Revisa Pontos de Vista Edição 78

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Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. OUTUBRO 2018 | EDIÇÃO Nº 78 - Periodicidade Mensal | Venda por Assinatura - 4 Euros

MACIAS Y ASSOCIADOS

E A NOVA LEI DE ESTRANGEIROS

GRUPO NORTE PORTUGAL

GESTÃO DE TALENTO E CAPITAL HUMANO

GLOBAL TRUSTED SIGN ASSINATURA DIGITAL

ÓCULOS PARA TODOS EM DESTAQUE

SOCIEDADE ANGLO-PORTUGUESA 80 ANOS DE AMIZADE E DIFUSÃO CULTURAL

SARA GUEDES, DIRETORA DO GRUPO SI,

E UM PONTO DE VISTA NO FEMININO

FÁTIMA GARCÊS

“FUNDEI A CLÍNICA REPLACE COM A MISSÃO DE PROPORCIONAR AOS MEUS PACIENTES OS MELHORES E MAIS INOVADORES TRATAMENTOS NA ÁREA CAPILAR, COM RESULTADOS CLINICAMENTE COMPROVADOS”

FOTO: DIANA QUINTELA

PIONEIRA NA TÉCNICA FUE DE TRANSPLANTE CAPILAR EM PORTUGAL




PÁG. 22 E 23

REDSHIFT – OUTUBRO, MÊS DA CIBERSEGURANÇA

PÁG. 6 E 7

OPINIÃO DE SARA MACIAS NOVAS REGRAS NA LEI DOS ESTRANGEIROS

PÁG. 16 E 17

GRUPO NORTE – GESTÃO DE TALENTO E O CONTEXTO LABORAL

ÍNDICE DE TEMAS

PÁG. 32 E 33

ANGOLA CABLES – SACS: UM NOVO MUNDO DE CONETIVIDADE DIGITAL ENTRE ÁFRICA, AMÉRICA E EUROPA

PÁG.45

ÓCULOS PARA TODOS - DIA MUNDIAL DA VISÃO

PÁG. 39

OPCO - OS DESAFIOS DA AERONÁUTICA

FICHA TÉCNICA

Propriedade, Administração e Autor Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. Administração Redação Departamento Gráfico Rua Rei Ramiro 870, 2º J 4400 - 281 Vila Nova de Gaia Telefone +351 220 926 879 Sede da entidade proprietária: Rua Oriental nrº. 1652 - 1660 4455-518 Perafita Matosinhos Outros contactos: +351 220 926 877/78/79/80 E-mail: geral@pontosdevista.pt redacao@pontosdevista.pt www.pontosdevista.pt www.facebook.com/pontosdevista Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas Distribuição Nacional / Periodicidade Mensal Registo ERC nº 126093 NIF: 509236448 | ISSN: 2182-3197 Dep. Legal: 374222/14

DIRETOR: Jorge Antunes EDITOR: Ricardo Andrade Rua Rei Ramiro 870, 2º J 4400 – 281 Vila Nova de Gaia PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS: Ana Rita Silva | Elisabete Teixeira GESTÃO DE COMUNICAÇÃO: João Soares | Miguel Beirão | Vítor Santos DESIGN E PAGINAÇÃO: Mónica Fonseca

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4,00 euros (iva incluído a 6%) Assinatura anual (11 edições): Portugal: 40 euros (iva incluído a 6%), Europa: 65 euros Resto do Mundo: 60 euros

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NOVA LEI DE ESTRANGEIROS

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“PORTUGAL É UM LUGAR SEGURO PARA INVESTIR” “A Very Important Property (VIP) conta com o apoio de um gabinete jurídico que, apesar de jovem, tem mais de 20 anos de experiência na prática da advocacia e que se dedica aos processos de obtenção de Autorização de Residência para Investimento”. Em entrevista, Gina Mendes, Gerente e Carla Mendes, Diretora do departamento jurídico, esclarecem algumas dúvidas sobre a Nova Lei dos Estrangeiros, uma lei que promete, sobretudo, simplificação.

A

GINA MENDES

CARLA MENDES

lidade de reagrupamento familiar, mediante um pagamento fixo e único, sem surpresas. Cobrem todo o território nacional? Sim, optámos inicialmente pela região de Lisboa e estamos atualmente focados também no Algarve até porque, atenta a sobrevalorização dos imóveis na capital, acreditamos que o investidor estrangeiro vai começar a investir no sul do país onde ainda é possível adquirir imóveis com o dobro da área por metade do preço. Se há quem prefira investir na capital ou na cosmopolita cidade do Porto, há quem opte pelas tradições e paisagens do Norte, ou o sossego das planícies alentejanas, a tipicidade única do centro, o clima e as praias do algarve, ou ainda as belezas naturais dos arquipélagos dos Açores e Madeira, dispomos por isso de um leque de consultores que abrange todo o território nacional, permitindo ao cliente investir de forma segura em qualquer ponto do país. A nova lei para estrangeiros promete simplificação na marcação de entrevistas por parte do SEF e pretende evitar burocracia. Na vossa opinião, quais são as mais-valias desta novidade? Este decreto regulamentar visa simplificar os procedimentos de pedido de autorização de residência em Portugal, evitando deslocações e des-

pesas desnecessárias. O SEF vai passar a reutilizar nos pedidos de renovação os documentos que já tiver em seu poder, evitando voltar a pedi-los. Os processos passam a ser digitais, tornando-os mais céleres e seguros. Esta desburocratização representa uma enorme mais-valia na medida em que torna o processo mais transparente, permitindo o seu acompanhamento online permanente e o facto de se alargar a possibilidade de atendimento a qualquer delegação, cria uma política de proximidade e agiliza o processo evitando-se os longos meses de espera por marcação. As alterações entram em vigor no início de outubro e resultam de várias diretivas comunitárias. O que mais importa saber? Importa saber que Portugal é um lugar seguro para investir, um pequeno paraíso na Terra, onde se pode viver em segurança, que oferece bons serviços de educação e saúde, dotado de uma qualidade gastronómica inigualável, com tradições únicas que se mantêm no tempo, com mais de 300 dias de sol por ano e que a VIP garante um serviço incomparável na assessoria que presta aos seus clientes durante todo o processo, para que façam um bom investimento, seguro e esclarecido, com aconselhamento especializado, prestado pelos melhores profissionais. ▪

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Very Important Property reúne especialistas em Golden Visa. Que serviços oferecem? A Very Important Property (VIP) conta com o apoio de um gabinete jurídico que, apesar de jovem, tem mais de 20 anos de experiência na prática da advocacia e que se dedica aos processos de obtenção de Autorização de Residência para Investimento, conhecidos como Golden Visa ou Vistos Gold, desde que estes foram criados em 2012. O programa Golden Visa permite aos cidadãos não pertencentes à União Europeia, e seus familiares, obter autorização de residência em Portugal, passando a poder circular livremente, morar e trabalhar, em qualquer país da UE ou do Espaço Schengen e após 5 anos solicitar a nacionalidade portuguesa, passando a ter passaporte europeu. Enquanto empresa de mediação imobiliária focamo-nos nos processos de obtenção de Golden Visa por via de aquisição de imóveis. Atualmente é possível usufruir das vantagens oferecidas por este programa com um investimento imobiliário a partir de € 280.000,00. Oferecemos um serviço de excelência e proximidade, adaptado às necessidades de cada cliente, que pode contar connosco para encontrar a propriedade ideal para o seu investimento em Portugal e assistência durante todo o processo. Desde o número de contribuinte, representação fiscal, abertura de conta bancária, contratação de seguros, representação junto do Instituto de Solidariedade e Segurança Social, representação perante o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), obtenção de registo criminal português, análise de toda a documentação referente ao imóvel, elaboração do contrato promessa e do contrato definitivo de compra e venda, pedido de registo predial, tradução e certificação de documentos, reconhecimento de assinaturas e assinaturas em representação do cliente, contratação do fornecimento de água e eletricidade, emissão de guias para pagamento de impostos, tratamos de tudo, para que o cliente não tenha que se preocupar com burocracias. Distingue-nos o facto de oferecermos ao cliente um serviço completo, com renovações incluídas e possibi-


» NOVA LEI DE ESTRANGEIROS OPINIÃO DE SARA MACIAS, ADVOGADA E SENIOR PARTNER NA MACIAS Y ASSOCIADOS RL E DE SARA SUBTIL ADVOGADA NA MACIAS Y ASSOCIADOS - SOCIEDADE DE ADVOGADOS SP, R.L

EM OUTUBRO CHEGARAM AS NOVAS REGRAS NA LEI DE ESTRANGEIROS

SARA MACIAS

PONTOS DE VISTA

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O

Decreto Regulamentar nº 9/2018 de 11 de Setembro que entrou em vigor no primeiro dia de Outubro, resulta da última alteração promovida pela Lei nº 102/2017 de 28 de Agosto que já havia alterado a comummente denominada Lei dos Estrageiros | Lei nº 23/2007 de 4 de Julho e que aprovou o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional e da transposição das Diretivas 2014/36/UE de 26 de Fevereiro e 2014/66/ UE de 15 de maio da 2016/801/UE de 11 de maio. Este dispositivo legal merece o nosso destaque face às, já há muito solicitadas, alterações legislativas que consagram novas regras, quer quanto ao regime de entradas, e permanência de trabalhadores sazonais, ou transferidos dentro de uma empresa, quer quanto ao regime aplicado a investigadores, estudantes de ensino secundário e superior, trainees e voluntários, quer ainda no que concerne à concessão de vistos e autorizações de residência. Mediante a leitura atenta do preâmbulo do diploma (Bem Haja senhor legislador por voltar a incluir ratio legis nos nossos diplomas, que tanto nos ajudam a entender o porquê das alterações legislativas e saber efetivamente o que vai pelo espírito do legislador) desde logo tomá-

