai exercer a sua atividade especificamente nesse local. Quando se fala em urologia no feminino, recordamos uma doença muito comum nas mulheres: a incontinência urinária feminina. As mulheres com este problema ainda têm vergonha de pedir ajuda e, por isso, escondem? Que mensagem importa ser-lhes deixada? As mulheres e os homens. A incontinência urinária tem uma associação muito forte com a mulher, mas aí essencialmente a incontinência urinária dita de esforço, que se associa a uma fragilidade pélvica, muitas vezes relacionada com o avançar da idade,
gravidezes complicadas ou outros fatores. Mas há outro tipo de incontinência urinária em que o que está em causa é a hiperatividade da bexiga e essa tem uma prevalência no homem e na mulher quase igual. E no homem está mais escondida do que na mulher. Aqui existe de facto uma necessidade de divulgação forte para que as pessoas que assim sofram, incluindo os homens, repito, mais facilmente recorram a procurar ajuda. Mas é importante que também esteja presente que a incontinência, particularmente por urgência, pode traduzir alterações graves da bexiga por vezes malignas, ou doenças neurológicas que requeiram uma investigação aprofundada e tratamento específicos. Não se deverá aí ver apenas da incontinência como sintoma mas avaliar o que está por trás dessa mesma incontinência. É ainda Presidente da APU - Associação Portuguesa de Urologia, uma entidade que tem pautado a sua atuação pelo estudo das doenças do aparelho urinário do homem e da mulher e do aparelho genital masculino. Que trabalho têm procurado desenvolver? A Associação Portuguesa de Urologia é uma entidade científica, que estatutariamente deve promover a Urologia em prol do melhoramento do conhecimento e dos cuidados urológicos, em benefício dos doentes. A associação tem promovido ativamente a formação dos urologistas, quer através de reuniões científicas, quer promovendo bolsas de investigação clínica e básica, que têm sido facultadas ano após ano. Uma iniciativa que considero relevante e que foi muito bem recebida, foi a criação de uma “Academia de Urologia”, destinada à educação estruturada de internos, mas também à formação contínua de médicos especialistas de urologia. A colaboração ativa com outras especialidades, designadamente através do desenvolvimento de parcerias com a Medicina Geral e Familiar, bem como a promoção de campanhas de alerta e prevenção para as mais importantes patologias urológicas são outras ações que tem merecido atenção particular. A APU tem ainda a responsabilidade de promover o desenvolvimento científico, a investigação e a educação em urologia. O que se faz em Portugal atualmente a estes níveis tem sido suficiente? O suficiente é uma palavra difícil de pronunciar neste contexto. Seria aplicável se estivéssemos perante uma população saudável e, se isso acontecesse, não seria necessária a existência, por exemplo, da APU. Como nem todos são saudáveis, significa que ainda existe muita coisa para ser feita. É óbvio que o fácil é dizer que não é suficiente porque há falta de recursos materiais. Sendo parte da explicação, está longe de ser a única. É certo que os recursos podiam ser mais, mas um dos aspetos que mais entraves cria à investigação médica em Portugal, ainda que indiretamente, é o facto de nos currículos dos médicos e na sua evolução da carreira hospitalar, esta componente ser pouco reconhecida, estando completamente eclipsada pela valorização da vertente assistencial. No contexto do Sistema Nacional de Saúde, a busca (justificada) do aumento da produtividade é sempre colocada na componente assistencial sem haver a mínima referência à produtividade em termos de investigação. Enquanto continuarmos assim, as associações científicas, que têm um papel que não é vinculativo em nada, terão sempre dificuldade em impor esta componente de investigação perante as necessidades mais pragmáticas da tutela que obrigam à assistência. ▪
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Saúde em Geral e a Insuficiência Renal Crónica”, 86,5 por cento dos portugueses estão sensibilizados para a importância de serem lançados alertas na prevenção regular da saúde e 52,5 por cento em particular nas doenças renais. As campanhas preventivas têm surtido o efeito desejado ou ainda temos um longo caminho a percorrer? Creio que ambos. É patente que, cada vez mais, a população portuguesa sente que é responsável pela sua própria saúde e isso nota-se na preocupação crescente em termos da adoção de hábitos saudáveis, designadamente na prática de exercício físico, na abstenção do tabagismo, na preocupação com a alimentação. Contudo, ainda estamos longe do ideal. Por exemplo, nota-se que essa preocupação está presente essencialmente nas idades mais “adultas” enquanto os jovens, porventura por serem mais robustos fisicamente, parecem menos importados com essas agressões. Por outro lado, veja-se por exemplo a constante publicidade a suplementos alimentares e “purificadores”, que faz perceber que ainda existe uma franja significativa da população que não compreende o conceito de alimentação equilibrada e vida saudável, acreditando que a saúde se compra.
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» novidades na área da oftalmologia Opinião, Sandra Barrão, Assistente Hospitalar Graduada de Oftalmologia do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto - IOGP
Uma nova era na Oftalmologia A oftalmologia é uma especialidade médico-cirúrgica em que a evolução tecnológica tem tido um papel deveras importante quer no diagnóstico quer no tratamento das doenças oculares. E para isso tem tido especial papel a estreita relação entre a Medicina e a Física.
A PERFIL
Sandra Barrão
Assistente Hospitalar Graduada de Oftalmologia do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
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imagiologia da retina tem sido alvo de um feixe de luz com maior comprimento de onda, permite grande desenvolvimento nos últimos 18 uma maior visualização dos tecidos mais profundos e anos com o advento da Tomografia de coemaior penetração, ultrapassando algumas opacidades rência ótica (OCT). Esta tecnologia revoluciodos meios, como a catarata ou condensações do vínou o diagnóstico e o seguimento da patologia oftáltreo. Num mesmo scan de aquisição, analisa com alta mica, e em particular da retina. O OCT marcou o início resolução o vítreo, a retina, a coroideia e a esclera. de uma nova era na Oftalmologia: a análise estrutural A grande rapidez de aquisição, 100000 A scan/segundo globo ocular. do e o facto de o scan ser invisível facilita a fixação do As suas imagens de alta resolução são comparáveis, olhar por parte do doente, reduzindo os erros originaa nível de detalhe, a um exame histológico – “biopdos pelos movimentos oculares involuntários. Incorsia” in vivo, não invasiva, de pora, ainda, num mesmo não contacto, reprodutível e aparelho, a capacidade de rápida das estruturas oticarealizar a fotografia a cores “Nova Tecnologia SWEPT SOURCE OCT mente acessíveis do globo do fundo ocular, a avaliação ocular. da autofluorescência da re- O Instituto de Oftalmologia Dr. Está amplamente divultina e a angiografia fluoresGama Pinto (IOGP) tem o privilégio de gada e, em poucos anos, ceínica convencional. tornou-se um exame indisO Instituto de Oftalmoloser o primeiro Hospital público a ter pensável em oftalmologia, gia Dr. Gama Pinto (IOGP) dadas as suas características tem o privilégio de ser o disponível esta mais valia no apoio únicas. A degenerescência primeiro hospital público a macular da idade, primeira ter disponível esta mais vaaos seus utentes e aos referenciados causa de cegueira nos países lia no apoio aos seus utendesenvolvidos, e a retinopates e aos referenciados por p o r o u t r a s i n s t i t u i çõ e s q u e n ão tia diabética, primeira causa outras instituições que não de cegueira em indivíduos disponham da técnica. A disponham da técnica” em idade ativa, são áreas preocupação permanente onde o OCT se tem revelado crucial. Faculta-nos uma de disponibilizar cada vez melhores cuidados ao doavaliação morfológica e morfométrica das estruturas ente culminou num novo modo de realizar angiogra– análise qualitativa e quantitativa. Tem um papel prefia – o Angio OCT. Permite visualizar a vascularização ponderante na decisão terapêutica e na avaliação da do fundo ocular de forma não invasiva, sem a injeção eficácia da mesma. A procura de mais informação e de contraste (que pode ter efeitos adversos graves), maior resolução tem levado a indústria a um aperfeie ainda de uma forma tridimensional. Tem aplicações çoamento da técnica, sempre com o intuito de melhor específicas, de momento. O seu aperfeiçoamento terá servir o doente. Atualmente está disponível uma nova um grande impacto como método complementar de tecnologia OCT – o Swept Source OCT. Ao utilizar um diagnóstico. ▪
pontos de vista
· OCT - Tomógrafo de Coerência Óptica | · Swept Source - Laser Swept Source | · Angio OCT - OCT + Angiógrafo
MIOPIA
Retinosquisis
Quem é a TOPCON? A TOPCON é uma marca japonesa especializada em oftalmologia e topografia, áreas em que lidera com um posicionamento de referência no mercado mundial.
S
urgiu em 1930 e foi solidificando a sua experiência no fabrico de equipamentos topográficos bem como binóculos e câmaras, ao longo de mais de 80 anos. Em 1948 alargou o negócio à área da oftalmologia, para a qual contribuiu com a criação de equipamentos inovadores. Foi pioneira no desenvolvimento do autorefratómetro com infravermelhos e sistema de visualização em 1978, o que contribuiu para melhorar a rapidez e precisão do exame refrativo ocular e também a primeira a desenvolver um tomógrafo de coerência ótica 3D de domínio espectral, que veio permitir a visualização das camadas da retina com retinografia em simultâneo com uma resolução e rapidez nunca antes conseguidas. Mais recentemente desenvolveu uma nova tecnologia Swept Source nos tomógrafos de coerência ótica 3D elevando ainda mais a resolução destes equipamentos e permitindo uma precisão no diagnóstico oftalmológico sem precedentes, confirmando o forte grau de inovação e de liderança. O constante crescimento da TOPCON levou à criação de parcerias e incorporação de outras empresas internacionais, nomeadamente a da empresa HOYA em 2005, da americana ANKA (especialista em redes de oftalmologia) no ano seguinte, e do segmento de Glaucoma e retina da empresa Optimedica em 2010. No mesmo ano criou ainda a empresa Laser Systems, dedicada ao fabrico de lasers para sistemas de medição. A TOPCON é singular por ser a única empresa do setor a possuir tecnologia ótica adaptada a vários comprimentos de luz e as soluções apresentadas pela marca na área de Oftalmologia têm permitido diferentes aplicações médicas, desde diagnóstico ao tratamento. ▪ O perfecionismo japonês A essência da cultura japonesa centra-se, desde tempos milenares, na filosofia do “DO”. Esta palavra japonesa, apesar de não ter tradução literal para outras línguas, significa “caminho” e remete para a incessante busca da perfeição, presente em diversas áreas e setores do referido país. Assim, os japoneses apresentam, aliada a uma forte capacidade de adaptação e integração, uma procura constante pelo rigor e perfecionismo. MARÇO 2016 marçO
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MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» Paulo Raposeiro, Administrador da Decisão Essencial
“O nosso foco é a saúde do negócio dos nossos clientes” De 14 a 16 de abril realiza-se mais uma Expofarma, no Centro de Congressos de Lisboa, onde a Decisão Essencial estará presente. Porquê a presença neste evento? “A nossa intenção é estar presente, «sentir o pulso» ao setor, assistir ao vivo e a cores ao evento, mas desta vez, e ao contrário de outros anos, no papel de expositor”, afirma Paulo Raposeiro, Administrador da Decisão Essencial, em entrevista à Revista Pontos de Vista.
