Revista Pontos de Vista edição 55

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Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. Suplemento distribuído em conjunto com o jornal Público a nível nacionale não pode ser vendido separadamente Maio 2016 / EDIÇÃO Nº 55 - Periodicidade Mensal Venda por Assinatura - 4 Euros

INTEGRA2 A TRANSPORTAR SAÚDE HÁ 35 ANOS MERCEDES-BENZ PORTUGAL A MARCA DAS MARCAS

Jorge Mesquita

CEFOSAP

Centro de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional

O RECONHECIMENTO DE UM PROJETO INOVADOR especial

RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal Estrada do Paço do Lumiar - Campus do Lumiar - Edifício D, 1º Andar 1649-038 LISBOA - Portugal t. +351 213 139 840 | e. geral@relacre.pt

créditos: © diana quintela

Diretor DA INSTITUIÇÃO, EM GRANDE ENTREVISTA


Nuno Mocinha

Presidente da Câmara Municipal de Elvas

“Desde o início do mandato o maior desafio que tinha pela frente era o projeto de requalificação do Forte da Graça. Tinha, à partida, muitos obstáculos, principalmente para cumprir os prazos estabelecidos, mas com a força de vontade de todos conseguimos concluir com êxito e com um enorme orgulho este feito”.


Cidade Quartel fronteiriça de Elvas e suas fortificações Património Mundial desde 2012



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PLAY PLANET | MAIS E MELHOR IAPMEI | Enterprise Europe Network

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104 GOLDENERGY | A MELHOR SOLUÇÃO

Índice DE TEMAS

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FICHA TÉCNICA

Administração – Redação – Depº Gráfico Rua Rei Ramiro 870, 5º A 4400 – 281 Vila Nova de Gaia Telefone +351 220 926 879

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MANUAL DA MODA | PARA Mulheres (im) perfeitas

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5 MAIO 2016

CCDR Alentejo | LIDERANÇA NO FEMININO


VALES – QUE BENEFÍCIOS?

» GRUPO UP A MARCAr A DIFERENÇA

“Respondemos às exigências dos clientes” Porque não basta querer ser diferente, é necessário concretizar diariamente esse desiderato em prol dos outros e através de valores sociais, humanos, partilha e igualdade. A Revista Pontos de Vista foi conhecer o Grupo Up e conversou com Catherine Coupet, Presidente Diretora Geral da marca que nos deu a conhecer um pouco mais da mesma.

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Up Group defende e concretiza, cada dia, valores sociais e humanos de proximidade, de partilha e de igualdade, através da disponibilização de cheques/cartões socioculturais e de serviços. Ao longo deste trajeto, de que forma tem vindo o Grupo a dar provas de que é possível atingir o sucesso económico apoiando os outros? O Grupo Up baseia-se numa administração democrática e de fortes valores. Chèque Déjeuner, a casa-mãe do Grupo Up, é uma cooperativa, em que os colaboradores são acionistas. Este modelo garante a pertinência a longo prazo das decisões e associa diretamente os colaboradores ao sucesso da empresa. Em sintonia com os valores fundadores do Grupo Up, torna-se um grupo diferente dos outros atores no mercado, estes centram-se num interesse coletivo e integram-se totalmente no seu plano estratégico. Hoje em dia, o universo empresarial tem necessidades específicas, quer para si, quer para os seus colaboradores, parceiros e clientes. De que forma tem o Up Group atuado na dimensão social da economia, colocando o cidadão e o seu bem-estar no centro da sua preocupação? O Grupo Up acompanha os seus clientes na implementação do projeto social, através de estratégias inovadoras, nas quais o fator humano é o centro das preocupações. A oferta do Grupo Up baseada nos seus cinco valores (Compromisso, Inovação, Solidariedade, Empreendedorismo e Equidade) acompanha o indivíduo no seu quotidiano, alimentação, vida familiar, lazer, ajudas sociais, recompensas e gestão de despesas profissionais.

pontos de vista

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A vossa experiência de mais de 50 anos na emissão de títulos de serviços e da gestão de benefícios fiscais e sociais, permite-vos oferecer o melhor serviço aos clientes e a maior flexibilidade, de maneira a fornecer as melhores soluções. Quais são as principais características e mais-valias dos vossos serviços? O Grupo Up é um ator económico e social atípico com 52 anos de experiência em matéria de inovação no serviço à pessoa. Criada em 1964, a cooperativa Chèque Déjeuner tinha por objetivo melhorar a pausa para o almoço. Ao criar o Cheque Refeição, ferramenta simples e eficaz, Georges Rino e os primeiros cooperadores estabelecem as bases para o que ainda hoje é a

CATHERINE COUPET

visão do Grupo Up: propor soluções para viver melhor no dia-a-dia e contribuir para o progresso social. O Grupo Up está hoje presente em 17 países. As soluções do Grupo Up ajudam os seus clientes a pôr em prática uma ação visível e social no poder de compra dos seus colaboradores. Práticas e moduláveis, as soluções do Grupo Up são isentas de encargos fiscais (em função do produto e da legislação do país). Estando em permanente inovação, o Grupo Up responde às exigências dos seus clientes, oferecendo soluções mais simples, mais práticas e mais personalizadas. A verdade é que o Chèque Déjeuner se assume como uma opção fácil e adequada para a alimentação dos colaboradores das empresas, mas que só pode ser utilizado em produtos alimentares, na restauração e distribuição. Este facto reduz a liberdade dos trabalhadores ou esta é uma falsa questão se olharmos às mais valias-evidentes? Como já referido, o Grupo Up intervém em cinco mercados, o que não limita a liberdade do colaborador-beneficiário. Não se limita aos produtos alimentares, à restauração e à distribuição, propõe ofertas variadas ligadas à conciliação com a vida pessoal e profissional (Educainfantil - Espanha e Portugal), à cultura e lazer (Cadhoc, em vários países), gift card no México, Cheques Vacances em França, etc., ou às despesas profissionais: Combustível, no México, Turquia, Portugal, entre outros.

De forma a dar resposta a estas necessidades, a Up Portugal criou soluções específicas, tais como: Chèque Déjeuner, Cartão Chèque Déjeuner, Educainfantil, Chèque Aluno, Cadhoc e Petrol Plus. O que há a dizer sobre cada um destes produtos? Chèque Déjeuner – títulos em papel, é a solução que as empresas utilizam para o pagamento das despesas de alimentação dos colaboradores até 6,83€ por dia trabalhado, podem ser usados na maioria dos restaurantes e supermercados. A empresa e os seus colaboradores beneficiam de vantagens fiscais. O cartão Chèque Déjeuner é semelhante, sendo mais simples de usar e oferece uma aplicação e um Site dedicado. Educainfantil – apoio, com benefícios fiscais, aos colaboradores que utilizam creches e escolinhas até aos sete anos. Cheque Aluno – semelhante, para jovens dos sete aos 25 anos, com um limite de 1100€/ano, por filho. Cadhoc – Incentivo para colaboradores, clientes ou fornecedores, utilizável da vasta rede de aderentes Up Portugal. Petrol Plus – Para o pagamento de combustível, manutenção e lavagem automóvel, numa ampla rede de aderentes Up Portugal. Estas soluções/vales já atingiram a maturidade no mercado português, ou seja, as pessoas e empresas já compreenderam as suas vantagens? Existem outras áreas onde os mesmos podem ser colocados em prática? Que desafios terão de ser enfrentados a médio prazo e qual será o posicionamento do Grupo Chèque Déjeuner? Muitas empresas já utilizam estas soluções, mas é essencial continuar a divulgação destes serviços, em particular nas PME, o que a Up Portugal faz no quotidiano. Novas soluções estão em análise, em particular uma nova oferta refeição deverá nascer este ano. Quais são as principais prioridades da Up Portugal de futuro? Tornar-se o embaixador da responsabilidade social corporativa no Mundo; Ser o ator no mercado solidário e cooperativo; Estar ao serviço do nosso público para o desenvolvimento de soluções adaptadas aos seus pedidos; Continuar a desenvolver no mercado dos benefícios sociais em Portugal, entre outros. ▪



PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Jorge Cruz, Agente Oficial da Propriedade Industrial

CONCEITO DE IMITAÇÃO DE MARCA REGISTADA OS CÓDIGOS DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL DE 2003 E 2008

1 = A Comissão que elaborou o Projeto de revisão do Código da Propriedade Industrial de 1995 concluiu os seus trabalhos no curto período de 3 meses, o que significa que não foi possível apresentar um trabalho muito apurado: os erros do Código eram tantos que o tempo foi manifestamente insuficiente. É evidente que um trabalho desta envergadura não é fácil e requer ponderação, ou seja tempo para refletir nas alterações que deviam ser feitas. 2 = Em todo o caso, fizeram-se muitas correções importantes, entre as quais podem referir-se :

pontos de vista

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— Artigo 5º Confere proteção provisória a todos os direitos privativos; — Artigo 8º Inclui na lei portuguesa a “restitutio in integrum”, que só existia no Regulamento da Marca Comunitária e na Convenção da Patente Europeia; — Artigo 25º Permite não só a alteração como a correção de elementos não essenciais; — Artigo 73º A alínea a) repõe no Código a disposição que permite recusar a patente por falta de novidade, atividade inventiva ou aplicação industrial da invenção; — Artigo 102º O n.º 4 permite experiências para a preparação dos processos administrativos necessários à aprovação dos produtos pelos organismos oficiais competentes, designadamente com vista à preparação dos “genéricos”; — Artigo 106º O n.º 2 corrige o prazo em que deve ter inicio a exploração das invenções; — Artigo 106º O nº 3 integra no Código a segunda parte do artigo 27º do TRIPS (exploração da invenção); — Artigo 223º O nº 3 permite que, a pedido das partes, no despacho de concessão sejam indicados os elementos constitutivos da marca que não ficam de uso exclusivo do requerente; — Artigo 226º Corrige o erro do artigo 169º do Código de 1995, relativo aos registos de marcas requeridos pelo agente ou representante;

— Artigo 301º Corrige a definição de logotipo. 3 = Relativamente ao conceito de imitação, o Código de 2003 eliminou dois erros graves, que vinham já do Código de 1940 : a) A limitação às semelhanças gráfica, figurativa ou fonética; e b) A proteção do aspeto exterior da embalagem, sem necessidade de registo para fazer oposição a pedido de registo de marca confundível. 4 = O problema da semelhança foi resolvido acrescentando-lhe “outra” : “Tenha tal semelhança gráfica, figurativa, fonética ou outra que … Portanto, a dúvida que existia quanto à limitação das semelhanças possíveis, ficou esclarecida, uma vez que qualquer outra forma de semelhança seria igualmente impeditiva de novo registo. 5 = A proteção do aspeto exterior da embalagem foi mais difícil, havendo até quem não tenha entendido – e ainda não entenda – a solução adotada, fazendo confusões próprias de quem não conhece bem a situação. Vejamos o nº 2 do artigo 193.º do Código de 1995, igual ao § único do artigo 94.º do Código de 1940 : “Constitui imitação ou usurpação parcial de marca o uso de certa denominação de fantasia que faça parte de marca alheia anteriormente registada, ou somente o aspeto exterior do pacote ou invólucro com as respetivas cor e disposição de dizeres, medalhas e recompensas, de modo que pessoas que os não interpretem os não possam distinguir de outros adotados por possuidor de marcas legitimamente usadas, mormente as de reputação ou prestigio internacional.” Esta disposição tinha duas partes distintas, que nada têm a ver uma com a outra :


6 = Assim, a primeira parte – extremamente importante – foi integrada no artigo 245.º, como nº 3 e a segunda parte deu lugar ao novo artigo 240.º, com dois números: o nº 1 para definir a proteção a conferir e o nº 2 para exigir o registo da marca, ou seja a apresentação da embalagem, com ou sem a marca nominativa já registada : “1 - É ainda recusado o registo das marcas que, nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 245.º, constituam reprodução ou imitação de determinado aspeto exterior, nomeadamente de embalagem, ou rótulo, com as respetivas forma, cor e disposição de dizeres, medalhas, recompensas e demais elementos, comprovadamente usado por outrem com as suas marcas registadas. 2 - Os interessados na recusa dos registos das marcas a que se refere este artigo só podem intervir no respetivo processo depois de terem efetuado o pedido de registo da sua marca com os elementos do aspeto exterior referidos no número anterior.” 7 = A solução para este caso foi inspirada na que se adotou para as marcas notórias e de prestigio, a que se referem os artigos 241.º e 242.º : a marca tem proteção sem registo, mas, para fazer oposição a qualquer pedido posterior, é indispensável requerer o registo.

lidade muito superior ao que foi publicado em 2008. Em meu entender, o que deveria ter sido feito não era um novo Código, mas um Regulamento para o Código de 2003, uma vez que o nível do “Manual de Aplicação do Código da Propriedade Industrial” elaborado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial – sem qualquer participação dos meios interessados – tinha erros graves que complicavam a aplicação do próprio Código de 2008. Por exemplo : a Regra 73, relativa aos Logótipos (artigo 304-C do Código de 2008), era a seguinte : “1. Não é possível o registo de dois logotipos iguais para identificar a mesma entidade. No entanto, a mesma entidade pode ser identificada por diferentes logotipos. 2. Os nomes e as insígnias de estabelecimento que tenham sido convertidos em logótipos, conservam o mesmo objeto, ou seja, os logótipos resultantes de nomes e insígnias de estabelecimento apenas se destinam a identificar os espaços físicos (estabelecimentos). 3. Os pedidos e registos de logótipos existentes à data de entrada em vigor do decreto-lei nº 143/2008, de 25 de julho, mantêm o objeto para o qual foram requeridos e registados, ou seja, apenas se destinam a identificar entidades.” A Regra é toda má, mas o nº 2 revela um desconhecimento inadmissível: então os nomes e insígnias de estabelecimento apenas identificavam espaços físicos ?

Na verdade, não faria o mínimo sentido que a proteção do aspeto exterior da embalagem, não registado, fosse superior à que se concede às marcas notórias ou de prestígio.

E o § 4º do artigo 118º do Código de 1940 ?

Em todo o caso, como há quem não entenda a necessidade desse registo para a proteção do invólucro ou pacote, parece vantajoso explicar melhor o problema.

“Considera-se estabelecimento, para efeitos deste artigo, a universalidade constituída pela loja, armazém, fábrica, adega ou local de exploração de qualquer indústria ou comercio e todo o seu ativo e passivo, inclusive direito à locação, chave, nome, insígnia, clientela e outros valores.”

As marcas nominativas são, normalmente, usadas depois com uma determinada configuração, que integra a embalagem com que circula no mercado. Mas o registo pode ter sido feito apenas para a marca nominativa, ficando a apresentação da embalagem vulnerável a ataques da concorrência. Esta é a possibilidade que se pretende impedir : mas – como parece óbvio – só será possível desde que essa embalagem seja registada – ou teríamos o uso da marca a garantir, também, o exclusivo que apenas o registo confere, conforme determina o artigo 224º do Código da Propriedade Industrial: “1 - O registo confere ao seu titular o direito de propriedade e do exclusivo da marca para os produtos e serviços a que esta se destina.”

Ora vejamos :

É bom não esquecer que os nomes e insígnias de estabelecimento registaram-se durante quasi meio século na vigência do Código de 1940 ! 10 = Relativamente ao conceito de imitação de marca registada o Código de 2008 nada corrigiu, limitando-se a reproduzir o artigo 245º do Código de 2003 – mas, na verdade, precisava de duas alterações importantes: na alínea c), do nº 1, suprimir “ou”, que pode ser interpretado como não exigindo semelhança entre as marcas para que possa haver risco de associação – o que é errado – e a necessidade de exame atento ou confronto para o consumidor distinguir as marcas, que ainda é pior.▪

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– o uso de certa denominação de fantasia que faça parte de marca alheia anteriormente registada; e – a proteção do aspeto exterior da embalagem (“pacote ou invólucro”) não registado.

8 = Em todo o caso, a revisão da alínea c), do nº 1 do artigo 245º ficou incompleta, não tendo corrigido dois erros importantes : Eliminar “ou” e “de forma que o consumidor não as possa distinguir senão depois de exame atento ou confronto”.

No entanto, enquanto que o Código de 1940 – que antecedeu o de 1995 – necessitava de uma revisão urgente, uma vez que estava já em vigor há mais de meio século – o que, especialmente em Propriedade Industrial, é tempo de mais – o Código de 2003 era recente e de qua-

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9 = Como foi já referido, os Códigos de 1995 e de 2008 são, sem duvida, os dois mais fracos que entraram em vigor no nosso País : ambos apareceram, de repente, feitos no maior secretismo e sem qualquer consulta válida aos meios interessados.


DIREITO E LUSOFONIA

» INTERNACIONAL

o advogado e o mundo “Para que a Lusofonia alcance o seu potencial económico, julgo que é necessário que todos os países e respetivos cidadãos respeitem a história, reconheçam a plena soberania de cada Estado e trabalhem em conjunto”, referem Taciana Lopes e André Cristiano, Managing Partner da TPLA, Sociedade de Advogados.

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nquanto sociedade de advogados destacada como das melhores desde 1990, tendo cobertura em 185 jurisdições, quais são as principais áreas de atuação da Taciana Peão Lopes & Advogados Associados? A TPLA é uma sociedade de advogados moçambicana focada na prestação de serviços jurídicos em projetos de energia, de petróleo e gás, mineiros e de infraestruturas. Ao contrário de sociedades de advogados que prestam serviços em todas as áreas do direito, a TPLA centra a sua prática em áreas chave onde trabalha arduamente para garantir a qualidade, tempestividade e valor agregado do trabalho produzido em nome e prol dos seus clientes.

Que negócios destaca como cruciais no caminho para o sucesso da TPLA? Tendo em conta as áreas de enfoque da TPLA, o envolvimento dos advogados da TPLA nos projetos de energia e infraestruturas tem sido fundamental para o desenvolvimento do escritório. De particular interesse e importância são os projetos de investigação científica nas áreas das terras, energia renováveis, logística e conteúdo nacional que a TPLA se encontra presentemente a trabalhar.

pontos de vista

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Nos países de língua oficial portuguesa, com exceção de Portugal e Brasil, onde a representação é forte, em que patamar está a Lusofonia? A língua e as semelhanças das matrizes dos sistemas jurídicos lusófonos são incontornáveis. Contudo, para que a Lusofonia alcance o seu potencial económico, julgo que é necessário que todos os países e respetivos cidadãos respeitem a história, reconheçam a plena soberania de cada Estado e trabalhem em conjunto, lado a lado, no desenvolvimento sustentável do espaço económico comum. Para tanto, não podemos continuar a descurar outro fenómeno igualmente incontornável do século XXI: A globalização da economia. E esta, entre outros fatores de produção e competitividade, exige a harmonização dos direitos e das práticas jurídicas, constituindo a língua e a matriz comum dos sistemas jurídicos os fatores críticos para a referida harmonização. Embora existam acordos bilaterais de cooperação jurídica e judiciária entre países lusófonos, tanto quanto é do meu conhecimento, não existe um tratado entre os Estados lusófonos que promova a harmonização dos direitos e das práticas jurídicas, tal como sucede com o Tratado de Port Louis, assinado em 17 de Outubro de 1993, que, no âmbito da reunião da Conferência dos Países Francófonos, instituiu a Organização para a Harmonização em África do Direito dos Negócios. Respondendo à pergunta, parece-me que o patamar da Lusofonia não se deve medir só pelo nível da sua representatividade, mas também pelo efetivo desenvolvimento do espaço económico comum dos países de língua oficial portuguesa. E nesse sentido, podemos e devemos fazer mais, sendo certo que estamos em clara desvantagem para o espaço económico francófono em África.

TACIANA PEÃO LOPES

Onde há negócios tem de haver obrigatoriamente um bom escritório de advogados? Onde há negócios tem de haver bons profissionais, com excecionais competências técnicas, princípios deontológicos inabaláveis e disponibilidade para formarem as gerações mais jovens.

Na sua opinião, quais seriam os principais benefícios da circulação plena de advogados nos países de língua portuguesa? A livre circulação de advogados deve ser vista não apenas do ponto de vista dos países de língua portuguesa, mas de um ponto de vista global. Com efeito, vivemos num mundo plano, em que as fronteiras, quer queiramos, quer não, tendem a esbater-se, em particular no mundo dos negócios e das grandes transações que, por regra, são transnacionais. Parece-me natural e evidente que existam restrições à atuação de advogados estrangeiros fora dos países em que se encontram plenamente habilitados para exercer a profissão, mas julgo também que excluir a possibilidade de representarem os clientes que neles confiam, ainda que assessorados por advogados locais, acaba por retirar possibilidade aos advogados locais de viverem o ambiente da advocacia internacional de negócios e de aprenderem com os seus pares estrangeiros. Acredito convictamente que o protecionismo dos advogados prejudica a classe e que tem consequências nefastas na competitividade da economia, mas penso que é imprescindível que os países de língua portuguesa assumam a prioridade da harmonização dos seus direitos e práticas jurídicas para que se possa regular de forma sustentável e equitativa a livre circulação de advogados nesse espaço económico comum.

ANDRÉ CRISTIANO

Que vantagens e que entraves poderiam surgir da cooperação, no exercício da atividade, entre advogados de diferentes países? O principal entrave que poderia surgir consiste no fomento dessa colaboração sem promover a formação dos advogados ou em desrespeito pela plena soberania de cada estado e do respetivo mercado jurídico. As experiências de cooperação e intercâmbio são positivas em diferentes esferas. Se tomarmos como exemplo, o sector da educação e formação, as experiências de cooperação têm trazido enormes valias. As experiências de intercâmbio e parcerias (em Moçambique, as ligações Sul-Sul), têm tido uma enorme importância na formação de diversos profissionais em diversas áreas de atividade. ”É verdade que temos falta de advogados, mas também temos uma advocacia que ainda está a crescer, que não é forte, não porque não quer, mas porque foi impedida de crescer”. Afirmou, em 2011, Gilberto Correia, Ex-Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique. Concorda com esta afirmação? Qual é a realidade atual? Em 2011, o número de advogados inscritos ainda era bastante diminuto, especialmente se considerarmos o tamanho da população e a dimensão do país. Durante o mandato do Dr. Tomás Timbane foi feito um enorme esforço para desenvolver a profissão e o número de advogados devidamente capacitados e inscritos. Foi feito também um enorme trabalho no sentido de tornar acessível aos cidadãos apoio jurídico gratuito (Caravana da Justiça, por exemplo). Muito recentemente, realizaram-se eleições para os novos corpos sociais da Ordem, tendo-se registado uma enorme afluência de advogados à votação, não só em Maputo, mas nas capitais de Província do país. Cerca de 85% dos advogados moçambicanos estão estabelecidos em Maputo. Que consequências acarreta esta concentração do exercício da atividade? Naturalmente que este é um grande desafio, mas podemos verificar durante o último mandato um aumento considerável de advogados a trabalhar a partir das capitais de província e distritos. ▪


DIREITO E LUSOFONIA

OPINIÃO DE Gustavo Silva, Sócio da GCS|Advogados

A Advocacia na Lusofonia A GCS|Advogados consubstancia um projecto profissional cujo objectivo é o exercício em parceria da advocacia no universo da lusofonia. aos interesses recíprocos de todos os cidadãos portugueses nos países de expressão e língua portuguesa e de todos os cidadãos destes países em Portugal. Como ponto de partida para o sucesso e para a bondade dos processos de internacionalização, é importante sublinhar a noção de liberdade e independência dos advogados, pilar da profissão em todos os países do mundo da lusofonia. Efectivamente, a advocacia é exercida no espaço lusófono sempre em parceria entre colegas de várias nacionalidades e com absoluto respeito pelos inalienáveis valores de sólida autonomia e total independência de todos e de cada um dos parceiros. Acreditamos em parcerias profícuas de colaboração profissional com base em relações de confiança e transparência, através de Acordos de Cooperação Internacional com especial enfoque em áreas de especialização de cada parceiro, incrementando, juntos, muitas vezes através de formação recíproca, competências mútuas que permitem prestar aos clientes um serviço global local dentro de parâmetros de exigência comuns. A confiança entre parceiros é fundamental e traduz-se no conforto do cliente que passa a lidar com colegas de diferentes nacionalidades e de diferentes escritórios com o mesmo grau de fiabilidade. A nossa experiência é gratificante e apesar de a GCS|Advogados ser uma sociedade de advogados constituída há apenas três anos, integra-se num projecto que tem origem há mais de dez anos em Luanda, com o SRC|Advogados, e que, para além da Cidade de São Tomé, projecta também encontrar parceiros que se identifiquem com esta forma de estar no exercício da advocacia nos outros espaços da lusofonia, tendo como prioridade explorar sinergias com Maputo e Macau. Num mundo cada vez mais competitivo, o universo da lusofonia confere escala ao exercício de uma profissão que vive de relações de confiança. Entendemos o exercício em parceria da advocacia no espaço lusófono como um privilégio e uma responsabilidade. Acreditamos que é um dever de todos ter noção de que, independentemente da nacionalidade ou situação geográfica, somos agentes vivos de um património comum que deverá ser referência num mundo cada vez mais globalizado. ▪

PERFIL

Gustavo Silva Sócio da GCS|Advogados

11 MAIO 2016

N

a imensa diversidade do espaço lusófono respira-se um ar e vive-se uma cultura que facilmente se identifica como património comum dos vários povos e nações que o compõem. Este património comum, independentemente dos limites administrativos e das distâncias físicas, aproxima milhões de pessoas que interagem com naturalidade e conforto num espaço sem fronteiras. Na verdade, a simplicidade com que reciprocamente se relacionam os cidadãos de vários países e nas mais diversas geografias é expressão de muito mais do que a simples ausência da barreira linguística poderia justificar. O património comum que nos aproxima está patente no modo de ser e de estar individual e que permite, desde logo, fluxos migratórios recíprocos numa inexorável dinâmica de aceitação e abertura das sociedades do mundo da lusofonia. Por outro lado, o património comum que nos aproxima está patente também no modo de ser e de estar colectivo, numa raiz comum ao nível dos mais diversos ordenamentos jurídicos, cuja expressão hodierna é a facilidade de compreensão recíproca das leis que, apesar de diferentes, entroncam num entendimento semelhante da filosofia do direito. É com a noção deste património comum que a GCS|Advogados se movimenta como parte activa de uma dinâmica rica ao nível da mobilidade das pessoas, das respectivas necessidades, do investimento recíproco, das transacções comerciais e do privilégio de encontrar mundo fora do mundo traçado por fronteiras administrativas. São sinergias para as quais a advocacia não só é imprescindível, como pode constituir um verdadeiro dínamo de intensificação. Com efeito, no espaço de expressão e língua portuguesa, mesmo tendo presente a rica e feliz diversidade das culturas e sociedades de cada país, encontra-se um ambiente de negócios comum que, pese embora algumas diferenças, vive de uma natural abertura para o cidadão da lusofonia, através de relações de confiança recíprocas que se estabelecem com autenticidade. Neste contexto, acreditando no sucesso da internacionalização da advocacia no universo da lusofonia, a GCS|Advogados surge na praça de Lisboa, como um escritório vocacionado para o direito privado, dos negócios internacionais e como apoio

ARTIGO REDIGIDO NÃO SEGUINDO AS REGRAS DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, Centro Comercial Amoreiras, Torre 2, Piso 17.ºE, 1070-102 Lisboa T. 213 894 040 | F. 213 894 049 E. geral@gcsadvogados.com www.gcsadvogados.com


LUSOFONIA EM DESTAQUE

» Carla Borges, ceo da Nadhari OPWAY em entrevista

“Queremos fazer história em Moçambique com valências moçambicanas” “A Nadhari Opway Lda é uma empresa totalmente capacitada para desenvolver e concretizar diferentes tipos de projetos”, revela Carla Borges, CEO da Nadhari Opway, uma empresa moçambicana que tem contribuído e muito para o desenvolvimento do país e que é hoje um player de enorme prestígio.

reunimo-nos dos melhores profissionais e parceiros que nos permitem responder com sucesso a qualquer exigência.

CARLA BORGES

M pontos de vista

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arca de génese moçambicana, a Nadhari Opway Lda é hoje um importante player no âmbito da construção e gestão de obras públicas. Que análise é possível perpetuar do trajeto da marca e quais têm sido as principais conquistas da marca? A NADHARI OPWAY Lda é uma empresa Moçambicana com uma forte cultura empresarial e que já superou enormes desafios. Anteriormente denominada OPWAY MOÇAMBIQUE ENGENHARIA Lda, constituída em 1998, tem por objeto principal a construção e gestão de obras públicas e de construção civil. Até final de 2014 era detida pela OPWAY ENGENHARIA SA, empresa da qual herdou todo o currículo e know-how. Em Outubro de 2014 foi adquirida pela Sociedade de direito Moçambicano NADHARI Lda. Esta operação permitiu optimizar a experiência, o capital técnico e humano e as valências das duas empresas num universo único NADHARI OPWAY, com capacidade de concretizar todos os tipos de projetos nas áreas de construção e engenharia. Esta mudança levou a um crescimento, desenvolvimento e reestruturação da empresa considerável. De que forma é que se pode caraterizar a Nadhari Opway Lda? O facto de terem ido buscar o vosso know how à Opway Engenharia SA, em Portugal, constitui-se uma mais valia?

Neste momento, a Nadhari Opway Lda é uma empresa totalmente capacitada para desenvolver e concretizar diferentes tipos de projetos. Tem conhecimento pleno do mercado e assume-se como uma empresa que está preparada para os actuais e futuros desafios do mercado Moçambicano. Sem dúvida que o facto de ter ido buscar todo o seu know-how à OPWAY ENGENHARIA SA constitui uma mais valia, desta herdámos um portfólio invejável com quase cem anos de história bem como toda a experiencia técnica e humana. Um dos nossos principais objectivos é fazer história em Moçambique com valências moçambicanas. Cada vez mais as empresas devem procurar crescer recorrendo a recursos locais. Quais são as vossas principais vertentes no âmbito da construção? Conseguem responder às exigências de qualquer projeto em Moçambique? A Nadhari Opway é uma empresa capaz de executar projetos em todos os segmentos do mercado, desde as Infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, hidráulicas, edifícios residenciais ou não residenciais dos mais variados tipos de complexidade. Atualmente, e fruto das necessidades do mercado, estamos focados no setor da Infraestruturas porque consideramos ser esse um dos motores que pode ajudar Moçambique a crescer. Possuímos uma cultura de rigor no que executamos e por isso

Essa multidisciplinaridade da marca tem sido essencial na capacidade da mesma em promover e intervir em novos projetos? Sem dúvida, exemplo dessa multidisciplinaridade da marca é por exemplo o novo edifício, em construção, de 16 andares na Baixa de Maputo, onde estamos a intervir desde a conceção recorrendo às melhores equipas de projeto, execução das Infraestruturas, fundações, estrutura de betão armado, acabamentos e instalações especiais até à entrega do projeto ao utilizador final. Que análise é possível perpetuar do setor da construção e engenharia em Moçambique? De que forma é que a crise económica veio afetar a vossa dinâmica? Como a procuram contornar? O setor carateriza-se pela sua forte concorrência, com presença de empresas oriundas de quase todos os continentes, e com uma forte presença de empresas portuguesas, em essencialmente duas realidades, os grandes projetos estruturantes relacionados com o gás, carvão, entre outros, e os relativos com as infraestruturas básicas, como o saneamento, a habitação, as vias de comunicação, entre outros. A crise económica em que nos encontramos neste momento em Moçambique, afeta também toda a cadeia do setor da construção, desde os investidores públicos e privados que restringiram o investimento, às dificuldades de recebimentos e pagamentos com grande impato na tesouraria das empresas. Acreditamos, contudo, que o setor da construção pode ajudar a economia a crescer, promovendo a formação e o emprego e potenciando o crescimento através da criação e desenvolvimento de Infraestruturas. Temos que ser criativos na procura de soluções que nos


Na sua opinião, e conhecendo a fundo o mercado moçambicano, quais são as áreas que necessitam, neste momento, de maior atenção? Em que projectos de maior referência tem estado a Nadhari Opway Lda envolvida? As áreas relacionadas com Infraestruturas básicas, pelas razões que já mencionei, são, em nosso entender, as que necessitam de maior atenção. A NADHARI OPWAY recentemente terminou três projetos na província de Tete, a construção de um shopping e dois projetos integrados na actividade de exploração do carvão, um dos setores de maior peso na economia desta província. Trabalhos esses que assentaram na execução de trabalhos de sinalização na linha férrea, infraestruturas de apoio e execução, alteração de tubagem na envolvente de uma barragem de retorno. Estamos ainda a reabilitar uma ponte na província de Inhambane e com um projeto imobiliário de 16 pisos em Maputo. No seu portfolio a Nadhari Opway tem ainda outros projetos emblemáticos no país, como por exemplo a intervenção na Ponte de Tete, terminada em 2014, reconstrução de várias estradas nas províncias de Nampula e Zambézia, num total de 350 km, concluídas em 2012, a execução de fundações em betão armado, para a central de processamento de carvão da Rio Tinto, em Tete, concluía em 2011, a construção da escola pré-universitária, em Xai-Xai, concluída em 2000 e a reabilitação da escola secundária da Moamba, concluída em 1999.

Qual o poder de intervenção actual da marca em Moçambique? De que forma podem e têm sido importantes promotores do desenvolvimento do país? A Nadhari Opway é uma empresa 100% Moçambicana, com a maioria dos quadros Moçambicanos, sendo esse um dos principais fatores que a distingue das demais empresas a operar em Moçambique. Sendo empresa Moçambicana, tem o dever de ajudar o país a crescer e queremos encontrar soluções que permitam viabilizar projetos. é esse um dos nossos grandes desafios. A formação e os recursos humanos na área de projetos de construção e engenharia ainda é uma lacuna em Moçambique? Como têm ultrapassado essas vicissitudes? Como em muitos outros países, em Moçambique existem ainda algumas lacunas em áreas mais específicas, mas a tendência tem-se invertido, e a NADHARI OPWAY quer ajudar a alterar o panorama. Queremos ter equipas multidisciplinares com recurso a quadros moçambicanos com capacidades para responder a qualquer projeto, pelo que estamos a integrar nas nossas equipas técnicas, estagiários, aos quais estamos a dar formação. Estou certa que nos trará melhores resultados. ▪

desafios e as principais estratégias Quais são os grandes desafios e as principais estratégias que se colocam à Nadhari Opway Lda? A NADHARI OPWAY Lda quer atingir um volume de negócios de 50 milhões de USD nos próximos três anos. Pretendemos um crescimento sustentável e consolidado que nos permita potenciar as nossas competências de forma a dar resposta às necessidades dos nossos clientes e exigências do mercado. É nisso que estamos apostados.

13 MAIO 2016

permitam atravessar e ultrapassar esta situação que, estou certa, nos fará mais fortes.


DIREITO

» Lei 61/2008 OPINIÃO DE Paula Mano, SÓCIA FUNDADORA DA MANO & RODRIGUES - SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL

A RESIDÊNCIA ALTERNADA DO MENOR NO REGIME DA GUARDA PARTILHADA E O PRINCIPIO DO SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA A Lei 61/2008 de 31 de outubro veio estatuir o regime de igualdade de que gozam os progenitores no exercício comum das responsabilidades parentais, sendo regra a guarda conjunta e a exceção o regime da guarda única.

A

PERFIL

Paula Mano

ADVOGADA DA MANO & RODRIGUES SOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL

pontos de vista

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MANO & RODRIGUESSOCIEDADE DE ADVOGADOS, RL Edifício Mota Galiza Rua Júlio Dinis, 247 - 5º E 4, 4050-324 Porto - Portugal geral@mradvogados.com www.mradvogados.com

guarda conjunta pode também coexistir com uma residência alternada do menor. A residência alternada caracteriza-se pela possibilidade de cada um dos pais ter o menor a residir consigo, alternadamente, num período de tempo que pode variar entre um ano escolar, um mês, uma quinzena, uma semana ou uma parte da semana, sendo que, durante esse período de tempo um dos progenitores exerce de forma exclusiva os cuidados que integram o exercício das responsabilidades parentais. Findo esse período de tempo, o menor regressa a casa do outro progenitor e os papéis invertem-se. Enquanto um dos pais exerce a guarda do menor no âmbito da residência alternada, provendo á sua educação e sustento, ao outro cabe o direito de fiscalização (e visita se assim estiver determinado). Este regime implica também a inexistência de partilha nas decisões entre os progenitores, cada progenitor fica incumbido de autoridade parental plena durante o período de permanência do menor, invertendo-se depois os papéis. Decisões em comum são apenas as de particular importância, como por exemplo a escolha da escola ou a educação religiosa. Na sequência daquela alteração legislativa dispõe o nº5 do artigo 1906º do Código Civil: “o tribunal determinará a residência do filho e os direitos de visita de acordo com o interesse deste, tendo em atenção todas as circunstâncias relevantes, designadamente o eventual acordo dos pais (…)”. E ainda o nº7 daquele artigo: “O tribunal decidirá sempre de harmonia com o interesse do menor, (…)”. Ou seja, é possível o tribunal estipular para o menor duas residências – casa da mãe e casa do pai ou, apesar de menos frequente, uma residência e alternância entre pai e mãe naquela (o chamado bird’s nest arrangement). O ponto fulcral desta questão é que a lei, na sua redação atual, permite que o tribunal fixe a alternância de residências, pelo menos desde que requerida por um dos progenitores, não exigindo que esta alternância tenha sempre por base o acordo dos pais. Ora, se de acordo com a lei, o superior interesse da criança terá de ser o critério orientador da decisão do tribunal, o regime da residência alternada será sempre prejudicial para o menor se os pais não conseguirem manter um bom relacionamento. Não po-

demos ignorar, sob pena de vivermos à margem da realidade, que conflitos entre os pais são sempre absorvidos pelos filhos, provocam nos menores instabilidade emocional e psíquica, levando-os a viver em tensão constante, não consolidando hábitos e valores, com inevitável prejuízo na formação da sua personalidade. Assim, a falta de consenso entre os progenitores na determinação da residência alternada do menor atende exclusivamente os interesses de um dos progenitores, esquecendo que toda e qualquer causa relativa ao universo da infância tem como diretriz o superior interesse de cada criança, tutelados quer pelo nosso direito civil quer por instrumentos de direito internacional, nomeadamente na Convenção dos Direitos da Criança (art.18º) e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (art.24º nº3). O superior interesse do menor não pode deixar de prevalecer perante a conflitualidade e a exposição do menor a vivências que o impeçam de adquirir uma personalidade bem estruturada. O regime da residência alternada só funciona quando há um excelente entendimento e cooperação por parte dos progenitores, assim como sintonia na forma de educar, o que à partida exclui logo a grande maioria. A falta de consenso na pendência deste regime implicará que o menor será sistematicamente usado por um dos progenitores contra o outro, como arma de arremesso, numa sucessão de processos de alteração das responsabilidades parentais onde, com frequência, é requerido o depoimento do próprio menor para sustentar acusações com vista à obtenção de tão almejada alteração. Aliás, a lei ao não exigir o acordo dos pais no que a esta matéria diz respeito, “desautoriza” o princípio do superior interesse da criança, eu diria mesmo que entra em verdadeira contradição com este princípio, pois as consequências para o menor não podem deixar de ser as que acima foram enunciadas. A lei não pode ignorar a realidade, sob pena de ser desadequada, e manter o acordo previsto no nº5 do art. 1906º do Código Civil como eventual e não obrigatório, não é mais do que incentivar o aumento do número de processos judiciais e permitir que prevaleça a “guerra” entre os progenitores em detrimento de um crescimento saudável do menor, o mesmo é dizer, do seu superior interesse. ▪



PORTUGAL 2020

Acreditamos em si e no seu projeto! “Temos uma enorme paixão pelo trabalho que desenvolvemos. Não somos workaholics, mas gostamos muito de trabalhar e, sobretudo, gostamos do que fazemos”, refere Mónica Bastos, CKO da Kendall – Consultores de Gestão. EQUIPA DA KENDALL

C

om 15 anos de experiência na área de consultoria de gestão e formação profissional, Mónica Bastos decidiu apostar, em parceira com Pedro Pinto, Chief Pro-

duct Officer, e com Bruno Bastos, Chief Communications Officer, num projeto onde pudesse colocar em prática todo o know-how adquirido ao longo do seu percurso profissional.

“Tivemos um investidor, que acreditou em nós e no nosso projeto, chamado Tomás Kendall. Daí o nome comercial escolhido para a nossa empresa ter sido Kendall – Consultores de Gestão”, começa por abordar Monica Bastos. Uma equipa diversificada e multidisciplinar é um fator obrigatório nesta empresa, atualmente contamos com sete colaboradores, provenientes de diferentes áreas disciplinares. Isto porque, embora as candidaturas aos sistemas de incentivos do Portugal 2020 estejam muito focadas na inovação de marketing e na inovação organizacional, existe uma importante componente financeira e social associada. As valências da Kendall, Consultores de Gestão não se resumem aos projetos de investimento ao abrigo do Portugal 2020, ou a outros sistemas de incentivos disponíveis, a empresa também presta serviços de implementação de diferentes sistemas de gestão, de formação profissional especializada e orientada para o saber-fazer e ainda, e como não podia de deixar ser serviços, na área de Marketing & Comunicação. De salientar, que todos os serviços que a Kendall presta, são complementares.

Consultores 2020

pontos de vista

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“O que estamos a verificar é que em Portugal, de facto, existem empreendedores e empresários com objetivos, muito bem definidos, e que querem investir, não só no mercado português, mas também no mercado internacional ”, salienta Mónica Bastos. Os nossos clientes têm, à partida, um plano estratégico definido, a curto prazo, com todos os pontos nos quais pretendem, apostar ou inovar, para que, posteriormente, a Kendall avance com o desenvolvimento de um plano de negócios e do respetivo estudo de viabilidade económica e financeira, de acordo com as necessidades e propósitos do projeto, apoiando a concretização de todo o processo. “Em primeira estância temos que entender, o que faz a empresa cliente, os objetivos a que se propõem alcançar, quais as ações que pretende executar, e em que período de tempo, antes de fazermos qualquer proposta de trabalho”, refere a CCO, Bruno Bastos De seguida, após a informação recolhida, é realizada uma análise minuciosa, e é selecionado a tipologia

enquadrável aos objetivos estratégicos definidos pela empresa cliente e respetivas ações, visando, por exemplo, as diferentes tipologias ao abrigo do Portugal 2020, tais como, SI “Internacionalização das PME”, “Qualificação das PME”, “Empreendedorismo Qualificado e Criativo”, “I&DT” e “Inovação Produtiva”, entre outras.

Sistemas de gestão

Considerando que a qualidade é uma filosofia de atuação cada vez mais presente nas empresas, modernas e competitivas, tornando-se numa condição imperativa de acesso a mercados mais exigentes, a Kendall apoia todas as empresas clientes na implementação dos diferentes sistemas de gestão da qualidade, ambiental, entre outros, favorecendo uma melhor performance das empresas e consequentemente do tecido empresarial português.

A formação profissional especializada

“Uma das nossas grandes responsabilidades é aumentar a credibilidade da Formação Profissional em Portugal”, afirma Pedro Pinto, CPO da Kendall – Consultores de Gestão. Assim, pretendemos com os nossos atuais e potenciais clientes, fugir do quadrado da formação em sala de aula e apostar no saber-fazer, para que o formando adquira as capacidades e competências necessárias, para melhorar a sua performance profissional.

Marketing & Comunicação

Outra das vertentes da Kendall é o Marketing & Comunicação, destacando-se pela elaboração de todas as ferramentas de marketing e suas variáveis, como o plano de marketing, o plano de marketing internacional e, posteriormente, o desenvolvimento das ferramentas de comunicação como o plano de comunicação, a gestão das redes sociais ou a otimização dos motores de busca, de acordo com os objetivos estratégicos da empresa. “Estamos em constante aprendizagem e absorção de novas informações, devido ao contacto com empresas tão diversificadas. Cada empresa é um caso e cada projeto é um projeto. Nenhum dia é igual na Kendall, o que é estimulante e um desafio constante”, conclui Mónica Bastos. ▪


PORTUGAL 2020

» WellPartners Consultores Associados Opinião de Francisco Pessoa e Costa, Diretor Executivo da WellPartners Consultores Associados

A aposta na competitividade e na internacionalização Apostar na Inovação, na criação de um espírito empreendedor, na qualificação do Capital Humano e na qualidade e modernização dos processos de produção, corresponde não só à alternativa que mais se adequa à realidade concreta das empresas portuguesas mas, também, à única das opções que possibilitará alcançar um nível de crescimento económico razoável, sustentado e que possibilite a criação de riqueza e de emprego. a necessidade de direcionar os recursos para as áreas de desenvolvimento que são vitais à criação de valor por parte das empresas, à criação de vantagens competitivas sustentadas que tornem o financiamento por parte do estado verdadeiramente produtivo. Exige-se às empresas, a capacidade de avaliar mercados, informação e competências, definindo metas de desenvolvimento, estratégias de marketing, aposta em canais de comercialização e distribuição que garantam o seu sucesso. Exige-se aos seus gestores, capacidade de liderança, de organização e de comunicação, de avaliação e de seleção dos processos que melhorem e garantam a concretização da Missão da sua organização e o cumprimento dos seus objetivos estratégicos, reunindo as equipas de colaboradores cujo talento e competências sejam os adequados a tais objetivos. São desafios exigentes, associados a um modelo de Inovação e Competitividade que o Programa de Coesão Portugal 2020 assume e para o qual, no entender da WellPartners, não existe alternativa. Para crescer, para se desenvolver, para criar emprego qualificado, Portugal tem de assumir uma estratégia de diferenciação, baseada em qualidade e na aposta nos setores onde a tecnologia, a inteligência e a qualificação dos Recursos Humanos possibilitem a criação de vantagens competitivas. Para crescer, terá o País de assumir, de forma definitiva, a necessidade de nos tornarmos mais competitivos, apostando na Inovação e no Empreendedorismo, na criação de processos que permitam aumentar a produtividade, a eficácia e a eficiência, reduzindo custos e aumentando margens de contribuição. Como empresa de consultadoria, a WellPartners disponibiliza aos seus clientes um conjunto de competências e serviços na área da Gestão Estratégica, combinando Pessoas, Territórios, Mercados, Empresas, Administração Pública e, em particular as Autarquias Locais, num ecossistema circular e promotor de sustentabilidade que garante o sucesso e o crescimento sustentável. WellPartners, Inovação e Competitividade para um Portugal com futuro. ▪

PERFIL

Francisco Pessoa e Costa,

Diretor Executivo da WellPartners Consultores Associados

17 MAIO 2016

O

novo programa de coesão concretiza uma aposta nas empresas, na sua capacidade de desenvolvimento de novos produtos e serviços que resultem de novos vetores de atuação no mercado, criados e focados na satisfação das necessidades e expetativas dos clientes, substituindo uma lógica de produção e prestação de serviços, onde os fatores internos prevaleciam. Inovação, Empreendedorismo, Qualificação e Internacionalização, são quatro vetores de uma nova lógica de desenvolvimento, que visam possibilitar às empresas portuguesas o acesso a recursos financeiros, materiais e humanos, tornando-as modernas e competitivas num ambiente de concorrência global. O processo de Globalização mudou o paradigma de desenvolvimento de produtos e serviços, tornando universal o espaço de concorrência e competitividade, numa lógica de atuação que penaliza as empresas menos capazes em termos tecnológicos, onde a valorização do Capital Humano é deixada em último lugar na lista de prioridades e onde os aspetos operacionais são sobrepostos à definição de uma estratégia de desenvolvimento que assuma os desafios de cada momento mas perspetive, igualmente, o posicionamento que se pretende obter no futuro. Apostar na Inovação, na criação de um espírito empreendedor, na qualificação do Capital Humano e na qualidade e modernização dos processos de produção, corresponde não só à alternativa que mais se adequa à realidade concreta das empresas portuguesas mas, também, à única das opções que possibilitará alcançar um nível de crescimento económico razoável, sustentado e que possibilite a criação de riqueza e de emprego. Introduziu este novo programa, novos desafios e novas obrigações por parte das empresas: - Não chega fazer, não chega concretizar e executar, torna-se vital, no que se refere aos projetos aprovados, assegurar o cumprimento dos objetivos definidos, garantindo a rentabilidade do investimento efetuado e a concretização da estratégia definida. - Não é suficiente assumir “a vontade de fazer”, existe


PORTUGAL 2020

» Manuela Caçador, Diretora de Engenharia Financeira da Postura Exemplar, em entrevista

A crescer com uma

«Postura Exemplar» A primeira lei da termodinâmica diz-nos que aquilo que não está a crescer está a morrer e se deixarmos de evoluir enquanto pessoas ou entidades, estamos a aproximar-nos do fim, sendo portanto necessário e urgente que se criem medidas e metodologias alternativas em prol de soluções que sejam capazes de marcar a diferença. A isto denominamos por Postura Exemplar, uma marca de Ponte de Lima e que direciona todo o seu esforço em prol da satisfação dos seus clientes.

A

Revista Pontos de Vista conversou com Manuela Caçador, Diretora de Engenharia Financeira da Postura Exemplar – Consultoria e Engenharia Financeira, que nos deu a conhecer um pouco mais da marca, bem como dos projetos e desafios em que a mesma se encontra envolvida. Mas saiba mais.

pontos de vista

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No mercado há mais de 15 anos, e com uma experiência consolidada na vertente da Engenharia Financeira, o que tem levado a Postura Exemplar a assumir-se como uma marca com uma «postura exemplar» no mercado? As expectativas dos clientes de hoje com as empresas e marcas estão mais do que nunca relacionadas com ética, responsabilidade e transparência. As marcas que tiverem estas características terão mais confiança e boa reputação junto dos stakeholders. Oferecendo a confiança e boa reputação são como uma blindagem protetora, sendo associados financeiramente à Postura Exemplar, os nossos clientes protegem a sua empresa contra turbulências de mercado e influenciam positivamente as análises de economistas, corretores e restantes stakeholders. Assim, o nosso posicionamento transmite o diferencial e assume um compromisso com todos os nossos clientes. Através dos valores da Postura Exemplar, atributos da nossa marca e estratégia competitiva definimos como as empresas que acompanhamos se posicionarão bem como se irão diferenciar no meio de tantos concorrentes e de tanta informação. A Postura Exemplar – Consultoria e Engenharia Financeira, Lda inaugurou no dia 12 de dezembro, as suas novas instalações. O escritório fica localizado na Via Foral D Teresa 2003, em Ponte de Lima, e conta com um espaço amplo, requintado e com acessibili-

dade, tudo para oferecer o melhor atendimento aos seus clientes. Desde a assunção desta nossa marca (cinco meses) já criamos oito novas empresas empreendedoras, estamos em análise financeira em regime de avença continuada a mais 21 empresas que vão desde Vila Praia de Âncora a Paços de Ferreira,

empresa (sob a forma de apoio à gestão da empresa, acesso a serviços especializados de desenvolvimento de produto e negócio, marketing, inovação e valorização geral da empresa e do negócio) poderão revelar-se fulcrais na promoção da inovação e da internacionalização.

Que serviços apresenta a marca? Quais são as mais-valias de cada e apenas se destinam ao universo empresarial ou também ao particular? É nas alturas de contenção de custos, como a que estamos a atravessar, que os empresários e empreendedores mais precisam de soluções que permitam alavancar os negócios e ter fôlego para novos investimentos, numa perspetiva de redução de custos ao essencial, pois já não estamos no tempo da gestão pelos “guardadores de livros”, ter apenas um serviço de contabilidade não é suficiente para acompanhar a empresa. A aposta no Potencial Humano da região é urgente. Aparece assim a necessidade da aplicação de análise financeira (Gestão empresarial + serviços de apoio administrativo + contabilidade geral e analítica + consultoria financeira, fiscal e de gestão + implementação e gestão de sistemas de qualidade, HST e HACCP + formação de competências aos Recursos Humanos) e a valorização do Potencial Humano da Região. Apresentamos como inovação do escritório virtual. Ou seja, a Postura Exemplar, pode exercer os seus serviços desde a sede de uma empresa (para empresários) à cama de um hospital (para os cidadãos). Todos estes serviços são também disponibilizados a todos os cidadãos, a título particular, pois todos nós somos contribuintes. As mais-valias decorrentes do envolvimento da equipa da Postura Exemplar na gestão da

Qual tem sido o papel da Postura Exemplar no domínio do Portugal 2020 - Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização das PME? Que análise perpetua deste sistema de incentivos? Quais as mais-valias do mesmo? Os indicadores de sucesso correspondem ao conjunto de metas que pretendemos atingir com a implementação da estratégia e plano de ação e cuja monitorização irá permitir avaliar o maior ou menor impacto alcançado e, consequentemente, maior ou menor sucesso dos modelos de atuação em rede e respetivas atividades. Vejamos os números, que provam o valor de mercado da Postura Exemplar no domínio do Portugal 2020. Nestes cinco meses, aprovámos 287 235€ de incentivos para 12 empresas do Alto Minho, sendo 207 235€ incentivos não reembolsáveis, ou comummente designados por fundos perdidos. No domínio do Portugal 2020 - Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização das PME vamos apresentar nesta fase quatro empresas, com um investimento total de 752 321€ dos quais 564 240€ representam incentivos dos quais 338 544,45€ são não reembolsáveis. Num total estamos a falar em investimentos aprovados cedidos a 16 PME´s do Alto Minho da ordem dos 1 039 556€, dos quais 851 475€ (82%) são incentivos dos quais 545 779,45€ (64%) são a Fundo Perdido, tudo isto em cinco meses de mercado.

210, 500 € incentivos Estamos a negociar mais 210 500€ de incentivos, através de linhas do Plano Junker (linhas PME e linhas Turismo) para três outras empresas.

MANUELA CAÇADOR

VÍTOR OLIVEIRA


mento e ter um impacto positivo na competitividade da economia portuguesa”.

Estamos a negociar mais 210 500€ de incentivos, através de linhas do Plano Junker (linhas PME e linhas Turismo) para três outras empresas. Ter 100% de candidaturas aprovadas, quando sabemos que sete em cada dez candidaturas são rejeitadas, só pode atestar a Qualidade da Postura Exemplar. Da análise do Portugal 2020 considero que o mesmo reflete as lições da experiência identificadas na generalidade dos projetos anteriores no âmbito do benchmarking realizado, que associam as vantagens ou fatores de sucesso do recurso a financiamentos no apoio direto às PME a elementos como a alavancagem, a capacidade de mobilização da expertise da Postura Exemplar, a flexibilidade e a capacidade de partilha de riscos. As PME que atuam em Portugal enfrentam, por isso, um duplo desafio: recuperação do crescimento e melhoria do balanço, nomeadamente com uma redução da dívida bancária. Só a continuação de incentivos com alta atratividade para exportar bens e serviços pode combater a diminuição do consumo das famílias portuguesas.

De que forma identificam as mais-valias e as lacunas das entidades que vos procuram no apoio a este programa? Um dos obstáculos à melhoria da performance das empresas é, muitas vezes, o desconhecimento da legislação aplicável às atividades que desenvolvem. Este desconhecimento impede uma organização de tomar as medidas necessárias ao cumprimento das suas responsabilidades económicas. Assim, numa primeira fase fazemos uma avaliação à constituição da empresa e à sua performance financeira nos últimos três anos. Caso não esteja economicamente equilibrada, trabalhamos com a empresa esse equilíbrio seja nos métodos organizacionais, seja no imobilizado ou mesmo na correção de inventários. A principal lacuna que encontramos é que a economia dos impostos nunca é realizada. Os empresários limitam-se a pagar os valores produzidos pela contabilidade. Em seguida definimos os objetivos da empresa, sobretudo para exportação, relembrando por exemplo que o mercado espanhol fica muito mais perto do que o mercado da metrópole do Porto. E criamos um projeto com objetivos SMART e validados por uma análise SWOT. O projeto não acaba na submissão da candidatura, todos os indicadores de realização são acompanhados pelos nossos

técnicos. Finalizado este, avançamos com novos objetivos e um novo apoio a este programa. No domínio da Qualificação e da Internacionalização, qual a capacidade da Postura Exemplar para apoiar o universo empresarial nas diversas fases? Da nossa equipa fazem parte um Consultor Financeiro, um Consultor Sénior, um consultor especializado em PME, três TOC, duas solicitadoras, um marketeer. Para além da nossa equipa, temos protocolos com empresas recetoras de produtos dentro e fora da união europeia. Todos os nossos clientes trabalham em rede. Do seu conhecimento, de que forma é o Portugal 2020 um meio/sistema fundamental para o crescimento do tecido empresarial português? Investir nas PME portuguesas não é só uma boa estratégia para criar empregos e crescimento: é a melhor rota para o desenvolvimento das regiões, uma vez que cerca de um quarto dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento disponibilizados a Portugal servirão para apoiar pequenos negócios e startups, os verdadeiros motores do crescimento e da inovação. Se conseguíssemos duplicar a sua utilização face ao ciclo 2007/2013, os instrumentos financeiros seriam capazes de gerar até EUR40 mil milhões de investimento adicional nos próximos anos. Os instrumentos financeiros podem mesmo multiplicar o impacto dos investimentos no terreno, facilitar o acesso das empresas ao tão necessário financia-

É importante para a marca assumir-se como um pilar de Ponte de Lima e da própria região? Como o têm preconizado? Durante o discurso de inauguração, o Eng. Victor Mendes, Presidente do Município de Ponte de Lima, realçou a importância que o Município atribui ao empreendedorismo e tecido empresarial, “ao reforçar a ajuda da gestão por empresas especializadas” e parabenizou a Postura Exemplar por ser a primeira Consultora de Engenharia Financeira a abrir portas no Concelho de Ponte de Lima. Assumir a marca como pilar é imprescindível, pois a POSTURA EXEMPLAR- ENGENHARIA E CONSULTORIA FINANCEIRA tem como objetivo principal a defesa, promoção e desenvolvimento das atividades económicas do Minho, em especial dos seus clientes, nos domínios técnico, económico, comercial, associativo e cultural. O empenho da POSTURA EXEMPLAR - ENGENHARIA E CONSULTORIA FINANCEIRA na dinamização do tecido empresarial da Região, em particular através da análise e divulgação da implementação de políticas de desenvolvimento económico dos Concelhos, com vista ao reforço da sua competitividade e modernização, analisando as principais oportunidades e ameaças. Faz também todo um esforço imprescindível para aprofundar, estabelecer e manter laços de cooperação entre as instituições que visam promover o desenvolvimento sustentado da Região, nomeadamente através da dinamização do seu tecido económico e da criação de infraestruturas e serviços de apoio às empresas; Quais são, neste domínio, as principais prioridades e desafios da marca de futuro? No passado, os consumidores eram apenas recetores. Hoje, são também emissores que aconselham e influenciam a compra das marcas como nunca aconteceu. Os consumidores de hoje credibilizam mais a mensagem vinda de terceiros do que a mensagem veiculada pela comunicação da marca via Internet e à velocidade de propagação das redes sociais, blogs, fóruns. Sendo assim, construir uma boa reputação e uma relação de confiança é a garantia que os stakeholders recomendam e defendem a marca, os seus produtos e serviços. Os stakeholders recomendam mais as empresas construídas e geridas de forma ética, socialmente justa e ambientalmente correta, pois são elas que vão ao encontro de um novo paradigma. Um paradigma que as obriga a assumir um maior compromisso com a sociedade. ▪

19 MAIO 2016

Que tipo de apoio prestam no âmbito do apoio à Qualificação e Internacionalização das PME? A POSTURA EXEMPLAR- ENGENHARIA E CONSULTORIA FINANCEIRA disponibiliza, os serviços de informação solicitado, em especial no que respeita às matérias seguintes: Oportunidades de negócios, programas de apoio a fundos comunitários, internacionalização e legislação publicada. POSTURA EXEMPLAR- ENGENHARIA E CONSULTORIA FINACEIRA prestará aos empresários e potenciais investidores, serviços de apoio informativo ao nível da criação e implementação de empresas, estudos de viabilidade referentes a projetos de investimento, licenciamentos, planos de marketing, diagnósticos e planos estratégicos para candidaturas aos empresários ou empreendedores, nomeadamente, preenchimento nos programas desde que a constituição e registo legal da empresa, bem como a análise contabilística se processe na Postura Exemplar (devido à necessidade de o projeto e o pacto social ser de CAE Prime).