SARA SUBTIL

mos conhecimento da necessidade de uniformizar legislação europeia, pelo que o impulso, foi a transposição de Diretivas Comunitárias, e a adequação às novas dinâmicas económicas e sociais, promoção da frequência de cursos de ensino profissional e superior e, por fim the last but not the least imigrantes empreendedores e altamente qualificados, ligados ao empreendedorismo, à tecnologia e à inovação. Para os nacionais de estados terceiros de língua oficial portuguesa, introduziram-se também algumas alterações com a finalidade de substituir o parecer prévio obrigatório por uma mera comunicação prévia. E porque não só de desenvolvimento económico e social se pretende regulamentar, prefere-se que a agilidade dos procedimentos seja por recurso à via electrónica, sem prejuízo da segurança do mesmo, no que à identificação dos requerentes concerne, não esquecendo assim a referencia ao regulamento geral de proteção de dados. Apenas a título de comentário a uma das alterações agora preconizada, o presente diploma, por razões humanitárias, vem permitir a regularização da situação de imigrantes que já se encontrem no território nacional, sempre que se comprove a integração do mesmo no mercado de trabalho, com efetivos descontos há mais de

um ano para a segurança social. Desta forma, e porque supostamente somos confrontados com um desafio demográfico, este Regulamento tem como missão prover a atração de imigrantes, e assim sustentar o desenvolvimento de uma sociedade multicultural e aprofundar a integração dos imigrantes (ainda que ilegais) na sociedade portuguesa. Em jeito de resenha das alterações legislativas agora consagradas no presente Decreto Regulamentar, e de modo a permitir uma leitura aprazível de todos os leitores, cumpre-nos esclarecer quais as novas regras, e o que efetivamente mudou na Lei dos Estrangeiros. I - Regime mais Simplificado e menos Burocrático O novo dispositivo legal permite agilizar, flexibilizar os procedimentos de pedidos de vistos e autorização de residência, nomeadamente: a) Os processos passam a ter como regra a apresentação por meio digital, e sempre que legalmente adequado, a dispensa da entrevista presencial do requerente; b) Aos estudantes de cursos de ensino profissional, ou imigrantes altamente qua-


c) Concessão de autorização de residência para estudantes de ensino superior mais ágil, dando-se como exemplo os que sejam oriundos dos Estados terceiros da CPLP; d) Antecipação de prazos no decurso do processo de concessão de visto ou autorização de residência, pois a data de agendamento para deslocação ao SEF pode ser marcada antes da entrada em Portugal, on line mediante registo no portal do SEF em MY SEF, podendo ser para uma qualquer direção ou delegação regional ( independentemente da área de residência) e permitindo-se a reutilização de documentos já registados em todos os atos de concessão ou renovação da residência, evitando assim duplicação de ficheiros e demoras inúteis. II – Requisitos de Atividade de investimento O disposto no artigo 65.º-A do presente Regulamento vem agora determinar novas regras, não obstante as mesmas remeterem para as situações já previstas na alínea d) do nº1 do artigo 3º da Lei nº 23/207 de 4 de julho, que aqui reproduzimos para melhor explanação das regras (...) d) «Atividade de investimento» qualquer atividade exercida pessoalmente ou através de uma sociedade que conduza, em regra, à concretização de, pelo menos, uma das seguintes situações em território nacional e por um período mínimo de cinco anos: i) Transferência de capitais no montante igual ou superior a 1 milhão de euros; ii) Criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho; iii) Aquisição de bens imóveis de va-

lor igual ou superior a (euro) 500 000; iv) Aquisição de bens imóveis, cuja construção tenha sido concluída há, pelo menos, 30 anos ou localizados em área de reabilitação urbana e realização de obras de reabilitação dos bens imóveis adquiridos, no montante global igual ou superior a (euro) 350 000; v) Transferência de capitais no montante igual ou superior a (euros) 350 000, que seja aplicado em atividades de investigação desenvolvidas por instituições públicas ou privadas de investigação científica, integradas no sistema científico e tecnológico nacional; vi) Transferência de capitais no montante igual ou superior a (euro) 250 000 euros, que seja aplicado em investimento ou apoio à produção artística, recuperação ou manutenção do património cultural nacional, através de serviços da administração direta central e periférica, institutos públicos, entidades que integram o sector público empresarial, fundações públicas, fundações privadas com estatuto de utilidade pública, entidades intermunicipais, entidades que integram o sector empresarial local, entidades associativas municipais e associações públicas culturais, que prossigam atribuições na área da produção artística, recuperação ou manutenção do património cultural nacional; vii) Transferência de capitais no montante igual ou superior a (euro) 350 000, destinados à aquisição de unidades de participação em fundos de investimento ou fundos de capitais de risco vocacionados para a capitalização de empresas, que sejam constituídos ao abrigo da legislação portuguesa, cuja maturidade, no momento do investimento, seja de, pelo menos, cinco anos e, pelo menos, 60 /prct. do valor dos investimentos seja concretizado em sociedades comerciais sediadas em território nacional; viii) Transferência de capitais no montante igual ou superior a (euro) 350 000, destinados à constituição de uma sociedade comercial

com sede em território nacional, conjugada com a criação de cinco postos de trabalho permanentes, ou para reforço de capital social de uma sociedade comercial com sede em território nacional, já constituída, com a criação ou manutenção de postos de trabalho, com um mínimo de cinco permanentes, e por um período mínimo de três anos. Expostas as situações de enquadramento legal, cumpre agora descrever a novas regras para efeitos de autorização de residência para atividade de investimento: O investimento em bens imóveis considera-se preenchido sempre que haja prova de aquisição do direito de propriedade dos mesmos, seja pelo próprio requerente enquanto pessoa singular, por sociedade unipessoal por quotas de que seja sócio ou em regime de compropriedade (salvaguardando sempre os mínimos legais para cada requerente) e apresentando na altura certidão do registo comercial atualizada com a sua qualidade de sócio já registada; Admite-se, ao requerente que efetue investimento através de aquisição de bens imóveis, a oneração do mesmo na parte que exceder o montante mínimo de investimento fixado, ou ainda dar de arrendamento ou para exploração para fins comerciais, industriais, agrícolas ou turísticos; Ainda se permite que, na impossibilidade temporária de aquisição da propriedade do imóvel, se apresente cpcv com sinal e principio de pagamento de valor igual ou superior ao valor mínimo do investimento consignado na Lei; Possibilidade de redução de 20% do investimento mínimo desde que as atividades sejam efetuadas em zonas de baixa densidade demográfica; Estas foram as considerações possíveis de tecer na primeira abordagem a este novo dispositivo legal e que serão sempre melhor entendíveis nos casos práticos em que prestamos consultoria jurídica. ▪

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lificados é-lhes aplicado um regime mais simplificado, seguindo o propósito de atração a novos modelos de negócio conexos a empreendedorismo, tecnologias e inovação;


» TEMA DE CAPA "A utilização da inteligência artificial na realização dos transplantes capilares, o Robot ARTAS 9X, já está a revolucionar a forma como se fazem os transplantes capilares atualmente" FÁTIMA GARCÊS, FUNDADORA DA CLÍNICA REPLACE

PONTOS DE VISTA

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CLÍNICA REPLACE:

UM ESPAÇO QUE SE ADAPTA A SI “A REPLACE é uma Clínica onde trabalham pessoas que se interessam e se preocupam com os outros, onde o foco é totalmente o cuidado e a proximidade com o paciente”, afirma Fátima Garcês, Fundadora da Clínica REPLACE, numa entrevista exclusiva à Revista Pontos de Vista. Conheça a história desta Clínica que proporciona uma oferta de tratamentos inovadores com resultados clinicamente comprovados no processo de recuperação do cabelo.

FOTO: DIANA QUINTELA

Que tratamentos capilares tem a Clínica ao dispor? A Clínica REPLACE apresenta soluções cirúrgicas e não cirúrgicas. Dentro das opções cirúrgicas temos o transplante capilar FUE com Robot ARTAS 9X, para a recolha eficaz das melhores unidades foliculares e para a reconstrução rápida de novos poros onde se depositarão os folículos transplantados. Ou seja, para além de evitar o cansaço humano, conseguimos, com o Robot ARTAS 9X, identificar e extrair folículos com muitos fios de cabelo, conseguindo assim um tempo de recuperação rápido, cicatrizes praticamente invisíveis, grande densidade e bons resultados. O implante de Biofibre®, exclusivo da Clínica

REPLACE, é um tratamento micro-cirúrgico que proporciona resultados imediatos e pode ser a solução para pessoas que não reúnam condições físicas ou psicológicas para se submeterem a um transplante capilar. Este tratamento pressupõe o implante de fibras que se assemelham ao cabelo natural, numa variedade de tamanhos, cores e estrutura. Dentro das opções não cirúrgicas, realizamos Mesoterapia e tratamentos Laser que, devidamente complementados com os tratamentos cirúrgicos, contribuem para o crescimento do cabelo. Em Mesoterapia é expectável um aumento do crescimento e engrossamento dos fios de cabelo, com aumento da densidade e cobertura do couro cabeludo. O tratamento anti-queda com Laser trava a queda de cabelo promovendo um aumento da densidade capilar pelo aumento da espessura da fibra capilar. Aumenta a vitalidade da raiz assim como a estrutura dos fios, conferindo maior resistência à queda e promovendo o crescimento. É um tratamento não-invasivo e não-químico, não sendo conhecidos efeitos secundários associados. Quais são os avanços mais significativos que destaca como aqueles que revolucionaram os tratamentos e as cirurgias capilares? Da investigação contínua que faço relativamente às técnicas que se praticam atualmente em Portugal, continuo a verificar que o transplante capilar realizado com a técnica FUE é a técnica mais avançada e segura, que nos permite obter os resultados naturais desejados pelo paciente.