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o sentido de contextualizar o nosso leitor, quando foi edificada a Decisão Essencial e de que forma tem vindo a percorrer um rumo assente em pilares como o rigor, a excelência e a qualidade? A Decisão Essencial tem a sua origem em 1991, num projeto iniciado precisamente com os mesmos sócios. Sendo desde logo um projeto direcionado para a prestação de serviços nas áreas da Contabilidade, Fiscalidade e Apoio à Gestão, obrigatoriamente exigimos a nós próprios, desde sempre, uma especialização e conhecimentos técnicos muito elevados e em constante atualização, o que é basilar para desempenhar com o máximo rigor as
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PAULO RAPOSEIRO
funções que nos são exigidas. Esse rigor, está intimamente ligado aos princípios éticos regulados pela nossa Ordem Profissional e aos princípios éticos e morais que devem reger as relações entre as pessoas, sejam singulares ou empresas, pelo que é dessa forma que pautamos a nossa atuação no mercado. Aquilo que exigimos à nossa equipa é o foco integral no cliente e nas suas necessidades, bem como o empenho e a responsabilização total relativamente a tudo o que fazem. Desta forma, garantimos a diferenciação pela elevada qualidade do nosso produto final, o que nos permite estar em constante perseguição daquele que é o nosso objetivo diário e continuado: a excelência dos nossos serviços! Este percurso, tem-nos trazido o reconhecimento do mercado, traduzido num crescimento sustentado e num elevado nível de fidelização da atual carteira de clientes. Assumem-se como uma marca com um posicionamento diferenciado no apoio efetivo à gestão do negócio das empresas. Que posicionamento é este e de que forma marca a diferença? A nossa estrutura está concebida de forma a ser possível assegurar o apoio aos nossos clientes na gestão dos seus negócios. Tentando concretizar: apesar de não sermos uma estrutura excessivamente pesada, a nossa dimensão permite que os sócios da Decisão Essencial, em condições normais e correntes, estejam libertos, a maior parte do seu tempo, de funções de cariz executivo, o que lhes permite fazer o acompanhamento personalizado da evolução de cada um dos clientes. Temos ferramentas desenvolvidas, baseadas na realidade-tipo dos nossos clientes, que produzem análises económico-financeiras direcionadas para os decisores de cada uma das empresas nossas clientes. Essa informação, de leitura e interpretação facilitadas, é-lhes fornecida mensalmente, tendo por base a nossa experiência e know-how. Com este apoio, os nossos clientes conseguem tomar decisões informadas e atempadas, baseadas na sua realidade, e não na realidade do colega, do amigo ou da imprensa. Em função dos elementos que nos vão sendo transmitidos, e com o conhecimento que temos do mercado, esta forma de estar marca a diferença em relação à esmagadora maioria das empresas que atuam no mercado nesta área e que acabam por não ter ou a disponibilidade ou o conhecimento necessário para prestar um apoio tão efetivo à Gestão do Negócio da Farmácia. Quais são as principais áreas em que atuam? Existe alguma que tenha maior preponderância do que as outras no vosso volume de negócios? Se sim, qual? De futuro é possível estarem presentes noutros segmentos de atuação? A Decisão Essencial intervém nas áreas da Contabilidade, Gestão Administrativa dos Recursos Hu-
manos, Fiscalidade, Consultoria de Gestão e apoio no processo de Aquisição ou Venda de Farmácias, dentro das nossas áreas de especialização, evidentemente. A área a que temos dedicados mais meios materiais e humanos é a da Contabilidade, onde contamos com 12 pessoas. Relativamente à vertente relacionada com a Gestão Administrativa dos Recursos Humanos, contamos com duas pessoas, que desempenham funções exclusivamente nessa área. Temos ainda uma pessoa de características mais operacionais, que nos apoia junto das entidades externas com quem vamos tendo que nos relacionar, e que trata dos contactos comerciais da empresa. Por fim, estão os dois sócios, que acabam por prestar apoio interno a todas as áreas, acompanhar o negócio dos clientes e abraçar solicitações e projetos pontuais que vão surgindo, por exemplo, na área da Consultoria de Gestão a Farmácias que não são nossas clientes da contabilidade, ou na elaboração de “business-plans” para clientes que pretendam adquirir uma farmácia e, por exemplo, necessitam de se financiar junto da banca, ou prestar apoio a um cliente no processo de venda ou compra de uma Farmácia, nas vertentes contabilística e fiscal. No que respeita ao volume de negócios, a sua quase totalidade diz respeito à prestação de um serviço global, que inclui a vertente contabilística, fiscal, apoio aos recursos humanos e todo o apoio à gestão do negócio. Neste momento encaramos a possibilidade de intervir de forma muito direcionada e muito especializada na área da fiscalidade e da consultoria de gestão, independentemente do serviço de contabilidade, alargando a disponibilidade da nossa experiência e do nosso “saber-fazer” a farmácias que não façam parte do nosso universo de clientes do serviço global, que inclui a contabilidade. Porquê a aposta no setor das farmácias? De que forma prestam esse suporte no domínio do universo das farmácias? Esta aposta clara e bastante focada no setor das farmácias remonta ao final de 2005. Desde essa altura a nossa estratégia foi montada no sentido de desenvolver e consolidar o máximo conhecimento de todo o setor, de todos os seus “players” e de todas as vertentes nucleares para este tipo de negócio, que, contra tudo o que se possa acreditar ou imaginar, tem as suas características próprias, as suas especificidades e exigências distintas de outro tipo de cliente. Essa aposta foi ganha, e todo o conhecimento acumulado de uma forma transversal ao setor tem-nos permitido sentir, quase que por antecipação, as necessidades dos proprietários de farmácias, ajudando-os a atravessar um período extremamente conturbado no setor, ultrapassando diversos obstáculos, e mantendo os seus negócios com alguma estabilidade e com níveis mínimos de rentabilidade. As ferramentas de apoio
Em que moldes promovem esse apoio/suporte às farmácias que, como se sabe, representam um setor vital para a economia nacional? O nosso foco, tal como a frase que acompanha o nosso logotipo, é a saúde dos negócios dos nossos clientes. Claramente procuramos fazer uma “ponte”, uma ligação, entre a área de atuação dos nossos clientes e a nossa própria área de atuação. Costumo muitas vezes, em tom de brincadeira, referir que nós temos de nos preocupar com a Saúde dos negócios dos nossos clientes, enquanto que os nosso clientes, as farmácias, tomam conta da saúde dos seus clientes/utentes! Na realidade é um binómio que tem funcionado extremamente bem. Os anos de 2011, 2012 e em boa parte 2013 foram muito duros para o setor em geral, e para os nossos clientes em particular. Houve que tomar decisões difíceis, quer do ponto de vista financeiro, quer do ponto de vista pessoal, houve que prescindir de muita coisa que se fazia ou se tinha, houve que reinventar processos, houve muito trabalho, muita instabilidade, houve pessoas que deixaram de acreditar! Nós, entre dilúvios, tempestades, momentos muito difíceis, estivemos sempre lá, nunca arredámos pé e nunca desistimos dos nossos clientes, nem do setor. Nos dois últimos anos, tenho visitado e conversado com largas dezenas de farmácias que ainda não são nossas clientes e tenho-me apercebido da gritante falta de apoio especializado no negócio que os proprietários das farmácia ainda hoje têm! É assustador! Contudo, existe uma grande resistência à mudança e aquilo a que vou assistindo e me vai sendo transmitido é que, de facto, as pessoas têm a noção disso, mas a inércia é elevada, e uma mudança de fornecedor deste serviço é sempre uma situação desconfortável, pois trata-se de uma área sensível, onde os laços pessoais se vão criando e consolidando, tornando a decisão dificil. Este tem sido o nosso percurso, por um lado junto dos nossos clientes e por outro indo ao mercado, tentando divulgar junto das farmácias as nossas valências e as áreas onde as podemos ajudar a melhorar, por forma a garantir a sustentabilidade e a viabilidade do seu negócio. O setor das farmácias é apenas um de entre os vários que estão presentes. É importante perceber cada setor, para assim providenciar as respostas efetivas e corretas às singularidades de cada setor? A nossa presença na Expofarma deve-se exclusivamente ao facto de este ser um evento e um local privilegiado para o contacto com as farmácias. Não temos a intenção de criar qualquer tipo de solução para outro tipo de cliente ou setor, pelo menos no âmbito desta exposição. Estaremos focados apenas no setor farmácia.
Pretendem apresentar alguma novidade ao setor na Expofarma? Se sim, qual será? É possível que sim. Até já levantei um pouco o “véu”. No entanto, novidades são novidades. Se se revelarem antes do momento certo, deixam de o ser, certo? No entanto, posso dizer que as novidades poderão passar pela dissociação da prestação de alguns serviços da prestação do serviço de contabilidade. Penso que esses serviços poderão ser de grande interesse e utilidade para a farmácia, não sendo assim necessário sair tanto da zona de conforto.
De 14 a 16 de abril realiza-se mais uma Expofarma, no Centro de Congressos de Lisboa, onde a Decisão Essencial estará presente. Porquê esta aposta? O que pretende ao estar presente neste evento? Ao longo dos últimos anos, tem sido hábito eu marcar presença nos principais eventos do setor. Considero prioritário estar em sintonia com o que acontece, perceber as tendências, as preocupações, os anseios do setor, e, consequentemente, efetuar a minha própria análise, no sentido de perceber de que forma nos podemos reinventar e readaptar, de seguir essas tendências, de ir ao encontro das preocupações e de poder contribuir para minorar ou resolver os anseios das farmácias. Portanto, basicamente a nossa intenção é estar presente, “sentir o pulso” ao setor, assistir, ao vivo e a cores, ao evento, mas desta vez, e ao contrário de outros anos, no papel de expositor. Queremos ter condições para reencontrar velhos conhecidos e amigos, descobrir novos, falar com as pessoas, explicar-lhes o que fazemos, como fazemos e o que podemos alcançar. É o culminar de uma estratégia que nos tem permitido estar muito mais próximos do mercado, mas aqui junto de muito mais pessoas em muito menos tempo! Vai ser stressante querer falar com toda a gente e não haver tempo para isso, mas ao mesmo tempo vai ser um stress positivo, e muito, muito bom! De que forma está a Inovação ligada à vossa orgânica e dinâmica? É um pilar essencial para o vosso crescimento? No mundo empresarial, quem não inova, estagna, e quem estagna, não cresce. E empresa que não promove o seu crescimento, não se autossustenta e, consequentemente, terá tendência para definhar e morrer. Não tem sido, nem é, de todo, essa a perspetiva que temos para a Decisão Essencial.Temos tido ao longo dos anos a constante preocupação em estar na linha da frente em termos tecnológicos, tanto na vertente de ferramentas informáticas, como no que respeita a formas de comunicação, organização e estrutura interna, de procura de novas formas de fazer as coisas, mais eficazes e de maior utilidade para os nossos clientes. Sem estar constantemente em busca da evolução, da melhoria, do crescimento, ficamos com falta de ar e, como sabe, sem ar não se respira e morre-se. O que podem esperar os parceiros/clientes da Decisão Essencial, quando se juntam à mesma? Quando uma farmácia decide sair da sua “zona de conforto” e juntar-se ao projeto da Decisão Essencial tem, garantidamente, à sua espera, uma equipa que domina todas as especificidades do seu negócio, seja ao nível da contabilidade, da fiscalidade, ou dos
recursos humanos. As nossas valências e experiência acumulada permitem abordar todas as questões envolvendo estas áreas, de uma forma positiva e construtiva. Isto, por vezes, é um processo um pouco “doloroso” para a farmácia, pois uma parte dos elementos de que necessitamos para realizar bem o nosso trabalho, na grande maioria das situações, não lhes eram solicitados, pelo que vão ter de se adaptar, logo desde o início, a um nível de exigências que anteriormente não existia. Ultrapassada essa fase, têm a garantia de um trabalho elaborado tecnicamente de forma correta, respeitando a aplicação de todos os princípios contabilísticos e fiscais, e, no final, a “cereja no topo do bolo”: é disponibilizada informação, mensalmente, que lhes permite, em pouco mais de cinco minutos, perceber qual o rumo que o seu negócio está a seguir e, à distância de um telefonema ou do agendamento de uma reunião, poderem colocar as suas dúvidas a alguém que está perfeitamente sintonizado com a sua realidade, sobre a informação que estão a receber e a analisar, bem como sobre as decisões que tenham de tomar no curto e médio prazo sobre a gestão do seu negócio. Quais são os grandes desafios de futuro da Decisão Essencial? Quais as principais prioridades? Os principais desafios com que nos deparamos atualmente, com uma intensidade elevadíssima, prendem-se sobretudo com alterações de índole fiscal, de exigências declarativas, quer ao nível da introdução de novas obrigações, quer de alterações profundas no que já existia. O nível de complexidade na fiscalidade tem aumentado exponencialmente ao longo dos anos, mas sobretudo nos mais recentes, o que tem também conduzido a um aumento das exigências por parte da Autoridade Tributária. O aumento das necessidades de receita fiscal tem levado a um nível acrescido de controlo, o que tem vindo a ser facilitado, ao longo dos últimos tempos, com o aumento da informatização de processos e o consequente aumento da possibilidade de cruzamento de diversos tipos de informação. A Autoridade Tributária, legitimamente, diga-se, aumentou o seu nível de exigência, colocando hoje, com muito maior frequência, questões aos contribuintes, que têm de ser respondidas em tempo útil. Tem assim aumentado a conflitualidade entre a Autoridade Tributária e os contribuintes, o que nos tem desafiado no sentido de procurar soluções que permitam evitar essa litigância, dando respostas atempadas e em cumprimento dos requisitos legais, de forma a poder evitar qualquer tipo de conflito aos nossos clientes. A principal prioridade que temos neste momento é o aumento da capacidade de resposta às questões que nos são levantadas no âmbito da fiscalidade. Nesse sentido, tomei recentemente a decisão de frequentar uma Pós-Graduação em fiscalidade, o que certamente será muito útil quer para a Decisão Essencial, quer para os nossos clientes, a curto prazo. Por outro lado, sentimos a necessidade de estar constantemente atentos a todo tipo de alterações de caráter político ou legislativo que possam ter impacto direto na vida dos nossos clientes. Não nos podemos esquecer que o principal “cliente” dos nossos clientes é o Estado, através das comparticipações nos medicamentos, que paga através do Serviço Nacional de Saúde, pelo que todas as alterações no panorama político nacional podem sempre vir a ter, mais cedo ou mais tarde, impacto no setor, obrigando, mais uma vez, a que todos os “players” se readaptem e se reinventem, no sentido de poderem garantir a sobrevivência e a viabilidade dos seus negócios. ▪
87 MARÇO 2016
à gestão por nós desenvolvidas, em permanente evolução, refletem os pontos-chave, numa perspetiva económico-financeira, que necessitam de ser continuamente monitorizados, por forma a evitar que a situação, sobretudo financeira, da farmácia se deteriore, provocando depois a derrocada da vertente económica. Como é evidente, o nosso papel e a nossa intervenção são fulcrais, pois a zona de conforto de um farmacêutico, por norma o proprietário da farmácia, não se situa propriamente em temas de índole financeira, pelo que o nosso papel não deve, nem pode, limitar-se ao envio da informação às pessoas. Temos de analisar, alertar, promover reuniões, para que a interpretação da informação seja efetuada de uma forma correta e que efetivamente contribua para o bom andamento do negócio.
