Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. Março 2017 | EDIÇÃO Nº 63 - Periodicidade Mensal | Venda por Assinatura - 4 Euros
PABLO GARAYALDE e LUIZ BRANCO CEO DA ORONA PORTUGAL
CEO DA SIGMA INCENTIVE
PRAXAIR
JUNTOS CUIDAMOS MELHOR
CONDEXPO
7 A 9 DE ABRIL
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OS EMPRESÁRIOS QUE ESTÃO A INOVAR O SETOR DOS CONDOMÍNIOS EM PORTUGAL
BREVES BREVES
Índia
Nadadoras muçulmanas já podem competir em burkini no Reino Unido em todos os encontros ou eventos nacionais organizados pela ASA”, lê-se nas diretrizes aprovadas esta quinta-feira, no seguimento de um pedido da Fundação do Desporto Feminino Muçulmano. “Este é um passo muito positivo para a natação de competição em Inglaterra e esperamos que encoraje mais pessoas a participar”, disse ao Metro UK o presidente do conselho de administração da ASA, Chris Bostock. Rimla Akhtar, da Fundação Muçulmana de Desporto Feminino, congratula-se com a mudança, assumindo que aumentará a participação das mulheres. Relembre-se que, em França, a proibição do uso de burkinis gerou controvérsia.
Agora é possível às mulheres muçulmanas competir com burkinis em competições amadoras no Reino Unido. Este tipo de indumentária era, até à semana passada, proibido em competições amadoras, uma vez que se considerava que podia otimizar as formas do corpo, melhorando o desempenho dos atletas. A ASA decidiu no sentido inverso e autorizou o seu uso por atletas, desde que os árbitros considerem que o fato em causa não servirá para aumentar o seu desempenho. “Nadadores que usem fatos de banho que cubram o corpo por motivos religiosos ou por aconselhamento médico podem agora competir
ÓSCARES
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pontos de vista
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Damien Chazelle é o melhor realizador mais novo de sempre
Damien Chazelle torna-se no realizador mais jovem de sempre a ganhar o Óscar de Melhor Realizador aos 32 anos de idade com o filme ‘La La Land’. Antes dele, tinha sido Norman Taurog, em 1931, a ganhar o Óscar de Melhor Realizador por ‘Skippy’. Tinha 32 anos e 260 dias. Damien Chazelle conseguiu o feito com 32 anos e 38 dias. O realizador de ‘La La Land’ nunca escondeu o seu amor profundo pela música na sua (ainda) curta lista de trabalhos, com as peripécias de um trompetista em ‘Guy and Madeline on a Park Bench’ (2009), que nunca estreou em Portugal, e a intensa
e suada viagem de um baterista em ‘Whiplash’ (2014), que beneficiou de rasgados elogios e acabou por ganhar três Óscares dos cinco para o qual estava nomeado em 2015. Assim como o faz ‘Hell or High Water’ - outro dos nove filmes destacados pela academia este ano – com o western, ‘La La Land’ pretende reavivar um género a que o público, infelizmente, se desapegou. O filme é uma reverência devota aos musicais clássicos, às suas idiossincrasias artísticas, mas com os dois pés assentes na modernidade (mais ou menos). A história gira em torno de Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling). O caminho dos dois segue o fio condutor de uma comédia romântica, começam por implicar um com o outro até começarem a encontrar os seus pontos comuns. Mia é uma aspirante a atriz que vai mantendo um trabalho fixo atrás do balcão e Sebastian um músico que foi enganado pela sua banda anterior e que procura forma de abrir o seu próprio clube de jazz. O amor que os une desenvolve até chegar a uma encruzilhada
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BURKINIS
A Air India tornou-se no mais recente operador do A320neo, após receber o primeiro de 14 aviões em leasing, provenientes da ALAFCO Aviation Lease and Finance Company. Com esta entrega, a companhia torna-se no primeiro operador indiano dos modelos NEO equipados com motores CFM. O avião entregue à Air India reforça uma frota que conta já com 66 aviões da Família A320. Através de uma rede de 45 fornecedores da India, mais de 6.000 profissionais neste país contribuem direta e indiretamente para todos os programas da Airbus. Atualmente, todos os aviões produzidos pela Airbus são parcialmente construídos na Índia.
DESPORTO
Patrícia Mamona é vice-campeã europeia de triplo salto em pista coberta Patrícia Mamona conquistou, no passado dia 4 de março, a medalha de prata no triplo salto, nos Campeonatos da Europa de pista coberta, que decorrem em Belgrado. A atleta portuguesa conseguiu o seu melhor salto na quinta tentativa, quando chegou aos 14,32 metros, ficando apenas a cinco centímetros da alemã Kristin Gierisch, que conquistou o ouro. Susana Costa, também portuguesa terminou a final no sétimo lugar, com 13,99 metros, a sua melhor marca pessoal.
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Air India é o mais recente operador do A320neo
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Índice DE TEMAS
RAMIREZ & ASSOCIADOS E O FUTURO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO
CRIOESTAMINAL – PRÉMIO CINCO ESTRELAS E ESCOLHA DO CONSUMIDOR
FICHA TÉCNICA
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DIRETOR: Jorge Antunes Editor: Ricardo Andrade Rua Rei Ramiro 870, 5º A 4400 – 281 Vila Nova de Gaia
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42 CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DO SUL Aldeias de Portugal - “Projeto 7 Maravilhas”
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Propriedade, Administração e Autor Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
OPINIÃO DE NUNO CRUZ, ADVOGADO
AMBUSH MARKETING É CONVENIENTE LEGISLAR … Não existe presentemente em Portugal legislação referente ao denominado “ambush marketing” (ou marketing de emboscada). A expressão, como é sabido, designa a estratégia de marketing em que um anunciante, não patrocinador oficial de um determinado evento, faz publicidade usando esse evento para induzir os consumidores a prestarem atenção à sua campanha – ou, mesmo, para desviar a atenção daqueles para a sua campanha, em prejuízo da publicidade feita pelo patrocinador oficial. Tornou-se, na linguagem corrente, um termo pejorativo para significar o “roubo” dos benefícios dos patrocinadores oficiais. É famoso o caso, ocorrido no Mundial de Futebol de 2006, da cervejeira holandesa Bavaria (não patrocinadora do evento), que fez um grupo de adeptos exibir durante um jogo camisolas com a sua marca, sendo que a patrocinadora oficial era a Budweiser.
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Portugal foi um dos pioneiros na implementação de normas proibindo e punindo o “ambush marketing” – muito embora limitadas a um evento desportivo especifico, o Euro 2004. Tratou-se do Decreto-Lei nº 86/2004, de 17 de abril, que teve, entre outras, a finalidade de “criar instrumentos que permitem reagir contra quem, por qualquer meio e não estando autorizado a associar as suas marcas (…) a este evento, o possa desprestigiar ou dele se possa aproveitar para, indevidamente, obter a mesma visibilidade e os benefícios promocionais conferidos aos patrocinadores oficiais”. A proibição do “ambush marketing” constava do artigo 4º deste Decreto-Lei, dispondo o nº 1 a proibição do uso, por entidade não autorizada, de qualquer sinal distintivo “que sugira ou crie a falsa impressão de que está autorizada ou que está, de alguma forma associada ao evento”. O nº 2 do artigo ampliava essa proibição aos “casos em que a promoção de produto, serviços ou estabelecimentos por entidade que, (…) ainda que reconhecendo não estar associada ao Euro 2004, seja, ainda assim, passível
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
O artigo 5º estabelecia o correspondente regime contraordenacional. Findo o Euro 2004, as referidas normas deixaram, naturalmente, de ter qualquer aplicação. É de notar que, em duas das suas decisões, o Tribunal Constitucional pronunciou-se no sentido de que aquelas disposições do Decreto-Lei nº 86/2004 não violavam quaisquer princípios ou normas constitucionais. Foram posteriormente apreciados pelo ICAP (o Instituto Civil de Autodisciplina da Comunicação Comercial) alguns casos claros de “ambush marketing”. Um deles, ocorrido durante o Mundial de Futebol de 2010, envolveu a empresa de aparelhoselectrónicos X (não patrocinadora do evento), que lançou uma campanha intitulada “Promoção X Futebol em Portugal”, em que se usava o slogan “Se Portugal ganhar você também ganha” e em que se veiculava a promoção “Compre o portátil X ou um televisor X e nós oferecemos se Portugal for campeão”. Noutro caso, ocorrido durante o Mundial de Futebol de 2014, a empresa de hipermercados Y (não patrocinadora deste evento) lançou a campanha “Venha e jogue com Portugal”, oferecendo descontos em função de compras realizadas entre determinadas datas e dos resultados obtidos pela equipa portuguesa nesse campeonato. Noutro caso ainda, sucedido igualmente no Mundial de 2010, a empresa de hipermercados Z (não patrocinadora do evento), lançou a campanha “Z Patrocinador da Poupança Nacional”, que integrava um concurso intitulado “Por Portugal – Sorteio no Mundial”. Em todos esses casos, o Júri de Ética do ICAP, embora reconhecendo que as campanhas dos denunciados haviam criado “uma associação com o momento do campeonato mundial de futebol“ e “com a prestação da Seleção Nacional nesse campeonato”, deliberou no sentido de não existir em Portugal base legal para a proibição dessas práticas de marketing. Nestas decisões, recordou-se que haviam deixado de vigorar as normas do supracitado DL nº 86/2004, que proibiram o “ambush marketing” durante o Euro 2004, pelo que inexistia, do ponto de vista legal ou de ética publicitária, um alargamento da proteção dos patrocinadores ou restrição à publicidade de objetos patrocinados diferente dos limites impostos pelas leis de concorrência e de conduta. Naquelas decisões, considerou-se igualmente não ser aplicável a esses casos as normas do Código de Conduta do ICAP referentes ao “embuste do objeto de patrocínio” (os artigos B2 e B8), por “ausência de uma conduta dolosa”, ou seja, “não resultar manifestamente a intencionalidade de dar a entender que se patrocina a comunicação comercial em apreço”. Lê-se, numa das decisões, que a
mensagem comercial fora “cautelar, cirurgicamente, colocada nas margens, limites, do legalmente admissível”. Mais recentemente, em julho de 2016, o JE do ICAP tomou uma decisão em sentido diferente, num caso em tudo idêntico aos três acima descritos. Esse processo envolveu duas empresas cervejeiras nacionais, durante o Euro 2016, em que a cerveja X da denunciada era patrocinadora oficial da fase final do campeonato (mas não da Seleção Nacional de Futebol) e a queixosa era patrocinadora da Seleção Nacional. Em causa estava a comunicação comercial em que a denunciada usava, entre outros elementos, o slogan “Provavelmente a melhor equipa do mundo” e as cores nacionais. Neste outro caso, o JE considerou que essa campanha criava “uma associação clara, porém ilícita, da (cerveja X) à seleção nacional de futebol e à sua participação no Euro 2016, dando a entender que a (cerveja X) é a cerveja oficial da Seleção Nacional”, e que o slogan está “cirurgicamente colocado para além das margens ou limites do eticamente admissível”, traduzindo “um embuste de um bem sob patrocínio praticado através de publicidade enganosa quanto à qualidade e estatuto de um anunciante, bem como um caso de violação do princípio da livre e leal concorrência”, decidindo ser essa comunicação desconforme com o disposto no Código de Conduta do ICAP e no Código da Publicidade. Esta última decisão do ICAP poderia levar a concluir pela suficiência do existente quadro legal e ético, para regular o “ambush marketing”. Mantém-se contudo, salvo melhor opinião, a necessidade de criar um normativo legal relativo a esta questão – agora, de alcance geral. Pronunciaram-se sobre este tema duas das mais prestigiadas associações internacionais no âmbito da Propriedade Intelectual: a AIPPI e a INTA. Ambas as associações, entre os vários princípios que entendem dever nortear a criação de leis sobre o “ambush marketing”, referem precisamente o de que proteção conferida aos patrocinadores deverá ser limitada no tempo – um determinado período antes e após a duração dos eventos a que sejam aplicáveis. Não obstante essa e outras recomendações de prudência por parte da AIPPI e da INTA, o “ambush marketing” prejudica seriamente quem investe na contratação de patrocínios, preocupando também várias entidades em Portugal, como o Comité Olímpico de Portugal (COP), a Federação Portuguesa de Futebol e o próprio ICAP (a FPF e o ICAP celebraram mesmo, em 1 de junho de 2010, um “Protocolo em matéria de “Ambush Marketing”). As normas legais referentes ao “ambush marketing” poderiam ser integradas nas disposições que proibem a concorrência desleal – ou, talvez mais apropriadamente, no Código da Publicidade. ▪
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de criar um risco de associação ao evento ou às respetivas entidades promotoras, independentemente do local ou momento em que ocorrem”.
DIREITO & JUSTIÇA
OPINIÃO DE Manuel Ramirez Fernandes, Partner da RAMIREZ & ASSOCIADOS, Sociedade de Advogados RL
RELAÇÕES DE TRABALHO: QUE FUTURO? A nível socioeconómico, o emprego deixou de ser um objetivo a prosseguir depois de se atingir a sustentabilidade das contas públicas, para ser, ele próprio, uma condição para essa mesma sustentabilidade. O “emprego” é, cada vez mais, a palavra-chave.
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as a política governativa europeia tem manifestado sinais contraditórios relativamente ao caminho a prosseguir para atingir esse objetivo. Em França, em 2006, o Parlamento analisou um projeto do governo francês de criar um novo contrato de trabalho, especialmente desenhado para jovens, que denominou “Contrato Primeiro Emprego” – CPE. A criação do CPE, no essencial, pretendia possibilitar aos jovens menores de 26 anos um contrato de trabalho com um período de experiência de dois anos, durante o qual o empregador poderia despedir o trabalhador livremente, sem necessidade de justa causa. Esta proposta gerou grande contestação sindical e estudantil em França, e levou o governo a abandonar o projeto inicial. Em março de 2016, o Governo Italiano criou um novo tipo de contrato de trabalho denominado “Contrato de Tutela Crescente” (Contrato a Tutele Crescenti). Este novo tipo contratual assenta num
modelo em que ao empregador é permitido o despedimento do trabalhador por motivos puramente económicos ligados ao seu interesse, mas onde terá de pagar ao trabalhador uma indemnização igual a dois meses de salário por cada ano de antiguidade na empresa, com um mínimo de quatro meses e um máximo de 24 meses. Esta forma de cessação contratual permitiria ao empregador o ajustamento do volume de emprego por motivos exclusivamente ligados ao seu interesse e às suas necessidades, tendo que suportar, em contrapartida, o pagamento de uma indemnização que cresceria com a antiguidade do trabalhador. Em Inglaterra foi concebido o conceito de “Contrato zero horas”, procurando encontrar uma forma de flexibilidade da utilização dos trabalhadores pelas empresas, para acorrer a necessidades temporárias e imediatas de mão-de obra, picos de produção ou temporadas com grande necessidade de trabalho. A lei inglesa não define o que se deve entender
por “contrato zero horas”, mas, no essencial, deve entender-se que é um contrato e trabalho entre um empregador e um trabalhador, onde aquele não está obrigado a dar ao trabalhador qualquer mínimo de horas de trabalho semanal, chamando-o para trabalhar unicamente quando necessita. O exemplo espanhol parece ser mais realista e digno de análise. Em 2007 foi publicada a Lei do Estatuto do Trabalho Autónomo - LETA). A LETA define trabalhador autónomo dependente como aquele que realiza uma atividade económica ou profissional a título lucrativo, de forma habitual, pessoal, direta e predominantemente para uma pessoa singular ou coletiva, denominada cliente, de que depende economicamente por receber dele, pelo menos, 75% dos seus rendimentos do trabalho e de atividades económicas ou profissionais. Em Portugal, para combater a chamada “precariedade laboral”, a alteração mais relevante ocorreu em agosto de 2013, quando foi publicada uma
Poder - se - ia também re f ormar e alargar o ti p o contratual do trabalho intermitente, para que este possa ser mais flexível e abranger mais setores da economia, uma vez que o regime atual leva a que a sua utilização esteja, quase na sua totalidade, confinada à sazonalidade das atividades ligadas ao turismo ria penal. Com a agravante de que, no foro laboral, este tipo de processo correrá sob a égide de uma espécie de “princípio da presunção de culpabilidade” do empregador, uma vez que o Estado, na qualidade de “autor” desta ação, irá beneficiar da dinâmica protetora que a lei substantiva confere ao trabalhador, e que nunca foi pensada para beneficiar o Estado. Cabe perguntar: em Portugal será necessário criar novos tipos de contrato de trabalho como forma de promoção do emprego, cronicamente marcado por um elevado volume de trabalhadores contratados a termo, sem segurança no emprego, e elegendo os trabalhadores jovens como aqueles mais sujeitos à insegurança e aos riscos decorrentes da evolução do estado geral da economia? Somos da opinião que os modelos contratuais atuais de teletrabalho e de trabalho a tempo parcial estão “subaproveitados” pelos empregadores, não estando a ser usados na sua capacidade plena como formas de flexibilização e de ajustamento do tempo de trabalho às necessidades das empresas. Assistimos recentemente a uma pequena reforma do modelo legal de teletrabalho, aplicável não só
às relações privadas de emprego como também às públicas: os trabalhadores com filhos até 3 anos de idade podem pedir para trabalhar partir de casa, quando o trabalho a executar seja compatível com a atividade desempenhada e a entidade patronal disponha de recursos e meios para o efeito. Poder-se-ia também reformar e alargar o tipo contratual do trabalho intermitente, para que este possa ser mais flexível e abranger mais setores da economia, uma vez que o regime atual leva a que a sua utilização esteja, quase na sua totalidade, confinada à sazonalidade das atividades ligadas ao turismo. O que não devemos fazer é combater as evoluções verificadas na economia e nas formas de prestação de trabalho com a criação de uma ação que “criminaliza” processualmente o empregador e cria, no direito do trabalho, uma espécie de “princípio do tratamento mais favorável do Estado”. ▪ Manuel Ramirez Fernandes Advogado Especialista em Direito do Trabalho RAMIREZ & ASSOCIADOS – Sociedade Profissional de Advogados, RL
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lei que instituiu novos mecanismos de combate à utilização indevida do contrato de prestação de serviços em relações de trabalho subordinado. Não obstante ter na sua origem (e principal pedido) uma matéria que é das mais fluidas e complexas do direito do trabalho (a da qualificação do próprio contrato), com uma essência e origem puramente privada ou particular, esta origem não desinibiu o legislador de ver nela uma virtualidade de prossecução de interesses públicos, que a jurisprudência recente tratou de consolidar (o combate aos “recibos verdes” fraudulentos, à precariedade laboral e à defesa das contribuições devidas à Segurança Social). Esta nova ação (Ação de Reconhecimento de Existência de Contrato de Trabalho -ARECT) passou a tramitar de forma oficiosa, dispensando, “in limine”, a presença e intervenção do trabalhador. O trabalhador foi processualmente subalternizado a um posicionamento com paralelismo no estatuto do assistente em processo penal. O autor na ARECT passou ser o Estado, representado pelo Ministério Público, e não o trabalhador. Se o trabalhador pretender desistir ou transacionar no âmbito desta ação, não terá legitimidade para tal. No nosso entender, o legislador tratou o que é juridicamente complexo de forma demasiado simples e leviana. Deixou nas mãos dos magistrados judiciais laborais o tremendo o ónus de tomar uma decisão sem possibilidade de proceder a uma análise serena e ponderada. Num caminho empedrado, inclinado, com pouca visibilidade, muito sinuoso e onde entroncam outras vias e caminhos, que aconselha uma condução muito defensiva e cuidadosa, o legislador impôs uma condução em manifesto “excesso de velocidade” … A natureza de ação oficiosa da ARECT, a autonomia de atuação do MP e a atuação judicial sob a égide do princípio do inquisitório, típica do foro de competência especializada laboral, passam a tratar o empregador como um autêntico “arguido” e não como réu, impondo uma lógica processual que não é consentânea com um “processo de partes”, mas com o modelo público de estrutura acusató-
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NUM ÚNICO ESPAÇO, SERVIÇOS E SOLUÇÕES PARA O SEU CONDOMÍNIO
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Luiz Branco, CEO da SIGMA Incentive e Pablo Garayalde, CEO da Orona Portugal, dois players de renome no mercado, explicam, em grande entrevista à Revista Pontos de Vista, o que representa e que impacto terá para o setor dos condomínios o 1º Salão Nacional de Soluções para Condomínios – CONDEXPO. Trata-se de um mercado que hoje, em Portugal, movimenta mais de 900 milhões de euros, possui aproximandamente 250 mil edifícios, dos quais 50% necessitam de obras de manutenção ou reabilitação, onde vive um terço da população do país.