E se a mesma for complementada com tratamentos não cirúrgicos, como o Lazer ou a Mesoterapia com a substância adequada, os resultados revelam-se fantásticos. O PRP ou Plasma Rico em Plaquetas é um tratamento ainda em estudo. Não existe um consenso entre a comunidade científica relativamente ao equipamento de centrifugação adequado que garanta os resultados de acordo com as características dos cabelos ou estádio da calvície. Obviamente, a utilização da inteligência artificial na realização dos transplantes capilares, o Robot ARTAS 9X, já está a revolucionar a forma como se fazem os transplantes capilares atualmente. Por sua vez, a técnica da Biofibre® permite-nos tratar situações de calvície que não podem ser resolvidas com um transplante capilar, produzindo resultados imediatos. A Clínica REPLACE é a única em Portugal com o ARTAS 9X, a versão do robot mais avançada. Qual a aplicabilidade do mesmo? Hoje em dia é muito comum ver Clínicas a praticar transplantes capilares. O desejável é que estas cirurgias sejam praticadas por profissionais formados e sendo os próprios responsáveis pela sua prática. Um médico-cirurgião capilar deveria envolver-se com o seu paciente na procura de solução para o problema da calvície, desde a fase do diagnóstico na primeira consulta, quando conhece os seus anseios e desejos. Este envolvimento, que para mim é importante, é crucial para uma correta criação da linha frontal do cabelo. Por outro lado, é muito importante cum-

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Qual diria que é o lema principal da Replace? A REPLACE é uma Clínica onde trabalham pessoas que se interessam e se preocupam com os outros, onde o foco é totalmente o cuidado e a proximidade com o paciente.

FOTO: DIANA QUINTELA

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omo surgiu a aposta de criar a Clínica? A aposta de criar a Clínica REPLACE surge com a minha necessidade de poder fazer o que anteriormente não foi possível, ou seja, o foco principal ser o cuidado ao paciente. Para além de pretender proporcionar uma oferta de tratamentos inovadores com resultados clinicamente comprovados, como é o caso da Biofibre®, a Clínica REPLACE pretende proporcionar a melhor experiência possível no processo de recuperação do cabelo. Queremos que os nossos pacientes se sintam seguros, tranquilos e mimados, como se estivessem no conforto da sua família e em sua casa. Não posso falar na aposta de criar a Clínica REPLACE sem falar do meu percurso clínico iniciado em Medicina Geral, no Hospital Santa Maria, e complementado pelo Hospital de S. José. Nessa altura, ano 2006/2008, surgiu a oportunidade de especialização na área capilar. Desde então, implementei em Portugal a utilização da técnica Folicular Unit Excision (FUE) quando ainda apenas se fazia FUT (Strip). Ao trazer a FUE para Portugal o feedback dos pacientes foi-se verificando extremamente positivo porque os resultados demonstraram ter um aspeto totalmente natural. A minha prática foi evoluindo, e fundei, numa sociedade por quotas, a Clínica Saúde Viável, onde exerci durante 8 anos, até abril de 2017. Em 2017 decidi dissociar-me da Clínica Saúde Viável e fundar a Clínica REPLACE. Existe uma forte aposta nos resultados, na prática médica baseada na evidência e ética, no acompanhamento pós-operatório próximo e nas tecnologias de vanguarda.


prir a mesma direção e profundidade dos cabelos na fase de criação dos poros para a implantação. É essencial para o aspeto natural dos resultados. O volume do cabelo que se adquire após o transplante é apenas uma questão simples de quantidade de folículos implantados. O Robot ARTAS da Clínica REPLACE, a única versão em Portugal, é muito mais rápido; não só nos ajuda na excisão perfeita de folículos, como também constrói a tão importante linha da frente e todos os poros para a implantação, bem direcionados e com a profundidade adequada. Com o ARTAS 9X, o tempo de recuperação é menor e as cicatrizes são menos visíveis. A envolvência e a proximidade do médico com o paciente, aliada à tecnologia de vanguarda, produz excelentes resultados no tratamento da calvície.

PONTOS DE VISTA

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Têm ainda a exclusividade em Portugal do implante de Biofibre®. Como funciona o mesmo? O implante capilar de Biofibre® é uma técnica de pequena cirurgia com o objetivo de inserir fibras capilares em zonas calvas, reconstruindo-as. É um tratamento eficaz para solucionar a calvície de homens e mulheres a perder cabelo. Destina-se a todos os tipos de calvície, tais como a comum calvície de origem genética (Alopécia Androgénica), queimaduras, traumatismos e cicatriciais. É a solução quando se anseia e deseja um resultado estético imediato e quando se prefere cirurgias mais ligeiras para densificar gradualmente a área capilar. O implante Biofibre® é realizado sob anestesia local e possibilita a obtenção de grande densidade capilar, num reduzido período de tempo. A implantação das fibras em zonas calvas é feita sem corte dos cabelos e sob anestesia local, podendo ser realizado em associação com as diferentes técnicas de preenchimento capilar como um transplante. As biofibras estão disponíveis em 15 cores, três tamanhos e em tipo liso, curvo ou encaracolado. Para assegurar a realização de um tratamento sem riscos para infeções e bem-sucedido, é realizado o teste de biocompatibilidade cujos resultados são obtidos entre o 21º e o 45º dia. A evolução científica constante permitiu que a taxa de compatibilidade de Biofibre® com o ser humano seja hoje elevada a 95%. Indicadores mostram que a vertente capilar é a que mais pesa no mercado da beleza mundial. Portugal é também prova disso quando comparado com valores de outros países europeus? Sem dúvida alguma. Recebemos pacientes dos mais diversos países e cada vez se sente mais a preocupação dos homens com a sua aparência. De Portugal, a Clínica REPLACE recebe mais de cinquenta pedidos de informação por dia e a tendência é aumentar.

FOTO: DIANA QUINTELA

» TEMA DE CAPA

a pessoa se sente amputada, uma vez que a calvície na mulher não é aceite socialmente. Sabemos que quando falamos no ideal de beleza, existe um certo misticismo e identidade associada ao cabelo feminino, mas o que vejo no gabinete de consulta é que ambos os géneros sofrem com a calvície da mesma forma. Existe um grande impacto na auto-estima, auto-confiança, bem como na idade aparente, que é sempre superior quando existe a calvície. Muitas pessoas falam em depressão e ansiedade, causada pela queda de cabelo. Da Alopécia resultam alguns sintomas desagradáveis, que podem condicionar a sua vida, tais como frustração, baixa auto-estima, depressão e ansiedade. A saúde capilar assume uma importância significativa na vida das pessoas e merece cuidados específicos e adequados, para que se sintam saudáveis e felizes, no seu dia a dia. Quais são os problemas mais frequentes que surgem na Clínica? Surgem-nos todos os tipos de alopecia, sendo a mais frequente a alopecia androgenética (de origem genética). Surgem-nos ainda muitas pessoas insatisfeitas com tratamentos realizados no passado e que pretendem ver o seu estado capilar remediado; também vêm até nós pessoas com queimaduras, traumatismos, cicatrizes e outras que desejam obter mais densidade capilar ou um resultado estético imediato.

Os portugueses são pessoas preocupadas com a saúde capilar? Definitivamente. Para além de existir em Portugal uma cultura orientada para o bem-estar e o saber viver, cada vez se sente mais a preocupação dos homens com a sua aparência. Ou seja, não são apenas as senhoras a procurar tratamentos capilares.

Foi pioneira em Portugal da técnica FUE, a mais avançada de transplante capilar. A procura pela inovação tem sido uma constante na sua carreira? Eu digo que sim. Não com o intuito de inovar por inovar, mas sim porque encaro como missão conseguir proporcionar os melhores tratamentos existentes nesta área. Então, participo em Congressos Médicos sempre que seja possível, tento manter-me informada e em sintonia com as comunidades científicas, e invisto na minha formação em técnicas que acrescentem valor. Por isso, a Clínica REPLACE utiliza aqueles que eu considero serem os tratamentos mais adequados na resolução da calvície a curto, médio e longo prazo.

Há quem considera que o cabelo não assume uma importância significativa, o que diria? No caso das senhoras, o cabelo é um traço muito importante da feminilidade, sem o qual

Neste momento quais são os focos de maior atuação da Clínica na temática inovação e tecnologia? Estamos atentos à evolução da robótica e das

QUEM É FÁTIMA GARCÊS? É médica-cirurgiã capilar e conta com 12 anos de experiência em transplantes capilares. Fundou a Clínica REPLACE focada fundamentalmente no cuidado do bemestar do paciente e na inovação de tratamentos médicos e cirúrgicos. A missão desta Clínica? Proporcionar uma experiência ímpar aos pacientes durante a sua passagem pelos serviços da REPLACE.

novas tecnologias de informação e comunicação. Servimo-nos das novas tecnologias, quer ao nível da gestão interna e processual, quer para o contacto com o exterior, minimizando distâncias entre nós e os pacientes, de forma a proporcionar boas experiências. É necessário marcar uma consulta de diagnóstico? Sim, é sempre necessária uma consulta de diagnóstico não só para determinar qual o tratamento mais adequado a cada paciente, mas para explicar cada um dos tratamentos. Na Clínica REPLACE, as avaliações são gratuitas para que todas as pessoas possam obter um diagnóstico sobre o seu cabelo e é possível agendá-las através das nossas redes sociais, e-mail, whatsapp e contacto telefónico. ▪

Av. da República, nº 90 5ºEsq, 1600-206 Lisboa, Portugal Tel: 926 710 740 geral@clinicareplace.com

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CONSULTORIA AMBIENTAL EM DESTAQUE

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JÁ PENSOU NOS SERVIÇOS QUE A NATUREZA PRESTA “GRATUITAMENTE” À HUMANIDADE? A Biota - Estudos e Divulgação em Ambiente - comemora este ano dez anos de atividade. Em entrevista, Patrícia Rodrigues, CEO da Biota, fala-nos dos projetos da empresa e dos desafios ligados à problemática da conservação da natureza e da biodiversidade.