O que asseguram às empresas que pretendem apostar neste vetor (Portugal 2020) e procuram o apoio da Postura Exemplar? Asseguramos ter a competência e a persistência necessária em tornar cada empresa uma potência no Minho e na Região. A POSTURA EXEMPLAR- ENGENHARIA E CONSULTORIA FINANCEIRA também está a promover um Concurso de Ideias e prestará, durante o ano de 2016, aos 15 melhores empreendedores e potenciais investidores no Litoral Norte, serviços de apoio informativo ao nível da criação e implementação de empresas, estudos de viabilidade referentes a projetos de investimento, licenciamentos, planos de marketing, diagnósticos e planos estratégicos, oferecendo um Prémio de 4000€ em serviços a cada vencedor (toda a informação no site).


PORTUGAL 2020

» MGR CONSULTING

MGR Consulting | managing partnerships Guilherme Castro Rios e Mónica Barbosa Rios são os sócios fundadores da empresa de consultoria cujo modelo de negócio assenta numa forte especialização nas suas áreas de intervenção, assessorando os seus clientes na obtenção das melhores parcerias com vista à concretização de projetos, apostando também no apoio à internacionalização das PME´s.

PERFIL

Mónica Barbosa Rios

Licenciada em Engenharia Civil pela FEUP, com Pós-Graduação em Empreitadas e Contratação Pública e Formação Avançada em Procurement e Gestão de Risco. Tem vindo a desenvolver a sua atividade profissional nos últimos 17 anos na área das empreitadas e fiscalização de obras, públicas e privadas, com especial enfoque nas áreas de Procurement, Gestão de Projetos e Contratos.

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pontos de vista

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projecto MGR Consulting alia a componente legal à técnica na obtenção de uma solução integrada de serviços de consultoria. Apostaram assim neste projecto comum, diferenciador no que consideram ser “um nicho de mercado”. “Esta solução, em que as duas valências são disponibilizadas aos clientes de uma forma integrada, garante a consolidação de soluções e estratégias, que, aliado a uma forte atitude proactiva, permitem a colmatação de lacunas na gestão dos projectos, mitigando,

Guilherme Castro Rios

Licenciado em direito pela Universidade Católica, com Formação Avançada em gestão de empresas. Desenvolve a sua atividade profissional há mais de 20 anos enquanto jurista e advogado, tendo sido assessor do conselho de administração em empresas do Grupo Sonae, nomeadamente, no sector do imobiliário, gestão de ativos e construção de obras públicas e privadas, durante 12 anos.

contratualmente, os riscos associados aos mesmos”, referem os consultores Guilherme e Mónica Rios apostam naqueles que são os conhecimentos adquiridos ao longo dos seus anos de formação e experiência profissional, oferecendo serviços nas áreas de Procurement, Gestão Contratual e de Projetos, Auditorias, Peritagens e Arbitragens. Com o lema “Managing Partnerships”, os serviços da MGR Consulting permitem, por um lado, obter as melhores parcerias e soluções de compromisso

entre promotores e demais entidades envolvidas, com vista à concretização de projetos, e por outro, a consultoria técnico-legal a empresas, antes, durante e após a execução dos contratos. “A definição cuidada e adequada da estratégia de Procurement para um projeto é essencial para o sucesso do mesmo”, explicam Guilherme e Mónica Rios. Neste contexto, é forte e consolidada a experiência da equipa MGR Consulting em contratação pública e privada, a nível nacional e internacional (modelos FIDIC e Banco Mundial). “Nós apostamos, sobretudo, na especialização em Procurement. Oferecemos um serviço competente, de excelência, transparente, obedecendo aos padrões de sigilo e confidencialidade, assessorando, técnica e legalmente, um projeto de A a Z”, referem os consultores. “Somos parte da solução”, prestando aos clientes uma assessoria que visa o cumprimento, por todos os intervenientes, dos requisitos definidos, nomeadamente, ao nível dos budgets, prazo, qualidade, segurança e ambiente. O forte conhecimento de mercado detido pela MGR Consulting traz outras vantagens: “Este conhecimento permite-nos aconselhar o promotor de um projeto sobre quais serão as soluções de contratação e os parceiros potencialmente mais adequados em função das características, dimensão e natureza do projeto”, explicam Guilherme e Mónica Rios.

A melhor aposta na concretização de projetos

O papel da MGR Consulting é, neste contexto, o de assessorar, em continuidade, o promotor no projeto em todo o processo decisório, visando o seu target, nomeadamente, investidores ou project managers com projetos de construção e/ou remodelação. Detentora de um forTel.: (+351) 932 802 214 Email: gcr@mgrconsulting.pt

www.mgrconsulting.pt

te know-how e especialização, a MGR Consulting promove a criação de economias de escala, potenciando e otimizando os resultados de um projeto. “Desenvolvemos e acompanhamos todo o processo de Procurement, desde a definição de estratégias, seleção dos candidatos, elaboração das peças dos procedimentos, análise de propostas, elaboração de relatórios e pareceres, negociação e apoio na adjudicação e procedimentos inerentes à adjudicação. Todo o processo é desenvolvido com vista à obtenção da solução técnica e economicamente mais competitiva e vantajosa para o projeto”, acrescentam. Complementarmente, a MGR Consulting presta também, por força da sua especialização nesta área, serviços de formação contínua e apoio no âmbito de procedimentos de contração pública: “Quando um cliente concorre a um procedimento de contratação pública, ao nível das empreitadas, prestação de serviços ou fornecimentos, o nosso apoio passa pelo aconselhamento durante o processo, através da emissão de pareceres, análises aos relatórios e às demais propostas, em estrito cumprimento de todos os preceitos legais aplicáveis, mas, naturalmente, sempre com o foco na defesa do interesse do nosso cliente”, esclarecem os consultores. “Temos também correspondido a solicitações dos clientes no desenvolvimento de sessões de esclarecimento e formação contínua certificada nas suas estruturas, no âmbito do Código dos Contratos Públicos”, referem. A MGR Consulting, que detém certificação PME, é também uma das entidades acreditadas no Portugal 2020, para os “Vales” internacionalização e empreendedorismo. “Habilitámos a MGR Consulting junto do Portugal 2020 para podermos apoiar as empresas nas suas candidaturas de empreendedorismo e internacionalização. Ajudamos a empresa a estruturar-se, a procurar o melhor segmento de mercado e de negócio lá fora”, afirmam Guilherme e Mónica Rios. Ainda que em “contra ciclo económico”, a MGR Consulting considerou que seria este o momento oportuno para avançar com um projeto ambicioso, especializado e diferenciador, assessorando as organizações na realização e desenvolvimento das suas estratégicas e planos, com vista ao sucesso dos seus projetos. ▪


Enterprise Europe Network

» REDE INTERNACIONAL LIDERADA EM PORTUGAL PELO IAPMEI

Enterprise Europe Network,

uma rede ao dispor das PME nacionais Mais inovação, mais internacionalização e mais crescimento são os grandes objetivos do Enterprise Europe Network, uma rede para a competitividade das empresas e que está à disposição dos empresários nacionais. outros dos objetivos da Enterprise Europe Network. Para Miguel Cruz, Presidente do IAPMEI, entidade que coordena esta rede. “Em Portugal, 99% das empresas são PME´s que são responsáveis por 2.8 milhões de empregos e geram mais de metade das exportações, o que reforça o papel preponderante das PME´s na recuperação económica nacional que implica um grande desenvolvimento e melhoria destas empresas, quer em termos de inovação como de internacionalização”. “É neste âmbito que esta rede atinge uma importância extrema uma vez que junta as diversas soluções disponíveis, no que respeita a instrumentos e programas comunitários de apoio às PME´s. A Enterprise Europe Network consegue oferecer aos nossos empresários, um serviço de balcão único, constituindo-se assim como uma rede agregadora de informação”, reforça o mesmo responsável. “Como parceiros da rede e coordenadores do consórcio, até 2020, temos a missão de dinamizar a Enterprise Europe Network e de articular com as restantes entidades numa lógica de integração de competências, todo o processo de dinamização deste instrumento que se constitui como um canal privilegiado das PME´s junto da Comissão Europeia”, afirma Miguel Cruz. Esta rede, ajuda as empresas a melhor aproveitar as oportunidades do Mercado Único e de outros países onde está presente, como a China, os Estados Unidos da América, o Brasil, a Rússia, entre outros, configurando, assim, uma janela de oportunidades para facilitação de serviços de apoio à inovação e internacionalização das PME´s portuguesas, visando índices

Miguel Cruz

crescentes de competitividade e de riqueza social. A Enterprise Europe Network foi lançada em 2008 pela Comissão Europeia no âmbito do Programa-Quadro para a Competitividade e Inovação da EU tornando-se sucessora das anteriores redes comunitárias de Euro Info Centres e de Innovation Relay Centres e conta atualmente com mais de três mil profissionais de mais de seiscentas entidades de contacto espalhadas por sessenta países. Reconhecendo que a Enterprise Europe Network, na sua primeira edição

(2008-2014), deu prova suficiente da sua importância para as PME´s, a Comissão europeia alargou o seu domínio, neste novo ciclo (2015-2020). Assim, e no âmbito do COSME – Programa para a Competitividade das Empresas e das PME´s, a CE reforçou e aumentou a missão da Network, no que respeita à inovação e à internacionalização. A rede passará a incluir intervenção no âmbito do Programa SME Instrument e do reforço da gestão da inovação nas PME´s com algum grau de inovação e potencial para a internacionalização. ▪

21 MAIO 2016

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oordenado em Portugal pelo IAPMEI, Agência para a Competitividade e Inovação, a Enterprise Europe Network é uma rede facilitadora de informação comunitária e de serviços que é assegurada, desde janeiro de 2015, pelo novo consórcio EEN – Portugal, formado por doze entidades públicas e associativas, distribuídas regionalmente por todo o território nacional, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira e que será responsável, durante os próximos sete anos, pela sua implementação. Através desta Network, os empresários e agentes da envolvente podem aceder a um conjunto de serviços gratuitos, que os podem ajudar a valorizar as suas estratégias de inovação e de investimento no mercado europeu e fora dele através do acesso simplificado a informação sobre regulamentação comunitária, novas medidas de política com implicação na atividade empresarial, projetos e programas de financiamento na EU dirigidos às PME. Para além disso facilita a procura de contatos comerciais, fora do país para as empresas que pretendam internacionalizar os seus negócios. Apoiar as PME´s no acesso a programas comunitários de apoio à inovação e a parcerias estratégias, que valorizem a industrialização de resultados de investigação e desenvolvimento obtidos nos diversos países e a divulgação de oportunidades de negócio e ajuda no encontro de potenciais parcerias estratégicas e comerciais, de produção, para transferência de tecnologia ou outras, que incentivem a cooperação e a atividade empresarial internacional, são


MARKETING DIGITAL

» DESENVOLVIMENTO E ESTRATÉGIAS

“simplifique o negócio com uma única solução” “Não há segunda oportunidade para uma primeira impressão, na blink-iT impressionamos desde o primeiro instante”, este é o lema da empresa que nasceu da vontade de oferecer às empresas um serviço de apoio à decisão, numa era em que a oferta de Sistemas de informação para a gestão é tanta e tão diversificada que decidir é difícil. Nuno Pereira, CEO da blink-iT Solutions, apresenta-nos em primeira mão a empresa.

NUNO PEREIRA

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blink-iT Solutions foi edificada tendo como visão prestar um serviço de excelência de apoio às empresas. Neste âmbito, como é que tem vindo a ser realizado este périplo da marca? Apesar de a empresa ser jovem, a média de experiência dos consultores que colocamos nos projetos é de mais

pontos de vista

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de dez anos, acrescentando valor e diferenciando-nos dos restantes players do mercado. Debatemo-nos com as dificuldades, desafios e necessidades das empresas por onde passámos e com isso orientamos e otimizamos agora o nosso trabalho em busca da melhor solução com vista a atingir os objetivos dos nossos clientes. Apostamos também na formação contínua, estabelecemos protocolos com os Institutos de Ensino Superior e privilegiamos a motivação dos nossos recursos. Quais são os principais serviços e metodologias da blink-iT e de que forma é que as mesmas podem ser fundamentais para o aumento da competitividade do universo empresarial que vos procura? A nossa principal aposta é na área da consultoria em projetos de implementação de soluções de gestão, i.e., apoiar as empresas no processo de identificação, decisão, implementa-

ção e gestão dessas soluções. Os SI são fundamentais para as empresas. Os ERP (na gestão dos recursos da empresa), CRM (na gestão do relacionamento com os clientes, vendas e marketing) e sistemas de apoio à decisão (BI) suportam o crescimento e melhoria contínua das empresas. Desenvolvemos parcerias com empresas estratégicas, como a Microsoft, que nos permitem estar na vanguarda das melhores práticas, tecnologias e metodologias de implementação e desenvolvimento. Partilhamos regularmente no nosso blogue e para a rede interna de clientes, notícias e artigos de interesse em formatos resumidos e de leitura rápida como e-books e infográficos. Esta interação aproxima-nos dos nossos clientes, que nos vêem como um parceiro, proporcionando contactos com potenciais clientes. As organizações mundiais necessitam de reinventar os processos e sistemas das suas organizações através da transformação digital para acompanharem a constante evolução dos mercados. Acredita que atualmente os responsáveis do universo empresarial já têm essa noção? Esta é uma das vossas «batalhas», ou seja, passar a mensagem da relevância numa readaptação face às exigências modernas e tecnológicas? Sim, cada vez mais. Os métodos de gestão e organização antigos, rígidos e com processos repetitivos pertencem ao passado. As empresas precisam de agilidade, dinâmica e rapidez. A adoção das melhores práticas atuais, suportadas pela utilização de sistemas avançados, escalonáveis e de fácil integração com outras ferramentas permitem isso mesmo. Num projeto recente substituímos os livros de encomendas num cliente com presença regular em feiras internacionais, por dispositivos móveis onde, para além de registarem as encomendas, consultam o stock e preços de venda online. De que forma é que os vossos serviços de TI promovem um negócio mais produtivo? Os ganhos em produtividade conseguem-se, entre outros, com a eliminação de tarefas redundantes, redução do erro humano, mais qualidade prevenindo custos de devolução ou

otimização de processos desde a comercial ao pós-venda. A utilização de ferramentas que fomentam a organização, o controlo, a melhoria e adaptação ao mercado e o acesso a informação fundamental à gestão, garantem às empresas essa produtividade, de uma forma natural. Enquanto consultores especializados, a blink-iT apoia os clientes na decisão, implementação e manutenção de Sistemas de Informação. Quais são as grandes dúvidas dos vossos clientes neste processo? O mercado está inundado de soluções e cada solução “faz precisamente aquilo que o cliente procura” – expressão das forças de vendas de qualquer fornecedor de sistemas. Sem o conhecimento abrangente das diversas soluções, principais falhas e vantagens de cada uma, as empresas facilmente optam pela solução mais económica ou com “melhor demonstração produto”, sem que muitas vezes seja essa a melhor solução para responder aos seus requisitos a curto e médio prazo. Conseguem responder às necessidades de qualquer entidade e estar presente em qualquer sector de mercado? Sim. Sendo cada projeto um projeto e cada cliente um cliente, investimos sempre mais tempo no processo de conhecimento e análise da empresa. A blink-iT é entidade acreditada no âmbito do Portugal 2020 para a realização de projetos simplificados ao nível da Investigação e Desenvolvimento Tecnológico e Empreendedorismo. Porquê a aposta da marca nesta ferramenta? Estes estímulos pretendem apoiar o investimento, o crescimento sustentável, as exportações... A implementação de um SI que suporte esse crescimento é, por norma, elegível nestes projetos. Com esta acreditação aceleramos o ROI aos nossos clientes. De futuro, quais são as grandes prioridades da blink-iT? A nossa prioridade é, e será sempre, garantir a satisfação dos nossos clientes, convertendo a aposta que fazem em nós, em mais-valias para eles. Grow in a blink. ▪


PRÉMIOS E NOMEAÇÕES

» MARCAS DE CONFIANÇA

Smart Consulting Rapidez e Flexibilidade

Sinónimo de confiança, a Smart Consulting é considerada uma das consultoras mais viáveis do mercado. Constituída por uma equipa jovem e dinâmica, em entrevista à Revista Pontos de Vista Rui Neves, Administrador, revela que a equipa, a flexibilidade e a celeridade são os segredos do sucesso para garantir respostas rápidas e concretas aos clientes.

Áreas de atuação e serviços Outsourcing

Possibilidade de aceder a consultores especializados não disponíveis na or-

ganização dos clientes, criando assim mais condições para que o cliente se possa focar no seu core-business, sem correr quaisquer riscos, estando sempre na vanguarda da tecnologia.

Project Management

Uma equipa de profissionais certificados em Gestão de Projetos (certificação PMP, Project Management Professional, pela PMI), com capacidade para identificar todas as necessidades existentes e dar-lhe o rumo certo.

Nearshoring

Desenvolvimento de projetos inovadores a partir dos próprios escritórios, com consultores, para qualquer ponto do globo.

Formação, Certificação e Workshops

Sendo o capital humano visto como grande vantagem da empresa, a Smart Consulting, aposta na evolução contínua das competências das pessoas através do acesso à formação certificada e de longa duração. Para 2016, estão previstas mais de 400 horas de formação sobre temáticas diversas como Java, PL-SQL, ITIL, línguas e soft-skills. É valorizado o desenvolvimento das competências de toda a equipa potenciando um plano de especializações e certificações de acordo com cada perfil e o plano de progressão de cada uma das pessoas. Existe uma cultura interna assente na criatividade, espírito de equipa e empreendedor através de sessões de partilha de conhecimento, onde todos têm a oportunidade de divulgar temáticas com as quais trabalhem regularmente.

11ª empresa de excelência no trabalho

Eleitos como 11ª Empresa de Excelência no Trabalho em Portugal (na categoria de Médias Empresas), no âmbito do estudo realizado pela Heidrick & Struggles em parceria com a Human Resources Portugal e o INDEG-IUL! A Smart Consulting soma e segue no êxito. “Por um lado tínhamos uma sensação positiva sobre o resultado através do feedback das pessoas, por outro lado foi a primeira vez que isto

RUI NEVES

foi feito na empresa e portanto ficamos na expectativa. Acabou por se revelar honroso, no entanto, não ficamos surpreendidos porque temos noção do trabalho que desenvol-

vemos. O êxito das empresas parte da valorização do capital humano, numa cultura de companheirismo e não vamos abrir mão disso”, revela Rui Neves. ▪

23 MAIO 2016

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esde novembro de 2014 que Rui Neves assumiu funções como administrador da empresa e aponta que um dos principais desafios que encontrou quando chegou à empresa foi construir a equipa como ela é hoje, foi realizada uma redefinição nos vários departamentos da empresa para estabelecer um melhor posicionamento no mercado. “O segredo do sucesso da nossa empresa passa mesmo por tentar estar próximo das pessoas, fazer com que o local de trabalho seja uma extensão da sua casa. Uma das grandes máximas é que nada nem ninguém está acima da equipa”, refere o nosso interlocutor. “O objetivo fulcral de trabalho foi aproximar muito aquilo que é a equipa de engenheiros com a diretiva da empresa”, conta o nosso entrevistado. Motivando as pessoas e agradecer pelo seu trabalho é uma das medidas que foram implementadas, com gestos simples como felicitações em dias especiais como o dia do pai, da mãe ou mesmo o dia em que o filho de um colaborador nasceu, “foi esta cultura de proximidade que quisemos implementar”, completa o administrador. A equipa é altamente valorizada e considerada um fator de sucesso, por isso, e desde a fase do recrutamento é feita uma análise para se perceber se a pessoa candidata tem um perfil que combine com o espírito da empresa. “O mais importante, além de perceber se a pessoa tem as competências necessárias para o cargo que vai ocupar, é também compreender se ela vai «encaixar» na equipa, por isso , o perfil pretendido é a íntegra da pessoa e a boa vontade de fazer parte do projeto Smart Consulting”, explica Rui Neves. A Smart Consulting garante a celeridade e a flexibilidade precisas para que seja alcançada a concretização dos negócios dos clientes com uma postura descontraída e ao mesmo tempo de seriedade, tipicamente jovem e por isso mais dinâmica.


TRÊS ANOS DNS.PT

» MARCA DE CONFIANÇA

O domínio de topo de Portugal: .PT A Associação DNS.PT, comemora três anos de vida, num percurso que tem sido pautado pelo fomentar de vários projetos desenvolvidos com diversas entidades parceiras. Sobre esta data, a Revista Pontos de Vista conversou com Luisa Lopes Gueifão, Presidente do Conselho Diretivo da Associação DNS.PT. Saiba mais.

A

Associação DNS.PT foi edificada em 2013, comemorando este ano três anos de atividade. Que balanço é possível perpetuar deste triénio de existência? Findo o primeiro triénio de atividade da Associação DNS.PT, podemos fazer um balanço muito positivo e perspetivar o futuro num misto de orgulho pelo trabalho desenvolvido e de vontade de fazer cada vez mais numa busca e crença em tornar o .PT uma referência nacional e internacional pela sua gestão criteriosa, pela forma de fazer e saber fazer, criar, inovar e pôr ao dispor da comunidade Internet nacional o resultado do nosso trabalho, potenciando a sociedade do conhecimento, do digital e da inclusão social e económica de todos os cidadãos e empresas. Ao longo destes três anos muitos devem ter sido os sucessos e êxitos alcançados. Quais aqueles que considera de maior referência e que marcaram a dinâmica da marca no mercado? Foram muitas as atividades, os projetos e as realizações que fizemos e apoiámos, não querendo destacar uma em especial. Pelo impacto e abrangência, refiro o 3em1. pt, dedicado às empresas e o sitestar.pt, dirigido aos estudantes, a certificação Integrada ISO9001 e ISO27001 que garante a qualidade e a segurança da informação do .PT, mas aquilo que mais marcou estes três anos foi o sucesso do modelo que foi implementado de gestão multisstakeholder e que recebeu dos nossos associados, parceiros e público em geral um grande entusiasmo e atingiu a grande meta que nos propúnhamos: potenciar o .PT como o Domínio de Portugal.

pontos de vista

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2015 fica marcado pelo crescimento do .pt e pelo lançamento de novos serviços e iniciativas. Como avalia o crescimento do .pt e quais as razões que encontra para este desenvolvimento? A gestão do .PT conheceu desde 2013 um enorme impulso ao tornar-se numa entidade independente e cuja missão é focada no .PT. Tradicionalmente o .PT foi gerido no âmbito da entidade que gere a rede académica, a NREN nacional- fccn, o que implicava uma secundarização do seu papel. Com a autonomização e o modelo de gestão onde todos os atores da comunidade Internet nacional estão envolvidos, porquanto são membros fundadores, foi possível traçar um plano estratégico a 3 anos que passava pelo crescimento do .PT, a sua afirmação nacional e internacional, a sustentabilidade financeira da Associação e uma aposta forte na missão de contribuir para o desenvolvimento da Internet em Portugal, assente na prestação de um serviço de qualidade, prosseguindo uma política de inovação e atualização tecnológicas, e garantindo a correta gestão técnica, jurídica e administrativa do espaço de nomes sob o TLD .PT. Com o posicionamento da nossa marca no mercado nacional e internacional, e as diversas iniciativas levadas a cabo nestes três anos, foi possível ver os números crescer de forma sustentada, tendo o .PT atingindo consecutivamente, nos últimos quadrimestres, um lugar no Top5 dos TLDs que mais cresceram na Europa. Em três anos, quais foram os serviços e iniciativas lançadas e que foram fundamentais para a marca? Como referi antes, foram muitas as atividades, os projetos e as realizações que fizemos e apoiámos e que

Luisa Lopes Gueifão

contribuíram decisivamente para o posicionamento do .PT como uma marca de referência. De destacar, a iniciativa www.3em1.pt, à qual se associaram um conjunto de agentes de registo, registrars, de .pt. e que garante a atribuição, a quem crie uma empresa, associação ou sucursal na hora, de um pacote de serviços gratuitos, pelo período de um ano, que inclui um domínio registado sob .pt, uma ferramenta para desenvolvimento de um site, o respetivo alojamento técnico e caixas de correio eletrónico. Esta iniciativa, que tem o apoio também do IRN – Instituto de Registos e Notariados – Balcões Empresa na Hora, visa contribuir para a presença das nossas empresas na Internet quer com sites de comércio eletrónico, quer com sites sem essa característica mas que sejam uma presença das empresas on-line. Num estudo que o .PT efetuou em parceria com a ACEPI – Associação da Economia Digital, pudemos constatar que apenas 30% das empresas portuguesas têm uma presença online, o que significa que existe um caminho a percorrer e que é missão do .PT potenciar essa evolução essencial ao desenvolvimento das empresas e da economia. Refiro ainda o www.sitestar.pt, concurso efetuado em parceria com a DECO Jovem e que lançou o desafio aos jovens das escolas básicas e secundárias para desenvolverem sites na Internet sob .PT, em várias categorias: Saber e Ciência; Faz a Diferença; Jovens com Talento e Noticias na Escola e que já abrangeu, em 3 anos, mais de mil alunos, trezentos projetos a concurso e muitas, muitas ideias vencedoras de qualidade. Muitas outras iniciativas como a www.mostradosautoresdesconhecidos.pt, efetuada em parceria com a IGAC, a Internet week e Prémio Navegantes XXI com a ACEPI, o Banco de Bens Doados ou o www.darereceber.pt com a Associação Entreajuda, o Concurso Apps for Good com a CDI Portugal, a realização do Internet Governence Forum Portugal nestes três anos com a FCT,IP e a ISOCP, são alguns dos exemplos. Considera o “Revela o teu .PT” o projeto de maior envergadura, visto que convidaram os portugueses a retratar Portugal e os seus valores de identidade? Esta foi uma forma da marca se «envolver» com a sociedade? Isso é fundamental para a DNS.PT? Não gostaria, como referi, de destacar uma iniciativa ou projeto uma vez que são tantos que envolvem os cidadãos e empresas. O projeto “Revela o teu .PT” foi um dos muitos que chamou a comunidade a fazer parte do domínio de Portugal e a expressar o que o .PT tem de mais característico: a força, a paixão, a confiança, a tradição, a segurança. Os portugueses souberam responder com criatividade e muita da nossa presença da marca atualmente tem a imagem dos concorrentes a esse concurso. Aproveito para agradecer a todos os que participaram.

A língua portuguesa tem aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5ª língua mais falada no mundo e a mais falada no hemisfério sul. De que forma tem vindo a DNS.PT a promover ainda mais a língua portuguesa e como o tem realizado? A língua portuguesa e a cooperação com os países de língua portuguesa é um tema que é para nós muito importante para a presença deste nosso importante valor comum na Internet. Para além dos Protocolos de colaboração bilateral que temos, desde há vários anos, com .ao (Angola), .cv (Cabo verde), .gw (Guiné Bissau) e .st (São Tomé e Príncipe), em 2015 com a iniciativa do .PT, foi celebrada em Lisboa a escritura de constituição de uma Associação dos Registries de Língua Portuguesa - LusNIC, cuja missão central está focalizada nos seguintes princípios gerais: cooperar e partilhar conhecimento nas áreas de intervenção dos ccTLD’s em matérias técnicas e segurança, legais, promoção e divulgação e desenvolvimento de políticas comuns; envidar ações conjuntas para potenciar o crescimento sustentado dos domínios de Topo de língua portuguesa: .pt ; .br ; .ao; .cv; .gw; .mz; .st; .tl;, promover e colaborar na defesa dos interesses do ccTLDs de língua portuguesa; promover a utilização da língua e dos conteúdos portugueses na Internet. Com a primeira reunião já em 2016 em São Tomé, a LusNIC levou a cabo uma conferência com a participação dos vários países de língua portuguesa sobre a importância da presença na Internet em língua portuguesa e que foi um sucesso. Mais informação em www.lusnic.org . De que forma pretende a marca continuar a contribuir para o desenvolvimento da internet em Portugal de futuro? Este é o grande desiderato? O grande desafio é manter um crescimento sustentado do domínio .PT, garantindo a sua fiabilidade e segurança técnica, uma gestão rigorosa e criteriosa, e como resultado deste, na continuidade da gestão e dos valores que nos pautaram nos primeiros três anos, pretendemos continuar e aprofundar a nossa contribuição para o desenvolvimento da Internet em Portugal. Para além dos projetos iniciados no primeiro triénio de atividade, e que são para continuar, temos muitos projetos para o futuro para materializar esta missão, e que aliam o desenvolvimento da Internet com a segurança e confiança que os utilizadores cada vez mais exigem. Um dos mais emblemáticos exemplos, e previsto para junho, é um importante serviço efetuado em parceria com a ACEPI e a DECO, que visa promover a confiança na utilização da Internet em Portugal. Além desse, que outros desafios e prioridades tem a marca? Que mensagem lhe aprazaria deixar por esta efeméride? O .PT está muito vivo e por isso os desafios e as perspetivas para o futuro são animadoras. A presença efetiva de todos os parceiros no nosso desenvolvimento e o apoio que nos têm dado e reconhecido na gestão que temos prosseguido leva-nos a acreditar que o .PT é já uma referência nacional e internacional e que todos, com a dedicação que os colaboradores do .PT têm mostrado, podemos fazer crescer mais e consolidar com confiança. A confiança é o nosso lema para o domínio de topo de Portugal: .PT ▪


Exportação, Inovação e Internacionalização

» DOMUS CAPITAL – as Bases de Sucesso na Indústria

“Domus Capital

Os Seus Olhos no Mundo dos Negócios”

Com uma equipa especializada em exportação, a Domus Capital opera como um departamento de exportação das empresas portuguesas, nos mais variados contextos dos mercados onde estão presentes. A Domus orienta, acompanha e define estratégias de integração das empresas nos mais variados mercados. Conheça, na voz do CEO, Sérgio Duarte, esta solução prática e acessível a todas as empresas que desejam expandir os seus negócios e ver a sua marca tornar-se internacional.

A

necessidade da internacionalização das empresas é cada vez mais notória, perante o panorama do mercado nacional, sendo esta uma alternativa cada vez mais viável, “é o único caminho possível”, confirma Sérgio Duarte. “Portugal tem muito valor além-fronteiras, mais do que uma necessidade, a exportação e a internacionalização são a valorização do país e das empresas portuguesas” concluiu o nosso interlocutor.

Analisar e iniciar o processo

SÉRGIO DUARTE

legais, administração e logística, de modo a aliviar a carga da existência de um Departamento Internacional, que requer um investimento em escritórios e recursos humanos qualificados. “As empresas sozinhas não têm capacidade financeira para suportar os custos” constata Sérgio Duarte. A partir deste facto surge o projeto da empresa intitulado “Domus International Best Business”, um projeto que garante uma maior visibilidade, criação raízes e ligações de confiança com os locais no mercado de inserção a partir de uma feira de exposição, com um caráter mais prolongado das que já existem, que têm uma duração curta, com este projeto as empresas estão presente ao longo de um ano inteiro. “Este é um processo de integração. A partir daqui a empresa faz uma leitura correta do mercado e pode depois mexer-se no lugar” afirma o nosso interlocutor.

A expansão para outros mercados

A Domus Capital enquanto plataforma para o comércio internacional analisa as oportunidades e constantes exigências dos nossos clientes o que levou à expansão do alcance para a Europa, Brasil, EUA, Colômbia e países africanos, em particular, Angola, Guiné, Moçambique e Cabo Verde. Mostrando assim a preparação empresarial para enfrentar os desafios do futuro. a Domus construiu uma unidade produtiva com ligações, contactos e oportunidades de projetos e de interesses comerciais e hoje afirma- se como uma fábrica de negócios. Munidos de equipamento sofisticado e atual com um capital humano preparado para enfrentar situações adversas e colher do mercado soluções empresariais para qualquer desafio que possa surgir. Para Domus Capital é simples, “quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe”. ▪

25 MAIO 2016

O primeiro ponto é traçar um perfil da empresa que pretende começar a exportar, uma vez que há empresas que não reúnem as condições necessárias. “Fazemos um diagnóstico, e isto é essencial, dedicamos muito do nosso tempo à investigação que é necessária fazer de modo a integrar a empresa no mercado que pretende. O diagnóstico é feito pela informação que o cliente nos dá sobre a sua empresa mas também fazemos um diagnóstico no terreno, de forma a perceber realmente se a exportação é possível” garante o nosso entrevistado. Sobre as principais motivações que levam as empresas portuguesas a quererem explorar mercados internacionais, Sérgio Duarte, aponta como principais fatores a decadência atual do mercado nacional e a vontade de recuperar as perdas de faturação perdidas. Os processos de integração numa económica internacional requer todo um estudo de investigação. Existem dificuldades que se encontram com mais frequência nos mercados internacionais, posto isto, é função da Domus Capital intervir como mediador e agilizar para que haja uma simplificação das mesmas. A empresa fornece não só um canal de vendas, mas também todas as práticas


CEFOSAP

QUALIFICAR COM O MÁXIMO RIGOR E CREDIBILIDADE Jorge Mesquita, Diretor do CEFOSAP - Centro de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional, em entrevista à Revista Pontos de Vista revela a missão de um dos centros com mais credibilidade em Portugal, o caminho do sucesso e o trabalho realizado ao longo dos 20 anos de experiência do centro. Saiba que projetos foram e estão a ser desenvolvidos pelo centro em prol de um Portugal mais qualificado.

FOTO: diana quintela

pontos de vista

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tema de capa

» cefosap - a qualificar portugal

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na realização de seminários temáticos, com resultados assinaláveis.

Moçambique e todo o seu potencial

FOTO: diana quintela

JORGE MESQUITA

Em parceria com a SONAE foi criado um processo de certificação, cujo objetivo será o de ser incorporado naquela organização. Mas amanhã, poderá vir a ser disponibilizado para a rede. Será mais um instrumento crucial na gestão de recursos humanos

“O país tem imenso potencial e merece ser valorizado”, refere Jorge Mesquita. Prova disso mesmo é o acordo tripartido entre o Estado Português e o Estado Moçambicano com três grandes valências, do lado de Portugal, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a ANEME, a UGT com o seu centro de formação CEFOSAP e do lado de Moçambique está uma equipa idêntica com o INEFP (Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional), AIMO (Associação Industrial de Moçambique) e a OTM (Organização dos Trabalhadores de Moçambique), que permitiu a criação de um centro de Formação da Metalomecânica de Maputo. Na primeira visita de estado do Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, a Maputo, a convite do Secretário-Geral Carlos Silva, foi realizada uma visita ao Centro de Formação onde se inaugurou o Laboratório de Soldadura, investimento significativo de Portugal. Estão criadas as condições para certificar alunos que estarão aptos a desenvolver a sua atividade em Moçambique ou nos países vizinhos, de forma reconhecida e que lhes permita ter uma carreira e um salário digno da especialização adquirida, evitando o «dumping» salarial hoje praticado. Para Cabo Verde está em curso um projeto de parcerias institucionais na área do turismo e setores diretamente relacionados, subjacente a um protocolo entre o Estado Português e o Estado cabo-verdiano. Uma vez mais impulsionado pela UGT e em parceria com os congéneres locais.

Programa de Validação de Competências

fundamental do sucesso e os resultados têm sido fantásticos”, afirma Jorge Mesquita. Registamos um incremento do intercâmbio com os nossos parceiros da CSPLP, destacando a presença de técnicos portugueses das mais diversas áreas de intervenção sindical,

O CEFOSAP é um centro reconhecido pela sua atividade neste domínio. Foi convidado pela ANQEP (Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional) para um desafio que foi desenvolver e implementar a metodologia de RVCC, focalizada no âmbito do reconhecimento “na empresa”. O desenvolvimento deste projeto-piloto contribuirá para a elevação dos níveis de certificação profissional dos trabalhadores no seio do tecido empresarial, disseminar o conceito de aprendizagem ao longo da vida na comunidade empresarial e para valorizar e capitalizar a aprendizagem adquirida por via da experiência profissional e formativa que ocorre nas empresas. A primeira abordagem na operacionalização deste projeto-piloto envolve a área de Logística do grupo SONAE e a rede CQEP do CEFOSAP. “Fazia todo o sentido criar um ambiente em que houvesse uma relação de confiança entre quem «constrói» o processo e quem usufrui dele.

27 MAIO 2016

ssumindo a responsabilidade social como premissa máxima, Jorge Mesquita, explica que o tem vindo a desenvolver na sua plenitude o que melhor sabe fazer: formar e qualificar pessoas. A área de intervenção do centro assenta essencialmente no universo sindical, dos sindicatos afetos à UGT e das uniões distritais, mas não só. O universo de atividade foi alargado uma vez que a taxa de desemprego elevada levou à necessidade de criar mecanismos para combater a falta de emprego. “Uma vez que somos transversais a toda a sociedade e dotados de uma abrangência muito grande com sindicatos ligados aos serviços, aos transportes ou indústria, por exemplo… tínhamos de dar satisfação às necessidades dos associados e por isso tivemos de abrir o nosso leque de oferta formativa. Fomos lutando perante uma necessidade de sair das áreas a que estávamos confinados, explicando às entidades reguladoras que a nossa atividade tinha de ser alargada a outras áreas de intervenção e isso foi feito”, explica Jorge Mesquita. Há que salientar o trabalho notável que todos os dias, no terreno, as estruturas síndicas desenvolvem de norte a sul de Portugal. Sendo esta uma preocupação da UGT e do CEFOSAP, foi concebida uma matriz de intervenção que prevê a preocupação com as pessoas, não só enquanto são trabalhadores ativos mas também quando precisam de acompanhamento em momentos mais dramáticos como é o caso do desemprego. No âmbito da formação profissional, todas as iniciativas são monitorizadas, apresentando propostas credíveis, coerentes e funcionais. “Estamos a falar de dinheiros públicos e por isso a nossa preocupação social é enorme uma vez que o dinheiro público é dinheiro de todos “conclui o nosso entrevistado. Com a formação profissional, o CEFOSAP compromete-se a corresponder a pontos que consideram fulcrais no combate ao desemprego: dar mais e adequadas competências que facilite o regresso ao mercado de trabalho. Por outro lado, no que respeita ao público empregado, muni-los de instrumentos que lhes permita um melhor e reconhecido desempenho ou reorientar o seu percurso profissional, a par da certificação de competências. “O nosso grau de conforto é este, sabendo que estamos a qualificar as pessoas com um nível cada vez mais elevado”, sublinha o diretor. Sobre a componente da formação sindical, esta assenta em parcerias internas e externas. A CPLP, onde a UGT foi um vetor importante para que fosse criada a CSPLP (Comunidade Sindical dos Países de Língua Portuguesa), em países lusófonos como Cabo Verde, São Tomé, Guiné, Moçambique e Angola. “Há uma interação direta com os nossos parceiros em África, não nos limitamos a protocolos à distância. O Secretário-Geral, Carlos Silva, acredita que estar no terreno é parte


tema de capa

» cefosap - a qualificar portugal

Em parceria com a SONAE foi criado um processo de certificação, cujo objetivo será o de ser incorporado naquela organização. Mas amanhã, poderá vir a ser disponibilizado para a rede. Será mais um instrumento crucial na gestão de recursos humanos

Em parceria com a SONAE foi criado um processo de certificação, cujo objetivo será o de ser incorporado naquela organização. Mas amanhã, poderá vir a ser disponibilizado para a rede. Será mais um instrumento crucial na gestão de recursos humanos, explica Jorge Mesquita. O projeto piloto consistiu num ensaio com quatro pessoas, em que a formação foi inteiramente dada no horário e local de trabalho. “Fazer o reconhecimento do que as pessoas sabem fazer, no local de trabalho, é isto que torna este projeto inovador”, concluiu o nosso entrevistado. A prova de certificação tem um modelo também inovador, apesar de não haver uma criação de metodologia nova. Há, sim um ajustamento de uma metodologia já existente, mas formatado para funcionar de forma mais fluída e rápida. A validação do reconhecimento de competências foi feita na Sonae através da ficha de análise que a empresa já tinha implementado. “Olhar para o processo e verificar a realidade daquele grupo empresarial e tentar entrosar com o departamento de recursos humanos”, explica Jorge Mesquita. ▪

pontos de vista

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Transparência e valores

FOTO: diana quintela

O CEFOSAP tem sido reconhecido pela inovação, pelo dinamismo e pelo desenvolvimento de parcerias e projetos que garantem às pessoas uma melhor qualificação para uma melhor qualidade de vida. Tem como missão algo que não pode ser deixado ao acaso: o rigor e o profissionalismo, para que as oportunidades possam ser pautadas com critérios de igualdade e ética.


EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

» O UNIVERSO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

“O objetivo é incentivar a utilização das tecnologias” A Educação e as Novas Tecnologias. De que forma estão estes dois pilares interligados? De que forma são vitais na promoção de uma Educação moderna e direcionada para os novos desafios de um mundo global? A Revista Pontos de Vista conversou com Felicidade Alves, Diretora do Agrupamento de Escolas do Barreiro, que nos deu a conhecer o que tem sido realizado na instituição para aproximar os mais jovens das novas tecnologias no âmbito da educação.

Future WorkLab

As novas tecnologias acarretam consigo um novo analfabetismo: a iliteracia digital. Fez-se sentir esta problemática no AEB? Como o contornam e ultrapassam? Não considero que exista iliteracia digital no AEBarreiro, no entanto nem todos docentes consideram ter as competências suficientes. Para as obter, o AEBarreiro promove ações de formação que lhes permitirão ter mais confiança na utilização das tecnologias nas suas aulas. O Agrupamento é sede do Centro de Formação (Barreiro e Moita). A maioria dos alunos domina bem as tecnologias (computadores, Tablets, Telemóveis). O desafio está em saber usar essa tecnologia. Para tal, os professores têm de acompanhar os alunos nesta caminhada. De que forma é que a Educação pode

ser «transformada» pela introdução das Novas Tecnologias? Acredita que este é um rumo inevitável, ou seja, de mudança do paradigma da Educação? Acredito que as Novas Tecnologias podem ser o caminho para a mudança do paradigma na sala de aula. Com a utilização das novas tecnologias, há uma maior motivação para as atividades, uma maior criatividade por parte dos alunos, uma maior dinâmica de sala de aula e, por estranho que possa parecer, diminuem os problemas de indisciplina. Surge a partilha e a colaboração entre pares. O professor passa a ser apenas um orientador da aprendizagem.

preparadas para receber esta dinâmica mais inovadora? Considero fundamental a colaboração de entidades parceiras do universo empresarial para a concretização de projetos tão ousados como a criação de espaços tecnologicamente avançados como este laboratório de aprendizagem. Sem as parcerias que se estabeleceram com a comunidade não teria sido possível a concretização deste projeto. O AEBarreiro busca constantemente o apoio dentro e fora da comunidade local, seja nas famílias dos alunos ou nas empresas locais, nacionais ou internacionais. ▪

Recentemente o Agrupamento de Escolas do Barreiro – AEB inaugurou uma Sala de Futuro. Que projeto é este e quais as principais valias do mesmo? O que aportou de novo para a instituição e alunos? Future WorkLab (FWL) é um espaço inovador, inaugurado em março, equipado com quadros interativos, computadores, tablets, ativtable, impressoras (Wifi e 3D) e outros dispositivos úteis, tanto para o trabalho em aula, como para a formação contínua. É um espaço onde o quadro negro é substituído pelo quadro interativo. O FWL está dividido em cinco zonas, que requerem equipamento específico: Zona de Planeamento - Espaço onde o professor/formador apresenta a tarefa/ trabalho final que irá ser desenvolvida; Zona de Pesquisa - Dividido em duas partes e destinado à pesquisa, com a utilização de diversos suportes que permitirão criar diferentes cenários de aprendizagem; Zona de finalização - Destina-se a organizar o trabalho final; Zona de apresentação - Destina-se à apresentação final da tarefa.

LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT

No domínio da introdução e da eclosão das Novas Tecnologias perante a Educação, acredita que é fundamental que outras entidades, por exemplo o universo empresarial, se juntem nesta dinâmica com as entidades de educação como o AEB? Sente que as escolas, no panorama geral, estão

FELICIDADE ALVES

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um mundo global, a Educação e as Novas Tecnologias caminham de «mãos dadas», sendo fundamental criar metodologias que complementem ambas. Neste âmbito, que medidas têm sido criadas pelo Agrupamento de Escolas do Barreiro – AEB? Impõe-se, cada vez mais, uma alteração no conceito de sala de aula. Os alunos não dispensam as tecnologias na sua vida e a Escola tem de as utilizar contextualizadas na prática pedagógica. É o desafio que se coloca no AEBarreiro: desenvolver ações inovadoras na sala de aula tornando o ensino/ aprendizagem mais cativante. A Escola Sede dispõe de um parque informático que abarca quadros interativos e/ou projetores e computadores em todas as salas de aula além de três salas de informática. Num levantamento feito, relativo à utilização de quadro interativo/projetor num piso foi possível apurar que, numa semana, foram usados entre 40 a 60 vezes. Tal permite perceber o interesse dos professores na utilização destes equipamentos e em promover atividades motivadoras. O objetivo é incentivar a utilização das tecnologias.


EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

» ERISA- Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches Opinião Paulo Sargento, Diretor da ERISA Doutorado em Psicobiologia – Neuropsicologia Clínica, pela Universidad de Salamanca

ERISA

sempre em destaque

Opinião Maria Manuel Magalhães, Farmacêutica e diplomada em Homeopatia

Homeopatia

e as suas vantagens

A Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches – ERISA - é parte integrante do Grupo Lusófona, o maior grupo de ensino privado em Portugal. O nome da Escola é uma homenagem a António Nunes Ribeiro Sanches cujo visionismo científico contribuiu para o progresso dos conhecimentos e cuidados na área da saúde.

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pontos de vista

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sociedade civil espera que as instituições politécnicas e universitárias sejam um dos pólos centrais de desenvolvimento dos seus países e da sua cultura e possam estar na linha da frente da inovação do ensino aliando os mais elevados padrões de qualidade e excelência que o ensino da saúde exige. Para além das licenciaturas em Enfermagem e em Farmácia, a ERISA tem-se destacado no ensino das Terapêuticas Não Convencionais (em particular, Osteopatia, Acupuntura e Naturopatia), lecionando cursos livres, com quatro semestres de duração (240 ECTS), de acordo com as portarias para o

ensino superior nestas áreas. Foi, aliás, a primeira, e, até agora, única, instituição de ensino superior que apadrinhou estas áreas. A Escola espera agora o reconhecimento de licenciaturas nestas áreas para prosseguir o caminho já traçado e complementá-lo ao nível pós-graduado. Uma outra questão que nos preocupa é a investigação científica nestas áreas. A ERISA constituiu uma Unidade de Investigação – o NICiTeS (Núcleo de Investigação em Ciências e Tecnologias da Saúde), onde estas áreas estão contempladas em diversos projetos, a cargo de docentes doutorados com interesse e investigação específica nestas áreas. ▪

Homeopatia tem como objetivo tratar o indivíduo como um todo, considerando que a mente e o corpo estão em estreita ligação. Este conceito está de acordo com a definição de Saúde pela Organização Mundial de Saúde (OMS), isto é, “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. Também e segundo dados da OMS, de 2007, existem em todo o mundo 300 milhões de pessoas usam ou usaram homeopatia e 200.000 médicos que utilizam homeopatia na sua prática clínica. Na Europa foi criada uma rede europeia de investigação para a medicina complementar e alternativa (CAM) – CAMbrella - que realizou um programa de investigação sobre a situação da CAM na Europa entre 2010 e 2012, com o objetivo de fazer recomendações quanto à sua viabilidade e lugar dentro do sistema de saúde da UE. O grupo era composto por 16 instituições parceiras de 12 países europeus, tendo o projeto sido financiado pela Comissão Europeia. Segundo este relatório, na União Europeia existem cerca de 145.000 médicos formados em medicina convencional que simultaneamente praticam uma terapia CAM particular, incluindo acupuntura, medicina antroposófica, medicina ayurvédica, medicina herbal / fitoterapia, homeopatia, naturopatia, osteopatia, medicina tradicional chinesa ou tibetana e quiropraxia. Existem ainda na UE cerca de 160.000 praticantes não-médicos, que exercem as terapias acima mencionadas, bem como outras, como aromaterapia, kinesiologia, massagem, reflexologia, shiatsu, ioga, chi kung, entre outros. Por outro lado, estas atividades são suportadas por numerosas publicações científicas das diferentes áreas CAM. Por exemplo, a base de dados MEDLINE referencia mais de 5000 entradas sob o título de “homeopatia”, não sendo por isso possível afirmar que não existe investigação científica nesta área. Relativamente aos doentes oncológicos

as terapias complementares de suporte permitem aliviar sintomas e complicações do cancro, podendo reduzir e prevenir alguns efeitos tóxicos dos tratamentos convencionais e permitir aos doentes tolerar e beneficiar mais facilmente desses mesmos tratamentos. Ajudam ainda a diminuir a carga emocional dos doentes. Na Europa, cerca de 35% dos doentes com cancro utilizam as medicinas complementares (Molassiotis A, et al, 2005) e a homeopatia vem em segundo lugar a seguir à fitoterapia. Interessa, no entanto referir, que o tratamento homeopático não trata o cancro mas permite suportar melhor os tratamentos necessários e indispensáveis. A Homeopatia pode ser utilizada com o objetivo de ajudar na adesão aos tratamentos e para melhorar a qualidade de vida dos doentes. O tratamento com medicamentos homeopáticos pode ser utilizado em diferentes momentos da doença desde o diagnóstico, passando pela cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Diferentes doentes reagem de modo diferente ao cancro, quer em termos mentais quer em termos físicos e o acompanhamento homeopático permite a individualização da terapêutica. Ao longo de todo o processo de tratamento, diferentes sintomas poderão aparecer e a terapia deverá ser ajustada com o objetivo de ajudar o doente a superar mais uma dificuldade. Para alguns doentes serão os sintomas físicos que prevalecerão, como sejam dores, fadiga, ou problemas digestivos. Para outros os sintomas mentais terão um maior impacto nomeadamente as dificuldades de interagir socialmente, o sofrimento psicológico propriamente dito ou ainda as perturbações da imagem corporal. No entanto, e para que o doente se sinta acompanhado dever-se-á estabelecer um aconselhamento pluridisciplinar com o objetivo do doente recuperar a sua boa saúde física e psíquica. Juntamente com a homeopatia deverão ser aconselhadas mudanças alimentares e recomendado exercício físico, adaptado a cada doente. ▪


Opinião Mónica Teixeira, Diretora do Departamento de Terapêuticas Não convencionais e Doutorada em Medicina Preventiva e Saúde Pública pela Universidad de Léon

A Naturopatia é uma profissão de saúde De acordo com a Lei 45/2003 de 22 de agosto (Lei do Enquadramento Base das Terapêuticas não Convencionais) e regulamentada pela Lei 71/2013 de 02 de setembro, a Naturopatia é uma profissão de saúde.

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É

um sistema distinto de cuidados de saúde, holístico, e as suas técnicas combinam métodos científicos e empíricos, modernos e tradicionais para a abordagem da doença, do seu diagnóstico e tratamento. A sua prática centra-se na promoção da saúde, na prevenção, nos cuidados de saúde e tratamento que fomentam os processos intrínsecos ao indivíduo, considerando que a saúde e a ecologia são inseparáveis (OMS - Organização Mundial de Saúde, 2010). Os (as) Naturopatas tratam a pessoa como um todo, considerando uma série de fatores antes de diagnosticar uma doença. Um Naturopata para além de uma avaliação clássica do paciente observa-o também no seu estado emocional, analisando a sua dieta, o seu meio ambiente e estilo de vida, antes de efetuar um diagnóstico. A terapêutica atua na promoção da saúde, na prevenção da doença, nos cuidados de saúde

e tratamento que fomentam os processos intrínsecos ao indivíduo, considerando que a saúde e a ecologia são inseparáveis. O seu conteúdo funcional centra-se nos exames e diagnóstico naturopáticos, na abordagem terapêutica naturopática, no aconselhamento sobre estilos de vida baseados nos métodos naturais, visando o estabelecimento das estratégias terapêuticas sustentadas nos conhecimentos obtidos no domínio das teorias e da investigação em Naturopatia. Algumas das influências da Naturopatia incluem as técnicas de hidroterapia, cinesiologia, reflexologia, a fitoterapia, a terapia ortomolecular, a dietética e nutrição, a homeopatia, a filosofia do vitalismo e terapias de manipulação. De acordo com Hipócrates, o clínico deverá tratar o paciente segundo a leges artis “vis medicatrix naturae” ou seja, pela força natural da cura. A alínea e) do artigo 8.º da Portaria n.º 172-F/2015 de 5 de junho refere que a formação em naturopatia abrange os princípios gerais da Homeopatia. Ao longo dos últimos anos tem-se constatado o crescimento dos utentes do tratamento homeopático. Nesse sentido, alguns países membros da união europeia, como Portugal, têm procurado adotar estratégias de promoção do uso dos medicamentos homeopáticos, assim como implementar a investigação científica no âmbito da segurança e eficácia destes medicamentos. ▪


EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

» W.M. Cursos de Formação Profissional, Lda

Na senda da Excelência A saúde oral é vital para a promoção da qualidade de vida das pessoas, sendo assim necessário que existam players deste setor que proporcionem trabalhos de qualidade, diferenciados e individualizados, ou seja, «desenhados» de acordo com as necessidades individuais de cada doente/paciente.

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ualidade, Inovação, Diferenciação. Tudo isto são requisitos inquestionáveis de todas as marcas presentes no mercado e nos mais diversos setores de mercado. A vertente da Medicina Dentária não «escapa» a este nível de exigência, principalmente porque estamos a abordar a saúde oral das populações. Mas falemos com quem sabe. A Revista Pontos de Vista foi conhecer a W.M. Cursos de Formação Profissional, Lda e conversou com Mércia Wu, Diretora da instituição, que nos deu a conhecer um pouco mais de uma marca que nasceu em meados de 2008 e que, ao longo destes oito anos, tem vindo a promover um serviço de excelência e credibilidade no domínio da formação no segmento da Medicina Dentária, mais concretamente na vertente da Ortodontia, uma área fundamental na saúde oral. Mas conheça mais de quem tem vindo a fazer a diferença através de uma oferta formativa rigorosa, credível e diferenciadora. Tudo começou com uma necessidade expressa de maior autonomia didática, mas também porque começou a existir uma maior procura por parte de alunos da região de Lisboa e da região sul, “pois quando demos início ao nosso curso, o mesmo já existia no Porto há oito anos”. Com uma oferta formativa direcionada para a vertente da Medicina Dentária, mais concretamente no âmbito da Ortodontia, a filosofia da marca passa, acima de tudo, pela Técnica Ortodôntica Versátil MBT, criada por Hugo Trevisi, um dos principais especialistas de Ortodontia a nível mundial. “Inclusive temos três profissionais que são familiares de Hugo Trevisi”, revela a nossa entrevistada, assegurando que esta técnica, MBT, é a metodologia que mais tem crescido e evoluído a nível mundial no domínio da Ortodontia. Seguindo esta lógica evolutiva, a WM decidiu expandir também para a vertente mais técnica. “Era de facto uma lacuna, mas que conseguimos ultrapassar. Fizemo-lo porque formávamos médicos dentistas, através da especialização em Ortodontia, mas eles sentiam que existia uma lacuna ao nível da parte técnica e laboratorial”, esclarece a nossa entrevistada.

Readaptação de resultados positivos

O setor de Ortodontia e respetiva formação na área conheceu um «boom» antes da crise financeira que assolou a economia mundial, em meados de 2011. Com a migração destes profissionais de Medicina Dentária, o número de alunos decresceu acentuadamente, algo que, felizmente, está novamente em processo contrário. Atenta a este panorama, a Diretora da W.M. Cursos de Formação Profissional, Lda decidiu criar novas medidas e estratégias para fazer face a este cenário. Como? “Tivemos que nos readaptar, ou seja, reajustamos a vertente da formação, a forma como os alunos procediam aos pagamentos da mesma, a calendarização dos cursos, entre outros. Estas novas datas dos cursos, por exemplo, permitem que profissionais que estão a trabalhar fora do país, possam vir fazer o curso”, esclarece, assegurando que neste momento a procura está a aumentar novamente.


Tivemos que nos readaptar, ou seja, reajustamos a vertente da formação, a forma como os alunos procediam aos pagamentos da mesma, a calendarização dos cursos, entre outros. Estas novas datas dos cursos, por exemplo, permitem que profissionais que estão a trabalhar fora do país, possam vir fazer o curso

Setor de mutações constantes

Quando os meus alunos terminam o curso não é o fim, mas o início e eles procuram-nos, algumas vezes, para voltar a relembrar matérias dadas, mecânicas novas, entre outras”, esclarece.

Alunos preparados para o Mundo

Mas afinal o que ganham os alunos que escolhem a W.M. Cursos de Formação Profissional, Lda para promover a sua formação? “A capacidade, no final do curso, de praticar uma Ortodontia diferenciada e com uma visão para identificar que cada caso é um caso, ou seja, personalização, pois os nossos profissionais sabem escolher para determinado paciente e com um determinado problema,

a melhor solução”, esclarece a nossa entrevistada, assegurando que uma das prioridades de futuro passa pela expansão ao nível de conhecimento, inclusive com outras entidades congéneres europeias. “Os tempos mudaram e hoje só aqueles que reúnem maior capacidade ao nível de conhecimentos e novos métodos conseguem singrar. Os nossos alunos já não concorrem somente com o mercado interno e têm de estar preparados para concorrer com o resto do mundo. É isso que pretendemos continuar a fazer, dotando-os com as melhores «armas» e os mais elevados conhecimentos no âmbito da Ortodontia”, conclui Mércia Wu, Diretora da W.M. Cursos de Formação Profissional, Lda. ▪

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A Inovação é hoje um pilar essencial em qualquer domínio da sociedade global. Isso, obriga, naturalmente, a uma atenção redobrada por parte do universo empresarial, principalmente no domínio da saúde, que é daquelas vertentes em que as mutações são praticamente diárias. Mas esta necessidade não se aplica somente às empresas, mas também ao indivíduo como profissional e mesmo como pessoa. Para Mércia Wu, a WM tem essa noção e nunca cessa a sua busca por novos produtos, metodologias e formas de apoiar os antigos alunos. Esse é um dos pontos mais importantes na dinâmica da marca, ou seja, a WM mantém sempre um contacto personalizado com todos aqueles que um dia escolheram a WM e partiram para o mercado de trabalho. “Naturalmente que sim. Tento estar sempre em contacto e fomentar o mesmo.