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LUIZ BRANCO
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om mais de 25 anos no mercado, a Sigma é hoje considerada uma das empresas internacionais mais completas do setor. Como se apresenta a Sigma no mercado e o que a diferencia dos demais do setor? Luiz Branco (LB) A Sigma Incentive nasceu como uma empresa de promoção e organização de feiras e congressos há mais de 25 anos no Brasil, e durante esse tempo já coordenámos mais de 80 grandes eventos, que somam aproximadamente 1800 expositores, mais de um milhão de visitantes e compradores nas nossas feiras e congressos, gerando mais de doi biliões em negócios. Em Portugal, já atuamos há nove anos e hoje somos uma empresa M.I.C.E., uma sigla internacional que significa Meetings (reuniões), Incentive (incentivos), Conferences (conferências e congressos) e Exhibitions (feiras e eventos). O nosso diferencial é que, ao contrário do mercado que trabalha nessas quatro vertentes, a Sigma Incentive também promove e organiza as próprias feiras, o que nos dá uma grande vantagem competitiva e possibilita um crescimento anual na ordem dos 20%.
Com profissionais especializados em diferentes áreas como business consulting, planeameto, marketing e comunicação, a Sigma garante o sucesso total nas iniciativas dos seus clientes e na promoção e organi-
serão lançados produtos, será demonstrada uma larga gama de serviços e teremos vários setores representados como dos elevadores, segurança, portaria, informática, remodelação, pintura e obras em geral, administração de condomínios
luiz branco
zação de feiras e congressos, convenções e eventos corporativos. A sua experiência internacional tem sido o fator-chave para a consolidação da empresa no mercado? LB Sim, com certeza a nossa experiência com eventos internacionais é um dos principais fatores de sucesso da empresa uma vez que, para além de Portugal, já realizámos eventos, congressos e feiras em vários países como Inglaterra, China, Índia, EUA, Brasil, Alemanha, entre outros. Isso dá-nos uma visão globalizada que favorece as ações e operações que temos em vários eventos MICE. Também gostamos de oferecer soluções “chave na mão” aos nossos clientes e parceiros. Trabalhamos em conjunto e focados no objetivo de cada expositor das nossas feiras, promovendo e gerando negócios, além de capacitar pessoas e empresas. Organizada pela Sigma Incentive, de 7 a 9 de Abril de 2017, Lisboa recebe o primeiro e maior evento da área dos condomínios do país, a CONDEXPO – Salão Nacional de Soluções para Condomínios. Porquê a necessidade de organizar este evento? LB Trabalhar os nichos de mercado é uma tendência no mercado das feiras, ou seja, cada vez mais o foco é importante, pois conseguimos oferecer mais resultados ao setor. No caso do setor dos condomínios não foi diferente, pois identificámos que ainda não
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PABLO GARAYALDE
Em parceria com a APEGAC, esta feira profissional para o setor condominial, conta, ainda, com o patrocínio da ORONA, Loja do Condomínio, LuzBoa e Associação de Proprietários Lisbonenses. Qual é o conceito da CONDEXPO? LB O conceito da Condexpo é reunir num único espaço as mais expressivas empresas fornecedoras de produtos e serviços com soluções para os condomínios. Serão lançados produtos, será demonstrada uma larga gama de serviços e teremos vários setores representados como dos elevadores, segurança, portaria, informática, remodelação, pintura e obras em geral, administração de condomínios, entre outros.
este evento poderá contribuir de uma forma única para aumentar o profissionalismo e a qualidade dos serviços prestados nos condomónios pablo garayalde
Trata-se do maior e mais importante evento nacional para proprietários de imóveis, prestadores de serviços, fornecedores e empresas de gestão e administração na área de condomínios. O que pretende a Sigma com a organização da CONDEXPO? LB A Sigma Incentive pretende dinamizar e movimentar os negócios do setor dos condomínios de forma estruturada e principalmente INOVADORA, sempre com o apoio da associação do setor, a APEGAC (Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios), e assim promover o seu crescimento substancial e possibilitar o acesso ao mercado às mais variadas empresas. Iremos ter ainda uma fantástica agenda de palestras com informações fundamentais e com as novas tendências para os condomínios. A Orona é patrocinador oficial da CONDEXPO. O que significa o primeiro e maior evento da área dos condomínios do país? Pablo Garayalde (PG) A CONDEXPO será um elemento potenciador na atividade dos condomínios. Trata-se de um setor de grande dimensão, em crescimento, e onde o profissionalismo e a qualidade dos serviços prestados pelas empresas é essencial. A CONDEXPO tornará fácil a aproximação destes profissionais aos condomínios de uma forma distinta, permitindo que esta se torne uma referência para o setor no futuro.
13 março 2017
existia uma feira profissional que fizesse uma interligação das várias frentes, principalmente de negócio, para um mercado que hoje em Portugal, movimenta mais de 900 milhões de euros, possui aproximandamente 250 mil edifícios, dos quais 50% necessitam de obras de manutenção ou reabilitação, onde vive um terço da população do país. Conta ainda com 2500 empresas na área de administração de condomínios. E é neste contexto que surge a Condexpo, uma feira inédita e única para a promoção comercial e institucional para o setor dos condomínios, focada nos gestores e administradores e também nos fornecedores.
TEMA DE CAPA
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Profissionais especializados em diferentes áreas, como business consulting, planeamento, marketing e comunicação, bem como viagens de incentivo e missões empresariais, ou ainda, estratégia comercial e operacional. A Sigma Incentive envolve-se em cada etapa do projeto, garantindo assim o sucesso total nas iniciativas dos seus clientes e na promoção e organização de feiras e congressos, convenções e eventos corporativos.
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Grupo líder no mercado europeu e de prestígio internacional. Desenvolve soluções de mobilidade: elevadores, escadas mecânicas, rampas e tapetes rolantes. O Grupo Orona é formado por mais de 30 empresas em Espanha, França, Portugal, Reino Unido, Irlanda, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Noruega e Brasil. É nº 1 em capacidade produtiva de elevadores completos na Europa. Um em cada dez elevadores novos na Europa é Orona e mais de cem países instalam produtos Orona.
EVENTO REALIZADOS PELA SIGMA INCENTIVE
equipa sigma incentive
Porque decidiu a Orona abraçar este evento como patrocinador oficial? PG Os elevadores, mais concretamente o seu bom funcionamento, são um elemento essencial dos edifícios atuais e, como tal, pensamos que a nossa participação na CONDEXPO deveria ser equivalente à importância da Orona no setor da elevação em Portugal, daí nos assumirmos como patrocinadores oficiais. Aproveitando para abordar o nosso setor, a Orona ao longo dos anos tem vindo a transformar-se numa referência, quer em Portugal, quer na Europa, sector da Elevação, tendo este posicionamento cada vez mais forte impulsionado o patrocínio à CONDEXPO. A CONDEXPO será composta por representantes dos vários setores aumentando assim a possibilidade de estabelecer parcerias
entre os mais diversos serviços dos vários expositores. Quais são as expetativas do evento? PG É sempre interessante verificar que produtos ou serviços estão a aparecer nos mercados próximos, mas as nossas expetativas estão focadas para o nosso próprio mercado, nomeadamente, para os clientes, atuais ou potenciais, quer sejam administrações profissionais ou condóminos. Procuramos responder de uma forma cada vez mais eficiente às crescentes necessidades no nosso setor, quer em termos de serviço de manutenção, quer na modernização/substituição de equipamentos, seja por necessidade técnica, dos utilizadores, ou para melhoria das acessibilidades existentes. Trata-se de uma mostra dos principais
setores tecnológicos e de equipamentos, e o seu potencial universo comercial. Era urgente a organização de um evento deste género? PG Como tive oportunidade de referir anteriormente, este evento poderá contribuir de uma forma única para aumentar o profissionalismo e a qualidade dos serviços prestados nos Condomínios. Não diria que seria urgente, pois com o volume de informação disponível a qualquer um, serviços e produtos de qualidade poderiam ser encontrados, com maior ou menor dificuldade. A CONDEXPO permitirá reunir num mesmo local um grande número de profissionais, de diversas áreas, focados na prestação de serviços de qualidade a condomínios, pelo que esperamos que se torne um elemento essencial para a gestão dos condomínios. ▪
De 7 a 9 de Abril de 2017, Lisboa recebe o 1º e maior evento da área dos condomínios do país
CONDEXPO
Na CONDEXPO vai ter a oportunidade de fazer num dos auditórios, ações de formação, alargando assim os conhecimentos com base na experiência dos bons profissionais nas diversas áreas. - Workshops - Painéis empresariais - Palestras Internacionais - Seminários - Ted-Talks
das11h às 19h
Os Eventos Paralelos oferecem aos participantes o contato com outros cenários e outras realidades, que somadas ao nosso quotidiano se transformam em aprendizagem. Esta aprendizagem ganha uma dimensão ainda maior quando vista da perspetiva da troca de experiências e da cooperação, fornecendo assim elementos técnicos para o setor.
Alguns eventos
7 de abril Workshop Internacional Administração de Condomínios Portugal/ Espanha/Brasil (12h-14h) 7 de abril Workshop Projeto para uma reforma Legislativa Cód. Civil - Propriedade Horizontal APEGAC (15h30-18h00) 8 de abril Seminário Gestão da Manutenção e Reabilitação Urbana- CES/FEUP (12h-14h) 9 de abril Worshop Seguros Multiriscos Riscos sísmicos (15h-17h)
15 março 2017
A CONDEXPO – Salão Nacional de Soluções para Condomínios irá realizar-se no pavilhão de eventos do Centro de Congressos de Lisboa. É o local ideal para acolher o certame da CONDEXPO, porque promove contactos de negócio, concebendo, desenvolvendo, comercializando e organizando Feiras de âmbito regional, nacional e internacional, contribuindo para o desenvolvimento do tecido económico e da economia nacional, em estreita articulação com as entidades e políticas públicas de apoio às empresas e as estruturas associativas empresariais.
CONDEXPO: 1º SALÃO NACIONAL DE SOLUÇÕES PARA CONDOMÍNIOS
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ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS REQUER DECISÕES COM CONHECIMENTO DE CAUSA Em Portugal mais de quatro milhões de pessoas, cerca de 40% da população, vive em ambiente de condomínio, uma situação que alimenta um setor com cerca de 1.500 empresas. Em conversa com a Condomínio ao Cubo, as questões que se colocaram foram: sabem as pessoas viver em condomínio? O que é ser condómino? Rui Ribeiro, Sérgio Rocha e Vera Bessa, Sócios-Gerentes da Condomínio ao Cubo respondem-nos a estas e outras questões.
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balhar com o mesmo código de atividade, mas não existem 1.500 empresas a praticar uma administração completamente profissional. Qualquer pessoa pode decidir com facilidade abrir uma empresa para administrar condomínios, no entanto, tem de ter a plena noção de que não é tão simples quanto aparenta ser”, adiantam os entrevistados. A Condomínio ao Cubo tem essa preocupação de prestar um serviço complexo. “Não somos engenheiros nem advogados, por isso temos de trabalhar em parceria com quem o é, com os profissionais das áreas que uma administração de condomínios implica”, afirmam. Com cinco escritórios abertos no Grande Porto e a atuar em seis distritos, a Condomínio ao Cubo presta serviços no âmbito de organização do condomínio, serviços administrativos, acompanhamento e manutenção. Abrange um departamento de contencioso constituído por advogados e solicitadores, um departamento de reabilitação composto por engenheiros civis, um departamento de manutenção que atua de acordo com as características próprias de cada um dos edifícios administrados e com capacidade de resposta aos processos de manutenção reativa. “Temos de perceber que cada edifício é um edifício. Com características próprias e com condóminos com contextos sociais diferentes. Pelo que as soluções aplicadas têm, dentro do possível, ir ao
17 março 2017
A
Condomínio ao Cubo – Administração de Condomínios, Lda – é uma empresa vocacionada para a administração de propriedades, tanto na vertente de administração de condóminos como na gestão de frações e/ou arrendados, que se encontra num processo de expansão contínua da sua atividade. Quando questionados sobre qual é o maior desafio neste setor, Rui Ribeiro e Sérgio Rocha são unânimes na resposta: o papel do administrador. A administração de condomínios exige conhecimento de causa. “O papel do administrador existe para zelar pelo bem comum e pela valorização da área comum a todos. É nossa obrigação explicar às pessoas o que é ser condómino, o que é viver em copropriedade e as responsabilidades que isso implica”. Para Rui Ribeiro e Sérgio Rocha a falta de regulamentação do setor assume-se como um problema que urge de atenção. No entanto, antes da regulamentação é necessário cumprir aquilo que existe. “Temos de cumprir o código civil. Se não temos o cuidado de observar e de trabalhar com base naquilo que o código civil define, como é que vamos para o mercado alegar que é preciso regulamentar a atividade?”, referem. Outro fator que se apresenta como um entrave para o bom exercício desta atividade é o facto de não existir formação específica para administração de condomínios. “O problema do nosso setor é que existem 1.500 empresas a tra-
EQUIPA CONDOMÍNIO AO CUBO
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diferente e passe a ser mais na ótica do serviço online. Nos próximos anos este setor passará muito por trabalhar tendo por base as tecnologias. Por isso mesmo a Condomínio ao Cubo está a preparar-se para lançar uma ferramenta online que permitirá ao condómino uma gestão mais fácil, rápida e cómoda. Terá acesso em tempo real aos movimentos do condomínio, às despesas ou à validação das compras. “Pretendemos incentivar o espírito de responsabilidade partilhada, essencial para uma boa administração, preservação e valorização do património”, mencionam os nossos interlocutores.
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encontro da capacidade dos condóminos de cada edifício administrado pela Condomínio ao Cubo. Temos de estar rodeados de profissionais de diferentes áreas competentes”, avançam Rui Ribeiro e Sérgio Rocha. Um administrador de condomínios também tem de saber ser um psicólogo, um gestor de pessoas e de conflitos. E esta é uma preocupação constante da empresa, garantir a satisfação de todos os condóminos, evitar e resolver qualquer conflito atempadamente. “É preciso ter noção que há uma panóplia de gestão de conflitos inerente à atividade e a administração de condomínios é um conjunto de áreas interligadas que exige o desenvolvimento de várias competências”. A administração praticada pela Condomínio ao Cubo é uma administração transparente e profissional. “É necessário perceber que o país tem uma construção antiga que urge de manutenção e reabilitação. Temos de ter a frontalidade de explicar aos condóminos de um edifício, após um estudo e levantamento de dados, o que está mal e que a manutenção tem de ser feita para não deixarmos o edifício degradar-se. Atuamos de forma a valorizar e preservar a área comum dos nossos condóminos”, afirmam os sócios-gerentes da empresa. Mais do que palavras, a Condomínio ao Cubo dá relevo às ações e atitudes que se refletem no desempenho da sua equipa e se traduzem num feedback de contentamento por parte dos condomínios e da renovação de confiança que é conferida ano após ano, em todos os seus edifícios. O lema da empresa é, por isso mesmo, “a relação, que fazemos questão de manter, com cada condómino, com cada família, baseada na proximidade, transparência, honestidade e respeito é uma característica que se estende a toda a nossa equipa e acreditamos convictamente que faz
Um administrador de condomínios também tem de saber ser um psicólogo, um gestor de pessoas e de conflitos. E esta é uma preocupação constante da empresa, garantir a satisfação de todos os condóminos, evitar e resolver qualquer conflito atempadamente
parte integrante do fator que nos diferencia no mercado”. A Condomínio ao Cubo tem sido, inclusive, solicitada por parte de diversos condomínios para atuar na recuperação financeira do condomínio. São processos morosos, mas que têm tido uma taxa de eficácia bastante positiva da nossa parte. Até que ponto o mercado valoriza ou não a proximidade ao condómino? Sérgio Rocha explica-nos que a Condomínio ao Cubo tem procurado constantemente dar uma resposta rápida e eficaz mantendo uma relação de proximidade com o condómino. Cada vez mais com as novas tecnologias prevê-se que o caminho a seguir neste setor seja
“É importante que a sociedade comece a reconhecer a administração de condomínios” De 7 a 9 de abril de 2017, Lisboa recebe o primeiro e maior evento da área dos condomínios do país, a CONDEXPO – Salão Nacional de Soluções para Condomínios. A CONDEXPO será composta por representantes dos vários setores aumentando assim a possibilidade de estabelecer parcerias entre os mais diversos serviços dos vários expositores. Trata-se do maior e mais importante evento nacional para proprietários de imóveis, prestadores de serviços, fornecedores e empresas de gestão e administração na área de condomínios. Para a Condomínio ao Cubo este evento representa um passo para a sociedade começar a reconhecer esta área de negócio como uma atividade profissional que é a administração de condomínios. “A Condexpo vem valorizar-nos e permitir ter uma partilha de conhecimento técnico e de competências transversais a nível nacional. Iremos perceber o que temos, com o que podemos contar e que soluções é que podemos apresentar. Será um evento enriquecedor onde poderemos ter a possibilidade de partilhar experiências e conhecer novas formas de trabalhar no mercado de condomínio”, adianta Sérgio Rocha. Mais do que para o consumidor final, o condómino, a Condexpo é um evento para as empresas de administração de condomínios e “será uma mais-valia, pois o nosso setor não é assim tão linear e carece de conhecimento de causa”, conclui Sérgio Rocha. De que forma é que a Condomínio ao Cubo tem vindo a marcar a diferença no mercado perante a concorrência? Vera Bessa elucida-nos que a Condomínio ao Cubo desenvolve a sua diferenciação no mercado de administração de Condomínios em distintos vetores, certificação na norma de serviços ISSO 9001, o que nos permite ter uma estrutura dotada de diferentes protocolos, com metodologias de trabalho específicas e procedimentos coesos no tratamento da informação. Na gestão e recuperação de dívidas de condóminos dispomos de procedimentos de identificação e tratamento de controlo de valores que permite uma recuperação eficaz e eficiente. Nos processos de reabilitação há, por vezes, uma enorme dificuldade em aprovação de obras de reabilitação atendendo em grande parte dos casos à conjuntura económica/ financeira e tendo essa consciência a Condomínio ao Cubo procura obter respostas sustentáveis e parcerias no mercado que possibilitem condições de pagamento adequadas a cada processo de reabilitação viabilizando a valorização do património dos diferentes intervenientes. ▪
BREVES BREVES
TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
controlar. O que se consegue com óculos de realidade virtual é, por exemplo, colocar quem não consegue falar em público no ambiente de uma sala cheia de gente. O diretor da empresa lituana Telesoftas disse à agência Efe que usar esta tecnologia põe estas terapias num novo patamar, conseguindo tornar visível o que até agora eram exercícios de imaginação sugeridos aos pacientes. Outra empresa, a catalã Psious, lançou-se nas aplicações terapêuticas da realidade virtual porque um dos seus trabalhadores sofria de fobia de andar de avião.
Nokia 3310 está de volta Lembra-se do famoso jogo Snake? O icónico telemóvel chega às lojas no segundo trimestre de 2017 e vai custar 49 euros. O regresso do Nokia 3310 já não é um sonho para todos aqueles que gostavam de ter de novo o “telemóvel indestrutível”. Este domingo, a Nokia e a HMD Global apresentaram a nova versão do icónico telemóvel que inclui o famoso jogo Snake. Muito semelhante à versão original, o novo 3310 vai ter um ecrã de 2.4 polegadas, uma câmara de 2MP e será possível navegar na Internet através do Opera Mini. O grande trunfo deste telemóvel é a bateria: 22 horas de conversação seguidas ou um mês caso fique em modo stand by. FOTO: direitos reservados
Os óculos de realidade virtual podem ser usados para trabalhar problemas mentais e várias empresas estão a criar aplicações de saúde mental para ajudar a curar fobias, dependências ou ansiedade. Apresentada no congresso mundial de tecnologia móvel que termina hoje em Barcelona, a tecnologia usa os dispositivos criados principalmente para jogos e vira-os para o tratamento de fobias e outros problemas num ambiente seguro. Uma das técnicas da psicoterapia cognitiva é confrontar quem sobre de fobias com aquilo que lhe provoca medo, mas num ambiente virtual, fácil de
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Quer curar fobias, dependências ou ansiedade? Realidade virtual pode ser solução
ROBOTS
Inteligência humana será ultrapassada por robots em 30 anos 19 março 2017
inteligência’ ultrapassará os seres humanos numa conferência durante o Mobile World Congress, em Barcelona. “Acredito totalmente neste conceito. Nos próximos 30 anos será uma realidade”, afirmou Son. “Acredito mesmo que está para vir, é por isso que estou com pressa, a reunir dinheiro para investir. [Esta ‘superintelligência’] será muito mais capaz que nós. Qual será o nosso papel? O que será da nossa vida? Temos de colocar estas questões filosóficas. Será bom ou mau?”.