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novação é a palavra de ordem na atividade da Biota, fale-nos um pouco sobre um dos vossos projetos. É sempre difícil eleger um único projeto quando o portfólio já ultrapassa os 300. O crescimento de uma empresa é algo de multidimensional, multisetorial, daí vários projetos distintos terem sido muito importantes para o crescimento e consolidação da BIOTA. Para mencionar apenas um é incontornável a referência ao projeto de translocação de bivalves de água doce, pioneiro em Portugal, associado ao aproveitamento hidroelétrico do Baixo Sabor.

buindo para tornar os seus projetos mais sustentáveis.

estar que permite estabelecer pontes e parcerias. Vamos comemorar uma década de existência no próximo dia 17 de outubro e iremos realizar o Seminário 10 Anos BIOTA, com uma tarde de partilha de conhecimentos e experiências, com momentos de inspiração e networking, onde foram abordados temas como, por exemplo, o Turismo e o Património Natural, o futuro da Avaliação de Impacte Ambiental, o Capital Natural, a Sustentabilidade e a Importância do Networking.

A empresa comemora este ano dez anos de atividade. Dez anos de Biota, dez anos de…? …desafios. Claro, todas as empresas que comemoram uma década têm um portefólio de desafios superados! Como a BIOTA nasceu em tempos de crise económica, esse contexto imprimiu-lhe desde sempre uma elevada resiliência e capacidade de superação para ultrapassar obstáculos à medida que estes foram surgindo. Também se poderia falar em dez anos de colaboração, de sinergias, de uma maneira de

A preservação ambiental é hoje, mais do que nunca, um dos desafios da sociedade. Que importância assume a consultoria ambiental? A consultoria ambiental assume uma enorme importância para a preservação ambiental, e para a conservação da natureza e biodiversidade, em particular. São as entidades que prestam consultoria que operam junto dos promotores de projetos, públicos e privados, que potencialmente têm ações mais impactantes no ambiente, contri-

PATRÍCIA RODRIGUES

Em questões de preservação ambiental, Portugal é um país maduro? Podemos dizer que caminha para a maturidade. Tal como o desenvolvimento dos jovens, a maturidade não é unidimensional, há muitas variáveis que influenciam esse percurso. Nalguns aspetos, Portugal apresenta bastante maturidade, noutros ainda tem um caminho importante a percorrer. Por exemplo, no que diz respeito ao enquadramento legislativo somos um dos países que mais se destaca a nível europeu. Mas se pensarmos em questões que se relacionam com a integração das preocupações de conservação da biodiversidade a nível transversal no contexto das atividades económicas, nomeadamente a nível de perceção, desenvolvimento e implementação, o panorama é muito heterogéneo. ▪

11 OUTUBRO 2018

Que retrospetiva pode ser feita da presença da Biota no mercado e dos desafios enfrentados? A BIOTA tem uma característica muito própria que é a sua capacidade de estabelecer colaborações e parcerias com entidades e pessoas muito diversas. Isso permite-lhe produzir soluções criativas porque consegue integrar uma diversidade que é crucial para lidar com a complexidade tipicamente associada à problemática da conservação da natureza e da biodiversidade. A crise económica em Portugal foi um dos desafios mais difíceis que foram superados. A internacionalização foi e é outro enorme desafio que temos abraçado, com a sua diversidade económica, cultural, etc. Sem dúvida uma experiência muito enriquecedora, inegavelmente decisiva para o nosso crescimento, a todos os níveis.

Urge, cada vez mais, consciencializar para a importância da gestão ambiental como uma oportunidade de crescimento económico sustentado? Sem dúvida. E é nesse contexto que queremos trazer, no âmbito do nosso evento, o tema do Capital Natural, um conceito ainda pouco conhecido em Portugal, que se centra nessa problemática. Este conceito baseia-se na valorização dos serviços de ecossistemas que, de uma forma simplista, são os serviços que a natureza tem prestado “gratuitamente” à humanidade. Um exemplo muito conhecido é a polinização realizada pelas abelhas. Atualmente, nalguns países, já são realizados avultados investimentos em polinização “artificial” em consequência dos desequilíbrios ambientais causados pelo Homem, o que ilustra bem a importância deste serviço. Os serviços de ecossistemas podem ser quantificados e utilizados na tomada de decisão para evitar perdas de biodiversidade e promover o crescimento económico, em simultâneo com a preservação ambiental.


PONTOS DE VISTA NO FEMININO

UMA CARREIRA ASSENTE EM DISCIPLINA E RIGOR Adriana Monteiro é advogada há 15 anos. O seu trabalho assenta em pilares como organização, disciplina, conhecimento, prontidão e assertividade, fatores que lhe permitiram conquistar o seu lugar como Advogada Fiscalista, na cidade do Porto e no país. Venha connosco saber mais

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PONTOS DE VISTA NO FEMININO

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isciplinada e rigorosa, Adriana Monteiro abre o seu escritório de advogados, almejando um projeto maior: conciliar a advocacia com a investigação científica na área da fiscalidade. Adriana Monteiro Advogados RL teve como marco de início a publicação e apresentação do primeiro livro da advogada, no domínio do direito fiscal, subordinado ao tema “IVA nos Atos Médicos” e com chancela da editora Almedina. A presente obra procura analisar alguns dos aspetos essenciais da tributação em IVA dos atos médicos. A principal área de atuação do escritório é, portanto, o direito fiscal, com especial foco no IVA, quer ao nível da investigação (já com duas obras publicadas), quer ao nível da advocacia. “A par do direito fiscal, e pela sua conexão, tenho tratado de dossiers que se inserem noutros ramos de direito, como seja o direito societário, direito das obrigações, insolvência, direito comercial, familiar e menores, direito penal e direito de mera ordenação social”, acrescenta Adriana Monteiro. Olhando para a presença da mulher no setor da advocacia, até há bem pouco tempo dominado, maioritariamente, por homens, Adriana Monteiro salienta que “há já algum tempo que os bancos das faculdades de direito têm vindo a ter mais mulheres do que homens, o que também virá a ter os seus reflexos na advocacia”, diz-nos. Adriana Monteiro explica, no entanto, que sentiu a necessidade de se empenhar mais, ampliar conhecimento, assimilar informação e fazer o seu melhor, alargando o seu leque de competências, o que exigiu um claro acréscimo de horas de trabalho, pois, confessa, no início da carreira sentiu alguns entraves. “Era claro que “ab initio” os colegas homens gozavam de uma maior credibilidade e votos de confiança, tanto entre pares, como na relação com os clientes e os intervenientes da justiça, para inverter essa tendência e conseguir o meu reconhecimento, trabalhei de forma árdua, investi muito em formação, estudei ainda mais e foquei-me no exercício da profissão”, adianta a nossa entrevistada. Ao longo de 15 anos, e após a licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Adriana Monteiro frequentou cinco cursos de Pós-Graduação na área da fiscalidade nas faculdades de Direito do Porto, Coimbra e Lisboa. Assistiu a inúmeras conferências, leu o quanto pode e, por fim, na mesma faculdade onde se licenciou, obteve o grau de Mestre em Ciências Jurídico-Políticas, menção em Direito Fiscal, sob a orientação do Professor Casalta Nabais. “Foi assim que fui adquirindo mais e mais competências para abarcar o vasto mundo do Direito Fiscal e, à medida que fui crescendo em conhecimento, fui conquistando o meu lugar como advogada fiscalista, na cidade do Porto e no

ADRIANA MONTEIRO

país. Concomitantemente fui obtendo o reconhecimento daqueles que, na advocacia, iam ombreando comigo, independentemente do género”, afirma a advogada. Em rigor, foi o trabalho e a expansão do conhecimento que lhe permitiram ultrapassar a confiança e credibilidade “ab initio” atribuída aos advogados homens, e obter o reconhecimento profissional daqueles que nos mais diversos cargos participam na administração da justiça, bem como clientes com os quais se foi cruzando nestes 15 anos de prática. “Hoje não sinto qualquer tipo de discriminação, antes pelo contrário. Fruto do empenho, dedicação e da forma como estou na advocacia, sinto um manifesto reconhecimento do meu trabalho nos vários quadrantes, seja de profissionais homens, seja de profissionais mulheres”, adianta Adriana Monteiro. “Superada a barreira erguida pelos fatores históricos e culturais”, Adriana Monteiro está convicta que a advocacia pode ser, e para si é, uma profissão que pode ser exercida por uma mulher, “de forma meritória, com elevado nível de qualidade, a ombrear com homens advogados em qualquer ramo do direito, inclusive no domínio do direito fiscal”, embora reconheça que mesmo nos dias de hoje ainda é um ramo do direito dominado pelo género masculino.

CINCO FATORES PARA O SUCESSO EMPRESARIAL

Adriana Monteiro acredita que o êxito de qualquer estrutura empresarial depende, na sua opinião, de organização, disciplina, conhecimento, prontidão e assertividade.

Há já algum tempo que os bancos das faculdades de direito têm vindo a ter mais mulheres do que homens, o que também virá a ter os seus reflexos na advocacia

Organização, porque qualquer estrutura, por mais histórica que seja, sucumbirá se não estiver organizada em termos de recursos humanos e de modus operandi; Disciplina, na medida em que seria difícil conseguir resultados eficientes e eficazes por parte de entidades regradas por um certo anarquismo. O escritório deve obedecer a um único modelo de ação e a uma só voz. É isso que faz a sua identidade interna e externa; Por sua vez, uma forte aposta na expansão do conhecimento é a chave da vitória. Ter uns horizontes de conhecimento alargados permitem uma melhor leitura de cada caso à luz de iure constituto e da jurisprudência firmada; Por fim, a prontidão e a assertividade, por serem as características que os clientes mais privilegiam. A advogada, Adriana Monteiro, termina afirmando que desenvolve a prática da advocacia sob o lema “disciplina, conhecimento e respeito pelo dossier do cliente”. ▪

adrianamonteiro-45767p@adv.oa.pt


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SAIA DA SUA ZONA DE CONFORTO “Foi assim que iniciei esta caminhada, lado a lado com a SI, sempre consciente de que o desafio era ambicioso e que esta nova função iria exigir de mim mais tempo e concentração”, afirma Sara Guedes sobre o seu cargo enquanto Diretora de Expansão do Grupo SI.