PODER LOCAL EM DESTAQUE

» NUNO MOCINHA, EDIL DE ELVAS, EM GRANDE EMTREVISTA

Elvas

a Cidade-Quartel Há três anos a caminhar ao lado dos Elvenses, Nuno Mocinha, presidente da Câmara Municipal de Elvas, está satisfeito com o rumo que o seu mandato está a seguir: “quando estivemos em campanha eleitoral, prometemos um conjunto de medidas ao nosso eleitorado e aquilo que eu prometi aos Elvenses está a ser cumprido”, garante, satisfeito.

pontos de vista

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Forte da Graça, peça-chave do Património Mundial


que estamos, com as dificuldades todas que nos foram impostas nos últimos anos, com a possibilidade da não contratação de pessoal, apesar do elevado número de funcionários da Câmara a reformar-se. Temos tido alguns entraves, no que diz respeito aos recursos humanos, mas mesmo assim, com menos recursos financeiros e humanos, estamos a conseguir cumprir com o nosso programa”, explica Nuno Mocinha. 35

Investir em Elvas

Desde o início do mandato de Nuno Mocinha, em outubro de 2013, já foram criadas 111 empresas, as quais geraram cerca de 500 postos de trabalho. Estamos a falar de pequenas empresas, que estão a contribuir para a economia local. “O maior desafio que enfrentamos é a falta de investimentos em Elvas e os fundos comunitários que demoram a chegar para apoiar as nossas empresas. Temos a economia estagnada de um tecido empresarial que em Elvas é já por si fraco”, lamenta o presidente. Contudo, estão a ser desenvolvidos trabalhos para promover o centro histórico da cidade, de forma estratégica e diferenciadora. O comércio está a ser alvo de modernização e diversificação de forma a promover o turismo e criar condições para aumentar o número de visitantes a Elvas. “É um trabalho imaterial, que não é visível, mas que já está a dar frutos. Os Elvenses começam a viver mais o seu património e a sua identidade. Há um sentimento de união e de pertença à terra. Estamos a caminhar todos no mesmo sentido”,

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esde o início do meu mandato, o maior desafio que tinha pela frente era o projeto de requalificação do Forte da Graça. Tinha, à partida, muitas condicionantes, principalmente a condicionante de prazos muito difícil de cumprir mas, com a força de vontade de todos, conseguimos concluir com êxito e com um enorme orgulho este feito”, afirma o Presidente. Estamos a falar de um investimento de 6,1 milhões de euros, num projeto concluído num tempo record e que não derrapou no seu orçamento. Certificada como Património Mundial, a “Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações” viram o Forte da Graça ganhar, ainda, o prémio de melhor projeto público, por contribuir para o desenvolvimento turístico do Alentejo. Foi um exemplo ímpar de recuperação que tem merecido algumas menções e prémios de reconhecimento desse mérito. Inaugurado a 27 de novembro de 2015, pelo Forte da Graça já passaram mais de 50 mil visitantes, mudando toda a estrutura e qualificação do turismo no Alentejo. Apesar de os bens classificados como Património Mundial serem dois fortes, três fortins, cinturas de muralhas, aqueduto, castelo e centro histórico, o Forte da Graça é a peça-chave no panorama turístico e monumental da cidade. Por outro lado, havia, por parte do presidente, um compromisso muito forte com os programas sociais que, para além de mantidos, foram reforçados, conseguindo, assim, cumprir todas as áreas que se propôs levar a cabo. “Temos cerca de 26 tipos de apoios. Não é fácil no contexto em

É um trabalho imaterial, que não é visível, mas que já está a dar frutos. Os Elvenses começam a viver mais o seu património e a sua identidade. Há um sentimento de união e de pertença à terra. Estamos a caminhar todos no mesmo sentido


PODER LOCAL EM DESTAQUE

» NUNO MOCINHA, EDIL DE ELVAS, EM GRANDE EMTREVISTA

pontos de vista

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O emblemático Forte da Graça é composto por um conjunto de fortificações abaluartadas, classificado como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Durante a intervenção, foram repostas todas as cores originais do forte e recuperadas as estruturas, como a cisterna, a prisão, as galerias de tiro e a capela, onde foram descobertos frescos do século XIX, também alvo de intervenção.

refere o autarca e garante que a melhor promoção que se pode fazer desta cidade alentejana é recebendo bem os seus visitantes, para que fiquem a gostar de Elvas e para que queiram voltar. “É esse o nosso caminho. Temos de ser todos a fazer por Elvas e eu tenho sentido isso por parte dos meus munícipes”, congratula o presidente.

A gastronomia típica e tradicional do Alentejo é muito procurada e apreciada pelos vizinhos espanhóis. A gastronomia alentejana tem em Elvas um oásis de excelência. Os sabores tradicionais, como o porco, o borrego e as ervas, que servem de base à comida tradicional, têm sempre como ponto final o sericá, doce típico de Elvas acompanhado pelas ameixas em conserva. O bacalhau dourado, nascido na Pousada há mais de 50 anos, é hoje uma iguaria imperdível na mesa de quem sabe que, nesta cidade, vai encontrar qualidade e tradição na gastronomia.

O projeto Eurocidade

Com a crescente dificuldade em criar postos de trabalho e, consequentemente, atrair pessoas para Elvas, a prioridade do Município tem sido fixar a população local, criando condições para que as pessoas não vão embora, bem como condições para o tecido empresarial. “A aposta em nós não tem sido muito forte, por sermos vistos como uma cidade do interior; mas, para Elvas, não somos o interior do País, mas sim a centralidade, dado que estamos na porta da entrada da Europa, com uma localização estratégica para desenvolver projetos com o outro lado da fronteira”, afirma o autarca. Considerando-se a nova centralidade, Elvas tem um projeto em parceria com Badajoz e Campo Maior, a Eurocidade, que, ao interligar estas três localidades, é criado o maior núcleo urbano entre Lisboa e Madrid, que permite contribuir

para a afirmação de Elvas a nível nacional e internacional. “Sozinhos podemos ir mais rápido, mas juntos vamos mais longe. Queremos juntar estas três localidades e geri-las como uma só numa lógica de complementaridade. Para além de que há aspetos diferenciadores em cada uma destas cidades que podem beneficiar as outras”, explica Nuno Mocinha. Assim, neste sentido de consolidar Elvas a nível internacional, o município tem estado presente em feiras internacionais de turismo, em Madrid e Lisboa, para promover o seu património classificado de Património Mundial desde 2012 e realçar a localização estratégica da cidade. ▪

O Aqueduto da Amoreira é considerado o grande símbolo de Elvas. A sua construção deveu-se aos problemas de abastecimento de água que a cidade há muito padecia. É uma obra com 7054 metros de comprimento, da zona da Amoreira até à muralha, percorre depois uma galeria 450 metros até à Fonte da Misericórdia, onde a água jorrou pela primeira vez em 1622. Os 1113 metros que leva a percorrer o vale de S. Francisco são efetivamente de grande beleza. Quatro ordens de arcos, com 31 metros de altura, suportados por contrafortes e gigantes de várias formas. Chega a ter galerias subterrâneas a passar dos seis metros de profundidade. Tem, em todo o seu percurso, 843 arcos.


PODER LOCAL

» JUNTA DE FREGUESIA DE CAIA E SÃO PEDRO E ALCÁÇOVA

Na linha da frente “Gosto muito de ajudar as pessoas, faço disto a minha vida”, afirma João Armando Rondão Almeida, Presidente da Junta de Freguesia de Caia e São Pedro e Alcáçova, desde 2005. Venha conhecer o trabalho desenvolvido pelo autarca nesta freguesia de Elvas, uma região histórica.

A aposta no Turismo

Com a problemática do desemprego

a afetar a região Alentejana e com a falta de uma aposta no investimento no interior do país ou de investimentos públicos e apoio ao tecido empresarial para se desenvolver a economia, o caminho alternativo tem sido apostar fortemente no turismo. E a oferta turística nestas freguesias é bastante atrativa e diversificada. Comecemos pelo Castelo que se insere num conjunto de fortificações e obras anexas; o Forte da Nª. Sr.ª da Graça, a maior obra da arquitetura militar; o Aqueduto da Amoreira que liga o local da Amoreira à cidade de Elvas, com 843 arcos, mais de cinco arcadas e torres de 30 metros de altura, todos elementos classificados Património da Humanidade desde 30 de junho de 2012. Não esquecendo a rica gastronomia, artesanato e autenticidade das suas gentes.

JOÃO ALMEIDA

O Poder Local

“Temos um presidente empenhado em levar a cidade de Elvas para a frente. Temos sentido o seu apoio a 100%”, afirma João Almeida. Contudo, o autarca considera que há uma necessidade de descentralizar ainda mais as competências do Governo para os municípios e, principalmente, descentralizar os serviços das cidades do litoral para as cidades do interior. “O governo central devia fazer uma melhor distribuição dos dinheiros do fundo europeu pelos municípios do país. O que se tem verificado é que ficam nos grandes centros urbanos”, refere o Presidente. ▪ CAIA E SÃO PEDRO E ALCÁÇOVA Aproveite e venha conhecer um pouco mais da grandiosa riqueza histórica, patrimonial e cultural da nossa Freguesia. “Organize um grupo e contacte-nos pelo 268 639 560 ou pelo e-mail jfreg.caiasaopedroealcacova@sapo. pt. Teremos muito gosto em organizar o seu passeio e agendar uma visita ao grandioso Forte da Graça”.

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o longo das últimas décadas temos vindo a assistir a uma necessidade de uma maior e melhor interação entre o poder local e a população. O autarca dever assumir um papel de destaque para contribuir para o desenvolvimento da região, mas com a nova reforma administrativa e a união de freguesias, esta questão do poder local visto como o poder mais próximo da população está a ser posto em causa. João Almeida, enquanto Presidente da Junta de Freguesia de Caia e São Pedro e Alcáçova tem vindo a tomar medidas para conseguir dar respostas céleres e eficazes na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos da freguesia, mas “essa questão de um presidente de junta estar sempre junto das suas gentes começa a ser um problema para quem é presidente de uma união de freguesias”, começa por explicar o autarca. Sendo as Juntas de Freguesia o local onde as pessoas recorrem em primeira instância, “nós somos, cá na gíria, quem vai à cabeça do touro. Qualquer situação é o presidente quem está na linha da frente, na linha de fogo”, refere o Presidente. Como representante da população, um presidente de junta de freguesia tem um papel fundamental no desenvolvimento económico-social local. Com uma população maioritariamente idosa e sendo uma das freguesias que detém o maior número de habitações sociais, o autarca tem como foco o apoio social e financeiro das suas freguesias, criando condições para aumentar os seus rendimentos. “Tenho colocado pessoas com o rendimento de inserção social a trabalhar na Junta de Freguesia para que possam ter as condições mínimas necessárias que um ser humano deve ter. Felizmente, temos o apoio do município que tem feito um bom trabalho para ajudar a nossa população local. A prioridade máxima é não termos situações de fome e precaridade extrema”, refere João Almeida.


poder local

» UNIÃO DE FREGUESIAS CASTELO VIEGAS E SANTA CLARA

“Só fiz uma promessa:

trazer felicidade” Com uma união de freguesias que abrange cerca de 14 mil pessoas, José Simão, Presidente há 14 anos da União de Freguesias de Castelo Viegas e Santa Clara, Coimbra, tem desenvolvido um trabalho de forma a conseguir corresponder às necessidades da sua população, privilegiando o contacto humano. “Somos a linha da frente e temos sempre a porta aberta para ouvir a população”.

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pontos de vista

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oimbra é uma cidade boa para viver, para estudar e residir. É uma cidade pacata com uma história, uma universidade e um património ricos, onde o que é importante são as pessoas. E neste sentido, o foco de trabalho levado a cabo por José Simão tem sido o apoio social às suas gentes. “Um presidente de junta navega sempre à vista. Vou estando a par do que é necessário para ir intervindo, pois o que é hoje prioridade pode não ser a mesma amanhã. E o que realmente tenho sentido é que as minhas freguesias precisam de apoio social nas questões de saúde e alimentação”, avança José Simão. “Só fiz uma promessa: trazer felicidade”, afirma o autarca que tem como principal objetivo garantir que a população tenha sempre acesso aos bens alimentares, à habitação, aos cuidados de saúde e à educação. “Quando alguém precisa de alguma coisa não digo que o vou fazer amanhã. Temos resolvido os problemas de imediato. Inclusive, fizemos um levantamento exaustivo, que durou um ano, de todas as pessoas da freguesia com necessidades e em situações precárias. Detetámos os seus problemas para prestar o apoio necessário”, declara José Simão O Presidente, que desde a união de freguesias, sentiu a necessidade de fazer uma ginástica maior para conseguir chegar a toda a população, defende que a reforma administrativa não eliminou juntas, mas sim presidentes de junta. “Quem sai prejudicado é a população”, afirma. Lamenta-se, igualmente, da falta de investimento no interior do País e de apoios para o investimento e o empreendedorismo. “Isto vai atrasar o seu desenvolvimento. Por exemplo, temos o programa 2020 do qual ainda não beneficiamos. Quando lançamos uma obra temos de ter capacidades financeiras para a manter, bem como para a sua manutenção ao longo dos tempos. Infelizmente, isso não acontece devido à maneira como somos condicionados a nível financeiro”, lamenta José Simão. Contudo, têm sido feitos esforços no sentido de criar postos de trabalho através de projetos lançados pela junta para promover a economia local. Foram construídos espaços destinados ao comércio cujo arrendatário paga apenas uma renda simbóli-

JOSÉ SIMÃO

ca e acessível. A par desta promoção da economia local, a Junta de Freguesia tem organizado eventos que trazem prestígio para Coimbra, como são exemplo a Subida Mítica da Ladeira da Rainha Santa em bicicleta que atrai à cidade profissionais e amadores do ciclismo e a feira popular que tem recebido cerca de 100 mil pessoas.

Descentralização dos poderes

José Simão considera que há muito a fazer no que diz respeito à descentralização dos poderes e que há muitas competências que deviam ser das Juntas de Freguesias e que, infelizmente, não são. “O poder ainda não está assim tão descentralizado, nem é assim tão autónomo. Os dinheiros vão para as câmaras e só depois é que as mesmas fazem a sua

distribuição pelas juntas, por vezes de forma injusta. Condicionando, assim, os trabalhos e gestão das juntas e dos projetos que querem aplicar em prol das melhorias das condições de vida da sua população”, menciona o autarca. Outra situação que o autarca lamenta é a falta de apoio que sente por parte do município, defendendo que devia haver uma ligação e um diálogo maiores entre a Câmara Municipal e as suas Juntas de Freguesia. “Temos uma Câmara que não reúne com as Juntas, esquecendo-se que somos nós quem melhor sabe quais são as principais necessidades locais. Por exemplo, são feitas leis que são aplicadas de igual forma para o município como para as juntas, quando não somos dotados das mesmas capacidades financeiras e recursos humanos”, conclui José Simão. ▪


TURISMO NO ALENTEJO

» Hotel Vila Park – A Melhor Escolha OPINIÃO, Avelino Sousa, Diretor do Hotel Vila Park

Hotel Vila Park

requalificado em 4 Estrelas O Hotel Vila Park, em Vila Nova de Santo André (Santiago do Cacém), finalizou um processo de remodelação das suas instalações, no intuito de aumentar o conforto das mesmas, tendo obtido a requalificação de 4 estrelas.

Passaporte Ambiental

Documento entregue a todos os hóspedes, aquando do check-in, onde se informam todas as práticas amigas do ambiente.( http://www. vilapark.com/pdf/passaporte_ambiental_pt.pdf )

Mini Produção

Composta por 528 painéis fotovoltaicos, que desde novembro/12 até março/16, já produziu mais de 566 Mwh, representando mais de 61% do total consumido e uma redução das emissões de CO2 de 208 toneladas.

Certificações são exemplo nacional

Detentor de um número impressionante de certificações, galardões e prémios ambientais, o Vila Park dá cartas nesta área fundamental da sustentabilidade ambiental, tendo sido em fevereiro de 2007 o primeiro hotel do Alentejo e o primeiro 3 estrelas de Portugal com a certificação ISO 14001. Igualmente, em 2007 integrou o restrito grupo de 12 hotéis com o galardão Green Key, atribuído pela Associação Bandeira Azul (ABAE). Em janeiro de 2009, foi reconhecido pela TÜV como Eco-Hotel, um referencial internacional de elevada exigência. Medalha de Mérito do município de Santiago do Cacém, o complexo hoteleiro é também detentor de prémios como o de Boas Práticas Ambientais, atribuído pela Turismo do Alentejo (ERT); detém o estatuto de Empresa Solidária, atribuído por diversas entidades do tecido social e económico alentejano; programa de gestão voluntária de carbono (Carbon Free) – tendo já contribuído para a plantação de mais de 120 mil árvores em diversos projetos nacionais e internacionais. Participa no projeto Check Out For Nature (COFN), da World Wide Fund for Nature(WWF) - programa de angariação de fundos para a organização de conservação global e apoiar a biodiversidade local. Fruto desta postura é convidado como speaker em vários eventos (congressos, seminários, palestras), nomeadamente em várias universidades e escolas, para apresentar o seu estudo de caso. ▪

www.vilapark.com info@vilapark.com Tel. 269 750 100 / 961 551 973 .:. Fax 269 750 119 Facebook/HotelVilaPark

39 MAIO 2016

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oram renovados todos os quartos, com a utilização de produtos amigos do ambiente, nomeadamente pavimentos e revestimentos em cortiça, assim como o hall de entrada. “Decorridos 13 anos de operação, era necessário proceder a um refreshment das instalações, no intuito de aumentar o conforto e consequentemente a satisfação dos nossos clientes. Tratou-se de um processo delicado pois, mantivemos a operação, efetuando os trabalhos com o mínimo transtorno, o que por vezes foi um desafio”. A utilização da cortiça, nos pavimentos dos quartos e corredores, assim como nas cabeceiras dos quartos é uma das apostas na nova imagem do Hotel Vila Park. De realçar na parte ambiental:


ESPECIAL

25ª Aniversário da RELACRE

“A IMPORTÂNCIA DOS LABORATÓRIOS PARA A sEGURANÇA E qUALIDADE DA vIDA nA SOCIEDADE”


EDITORIAL OPINIÃO

Álvaro Silva Ribeiro, Presidente da RELACRE

A Importância da RELACRE para a Comunidade de Laboratórios Portugueses e para a Sociedade

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39 MAIO 2016

RELACRE, Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal, iniciou o seu percurso em 9 de maio de 1991, numa época em que se apresentavam novos desafios aos Laboratórios Portugueses, decorrentes da recente entrada de Portugal na Comunidade Europeia, do desenvolvimento do Mercado Único, do desenvolvimento tecnológico e da Acreditação como reconhecimento da competência. Neste contexto, e seguindo uma tendência europeia neste sentido iniciada pela criação, em 1990 da EUROLAB, um conjunto de entidades nacionais impulsionadas pelo Instituto Português da Qualidade, tornaram realidade esta Associação, constituindo-se como uma rede de Laboratórios e definindo como objetivos principais representar os interesses e a opinião da comunidade Portuguesa de entidades com atividade laboratorial, cooperar com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais,e promover os valores da Qualidade, entre outros. Nos 25 anos que, entretanto, passaram, a RELACRE foi consolidando o seu papel na Sociedade, criando diversas valência em resposta às necessidades e expectativas da comunidade de Laboratórios, atingindo um alargado âmbito de atuação que hoje incorpora vertentes de formação e qualificação de competências, assessoria e consultoria técnica, certificação de pessoas em áreas como os ensaios não-destrutivos, organização de eventos nacionais e internacionais, comissões técnicas e Setoriais, e outras funções que ajudaram a construir um Setor de atividade laboratorial que contribui significativamente para a Economia nacional. Merece particular destaque, no que se refere à sua intervenção, o papel de relevo que a RELACRE tem tido no contexto internacional onde, ao longo dos anos, tem assumido funções de coordenação e gestão de organizações europeias e internacionais, onde promove e defende os Laboratórios Portugueses e a importância da atividade laboratorial para a Economia e para a Sociedade. Atualmente os desafios que se colocam à RELACRE são ainda maiores. O alargamento da sua representatividade a entidades que atuam no contexto da avaliação da conformidade, a globalização que conduz à internacionalização, os desafios empresariais decorrentes da dinâmica da Economia internacional, a perspetiva integrada das diferentes vertentes que determinam a gestão (politica, económica, tecnológica e social), o desenvolvimento tecnológico e científico crescente, a intervenção determinante da governação quer pela regulação quer pela crescente dependência do quadro legislativo europeu, e a elevada importância das expectativas de cidadãos e consumidores na Sociedade atual, são elementos chave para delinear a atuação da RELACRE no futuro. No presente, a RELACRE prepara o futuro com os Laboratórios e com as Entidades que desenvolvem a avaliação da conformidade, entendendo que a sua ação é cada vez mais importante na garantia de valores fundamentais da Sociedade moderna como são a Segurança e a Qualidade de Vida, tendo escolhido este tema como motivo para a sua celebração dos 25 anos.


25 ANOS RELACRE

Relacre

Há 25 anos com os Laboratórios Há 25 anos ao serviço dos laboratórios portugueses, a Relacre, Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal, organizou no passado dia 9 de maio no Museu do Oriente, Lisboa, o Simpósio Internacional “Os Laboratórios, a Segurança e a Qualidade de Vida”.

RELACRE

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objetivo do Simpósio Internacional passou pelo debate aberto no âmbito das questões relacionadas com a importância das atividades de avaliação da conformidade no contexto da Segurança e da Qualidade de Vida e do seu reconhecimento pela Sociedade e pelos Consumidores. Com oradores de renome a abordarem temáticas atuais e de relevo para as atividades laboratoriais discutiram-se fatores importante como os desafios e o enquadramento que levaram à criação da Relacre; as Diretivas europeias, códigos dos contratos públicos e acreditação; os desafios da internacionalização; a competitividade e a importância do setor laboratorial na economia; e, ainda, a importância da atividade laboratorial no contexto sócio - económico e para a sociedade.

O papel da Relacre e a EUROLAB

Esta nova realidade cedo evidenciou a necessidade da criação de uma organização que permitisse juntar os laboratórios numa rede, permitindo promover o diálogo para o fortalecimento ao nível técnico e económi-

co, promover as suas capacidades e competências e estabelecer condições para a sua competitividade neste exigente mercado. Este mesmo propósito, a nível europeu, foi a origem da criação da EUROLAB, que ocorreu em 27 de abril de 1990, contando com a participação de Portugal através do Instituto Português da Qualidade [IPQ]. Desde esse momento, houve a necessidade de se criar, no país, uma entidade capaz de representar os laboratórios portugueses na EUROLAB, tendo o IPQ promovido um Fórum de laboratórios públicos e privados, acreditados ou com interesse na acreditação, para constituição de uma Associação de Laboratórios, cuja escritura ocorreu em 9 de maio de 1991, com a designação de Relacre - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal, à qual aderiram 21 entidades com laboratórios acreditados. Ao longo da sua existência a Relacre tem pautado a sua ação no sentido de cumprir esta importante missão de apoiar e representar a comunidade de laboratórios, ajustando o seu campo de atuação às crescentes necessidades apresentadas pelos laboratórios, ciente do seu papel na sociedade.▪


25 ANOS RELACRE

Presidente do Conselho de Administração da Relacre de 1991 a 1997 e Representante nacional na EUROLAB entre 1992 e 1997, Orlando Paixão participou em várias comissões técnicas no domínio da qualidade e dos ensaios laboratoriais. Para o primeiro presidente da Relacre, estes 25 anos marcam o início de uma nova etapa com uma lista nova de propostas de trabalhos. “Consigo fazer um balanço positivo destes 25 anos da Relacre, está a vista de todos o trabalho que tem vindo a ser feito pela Associação, não só pela credibilidade que representa juntos dos órgãos nacionais da acreditação e da certificação, onde, nesta associação, os laboratórios se encontraram e se apoiaram numa representação nacional e internacional”. Para Orlando Paixão, a Relacre soube acompanhar o desenvolvimento que se verificou na Europa, nos desafios que se foram colocando aos laboratórios, apoiando-os e acompanhando bem o incremento e o desenvolvimento na Europa. “Tenho orgulho no trabalho desenvolvido pela Associação e pelos nossos laboratórios e orgulho no sistema nacional que apoia os sistemas de acreditação e de certificação de laboratórios que lhes dá reconhecimento”, afirma. Orlando Paixão acredita veemente que os laboratórios portugueses estão preparados para os novos desafios que se impõem com as novas diretivas. Têm conseguido acompanhar tecnológica e organizacionalmente o desenvolvimento a nível mundial. “Estou convicto e acredito que os laboratórios vão ser capazes de acompanhar os desafios que vierem da europa. A credibilidade dos nossos laboratórios na qualificação e qualidade dos ensaios dos produtos que testam é bastante forte”, conclui.

Álvaro Silva Ribeiro

Presidente da Relacre

Para Álvaro Ribeiro o balanço destes 25 anos da Associação expressa-se não só pela dimensão que tem hoje enquanto associação, mas também pelo seu posicionamento a nível internacional com lugar de destaque na coordenação de organizações, como a EUROLAB, bem como se expressa pela ligação que hoje consegue ter com as partes interessadas, começando pelos laboratórios, a essência da Relacre, mas também o crescente envolvimento que têm com os reguladores e com a entidade acreditadora. Há uma intenção por parte da Relacre em perceber qual é o impacto que esta atividade tem para os consumidores e para os cidadãos, que são para Álvaro Ribeiro quem determina hoje o futuro das decisões que permitem o desenvolvimento da atividade económica. “A Relacre tem um papel muito importante e útil para a sociedade. Tem um papel de apoio e de acompanhamento, para além de que trabalha de forma a permitir que toda a estrutura nacional, a nível legislativo e a nível das capacidades e competências dos laboratórios, também se desenvolva”, explica o Presidente.

José Roseiro

Administrador da Relacre

O papel da Relacre para o fortalecimento dos laboratórios acreditados em Portugal e para o desenvolvimento e internacionalização do tecido económico é muito claro: é o de representação dos laboratórios. A Associação pretende ser um prestador de serviços acreditado que cumpra regras que sejam claras para todos e aceites internacionalmente. “Temos uma representação dos laboratórios acreditados em termos europeus e mundiais e este simpósio revela exatamente isso, muito do que aqui foi dito tem um nível internacional porque o futuro passa por aí, por um pequeno laboratório a funcionar sabendo os que demais fazem, cooperando, formando redes, olhando para fora”, explica José Roseiro. A Relacre passou 25 anos a desenvolver trabalhos para que o dinamismo dos laboratórios acreditados fosse uma realidade. “Queremos passar essa mensagem, que existe uma realidade atual que a Associação está a acompanhar e a adaptar-se. Tem planos bem definidos para o seu futuro”, afirma José Roseiro.

41 MAIO 2016

Orlando Paixão

Primeiro Presidente da Relacre


25 ANOS RELACRE Opinião Administração CTCV - Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro

CTCV Referência de qualidade

e inovação na Medição e Ensaio Com quase 30 anos de atividade, o CTCV é uma entidade do sistema científico e tecnológico criado com a finalidade de apoiar tecnicamente a Indústria da cerâmica e do vidro. Conta com cerca de 50 colaboradores, na sua maioria com formação superior nas áreas da engenharia, prestando apoio técnico a empresas do setor e outras, na áreas dos ensaios e análises, formação, consultoria e inovação e desenvolvimento.

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em a sua atividade laboratorial concentrada no iParque em Antanhol, onde dispõe de instalações modernas e funcionais adaptadas às necessidades atuais. Os laboratórios do CTCV absorvem cerca de metade dos colaboradores, dedicando-se os restantes a trabalhos de Inovação e de Consultoria. São quatro os laboratórios do CTCV: Ensaio de Produtos, Análise de Materiais, Monitorização Ambiental e de Segurança e Sistemas de Energia. Todos os laboratórios se encontram acreditados pelo IPAC de acordo com as normas NP EN ISO/IEC17025.

LEP - Laboratório de Ensaio de Produtos

RELACRE

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O LEP dedica-se à realização de ensaios em produtos para autocontrolo ou para certificação de produtos cerâmicos, vidro, pedra, betão, argamassas e colas (p.ex. telhas, tijolos, blocos, abobadilhas, ladrilhos e mosaicos para pavimento, azulejos e placas de revestimento, louça sanitária, louça utilitária e decorativa, vidro de construção, vidro automóvel, agregados, cubos de betão, lancis, pavimentos, canaletes, adesivos para colagem de cerâmica ou pedra). A maioria dos ensaios promovidos pelo LEP é realizada de acordo com normas europeias e internacionais e determinam as características dimensionais, físicas, mecânicas e de durabilidade dos materiais. Os equipamentos que possui são máquinas universais de ensaios mecânicos de compressão, tração e flexão; câmaras climáticas, de nevoeiro salino, de radiação ultravioleta e de medição de COV libertados para o ar interior; máquinas de degaste; equipamentos para avaliação do escorregamento; torre de queda de esfera; equipamentos de medição do atrito e de escorregamento e equipamentos para medição da condutividade térmica, entre outros. O LEP é reconhecido por vários organismos como por exemplo a CERTIF e SGS para a certificação de produtos, o CSTB para a marcação NF-UPEC de pavimentos cerâmicos, a AMECA para a marca DOT em vidro automóvel, bem como o IMTT para vidro automóvel.

LAM – Laboratório de Análise de Materiais

O LAM dedica-se à realização de análises químicas, mineralógicas e determinações físicas em matérias-primas, produtos cerâmicos, vidros e outros materiais industriais, em especial os de caráter inorgânico. A diversidade dos ensaios efetuados é um dos principais fatores diferenciadores do LAM, abrangendo um leque muito alargado que vai desde a caracterização de materiais, aos controlos ambiental e de higiene industrial. Os trabalhos desenvolvidos regularmente são: caracterização de matérias-primas para a indústria da cerâmica, vidro e cimento; caracterização de resíduos para efeito de deposição em aterros; análises de efluentes gasosos e efluentes líquidos; avaliação de agentes contaminantes em suspensão no ar ambiente (poeiras, sílica cristalina, fibras de amianto). Possui diversos equipamentos como um analisador automático de tamanho de partículas, um analisador térmico simultâneo, dilatómetro, difratómetro de raios-X, espectrómetro de fluorescência de raios-X, espectrofotómetro de absorção atómica (chama e câmara de grafite), gerador de hidretos, microscópio de aquecimento, microscópio ótico com contraste de fase, entre outros.

Com equipas especializadas e multidisciplinares nas diversas áreas técnicas, dispõe dos equipamentos de referência que cumprem com as normas europeias: sonómetros, analisadores automáticos, estações meteorológicas, estações móveis de análise e amostragem, permitindo total autonomia no desempenho do serviço. Na área das radiações possui um radiómetro portátil para medição de radiações óticas e artificiais não coerentes. A incomodidade gerada pelos odores é uma temática cada vez mais relevante, pelo que o CTCV desenvolveu uma parceria com o líder Europeu na caracterização de odores em ar ambiente e gerado por Produtos e Materiais, a Odournet, de modo a oferecer este novo serviço aos seus clientes, que poderão assim caracterizar o impacto dos seus novos produtos quer ao nível do consumidor, quer ao nível ambiental.

LSE – Laboratório de Sistemas de Energia

MAS – Laboratório de Monitorização de Ambiente e de Segurança

O LMA é um laboratório acreditado que se dedica à amostragem e caracterização de todos os parâmetros ambientais e de segurança, desde efluentes gasosos e líquidos, ar exterior e interior, ruído e, mais recentemente, odores, bem como monitorizar um conjunto alargado de parâmetros de risco e de contaminantes do ambiente de trabalho, tais como: avaliação do ruído, vibrações sistema mão-braço e corpo inteiro, iluminância, stress térmico e contaminantes químicos (poeiras totais, poeiras respiráveis entre as quais a sílica e fibras de amianto). Complementado pelo Laboratório de Análise de Materiais, é um dos poucos laboratórios nacionais que na área do ambiente tem determinação analítica interna. Por outro lado usa as sinergias de consultoria ambiental com a Unidade de Ambiente e Sustentabilidade do CTCV, podendo desta forma oferecer aos seus clientes um serviço completo, desde o planeamento, à monitorização e por fim à resolução de problemas.

O LSE é um laboratório preparado para realizar auditorias a empresas consumidoras intensivas de energia, como é o caso das empresas cerâmicas e vidreiras, ou produtoras de energia, como parques fotovoltaicos. Possui também equipamentos de ensaios a coletores solares térmicos e módulos fotovoltaicos, para controlo de qualidade e certificação destes produtos. Outras valências são ainda os ensaios de rendimento de caldeiras, bombas de calor, permutadores de calor, reservatórios de água quente. Dispõe dos mais modernos equipamentos (seguidor solar, simulador solar, câmara climática, equipamento de carga mecânica, equipamento de pressão interna, equipamento de penetração de chuva, equipamentos de medição elétrica, câmara de luminescência e diversos equipamentos de medição de condições climáticas). Para além das áreas laboratoriais, o CTCV possui também equipas de intervenção nas áreas da gestão da qualidade, ambiente e segurança, energia, formação, projetos de desenvolvimento, investigação aplicada e normalização. O CTCV é cada vez mais uma referência Nacional de qualidade e inovação, com um leque alargado de ensaios acreditados e serviços e cujo mérito é reconhecido e valorizado pelo tecido empresarial. ▪


25 ANOS RELACRE

LNEG E OS

25 ANOS RELACRE O Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) é um organismo do Ministério da Economia que desenvolve atividades de I&D no domínio da Energia e da Geologia.

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LNEG desenvolve investigação orientada para as necessidades da sociedade, de forma sustentável, em linha com as melhores práticas internacionais. Assegura que as áreas de conhecimento permitam uma resposta adequada às necessidades do setor empresarial, desenvolvendo e transferindo conhecimento nas áreas da energia e geologia para apoio às políticas públicas, para a sociedade e para a economia. No cenário internacional integra as redes European Energy Research Alliance e o EuroGeosurveys. O LNEG possui uma rede de laboratórios acreditados (http://www.lneg.pt/servicos/1/ ) pelo Instituto Português de Acreditação (Biocombustíveis e Ambiente, Ciência e Tecnologia Mineral, Energia Solar e Materiais e Revestimentos) o que contribui decisivamente para a sua visão de Excelência assim como o seu reconhecimento pela sociedade. O LNEG é sócio fundador da RELACRE, fazendo parte do seu Conselho de Administração. Associa-se à celebração do 25º aniversário com a certeza da contribuição da Relacre para o fortalecimento dos laboratórios acreditados em Portugal e do seu papel no desenvolvimento e internacionalização do tecido económico.

Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Geologia

O LNEG em imagens

Investigação, Desenvolvimento e Inovação em tecnologias associadas às fontes renováveis de energia. ▪

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www.lneg.pt | geoportal.lneg.pt | info@lneg.pt

www.facebook.com/LNEGPortugal


25 ANOS RELACRE OPINIÃO DE Jorge Marques dos Santos, Presidente do Instituto Português da Qualidade

O LABORATÓRIO NACIONAL DE METROLOGIA ENQUANTO PILAR NA CONFIANÇA DAS MEDIÇÕEs Com a criação do Instituto Português da Qualidade (IPQ), em 1986, pelo Decreto-Lei n.º 183/86, de 12 de julho, Portugal dotou-se de uma infraestrutura nacional responsável pelas atividades de normalização, qualificação e metrologia, assegurando a ação do Sistema Português da Qualidade.

A Marques dos Santos

Presidente do Instituto Português da Qualidade

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persistente procura da Qualidade é um objetivo constantemente perseguido pelas organizações que pretendem melhorar a eficiência da sua ação e, de uma forma geral, por toda a população, através da crescente consciencialização dos direitos dos consumidores e utentes, garantindo um sistema gerador de confiança e capaz de uma melhor resposta aos desafios emergentes da sociedade global. É neste contexto que o Laboratório Nacional de Metrologia (LNM) encontra o seu espaço de atuação assegurando a garantia, o rigor e a exatidão das medições realizadas, permitindo a sua comparabilidade e rastreabilidade a nível nacional e internacional, bem como realizando, mantendo e desenvolvendo os padrões das unidades de medida, apoiando-se em cadeias hierarquizadas de padrões e redes de laboratórios metrológicos de qualificação reconhecida. Aos LNM são atualmente exigidos esforços crescentes

de desenvolvimento, rigor e eficiência, os quais beneficiam certamente de um envolvimento de todas as entidades com capacidades e competências metrológicas, bem como de um maior compromisso e cooperação nacional. Os desenvolvimentos tecnológicos verificados na metrologia têm sido, na sua generalidade, acompanhados através da participação em trabalhos de cooperação nacionais e internacionais, de forma a assegurar, como Laboratório Nacional, a rastreabilidade das medições das grandezas sob a sua responsabilidade, nomeadamente, através da: Implementação e reconhecimento a nível Europeu de um Sistema de Gestão da Qualidade segundo o referencial NP EN ISO/IEC 17 025:2005 e Guias ISO associados; Participação em programas de investigação e desenvolvimento financiados pelo 7.º Programa-quadro da Comissão Europeia e Horizonte 2020; Participação em projetos de comparação interlaboratorial para demonstração da equivalência internacional dos seus padrões e procedimentos, no âmbito do Acordo de Reconhecimento Mútuo, suportando o registo das suas Capacidades de Medição e Calibração na base de dados do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM). Atualmente, a realidade nacional, assente numa sólida e estruturada rede de laboratórios de metrologia de qualificação reconhecida, usufruindo de qualificações especializadas e reconhecidas, nacional e internacionalmente, tem permanentemente necessidade de validar e demonstrar as suas melhores capacidades. É nesta conjuntura que a RELACRE tem desempenhado, ao longo dos seus 25 anos, um papel preponderante na afirmação e no reconhecimento dos Laboratórios Portugueses, promovendo as suas capacidades e competências, fatores determinantes de uma competitividade sustentada. O IPQ, enquanto Associado Fundador, coopera desde sempre com a RELACRE em inúmeras ações, destacando-se a colaboração e o apoio técnico na dinamização e realização de atividades no âmbito da formação, dos ensaios de aptidão a laboratórios de ensaio e de calibração, assessoria e auditoria, bem como na participação nas suas comissões técnicas no domínio da metrologia. A cooperação e a utilização das capacidades e competências nacionais existentes contribuirão para o desenvolvimento sustentado e harmonizado da economia e do bem-estar dos cidadãos, permitindo enfrentar os desafios futuros da metrologia, nomeadamente, na disseminação das unidades de medida, na resposta às exigências da indústria nacional e da sociedade, na garantia do rigor das medições envolvidas nas transações e no controlo da segurança e ambiente. ▪


25 ANOS RELACRE OPINIÃO DE JOÃO REBELO COTTA, General Manager Iberia ALS ControlVet E MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA RELACRE

Porque nos revemos na

RELACRE

A Relacre é, sem dúvida, uma associação com elevado prestígio em Portugal. Representando os laboratórios acreditados é a voz forte que os laboratórios podem ter na melhoria da sua competitividade e na redução dos custos de contexto. ditação (onerados pela excessiva frequência de auditorias) devem ser ajustados para que não criem condições desiguais de concorrência face a outros países. Apesar de muito dos nossos clientes diretos já estarem muito cientes da importância da acreditação, penso que temos de trabalhar mais na promoção do papel e notoriedade da acreditação junto dos mesmos mas também junto dos clientes dos nossos clientes, isto é do consumidor final. Muitas vezes é desconhecido o imenso esforço e investimento que a garantia de rigor técnico da acreditação representa. A ALS ControlVet quer felicitar a RELACRE pelos seus 25 anos de existência. Esperam a RELACRE anos exigentes e desafiantes, realizando um benchmarking constante para incrementar a competitividade e reputação dos laboratórios acreditados Portugueses. Por tudo isto a ALS ControlVet se revê e participa na RELACRE. A RELACRE terá um papel cada vez maior na promoção das vantagens da acreditação, na tranquilidade que a mesma transmite a quem beneficia dos serviços dos laboratórios assim como na melhoria das condições de contexto que possam afetar a competitividade do setor. ▪

JOÃO REBELO COTTA

General Manager Iberia ALS ControlVet E MEMBRO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA RELACRE

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implementação de um sistema de gestão da qualidade eficaz baseado na ISO 17025 ajuda, sem dúvida, a melhorar em muito a organização interna dos laboratórios e a sua fiabilidade técnica. O seu posterior reconhecimento pela entidade acreditadora confere maior notoriedade e preferência do mercado. A acreditação é um fator de confiança para os nossos clientes. Também no comércio internacional a acreditação dos laboratórios e ensaios é um requisito quase universal para validar a qualidade dos processos e produtos transacionados. As vantagens da acreditação tanto do ponto de vista interno da fiabilidade dos laboratórios assim com a tranquilidade que a mesma transmite aos clientes, não é hoje posta em causa Hoje em dia os laboratórios trabalham numa envolvente muito competitiva, em que os custos, e a eficiência dos seus processos são muito importantes. Os laboratórios em Portugal já não competem somente no mercado interno mas cada vez mais no mercado externo. Por isto é igualmente relevante adequar os custos de contexto ao que se passa noutros países, com condições de mercado e preços idênticas às de Portugal. Os custos da acre-


25 ANOS RELACRE

CSI – Consumo Sob Investigação

Poucas organizações reinventam diariamente a sua credibilidade como faz a nossa. Todos os dias analisamos os produtos tal como estão disponíveis na prateleira do hipermercado, são entregues em casa ou vendidos pela internet – isto é, desenhamos e implementamos estudos e testes que reproduzem as condições normais do consumo de um produto.

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criatividade das fraudes, vamos respondendo com critérios mais apertados, com buscas mais alargadas. Não hesitamos, por exemplo, em recorrer a legislação aplicada por outros países, se apontarem novos caminhos, que possam ser o pilar futuro de novos direitos ou do aprofundamento dos existentes em Portugal. E publicamos as nossas descobertas. Elogiamos quando é possível, denunciamos sempre que é necessário. E não nos limitamos a sussurrar responsabilidades, sejam públicas ou privadas. Fazemos como no poema Pastelaria, de Cesariny: “Que afinal o que importa é não ter medo de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente: Gerente! Este leite está azedo!”

RELACRE

Bruno Santos, Public Affairs, Stakeholders and Communication Manager

Este assombro, esta frontalidade, e esta enorme responsabilidade que carregamos desde os anos 70 do século XX, têm um parceiro imprescindível – os laboratórios certificados que trabalham connosco e que representam a vanguarda técnica e tecnológica nas suas áreas de intervenção. Sem o profissionalismo que reconhecemos e em que confiamos, o esforço permanente para estar em linha com o estado da arte, e a disponibilidade para corrermos riscos juntos, o nosso caminho até aqui teria sido muito diferente. Uma parte da nossa credibilidade assenta totalmente nesta interatividade com os laboratórios nacionais e estrangeiros que connosco trabalham. A sua credibilidade e o seu rigor são a nossa credibilidade e o nosso rigor. A defesa dos direitos dos consumidores seria, ainda e só, um palco de proclamações. Faríamos, certamente, belos powerpoints, mas sem profundidade, sem alcance… em duas palavras: sem resultados. E se intervimos publicamente da forma convicta fazemo-lo sabendo que contamos com o profissionalismo dos laboratórios que são nossos parceiros neste percurso de quatro décadas. É a diferença entre “achar” e “provar”. É o salto entre a intransmissibilidade da experiência pessoal e a identificação de problemas que nos afetam coletivamente. É o abismo entre o boato e a apresentação de resultados robustos, obtidos cientificamente. A nossa ação seria apenas – diferente – se não pudéssemos contar com as dezenas de profissionais qualificados que nos apoiam? A resposta é inequivocamente negativa. Estaríamos numa fase muito mais rudimentar e menos extensa. Em qualquer sociedade, a proteção dos consumidores é indissociável e diretamente proporcional ao avanço, à qualidade e à seriedade científica dos laboratórios que a compõem. E se caminhámos juntos até aqui, é também lado a lado que seguiremos em frente, porque os avanços dos nossos parceiros são a melhor garantia do nosso sucesso. E a solidez do trabalho de cada laboratório que participa nos nossos testes é também o nosso compromisso de credibilidade para com todos os consumidores. Porque é para eles que trabalhamos. Todos os dias. ▪


25 ANOS RELACRE OPINIÃO DE VANDA REIS, DIRETORA DO LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA DO AMBIENTE DA APA

Uma Referência do Ambiente A rede laboratorial da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) é composta pelo Laboratório de Referência do Ambiente (LRA) e por cinco laboratórios regionais, inseridos nas Administrações de Região Hidrográfica do Norte, Centro, Alentejo e Algarve, que a partir de 2012 passaram a estar integradas na APA. ao confirmar a existência de um nível de competência técnica elevado, reconhecido nacional e internacionalmente. Atualmente encontra-se em fase de conclusão o projeto para dotar a rede laboratorial de um único processo de acreditação com gestão centralizada no LRA, que permita unir os cinco sistemas da qualidade e uniformizar procedimentos. Pretende-se desde modo que, no corrente ano, a auditoria do IPAC contemple já esta alteração, permitindo assim efetivar o último passo da consolidação da estrutura de funcionamento em rede. Ao nível dos sistemas de informação, tem havido uma forte aposta na desmaterialização da rede laboratorial, que atualmente dispõe de duas ferramentas informáticas de apoio à gestão dos processos analíticos e à gestão da qualidade. Já no que respeita ao capital humano da rede laboratorial, importa mencionar o elevado nível de conhecimento e especialização da sua meia centena de técnicos, que têm vindo a assegurar atividades altamente especializadas em áreas estratégicas do domínio ambiental, dentro e fora da APA, sendo algumas destas atividades valências únicas no país. As medidas recentemente instituídas no funcionamento da rede laboratorial têm demostrado ser eficazes quer na racionalização de recursos, quer na uniformização de procedimentos que permitem agora uma melhor partilha de conhecimento e uma gestão centralizada dos processos. Ultrapassadas que foram algumas divergências de metodologia, fruto dos laboratórios pertencerem a estruturas autónomas no passado, é agora possível consolidar esta estrutura cuja base de funcionamento assenta em critérios de melhoria contínua. Esta reestruturação provou, em diversas situações, constituir uma mais-valia na internalização de conhecimento técnico-científico, no apoio regional a situações de emergência ambiental em articulação com outras entidades, e no controlo e monitorização dos recursos ambientais. ▪

VANDA REIS

DIRETORA DO LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA DO AMBIENTE DA APA

Ao nível dos sistemas de informação, tem havido uma forte aposta na desmaterialização da rede laboratorial, que atualmente dispõe de duas ferramentas informáticas de apoio à gestão dos processos analíticos e à gestão da qualidade

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esta nova estrutura, o LRA funciona como laboratório central e os laboratórios regionais, estruturas mais pequenas, como laboratórios de primeira linha, de apoio regional. Esta rede contribui, assim, para o cumprimento das competências da APA em matéria de monitorização ambiental, fiscalização e resposta a emergências, denúncias/reclamações, pelo desenvolvimento de trabalho analítico de suporte às políticas de ambiente. Considerando as valências analíticas do LRA, nas áreas da química geral, microbiologia, metais, química orgânica, biologia e qualidade do ar, é possível à APA, com a criação da rede laboratorial, dar cumprimento ao grande volume de trabalho interno e também prestar serviços a clientes externos. Numa altura em que a restruturação dos serviços do Estado continua a ser matéria de análise e discussão política, considera-se que, para além das óbvias vantagens financeiras, o trabalho desenvolvido na APA com a criação desta rede laboratorial, trouxe vantagens acrescidas relativamente à eficácia e eficiência dos serviços, nomeadamente na uniformização de procedimentos, partilha de conhecimento, formação interlaboratorial, otimização das valências de cada laboratório, acreditação e qualidade do serviço e renegociação de contratos com fornecedores. Com efeito, o LRA centraliza agora a maior parte dos procedimentos de aquisição de bens e serviços que se destinam à rede laboratorial, designadamente reagentes e outros consumíveis de alta rotatividade, obtendo-se desta forma a desejável economia de escala. Todos os laboratórios que constituem a rede laboratorial da APA estão acreditados pela Norma NP EN ISO/IEC 17025, sendo avaliados externamente pelo IPAC, numa base anual. Essa acreditação consiste na avaliação e reconhecimento da competência técnica de entidades para efetuar atividades específicas de avaliação da conformidade. Essencialmente, promove a confiança interna e externa no que respeita à qualidade de execução de determinadas atividades,


25 ANOS RELACRE OPINIÃO DE Filipa Melo de Vasconcelos, Subinspetora-Geral da ASAE

25 Anos de Valor

A comemoração do 25º aniversário da RELACRE é um marco no panorama nacional dos Laboratórios acreditados, a que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica entusiasticamente se associa enquanto sócio fundador, não só pelo relevante papel que esta Associação imprime na sociedade em geral, como também pela marca indelével de acrescentar valor pelo impulso pró-ativo na implementação das melhores práticas laboratoriais e de gestão da qualidade pelos seus associados que alavancam assim a competitividade e a sustentabilidade desta área de atividade.

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contributo da ASAE é dar testemunho do papel do nosso Laboratório de Segurança Alimentar (LSA) na segurança e qualidade de vida da sociedade, não deixando, contudo, enquanto membros da A. G. de saudar calorosamente os órgãos sociais e toda a Equipa da RELACRE por este quarto de século! A ASAE dotada de autonomia administrativa, detém poderes de Autoridade e é Órgão de Polícia Criminal, tendo por missão a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora do exercício das atividades económicas, nos setores alimentar e não alimentar, bem como a avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, sendo o organismo nacional de ligação com as suas entidades congéneres, a nível europeu e internacional.

RELACRE

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Na área laboratorial, tem como principais atribuições:

Proceder à realização de ensaios laboratoriais de natureza físico-química, microbiológica e sensorial de géneros alimentícios com vista a verificar a sua conformidade legal no âmbito de ações de prevenção e repressão de fraudes, bem como com vista a aferir a autenticidade e genuinidade dos mesmos; Prosseguir com as políticas de qualidade de acordo com a s normas em vigor, de forma a garantir a acreditação do LSA pelo organismo nacional competente (IPAC); Desenvolver estudos tendentes à caracterização dos géneros alimentícios e colaborar com as demais entidades nacionais e internacionais nas medidas tendentes ao estabelecimento de limites e de legislação adequada aos géneros alimentícios; Colaborar com os restantes laboratórios nacionais e regionais oficiais nos domínios da formação profissional e execução das tarefas inerentes à respetiva acreditação, e

Participar em cadeias de avaliação de capacidade laboratorial com vista ao reconhecimento no âmbito do controlo europeu coordenado.

O Laboratório de Segurança Alimentar da ASAE é suportado por 4 valências laboratoriais:

Laboratório de Bebidas e Produtos Vitivinícolas é o único laboratório nacional que executa e está acreditado para análises isotópicas por SNIF-NMR em vinhos, aguardentes e álcoois; A Câmara de Provadores da ASAE, além de proceder à análise sensorial de variados alimentos, tem acreditada a análise sensorial de azeite e, conjuntamente na área de análises físico-químicas, o LSA tem estatuto de laboratório reconhecido pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), encontrando-se em processo de candidatura a acreditação da análise sensorial de vinhos e aguardentes; Laboratório de Físico-Química é Laboratório Nacional de Referência para: a determinação de Dioxinas e PCB’s em géneros alimentícios e alimentos para animais, para a determinação de Micotoxinas em géneros Alimentícios e para PAH’s em óleos e gorduras; Laboratório de Microbiologia e Biologia Molecular é o único laboratório de Controlo Oficial Nacional com métodos acreditados no âmbito da Autenticidade Alimentar, pela implementação robusta de métodos na área da biologia molecular, permitindo à ASAE intensificar o combate à fraude alimentar, pela deteção e quantificação de várias espécies animais, por PCR em tempo real. Esta metodologia permite resposta célere, quer na deteção de bactérias patogénicas, quer na identificação de ADN de espécies animais e vegetais em géneros alimentícios. Destaca-se a atividade do LSA pela solidez do seu Sistema de Qualidade numa nova abordagem integrada e inovadora que vai ao encon-

Filipa Melo de Vasconcelos Subinspetora-Geral da ASAE

tro dos seus clientes externos, e, que, acima de tudo visa dar resposta multidisciplinar aos desafios da segurança alimentar e ao combate à fraude alimentar. A ASAE com uma equipa dinâmica e qualificada que otimiza os seus processos de gestão, aposta assim no alcance de resultados mais ambiciosos, enformados numa perspetiva mais ampla e realista relativa à identificação dos setores dos alimentos que são alvo de práticas fraudulentas, evoluindo de um regular Laboratório estatal para um prestigiado Laboratório de Polícia Científica. ▪


25 ANOS RELACRE OPINIÃO DE ANTÓNIO SARAIVA, PRESIDENTE DA Confederação Empresarial de Portugal – CIP

Credibilização:

o contributo dos laboratórios para o ecossistema empresarial Tenho procurado, na minha intervenção pública, enfatizar a responsabilidade que recai sobre as empresas e os empresários na promoção do desenvolvimento económico. como com a legislação, nomeadamente toda a legislação europeia relativa à segurança, saúde e proteção dos consumidores ou do ambiente. Essa garantia, requer o recurso a laboratórios acreditados, eles próprios sujeitos a severos e frequentes processos de verificação e auditoria por entidades oficiais. Mesmo em domínios onde não é legalmente exigível a intervenção de entidades independentes, e onde se exigem apenas declarações de conformidade dos fabricantes, estes têm vindo, cada vez mais, a recorrer a laboratórios acreditados, ou à acreditação dos seus próprios laboratórios, a fim de obterem maior confiança e maior credibilidade perante terceiros. Sem a rede de laboratórios acreditados que presentemente existe em Portugal, as empresas ver-se-iam na necessidade de recorrer, com custos muito mais elevados, a laboratórios estrangeiros para certificar a conformidade dos seus produtos com a legislação aplicável ou com as exigências dos seus clientes. Os laboratórios acreditados são, por isso, um elemento fundamental no ecossistema empresarial. Cedo sentiram a necessidade de dialogarem entre si, trabalharem em rede e promoverem-se e fazerem-se representar externamente. A credibilização dos laboratórios portugueses no exterior, sobretudo, é uma necessidade permanente, uma vez que, independentemente das exigências legais, asseguradas no mercado europeu por qualquer laboratório acreditado, é preciso que as certificações que atribuem sejam percebidas pelos clientes estrangeiros como tão credíveis como as dos laboratórios dos seus próprios países. Para isso se constitui, há 25 anos, a RELACRE, entidade que é um exemplo vivo da relevância do associativismo, causa a que tenho dedicado grande parte da minha vida. A sua presença como membro da CIP atesta também a importância que a RELACRE dá ao movimento associativo empresarial. Por tudo isto, é com todo o gosto que, nesta ocasião do 25º aniversário da RELACRE, reconheço e destaco o modo como tem cumprido a sua importante missão de apoiar e representar a comunidade de laboratórios, contribuindo para o seu reconhecimento na sociedade e para o desenvolvimento e credibilização da sua atividade. ▪

ANTÓNIO SARAIVA

PRESIDENTE DA Confederação Empresarial de Portugal – CIP

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T

enho insistido que o imperativo de relançar o crescimento depende das empresas, pois são elas quem produz riqueza e quem emprega. Contudo, uma empresa não é uma ilha isolada num mar de clientes. Assim, a condição de empresário exige, por um lado, que ele seja o líder de uma equipa, mas, por outro, exige que ele próprio faça parte de outra equipa, uma equipa que se entende entre si, cujos membros confiam um nos outros. Esta grande equipa é constituída pelas empresas, pelas entidades que lhes prestam uma grande diversidade de serviços e pelas instituições que têm a seu cargo a governação e a regulação das atividades económicas e sociais. Entidades e instituições que são parte fundamental daquilo a que alguns teóricos designam por ecossistema empresarial. Retirando todas as consequências da analogia com o mundo das ciências da natureza, diria que a riqueza e o dinamismo de um ecossistema, não se afere apenas pelo número e pela diversidade dos seus elementos, mas sobretudo pelas interações e equilíbrios que estabelecem entre si e com o meio exterior. Além disso, a falta ou eventuais fraquezas de um só elemento comprometerão o bom desempenho de todo o ecossistema. É nesta perspetiva da sua participação no ecossistema empresarial que destaco a importância dos laboratórios acreditados para a Sociedade. De facto, há muito que não basta o recurso às tradicionais técnicas de marketing para que um bem ou serviço tenha aceitação no mercado, ou possa mesmo ser comercializado, tanto no mercado interno como no exterior. É necessário produzir com qualidade, e qualidade é conformidade com o uso, é durabilidade, e é respeito pelas especificações, sejam dimensionais ou relativas à natureza dos materiais utilizados. A confiança no relacionamento entre empresas não dispensa formas de verificação e, para isso, as empresas precisam de recorrer a laboratórios, sejam eles internos à própria empresa ou laboratórios terceiros. Mas não basta produzir com qualidade: é preciso garantir essa mesma qualidade e, em muitos casos, garantir a sua conformidade com normas aplicáveis, bem

Retirando todas as consequências da analogia com o mundo das ciências da natureza, diria que a riqueza e o dinamismo de um ecossistema, não se afere apenas pelo número e pela diversidade dos seus elementos, mas sobretudo pelas interações e equilíbrios que estabelecem entre si e com o meio exterior


25 ANOS RELACRE

Parceiro de Excelência A propósito dos 25 anos da RELACRE, a Revista Pontos de Vista conversou com Acácio Lima e Maria João Nascimento, respetivamente Diretor Executivo/CEO e Assessora da Direção/COO da A. Jorge Lima Lda, que abordaram também alguns dos desafios da marca para o presente e futuro.

A contínua fidelização dos nossos clientes, que têm sido os nossos parceiros e garantes do sucesso em conjunto. Alargar as competências em áreas emergentes de negócio, tendo como visão a sustentabilidade de um futuro a curto e médio prazo, das necessidades dos nossos clientes. Aumentar as nossas Parcerias Internacionais, que nos permitem uma evolução alucinante em relação á concorrência. Fortalecer a área da consultoria no mercado, sendo esta uma das maiores apostas da A. Jorge Lima para o próximo triénio

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om mais de duas décadas de atividade, a A. Jorge Lima Lda, é hoje um player de relevo pelo elevado desempenho em áreas tecnológicas específicas. Neste sentido, que balanço perpetuam do percurso realizado pela marca? A A. Jorge Lima sempre se pautou por princípios de ética e profissionalismo bem enraizados, que foram passando de dia para dia e de ano para ano, tanto para os seus colaboradores como para os seus clientes e parceiros. O balanço de duas décadas é extremamente positivo para uma empresa da nossa envergadura. A aposta constante na atualização de competências, recursos humanos qualificados e com vontade de progredir, assim como, equipamentos de ultima geração; permitem sem dúvida fazer um balanço positivo da evolução constante da A. Jorge Lima e subsequentemente a facilidade de adequação às exigências dos novos mercados globais.

De que forma é que prestam o vosso apoio a setores da economia como a energia, a química e petroquímica, indústrias transformadoras e transportes? Sendo a nossa postura de adequação imediata aos novos mercados e setores emergentes, temos uma postura de parceria e desenvolvimentos de serviços, que permitem aos nossos clientes ter sempre a Solução! A nossa vasta gama de serviços, consegue abarcar vários setores de atividade, pois somos possuidores de um Know How alargado e transversal em vários setores: - Inspeção de fabrico, Ensaios Não Destrutivos, qualificação e requalificações de soldadores e processos de soldadura. - Inspeções de 3ª parte, NDT, marcação CE Marking, qualificações, consultoria.

MARIA JOÃO NASCIMENTO

Refinarias, petroquímicas e produtores de energia, instalações Hidro e Eólicas Inspeção de condição de materiais e equipamentos (estudos de degradação / ensaios). Fabricantes de componentes, fundições, indústria automóvel e ferroviária. - NDT, coordenação de soldadura e suporte a certificações CE, Norsok, Lloyd’s, DNV, etc. aprovação de tipo (modelo) ou aprovação de fabricantes (apoio – consultoria) Ensaios NDT e verificação de proteção anti corrosivo. - Inspeção, ensaios e controle de qualidade como subcontatados de sociedades internacionais de inspeção e certificação: - Inspeções de 3ª parte e fabricantes – para exportação de produtos e equipamentos, com especial incidência na indústria dos Petróleos. (SGS, B. Veritas, ApplusVelosi, Qatar Petroleum, Total, ENI, BP, Sonamet ). Levando-nos a abranger vários países como Portugal, Angola, Ghana, Espanha, Alemanha, Cabo Verde, Moçambique. A base do negócio da marca é constituída pela prestação de serviços “in house” e “in situ” de Ensaios Não Destrutivos (NDT); Consultoria e Certificação em Soldadura; Formação Profissional em áreas de Tecnologias de Fabricação, Ensaios e Materiais. Em que consistem estas metodologias? Sendo a A. Jorge Lima uma empresa com: Formação Profissional - Certificação DGERT (Entidade Gestora Portuguesa de Formação) Técnicos de Ensaios Não Destrutivos Certificados de acordo EN ISO 9712 / ASNT TC 1A – Níveis l 1, 2 e 3, em Ultra Sons , Radiografia, Líquidos Penetrantes, Visual, Partículas Magnéticas, Ensaios de Fuga e Correntes Eddy.