FOTO: direitos reservados
O CEO da SoftBank notou porém que será necessário garantir que esta ‘superinteligência’ será benéfica para os seres humanos. Dentro da área tecnológica há quem não tenha problemas em afirmar que a inteligência artificial ultrapassará no futuro a inteligência humana. O CEO da SoftBank, Masayoshi Son, é um deles e adianta até que o momento acontecerá no espaço de 30 anos. Son partilhou a sua ideia de quando uma ‘super-
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História da Queen Elizabeth’s School Fundação Denise Lester
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OS três PRIMEIROS alunos do qes Rua Saraviva de Carvalho 1936
m 1935 Miss Denise Lester, O. B. E. começou a Queen Elizabeth’s School em Lisboa para dar a instrução Primária com preparação para os exames oficiais a crianças portuguesas de 5 a 10 anos, onde as crianças em paralelo com o Ensino Oficial aprenderiam inglês e ganhariam uma base de formação inglesa sem perderem em nada as suas características nacionais. Uma forma genuína de fortalecer a amizade Luso-Britânica. Miss Lester começou sem capital mas o Sr. e a Sr.ª Fortunato Abecassis emprestaram generosamente uma grande sala e o seu jardim. Em 1936 a Escola foi oficialmente reconhecida pelo Ministro da Educação Nacional. Em 1938 tinha novas instalações na Travessa Moinho de Vento e de novo em 1940 na Rua da Quintinha. O British Council depois de uma visita do Lord Lloyd em 1938 concedeu um subsídio de £100 mais tarde aumentado para £500 durante a guerra 1939/45 e então parou pois a Escola já tinha 200 crianças. Suas Excelências as Embaixatrizes Lady Wingfield, Lady Selby e Lady Campbell tomaram a Escola sob o seu patrocínio. Desde então os Embaixadores têm sempre tido a gentileza de nos dar o seu patrocínio. A Escola atravessou graves dificuldades financeiras de 1935 a 1941 variando o número de crianças de 17 a 150 conforme a situação política. Crianças refugiadas de países Britânicos e Aliados (27 nacionalidades) matricularam-se na Escola por períodos maiores ou menores. A escola serviu também de base ao Serviço Voluntário Feminino (Women’s Voluntary Service) durante 1940/41 para um centro social para os Refugiados. As crianças subscreveram 8 Certificados de Dívida Pública para quatro crianças na Inglaterra cujos pais morreram na Batalha da Grã-Bretanha e em 1943 deram um barco de borracha à R.A.F. A Embaixada organizou também uma série de conferências na Escola por Embaixadores Aliados em 1942. Em 1947 as crianças enviaram uma toalha de chá a S.A.R. a princesa Elizabeth por ocasião do seu casamento pela qual recebemos uma carta de agradecimento de S.A.R. Nesse mesmo ano Miss Lester recebeu a sua condecoração de M.B.E. Em 1949 levantaram-se novas dificuldades devido ao facto de ser proibida a educação de ambos em comum em Portugal. Em 1951 o novo edifício o Governo de Sua Majestade deu pessoalmente a Miss Lester £6.650 que lhe permitiu conseguir um empréstimo da Mundial para construir as actuais instalações. Em 1952 o novo edifício foi oficialmente inaugurado pelo Ex.mo Sr, Prof. Dr. Pires de Lima, Ministro da Educação, e por Sua Excelência (K. C. J. M. G.) (Sir Nigel Ronald). A Escola recebeu então uma mensagem de Sua Majestade a Rainha e outra do já falecido Lord Salisbury. Em 1954 a Escola tinha 300 crianças, cinquenta mais que quando deixara a Rua da Quintinha. Muitas personalidades importantes têm mostrado e ainda mostram grande interesse pela Escola desde que começou, Dr. Armindo Monteiro, o Duque de Palmela, Dr. Castro Fernandes, Dr. Joaquim Silva Pinto (ex-aluno), Dr. Baltazar Rebello de Sousa, Dr. Pires de Lima, Dr. Veiga Simão, Sir Anthony Eden, o falecido LORD Salisbury, Sir Ashley Clarke, Sir John Balfour, Mr. Hooper, Mr. G. Stowe e D. Grace Thornton, além de todos os Embaixadores e suas esposas. Muitas firmas inglesas e portuguesas constribuiram com generosas quantias para ajudar na construção e na manutenção. Em 1960 a Escola celebrou o seu 25.º Aniversário embora as cerimó-
aTUAL eDIFÍCIO DA qES
nias só tivessem tido lugar em Abril de 1961. Sir David Eccles Ministro da Educação Britânica e o falecido Lord Salisbury e a sua esposa vieram especialmente a Portugal nesta ocasião. As crianças levaram à cena uma peça (agora ressuscitada!) «A Aliança vista pelo Homem da Rua». Foram pronunciados discursos por Sir David Eccles, Sua Excelência Sr. Francisco Leite Pinto, Ministro da Educação Nacional, H.E. Sir Anthony Ross e Miss Lester. Foi dado um «cocktail» com mais de 400 convidados. O último grande jantar (40 pessoas) dado no antigo Aviz Hotel, foi da Queen Elizabeth’s School. Em Abril de 1964 Miss Lester teve que ter ambas as pernas amputadas como já sofrera 30 operações (maiores ou menores) a possibilidade da sua morte em consequência desta operação era grande. Então depois de consultados a Embaixada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros Britânicos, o British Council e as Autoridades Portuguesas foi decidido transformar a Escola em Fundação. O Dr. João Judice Vasconcelos ajudou a redigir os Estatutos que foram discutidos por Sir Anthony Ross e o Sr. Prof. Dr. Marcello Caetano. São pontos de interesse (1) ser sempre uma escola Britânica para crianças portuguesas (2) ter sempre 5% (nunca mais) de crianças deficientes (3) ter sempre seis professoras inglesas (4) ter sempre o direito de içar ambas as bandeiras e cantar ambos os Hinos Nacionais nas ocasiões nacionais. A Fundação foi oficialmente reconhecida em Fevereiro de 1965. Em 1970 e Escola celebrou o seu 35.º Aniversário, dando um «cocktail». Mais de 300 pessoas inglesas e portuguesas estiveram presentes. Sua Excelência David Muir Head, Embaixador Britânico respondeu ao discurso do Prof. Dr. Veiga Simão Ministro da Educação Nacional. Miss Lester falou com saudades dos 35 anos de trabalho pela Inglaterra e por Portugal. Sua Excelência o Prof. Dr. Marcello Caetano, Presidente do Conselho, honrou-nos com a sua presença mas como membro da Fundação Denise Lester e, o seu discurso foi curto mas muito apreciado. Em 1971 Miss Lester foi distinguida pelo Presidente da República Almirante Américo Tomaz com o grau Oficial da Ordem da Instrução Pública. Elizabeth II, distinguiu também Miss Lester concedendo-lhe o grau de Oficial da Ordem do Império Britânico. Ela foi a Londres receber a condecoração das mãos de Sua Majestade a Rainha Mãe. A Anglo-Portuguese Society nomeou-a seu membro honorário. Deu então uma festa a cerca de setenta amigos Anglo-Portugueses que foi um grande sucesso. A Escola tem orgulho nos seus sucessos escolares, tendo vários ex-alunos sido os melhores alunos nos Liceus e Universidades e alguns ocupam lugares importantes no Governo e nos Negócios. Miss Lester visitou ambas as províncias de Angola e Moçambique em 1971 e 1972, da primeira vez por convite particular e da segunda por convite do Ministério do Ultramar. Celebrámos agora o 600.º Aniversário com uma peça ……. «A Aliança vista pelo Homem da Rua», no Teatro Monumental. Deram-nos a honra de Sua presença Suas Excelências o Senhor Presidente do Conselho, Sr. Professor Doutor Marcello Caetano e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Rui Patrício, o Embaixador Britânico e o Ministro da Educação Nacional, foram oficialmente representados. Foi considera um êxito por todos os presentes, inclusive repórteres e representantes da T.V.
Texto retirado da brochura comemorativa dos 600 anos da Aliança Luso-Britânica, 1163-1973, da autoria de Miss Denise Lester, 1973
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QUEEN ELIZABETH’S SCHOOL
POR UMA EDUCAÇÃO QUE FOMENTA O HUMANISMO E A CIDADANIA O poema de Rudyard Kipling declamado na festa dos oitenta anos da Queen Elizabeth’s School ,retrata a educação humanista que Denise Lester incutia nos alunos para singrarem na vida e serem capazes do dom maior da Paz,do Amor e da Justiça a que todas as pessoas de bem aspiram Maria da Conceição de Oliveira Martins
Maria da Conceição de Oliveira Martins
A ação educativa da Queen Elizabeth’s School centra-se numa boa formação de base de caráter humanista, respeitando a individualidade do aluno e potenciando o seu desenvolvimento integral, nas componentes: física, intelectual, espiritual, emocional, moral, estética, cívica; do pensamento autónomo, crítico e criativo; da capacidade de adaptação às novas evoluções tecnológicas e realidades sociais de um mundo em constante mudança.
Ao centro, Primeiro Aluno da Queen Elizabeth's School Exmo Senhor Miguel Abecassis com alunos do Escola, atrás, da direita para a esquerda, Sra. Dra. Maria da Conceição de Oliveira Martins, Sr. Major Michael Stilwell, Sr. Dr. Júlio Gião Marques e Sr. Dr. Joaquim Pedro de Oliveira Martins, NA FESTA COMEMORATIVA DOS 70 ANOS DA QES
2015 de Centro de Preparação de Exames da Cambridge English, além de ser Centro de Exames do Trinity College London e membro do Instituto Britânico no Programa de Parceria de Exames denominado Addvantage. Num percurso educativo de qualidade é essencial descobrir vocações, estimular os discentes a desenvolver competências nessas áreas, responsabilizá-los pelas suas aprendizagens e pela construção do seu saber de forma a que se sintam valorizados, motivados e realizados a nível pessoal.
Quero deixar uma palavra de agradecimento a todos os membros do Conselho de Administração, Direção, Corpo Docente e Não Docente que têm trabalhado de corpo e alma para dar continuidade aos ideais educativos da Fundadora desta Escola. dizer a todos os alunos da QES, para não se esquecerem nunca que fazem parte desta grande família que é a Queen Elizabeth’s School e que são a sua razão de existir e continuidade. ▪
21 março 2017
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educação para os valores e a defesa dos direitos humanos fazem parte integrante do projeto educativo desta Escola, que tem como objetivo primordial preparar os seus alunos para o exercício de uma cidadania ativa e responsável numa sociedade cada vez mais global e inclusiva. A Queen Elizabeth’s School é uma escola católica que introduz os seus alunos na iniciação aos sacramentos da vida cristã, contudo promove o diálogo ecuménico e o respeito por outras confissões religiosas. A Queen Elizabeth’s School é um estabelecimento de ensino bilingue com as valências de berçário, creche, educação pré-escolar e de 1º ciclo do ensino básico português, em que é dada uma especial importância à aprendizagem precoce do Inglês, sendo o ensino desta segunda língua enquadrado no contexto da cultura britânica apreendido pelos alunos de uma forma intuitiva e natural em ambiente escolar. A Queen Elizabeth’s School tem visto reconhecido os seus 81 anos de trabalho ao serviço de uma educação de qualidade, nos bons resultados académicos alcançados pelos seus alunos em provas e exames quer nacionais quer internacionais. Em 2013, foi-lhe concedido o estatuto de Cambridge Primary School e Cambridge International School do Programa Internacional de Educação Primária da Universidade de Cambridge e em
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EncOntros com escritores de livros infantis
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o dia 3 de novembro de 2016 a Queen Elizabeth's School teve a honra de receber a visita da Excelentíssima Senhora Doutora Isabel Alçada, coautora de uma vasta obra literária infanto-juvenil e Conselheira para a Educação de Sua Excelência o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, no dia do seu 81º Aniversário, o que se traduziu num enorme contentamento para os alunos do 1º Ciclo. Estiveram entusiasticamente a falar sobre variadíssimas obras da coleção: "Uma Aventura" da autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, colocaram inúmeras perguntas sobre a vida destas duas autoras, sobre a motivação que as levou a escrever livros infanto-juvenis e em quem é que se inspiraram para criar as personagens desta coleção. Foi dado especial destaque à última obra publicada "Uma Aventura na Madeira", pelo facto da Fundadora da Escola ter iniciado a sua carreira profissional no
Isabel Alçada, apresenta o livro "Uma Aventura na Ilha da Madeira" no 81º Aniversário da QES
Funchal e de a ideia de criar uma escola Inglesa para alunos Portugueses ter surgido nesta Ilha durante o tempo em que trabalhou na Escola Alemã da Madeira como Professora de Inglês. por outro lado, trata-se de um livro que foi traduzido para a Língua Inglesa, sendo este fator um estímulo acrescido para alunos que usufruem de uma educação bilingue, ao poderem escolher a língua em que o vão ler, o mesmo tendo acontecido com o livro "Mr Finney and the World Turned Upside Down". ▪
As mr. finney learns, "solutions are often closer-by than you think." Princesa Laurentian Van Oranje
Visita de SAR a Princesa Laurentien van Oranje à Queen Elizabeth´s School
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No dia 2 de maio de 2012, a QES recebeu a visita de SAR a Princesa Laurentien, para a realização de um workshop sobre o livro “Mr. Finney e o Mundo de Pernas para o Ar”, do qual é autora. Um livro dedicado a crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico. Os alunos da Queen Elizabeth’s School leram um capítulo do livro intitulado “Florestas Vazias e Animais Zangados”. Seguiu-se um diálogo, em língua Inglesa com SAR a Princesa Laurentian. Nesse dia, a Princesa Laurentien falou sobre a escolha das personagens da história, explicou o porquê do título do livro, a importância de ter um melhor amigo, de preservar o meio-ambiente e o planeta. Alunos do 3º e 4º ano e antigos alunos, que frequentam o Clube de Inglês da Queen Elizabeth’s
Laurentien van Oranje
School, tiveram a oportunidade de, acompanhados pelos seus Professores e Direção, assistir à sessão de lançamento do livro traduzido para Português “Mr. Finney e o Mundo de Pernas para o Ar”, apresentado pela escritora Isabel Alçada, na Fundação Calouste Gulbenkian, seguido de uma sessão de autógrafos com SAR a Princesa Laurentien. ▪
"Quem foi Denise Lester - CuriosIdades" Miss Lester foi agraciada pela Cruz Vermelha Portuguesa com a Cruz Vermelha de Dedicação por serviços prestados relevantes a esta instituição de acordo com o estabelecido no parágrafo único do artigo 4º do estatuto da Cruz Vermelha Portuguesa promulgado pelo Decreto-Lei nº 36/612 de 24 de Novembro de 1947. Recebeu esta condecoração devido à sua atividade em campanhas de angariação de fundos, junto dos encarregados de educação da Queen Elizabeth's School e pelo próprio esforço e empenho pessoais em causas humanitárias da Cruz Vermelha. Fundou o movimento da primeira companhia das Guias na Madeira, em Santa Cruz, em 1930, iniciativa que surgiu em Portugal com a ajuda da propaganda das escolas inglesas. Miss Lester não foi só a fundadora desta Escola, esteve envolvida em vários projetos altruístas durante a sua vida. A Fundação vai para além do colégio, o seu principal objetivo é dar continuidade à Queen Elizabeth's School mas também prosseguir outros fins de natureza educativa, cultural e de solidariedade social. ▪
Denise Lester na Madeira com Lord Robert BadenPowell e Lady Olave Baden-Powell, respetivamente chefes mundiais dos escoteiros e das guias. (10 de julho de 1931) Revolução da Madeira de 1931, Miss Lester (ao centro) à porta do Consulado Britânico usando uma braçadeira da Cruz Vermelha
a Comemoração do 80º Aniversário da Queen ELizabeth's School e dos 50 anos da Fundação Denise Lester Alice no País das Maravilhas, foi a escolha da Direção da Queen Elizabeth's School para celebrar estas duas efemérides. Lewis Caroll foi o autor britânico escolhido para o culminar desta comemoração por, em 2015, fazer 150 anos do lançamento da sua notável obra "Alice no País das Maravilhas". Lewis Caroll, tal como Miss Lester, era um apaixonado por Oxford. Miss Lester porque estudou numa escola interna em Oxford e Lewis Caroll porque estudou na Universidade de Oxford e foi professor de matemática no Christ Church College. Nos cenários do musical Alice foram projetados no ciclorama quadros do pintor romântico britânico William Turner assim como quadros do pintor impressionista francês Claude Monet. Na festa do 80º Aniversário da Queen Elizabeth's School e dos 50 anos da Fundação Denise Lester todos os ideais e tradições que a sua fundadora fazia questão que fossem preservados na cultura desta escola foram referidos, através da leitura de excertos da sua autobiografia "Look up - There's Always a Star" que faz menção aos mesmos, lida por antigos alunos que frequentam os Clubes de Inglês da Queen Elizabeth's School.
DENISE LESTER
Uma história de amor
Nos primeiros dias de fevereiro, passeava pelo parque uma criança solitária que corria como o vento enquanto chorava, pois na sua escola não tinha amigos e apenas tinha a sua família como companhia. Ao mesmo tempo, passeava uma menina bonita cheia de amigos e com grandes motivos para sorrir a cada passo que dava. Não havia como não falar dos seus olhos azuis como o mar que faziam ondas para atrair alguém. A sua face tinha um sorriso e o seu cabelo era como o Sol, irradiando a Terra de beleza. OS dois chocaram caindo no chão e, mesmo envergonhado, o rapaz meteu conversa: - Desculpa… - lamentou ele – Sou um desastrado. Eu apanho isso por ti. - Não faz mal. Obrigada! – respondeu a menina. Um breve olhar e um toque de mãos entre eles fez ambos os corações bater mais forte do que o mundo em colapso. O rapaz e a rapariga passaram a combinar, todos os dias, encontrar-se no parque, no sítio onde se conheceram. Mais tarde, eles começaram a perder a vergonha e quem os olhava já perguntava se era amor, pois todos adivinhavam a aproximação entre ele e ela. Certo dia, o coração do menino bateu forte, ele ganhou coragem e perguntou: - Queres namorar comigo? - Sim, claro que sim! – respondeu a menina com ânimo. - Então também queres ir comigo ao baile do Dia dos Namorados? – perguntou o menino com esperança. - Bem, sim, somos namorados! – exclamou ela. E um beijo mais forte que o universo surgiu e já ninguém podia terminar aquele amor. No dia do baile, as decorações vermelhas refletiam sobre os corações de cada casal. Na pista de dança bailavam os melhores e cantarolavam os cantores. A festa estava magnífica! - Então, estás a gostar? – perguntou ele. - Sim. – afirmou ela – Queres vir dançar? Eles dançaram ao som das melhores músicas românticas daqueles tempos. No fim do baile, sorriram e despediram-se um do outro. Ao longo de muitos anos, a história continuou. Daquele amor, um ser carinhoso surgiu e recomeçou toda a história com os mesmos detalhes de afeto e amor. Um dia, os dois morreram num acidente, quando já avós, e foram enterrados um ao lado do outro, para se verem e terem tempos tão bons como quando se conheceram. Vicente Santos Leonardo Caniço Gomes | Aluno do 4º ano | fevereiro de 2017
IF – Rudyard Kipling (1865-1936) poema escrito em 1895 pelo escritor Britânico e prémio Nobel de Literatura de 1907, poema este publicado em 1910 numa colectânea intitulada "Rewards and Faries" o Poema é escrito na forma de um conselho paternal para o seu filho John.
se... Se souberes estar sereno quando todos em volta Estão perdendo a cabeça e te lançam a culpa; Se estiveres confiante quando de ti duvidam, Mas souberes desculpar que duvidem de ti; Se fores capaz de esperar sem perder a paciência E se, caluniando, a ninguém calúnias; Se quando te odiarem não odiares também; Sem querer ser superior nem bom demais; Se tu souberes sonhar e não viver de sonhos E se souberes pensar mas sem deixar de agir, E puderes defrontar o triunfo e o desastre, Tratando-os por igual como impostores que são; Se suportares ouvir verdades que disseste Torcidas por velhacos para convencer ingénuos; Se vires desfeito aquilo para que tens vivido E o construíres de novo com ferramentas gastas; Se és capaz de juntar tudo que tiveres ganho Para tudo arriscares numa cartada só, E se souberes perder e começar de novo Sem palavra dizer da perda que sofreste; Se consegues que nervos, braços e coração Te vão servindo sempre mesmo que já exaustos, E se seguires para a frente quando já não tens nada A não ser a vontade intensa de vencer! Se com falar às massas não perderes a virtude E de privar com Reis não deixares de ser simples; Se amigo ou inimigo não puder melindrar-te; Se a todos deres valor mas a ninguém de mais; Se souberes preencher o minuto que passa Com sessenta segundos utilmente vividos, É tua terra a terra inteira e tudo que ela tem E – o que é mais ainda – és um Homem, meu filho!