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» DIA MUNDIAL DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
TENA – A marcar a diferença Tendo como linha orientadora o Dia Mundial da Incontinência Urinária, que se celebra a 14 de março, a Revista Pontos de Vista conversou com João Paulo Iglésias, Diretor Comercial Iberia Incontinence Care/Country Manager Portugal, que nos deu a conhecer um pouco mais da marca e das soluções que apresenta no domínio da Incontinência Urinária.
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arca de enorme prestígio, a TENA – Portugal – SCA Hygiene Products SL tem vindo a calcorrear um percurso interessante a nível da Península Ibérica. Que análise perpetua do atual posicionamento e capacidade de intervenção da marca em território luso? Quando abordamos este assunto a nível da Península Ibérica, a verdade é que existem sistemas completamente diferentes nos dois países. Em Espanha, parte destes produtos são totalmente financiados pelo Estado, enquanto que em Portugal somente alguns subsistemas o financiam. Esta situação limita em certa medida o acesso a estes bens tão essenciais para a qualidade de vida das pessoas incontinentes, principalmente por razões económicas. De que forma têm vindo a marcar a diferença no mercado, tendo como desiderato primordial a satisfação
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total e completa dos seus clientes? Com mais de 40 anos de experiência, TENA é a marca líder mundial no cuidado da incontinência e higiene. Os nossos pilares sustentam-se na inovação e desenvolvimento de novos produtos e serviços que ofereçam a melhor atenção a pacientes e cuidadores, sem esquecer o impacto económico dos serviços de saúde em grande escala. O Dia Mundial da Incontinência Urinária é celebrado a 14 de março com o objetivo de sensibilizar a população para esta patologia. Que visão tem a marca sobre esta patologia? A incontinência urinária afeta 400 milhões de pessoas em todo o mundo. Consciencialização e formação são duas das nossas principais linhas de atuação. Entre outras ações, a SCA organiza bianualmente o GFI (Global Forum of Incontinence), fórum de intercâmbio de opiniões e debate com a participação de peritos de todo o
João Paulo Iglésias
mundo (19 e 20 de abril deste ano, em Berlim). Esta patologia está centrada especialmente em mulheres, homens ou ambos? Existe diferença entre sexos no momento de abordar este problema? A nível geral ainda existe um grande desconhecimento sobre esta condição e a existência de produtos específicos para o cuidado da incontinência, recorrendo em muitos casos a soluções caseiras em vez de utilizar os produtos disponíveis no mercado. A realidade da incontinência urinária é que não discrimina entre género ou idade, e afeta tanto homens como mulheres. Particularmente para os homens, esta patologia é um grande tabu, e em muitos casos não se realiza nenhuma consulta médica. Que proteções «made in» TENA apresentam a todos aqueles que sofrem com a incontinência urinária? No nosso portefólio de produtos na área de absorventes, podemos falar de três categorias diferentes no que diz respeito a géneros: Mulheres – TENA Lady; Homens – TENA Men; e produtos Unisexo, abarcando todos os graus de incontinência. Contamos também com uma gama completa de produtos de higiene que contribuem para o cuidado da pele e do cabelo. Na busca pela investigação para encontrar as melhores soluções e produtos, de que forma é fundamental apostar na inovação? A marca tem vindo a promover esse nível elevado de investigação de novos produtos?
Um dos pilares fundamentais da companhia é a inovação (I+D), e somos amplamente reconhecidos por ela. Mencionado só alguns dos nossos produtos a título de exemplo, podemos destacar na gama de absorventes para incontinência moderada/graveTENA Flex (absorvente anatómico com cintura adesiva) e TENA Slip ConfioAir, ambos transpiráveis. Em Higiene, toda a gama de lavagem sem água, sendo um dos nossos últimos lançamentos o TENA Shampoo Cap, para o cuidado do cabelo. Menção ainda para TENA U-test, para a fácil deteção de infeções do trato urinário em pessoas com incontinência. Com os produtos TENA as pessoas podem assumir o controlo de si próprio? Com o tratamento médico adequado e a utilização de produtos específicos segundo o tipo de incontinência de que se padeça, os afetados podem levar uma vida plena sem que esta interfira na sua atividade diária. Nesta linha, o ano passado lançámos para o público masculino a campanha “Toma o controlo”. Que mensagem lhe aprazaria deixar a todos aqueles que enfrentam o problema da incontinência urinária? A incontinência urinária deve ser tratada com a atenção que merece, consultando um médico ou especialista para receber o diagnóstico adequado e avaliando todas as possíveis vias de tratamento. Dentro deste facto, os produtos absorventes e de higiene pessoal são complementos de grande importância e influência no bem-estar das pessoas. ▪
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» VI Congresso Internacional de Patologia Dual e Adictiva
um desafio para a Humanidade De 1 a 4 de junho Lisboa irá receber o VI Congresso Internacional de Patologia Dual e Adictiva, organizado pela Associação Portuguesa de Patologia Dual e o Núcleo de Estudos de Patologia Dual do CRI-PSM do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Múltiplos problemas serão debatidos por especialistas nacionais e internacionais de renome numa partilha de conhecimentos e experiências que não pode perder. ponsável. Mais do que isso, o agravamento progressivo destas situações não pode ser banalizado. Toda a Humanidade deve refletir sobre o caminho que se está a seguir. “Quem trabalha com estes doentes tem de debater sobre o que se está a passar porque os nossos jovens estão cada vez mais alheados da vida, procuram estímulos fortes, correm riscos muito graves e deterioram-se fisicamente”, partilhou Célia Franco numa antevisão daquilo que irá ser falado. Mais do que partilhar conhecimentos teóricos na vertente de investigação científica, que são obviamente fundamentais, o congresso terá técnicos que trabalham no terreno com os doentes e sentem na pele as angústias e a dificuldade de encontrar soluções e respostas.
O que irá acontecer?
O primeiro dia será inteiramente dedicado a seminários pré-congresso, organizados por parceiros e onde irá ser partilhada essencialmente a experiência portuguesa. Neuropsicologia, reabilitação, patologia dual e violência ou organização de serviços para tratar a doença dual são algumas das temáticas que serão abordadas ao longo deste primeiro dia. Seguir-se-ão as intervenções de especialistas de renome internacional, onde, além de uma primeira abordagem sobre os últimos desenvolvimentos conquistados ao nível da investigação, irão ser discutidas patologias muito específicas, como os benefícios, riscos e danos da internet, comportamentos aditivos na adolescência, alcoolismo, hepatite, terapêutica opióide do século XXI, entre outras, destacando-se ainda um debate público centrado no uso de cannabis. “Num momento em que se discute a liberalização do consumo é importante que especialistas digam o que sabem sobre os efeitos da cannabis no funcionamento do cérebro”, esclareceu Célia Franco, acrescentando que este congresso, em suma, “procura cobrir todas as áreas relacionadas com a patologia dual, desde a etiologia até ao tratamento e reabilitação”. Como mais uma prova da qualidade e pertinência deste encontro, esta sexta edição do congresso anual da APPD será presidida por Luís Patrício (Médico psiquiatra da Unidade de Patologia Dual de Carnaxide), tendo ainda como Presidente e Vice-Presidente
Qual continuará a ser a atuação da APPD?
CÉLIA FRANCO
da Comissão de Honra, Manuela Eanes e o Juiz Conselheiro Armando Leandro, respetivamente, e o fadista Carlos do Carmo como embaixador cultural.Salientando que o evento irá desenrolar-se numa linguagem que, como tem sido habitual em congressos anteriores, é acessível a todos, Célia Franco deixa o convite: “venha trazer-nos as suas dúvidas, ouvir as nossas, partilhar connosco os seus problemas e, juntos, encontraremos certamente melhores soluções para problemas tão complexos”. ▪
“Além do congresso anual, temos feito formação específica para grupos de profissionais, em várias zonas do país. Em maio, na iniciativa “Noites Saudáveis”, promovida pelo Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicogénico do CHUC, iremos ainda lançar o nosso primeiro livro (Patologia Dual e Adictiva: duas faces da mesma moeda) que tem por base o que foi discutido num dos congressos anteriores. Esta será a primeira publicação no sentido de começarmos a passar para o papel o que vamos discutindo. Além disso, marcamos constantemente presença em congressos internacionais com o intuito de aprendermos e levarmos a nossa experiência”. (Célia Franco)
89 MARÇO 2016
A
pesar de ser um conceito relativamente recente, a Patologia Dual refere-se a problemas que já fazem parte do nosso quotidiano há largos anos. Mas ninguém melhor do que Célia Franco, Presidente da Associação Portuguesa de Patologia Dual, para melhor explicar esta questão. “Trata-se de uma situação bem mais complexa que implica uma intervenção multidisciplinar e mais abrangente em que se constata que num mesmo indivíduo existe uma doença mental grave e uma perturbação de adicção”, esclareceu. Foi assim, com o objetivo de integrar todos os profissionais interessados nestas áreas de abordagem, inclusivamente doentes e famílias, que nasceu em 2009 a APPD, uma associação que se tem centrado na vertente científica, dando a conhecer uma mudança de paradigma. “Estes doentes sempre existiram, o que muda é a forma como olhamos para eles. No século passado estávamos centrados na substância, pressupondo-se que o doente era saudável antes de começar a consumir e que os problemas que tinha eram consequência dessa dependência. A partir deste século começou a surgir um paradigma centrado no indivíduo, em que percebemos que as pessoas que desenvolvem dependências de substâncias já têm alguma área do seu funcionamento afetada e, como tal, temos que investigar as múltiplas situações da vida dessa pessoa”, explicou Célia Franco. Para dar respostas a estes doentes mais complexos, é premente falar e a APPD tem procurado desempenhar esse papel todos os anos, com mais enfoque na realização do seu congresso anual. De Coimbra para Lisboa. Esta é a grande novidade do Congresso, que este ano se centrará no tema “Patologia Dual e Adictiva: um desafio para a Humanidade”. E é efetivamente uma questão que diz respeito a todos, não apenas a Portugal, mas a todos os países. “Conseguimos juntar especialistas de todo o Mundo que vêm falar de angústias partilhadas em qualquer lado. A patologia dual não é específica de Portugal. Todos tratamos seres humanos e sentimos as mesmas dificuldades. É um desafio transversal a todos os países e que afeta qualquer pessoa, independentemente do sexo, idade, nível social ou escolaridade”, evidenciou a res-
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» I congresso nacional dos suplementos alimentares
UM evento a não perder A NUTRI.ADD está empenhada no desenvolvimento de soluções inovadoras e acessíveis para as empresas, proporcionando ganhos de saúde e qualidade de vida para pessoas e animais. Dentro desta senda inovadora, em colaboração com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, será realizado o I Congresso Nacional dos Suplementos Alimentares. Saiba mais com José Malta, Diretor Executivo da NUTRI.ADD, S.A.