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O Grupo SI está a viver um momento de grande expansão no país, com previsão de chegar às 60 lojas até 2020. Qual tem vindo a ser a estratégia do grupo? Efetivamente encontramo-nos num notável processo de expansão. A nossa estratégia passa pelo planeamento antecipado: onde estamos, onde queremos chegar, identificar oportunidades e dificuldades, pontos fortes e fracos, definir uma estratégia assertiva e realista e trabalhar diariamente de forma focada. É importante referir a ligação intensa que todos os colaboradores da SI têm, não existem barreiras ou hierarquias de comunicação, seja para partilhar ideias, pedir ajuda em dificuldades ou partilhar vitórias. Somos todos iguais e igualmente acessíveis. Sara Guedes é a Diretora de Expansão do Grupo SI. Em que momento da sua vida agarrou este desafio? O desafio foi-me lançado em 2013, altura em que a SI traçou a sua estratégia de crescimento no âmbito regional a curto prazo e no nacional a médio prazo. Este projeto foi-me apresentado de uma forma entusiasta e ao perceber que iria haver uma forte aposta no crescimento da marca, de uma forma bem planeada e estratégica, fiquei sem qualquer dúvida de que iria ser um projeto

As mulheres já têm acesso à mesma formação e às mesmas oportunidades que os homens, não vejo diferenças, crescem nas mesmas creches, estudam nas mesmas instituições, têm acesso aos mesmos cursos, aos mesmos estágios, por isso claro que estão capazes e prontas para enfrentar os mesmos desafios. No entanto, quando falamos do acesso ao mercado de trabalho, aqui sim, ainda existe muito a fazer.

SARA GUEDES

bem-sucedido e do qual queria fazer parte. Tenho que ser franca, não precisei de refletir muito sobre a decisão de abraçar este projeto, conhecia muito bem a SI, dado que já era colaboradora da marca desde 2003, e ter a oportunidade de crescer dentro de uma marca em que confio e acredito, mantendo-me ligada a uma atividade pela qual sou apaixonada, a área imobiliária, foi quase como um sonho. Foi assim que iniciei esta caminhada, lado a lado com a SI, sempre consciente de que o desafio era ambicioso e que esta nova função iria exigir de mim mais tempo e concentração, e que teria de estar preparada para muita aprendizagem durante o processo. Portugal é o sexto país do mundo com melhores oportunidades e condições de apoio para as mulheres prosperarem enquanto empreendedoras. Na sua opinião, estamos realmente num bom caminho? Temos assistido nos últimos anos ao fenómeno do empreendedorismo feminino. Hoje, cada vez mais se veem líderes femininas em altos cargos de direção e de gestão, e acredito que esta será uma tendência que vamos continuar a verificar nos próximos anos. A sociedade mudou e continua a mudar, aliás, a evoluir. Hoje, as mulheres crescem sabendo que conseguem ser autónomas, que podem desenvolver as suas capacidades e competências e que podem ser participativas e ativas em atividades que eram exclusivamente masculinas de uma forma tão ou mais bem-sucedida.

É fácil para uma mulher sair da sua zona de conforto para se tornar numa empreendedora de sucesso? Claro que não, não é fácil para ninguém, nem para as mulheres, nem para os homens e nem mesmo para as crianças. Para mim, só existem dois fatores que nos obrigam a sair da zona de conforto. O primeiro é a necessidade, seja qual for a sua razão, e o segundo passa pela atitude, sendo que tanto numa situação como na outra é uma escolha que cada pessoa tem a liberdade de tomar. Sair da zona de conforto tem um primeiro obstáculo, a capacidade de assumir o risco e estar mentalmente capaz e preparado para saber que assumir esse risco nos pode levar à satisfação e realização, mas também preparados para assumir o risco de algo que não corra tão bem e conseguir ultrapassar a frustração com um plano B, com otimismo e persistência para voltar a sair da zona de conforto. O preconceito de género continua a ser o principal entrave ao empreendedorismo feminino, a nível mundial. Já teve de enfrentar obstáculos pelo facto de ser mulher? Sou uma pessoa bem-disposta e muito otimista, e, quanto a esta questão, só posso dizer que estou muito grata por todos os obstáculos que já tive de enfrentar. Eles foram essenciais e fundamentais para o meu processo de crescimento enquanto pessoa e enquanto profissional. Pessoalmente recuso-me a compactuar e a aceitar o preconceito de género. Tenho uma personalidade muito forte e se existe algo que me motiva é conseguir feitos que muitos julgam que uma mulher não consegue. Pode ser difícil, exigente e até improvável, mas ter a liberdade de escolha, de decisão e conseguir provar que não há limites para a determinação das mulheres é das coisas que mais satisfação me traz. ▪

LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT

13 OUTUBRO 2018

Soluções Ideais foi vencedora do Prémio Portugal Cinco Estrelas 2018 e é considerada como uma das melhores marcas no apoio à rede. Tratam-se de distinções de orgulho, mas também de um acréscimo de responsabilidade? Sim, de facto são distinções que me deixam muito orgulhosa, trata-se de ver reconhecido o meu trabalho e o trabalho de todos os colaboradores da SI. Termos sido os vencedores do Portugal 5 Estrelas em 2018, na categoria Imobiliárias, comprova o cuidado que a SI tem em apoiar, formar e ajudar os seus franchisados, e acredito que esta foi a fórmula que nos levou a ser reconhecidos pelos consumidores portugueses como uma marca Cinco Estrelas. Não menos importante é o facto de nos últimos três anos termos sido distinguidos como uma das melhores marcas no apoio à rede pelo Instituto do Franchising. Torna-se claro que o nosso forte apoio aos franchisados e a todos os colaboradores é o que nos conduz à excelência do serviço, e, para mim, este reconhecimento tem um valor muito importante.


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“O FSC PORTUGAL SEMPRE TEVE UMA PRESENÇA FEMININA BASTANTE FORTE” Joana Faria foi Responsável pela área de Desenvolvimento de Mercado do FSC Portugal. Hoje, é na função de Secretária Executiva que nos fala sobre questões como a preservação da floresta em Portugal e a presença feminina no mundo dos negócios.

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m questões de preservação da floresta, somos um mercado maduro? O valor da floresta é cada vez mais notório, e a necessidade de adoção de boas práticas prende-se com essa importância e com a consciencialização da sociedade civil nessa matéria. O uso de produtos florestais é recomendável, mas implica responsabilidade acrescida de assegurar uma gestão apropriada, motivo que levou à criação do Forest Stewardship Council® (FSC®), uma organização internacional, dedicada à promoção de uma gestão ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável, das florestas no mundo inteiro. A certificação florestal permite escolhas esclarecidas sobre a origem dos produtos, contribuindo para uma mudança positiva através do poder da dinâmica de mercado. Prova disso é o aumento da certificação de Cadeia de Custódia, essencial para organizações que procuram ter acesso a mercados conscientes em termos ambientais e sociais, ou para dar cumprimento a políticas de compras públicas e privadas, que especificam materiais ambientalmente responsáveis. A garantia de que os produtos provêm de florestas bem geridas, que apoiam a conservação dos espaços florestais, permite que o mercado possa ser um incentivo para uma melhor gestão florestal.

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Assumiu, em junho de 2017, funções enquanto Secretária Executiva. Que desafios surgiram com esta nova posição? Essencialmente os associados às questões Normativas. A implementação de novos Indicadores Genéricos Internacionais do FSC, levou à necessidade de revisão da Norma de Gestão Florestal. Portugal foi o primeiro país a ter a nova norma aprovada pelo FSC Internacional, publicada em 2018. Mais recentemente outro processo foi aprovado, a Análise de Risco da Madeira Controlada, que define cinco categorias de material inaceitável no FSC. Estes dois processos, a par da Cadeia de Custó-

414.000ha e 277 CoC. Isto significa que a implementação da certificação no terreno é efetiva, mesmo no regime de pequena propriedade, que imprime desafios adicionais. Na área de Mercado, alcançámos também já alguns marcos, como parcerias estratégicas, que nos permitem sensibilizar para a importância de uma gestão florestal responsável.