Engenheiros Internacionais e Europeus de Soldadura Certificados (EFW / IIW). Inspetores e supervisores de soldadura certificados de acordo (EWF / IIW), AWS e CSWIP Inspetores de pintura certificados FROSIO Nível 3 Auditores Técnicos de equipamentos de pressão (PED / ASME) , soldadura e atividades de ensaios não destrutivos. Acreditação de Laboratório de Ensaios Não Destrutivos de acordo EN ISO 17025 Empresa aprovada para Ensaios ND por Siemens e DB Fornecedor aprovado para grupo Repsol, âmbito de Inspeções e Ensaios e Certificação de atividades de Soldadura, Ensaios Não destrutivos, e Investigação e Desenvolvimento de acordo EN ISO 9001-2008 – pela TUV ; temos metodologias definidas para cada tipo de serviço, como:Ensaios correntes Não Destrutivos de acordo Normas EN / ISO, ou ASTM /ASME (Em bunker ou em campo usando Raios X e Gama, radiografia clássica ou digital direta; Sistemas de Ultra sons, manuais e semi automáticos com apresentação - A, B scan ; Phased Array e TOFD; Sistemas fixos e portáteis de Líquidos Penetrantes, incluindo técnica para altas temperaturas; Ensaios por Partículas Magnéticas usando todos os tipos de magnetização; Correntes Eddy Currents para soldaduras e tubulares; Ensaios de fugas de He , (alta precisão ) e técnicas de comuns ( caixa vácuo); Inspeção visual remota ou direta, ou mecanizada (laser scanning). Ensaios Especiais de Suporte e Controlo de Pintura (Ultra sons para controle de soldadura por pontos (Industria automóvel); Campo elétrico diferencial para avaliação profundidade de fissuras; Ensaios de dureza (Microdur) ou Micro Dureza; Metalografia e análise Metalográfica; Avaliação / medição da ferrit δ; Micro-


A RELACRE comemora este ano 25 anos. Que mensagem gostaria de deixar? Desejamos que esta parceria se prolongue pelo menos por mais 25 anos, com tanto vigor, profissionalismo, excelência e dinâmica característica desta indústria. Mantendo o estatuto que a RELACRE conseguiu conquistar nacional e internacionalmente.

análise e microscopia eletrónica SEM e EDS; Análise de Refletometria de Pulsos sonorous (RPA) em tubagem; Avaliação de superfícies e condições / qualidade de pintura e revestimentos; Espetrometria para Identificação de Materiais (PMI); Spark Test – para verificação de isolamentos). Serviços de Soldadura e Consultoria Técnica (Aprovação de processos e operadores de Soldadura de acordo EN -ISO -ASME standards e igualmente PED / ASME , como organismo ( parceria com ITG); Estudo de novos métodos e procedimentos ; Suporte a projeto de equipamentos e reservatórios e piping, PED ou ASME ou API); Suporte e serviços de coordenação para aprovação de estruturas soldadas de acordo diretiva Europeia e normas EN 1090- 1, 2 and 3 ( Execution of steel structures and aluminium structures); Implementação e inspeção de partes soldadas para industria ferroviária de acordo Diretiva europeia e norma EN15085 (1 a 5); Consultoria e coordenação da implementação requisitos de normas Norsok como M 630 e M650). Inspeções de 3ª parte e comissionamentos, com objetivo de : Assegurar qualidade dos produtos e equipamentos; Detetar desvios às especificações / contrato,

25 ANOS RELACRE

atempadamente; Monitorar cumprimento de normas, procedimentos e especificações; Elaborar relatórios precisos e atempados para cliente (Na hora se necessário); Disponibilizar inspetores competentes e treinados para as inspeções requeridas. Na vossa orgânica, onde «entra» a vertente da Inovação? Em que ponto é a mesma essencial nos vossos desideratos? Nos dias de hoje, empresas como a nossa têm obrigatoriamente que ter presente a inovação no contexto dos serviços prestados. Serviços como Análise das causas de Anomalias (Corrosão generalizada, Corrosão localizada, Corrosão por picadas, Fissuras por fadiga e outras ( em serviço ou de processo), Delaminações, Deformações locais, Indentações, Danos provocados por sobre aquecimento, Degradação microestrutural, Ataque químico). O Uso de novas técnicas e métodos e a Melhoria de desempenho de sistemas, são uma parte da “inovação” nos nossos serviços. Com as exigências dos mercados externos, ao nível da qualidade dos produtos e serviços prestados pelos nossos clientes, nós, A. Jorge Lima somos os parceiros que em conjunto com os nossos clientes, conseguimos ter uma visão alargada e além-fronteiras das metodologias e técnicas aplicadas, que nos permite estar sempre em constante evolução. Dando resposta cabal às necessidades dos nossos clientes. Disponibilizam ainda um leque alargado de soluções de formação. Qual a relevância desta vertente para a marca e como tem sido desenvolvida? AJL é empresa Certificada para Formação Profissional para largo espetro de áreas, possuindo soluções à medida.

Em especial:

- Área da Soldadura. - Ensaios Não Destrutivos (NDT), e Destrutivos (DT).

- Materiais, corrosão e tecnologias. - Conta com monitores altamente especializados e com facilidade intervenção in loco ou em qualquer local. A capacidade de adaptação aos requisitos dos clientes, é sem sobras de dúvida uns dos nossos pontos fortes. Apesar de termos no nosso portfólio formação standard, temos também a capacidade de ouvir os nossos clientes, e de conseguir adaptar a formação às suas exigências e expetativas. Isto leva-nos por uma caminho de excelência na área da formação, pois já muitos disseram que “as empresas são as pessoas” e como tal se não as qualificarmos, as orientarmos, as for-

marmos… não poderemos posteriormente exigir excelência dos nossos produtos ou serviços prestados! A nossa Certificação DGERT e o Reconhecimento pela RELACRE são dois dos pilares onde assentamos a nossa mais-valia em termos de formação. Conseguimos ao longo do tempo evoluir rapidamente nesta área, dadas as competências adquiridas nacional e internacionalmente dos nossos formadores; que para além de qualificação e certificação em diversas áreas, têm também uma vasta experiencia em campo. O que leva para a formação um adicional contributo que enriquece a formação de novos talentos.. ▪

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A A. Jorge Lima, Lda. É, desde 2010, reconhecida pela RELACRE como centro de formação e exames para a certificação de operadores de ensaios não destrutivos. Que importância tem esta ligação à RELACRE? A RELACRE é uma instituição independente de todos os laboratórios, como tal o nosso reconhecimento por parte Desta é de extrema importância, pois atesta as nossas competências que permitem assegurar a formação das novas gerações de técnicos de ensaios não destrutivos e a certificação dos nossos operadores. É para nós um orgulho sermos uma das poucas empresas cuja formação é reconhecida pela RELACRE, o que nos trás uma forte capacidade técnica e reconhecimento das nossas capacidades.



25 ANOS RELACRE

O LABORATÓRIO DE ENSAIOS E CALIBRAÇÃO DA ANACOM

Garantir a utilização eficaz e eficiente do

espectro radioelétrico

O Laboratório de Ensaios e Calibração (LEC) da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) tem como missão contribuir para a modernização das comunicações eletrónicas em Portugal, através da garantia da qualidade dos equipamentos existentes no mercado nacional, tendo sempre como finalidade a defesa do consumidor.

S

endo o espectro radioelétrico um bem escasso, a sua utilização é permanentemente alvo de várias medidas regulamentares e legislativas, europeias e nacionais, no sentido de regular e disciplinar a sua utilização. Por esta razão, a ANACOM considera fundamental dispor de um Laboratório que permita assegurar que os equipamentos (novos ou em utilização) cumprem os requisitos essenciais impostos para a sua comercialização. Trata-se de um Laboratório acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), integrando uma equipa de técnicos especializados, capazes de oferecer a máxima confiança nos serviços prestados. O compromisso do LEC é a investigação e o desenvolvimento tecnológico, executando, com rigor, ensaios e calibrações de forma a garantir a utilização eficaz e eficiente do espectro radioelétrico. Configuração anecoÍca da câmara, para o ensaio de imunidade radiada

▶ O que se faz no LEC Ensaios de compatibilidade eletromagnética

Ensaios radioelétricos

No LEC é verificada a conformidade dos equipamentos com os requisitos decorrentes da legislação em vigor. São realizados testes a equipamentos emissores, recetores e emissores/ recetores, por forma a verificar a conformidade das suas características

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O LEC avalia a conformidade dos equipamentos com as normas de compatibilidade eletromagnética. Realiza ensaios de emissão e imunidade, quer conduzida quer radiada, em equipamentos de rádio e terminais de telecomunicações e em equipamentos de comunicações eletrónicas, por forma a verificar a conformidade com o requisito essencial de compatibilidade eletromagnética. Dada a natureza dos ensaios realizados, o LEC dispõe de duas câmaras blindadas, uma delas semianecóica, que permitem confinar os campos eletromagnéticos gerados internamente e blindar os ensaios aí realizados dos campos eletromagnéticos externos.

Calibração de parâmetros S de atenuador de RF

com os requisitos específicos estabelecidos em legislação nacional e europeia, com o objetivo principal de assegurar uma correta utilização do espectro radioelétrico. Dispõe também de uma câmara de simulação de condições climáticas que permite variações de temperatura e humidade relativa, dentro dos parâmetros normativos.

Calibração

No LEC são rastreados os resultados de medição ao Sistema Internacional de Unidades (SI).

Ensaios Radioeléctricos em Câmara Climática

São também realizadas calibrações periódicas aos equipamentos de medida e de ensaio utilizados pela ANACOM, por forma a assegurar a qualidade metrológica dos parâmetros radioelétricos. É contemplada a calibração em corrente contínua/ baixa frequência (CC/BF) até 1 MHz e radiofrequência (RF) até 26,5 GHz. É ainda assegurada a rastreabilidade dos sinais de frequência padrão, através do sistema GPS, que são fornecidos ao LEC e a todos os centros de fiscalização radioelétrica da ANACOM. ▪

Saiba mais em

www.anacom.pt


25 ANOS RELACRE

CALSEG – CONSULTORIA E SERVIÇOS

Calseg, o melhor parceiro “Os valores por que nos regemos são os da imparcialidade, independência e credibilidade gerados por uma equipa jovem, responsável, dinâmica, especializada e focada no cliente e nas suas necessidades”. Este é o mote da Calseg, uma empresa sólida no mercado da inspeção, amostragem e ensaios. A Revista Pontos de Vista dá-lhe a conhecer mais sobre esta empresa numa conversa com Miguel Machado Cruz, Diretor Geral e Sócio Gerente da Calseg.

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RELACRE

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CALSEG rege-se pelo compromisso com os referenciais da qualidade, rigor e independência, atuando como empresa de referência no mercado Agroalimentar. Que serviços são prestados pela empresa? Por que valores se regem e querem ser reconhecidos? Quando a CALSEG nasceu, faz agora dez anos, iniciou a sua atividade com a implementação e acompanhamento de sistemas da qualidade nomeadamente o HACCP bem como com a representação do laboratório NEOTRON SpA de Itália. Com o tempo foi-se focando na atividade do Laboratório representado colaborando com as principais empresas do sector agroalimentar nacional e com o Estado Português através de vários organismos públicos com responsabilidade na segurança dos produtos comercializados. Mais recentemente resolvemos entrar numa nova área, que cremos necessitar de uma nova dinâmica, tendo criado de raiz uma estrutura, entretanto acreditada, para inspeção e amostragem nos Portos de mar, silos, armazéns e Indústria na manipulação, movimentação e transporte de produtos agroalimentares. Para esta nova atividade conta com o reconhecimento internacional do GAFTA (The Grain and Feed Trade Association) do qual é membro e é o único laboratório nacional acreditado pelo IPAC (Instituto Português de Acreditação) segundo a NP EN ISO/IEC 17025:2005 para amostragem de cereais, derivados de cereais, matérias-primas para alimentação animal e rações. Os produtos amostrados e inspecionados podem estar a granel ou acondicionados. De modo a fechar o ciclo da atividade faz ainda o controlo da qualidade de produtos agroalimentares através de ensaios analíticos em laboratório próprio ou da sua representada. Dos ensaios acreditados realizados destaco a identificação e quantificação de impurezas em trigo, milho, cevada e centeio que são de grande interesse para os Importadores e Indústria. Em todas as atividades desenvolvidas são gerados relatórios detalhados sustentados no sistema da qualidade que são a imagem final de comunicação com o cliente. Os valores por que nos regemos são os da imparcialidade, independência e credibilidade gerados por

desafio a médio prazo

MIGUEL MACHADO CRUZ, DIRETOR GERAL

uma equipa jovem, responsável, dinâmica, especializada e focada no Cliente e nas suas necessidades. Fazemos um esforço redobrado na formação e conhecimento das atividades que desenvolvemos, com espírito crítico e na tentativa constante de melhoria. Com o mote do Simpósio internacional “Os Laboratórios, a Segurança e a Qualidade de Vida” realizado no passado dia 9 de maio, existe uma importância acrescida dos serviços prestados pelos laboratórios de amostragem e controlo de qualidade? Cremos, sem dúvida alguma, que os Laboratórios envolvidos na inspeção, amostragem e ensaios são relevantes e cruciais para a segurança dos produtos agroalimentares. Tendo a CALSEG a oportunidade de frequentemente fazer parte da avaliação de commodities do setor primário que se destinam a indústrias a montante da cadeia agroalimentar, como cereais para Moagens e Fábricas de Rações, mais importante ainda pensamos ser esse nosso papel. Ao apoiar a garantia e qualidade das matérias-primas estamos também a aumentar exponencialmente a qualidade da alimentação animal e huma-

No mercado Europeu em que estamos inseridos e no contexto das regras europeias quais são os desafios para a vossa atividade? Qual o desafio a médio prazo? O mercado Europeu traz-nos muitas regras e legislação, mas por outro lado a crescente harmonização entre os estados membros traduz-se numa oportunidade para as empresas aqui instaladas que podem assim com transparência e segurança atuar em vários territórios. O desafio a médio prazo é o alargamento das atividades da CALSEG ao mercado de proximidade e naturalmente disponível pela facilidade de comunicação que é o espanhol, replicando conhecimentos e modos de atuação entretanto consolidados no mercado nacional.

na nacional ajudando assim a garantir uma melhor Qualidade de Vida à população. A CALSEG prima pela melhoria contínua da qualidade das inspeções, amostragens e ensaios analíticos realizados. Quais são, atualmente, as maiores preocupações para os laboratórios que prestam estes serviços? Estando atualmente criadas as bases que garantem aos nossos clientes que os serviços prestados têm as validações e acreditações necessárias às suas exigências e dos seus clientes temos que garantir que somos tidos como um parceiro que entende e ajuda a resolver os seus problemas. Com a concorrência saudável que existe e tendo o mercado uma oferta variada de soluções àqueles que inovem, criem parcerias e vão para além da necessidade imediata do cliente apresentando soluções que ajudem a ultrapassar os obstáculos são os que podem aspirar a manter-se no negócio. Ao trabalhar em conjunto e sendo reconhecidos como um elemento natural à atividade a parceria cresce e consolida-se. Assim a preocupação principal com que lidamos é conhecer e entender as necessidades dos clientes para oferecer soluções úteis e que criem uma mais-valia. ▪



25 ANOS RELACRE OPINIÃO DE Ricardo Lopes Ferro, Diretor Executivo do Grupo Bureau Veritas Portugal

Normalização

como fator de competitividade A normalização associada a cada “Indústria”, no termo anglosaxónico, reúne um conjunto de disciplinas técnicas de uso indiferenciado pelos diversos setores da economia (indústria, agricultura, comércio e serviços) e compreende, na sua essência, as áreas de metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade (acreditação, inspeção, ensaios, certificação e funções correlacionadas, como os procedimentos de autorização, aprovação, registo, licença e homologação.

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stas funções deverão ser complementadas pela informação tecnológica, as tecnologias de gestão (com ênfase inicial em gestão da qualidade) e a propriedade intelectual, áreas denominadas genericamente como serviços de infraestrutura tecnológica. Assim a adequada observação, análise e incorporação destas ciências, em cada negócio, possibilita, ao empresário, a internacionalização dos seus produtos através da adequação do seu produto às exigências técnicas obrigatórias, em cada respetivo mercado, na melhoria da qualidade dos seus produtos, bem como da agregação de valor através de certificações voluntárias. Neste contexto, as atividades de metrologia, normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformidade, bem como outras ações de suporte à pesquisa, desenvolvimento e engenharia, passaram a ser vitais para garantir a modernização tecno-

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lógica da empresa, bem como para viabilizar a inovação tecnológica de forma a aumentar sua capacidade competitiva. Cabe ressaltar que nos principais mercados é cada vez mais frequente a exigência de certificações, algumas com recurso a ensaios realizados por laboratórios acreditados e conduzidos segundo normas e regulamentos técnicos. Portugal, tem como um dos pontos fortes para a sua competitividade empresarial, uma rede de serviços tecnológicos cada vez melhor estruturada e equipada para dar suporte à indústria e aos demais setores da economia no sentido de apoiar as empresas a cumprir com as exigências técnicas e incrementar sua capacidade de competir no plano internacional. Aproveitemos todo o potencial desta rede de serviços tecnológicos e ganharemos todos, empresas, certificadores e laboratórios e naturalmente Portugal e os portugueses. ▪


25 ANOS RELACRE OPINIÃO DIREÇÃO LABORATÓRIO HIGH LEVEL NETWORK LAB

High Leverage Network Laboratory

O Laboratório High Level Network Lab é uma infraestrutura única a nível nacional no ensino superior, que permite a simulação de uma rede de operador de telecomunicações, desde a rede de cliente, passando pelo acesso e distribuição, até à rede de transporte e de serviços e conteúdos Cloud.

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ste projeto, resultado de uma parceria entre o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e a Alcatel-Lucent (atual NOKIA) foi inaugurado oficialmente em 2013, e é um dos mais avançados e completos do país em tecnologia IP/MPLS de última geração e um dos primeiros do mundo a serem dotados com a tecnologia Software Defined Networks (SDN) sendo uma referência na área das Tecnologias de Informação e Comunicação. O objetivo principal do laboratório passa por assegurar uma formação sólida e prática nas novas tecnologias de comunicação, suportada por um conjunto de equipamento de última geração de nível de operador IP/MPLS e service routers, contribuindo para a empregabilidade e competitividade dos alunos e quadros portugueses no país e no mundo e abrangendo um universo de mais de 150 estudantes por ano, repartidos pelos diversos cursos de licenciatura e mestrado em eletrónica e comunicações; informática e computadores; informática e multimédia; informática, redes e telecomunicações. O projeto potencia igualmente a participação do ISEL em projetos inovadores nacionais e internacionais nas diferentes áreas suportadas pelo laboratório, com diferentes entidades públicas e privadas. Esta infraestrutura tem permitido igualmente responder a diversas empresas que pretendem uma formação de qualidade baseada em prática laboratorial, preparando e reciclado os quadros técnicos nas novas tecnologias de comunicação. O High Level Network Lab integra atualmente quatro áreas. A área principal é o IP/MPLS, constituída por um conjunto de service routers de core e edge que suportam protocolos avançados em IP e MPLS; mobile backhauling 2G, 3G e LTE; transporte de conteúdos multimédia através de IP/MPLS; redes de transmissão de média e longa distância; análise e desenho de soluções de comunicações; políticas de gestão de QoS e gestão de assinantes. A área de acesso é constituída por uma rede de acesso e distribuição ótica e de cobre, de equipamento ativo para suporte de redes de acesso GPON e xDSL, desde a componente de operador até aos equipamentos terminais de assinante. Esta área de acesso está diretamente relacionada com a área das infraestruturas de telecomunicações em edifícios e urbanizações (ITED e ITUR), tendo sido criada uma infraestrutura para o ensino nesta área. Esta componente foi resultado de uma parceria com a TEKA Eletronics e a EFAPEL, tendo sido acreditada pela ANACOM como laboratório de suporte à formação de projetistas e instaladores ITED e ITUR. Finalmente o laboratório conheceu recentemente uma nova e importante fase de desenvolvimento com a instalação de uma infraestrutura computacional e de plataforma de gestão de serviços que permite a investigação e experimentação de infraestruturas computacionais na área da Cloud e em redes SDN. O High Level Network Lab constitui atualmente um ecosistema para o ensino, formação e desenvolvimento de projetos inovadores e parcerias com indústria, contribuindo para um fortalecimento das competências técnicas dos futuros engenheiros. ▪


25 ANOS RELACRE OPINIÃO DA DIREÇÃO ISEL - Laboratório de Investigação e Desenvolvimento em Engenharia & Saúde

ENGENHARIA BIOMÉDICA O desenvolvimento tecnológico das últimas décadas revolucionou as ciências médicas. A medicina apoia-se atualmente em tecnologia de ponta que permite uma maior compreensão dos mecanismos moleculares das doenças e melhores formas de diagnóstico e de terapia.

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sta mudança criou a necessidade de um novo conjunto de profissionais que consigam articular as áreas mais tecnológicas com a medicina e com as ciências da saúde em geral. É nesta necessidade crescente do mercado que se enquadra o engenheiro biomédico. A Engenharia Biomédica é uma das áreas da engenharia que apresenta atualmente uma das maiores evoluções tecnológicas. O ensino deste tipo de profissionais tem de ser, portanto, dinâmico, atual e inovador, ministrado por docentes que geram conhecimento nas áreas da engenharia e da saúde. Deste modo consegue-se formar profissionais competentes e empreendedores com capacidade de usar os conhecimentos apreendidos de forma criativa, inovando e acrescentando em áreas estratégicas do setor da saúde. Com o objetivo de promoção da Engenharia Biomédica, o ISEL fomentou a instalação de um novo Laboratório de Investigação e Desenvolvimento (I&D) nas áreas de interface Engenharia-Saúde, o Laboratório de Engenharia e Saúde (ES), no qual se desenvolve investigação com foco na BioEngenharia aplicada à Medicina. O Laboratório resulta de um protocolo de colaboração, entre o Instituto Politécnico de Lisboa e a Universidade Católica Portuguesa (UCP), com o objetivo principal de servir a sociedade portuguesa através da promoção de investigação em Engenharia Biomédica e cujas linhas principais de ação resultaram de projetos iniciados na Faculdade de Engenharia da UCP. O Laboratório apresenta infraestruturas e equipamentos para realizar trabalho em engenharia biomolecular (como de engenharia genética), microbiologia e de engenharia de células e de tecidos e análises baseadas em eletroforese (1 e 2D), western-blotting, imunocitoquímica, cromatografia, espectroscopia (VIS, UV, IV, Raman e de fluorescência) e de microscopia ótica, de fluorescência e de infravermelho. Com o apoio deste laboratório e dos restantes laboratórios e professores e investigadores do ISEL, nomeadamente das áreas da engenharia química, eletrónica, de computadores e de mecânica, foram concebidos e criados no ISEL dois novos cursos: a Licenciatura em Tecnologias Biomédicas e o Mestrado em Engenharia Biomédica, este último em parceria com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), acreditados pela Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES) pelo período máximo, seis anos. Mais recentemente foi também criado o curso de Licenciatura em Engenharia Clínica e Hospitalar que entrará em funcionamento em setembro de 2016. O desenvolvimento de vacinas é focado contra infeções para as quais ainda não existe solução devido à variabilidade genética do agente patogénico. É exemplo disto, a infeção gástrica por Helicobacter pylori, que atinge 50% da população e que é o principal fator de risco de diversas patologias gástricas como as úlceras e cancro.

Microespectroscopia de infravermelho, para gerar imagens híperespectrais, para diagnóstico

Uma outra área relevante de investigação é a identificação de biomarcadores espectrais e moleculares de doenças, que permitam o aumento de conhecimento do mecanismo da patogénese, mas também a monitorização da patologia e apoio ao diagnóstico. Neste âmbito o grupo de I&D tem efetuado investigação na área do diagnóstico de infeções e de cancro. O laboratório tem também capacidade de implementação de técnicas analíticas multiparamétricas, aplicáveis em high-throughput ou em tempo real no local de produção, dentro da perspetiva da tecnologia analítica de processos. O Grupo tem trabalhado em processos de produção de plasmídeos utilizados em vacinas de DNA e terapia génica. A Prof.ª Cecília Calado, coordenadora do Laboratório ES, detém uma vasta experiência em projetos de I&D nacionais e internacionais e procura agora alicerçar o funcionamento do laboratório em mais parcerias, nomeadamente com a indústria farmacêutica, hospitais e outras instituições de saúde, com vista ao desenvolvimento de projetos inovadores na área da Engenharia Biomédica. ▪

Cultura de células animais na avaliação de citotoxicidade de novos materiais



25 ANOS RELACRE

Pela Qualidade e Boas Práticas Científicas

Milton Costa, Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, foi o primeiro português a presidir à Comissão Internacional de Sistemática de Procariotas responsável pela descrição e classificação de bactérias. Em entrevista à Revista Pontos de Vista, responde a questões como o que é a Legionella pneumophila e de que forma os laboratórios atuam na prevenção da doença.

Opinião de Inês Coelho, Pharmaissues Consultoria Unipessoal Lda.

PHARMAISSUES: O Parceiro de Excelência da Indústria Farmacêutica

O mercado farmacêutico tem, ao longo do tempo, evoluído de uma forma disruptiva, quer seja nas possibilidades terapêuticas que fornece à população, mas também, e obrigatoriamente, em toda a legislação que suporta e controla a sua evolução.

V milton costa

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tualmente, na sua opinião, quais são as maiores preocupações para a atividade laboratorial? Desde que o laboratório seja acreditado para a pesquisa de Legionella pelo IPQ (Instituto Português da Qualidade) não há qualquer tipo de preocupações. O laboratório tem de obedecer às regras impostas através de auditorias, se estiver tudo de acordo com o que é proposto as preocupações são praticamente eliminadas pois não há margem para erros.

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O que é a Legionella? Estas são perguntas ainda sem resposta para muitas pessoas. Que trabalho tem sido desenvolvido no Laboratório de Microbiologia do CNC/Biocant sobre a doença dos legionários? Não lidamos com as pessoas mas sim com as fontes de contaminação. A Legionella é uma bactéria que vive em água e é extremamente resistente ao calor. Normalmente encontramos legionelas em águas com temperaturas superiores a 17ºC e inferiores a 60ºC. Apesar de não trabalharmos diretamente junto das pessoas já fizemos alguns exames para descobrir Legionella em doentes. Quando solicitados, vamos aos locais como hotéis, hospitais colhemos água, biofilmes de vários sítios e de seguida cultivamos os microrganismos e identificamos as bactérias. Os procedimentos são específicos para Legionella. Passados quatro dias já conseguimos obter um resultado preliminar. Também colhemos amostras para determinar a presença de legionellas mas aquilo que procuramos não são legionellas vivas e infeciosas mas sim ADN de Legionella.

Quais as maiores lacunas no mercado e de que forma o Laboratório de Microbiologia do CNC/Biocant as combate? É difícil apontar lacunas do mercado uma vez que há regras para os procedimentos. Quando há erros são algo como as temperaturas de incubação, as estufas microbiológicas a uma temperatura errada, são alguns exemplos do que pode acontecer, de modo a que não aconteça erro nenhum, tudo o que é feito é anotado. A qualidade e as boas práticas científicas são um compromisso para o Laboratório de Microbiologia do CNC/Biocant que investiga e fornece serviços para empresas, organismos públicos e privados na área da saúde, laboratórios de investigação, empresas de biotecnologia, indústria farmacêutica, alimentar e agro-pecuária, empresas de águas termais e Câmaras Municipais. Dada a diversidade dos serviços prestados, como descreveria o contributo da prática da atividade laboratorial para com a sociedade? O nível de qualidade é elevado porque trabalhamos sob o controlo de várias acreditações, e com tantos anos de experiência o difícil é cometer um erro. Temos 30 anos de experiência, com artigos publicados sobre os nossos procedimentos. Relativamente ao contributo da prática laboratorial para a sociedade, as pessoas não têm grande noção do trabalho dos laboratórios, porém, quando surge um problema em que o único recurso são os laboratórios aí apercebem-se da importância e do nosso papel. ▪

ivemos num mercado global marcado por evoluções e revoluções constantes. O mercado atual é o reflexo da alteração constante das necessidades e paradigmas económicos ao longo do tempo. A PHARMAISSUES é uma empresa de consultoria farmacêutica que pretende dar resposta às constantes e novas necessidades deste setor, através da prestação de serviços globais e especializados nas áreas de Assuntos Regulamentares, Assuntos Médicos e Científicos e Assuntos Farmacêuticos. A emergente necessidade de adaptação das empresas a um ambiente cada vez mais regulado está a criar aos principais intervenientes do setor farmacêutico a obrigatoriedade de adaptação a novos modelos de negócio. Ao mesmo tempo, a imposição de serem cada vez mais bem-sucedidos colocam a PHARMAISSUES como ferramenta preferencial por ser uma empresa que resolve os principais desafios enfrentados pela indústria, através da disponibilização de serviços, com foco na satisfação, qualidade e excelência. Dado o ambiente dinâmico, competitivo e altamente regulado da indústria farmacêutica, para muitas empre-

sas o aumento da complexidade dos requisitos legais consome recursos financeiros avultados. O recurso a serviços de outsorcing altamente especializados apresenta-se como uma possibilidade altamente vantajosa pois permite libertar as empresas para se focarem nos seus processos mais críticos, ao mesmo tempo que reduz as necessidades e os custos de recrutamento com diferenciação. A PHARMAISSUES está apta a oferecer uma gama diversificada de serviços, capaz de desenvolver atividades com especial enfoque nas áreas dos assuntos regulamentares e assuntos farmacêuticos, assuntos médicos e científicos, medical writing, traduções técnicas (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Italiano, Japonês), testes de legibilidade, licenciamento de entidades entre outras. Possui como garantia uma equipa de colaboradores composta por profissionais de diferentes áreas que se complementam (Médicos, Farmacêuticos, Engenheiros e Tradutores), a PHARMAISSUES apresenta-se ao mercado como um parceiro estratégico e vantajoso, com um alto nível de conhecimento técnico e científico capaz de dar resposta às modernas necessidades do mercado. ▪

PHARMAISSUES - Consultoria Rua da Esperança nº 101, Ribeira de Frades 3045-420 Coimbra Telm.: 00351 910 815 004 | Email: geral@pharmaissues.pt



25 ANOS RELACRE

mENSAGENS DE AFILIAÇÕES INTERNACIONAIS

Dear friends of RELACRE... The Governing Board of UILI hereby express our congratulations to the Portuguese Association of accredited laboratories on the occasion of the 25thanniversary. We appreciate so much your constant interest in working hard on relevant issues related with the laboratory setor. It is an honor for UILI to have RELACRE as one of our most involved members at this moment, therefore we hope to maintain UILI-RELACRE relationship for long time.Our best wishes for you to have a good celebration. Luc H.A. Scholtis, President Union Internationale des Laboratoires Indépendants

technologies As Chairman of the International Committee for NDT, I am delighted to congratulate RELACRE on its 25th anniversary on 9th May 2016. The NDT arm of RELACRE, also known as the NDT Society of Portugal (Forum END), plays an important part in our ICNDT activities and will participate in our meetings in Munich next month during World Conference (19th WCNDT) when more than 2000 NDT professionals and 200 companies will be present to share experience and the latest scientific knowledge. RELACRE’s Personnel Certification Body for NDT is recognised in the ICNDT Multilateral Recognition Agreement for its certification scheme in accordance with international standards. I have been pleased to visit and speak at the ForumEND conference and been impressed by the breadth and depth of its activities in Portugal. Non-destructive Testing (NDT) is one of the technologies which RELACRE supports in our mutual quest for a safer world. NDT is widely used in safety critical industries including aerospace, rail, bridges, pipelines, power plants, petrochemical facilities and automotive industries. Timely NDT and condition monitoring brings economic benefits, avoids accidents and saves lives. Accredited laboratories and certificated personnel play vital roles in achieving the reliability on which we depend. Congratulations to the membership and staff of RELACRE! Mike Farley, President of ICNDT

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duas décadas e meia de existência Ao longo das duas décadas e meia de existência, a RELACRE tem-se destacado pela defesa dos interesses dos laboratórios nacionais, e de todos os que dependem dos resultados de ensaios e calibrações, através da promoção de ações de formação, testes de aptidão ou no acompanhamento técnico dedicado da atividade laboratorial. A RELACRE tem também organizado diversos grupos de trabalho com o objetivo de assegurar uma resposta nacional aos diversos desafios internacionais da qualidade dos ensaios e calibrações. Esta função tem sido essencial para permitir aos laboratórios acompanhar a evolução dos requisitos de qualidade dos seus serviços definidos pela sociedade por intermédio do sistema de acreditação. As atividades da Eurachem de promoção da qualidade das medições e exames em química têm encontrado na RELACRE um importante veículo de disseminação e discussão técnico-científica. Assim, como membro eleito do comité executivo da Eurachem e um dos representantes de Portugal nesta organização, gostaria de juntar o meu testemunho a todos aqueles que celebram este aniversário e contam participar no futuro promissor desta organização. Ricardo Bettencourt da Silva, Eurachem-Portugal

Congratulations and best wishes On behalf of IMEKO, the International Measurement Confederation’ I am delighted to congratulate RELACRE, the Association of Portuguese Accredited Laboratories, on its 25th anniversary on 9th May 2016. RELACRE has been highly successful in taking forward what is a very important mission, to create a network of laboratories in Portugal and representing these laboratories across Europe. With its 233 associates, and its membership of key European bodies including EFNDT, the European Federation for Non-Destructive Testing; EURACHEM, the focus for Analytical Chemistry in Europe; EUROLAB, the European Federation of National Associations of Measurement, Testing and Analytical Laboratories; ICNDT, the International Committee for Non-Destructive Testing; UILI the Union Internationale des Laboratories Indépendants and of course IMEKO, the International Measurement Confederation, it is able to be a spokesman for the Portuguese community very widely. Its long standing membership of IMEKO and strong participation in IMEKO events is greatly appreciated by the international community that meets together under the IMEKO banner. Portugal hosted, in 2009 in Lisbon, an excellent triennial World Congress of IMEKO that was attended by delegates from across the world and showed the strength and commitment of the Portuguese community to the highest standards and excellence of work.. I am very pleased that it has been able to do this so well, fulfilling its mission to support and represent the Portuguese community, for now some 25 years. I wish RELACRE well in this celebratory year and for the success of the events planned during the year to promote its work and mission to the public through presentations, around the key celebratory theme of the relevance of the work of the laboratories to everyday life – to safety, standards and quality. Again, on behalf of IMEKO, my congratulations and best wishes for a successful and enjoyable anniversary and good wishes for the planned events that will mark it. Ken Grattan, President of the International Measurement Confederation (IMEKO)

25 years and more European Federation for Non-Destructive Testing is a Europe-wide partnership promoting NDT and related fields for the benefit of industry, the professions, users and the wider community. It brings together the resources of the national NDT societies and organizations in Europe, among others RELACRE, and is dedicated to public safety in a technological word. I wish RELACRE a lot of success for the coming 25 years and more as well as further fruitful cooperation with EFNDT. Peter Trampus, EFNDT President


OPINIÃO DE Álvaro Silva Ribeiro, Presidente da EUROLAB aisbl

25 ANOS RELACRE

Projeto Europeu

de Criação da EUROLAB e a sua Missão

Em 1990, o projeto visionário de alguns Estadistas de relevo, de construção de uma Europa integradora nas suas vertentes Económica, Social e Política, teve reflexos em multíplos enquadramentos, um dos quais, o da atividade laboratorial. projetos que promovem o desenvolvimento de um mercado global com competitividade justa e transparente e onde exista o reconhecimento do papel e da contribuição deste Setor para a Economia e para dar resposta às crescentes expectativas da Sociedade. ▪

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ste espírito europeista encontra-se na visão dos criadores da EUROLAB, lembrando as palavras de Alan Bryden, primeiro Presidente desta organização: “Quando um grupo de Diretores de eminentes Laboratórios públicos e privados tomaram a iniciativa de criar a EUROLAB em 1990, eles partilhavam uma visão comum: que a harmonização do Mercado Interno Europeu só poderia prosperar se fosse suportado na qualidade e segurança dos produtos, dos bens e do ambiente, servindo simultaneamente os Cidadãos Europeus e promovendo a competitividade das empresas europeias e seus serviços no mercado mundial”. Hoje, a EUROLAB aisbl, enquanto Federação Europeia de Associações Nacionais de Laboratórios de Medição, Ensaios e Analiticos, é uma Entidade sem fins lucrativos com sede em Bruxelas, representando Associações Nacionais de 25 Paises Europeus e de Regiões vizinhas, incorporando mais de 2 000 organismos com atividade de avaliação da conformidade e mais de 100 000 profissionais. A EUROLAB dispõe-se numa rede de cooperação institucional com relações estabelecidas com diversos Organismos e Entidades a nível mundial, com uma atuação relevante no diálogo com a Comissão Europeia e com as diferentes partes interessadas na atividade económica que desenvolve. Assume particular importância a cooperação que existe atualmente entre diferentes Organismos internacionais associados ao Setor TIC (Testing, Inspection and Certification), designadamente a CEOC e a IFIA, bem como, a relação com diversas outras Organizações onde se encontra representada e onde tem intervenção ativa promovendo a justa concorrência e a importância deste Setor. Neste contexto, destaca-se a sua participação em comissões consultivas e técnicas da ILAC (International Laboratory Accreditation Cooperation), EA (European Cooperation for Accreditation), ISO (International Organization for Standardization), EURAMET ( European Association of National Metrology Institutes), entre outras. A EUROLAB aisbl é, hoje, uma entidade de referência a nível europeu e internacional, destacando-se na sua ação a elevada participação de peritos europeus em


25 ANOS RELACRE

RELACRE 25 anos na Vanguarda

A adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, ocorrida em 1986, recentrou o interesse económico do País no mercado europeu. A sua integração num novo contexto de livre circulação de produtos acompanhado da crescente harmonização suportada em regulamentação técnica e em requisitos de conformidade, realçou a importância da atividade dos laboratórios.

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sta nova realidade cedo evidenciou a necessidade da criação de uma organização que permitisse juntar os laboratórios numa rede, permitindo promover o diálogo para o fortalecimento ao nível técnico e económico, promover as suas capacidades e competências e estabelecer condições para a sua competitividade neste exigente mercado. Este mesmo propósito, a nível europeu, foi a origem da criação da EUROLAB, que ocorreu em 27 de abril de 1990, contando com a participação de Portugal através do Instituto Português da Qualidade [IPQ]. Desde esse momento, houve a necessidade de se criar, no país, uma entidade capaz de representar os laboratórios portugueses na EUROLAB, tendo o IPQ promovido um Fórum de laboratórios públicos e privados, acreditados ou com interesse na acreditação, para constituição de uma Associação de Laboratórios, cuja escritura ocorreu em 9 de maio de 1991, com a designação de RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal, à qual aderiram 21 entidades com laboratórios acreditados. Ao longo da sua existência a RELACRE tem pautado a sua ação no sentido de cumprir esta importante missão de apoiar e representar a comunidade de laboratórios, ajustando o seu campo de atuação às crescentes necessidades apresentadas pelos laboratórios, ciente do seu papel na sociedade. De salientar a mudança da perspetiva clássica centrada na componente técnica para uma perspetiva empresarial das entidades com atividade laboratorial (com interesse nas componentes Política, Económica, Social e Tecnológica). Player fundamental, a RELACRE tem vindo a estabelecer relações sustentadas, sólidas e de confiança com o universo de associados e a comunidade de entidades que atuam no contexto da avaliação da conformidade, em geral, desenvolvendo atividades

que resultam da pesquisa sistemática das suas necessidades, atuais e potenciais, tendo um impacto na atividade desenvolvida em Portugal e no contexto europeu e internacional. Abaixo apresenta-se uma retrospetiva das atividades da RELACRE, uma marca que celebra este ano 25 anos de existência.

solicitações de natureza técnica, de organização e de gestão identificadas pelos Laboratórios seus Associados.

Formação intra-Empresas

N.º de ações: 526 N.º de horas: 9 732,50 N.º de Formandos: 5 542

Formação inter-Empresas

N.º de ações: 1 188 N.º de horas: 24 837,50 N.º de Formandos: 13 463

Assessoria técnica e auditorias

A ação da RELACRE

A RELACRE - Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal tem como missão apoiar e promover a comunidade portuguesa de entidades de avaliação da conformidade acreditadas, contribuindo para o seu reconhecimento na sociedade e para o desenvolvimento e credibilização da sua atividade. Assim, a RELACRE, com a colaboração de uma bolsa de Espacialistas (Formadores, Responsavéis Técnicos, Auditores e Assessores) com vasta experiência e reconhecida competência, disponibiliza, desde a sua criação, um conjunto alargado de atividades particularmente vocacionadas para dar resposta às

N.º de auditorias: 319 N.º de ações de assessoria: 193

Eventos

N.º de eventos: 164 Participantes: 9 568

Certificação (OCP)

N.º de certificados: 1 451 Setores de águas, alimentar e END

Ensaios de Aptidão

N.º de Ensaios de aptidão e auditorias de medição: 941 N.º de participantes: 10 122


25 ANOS RELACRE

Comissões Técnicas e Setoriais

N.º de reuniões: 382 Participações: + de 4 500

Publicações

N.º de publicações: + 200 Guias RELACRE: 25

-Desenvolver um sistema de gestão de informação e comunicação, por forma a consolidar a harmonização de procedimentos associadas à organização interna. -Desenvolver a componente associativa e promover a importância da atividade laboratorial na sociedade, bem como a valorização da acreditação como um elemento diferenciador. -Consolidar o posicionamento da RELACRE como entidade de referência na representação dos Laboratórios Portugueses, a nível nacional e internacional. -Posicionar a RELACRE como elemento congregador na rede de entidades que atuam no âmbito da avaliação da conformidade. -Assegurar a sustentabilidade da associação e contribuir para a competitividade da comunidade de Laboratórios.

ALGUMAS MUDANÇAS RECENTES

Mudança de instalações com criação de novas oportunidades de atuação Modelo comunicacional interno de integração das diferentes áreas e da área financeira Modelo comunicacional externo com os Associados, Clientes e Entidades com interesse na atividade laboratorial Internacionalização (ensaios de aptidão e OCP) Acreditação da atividade de Ensaios de Aptidão e ECI’s Posicionamento internacional + relevante e com maior intervenção Reorganização da estrutura da RELACRE (Comissões Setoriais)

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Relações institucionais

Entidades de Regulação da Atividade Económica; Organismos que atuam no contexto da Qualidade, Normalização, Acreditação e Certificação, na Indústria e no Quadro da CPLP. Protocolos e Parcerias (nacionais e internacionais). Objetivos estratégicos


patrocinadores


Boas Práticas de Distribuição Farmacêutica

OPINIÃO de Diogo Gouveia, Presidente da Divisão Farmacêutica da Groquifar

Boas Práticas de Distribuição Deliberação 47/CE/2015 Segundo o artigo 100º do Decreto-Lei n.º 176/2006, do Estatuto do Medicamento, o titular de autorização de distribuição por grosso de medicamentos de uso humano deve cumprir com as Boas Práticas de Distribuição (BPD), principal documento legislativo do setor da Distribuição Grossista.

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Diogo Gouveia

Presidente da Divisão Farmacêutica da Groquifar

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PERFIL

está autorizado a distribuir medicamentos por s BPD são aprovadas por regulamento grosso. do INFARMED, I.P., considerando sempre Pelos exemplos supramencionados, é facilmente as diretrizes aprovadas pela Comissão percetível que a nova legislação visa obter maior Europeia. rigor operacional no setor da Distribuição FarmaA nível europeu, ocorreu em 2013 a publicação cêutica com a finalidade de assegurar a autenticide novas Guidelines para as Boas Práticas de dade dos medicamentos que circulam na Cadeia Distribuição de Medicamentos que, ao nível da Normal de Abastecimento. realidade portuguesa, resultou na aprovação e Paralelamente, as novas diretrizes visam adequar consequente publicação da Deliberação n.º 47/ a legislação existente à realidade atual e às novas CD/2015, a 19 de março de 2015. Esta nova delipráticas de um mercado em constante transforberação vem revogar a Portaria n.º 348/98, do dia mação. 15 de junho, no que respeita às BPD de medicaEm suma, a maior responsabilização dos grosmentos face às atuais exigências do mercado e sistas pelas suas atividades vem aumentar a impelos modelos de distribuição existentes e praportância e o relevo ticados pelos operaque estes operadores dores. têm na manutenção Dentro das novas A G R O Q U I FA R t e m p r ese n t e q u e se da saúde dos utentes alterações previstas portugueses. O maior pela Deliberação pretende com estas Diretrizes uma rigor exigido pela 47/CD/2015, destalegislação poderá camos o maior ênuniformização das normas a nível traduzir-se em maior fase que é dado ao eficiência num setor Sistema de Gestão co m u n i tá r io, pa r a q u e u m n o v o já por si altamente da Qualidade das efetivo e automatioperações dos groscertificado de Boas Práticas se ja zado (elevados índisistas. De acordo ces de robotização), com a Deliberação r eco n hecido e m t odo o espaço com consequente mencionada, todos europeu impacto na relação e os procedimentos atividade dos outros operacionais devestakeholders do setor do Medicamento. rão estar claramente escritos e definidos, sendo Na sua globalidade a Deliberação n.º 047/ que está também prevista a sua revisão sistemáCD/2015, encontra-se alinhada com os requisitos tica. Qualquer alteração ao nível dos processos contantes das Diretrizes Europeias destacando-se de distribuição deverá passar a ser devidamente contudo alguns aspetos de grande importância validada e, posteriormente, documentada no seu conforme exposto, e cuja adaptação para ReguManual de Boas Práticas. lamento Interno viram o seu grau de exigência Adicionalmente, a Deliberação institui que, à desajustado ao mercado nacional e em alguns semelhança das operações, também os equipacasos desnecessariamente reforçados. mentos chave, para o decorrer da atividade do A GROQUIFAR tem presente que se pretende grossista, deverão ser alvo de qualificação e valicom estas Diretrizes uma uniformização das nordação. Existem também novas considerações no mas a nível comunitário, para que um novo certique respeita à armazenagem dos medicamentos, ficado de Boas Práticas seja reconhecido em todo sendo que os medicamentos com maior proo espaço europeu. babilidade de serem contaminados deverão ser Contudo, importa também salientar que a aplicaarmazenados de forma segregada. Os grossisção de requisitos mais exigentes tem onerado o tas deverão ainda ser capazes de monitorizar as custo das operações de distribuição em Portugal, temperaturas de transporte dos medicamentos, sem que esse facto seja traduzido numa vantapreservando a qualidade dos mesmos e da Saúde gem competitiva para as empresas nacionais face Pública. A Deliberação 47/CD/2015 vem ainda inàs restantes empresas europeias, através da perserir um novo conceito, no que respeita à atividaceção do nível da qualidade a que estão vincude de intermediação de medicamentos. Passa-se ladas. Na defesa dos interesses das empresas do então a considerar como intermediário a pessoa setor, a Groquifar tem trabalhado conjuntamente responsável pela representação de pessoa singucom o Infarmed no sentido de estreitar a colabolar ou coletiva em processos de negociação. Para ração e esclarecer as dificuldades na implementaalém de não poder comprar ou vender medicação do Regulamento. ▪ mentos, interessa sublinhar que este player não


BOAS PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA

» INTEGRA2

A TRANSPORTAR SAÚDE HÁ 35 ANOS Após um ano da publicação do novo regulamento sobre as Boas Práticas de Distribuição no setor farmacêutico (GDP), em entrevista à Revista Pontos de Vista, Ricardo Rosa, Diretor da Integra2 Portugal, explica o que vieram estas normas trazer de novo ao setor e que balanço é possível fazer sobre as mudanças, os benefícios e os investimentos feitos pela empresa que é uma referência no mercado em que atua.

I

ntegra2 é uma empresa especializada na distribuição a temperatura controlada da Logista, com uma forte presença na Europa e que oferece serviços logísticos integrados e especializados. Além do setor farmacêutico, a Logista é líder de produtos e serviços a comércio de proximidade em Portugal e Espanha, abastecendo mais de 160.000 pontos de entrega, operando em setores como o do tabaco, documentos de alto valor, bilhetes de transporte, car-

Ricardo Rosa

pontos de vista

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tões de telefone e recargas eletrónicas, sorteios oficiais, produtos farmacêuticos, livros e publicações periódicas. A Logista está também na vanguarda no setor da logística de produtos de conveniência, transporte de volumes e correio expresso, transporte industrial de volumes, transporte de longa distância e serviços de gestão de transporte de camiões de carga completa, estando presente em cinco países e cotado na bolsa de Londres.

A Integra2 é uma rede capilar de transporte ibérica Com 60 delegações, tendo em Portugal sete

Atualmente uma grande parte do negócio está no mercado farmacêutico. Enquanto operador de referência no setor, a Integra2 oferece aos seus clientes um serviço que lhes permite rastrear a forma de como os seus produtos são transportados. “A melhor forma de servir corretamente o mercado é conhecendo o canal” refere Ricardo Rosa, de forma a cumprir um plano de entregas de excelência para grossistas, hospitais, farmácias, centros de saúde e pacientes domiciliários. Dotada de infraestruturas a temperatura controlada, a Integra2 tem veículos, câmaras e pré-câmaras acondicionados que garantem um serviço de transporte com temperaturas controladas. Garantindo assim a cadeia de frio com processos de registos diários de temperaturas com 1141 sondas térmicas. Com o serviço Farm<25ºC é garantido uma range de temperatura que não ultrapassa os 25ºC e para

essa certificação, os transportes estão munidos de um gráfico que o demonstra. Desde 2007, a cadeia de frio da Integra2 tem sido validada e certificada pela empresa Germanisher Lloyd segundo a norma CCQI (Cold Chain Quality Indicator), que está em vigor na indústria. Esta norma valida o desempenho de armazéns refrigerados e de redes de transporte de distribuição em Portugal, Espanha e Andorra. Além desta certificação a Integra2 tem a certificação ISO 9001: 2008, OSHAS 18001:2007, UN ISO 14064.

Adaptabilidade às Boas Práticas de Distribuição Farmacêutica

De forma a cumprir as conformidades impostas pelo novo regulamento refrente às Boas Práticas de Distribuição GDP (Good Distribuition Practices), o nosso entrevistado revela que não foi tarefa difícil para a empresa adaptar-se a estas práticas porque sendo este setor tão exigente a Integra2 tem como missão antever necessidades e promover melhorias. Em setembro de 2013 a empresa obteve o seu primeiro certificado de auditoria GDP concedido pela AFA (Associação Fórum Auditorias). Posteriormente e sendo a 1ª empresa da europa a atingir tal certificação, obteve a certificação em GDP´s passada pela Bureau Veritas. Desde essa data, a organização tem dado especial ênfase à gestão do seu Sistema de Qualidade baseado nas GDP. Em 2013, as equipas de direção técnica e de garantia de qualidade dos laboratórios farmacêuticos passaram a ter uma participação direta neste processo, o que coincidiu com as Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos para Uso Humano (GDP) o que permitiu à Integra2 avançar rapidamente para a aplicabilidade das normas. Com isso foi possível dar especial atenção à gestão da qualidade, do pessoal, às atividades externas e aos próprios processos de transporte. Tudo isto devido ao compromisso de qualidade e rigor que esteve sempre presente ao longo dos 35 anos da empresa no setor.


Carlos Canário

Sobre a importância da implementação das novas práticas por todo o setor, Ricardo Rosa confia que o tempo e a experiência de cada cliente levará a que as Boas Práticas sejam aplicadas em pleno por todo o setor.

As Boas Práticas de Distribuição e os Investimentos

O trabalho realizado sobre os diferentes aspetos da norma levou à formação de mais de 2500 colaboradores, à validação de veículos e de instalações e também integrar no quadro de pessoal a função da Direção Técnica Farmacêutica e validar o sistema informático, um desafio que hoje em dia ainda não foi alcançado por nenhuma outra rede capilar de transporte em Portugal e Espanha “Uma empresa desta área gasta muito mais do que outras de transporte. A parte mais fácil é conseguir os meios, a parte difícil é o garante dos

​ Mudanças/Melhorias

Com a aplicação da lei, o laboratório é o máximo responsável por esta cadeia de abastecimento, o que obriga o diretor técnico a conhecer o canal de distribuição. “Entramos num patamar em que o laboratório e por sua vez o (a) diretor (a) técnico (a) têm de garantir que os seus produtos chegam ao mercado cumprindo as GDP´s. Para Ricardo Rosa este é o grande passo, com aplicação da nova lei, o transporte passa a ter que ser validado pela Direção Técnica do Laboratório. Sempre estivemos na liderança deste setor por isso sabemos que temos de apurar e prever as necessidades do mercado antes de elas surgirem para o cliente” afirma o nosso entrevistado, convicto que são os clientes que definem as novas linhas de futuro de forma a desenvolver um pensamento e ação globais no mercado. Há uma constante procura pela melhoria contínua e para isso é feita constantemente uma verificação das diferentes fases do processo de transporte e modificar as mesmas sempre que for necessário, com vista a melhorar áreas fundamentais como a rastreabilidade dos envios ou manutenção das condições de temperatura (2ºC / 8ºC, <25ºC).

“Integra2 Sustentável”

Este é um programa de sustentabilidade ambiental e que define a responsabilidade ambiental da empresa. O objetivo principal é a redução de emissões e a melhoria da eficiência energética. A implementação do otimizador de percursos SENDA levará a uma redução de mais de 500 toneladas de CO2 por ano. Os clientes estão cada vez mais atentos a esta realidade e para isso no tracking da expedição estão explícitos os gastos energéticos a que a sua encomenda obrigou. ▪

O Presente e o Futuro Atualmente com dois produtos exclusivos na indústria, o FRIOFARMA (+2 ºC a +8 ºC) concebido para produtos termolábeis que necessitam de um controlo rigoroso da temperatura: vacinas, produtos de diagnóstico, medicamentos oncológicos, insulinas e qualquer outro produto sensível que requeira um controlo da temperatura também durante o transporte até ao ponto de dispensa, de acordo com as instruções da direção técnica do laboratório e o FARMA<25ºC, um serviço que garante a estabilidade dos produtos e evita alterações bruscas de temperatura ou níveis inaceitáveis de calor durante os processos logísticos da distribuição num território com diferentes zonas climáticas e onde durante mais de seis meses por ano as temperaturas registadas em redes de transporte convencionais podem chegar a superar facilmente os 60ºC. Para 2016, Ricardo Rosa, aponta o lançamento do FARMA PLUS, um serviço de transporte com temperatura entre os 15º C e os 25º C. “Não há empresas perfeitas mas queremos sempre melhorar” revela o diretor da Integra2 Portugal.

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Uma empresa desta área gasta muito mais do que outras de transporte. A parte mais fácil é conseguir os meios, a parte difícil é o garante dos processos, a componente humana e a garantia que elas cumprem com rigor as funções. A parte da formação foi o grande investimento. O primeiro passo foi adaptar o nosso processo interno às novas práticas

processos a componente humana e a garantia que elas cumprem com rigor as funções. A parte da formação foi o grande investimento. O primeiro passo foi adaptar o nosso processo interno às novas práticas”.


Boas Práticas de Distribuição Farmacêutica

» Nico de Vrede, Diretor de VebaBox Portugal, em entrevista

“Escolher VebaBox é para quem quer inovar” No ano passado, o INFARMED publicou o novo regulamento sobre as boas práticas de distribuição farmacêutica. Que impacto? A Revista Pontos de Vista conversou com Nico de Vrede, Diretor de VebaBox Portugal, que nos deu a conhecer a sua visão sobre esta matéria e muito mais de um player de credibilidade inquestionável.

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arca de renome, a VebaBox tem vindo a assumir-se como um importante player deste mercado. Quando é que foi edificada a marca e de que forma tem vindo a conquistar a sua quota de mercado em território nacional? Desde 1987 Veba MediTemp é conhecido com o slogan “Temperature Regulated Devices” desenvolvendo e produzindo produtos com regulação de temperatura. Em 1996 constituiu-se a VebaBox, sendo uma subunidade de Veba MediTemp. Este centrou a sua atenção no indústria automotive. A partir de 2010 a VebaBox é representada em Portugal. Como já temos muita experiência no desenvolvimento, ouvimos os pedidos do mercado e trabalhamos com o mesmo, para dar ao cliente o que necessita. Isto é a nossa força. Estamos constantemente a procurar soluções que outros não conseguem preencher. Como é que surgiu esta ideia de soluções frigoríficas para veículos comerciais e quais são as mais valias deste género de produto/serviço? Em 1996 o setor médico e laboratorial queriam o de-

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senvolvimento de uma nova opção para o transporte dos seus produtos. O carro frigorífico tradicional, naquela altura, era demasiado instável na conservação da temperatura e não refrigerava enquanto parado. Além disso, as empresas deparavam-se com o problema em que ao mudar a frota tinham de reinvestir no frio. Foi então que a VebaBox começou a desenvolver uma caixa que podia satisfazer todas as necessidades e que estaria numa fase avançada em termos legislativos. Tendo desenvolvido a caixa para o mercado laboratorial viram crescer um mercado novo, o transporte de produtos alimentares. E assim começou «a bola a rolar», hoje em dia, já há pontos de venda por toda a Europa e também fora dela. Quais são as grandes vantagens da VebaBox para o setor médico e laboratorial? De que forma está garantida a segurança dos produtos transportados? A VebaBox tem para este mercado uma gama diversa de soluções e para todas as temperaturas necessárias: refrigeração entre +2°C e +8°C, Pharma entre +15°C e +25ºC e congelação até aos -18ºC, ou seja,

uma gama entre os -18ºC e +25ºC. Também fornecemos caixas com temperaturas diversas, ou seja, uma viatura poderá transportar ao mesmo tempo várias gamas de temperaturas. Para além dessa vantagem a nossa caixa tem uma temperatura estável e um controlo rigoroso, tanto visual como sonoro. Os vossos modelos são standardizados ou conseguem apresentar também soluções personalizadas e que se adeqúem às exigências e necessidades dos vossos clientes? Além das caixas standardizadas, fazemos caixas personalizadas. Nestas situações reunimos com o cliente, ouvimos as exigências e desenvolvemos em conjunto a solução adequada. Um bom exemplo disto é a nossa caixa móvel para o banco de sangue na Austrália. Estas caixas foram desenvolvidas para refrescar o sangue, no local, para uma temperatura ideal de conservação. Após a colheita, o sangue é transportado na caixa móvel sendo a temperatura cuidadosamente monotorizada durante o trajeto. E agora temos o Módulo Pharma que foi desenvolvido para satisfazer ao máximo ao GDP. O Módulo Pharma


Vebabox

Quais são as grandes prioridades da VebaBox? Escolher VebaBox é…? A nossa missão é ser um player principal em produtos de temperatura condicionada, personalizados, inovadores e de fácil serviço por um preço competitivo. Escolher VebaBox é para quem quer inovar, apostar na qualidade e investir no futuro.