23 março 2017
“Os talentos das crianças deverão ser identificados e o seu desenvolvimento estimulado na descoberta de vocações”
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TRÊS PRESIDENTES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO da Fundação Denise Lester Poema dedicado a Miss capt. Lester fundadora e chefe das Girl Guides e Brownies na madeira Uma vez na vida , Uma jovem sonhou, E uma linda realidade se formou Que cresceu e atingiu Com seus raios de luz, Muitas outras jovens Num ideal guidista Que a amizade traduz.
Senhor Major Michael william stilwell, cbe, MARIA Inês HORGAN Stilwell e sr. Dr. Joaquim Pedro de Oliveira Martins
Está hoje aqui entre nós A fundadora das guias Um exemplo para todas nós A seguir todos os dias É com muito, e grande agrado Que estamos aqui reunidas Neste dia tão desejado Pelas guias sempre unidas
Miss Denise Lester, obe
Depois de honrar o zêlo e a dedicação de Miss Lester que chefiava o núcleo feminino da madeira escreveu Lady Baden-Powell no número de novembro de 1931 da revista "The Guider": "Aquilo que observei do nosso movimento na madeira é um extraordinário exemplo do que pode uma vontade forte".
Maria de Lourdes Gomes Cabral, Ana Maria Casimiro Nunes e Maria da Conceição de Oliveira Martins, Direção Colegial da Queen ELizabeth's School
Testemunhos de Fé Orações de ação de graças à Imaculada Conceição dos alunos da QES NA MISSA DE HOMENAGEM AO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Sr. Dr. JOAQUIM PEDRO DE
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Aos 25 anos foi diagnosticada a Miss Lester uma doença degenerativa do foro circulatório que a levou a sofrer a amputação de ambos os membros inferiores em 1965. Nesse ano, Margaret Denise Eileen Lester fez uma doação em vida da instituição de ensino a uma fundação privada criada com o seu nome, devido ao facto de ter sido submetida a uma intervenção cirúrgica de extrema gravidade, da qual poderia não sobreviver. A escola deixou de ser sua propriedade a partir do momento em que a Fundação Denise Lester foi reconhecida por Despacho de Sua Excelência o Ministro da Educação Nacional, de dia 18 de fevereiro de 1965, como tendo personalidade jurídica e com a publicação dos seus Estatutos em Diário do Governo, de dia 26 de fevereiro de 1965, desde esta data, Margaret Denise Eileen Lester passou a assumir a presidência da fundação que instituiu. Até à presente data, a Fundação Denise Lester teve três presidentes: Margaret Denise Eileen Lester (de 1965 a junho de 1982), a sua instituidora; Joaquim Pedro Benthein Noronha Morais Pinto de Oliveira Martins (de julho de 1982 a dezembro de 2011), eleito por unanimidade pelos vogais do Conselho de Administração para Presidente desse Conselho, vogal deste mesmo Conselho de maio de 1974 a junho de 1982, tendo sido também um dos primeiros alunos desta Escola; e Maria da Conceição da Costa Moreira de Oliveira Martins, eleita por unanimidade Presidente pelo Conselho de Administração depois de ter assumido interinamente essas funções, após o fatal acidente de viação de que foi vítima o anterior Presidente, também antiga aluna da Escola e vogal do Conselho de Administração desde abril de 1992 até abril de 2013. Maria da
OLIVEIRA MARTINS e senhora, EM 9/12/12, na Sé Patriarcal de Lisboa
Miguel Ferreira
sr. Dr. Joaquim Pedro de Oliveira Martins e Sra. Dona Maria da Conceição da Costa Gonçalves Moreira Oliveira Martins
Aquilo que é bom vem de Deus. Quem não ama a Deus há-de aprender a amá-Lo. Todas as coisas foram criadas por Deus, aquilo que temos hoje, aquilo que tivemos ontem. Tudo foi criado por Deus. Obrigado por tudo
Duarte Faria Minha Nossa Senhora és perfeita! Fazes tudo para que a bondade aconteça na vida de todos. Sem ti, eu não existia, és a mãe de todas as pessoas que existem no mundo. O teu filho criou a simpatia no mundo inteiro, sem ti eu não tinha a família que tenho, os amigos que tenho e sobretudo os meus pais.
Maria da Conceição de Oliveira Martins
Conceição de Oliveira Martins é membro da Direção Colegial da Queen Elizabeth’s School, pretende dar continuidade à obra dos seus antecessores ao longo dos 81 anos de existência desta Escola - uma missão honrosa de grande responsabilidade que tem em mãos. A maioria dos antigos alunos guarda muito boas recordações, uma vez que esta foi a sua primeira escola, a qual consideram uma segunda casa e uma extensão da família alargada à comunidade educativa da QES. Muitos dos Alunos são filhos e netos de antigos alunos, bem como alguns professores antigos alunos também, o que se reflete na continuidade da cultura de Escola e ideais definidos por Miss Lester. Trata-se de uma grande família denominada Queen Elizabeth’s School, cujos laços de amizade enraizados nesta instituição perdurarão ao longo de suas vidas. ▪
Bernardo Almeida Nossa Senhora, obrigado por me ajudares todos os dias. Em nome da vossa fé em Deus, continue a ajudar-me, por favor. Em nome do Filho de Deus, Jesus Cristo, Santificado seja o Vosso nome. Nossa Senhora, Rainha dos Anjos, obrigado por estares presente no meu coração.
Maria Carolina Alemão Nossa Senhora, muito obrigada por tudo o que fizeste por mim. És muito minha amiga, sempre aqui no meu coração. Gostaria muito que ajudasses a quem precisa e que acompanhasses a quem está lá no céu. Guarda-me no teu grande coração, cheio de amizade.
Inês Amaral Obrigada Mãe do Céu pelos pais maravilhosos que me deste, por me ajudares a enfrentar cada dia da melhor maneira. Sem Ti os meus dias não seriam como são.
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
» QUEEN ELIZABETH’S SCHOOL | FUNDAÇÃO DENISE LESTER
“SEM O QUEEN NÃO SERIA A PESSOA QUe SOU HOJE” "vivências de antigos alunos que frequentam os clubes de Inglês da Queen Elizabeth's School que refletem a importância que esta instituição teve na estrutração do seu percurso académico e pessoal." queen elizabeth’s school has made us what we are today! we
you qes!
from the cambridge advanced english club class
Amélia Pinto
Depois de andar sete anos neste colégio aprendi os mais importantes valores, que continuam a estar presentes no meu dia-a-dia, tais como o respeito, a honestidade e a importância do trabalho para alcançar os nossos objetivos. Guardo muitas recordações ótimas de quando andava no Q.E.S. e todas as pessoas que eu conheci aqui, professores, membros da direção, funcionários e colegas, me ajudaram quando precisava. Nunca me esquecerei dos anos que cá passei.
Gonçalo Sousa
Filipe Cunha
“Há sete anos eu estava a sair, pela última vez, da sala de aula do 4º ano com um grande sorriso na minha cara: estava de férias. No entanto, neste dia iria acabar uma das etapas mais importantes da minha vida, etapa esta que me iria moldar no futuro: A minha estadia enquanto aluno do QES. Nesta escola formei amizades que ainda mantenho atualmente, nesta escola aprendi valores que ainda hoje estão intrínsecos no meu carácter e nesta escola aprendi a falar inglês fluentemente. Por isso, posso dizer com orgulho que apesar de eu ter saído do Queen, o Queen nunca saiu de mim”
Ana Ferreira
“Durante toda a minha vida várias coisas fizeram de
Maria de Lourdes Gomes Cabral, Ana Maria Casimiro Nunes e Maria da Conceição de Oliveira Martins
mim o que sou hoje e tenho o orgulho de enumerar o Queen como uma delas. O Queen foi o lugar onde cresci, onde parti um braço, onde me zanguei com uma amiga, onde fui atingida por um milhão de bolas de Ténis lançadas pela professora da modalidade. A minha infância no Queen foi memorável e tenho que agradecer às minhas professoras por a terem tornado tão especial. A minha experiência no Queen faz-me ser quem sou e eu não podia estar mais grata! Atualmente estou no clube de Inglês e quero agradecer às minhas professoras de Inglês, por tudo o que têm feito por mim”
Afonso Alemão
“Entrei no QES aos quatro anos e saí aos dez anos. Durante este período vivi momentos inesquecíveis, os quais nunca me irei esquecer. Foi no QES que
conheci os meus melhores amigos, assim como, os melhores professores que já tive. O QES ofereceu-me também contacto com a língua Inglesa, o que, atualmente, é muito útil na escola onde ando. Sem o QES não seria a pessoa que sou hoje”.
Marta Sousa
“Passei sete anos da minha vida no Queen Elizabeth’s School, foi onde tive muitas aventuras com os meus amigos, onde conheci as minhas melhores amigas com quem ainda falo, onde aprendi a falar Inglês melhor que nunca. Foi onde fiz o meu primeiro exame que me ajudou a alcançar mais níveis e onde aprendi a ser quem sou hoje em dia. Ainda ando no Queen e continuo a ter muitas aventuras com os mesmos amigos que sempre me acompanharam”.
25 março 2017
“A minha aventura no Queen Elizabeth’s School começou aos cinco anos. O tempo que passei aqui definiu a minha vida para o futuro. Para além de criar imensas amizades, que ainda hoje as continuo, angariei imensos momentos. Lembro-me perfeitamente de todas as aulas que tive. Desde as aulas de arte até às aulas de Inglês, no final do dia. O Queen formou-nos com uma cultura Inglesa muito presente em todos nós que nos ajuda todos os dias quando enfrentamos desafios de outra língua. Foi o Queen que me explicou e que me fez experienciar todos os eventos ao longo do ano. O Halloween, o Guy Fawkes, o Carnaval. Todos esses eventos mudaram a minha vida de uma maneira que mesmo hoje, para mim não faz sentido não os celebrarmos. Agradeço a participação deste colégio na minha vida, com a ajuda de todos os professores, funcionários e assistentes (enfermaria). Sem elas se calhar não seria tão fluente com o Inglês como sou agora. Concluo dizendo que apesar de todos os castigos, de todas as zangas, a minha vida foi maioritariamente o Queen e tenciono fazer parte dela até mais alguns anos porque atrás destas paredes verdes e brancas estão ligações verdadeiras de quem eu realmente sou como pessoa”
BUSINESS COACHING
» ACTIONCOACH PORTO
BUSINESS COACHING:
“QUANDO AS EMPRESAS QUEREM IR MAIS ALÉM E NÃO SABEM COMO…” O que é o Business Coaching? Para que serve? A que se aplica? António Ribeiro, responsável da ActionCOACH Porto responde a tudo isto e muito mais.
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m 2006 chega a Portugal a ActionCOACH que hoje, dez anos mais tarde, já marca presença em cinco continentes. A ActionCOACH, empresa de consultoria de negócios, converteu-se num franchising de enorme sucesso, com mais de mil escritórios em mais de 74 países. “A nível mundial o business coaching nasce da visão de um homem que ficou espantado ao verificar como é que grandes empresas duram muito tempo e as pequenas tão pouco. Nesse seguimento cria um sistema de trabalho que prevê que as empresas pequenas cresçam e possam resistir ao tempo. É esse o objetivo da ActionCOACH”, começa por explicar António Ribeiro. Estão no mercado há dez anos e, segundo o nosso entrevistado “as pessoas que selecionamos e aceitamos na rede da ActionCOACH são pessoas dinâmicas e extraordinárias (estão acima da média) e o serviço que prestamos é muito bom”, e este é um dos segredos que lhes permite manter o nível de exigência a que habituaram os seus clientes.
O BUSINESS COACHING
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O conceito é explícito e simples de entender “treinamos as pessoas a assumirem compromissos, a pô-los em prática, a aprender a falhar e a ter sucesso. As empresas querem fazer coisas mas, por vezes, não sabem como”. O business coaching pressupõe colocar a pessoa a fazer bem aquilo que até ao momento estava a fazer de forma errada. “Partimos sempre do pressuposto que: quem percebe do negócio é o empresário, mas por vezes nem sempre está focado a fazer bem o que devia. Como business coach estamos cá para os aconselhar, para que atinjam o sucesso e a partir de uma única verdade: sabemos como o empresário deve fazer negócios e ter sucesso”. “É preferível que seja o cliente a perceber como fazer as coisas. A razão? Muito simples: ninguém se esquece do que descobriu por conta própria.” António Ribeiro afirma que por vezes o trabalho
é uma técnica com um caráter adaptativo extremamente forte. "Na ActionCOACH todas as formações que desenvolvemos em todo o mundo permitem-nos dizer de forma confiante que sabemos como é que se fazem os negócios com assertividade".
COMO É QUE SE ALCANÇA O SUCESSO? O PROCESSO DO COACHING
ANTÓNIO RIBEIRO
de um coach é confundido com o de um consultor “que resolve problemas pontuais, nós ajudamos o empresário a evoluir nas mais diversas áreas”. Com uma elevada taxa de sucesso, obviamente comprovada, existe um tipo de cliente em que “a nossa taxa de sucesso é zero: aquele que não quer mudar, aquele que é resistente à mudança e que quer ouvir que o que ele está a fazer está a ser muito bem feito”, nestes casos, o responsável pela ActionCOACH do Porto garante que não há mesmo nada a fazer. As mentalidades do empresário fazem parte dos fatores a ter em conta no treinamento. Aparentemente existem nítidas diferenças de região para região. O litoral é diferente do interior, assim como o norte é diferente do sul. O motivo? A forma como as empresas são geridas e encaradas. O fluxo de indústria, os setores de atividade e mesmo as pessoas são diferentes e por isso as suas visões, também. Por isso o Business Coaching
“O empresário faz uma primeira identificação dos desafios que tem para que possamos avaliar dentro do nosso sistema se dispomos de soluções para o apoiar. Quando temos a solução, o que acontece sempre que está relacionado com a gestão do negócio, avançamos com o processo. Se não tivermos, aconselhamos um consultor ou alguém especialista para resolver a questão. Os programas da ActionCOACH podem ser realizados em reuniões one-to-one, em que se trabalha individualmente com o empresário e sessões em grupo. Aqui, a grande diferença está no ritmo, velocidade que se quer introduzir na evolução da empresa, ou estado em que se encontra. Em grupo pode ser mais lenta, mas também permite a aprendizagem por partilha de experiências. Uma empresa que na teoria queira aplicar o sistema todo, e o fizer todas as semanas, tem uma duração de 52 semanas.
QUEM PROCURA?
“O nosso marketing não atrai quem já estiver num estado extremamente crítico. Por vezes acontece, mas os nossos clientes são, maioritariamente, clientes que querem crescer. A nossa intervenção pode ser encarada como estratégica e evolutiva”. O business coaching é uma formação técnica, em permanente atualização e portanto o paradigma do “acho que posso ser coach” é um problema. Tenho a certeza que haverá outras organizações semelhantes à nossa, mas nós somos a número um a nível mundial porque sabemos o que é preciso para que as empresas cresçam, e temo-lo feito com resultados comprovados!” ▪
BUSINESS COACHING
» ACTIONCOACH LISBOA
FAÇA CRESCER O SEU NEGÓCIO A ActionCOACH surgiu com o propósito de acrescentar valor às empresas e aumentar o período de vida das mesmas. Ken Gielen, CEO da ActionCOACH Portugal & Business Coach em Lisboa, explica-nos o conceito de Business Coaching e da marca ActionCOACH que já está presente em 74 países.
KEN GIELEN
Com a ActionCOACH procuramos entender o que é preciso mudar nos comportamentos e rotinas, quer do empresário, quer da equipa. Esta é a grande diferença do Business Coach, trabalhamos a empresa como um todo para alcançar o sucesso
A verdade é que as empresas começam a consciencializar-se da importância de um acompanhamento em diferentes etapas para melhorar a rentabilidade do seu negócio “Diz-nos a nossa experiência que os três principais desafios que levam as empresas a procurar um business coach são a rentabilidade do tempo, o aumento da faturação e dos lucros, e a gestão da equipa para melhorar o seu desempenho”, refere o CEO da ActionCOACH Portugal. De norte a sul do país e por todo o mundo esta é uma metodologia aplicável a todos os negócios. “Cada empresa é uma empresa pelo que um bom resultado resulta de 80% da metodologia e 20% da combinação do estilo do coach com as necessidades da empresa. Os nossos coaches estão inseridos na comunidade e conseguem detetar a tipologia e o contexto cultural onde cada negócio está inserido para melhor adaptar a metodologia do Business Coaching”, menciona o nosso interlocutor. E que perfil deve ter um Business Coach? Ken Gielen compara um Business Coach a um diretor geral de uma empresa. Isto é, alguém que tenha tido uma experiência numa multinacional e que tenha dirigido uma equipa multidisciplinar proporcionando-lhe todas as valências e competências para gestão de pessoas, comunicação e com uma visão “fora da caixa”. Precisa também de ter uma forte experiência na área comercial. Marketing e vendas são o pilar de uma empresa e o que mantém a sua estrutura. Têm de ser pessoas dinâmicas e disciplinadas, com capacidade de execução de planos de ação. “O nosso propósito é acompanhar desde negócios de startups até às pequenas e médias empresas. Temos soluções adequadas a todos os negócios”, refere Ken Gielen. Os programas de Business Coaching passam pelo Coaching individual, projetado para os empresários, Coaching em Grupo, através de Academias realizadas com conteúdos pensados, planeados e formatados para melhorar o negócio da empresa ao longo do tempo, e Eventos de forma a chegar a todos os empresários e a todas as áreas de negócio. ▪
27 março 2017
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rad Sugars, o fundador da ActionCOACH, trabalhava na área da contabilidade quando percebeu a realidade do universo empresarial e que muitas empresas à sua volta fechavam demasiado cedo. As estatísticas referiam mesmo que 85% das empresas não alcançavam os cinco anos de vida. Assim, em 1993, criou a marca, na altura com o nome Action, com a ideia de ajudar empresários de pequenas e médias empresas a melhorar os seus resultados, otimizando os seus negócios e melhorando a sua qualidade de vida. Assim, Brad Sugars, inicia nessa altura um programa de formação para empresários que ocorre em vários pontos da Austrália. Os seus seminários chegam a ter mais de 2 mil empresários num só evento. Em pouco tempo, a ActionCOACH ganha enorme notoriedade e a sua fama chega à Nova Zelândia, à Ásia e aos EUA. Muitos destes empresários pediram um acompanhamento adicional e, ao fim de pouco tempo, foi fácil provar que os que receberam estes serviços de Coaching especializado obtiveram melhores resultados do que aqueles que apenas tinham assistido aos seminários. Com a convicção de que qualquer área de negócio pode crescer, a ActionCOACH apresenta soluções que se adaptam ao negócio do seu cliente, com o objetivo de promover um crescimento sustentável da empresa ao longo tempo. O coaching é uma ferramenta de acompanhamento e de orientação e o Business Coaching diferencia-se pela sua metodologia aplicada tendo sempre em conta as condições de negócio de uma empresa. Focando-se nos objetivos da empresa, o Business Coaching foca-se no caminho e nas metas que têm de ser definidas para alcançar o objetivo que a empresa define. “Com a ActionCOACH procuramos entender o que é preciso mudar nos comportamentos e rotinas, quer do empresário, quer da equipa. Esta é a grande diferença do Business Coach, trabalhamos a empresa como um todo para alcançar o sucesso”, começa por explicar Ken Gielen.
INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE, INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
» INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO - MARETEC EM DESTAQUE
PROJETOS DE INVESTIGAÇÃO EM PRODUTOS TECNOLÓGICOS INOVADORES “Quando o conhecimento é criado no contexto de projetos internacionais fica garantida a inovação à escala global”, explica-nos Ramiro Neves, Diretor do MARETEC, um Centro de Ciência e Tecnologia do Ambiente e do Mar do Instituto Superior Técnico.