D “Convido todas as empresas e profissionais do setor a visitarem o site do evento em www. cnsuplementosalimentares. pt e a minha expetativa é que facilmente ficarão convencidos de que é importante participarem na primeira edição deste congresso”.
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e que forma têm procurado ser diferenciadores no mercado dos serviços de saúde e dos produtos farmacêuticos e alimentares? A diferenciação está essencialmente suportada em três pilares: na equipa e no método de trabalho; na mais-valia de contexto, isto é, no facto de estarmos sedeados num centro de ideias e oportunidades, o Biocant Park em Cantanhede, onde gravitam as melhores práticas de investigação, inovação e empreendedorismo; e na estratégia de desenvolvimento que passa pelo reconhecimento de que nada hoje em dia se trabalha de forma isolada, as redes são fundamentais, daí a nossa aposta desde o início na constituição de um conjunto importante de parceiros credíveis, nas mais diversas áreas de especialização, desde a alimentar e nutracêutica à médica e farmacêutica. Centrando a vossa atividade no campo das ciências físicas e naturais, medicina e do desenvolvimen-
to farmacêutico, na prática, o que é que a NUTRI.ADD faz? Dedicamo-nos com elevado entusiasmo ao desenvolvimento de novos produtos, assim como à melhoria de produtos já existentes. Somos especialistas no desenvolvimento e no acesso aos mercados (cada vez mais internacionais) de produtos de alimentação especial, suplementos alimentares, medicamentos de uso humano, dispositivos médicos, cosméticos, biocidas, vários tipos de produtos veterinários e outros produtos nutricionais e de saúde. Temos capacidade para entregar os produtos “chave-na-mão” aos nossos clientes, que são as entidades responsáveis pela sua promoção e comercialização nos mais diversos mercados. A 20 de maio, o Biocant Park, em Cantanhede, será palco do I Congresso Nacional dos Suplementos Alimentares. O que se pode esperar? A ideia para este evento surgiu da identificação de uma necessidade particular detetada na realidade portuguesa para este setor específico dos suplementos alimentares. Não existe nenhum evento que reúna todos os players e stakeholders nacionais que operam especificamente na área dos suplementos alimentares e que seja inteiramente dedicado à discussão – geral e na especialidade – deste tema. Acreditamos que, para o correto desenvolvimento dos suplementos alimentares, cujo mercado português está a crescer à imagem do que sucede na larga maioria dos mercados de referência internacionais, é importante reunir todos os interessados para discussão das suas preocupações, realidades e estratégias para o futuro. Nestes potenciais interessados incluímos claramente as empresas (operadores em geral, lojas dietéticas, espaços de saúde, farmácias, distribuidores e fabricantes) do setor dos suplementos alimentares, assim como os profissionais nutricionistas, farmacêuticos, médicos e outros profissionais de nutrição e saúde. A qualidade é apenas um dos temas em discussão. O objetivo é reforçar a importância da qualidade dos suplementos alimentares, que se atinge com o cumprimento pelas empresas, diariamente, das boas práticas, desde o fabrico, passando pela distribuição por grosso, até à dispensa aos consumido-
res. Que também estes devem estar bem informados e tomarem opções conscientes e em harmonia com os profissionais de nutrição e saúde que os acompanham. Outros dos objetivos-chave do congresso passam por esclarecer o enquadramento regulamentar dos suplementos alimentares, caraterizar o mercado dos suplementos alimentares, promover a segurança no consumo dos suplementos alimentares, caraterizar as diferenças entre suplementos alimentares e “produtos-fronteira” e divulgar as regras de publicidade aplicáveis aos suplementos alimentares. Do fabrico, à distribuição, publicidade, venda, dispensa e utilização pelo consumidor final, quais são as principais falhas no circuito dos suplementos alimentares? Apontaria como falha principal a falta de informação entre os diversos intervenientes no setor, já anteriormente identificados. O congresso nacional pretende precisamente ser mais um singelo contributo para colmatar essa falha! Esta falta de informação tem como consequência uma imagem, muitas vezes deturpada, que é passada para os media por quem não tem o devido conhecimento na matéria. É importante referir que estamos a falar de atividades devidamente regulamentadas e de um tipo de produtos que tem um estatuto regulamentar próprio, cuja legislação vertical tem essencialmente uma base europeia. Este é um dos pontos fortes dos suplementos alimentares, mas simultaneamente um dos seus pontos fracos, porque ainda não se conseguiu uma verdadeira harmonização em todos os 28 Estados-Membros e o que se verifica são diferentes critérios e regras nacionais aplicados aos suplementos alimentares, o que dificulta a atividade das empresas que muitas vezes não conseguem empreender e exportar, criando valor, assim como dá ideia ao observador menos familiarizado, como sejam o cidadão-comum e os media, de uma certa desorganização. É também por isto importante que as associações que representam o setor dos suplementos alimentares venham a terreno, discutam de forma construtiva com as autoridades e parceiros, sejam fortemente atuantes e esclarecedoras. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» DIA MUNDIAL DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
“A quebra de tabus neste domínio é essencial” “A incontinência urinária tem cura ou controlo na grande maioria dos casos”. Quem o afirma é Sanches Magalhães, um dos profissionais/ especialistas mais reputados em Portugal e não só no domínio da patologia de incontinência urinária. Saiba mais sobre este problema.
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tualmente, um em cada cinco portugueses acima dos 40 anos sofre de incontinência urinária. Este é um número preocupante? De que modo é possível contornar estas estatísticas? A incontinência urinária define-se por perda involuntária de urina. É um problema de saúde pública com custos económicos e sociais relevantes. Mesmo sendo uma patologia benigna influencia negativamente a qualidade de vida dos pacientes que dela padecem.
De que modo a Clínica Dr. Sanches Magalhães, através dos seus equipamentos atualizados e profissionais especializados, é um importante espaço médico para doentes com esta patologia? A avaliação clínica é o passo fundamental para dirigir todas as investigações subsequentes no que a exames auxiliares de diagnóstico diz respeito. Estes exames são como o seu nome implica “auxiliares”. A experiência em todas estas patologias faz com que o urologista consiga, com a ajuda dos EAD, chegar a um diagnóstico correto e, portanto, elaborar proposta de tratamento com uma grande probabilidade de satisfação do seu paciente. SANCHES MAGALHÃES
De que modo a qualidade de vida é afetada pela incontinência urinária, nas suas diferentes fases e níveis de gravidade? Nas crianças, a enurese nocturna pode acarretar sentimentos de inferioridade que afetam negativamente o normal desenvolvimento psicossocial. Nos adultos muitas vezes há inicialmente uma tentativa de ocultação de problema com sentimentos de autoculpabilização e afastamento social. Na última década, a urologia mostrou importantes avanços no âmbito da incontinência urinária e atualmente fala-se já em tratamentos inovadores e menos invasivos. Podemos afirmar que nos
A Clínica tem ainda mostrado preocupação em alertar para a importância da educação em saúde e promove a existência de cuidados preventivos. De que forma estas duas vertentes são prementes na consciencialização social e na prevenção da doença? A quebra de tabus neste domínio é essencial. A incontinência urinária tem cura ou controlo na grande maioria dos casos. O Dia Mundial da Incontinência Urinária celebra-se no próximo dia 14 de março. Que mensagem importa deixar nesta data? Se sofre de incontinência urinária, seja mulher ou homem, consulte um urologista. Pensos ou fraldas deverão ser um recurso e não uma solução definitiva. ▪
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Esta patologia advém de diferentes causas, proporcionando a existência de distintos tipos de incontinência urinária, por vezes associados a idades mais jovens. Esta questão torna a cura um desafio mais difícil de alcançar? A prevenção tem aqui um papel crucial na procura por um acompanhamento médico mais adequado? Existem vários tipos de incontinência que atingem diferentes faixas etárias e os dois sexos de modo diferente. Nas crianças normalmente falamos em enurese nocturna quando nos referimos ao “molhar a cama”, que pode ou não estar associado a episódios de incontinência diurna. Numa faixa etária seguinte, e por se tratar da população ativa e mais frequentemente lesada em acidentes de trabalho, temos os pacientes, homens e mulheres com sequelas de traumatismos vertebromedulares. Nas mulheres geralmente a partir dos 40 anos e com maior incidência nas multíparas, surge um tipo de incontinência que se caracteriza por perdas de urina com os esforços ou movimentos. Um outro tipo de incontinência, de urgência, pode atingir mulheres e homens geralmente a partir da quinta década, caracteriza-se por episódios de perda de urina associados a imperiosidade miccional não permitindo ao paciente urinar em local socialmente aceite. Numa faixa etária mais avançada pode surgir incontinência urinária sem sensibilidade das perdas muitas vezes associada a quadros de senilidade ou doenças neurológicas. Nos homens associa-se a incontinência urinária à próstata. Embora tal possa ser possível, nem sempre as patologias desta glândula são as responsáveis pela incontinência.
encontramos perante uma nova fase de cura e tratamentos? O tipo de incontinência que sofreu a maior evolução foi a incontinência de esforço feminina. Hoje em dia, com procedimentos de ambulatório ou internamento de 24h, as taxas de satisfação das pacientes ultrapassa os 80%. No caso da incontinência de urgência tem vindo a surgir novos fármacos orais cada vez mais eficazes e com menos efeitos secundários. Uma nova abordagem nos casos que não respondem às terapêuticas orais surgiu com a utilização de injeção intravesical vesical de toxina botulínica, com alta eficácia.
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» dia mundial do sono
Por uma cultura do descanso Edificada há cerca de 11 anos, em 2005, a Colchaonet.com, assume-se como uma empresa de capital familiar especializada na comercialização de colchões e que tem vindo a fazer sucesso na promoção de uma cultura do descanso. A Revista Pontos de Vista conversou com Zahari Markov, Presidente Executivo da Colchaonet, que revelou como a marca tem crescido e muito mais.