JOANA FARIA

dia, são a base do FSC e têm de ser assegurados pelo sistema. Além das questões Normativas, outros tópicos estão na base do nosso trabalho, como a promoção da certificação de grupo em áreas de minifúndio, e a avaliação dos benefícios da certificação florestal. A presença feminina é cada vez maior no mundo dos negócios. Alguma vez enfrentou obstáculos pelo facto de ser mulher? O FSC está assente em três Câmaras - Ambiental, Económica e Social. Nesta vertente social a igualdade de género tem uma importância significativa. No meu percurso profissional nunca senti dificuldades por ser mulher e, na verdade, o FSC Portugal sempre teve uma presença feminina bastante forte. Que balanço é possível fazer dos dez anos de atividade do FSC em Portugal? A evolução é notória. Em 2006 tínhamos 73.000ha certificados e 15 certificados de Cadeia de Custódia (CoC), atualmente temos

O FSC pretende alertar para um consumo responsável, e para o impacto que as escolhas dos consumidores podem ter na preservação das florestas. Os portugueses estão consciencializados para esta questão? Temos consciência do trabalho que ainda será necessário desenvolver para um reconhecimento inequívoco do símbolo FSC e do seu significado. Mas, de facto, a certificação florestal é uma ferramenta que dá aos consumidores a garantia que os produtos que compram provêm de florestas bem geridas. Ao comprar produtos FSC, todos contribuímos para uma gestão responsável das florestas e um uso consciente dos recursos, já que todos devemos questionar e exigir produtos de origem sustentável. A 28 de setembro comemorou-se o FSC Friday, uma data que se celebra mundialmente. O que se pretende com este dia? O FSC Friday é comemorado anualmente na última sexta-feira de setembro, e é um dia dedicado à reflexão sobre a importância da gestão florestal responsável e ao papel que o FSC desempenha neste âmbito. Este ano, Portugal celebrou a data com um jantar vínico, que reuniu produtores de vinho, fabricantes de rolha de cortiça e demais agentes do setor, na partilha de experiências sobre modelos de sustentabilidade dos seus negócios. Ao longo dos anos o FSC tem trabalhado em prol da floresta, e das pessoas e animais que dela dependem, e o FSC Friday é sobre compartilhar essa mensagem de contributo para a preservação da floresta, para que mais pessoas reconheçam o nosso trabalho.​▪


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“DESENHAMOS EXPERIÊNCIAS, CRIAMOS MEMÓRIAS E DEIXAMOS SAUDADE” Tânia Palma é fundadora da marca The Traveler Hostess, uma agência de viagens que nasceu da “paixão por bem receber e partilhar o melhor dos lugares que cruzo. Os meus clientes são amigos que levo comigo em aventuras únicas, a locais míticos e emblemáticos, seja por Marrocos, Espanha ou no tão nosso Portugal”. Venha connosco conhecer a história desta mulher empreendedora e sonhadora. TÂNIA PALMA

Antes do The Traveler Hostess já tinha experienciado o empreendedorismo? Sempre me considerei criativa ou sonhadora

(risos), visto que os sonhos que tinha nunca passavam disso mesmo, ideias em papéis esquecidos pela casa. Depois, chegou a necessidade, esta fez-me agarrar as ideias e transformá-las num projeto que me continua a fazer sonhar, mas hoje como um desafio real, que agarro todas as manhãs e que me leva a partilhar o melhor de mim. Os meus clientes são amigos que levo comigo em aventuras únicas, a locais míticos e emblemáticos, seja por Marrocos, Espanha ou no tão nosso Portugal. Que desafios ou que barreiras se enfrentam quando se toma iniciativa de implementar novos negócios? A incerteza e instabilidade da fase inicial é muito difícil. Superar a irregularidade da frequência de trabalho e a instabilidade financeira que advém da mesma, requer muita força de vontade e um enorme querer. Para ser empreendedor é necessário ter o perfil certo ou é algo que se aprende e com o qual se vai crescendo ao longo do tempo? Acho que obviamente existem pessoas que detêm uma capacidade inata de empreendorismo, estas conseguem ser bem-sucedidas porque se sentem eternamente inconformadas, até conseguirem atingir os seus objetivos. Por outro lado, existe a circunstância ou o acaso, que nos leva a desenvolver o empreendorismo. Estas pessoas, tal como eu, têm de redobrar a paciência, a serenidade, a persistência e o optimismo para triunfarem como empreendedores. As mulheres empreendedoras têm vindo crescer e a conquistar o seu espaço. Mas é suficiente? Existem as mesmas oportunidades para mulheres e homens? É claro que não. As mulheres continuam a ser

penalizadas pelo papel que a própria sociedade lhes impõem e que está profundamente desatualizado. Detesto rótulos. Achei curioso um comentário que um cliente neozelandês teceu quando falávamos de mulheres que tinham regressado ao trabalho após a licença de maternidade. O cliente, que por sua vez, ocupava um cargo de chefia na empresa onde trabalhava, constatou que estas mulheres apresentavam um maior nível de eficiência na realização das tarefas que lhes eram atribuídas. Tendo um horário mais reduzido que um trabalhador que não esteja a usufruir dos direitos desta licença, são obrigadas a desenvolver uma maior rapidez, disciplina e rigor na concretização das suas funções. Obviamente que esta é uma análise demasiado simplista de uma questão muito complexa, e que remete para condições relacionadas com o mercado de trabalho, questões salariais e motivacionais até... Mas, de uma forma muito básica, a mulher é naturalmente um ser polivalente, forte, organizado, e dotado de uma resistência e persistência fora do “normal”. De igual forma, a presença feminina é cada vez maior no mundo dos negócios. É fácil ser-se mulher no mundo dos negócios? Alguma vez sentiu dificuldades ou enfrentou obstáculos pelo facto de ser mulher? A minha aventura empresarial talvez ainda não tenha maturado o suficiente para servir de exemplo ou para que possa fazer uma análise justa. Até hoje não tenho quaisquer razões de queixa. Muitas vezes fico sim surpreendida por me apresentar em tarefas que, para mentes mais desatualizadas, rapidamente seriam de atribuição masculina...mas tem sido engraçado, muito engraçado, surpreender! E vou continuar por aqui a fazê-lo. ▪

15 OUTUBRO 2018

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ânia Palma é fundadora do The Traveler Hostess. Como é que surge este projeto na sua vida? Vivi em diversos países, a minha última despedida foi em Marrocos, que sempre me acolheu de braços abertos e que viu crescer a minha família... Marrakech apresentou-me o turismo como setor profissional. Comecei por trabalhar numa agência inserida na rede de luxo Virtuoso, onde acabei por completar um “mestrado” em turismo. No entanto, após o nascimento do meu terceiro filho, vi-me forçada a regressar a Portugal. O que levei comigo? Além de um enorme receio da incerteza que avizinhava, a paixão por bem receber e partilhar o melhor dos lugares que cruzo. Portugal, a nível turístico, estava na boca do Mundo. Esta oportunidade, e talvez o destino e um pouco de sorte, fizeram com que alguns agentes, que me acompanharam neste processo de mudança, voltassem a contactar-me, solicitando assistência. Nesta altura, o projeto que escondia entre post-its desalinhados começou a fazer cada vez mais sentido, ganhando forma através da marca The Traveler Hostess. Pretendia criar uma agência que marcasse pela diferença, pelo profundo conhecimento dos locais que inseria nos seus roteiros, pela criatividade na forma como comunicava, pela paixão por receber de forma distinta e, sobretudo, pela oferta especializada e customizada que apresentava ao cliente que recebia. Este projeto, que nasceu do grande conhecimento que adquiri do mercado marroquino, é hoje uma agência de viagens dedicada ao acompanhamento permanente e local do cliente mais exigente, em território marroquino e não só...


» MIGUEL TOSCANO, COUNTRY MANAGER DO GRUPO NORTE PORTUGAL

COM FALTA DE CANDIDATOS, EMPRESAS PORTUGUESAS, COMEÇAM A PROCURAR TRABALHADORES ESTRANGEIROS Fruto das mudanças atuais, o contexto laboral, tornou-se mais exigente e os colaboradores também. Hoje, são muitos os candidatos que pretendem uma melhor qualidade de vida em detrimento de um “bom” salário. As competências técnicas perdem terreno para as competências sociais e esta parece ser uma tendência que veio para durar. A Revista Pontos de Vista falou com Miguel Toscano, Country Manager do Grupo Norte Portugal, sobre gestão de talento – uma das questões proeminentes vividas no contexto laboral atual.

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tecnologia é o grande fator de mudança em vários contextos e no mundo do trabalho não é exceção. “A tecnologia e o trabalho em rede vieram revolucionar, a forma como pensamos, trabalhamos e nos relacionamos. Esta foi sem dúvida a mudança mais significativa dos últimos tempos”, começa por explicar Miguel Toscano. A adaptação das empresas a esta nova realidade nem sempre é tarefa fácil e acessível. Em Portugal esta acessibilidade tem sido um desafio permanente entre as Pme’s e as microempresas que denotam mais dificuldades na adaptação a esta nova realidade e que requerem um maior desenvolvimento dos seus recursos humanos, especialmente aquelas que competem na economia global. “Enquanto empresa especializada em recursos

humanos tivemos de nos adaptar rapidamente. Esta adaptação foi difícil porque essencialmente trabalhamos em rede, de forma a integrarmos os ecossistemas e criar soluções em função das necessidades dos nossos clientes. Nesse âmbito, a forma de como toda a economia se encontra integrada, torna-se extremamente complexo decompormos essas relações e ajudarmos os clientes a desenvolver o seu capital humano”, elucida o country manager. Na sociedade do conhecimento as pessoas passaram a ser o principal recurso e a informação a principal matéria-prima, portanto quem tiver as suas pessoas melhor preparadas e capacitadas para transformar informação em conhecimento e conhecimento em valor sustentável passará a ter claramente a vantagem competitiva”, defende o especialista. As dificuldades maiores prendem-se em três

áreas: Atração, Fidelização e Retenção de talento. “Estas três áreas são áreas para as quais as empresas portuguesas começam a despertar. Claro que empresas cotadas em bolsa ou com grandes departamentos de recursos humanos já possuem algumas soluções, mas Portugal vive numa economia de Pme’s e de microempresas onde efetivamente não existem ainda gestores orientados para uma efetiva gestão do talento”. Para acompanhar as tendências globais, Miguel Toscano, acredita que as empresas têm de continuar a apostar na formação contínua, no desenvolvimento da mobilidade profissional, mas também em programas de gestão de talento estruturados desde a entrada até á saída de uma pessoa numa organização e que estes devem integrar 4 eixos: Atração, Fidelização, Retenção e a Gestão da Saída.