C
RAMIRO NEVES
om mais de 50 centros de investigação e desenvolvimento, o Instituto Superior Técnico (IST) investe na inovação e empreendedorismo enquanto catalisadores da transferência de tecnologia Quanto ao MARETEC, que objetivos se propõe alcançar? O MARETEC é um pequeno centro de investigação com uma trintena
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de investigadores que tem trabalhado em estreita colaboração com empresas, na perspetiva descrita acima e que foi o berço de três empresas: www.hidromod.com, www.actionmodulers.pt e www. terraprima.pt. Estas empresas são dinamizadas por antigos estudantes do Centro utilizando conhecimento e tecnologias desenvolvidas enquanto colaboradores do Centro. Atualmente são fundamentais para o enquadramento de novos estudantes, colaborando com os produtos da sua inovação para a geração de novo conhecimento. A maioria dos centros de investigação do IST segue estratégias do mesmo tipo. O sucesso e a capacidade de crescimento das empresas que vão sendo criadas é variável de acordo
com a área de atividade. Empresas da área da robótica (e.g. TEKEVER e UAVISION) são empresas de grande sucesso internacional, aproveitando o facto de esta área ser nova para todos os países. O investimento na inovação e empreendedorismo, enquanto catalisadores da transferência de tecnologia, contribuem, de uma forma decisiva, para o desenvolvimento económico de Portugal. Que principais desafios enfrentam neste setor? Estas empresas são fundamentais para a integração de conhecimento desenvolvido no âmbito de projetos de investigação em produtos tecnológicos inovadores. Quando o conhecimento é criado no contexto de projetos internacionais fica garantida a inovação à escala global, o que contribui para a internacionalização dessas empresas e, através delas, melhorar a imagem de Portugal em termos tecnológicos e a valorização do “made in Portugal” i.e. de outros produtos feitos em Portugal. O principal desafio para estas empresas é a venda. São normalmente empresas pequenas, com pouca capacidade comercial, que frequentemente atuam na área dos serviços. A capacidade comercial aumenta quando atuam integradas em consórcios, especialmente quando estes incluem empresas de maiores dimensões, já instaladas no mercado internacional. A constituição destes consórcios é mais fácil quando emana de consórcios que atuam no mercado nacional. A criação de um mercado doméstico que estimule a colaboração local e que permita criar casos de sucesso que possam ser usados como demonstração na atividade comercial à escala global é um desafio importante. O MARETEC é um Centro de Ciência e Tecnologia do Ambiente e do Mar do IST assente em duas áreas de investigação. Pode falar-nos um pouco sobre cada uma destas áreas e da importância que assumem? O MARETEC é um centro interdisciplinar que atua na área do Mar – zonas costeiras e oceânicas - e na área dos Sistemas Terrestres, à escala
da bacia hidrográfica e à escala da parcela agrícola. A modelação matemática e avaliação de serviços de ecossistema são as principais ferramentas desenvolvidas pelo centro e os principais utilizadores são gestores ambientais, empresas envolvidas no ciclo urbano da água, com ênfase para as envolvidas na gestão de águas residuais, e empresas agrícolas. A modelação matemática é a ferramenta de integração de cada uma das áreas – terrestre e marinha - e de ligação das duas áreas. No sistema terrestre é calculada a quantidade e a qualidade da água com base na meteorologia, nas propriedades do solo, no seu uso e no coberto vegetal, incluindo as práticas, agrícolas. A quantidade e a qualidade da água dos rios são usadas para calcular as pressões sobre o sistema marinho, contribuindo para distinguir as pressões de origem antropogénica e de origem natural. O MOHID é um sistema tridimensional de modelação de água, desenvolvido pelo MARETEC. Em que se traduz este modelo? O MOHID é o sistema tridimensional, de modelação integrada que descreve o movimento da água e as suas propriedades, com centenas de utilizadores em mais de 40 países. Ser tridimensional significa que quando aplicado no oceano, descreve a variação entre regiões e entre a superfície e o fundo e quando aplicado numa bacia hidrográfica permite calcular as variações ao longo da bacia e ao longo da profundidade do solo. Ser integrado significa que inclui o movimento da água e os processos biogeoquímicos que determinam a atividade biológica, o que lhe permite reproduzir a dinâmica dos sistemas ecológicos e por isso contribuir para a avaliação dos serviços de ecossistema. Nas bacias hidrográficas o modelo permite simular o desenvolvimento das culturas em função das práticas agrícolas (incluindo rega e fertilização) e as implicações na qualidade da água dos rios e das albufeiras. Nos sistemas marinhos o modelo calcula o desenvolvimento do fitoplâncton e o desenvolvimento das larvas de peixes em função da circulação oceânica e das descargas provenientes de terra. ▪
BREVES BREVES
SOCIEDADE
Portugal continua aquém da sua capacidade de colheita de órgãos tais e gabinetes de transplantação. Temos unidades hospitalares que não detetam todos os potenciais dadores e colhem órgãos muito aquém do que deveriam, uma situação relativamente à qual temos lançado repetidos alertas. É também fundamental repensar a rede de coordenação da colheita. Os registos da atividade ainda são arcaicos e a informação muitas vezes não circula entre os profissionais da área”, explica a presidente da SPT. A especialista afirma também que as colheitas de órgãos poderão crescer “assim que arrancarem os programas de colheita em paragem cardiorespiratória em Lisboa e Coimbra”. Atualmente só o Centro Hospitalar S. João, no Porto dispõe desta técnica de colheita. Susana Sampaio lembra que “como em qualquer país, o número de órgãos disponível não consegue suprir as necessidades. Além de aumentar a colheita e a taxa de aproveitamento de órgãos, é necessário aumentar a doação em vida com campanhas de incentivo e de informação sobre este tipo de doação”. Relativamente à colheita de órgãos em vida, a presidente da SPT considera ainda que é muito importante fomentar a colaboração com Espanha, de modo a poder otimizar o Programa Nacional de Doação Cruzada Renal.
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A Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) defende que apesar de os dados recentemente publicados pelo Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) serem bastante positivos, Portugal continua aquém do seu potencial de colheita e transplantação de órgãos. Os dados da doação e transplantação de órgãos em 2016 apontam para um aumento de órgãos colhidos de dador falecido, que subiram de 896 em 2015 para 936 no ano passado. Destes, foram transplantados 784 órgãos, o que reflete uma taxa de utilização de 84% (face a 79% no ano anterior). Susana Sampaio, presidente da SPT, considera que “este aumento do número de transplantes reflete o esforço de todos os profissionais envolvidos na área da transplantação, desde as Unidades de Cuidados Intensivos que sinalizam os potenciais dadores, Gabinetes e equipas de Colheita até aos profissionais das Unidades de Transplantação, que apesar da grande limitação de recursos humanos, permitiu atingir os números que nos enche de satisfação, mas podemos fazer melhor, os números ainda não atingiram os valores de 2009 em que foram efetuados 595 transplantes renais e 573 em 2010 (499 em 2016). “É necessário otimizar ainda mais as colheitas dado que continua haver grandes assimetrias entre hospi-
29 março 2017
é necessário otimizar ainda mais
A lei de identidade de género deverá ir “em breve” ao Parlamento para ser agendada e discutida, disse à agência Lusa a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino. “Espero que em breve [a lei] esteja no parlamento para discussão. Está em processo legislativo dentro do Governo e, quando estiver concluído o processo legislativo, irá para o Parlamento para ser agendada e discutida”, afirmou Catarina Marcelino, que falava à agência Lusa à margem da segunda conferência internacional do projeto de investigação Intimate - A Micropolítica da Intimidade na Europa do Sul, que terminou hoje em Coimbra. De acordo com a secretária de Estado, a lei prevê a “autodeterminação de identidade de género, que nada tem a ver com operações” para mudança de sexo, deixando de ser preciso um relatório médico para a mudança no registo civil, bem como alarga a possibilidade do pedido a pessoas a partir dos 16 anos (atualmente a idade mínima é de 18 anos). A lei aborda também “questões de existência de protocolos médicos na saúde para pessoas interssexo [pessoa que nasce com uma anatomia reprodutiva ou sexual que não se encaixa na definição típica de sexo feminino ou masculino]” e a possibilidade de “crianças trans poderem usar na escola o nome com que se identificam”, referiu a membro do executivo. “É uma lei boa e equilibrada”, sublinhou, recordando que se está a falar dos “direitos de pessoas que são portugueses e portuguesas”. No entanto, criam-se “grandes desafios” do ponto de vista legislativo e da política pública, nomeadamente nas questões de pessoas transgénero ou interssexo, notou. Sobre o facto de casais homossexuais não poderem recorrer à gestação de substituição, Catarina Marcelino frisou a importância da legislação em torno da procriação medicamente assistida, que “veio dar um avanço significativo”. “É preciso dar mais passos, mas temos de ficar satisfeitos por darmos este”, frisou.
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Em breve vai chegar ao Parlamento lei que permite determinar a que sexo se pertence a partir dos 16 anos
CRIOESTAMINAL – PRÉMIO CINCO ESTRELAS E ESCOLHA DO CONSUMIDOR
» André Gomes, Fundador e CEO da Crioestaminal, em entrevista
“Estes reconhecimentos enchem-nos de orgulho” A Criosestaminal alcançou as distinções “Escolha do Consumidor”, pela quarta vez consecutiva, e o Prémio Cinco Estrelas, dois reconhecimentos que perpetuam o nível de aceitação dos consumidores relativamente a uma marca de enorme credibilidade. A Revista Pontos de Vista conversou com André Gomes, Fundador e CEO da Crioestaminal, que abordou estas distinções entre outras matérias nas quais a Crioestaminal é especialista.
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Crioestaminal, laboratório de criopreservação líder em Portugal e um dos maiores da Europa, foi distinguida com os prémios “Escolha do Consumidor” e “Prémio Cinco Estrelas”. Que fatores contribuíram para esta distinção? As distinções “Escolha do Consumidor”, que conseguimos pela quarta vez consecutiva, e o “Prémio Cinco Estrelas” são reflexo de uma contínua taxa de satisfação dos nossos clientes, superior a 95%. Este reconhecimento de que somos diferentes dos outros bancos neste setor não será alheio ao facto de sermos os mais experientes, de termos mais acreditações, mais transplantes realizados e sermos o único com um departamento de investigação. Estas diferenças garantem aos nossos clientes um serviço único e com mais garantias para o futuro. Estes reconhecimentos enchem-nos de orgulho, no entanto, acarretam uma enorme responsabilidade. Apesar disso, a confiança que temos na nossa equipa, bem como na tecnologia de ponta do nosso laboratório, dão-nos as garantias de que conseguiremos estar à altura das expetativas dos nossos clientes e da sociedade em geral, renovando a ambição de continuar a contribuir, de forma decisiva, para a evolução da biomedicina.
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Olhando para o percurso do laboratório, que papel a Crioestaminal assume hoje junto da sociedade? A Crioestaminal disponibiliza desde 2003 o serviço de criopreservação de células estaminais do cordão umbilical. As células estaminais do cordão umbilical apenas podem ser colhidas no momento do parto e constituem uma opção de tratamento adicional em caso de necessidade. Hoje é possível guardar as células estaminais do sangue do cordão umbilical, que já podem ser utilizadas no tratamento de mais de 80 doenças e as células do tecido do cordão umbilical, atualmente a ser investigadas no âmbito da medicina regenerativa e já utilizadas com sucesso no tratamento da doença do enxerto contra o hospedeiro. Assim, a Crioestaminal possibilita o acesso às opções terapêuticas mais avançadas a todas as famílias que optem pelos nossos serviços. Através da nossa constante e consistente aposta na Investigação & Desenvolvimento promovemos, também, o alargamento de aplicações de vanguarda com células estaminais, contando atualmente com quatro patentes registadas. É nossa missão possibilitar aos nossos clientes, e à sociedade em geral, acesso às mais avançadas tecnologias nas áreas da medicina preventiva e personalizada.
SOBRE A CRIOESTAMINAL • A Crioestaminal tem mais de 70 mil amostras criopreservadas, é o mais antigo e maior da Península Ibérica e o quarto maior da Europa. • Foi o primeiro banco de criopreservação familiar em Portugal a libertar uma amostra e o que mais libertou: 8 amostras para 13 utilizações. • Foi o primeiro banco de criopreservação autorizado pelo Ministério da Saúde e é o único acreditado pela American Association of Blood Banks (AABB) . • É o único banco familiar em Portugal que investe em I&D (10% do volume de negócios), tendo registadas quatro patentes internacionais. • Tem operação em Portugal, Espanha, Itália e Suíça.
ANDRÉ GOMES
• Os estudos desenvolvidos pela Crioestaminal sobre aplicação terapêutica das células estaminais abrangem as áreas de oncologia, enfarte do miocárdio e, em especial, da diabetes.
A Crioestaminal disponibiliza desde 2003 o serviço de criopreservação de células estaminais do cordão umbilical. As células estaminais do cordão umbilical apenas podem ser colhidas no momento do parto e constituem uma opção de tratamento adicional em caso de necessidade
Em 2015 foram contabilizados mais de 40 mil transplantes com sangue do cordão umbilical em todo o mundo. Há garantias de eficácia do tratamento com células estaminais? Sim. De facto, já foram contabilizados mais de 40 mil transplantes com células estaminais do
sangue do cordão umbilical, sendo que estamos ainda a aguardar os dados finais relativos a 2016. O número de transplantes realizados, bem como as 80 doenças que são hoje possíveis tratar como doenças oncológicas, metabólicas, imunodeficiências entre outras, com recurso a estas células comprovam a eficácia do tratamento. Estão também a decorrer, a nível mundial, centenas de ensaios clínicos, nos quais as células estaminais estão a ser avaliadas para dezenas de novos tratamentos. A Crioestaminal conta também com 13 utilizações em oito crianças, uma num caso de imunodeficiência combinada severa (IPO do Porto) e sete no âmbito da paralisia cerebral (seis nos EUA e um em Espanha). A imunodeficiência severa é uma doença potencialmente fatal, com a qual a criança nasceu. Nesta terapia foi utilizada a amostra de células estaminais do irmão da
criança doente. Atualmente, a criança encontra-se curada. Nos casos de paralisia cerebral, foram realizados tratamentos nos EUA e em Espanha com as amostras das crianças com paralisia cerebral. Foram detetadas melhorias significativas na capacidade motora e cognitiva das crianças. É o único banco, de criopreservação de células estaminais do cordão umbilical, ibérico acreditado pela AABB (Associação Americana de Bancos de Sangue), sendo um dos mais influentes do mundo. Porque devem as famílias guardar ou doar o cordão umbilical à Crioestaminal? Aconselhamos as famílias a guardar as células estaminais do cordão de modo a terem uma opção adicional de tratamento no futuro, em caso de necessidade. Caso não considerem guardar, existe a opção de doar para desenvolvimento da investigação de novos tratamentos com células estaminais, no nosso Banco de Investigação, com o qual fomos pioneiros. A Crioestaminal é o banco familiar com mais amostras armazenadas e que mais contribuiu para tratamentos em crianças em Portugal. Na Europa, é o único banco com uma acreditação da AABB para o sangue e o tecido do cordão umbilical, que garante os mais elevados standards de qualidade deste setor. Somos o banco com mais experiência, mais qualidade e mais inovação, pelo que constituímos uma opção segura para todas as famílias. ▪
31 março 2017
A Crioestaminal foi o primeiro banco de criopreservação em Portugal, sendo o maior da Península Ibérica e o quarto a nível europeu. Quais são os momentos mais marcantes do laboratório? Quase a completarmos 14 anos, há muitos momentos a destacar. É sempre marcante e muito gratificante vermos amostras de células estaminais, guardadas por nós, serem utilizadas no tratamento de crianças. Foi particularmente marcante a utilização da primeira amostra, que aconteceu em 2007 no IPO do Porto, dez anos depois a criança encontra-se curada. Destacaria ainda a abertura do nosso laboratório, no maior parque de Biotecnologia do Pais, o Biocant, que atualmente conta com capacidade de armazenamento para 300 mil amostras e uma área de 500 metros quadrados, o reconhecimento da qualidade do serviço que prestamos e do rigor dos nossos processos pela Associação Americana de Bancos de Sangue e o registo da nossa primeira patente internacional em terapias celulares com sangue do cordão umbilical.
MAIS SAÚDE, MAIS FUTURO
» PRAXAIR NA SAÚDE
OPINIÃO DE josé Ramon Calvo, Diretor da Divisão Médica da Praxair Portugal&Espanha
A ANTECIPAÇÃO DA MUDANÇA Se há algo que identifica tudo o que está a acontecer nos últimos anos, é a mudança contínua. Situações que pareciam imutáveis deram lugar a uma nova realidade em que tudo é questionado e a Inovação, em especial as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), bem como a Investigação e Desenvolvimento desempenham um papel primordial.
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stamos todos familiarizados com conceitos inovadores como Capacitação do doente, Telemonitorização, Hospitalização domiciliária, Big Data, etc. Infelizmente, estes importantes conceitos coexistem no tempo com realidades como as restrições orçamentais nos serviços de saúde, o aumento da população a ser atendida pelo Serviço Nacional de Saúde devido ao aumento da longevidade e, claro, a necessidade de oferecer cuidados dignos e próximos do doente e seu meio ambiente (cuidadores e familiares), que foi definida como a humanização dos cuidados de saúde.
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A obrigação de todos os atores que compõem o Serviço Nacional de Saúde, incluindo as empresas de cuidados de saúde, é identificar esta situação, atuando de um ponto de vista interdisciplinar e oferecendo as nossas melhores soluções para os desafios com os quais todos nos deparamos. Acredito sinceramente que possamos agir de uma maneira diferente, concordante com os tempos em que vivemos. As tecnologias existentes permitem às empresas prestadoras de cuidados de saúde obter dados e parâmetros que aju-
A obrigação de todos os atores que compõem o Serviço Nacional de Saúde, incluindo as empresas de cuidados de saúde, é identificar esta situação, atuando de um ponto de vista interdisciplinar e oferecendo as nossas melhores soluções para os desafios com os quais todos nos deparamos
dam a melhorar a Adesão do doente a determinadas terapias e identificar aqueles que fazem uma utilização indevida das mesmas, detetando, portanto, situações que devem ser corrigidas e proporcionando uma ativa e significativa atuação junto de todos os interlocutores, em especial do doente e seus cuidadores. É inquestionável que a decisão final sobre a continuidade, ou não, da terapia deve recair sobre os prescritores das mesmas. No entanto, é igualmente verdade que se disponibilizados os dados adequados, para auxiliar a avaliação das situações mais complexas, se pode aumentar a eficiência tanto no diagnóstico como no tratamento e, desta forma, otimizar a utilização dos recursos existentes, garantindo a sustentabilidade do sistema e minimizando custos desnecessários que podem ser dedicados a outros doentes. Obviamente, esta solução exige a colaboração leal e entusiasta de todos os intervenientes: administração pública, profissionais de saúde, doentes, cuidadores e empresas. Na PRAXAIR, empresa com ampla experiência no setor da Saúde, em especial atuando na área de Gases Medicinais e na prestação de Cuidados Respiratórios Domiciliários, estamos firmemente convictos que se pode atuar antecipando-nos aos desafios e oferecendo alternativas às situações atuais, baseadas no uso adequado dos recursos e tecnologias que irão permitir manter, ou mesmo melhorar, a qualidade dos Serviços Prestados e, até, fazê-los extensível a outros grupos, atuando sempre de forma integrada com os Cuidados Hospitalares e Cuidados de Saúde Primários e salvaguardando o conceito de proximidade, que nos caracteriza e diferencia. Temos também como prioridade a colaboração com entidades reconhecidas na área da saúde, as quais acreditamos que são motores primordiais no desenvolvimento na promoção do conhecimento científico junto da sociedade. A colaboração empresarial entre empresas e unidades e centros de investigação, bem como sociedades científicas, associações
Na PRAXAIR, empresa com ampla experiência no setor da Saúde, em especial atuando na área de Gases Medicinais e na prestaç ão de Cuidados Respiratórios Domiciliários, estamos firmemente convictos que se pode atuar antecipando-nos aos desafios e oferecendo alternativas às situações atuais, baseadas no uso adequado dos recursos e tecnologias que irão permitir manter, ou mesmo melhorar, a QUALIDADE dos Serviços Prestados e, até, fazê-los extensível a outros grupos
Programa de Doutoramento da Fundação da Ciência e Tecnologia. Adicionalmente, com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) foi instituido desde 2013, o Prémio Praxair-SPP que visa distinguir e estimular a realização de projetos de investigação em Portugal. Também com a SPP, e em parceria com o Grupo de doenças respiratórias (GRESP) da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), foi desenvolvido um documento (Pocket Guide) que reúne informação relativa aos cuidados respiratórios domiciliários disponíveis e respetivas indicações. Finalmente, destacamos a parceria com a Fundação Portuguesa do Pulmão para que em 2017 possamos trabalhar conjuntamente no desenvolvimento de programas específicos na área da educação para a saúde, autogestão da doença e capacitação dos doentes e cuidadores informais. Somos um parceiro leal e de confiança. Estamos convencidos e preparados para liderar e gerir a mudança. Contem connosco para este desafio. ▪
33 março 2017
de profissionais e de doentes devem ser promovidas, dado que permite uma atuação integrada com vista a um bem comum: Melhoria da Qualidade de vida e Promoção para a Saúde. Acreditamos no conceito da Medicina 4P: Personalizada, Predictiva, Preventiva e Participativa. É esta mudança de ponto de vista que acreditamos ser disruptiva e que muda efetivamente tudo. As sinergias que a PRAXAIR tem promovido nos últimos anos com entidades ligadas à investigação e desenvolvimento do conhecimento permitem-nos implementar programas específicos alinhados com este conceito. Pretendemos cada vez mais trabalhar a Saúde Respiratória, não a Doença. Destacamos, a título de exemplo, a colaboração ativa da PRAXAIR no Programa Doutoral em Saúde Ambiental EnviHealth&Co, um Inovador Programa da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, a desenvolver em ambiente empresarial e que após avaliação por um painel de peritos internacional, foi aprovado como
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15 de julho
Já estiveram no Rio de Janeiro, Tóquio, Moscovo, Washington, Dubai, Paris e Berlim. E no dia 15 de julho sobem ao palco do MEO MARÉS VIVAS para uma noite memorável e única.