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Colchaonet.com surgiu em 2005 sob um olhar visionário e futurista. Em que consistia esta visão e de que modo se tem vindo a apresentar como um fator determinante para o sucesso e excelência da empresa? Em 2005 tivemos a energia e coragem para arriscar e criar a Colchaonet.com. O facto de trabalharmos numa área de negócio tão especializada como a nossa, faz com que todos os anos o mercado nos teste e compete-nos a nós saber enfrentar os desafios que nos surgem e superá-los. A nossa visão continua a ser a mesma do início, ou seja, apostar na qualidade dos nossos produtos e serviços, acrescentada agora com os anos de experiência que temos. Desde a sua criação, a marca tem trilhado o seu percurso com base numa expansão constante e significativa. O que promove este crescimento exponencial? Sem dúvida que a confiança que os nossos clientes depositam em nós é fundamental. Ao longo destes anos, temos mais de 40 mil clientes satisfeitos e fidelizados que recorrem à Colchaonet.com seja para adquirir um novo colchão, almofada ou outros complementos. Para além disso, recomendam-nos aos seus familiares e amigos. O nosso crescimento não seria possível, nem a confiança dos nossos clientes, sem a equipa de profissionais especializados que temos em loja e que fornecem aos clientes todas as informações necessárias para escolher os produtos de acordo com as necessidades de cada um.
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A empresa aposta firmemente na diversidade da sua oferta, estando associada a distintas marcas e produtos diferenciados. O que podemos esperar da Colchaonet.com não apenas no mercado da colchoaria, mas também de almofadas, têxtil, sommiers e estrados? Cada vez mais as nossas lojas são procuradas para projetos “chave na mão”. Os clientes procuram o colchão, as almofadas, o estrado, a cabeceira, entre outros. É a pensar nisso que é possível encontrar outros produtos que têm sido muito bem recebidos pelos nossos clientes, tais como, poltronas e cabeceiras personalizáveis. Como trabalhamos em
Zahari Markov
estreito relacionamento com as marcas, a maioria dos produtos disponíveis são exclusivos da Colchaonet.com. Aproveito para desvendar que em breve teremos a gama “A Portuguesa da Molaflex“ com um colchão assinado pelo Nuno Gama. A nossa preocupação constante é a de ouvir o cliente, saber mais sobre o que pretende e usar o nosso conhecimento, apostando numa gama de produtos diversificada que corresponda às expectativas do cliente. Dormir é um ato essencial e fundamental na vida saudável da sociedade. De que modo é premente ter o colchão adequado? De que modo a marca apoia os seus clientes nesta tão importante decisão? Como disse anteriormente, as nossas equipas de loja têm um papel fundamental. Frequentam formações técnicas das marcas, sobre materiais e inovações técnicas utilizadas na produção de colchões e complementos. Estão sempre disponíveis para esclarecer todas as dúvidas dos nossos clientes e apoiar a sua tomada de decisão precisamente porque sabemos como dormir bem afeta o dia a dia das pessoas. A equipa especializada da Colchaonet.com tem
aqui um papel importante no acompanhamento dos clientes, quer nas compras online, quer nas vossas lojas físicas? Sem dúvida! Muitas vezes os clientes sabem que precisam de um colchão, mas não fazem ideia do que existe disponível no mercado. E quando iniciam as pesquisas de compra sentem-se completamente perdidos. Na loja online têm a possibilidade de encomendar com acompanhamento telefónico, e nas lojas podem experimentar diversos tipos de colchões. A Linha do Sono, lançada em 2015 em parceria com a Oficina da Psicologia, vem dar um maior contributo a uma sociedade que ainda não conhece todos os benefícios do bem dormir? Sim, a Linha do Sono foi uma excelente parceria temporária que tivemos com a Oficina da Psicologia. E tinha como objetivo esclarecer todas as variáveis externas que podem influenciar o sono. Muitas vezes levamos as preocupações do dia a dia para a nossa cama, é preciso saber “desligar” as preocupações na hora de dormir. No entanto, isso pode não ser o suficiente se o colchão não for o mais indicado, se a almofada não tiver a altura necessária. E no dia seguinte de manhã acordamos com as mesmas preocupações e com dores. É por todas estas razões que a Colchaonet.com foi considerada pelo IAPMEI PME Líder 2015? Esta foi uma distinção da qual muito nos orgulhamos, que reconhece o nosso empenho no mercado e capacidade de crescimento e evolução, tornando-nos também mais competitivos. De que modo no futuro continuarão a expandir a marca e a fazer crescer o conceito pelo qual criaram a empresa em 2005? Vamos sempre continuar a trabalhar para ter produtos e serviços de qualidade superior porque sabemos que é por estes valores que os clientes nos conhecem. Gostamos de desafios e de trabalhar com padrões altos, melhorando todos os dias. Continuaremos a expandir a nossa marca com a abertura de novas lojas, sendo a próxima abertura em Braga para que possamos cuidar do descanso do maior numero de pessoas pois este é o lema da nossa marca. ▪
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» dia mundial do sono
“O sono é fundamental à vida” privação crónica de sono são a principal causa de hipersonolência. Acarretam como consequência um maior risco cardiovascular, de distúrbios metabólicos (diabetes), de acidentes automóveis (mesmo superior aos acidentes por excesso de álcool), de acidentes laborais e uma redução de taxa de sucesso escolar.
Ana Sofia Oliveira
Ao longo dos anos, os distúrbios do sono têm vindo a adquirir uma importância primordial, preocupando doentes e especialistas nestas áreas. É o caso da equipa do Hospital de Saint Louis que tem procurado acompanhar a evolução nesta área da medicina. Saiba como juntamente com Conceição Gomes, Médica Coordenadora da especialidade de Pneumologia do HSLouis, e Ana Sofia Oliveira, Médica Pneumologista especialista na área do sono.
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e acordo com um estudo realizado em 2014 pela Oficina da Psicologia, 54% dos Portugueses inquiridos disseram sentir-se cansados depois de uma noite de sono e cerca de 45% admitiram não dormir bem devido ao stress, à ansiedade ou a momentos de depressão. Estes dados devem deixar-nos preocupados? Sim. Devemos sensibilizar e sinalizar as perturbações do sono, quer sejam manifestadas com cansaço físico e mental, agitação noturna, irritabilidade, falta de memória, sonolência diurna, humor deprimido e desempenho comprometido (erro, acidentes). No domínio dos distúrbios do sono, o Hospital de Saint Louis disponibiliza uma consulta especializada de patologia do sono e estudos do sono. Qual o acompanhamento que procuram fazer em cada caso? Os distúrbios do sono têm vindo a adquirir uma importância crescente nos últimos anos, englobando diferentes doenças do sono. O Hospital de Saint Louis e a sua equipa têm acompanhado a evolução nesta área da medicina. A consulta efetuada por profissionais da especialidade com experiência e a realização de exames específicos permitem um acompanhamento do doente de
forma individualizada e planeada. A avaliação em Consulta de Patologia do Sono é fundamental, englobando uma cuidadosa interpretação dos sintomas dos doentes. Nesta consulta, a informação complementar transmitida pelo companheiro/a é importante, já que muitas das alterações no sono ocorrem sem o doente ter perceção das mesmas. O estudo poligráfico do sono, realizado em ambulatório, é um exame que permite a identificação de distúrbios que se manifestam durante o sono, sendo o método de referência, nomeadamente do diagnóstico da síndroma de apneia do sono. Quais são os principais fatores de risco e consequências associados à privação do sono? Muitas doenças do sono são multifatoriais, isto é, uma pessoa pode ter várias causas de insónia ou doenças de sono concomitantes. Os fatores de risco como a “má higiene do sono”, associada a horários tardios ou irregulares de sono, os problemas psicológicos de depressão ou ansiedade, a síndroma de apneia do sono, os distúrbios de movimentos nas pernas que provocam “inquietude” durante o sono, os problemas cardíacos ou pulmonares como a “falta de ar” podem afetar o ritmo do sono, causando também privação crónica do sono. Estes fatores de risco associados à
Quem sofre de um distúrbio do sono tende a atribuir o cansaço que sente ao longo do dia ao excesso de trabalho, não encarando o problema como uma doença que deve ser tratada. Existe um momento certo para ir a uma consulta do sono? A consciencialização do diagnóstico ou da suspeita deste é o primeiro passo para o momento certo. Devemos dirigir-nos ao nosso médico para avaliar sinais e sintomas. Há quem defenda que tem havido alguma desvalorização do sono ao longo dos últimos anos, chegando-se ao extremo de se elogiar quem admite que não precisa de dormir muito para se sentir bem. Já não se privilegia as sete a nove horas de sono? O que há de errado? Cada indivíduo tem o seu relógio circadiário. Na atualidade ainda se desconhece a função exata do sono, porém é conhecido o seu poder regulador do organismo bem como a capacidade de corrigir desequilíbrios homeostáticos. O sono é fundamental à vida. A propósito do Dia Mundial de Sono, que mensagem importa ser deixada aos nossos leitores? Dentro deste segmento de saúde, qual continuará a ser a sua postura enquanto profissional? É fundamental alertar para a importância da qualidade do sono face às atuais exigências do dia-a-dia na sociedade contemporânea em que vivemos. As consequências geradas pelas alterações dos hábitos do sono e o aumento da prevalência dos distúrbios do sono elevam a importância da sensibilização para os sinais e sintomas manifestados pelo doente de forma a possibilitarem um diagnóstico precoce. Como profissional, considero que o acompanhamento rigoroso e a avaliação multidisciplinar são fundamentais para a diminuição do risco no doente. ▪
93 MARÇO 2016
Conceição gomes
Há quem considere a síndroma de apneia do sono uma patologia subdiagnosticada e pouco valorizada nos currículos de medicina, mas a verdade é que cada vez mais doentes procuram ajuda. Quais são os primeiros sinais de alerta? Face aos riscos de saúde que acarreta e importantes repercussões, esta patologia tem sido, nos últimos tempos, mais divulgada alertando-se para a necessidade do diagnóstico precoce, no entanto, encontra-se ainda subdiagnosticada. Os principais sintomas são a roncopatia (ressonar), as apneias (paragens respiratórias durante o sono), a sonolência diurna excessiva, o cansaço ao despertar, a dificuldade de concentração, o défice de memória e as perturbações sexuais como a impotência sexual.
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» turismo de saúde e bem estar
“Tratamos numa perspetiva inovadora” Com o recurso a métodos inovadores, como as técnicas de ativação muscular, conheça uma empresa que se assume como “a chave que resolve os seus problemas”, pela voz dos Administradores da Algarve Muscle Activation, Hernâni Baptista e João Marcelo.