é um módulo amovível que é colocado dentro do espaço de carga e que é conectado diretamente à bateria do veículo. Ou seja, conseguimos outra vez desenvolver um produto que precisa de pouca adaptação ao veículo, que é amovível e de fácil instalação e serviço. O Módulo já está em fase de testagem na Holanda e em breve será introduzido em Portugal. De que forma conseguem responder a todos os modelos das marcas de automóveis mais conhecidas? Existe algum protocolo ou acordo com essas marcas? Para todos os veículos comerciais existentes fornecemos caixas frigoríficas e congeladoras standardizadas. Temos uma boa cooperação com os concessionários e importadores das marcas, transformadores e pontos de serviço. Como a caixa é de fácil instalação o parceiro pode fazê-lo nas suas instalações. Com a nova unidade de frio, pode fornecer um serviço ainda mais rápido. Esta nova unidade de frio pode ser retirada em dez segundos da caixa VebaBox e ser substituido rapidamente no caso de disfunção. Melhor ainda, o cliente não precisa de perder o seu carro e conteúdo porque se coloca uma unidade de substituição. Em termos logísticos isto significa que ficam sem perdas de horas, carga e dinheiro. Estas novas unidades também têm como padrão o aquecimento integrado para obter uma gama entre os -18ºC e + 25ºC. Diria que as grandes vantagens da caixa VebaBox passa pela portabilidade e pela capacidade de refrigerar mesmo estando o veículo parado? Sim, as duas grandes vantagens da caixa VebaBox são essas mesmo. Mas, para além disso, temos mais vantagens financeiras e operacionais. As vantagens financeiras são: sendo portátil o valor investido é repartido por vários carros, valor de troca do carro mais elevado; poupança no combustível. As vantagens operacionais são: sendo portátil, poderá usar a viatura para dois fins, condicionado e não; a caixa VebaBox também pode ser usada fora da

viatura como contentor frigorífico, tipo armazém e a mesma caixa pode ser usada para várias viaturas. Além disso, a portabilidade, a caixa tem outras vantagens: serviço simples e rápido, caixas em stock resultando numa transformação rápida e opções como ligação 230V, continuação no refrigeramento durante paragens, entre outros. No ano passado, o INFARMED publicou o novo regulamento sobre as boas práticas de distribuição farmacêutica. Este regulamento veio, na sua opinião, contribuir de forma significativa para uma melhoria no armazenamento e distribuição dos medicamentos? O que estava a falhar antes da publicação do mesmo? Sim. Contribui de forma positiva, ele-

vando o armazenamento e a distribuição para o próximo patamar., garantindo a qualidade dos produtos. Antes da publicação, o seguimento das normas era um fator de menor atenção. Claro que todos sabemos que ninguém pode fazer as adaptações de dia para noite, já que para muitos os investimentos são bastante elevados. Em regra a maioria das empresas sérias já tinha a parte do armazenamento bem organizado, mas em termos de distribuição, o seguimento do Cold Chain falhava. Mesmo até hoje existem empresas que só investem quando a legislação bate à porta. Os pensamentos a curto prazo têm de passar a longo prazo. Soluções económicas hoje, amanhã já se tornam dores de cabeça para garantir a qualidade. ▪

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Para o cumprimento desta nova diretiva que tipos de investimento foram necessários realizar pela marca? De que forma tiveram que realizar uma readaptação às novas exigências? Temos sempre de investir para melhorar e estes investimentos são feitos pelo VebaBox. Um ditado Holandês diz: ‘’quem fica parado, anda para trás’’. Na nossa empresa o desenvolvimento nunca para. Quanto à readaptação, a VebaBox não teve de fazer grandes adaptações ou investimentos extra para integrar as novas exigências GDP. A nossa empresa teve o seu início no mercado farmacêutico. Mesmo assim também estamos sempre a seguir o desenvolvimento quanto ao Cold Chain, nos transportes gerais e agora para o last mile. O desenvolvimento de novos produtos será sempre um fator importante e que nos ajuda a manter a posição de player no mercado.


MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO

» GRUPO TAPER EM DESTAQUE

Opinião Miguel Casimiro, Neurocirurgião do Hospital da Luz

Cirurgia endoscópica da coluna vertebral

Todas as semanas, nas revistas, nas páginas da internet, novas terapêuticas e técnicas cirúrgicas são anunciadas como grandes novidades, revoluções ou marcos de mudança de paradigma da medicina moderna.

PERFIL

Miguel Casimiro Neurocirurgião do Hospital da Luz

O

tema da dor lombar e do tratamento da hérnia discal é disso um exemplo perfeito. Talvez por se tratar de uma das queixas mais comuns ou pelo facto da cirurgia da hérnia discal ser uma das mais frequentemente realizadas no mundo, o facto é que temos novidades todas as semanas. Ou porque robôs conseguem realizar os procedimentos cirúrgicos, ou porque deixaram de ser necessárias intervenções cirúrgicas para tratar a hérnia discal ou ainda porque a medicina tradicional ainda não percebeu o problema e já nem sequer é necessário ir ao médico... Mas existem momentos em que se assistem realmente a mudanças de paradigma. Nem sempre da forma revolucionaria e tabloide, mas, na maioria das vezes, de forma mais lenta mas irreversível. Creio que estamos a viver um desses momentos no tratamento cirúrgico da patologia da coluna vertebral. Sim, ainda são necessárias cirurgias para o tratamento da dor e de muitos dos problemas da coluna vertebral

pontos de vista

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Sistema VERTEBRIS lumbar da Richard Wolf

Fonte: Richard Wolf

mas a grande novidade é a evolução para técnicas cada vez menos agressivas, chamadas de minimamente invasivas. Depois das cirurgias com grandes incisões e longo tempo de recuperação, fomos caminhando para a microcirurgia, para a cirurgia de ambulatório e para a mais rápida integração na vida quotidiana e laboral. A cirurgia endoscópica da coluna é o próximo passo. A endoscopia substitui a visualização direta do campo operatório. Por uma pequena incisão, neste caso infra-centimétrica, é introduzida uma pequena câmara, um endoscópio, que explora o alvo cirúrgico e permite o tratamento. O cirurgião já não está a olhar para o doente, realiza a cirurgia com os olhos em ecrãs de alta resolução, guiado por imagens com grande ampliação e detalhe. Já prática comum nas maioria das especialidades cirúrgicas, desde a cirurgia geral, à ortopedia, urologia, entre outros... as particularidades da patologia da coluna, a minucia necessária e a ausência de um espaço amplo por onde navegar o endoscópio por entre as


Fonte: Richard Wolf

Fonte: Richard Wolf Fonte: Richard Wolf

clínicos, com menor agressão e sofrimento para o doente, culminaram numa feliz conjugação de fatores. Podemos agora, finalmente, contar com estas técnicas para a cirurgia minimamente invasiva da coluna vertebral. Por exemplo, no tratamento da hérnia discal lombar, a endoscopia estava reservada apenas ao tra-

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estruturas nervosas, foi impedindo a implantação da nova técnica. Um desenvolvimento tecnológico galopante, o aperfeiçoamento de novas câmaras endoscópicas, com sensores mais pequenos e de maior definição por um lado, e a evidência científica crescente que estas técnicas permitem os mesmos resultados

tamento de uma percentagem muito pequena de situações. Hoje em dia, as novas abordagens endoscópicas permitem-nos já tratar todas as situações que necessitavam anteriormente de cirurgia dita aberta. Estas técnicas começam a ganhar popularidade um pouco por todo o mundo e também em Portugal, apesar de aplicação ainda limitada a poucos centros de excelência no tratamento da patologia da coluna vertebral. Permitem um alívio eficaz, menor sofrimento no período pós-operatório e uma reabilitação mais fácil e rápida. Estamos perante o inicio de mais uma mudança de atitude na abordagem cirúrgica das patologias da coluna vertebral. A cirurgia minimamente invasiva da coluna veio para ficar e a cirurgia endoscópica é o seu novo paradigma. ▪


MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO

» DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO

Enfermeiros

Uma classe vital para o país A propósito do Dia Internacional do Enfermeiro, celebrado no passado dia 12 de maio, a Revista Pontos de Vista conversou com Luís Carlos Do Rego Furtado Presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, que nos deu a conhecer a importância desta efeméride, bem como alguns dos desafios e problemas que a classe dos Enfermeiros ainda enfrenta em Portugal. Luís Carlos Do Rego Furtado

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Dia Internacional do Enfermeiro celebrou-se a 12 de maio. Pretende-se debater e refletir a profissão no seu contexto atual. Como é que a Ordem dos Enfermeiros da Secção Regional R.A. dos Açores assinalou este dia? Que ações decorrerão neste dia? Enquanto Secção Regional inserida num contexto arquipelágico e onde o edifício autonómico é o pano de fundo para refletir sobre o passado, mas, e acima de tudo, perspetivar o futuro deste grupo profissional, e muito particularmente o futuro dos enfermeiros que exercem nas Regiões Autónomas, para nós era elementar fundir e trazer à discussão o lugar da regulação da profissão no seio das autonomias. Com isto quero dizer que tendo a Ordem dos Enfermeiros atingido a maioridade, é tempo de iniciar o debate interno de como poderá a Ordem dos Enfermeiros alargar o espectro de intervenção dos Órgãos Estatutários Regionais das Secções Regionais das Regiões Autónomas, com particular incidência nos Conselhos Diretivos Regionais e nos Conselhos de Enfermagem Regionais, reconhecendo desta forma o enquadramento político-administrativo onde se inserem e potenciando, no plano regional, a intervenção dos enfermeiros. Afasto, desde já, os eternos fantasmas do separatismo, e as nunca sanadas confusões entre os conceitos de autonomia e independência. É de autonomia que estou a falar. De autonomia com responsabilidade, de uma autonomia que se quer reconhecida como um direito e que traduz um modo de estar da Ordem dos Enfermeiros que certamente, entre as suas congéneres, marcará a diferença pela positiva. Para dar forma a esta discussão,

apresentámos um programa de conferências diversificado na sua constituição e na abordagem à temática. Os trabalhos iniciaram-se pelo reconhecimento do lugar do edifício autonómico e pela constatação da evolução do Serviço Regional de Saúde dos Açores, seguindo-se o contributo dado pelos enfermeiros ao longo destes já muitos anos de autonomia à população açoriana e ao desenvolvimento do Serviço Regional de Saúde, discutindo-se, igualmente, a mudança de paradigma que, a este nível, a regulação da profissão deve operar, assim como a importância dos enfermeiros estarem no centro da tomada de decisão em política de saúde. Este dia costuma ser assinalado por uma reflexão profunda de todos os profissionais de Enfermagem sobre as dificuldades enfrentadas e os desafios lançados no exercício, em plenitude, da sua profissão. Qual é o maior desafio atual para o setor da Enfermagem? Continuo a afirmar que o maior desafio continua a ser a falta de visibilidade, ou a falta de tangibilidade da qual, em Portugal, a prestação de cuidados de Enfermagem tem padecido ao longo dos últimos [muitos] anos. Os ganhos positivos e efetivos em saúde, e que ninguém tem dúvidas que são fortemente impulsionados pela atuação dos enfermeiros aos mais diversos níveis, por algum motivo, não são correlacionados com as intervenções dos enfermeiros, sendo que é urgente mudar este paradigma. Mas para que mude, também a organização, o funcionamento e o financiamento dos serviços de saúde tem de operar uma transição de um modelo claramente médico-cêntrico, para um modelo de transdisciplinaridade. De um mo-


delo que prefere a opção pelo tratamento, para um modelo alicerçado na prevenção primária e, por tal, alicerçado na intervenção autónoma dos enfermeiros.

A falta de enfermeiros é uma realidade em Portugal considerando-se, inclusive, que a escassez de recursos humanos coloca os utentes em risco. Urge a contratação de profissionais e defende-se a aplicação das 35 horas semanais para todos os enfermeiros a exercer no Serviço Nacional de Saúde. Prevê-se o recrutamento de 1.500 a 1.700 profissionais. Este número é suficiente? A aplicação das 35 horas semanais aos enfermeiros, é uma medida que não deveria ser apenas para o Serviço Nacional de Saúde, mas sim para todos os enfermeiros a exercer em território nacional, independentemente do setor e contexto de prática clínica. Mais do que uma vontade, é uma necessidade, e uma necessidade que reconhece a particular penosidade associada ao exercício da profissão e ao rápido desgaste a que este grupo profissional está sujeito no desempenho da sua atividade profissional.

ausência absoluta de visão e planeRelativamente à questão da conamento estratégico, numa lógica de tratação de 1.500 a 1.700 enfermeireatividade, em detrimento de uma ros, este número, em grande parte, lógica de antecipação. vai apenas colmatar a diferença de horas de cuidados necessários para fazer face à aplicação das 35 horas No que diz respeito aos Núcleos semanais no Serviço Nacional de de Saúde Familiar, existe uma proSaúde, pelo que me arrisco a dizer posta de alteração, que entende ir que é um número insuficiente e que ao encontro das necessidades dos as necessidades estruturais, portanenfermeiros ao nível dos cuidados to, permanentes, de enfermeiros no de saúde primários e que, acima Serviço Nacional de Saúde, vão conde tudo, melhore a prestação tinuar a sentir-se, até de cuidados de Enfermaporque o número gem às populações. de enfermeiros O que é necessário está desajuspara melhorar Continuo tado face as condições a afirmar que o às necesde trabalho sidades no setor da maior desafio continua de cuiEnfermaa ser a falta de visibilidade, dados gem nos ou a falta de tangibilidade da existenAçores? qual, em Portugal, a prestação tes nos Para resde cuidados de Enfermagem nossos ponder em serviços, consciêntem padecido ao longo está desacia, e num dos últimos [muitos] justado ao exercício de anos nível de sehonestidade gurança e quaintelectual, a esta lidade de cuidaquestão, importa dos que entendemos dizer que, apesar das vicomo ótimo para os nossos cissitudes, das dificuldades e das cidadãos e, acima de tudo, está defragilidades do Serviço Regional de sajustado perante a atual procura Saúde, a verdade é que a Região Aude cuidados de saúde por parte das tónoma dos Açores tem um Serviço populações e não está a acomodar de Saúde que deve orgulhar os seus aquilo que hoje sabemos ser uma profissionais e o serviço que prestendência de procura em quantidatam, sendo que muito disto se fica a de e natureza. A miopia de que os dever, efetivamente, ao trabalho dos sucessivos governos têm padecido enfermeiros. Importa ainda dizer que só pode ser enquadrada como uma a condição de arquipélago, a disperabsoluta despreocupação para com são geográfica e a necessidade de o Serviço Nacional de Saúde, uma disponibilizar a toda a população

açoriana e em todas as ilhas uma infraestrutura de saúde, numa região onde existem apenas três hospitais, por si só, representa um desafio único em todo o território nacional. Dito isto, as condições de trabalho devem ser melhoradas começando por reconhecer [o Governo Regional] que existem assimetrias profundas entre as diferentes ilhas, e até mesmo dentro destas, fomentando assim a implementação de políticas de convergência, ajustadas e não apenas “porque sim” ou de acordo com um calendário muito próprio e ao qual, lamentavelmente, todos nós bem conhecemos. Não posso aceitar que por questões de bairrismo, pelo facto de tipicamente se assumir que “a galinha do vizinho é melhor do que a minha”, pela pressão exercida por parte dos municípios, nas ilhas mais pequenas, se continuem a edificar “estruturas fantasma”, quando em determinadas ilhas, os enfermeiros continuam a exercer e a servir as populações em condições absolutamente miseráveis (e sei o que digo porque tive oportunidade de visitar todos os centros de saúde da Região). Os enfermeiros açorianos também precisam que lhes sejam conferidas condições que potenciem a legítima aspiração ao seu desenvolvimento profissional, nomeadamente em termos da acessibilidade à formação; esta Região não pode continuar a ter filhos e enteados no acesso à formação externa e à diferenciação profissional. Não se pode tratar de forma diferenciada grupos profissionais. ▪

75 MAIO 2016

O Dia Internacional do Enfermeiro foi escolhido a 12 de maio em homenagem a Florence Nightingale considerada, a nível mundial, a mãe ou precursora da Enfermagem Moderna. Como está, na sua opinião, a Enfermagem em Portugal? A este nível, permita-me responder à sua pergunta em duas vertentes diferentes: as relações laborais/económicas dos enfermeiros e o desenvolvimento técnico e científico da profissão. No que diz respeito às relações laborais e económicas, à valorização do trabalho do enfermeiro, ao direito a uma carreia condigna e ao justo reconhecimento da sua posição entre as demais profissões no setor da saúde, eu diria que estes têm sido “annus horribilis”. A precariedade, o desemprego, a desvalorização do valor económico do trabalho dos enfermeiros, a emigração, a ausência de uma carreira e de uma perspetiva de percurso profissional que alicie estes profissionais são apenas alguns dos problemas, que mais, e de forma legítima, atormentam os enfermeiros. A segunda vertente, ou o outro prisma através do qual se pode caracterizar a Enfermagem em Portugal atualmente, é o seu nível de desenvolvimento técnico e científico, sendo que a este nível é indiscutível a evolução a que assistimos e a consolidação da Enfermagem como uma disciplina do conhecimento, com produção científica própria e de reconhecido valor.


BREVES BREVES

arrefecimento do planeta

Temperaturas globais voltam a bater recordes

Farmacêutica

Pfizer proíbe uso dos seus medicamentos para execuções nos EUA A segunda maior farmacêutica do mundo junta-se a duas dezenas de empresas do sector que já tinham proibido a utilização dos seus produtos nas execuções nos EUA A Pfizer não quer estar associada à pena de morte. À semelhança de outras farmacêuticas, a Pfizer anunciou que vai proibir a venda dos seus medicamentos para serem utilizados em injeções letais nos EUA, salientando que se “opõe fortemente” a tal uso. “Estamos a restringir a distribuição de determinados produtos que integravam os protocolos de execução de determinados estados norte-americanos”, disse a farmacêutica em comunicado. Afirma ainda a Pfizer que desenvolve os seus produtos apenas para melhorar e salvar vidas, garantindo que vai apertar o controlo sobre todos os fármacos. Nos últimos 40 anos, 1436 pessoas foram condenadas à pena de morte nos Estados Unidos, das quais 175 executadas através de uma injeção letal.

O mês de abril foi o mais quente de sempre em termos globais, segundo a NASA. A tendência de os termómetros baterem recordes foi contínua nos últimos sete meses e poderá colocar 2016 à frente de 2015 como o ano mais quente de que há memória. Enquanto em Portugal abril se revelou, mais do que nunca, das águas mil, em termos globais as temperaturas médias da Terra bateram recordes. Dados revelados pela agência espacial norte-americana NASA indicam que a temperatura média global medida em terra e no mar esteve 1,11 graus Celsius acima das registadas nos meses de abril do período de referência – 1951 e 1980. Mas o mês passado não é caso único, já que completa um ciclo de sete meses seguidos em que os termómetros globais assinalam pelo menos um grau a mais que o medido no período de referência. A elevada temperatura dos oceanos está já a ter fortes impactos pelo mundo fora, nomeadamente na Grande Barreira de Coral que está a ficar branca e a morrer.

‘luz verde’ a projetos futuristas

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fotografia

pontos de vista

NASA aprova projetos terão de ser tecnologicamente plausíveis

Modelos iranianas presas por tirarem fotografias sem véu Oito modelos iranianas foram presas por aparecerem sem véu na Internet, noticiou o próprio sistema judicial do Irão. Foram identificadas 170 contas de Instagram. Oito modelos iranianas foram presas por aparecerem sem véu na internet, segundo o próprio sistema judicial do Irão. Foram identificadas 170 contas de Instagram, incluindo as de 59 fotógrafos e maquilhadores, 58 modelos, 51 agentes de moda, entre outros. As modelos foram acusadas de fazer dinheiro ao aparecerem online. Ao contrário do Facebook, Twitter e YouTube, o Instagram ainda não foi bloqueado no Irão. “Divulgação de prostituição” e “promoção de corrupção” são alguns dos crimes de que as modelos estão acusadas.

A NASA anunciou que deu início a oito novos e ambiciosos projetos com vista a tornar possíveis viagens espaciais mais longínquas. Nota o Gizmodo que dentro destes projetos há três que são especialmente impressionantes tendo em conta que visam a sobrevivência humana, sendo que para serem aprovados têm também de ser tecnologicamente plausíveis. Um deles, de nome ‘Growth-Adapted Tensegrity Structures’ procura criar postos de abastecimento ao longo do espaço, com robots autónomos capazes de construir estes pontos a serem enviados juntamente com a estrutura. Posteriormente na viagem será necessário aterrar, uma ocasião em que dará jeito a ‘Magnetoshell’. Este projeto terá o objetivo de criar um campo magnético em torno da aeronave onde viajam os astronatuas, de forma a agir como um travão para a entrada em órbita e garantir que a chegada a outro planeta é motivo de celebração. O terceiro e último projeto da NASA entre os que estão a criar mais interesse pretende tornar as viagens espaciais mais distantes – algumas capazes de durar anos – em situações toleráveis. A solução passa por induzir os astronautas num sono profundo. O ‘Vision System Torpor Habitat Design’ será capaz de ajudar os astronautas a sobreviver mesmo se estes estiverem neste tipo de condições.

10 arenas nacionais no verão

José Cid anuncia digressão a partir de junho O cantor e compositor José Cid anunciou a realização de uma digressão, a partir de junho, por várias arenas nacionais, em que se apresenta com um teclado e um convidado. “Devo realizar cerca de dez concertos, em arenas nacionais, mais na orla marítima, apenas com voz e teclados, com dois ou três convidados, numa atitude em que sou DJ de mim próprio”, disse o músico à agência Lusa. Esta é uma “digressão paralela” à de verão, já com 30 concertos, em que apresenta o tema “Os rapazes do campo e as meninas da cidade”, e em que atua com a sua “big band” habitual, composta por dez músicos, entre os quais Xico Martins, na guitarra elétrica, ToZe, Ricardo e Manuel Marques, na secção de metais, Samuel, na bateria, Pepe, na viola baixo, Amadeu Magalhães, na flauta, viola acústica e cavaquinho, João Paulo Pereira, nas teclas, e Gonçalo Tavares, no coro.


CONGRESSO PORTUGUÊS DE HEPATOLOGIA 2016

» ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA O ESTUDO DO FÍGADO

Promover a saúde do fígado CPH 2016 é um evento marcante e diferenciador no campo da Hepatologia, reunindo especialistas nacionais e internacionais e promovendo a participação ativa dos clínicos em formação. Durante três dias discutiram-se assuntos relacionados com o estado da arte na área do doente crítico, do carcinoma hepatocelular, da hipertensão portal, das novas técnicas em hepatologia e partilhou-se a experiência nacional da terapêutica da Hepatite C. Como novidade em relação aos congressos precedentes temos um curso pós-graduado. O sucesso verificado na edição deste ano reforça a manifestação de interesse em unir todos os esforços em torno de um objetivo comum que é a promoção da saúde do fígado. “Os nossos congressos têm sido sempre um exemplo da excelência na qualidade científica e, este ano, temos um programa denso de três dias porque sentimos que há um interesse crescente pela Hepatologia”, começa por explicar Isabel Pedroto, salientando que para além da necessidade de se discutirem temas novos, há outros que necessitam de atualização permanente. Relativamente às doenças hepáticas é também importante adotarmos uma atitude reflexiva e interventiva porque a APEF está atenta e pretende assumir um papel relevante nas estratégias preventivas participando ativamente em projetos promotores da saúde, esclarece a Presidente. Vejamos por exemplo, o caso da Hepatite C crónica. A experiência nacional com o uso desses fármacos vai ser discutida numa sessão de comunicações orais no próximo sábado. Mas, Portugal ainda tem um novo desafio pela frente não só para evitar novos casos, mas também identificar, diagnosticar e tratar todas as infeções existentes com o objetivo de eliminar o vírus da Hepatite C. O fígado gordo passará a ser a doença de maior prevalência a ser cuidada pelos hepatologistas, devido ao aumento surpreendente da obesidade e do sedentarismo. O desenvolvimento de uma abordagem abrangente, usando iniciativas de saúde pública em conjunto com os prestadores de cuidados de saúde, é fundamental dado o seu potencial para diminuir os custos humanos e de saúde associados com as complicações das doenças hepáticas crónicas, afirma Isabel Pedroto. Com palestrantes nacionais e internacionais de renome com uma vasta experiência em diversas áreas “saímos daqui enriquecidos”, disse-nos a Presi-

ARMANDO CARVALHO

dente, acrescentando que no próximo Congresso a Associação voltará com novas temáticas mas com a mesma dinâmica. “A Hepatologia tem crescido e mudado muito nos últimos tempos. Há uns anos atrás, se me dissessem que curava a Hepatite C não acreditaria. Dados os avanços e a velocidade dos mesmos, não é previsível o que iremos abordar no próximo Congresso”, conclui. Mas iremos, certamente, corresponder às expectativas de todos os participantes. Armando Carvalho, que na sua atividade clínica e científica dedica-se sobretudo à Hepatologia, com participação em vários ensaios clínicos no âmbito das hepatites virais e da cirrose hepática, também nos deixou o seu testemunho. “É uma oportunidade para discutir a experiência nacional”, começa por dizer. “É importante partilhar visões diferentes de áreas tão importantes como a da Hepatite C”, realça Armando Carvalho. Para o clínico é importante saber em que ponto se e qual será futuro da Hepatologia num momento em que estão a ser tratados muitos doentes, com

ISABEL PEDROTO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA O ESTUDO DO FÍGADO

uma percentagem elevado em relação a anos anteriores. É necessário perceber que oportunidades de tratamento irão surgir, mas também precaverem-se da possível doença do futuro, o Fígado Gordo. Assim, este Congresso serviu de local de reflexão e de discussão interpares sobre a experiência dos Hepatologistas e das suas estratégias para as doenças hepáticas em Portugal. “Estamos num bom caminho no que diz respeito aos avanços tecnológicos. A Imagiologia, por exemplo, teve um avanço estrondoso. Verificaram-se, igualmente, progressos no conhecimento da fisiopatologia de muitas doenças, nas cirurgias, bem como no aparecimento de novos fármacos”, explica o Clínico. Avizinhando-se novas terapêuticas, Armando Carvalho realça que é necessário educar a sociedade para a intervenção precoce. “As pessoas ainda não estão bem esclarecidas sobre diversas doenças e é um trabalho muito importante para uma Associação como a APEF investir em campanhas de esclarecimento e de educação para a saúde”, afirma. ▪

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A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com a Presidente da APEF – Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado, Isabel Pedroto, sobre o Congresso Português de Hepatologia 2016 (CPH 2016) que se realizou entre os dias 28 e 30 de abril, no Hotel Sheraton, Porto.


MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO

» dia internacional do CELÍACO

A Doença Celíaca e o Glúten “Um celíaco, qualquer que seja a sua idade, deve ter uma vida social tão ativa como a de qualquer outro cidadão e, com informação e disponibilidade mental para encontrar soluções, isso é perfeitamente possível”, destacou Mafalda Carvalho, Presidente da Associação Portuguesa de Celíacos em conversa com a Revista Pontos de Vista.

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Associação Portuguesa de Celíacos (APC) nasceu da vontade de alguns médicos e pais de celíacos mais conscientes das necessidades e vantagens da existência de um grupo coeso que trabalhasse questões comuns relativas à Doença Celíaca (DC) de forma concertada. Que trabalho tem vindo a desenvolver a Associação neste sentido? Todo o trabalho da APC é desenvolvido no sentido de garantir a qualidade de vida dos celíacos, naquilo que depender da DC, obviamente. Isto faz-se através de muitas ações: desde logo providenciando informação de qualidade, e por isso estamos ligados aos centros mundiais de referência para o estudo da doença; depois, incentivando os fabricantes e distribuidores a diversificarem e melhorarem a qualidade da oferta, apresentando preços cada vez mais competitivos. Paralelamente, é também importante manter relações estreitas com as autoridades e com os organismos governamentais que impactam diretamente em questões relacionadas com os celíacos (legislação alimentar, benefícios fiscais,…). Por último, é necessário levar tudo isto ao conhecimento dos celíacos e dos seus familiares, permitindo que eles tenham a oportunidade de se (in)formar, de colocar questões, de esbater receios, de conviver, etc., e é por essa razão que promovemos diversos eventos ao longo do ano, destinados a diferentes públicos. Tudo isto com três colaboradores efetivos e alguns voluntários – é notável!

pontos de vista

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Há sensivelmente 30 anos atrás, a Doença Celíaca era considerada uma doença rara e uma doença pediátrica. Hoje os conhecimentos são outros, mas ainda há a necessidade de colmatar a falta de informação existente sobre a DC? Embora a DC esteja muito mais popularizada, quer entre a população em geral, como entre a classe médica, ainda existe um longo caminho a percorrer. Sabe-se que a maioria dos portadores da DC desconhece a sua condição e, como tal, não segue a Dieta Isenta de Glúten (DIG), agravando perigosamente o seu estado geral de saúde e expondo-se a um risco aumentado de contrair algumas doenças graves, que aparecem associadas à DC não tratada. Sabendo isso, é fundamental continuar a alertar

em Lisboa, que é certificado pela APC – Biotrab para servir refeições isentas de glúten em total segurança.

Mafalda Carvalho

para os sintomas, sobretudo os mais atípicos, que podem escapar até ao médico e dificultar bastante o diagnóstico. Também é importante dizer às pessoas que não devem ter medo – com informação, a DIG é relativamente fácil de seguir e o melhor que pode acontecer a um portador de DC é ser diagnosticado precocemente. Dia 16 de maio celebrou-se o Dia Internacional do Celíaco. Como é que a Associação assinalou este dia? Maio tem sido um mês cheio de eventos – não estamos confinados ao Dia do Celíaco. O mote este ano é a “APC fora de portas”, ou seja, sair da sede e levar os nossos serviços a outras regiões. Por isso, além do Porto, onde já temos uma presença regular, desde janeiro deste ano, vamos também levar a APC ao Algarve. Na região de Lisboa vamos igualmente participar em diversas iniciativas. Estas ações, compreendem consultas de nutrição orientadas para a DC, sessões de esclarecimento, almoços / jantares convívio, workshops de culinária, etc. Teremos um mês muito animado, sendo que no dia 16 de maio assinalámos o dia do celíaco com um jantar no restaurante Open,

As informações sobre a composição dos alimentos que se apresentam no mercado ainda é uma problemática? Os preços elevados dos alimentos sem glúten ainda são um entrave para uma alimentação adequada para quem sofre desta patologia? Nós procuramos sempre incentivar os celíacos a optarem por produtos naturalmente isentos de glúten (a maioria dos que compõem a roda dos alimentos) – dessa forma terão sempre a garantia de que são seguros e que pagam um preço igual ao de qualquer consumidor. Relativamente aos produtos específicos sem glúten, as suas marcas são em geral parceiras da APC e, por isso, os celíacos reconhecem-nas facilmente. Onde existe maior dificuldade de leitura dos rótulos é nos produtos processados, onde, além de verificarmos a ausência de glúten na lista de ingredientes, temos também que perceber se existe ou não vestígios do mesmo. Estamos a trabalhar em parceria com a DGAV, exatamente para garantir que a nova legislação venha ajudar a esclarecer também o consumidor celíaco. A presença do logo da APC é uma ajuda preciosa nestes contextos. A regra é sempre: na dúvida, não consumir, optando por produtos alternativos que sejam garantidamente seguros. A oferta é tanta que, com informação – e a APC trabalha muito com os sócios para que estejam esclarecidos – e prática, isto não chega a ser um problema. Quanto aos preços, com o crescimento da oferta – por aumento do potencial de consumidores - e a diversificação dos pontos de venda, temos assistido a uma redução progressiva dos preços (ou pelo menos a um não aumento), fazendo com que em muitas categorias de produtos específicos sem glúten já existam alternativas a preços “mais razoáveis”. É importante também referir que os sócios da APC beneficiam de descontos relevantes em diversos pontos de venda, o que é só mais uma das muitas razões para se juntarem à associação. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT

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MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO

» DIA INTERNACIONAL DO CELÍACO

A notoriedade de sabores tradicionais Tradição e Reputação fazem da Casa da Prisca um player de excelência no âmbito da qualidade dos seus produtos. António Plácido Santos, CEO da Casa da Prisca, em entrevista à Revista Pontos de Vista, contou um pouco mais desta marca e abordou o Dia Internacional do Celíaco, que se celebrou a 16 de maio.

Alheira Tradicional sem Glúten

vimento, os animais crescem ao ar livre num ambiente natural e sustentável. A propósito do Dia Internacional do Celíaco que se celebrou a 16 de maio, a Prisca, conhecida por inovar e tentar agradar todos os seus clientes, achou importante ir de encontro às exigências do consumidor, novos estilos de vida e condições de saúde. Estamos a falar da Alheira Tradicional Sem Glúten. Como é confecionado este produto? Qual a sua importância? Na conceção da Alheira sem glúten destacamos como dois principais fatores diferenciadores face à concorrência o facto de a Alheira Tradicional sem Glúten ser um produto com o mesmo sabor e características da alheira tradicional com pão de trigo, mas produzido com pão sem glúten, tratando-se, portanto, de um produto que pode ser consumido com segurança por doentes com intolerância ao glúten e também o facto de ser um produto pioneiro no mercado. A par desta aposta, a Casa da Prisca também tem uma gama de produtos 100% natural e sem adição de açúcar. Está é uma das linhas a ser seguida pela marca? Fiéis às nossas origens, a nossa marca faz uma aposta constante na evolução e inovação para ir de encontro às novas tendências, desenvolvemos assim produtos cada vez mais saudáveis. É sem dúvida um foco que pretendemos manter. ▪

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Casa da Prisca é conhecida pela sua riqueza gastronómica e paladar de excelência dos seus produtos. Para contextualizarmos o nosso leitor, comecemos pela história desta marca emblemática. Como é manter a qualidade e a tradição de uma casa com quase cem anos de existência? A tradição, o bem fazer e a reputação dos produtos da Prisca, são resultado do amor à gastronomia e aos produtos da terra, enraizados na nossa família desde 1917. Os ensinamentos da filosofia e o prazer de transformar as melhores carnes e frutas foram transmitidos de pais para filhos e de filhos para netos, ao longo de quatro gerações mantendo até hoje toda a qualidade e sabores adquiridos. Dos fumeiros às compotas, a Casa da Prisca é uma referência em produtos confecionados de forma tradicional e de sabor genuíno. Que produtos podemos encontrar da Casa da Prisca? Qual é o mais procurado? A nossa notoriedade no mercado alicerçou-se com produtos à base de carnes: Enchidos e Presuntos. Apostas de sucesso - o nosso Presunto Curado, com ou sem osso, a Chouriça, o Salpicão, a Morcela de Arroz e de Assar e a Farinheira - são exemplo de como a qualidade apresentada é a base fundamental para a fidelização dos nossos clientes. Um outro motivo de orgulho é o nosso ex-líbris: as Alheiras. Evoluímos assim para Alheiras de Caça, de Peru e de Soja. Atualmente, pela diversidade e qualidade, orgulhamo-nos de dizer que as alheiras são o nosso principal produto. E agora com mais uma novidade: a Alheira sem glúten. Em 2004, demos também um tremendo passo no sentido daquilo que somos hoje. A criação de uma nova unidade de produção potenciou a nossa abertura para outro importante segmento no mercado das especialidades regionais: as Compotas, com ou sem adição de açúcar, as Marmeladas e mais recentemente os Condimentos de Fruta. Iniciámos recentemente uma linha de produtos de carne de Porco Bísaro, criados em Freches, uma pequena aldeia do concelho de Trancoso. Com condições ótimas para o seu desenvol-

Saiba mais em www.casadaprisca.com


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» DIA INTERNACIONAL DO CELÍACO

MP marca de confiança

Conhecer Portugal é uma viagem sem fim. É um caminhar por verdadeiros rumos com sentido em busca de sentidos, de história, cultura, arte e muito mais. Por isso, uma visita ao Museu do Pão, em Seia, é indispensável e imprescindível, até porque o Pão é um bem que abarca todos os escalões sociais e revela muito da nossa história. Mas saiba mais nesta «viagem», onde se percebe de que forma tem o Museu do Pão sido um promotor exemplar da denominada responsabilidade social.

A pontos de vista

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propósito do Dia Internacional do Celíaco, celebrado no passado dia 16 de maio, a Revista Pontos de Vista foi conversar com quem mais sabe e mais tem feito para que todos aqueles que sofrem com esta patologia possam ter um quotidiano melhor e, acima de tudo, com mais sabor e poder de escolha. Assim, estivemos à conversa com Hélder Simões, Responsável da Fábrica do Pão, que nos deu a conhecer um pouco mais desta entidade e daquilo que tem sido realizado em prol dos celíacos. A Fábrica do Pão assume-se como parte integrante do Museu do Pão, sendo que um dos principais desideratos da mesma, passa por assumir uma vertente bastante vincada e forte no âmbito da responsabilidade social. São diversos os projetos em que a marca tem estado presente, sendo que o mais atual passa pela linha de produtos de padaria e pastelaria sem glúten, ou seja, direcionado para os doentes celíacos. Mas já lá vamos. A marca não para e por isso são diversos os desafios com que se compromete, sendo que é no fazer bem que assenta a filosofia da mesma. Pensado em meados de 2014, este projeto teve o seu início em meados de 2015, não sem antes ter passado por uma verdadeira «bateria» de testes e estudos de análise e investigação. Mas quais as razões desta aposta? “Porque sentimos que havia uma necessidade no mercado pela procura de panificáveis na área dos sem glúten”, revela o nosso entrevistado, lembrando que tem havido um acréscimo bastan-

te acentuado de celíacos em Portugal, sendo que este projeto não é somente direcionado para os doentes celíacos, mas também para a família destes. “Se repararmos, a família de um doente celíaco tem de ter inúmeros cuidados devido à contaminação, e também por isso quisemos apostar neste projeto”, salienta o nosso interlocutor, assegurando também que a ideia passava por desmistificar o que era um produto sem glúten, “e conseguimos. A nossa filosofia é fazer tudo com a certeza que não vamos defraudar o consumidor”, advoga.

Alternativas na área da panificação

Este projeto obrigou a diversos investimentos a todos os níveis, desde logo financeiro, mas passando também pela criação de um espaço completamente novo e estanque, para garantir o controlo completo e total. Além disso, a Fábrica do Pão contou com o apoio de parceiros de negócios no desenvolvimento da produção e de diversas instituições e personalidades conhecedoras destas questões, como a APC – Associação Portuguesa de Celíacos. “Se analisarmos este é um problema de saúde, e temos de o levar muito a sério e por isso lançamos duas questões: Como chegar mais próximo daqueles que, por questões de saúde, exigem cuidados particulares? Como satisfazer as necessidades específicas daqueles que merecem um cuidado especial? Daí que o desafio fosse enorme, ou seja, chegar ao consumidor celíaco com uma

HÉLDER SIMÕES


Continuar a melhorar

Se repararmos, a família de um doente celíaco tem de ter inúmeros cuidados devido à contaminação, e também por isso quisemos apostar neste projeto

E como está a decorrer o mesmo? “Está a dar os primeiros passos ao nível de vendas, mas estamos extremamente satisfeitos com o que já alcançamos. Neste momento estamos presentes numa vasta gama de hipermercado e estamos a começar a ditar «cartas» no mercado EUREKA”, afirma Hélder Simões, assegurando que a internacionalização é um projeto que será realidade, até porque “temos um parceiro para o mercado europeu”, revela satisfeito, assegurando que o desiderato da marca passa por garantir que as pessoas “se sintam confortáveis connosco e que tenham todas as garantias do

nosso rigor, segurança e confiança, porque aquilo que prometemos é que conseguimos apresentar um leque de produtos diferenciado de padaria e pastelaria, em que a principal característica é, sem dúvida, a frescura e a segurança da nossa receita”, assegura o Responsável da Fábrica do Pão, que revela o feedback dos consumidores. “Tem sido excecional e isso é que nos motiva ainda mais para fazermos melhor”. Um dos grandes óbices deste tipo de produto desprovido de glúten, passa pelo valor mais elevado de cada um deles e que provoca constrangimentos para quem deles precisa, embora os produtos «made in» Museu do Pão sejam comercializados com valores 10 a 15% mais baixos que o restante mercado. Assegurando que a massificação não é o principal fito, segundo Hélder Simões são dois os objetivos presentes. “Queremos encontrar preços mais competitivos e continuar a melhorar as receitas”. A terminar, o nosso entrevistado lembrou que a marca «apenas» pretende duas coisas. “Pretendemos edificar e sustentar o nosso espaço no mercado e que as pessoas conheçam o Museu do Pão e assumam imediatamente a certeza de confiança e credibilidade. Além disso, queremos ajudar e tornar mais fácil o dia a dia dos celíacos”, conclui o diretor da Fábrica do Pão. ▪

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verdadeira alternativa ao consumo na área da panificação”, revela Hélder Simões. Interessa perceber que o primeiro passo foi dado aquando da última festa natalícia, quando o Museu do Pão decidiu criar um bolo rei inovador para alérgicos ao glúten, em que os ingredientes foram cuidadosamente selecionados e a confeção exigiu o certificado pela APC. “Quisemos oferecer um «presente» a todos aqueles que vivem com esta doença e que não podem comer o bolo rei tradicional. Acredito piamente que este é um projeto que dignifica e demonstra a nossa credibilidade que estamos no mercado para promover a responsabilidade social em prol dos outros”, esclarece.


MEDICINA COMPLEMENTAR

» Clínica Nuno Lemos

“Há mais pessoas a aceitar a Medicina Chinesa como tratamento válido” “Precisamos pegar nas ferramentas da Medicina Chinesa e desenvolve-las à luz da mesma ciência que engrandeceu a Medicina convencional”. Quem o diz é Nuno Lemos, Fundador e Terapeuta da Clínica Nuno Lemos, que em entrevista à Revista Pontos de Vista abordou a importância da Medicina Chinesa e quais as potencialidades da mesma.

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uando foi criada a Clínica Nuno Lemos e de que forma é que a mesma tem vindo a marcar a diferença em prol da melhoria da qualidade de vida das pessoas? Nascemos em 2015 a partir de mais de 14 anos de prática clínica e de ensino. São os nossos princípios de trabalho que marcam a diferença: segurança, integração, transparência e trabalho de equipa. Segurança porque toda a acupuntura é adaptada à anatomia humana. Temos princípios de ação muito bem estabelecidos de assépsia que promovem a segurança do paciente.Integração pois o nosso lema consiste na integração de diferentes técnicas dentro da Medicina Chinesa e Osteopatia. Podemos juntar diferentes formas de diagnóstico e integrar as várias terapêuticas para resultados mais eficazes. Transparência porque focamos atenção em terapêuticas que sejam realmente eficazes e para sintomas para os quais temos um contributo a dar, com base em estudos científicos e na nossa experiência profissional. Trabalhamos com outras equipas. Existe um grupo de parceiros dentro da fisioterapia, osteopatia e medicina convencional com os quais trabalhamos. Porque decidiu apostar na Medicina Chinesa e Osteopatia e quais são as suas mais-valias? Apostamos na integração de conhecimentos da Medicina Chinesa e Osteopatia. Dá-nos uma visão mais correta do paciente como um todo, meios mais eficazes de diagnóstico e diversidade de terapêuticas que amplia o leque de queixas. Isto culmina numa abordagem mais eficaz.

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Que tipo de problemas se tratam mais na Clinica Nuno Lemos? O nosso grande foco é a dor (tendinites, hérnias, canal cárpico) e a reabilitação neuromuscular (AVC, esclerose múltipla, paralisia facial). Também temos bastante experiência no tratamento de depressões, ansiedade, insónia, no acompanhamento de grávidas, tratamento de alergias, síndrome de cólon irritável, stress e pacientes oncológicos.

Qual é a mais-valia da acupuntura para a sua prática clínica? O que é que as agulhas «fazem»? A acupuntura é a maneira mais rápida, eficaz e menos invasiva de estimular diretamente nervos, tendões, ligamentos e músculos. Ou seja, dá-nos acesso ao interior do corpo humano e capacidade de intervir em estruturas lesadas do organismo. Esses diferentes estímulos provocam um conjunto de reações locais e distais que normalizam diferentes sistemas do organismo. Os portugueses têm optado mais pela Medicina Tradicional Chinesa? Sim, existem cada vez mais portugueses a procurarem por este tipo de terapêuticas.

Sente que atualmente ainda existe uma onda de ceticismo relativamente à Medicina Chinesa? Existe desconfiança por duas razões: más práticas profissionais e desconhecimento de que se trata. Mas essas barreiras estão a ser ultrapassadas. Há mais pessoas a aceitar a Medicina Chinesa como tratamento válido. Sente que ainda escasseia uma relação de diálogo entre a Medicina Chinesa e a Medicina Ocidental? Existe um choque científico e social entre estas duas áreas. Na minha experiência a linguagem científica, um discurso clínico coerente e uma prática séria são a base de um diálogo construtivo entre estas duas áreas. Também acredito que devemos procurar ativamente esse diálogo. Por exemplo quando trato um paciente com AVC tento sempre “acertar agulhas” com o seu fisioterapeuta.

A Medicina Chinesa é uma alternativa à Medicina Ocidental ou um complemento? A Medicina Chinesa é um complemento. A Medicina Ocidental tem meios de diagnóstico e tratamento mais avançados. A Medicina Chinesa oferece tratamentos que tem um grande potencial clínico. O que é necessário é começar a analisar esse potencial terapêutico milenar à luz da ciência. Precisamos pegar nas ferramentas da Medicina Chinesa e desenvolve-las à luz da mesma ciência que engrandeceu a Medicina convencional. Quais são os grandes desafios que se colocam à Clínica Nuno Lemos e a si como profissional para o futuro? Creio que o grande desafio da Clínica Nuno Lemos é a sua afirmação no mercado. Será importante a constante maturação com os nossos parceiros Clini7, O Gabinete de Fisioterapia do Desporto; Instituto de Técnicas da Saúde a Farmácia Vila Expo.Os meus desafios pessoais estão relacionados com a luta pela regulamentação e pela justiça da isenção do IVA que tento contribuir como perito de acupuntura nomeado pelo Ministério da Saúde e com crescimento profissional através de formação contínua especializada. Acima de tudo desejo manter-me feliz e motivado com o trabalho que realizo todos os dias na Clínica.▪


MEDICINA COMPLEMENTAR

» TESED - MEDICINA HOLÍSTICA INTEGRADA

TESED, o bem-estar físico e mental m 1999 fico doente e vou parar ao hospital com uma cólica renal. No espaço de duas semanas tive duas situações de urgência pelo que queria evitar a terceira. Mas, os médicos não conseguiam dar-me um diagnóstico, nem uma explicação clara. Comecei, então, a estudar para obter uma resposta e tratamento alternativos”, começa por explicar Paulo Pais. Engenheiro mecânico e gestor de empresas de formação começou, assim, a estudar de forma autodidata aos 35 anos. Em 2005, achando que precisava de algo mais para passar o nível que já tinha atingido, decidiu tirar dois cursos: psicologia e medicina. Dois cursos que em conjunto se encaixavam na visão de que somos mais do que partes desconexas encaixadas umas nas outras e que o corpo e a mente fazem parte de um todo inseparável. No entanto, os cursos não correspondiam ao que pretendia pelo que em 2007, a trabalhar na Alemanha, ocupa todo o seu tempo livre na pesquisa de soluções. “Durante esse ano estudei intensivamente. No final já sabia o que queria fazer pelo que estruturei o meu próprio curso. Escolhi as matérias que queria aprender. Comecei por estudar hipnose clínica, seguiu-se o estudo, entre outras, de reflexologia, terapia sacro-craniana, iridologia, manipulação visceral e de medicina chinesa”, enumera Paulo Pais. Em 2009 começa a dar consultas, pondo em prática o que estava a aprender. “Queria saber como as terapias e técnicas que aprendia realmente funcionavam e como os resultados eram na prática clinica visíveis”, refere o terapeuta. Em 2012 acontece algo que muda o seu percurso. Durante uma sessão, enquanto exercia hipnose clínica, seguindo um protocolo que conhecia bem, aplica uma técnica diferente. “Nós somos fontes de energia resultantes de um campo eletromagnético suportado pela gravidade e pelas ondas gravitacionais que irradiamos, […] consegui assim detetar e trabalhar as ligações entre a mente e o corpo para tratar um problema de saúde de um paciente meu. Isto pôs em causa tudo o que tinha aprendido e estudado até aquele momento”, assenta Paulo Pais. Ao passar para papel o que tinha feito, o resultado do desenho equipara o corpo humano à constituição do universo.

gestação do feto e estendem-se até à infância. “Para tratarmos os pacientes temos de ir até esses pontos onde fomos “indevidamente programados”. Em equipa com a pessoa temos de alterar a programação de modo a respeitar integralmente todo o seu ser”, explica o Terapeuta. Realça que a eficiência dos seus tratamentos não depende só do clínico, depende também do paciente que tem de mudar a sua forma de estar, a sua alimentação, fazer a sua própria aprendizagem e descobrir o que é mais adequado para o seu ser. “Estamos a falar de medicina de forma holística que significa o todo. Trabalho o todo da pessoa para tratar a sua saúde, aplicando os diferentes campos da medicina a que dou o nome de TESED. No início considerava apenas uma técnica, mas com o seu desenvolvimento e ao perceber a sua abrangência passou a ser uma terapia, mas atualmente é muito mais do que isso, é uma filosofia de vida”. ▪

Formação em Portugal

PAULO PAIS, DIRETOR CLÍNICO

Começa, então, a utilizar essa técnica em mais pacientes, chamando-lhe TESED, obtendo resultados positivos e imediatos. “Percebi que a mente tem uma linguagem própria pelo que comecei a estudar sobre essa linguagem, a organização da mente e como funciona. Começo a alargar o estudo da saúde a áreas tão diversas como a física quântica e a cosmologia, ou a antropologia e a sociologia, percebendo que aquilo que somos reflete-se no mundo envolvente e que se queremos mudar o ambiente exterior temos de nos mudar a nós primeiro”, refere o terapeuta.

O que é a Medicina Holística?

Nas palavras de Paulo Pais, todos nós criamos medos e crenças, bloqueadoras, que mais tarde se transformam em doenças. A maior parte dessas programações limitadoras começam durante a

Verificando uma lacuna no ensino no que diz respeito à formação através de cursos superiores em Medicina Complementar, Paulo Pais decidiu apostar nos dois cursos que leciona: O curso TESED, organizado em quatro níveis e em vários módulos para que os formandos possam desenvolver a sua aprendizagem de uma forma mais adequada às suas necessidades; e o curso de Terapia do Corpo Reflexo – a sua base são conceitos usados pela reflexologia podal, reflexologia de corpo inteiro, neuro-visceral, os sistemas neurológicos da medicina alopática, o sistema de meridianos da medicina tradicional chinesa, os centros de energia do corpo, o ritmo sacro-craniano e a energia biogravitacional. “Medicina holística é quando o corpo, a mente e a alma começam a ser tratados e começam a ser tidos em consideração. Enquanto não tivermos consciência do que somos como corpo, como mente e de que a alma existe e faz parte de nós, a cura não chega”, conclui Paulo Pais.

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“Nascemos com o objetivo de apoiar, ensinar e promover o desenvolvimento pessoal, tendo em vista o curar a vida atual e prepararmo-nos para a vida futura”, é o lema da TESED – Medicina Holística Integrada. Estivemos à conversa com Paulo Pais, criador da Terapia dos Estados Somato-Emocionais Dissociados e da Reflexologia Neuro-Visceral, duas técnicas terapêuticas que são exemplos de como o corpo, a mente e a alma se unem formando um todo interligado.


MEDICINA COMPLEMENTAR

» JOSÉ FONTES – CLÍNICA DE MEDICINA CHINESA

Medicina Chinesa

uma solução natural e eficaz “O meu objetivo é que as pessoas fiquem bem. Por isso é que decidi seguir este campo da medicina: a medicina chinesa”. Quem o diz é José Fontes, entrevistado pela Revista Pontos de Vista no que diz respeito à Medicina Complementar em Portugal.

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naugurada em 2015 sob a direção clínica de José Fontes, a Clínica de Medicina Chinesa procura ir ao encontro do que as pessoas procuram e necessitam, oferecendo conforto e qualidade nos tratamentos prestados. Acupuntura, Massagem Terapêutica, Osteopatia, Fitoterapia, Nutrição e Acupuntura Emocional são os tratamentos aplicados da Medicina Chinesa que abrange uma área de terapêuticas tão vasta quantas as patologias que trata: problemas de pele, alergias, tendinite, infertilidade, hérnias discais, obstipação, problemas digestivos, colesterol, hipertensão, insónia são algumas das patologias que podem ser tratadas com recurso a esta medicina complementar. “Do caso mais simples ao mais grave as pessoas sabem que a Medicina Chinesa trata essencialmente problemas associados à dor, porém, cada vez mais recebemos pessoas que nos procuram devido a questões como depressão e ansiedade”, refere José Fontes.

JOSÉ FONTES, DIRETOR CLÍNICO

Quem é José Fontes?

O ceticismo

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Verifica-se que os Portugueses começam a recorrer às terapêuticas não convencionais, demonstrando uma abertura às medicinas alternativas pela eficácia e qualidade que têm demonstrado. A Medicina Chinesa, pela sua eficácia e resultados imediatos, tem cada vez mais adeptos. “Temos os dois tipos de pacientes na nossa clínica: o paciente que tem um problema, vai ao médico, faz a terapêutica ou a medicação receitada, mas não obtém melhorias pelo que procura outra alternativa, uma segunda opção; e o paciente que tem consciência dos benefícios da Medicina Chinesa e que nos procura como primeira opção antes de recorrerem à medicina convencional”, explica o Clínico. Existem, igualmente, casos de pessoas que, por curiosidade, decidem experimentar os tratamentos da Medicina Chinesa e que acabam por se tornar adeptos ao constatarem a sua eficácia. Ou, ainda, pacientes que recorrem à Clínica de José Fontes para fazerem um checkup ao seu estado de saúde. A novidade é o recurso a esta medicina para tratamentos de emagrecimento e, ainda, de cicatrizes. “Nos tratamentos para o emagrecimento fazemos

assim, o acesso a todos os pacientes que necessitem das suas terapêuticas. Para tal, existem packs, por exemplo, em que uma consulta de Medicina Chinesa, onde é feito o diagnóstico e é aplicado o tratamento – acupuntura ou massagem terapêutica –, tem um preço de 25 euros. “Temos uma grande preocupação com as pessoas para que seja sustentável para elas recorrerem aos nossos tratamentos e podermos fazer o nosso trabalho”, afirma José Fontes.

“Gaia Viver Saudável”

Se ficou com curiosidade em saber mais ou experimentar um tratamento da Medicina Chinesa, a Clínica estará presente este fim-de-semana (21 e 22 de maio) no evento “Gaia Viver Saudável”, um evento dedicado à saúde, para divulgar e promover esta medicina e os seus benefícios.

uma avaliação nutricional complementar, bem como tentamos reeducar os hábitos dos pacientes”, esclarece José Fontes. Já no que diz respeito às cicatrizes onde atua a Medicina Chinesa? No pós-operatório para o disfarce das mesmas ou porque as pessoas apresentam dor, rigidez ou falta de sensibilidade no local da cicatriz. Por fim, o fator preço é muito importante para José Fontes, pelo que a Clínica procura equilibrar a prestação de serviços a preços acessíveis, promovendo,

José Fontes tem vindo a dedicar-se a esta área um pouco por todo o norte do país já há cerca de sete anos. Decidiu abrir um espaço próprio para poder gerir os seus pacientes e os seus tratamentos da melhor forma possível. Considerando que este campo é muito importante para complementar os serviços de saúde atuais, José Fontes defende que, de certa forma, a Medicina Chinesa vem colmatar um pouco a forma como o sistema está implementado, em que muitas vezes as práticas aplicadas necessitam de uma intervenção mais abrangente, ou mesmo, alternativa. “Uma pessoa ser medicada, muitas vezes, não é suficiente”, atenta o Terapeuta. José Fontes fez uma formação de quatro anos em Portugal nas diferentes áreas que constituem a Medicina Chinesa: Acupuntura, Massagem Terapêutica (Tui Na), Osteopatia e Farmacopeia, a área mais complexa da medicina chinesa. Seguiu-se uma especialização de seis anos para estudar a parte teórica fundamental e a base da medicina chinesa, “essencial para poder estabelecer os raciocínios necessários para a prescrição de fórmulas e ervas, bem como para a escolha e aplicação dos tratamentos”. Posteriormente tirou o mestrado em Farmacopeia Chinesa numa universidade espanhola com protocolo com uma universidade chinesa. “Nesta área temos de estar em constante atualização e aprendizagem. A Medicina Chinesa tem um fundamento filosófico muito forte, temos de aprofundar os conhecimentos dessa base para termos um conhecimento mais sólido”, explica José Fontes. ▪


MEDICINA COMPLEMENTAR

» INSTITUTO PORTUGUÊS DE HIDROTERAPIA DO CÓLON E SAÚDE NATURAL

O seu bem-estar começa aqui O Instituto Português de Hidroterapia do Cólon e Saúde Natural (IPHC Saúde Natural) atua para orientar e ajudar as pessoas a encontrar o seu equilíbrio físico, mental e emocional, de forma natural, focando a sua intervenção na promoção de estilos de vida mais saudáveis e na prevenção da doença.

SÓNIA GINGADO NEVES, DIRETORA CLÍNICA E HIDROTERAPEUTA DO CÓLON

tura passa no interior do intestino vai removendo os resíduos. Estas micro-oscilações na temperatura da água vão estimular o peristaltismo (movimento natural do intestino), que na maior parte das pessoas está lento ou é inexistente, como são exemplo as obstipações crónicas. “Ao fim de algumas sessões o intestino começa a funcionar de forma natural, contribuindo assim para a melhoria da saúde do paciente, eliminando a dependência de fármacos ou outros produtos. Vejo resultados extraordinários, não só nos desequilíbrios intestinais, como a obstipação aguda ou crónica, síndrome do cólon irritável, doença de Chron, intolerâncias alimentares, fadiga crónica, candidíase, enxaquecas, mas também

noutras patologias como a depressão e a ansiedade. E as pessoas começam a recorrer ao instituto devido a essas patologias”, realça Sónia Gingado.