MÚSICA
Mil milhões de pessoas em risco de perder audição por ouvir música alto pontos de vista
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Mais de mil milhões de pessoas estão em risco de perda auditiva em todo o mundo devido ao hábito constante de ouvir música em alto volume durante longos períodos de tempo, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de mil milhões de pessoas estão em risco de perda auditiva em todo o mundo devido ao hábito constante de ouvir música em alto volume durante longos períodos de tempo, segundo dados da OMS. No Dia Mundial da Audição, que se assinala esta sexta-feira, a OMS lembra que a perda de capacidade auditiva, que afeta milhões de pessoas, “tem um enorme impacto na comunicação, FOTO: direitos reservados
lexus no mundo Vendas globais atingem novo record
BILHETES E PONTOS DE VENDA O preço dos bilhetes para a edição de 2017: - Bilhete Diário: 35.00 eur - Passe Geral: 60.00 eur - Passe Geral VIP: 150.00 eur Locais de venda: Ticketline, Blueticket, FNAC, CTT, Masqueticket
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No dia 15 de julho a banda alemã regressa a Vila Nova de Gaia 8 anos depois. Tendo assinalado cinco décadas de carreira no ano passado, prometem oferecer ao público do MEO MARÉS VIVAS um conceito cheio de energia, onde os clássicos serão revisitados. O seu último álbum “Return to Forever”, o 18.ºda banda foi editado em fevereiro de 2015. Os Scorpions - Klaus Meine, Rudolf Schenker e Matthias Jabs – os três jovens de Hannover tornaram-se ao longo da sua carreira uma das mais bem-sucedidas bandas de rock. Nestes 50anos foram considerados a melhor banda da Alemanha, ou melhor da Europa Continental, e são a prova viva de que não só a VW, MERCEDES ou BMW são capazes de competir internacionalmente, mas a música rock clássica feita na Alemanha também. Uns sem número de bandas, incluindo os The Smashing Pumpkins, os Green Day, Korn, System Of a Down, realizaram covers dos Scorpions ao longo das últimas décadas. Só a “Rock You Like a Hurricane” contabilizou 150 interpretações diferentes. Devem ainda ser mencionados os mais de 100 milhões de discos vendidos até à data. Isto faz com que sejam a banda rock de maior sucesso de toda a Europa. Os inúmeros prémios de ouro, prata ou platina são apenas um lado da história de Scorpions. O outro é o lado de viajar. Nenhuma outra banda rock deste calibre, depois de tantos anos sobe ao palco como os nativos de Hannover.
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Os Scorpions são a mais recente confirmação do MEO MARÉS VIVAS
educação, emprego, bem como nas relações sociais e emocionais”. Calcula-se que, em todo o mundo, cerca de 360 milhões de pessoas vivam com uma perda de audição que é considerada incapacitante e que 330 milhões de pessoas sofram de infeções crónicas nos ouvidos. A OMS revela ainda que cinco em cada mil crianças nascem com surdez ou dificuld a d e s auditivas, enquanto um terço dos adultos com mais de 65 anos apresentam perda de audição.
Em 2016, a Lexus International vendeu 677.615 automóveis, o correspondente a um aumento de 4% relativamente a 2015 (652.451 unidades). O desempenho de 2016 marca, também, o quarto record global de vendas consecutivo da marca. “Estamos francamente satisfeitos com os nossos resultados globais de vendas, ainda mais perante um mercado como o de luxo, cada vez mais desafiante e em que os clientes têm hoje mais opções do que nunca. Resultados como os que fecharam o nosso ano de 2016 vêm validar a estratégia global da Lexus: foco no cliente, no produto e no design. A nossa expansão assenta num crescimento estável e sustentado, que equilibre o crescimento e as vendas entre os mercados mais maduros e as regiões emergentes.”, explica Tokuo Fukuichi, Presidente da Lexus International. Mercados como o Japão, a Europa, a China, o Leste Asiático e a Oceânia, registaram novos recordes de vendas anuais. Pelo quinto ano consecutivo, o Japão bateu o seu record de vendas (52.149 unidades), catapultando a marca Lexus para a segunda posição no mercado premium daquele país. Pela primeira vez na história da marca, as vendas da Lexus na China passaram a barreira das 100 mil unidades, com um total de 109.151 unidades vendidas naquele mercado. 2017 traz consigo o tão ansiado lançamento do coupé de luxo, LC, a par do renascimento do clássico sedan, LS. Ambos de segmentos elevados, estes modelos apontam a marca em direção ao um estilo apaixonado, a um irrepreensível desempenho e às tecnologias visionárias. Paralelamente, o modelo UX, revelado no Salão do automóvel de Paris em setembro do ano passado, introduz alguns dos mais modernos conceitos Lexus na categoria crossover. Para o Vice Presidente Executivo da Lexus International Yoshihiro Sawa, “2017 será um ano de expansão e desenvolvimento da marca, tendo como base os lançamentos do LC e do LS. A linguagem, o estilo, o desempenho, a identidade e a emoção que estes dois modelos transmitem serão fundamentais na comunicação da nossa imagem nos segmentos de luxo e lifestyle”.
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ENSINO
Exames de português nos EUA vão dar mais visibilidade ao ensino da língua portuguesa MUNDO ANIMAL
créditos para candidaturas ao ensino superior através de exames de português será possível já a partir de abril, esclareceu. “O facto de o português passar a ser também, a partir deste ano, uma língua cuja proficiência credita para efeitos de acesso ao ensino superior significa poder unir os dois segmentos”em que é ensinada, salientou Santos Silva. O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que o ensino do português nos Estados Unidos tem dois segmentos, sendo o primeiro dirigido a comunidades portuguesas e lusodescendentes, focado nos ciclos básico e secundário.
Veterinários retiram 915 moedas do estômago de tartaruga
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Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, a possibilidade de os estudantes nos Estados Unidos obterem créditos pela aprendizagem do português dá “maior coerência e visibilidade” ao ensino da língua naquele país. Augusto Santos Silva sublinhou, em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, que o facto de estudantes nos Estados Unidos poderão realizar, pela primeira vez, um exame de língua portuguesa para obterem créditos no acesso às principais instituições norte-americanas de ensino superior “permite dar maior coerência e visibilidade ao ensino do português nos EUA”. A obtenção de
ARTE
Duas galerias portuguesas na Feira de Arte e Antiguidades de Maastricht pontos de vista
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Duas galerias portuguesas vão participar na 30.ª Feira de Arte e Antiguidades de Maastricht (European Fine Art Fair - TEFAF), na Holanda, uma das maiores do mundo, que decorrerá de 10 a 19 de março, segundo a organização. Entre as 270 galerias de mais de duas dezenas de países presentes no certame estarão as galerias portuguesas de Jorge Welsh, de Lisboa, e Luís Alegria, do Porto, ambos antiquários. Este ano, uma das secções do certame - a TEFAF Curated, com arte contemporânea - terá como curadora Penelope Curtis, diretora dos museus da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Para esta secção, será selecionado um conjunto de galerias com trabalhos de artistas contemporâneos com trabalhos sobre o tema “A figura reclinada”. Quanto a galerias de Portugal, na TEFAF vão estar os antiquários Jorge Welsh, que possui galerias em Lisboa e em Londres, especializadas em porcelanas orientais e em arte relacionada com os Descobrimentos portugueses, e Luís Alegria, antiquário do Porto, que se dedica essencialmente à porcelana chinesa dos séculos XV a XIX, marfins, azulejos portugueses dos séculoS XVII a XIX, e ao mobiliário dos séculos XVII e XVIII.
EUA
Donald Trump assinou nova ordem executiva anti-imigração Ordem executiva mantém restrições aos mesmos países, com exceção do Iraque. Recorde-se que, há cerca de seis semanas, uma primeira ordem executiva que restringia a entrada nos EUA de refugiados e de cidadãos oriundos de sete países de maioria muçulmana causou polémica. Houve caos nos aeroportos, várias histórias de cidadãos com vistos que ficaram retidos foram noticiadas e houve mesmo advogados que se ofereceram para ajudar imigrantes. Trump volta agora ‘à carga’ com nova ordem executiva anti-imigração, uma que conta com algumas diferenças em relação às anteriores. Desta vez há um país que antes integrava a ‘lista negra’ e que agora fica de fora: o Iraque. As restrições aplicam-se assim aos seguintes seis países: Somália, Sudão, Síria, Iémen, Líbia e Irão. Mantém-se igualmente os 90 dias como período de vigência das restrições. As pessoas com autorização de residência e titulares de vistos estão protegidos destas restrições e poderão continuar a viajar para os EUA. Com esta nova ordem, Trump mantém também o ‘travão’ à entrada no país por 120 dias para refugiados. As únicas exceções serão os que já tinham autorização para entrar nos EUA.
A superstição de atirar moedas para fontes e lagos para dar sorte quase matou uma tartaruga marinha, de uma espécie em vias de extinção, na Tailândia, que acumulou mais de 900 moedas no estômago, removidas entretanto por veterinários. A tartaruga marinha fêmea, que ganhou a alcunha de ‘Banco’, estava a morrer de uma infeção causada pela rotura da sua carapaça ventral, causada pelos cinco quilos de peso das moedas A operação à tartaruga marinha verde, de 25 anos, foi feita por uma equipa de veterinários de Banguecoque, cirurgiões da Faculdade de Veterinária da Universidade de Chulalongkorn. As 915 moedas formaram uma bola no estômago do animal e os especialistas não a conseguiram remover inteira pela incisão de 10 centímetros que tinham feito. Assim, demoraram quatro horas a extrair poucas moedas de cada vez, muitas delas parcialmente corroídas ou já meio dissolvidas. “O resultado é satisfatório. Agora até que ponto vai a recuperação já depende da ‘Banco’”, declarou Pasakorn Briksawan, um dos elementos da equipa. A tartaruga vai ficar em dieta líquida nas próximas duas semanas. Muitos tailandeses acreditam que atirar moedas às tartarugas traz longevidade e foi isso mesmo que ao longo de vários anos fizeram que visitava o lago onde vivia a tartaruga ‘Banco’, na cidade de Sri Racha (Leste da Tailândia).
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INOVAÇÃO E PRODUTO
» GS1 PORTUGAL EM DESTAQUE
Sempre com uma visão de futuro A inovação e a aposta nas tecnologias fazem parte do adn da GS1®Portugal, uma marca de renome e de enorme credibilidade. A Revista Pontos de Vista conversou com João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1®Portugal (CODIPOR), que nos deu a conhecer um pouco mais do potencial da mesma. Saiba mais.
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Como seria o comércio sem códigos de barras? Imagine uma ida ao supermercado onde, ao chegar à caixa, tivesse que procurar a informação do produto numa lista com todos os produtos da loja. É impensável. E isto é apenas a face visível da utilização de um código de barras.
Como indiquei anteriormente, o código de barras é o Standard GS1 mais conhecido que permite transportar a informação de um produto, da origem ao consumidor final, partilhando os dados entre os diferentes intervenientes ao longo da “viagem” do produto na cadeia de valor. É como o “cartão de cidadão” dos produtos.
JOÃO DE CASTRO GUIMARÃES
inovação A palavra inovação está assinalada na organização, também, no novo edifício do Centro de Inovação e Competitividade da GS1 Portugal, com a fachada do artista Vhils. É a diversidade reconhecida do artista que, igualmente, descreve a empresa? A inovação faz parte da génese da GS1 Portugal. É uma característica mas também uma exigência da nossa atividade uma vez que, enquanto facilitador de confiança das empresas, a evolução dos negócios obriga a uma constante inovação. Por outro lado, enquanto organização multissetorial, a diversidade é também um dos nossos pilares. É uma característica também ela intrínseca em tudo o que fazemos. Nesse sentido, a colaboração do Vhils nesta obra foi o culminar de um projeto em si inovador e disruptivo, não só pela arquitetura como pela tecnologia utilizada no interior. A fachada é a primeira intervenção edificada não destrutiva do artista. Uma obra de arte que cria a simbiose perfeita entre Standards, arquitetura e arte num projeto todo ele pensado em torno dos códigos e do conceito de construção versus desconstrução de identidades.
Fala-se de um projeto-piloto da GS1 Portugal sobre a aplicação dos códigos de barras no setor da saúde. O que já foi apurado sobre esta aplicabilidade? A implementação de códigos GS1 no setor da Saúde é uma realidade em Portugal. O projeto desenvolvido no Hospital de Cascais em parceria com a GS1 Portugal é um destes exemplos. Através da substituição dos códigos proprietários por códigos GS1, no circuito do medicamento, o hospital alcançou poupanças em termos de tempo despendido pelos profissionais, redução das taxas de erros e, claro, maior segurança para o doente. Um projeto reconhecido pela GS1 Healthcare através da atribuição do primeiro prémio internacional GS1 Healthcare Award, entregue pela primeira vez a Portugal. Não obstante, já em 2014, a consultora Augusto Mateus & Associados desenvolveu um estudo que estimou a poupança a dez anos até 800 milhões de euros para o Setor Público da Saúde proporcionada pela utilização de Standards Globais GS1. Por último, a publicação dos atos delegados da Diretiva Medicamentos Falsificados 2011/62/UE, a 9 de Fevereiro de 2016, vem tornar obrigatória a utilização de um código único, inequívoco e global nos medicamentos até 2019. Para 2017 está já prevista uma normativa semelhante para os dispositivos médicos. Diretivas que tornam a implementação do Sistema GS1 uma realidade para um setor até então desalinhado em termos de alinhamento da informação. A nova sede é também um centro interpretativo ativo dos Standards GS1. Como funciona a mesma? Falamos do Centro de Inovação e Competitividade, que está situado no piso térreo da nossa nova Sede. Um espaço com aproximadamente 450m2 que propõe uma viagem pelo mundo dos Standards GS1. Neste espaço, os visitantes têm acesso a uma visita interativa e dinâmica que permite dar a conhecer os benefícios do Sistema GS1, “ao vivo e a cores”. Através de seis módulos expositivos, percebemos de que forma os Standards GS1 estão presentes no dia a dia da vida de todos os visitantes, de manhã à noite, em qualquer ponto das cadeias de valor, nos mais diferentes setores, da origem ao consumidor final. ▪
LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
37 março 2017
s códigos de barras conquistaram diferentes e muitos setores de atividade. Passaram 30 anos desde a sua introdução em Portugal. Por que transformações passará o sistema agora, no século XIX? A GS1 Portugal foi fundada em 1985 decorrente da necessidade do setor do Retalho & Bens de Consumo em criar uma linguagem que permitisse a fornecedores e retalhistas alinhar a informação dos produtos. Era necessário um Sistema que identificasse de forma inequívoca os produtos e, simultaneamente, permitisse a partilha dos dados desses mesmos produtos da origem ao consumidor final. Em suma, e com a criação do primeiro hipermercado, a quantidade e complexidade da informação exigia um sistema normalizado para facilitar o dia a dia das empresas que garantisse a eficiência, rastreabilidade, transparência e segurança nas cadeias de valor. Foi assim que a GS1 introduziu o código de barras em Portugal. Um código que veio revolucionar a forma de fazer negócio e conferir um conceito de modernidade na então emergente Distribuição Moderna. Um modelo que conquistou a confiança de outros setores, sendo hoje transversal às diferentes áreas de atividade económica. Três décadas depois, foram várias as alterações, não só na forma de fazer negócio como no perfil do consumidor. Enquanto parceiro de confiança das empresas, pretendemos continuar a melhorar a competitividade de todos os agentes das cadeias de valor através de soluções, standards e transferência de conhecimento que a tornem mais eficiente e sustentável proporcionando maior valor para o consumidor. No que concerne aos desafios do futuro, estamos perante uma segunda disrupção: garantir a qualidade da informação dos produtos. O e-commerce impulsionou a era da hiperinformação. Uma era que apresenta agora a necessidade da validação dos dados, uma vez que cerca de 70% da informação dos produtos apresenta incorreções e, por isso, um dos desafios prioritários para a GS1 Portugal. Outros serão os desafios decorrentes das macrotendência de contexto, como é exemplo a transparência, a fidelização de um consumidor cada vez mais exigente, a total rastreabilidade e o novo modelo de loja do futuro. Prioridades que refletem o surgimento de uma nova rede de valor colaborativa e, acima de tudo, a realidade omnicanal na qual a GS1 Portugal pretende continuar a apoiar as empresas enquanto facilitador da unidade de ação.
INOVAÇÃO: ANÁLISE SENSORIAL E DE PERCEÇÃO DE PRODUTO
» AQUALEHA EM DESTAQUE
“É INEGÁVEL QUE O CONSUMIDOR É O FOCO DE TODOS OS PRODUTOS CRIADOS”
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A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Ana Catarina Pinto, Responsável do Pólo de Análises da AQUALEHA, para nos explicar a importância que a Análise Sensorial assume atualmente no setor alimentar e no que diz respeito à segurança e qualidade dos géneros alimentícios.
AQUALEHA opera em diversos países da Europa. Para contextualizar o nosso leitor, o que é a AQUALEHA? A AQUALEHA é uma associação Francesa sediada em Vitré na Bretanha e resulta da fusão a 1 de janeiro de 2015 do laboratório de análises LEHA com a AQUA, empresa de consultoria, auditoria e formação. O LEHA teve o seu início de atividade em 1984 começando por se focar no controlo microbiológico da indústria alimentar e da grande distribuição tendo, posteriormente, evoluído para as áreas de análises físico-químicas, BSE, PCR, análise sensorial, tanto na área alimentar, como não alimentar. A AQUA, criada em 1995, resulta do reconhecimento da importância da melhoria da qualidade de produtos e serviços, valorização profissional na cadeia alimentar, gestão da segurança do trabalho, acrescentando valor para o cliente. Com mais de 220 colaboradores distribuídos entre França, Portugal, Bélgica e Polónia, que contribuem para garantir a excelência dos serviços. A AQUALEHA é uma empresa orientada para a satisfação e fidelização dos seus clientes e colaboradores. Disponibilizando várias análises acreditadas, certificada e com serviços autorizados no âmbito da legislação dos diversos países em que estamos presentes. Em janeiro de 2001, em Torres Novas, nasce o nosso laboratório com instalações dedicadas à análise sensorial, orientado para os estudos ao consumidor e aceitação dos produtos no mercado nacional.