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ltamente especializada, a Algarve Muscle Activation assume-se como uma marca especializada na recuperação, reabilitação funcional, performance e bem estar do corpo humano. De que forma assumem uma relevância evidente nestes domínios? Somos uma pequena equipa constituída apenas por dois técnicos especializados em Mecânica Aplicada no Exercício. Utilizamos técnicas inovadoras, diferenciadas e poderosas, tais como as Técnicas de Ativação Muscular. Acreditamos que a nossa relevância assume-se pelo facto de sermos especializados em técnicas ainda pouco conhecidas a nível mundial, com relativamente poucos profissionais a dominá-la, sendo estes conhecimentos altamente eficazes na recuperação/reabilitação de um leque bastante amplo de patologias associadas à dor e perda de mobilidade.
pontos de vista
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Na vossa orgânica é importante avaliar as capacidades do sistema muscular de cada indivíduo para estabelecer o programa mais adequado? Conseguimos avaliar e identificar as reais causas para as suas dores e desconforto, que por vezes podem não ser aquelas que eventualmente e à primeira vista se supõe. Exemplos: Dor no ombro, eventualmente pode ter como causa a falta de capacidade dos músculos mobilizadores da coluna, que assim não conseguem suportar/ sustentar adequadamente o ombro; dores na lombar, eventualmente podem ser consequência da falta capacidade dos músculos do pé ou mesmo de toda a extremidade inferior (que assim não conseguem absorver devidamente as forças que entram pelo pé) ou, outra hipótese, devido à instabilidade da musculatura da região abdominal. No entanto aquelas queixas são constantemente resultado de falhas
João Marcelo e Hernâni Baptista
do sistema neuromuscular, com a consequente incapacidade para distribuir as forças pelas estruturas do corpo. Resultado: Dores, disfunções, moléstia, perda de mobilidade, entre outros. A avaliação do funcionamento do Sistema neuro Muscular é o primeiro passo da nossa abordagem. Cada caso é um caso particular, único, individual. A nossa análise resulta de uma comparação intra-individual, procuramos a (a) simetria da amplitude do movimento articular, esta avaliação reflete a debilidade pois esta revela-se nos extremos da amplitude do movimento articular. A avaliação torna-se constante ao longo do processo para podermos medir o efeito e progresso do nosso trabalho na recuperação do paciente. São especialistas na aplicação de resistências ao sistema neuromuscular, através dos mais variados tipos de exercícios, algo que não está relacionado com áreas como a fisioterapia, osteopatia, entre outras. Quais as principais diferenças? Pensamos que as diferenças são sobretudo de abordagem. Somos especialistas na área do exercício, apenas utilizamos exercícios específicos, minuciosos, nada mais. O exercício bem orientado e dirigido é um fator fundamental na melhoria da performance e da qualidade de vida tal como na prevenção de lesões mas também pode ser aplicado na recuperação/reabilitação das mais diversas patologias, é nesta área que nos especializámos. A fisioterapia, a osteopatia e outras áreas da saúde têm as suas técnicas, também com resultados fantásticos em inúmeros casos, no entanto existem inúmeras pessoas a quem estas técnicas não foram suficientes para recuperarem dos seus problemas. Devo dizer que a esmagadora maioria das pessoas que procura os nossos serviços já passaram pelas mãos de outros profissionais de outras áreas sem os resultados que temos conseguido obter. Este facto não faz de nós melhores, apenas quer dizer que essas pessoas necessitavam da nossa abordagem que basicamente consiste em resta-
belecer o equilíbrio muscular e a estabilidade motora, de forma específica e com base na biomecânica, transferindo os seus efeitos para beneficiar a qualidade de vida de determinada pessoa. Entendemos e tratamos numa perspetiva inovadora diversos problemas relacionados com o mau funcionamento do sistema neuromuscular, indo diretamente às causas do problema e não apenas aos sintomas. O que podemos esperar para o futuro? Os resultados, a satisfação que os nossos clientes têm tido do nosso trabalho é uma garantia para o nosso futuro. Continuaremos a tentar abrir caminhos também no turismo de saúde. Pelo facto de estarmos no Algarve (Albufeira e Lagos) temos a oportunidade de trabalhar com alguns pacientes estrangeiros que por aqui passam temporadas. Alguns desses pacientes, de extrato social elevado e que já passaram por conceituados hospitais e clínicas europeias, têm-nos testemunhado que nunca tiveram resultados tão positivos e marcantes como connosco. Este facto deixa-nos bastante satisfeitos e ao mesmo tempo admirados. Infelizmente não deixaremos de ser uma sociedade inflingida por problemas de saúde de vária ordem: a dor e o desconforto articular estão presentes na vida de milhões de pessoas. Esses problemas poderão ser aliviados mas não serão resolvidos com fármacos. A nossa abordagem aos músculos e o restauro do seu funcionamento mais harmonioso têm resolvido o problema e dado qualidade de vida à esmagadora maioria das pessoas que nos procuram, facto que nos permite concluir que estamos no caminho certo. Por isso temos como slogan: “a chave que resolve os seus problemas”. É importante expandir, haver mais técnicos que dominem estas técnicas pois são de facto poderosas e poderão trazer qualidade de vida e alívio à vida de inúmeras pessoas, algumas delas que já perderam a esperança em ter uma vida isenta de dor. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
CONSULTORIA AUTÁRQUICA
»Fiscompete - Consultoria Fiscal, Lda
“A FISCALIDADE AO SERVIÇO DOS MUNICÍPIOS” s Municípios dependem cada vez mais dos impostos, que estão sujeitos ao exercício dos poderes tributários que lhes são exclusivos. Logo é inevitável o aperfeiçoamento da relação entre impostos e poder local. Existe um problema crónico de fiabilidade nos impostos municipais. As estimativas erradas da AT quanto ao aumento do IMI após a avaliação geral de 2012 ou do número de famílias com filhos para aplicação do IMI Familiar são bons exemplos. Nunca tomo como inatacável a informação fornecida pela AT aos Municípios. Mas o poder local também erra! Até 2011 o IMI, em dezenas de Municípios, foi cobrado com base em deliberações ou comunicações das mesmas fora do prazo legal ou em 2013 quando alertei um Executivo para um erro que impediria a devolução de 1.000.000 € de IRS aos munícipes desse concelho! Encontrámos espaço para criar a Fiscompete. Como materializam o vosso conceito de consultoria fiscal? Em matéria de consultoria, analisamos a viabilidade e o impacto dos instrumentos tributários que um Município queira implementar. Convertemos o nosso know-how em rigor e fiabilidade nas decisões dos Executivos, monitorizando a informação financeira prestada pelos diferentes organismos e geramos um aumento nas transferências para os municípios. Como no setor da água, há perdas entre os impostos pagos pelas pessoas e os recebidos pelos municípios! E quem conhece o ADN da máquina fiscal, sabe onde começam os problemas. Decisões judiciais ou anúncios de penhoras permitem sinalizar as falhas do sistema. É ainda notória a tendência de lisbonização das empresas. Se o IRC potencia a lisbonização da derrama, então existe um prejuízo efetivo para os municípios da origem do rendimento! O vosso trabalho melhora a relação entre eleitores e os eleitos locais? A opinião pública desconhece que existem mais contribuintes a pagar IMI e IUC (impostos locais) do que IRS e IRC (impostos nacionais). E são cada vez mais pessoas a saber que o fisco se limita a cobrar os impostos que são receita dos municípios, por isso já não basta gastar bem. Há
muito espaço para os municípios ajudarem a cobrar os seus próprios impostos e tenho verificado que é um tema que preocupa cada vez mais os autarcas. O nosso trabalho alarga a margem de decisão dos Executivos, pois se garantirmos o aumento da receita sem aumentar as taxas, conseguimos o financiamento que faltava para equilibrar as contas ou para executar um projeto especial que está na gaveta. Ou então, conseguimos manter o nível das receitas mesmo com descida das taxas. Os eleitores não ficarão indiferentes!
renderam um euro de IMT para os municípios. Este orçamento promove ainda o descongelamento dos valores patrimoniais dos prédios não habitacionais, contudo o maior efeito desta medida só será sentido em 2019. Muito favorável para as pessoas é a proposta do PCP, de redução da taxa máxima de IMI de 0,5% para 0,4%. Se vingar, haverá uma redução do IMI em 50 milhões de euros, em 45 municípios onde residem dois milhões de pessoas. Uma medida mais positiva do que a reposição da cláusula de salvaguarda.
Este ano adivinham-se problemas adicionais? Estou habituado a identificar problemas graves na área da fiscalidade muito antes deles aparecerem: em 2006, apresentei publicamente a ideia da inserção do NIF dos filhos nas declarações de IRS e, no 1º ano de aplicação (2011), desapareceram 130 mil filhos! Em 2009 identifiquei falhas no alargamento das isenções de IMI, com prejuízo para dezenas de milhares de famílias. Muitas vezes o “direito informático” sobrepõe-se à lei, provocando uma sucessão de erros da máquina fiscal, que não são percetíveis ao cidadão comum. Este ano teremos um problema chamado IMI familiar, pois a redução do IMI acabará por ser maior do que o estimado pela AT. E depois temos Lisboa que, ao limitar (ilegalmente) a redução do IMI aos imóveis de VPT inferior a 200.000 €, vai gerar enorme litigância entre AT e famílias! Mas a surpresa maior virá do automatismo das isenções de IMI por baixos rendimentos, pois o Governo anterior deixou uma prenda para centenas de milhares de famílias e uma bomba relógio nas finanças da maioria dos municípios!
Qual a prioridade de futuro da Fiscompete? Queremos reforçar a nossa presença junto dos municípios, tanto mais que os próximos anos serão críticos para o sistema de tributação do património (IMI e IMT) que é a maior fonte de receitas, devido à reintrodução do imposto sucessório em 2017. Este novo imposto é mais uma oportunidade de negócio, mas a experiência acumulada e o reconheci-
O Orçamento do Estado para 2016 tem novidades para as Finanças Locais? A mais badalada é o fim dos benefícios fiscais dos fundos de investimento. Todavia, o IMI que passará a ser pago traduz apenas uma taxa real de IMI de 0,15%, na medida em que o VPT não será superior a metade do valor de mercado da maioria dos imóveis. Estes contribuintes continuarão a dispor de instrumentos de otimização da carga fiscal. Por exemplo, em 2015, alguns centros comerciais foram transmitidos duas vezes e não
PEDRO DUARTE
mento pelo trabalho que temos vindo a desenvolver nesta área são uma garantia para as pessoas e empresas que procuram uma solução para as suas preocupações. ▪
95 MARÇO 2016
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Pedro Duarte, Gerente da Fiscompete - Consultoria Fiscal, Lda, em entrevista à Revista Pontos de Vista, abordou, entre outros assuntos, a relevância da consultoria fiscal para as autarquias.
PODER LOCAL
» conheça o trabalho da junta de freguesia de santa maria maior
Mais perto das pessoas “É prioridade desta Junta alicerçar uma forte proximidade com a população e satisfazer as suas necessidades reais”, afirma Miguel Coelho, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em entrevista à Revista Pontos de Vista. Saiba mais de uma Terra de Gente nobre. MIGUEL COELHO
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e que forma é que a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior vê a missão de, enquanto organização democrática do poder local, promover a articulação entre políticas, diferentes atores, interação cívica e outras instâncias do poder local? As Juntas de Freguesia da cidade de Lisboa têm um conjunto de competências próprias, previstas na Lei 56/2012, que as restantes freguesias do país não têm. Isso aumenta a nossa responsabilidade e também aumenta o nosso papel de intermediação
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entre diferentes atores. Articulamos onde devemos articular, assumimos as nossas responsabilidades diretas e estimulamos os outros intervenientes no território a desenvolverem iniciativas para as quais estejam vocacionados. Exemplo disso foi o facto de termos criado a Comissão Social da Freguesia, à qual já aderiram mais de 70 entidades. Sendo as juntas de freguesia o elo de gestão mais próximo da sociedade, é premente criar uma democracia participativa, com discussões
públicas, que possibilitam auscultar os cidadãos. Qual é a frequência e a importância destas ações em Santa Maria Maior? A democracia participativa promove-se em Santa Maria Maior, não só através da Comissão Social de Freguesia, mas sobretudo através da implementação dos Conselhos de Cidadãos, que são reuniões, realizadas em cada bairro, onde o Presidente da Junta ouve a população. Também se fazem reuniões periódicas com as coletividades da freguesia. De que modo têm implementado mecanismos de diálogo com instituições económicas, sociais e outras da região? De que forma tem a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior dado foco à ação social e quais as problemáticas prioritárias? Tem-se verificado capacidade de resposta célere e eficaz aos problemas sociais existentes? A Freguesia regista situações de dificuldade social, sobretudo nos bairros situados na colina do Castelo. Carências alimentares, dificuldades na aquisição de medicamentos e de sobrevivência económica das famílias são recorrentes. A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, através da sua estrutura de Intervenção Social – DIS – tem tido, até agora, capacidade para responder às solicitações colocadas. Seja ao nível de alimentação, através do programa Mesa dos Afetos e do nosso Banco Alimentar, apoio à medicação (devidamente atestada por receita médica), contas de água, gás, luz e até rendas de casa em situação de despejo eminente têm sido os apoios mais frequentes. Intervenções em habitações e apoio integral aos nossos jovens e crianças em matéria de apoio escolar são também áreas muito frequentes de apoio por parte da Junta de Freguesia. Quais são as maiores preocupações do Executivo no domínio da ocupação/utilização do espaço público e quais os principais obstáculos?