A legislação

A Diretora Clinica e Hidroterapeuta Sónia Gingado, formada e acreditada no Reino Unido, onde a Hidroterapia do Cólon é outra realidade, refere que em Portugal, não há uma legislação específica para esta terapia, mas que é genericamente enquadrável na Naturopatia, uma das sete terapêuticas não convencionais regulamentadas em 2014. A regulamentação das terapêuticas não convencionais, “para mim e para os meus colegas foi um passo gigantesco para que finalmente possamos exercer

a nossa atividade com enquadramento legal. Foi um ponto de partida extremamente importante e as pessoas já começam a beneficiar desse passo que se deu”, enaltece a Diretora Clínica. Mas ainda há um caminho grande a percorrer, quer no que respeita ao sistema de ensino, em que os cursos existentes em Portugal ainda não estão acreditados pela A3ES, quer em relação à integração com a medicina convencional. A título de exemplo, Sónia Gingado refere que há pacientes que ainda omitem ao seu médico de família que estão a fazer um tratamento no âmbito das terapêuticas não convencionais, quando o utente tem o direito de decidir o que é melhor para si. O Plano Nacional de Saúde defende que os sistemas de saúde devem ser centrados nas pessoas, pelo que há que caminhar para uma medicina integrativa, em que a medicina convencional e não convencional cooperam no sentido de contribuir para a boa saúde do utente. A mudança de mentalidades vai levar o seu tempo. Apesar disso, Sónia Gingado enfatiza que se está num caminho ascendente neste tipo de integração, pois tem muitos pacientes que lhe chegam recomendados por médicos quer de medicina convencional quer não convencional. O IPHC Saúde Natural tem o objetivo de caminhar nesse sentido e de poder também contribuir para uma formação adequada em Portugal na área da Hidroterapia do Cólon. ▪

85 MAIO 2016

O

IPHC alerta para a importância de manter o intestino saudável, na prevenção e tratamento de várias patologias. O intestino é submetido a níveis de stresse permanente, não só pela alimentação desequilibrada, como pela falta de exercício físico e ainda pelos fatores oxidativos da sociedade em que vivemos, o que contribui para o aparecimento de vários desequilíbrios e patologias, que têm o seu início em processos de intoxicação. É aqui que surge a hidroterapia do cólon. Em que consiste este tratamento? Porquê a hidroterapia do cólon? Quais são os seus benefícios? Sónia Gingado Neves, Diretora Clínica e Hidroterapeuta do Cólon, respondeu-nos a estas e outras perguntas. O IPHC Saúde Natural abriu portas em novembro do ano passado, disponibilizando um conjunto de serviços, focados na qualidade e segurança, segundo as melhores práticas clínicas internacionais, acrescentando assim mais valor ao setor da medicina complementar A trabalhar na área da medicina complementar desde 2002, Sónia Gingado “ficou com o bichinho” quando trabalhou numa clínica de terapias não convencionais. “Nessa altura tive o primeiro contacto com a hidroterapia do cólon, uma área que me fascinou devido ao facto dos resultados serem rápidos, seguros e consistentes. Não só na parte intestinal, mas em todo o organismo, é uma terapêutica que ajuda a harmonizar todo o organismo”, começa por explicar. A hidroterapia do cólon é um processo natural de desintoxicação, seguro e confortável, higiénico, inodoro e indolor. É realizado com água filtrada, através de um equipamento apropriado, por onde passa essa água à temperatura do corpo humano, 35-37 graus. Durante a irrigação, pela passagem da água, ocorre uma massagem no interior do intestino que devido à contração gerada, limpa igualmente os tecidos situados nas imediações, zonas onde se encontra a maior parte do sistema de defesa do organismo. Com sessões de, aproximadamente, 40 minutos os resultados são imediatos. “Logo na primeira sessão há imediatamente uma sensação de alívio e bem-estar. Durante a terapia há uma série de toxinas que são libertadas”, esclarece a hidroterapeuta Sónia Gingado. Trata-se de um processo natural de desintoxicação. À medida que a água com pequenas oscilações de tempera-


BREVES BREVES

basset hounds

Dois cães recusaram-se a abandonar o quarto de hospital de uma criança Uma criança que sofreu um acidente vascular cerebral, foi acompanhada constantemente pelos dois basset hounds de família. A criança terá morrido com “os seus cachorros aos pés da cama”. Os dois basset hounds de uma família cuja filha estava a morrer no hospital recusaram-se a abandonar o quarto da bebé que sofrera um acidente vascular cerebral. A mãe de Nora Hall, Mary Hall, escreveu no seu mural de Facebook que tinham deixado os seus cães ficar no quarto durante uns dias “porque eles eram muito apegados a ela”. A mãe da criança afirmou que sentiu os cães bastante “tristes e nervosos”. A criança morreu esta terça-feira, com os cães aos pés da cama, como afirmou a mãe numa outra publicação do Facebook.

campanha Kickstarter

Receberam um milhão com crowdfunding, mas foram à falência CST-01 é o mais recente dispositivo a ter recebido um grande financiamento através de uma plataforma de crowdfunding, mas que acabou por não resultar. A Central Standard Timing lançou o CST-01, um relógio com ecrã e-ink, no início de 2013. Na altura, no Kickstarter, recebeu mais de um milhão de dólares, mas ninguém vai receber o dispositivo e, pouco provavelmente, o dinheiro que investiu. O relógio foi ‘arrumado’ no verão de 2015. A equipa esperava vender alguns dos seusativos para que quem apoiou o projeto recebesse algum dos dinheiro mas, segundo o Slash Gear, apareceram os papéis de falência na página da campanha do Kickstarter, estando acessíveis apenas para quem investiu no projeto. Este não é o primeiro caso de um projeto de sucesso que acaba por correr mal. O Zano é um dos projetos que procurou financiamento no Kickstarter e que acabou por falhar. A empresa europeia oferecia um drone e recebeu cerca de três milhões de euros, tendo, no entanto, acabado por falhar.

projeto saúde

Portugueses que comem mal revelam mais sintomas depressivos Num novo estudo sobre os hábitos alimentares em Portugal foi revelado que no Alentejo e nos Açores 60% da população tem peso a mais. Os portugueses com maus hábitos alimentares são os que mais revelam sintomas depressivos e também os que fumam e bebem com mais frequência, segundo um estudo com base numa amostra representativa da população adulta. O projeto Saúde.come aplicou inquéritos a cerca de 10 mil portugueses representativos da população e analisou como os padrões alimentares se relacionam com fatores como a idade, a escolaridade ou a situação profissional.

pontos de vista

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MEDICINA COMPLEMENTAR

» evolution Clinic

Evolution Clinic

a saúde em primeiro lugar Existe, em Lisboa, uma clínica especialista em Nutrição Funcional que tem, funcional tem como objetivo antes da patologia surgir identificar desequilíbrios para antecipar a doença.

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ANDRÉ MATIAS

uma leitura das análises. Olhamos para os valores e queremos atingir os valores ideais e não os de referência”, defende o nutricionista. Com o auxílio das análises clínicas, chegados à clínica são feitas perguntas ao paciente desde a forma como nasceu (se de parto natural ou cesariana) até à saúde intestinal, tendo em conta o estado das unhas, dos dentes, para de seguida se fazer uma avaliação do diário alimentar, do exercício físico e dos hábitos do sono. “Ao final de um mês os resultados são inacreditáveis”, garante André Matias. Também cofundador da NutriScience, uma empresa de Consultoria e Formação ligada à nutrição, onde alguns dos alunos são médicos e nutricionistas. A par deste projeto também ministra workshops com uma vertente prática muito forte dirigidos ao público em geral. “Temos vários workshops dirigidos para a população em geral e com várias temáticas”. Os temas dos workshops baseiam-se de acordo com o que na Evolution Clinic surge como necessidade dos pacientes. ▪

87 MAIO 2016

que se entende por Nutrição Funcional? É uma especialidade que não se limita à prescrição de dietas de alimentos tidos como saudáveis e ao controlo do consumo de calorias. Ela reconhece que os alimentos e os nutrientes são capazes de modular inúmeras funções orgânicas, comunicação hormonal e expressão genética. Para cada pessoa é estabelecida uma prescrição alimentar e estilo de vida personalizados que, quando praticada de forma regrada, tem a capacidade de restaurar e otimizar o funcionamento interno do seu organismo. “Os portugueses de uma forma geral comem mal e sofrem de elevados níveis de stress quer na vida pessoal, quer no trabalho. Quando se atinge um estado em que o stress se torna crónico há um significativo aumento de gordura abdominal, diminuição de libido, maus hábitos de sono, falta de memória, entre outros” informa o nosso interlocutor. André Matias explica que “de acordo com o nível de atividade física, a população portuguesa ingere muitos hidratos de carbono de má qualidade (farinhas com glúten por exemplo e pouca gordura boa: frutos secos (oleaginosas) e óleo de coco e abacate, são alguns exemplos. Quanto ao estilo de vida, pouco exercício físico, péssimos hábitos de sono” conclui. Sabia que a fadiga adrenal é a doença do século? Pois bem, anote que os principais sintomas são cansaço, perda de libido e aumento de peso. Reconhece-se em algum deles? A boa notícia é que a mesma pode ser controlada através de uma boa alimentação. Mas o que se entende por fadiga adrenal? Basicamente é o resultado do mau funcionamento da glândula suprarrenal. A clínica propõe-se a trabalhar a par da chamada medicina convencional, uma vez que André Matias não acredita que havendo uma separação das ciências o diagnóstico assim como o tratamento prescrito não vai de encontro ao que realmente tem valor: a saúde do indivíduo. “Trabalho com médicos. Para mim é muito importante envolver os médicos convencionais”. A medicina complementar ainda suscita alguma desconfiança, e sobre esta problemática, o nutricionista acredita que a razão pela qual isso ainda acontece é porque “até há relativamente pouco tempo os profissionais destas áreas não tinham muita formação. Hoje já há uma nova geração muito bem preparada. O que importa é a saúde do individuo e desta forma, a junção das várias áreas da saúde é o caminho para que se atinjam os melhores resultados clínicos” garante o nosso entrevistado. “O diagnóstico vem da parte médica, aqui fazemos

O que se entende por Nutrição Funcional? É uma especialidade que não se limita à prescrição de dietas de alimentos tidos como saudáveis e ao controlo do consumo de calorias. Ela reconhece que os alimentos e os nutrientes são capazes de modular inúmeras funções orgânicas, comunicação hormonal e expressão genética. Para cada pessoa é estabelecida uma prescrição alimentar e estilo de vida personalizados que, quando praticada de forma regrada, tem a capacidade de restaurar e otimizar o funcionamento interno do seu organismo.


years of media excellence

be with the Number

Horizonte de Palavras Edições Unipessoal, Lda

horizonte de

palavras

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MEDICINA COMPLEMENTAR

» espaço infinitus

OPINIÃO DE JULIANA BARROSO, FACILITADORA DE MEDITAÇÃO PARA CRIANÇAS E FUNDADORA DO ESPAÇO INFINITUS

Já existe na Escola do seu filho?

Meditação para crianças: uma nova ferramenta na educação

JULIANA BARROSO INFO@ESPACOINFINITUS.COM

A

s crianças no dia a dia estão predominantemente expostas a atividades analíticas e de natureza lógico-matemática, assim como, à sobre-exposição a estímulos de várias fontes (Tv, PCs, tables, internet, etc.,) levando a um excesso de estimulação do hemisfério esquerdo do cérebro. Apesar de nas últimas gerações nascerem crianças com padrões de maturidade associados a competências do hemisfério direito (emocional, criativo, artístico) superiores às das gerações anteriores, a organização societária e escolar atual continua a focar-se em aptidões meramente racionais. Assim, as crianças acabam por desenvolver desequilíbrios emocionais, que podem traduzir-se em problemas comportamentais. Ouvimos com regularidade que as crianças de hoje são irrequietas, têm défice de atenção e hiperatividade, possuem desordens comportamentais, exercem coações físicas e psicológicas a outras crianças (bullying).Tendemos a focar-nos nestes comportamentos como o problema, mas estes não são mais do que o reflexo das necessidades internas das crianças, às quais não conseguimos dar resposta. Vemos usualmente o recurso a medicamentos como forma para resolver estes comportamentos sem recorrer a outras estratégias ou métodos menos agressivos. Vejamos então, essas atitudes como formas de comunicação sem recurso a palavras, às quais poderemos dar outro tipo de respostas. É neste sentido que realizo sessões de Meditação para Crianças, entre os 3 e os 12 anos, em centros terapêuticos e escolas públicas no Algarve, onde ensino práticas simples de relaxamento e meditação. Pais, docentes e agentes de saúde observam e comprovam a melhoria da autorregulação, aumento da autoestima, autoconhecimento e respeito pelo outro, logo após algumas participações nestas sessões. E se estas técnicas fossem disseminadas em mais escolas públicas e privadas, quais poderão ser os resultados a longo prazo?

A Ciência comprova…

A investigação científica concluiu que há alterações a nível cerebral com a prática regular de Meditação. Traduz-se no espessamento de massa cinzenta em áreas associadas à aprendizagem, processamento de memória e regulação de emoções. Leva à diminuição do tamanho da região do cérebro que está “A prática de relacionada com o stress, o medo e a tensão. Testes realizados, durante a prática meditativa deMeditação ajuda no tetam atividade em regiões do cérebro que dimiequilíbrio das funções dos nuem a ansiedade, a depressão e que aumenta a dois hemisférios cerebrais. As tolerância à dor. Melhora a autoconsciência, aucrianças aprendem a identificar menta a empatia e ajuda na definição de objetivos. e compreender as suas emoQuando se medem as ondas cerebrais de praticanções, dando-lhes maior tes de meditação vs não praticantes, observa-se que bem-estar e empatia os primeiros têm mais ondas Alfa, que estão relacionadas com a redução do mau humor, tensão, tristeza e pelo outro” raiva. Verifica-se também, a diminuição do ritmo cardíaco e o reforço do sistema imunitário.

Colocar as Crianças a Meditar em 4 passos:

Deve escolher um local confortável para a Criança fazer estes exercícios e de preferência acompanhá-la, aproveitando estes momentos de pausa, partilha e cumplicidade. 1 Realizar um jogo para “gastar” a energia física em excesso. Ex. Fazer movimento de varredura com as mãos ao longo do corpo dizendo “sai ansiedade, vai embora agitação, entre outros.” 2 Escolher postura. Ex. Sentados de costas direitas ou deitados de barriga para cima. 3 RESPIRAR, repetições de inspiração pelo nariz e expiração pela boca

Ex. Encher o peito de ar imaginando que está a cheirar um jardim perfumado; e deitar fora o ar, imaginando que sopra uma pena para muito longe 4 Fechar os olhos e guiar a criança a um ambiente ou situação relaxante.

Ex. Uma praia, um jardim fazendo uma atividade de que goste muito. (Pode ver mais exercícios no CD Áudio com Meditações Guiadas para Crianças).

Mitos sobre Meditação para Crianças:

“Há crianças que não conseguem meditar porque são muito irrequietas” Todas as crianças conseguem concentrar-se 1 minuto por cada ano de vida. A meditação é um treino e quanto mais regular for, mais fácil é de atingir um estado de relaxamento. “A meditação tem uma base religiosa” Esta é uma prática onde se realizam exercícios respiratórios, de relaxamento e com recurso à imaginação que não estão associados a qualquer religião. “É preciso estar em posição lótus e só a determinadas horas do dia” Deve-se adotar uma posição confortável para meditar, como sentado de costas direitas ou deitado. Posições desconfortáveis dificultam o relaxamento, já que a mente concentrar-se-á no desconforto. Pode-se meditar em qualquer momento do dia. “É preciso ter muito tempo disponível Três minutos de respirações conscientes chegam para alterar um estado agitado para um estado autorregulado, numa criança. ▪

89 MAIO 2016

Após alguns anos a realizar apoio escolar, percebi que as crianças chegavam até mim stressadas, agitadas, tristes, angustiadas e com dificuldade de se concentrarem. Muitos alunos não têm espaço de “vazio” na sua agenda diária. São poucos os momentos para brincar de forma livre que lhes permita parar e centrar-se em si, percebendo o que estão a pensar e a sentir.


SAÚDE ANIMAL

» HIFARMAX EM DESTAQUE

Na vanguarda do «Mundo Animal» A propósito do universo animal, a Revista Pontos de Vista conversou com Filipe Nunes, Diretor da Hifarmax, uma marca que se tem dedicado à investigação, desenvolvimento e comercialização de soluções diagnósticas e terapêuticas inovadoras para as doenças dos animais, que nos deu a conhecer o presente e o futuro da marca.

P

layer de relevo, a Hifarmax assume-se como uma empresa dedicada à investigação, desenvolvimento e comercialização de soluções diagnósticas e terapêuticas inovadoras para as doenças dos animais. Que análise é possível realizar do percurso da empresa até hoje? A Hifarmax lançou-se no mercado em 2003, sendo a única empresa portuguesa de saúde animal com uma presença significativa também em Espanha. Nestes 13 anos de percurso tivemos um excelente reconhecimento e aceitação por parte dos médicos veterinários que consideramos nossos parceiros. Apesar do crescimento constante que a empresa tem vivido, nem tudo foram facilidades. De facto, o mercado ressentiu-se bastante com a crise que começou em 2008 e que teve os seus piores anos em 2011 e 2012. Esta crise de consumo além de produzir uma diminuição do mercado em geral, com menos consumidores a dirigirem-se às Clinicas Veterinárias, originou ainda uma hiperconcorrência que ainda hoje se faz sentir. Apesar disso os nossos clientes vêem na proposta de valor que lhes apresentamos algo em que podem confiar. Hoje, praticamente todas as clínicas veterinárias em Portugal e Espanha utilizam pelo menos algum produto Hifarmax.

pontos de vista

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De que forma é que a Hifarmax tem vindo a contribuir decisivamente para acrescentar valor às alternativas já existentes nas áreas da saúde animal? No setor da apicultura a Hifarmax é líder, tendo “herdado” em Portugal algum portfolio das extintas multinacionais Sandoz e Ciba-Geigy, ao qual juntou soluções modernas para resolver problemas importantes das abelhas como a varroa, a nosema, a vespa asiática e as carências alimentares, entre outros. No setor dos animais de estimação introduzimos as marcas líder Omnicondro, que confere proteção articular a cães com artroses e outros problemas locomotores, e Omnicutis, que melhora a condição da pele, particularmente, em animais suscetíveis a problemas alérgicos, entre muitos outros produtos com conceitos tecnicamente inovadores. Mais recentemente a Hifarmax tem vindo a introduzir medicamentos com moléculas já existentes no mercado, em que nos preocupamos em apresentar os produtos com uma qualidade de fabrico superior, com relevância para o dia a dia terapêutico do veterinário, ao melhor preço possível. Quais são os segmentos da saúde animal em que a Hifarmax atua? A Hifarmax está presente nos setores da apicultura e no dos animais de estimação (em especial cães e gatos) facultando vários produtos disponíveis nas clinicas veterinárias.

importância ecológica fundamental das abelhas como polinizadores para a agricultura em geral e portanto com importante impacto económico da alimentação humana em geral.

FILIPE NUNES

Que análise perpetua do mercado em que atuam? Sente que atualmente existe uma maior sensibilidade para as questões relacionadas com o universo animal? No setor dos animais de estimação existem forças antagónicas: por um lado as pessoas estão mais predispostas a respeitar e a cuidar dos seus animais, por outro lado as restrições legais que têm vindo a ser introduzidas e as dificuldades económicas em que muitas pessoas vivem são um travão à vontade de ter um animal de estimação. Este setor está culturalmente enraizado e resistirá às crises presentes e futuras, mas não antevemos uma expansão significativa. Na apicultura tem-se assistido a um crescimento claro das produções e do número de colmeias evidenciando o crescimento do mercado, em especial a nível internacional, e o reconhecimento da

No âmbito da investigação, o que tem sido realizado pela empresa neste domínio? Quais os produtos de maior referência que têm desenvolvido no âmbito da saúde animal? Nos animais de companhia, o Omnicondro foi sem dúvida um marco importante, pois pela primeira vez existia um protetor articular a atuar por diferentes vias e a produzir efeitos tão rapidamente. Ainda hoje, apesar de vários outros produtos terem sido introduzidos, Omnicondro continua a ser o produto de primeira escolha na proteção articular dos cães em Portugal. Na apicultura, lançámos recentemente o primeiro alimento completo para abelhas de conceção, investigação e desenvolvimento pela Hifarmax totalmente produzido em Portugal. Quem já o experimentou diz que faz toda a diferença para as abelhas e que consegue ter uma exploração mais rentável. Estamos muito orgulhosos e entusiasmados quanto ao futuro. Existe algum produto que estejam agora a desenvolver e que será importante? Se sim, qual e que elemento diferenciador aporta o mesmo? A Hifarmax tem continuamente um portfolio de projetos de desenvolvimento de novos produtos que procuram acrescentar valor aos nossos clientes. O que neste momento lhe posso adiantar é que os próximos serão na área de animais de estimação, provavelmente ainda durante este ano. Como promovem o segmento da investigação de novos produtos? É no seio da empresa ou para isso também fomentam acordos e parcerias com outras entidades? Muitas vezes, novos produtos exigem novas competências. Temos que estar abertos a trabalhar em parceria com quem as tenha e esteja disponível a essa colaboração. Quais são as principais prioridades da empresa para o futuro? Nos próximos anos gostaríamos de consolidar ainda mais o nosso posicionamento como marca de nutracêuticos preferida dos veterinários, portugueses e espanhóis, e de introduzir produtos que possam ter ainda mais aceitação pelo mercado. Caso o nosso mercado doméstico se fortaleça o suficiente, seria ótimo poder explorar o potencial de internacionalização das nossas marcas. ▪


ENVELHECIMENTO

» PORTO4AGEING

Porto4Ageing, viver mais e melhor O consórcio Porto4Ageing reúne mais de 70 organizações, a grande maioria delas estabelecidas dentro da Área Metropolitana do Porto, na Região Norte de Portugal. Promover a qualidade de vida de forma saudável e ativa do idoso é a missão deste projeto, enquanto Coordenador, o Professor Elísio Costa, explica o que é o Porto4Ageing e o que o mesmo propõe à sociedade.

Portugal está a envelhecer. Perante este contexto demográfico que soluções são possíveis criar para contrariar este problema? O facto de a população estar a envelhecer, significa apenas que as pessoas estão a viver mais tempo - o que é bom! A grande questão que se coloca é como melhorar a qualidade de vida associada a este aumento da longevidade. Um importante facto é que nos últimos anos a esperança de vida aumentou em Portugal e na Europa, no entanto, este ganho em termos de longevidade não foi acompanhado por uma melhoria na qualidade de vida. O consórcio Porto4Ageing permite que a região se una face a este objetivo comum, de promover a qualidade de vida e um envelhecimento ativo e saudável. Quais os principais desafios e problemas com que lidam diariamente? O envelhecimento, naturalmente relacionado com a longevidade, tem sido acompanhado, no seu conjunto, por défices no autocuidado e por incapacidades para o desenvolvimento de atividades a diversos níveis, agravados pelas doenças mais prevalentes nesta fase da vida. As necessidades em cuidados de saúde, e as necessidades económicas e sociais são alguns destes problemas, para os quais as respostas são ainda insuficientes e inadequadas. A promoção da autonomia e da capacitação do indivíduo ao longo do processo de envelhecimento são fundamentais, quer para o indivíduo, quer para os decisores das políticas locais. O Porto4Ageing dispõem de uma oferta formativa que vai desde a promoção da saúde e bem-estar dos idosos até a formação especializada

O facto de a população estar a envelhecer, significa apenas que as pessoas estão a viver mais tempo - o que é bom

ELÍSIO COSTA

de profissionais nas áreas de Gerontologia e Geriatria. Que impacto esta formação poderá ter na qualidade de vida dos idosos? A adaptação da sociedade à nova realidade demográfica exige alterações tanto ao nível da formação dos profissionais, como dos próprios indivíduos. O Porto4Ageing integra instituições académicas de prestígio, assim como profissionais experientes e qualificados com grande experiência em formação para profissionais e dirigida à população sénior. Toda esta formação para profissionais, cuidadores formais e informais, e população sénior tem como objetivo influenciar positivamente uma abordagem mais integrada do sénior, o que tem repercussões positivas na sua saúde, que é entendida pela Organização Mundial da Saúde como “o completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade” e qualidade de vida da população sénior da região. Além da formação existem também outras atividades como a “Baixa em forma”, a “chave dos afetos” ou “memórias com sabor”. A adesão a estas iniciativas tem sido positiva? Dos três exemplos destas boas práticas, duas são promovidas pela Câmara Municipal do Porto (“Baixa em Forma” e “Memórias com Sabor”) e a outra pela Misericórdia do Porto (“Chave dos Afetos”), constituindo-se como iniciativas com grande adesão e impacto na população sénior da região. Este impacto está sobretudo relacionado com a prevenção do risco de isolamento e sentimentos

de insegurança e solidão nos seniores, que afetam de forma muito significativa a qualidade de vida e previne a institucionalização dos seniores. A área Metropolitana do Porto é candidata a Sítio de Referência Europeu na Área do Envelhecimento Ativo e Saudável, uma classificação atribuída da Comissão Europeia. O Porto4Ageing entregou a candidatura no passado dia 15 de abril. Com o título adquirido que mudanças irão ocorrer? A classificação da Área Metropolitana do Porto como uma Região de Referência Europeia na Área do Envelhecimento será o reconhecimento do esforço que as autoridades regionais têm feito nos últimos anos para melhorar a qualidade de vida da população idosa, nomeadamente através da implementação de respostas sociais inovadoras. Em termos de futuro, este consórcio ambiciona que os poderes políticos regionais, prestadores de cuidados, academia e centros de investigação, empresas, particularmente aquelas que trabalham diretamente com os seniores, e representantes dos utilizadores e da sociedade civil, se mobilizem para um objetivo comum que é a promoção de um envelhecimento ativo, saudável e feliz. Desta colaboração, que inclui neste momento mais de 80 entidades públicas e privadas (mais informação em www.porto4ageing.pt), podem resultar políticas e respostas sociais inovadoras, que para além de promoverem a qualidade de vida dos seniores, aumentem a competitividade da região. ▪

91 MAIO 2016 Maio

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e que forma está organizado o consórcio Porto4Ageing e quais os seus principais eixos de intervenção? O envelhecimento ativo e saudável é reconhecido pela União Europeia como sendo um dos maiores desafios societais atuais. O consórcio Porto4Ageing foi criado tendo por base a quádrupla hélice da inovação, isto é: inclui 1) decisores e prestadores de cuidados, 2) academia e centros de investigação e inovação, 3) empresas, e 4) representantes da sociedade civil e dos utilizadores. Neste contexto, o consórcio Porto4Ageing está em posição privilegiada para contribuir para o aumento da qualidade de vida da população idosa, a sustentabilidade dos sistemas de saúde e de cuidados, e crescimento e expansão da indústria na região. O Porto4Ageing está alinhado com os principais eixos de intervenção estabelecidos pela Parceria Europeia de Inovação para o Envelhecimento Ativo e Saudável (EIP-AHA), incluindo adesão aos planos de saúde, prevenção de quedas, prevenção da fragilidade e declínio funcional, cuidados integrados, soluções para uma vida independente e ambientes amigos do idoso, entre outras.


A DIFERENÇA ESTÁ NOS PORMENORES

» DESAFIAR A IMAGINAÇÃO

Play Planet

Sempre um passo à frente Há empresas que desde a sua génese marcam a diferença e promovem maisvalias em todos os aspetos da sua orgânica, assumindo-se como elementos fomentadores de uma forma de estar distinta perante o mercado através da criatividade, excelência e diferenciação.

E

de uma empresa como esta que pretendemos falar e assim fomos conhecer a Play Planet – Mobiliário Urbano, Construção e Paisagismo, Lda e conversamos com Milva Maggioni, Administradora da empresa e Arquiteta Paisagista, que, em entrevista à Revista Pontos de Vista, nos deu a conhecer um pouco mais da Play Planet. Mas afinal o que é escolher a Play Planet? “É dar asas à imaginação. É ter um serviço distinto e algo que o vai fazer sorrir no final”, assegura a nossa interlocutora. Venha connosco nesta viagem e conheça uma empresa de Design & Build que nasceu há seis anos, fruto da união de especialistas com mais de 16 de anos de experiência no projeto e construção de mobi-

pontos de vista

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liário urbano, nos espaços de jogo e recreio e parques temáticos. Além de criadores da marca Nacional “PLAY IN ART®”, reconhecida pela fusão da arte e design com uma componente lúdica e funcional, a Play Planet é distribuidora oficial e exclusiva em Portugal, e em vários países de expressão portuguesa, das mais prestigiadas marcas internacionais. Uma das coisas que mais nos impressionou na Play Planet é a capacidade que a mesma tem em estar sempre um passo à frente e de apresentar constantemente soluções inovadoras, diferenciadoras e personalizadas. “Esse é um foco essencial para nós, a personalização, com a devida adequação ao espaço e às necessidades do cliente.

No mercado existem muitos produtos, mas poucas soluções, sobretudo as direcionadas para jovens, idosos e para um público com necessidades especiais. Assim, decidimos criar uma empresa diferente e muito focada nas soluções e na personalização, o oposto do que existe no mercado, que se rege sobretudo pelo que está disponível em catálogo”, revela Milva Maggioni, assegurando que atualmente as empresas deste setor ainda oferecem soluções demasiado padronizadas e “somente esporadicamente é que apresentam um produto ou solução personalizada. Nós atuamos de forma completamente oposta, agimos sempre sob a «batuta» das soluções originais e individualizadas, recorrendo apenas pontualmente a equipamentos standard”, esclarece. Mas essa personalização e autenticidade surge por parte da empresa ou dos próprios clientes? Para a nossa entrevistada existem os dois casos. “Alguns dos nossos clientes têm ideias e objetivos definidos que nos pedem para explorar, outros querem inovar mas não sabem bem como. E nesse campo somos especialistas”, revela, lembrando que é prática da Play Planet conciliar a criatividade com as melhores soluções técnicas ao melhor preço. E como se faz isso? “Através de um sistema integrado «chave na mão», compreendendo o design, produção, montagem, instalação até à manutenção do próprio espaço. Assim conseguimos garantir a boa execução do que foi projetado e, melhor, sem derrapagens financeiras. Além da vantagem de existir apenas um interlocutor em todo o processo”, revela Milva Maggioni, asseverando que atualmente a empresa tem tido muitas solicitações de design & build, sobretudo a nível internacional, até porque no nosso país ainda é necessário desmistificar a ideia de que o que é personalizado é menos acessível. “O consumidor em Portugal ainda pensa que um projeto ou produto personalizado será mais dispendioso do que uma solução padrão, mas tal não corresponde à verdade. A Play Pla-

Milva Maggioni

net é uma empresa portuguesa, com uma marca (PLAY IN ART®) de design 100% português e que produz os seus equipamentos maioritariamente com recurso a matérias-primas e fabricação nacionais, sempre com um grau de exigência e qualidade ao mais alto nível. A maior parte das soluções padrão, de qualidade idêntica, tem origem em outros países cujo preço de produção e comercialização é bem mais elevado que o Português, resultando num produto final mais oneroso. Os nossos preços, ao contrário, apresentam-se como muito competitivos tanto no mercado nacional como no internacional, e com um custo/benefício muito elevado”.

Aposta internacional de sucesso

Com a sua marca “PLAY IN ART®”, a Play Planet deu início à sua expansão internacional e hoje está presente em diversos mercados geográficos a nível mundial. Começando pelos Emirados Árabes Unidos, Turquia, Austrália, Bucareste, Kuwait, Angola, entre outros, a Play Planet apresenta um volume de negócio bastante vasto além-fronteiras. “Isso, naturalmente, é positivo e reflete a excelência do nosso trabalho, bem como a confiança que temos conseguido incutir através da qualidade e diferenciação do mesmo”. A PLAY PLANET compreende uma equipa profissional multidisciplinar, com as mais variadas valências, desde o design gráfico, de ambientes e produto, à arquitetura, paisagismo, ergonomia, engenharia, construção e manutenção certificada, de forma a poder corresponder às necessidades dos seus clientes, “por mais complexas e exigentes que estas sejam”, esclarece a nossa entrevistada. Mas será a Play Planet única no mercado? Milva Maggioni não tem dúvidas, “acredito que somos únicos no mercado pela forma criativa como trabalhamos e pela excelência e dedicação que colocamos em cada projeto”. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT


INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DA MAIA – Mestrado em Exercício Físico e Saúde

» ENVELHECIMENTO ATIVO

Inovação científica e formação profissional na rota do

envelhecimento ativo e saudável Portugal ocupa atualmente o 9º lugar na lista dos países mais envelhecidos do mundo, com um quarto da população acima dos 60 anos. As mudanças ao nível da fertilidade, da esperança de vida e dos movimentos migratórios são fatores que apontam, nas projeções atuais a longoprazo (em 2060), para um país e uma Europa dramaticamente mais envelhecidos.

PERFIL

João Viana

DIRETOR CIDESD-ISMAI

Conscientes destes desafios e tendo em vista harmonizar a integração da inovação científica na formação profissional de nível avançado, o Instituto Universitário da Maia (ISMAI) e o Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano do ISMAI (CIDESD-ISMAI), apresentam um Mestrado em Exercício Físico e Saúde que tem como missão preparar profissionais capazes de compreender, planificar e operacionalizar diferentes propostas de exercício enquanto ferramentas de natureza preventiva ou terapêutica, em diferentes contextos e populações, de forma individualizada. São exemplos desta interligação entre a inovação científica e a formação profissional os compromissos firmados no âmbito da European Innovation Partnership on Ative and Healthy Ageing (EIP-AHA), que integraram a candidatura Porto4Ageing a EIP-AHA reference site: 1) CIDESD-ISMAI evidence-based exercise programmes – implementação de programas de exercício físico baseado na evidência para idosos e indivíduos com doenças cronicas; e 2) CIDESD-ISMAI falls prevention initiative – implementação de um programa de diagnóstico precoce e prevenção de quedas. Para operacionalizar esta filosofia formativa inovadora, o Mestrado em Exercício Físico e Saúde dispõe de um corpo docente com elevada experiência profissional e envolvimento em projetos de investigação científica financiados por entidades externas, e beneficia de infraestruturas e equipamentos altamente especializados. Adicionalmente, o compromisso de ligação às comunidades da região onde o ISMAI se insere, originou a criação de uma rede de parceiros estratégicos, dos quais se destacam a Câmara Municipal da Maia e o Agrupamento de Centros de Saúde Grande Porto III – Maia/ Valongo, entre outros prestadores e utilizadores de cuidados de saúde e serviços sociais, que atualmente nos proporciona um ecossistema extremamente favorável para a procura de soluções inovadoras que visem a melhoria da qualidade de vida das populações. ▪

93 MAIO 2016

A

pesar do envelhecimento global ser uma história de sucesso, marcada pelo triunfo da saúde pública, pelo avanço médico, e pelo desenvolvimento económico, as doenças não transmissíveis, particularmente as doenças cardiovasculares, o cancro, as doenças respiratórias crónicas e a diabetes são as que mais contribuem para a morbilidade e a mortalidade mundiais. Quando um dos fatores de risco comportamental compartilhado por estas doenças crónicas é o sedentarismo, torna-se fundamental atender às contribuições positivas do exercício físico para a saúde. Os benefícios do exercício físico consubstanciam uma melhoria considerável na qualidade de vida, apontando também para uma redução significativa na taxa de morbilidade e mortalidade por todas as causas. Os estudos mais atuais sublinham que 150 minutos de atividade física por semana com intensidade moderada reduz em cerca de 30% a taxa de mortalidade, sendo os benefícios ainda mais evidentes em indivíduos com mais de 60 anos. Os avanços da investigação científica ao nível da prescrição de exercício físico sugerem a adoção de modelos que fundamentadamente apontam o treino de força muscular em conjunto com o treino aeróbio como a mais poderosa estratégia no combate à perda de força e massa muscular típica do envelhecimento, apontando em simultâneo a redução da massa gorda, da pressão arterial e de outros fatores de risco cardiovasculares, bem como a diminuição dos sintomas de doenças crónicas como a diabetes, a osteoporose, ou a depressão. Estes modelos de prescrição de exercício apontam também o treino de equilíbrio como componente essencial à redução do risco de quedas e fraturas associadas. A estes benefícios comprovados cientificamente acrescem os resultados mais recentes divulgados em estudos epidemiológicos e de intervenção que demonstram a contribuição do exercício físico na redução do risco de doença de Alzheimer, bem como no declínio cognitivo associado ao aumento da idade.


ENVELHECIMENTO

» FUNDAÇÃO MOA DE PORTUGAL

Sentido de Valor Espiritual Quem somos? Que reflexões fazemos? Como podemos contribuir para ajudar e apoiar o nosso semelhante? Como buscar esse equilíbrio e harmonia que tanta falta faz na nossa sociedade? Tudo isto são questões que cada um deve fazer, tendo como sentido de valor um contributo fundamental para uma sociedade mais justa, coerente e íntegra. Mas tudo parte de nós.

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pontos de vista

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Revista Pontos de Vista quis saber mais e conversou com quem faz parte deste «universo» de desenvolver a capacidade de autocuidado e entreajuda recorrendo a estratégias e programas definidos e conversou com Tatsuya Kanda e Sandra Oliveira, Administradores da Fundação MOA de Portugal, uma instituição privada e que fundamenta a sua orgânica na filosofia do pensador e visionário japonês Mokichi Okada, onde o principal desiderato passa por edificar e construir as bases de uma sociedade regida por princípios universais, alicerçada numa trilogia definida pela Verdade, Bem e Belo, propiciando o intercâmbio internacional e a difusão da cultura nipónica. Em Portugal podemos encontrar a Fundação MOA em Lisboa, no Porto e em Vila Real, num caminho que tem vindo a ser realizado em terras lusas há quase três décadas, mais concretamente desde 1988. “É necessário fazer a reflexão de como estamos enquanto seres humanos, percebendo o objetivo e significado da vida. O que vimos cá fazer? E somente depois dessa reflexão é que podemos perceber o que tenho e posso dar aos outros. Não pretendemos ensinar nada. Os Mestres é que ensinam. Apenas partilhamos os ensinamentos para podermos ajudar e perceber quais as nossas verdadeiras prioridades na vida. A pessoa na Fundação MOA adquire sentido de valor espiritual”, afirma o nosso entrevistado, Tatsuya Kanda. Em processo de mudança de instalações, a Fundação MOA, «trabalha» em regime de voluntariado, não aquele tradicional e convencional, em que há sempre aquele lado que recebe e aquele que dá, “isso não é um sistema viável ou sustentável. O que pretendemos é criar essas bases para quando a pessoa que foi ajudada, tenha também o espírito de ajudar o outro, ou seja, autocuidado e entreajuda”, revela Sandra Oliveira, lembrando que é fundamental que a sociedade e o indivíduo promova mais sentimentos de gratidão, de pensamentos positivos e de um novo modo de estar na vida.

Medicina Integrativa

Se em tempos bastante recentes o ceticismo que rodeava estas dinâmicas e formas de estar era bastante acentuado, hoje está a melhorar e as

SANDRA OLIVEIRA E TATSUYA KANDA

pessoas começam a ter uma visão mais real e pura desta filosofia. “Claro que ainda existe uma certa desconfiança, mas se analisarmos abertamente, isto não é nada de transcendental, é apenas o comungar de um novo modo de estar na vida, de enfrentar as dificuldades, de fomentar o positivismo e a gratidão perante nós, os outros e a vida”, esclarecem. Assim, a Fundação MOA aporta um sentido onde a medicina integrativa é um pilar essencial, embora nunca descurando a denominada medicina convencional e as medicinas complementares. “Não pretendemos privilegiar uma medicina em detrimento de outra. O importante é integrar tudo como uma medicina única e retirar as mais valias que cada uma nos pode oferecer”, assegura o nosso interlocutor. Muito embora não se possa esperar a perfeição na totalidade, o esforço para acercar passo a passo deste ideal é o ato mais nobre e sublime da criatura humana. Alguém assim é um ser verdadeiramente feliz, que sente a razão de viver. A comunidade de pessoas como estas será nem mais nem menos que o Paraíso Terreno. Esta é também, uma das principais bases da Fundação MOA

MOA no Porto4Ageing

A instituição e os próprios ensinamentos e filosofia não têm uma idade definida. É para todos. Por isso é que a Fundação MOA está envolvida em projetos mais direcionados para uma faixa etária mais jovem e outros para uma classe de idade superior. Por isso é que a Fundação MOA está também incluída no denominado consórcio Porto4Ageing que reúne mais de 70 organizações, a grande maioria delas estabelecida dentro da Área Metropolitana do Porto, na Região Norte de Portugal. A parceria é construída sobre a abordagem de quadrupla hélice - que envolve diferentes partes interessadas (Decisores/Prestadores de Cuidados; Empresas/Indústria; Academia/Investigação e Sociedade Civil/ Utilizadores) que estão em boa posição para conduzir mudanças estruturais muito além do âmbito que toda uma organização pode querer alcançar por conta própria para inovar e testar em contextos do mundo real. “Naturalmente que estamos muitos satisfeitos, até porque queremos continuar a contribuir para a sociedade e, obviamente, que em conjunto com outras entidades podemos ter mais força para cooperar e ajudar os outros, a sociedade”, concluem os nossos entrevistados. ▪


envelhecimento

» DESENHAR CIDADES

HÁ MAIS DE 12 ANOS A DESENHAR PORTUGAL Paula Teles, fundadora da mpt®, a empresa pioneira em Portugal em mobilidade urbana inclusiva, aborda os doze anos da marca em Portugal e os desafios da mesma.

Que lacunas ainda identifica no território relativamente às estratégias de Mobilidade? Que comparação é possível realizar com os congéneres europeus? Portugal demorou algum tempo a focar a Mobilidade como fator relevante na democraticidade dos territórios. Porém, face às políticas públicas implementadas na última década, acompanhadas por ágeis processos técnicos, atualmente estamos alinhados com as estratégias e intervenções, em matéria de acessibilidade e mobilidade universais, dos nossos congéneres europeus. Com casos práticos de sucesso a nível Europeu como o Centro de Alto Rendimento de Remo do Pocinho, ao nível do edificado, e a Requalificação Urbana da Baixa de Vilamoura, ao nível do espaço público, coordenados pela Mpt, e galardoados pelas suas condições de excelência na arquitetura e desenho urbano universal, comprova-se que é possível termos belas obras de arquitetura e desenho urbano acessível a todos. Acredita que ainda falta uma cultura de mobilidade em Portugal? A quem compete o fomento e promoção dessa filosofia? Há já uma nova cultura de mobilidade em Portugal, despoletada de forma acelerada nos últimos anos. As Autarquias, as universidades e enti-

dades privadas, entre outras, acompanhadas pelas oportunidades dos quadros comunitários têm despoletado novas atitudes de mudança. Se é certo que urge eliminar barreiras urbanísticas e arquitetónicas, temos a consciência que ainda existem barreiras psicológicas a suprimir, aliás as mais complexas, pois só com o tempo se resolvem. Acredito que todos temos a obrigação de sermos agentes de mudança, por isso é imperativo que se implementem projetos inclusivos a diferentes escalas. Todos, direta ou indiretamente, desenhamos cidades e está na nossa consciência contribuir para a nossa futura condição de mobilidade. Só o trabalho em rede, inclusivo e sustentável torna possível o desenvolvimento de medidas em prol das pessoas de mobilidade reduzida. Sente que existe, nas entidades responsáveis, a sensibilidade necessária para encontrarem soluções para este problema? Temos, nos últimos anos, fomentado diversas parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas que atuam nesta matéria, o que permite a partilha de conhecimentos que têm contribuído para os projetos que a mpt® desenvolve. Atuamos desta forma em municípios, Comunidades Intermunicipais e Áreas Metropolitanas. Sendo poucos para tanto trabalho a fazer, não podemos perder mais oportunidades pois é mais dispendioso refazer e corrigir do que fazer logo bem feito. As cidades constroem-se todos os dias, por isso devem ser desenhadas para o maior número de pessoas na sua diversidade. O que podemos continuar a esperar da mpt® para o futuro? Como desenhar cidades para as pessoas idosas e para os novos estilos de vida? O atual aumento da esperança média de vida e a postura ativa que as 3a e 4a idades possuem são um paradigma de futuro, indissociável do planeamento das cidades. Verificamos que, muitas vezes, as cidades não são espaços amigáveis para os idosos, com desenhos pouco intuitivos e raramente funcionais. Esta situação, tem levado ao seu encarceramento nas suas casas, contemplando a cidade através da sua janela. Acreditamos que a mobilidade não pode ser fator de exclusão social, pois é hoje um dos maiores direitos de li-

PAULA TELES

berdade. Viver 100 anos e ser autónomo é hoje, possível. Mas para isso, o planeamento do território e a gestão da mobilidade torna- se fulcral nas sociedades democráticas, contemporâneas e solidárias. Os territórios deveriam ser a continuidade da habitação , muitas vezes, a sua sala de estar, com soluções que promovam uma maior vivência urbana de interfaces intergeracionais. Cada município, cidade ou vila é trabalhada por nós ao pormenor, ga-

rantindo a mobilidade, os sistemas de continuidade, a arquitetura do edificado e o ambiente urbano intrínseco a cada lugar. Este é o espírito da minha equipa. Uma equipa jovem, com conhecimentos transversais, apoiada por técnicos seniores, onde se trabalha na preparação do futuro, antecipando a condição especial de mobilidade de cada um. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT

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mpt® - mobilidade e planeamento do território tem vindo a preconizar um serviço de excelência no âmbito da sensibilização sobre a necessidade de construção de territórios sociais de Mobilidade. Que análise perpetua da atividade da instituição? A mpt® nasce a partir de um desejo de mudança face aos novos paradigmas da mobilidade. Definiu que a diferenciação estaria na funcionalidade universal de tudo o que planeasse e desenhasse. Esta visão posicionou a mpt® como entidade inovadora em estudos, planos e projetos no espaço público, edificado, transportes e comunicação, colocando as pessoas no centro da sua estratégia de atuação. E como a maioria dos clientes são municípios portugueses, atuando a mpt® em cerca de 2/3, reconheço que temos contribuído decisivamente para a construção de territórios mais inclusivos e mais competitivos.


INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM PORTUGAl

» RELAÇÕES BILATERAIS PORTUGAL – ALEMANHA

CÂMARA DE COMÉRCIO INDústria LUSO-ALEMÃ, 62 ANOS EM RETROSPETIVA A CCILA é promotora de uma economia bilateral entre Portugal e a Alemanha. Markus Kemper, Presidente do Conselho Diretor da Câmara, expõe os 62 anos de trabalho realizado da associação e aconselha as empresas portuguesas a uma boa preparação aquando da entrada no mercado alemão.

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CCILA - Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã assume-se como um parceiro privilegiado no domínio dos contactos de negócio entre Portugal e Alemanha. Que balanço é possível perpetuar desta «ponte» preconizada pela instituição entre ambos os países? Como analisa atualmente as relações bilaterais/comerciais entre Portugal e Alemanha? A Alemanha e Portugal mantêm há muitos anos excelentes relações diplomáticas e comerciais. Hoje, a Câmara é um interveniente ativo incontornável quando se fala das relações bilaterais entre Portugal e a Alemanha. Esta tendência leva-nos a encarar com otimismo as relações económicas entre Portugal e Alemanha, assegurando-nos de que elas se manterão profícuas para ambos os países também no futuro.

pontos de vista

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MARKUS KEMPER

Que lacunas é que ainda identifica nesta relação luso-germânica e que medidas urgem de serem colocadas em prática? Há ainda entre os empresários alemães um desconhecimento da excelência da oferta portuguesa, pelo que é necessário apostar em mais comunicação a este nível. São necessárias iniciativas que deem aos empresários alemães oportunidade de contactarem diretamente com os seus congéneres portugueses e de conhecerem a oferta portuguesa, tanto de produtos e serviços, e em que medida esta completa e beneficia a produção alemã.

e serviços fiscais – p. ex., apoio à constituição de empresas, serviço de contabilidade e fiscalidade, processamento salarial. A Câmara detém também a representação de algumas das feiras internacionais mais importantes da Alemanha como a CeBIT e a Hannover Messe, em Hanover, ou a Bolsa Internacional de Turismo, a FruitLogistica ou a IFA, em Berlim, para referir apenas algumas.

A CCILA possui uma oferta de serviços que promove a economia bilateral entre os dois países. De que serviços e apoios, especificamente, usufruem os associados? Existem perspetivas de criação de novos segmentos de apoio? Se sim, quais? A Câmara disponibiliza às empresas dos dois países um conjunto de serviços que visam a preparação e o apoio às atividades de internacionalização. Estes serviços abrangem áreas tão diversas como a consultoria de mercado – apoio na definição de estratégias de internacionalização, identificação de parceiros comerciais e informações de mercado, entre outros - e acompanhamento legal

É legítimo afirmar que a situação vantajosa alcançada pela Alemanha criou profundos desequilíbrios e desigualdades no seio da própria EU, e que Portugal tem sido um dos mais prejudicados? Pelo contrário. Portugal beneficia a vários níveis das relações positivas com a Alemanha, a começar pela vertente económica. O investimento direto alemão no país tem um efeito estruturante amplamente reconhecido na economia portuguesa, sobretudo no setor industrial. As empresas alemãs que já estão em Portugal continuam a reafirmar a sua satisfação com a localização e a investir e a de-

senvolver novas vertentes dos seus negócios. Por outro lado, a economia alemã assenta numa forte componente exportadora que, por sua vez, é assegurada pela imagem do “Made in Germany”. Para manter esta imagem, a Alemanha necessita de fornecedores da maior excelência. Neste âmbito, Portugal pode dar um contributo muito relevante, pois a produção de numerosas empresas portuguesas está ao nível do melhor que é feito em todo o mundo. As empresas portuguesas encontram nas empresas alemãs que produzem em Portugal parceiros de negócios que privilegiam fornecedores de qualidade. Por esta via, os produtos portugueses integram as exportações “Made in Germany”. Que conselho deixaria às empresas lusas que pretendem apostar no mercado alemão? Quais os obstáculos e as mais-valias? O mercado alemão é um mercado muito interessante para as empresas portuguesas, mas, como em qualquer processo de internacionalização, a sua conquista exige um planeamento cuidadoso. Os compradores alemães caracterizam-se pela exigência, tanto ao nível da qualidade como de cumprimento dos prazos. Assim, as empresas portuguesas devem ter estes fatores em mente e prepararem-se devidamente. Na sua opinião, o que falta a Portugal para conseguir captar o interesse e por conseguinte o investimento de outros países, mais concretamente das entidades de génese alemã? Há já algum tempo que a Câmara tem desenvolvido esforços para uma maior divulgação da excelência da produção portuguesa na Alemanha, uma área que poderia estar mais bem comunicada. Por outro lado, a evolução da economia e as alterações conjunturais impulsionam o aparecimento de novos setores de atividade em detrimento de outros e temos que estar atentos a essas alterações, assegurando que o apoio que prestamos às empresas vai no sentido certo. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT


INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM PORTUGAL

» MERCADOS QUE SE COMPLEMENTAM

“A Alemanha é um dos mais importantes parceiros comerciais de Portugal”

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omo analisa atualmente as relações bilaterais/comerciais entre Portugal e Alemanha? A Alemanha é um dos mais importantes parceiros comerciais de Portugal e, também, um local importante para o investimento estrangeiro alemão. São várias as empresas alemãs que têm instalações de produção ou mesmo sucursais no país, algo que pode ainda aumentar. A indústria do turismo é outra área onde a Alemanha tem mostrado um forte crescimento para Portugal nos últimos anos e que espero, com as nossas iniciativas, mas também através da nossa forte parceria com o Garrett McNamarra, que fomos capazes de contribuir para esse crescimento. No topo das prioridades da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, e no meu papel enquanto Presidente desta instituição, temos trabalhado muito no fortalecimento das relações comerciais entre as empresas Portuguesas e Alemãs para atrair mais investimento para o país. Muito em breve, durante o mês de julho, vamos iniciar uma ronda de reuniões com potenciais investidores de Munique e Estugarda para dar a conhecer o que melhor se faz em Portugal e como podem investir no país.

Portugal e Alemanha têm, ao longo dos tempos, tido e mantido relações bilaterais importantes para ambos os países, promovendo sinergias que têm fomentado o crescimento empresarial dos mesmos. Sobre esta matéria, a Revista Pontos de Vista conversou com Joerg Heinermann, Presidente da câmara de comércio e indústria lusoalemã, que nos deu o seu ponto de vista sobre a matéria. JOERG HEINERMANN

Conhecendo ambos os mercados, Portugal e Alemanha, que diferenças encontra nos mesmos? Acredita que Portugal ainda tem muito a aprender com o que se faz na Alemanha? A maior qualidade e também a maior vantagem da Europa é a sua diversidade! Acho que não devemos comparar diretamente ambos os mercados, mas sim concentrarmo-nos no potencial de cada um e trabalhar a partir daí. Considero que Portugal tem muitas vantagens em relação à Alemanha e é nisso que nos devemos focar e enfatizar para dar a conhecer às empresas que pretendem investir.

É legítimo afirmar que a situação vantajosa alcançada pela Alemanha na Europa criou profundos desequilíbrios e desigualdades no seio da própria Europa, e que Portugal tem sido um dos mais prejudicados? Não, não penso assim. A criação de uma comunidade europeia e, claro, a introdução do euro como moeda corrente entre os seus membros tem, ao longo de muitos anos, criado um nível de crescimento e prosperidade em toda a Europa e também em Portugal que, na minha opinião, não teria sido possível enquanto mercados individuais. Basta para isso olhar para o desenvolvimento das infraestruturas ao longo dos últimos 15-20 anos. É verdade que os países já não têm a taxa de câmbio para equilibrar as diferenças de produtividade, para isso é necessário ter em conta o desempenho individual da indústria e dos estados membros nas suas atividades específicas. Mas também acredito que um funcionamento a longo prazo de uma Europa levará a uma potência industrial central e a países limítrofes mais focados em outras atividades, como o turismo, e é para esse efeito que trabalhamos na Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, em várias frentes, para reativar o investimento empresarial em Portugal junto das empresas alemãs. Precisamos de fazer tudo ao nosso alcance para continuar a apoiar e dar a conhecer as enormes oportunidades que este país oferece a quem quer investir e estou confiante que vamos conseguir. ▪

97 MAIO 2016

Que lacunas é que ainda identifica nesta relação luso-germânica e que medidas urgem de serem colocadas em prática? Na Câmara de Comércio e Industria Luso-Alemã há muito que observamos as relações duradouras entre os dois países e o investimento que foi trazido para Portugal durante muitos anos. No entanto, recentemente, grande parte do investimento alemão virou-se para outros mercados e Portugal ficou um pouco à margem. É exatamente por essa razão que estamos a organizar vários eventos na Alemanha onde os empresários portugueses poderão ter contacto com empresas alemãs que procuram locais para investimentos internacionais, podendo deste modo converter estes eventos em oportunidades de investimento.


INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM PORTUGAL

» MERCEDES-BENZ PORTUGAL

“Queremos continuar a crescer enquanto Marca” “Acreditamos que enquanto empresa estrangeira a atuar no mercado português é absolutamente necessário retribuir”. Quem o afirma é Niels Kowollik, CEO - Administrador Executivo Automóveis de Passageiros da Mercedes-Benz Portugal, que em entrevista à Revista Pontos de Vista, revelou os desafios de uma marca de renome a atuar em Portugal.

H

pontos de vista

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á mais de cem anos presente em Portugal, a Mercedes-Benz tem sido um exemplo claro de investimento externo no nosso país, revelando-se ser também um player de enorme valor e que promove a diferenciação no mesmo. De que forma tem sido realizado este trajeto de mais de um século em terras lusas e como tem Portugal sido importante na estratégia da marca? A relação da Mercedes-Benz com Portugal é bastante antiga, remontando ao início do século XX com a chegada do primeiro modelo Benz ao país. Enquanto marca automóvel temos 130 anos de experiência na produção e desenvolvimento de automóveis únicos e fascinantes, com algumas das tecnologias mais avançadas de cada época. Conquistámos uma reputação de qualidade e know-how dentro da indústria que é imediatamente reconhecido pelo mercado, neste caso o Português. Para nós, e para os nossos clientes, possuir um Mercedes-Benz significa ter um produto de qualidade e de fiabilidade, algo que acreditamos que irá perdurar por mais de cem anos e ajudará a fortalecer a imagem da Marca. Neste sentido, Portugal tem sido um mercado que, claramente, reconhece a qualidade dos nossos produtos, os nossos valores e que nos tem ajudado a crescer e a melhorar constantemente. Quais são os pontos fortes de Portugal que levam a marca a continuar a apostar no mesmo? Portugal possui excelentes qualificações académicas e profissionais, boas infraestruturas, uma cultura aberta e dinâmica, um bom nível de segurança, bem como um clima e uma gastronomia invejável para muitos países. Foi por essa razão que decidimos trazer para Portugal os grandes eventos da Mercedes-Benz e da smart em 2014 e 2015, mas também em 2016. E foi uma aposta ganha. Desde 2014 que trouxemos mais de trinta e cinco mil colaboradores e jornalistas a Portugal para conhecerem os mais recentes produtos da Marca mas também para ficarem com uma impressão do que melhor se faz neste país. Acreditamos que com estas iniciativas a Mercedes-Benz está a contribuir para o desenvolvimento do país, ao criar mais embaixadores estrangeiros, mas também mais rotas aéreas e mais emprego nas épocas baixas. No início do ano, a Mercedes-Benz escolheu Portugal para a instalação de um centro de serviços partilhados, integrado na rede funcional europeia. Isto é apenas um exemplo da imagem po-

sitiva que a marca tem sobre Portugal e de como pretende continuar a apostar no mesmo? Quando a decisão de instalar centros de competência a nível Europeu foi tomada, um dos países que não podia ficar à margem desta oportunidade era Portugal. O alto nível de formação e capacidades ao nível técnico faz de Portugal um local ideal para a implementação de centros especializados, isto para não falar do país em si, da cultura, do clima e outros tantos atributos que fazem de Portugal um país único no panorama Europeu. Estamos neste momento a preparar as operações para receber este centro que acreditamos estar operacional já no início do verão com cerca de 30 colaboradores. É um primeiro passo que acreditamos ser essencial para demonstrar o valor e as competências de Portugal. Que análise perpetua da atuação da Mercedes-Benz em Portugal e de que forma pretende a marca continuar a implantar-se no nosso país? Com mais de um século de experiência na produção e desenvolvimento de automóveis únicos e fascinantes, com algumas das tecnologias mais avançadas de cada época, conquistámos uma reputação de qualidade e know-how dentro da indústria automóvel que é imediatamente reconhecido pelo mercado. Para nós, e para os nossos clientes, possuir um Mercedes-Benz significa ter um produto de elevada qualidade, com um design único e de alta fiabilidade, algo que acreditamos que irá perdurar por muitos anos e ajudará a fortalecer a imagem da Marca em Portugal, principalmente no segmento premium. Atualmente, que impacto tem a orgânica da marca ao nível de emprego em Portugal? Existe espaço para crescer mais nesse sentido? Se pensarmos em produção, em fábricas, seja de automóveis ou componentes como caixas ou mesmo motores, Portugal encontra-se geograficamente distante das restantes unidades do Grupo Daimler, razão qual não faz sentido a sua instalação num país tão longe dos principais centros. No entanto, a Mercedes-Benz procura constantemente soluções para melhorar os seus serviços e a qualidade dos mesmos. A estrutura da Marca em Portugal não sofreu qualquer remodelação desde o início da crise, tendo inclusive mantido o apoio à rede de concessionários durante o pior momento de vendas de automóveis em Portugal. Desde 2012, com a introdução de novos modelos no mercado, nomeadamente dos modelos compactos, a Mercedes-Benz tem


NIELS KOWOLlIK

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“O melhor para mim” – nas cinco áreas de atuação – vindo a fortalecer a sua posição. E com este crescimobilidade, conectividade, serviço, financiamento mento, surge também a necessidade de fortalecer e inspiração – esta marca oferece uma gama gloas nossas operações, razão pela qual iniciámos em bal de serviços inteligentes e futuristas a todos os 2014 um projeto a que chamamos – ProEmprego clientes. Deste modo, estamos a tornar a interação – que visa duas importantes metas. Primeiro, fornecom o mundo Mercedes-Benz ainda mais individucer formação a jovens desempregados que pretenal, transparente, atrativa e conveniente. dem entrar no mercado de trabalho. Em segundo, preparar a estrutura dos concessionários e oficinas A Mercedes é, hoje, uma marca sobejamente coautorizadas para um maior movimento de clientes. nhecida e reconhecida. Desta forma, o que ainda Neste sentido, continuamos a aumentar os postos falta fazer pela marca em Portugal? de trabalho em Portugal estando neste momento mais de 2.500 pessoas diretamente ligadas à Marca Como inventor do automóvel, acreditamos que através da Mercedes-Benz Portugal e sua Rede de temos a missão e o dever de definir o futuro da Concessionários e Oficinas Autorizadas. mobilidade de uma forma segura e sustentável, com produtos e serviços excecionais e tecnologias A marca aporta também, no seu seio e para as de referência. Ambicionamos manter a posição de comunidades envolventes, uma forte dinâmica liderança que alcançámos nas nossas atividades de responsabilidade social. Este é um ponto esde negócio, nomeadamente no segmento presencial para a Mercedes-Benz Portugal? Como o mium, e também nos índices de satisfação dos perpetuam? nossos clientes, mas também ajudar a orientar Acreditamos que enquanto empresa estrangeira o futuro. Existem alguns desafios a que nos proa atuar no mercado português é absolutamente pomos em Portugal, nomeadamente apresentar necessário retribuir. É um privilégio poder trabalhar motorizações alternativas através da nossa oferta no mercado nacional e, por essa razão, sentimos a de modelos elétricos e híbridos, ou mesmo dar necessidade de constantemente ajudar as comua conhecer a nossa excelente oferta de motores nidades locais. Têm sido muitos os projetos onde altamente eficientes a gasolina, num mercado estemos estado ativos, como o que mantemos com sencialmente dominado pelo Diesel. Queremos, o Centro de Educação para o Cidadão é claro, manter a nossa liderança em com Deficiência (C.E.C.D.) de Mira tecnologia, segurança e inovaSintra, através de várias atição para inspirar os nossos vidades entre o Centro e clientes mas também os Colaboradores da continuar a aumentar Mercedes-Benz, tena rentabilidade dos A contribuição do inclusive sido negócios. da Mercedes-Benz disponibilizada re para o desenvolvimento centemente um Quais são os M ercedes-Benz grandes desae inovação do automóvel Vito para esta fios da Merceé inegável. É certo dizer que instituição, bem des-Benz? Para inovação e originalidade estão como na recoonde e como lha de alimentos pretendem no nosso ADN e é isso que faz e angariação de continuar a evoda Mercedes-Benz uma das materiais escolaluir? Marcas mais respeitadas res, brinquedos ou Queremos conmesmo roupa para tinuar a crescer nesta indústria entregar a instituições enquanto Marca. A que precisam do nosso indústria automóvel apoio. Estes são apenas está em constante evoalguns dos exemplos onde telução e com ela a Mercedesmos atuado e que queremos conti-Benz continua a mostrar o canuar por muitos anos. minho rumo ao futuro. A evolução do automóvel passa, necessariamente, por oferecer Quando se fala em inovação e originalidade, em serviços personalizados (Mercedes me) aos nossos que medida estas são características presentes clientes, e, ao mesmo tempo, modelos fascinantes. no ADN da empresa? De que forma têm conseNeste momento, a nossa maior aposta passa pela guido ser únicos na vossa atividade? condução autónoma, um projeto que se encontra A contribuição da Mercedes-Benz para o desenmuito avançado e com o qual a Mercedes-Benz já volvimento e inovação do automóvel é inegável. mostrou ao mundo que também lidera neste caÉ certo dizer que inovação e originalidade estão pítulo, com a apresentação mundial do Concept no nosso ADN e é isso que faz da Mercedes-Benz F015 em 2015. Mas o futuro, em certos casos, já uma das Marcas mais respeitadas nesta indústria. chegou até nós. Com o lançamento em 2016 do O lema pelo qual nos orientamos ao longo de 130 Novo Classe E, a Mercedes-Benz mostrou que a inanos de história é “The Best or Nothing”, uma orienteratividade entre o automóvel e um smartphone tação pessoal que Gottlieb Daimler criou para caé uma realidade, ao ser possível estacionar através raterizar a produção dos seus veículos automóveis. de uma aplicação, ou até mesmo a condução parAinda hoje a Mercedes-Benz mantém esta premiscialmente autónoma nas autoestradas. Isto tudo sa, ao apresentar sempre produtos e serviços de exnum automóvel já à venda. Acredito que o futuro celência aos seus clientes, algo que é característico é risonho para a Mercedes-Benz. Trabalhamos diano ADN da nossa Marca. riamente para apresentar as melhores soluções ao Como exemplo da nossa tendência de inovadora nível tecnológico, com sistemas de assistência que podemos referir um dos mais recentes projetos da ajudam na condução e diminuem os acidentes, Marca, o Mercedes me, onde a Mercedes-Benz comas também é nossa intenção continuar a contriloca os seus clientes ainda mais no centro da sua buir ativamente para a evolução do automóvel e atenção. O princípio orientador desta nova marca é para uma mobilidade sustentável nas cidades. ▪


BREVES BREVES

Saiba o que vai ver

Black Lips no Rock in Rio Agora que falta menos de uma semana para o início do Rock in Rio Lisboa 2016, decidimos fazer algumas playlists e artigos sobre as bandas presentes no cartaz do festival que decorrerá no Parque da Bela-Vista nos dias 19, 20, 27, 28 e 29 de Maio. Começamos as antevisões dos concertos que estão aí à porta, com a banda cabeça-de-cartaz do palco Vodafone no dia 19 Maio (o palco secundário do festival), os Black Lips. A banda de Garage Rock americana não é desconhecida dos palcos portugueses, tendo já actuado por exemplo no Paredes de Coura e no Nos Primavera Sound, mas actuará desta vez para o seu maior público em terras nacionais que será certamente composto por já conhecedores e fãs da banda e por muitos curiosos que se deslocarão à Bela Vista para ver o maior nome da noite, Bruce Springsteen. Para que não vá assistir ao concerto dos Black Lips sem conhecer algumas das suas músicas, deixamos aqui a setlist provável que a banda americana irá apresentar nesse concerto.

maquilhagem

Como escolher? Que quantidade aplicar? Um guia básico da base Todas as mulheres querem uma pele perfeita mas poucas sabem, de facto, como a conseguir. Pequenos truques e os produtos certos são meio caminho andando para não sair de casa com uma máscara. Como escolher o tom da base: Testá-la no pulso ou na mão é um erro, porque a pele do rosto nunca tem a mesma cor que a pele do braço. O ideal será conseguir um tom o mais aproximado possível do seu rosto e pescoço, pelo que o teste deve ser sempre feito na zona do maxilar ou bochecha porque é uma zona intermediária entre a testa e o pescoço e consegue-se perceber o que mais se vai aproximar do seu tom de pele. Como saber que encontrou o tom certo? É aquele que, ao ser espalhado, desaparece. Qual a quantidade de base a usar: Esqueça a ideia de que quanto mais base usar, mais vai tapar as imperfeições. Não, não, não. A regra é básica: menos é mais. Se procura esconder imperfeições, o ideal será usar uma base de alta cobertura (ou mesmo um corretor) e não três camadas de uma outra qualquer. Como aplicar a base: A base deve ser aplicada com um pincel ou uma esponja, porque melhora a precisão, o acabamento e a duração, em movimentos curtos e rápidos

pontos de vista

100


investimento ESTRANGEIRO EM PORTUGAL

» Jungheinrich Portugal

Jungheinrich mais crescimento com mais responsabilidade Fundada em 1953, a Jungheinrich tem a sua sede em Hamburgo, na Alemanha, sendo líder do setor da tecnologia de armazenagem na Europa. Em entrevista à Revista Pontos de Vista, Mark Wender, Managing Director da Jungheinrich Portugal, fala sobre o investimento que a marca alemã tem feito em Portugal, dos desafios do mercado e sobretudo da postura da empresa perante os clientes.