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A AQUALEHA identifica a inovação, desenvolvimento e formação dos seus colaboradores como pedra basilar para a garantia da solidez e desenvolvimento das suas organizações. Que serviços a AQUALEHA disponibiliza aos seus clientes e em que aspetos se diferencia e se destaca dos demais no setor? A AQUALEHA é uma das três entidades reconhecidas pela DGAV para organizar e ministrar cursos de Formação em Higiene e Segurança Alimentar para manipuladores de carnes e seus produtos. Sendo uma empresa francesa traz consigo o know-how desde 1990, mas também as mais
ANA CATARINA PINTO
recentes evoluções no âmbito da análise sensorial fazendo parte ativa da comissão técnica da “AFNOR Analyses sensorielles” disponibilizando ainda a nível nacional e internacional uma variedade de serviços, entre os quais: - análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais: a produtos alimentares, não alimentares e águas; - Auditorias QAS e HACCP; - Avaliações de Riscos Profissionais; - Formações várias. As empresas do setor alimentar têm como principal objetivo assegurar a segurança e a qualidade dos géneros alimentícios, garantindo desta forma a confiança dos consumidores. A Análise Sensorial assume-se, pois, como uma ferramenta importante. Porquê? Em que consiste este conceito e quais são os seus métodos? É inegável que o consumidor é o foco de todos
os produtos criados. Existem os mais variados controlos de qualidade ao longo da cadeia, da produção até à venda ao consumidor final, em que a análise sensorial tem sido cada vez mais valorizada. Em Portugal, a análise sensorial como controlo de qualidade realizado por uma entidade externa faz parte das novidades deste milénio, mas na realidade já existia internamente, pois nenhum produto era produzido se não existisse uma aceitação do mesmo. Para o consumidor o custo não é tudo, os produtores e distribuidores reconhecem cada vez mais a necessidade de melhor conhecer os seus produtos. A análise sensorial é aplicada de acordo com o objetivo pretendido do estudo. Independentemente do objetivo é a utilização dos sentidos (audição, paladar, olfato, visão e tato) que permite medir a qualidade e características sensoriais de um produto. Existem testes hedónicos em sala com ambiente controlado ou ao domicilio onde o consumidor avalia produtos, de acordo com a sua experiência quotidiana. Definindo corretamente o painel, este tipo de avaliação pode ser aplicado a um iogurte, um champô, um tira nódoas, ou qualquer outro produto. Existem também os testes descritivos onde um grupo treinado, como um qualquer aparelho laboratorial, permite obter um resultado reprodutível e fiável das características e qualidades do produto. Ou ainda os testes discriminatórios, onde se procura detetar a presença ou ausência de diferenças sensoriais entre dois ou mais produtos. A análise sensorial permite responder a questões fundamentais de desenvolvimento e de acompanhamento dos produtos. Otimizar o desenvolvimento de novas gamas, controlar alterações, evoluir ou alterar formulações e matériasprimas sem colocar em risco a produção, bem como comparar produtos e o seu posicionamento face à concorrência. E muito importante, não nos podemos esquecer, a análise sensorial não é apenas usada para o consumidor “humano” mas também aplicada nos produtos de utilização animal. Pois, os nossos amigos de quatro patas também têm preferências e gostos, não basta o que faz bem, mas também o que sabe bem. ▪
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Formação Profissional no Porto
Com dois centros de formação a funcionarem no Porto e em Lisboa, a Fundação da Juventude renova este ano a sua aposta na Formação Profissional. O primeiro centro de formação do Porto foi criado em 2007, ainda na antiga sede da Fundação, na Casa da Companhia, na Rua do Ferraz, tendo sido deslocalizado em 2016 para a Rua Joaquim António de Aguiar nº 168, onde são hoje inauguradas as novas instalações. Com uma área total de 1400m2, o renovado espaço de formação disponibiliza uma série de equipamentos destinados à Formação Profissional de jovens com o 3º ciclo do Ensino Básico ou equivalente e idade inferior a 25 anos. Enquanto entidade formadora acreditada pela Direção Geral de Emprego e Relações do Trabalho e protocolada do Instituto de Emprego e Formação Profissional, a Fundação da Juventude tem vindo nos últimos anos a promover Cursos do Sistema de Aprendizagem que privilegiam a inserção de jovens no mercado de trabalho, permitindo-lhes prosseguir os estudos, ao mesmo tempo que adquirirem certificação profissional. Trata-se de uma formação que não só alia a componente prática à teórica, como também apresenta uma estrutura curricular organizada, em função de importantes componentes de formação como seja a sociocultural, científica, técnica ou em contexto de trabalho. Além da Formação Profissional, o Centro de Aquisição de Competências Vasco Faria possui Formações Modelares Certificadas – UFCD’s que são unidades de formação, de curta duração, que permitem adquirir e desenvolver conhecimentos e competências, em alguns domínios de âmbito geral ou específico, melhorando o desempenho profissional, a ativos empregados ou desempregados.
CINEMA
O primeiro beijo gay na Disney
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Fundação da Juventude inaugura espaço RESTAURAÇÃO
McDonald’s com entrega ao domicílio? A perder terreno para a concorrência, a multinacional norte-americana McDonald’s revelou os seus objetivos de crescimento para os próximos anos. Entre as novidades avançadas pelos executivos da empresa estão a aposta nos serviços de entrega e a possibilidade de se poder pedir e pagar através de um smartphone. Está entre as 10 marcas mais valiosas do mundo, mas nos últimos anos tem assistido a uma diminuição das receitas. Segundo o presidente da McDonald’s nos Estados Unidos, Chris Kempczinski, a empresa perdeu, nos últimos quatro anos, perto de 500 milhões de visitas para a concorrência, um número nada fácil de comunicar ao mercado. Mas o gigante da restauração sabe que tem armas e está longe de baixar os braços - e a estratégia com que planeia recuperar clientes e aumentar receitas foi o grande tema do encontro com investidores que se realizou esta quarta-feira, em Chicago. A partir de 2019 a empresa tem por objetivo aumentar o seu crescimento anual entre 3% e 5%. Nas novidades apresentadas a maior aposta é no serviço de entregas ao domicílio, uma opção que a tanto a McDonald’s como a concorrência já tem em alguns mercados, mas que a empresa quer agora reforçar. “O mercado de entregas é um mercado do tamanho de cem milhares de milhões de dólares e está a explodir”, disse a vice-presidente Lucy Brady e que está à frente desta nova estratégia da empresa. “Há oportunidades fantásticas que ainda não aproveitámos”, acrescenta. Para a vice-presidente, esta aposta acaba por se tornar vantajosa para a companhia já que 75% da população dos cinco principais mercados da empresa vivem perto de um restaurante McDonald’s. “Estamos mais perto dos clientes do que qualquer outra companhia de restauração no mundo”, afirmou.
Cultura
Acontece no episódio 22 da série de animação “Star Vs The Force of Evil”. Apesar de discreto, o beijo gay é algo completamente inédito numa produção da Disney A situação surge de forma bastante discreta, facilmente passando despercebida, mas trata-se do primeiro beijo gay numa animação da Disney. Foi transmitido no episódio 22 da série “Star Vs The Force of Evil”. A cena ocorre quando a protagonista Star Butterfly – uma princesa mágica enviada de outro mundo para a Terra – encontra-se com o seu melhor amigo Marco a assistir a um concerto e, conforme a banda começa a tocar o tema “Just Friends”, todos os casais presentes beijam-se, surgindo entre eles um casal gay. A estreia de um beijo gay na Disney ocorre após os realizadores de Vaiana terem declarado que apoiam totalmente a ideia de no futuro terem uma princesa LGBT (lésbica, gay, transgénero e queer) num dos filmes da produtora de animação.
março 2017
No próximo dia 16 de março a Cinemundo estreia em cinema a primeira longametragem realizada por Diogo Morgado: MALAPATA. Com registo de comédia, MALAPATA junta no grande ecrã atores consagrados da comédia portuguesa como Rui Unas, Marco Horácio, Luciana Abreu, Manuel Marquese, numa lógica de diversificação artística, o mágico Luís de Matos a cantora Ana Malhoa. Combinando humor com contornos místicos, MALAPATA retrata o clímax em que as personagens Carlos (Rui Unas) e Artur (Marco Horácio) ficam de um dia para o outro alegadamente milionários e, a partir daí, iniciam juntos toda uma saga de disparatadas excentricidades. Como a sorte nunca vem só, esta onda de fortuna é de pouca dura e por isso são assombrados por uma estranha série de bizarros azares… E vítimas de uma inexplicável MALAPATA. Que MALAPATA é esta? Por que é que isto lhes está a acontecer?Carlos e Artur vão perceber pelo caminho que as melhores coisas da vida não se compram. #MALAPATA É NÃO VER ESTE FILME - 16 DE MARÇO NO CINEMA.
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MALAPATA - 16 de março no cinema
BREVES BREVES
corner fashion
pacifique sud inaugura primeira loja A marca de vestuário, Pacifique Sud, abriu no passado dia 1 deste mês o seu primeiro espaço de venda ao público. Trata-se de um “Corner Fashion”, dentro do espaço partilhado WorkShops – Pop Up, no 275, da Rua do Almada, no Porto. “A marca apresentou no último ano um forte crescimento. A procura dos nossos produtos levou à necessidade de abertura do nosso primeiro espaço comercial. Trata-se de um showroom conceptualizado e decorado à imagem da marca, onde concentramos toda a oferta de produtos Pacifique Sud”, sublinham os empreendedores da marca Raquel Ribeiro e João Freitas. Este espaço da Pacifique Sud no WorkShops – Pop Up, no 275, da Rua do Almada, no Porto, conta com a decoração do designer de mobiliário António Rial (Letters à la Carte), que aceitou o convite da Pacifique Sud. Baseado no amarelo e azul da marca, do sol e do mar, e com uma dose de espírito urbano, descontração e baseado nas atividades radicais e ao ar livre, a primeira loja Pacifique Sud apresenta assim aos seus clientes um espaço com materiais reciclados, e uma decoração com analogias ao mar e aos desportos radicais, nunca esquecendo o toque vintage que a própria marca transpira.
não perca
NOS Alive destacado como festival a não perder Quem já foi ao NOS Alive rapidamente percebe que este não é apenas feito para portugueses. A circular por entre a multidão cada vez os estrangeiros são mais vistos. De ano para ano o NOS Alive está a crescer e isso está muito relacionado com a sua boa promoção e que seja falado nos quatro cantos do planeta. Desta vez foi a conceituada revista Time Out London que deu o merecido destaque ao festival e nomeou-o como “a não perder”. “Antes conhecido por Optimus Alive, este festival português à beira-mar consegue ter ‘lineups’ impressionantes, conseguindo facilmente agradar a todos os gostos. E a localização não podia ser a melhor”. “Poderá literalmente sair do comboio e chegar logo ao local do festival, sem ter de esperar por um shuttle, autocarros ou outros transportes para chegar lá”, pode ler-se. Este ano a edição do NOS Alive já conta com as confirmações de Foo Fighters, The Weeknd, The XX, Depeche Moche, Alt-J e Savages.
18 de Março
Canal Panda apoia UNICEF com cinema solidário
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“Cinema Solidário” é a proposta do Canal Panda e da NOS para a manhã do dia 18 de março, uma iniciativa que pretende reunir pais e filhos em onze cinemas NOS do país, para assistir a grandes filmes de animação, a preços especiais, que revertem a 100% para a Unicef Segundo Jorge Ruano, diretor de Marketing e Comunicação da Dreamia,”A Dreamia, através do Canal Panda, orgulha-se de realizar esta iniciativa em parceria com a NOS em prol da UNICEF. Estamos empenhados em fazer do ‘Cinema Solidário’ uma grande festa, com a participação de muitas das personagens tão queridas dos mais pequenos”. Mínimos, Cegonhas, A Vida Secreta dos Nossos Bichos e Cantar!, são os filmes em cartaz, disponíveis para todas as famílias que quiserem passar uma manhã diferente, aliando a magia da sétima arte ao caráter solidário, na medida em que a venda dos bilhetes servirá para ajudar a UNICEF na sua missão de apoio ao desenvolvimento de todas as crianças. Lisboa, Cascais, Almada, Porto, Faro, Coimbra, Viseu, Aveiro, Braga, Vila Real e Madeira, são as onze cidades que vão acolher esta iniciativa nos cinemas NOS, com sessões que terão início pelas 11h00 de sábado, dia 18 de março e bilhetes simples já à venda nas bilheteiras dos cinemas aderentes a um preço especial de 2€.
find your balance
Qualifica 2017 de16 a 19 de março Joalharia portuguesa premiada Inspirada pela filigrana, a designer contemporânea representa uma força da arte em Portugal. Liliana Guerreiro, designer de joias portuguesa, foi distinguida com o prémio “Melhor Peça de Joalharia”, numa das maiores feiras de joalharia da Europa, a Inhorgenta Munique, no passado domingo. O colar “Elementos” foi a peça vencedora da categoria eleita por votação online, entre as 33 peças pré-selecionadas pelo júri. Para Liliana Guerreiro, “é uma honra, não só porque se trata de um importante reconhecimento do meu trabalho, mas sobretudo porque valoriza aquilo que a joalharia portuguesa representa atualmente: a aliança entre a herança da tradição e a visão contemporânea do design. É por isso que partilho este prémio com os dois grandes mestres artesãos, Guilherme e Joaquim Rodrigues, que produziram esta peça premiada”. Liliana Guerreiro é uma percursora da joalharia contemporânea portuguesa. A designer é natural de Viana do Castelo e é na filigrana que busca inspiração para o seu trabalho.
«Find your balance» é o mote para a Qualifica 2017, que se realizará de 16 a 19 de março de 2017, na Exponor, e onde o ponto de equilíbrio entre os benefícios de todas as funcionalidades digitais e os comportamentos viciantes vai estar em destaque, com conselhos de especialistas para um uso equilibrado das tecnologias. “Vamos fazer um Snap? Já viste o meu Insta? Vou postar um vídeo! Taga a minha foto!” Esta é linguagem dos tempos modernos que domina as conversas entre os nossos jovens. Será assim tão prejudicial? Talvez não, talvez sim, mas é certo que a adoção de termos digitais no vocabulário corrente dos mais novos é o reflexo da forma como as novas tecnologias entraram nas suas vidas. A Qualifica cumpre assim a sua missão de ajudar os jovens a traçarem um rumo para a sua vida futura, mantendo-os conectados à rede, mas também focados no mundo real e, muito particularmente,nasoportunidadesdequalificação. Durante quatro dias, esta feira de juventude, emprego, formação e educação concentrará na Exponor uma vasta oferta em todas as áreas, fazendo-o de uma forma lúdica e distendida, já que se pode falar de coisas sérias a brincar. Serão quatro dias que podem ajudar a traçar novos rumos.
Aldeias de Portugal | Projeto 7 Maravilhas DE PORTUGAL
» CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DO SUL
SÃO PEDRO DO SUL
CANDIDATA ALDEIAS A MARAVILHAS DE PORTUGAL
Pedro Mouro, Vice-Presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, explica que características distinguem as três aldeias candidatas do município ao projeto 7 Maravilhas de Portugal.
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assaram dez anos após a estreia em Portugal do projeto 7 Maravilhas, o prémio volta agora, desta vez com enfoque nas aldeias portuguesas. Falar em aldeias é, para muitos portugueses, sinónimo de família, de origem, de boas recordações… Valorizar um Portugal desconhecido ou até adormecido é um dos objetivos principais do projeto previsto para 2017. Até dia 7 de março estiveram abertas as candidaturas das aldeias nas seguintes categorias: Aldeias com História, Aldeias de Mar, Aldeias Ribeirinhas, Aldeias Rurais, Aldeias Remotas, Aldeias Autênticas e Aldeias em Áreas Protegidas. Esta é uma iniciativa apoiada pela Secretaria de Estado do Turismo e pelo Turismo de Portugal, a nova edição das 7 Maravilhas vai ao encontro de um projeto do Governo: querer transformar as aldeias em produtos turísticos. O município sampedrense, conhecido, também, como a capital do termalismo, apresentou candidatura pelas aldeias da Pena, Covas do Monte e Manhouce. Em resposta ao porquê desta escolha entre tantas, Pedro Mouro explica que estas reuniam todos os critérios exigidos nesta primeira fase de seriação, que terminou. “O concelho de São Pedro do Sul tem muitas aldeias com elevada atratividade turística e portanto foi difícil escolhermos. Como não podíamos selecionar todas, a escolha incidiu sobre os critérios exigidos na fase de candidatura. Decidimos candidatar a Aldeia da Pena, a Aldeia de Covas do Monte e a Aldeia de Manhoso, uma vez que no universo de que dispomos de aldeias típicas e com alguma relevância julgamos que estas reúnem os critérios para ganhar, efetivamen-
te, o concurso e já tendo estas características em combinação com uma capacidade de atrair o turismo, queremos com esta candidatura dinamizar e promovê-las para que cresçam sob o ponto de vista, não só turístico, como também económico. Serem mais promovidas para, num futuro próximo, serem mais visitadas”.
ALDEIAS CANDIDATAS
Em comum, refere Pedro Mouro, têm “desde logo a sua localização geográfica, junto à serra da Arara, com um enquadramento espantoso, com uma autenticidade e preservação mantidas ao longo dos tempos. São especiais por serem aldeias com uma população muito reduzida mas com hábitos muito genuínos, donos de um caráter e expressão rural muito positiva, todas elas com uma frequência efetiva da agricultura, da pecuária e da criação de gado. “Pela forma de como por todo o país se fala das nossas aldeias e as visita pensamos que têm requisitos que as façam ganhar”. Pedro Mouro afirma ainda que “as populações estão habituadas a receber as pessoas que aparecem para conhecer as aldeias” e que o reconhecimento que poderá advir com a atribuição de Maravilhas de Portugal, “pode trazer mais um estímulo para que elas, a população, possam tornar-se os maiores dinamizadores de todo o desenvolvimento local. O objetivo com este reconhecimento é exatamente nesse sentido: de crescimento, de trazer mais pessoas, fixar os residentes e atrair novos, talvez. Tudo o que vá de encontro ao desenvolvimento da economia local”. ▪
ALDEIA DE COVAS DO MONTE
Situada na serra de São Macário, Covas do Monte encontra-se a 450 metros de altitude. A paisagem em tons de verde deslumbra com montanhas em toda a sua volta. A aldeia fica na base da montanha com ruas estreitas e curvas e o aglomerado de casas, quase todas construídas em xisto e com telhados lousa, onde a reduzida população vive da pastorícia. Enchidos e carne de qualidade são marcas da gastronomia local. O restaurante da aldeia, o Restaurante da Associação dos Amigos de Covas do Monte, situa-se numa antiga escola primária, dotado de uma bonita vista para a serra e com uma ementa de pratos característicos da região. O cabrito da Gralheira e a vaca Arouquesa são os pratos aconselhados.
ALDEIA DE MANHOUCE
Uma aldeia histórica. Servia os recoveiros e almocreves, que faziam dela um ponto para passar a noite. Manhouce é uma aldeia serrana situada em plena Serra da Gralheira. Em tempos longínquos este era um lugar obrigatório de paragem para quem atravessava a estrada romana que ligava Viseu ao Porto. Hoje a sua reputação deve-se às tradições e principalmente ao canto. O Canto é património incalculado, defendido pelas personagens mais marcantes de Manhouce, Isabel Silvestre e o grupo de Cantares de Manhouce. Poderá observar-se o javali, o coelho bravo, a águia de asa redonda, a poupa, o galo comum… Com uma paisagem desenhada por azevinho, por bétulas, por carvalhos e pelo pinheiro bravo.
43 março 2017
ALDEIA DA PENA
A estrada que conduz a esta aldeia é íngreme e onde só passa um carro de cada vez. Situa-se na freguesia de Covas do Rio. Com um enquadramento singular, na paisagem vemos uma aldeia construída em xisto e ardósia. A Adega Típica da Pena, o único restaurante da zona, serve as delícias da gastronomia local: o presunto, o queijo da serra, e os enchidos, mas também pratos mais compactos como a feijoada, o arroz de cabidela de galinha, o cozido à portuguesa à moda da Pena, a vitela assada no forno a lenha ou o borrego assado com batatas. Lá, existem lojas que vendem o artesanato local, como as miniaturas representativas da aldeia, em madeira e xisto, ou a cera do favo de mel, cortado em tiras e utilizado para fazer velas.
Aldeias de Portugal | Projeto 7 Maravilhas DE PORTUGAL
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SER UMA DAS MARAVILHAS DE PORTUGAL “São Pedro do Sul já é por si só uma terra com características que a tornam especial, com um forte sentido de turismo. Somos conhecidos como a capital do termalismo, temos a maior estância termal em Portugal e toda a serra que nos envolve. 2017 Será um ano muito orientado para o turismo. Nos últimos anos já se tem verificado um crescimento exponencial e há lugar para muito mais…”, conclui o Vice-Presidente.
AGENDA TURÍSTICA DE SÃO PEDRO DO SUL 2017
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São mais de cem os eventos que o município está a preparar e que vão acontecer ao longo de 2017. Áreas como a gastronomia, o desporto, a cultura e o termalismo são os grandes destaques. De referir que em outubro do ano passado, o galardão de terra de culinária 2017 veio parar a São Pedro do Sul e que por isso, as expectativas de quem procura a cidade estão em alta. Haverá o ‘Vitela.Prove’, em que através da famosa vitela de Lafões certificada serão apresentadas receitas com chefes de reconhecido valor nacional. Haverá o concurso de culinária ‘O chefe sou eu’, que irá premiar a melhor criação em termos de termos de entradas, prato principal e sobremesas. Ainda na gastronomia, o destaque para o Festival do Feijão, que acontecerá em setembro, uma iniciativa chamada “Com Feijão”, em que as variedades únicas de feijão servirão para reinterpretar receitas, por parte de chefes reconhecidos. De 16 a 23 de dezembro chegará o ‘workshop’ de doces de Natal típicos da região, tendo ainda sido lançado um repto aos restaurantes locais para que, no último fim-de-semana de cada mês, já a partir deste mês, tenham sempre no seu menu receitas relacionadas com a carta
gastronómica de Lafões. A programação prevista para este ano visa potenciar a vinda de turistas ao concelho. Uma aposta a nível cultural prevê a abertura do Cine Teatro, pelo menos uma vez por mês, na atividade do Cine Teatro, em áreas como o teatro e a música, para além do espetáculo ‘Stand Up Comedy’ de Fernando Rocha, a 23 de julho. No lugar conhecido pelas termas, há destaque ainda para a realização do Festival da Água, de 25 a 27 de agosto, e do evento “Aquae Sulis”, que propõe a 29 e 30 de julho uma viagem aos tempos em que a Rainha D. Amélia veio pela primeira vez a S. Pedro do Sul fazer tratamentos termais. Na área do desporto, a realização do Portugal MTB, de 10 a 15 de abril, para os amantes de bicicleta de montanha, as Termas Andebol CUP de 11 a 14 de abril e um torneio de futsal da TAP, de 26 a 29 de maio. O concelho irá também acolher a Conferência Europeia de Geoparques. São Pedro do Sul pretende apostar cada vez mais na valorização das serras, turismo de natureza e aldeias típicas, e por isso o concelho é candidatado às Sete Maravilhas de Portugal, na categoria aldeias, com as aldeias da Pena, Covas do Monte e Manhouce.