Recuperar os passeios e vias pedonais têm sido a nossa prioridade no âmbito do espaço público. Tem sido assim em Alfama (Ruas de São Pedro e de São Miguel e agora na Rua dos Remédios, esta por delegação de competências da Câmara), obras que já podemos apresentar com orgulho. Na Mouraria, a recuperação da Rua das Olarias e as intervenções no Largo da Severa e Ruas da Guia e da Mouraria são também exemplos de intervenção cujo objetivo foi o de retirar os automóveis de espaço previsto para ser pedonal. As Juntas de Freguesia assumem uma enorme responsabilidade no quotidiano das populações. Sente que são esquecidas pelo Estado ou que não lhes é dada a devida importância e reconhecimento? Parece-me que o atual equilíbrio corresponde às nossas necessidades enquanto freguesia. De que modo continuarão a exercer, no futuro, um trabalho de cooperação com a sociedade de Santa Maria Maior? Quais os projetos delineados para a continuidade desta importante missão? É prioridade desta Junta alicerçar uma forte proximidade com a população e satisfazer as suas necessidades reais. Para tal, é necessário consolidar (ainda mais) o conceito de Freguesia de Santa Maria Maior, aumentar a oferta de estacionamento para residentes, investir na recuperação de zonas manifestamente problemáticas do espaço público, condicionar o horário de funcionamento noturno de bares e esplanadas, assumir o licenciamento do ruído, recuperar e dinamizar a Praça da Figueira, criar condições para a fixação de mais residentes, prosseguir e consolidar o apoio social e continuar a construir uma freguesia solidária, empreendedora, com um espaço público qualificado, moderna e simultaneamente orgulhosa das tradições dos seus bairros. ▪
PODER LOCAL
» União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira
“Estar onde a vida acontece” “É nossa convicção que a Freguesia tem todas as condições para crescer e tornar-se fundamental para o desenvolvimento económico da região”. Quem o afirma é Céline Moreira Gaspar, Presidente da Junta de Freguesia desde 2009, em entrevista à Revista Pontos de Vista, onde ficamos a conhecer as potencialidades de uma região de enorme valor.
Sendo o poder autárquico o elo de gestão mais próximo da sociedade, é premente criar uma democracia participativa. O fomentar de discussões públicas é, por isso, uma importante ferramenta para que as Juntas de Freguesia consigam compreender o parecer dos cidadãos. Qual é a importância desta ação para vocês em particular? A Junta de Freguesia pelo papel que desempenha na sociedade tem, obrigatoriamente, de fomentar a discussão pública. O executivo da União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira vê a democracia participativa como um elemento básico para o desempenho das suas funções. O panorama nacional tem criado dificuldades à participação das pessoas, mesmo a nível local, muito pela descredibilização da classe política. No entanto, enquanto representantes do poder local, definimos algumas estratégias de atuação para que todos se sintam próximos da atuação desta autarquia. A existência de um horário de atendimento do executivo semanal e em horário pós-laboral, a deslocalização das sessões da Assembleia de Freguesia para os vários lugares da freguesia, o envolvimento permanente das Associações locais em várias atividades desenvolvidas pela Junta de Freguesia, uma vez que estas são um elemento agregador de pessoas e representam praticamente todos os lugares da freguesia, têm sido algumas
das ações que temos desenvolvido para que as pessoas possam participar e apresentar as suas necessidades e sugestões. Numa era desenvolvida e em constante evolução, qual a importância que aportam no âmbito da comunicação entre a autarquia e a população? A comunicação entre as autarquias e a população é elementar e, neste contexto, a nossa freguesia fomenta fortemente a relação com a população através da publicação do “Notícias de Monte Redondo e Carreira”, um infomail distribuído gratuitamente, mensalmente, por toda a freguesia, através das redes sociais, nomeadamente o facebook, e da página da internet www.monteredondocarreira. pt. Através destes meios, veiculamos toda a informação que consideramos relevante para a população. Não só sobre questões locais, nomeadamente eventos e atividades associativas, mas, também, informações de caráter geral tornam a nossa página numa ferramenta essencial para o dia a dia dos cidadãos. As pessoas podem questionar a autarquia não só presencialmente, mas, também, através destes meios ou através de email. No nosso site, através da aplicação “Aconteceu na minha rua”, podem participar-nos qualquer questão. Como é feita a sinergia entre a população e a união das freguesias? O que deveria mudar para que esta relação fosse mais próxima e eficaz? A Junta de Freguesia de Monte Redondo e Carreira tem a particularidade de ter as portas sempre abertas à população. Com um horário alargado – 9h às 19h – e um serviço completamente personalizado, disponibilizando todo o tipo de informação para ajudar as pessoas. Na nossa perspetiva, as poucas atribuições e competências diretas que as Juntas de Freguesias têm e o escasso orçamento leva a que, muitas vezes, não consigamos dar uma resposta imediata à população. Consideramos que as freguesias, precisamente por serem o poder mais próximo das pessoas, deveriam ter competências diretas que lhes permitissem dar essas respostas de forma eficaz. A dependência que o poder local tem relativamente a outras entidades não nos permite sempre ajudar a população com a rapidez necessária.
O que podemos esperar para o futuro da união das freguesias de Monte Redondo e Carreira? É nossa convicção que a freguesia tem todas as condições para crescer e tornar-se fundamental para o desenvolvimento económico da região. Esperamos que todas as entidades competentes reconheçam o nosso potencial e realizem todos os esforços para criar as devidas condições de crescimento, nomeadamente no que respeita ao Parque Empresarial de Monte Redondo. Visitar a união das freguesias de Monte Redondo e Carreira é poder envolver-se no património natural do concelho, nomeadamente, nas Salinas da Junqueira; é reconhecer a história de um povo no Museu do Casal de Monte Redondo; é subir ao Cabeço de Monte Redondo e sentir o cheiro da floresta e inundar a alma com o verde dos campos e o som do Rio Lis; é ouvir a Filarmónica mais antiga do concelho de Leiria; é deliciar-se com
Céline Moreira Gaspar
os movimentos do Rancho Folclórico Rosas da Alegria e Rancho Folclórico Rosas do Liz. Visitar a União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira é estar onde a vida acontece. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
97 MARÇO 2016
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e que forma a União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira vê a sua missão de ser um pólo aglutinador de organização democrática? O papel das freguesias na organização democrática é essencial devido à proximidade que tem com a população e o conhecimento da realidade de cada família. Assumimos de forma séria este dever e identificamos permanentemente as fragilidades e as necessidades da população e comunicamos rapidamente às entidades competentes. Os meios que temos para ir mais além desta interação com outras entidades para o cumprimento do direito social são escassos. O desenvolvimento desta missão envolve um trabalho árduo e criativo do executivo, uma vez que as implicações financeiras para as respostas não encaixam no orçamento disponível.
PODER LOCAL
» Junta de freguesia de vila real de santo antónio
A prioridade são as pessoas “Continuo a achar que as Juntas de Freguesia podem ser os melhores auxiliares da ação das Câmaras Municipais e com várias vantagens”. Quem o afirma é Luís Miguel Guerreiro Romão, Presidente da Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António, que, em entrevista à Revista Pontos de Vista, abordou um pouco mais do papel das juntas de freguesia junto das populações e não só. LUÍS ROMÃO
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e que forma é que a Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António vê a sua missão? Para o executivo da JF de VRSA, é ponto assente que a nossa missão só faz sentido se for feita para e com as pessoas. Desde há seis anos que estamos aqui e esse foi desde logo um dos grandes objetivos iniciais: aproximar a JF de VRSA da população e ser reconhecida por esta como um parceiro em quem podem confiar plenamente. Passados
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estes anos e apesar das dificuldades financeiras da região e também do facto de estarmos precisamente na sede do Município, conseguimos atingir em pleno este nosso objetivo. Hoje, a JF de VRSA é procurada pelos Vila Realenses para os ajudar a resolver problemas, responder a anseios ou solicitar e oferecer apoio. A população desde já está conquistada e já percebeu qual o nosso potencial. Somos uma referência. Resta agora conseguir que o Município, nosso parceiro, compreenda que nós podemos ser de facto o melhor e mais leal parceiro, não apenas porque somos capazes de responder positivamente aos desafios, mas também porque gostamos de assumir responsabilidades e trabalhar próximo da população. Esta é uma discussão que temos mantido, apesar das excelentes relações que temos e de trabalharmos como parceiros. Mas de facto ambicionamos sempre mais, mais competências e, sobretudo, mais meios para as poder executar e ser ainda mais úteis
aos Vila Realenses. Não temos medo de assumir quaisquer responsabilidades desde que tenhamos meios para isso. Sendo as juntas de freguesia o elo de gestão mais próximo da sociedade, é premente criar uma democracia participativa. O fomentar de discussões públicas é, por isso, uma importante ferramenta para que juntas consigam compreender a parecer dos cidadãos. Esta é uma situação que fomentam com frequência em Vila Real de Santo António? Qual é a importância desta ação? O facto de termos uma imagem de grande proximidade com a população traz-nos mais responsabilidades. Auscultar a população é algo que fazemos diariamente porque andamos na rua e falamos com os Vila Realenses regularmente. Por outro lado, as nossas atividades têm sempre a preocupação de envolver a população. De resto, criamos um Gabinete da Juventude que tem feito um trabalho de grande proximidade com os jovens da freguesia e não só. Em parceria com uma associação juvenil local, a Back Up, criamos um projeto chamado Laboratório de Ideias em que uma série de jovens debateram os problemas da nossa terra, criticando aquilo que acharam por bem e fazendo propostas, a maior parte delas muito interessantes. O projeto está na sua fase final e agora aquilo que tem de ser feito é a compilação das ideias e a passagem delas aos decisores políticos. Nós, políticos, temos de começar a ouvir as pessoas com muito maior regularidade e não nos lembrarmos delas só quando as eleições se aproximam. A criação de espaços de intervenção dos jovens tem sido uma das nossas grandes preocupações, conquistar os jovens para uma maior e melhor cidadania. E a pouco e pouco temos conseguido e sobretudo graças à criação do Gabinete da Juventude que tem feito um trabalho notável, sobretudo a partir do momento em que os elementos que o constituem perceberam bem o que é uma Junta de Freguesia e qual o seu papel na sociedade em que está inserida. Trazer os jovens para junto de nós, desmistificar a ideia que a política é uma coisa chata e má e procurar que eles comecem a participar nas decisões é fundamental. Para nós, isto tem toda a lógica. O nosso Gabinete da Juventude é talvez o único que existe no âmbito de uma Junta de Freguesia. No Algarve é de certeza.
A interação é fundamental entre a junta de freguesia e a sociedade civil, mas é igualmente importante criar mecanismos de diálogo com instituições económicas e sociais da região. De que modo têm contemplado esta questão nas vossas funções? Partindo do princípio que temos algumas dificuldades financeiras, fruto de termos poucas receitas e de termos muitas atividades e assumirmos muitas competências, a única forma que temos para concretizar aquilo que nos propomos e que está no nosso plano de atividades, é criando relacionamentos de proximidade e confiança com entidades que possam colaborar connosco, não apenas a Câmara Municipal e a empresa municipal, mas também outras entidades públicas e privadas da região. Felizmente, e apesar das dificuldades que ainda atravessamos no Algarve, temos conseguido boas parcerias. As Juntas de Freguesia são o organismo mais próximo do cidadão e portanto assume uma enorme responsabilidade no quotidiano das populações. Sente que as Juntas de Freguesia ainda são esquecidas pelo Estado e não lhes é dada a devida importância e reconhecimento? Não acho. Tenho a certeza. De facto, toda a atenção que nos é prestada nos períodos eleitorais, depois não tem continuidade nos anos seguintes. E é pena. Continuo a achar que as Juntas de Freguesia podem ser os melhores auxiliares da ação das Câmaras Municipais e com várias vantagens. Somos muito mais próximos das populações, temos estruturas mais fáceis de monitorar, somos eleitos pela população e temos uma assembleia de freguesia que pode e deve fazer o “controlo” da ação da Junta de Freguesia. Tudo razões bem democráticas para que as Juntas pudessem de facto ter, não apenas mais competências, mas sobretudo serem dotadas de meios condizentes à boa execução dessas competências, sem receio de assumir mais responsabilidades. Muitas vezes as Câmaras Municipais vêm-nos quase como rivais e as próprias entidades públicas regionais ainda não perceberam que a nossa existência e ação lhes poderia ser muito úteis. Infelizmente é um mal geral que aqui ou ali tem algumas boas exceções. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
BREVES BREVES
X World Congress on Controversies in Neurology
Lisboa recebe congresso mundial sobre controvérsias em Neurologia
Gerar uma cultura de competição na Educação é extremamente perigoso, só somos eficazes como sociedade quando cooperarmos uns com os outros.