M

da máquina, seguido de um processo onde é feita a montagem com componentes novas. Apesar de serem máquinas usadas, o facto de levarem as peças novas dá-lhes características de novas. Esta é a grande diferença. É de salientar que se verifica um crescimento de mercado de máquinas usadas, ideal para clientes com reduzido fluxo de trabalho, e das de aluguer que servem de reforço de frotas nos picos de atividade (agrícola/safras, distribuição/Natal/Páscoa, livreiros, entre outros). Isto deve-se particularmente à elevada flexibilidade que apresenta, permitindo melhor segurança de planeamento devido à flexibilidade financeira, evitando o comprometimento de capital, e à flexibilidade operacional através do ajuste do tamanho da frota.

ark Wender explica que com uma presença em Portugal há 18 anos, a Jungheinrich Portugal tem procurado sempre crescer com a máxima responsabilidade. A estratégia passa pelo foco em novos produtos, tecnologias e soluções de intralogística para que haja cada vez mais amplitude de negócio. A empresa encontra-se no patamar dos maiores fornecedores mundiais no setor de equipamentos de movimentação de carga em armazém, tecnologia de armazenagem e fluxo de materiais. Sobre a crise instalada no país, Mark Wender acredita que das piores situações saem boas soluções. Sem grande preocupação com a palavra crise salienta que há que trabalhar com os vários contextos socioeconómicos que possam surgir. “Com a crise, crescemos mas o volume das vendas diminuiu. A empresa contornou estas dificuldades porque somos uma empresa madura e pertencemos a um grupo sólido com uma estratégia muito bem definida”. MARK WENDER

completo em logística integrada e também ao nível de soluções automatizadas e que passam pelo alargamento da frota de aluguer e usadas, com aposta nos equipamentos Jungheinrich JungStars (empilhadores recondicionados de quatro estrelas), e da contratação de novos colaboradores, “pois temos de nos adaptar proporcionalmente ao volume de negócio”, nomeadamente no aumento da equipa de técnicos pós venda que vai permitir responder de forma célere e eficaz a todas as solicitações dos clientes. Para além disso, vai haver um reforço na formação contínua, prática habitual da empresa, para garantir um nível altíssimo de serviço aos clientes.

A diferenciação no mercado

A Jungheinrich destaca-se no mercado, para além da sua vasta oferta e aposta em I&D, através do recondicionamento das suas máquinas usadas. O recondicionamento é feito em Dresden, na Alemanha, numa fábrica especialista neste tipo de serviço. Em que difere o recondicionamento? Garantia de fornecedor. É feito um desmantelamento total

101 MAIO 2016

O país como parceiro de negócios

O responsável não hesita em dizer que Portugal é um país atrativo para o investimento estrangeiro, no entanto, ressalva que ainda tem pontos que obrigatoriamente têm de evoluir para cativar outros países e se tornar referência do ponto de vista dos negócios, nomeadamente ao nível da burocracia. “A Jungheinrich apostou em Portugal porque quer direcionar as suas atenções para os clientes portugueses” explica o nosso entrevistado. Por isso mesmo houve um grande investimento em novas instalações. Com uma área de quatro mil m2, a nova sede, em Mem Martins, Lisboa, contempla uma zona de exposição de equipamentos e de oficina, de 1700m2 e 1000m2, respetivamente, para além da área de escritórios com 1300m2. De forma a garantir aos clientes um serviço de excelência e aos colaboradores um ótimo ambiente de trabalho. As instalações também garantem um maior espaço para mais frota e assim responder melhor às necessidades do mercado. Em simultâneo, a Jungheinrich Portugal, vai proceder a outros investimentos que visam reforçar o reconhecimento da empresa enquanto fornecedor

Mais crescimento, novos produtos

Das novas máquinas que este ano irão ser lançadas há a destacar: a EMD 115i, o stacker mais compacto do mundo especializado sobretudo para lojas e espaços pequenos com tecnologia de iões de lítio; os novos modelos de baterias de iões de lítio com capacidades distintas e o lançamento oficial do novo empilhador combinado para corredores estreitos - EKX 5 (order picker/empilhador trilateral elétrico). Para 2016, irá haver mais investimento no capital humano da empresa. “Queremos garantir a máxima produtividade dos nossos colaboradores. Recebendo formação e envolvendo-os melhor na empresa, para servir ainda com mais qualidade os clientes”. Explica Mark Wender. O reforço no mercado na região norte está também previsto nos planos da empresa. A sustentabilidade é integrada na Jungheinrich com especial atenção aos gastos energéticos. As máquinas estão preparadas para consumir menos energia. Os objetivos da empresa passam por crescer sempre mas mantendo a imagem credível que tem conquistada ao longo dos anos. Com o desafio de se adaptar aos mais variados contextos económicos, com o cliente como foco principal. “Cada empresa tem o seu próprio objetivo de crescimento e é nossa função perceber e solucionar para que cada cliente alcance o que pretende”, afirma o nosso interlocutor. ▪


A NOVA ISO 14001:2015

» APCER FALA DAS MUDANÇAS Opinião de Maria Segurado, Gestora de Comunicação da APCER e Auditora ISO 14001, ISO 9001 e OHSAS 18001

A nova ISO 14001 e a Gestão ambiental estratégica A ISO 14001:2015, referência mundial para sistemas de gestão ambiental, foi publicada a 15 de setembro de 2015. Esta nova versão responde às tendências mais recentes, como sejam a análise de risco e oportunidades, um maior compromisso da liderança e envolvimento das partes interessadas.

PERFIL

Maria Segurado

Gestora de Comunicação da APCER e Auditora ISO 14001, ISO 9001 e OHSAS 18001

GESTÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

Há um maior destaque da gestão ambiental dentro dos processos de planeamento estratégico da organização, tais como compreensão do contexto da organização, liderança, análise de riscos e oportunidades e planeamento das alterações, tendo por base o pensamento baseado no ciclo de vida. 102

LIDERANÇA

pontos de vista

A liderança é uma peça fundamental para o bom funcionamento do sistema de gestão ambiental. A norma define que a gestão de topo deve demonstrar liderança e compromisso com o sistema. De acordo com a ISO 14001:2015 a gestão de topo pode delegar responsabilidades sobre ações concretas, no entanto deve conservar a responsabilidade e obrigação de prestar contas para garantir que as ações são executadas e para assegurar a eficácia do SGA.

DESEMPENHO AMBIENTAL

Nesta versão da norma há uma alteração de enfase da melhoria contínua do sistema de gestão para melhoria do desempenho ambiental da organização. Ao longo de toda a norma os requisitos são claros e orientados para a melhoria do desempenho ambiental, estando mesmo definido no “Objetivo e campo de aplicação” que os resultados pretendidos de um sistema de gestão ambiental incluem a melhoria do desempenho ambiental.

PENSAMENTO COM BASE NO CICLO DE VIDA

Para além do requisito atual para gerir os aspetos ambientais relacionados com as suas atividades, produtos e serviços, as organizações devem considerar aqueles que podem influenciar considerando uma perspetiva de ciclo de vida. A norma não exige uma análise de ciclo de vida formal, mas requer que as organizações analisem cada etapa que pode estar sob seu controlo ou influência, tal como design e desenvolvimento, aquisição de matérias-primas, produção, transporte ou fornecimento, utilização, tratamento de fim-de-vida e o destino final dos seus produtos e serviços.

COMUNICAÇÃO

A comunicação com partes interessadas permite assegurar a implementação eficaz do sistema de gestão ambiental. A norma requer que as organizações implementem processos de comunicação interna e externa, garantindo a qualidade da informação a comunicar, nomeadamente a sua transparência, consistência, veracidade e fiabilidade. É importante que a informação comunicada seja consistente com as práticas da organização. Em 20 anos, a APCER, marca de confiança no reconhecimento da sustentabilidade nas organizações, tem disponibilizado ao mercado serviços de certificação e ferramentas de gestão de valor acrescentado. Mantendo esta estratégia, recentemente a APCER publicou os Guias do Utilizador ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015. Para descarregar gratuitamente, por favor consulte o nosso site. ▪

Principais benefícios da certificação ISO 14001 ▶ Aumentar o envolvimento da gestão de topo e dos colaboradores na gestão ambiental; ▶ Atingir objetivos estratégicos através da incorporação de questões ambientais na gestão da

organização;

Saiba mais em

www.apcergroup.com | info@apcer.pt | t: 213 616 430 ou t: 229 993 600

▶ Reduzir a probabilidade de riscos ambientais, tais como emissões, derrames e acidentes; ▶ Vantagens competitivas através da melhoria da eficiência dos processos e consequente redu-

ção de custos;

▶ Vantagens competitivas decorrentes de uma melhoria da imagem da organização e sua aceita-

ção pela sociedade e pelo mercado.

FOTO: XXXXXX XXXXXX

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esde a publicação da ISO 14001:2015 que estamos num período de transição de 3 anos, durante o qual as organizações certificadas ISO 14001 devem adaptar os seus sistemas de gestão ambiental à nova versão do referencial. De acordo com o ISO Survey 2014, Portugal conta com mais de 1.300 organizações certificadas segundo a ISO 14001. Os objetivos de revisão da norma incluíram: - A adoção da Estrutura de Alto Nível (Anexo SL) comum a todas as normas ISO de sistemas de gestão, de modo a facilitar a integração dos vários sistemas de gestão das organizações; - A melhoria dos atuais requisitos específico de gestão ambiental. As cinco principais alterações da nova versão centram-se na integração da gestão ambiental na estratégia da organização; no reforço do papel da gestão de topo como líder na gestão organizacional; num maior enfoque na melhoria do desempenho ambiental; na extensão do controlo e influência da organização ao ciclo de vida dos produtos e serviços; e numa comunicação interna e externa mais eficaz.


MARCAS DE VALOR

» BIODIESEL E AS VALIAS

PRIO na linha da frente “A PRIO Biocombustíveis representa cerca de 10% do volume total de negócios da PRIO e continua a ser um setor importante e crescente na estratégia da empresa”, afirma Nuno Correia, Administrador da PRIO Energy, em entrevista à Revista Pontos de Vista. Conheça as valias de uma marca que tem vindo a crescer em Portugal.

N

O caminho agora é alcançar os 10%? Que medidas e iniciativas para que esse desiderato seja de facto uma realidade? Há espaço para crescer e para fazer frente a outros concorrentes? No retalho de combustíveis, queremos continuar a alargar a rede de postos com o objetivo de alcançar 10% de quota de mercado. No armazenamento de combustíveis queremos alargar a utilização do parque de tanques no Porto de Aveiro aos grandes distribuidores, permitindo-lhes servir competitivamente o mercado interior das Beiras. Na produção de biodiesel queremos intensificar a utilização de óleos alimentares usados e continuar a apostar no segmento das frotas e nos mercados do gás, lubrificantes e mobilidade eficiente. Desde que foi criada, em 2006, a PRIO tem dedicado uma atenção especial à inovação e à melhoria contínua dos seus produtos, entre eles o denominado Biodiesel. O que marca a diferença do Biodiesel PRIO? A PRIO está presente em toda a cadeia de valor dos biocombustíveis, pois essa é a melhor forma de garantir a elevada qualidade dos combustíveis que distribuímos. A aposta na inovação e desenvolvimento estratégico com centros de investigação nacionais

combustíveis em todos os combustíveis rodoviários. Acreditamos que Portugal está a dar os passos certos nesta incorporação para alcançar os objetivos comunitários.

NUNO CORREIA

também permitiu estarmos na linha da frente dos biocombustíveis tecnologicamente avançados. Hoje, a PRIO é a empresa que maior quantidade de biodiesel exporta a nível nacional e também a que transforma em biocombustível a maior quantidade resíduos. O facto de ser um combustível mais seguro e biodegradável aporta-lhe maiores vantagens no âmbito da responsabilidade ambiental? Os biocombustíveis são uma alternativa relevante aos combustíveis convencionais, pois permitem reduzir a dependência energética em relação aos combustíveis fósseis, nomeadamente o petróleo, e podem ser produzidos a partir de matérias-primas residuais como o óleo de fritura usado, pelo que são uma forma ambientalmente mais sustentável do que os combustíveis fósseis. Pode o Biodiesel ser encarado como uma ferramenta concreta e eficaz de redução de CO2? Acredita que estamos a dar os passos certos em Portugal na utilização cada vez mais recorrente do Biodiesel? O que ainda falta? Desde o dia 1 de janeiro de 2010 que o gasóleo rodoviário comercializado no território nacional tem uma incorporação de 7% de biodiesel. Portugal transpôs a diretiva comunitária estabelecendo metas crescentes de incorporação de biocombustíveis nos combustíveis rodoviários com o objetivo de se alcançar, em 2020, 10% de teor energético de bio-

O que representa o segmento do Biodiesel na orgânica e no volume de negócios da PRIO? Existem perspetivas de incremento da sua produção e colocação à disposição dos consumidores? A PRIO Biocombustíveis representa cerca de 10% do volume total de negócios da PRIO e continua a ser um setor importante e crescente na estratégia da empresa. Somos autossuficientes em biocombustíveis na distribuição de gasóleo rodoviário. A PRIO desenvolveu também a produção de biodiesel mais sustentável através da utilização de resíduos e é hoje o maior produtor nacional de biodiesel com a maior redução de emissão de gases de efeito de estufa. Já se passaram cerca de seis anos desde que a 1 de janeiro de 2010 foi imposta a medida que todo o gasóleo rodoviário dito convencional e comercializado em território português tem de ter uma incorporação de 7% de biodiesel. Que balanço é possível perpetuar desta medida? Neste momento estamos no bom caminho mas é fundamental que o Governo prossiga o processo de aumento da utilização dos biocombustíveis no setor dos transportes. Portugal preparou-se ao nível legislativo para cumprir as metas estabelecidas ao aprovar o Decreto-Lei nº 117/2010 para redução do peso do Biodiesel no teor energético dos combustíveis, o que fez com que os incorporadores de biodiesel fizessem um grande esforço ao nível do investimento para cumprir as metas anuais. Quais são os grandes desafios da PRIO no domínio do Biodiesel? O grande desafio que encaramos é a nível da produção através de matérias-primas mais sustentáveis. Os biocombustíveis têm um papel incontornável nos combustíveis e a PRIO irá manter a linha da frente na sua produção e comercialização. ▪

103 MAIO 2016

um setor onde imperam quatro grandes petrolíferas internacionais, a PRIO Energy conseguiu, em apenas oito anos, conquistar uma posição relevante no negócio de venda de combustíveis através da aposta no segmento de baixo custo, reclamando já uma quota de mercado na ordem dos 7%. Quais são os pilares deste sucesso? A atividade da PRIO centra-se numa atitude Low Cost e numa ambição TOP. Em menos de uma década, ascendemos ao 5º lugar do ranking do setor em Portugal e temos a ambição de conquistar uma posição relevante no negócio de venda de energia para o mercado da mobilidade através da aposta no segmento de baixo custo, tendo sempre como objetivo oferecer combustíveis da mais alta qualidade.


ENERGIA – A MELHOR SOLUÇÃO

» GOLDENERGY em destaque

GOLDENERGY

POR SI E PARA SI O MELHOR SERVIÇO

Dotada de uma estrutura simplificada, equipa jovem, dinâmica, com soluções inovadoras e ideias criativas, num permanente apoio de proximidade aos seus clientes, assegurando sempre excelentes vantagens competitivas. Conheça a Goldenergy e o que tem esta empresa para oferecer como mais-valias. Nuno Afonso Moreira, Presidente da Instituição, em entrevista.

E pontos de vista

104

m apenas um ano a Goldenergy conquistou 30% do mercado liberalizado de gás natural e neste momento lançou uma oferta de eletricidade. Em que moldes nasce esta aposta? A aposta da Goldenergy na oferta de eletricidade recai essencialmente na eficiência do seu serviço. Só desta forma poderemos apresentar no mercado energético um produto competitivo, com um preço imbatível e um serviço de elevada qualidade. A Goldenergy apresenta sempre propostas que visam criar valor aos seus CLIENTES. Não podemos ter sucesso sem inovação e eficiência, especialmente, num mercado concorrencial e competitivo como o da energia. Temos por isso que apresentar sempre propostas competitivas e, que de facto, acrescentem vantagens para os nossos CLIENTES e para aqueles que virão a ser nossos CLIENTES. Quais são as principais vantagens desta nova campanha para o consumidor? Não nos cansamos de referir que somos a empresa que os nossos CLIENTES querem que sejamos! Existimos porque os nossos CLIENTES nos preferem e por isso adaptamo-nos às suas exigências e necessidades. Temos os melhores preços do mercado energéticos. Foi esta uma das principais vantagens que trouxemos ao mercado e continuamos a manter os preços baixos como um dos nossos critérios diferenciadores. Temos também efetuado um forte investimento num serviço de apoio a clientes de elevada qualidade, quer ao nível dos nossos call centers e atendimento presencial, quer no desenvolvimento de diversas ferramentas informáticas que tornarão a Goldenergy num exemplo no sector energético português. A Goldenergy apresenta sempre as melhores

campanhas no mercado energético, mas acima de tudo a Goldenergy quer garantir um compromisso de continuidade e garantia de qualidade com os seus CLIENTES, porque só desta forma podemos continuar a crescer..

NUNO AFONSO MOREIRA

A Goldenergy está presente nos simuladores da Deco e também da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) como a oferta mais competitiva. Que estratégias foram adotadas para alcançar este destaque prestigiante? Desde o início que a Goldenergy se posicionou como a empresa no sector energéticos que melhores propostas de valor apresenta ao mercado. Como refere, todos os simuladores colocam a Goldenergy como referência ao nível dos preços. Somos a empresa portuguesa que tem o melhor preço no gás natural e na eletricidade. Está é uma exigência dos nossos CLIENTES e um compromisso que devemos estar à altura de cumprir. Só através de um serviço eficiente e moderno podemos continuar a manter este critério que nos diferencia

Em março deste ano as estatísticas revelavam que 71% dos consumidores está já em mercado livre. Na sua opinião, quais são os principais motivos pelos quais as pessoas decidiram sair do mercado regulado? O mercado livre foi criado para acabar com um monopólio. Os consumidores perceberam claramente este objetivo e aproveitaram o mercado livre para fazer escolhas que no passado não existiram. A entrada de novos players veio trazer propostas frescas e mais adaptadas aos diversos consumidores e desta forma criar concorrência no setor. Liberdade de escolha, mais empresas, concorrência, melhores produtos e preços competitivos, foram os motivos decisivos para o sucesso do mercado livre. Sempre nos batemos para que a concorrência funcione e para que desta forma o mercado livre seja verdadeiramente eficaz. Só assim o CLIENTE fica sempre a ganhar! Na recente campanha lançada (20+20) como estão previstas questões como a simplificação do processo de mudança de operador e a gestão quotidiana das leituras do consumo de energia? Relativamente à simplificação do processo de mudança de operador é um grande desafio para nós, mas também o é para o distribuidor que deve respeitar as regras e tratar todos por igual. Relativamente à gestão quotidiana das leituras do consumo de energia será de esperar dos distribuidores uma cada vez maior eficiência. Muito do ruído, dos problemas que surgem no sector energético têm a sua génese nas


Na sua opinião, há lacunas notórias no setor a nível de transparência e na área de regulamentação? Sim, continuam a existir lacunas e distorções no mercado energético. Não se compreende que os centros de atendimento de alguns grupos sejam partilhados com o do operador da distribuição. Isto é claramente um impedimento à livre escolha e na maioria das vezes o consumidor nem se apercebe desta realidade. Deveriam ser impedidos de atuar no mesmo local, na mesma hora o operador e o comercializador livre desse grupo. Alguns grupos nem sequer procederam a alterações significativas nos logotipos, é difícil na maioria dos casos compreender se estamos em contacto com a empresa comercializadora ou a distribuidora. É claro que se exige mais da regulação nesta matéria que persiste em não querer alterar um status quo que dificulta a livre escolha e a concorrência saudável. Acreditamos que o regulador está atento e que no futuro estas e outras situações, possam vir a ser sujeitas a melhorias contribuindo

para um mercado energético mais maduro e verdadeiramente livre. A sustentabilidade ambiental é cada vez mais uma preocupação da sociedade. Posto isto, de que forma é abordado na Goldenergy o conceito de ambiente e que medidas foram criadas para a sua sustentabilidade e preservação? O Grupo Dourogás assume as questões ambientais e a sustentabilidade como aspetos preponderantes da sua atividade. Queremos destacar duas iniciativas pioneiras: ao nível dos combustíveis alternativos, destacamos o forte investimento que estamos a realizar no GNV- Gás Natural Veicular. Detemos hoje a maior rede de postos de abastecimentos de GNC-Gás Natural Comprimido e GNL-Gás Natural Liquefeito em Portugal e estamos atualmente a abastecer diariamente mais de 400 veículos de GNV. Desde transportes públicos de passageiros a veículos de recolha de RSU, a veículos de transportes de longas distancias até a veículos ligeiros de transportes e passageiros. Este mercado tem crescido significativamente e ainda este mês abriu ao público mais um posto de abastecimento de GNV em Elvas que irá potenciar o transporte pesado de mercadorias internacional. Estamos também em termos de I&D a desenvolver um projeto de demonstração da eficiência de biometano no transporte de resíduos sólidos urbanos. O biometano será proveniente do tratamento do biogás de um aterro de uma central de valorização orgânica. A escolha deste combustível (biometano) destaca-se pelo facto de representar uma energia limpa, inesgotável e de fonte endógena, com enorme potencial de utilização. Está implementado um Sistema Integrado de Qualidade, Segurança e Responsabilidade Social. Em que critérios assenta o mesmo? A história do grupo Dourogás está inevitavelmente marcada pelas preocupações sociais, que foram desde sempre uma das marcas da sua iden-

tidade, assim como pela melhoria das condições e da qualidade de vida das populações. O grupo Dourogás foi responsável de forma decisiva para levar o gás natural às regiões periféricas distantes do gasoduto nacional e esta marca veio possibilitar o desenvolvimento regional, contribuindo para fortalecer o tecido empresarial, industrial e social do interior de Portugal. Atualmente estão em curso diversas ações de apoio de entidades que em parceria desenvolvem ações que visam a promoção e integração social de jovens desfavorecidos. Apoiamos também várias instituições que promovem o desporto jovem. Porque as empresas são catalisadores e tem também uma missão social muito importante, a nossa função é a de compreender os sinais e estar sempre à alerta para intervir quando as causas sejam mobilizadoras.

Inicialmente a Goldenergy surge como uma empresa mais local mas depressa se tornou de cariz nacional, a tendência de crescimento mantém-se além-fronteiras, ou seja, o mercado internacional é uma ambição? A Goldenergy é de facto uma empresa com origem regional, mas de âmbito nacional. Exercemos a nossa atividade em todo o continente e temos vindo a registar um significativo crescimento no centro/ sul do país. Temos ambições de crescimento internacional e estamos a preparar avançar no mercado de retalho energético de Espanha em 2017. Pensamos que as nossas propostas são igualmente competitivas em Espanha, até porque, quando se tem o CLIENTE no centro das prioridades as probabilidades de sucesso são altíssimas. Queremos ser sempre uma empresa de energia, com os melhores preços e sem complicações. ▪

105 105 MAIO 2016

leituras do consumo. O comercializador, isto é a Goldenergy, fatura tendo em conta a leitura do consumo ou, na falta desta leitura, através de estimativa. As leituras só podem chegar até à Goldenergy por duas vias: a) Ou o cliente envia a leitura; b) Ou o distribuidor tem de proceder às leituras dos contadores que depois envia para os comercializadores. Porém este processo de leitura por parte do distribuidor, nem sempre é mensal. Não existindo leituras a fatura é produzida por estimativa, algo que a Goldenergy não gosta de fazer. As estimativas nem sempre representam o consumo real e isso traz problemas. Por isso apelamos aos CLIENTES para enviarem SEMPRE a leitura dos seus contadores, dessa forma as poupanças vão ser bem visíveis. A nossa campanha (20+20) é o resultado de uma exigência dos nossos CLIENTES. Apresentar um produto dual (gás natural e eletricidade) mantendo preços competitivos e um serviço de qualidade.


UMA VIAGEM PELOS SENTIDOS

» REAL ABADIA CONGRESS & SPA HOTEL

IMAGINE... APAIXONE-SE… Com cerca de três anos de existência, o Real Abadia Congress & Spa Hotel é daqueles espaços que não engana. Requinte, Excelência e Primor fazem parte das características de uma unidade hoteleira de enorme qualidade. Rita Leão, Diretora do Hotel, deu-nos a conhecer um pouco mais deste percurso, lembrando ainda a importância da conquista do rótulo da certificação ambiental

Quais são as grandes prioridades do Real Abadia Congress & Spa Hotel? As grandes prioridades do Real Abadia Congress & Spa Hotel centram-se no objetivo de proporcionar aos nossos hóspedes/clientes experiências únicas e inesquecíveis sem esquecer a sustentabilidade ambiental e a acessibilidade para todos.

U pontos de vista

106

nidade hoteleira de prestígio, o Real Abadia Congress & Spa Hotel é hoje um espaço de enorme reconhecimento e qualidade. Neste domínio, que análise é possível perpetuar da dinâmica e percurso da marca em Portugal? Inaugurado há três anos, fazemos um balanço bastante positivo. As taxas de ocupação tanto de hóspedes nacionais como de internacionais são muito animadoras sendo o reflexo claro da aposta na internacionalização feita pelo hotel que tem estado presente em algumas das feiras mais importantes de turismo (BTL, FITUR, ITB e WTM) de modo a reforçar o reconhecimento do hotel e da região. O que marca a diferença e leva à escolha do espaço por parte de visitantes? O conceito do hotel convida os seus hóspedes a viver a história da região bem como toda a riqueza da cultura cisterciense. Estas características proporcionam a quem nos visita uma estadia diferente e culturalmente enriquecedora uma vez que os hóspedes acabam sempre por aprender/apreender características únicas da cultura e história locais. Qual tem sido o papel do Real Abadia Congress & Spa Hotel no domínio da responsabilidade ambiental? Criado de raiz com o intuito de ser um eco-hotel, o Real Abadia compromete-se a desenvolver a sua atividade na área ambiental de forma responsável, de modo a contribuir para o desenvolvimento sustentável a longo prazo e mantendo, ao mesmo tempo, a

satisfação dos clientes, oferecendo uma boa experiência ao melhor preço.

conduzindo à captação de receitas em épocas do ano menos rentáveis.

Recentemente conquistaram o rótulo da certificação ambiental. Porquê esta aposta? O que tem ganho a marca e a região com esta atribuição? Atualmente, temos duas certificações ambientais: EU Ecobabel e Green Key 2015 e neste momento aguardamos a decisão relativamente ao ano de 2016. Estas certificações permitem, por um lado, captar hóspedes que se identificam com a natureza e preservação do ambiente e, por outro lado, projetar a imagem da região para públicos que desconheciam os vários serviços, produtos e atrações existentes. Neste sentido, temos ainda estabelecido várias parcerias, como por exemplo, com a Natural.PT e a SPEA, que nos possibilitam dar informações mais rigorosas e interessantes aos nossos hóspedes sobre a região onde estão alojados.

Sente que era uma lacuna que existia neste domínio? Pode dar-nos casos concretos onde se identifique essa responsabilidade ambiental por parte do Real Abadia Congress & Spa Hotel? Existia, de facto, uma lacuna. A certificação traz mais confiança ao turista. Os processos de certificação são rigorosos o que lhes permitem ser confiáveis, do ponto de vista do cliente, e ao mesmo tempo sinónimo de qualidade da experiência turística. A nossa responsabilidade ambiental passa pelo desenvolvimento e implementação de medidas de conservação dos recursos naturais; prevenção da poluição; cumprimento dos requisitos legais e ambientais aplicáveis; e a redução e controlo dos consumos energéticos e das matérias-primas – entre outros exemplos.

De uma forma mais geral, como pode o turismo e a responsabilidade ambiental dos operadores deste setor ser fundamental para o turismo em Portugal? A crescente preocupação com o ambiente fez surguir um “novo turista”, que seleciona o seu destino de férias com base em critérios ambientais e sociais. Geralmente são turistas que viajam em épocas mais baixas, fugindo assim ao turismo de massas, e para zonas com menos procura. A tomada de consciência destes fatores, por parte de todos os operadores do setor, pode conduzir a um aumento da qualidade do turismo ambiental/ecológico apresentado ao turista,

Que convite gostaria de deixar aos nossos leitores para visitarem o Real Abadia Congress & Spa Hotel? Estamos no centro do país rodeados de campo o que é ideal para todos aqueles que pretendem passar uns dias em tranquilidade ou para aqueles que pretendem conhecer melhor toda a região centro. Dispomos ainda de um Spa com um ambiente tranquilo, sofisticado e um vasto menu de massagens; o nosso restaurante e bar convidam a uma viagem pelos sentidos, rica em cor, cheiro e sabor guiada por produtos regionais. Por todas estas razões IMAGINE. APAIXONE-SE…numa estadia no Real Abadia Congress & Spa Hotel. ▪


BREVES BREVES

MEO Marés Vivas

Vila Nova de Gaia de 14 a 16 de julho 2016

Artistas confirmados: 14 de Julho: Elton John and His Band, D.A.M.A, Kellis, Foy Vance 15 de Julho: James Bay, Kodaline, Lost Frequencies, Dengaz 16 de Julho: James, Rui Veloso, Tom Odell, Beth Ordon

Harmony of the Seas

A bordo do maior cruzeiro do mundo

Muito mais que uma Boutique de roupa feminina No próximo dia 02 de junho a La Bohême fará a sua Festa de Inauguração onde, além de apresentarem a coleção de primavera-verão com descontos especiais, irão ter alguns convidados muito especiais. Na zona do Saldanha, Lisboa, encontramos a La Bohême. Um espaço que apresenta um ambiente sofisticado e convida ao bem-estar. Abriu portas em dezembro de 2015, procurando aliar a qualidade, a elegâncie e o requinte das coleções à excelência do atendimento e aos melhores valores do comércio tradicional. Disponibiliza um conjunto de serviços que a deferência dos demais, como a consultoria de imagem, serviços de make-up e um atendimento alargado, fora do horário de atendimento habitual, a pensar na cliente empresarial e na sua preenchida agenda Fique a conhecer mais sobre este espaço na página de facebook: www.facebook.com/labohemestyle.com

Com capacidade para 8500 passageiros, tem uma sala de espetáculos com 1400 lugares e um parque com 12 mil espécies diferentes de plantas: bemvindos ao maior cruzeiro do mundo. O colossal navio de 120 mil toneladas, Harmony of the Seas, abriu as suas portas para mostrar ao público todo o seu esplendor. É o maior navio de sempre, com cerca de 66 metros de altura e com 362 metros de comprimento (maior que a Torre Eiffel). Custou cerca de mil milhões de dólares e pode levar mais de 6 mil passageiros, além de 2 mil membros da tripulação.

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O maior festival de música do Norte do país está de volta ao Cabedelo em Vila Nova de Gaia com 3 palcos dedicados a artistas de topo.Depois da edição de 2015 que confirmou uma vez mais que o MEO Marés Vivas é um dos eventos de maior referência no nosso País, chega a tão esperada edição de 2016. Tudo isto, aliado aos nomes do cartaz, sempre com músicos ou bandas de renome no panorama nacional e internacional.

LA BOHÊME


MARCAS COM HISTÓRIA

» EMC PORTUGAL

pontos de vista

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EMC NA VANGUARDA EM PORTUGAL E NO MUNDO EMC Corporation é uma multinacional norte-americana que fornece sistemas para infraestrutura de informação, software e serviços. À conversa com Isabel Reis, Diretora do grupo em Portugal, a Revista Pontos de Vista foi conhecer um dos maiores players do setor.


Q

ual a missão que personaliza a EMC? A missão da EMC é viabilizar e suportar o negócio das empresas no que diz respeito às tecnologias da informação de proteção, replicação e disponibilização da informação nos vários «devices» que hoje as pessoas utilizam e independentemente do sitio de onde estão a aceder, com a máxima segurança. Quais os principais fatores de diferenciação da EMC Portugal face ao setor onde operam? Há muitos fatores. A EMC sempre esteve à frente da concorrência e prova disso é a cota do mercado por nós conquistada, no desenvolvimento de novos produtos que antecipam as necessidades. O investimento em inovação e desenvolvimento é o nosso principal fator de diferenciação. De que forma a EMC Portugal vê o mercado? É um mercado competitivo, evoluído do ponto de vista do conhecimento, os clientes têm uma noção do que querem pela dimensão do país e pela crise económica que tem vivido pelo que se torna num mercado difícil de trabalhar, muito orientado para os preços, mas que sabe negociar.

A FAZER HISTÓRIA De que forma a sustentabilidade é integrada na estratégia empresarial? A responsabilidade social é muito forte na EMC e acreditamos que o capital humano é o nosso maior bem. Temos programas internos de recursos humanos para que sejam criadas condições de trabalho para manter os colaboradores motivados, as condições são pensadas para que cada pessoa possa conciliar da melhor forma a sua vida pessoal com a profissional. Investimos imenso na formação das pessoas e temos planos de carreira. A nível do meio ambiente, além das obrigações legais, para nós é muito importante criar mentalidade interna relativamente à poupança da energia e da água, por exemplo. A EMC Portugal terminou o ano de 2015 com um crescimento de 3% na sua faturação. Como está a ser 2016 face aos resultados a alcançar? Para este ano queremos continuar a crescer dentro do que tem vindo a acontecer. Queremos aumentar a nossa presença de mercado junto dos nossos parceiros. Lançámos recentemente novos produtos que vão aumentar a nossa marca. ▪

A Dell Inc. e EMC Corporation assinaram um acordo sob o qual a Dell , juntamente com os seus proprietários , Michael S. Dell , fundador , presidente e CEO da Dell, MSD Partners e Silver Lake , a líder global em investimentos de tecnologia, irá adquirir a EMC Corporation, mantendo VMware como uma empresa de capital aberto. A transação cria, assim, o líder da indústria nas áreas de alto crescimento extremamente atraentes do mercado de TI com produtos complementares e carteiras de soluções, equipas de vendas e estratégias de investimento em I & D. A transação combina duas das maiores franquias - com tecnologia do mundo, posições de liderança em servidores, armazenamento, virtualização e PCs e traz recursos fortes nas áreas de mais crescimento da indústria, incluindo Transformação Digital, Software Defined Data Center, Híbrido Nuvem, Converged Infra-estrutura, mobile e Segurança.

Quais são as principais necessidades atuais dos vossos clientes e de que forma as suprimem? As principais necessidades dos nossos clientes passam por o facto de as pessoas poderem aceder cada vez mais a partir de qualquer sítio ou a partir de qualquer dispositivo. Isso faz com que as empresas na gestão do seu «data center» passem por um processo de transformação e modernização, isso significa que um dos grandes desafios atualmente dos nossos clientes é precisamente iniciar esse processo.

O aumento do número e tipos de empresas a adotarem modelos de cloud computing tem sido significativo. Quais são os motivos? O principal motivo foi a poupança de custos, uma maior flexibilidade. É muito mais simples hoje em dia as empresas poderem rapidamente fornecer internamente aos seus recursos técnicos para o desenvolvimento de soluções com clouds ativas. Além de ser o nível mais elevado de certificação, que representa a EMC Gold Solution Provider? Normalmente uma empresa que obtenha esta certificação tem uma faturação acima dos 5 milhões de dólares e portanto tem por si só um acesso a uma série de regalias que a nível de fundos de marketing. é uma responsabilidade acrescida porque obriga as empresas a terem uma série de certificações. É uma certificação que permite melhores condições do ponto de vista comercial e a possibilidade de se poderem distinguir no mercado através da disponibilização de serviços que os outros não têm.

109 MAIO 2016

Que características tem a EMC que fez dela a empresa reconhecida e prestigiante que é hoje? No setor, há muitas empresas a vender o mesmo que nós, mas não existe nenhuma empresa dedicada a 100%. A única forma de fazer que a EMC conhece é fazer melhor que os outros e não temos outra fórmula de receita. Para isso temos um departamento encarregue da inovação e desenvolvimento que permite a criação dos melhores produtos do mercado que, por sua vez, permitem aos cliente tirar o maior número de benefícios. A qualidade e o suporte técnico providenciado aos nossos clientes tanto no pré, como no pós-venda é a nossa grande característica prestigiante.


years of media excellence

be with the Number

Horizonte de Palavras Edições Unipessoal, Lda

horizonte de

palavras

Rua Rei Ramiro 870, 5º A 4400 – 281 Vila Nova de Gaia Telefone +351 220 926 879 www.horizonte-de-palavras.pt

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BREVES BREVES

Les Roches e Glion

Escolas de luxo com vagas para alunos portugueses As escolas de Alta Direção Hoteleira a Les Roches Marbella, Les Roches Suíça, Glion Suíça e Glion Londres regressam a Portugal entre os dias 24 e 27 de maio para a realização do roadshow que encerrará o período de matrículas para os cursos de Pós-Graduação e Licenciatura com início em julho e agosto, respetivamente. Para os estudantes portugueses interessados em ingressar nas escolas premium de Hospitality Management existem ainda dezasseis vagas disponíveis: cinco para a Les Roches em Marbella, e quatro para o campus na Suíça; no caso da Glion, a escola de Londres tem ainda seis vagas, enquanto quem quiser optar pelo campus suíço tem apenas duas vagas disponíveis.

NH HOTEL GROUP

NH COLLECTION NA ALEMANHA Depois do sucesso na abertura dos primeiros quatro hotéis em Berlim, Frankfurt, Hamburgo e Dresden, o NH Hotel Group lança oficialmente a sua marca premium NH Collection na Alemanha. De acordo com o seu plano estratégico de cinco anos, o grupo mantém o forte compromisso com a sua marca mais exclusiva: NH Collection. A marca NH Collection procura exceder as expetativas dos hóspedes que estão à procura “daquele bocadinho extra” para as suas viagens, sejam em negócios ou lazer. “Os hóspedes dos hotéis NH Collection podem esperar uma gama variada de produtos personalizados, assim como mobiliário de alta qualidade. Poderão também encontrar máquinas de café Nespresso, chuveiros com efeito de chuva, camas excecionalmente confortáveis, uma escolha variada ao pequeno-almoço e, claro, o serviço ao cliente dos Guest Relation Managers, que procuram dar resposta às necessidades individuais dos hóspedes, garantindo que todos os seus desejos se tornam realidade. Procuramos surpreender os nossos hóspedes por exceder as suas expetativas nos nossos hotéis” afirma Stephan Demmerle, Managing Director da unidade de negócio da Europa Central do NH Hotel Group, explicando a essência da marca NH Collection.

Marguerite Barankitse

A mulher que salvou 30 mil crianças Durante a Guerra Civil do Burundi, onde morreram mais de 300 mil pessoas, Marguerite Barankitse arriscou a sua própria vida e conseguiu salvar 30 mil crianças. Foi agora reconhecida com um prémio. A guerra começou em 1993 e durou cerca de 12 anos. Barankitse, que pertencia à tribo Tutsi, foi forçada a assistir à morte de 72 vizinhos da tribo Hutu, no início da guerra. Este trágico evento inspirou-a a iniciar uma missão na sua igreja católica, onde conseguiu refúgio para 30 mil crianças de ambas as tribos. Barankitse recebeu o prémio Aurora por “Awakening Humanity” pelo seu contributo para o salvamento de milhares de crianças. O ator George Clooney entregou o prémio e destacou que “Marguerite serve de exemplo do impacto que uma pessoa pode ter quando confrontada com a injustiça”. Os prémios Aurora visam reconhecer individualidades que preservaram a vida humana em prol da liberdade e dos direitos humanos. O prémio, de 1 milhão de dólares, vai ser dado a um instituição de caridade para ajudar as crianças da sua terra natal a terem melhores condições escolares.

corticeira amorim Concurso Vinhos de Portugal

O Quinta da Bacalhôa Tinto 2013 e o Catarina 2015 conquistaram a Medalha de Ouro no Concurso Vinhos de Portugal 2016, certame organizado pela ViniPortugal. O Quinta da Bacalhôa Tinto 2013 (Cabernet Sauvignon e Merlot) mantém o seu estilo clássico, com estágio de 11 meses em barricas novas de carvalho francês Allier. Na boca as sensações de frutas encarnadas são realçadas e combinadas com taninos suaves bem presentes; tem um final fresco, algo mineral, elegante e muito complexo. O Catarina 2015 (Chardonnay, Fernão Pires e Arinto) apresenta uma cor amarela pálida, muito delicada, elegante, mineral e floral. A casta Chardonnay fermentou parcialmente e estagiou 5 meses em barricas novas de carvalho francês. Na boca estas impressões são completadas com notas de fruta amarela, como o pêssego e o ananás, combinadas com sensações subtis de madeira tostada, apresentando um final firme, muito fresco, mineral, longo e complexo.

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Corticeira Amorim lança rolhas naturais com garantia de TCA não detetável Num claro reforço do seu estatuto de líder mundial, a Corticeira Amorim anuncia o lançamento de uma tecnologia verdadeiramente inovadora para a indústria de rolhas, oferecendo pela primeira vez aos produtores vinícolas rolhas de cortiça natural, com garantia de TCA não detetável*. NDTech é uma tecnologia de ponta que possibilita uma revolução em termos de controlo de qualidade, na medida em que introduz pela primeira vez uma triagem individual nas linhas de produção das rolhas de cortiça, baseada em cromatografia gasosa, uma das análises químicas mais sofisticadas do mundo. Tradicionalmente, cada análise de cromatografia gasosa demora cerca de 14 minutos. Com este desenvolvimento, agora anunciado, a Corticeira Amorim conseguiu reduzir o tempo desta análise para cerca de 20 segundos, viabilizando a sua integração numa escala industrial. Note-se, no entanto, que o processo de controlo de qualidade da Corticeira Amorim continuará a integrar estas análises, feitas com base em amostragens estatisticamente relevantes e num total de 16 mil análises mensais.

MAIO 2016

Quinta da Bacalhôa Tinto 2013 e Catarina 2015 conquistam Medalha de Ouro


LIDERANÇA NO FEMININO

» CCDR ALENTEJO EM DESTAQUE

A visão

de uma Liderança no Feminino Liderança masculina ou Liderança Feminina? A Revista Pontos de Vista conversou com Fátima Bacharel, Diretora de Serviços de Ordenamento do Território da CCDR Alentejo, que nos deu a conhecer a sua opinião, uma visão de uma Mulher que sempre soube fazer frente aos desafios e que teve o privilégio de crescer profissionalmente “numa organização como a CCDR Alentejo, onde sob o desígnio “Ao serviço da região”, encontrei espaço e oportunidade para “ousar pensar”.

Com o tal sentido prático mais feminino e definitivamente aliado ao critério da utilidade tem, por vezes, vindo a significar questionar, sempre de forma construtiva e com soluções, o satus quo instalado

T

endo a CCDR Alentejo como missão assegurar a coordenação e a articulação das diversas políticas sectoriais de âmbito regional, entre as quais as de ambiente e de ordenamento do território, que balanço é possível perpetuar da atuação da instituição? A atuação na área do ambiente e ordenamento do território apoia-se no capital de conhecimento da região e coordenação sectorial ágil, que têm vindo a contribuir para a visão global e integrada das dinâmicas territoriais. Essa relação fluída entre os níveis local e nacional, em respeito pelo princípio da subsidiariedade, tem como balanço a continuidade do equilíbrio das funções territoriais e ciclos naturais que caracterizam e diferenciam o Alentejo e a sua autenticidade. Trata-se afinal da responsabilidade coletiva de perspetivar opções estratégicas de médio e longo prazo, saber reconhecer oportunidades no presente e pensar o futuro.

pontos de vista

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Fátima Bacharel

Que lacunas é que ainda identifica e de que forma têm tentado contornar e ultrapassar esses obstáculos? Verifica-se ainda a necessidade de uma articulação mais eficaz da administração, de maior e mais crítica participação pública e de cada vez mais segurança e transparência jurídica do quadro legislativo.


Há quanto tempo é Diretora de Serviços de Ordenamento do Território da CCDR Alentejo? Que balanço e quais são, na sua opinião, as principais conquistas? Exerço este cargo há perto de nove anos com a consciência da responsabilidade de, em estreito contacto com a realidade, poder influenciar as decisões do futuro do território. E isto representa a conquista da oportunidade, através dos conhecimentos e competências adquiridos no curso de Arquitetura Paisagista na Universidade de Évora – inspirado pelo Arqt.º Ribeiro Telles e que comemora agora 40 anos –, de intervir num território onde é evidente a história de sucessivas gerações, que o compreenderam e com ele evoluíram, criando uma paisagem de referência com a “poderosa beleza” que lhe atribui Paulo Varela Gomes (2012) Este é, assim, também o meu testemunho da importância para o futuro do Alentejo, do ensino das ciências da terra, capacitando os recursos humanos e instituições regionais para afirmar as suas vantagens competitivas e diferenciadoras, como base da visão humanista exigida pelo ordenamento do território. Na sua opinião, existe alguma diferença entre uma liderança feminina e masculina?

Exerço este cargo há perto de nove anos com a consciência da responsabilidade de, em estreito contacto com a realidade, poder influenciar as decisões do futuro do território

Creio que, a haver alguma diferença, é o maior sentido prático feminino mas a conquista da liderança, terá que estar associada à organização, estudo e reflexão contínuos, sentido crítico e à disponibilidade e capacidade para saber ouvir, para dar resposta a situações de natureza e complexidade diversificadas. Fazendo um balanço da sua vida profissional, é notório que tem crescido e conquistado o seu espaço de uma forma ímpar. Ser mulher, em algum momento da sua carreira, colocou algum tipo de entrave à realização de um objetivo? Tive o privilégio de crescer profissionalmente numa organização como a CCDR Alentejo, onde sob o desígnio “Ao serviço da região”, encontrei espaço e oportunidade para “ousar pensar”. Desde logo incutido na abertura de espírito necessária ao estudo e trabalho com sistemas vivos, dinâmicos e interdependentes, este lema do iluminismo exige, em coerência, a adoção de uma atitude ativa. Com o tal sentido prático mais feminino e definiti-

vamente aliado ao critério da utilidade tem, por vezes, vindo a significar questionar, sempre de forma construtiva e com soluções, o satus quo instalado. Falar hoje em liderança no feminino é abordar ainda uma série de barreiras. Na sua opinião, que desafios as mulheres continuarão a enfrentar para que se assumam como forças ativas da nossa sociedade? O desafio será sem dúvida, cada vez mais, o trabalho de equipa em contexto familiar e profissional, adotando como máxima “Ordem e Método”. ▪

Quais são os principais desafios que se colocam à CCDR Alentejo de futuro? A política, a ciência, a investigação aplicada, a tecnologia e os instrumentos de planeamento e gestão têm um denominador e um alvo comum – o território e a população. Hipotecar as potencialidades e funções do primeiro, tendo em conta as atuais tendências demográficas, a par da concentração nas cidades em ritmo acelerado, pode vir a pôr em causa o território tal como hoje o conhecemos. O desafio premente da Administração Pública será estabelecer princípios e orientações mas também operacionalizar soluções, dando coerência à mensagem essencial – não há futuro sem um território adequadamente ordenado, consequentemente planeado e responsavelmente gerido.

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Também, uma visão mais holística e humanista do conhecimento produzido pelo ensino e investigação, permitirá melhor conjugar a diversidade de elementos que conferem competitividade à região, reunindo os instrumentos das políticas públicas as sinergias que cada território não consegue isoladamente para influenciar a sua atratividade, diretamente associada à capacidade empresarial e institucional de inovar e criar emprego.


LIDERANÇA NO FEMININO

» CRISTINA CUNHA EM ENTREVISTA

A sua farmácia de confiança Inaugurada há mais de cem anos na Cidade de Braga, a Farmácia Pipa é uma farmácia robotizada, com atendimento personalizado e rápido. Cristina Cunha, Administradora, conta-nos em primeira mão a história deste espaço secular.

Q

uando foi edificada a Farmácia Pipa e de que forma tem vindo a mesma a prestar um serviço em prol da comunidade envolvente? A Farmácia Pipa é uma farmácia de Braga com muita tradição. Foi sempre uma referência bracarense e assim pretende continuar. A primeira alusão que é conhecida data de 1743, nessa altura uma botica. Na história da farmácia existem vários episódios interessantes dos quais destaco o de Camilo Castelo Branco que citou a Farmácia Pipa, na sua obra “Bom Jesus do Monte” e outro foi em 1973, quando veio a Braga o Orfeão Universitário de Coimbra, um estudante conhecido por Xabregas, que ao passar na frente da farmácia achando graça ao nome recita de improviso:

“Aqui está a Farmácia Pipa Ó que coisa mais decente Se o remédio vem da Pipa Quem me dera estar doente”

pontos de vista

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Em 2011, a Farmácia Pipa sai da Rua do Souto, na zona histórica da cidade e muda-se para o Polo de Negócios de Braga, na Av. D. João II, uma zona nova em grande desenvolvimento instalando-se num espaço amplo de 600 m2. Para podermos prestar outro tipo de serviços tivemos que crescer e encontrar um espaço que se adequasse ao que pretendíamos: Melhor atendimento ao utente, proporcionar melhores condições de trabalho aos colaboradores e permitir que integrássemos outros serviços. A Farmácia Pipa e sua equipa de 15 colaboradores, colaboram com outros profissionais e instituições, apoiando iniciativas de natureza cultural, social, desportiva e outras, participando ainda, em diversas ações de solidariedade. O que marca a diferença na Farmácia Pipa? Quais são os principais serviços da mesma? A Farmácia Pipa apoia-se numa filosofia que promove a excelência nas suas áreas de intervenção, procurando a obtenção de um elevado padrão de satisfação por parte dos seus clientes. A farmácia pretendeu desde logo, tornar-se uma referência nos serviços que oferece:

CRISTINA CUNHA


Serviços Diferenciados

à Meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica; à Primeiros Socorros àAdministração de Vacinas e Injetáveis àCessação Tabágica àProgramas de Cuidados Farmacêuticos (DPOC, Asma, HTA, Diabetes e dislipidémias); àDeterminação de Parâmetros Bioquímicos; àAcompanhamento à grávida; à Ecografia 4D; àServiço de Nutrição; à Serviço de Podologia; à Serviço de Psicologia; à Rastreios de Higiene Oral; à Entregas ao Domicílio; Para além destes serviços, a Farmácia realiza Workshops, Sessões de Esclarecimento, Rastreios, demonstrações e ações nas escolas. De que forma procuram ser um espaço diferente dos vossos congéneres e de que forma estão próximos da comunidade que nos rodeia? Este novo espaço, moderno e acolhedor foi totalmente pensado ao pormenor para melhor servir o utente, equipado com um Robot que faz a dispensa automática dos medicamentos, podendo desta forma o colaborador prestar um aconselhamento mais profissional e personalizado, nunca virando as costas ao utente, reforçando a posologia e possíveis reações adversas. Também inovamos com a criação de um Beauty Point com a presença permanente de uma cosmetologista para acompanhar e aconselhar os clientes em dermocosmética. Um local onde a beleza fica em 1º lugar. Apostamos essencialmente na qualidade do nosso serviço, pois acreditamos que podemos fazer a diferença.

A farmácia é o serviço preferido dos portugueses para resolver os problemas menores de Saúde, preferindo estes espaços aos Centros de Saúde ou à Linha Saúde 24. Isto é uma evidência da satisfação dos portugueses com o serviço farmacêutico? Sim, sem dúvida alguma. Há uma grande satisfação por parte da população com os serviços farmacêuticos. Geralmente as farmácias são espaços de saúde de fácil acesso, onde encontram excelentes profissionais, há facilidade de comunicação e também há uma relação de grande proximidade entre farmacêutico/ utente. Há empatia, segurança e acima de tudo uma grande confiança. A Farmácia Pipa aposta na valorização, motivação e otimização dos seus recursos humanos, ciente que estes são a sua maior força, por isso, a formação da nossa equipa é contínua, para assegurarmos o melhor aconselhamento. O nosso objetivo é ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes e da população que nos rodeia. Sente que ainda não dá o devido crédito às farmácias e aos serviços que delas fazem parte? Sente que o Poder Central deveria ter «olhar» as farmácias de uma forma diferente face à importância destes serviços? Sim, um pouco. Acho que a farmácia devia ser mais valorizada e reconhecida pelo trabalho que faz e presta à comunidade. Existe um aconselhamento profissional diário gratuito que não é valorizado. Informamos, sensibilizamos e cuidamos, será que é dada a devida importância a esse serviço? As farmácias passaram e passam por momentos difíceis, muitas farmácias fecharam, outras estão com grandes dificuldades e abrem-se concursos para mais farmácias? Como podemos prestar um serviço de qualidade com profissionais de excelência se não temos recursos suficientes? Acho que devíamos ter mais apoio. Na sua opinião, existe alguma diferença entre uma liderança feminina e masculina? Sente que as mulheres têm de «provar» mais que os homens para singrar no universo da gestão de grandes projectos? Ouço por vezes opiniões ou testemunhos de mulheres que sentem essa diferença, mas a verdade é que eu nunca a senti na minha vida profissional. Nunca tive, no meu dia-a-dia, que “provar” mais por ser mulher.

Fazendo um balanço da sua vida profissional, é notório que tem crescido e conquistado o seu espaço de uma forma ímpar. Ser mulher, em algum momento da sua carreira, foi um impeditivo ou colocou algum tipo de entrave à realização de um objetivo? Não. Mais uma vez não senti qualquer impedimento por ser mulher. A minha educação teve um cunho muito forte do meu pai, que acreditava essencialmente na força do trabalho, na nossa capacidade de fazer. Sempre me transmitiu que devemos batalhar pelo que acreditamos e pelo que queremos para nós. Só vencemos com perseverança. Transmitiu-me valores de humildade, honestidade e justiça. Essa minha forma de estar na vida permitiu-me criar relações fortes e de confiança. Quais são os principais desafios que se colocam à Farmácia Pipa de futuro? O futuro é uma grande incógnita para o sector farmacêutico. Existem várias ameaças, como a da liberalização completa do sector, mas não podemos ficar parados, temos que nos reinventar superando desafios e nunca perdendo de vista a nossa prioridade, a de prestar um serviço de excelência. Devemos alargar as áreas de intervenção, estando atentos à evolução do mercado. Além disso pode-se desenvolver outras áreas como a Homeopatia e a Fitoterapia, áreas que estão em crescimento, seguindo uma tendência cada vez maior na busca por tudo o que é natural. Temos que estar sempre na linha da frente, modernizando-nos e estando atentos às necessidades do consumidor. O nosso lema é: - Serviço de qualidade, profissionalismo, simpatia e rigor. A Farmácia Pipa recebeu um Galardão da cidade “A Nossa Terra” que é um reconhecimento público ao mérito de cidadãos e entidades. Este prémio, Empresas no sector Comércio/Serviços para o qual estávamos nomeados, honrou-nos muito, pois sentimos que foi um reconhecimento público do nosso trabalho/serviço que prestamos à comunidade. O nosso grande desafio é continuarmos a merecer esse reconhecimento. ▪

115 MAIO 2016

Serviços Essenciais

à Dispensa com Indicação farmacêutica àEnsino da técnica de utilização de dispositivos terapêuticos e de auto-diagnóstico; à Check Saúde à Campanhas de Informação e Promoção da Saúde; à ValorMed


LIDERANÇA NO FEMININO

» GIRLS ON DOURO

Girls On Douro

o bom gosto tem sabor português No Douro, três amigas e um gosto de excelência por artesanato português e pela cozinha deram vida a um projeto chamado Girls On Douro. Quem são as Girls? Ana Braga Chaves, Catarina Serpa Pimentel e Joana Guedes Machado são as protagonistas da GoD, um projeto com cerca de dois anos, composto por uma loja de artesanato e de outros artigos exclusivamente de marcas portuguesas, a par de um serviço de organização de eventos. Conheça o conceito divertido criado por três mulheres altamente empreendedoras que não estagnaram enquanto mães de família.