SÃO PEDRO DO SUL PORQUE…
“…é o melhor sítio em Portugal para descansar e usufruir de toda a natureza”.
AS ALDEIAS SÃO ESPAÇOS ONDE… “...se pode respirar ar puro, onde se pode ter experiência inigualáveis e onde acima de tudo libertar da monotonia do dia-a-dia”.
A eleição das 7 Maravilhas – Aldeias de Portugal dependerá da votação do público, como aconteceu em edições anteriores do prémio criado pela primeira vez há dez anos.
ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA MUNICIPAL
» FERNANDO NOGUEIRA, EDIL DE vILA NOVA DE CERVEIRA, EM ENTREVISTA
“Consolidação de um trabalho sério e eficiente” O Índice de Transparência Municipal (ITM) mede o grau de transparência das Câmaras Municipais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos seus web sites. Sobre esta matéria, a Revista Pontos de Vista conversou com Fernando Nogueira, Edil da autarquia de Vila Nova de Cerveira, um município que alcançou um prestigiante 4º lugar do ranking global, algo que confirma a consolidação de um trabalho sério e eficiente.
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pública, qual é a sua opinião? O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, sendo representante de todos os municípios, tem que encontrar uma plataforma para se expressar de forma a não ferir suscetibilidades entre os seus associados. Esta posição de equidistância em relação ao Índice de Transparência Municipal desobriga-o de se pronunciar sobre alguns resultados menos bem conseguidos por parte de alguns municípios. Todos temos consciência que não é por força do ITM que a transparência e eficiência dos municípios aumenta.
Vila Nova de Cerveira ficou em 4º lugar do ranking global realizado. Como descreve o dignificante lugar? É de facto uma posição que afirma a consolidação de um trabalho sério e eficiente não só do executivo, mas de todos quanto trabalham no Município em prol do bem-estar dos seus munícipes e do desenvolvimento do nosso concelho. Acredito que uma maior participação cívica deve ser encarada como um apoio ao processo de decisão na vida do concelho, mas para isso é imprescindível disponibilizar aos munícipes toda a informação relativa à atividade municipal para ser conhecida e interpretada, auscultando contributos para melhoria. Porém, e índices à parte, em Vila Nova de Cerveira, de que forma têm trabalhado questões como a transparência e ética no município? A autarquia cerveirense sempre procurou disponibilizar todas as informações úteis e os contactos relevantes, bem como dar a conhecer a atividade municipal, seja na página web, seja em editais, ou mesmo, quando o assunto assim o exige, convocando a população para ações de esclarecimento. Dada a inquestionável evolução tecnológica, temos procurado implementar canais de comunicação mais eficazes e diretos, não só para encurtar distâncias, mas acima de tudo que permitam um maior feedback e envolvimento da população. Como exemplos, criamos uma página web
fernando nogueira
com novo design, maior funcionalidade e acesso mais intuitivo e interativo; avançamos com o Orçamento Participativo; operacionalizamos o Portal Geográfico que permite aos cidadãos consultar os instrumentos de gestão territorial e requerer plantas de localização sem terem a necessidade de se deslocar às instalações da Câmara Municipal; implementamos o Sistema de Gestão da Qualidade aos nossos serviços; apostamos na dinâmica das redes sociais. No fundo, mantemos os procedimentos, mas damos-lhe é maior visibilidade e evidência. Manuel Machado, presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, questionou há dias a forma de como é elaborado o Índice de Transparência Municipal, realizado pela Transparência e Integridade - Associação Cívica, uma vez que se trata de uma entidade
O programa eleitoral que sustentou a nossa candidatura apresentava como visão fazer de Cerveira mais solidária, mais transparente e mais atrativa, e como missão valorizar a nossa terra construindo um concelho realista e com futuro
Enquanto Presidente da Câmara Municipal, que prioridades definem o seu programa eleitoral e que vão de encontro aos problemas associados à falta de valores essenciais como são o rigor e a transparência para com a população? O programa eleitoral que sustentou a nossa candidatura apresentava como visão fazer de Cerveira “mais solidária, mais transparente e mais atrativa”, e como missão “valorizar a nossa terra construindo um concelho realista e com futuro”. Procuramos estar atentos a várias áreas, colocando a tónica na gestão de proximidade e em interligação com as forças vivas locais. Do jovem ao idoso, do residente ao visitante, todos nos preocupam. A valorização da nossa terra tem de estar alicerçada nas suas pessoas, por isso fazemos da transparência, da dedicação e da competência as nossas bandeiras, valorizando os serviços prestados pela autarquia e melhorando o nível de satisfação dos utentes. A atividade política só faz sentido como serviço do bem comum, por isso a participação cívica nunca deve ser encarada como um obstáculo à ação governativa. Não devemos criticar as críticas, mas sim ouvi-las. O que é necessário para que a nível nacional todos os municípios sejam encarados como transparentes? É despertar-lhes a consciência de que transmitir bem o que fazem traz vantagens acrescidas para a imagem do concelho, mas também para a vida dos cidadãos. ▪
45 março 2017
ue conclusões podemos retirar do facto de este ano ter sido o primeiro ano em que todos os municípios portugueses conseguiram uma pontuação média positiva no que concerne ao Índice de Transparência Municipal? Cada vez mais os Municípios Portugueses fazem um esforço no sentido de informar os munícipes das atividades e ações desenvolvidas, porque se sente, e ainda bem, um maior grau de exigência da sociedade civil. A concretização da modernização administrativa, através da adaptação tecnológica em prol de um serviço público mais transparente, tem sido um fator preponderante para esta mudança de paradigma.
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LIDERANÇA
Museu Berardo deixa de ter entrada gratuita
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A partir de maio, entrar no museu instalado no CCB, em Lisboa, vai custar cinco euros. Só as crianças até aos seis anos estão isentas. As entradas no Museu Coleção Berardo, em Belém, vão passar a custar cinco euros a partir de 1 de maio, com entrada gratuita ao sábado, durante todo o dia, revela ao jornal Expresso José Berardo. De acordo com o comendador, este bilhete único permitirá o acesso a todas as exposições do Museu Coleção Berardo, ficando as crianças até aos seis anos isentas de pagamento. As visitas escolares com marcação passam a custar 1 euro por participante, para usufruírem de uma visita orientada por um monitor aquando da visita em grupo ao museu. Terão ainda 50% de desconto os visitantes com idade superior a 65 anos; visitantes entre os seis e os 18 anos e visitantes com mobilidade reduzida. O Museu Berardo abriu em junho de 2007 - com entradas gratuitas desde então - e um acervo inicial de 862 obras da coleção de arte do empresário José Berardo avaliadas um ano antes em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie’s. Em novembro do ano passado, o protocolo de dez anos para cedência de obras da coleção Berardo e manutenção do museu no CCB, que terminava em 31 de dezembro, foi renovado por mais seis anos entre o colecionador e o Estado, através do Ministério da Cultura.
À PRIMEIRA VISTA
‘Desamor’ à primeira vista. Porque é que acontece? Se há pessoas que nos conseguem cativar logo no primeiro segundo, outras simplesmente são incapazes de cair em graça. O desamor é um mecanismo de sobrevivência que nos põe em alerta perante circunstâncias que o nosso cérebro tem catalogadas como perigosas ou ameaçadoras”. Esta repulsa que sentimos por determinadas pessoas tem origem na região do cérebro responsável pelos juízos rápidos que emitimos sobre as pessoas, sendo, por isso, uma resposta irracional, espontânea e intuitiva. Muitas vezes, trata-se de sinais que a outra pessoa emite e que evocam as nossas recordações de experiências passadas e pessoas desagradáveis com as quais nos cruzamos noutros momentos da nossa vida”, frisa.
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cultura
Como se define enquanto líder? - AUTORITÁRIO Mantém os pés muito afastados, enquanto o dominante os tem alinhados com os ombros e o submisso os mantém juntos ou cruzados. - DOMINANTE No que diz respeito à posição da cabeça, um líder autoritário tende a ter o queixo levantado, fica com ele na horizontal e o submisso tende a encostá-lo ao pescoço. - SUBMISSO E a forma de sentar o que diz? O autoritário senta-se de frente para a pessoa, o dominante posiciona o tronco a 30 graus se fala com um homem e frente a frente se fala com uma mulher. Não tem sequer consciência da forma como se senta e do impacto que isso tem naquilo que está a transmitir.
FESTIVAL DA EUROVISÃO
DECISÕES e SOLUÇÕES tem o melhor ano de sempre em 2016
‘Amar pelos dois’ vai representar Portugal
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Diz-me como te comportas e dir-te-ei como lideras
A canção Amar Pelos Dois, interpretada por Salvador Sobral e composta pela irmã, Luísa Sobral, venceu este domingo, dia 5, o Festival da Canção e vai representar o nosso país na Eurovisão, em maio, na Ucrânia. Oito canções disputaram este domingo a final do Festival da Canção, num espetáculo que há 51 anos destacam compositores e intérpretes portugueses. Além da canção vencedora, entre as finalistas estavam ‘Gente Bestial’ (Jorge Benvinda), ‘Don’t walk away’ (Pedro Gonçalves), ‘Eu nunca me fui embora’ (Lena d’Água), ‘Poema a dois’ (Fernando Daniel), ‘Primavera’ (Celina da Piedade), ‘O que eu vi nos meus sonhos’ (Deolinda Kinzimba) e ‘Nova Glória’(Viva la Diva). O júri foi presidido por Júlio Isidro. Rita Redshoes, Luísa Sobral, Samuel Úria, Pedro Silva Martins, dos Deolinda, ou Nuno Gonçalves, dos The Gift foram alguns dos autores convidados para assinar os temas interpretados.
A DECISÕES E SOLUÇÕES, líder nacional em consultoria imobiliária e financeira, suplantou os excelentes resultados de 2015 e teve em 2016 o seu melhor ano de sempre. Na área imobiliária cresceu 47%, na área do crédito cresceu 100%, na área da mediação de obras e construção de imóveis registou um crescimento de 75% e na área seguradora também alcançou o seu melhor ano de sempre, com uma carteira de seguros superior a oito milhões de euros. Apesar de já estar presente em todo o território, em 2016 a consultora 100% nacional inaugurou 27 novas agências em Portugal, 12 agências DECISÕES E SOLUÇÕES e 15 agências DS SEGUROS. “Em 2016 a DECISÕES E SOLUÇÕES teve o seu melhor ano de sempre, tendo registado um grande crescimento em todas as áreas de atividade em que atua, que só foi possível fruto do trabalho, empenho e dedicação de todos os seus colaboradores, que estão de parabéns pelos excelentes resultados alcançados. É um grande orgulho saber que já merecemos a confiança de 200.000 famílias no nosso país e vamos continuar a dar o nosso melhor para crescermos ainda mais, e de uma forma sustentada, em clientes satisfeitos, em agências, em colaboradores e em faturação.”, refere Paulo Abrantes, diretor geral da DECISÕES E SOLUÇÕES.
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ARTE
ATUALIDADE
Prato vegetariano passa a ser obrigatório em todas as cantinas públicas A Assembleia da República aprovou hoje, em votação final global, um projeto de lei que resulta da fusão dos diplomas do PAN, BE e PEV para que se introduza um menu vegetariano nas cantinas públicas. O texto de substituição da comissão de Agricultura e Mar teve a abstenção do PSD e do CDS e os votos favoráveis dos restantes partidos - PS, PCP, BE, PEV e do PAN - Pessoas-Animais-Natureza. Assente em motivações de saúde, éticas, ambientais e pedagógicas, a iniciativa do PAN - PessoasAnimais-Natureza, seguida por propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista os Verdes (PEV), foi debatida em junho do ano passado em plenário e baixou sem votação à comissão de especialidade. Durante o debate, a maioria parlamentar concordou com a “liberdade de escolha na alimentação” pelo que, “analisadas e asseguradas as questões de operacionalidade e aplicabilidade da lei, a proposta pode reunir uma maioria consensual no parlamento”, adianta o PAN, que pretende também combater discriminação contra quem segue a dieta vegetariana. As propostas surgiram na sequência da “Petição pela inclusão de opções vegetarianas nas escolas, universidades e hospitais portugueses”, que recolheu cerca de 15.000 assinaturas e que foi discutida em plenário em junho de 2016. Segundo a Direção Geral de Saúde (DGS), as dietas vegetarianas têm benefícios importantes, como a redução da prevalência de doença oncológica, obesidade, doença cardiovascular, hiperlipidemias (gorduras no sangue), hipertensão, diabetes.
Obras criadas pelos artistas Vieira da Silva e Arpad Szénes durante os sete anos que estiveram exilados no Brasil vão estar expostas a partir de hoje no museu da fundação que gere o espólio do casal, em Lisboa. De acordo com a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, também serão inauguradas, às 17:30, outras duas exposições, uma do fotógrafo Armindo Cardoso, intitulada “Heróis, povo e paisagem chilena”, e outra de Ana Vidigal, “Mas ao Brasil jamais voltaria”. As mostras “Arpad Szenes e Vieira da Silva, os anos do exílio no Brasil (1940-1947)” e “Heróis, povo e paisagem chilena” estão integradas na programação do evento Passado e Presente -- Lisboa, Capital Ibero-americana da Cultura 2017. Às 17:00, antes da inauguração das duas exposições, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, vão receber, do diretor-geral da União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), Antonio Zurita, o diploma de Capital Ibero-americana de Cultura 2017. De acordo com a fundação, tendo como contexto a Segunda Guerra Mundial e “as suas trágicas migrações”, através da experiência pessoal de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) e de Arpad Szenes (1897-1985), o museu apresenta a produção artística dos dois artistas neste período. Devido à ocupação nazi de França, o casal foi forçado a partir dali para o Brasil, depois de lhe ter sido recusada residência em Portugal. No Rio de Janeiro, que nos anos 1940 era caracterizado por um ambiente cultural incipiente, fizeram amigos entre os artistas e intelectuais locais e partilharam a sua vida com outros expatriados e refugiados. Com curadoria de Marina Bairrão Ruivo, a exposição está organizada em grandes núcleos: a guerra, a paisagem do Rio de Janeiro, os amigos e os ateliês, e, finalmente, o casal e os retratos de Maria Helena criados por Arpad.
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Inaugurada exposição com obras dos anos do exílio de Vieira da Silva
LEGO
março 2017
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A coleção terá cinco cientistas, engenheiras, matemáticas e astronautas que ao longo dos anos contribuíram para as mais importantes missões da Agência Espacial dos Estados Unidos mas não receberam o crédito devido. A Lego vai lançar uma nova coleção que honra as mulheres a trabalhar na NASA. A ideia foi de Maia Weinstock, que participou no concurso semestral da Lego que permite aos fãs darem sugestões para os próximos lançamentos. A proposta da escritora e editora de conteúdos científicos para os media foi a escolhida após ter recebido mais de 10 mil votos do público, segundo o The Guardian. A homenagem da Lego surge pouco depois do filme Elementos Secretos - que conta a história de três mulheres afro-americanas ao serviço da NASA no início da década de 1960 - ter sido nomeado para o Óscar de melhor filme. As cientistas, engenheiras e astronautas da NASA, agora imortalizadas em Lego, vão ser acompanhadas de um modelo do telescópio espacial Hubble e, de acordo com o Guardian, chegam às lojas entre o final de 2017 e o início de 2018. Não foram esquecidas também a cientista da computação Margaret Hamilton; a astronauta e física Sally Ride, que foi também a primeira mulher norte-americana no espaço, em 1983; e a astronauta e médica Mae Jemison que foi também a primeira mulher negra no espaço, em 1992.
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Nova coleção da Lego homenageia mulheres que fizeram história na NASA
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CETELEM
CINEMA
Cinema gratuito ao domingo, nalguns centros comerciais Ao longo de todo o ano, serão 17 os centros comerciais com sessões gratuitas. A iniciativa está marcada para as 11 horas de todos os domingos, sendo que no caso da ArrábidaShopping a sessão decorrerá às 19 horas, informa a empresa em comunicado, onde detalha ainda que as exibições serão uma “seleção diversificada de filmes da atualidade destinados a toda a família”. A iniciativa, que decorre ao longo de todo ano, arrancou no passado 5 de março, nos Centros Colombo, Vasco da Gama, CascaiShopping, NorteShopping, 8.ª Avenida, ArrábidaShopping, CC Continente Portimão, Estação Viana Shopping, LoureShopping, MadeiraShopping, Parque Atlântico, RioSul Shopping, Serra Shopping, GaiaShopping e MaiaShopping e, numa segunda fase, nos Centros AlgarveShopping LeiriaShopping. A cada 15 dias, os visitantes dos Centros terão oportunidade de ver um filme diferente, sendo que nos Centros Colombo, Vasco da Gama, CascaiShopping, NorteShopping (a partir de abril) e ArrábidaShopping será exibido todos os domingos um filme diferente. Cegonhas 2D, 12 Anos Escravo, Capitão América e Avengers – Age of Ultron são alguns dos primeiros títulos a serem exibidos, lê-se na nota enviada às redações. No entanto, tem de reservar o seu lugar através da Promofans, criando para isso um registo na plataforma. A promoção é limitada ao número de lugares por sessão e sala, não acumulável com outras promoções em vigor e é válida para quatro pessoas, esclarece ainda a Sonae Sierra.
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Associações de Doentes e ONGs podem candidatar-se até 31 de março
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Poupar tempo é ainda a característica que mais condutores nacionais associam ao automóvel. O Observador Cetelem, que analisou o setor automóvel a nível internacional, revela que os portugueses são os europeus que mais adoram conduzir (91%), a par com os polacos, encontrando-se também entre as nacionalidades que mais gostam de conduzir entre os países analisados. Das várias dimensões atribuídas ao automóvel, poupar tempo é a que reúne o consenso de mais condutores nacionais (97%), seguindo-se a liberdade, independência e autonomia proporcionadas pela posse de um veículo (91%). Para os condutores nacionais inquiridos, a viatura assume sobretudo características positivas. Associam-na a um objeto de prazer (72%), uma marca de modernidade (68%), um objeto de luxo/sonho (64%) e um símbolo de sucesso social (61%). Apenas 15% revelam que, na sua opinião, a viatura se vai tornar um objeto obsoleto e do passado. No que diz respeito aos aspetos menos positivos, 92% dos automobilistas portugueses referem que consideram a viatura cara e 82% associam-na a poluição, o valor mais elevado entre todos os quinze países analisados. «Para quem não vive na cidade, onde os serviços de transportes públicos têm uma maior oferta e diversidade, o automóvel apresenta-se como a opção mais eficaz, permitindo uma deslocação rápida e vantajosa. Ainda assim, mesmo para os portugueses que vivem em zonas metropolitanas, o automóvel é valorizado e considerado indispensável, ainda que por vezes resulte em inconvenientes como o trânsito ou a dificuldade em estacionar», avança Pedro Ferreira, diretor da área automóvel do Cetelem. As análises e previsões deste estudo foram realizadas em colaboração com a empresa de estudos e consultoria BIPE (www.bipe.com). Os inquéritos quantitativos aos consumidores foram conduzidos pela TNS Sofres, em junho de 2016, em quinze países – África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão, México, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia. No total, foram inquiridos mais de 8.500 proprietários de automóveis.
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Portugueses são os que mais gostam de conduzir entre os europeus
A Roche Portugal acaba de lançar a terceira edição do programa de bolsas de financiamento para projetos de cidadania, com o intuito de apoiar os melhores trabalhos da sociedade civil em benefício dos doentes, dos cidadãos e da saúde em Portugal. Este ano estão a concurso cinco bolsas de financiamento, com um valor total de 45 mil euros, que pretendem viabilizar as melhores iniciativas desenvolvidas por Associações de Doentes ou outras Organizações Não Governamentais (ONG). As candidaturas à edição de 2017 podem ser entregues até ao dia 31 de março. Esta ação enquadra-se na Política de Responsabilidade Social da empresa e resulta do seu compromisso em assumir um papel ativo na sociedade apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente. Os projetos e temas preferenciais para o ano de 2017 são aqueles que incrementam a participação dos cidadãos e dos doentes nos processos de decisão em saúde; que informem os doentes dos seus direitos de acesso, promovam o envolvimento nas decisões individuais e que incluam a vertente digital. Serão, ainda, valorizados temas como: cancro da mama, imunoterapia, esclerose múltipla, hemofilia e inovação terapêutica.