António Guterres
De 17 a 20 de março Portugal será palco do X World Congress on Controversies in Neurology (CONy). O evento, que decorrerá em Lisboa, será presidido por Victor Oliveira, presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia, e por Amos D. Korczyn, de Israel. Este é um evento completamente dedicado aos debates clínicos e questões controversas sobre um largo espetro de condições neurológicas. Temas como epilepsia, demência, reabilitação, neuropsiquiatria e esclerose múltipla vão fazer parte do debate.
numa conferência sobre educação promovida pela Arquidiocese de Braga
MARÇO 2016
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gastronomia de excelência
» conheça o 1300 taberna
Conforto e requinte à mesa na cidade das sete colinas Há sítios que nos atraem somente pelos aromas que conseguem perpetuar em nós sensações que se tornam inesquecíveis. A gastronomia é um dos bens mais preciosos que Portugal tem e muito tem servido para cativar visitantes de todo o mundo e que prometem voltar sempre.
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pontos de vista
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uem não gosta de verdadeiros manjares dos deuses? «Comer e chorar por mais», já ouviu a expressão? Acredito que sim, mas aqui, no 1300 Taberna, a arte de comer é muito mais do isso. É um estado de alma, um conceito que se interioriza na forma como somos servidos e como saímos satisfeitos, sempre com um fito… regressar. Porque quem visita o 1300 Taberna, sabe que tem de voltar. Não por obrigação, mas porque a nossa mente assim o diz, porque para boas sensações queremos sempre regressar. Venha conhecer um espaço onde o aroma e o paladar nos dilatam os sentidos. Situado no Lx Factory, em Alcântara, o 1300 Taberna é um espaço diferente, acolhedor e descontraído. Com uma cozinha contemporânea assente em raízes portuguesas, a cozinha da responsabilidade do chef Nuno Barros utiliza produtos nacionais, ingredientes sazonais e biológicos, promovendo a sustentabilidade. O 1300 Taberna é referência de cozinha, atendimento e qualidade de topo quando o assunto é comer e estar bem. O empreendimento ocupa espaço numa antiga zona industrial, remodelado pelo atelier Coisas na Terra, a cargo de Rosarinho Gabriel - vários elementos não nos deixam esquecer o ar industrial do espaço, mas a decoração em tons de cinzento, preto e vermelho dá charme e sofisticação à sala. Com uma expressiva sala que mistura ambiente industrial, tradicionalista e design de prestígio com peças antigas misturadas com outras mais contemporâneas, onde sobressaem os grandes e bonitos candeeiros, assim como as cadeiras, muitas das quais, diferentes - o espaço proporciona um ambiente acolhedor e tem uma vasta oferta de produtos.
Inovar na cozinha tradicional portuguesa
“Na altura que procurávamos um espaço andamos a ver várias zonas, mas gostamos desta. Tem alguns pormenores importantes, como a enorme facilidade de estacionamento à noite, o que, em Lisboa é um luxo e está, cada vez mais, a ganhar vida”. Quanto ao próprio restaurante, “tem imensa luz de dia e à noite, com pouca iluminação consegue-se criar um ótimo ambiente”, conta o proprietário. O restaurante surge com o conceito de inovar na mostra e confeção da comida tradicional portuguesa. “A proposta é oferecer serviços de excelência e apresentar o sabor português”, sublinha Helena Pereira, responsável de comunicação.
Exemplo de utilização de produtos tradicionais “é prova da aposta feita para defender o produto da terra e cativar o cliente que quer conhecer a gastronomia portuguesa, mas de forma inovadora, gostamos de surpreender”, realça o proprietário. Os produtos são fornecidos pelos pequenos produtores e empresas e a diversidade de produtos é garantia da casa. O menu é variado e diversificado e a “grande equipa que temos na cozinha, que conta com seis elementos, tenta sempre responder a todas as necessidades”, explica o proprietário realçando a qualidade dos seus colaboradores.
Onde tudo é bom
A «prata da casa» é o bacalhau à Brás, o caldo verde, sem nunca esquecer as saborosas bochechas de porco, e ainda, nas sobremesas, o bolo de chocolate e o Crème Brûlée, com presença assídua na carta. Questionado sobre a estratégia para atrair clientes, revela que existe uma “fidelização instalada, normalmente, de um público viajado, propício a experimentar novos pratos e que adere a novas adaptações”. “O nosso tipo de cliente é um cliente que já vem referenciado ou é um cliente habitual. Depois trabalhamos muito o mercado estrangeiro”, explica. No que diz respeito ao panorama nacional, considera que nos últimos anos tem sido criado um grande número de espaços no setor. “Neste momento, Lisboa tem projetos engraçados, novos conceitos, chefs muito capazes, o que também é importante porque não se pode apostar no turismo sem capacidade de resposta de qualidade e, no meu parecer, acho que o setor tem conseguido responder”, afirma Nuno Barros. Quanto ao futuro do restaurante, o proprietário acrescenta que o objetivo passar por continuar a inovar e a trabalhar a carta, mantendo a qualidade e mostrando aos clientes que serão sempre serão bem recebidos no 1300 Taberna. ▪
NUNO BARROS E HELENA PEREIRA
GASTRONOMIA DE EXCELÊNCIA
» The George – Gastro Pub
Tradição inglesa em Lisboa Quer conhecer um espaço daqueles que nunca esquece? Quer provar as melhores iguarias, daquelas que nos provocam sensações inesquecíveis e nos fazem querer regressar? Então deve visitar o The George, um espaço que não o deixará indiferente e que exaltará as sensações! George é um Gastro Pub, podemos encontrar uma carta elaborada com o apoio do assistente do Jamie Oliver, com “uma ementa mundial, com pratos de todo o mundo, dando ênfase aos tipicamente britânicos”. O english breakfast, servido durante todo o dia até às 22h e o sunday roast são «a prata da casa», assim como o tradicional fish and chips e o bife Wellington, com presença assídua na carta. Sob a regência do chef uruguaio, Richard Gonzales, a cozinha do The George já tem pratos que são “um êxito”, como o ceviche e os nachos. Direcionado para todo o tipo de público, “temos desde festas de universitários a festas de aniversários de seniores e não estamos dependentes de apenas um género de público”, afirma. Paulatinamente está a implementar uma agenda de atividades, bem como a exibição dos campeonatos britânicos “pois estamos muito direcionados para o desporto e aqui podem assistir a qualquer jogo, a toda a hora”, conta Jorge Bita Bota.O The George é um espaço dinamizado e agradável para um bom final de tarde com os amigos, onde são servidas boas refeições, desde o meio-dia até às 24horas, acompanhadas, diariamente, com música ao vivo noite dentro, na baixa lisboeta. No que diz respeito ao panorama nacional, Jorge Bita Bota considera que os portugueses estão a formar jovens muito talentosos. “Vejo uma juventude com criatividade, com espírito de inovação e de qualidade que me entusiasma. Temos vários exemplos de sucesso em toda a cidade lisboeta e até no país. Todos os dias abrem novos espaços no setor, com conceitos novos, únicos, exclusivos e, isso, para mim é extraordinário”, afirma o empresário. Quanto ao futuro do pub, o proprietário tem esperança de que o filho, Gonçalo Bita Bota, possa continuar com o espaço e que num futuro próximo, dirija o negócio sozinho e possa continuar a fazer do mesmo, o local de excelência que é hoje. ▪
PRÉMIOS Apesar da sua tenra idade, o The George classificou-se em primeiro lugar, na 5ª edição da Rota de Tapas Estrella Damm, com a especialidade eggs benedict. E ainda ganhou um garfo no concurso Lisboa à Prova. “Foi muito gratificante porque o concurso elege a qualidade da comida”, refere o proprietário.
GONÇALO BITA BOTA E JORGE BITA BOTA
101 MARÇO 2016
O
The George é um Gastro Pub acolhedor e romântico, localizado na zona histórica da cidade de Lisboa, no coração do Chiado. É o “primeiro pub verdadeiramente britânico na cidade, baseado numa cozinha de fusão internacional com um toque britânico, mas com especial enfoque na utilização de produtos locais portugueses”, realça o proprietário, Jorge Bita Bota. Um espaço completamente único e distinto em Lisboa que prima pela qualidade, conforto e hospedagem de luxo num edifício que dispõe de um vasto conjunto de arcaria pombalina, assim como as mesas, de tampo forrado em pele, e as cadeiras, muitas das quais, diferentes, que dão um ar descontraído ao The George. O proprietário do nobre espaço, Jorge Bita Bota, revela que decidiu dar início à aventura no requintado espaço, muito pelo seu filho Gonçalo Bita Bota que, depois de oito anos a viver em Londres, “onde foi gestor de um pub durante cinco anos”, sentiu a necessidade de trazer o espaço similar inglês para a capital portuguesa, onde não havia um pub verdadeiramente britânico, “existem espaços irlandeses similares, mas ingleses não havia”, diz. Por isso, adquiriram o espaço na rua do Crucifixo e meteram mãos à obra. “Foram dois meses de obras feitas de raiz”, sempre com a aspiração e o objetivo de fazer com que o cliente se sinta em casa. “Procuramos que não lhe falte nada e que a sua estadia seja a melhor experiência possível. Trabalhamos para que fique com vontade de voltar, e este é, sem dúvida, o nosso maior orgulho”, destaca o empresário. Com cerca de um ano de existência e de portas abertas “365 dias por ano”, o pub britânico tem um bar com bastante diversidade – “onde apresentamos mais de 400 tipos de bebidas, com garrafas oriundas de muitos cantos do mundo”. Com 72 cervejas no total, dispõem de três cervejas exclusivas em Lisboa – London Pride, Peroni, Carling – e de uma seleção de “17 cervejas premium de pressão de todo o mundo, entre as quais “há uma do Cazaquistão”, salienta.Há uma grande variedade de gins e de whiskies, e não podia faltar a cidra. Sem deixar de referir uma grande seleção de vinhos portugueses que compõem, maioritariamente, a carta de vinhos, e alguns incontornáveis vinhos franceses de Borgonha e Bordéus, tal como a aguardente vínica, Louis XIII”, revela o proprietário. E uma vez que o The
BREVES BREVES
DE 16 a 19 de MARÇO
Futurália 2016 A Futurália regressa à Feira Internacional de Lisboa, de 16 a 19 de março. Trata-se de um evento dedicado à educação, formação e orientação educativa que conta com a presença de várias instituições nacionais e internacionais que irão apresentar as suas ofertas em cursos e formações para jovens, adultos e profissionais. Paralelamente, serão ainda desenvolvidos workshops, palestras e debates com o intuito de orientar os jovens e os visitantes, além de outras atividades lúdicas, concursos e demonstrações.
14 a 17 de Abril
Qualifica 2016
Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego “It´s now!”é o tema da IX edição da Qualifica 2016, feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, que se realiza na Exponor de 14 a 17 de Abril. Com o desiderato de ajudar os jovens a tomarem decisões quanto ao seu futuro académico ou laboral, o Qualifica, oferece, num só espaço, uma série de ferramentas que os podem ajudar a alargar os seus horizontes. O evento conta com a presença de várias instituições nacionais e internacionais que irão apresentar as suas ofertas em cursos e formações para os mais jovens. Tudo isto, num clima de grande informalidade e até divertimento.
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