A

pontos de vista

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na, natural de Braga vive em Armamar há 11 anos, começou por dedicar-se à Quinta da Raposeira, casa de família, agora transformada em alojamento local, Joana, ficou com a antiga casa de família do século XVII, a Casa da Capela de Cima, no Douro, vivia em Lisboa mas quis regressar ao Douro e transformar a casa para receber turistas e Catarina, que cresceu numa quinta tradicional do Douro, a primeira a abrir as suas portas aos turistas, estudou em Lisboa e regressou a casa há 11 anos. “É muito bonito viver aqui mas não chega. Começámos à procura de projetos, sempre com a ideia de ter uma loja só com coisas feitas em Portugal“ começa por constatar Catarina. Com a abertura da loja perceberam que queriam dar a conhecer a quem visita o Douro não só as coisas bonitas e com qualidade que por cá se fazem mas também a conhecer a nossa gastronomia. O gosto genuíno pela cozinha e de bem receber, levou-as a concorrer a vários concursos públicos na procura de um espaço que servisse esse interesse, no entanto, o caminho não foi traçado por aí. Houve deceções mas a vitória não tardou a brindar as três amigas. Sem baixar os braços e convictas do que pretendiam, não desistiram e a primeira porta abriu-se. Corria o mês de abril, em 2015, quando a Sogrape Vinhos as contactou para lhes propor ficarem responsáveis pelo serviço de catering da Quinta do Seixo. A quinta, através da marca Sandeman, oferece a quem os visita provas de vinho, almoços e piqueniques num cenário único.

A experiência aliada ao gosto pela cozinha e pelo que é português

A loja veio em primeiro lugar, qual cartão de visita representante daquilo que a empresa é, portuguesa e de bom gosto. Foi com a loja que os clientes começaram a pedir mais. E esse mais tornou-as também organizadoras de eventos. Catarina esteve ligada durante anos à restauração e essa foi a grande ajuda na resposta à pergunta «como fazer?». Sem grande preocupação começaram a fazer aquilo de que realmente gostam: bem receber, cozinhar e preparar o espaço do evento com um toque especial. O reencontro com antigos contactos adquiridos da experiência na Quinta da Pacheca, deu a dinâmica e a sinergia necessárias ao trio para darem o salto. E de repente, em maio, e através do trabalho realizado ,conseguiram contactos que as requisitaram para os mais variados tipos de eventos. Hoje são peritas em serviços de catering nos mais variados sítios onde conseguem fazer a magia acontecer.

JOANA, CATARINA, ana

A escolha dos produtos da loja assenta num propósito simples: vender algo que comprariam e que gostariam de ver nas suas próprias casas. Posto isto, a utilidade dos artigos também é fundamental


É muito bonito viver aqui mas não chega. Começámos à procura de projetos, sempre com a ideia de ter uma loja só com coisas feitas em Portugal

Uma Loja como Casa

O toque especial ao Tradicional

Rissóis e croquetes são bons mas há que inovar. Com esta máxima pegam no tradicional e dão um toque especial e diferente em tudo o que fazem, sem perder o genuíno sabor daquilo que é tão nosso. Há uma preocupação em servir os clientes de acordo com o palato e por isso estão atentas a questões como a nacionalidade dos clientes que irão servir. Os serviços variam consoante o que é pedido e podem ir desde almoços/jantares em barcos, piqueniques, festas temáticas, eventos sociais, academia de vinhos,

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A decoração dos espaços é muitas vezes feita com produtos que vendem na loja, porque a loja é a caracterização, o rosto, do que as três amigas representam. Apesar das quebras normais na época baixa, no inverno, em que a falta de turistas é sentida, ficam felizes por saberem que a existência da loja garante aos locais uma oferta diferente daquilo que existe na região. A escolha dos produtos da loja assenta num propósito simples: vender algo que comprariam e que gostariam de ver nas suas próprias casas. Posto isto, a utilidade dos artigos também é fundamental.

workshops, vinho & golf, tours & passeios exclusivos, onde fazem questão de estar sempre presentes.

A expansão célere

Enquanto mulheres empreendedoras nunca sentiram obstáculos na ascensão. Ser mulher foi antes um benefício no exercício da atividade. As três, sempre muito vocacionadas para receber, pelo gosto gastronómico e pelos produtos portugueses levou-as a um crescimento e projeção muito rápidas. A amizade é uma mais-valia na gestão da empresa, constatam. Por se conhecerem de longa data apoiam-se incondicionalmente e encontram assim o equilíbrio para que a empresa prospere. Sobre os desafios para o futuro, querem ajustes ao que já conquistaram e ganhar mais dimensão. Está a ser pensado um site que

contará com uma loja online, mas para já as três amigas não têm mãos a medir aos pedidos que lhes chegam. Girls On Douro, torna-se assim um nome a não esquecer. ▪

Av. João Franco s/n Loja B 5050-264 Peso da Régua Telf.: +351 254 314 167 Telm.: +351 934 639 057 Email.: g.o.d.geral@gmail.com


LIDERANÇA NO FEMININO

» MANUAL DA MODA – A MELHOR ESCOLHA

“A melhor dieta é saber como usar a moda a nosso favor” «A Mulher sonha e a obra nasce». Este bem que poderia ser o desígnio da Manual da Moda, uma marca que privilegia as marcas nacionais, através de uma seleção de produtos com qualidade, tendo sempre como o principal fito a valorização do corpo da mulher. A Revista Pontos de Vista foi conhecer a marca e conversou com Emília Martins, Sócia-Gerente e Fundadora, nascida em 1974, com formação técnica na área de Contabilidade e Gestão e com Carla Martins, Designer, nascida em 1986, com formação académica em Design Gráfico, duas irmãs que têm feito furor neste conceito de e para mulheres que gostam da moda.

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omo surgiu a Manual da Moda para Mulheres (im) perfeitas? A Manual da Moda para mulheres (im) perfeitas existe fisicamente, desde 2000, e surgiu de forma, totalmente, inesperada e como resposta a uma necessidade. A necessidade de encontrar roupa que fosse de encontro ao gosto pessoal, no tamanho, corte e tecidos corretos para meninas com genes gulosos, sem recorrer a costureiras, como fazíamos constantemente. Na realidade, não havia outra solução, porque a moda plus size era, terrivelmente, desinteressante! Porém, foi em 2014 que o Manual da Moda tornou-se virtual e mais abrangente, através da união de forças entre duas irmãs. Ambas seguimos percursos profissionais distintos, mas o destino quis unir-nos, ainda mais, numa paixão que temos em comum, para além de chocolate, a moda. Desde então, usamos o blog (www.manual-da-moda.blogs.sapo.pt) para mostrar, diariamente, que a moda pode e deve ser para todas as mulheres, independentemente, do seu tamanho ou idade, ajudando-as a transformar o que acham imperfeições em perfeições, através de dicas e sugestões, para todos os tipos de corpo. Rapidamente, percebemos que não estávamos sozinhas e que muitas mulheres se identificavam connosco. A adesão foi tão boa que recebemos vários pedidos para criar uma loja online e, assim nasceu, em 2016, a www.manualdamoda.pt, um espaço para mulheres imperfeitamente perfeitas, com distribuição para Portugal Continental, Ilhas e Europa.

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O que é ser uma mulher (im) perfeita? No fundo somos todas nós, genericamente falando, magras ou gordas, baixas ou altas, com busto ou anca, porque todas nós temos algo no nosso corpo que consideramos imperfeito, mas será que isso significa, na realidade, não ser perfeita? Claro que não! Como costumamos dizer... Padrões, só na roupa! Nós somos perfeitas como somos e, ainda podemos ser mais, se soubermos tirar partido da nossa silhueta, destacando os pontos fortes. Por vezes, a melhor dieta é saber como usar a moda a nosso favor! O que define a escolha das vossas coleções e que marcas estão presentes nos vossos produtos? Sempre tivemos a prioridade de apostar no tecido empresarial português, que passou a ser, totalmente, exclusivo, assim que se deu o boom de empresas multinacionais e de lojas chinesas. Por isso, todas as nossas coleções são representadas por marcas nacionais com escalas de numeração alargadas, desde o tamanho 36 ou 50, podendo chegar, em certos casos, até ao 54. É, igualmente, fundamental

EMÍLIA MARTINS E CARLA MARTINS

www.manualdamoda.pt que as empresas representadas forneçam um excelente equilíbrio entre qualidade, estilo e preço, de forma a combater a ideia pré-concebida de que produtos portugueses são bons, sim, mas caros. Isso não é, de todo, verdade! Tendo em conta a qualidade, a modelagem, o tipo de produção e a postura responsável perante a sociedade e o planeta, podemos afirmar, de fonte segura, que existem várias empresas nacionais competitivas e, com as quais, nos orgulhamos de trabalhar. O Manual da Moda garante às clientes um atendimento personalizado. De que forma é realizado este serviço de consultoria? Como o próprio nome indica, o Manual da Moda é um guia prático ou um livro de receitas, se preferirem, para mulheres que gostam de moda, ensinando-as a tirar partido das tendências, de forma a favorecer a sua silhueta. Este serviço é feito pessoalmente, na loja física, virtualmente, na loja online, onde todos os produtos apresentados têm uma sugestão de look e, ainda, de dicas diárias, no blog. Na vossa opinião, a mulher portuguesa sabe vestir-se? Na nossa opinião, a mulher portuguesa tem bastante preocupação estética. Isso nem se discute! No entanto, nota-se que algumas têm dificuldade em encontrar roupa nos cortes, tecidos e tamanhos

corretos e, também, em combiná-la de acordo com o seu biótipo, o que faz toda a diferença! Por isso, acabam por não arriscar, mantendo-se na sua zona de conforto, até nos conhecerem, claro! Que conselhos podem dar a quem não está à vontade com o seu corpo e que por isso acabe por perder autoestima? Gostaríamos de ter uma poção mágica, mas não temos. Era bom, não era? Na realidade, é um processo diário que passa por conhecer e aceitar o próprio corpo, em todas as suas (im)perfeições, tratá-lo bem e dar-lhe o que ele precisa… Amor. Algo que, se calhar, nunca recebeu... E, para isso, precisa de se livrar do ódio, das pessoas tóxicas e dos lugares que a fazem sentir-se imperfeita. Pelo menos, resulta connosco! Um blog, uma loja online e uma loja física, qual é o próximo passo da Manual da Moda? Neste momento, estamos com todas as nossas energias focadas na loja online que, ainda, é um recém-nascido. Queremos crescer de forma sustentada, alimentando-a com mais produtos, abraçando-a com novas marcas, projetos e estratégias. Enfim, o que for necessário para espalhar estilo e autoestima ao maior número de mulheres portuguesas e, quem sabe, futuramente, de outras nacionalidades. ▪


ANA MONTEIRO

» LIDERANÇA NO FEMININO

A LIDERANÇA NO SEU ESTADO NATURAL

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Ana Monteiro acredita que a capacidade de liderança não depende do género. Para a empresária, seja homem ou mulher, quem é líder já nasce líder. Com a confiança de que a procura pela excelência tem de ser uma constante, Ana Monteiro conta que desafios enfrenta nas duas empresas que gere: a B-ONLINE e a GARAGE FILMS.

dministra duas empresas com características muito distintas, a B-ONLINE, uma empresa de Software de faturação e ferramentas de gestão e a Garage Films de Produção E Realização De Audiovisuais, de que forma surgiram os dois projetos distintos? Estou nestes dois projetos desde a sua formação. A minha experiência em organização e gestão de empresas esteve na origem do convite para gerir a GARAGE e desenvolver toda a plataforma onde assenta o processo operacional. Desde a orçamentação até ao fecho das produções tudo se passa numa ferramenta informática online desenhada por mim, para gerir este negócio e em concreto esta produtora. A B-ONLINE é um projeto que nasceu por minha iniciativa e que acarinho muito porque permite materializar as ideias que temos em organização e gestão das empresas de uma forma mais ou menos sem fronteiras. Temos clientes em muitas áreas de atividade económica distintas, sendo que a GARAGE é um deles e muito especial.

Ana Monteiro

trabalho que tem conquistado ao longo dos dez anos da sua existência. A empresa tem apostado em manter uma equipa mais completa do que é habitual neste mercado, cobrindo quase todas as fases do processo produtivo com recursos próprios. Esta característica confere à GARAGE uma agilidade e flexibilidade que permite chegar mais facilmente aos objetivos. Que missão e valores impõe nas empresas que gere? A busca da excelência. Nunca nada está suficientemente bem feito. É sempre possível fazer melhor. Mas ao fim de dez anos a trabalhar com estas equipas, os gestores já não têm de impor nada. Esta postura já faz parte da cultura das duas empresas. E o prémio, já agora, é o orgulho que temos pelo trabalho que está na rua. Lidera duas empresas, o facto de ser mulher influenciou, negativa ou positivamente, de alguma forma o seu percurso? Nunca tive de pensar nesse assunto. A capacidade de liderar não tem sexo. Tem mais a ver com capacidades que já nascem com o indivíduo. Sempre que assumi a liderança de uma empresa ou de um processo a aceitação da equipa liderada aconteceu naturalmente. Na sua opinião, há diferenças significativas da liderança feminina para a masculina? Quais e porquê?

Acredito mais na diferença de estilos de liderança e estes são independentes do sexo do indivíduo. Quais os principais desafios que ambas as empresas enfrentam para 2016? Embora as atividades da GARAGE e da B-ONLINE sejam muito distintas, ambas as empresas operam em mercados com muita concorrência e num ambiente onde muitas vezes a procura se faz pelo preço. É um desafio que se renova todos os anos, manter a qualidade. Queremos continuar a oferecer serviço de muita qualidade resistindo à pressão do esmagamento de preços. ▪

B-ONLINE Sistemas de Informação, Lda

info@b-online.pt www.b-online.pt

Garage Films, S.A.

info@garage.pt www.garage.pt

119 MAIO 2016

Quais os serviços que cada uma das empresas oferece? A B-ONLINE não começou a sua atividade a desenvolver software de faturação. A experiência da empresa vem do desenvolvimento de plataformas colaborativas para a organização e gestão dos negócios das empresas. O software de faturação certificado surge em 2011 quando começaram a aparecer os primeiros programas de facturação a funcionar na cloud. A nossa licença foi certificada pela autoridade tributária em Março de 2011. Quando uma empresa nos pede para analisar o processo do negócio com o objetivo de agilizar, optimizar ou simplificar, o nosso papel é propor o modelo que corresponde ao objetivo e depois sermos capazes de o implementar. O nosso software de faturação certificado funciona online a partir de qualquer browser e está disponível numa versão mais simples o B-LIGHT para as empresas e profissionais que apenas desejam emitir faturas, recibos ou guias de transporte com recurso a uma ferramenta simples e sempre disponível. O B-STRONG, uma plataforma de gestão também online, que tendo a faturação certificada disponibiliza ainda a gestão das restantes áreas: fornecedores, bancos, stocks, entre outros. A capacidade de desenvolver à medida módulos específicos, para gerir diversos negócios, é claramente o fator que diferencia a B-ONLINE num mercado extremamente competitivo. A GARAGE é uma produtora de publicidade. Produz filmes e fotografia no mercado nacional e internacional. É a produtora mais completa do mercado nacional e reconhecida pela excelência da sua produção. Conta com uma equipa de produção, realizadores, pós-produção equipa técnica de apoio com grande talento e a prova disso é a premiação do


LIDERANÇA NO FEMININO

» LUÍSA SANTOS – PRODUÇÃO E GESTÃO DE EVENTOS

Inspiração, Dedicação e uma Bela Gargalhada Edificada em 2007, a marca de Produção e Gestão de Eventos, Luísa Santos, caracteriza-se, mais do que tudo, pela postura positiva com que enfrenta cada desafio. A Revista Pontos de Vista conversou com Joana Salgado, Produtora Senior da marca que nos deu a conhecer um pouco mais da marca e da sua fundadora, Luísa Santos.

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om uma vasta experiência na área dos eventos e com uma grande paixão pela produção, Luísa Santos é uma mulher empreendedora que adora desafios e tem como lema de vida a máxima “O amor move tudo”. Quem é Luísa Santos? Luísa Santos, 50 anos, duas filhas, uma “Miúda” de quatro patas e com o primeiro neto a caminho, é uma Mulher apaixonada pela Vida, feliz e realizada com todas as conquistas que a Vida lhe permitiu. Não consegue estar parada, não consegue dizer que não a um pedido de ajuda, nem recusar um projeto por mais difícil ou mesmo impossível que pareça, nem que seja porque acredita que tudo é possível e que um dia ainda vai descobrir a solução para a morte. Desde cedo lutadora para conquistar a Temos a sorte sua independência, começou como hospedeira há mais de 30 anos, tenainda de poder viver do tido depois o privilégio de ser em primeira mão o resultado convidada para trabalhar e aprendo nosso trabalho, der com as referências do setor, os quase sempre no imediato. pioneiros desta área de negócio, Nada é mais gratificante primeiro com João Pedro Campos Henriques e anos depois com o do que esta sensação Arquiteto Pimenta da Gama, “Tio 29” como todos o conheciam. Perfecionista e muito organizada, numa época sem telemóveis, nem emails, em que não havia margens para erros e a gestão de imprevistos era o melhor MBA desta área, tornou-se uma self made woman, e criou cumplicidades e afetos com vários clientes, fornecedores e parceiros que ainda hoje a acompanham. Fundou em 2007 a sua empresa em nome individual de Produção e Gestão de Eventos renovando a maneira de trabalhar os eventos em Portugal. Passou pela crise num percurso nem sempre fácil e mesmo assim conseguiu crescer, com muitos quilómetros percorridos e muitas horas de sono devidas à cama e à Família mas repletos de aprendizagem e felizmente muita realização. Nos Luísa santos bons momentos e nos mais difíceis, com empenho, rigor e Amor tudo se consegue! A esta personalidade deveras ousada, podemos ainda ressaltar o bom humor que tão bem a caracteriza, sempre pronta para Sr. Casimiro, descobriu o mistério que assombrava o uma bela gargalhada. Quem a conhece sabe que é maior ícone do seu negócio. Como esta, existem aos bom estar atento ao seu lado, pois nunca se está livre milhares, poderia ficar aqui a tarde toda. de ser apanhado numa das suas mil partidas, sejam amigos, desconhecidos, fornecedores ou clientes. Acredita que o sucesso das empresas são as pesAo volante de um carro, numa reunião ou numa soas, apostando no bem-estar e felicidade da sua montagem a ver o nascer do dia, histórias de nos equipa. Como tal, a equipa da empresa de Produfazerem ir às lagrimas, acumulam-se no livro da sua ção e Gestão de Eventos é composta por profisvida. Lembro-me por exemplo de uma história de sionais qualificados, que têm uma variável em coquando a Luísa era miúda, tinha um relojoeiro no mum: a paixão por aquilo que fazem. Porquê uma r/c do prédio onde vivia, que por sua vez tinha um equipa constituída só por mulheres? relógio tamanho XL que orientava os moradores e Acreditamos que as empresas são de facto as pestodos os que por ali passavam, durante anos, a Luísoas, são elas que marcam a grande diferença num sa sem contar a ninguém adiantava o relógio com o mercado com tanta oferta e cujos diferenciais comcabo de uma vassoura e nunca até aos dias de hoje o petitivos são cada vez mais difíceis de destacar. Por

isso mesmo a escolha criteriosa das pessoas que consigo trabalham e a aposta na sua felicidade, são duas das suas grandes prioridades. Com o seu lado extremamente maternal, conhece e abraça a vida pessoal de cada membro da sua equipa e consegue de forma engenhosa alcançar um equilíbrio muito saudável, exponenciando o potencial máximo de cada uma. A sua experiência comprova que pessoas felizes são mais dedicadas, mais produtivas e que por consequência geram melhores resultados. Esta é a chave do seu sucesso. Foi esta a fórmula que a levou a ter uma empresa reconhecida e respeitada no mercado à qual fez questão de dar o seu nome, assumindo as responsabilidades várias que dai advém. Apesar da imagem da agência ser bastante feminina,


cado é bastante valorizado. Como resultado destes anos de trabalho, surgem-nos ainda oportunidades diferenciadoras que nos fazem acreditar que estamos no caminho certo. Falamos de serviços de consultoria não só, na nossa área de atuação, como em áreas ligadas ao turismo/hotelaria, restauração, o que tem sido para nós um grande desafio mas acima de tudo uma enorme recompensa de reconhecimento.

bem como as próprias instalações, o facto de a equipa ser constituída apenas por mulheres nunca foi propositado, aconteceu… a Vida assim o quis e até agora tem funcionado muito bem e recomenda-se! Uma equipa no feminino, todas diferentes mas iguais na vontade, na dedicação, no vestir a camisola de manhã à noite, e no espírito “de Família” no trabalho. Trabalham com paixão e entrega, numa disciplina de vontade, aliada a um conhecimento técnico, gosto pelo detalhe, boa disposição e ao espírito de equipa, que fazem com que cada projeto seja especial e único e que trabalhar seja um gosto. Fundada em 2007 a empresa de Produção e Gestão de Eventos, Luísa Santos, caracteriza-se pela energia e a paixão com que abraça cada projeto, sendo cada cliente um desafio. Que outros fatores têm contribuído para a empresa se destacar e marcar a diferença? Como já foi dito anteriormente, acreditamos genuinamente que quanto mais feliz e unida for uma equipa melhor é a eficácia na criação e no desenvolvimento de qualquer projeto. A esta premissa soma-se o facto de os dias serem sempre diferentes, o que torna esta missão ainda mais aliciante. A rotina não faz claramente parte do nosso dia a dia. Com tudo isto, temos ainda o privilégio de ter como responsabilidade garantir que o resultado de cada evento corresponda e supere as expectativas dos clientes, de forma feliz, marcante e única, sempre com a assinatura e o rigor que nos caracterizam. Temos a sorte ainda de poder viver em primeira mão o resultado do nosso trabalho, quase sempre no imediato. Nada é mais gratificante do que esta sensação, é a verdadeira recompensa de toda a nossa dedicação. Há quem

diga que o que nos diferencia é a forma espontânea com que abraçamos e vibramos com cada evento! Seja para duas pessoas ou para 5.000, a atenção, dedicação e empenho com que mergulhamos nos projetos é sempre a mesma, para nós não existem clientes mais importantes do que outros. A nossa prestação tem como objetivo que os nossos clientes possam usufruir dos seus próprios eventos sem preocupações, deixando a produção, gestão, execução e a resolução de imprevistos ao nosso cuidado. Para a empresa ter a oportunidade de fazer parte da conceção, planeamento e concretização de momentos únicos, que exigem uma dedicação extrema e uma compreensão profunda de cada cliente, é um verdadeiro privilégio. Que serviços disponibilizam ao cliente? Todos os serviços relacionados com consultoria, produção e gestão de eventos privados e corporate. Serviços de A a Z, desde a criação, definição da estratégia, do conceito, e da imagem do evento ou ativação de marca, com todos os serviços inerentes aos mesmos (como a escolha do espaço, a decoração, os audiovisuais, a produção gráfica, escolha das equipas, coordenação, implementação e acompanhamento no terreno, entre tantas outras). Temos ainda uma outra área que foi crescendo nos últimos anos e que se tem vindo a revelar como uma oportunidade de negócio, representando hoje uma parte significativa da nossa faturação: a de hospedeiras e promotores, que se caracteriza por um serviço premium com reconhecimento inclusivamente além fronteiras. Por tudo isto somos cada vez mais rigorosas no que diz respeito ao processo de seleção e formação das equipas que trabalham connosco, facto que no mer-

Como é ser empresária, líder, empreendedora, mãe, e mulher, nos dias de hoje, no universo do trabalho? Quem a conhece e com ela convive e trabalha não hesita em definir a Luísa como uma Mulher completa. Empenhada, empreendedora, aberta a mudanças, dedicada e de mangas arregaçadas, sempre pronta para agarrar os desafios que Vida lhe oferece e encará-los de frente, pessoais e profissionais. Conciliar Família com a gestão de uma empresa, não é tarefa fácil, o tempo foge-nos pelas mãos e tudo é “para ontem”. Aí se exige um enorme esforço pessoal de conciliação da Família, com os interesses pessoais frequentemente sacrificados pela responsabilidade de “levar a bom porto” um barco às vezes difícil de remar. Contudo, com muita organização, espírito prático, dedicação e muito mas muito amor tudo se consegue!

121 MAIO 2016

parte da EQUIPA DA LUÍSA SANTOS PRODUÇÃO E GESTÃO DE EVENTOS

Com uma equipa constituída apenas por mulheres, alguma vez sentiram a necessidade de se esforçarem mais para o vosso trabalho ser reconhecido e credibilizado? A bagagem e a credibilidade criada ao longo de 30 anos permitiu-nos conquistar um lugar e uma confiança neste mercado que graças a muito trabalho se tem mantido inabalável. Somos mulheres de fibra, sempre prontas “a por mãos à obra” e se alguma vez sofremos algum tipo de discriminação, pouca importância lhe atribuímos, pois estamos certas da qualidade do nosso trabalho e sabemos que o sucesso não se rege por sexos. A maior dificuldade sentida foi conseguir abraçar a maternidade, sem fecharmos a empresa e mesmo isso conseguimos fazer com sucesso! A sintonia que é vivida entre todas fez com que nos últimos dois anos nascessem três bebés com o quarto já a caminho, todos praticamente com seis meses de diferença. Brincamos a dizer que estamos numa gincana, que a próxima só pode partir quando a anterior já tiver chegado! A verdade é que mesmo sem palavras tudo se orientou nesta sintonia perfeita que é a vida, tornando possível aumentar esta família, com mais uma geração, sem afetar a estabilidade da agência. ▪


evento

» eurojoia - de 06 a 08 de maio

Elegância e Requinte marcam o Eurojoia Numa altura em que o mercado nacional atravessa uma fase de adaptação à perda do poder de compra por parte dos consumidores, as feiras e exposições aparecem como a fórmula certa para motivar as empresas a continuar a participar e a divulgar os seus produtos. O EUROJÓIA - Feira de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria apresenta-se, pois, como uma excelente oportunidade para as empresas apresentarem as novidades, permitindo estabelecer um contacto direto com os profissionais do setor e fazer a ponte entre a procura e oferta, criando oportunidades de negócios. O evento realizou-se entre os dia 6 e 8 de maio no ExpoSalão, Batalha, onde as novidades da joalharia e ourivesaria foram apresentadas aos clientes, permitindo um contacto e observação diretos da sua reação e aceitação. Este certame, organizado anualmente, pretende, as-

sim, dar destaque aos fabricantes, importadores e representantes da área das joias, ourivesaria, relojoaria, bijuteria e acessórios de moda, para que possam apresentar as suas propostas e soluções, com vista ao estabelecimento de novos contactos, divulgação, reforço das relações comerciais e concretização de negócios. Constituída em 1992, o EXPOSALÃO é hoje o maior centro de exposições ibérico-privado, dinamizando cerca de 20 certames anualmente. Alguns são, atualmente, autênticas marcas-referência para os setores de atividades que promovem. ▪


LIDERANÇA NO FEMININO

» ANA BRAGANÇA JEWELLERY

JOALHARIA COMO PAIXÃO Ana Bragança, uma mulher empreendedora que teve a coragem necessária para traçar um caminho diferente daquele que já havia começado. Da arquitetura para joalharia, depressa ganhou reconhecimento a nível internacional. Conheça a história de alguém que não ignorou a vontade de fazer algo diferente. seguir o meu trabalho e partilhar, via “online”, as minhas coleções com outras potenciais clientes.

As joias são um produto muito associado ao mundo feminino, no entanto, e numa larga maioria, os criadores são homens. Houve dificuldades acrescidas no seu percurso enquanto criadora de joias pelo facto de ser mulher? Enquanto joalheira de autor, nunca senti dificuldades por ser mulher. Do meu ponto de vista, a sensibilidade das novas joalheiras está a trazer uma nova dinâmica e vitalidade ao sector. Aliás, diariamente, deparo-me com novas marcas lideradas por mulheres extremamente criativas e empreendedoras.

As joias têm faixas etárias? Na conceção das peças este é um fator determinante? Para mim, não. Aliás, já tive surpresas, como senhoras de setenta anos a comprarem-me peças mais vanguardistas e adolescentes a darem preferência às mais sóbrias. O meu público-alvo é mulheres e homens modernos, de qualquer idade, que gostem de completar o seu “outfit” com uma peça original. Isso sim é algo que tenho em mente quando idealizo uma nova coleção.

Ana Bragança Jewellery é uma marca lançada internacionalmente e que comercializa principalmente via online. Que adversidades advém daí? E vantagens? A maior adversidade prende-se com o facto de, em geral, o público preferir ver e experimentar as joias. Porém, a adesão às compras online é cada vez maior. Do ponto de vista do cliente, é cómodo pois pode comprar uma peça a qualquer hora e lugar. Para mim, enquanto criadora, consigo mais facilmente atingir um público mundial, sem ter grandes encargos financeiros. Por sua vez, os meus clientes podem

ana bragança

Uma vez que está em contacto com diversos mercados, que principais diferenças encontra entre Portugal e outros países? Acho que entrar no mercado da joalharia é tão difícil em Portugal como no estrangeiro. Neste ramo, há muita competitividade, logo o grande desafio é conseguir destacar o nosso trabalho. Porém, penso que noutros países se organizam muitos concursos e feiras internacionais cujo único objetivo é descobrir, promover e impulsionar os novos talentos e marcas de joalharia contemporânea.

Recentemente foi uma das joalheiras de autor selecionadas para participar na 15ª e 16ª edição da feira internacional de joalharia contemporânea Autor, em Bucareste. Esta nomeação é prova da aptidão para a área assim como de reconhecimento, de forma introspetiva, como avalia o seu percurso? A presença na AUTOR foi crucial para entrar no mundo da joalharia e estabelecer contactos. É uma feira fantástica, ousada, que não tem medo de mostrar os artistas ainda pouco conhecidos do grande público. Quanto ao meu percurso, eu sou extremamente exigente comigo própria... É a eterna insatisfação do artista! Contudo, quando penso na evolução que a marca teve num ano e meio e em todas as etapas que superei, fico feliz por ter seguido este rumo profissional. Como descreveria as suas peças? Onde encontra a inspiração para novas criações? A minha formação em arquitetura tem influenciado, significativamente, o meu trabalho, estando presente quer ao nível de estilo, quer no processo de criação e produção das joias. É uma joalharia que procura despojar tudo o que é excesso, concentrando-se em salientar a clareza e a elegância das formas geométricas. Para além disso, os eventos em que participo, bem como as exposições e conferências a que assisto, são fonte de inspiração que trazem novas dinâmicas às minhas coleções. Que ambições tem a Ana Bragança Jewellery para o futuro? Ambiciono crescer a nível artístico e técnico, experimentando ao máximo novas formas e materiais. Pretendo, também, continuar a desenvolver a marca, estabelecendo alguns pontos de venda, nomeadamente em Portugal, pois desejo chegar mais ao público português. ▪

CONTATOS

site: www.anabragancajewellery.com email: anabragancajewellery@gmail.com Tel: (+351) 91 026 87 08 | (+41) 798 81 32 98 Facebook: AnaBragancaJewelleryDesign

123 MAIO 2016

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ormada em arquitetura com o mestrado em “Architectural Design” na Bartlett (University College of London), porém atualmente está no mundo da joalharia, o que impulsionou esta mudança? Além da Bartlett, fiz o curso na FAUP e trabalhei dois anos como arquiteta mas sentia falta de me exprimir através de um trabalho manual, de criar e executar projetos enquanto artista plástica. Em 2012, a viver em Atenas, entrei em contacto com um laboratório de joalharia contemporânea (SynApeiro) onde comecei a descobrir este universo. Desde logo percebi que esta era a arte que me completava e que queria prosseguir profissionalmente.

É uma joalharia que procura despojar tudo o que é excesso, concentrando-se em salientar a clareza e a elegância das formas geométricas


MODERNIZAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO

Opinião de Victor Hugo do nascimento Gonçalves Ceo da sociedade das águas de Monchique

Relançar a SAM para o futuro O ano de 2016 será um ano muito importante para a Sociedade das Águas de Monchique (SAM) e marcará certamente o futuro da empresa. Fundada em 1994, a SAM, dedica-se exclusivamente à captação, engarrafamento e comercialização de água mineral natural.

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empresa anteriormente detida pela Fundação Oriente é hoje, e desde 2009, gerida e detida pelo Grupo Waterbunkers que possuí, para além da SAM, mais duas empresas - Água do Alardo e São Cristóvão. Desde 2010, e após redesenho e persecução da nova estratégia, a SAM tem apresentado níveis de crescimento assinaláveis e uma evolução positiva nos principais indicadores económicos tendo conseguido aumentar em seis anos o cerca o volume de negócios na ordem dos 500%. No âmbito comercial a empresa tem conseguido conquistar quota no mercado nacional e internacional através de uma oferta diferenciadora assente na elevada especificidade e unicidade da água alcalina (pH9,5) captada no alto da Serra de Monchique. A estratégia futura da empresa passa pelo alargamento da oferta de produtos e por uma aposta na qualidade dos produtos que oferece pelo que neste particular a empresa tem previstas novidades que apresentará no início de 2017. É neste contexto que, mediante as limitações operacionais atuais, a empresa fará investimentos

na requalificação da unidade industrial de Monchique onde são captadas as Água Monchique e Chic. O investimento previsto rondará os 6,5 milhões de euros e será focado na ampliação e requalificação das infraestruturas existentes e na aquisição de novas linhas de produção de engarrafamento que, mais do que aumentar a capacidade instalada, visam a diversificação de produtos no sentido de poder responder às solicitações crescentes do mercado. Importa realçar ainda que este investimento terá um caracter fortemente inovador que colocará a Água de Monchique na vanguarda tecnológica do setor. Está previsto, em colaboração com diversos fornecedores internacionais e nacionais, o desenvolvimento e implementação de nova tecnologia de âmbito operacional que fará da Água de Monchique pioneira a nível mundial. Destaca ainda a empresa que estes investimentos pretendem relançar a SAM para o futuro e fazer da empresa uma referência no setor das águas minerais concorrendo lado a lado com as principais águas francesas e italianas que dominam hoje o segmento Premium das águas. ▪


VENDING - ALIMENTOS SAUDÁVEIS E COM QUALIDADE

» BIOBAR® - UMA MARCA DIFERENTE

BIOBAR® Por uma alimentação saudável “Cada nova BIOBAR® é acompanhada de um coro de elogios e de pedidos para colocação de máquinas. As mensagens que recebemos e o interesse mediático que se tem gerado são exemplos do feedback muito positivo que temos vindo a receber”, afirma Ângela Pereira, SóciaGerente da BIOBAR®, que em entrevista à Revista Pontos de Vista nos deu a conhecer como tem o trajeto desta marca e as bases da sua evolução.

Quais são os principais desafios que se colocam de futuro à BIOBAR®? O grande desafio da BIOBAR passa por conseguir dar resposta a todos os pedidos que vão surgindo.

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omo surgiu a aposta da marca nos equipamentos de vending de produtos biológicos e a sua marca BIOBAR®? Era uma lacuna que existia no mercado? A Biobrassica foi criada em 2004, nessa altura, talvez excluindo alguns nichos em Lisboa e no Porto, praticamente não se falava de produtos biológicos. Da mesma forma, em 2015, nasceu a BIOBAR®, numa fase em que o vending e a alimentação saudável ainda eram quase que mutualmente exclusivos. Surgiu da ideia de levar o bio a todo o lado e acessível a todos. Percebemos que o consumidor desejava ter acesso, em todo o lado, aos produtos que só podia encontrar em algumas lojas da especialidade. Para além de procurarem ter uma alimentação mais saudável e com maior qualidade, muitos destes consumidores tinham algum tipo de restrição alimentar, por necessidade ou convicção: celíacos, intolerantes à lactose, diabéticos, vegan, crudistas, entre

outros. Estas características tornavam a experiência de consumir de uma máquina de vending convencional incomportável para estas pessoas. Sabíamos que lhes queríamos oferecer esta experiência de consumo, faltava o momento para o fazer. A aposta materializou-se após convite de uma escola para colaborarmos com um projeto dedicado à alimentação saudável. Sugerimos a ideia de colocar uma máquina de vending exclusivamente bio e, umas semanas depois, tínhamos a primeira BIOBAR® instalada. Depois dessa primeira experiência, contactamos alguns locais que considerávamos adequados para receber um projeto piloto e não mais paramos. Felizmente, agora, não somos nós a contactar os espaços, mas sim os espaços a solicitarem uma BIOBAR®. Sente que esta aposta, das máquinas de vending, podem ser essenciais na mudança para uma alimentação mais saudável por parte dos portugueses? Que balanço é possível perpetuar dos equipamentos que têm disponíveis? Têm tido uma boa recetividade? Sem qualquer dúvida! Se é óbvio que o consumidor ostenta já uma preocupação intrínseca e muito mais abrangente com a alimentação, enquanto base para um estilo de vida saudável, parece-nos ainda mais óbvio que quanto mais exposto estiver e melhor conhecer os benefícios dos produtos biológicos, mais célere será essa mudança. O balanço que fazemos deste projeto é extremamente positivo e encorajador. Cada nova BIOBAR® é acompanhada de um coro de elogios e de pedidos para colocação de máquinas. As mensagens que recebemos e o interesse mediático que se tem gerado são exemplos do feedback muito positivo que temos vindo a receber. Produtos biológicos e saudáveis em equipamentos de vending. Primeiro estranha-se, depois entranha-se? Sente que é este o primeiro impacto? Muito pelo contrário! O primeiro impacto tem sido aquilo que mais nos tem fascinado. O interesse que as pessoas demonstram

nos produtos e na iniciativa em si refletem que os produtos biológicos e saudáveis têm espaço nestes equipamentos de distribuição rápida de alimentos. Quais são realmente as mais valias dos vossos produtos para os consumidores? Sente que atualmente existem mais preocupações neste sentido? As mais valias dos nossos produtos vão de encontro às preocupações que falamos previamente. Consumidores mais esclarecidos e preocupados com o que consomem, procuram alternativas alimentares mais adequadas e saudáveis. O facto da BIOBAR® oferecer somente produtos biológicos certificados liberta automaticamente os consumidores do peso dos químicos de síntese, dos corantes, conservantes e aromas artificiais. Se, em cima dessa vantagem imensa, ainda oferecermos alternativas sem glúten, sem lactose, sem açúcar, vegan ou raw, oferecemos a todos a possibilidade de comer um snack saudável em qualquer lado. Onde podemos encontrar equipamentos de vending «made in» BIOBAR®? Universo empresarial? E escolas e hospitais? As BIOBAR® estão, neste momento, disponíveis em escolas públicas e privadas, ginásios e centros de saúde das cidades de Braga, Matosinhos, Ourém, Tomar e Torres Novas. Dada a quantidade de pedidos de informação e colocação que todos os dias nos chegam, estamos certos de que muito brevemente teremos a BIOBAR® por todo o país, incluindo ilhas, de onde também já fomos contactados. ▪

125 MAIO 2016

ÂNGELA PEREIRA


A QUALIDADE NA MESA DOS PORTUGUESES

» CONSERVAS NERO – FISH AND FLAVOURS

Conservas Nero? Naturalmente

A comercializar conservas de peixe de alta qualidade com marca própria, as Conservas Nero apostam na inovação e reinvenção constante, e sempre na utilização de ingredientes de origem portuguesa. José Nero, Responsável máximo das Conservas Nero, deu-nos a conhecer os desafios da marca.

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José Nero

s Conservas Nero são uma das principais marcas em Portugal no seu segmento e que já alcançaram um elevado nível de prestígio. Que análise é possível perpetuar da intervenção da marca no mercado. As Conservas Nero tem marcas centenárias (Georgette, Catraio, Naval, Açôr). Estas marcas com imagem retro são utilizadas para as conservas tradicionais e para as conservas que reinventamos tais como: atum com presunto de Chaves e azeitonas de Elvas DOP, atum com alecrim BIO da Serra da Arrábida, atum com tomate seco da Secília, atum com algas da Ria de Aveiro, atum em azeite biodinâmico, atum com chicharos de Alváiazere e salicórnia da Figueira da Foz, salmão com segurelha BIO da Serra da Arrábida, salmão com tomilho bela-luz BIO da Serra da Arrábida, filetes de cavala à Algarvia, atum com pimentos vermelho e verde em vinagrete, atum com chouriço de cebola, atum com alho francês e atum com fejão verde e amêndoas. Também temos uma inovação lançada em maio de 2011, denominada por Filetes de peixe espada preto de Sesimbra. Neste caso como se trata de uma conserva produzida pela primeira vez, a imagem é contemporânea e está registada. Não atribuímos a esta referência uma marca, pois pensamos que assim, desde o início, esta conserva iria ser considerada «A original», demarcando-se de futuras réplicas a serem lançadas no mercado por outros players como se veio a verificar. Vamos continuar a intervir no mercado com conservas reinventadas e outras inovações, mantendo sempre a qualidade com que habituamos o consumidor.

Escolher Conservas Nero é encontrar o prazer e o gosto pelo exótico em harmonia. Este é o sentimento que vão poder sempre esperar das nossas conservas

De que forma é que a inovação tem sido um promotor da marca no mercado? Em que aspetos podemos analisar esse cariz inovador? Hoje, mais que nunca, a inovação é essencial para que haja sucesso. A dificuldade é conseguir que essa inovação seja valorizada pelo cliente. Há cerca de cinco anos pensámos que só fazia sentido estarmos no mercado se a aposta em novas conservas fosse uma aposta ganha. Assim, surgiram as conservas de peixe espada e posteriormente as reinvenções mencionadas anteriormente. O balanço é francamente positivo e atualmente os nossos clientes que têm vindo a aumentar mensalmente, estão constantemente na expectativa de verem novos produtos a serem lançados pela Conservas Nero. Como não podemos desiludi-los, apresentamos regularmente uma nova conserva. O que tem sido realizado pela Conservas Nero para que mais portugueses apostam neste segmento à sua mesa? Esta indústria teve que se reinventar? Em que moldes? Foi o facto de querermos cativar mais consumidores que nos levou a inovar e a reinventar. A utilização de


Nos últimos anos têm-se assistido cada vez mais a um ressurgimento das conservas e do seu posicionamento como um produto nobre e de qualidade. A que se deve, na sua opinião, esta aproximação dos portugueses a este género de produtos? Eventualmente há algum saudosismo de um produto que era consumido pelos nossos avós. O interesse nestes género de produtos por parte de Chefes de Cozinha entrou de novo em vigor e fizemos um regresso ao passado, em que as conservas eram servidas em hotéis e restaurantes como entradas, os denominados acepipes. Estas duas razões podem criar de novo o hábito desde que não se descure a qualidade. Há ainda a vertente do alto valor nutritivo das conservas e o facto de não terem corantes e conservantes.

condimentos que até agora nunca tinham sido utilizados nas conservas, desperta a curiosidade do consumidor e o nosso pioneirismo, nestes casos, levou ao «acordar» de outras marcas que, ao verem o nosso percurso, também quiseram produzir conservas diferentes aumentando desta forma os seus portfólios. Também fomos os primeiros a recuperar o embalamento das latas em papel e celofane. Esta forma de embalamento, substituída nos anos 80 por uma caixa, após esta nossa recuperação, levou a que rapidamente as outras marcas nos seguissem, pois perceberam que o consumidor reagiu com entusiasmo ao ver de novo esta forma de apresentação de latas de conservas. Também temos vindo a disponibilizar o nosso acervo histórico que tem servido de algum suporte a blogs e publicação de livros sobre a História da Indústria Conserveira. Blogs como o Can the Can, Parceria das Conservas e livros como “A Indústria Conserveira de Sesimbra (1933-1945)” de Andreia da Silva Almeida, Licenciada em História e Mestre em Ciências da Documentação e da Informação, são alguns exemplos do nosso contributo nesta vertente. Promovemos regularmente degustações e WorkShops, acompanhados por Chefes de Cozinha Estas ações acabam por ter algum impacto junto do consumidor e as conservas são cada vez mais uma presença na mesa dos portugueses. Contudo muito ainda há por fazer e por isso estamos empenhados em transmitir o máximo conhecimento ao consumidor. Apesar de isso continuar a não ser muito visível para os portugueses, as conservas continuam a desempenhar um papel muito importante na economia portuguesa sendo um dos produtos agroalimentares mais exportado por Portugal. As Conservas Nero estão presentes em mercados externos? Sim. Exportamos cerca de 50% dos nossos produtos, sem contar locais em

Portugal em que a venda é feita praticamente a turistas, o que acabam por ser exportações indiretas. Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça, Polónia e Macau são os países onde temos vindo a consolidar a nossa presença. Nas Conservas nero quais são os denominados «produtos estrela» da marca? Quais são as suas principais características? O peixe espada, o bacalhau à Portuguesa, os vários atuns, os filetes de cavala à Algarvia, são alguns deles. As nossas conservas são produzidas segundo o método tradicional e com matérias primas de primeira qualida-

de. Em algumas referências juntamos condimentos selecionados e indicamos a sua proveniência nos respetivos rótulos. Procuramos inovar e não “plagiar” outras marcas. Os parâmetros que seguimos com rigor tem vindo a criar uma imagem de marca única neste segmento. O que podemos continuar a esperar das Conservas Nero de futuro? Para quem não conhece, escolher Conservas Nero é…? Escolher Conservas Nero é encontrar o prazer e o gosto pelo exótico em harmonia. Este é o sentimento que vão poder sempre esperar das nossas conservas. ▪

127 MAIO 2016

IMAGEM ANTIGA


GASTRONOMIA DE EXCELÊNCIA

» RESTAURANTE ÂNFORA / NAU HOTELS & RESORTS Cozinhar para mim é uma paixão, é algo que não me vejo a não fazer. Para mim é um gosto, não um trabalho

Uma cozinha de qualidade “O gosto pela cozinha surgiu de uma forma muito normal…tive de aprender a cozinhar em casa para mim e para o meu irmão. Comecei a achar graça e, mais tarde, a fazer jantares em casa para amigos chegando mesmo a comprar livros de cozinha para aprender algumas técnicas. Em jeito de brincadeira apercebi-me que era a cozinha o que queria para mim”, diz-nos André Lança Cordeiro, Chef do Restaurante Ânfora do hotel Palácio do Governador.

CHEF ANDRÉ LANÇA CORDEIRO

A pontos de vista

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ndré Lança Cordeiro, natural de Oeiras, começou a sua incursão pela gastronomia há cerca de uma década, quando tinha 26 anos, na cozinha da Taberna 2780, de Nuno Barros. “Foi o melhor início que podia ter sonhado. Era um restaurante pequeno com capacidade para 30 pessoas onde servíamos menus de degustação e interpretava as ideias do chef Nuno Barros. Mudávamos o menu todas as semanas pelo que não existia uma rotina monótona, permitindo-me ter contacto com muitos produtos diferentes”, começa por explicar André Lança Cordeiro. Durante os dois anos que esteve na Taberna foi convidado para dar aulas de cozinha no Life-Style Cooking de José Avillez, acabando por estagiar no seu restaurante com a curiosidade de aprender técnicas novas e aprender com outras pessoas. “Abriu-me horizontes para novas ideias, queria aprender mais e viajar. Foi assim que decidi que ia para Paris para frequentar a École de Cuisine Alain Ducasse”, afirma o Chef. De mochila às costas dá início à sua jornada. Antes de frequentar a escola decide aprender primeiro francês pelo que começa a trabalhar no Restaurante Copenhaga, Casa da Dinamarca. “Durante um ano cresci e aprendi bastante. Apurei as bases da cozinha francesa a trabalhar sob pressão e a gestão de uma equipa”, afirma. Começa a frequentar a École de Cuisine Alain Ducasse e, quando acaba o curso é convidado para responsável do Restaurante Copenhaga. “Foi um passo enorme que correu bem, estava inserido numa boa equipa, pois o que vai no prato é resultado do trabalho coletivo. A ideia é do chef mas é interpretado pela sua equipa”, realça o Chef André Lança Cordeiro. Mais tarde recebe o contacto para trabalhar como Chef privado durante um mês em Ibiza. Aceita o desafio e, no final dessa aventura, é convidado para trabalhar no Relais Louis XIII do Chef Manuel Martinez, onde trabalha como Chef pasteleiro. Não tinha experiência em pastelaria, mas aceitou o desafio porque

considera que “todos devemos sair da nossa zona de conforto para evoluirmos”. “Como não queria só pastelaria”, seguiu-se o Lapérouse e, depois, o Au Comte de Gascogne, restaurante especializado na cozinha do sudoeste francês do Chef Henri Charvet. Antes de embarcar na cozinha do Ânfora, André Lança Cordeiro exerceu as funções de Chef residente na Clinique La Prairie, em Montreux, na Suíça. “Sou uma pessoa que me movo por desafios e a adaptação lá fora não foi difícil porque para mim a cozinha não tem barreiras. No entanto, a minha cozinha é um reflexo da minha viagem gastronómica”, realça o Chef André Lança Cordeiro para quem uma cozinha deve apresentar um prato com três texturas diferentes em que todos os ingredientes utilizados devem manter o sabor do produto no final da confeção. Uma cozinha simples, com pouco teor de gordura, mantendo ao máximo as características do produto, evitando que este se torne num prato pesado. “A pessoa deve sentir-se bem e satisfeita no final da refeição, sem aquela sensação de estar cheia e pesada”, afirma o Chef, assegurando que se outrora a cozinha portuguesa era uma cozinha bastante pesada, agora é mais leve e saudável com uma abordagem bastante moderna refletindo um pouco as exigências atuais dos clientes.

A cozinha de autor

A trabalhar no Restaurante Ânfora desde o final de outubro passado, há uma cozinha a que se propõe

fazer: uma cozinha de qualidade. “A aposta que faz sentido neste momento, de acordo com o produto que temos disponível em Portugal, é uma aposta de qualidade, com uma cozinha de sabores frescos e simples. A nossa carta é pequena e é mudada de três em três meses”, explica o Chef André Lança Cordeiro. Passemos à prática e ao reflexo desta viagem do Chef André, falando um pouco dos pratos da sua autoria no Restaurante Ânfora: Como entradas temos o prato de salmão marinado em funcho apresentado, neste momento, com ovas de arenque fumado e salada de cogolho; e a carbonara de lulas com maça granny smith que dá um toque da acidez. Em relação aos pratos de peixe é-nos apresentado um robalo-mar servido com legumes à grega e um risoto de lavagante com piquilhos e crocante tinta de choco. Quanto aos pratos de carne deliciemo-nos com a ideia de um cordeiro confitado servido com tâmara, limão confitado para cortar a gordura do ingrediente principal deste prato e, dependendo da época, acompanhado de legumes ou barriga de porco confitada servido com aipo salteado com trufa e espinafres, acompanhado com puré de batata rate. Terminemos com o pecado da gula: as sobremesas. O mil-folhas com creme pasteleiro ligeiro, mas com sabor intenso a baunilha; a esfera de frutos vermelhos com merengue recheado de sorvet de framboesa; e a frescura de citrinos, chiboust de limão com tangerina e toranja, sorbet de maçã granny e manjericão. ▪


GASTRONOMIA DE EXCELÊNCIA

» O FUNIL, A MELHOR OPÇÃO

OPINIÃO DE SUSANA OLIVEIRA DO RESTAURANTE O FUNIL

A garantia de uma marca com história... O Funil Em março de 1971, nas Avenidas Novas, abriu portas O Funil, restaurante que veio a ser frequentado por várias gerações de famílias adeptas da gastronomia tradicional nacional.

PERFIL

CHEF ANDRÉ RIBEIRO licenciado pela Escola Superior Hotelaria e Turismo do Estoril, com passagem, entre outros, pelo The cliff bay

NO Funil as pessoas sentem-se em casa...

Com 45 anos de existência, com uma nova imagem e, apesar do padrão de consumo ter alterado, n’ O Funil, mais do que um restaurante onde se vai tomar uma refeição fora de casa, ainda é mantido o princípio da preparação de pratos onde se redescobre o prazer e conforto do lar. Esta é uma das experiências oferecidas aos nossos clientes. A atenção dedicada sobretudo às necessidades dos clientes mas também aos sinais de mercado, parcerias com o comércio local, fornecedores da freguesia e de freguesias limítrofes, mercados municipais e produtos regionais de origem, a localização, ocasião de consumo, qualidade da comida e as experiências sensoriais são fatores diferenciadores, concorrenciais e determinantes para o crescimento do projeto. Determinantes para o crescimento do projeto são também os produtos frescos e Nacionais, as presenças regionais e as propostas semanais, de segunda a sexta-feira, para o almoço a preços acessíveis, os petiscos, pratos tradicionais como o bacalhau à Funil, polvo Algarvio à lagareiro, o arroz de tamboril fresco com o seu fígado. O pato confitado com mil folhas de legumes e batata recheada com alheira de caça e as sobremesas, como os gelados artesanais, a tarte de abóbora com semi-frio de requeijão, o bolo de chocolate d’ O Funil, a pera-rocha em vinho do Porto ou o pudim abade de Priscos com fumo de canela.

A diferença da oferta gastronómica acontece por magia... ... na cozinha d’ O Funil!

A empresa aposta na escolha criteriosa da carta de vinhos e na aquisição de produtos frescos e Nacionais, de qualidade superior e, na cozinha do restaurante, que devido à relevância dos ingredientes frescos, maioritariamente da estação e aos métodos de preparação e confecção, transforma a matéria-prima em pratos vibrantes com sabor tão característico. Sob o olhar atento, do chef André Ribeiro, licenciado pela Escola Superior Hotelaria e Turismo do Estoril, com passagem, entre outros, pelo The Cliff Bay, no Funchal onde integrou a equipa de cozinha dos três restaurantes, incluindo o estrela Michelin Il Gallo D’Oro. E, pela cozinha do Omali Lounge Hotel (grupo HBD), em São Tomé.

... e com a atmosfera do serviço!

A aposta da empresa passa também pelas experiências sensoriais e atmosfera do serviço. Tão importante como a oferta gastronómica ou o espaço, a atmosfera do serviço torna as experiências mais enriquecedoras para os nossos clientes. Orientadas e supervisionadas pela chefe de sala, Scheyla Pinho, licenciada em Gestão de Recursos Humanos, sorriso aberto, sempre atenta ao pormenor do ambiente, ao serviço e às experiências sensoriais proporcionadas n’ O Funil, coordenando a equipa de forma exímia e formando com exigência todos os Colegas que com ela trabalham na sala. Empenho, dedicação, polivalência e espírito de equipa são os principais ingredientes da receita de sucesso deste restaurante. Com refere o proprietário “n’ O Funil não existe apenas uma estrela mas sim uma constelação, onde todos têm oportunidade de brilhar“ e fazer brilhar o melhor da nossa gastronomia. O ambiente reconfortante, a simbiose perfeita de ingredientes, aromas, cores e técnicas aliam a gastronomia tradicional portuguesa à experiência sensorial surpreendendo aqueles que visitam O Funil restaurante. O sabor... As experiências... A atmosfera... Os produtos... d’ O Funil- Mais do que um restaurante, uma marca... A garantia de uma marca com história... O Funil. ▪ Saudações Gastronómicas!

129 MAIO 2016

E

m Agosto de 2014 O Funil foi assumido, quase acidentalmente, por um empresário com investimentos em diversas áreas de negócio e, por ele repensado o conceito, modernizando-se, dado que era um imperativo fazê-lo, não só porque estava desajustado, mas também, degradado, trabalho esse, levado a cabo pelos Arquitectos João freire e Inês Morais e pela empresa EUROMIAMI, Lda., especializada em remodelação de espaços similares. A nova equipa, coordenada pela Engenheira Alimentar Susana Ribeiro de Oliveira, mantém-se fiel às virtudes da gastronomia tradicional portuguesa e suas origens mas com apresentação contemporânea. As origens que remontam à abertura d’ O Funil por parte de um conjunto de pessoas, onde se destacava o médico Nefrologista, Filipe Vaz personalidade empreendedora e que muito fez não só pela comunidade médica, auxiliando todas as pessoas que o procuravam… mas também pela gastronomia tradicional portuguesa!


BREVES BREVES marcas

António-Pedro Vasconcelos

É oficial: a Zara já tem tamanho XXL

Sophia de melhor filme para “Amor Impossível”, melhor realização é de Margarida Cardoso

Em resposta aos pedidos dos clientes, a marca de roupa espanhola acaba de ampliar os seus tamanhos disponíveis. Da próxima vez que entrar na Zara já vai encontrar a nova coleção com peças do XS ao XXL. A decisão da marca aconteceu três meses depois de uma jovem ativista ter lançado uma petição pública para que todos os manequins com corpos esqueléticos fossem retirados das lojas e, consequentemente, a Zara (e respetivas marcas do mesmo grupo, como a Bershka, Stradivarius ou a Pull&Bear) passasse a ter tamanhos maiores à venda. A espanhola de 18 anos juntou mais de 100 mil assinaturas e a cadeia de roupa substituiu os seus manequins.

“Amor Impossível”, de António-Pedro Vasconcelos, conquistou o Prémio Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema, para Melhor Filme e Margarida Cardoso, o de Melhor Realizador, por “Yvone Kane”.O filme de António-Pedro Vasconcelos garantiu igualmente os Sophia de Melhor Atriz e de Melhor Ator a Vitória Guerra e José Mata.No conjunto dos principais prémios, o de Melhor Argumento Original foi para João Leitão e Nuria Leon Bernardo, por “Capitão Falcão”, e o de Melhor Montagem, para Edgar Feldman e João Salaviza, por “Montanha”. A atriz Carmen Dolores e o diretor de fotografia Fernando Costa receberam o Prémio Sophia de Carreira.

CHINA

Dados pessoais de poderosos da China foram publicados online Foram publicados no Twitter dados pessoais de algumas das personalidades mais ricas e poderosas da China. Apesar da conta responsável já ter sido apagada, a informação foi copiada e continua a circular entre os internautas. Entre os visados por esta publicação de dados pessoais estão o fundador e presidente da gigante Alibaba, Jack Ma, o arquiteto da ‘Grande Firewall’ que bloqueia conteúdo online estrangeiro, Fang Binxing, entre outros. No que diz respeito aos dados pessoais em si, os responsáveis publicaram informações sobre as datas de nascimento, endereços, habilitações literárias, número de identificação nacional e até estado civil.

Vinte e cinco crianças palestinianas mortas em três meses

pontos de vista

130

A UNICEF registou 25 menores palestinianos mortos durante o último trimestre de 2015 e está preocupada com o número de crianças detidas por Israel, um recorde nos últimos sete anos. Durante os últimos três meses de 2015, “25 crianças palestinianas, entre as quais cinco raparigas, foram mortas e 1.310 feridas na Palestina: 23 crianças (19 rapazes e quatro raparigas) foram mortas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e duas na faixa de Gaza”, indicou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) num relatório sobre aquele período.




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