As organizações têm hoje um fenómeno geracional para gerir. Existe uma multiplicidade de gerações dentro das organizações e o gestor de talento terá que ter a capacidade em potenciar todas as suas competências de uma forma alinhada ao serviço da empresa, desde dos tradicionais e baby boomers até aos millennials. “Existe uma riqueza brutal de know-how com metodologias de trabalho, sistemas de auto-aprendizagem e níveis de maturidade e performance tecnológica diferenciados assim como uma visão diferenciada de ver o mundo que nem sempre são utilizados e potenciados da melhor forma dentro das organizações. Ora, tudo isto é também um foco de conflito dentro das organizações. Alinhar todas estas competências e visões numa cultura organizacional é um dos principais desafios do gestor de talento”, defende o nosso interlocutor. O primeiro passo para desenvolver um processo de atração de talento eficaz é, segundo Miguel Toscano, “conhecer muito bem a cultura organizacional de cada cliente, os valores representativos da sua marca e o mapa de competências críticas para o seu negócio. Qual o perfil desejado da pessoa a contratar e o que se espera dela no processo de criação de valor no curto, medio e longo prazo e claro como a empresa espera retribuir esse compromisso orientado para os resultados em termos de retribuição, valorização e reconhecimento”. Numa entrevista de recrutamento há três coisas a que o recrutador toma especial atenção e que são indicadores de sucesso: a postura, o que motiva o candidato, quais as suas expectativas e que garantias de realização (pessoal e profissional) existem na vaga em questão. Por outro lado, a falta de conhecimento sobre a empresa (História, estrutura, volume de negócios) e foco exclusivo no salário são à partida motivos para não se criarem duvidas á sua contratação.

DE FORA PARA DENTRO

No actual baixo nível de desemprego existente em Portugal há uma carência de preenchimento de vagas para áreas mais técnicas e altamente especializadas, sobretudo em regiões fora dos grandes centros urbanos. Neste domínio Miguel Toscano entende que “ou as empresas começam por desenvolver as suas próprias unidades de formação seja individualmente ou em rede - através de modelos de joint-venture com empresas especializadas em gestão de talento ou então teremos de ir ao estrangeiro buscar talento. Por isso o Grupo Norte já está a trabalhar em outras geografias para atrair talento estrangeiro, principalmente onde o Grupo Norte está posicionado. Portugal é um país que recebe bem a todos os níveis e nas empresas isso também se verifica, onde o processo de aculturação não é difícil de se atingir. O mais difícil será encontrar a solução de atração mais ajustada para cada sector, indústria ou empresa de acordo com a realidade social e económica do ecossistema empreendedor local, e neste âmbito quer as autarquias quer a academia ou associações empresariais serão parceiros cruciais para o futuro desta estratégia”. Apesar do contexto de extrema dificuldade da última crise o certo é que os Portugueses conseguiram dar a volta por cima e ganhar novamente a confiança dos seus parceiros europeus. Reinventamo-nos neste cantinho à beira mar plantado. Conseguimos controlar as contas publicas. Somos o pais da web summit e dos trofeus do Turismo de excelência. Somos mais inovadores, mais competitivos e conseguimos gerar mais emprego. É porque de facto temos capacidade para gerar talento. Não temos é capacidade para o fidelizar ou reter. Agora temos é de continuar a desenhar as nossas estratégias e implementar programas integrados de gestão do talento mesmo com o apoio de empresas especializadas como o Grupo Norte, ou seja, não agir neste domínio só por impulso ou em caso necessidade. O Grupo Norte é um grupo empresarial de capitais espanhóis com mais de quatro décadas

de experiência em ofertas globais e integradas de gestão estratégica e operacional de recursos humanos e chegou a Portugal em 2017. O Grupo Norte presta serviços de Consultoria, Formação, R&S, trabalho Temporario e é especialista em Externalização, facturando mais de 220 milhões de euros em serviços. Neste momento tem cerca de 12 mil colaboradores a operar no Chile, Peru, Espanha e Portugal, onde as economias e culturas são distintas e, por isso com níveis de desenvolvimento dispares, onde, contudo o denominador comum é o recurso humano. Esse é idêntico em todo o lado. ▪

Enquanto empresa especializada em recursos humanos tivemos de nos adaptar rapidamente. Esta adaptação foi difícil porque essencialmente trabalhamos em rede, de forma a integrar os ecossistemas e criar soluções em função das necessidades dos nossos clientes. Nesse âmbito, a forma de como toda a economia se encontra integrada, é extremamente complexo decompormos essas relações e ajudarmos os clientes a desenvolver o seu capital humano

17 OUTUBRO 2018

VÁRIAS GERAÇÕES VS O MESMO CONTEXTO LABORAL


» AIR CANADA NOMEADA MELHOR COMPANHIA AÉREA DA AMÉRICA DO NORTE

AIR CANADA NOMEADA MELHOR COMPANHIA AÉREA DA AMÉRICA DO NORTE A Air Canada foi reconhecida recentemente como a melhor companhia aérea da América do Norte. Em entrevista à Revista Pontos de Vista, John MacLeod, Vice-Presidente de Global sales and Alliances, explica que estratégias segue a companhia que a tornam numa referência do setor da aviação.

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a sua opinião, quais são os maiores desafios que as companhias aéreas enfrentam hoje? Os preços de energia estão a aumentar significativamente, a manutenção de margens com consumos de combustível de aviação mais altos normalmente é obtida por reduções de capacidade e / ou aumentos de preços, nenhum dos quais é bom para nossos clientes ou geração de demanda. Infraestrutura para apoiar o crescimento da aviação e a disponibilidade de talentos operacionais especializados. Quais foram as mudanças mais significativas que ocorreram nos últimos anos no transporte aéreo? Nos aeroportos, os programas “viajante confiável” aceleraram a liberação de segurança, removendo parte do “fator inconveniente” das viagens aéreas, que tem um impacto relativamente maior nas viagens de negócios de curta distância. A nova tecnologia de aeronaves permite que as companhias aéreas ofereçam voos mais longos com aeronaves menores e, ao mesmo tempo, tenham mudanças relativamente pequenas no CASK quando comparadas com aeronaves maiores.

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BIOGRAFIA:

A Air Canada foi reconhecida recentemente como a melhor companhia aérea da América do Norte. Quais fatores você considera cruciais para tal reconhecimento? Um foco muito concentrado de todos os funcionários da Air Canada na melhoria da jornada de nossos clientes, juntamente com um investimento substancial em nova frota, produtos premium e soluções tecnológicas de ponta. Para além disso, temos crescido e isso traduz-se no lucro: mais de 50% nos últimos cinco anos, o que nos leva a poder oferecer mais opções aos nossos clientes. Em termos de mobilidade, especificamente aérea, o que ainda precisa ser feito? Estamos bem no nosso caminho, cujo objetivo é conseguir ter toda a nossa frota de jatos conectada. Que novidades podemos esperar da empresa no futuro próximo? Os nossos clientes podem esperar o anúncio de uma implementação bem-sucedida do nosso novo Sistema de Vendas e Serviços de Passageiros Altea. Isto permitirá a agilidade das reservas de clientes e facilitará muitos aprimoramentos de produtos e processos voltados para o cliente. Teremos o lançamento da aeronave A220 da Air Canada (antiga Série C) no mercado da América do Norte. Esta aeronave permitir-nos-á voar em rotas mais longas e com custos unitários mais baixos. ▪

JOHN MACLEOD

John MacLeod foi nomeado Vice-Presidente de Vendas Globais e Alianças em maio de 2018, com responsabilidade geral pelas receitas da companhia aérea geradas em todos os canais de vendas de todos os pontos de venda globais e estratégias de distribuição de vendas em todo o mundo. John também supervisiona a aliança da Air Canada e as joint ventures com companhias aéreas estrangeiras, incluindo o gestão da associação da Air Canada à Star Alliance. Ingressou na Air Canada em 2017 como Vice-Presidente de Estratégia Comercial, onde liderou o desenvolvimento de vários planos estratégicos e tornou-se responsável pelo aspeto comercial dos objetivos da companhia aérea no desempenho da receita que apoiava a expansão global da Air Canada. Antes de ingressar na Air Canada, John foi Vice-Presidente Senior de Planeamento, Vendas, Revenue Management e eCommerce na Virgin America. Com mais de 25 anos de experiência liderando equipas comerciais, de receita, de rede, de desenvolvimento corporativo e de alianças, ocupou vários cargos executivos em companhias aéreas internacionais e norte-americanas. John possui um MBA pela Escola de Negócios Schulich da Universidade de York e um Bacharelado em Engenharia Mecânica pela Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul.


AIR CANADA NOMEADA MELHOR COMPANHIA AÉREA DA AMÉRICA DO NORTE

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AIR CANADA IS THE BEST NORTH AMERICAN AIR COMPANY Air Canada was recently recognized as the best airline in North America. John MacLeod, Vice President of Global Sales and Alliances, explains that strategies follow the company that make it a benchmark in the aviation industry.

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n your opinion, what are the biggest challenges that airlines face today? Energy prices that are increasing at a higher rate than inflation. Maintaining margins with higher jet fuel inputs is typically achieved by capacity reductions and/or price increases, neither of which are good for our customers or demand generation. Infrastructure to support aviation growth and the availability of specialized operational talent. What were the most significant changes that have occurred in recent years in air transportation? At airports “trusted traveler” type programs have expedited security clearance removing some of the “hassle factor” of air travel, which has a relatively larger impact on short haul business travel. The new aircraft technology enabling airlines to offer longer flights with smaller aircraft and at the same time having relatively small changes in CASK when compared to larger aircraft.

BIOGRAFY:

In terms of mobility, specifically aerial, what still needs to be done? We are well on our way to have our whole jet fleet connected. What news can we expect from the company in the near future? Our customers can expect the announcement of a successful implementation of our new Passenger Sales and Service System Altea. This will enable seamless customer bookings and facilitate many customer facing product and process improvements. You can also expect the launch of Air Canada’s A220(formerly C Series) aircraft in North America markets. This aircraft will enable us to fly longer thinner routes at lower unit costs. ▪

JOHN MACLEOD

19 OUTUBRO 2018

Air Canada has recently been recognized as the best airline in North America. What factors do you consider to be crucial to such recognition? A very concerted focus by all of the Air Canada Employees on improving our customer’s journey along with a substantial investment in new fleet, premium products and leading technology solutions. Along with this we have grown profitably over 50% in the past five years offering our customers more choices.

John MacLeod was appointed Vice President, Global Sales and Alliances in May 2018, with overall responsibility for the airline’s revenues generated across sales channels from all global points of sale and for sales distribution strategies worldwide. John also has oversight for Air Canada’s alliance and joint venture partnerships with foreign airlines, including management of Air Canada’s membership in Star Alliance. He joined Air Canada in 2017 as Vice President, Commercial Strategy where he led the development of a number of strategic plans, and was also responsible for the commercial aspect for the airline’s objectives in revenue performance supporting Air Canada’s global expansion. Prior to joining Air Canada, John was Senior Vice President, Planning, Sales, Revenue Management and eCommerce at Virgin America. With over 25 years of experience leading commercial, revenue, network, corporate development and alliance teams, he has held various executive positions at international and North American airlines. John holds an MBA from York University’s Schulich School of Business and a Bachelor’s Degree in Mechanical Engineering from the University of Cape Town, South Africa.


» GUIBERÇO

MERCADO IMOBILIÁRIO ESTÁ MAIS “EXIGENTE” E REQUER MAIS “RESPONSABILIDADE” A Guiberço é uma imobiliária que nasceu há 11 anos na cidade de Guimarães. A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Jorge Cunha, Sócio-Gerente, sobre as novas tendências de um setor que mudou imenso: o imobiliário.

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Guiberço está no mercado há 11 anos e foi uma das primeiras a licenciar-se como intermediária de crédito vinculado agora pelo Banco de Portugal. Como é que se alcança um estatuto de confiança deste tipo? O projeto iniciado há 11 anos atrás foi delineado com o objetivo de trazermos para o mercado imobiliário rigor e confiança, não sermos mais uma imobiliária mas sim pautarmos pela diferença das demais e isso foi conseguido com o empenho e dedicação de todos os colaboradores da Guiberço Lda. Atendendo às constantes alterações legislativas, e estando nós sempre atentos às mesmas, sempre que necessário fazemos de forma atempada e pensada, as respetivas alterações e deveres legais para desta forma mostrar que merecemos a confiança de todos. Não nos limitamos a intermediar o negócio, fazemos questão de acompanhar os nossos clientes nas resoluções de todas as questões burocráticas, tanto daqueles que compram como daqueles que vendem, efetuando um acompanhamento muito próximo das necessidades deles. Assim conseguimos a confiança e criamos uma identidade que nos leva a sermos escolhidos como parceiros de negócios, por vários intervenientes imobiliário tais como banca, fundos imobiliários, promotores, entre outros.

PONTOS DE VISTA

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Várias cidades do país têm sofrido um “boom” no setor imobiliário, Guimarães é uma delas, em que a procura é muita. Existe oferta suficiente? O mercado é muito volátil e nesta altura existe um défice de construção no concelho de Guimarães. Como referido a procura é muita e temos demonstrado a construtores e investidores parceiros que a altura de alavancar o negócio imobiliário é esta. Hoje, como se costuma dizer, “já se vêem gruas ao alto”, e isso é um sinal que os investidores sentem que existe a necessidade de criação de produto imobiliário que o mercado consegue escoar. Pensamos que com a criação destes novos

sumidor final é uma segurança. Mas a nossa estratégia passa por continuar o grande volume de negócio no concelho de Guimarães, aumentando cada vez mais o número de transações fora do nosso concelho, isto fruto das novas tecnologias que temos ao nosso dispor, sendo uma das grandes apostas da Guiberço, fazendo com que o espaço físico ‘’LOJA’’ , seja cada vez menos necessário para a realização do negócio.

JORGE CUNHA

empreendimentos imobiliários, a oferta imobiliária será mais equilibrada com a procura, no entanto, ainda existe uma grande lacuna no mercado de arrendamento, que pode e deve ser aproveitada por novos projetos e entrada de novos players. Pretendem promover o dinamismo empresarial não só em Guimarães mas também pelo resto do Norte do país. Estrategicamente de que forma pensam fazê-lo? Temos conseguido entrar em mercados das zonas próximas da nossa área geográfica não só pelo nosso trabalho de procura de negócio, mas também pela criação de entendimentos com outras imobiliárias parceiras para o negócio. Hoje em dia, o mercado imobiliário não é o mesmo daquele que iniciamos a nossa caminhada. Tudo é muito mais exigente, temos mais responsabilidade no negócio, que para o con-

Lisboa e Porto fazem já parte de um mercado imobiliário chamado global. Poderá Guimarães passar pelo mesmo? No nosso ponto de vista Guimarães ainda não comporta o negócio global pela falta de oferta do mercado. No entanto, estão a ser dados passos para que em breve isso seja possível. Fruto do aumento significativo de turismo, e aposta do município em grandes eventos europeus tais como Capital Europeia da Cultura, Cidade Europeia do Desporto e este ano o objetivo será Guimarães mais Verde. Para além disto temos um centro histórico classificado como Património Mundial da Unesco. Tudo isto faz com que seja criado uma marca, uma forma de vender qualidade de vida, que é isto que o mercado global procura. Fala-se muito em especulação no imobiliário… o que distingue um especulador de um investidor? A linha que separa um especulador de um investidor é muito ténue, confunde-se muito a especulação com investimento, num entendimento muito simples um investidor carateriza-se por procurar um retorno satisfatório do investimento, enquanto um especulador tenta influenciar o mercado. Estão no mercado há 11 anos, esta tem sido uma década de…? CRESCIMENTO – ao longo destes 11 anos temos vindo a cimentar uma posição de relevo no mercado imobiliário, somos procurados por inspirarmos confiança, pelo conhecimento e pela agilidade na resolução das situações. ▪


PONTOS DE VISTA NO FEMININO

“SOU FEMININA, NÃO SOU FEMINISTA!” Como em todas as histórias, vamos começar pelo princípio e contar-vos a história de Márcia Gigante, criadora da marca «Márcia Gigante – Concierge, Events & Consulting», que disponibiliza um serviço holístico de assessoria executiva, personalizado e à medida de cada cliente.

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É mulher, mãe e empreendedora. Que desafios ou que barreiras se enfrentam quando se toma iniciativa de implementar novos negócios? O mais importante desafio é ser capaz de conciliar os projetos com a vida familiar. Não sendo viciada no trabalho, empenho-me com paixão em cada projeto a que me dedico, o que, por vezes, retira algum tempo à família, admito. Mas procuro sempre o equilíbrio. Tenho a felicidade de ter uma família estruturada, que me ama, me apoia e incentiva! Esse amor é a força que me permite desfrutar de ambos os mundos, o profissional e o familiar e afetivo. A falta de soluções na legislação laboral que permitam esta conciliação é ainda uma barreira em Portugal. Sai prejudicada a estrutura familiar e, em consequência, assistimos ao adiamento da vida conjugal e à redução da natalidade. Afirma que os seus maiores sonhos profissio-

Mulheres Empreendedoras. Criamos sinergias, porque juntas somos mais fortes! O Empreendedorismo Feminino tem crescido, e o Minho tem-se revelado uma agradável surpresa. Creio que as mulheres são, em geral, mais criativas e isso permite encontrar uma panóplia mais vasta de ideias, que podem transformar-se em negócios com sucesso. Aborrece-me a “questão da igualdade”. Sou feminina, não sou feminista! É inegável que existem atividades mais adequadas para o homem e outras para a mulher. As oportunidades? Podem não ser as mesmas, em número, mas estão aí. Cabe-nos a nós lutarmos por estas (ou criá-las!), demonstrando capacidade, valor e mérito, em vez de acedermos a estas em função de quotas. Parece-me um mau princípio.

MÁRCIA GIGANTE

nais são a independência e o reconhecimento profissional. Objetivos alcançados? A independência e autonomia são um caminho e não um fim em si mesmo. Considero ter construído uma reputação de profissionalismo, capacidade e dedicação que me irão permitir agora, num novo contexto, conseguir resultados muito interessantes. Tem como missão apoiar e desenvolver o Empreendedorismo Feminino no Minho. A verdade é que as mulheres empreendedoras têm vindo crescer e a conquistar o seu espaço. Mas é suficiente? Existem as mesmas oportunidades para mulheres e homens? No início de 2016 assumi a responsabilidade pela implantação, gestão e desenvolvimento da rede de associadas da “Adoro Ser Mulher” em Braga e Guimarães, dando a conhecer as atividades e partilhando a filosofia deste grupo de

De igual forma, a presença feminina é cada vez maior no mundo dos negócios. É fácil ser-se mulher no mundo dos negócios? Alguma vez sentiu dificuldades ou enfrentou obstáculos pelo facto de ser mulher? Nas empresas em que trabalhei a gestão era maioritariamente masculina. No entanto, jamais fui preterida por ser Mulher. Temos que saber conquistar o nosso espaço, trabalhando o melhor que sabemos, de forma inteligente. A mulher é um ser especial. Tem a capacidade de se adaptar rapidamente a qualquer situação. Tem uma maior sensibilidade e maior atenção aos detalhes. A diplomacia é uma qualidade inata. Hoje faz aquilo que realmente gosta. Que mensagem gostaria de deixar às nossas leitoras, sejam elas empreendedoras, mães, mulheres de negócios ou não? Se quer algo e tem força de vontade, então deverá procurar e agarrar as oportunidades que vão surgindo. Não esqueça que a cortesia, o respeito, a honestidade e a humildade são virtudes indispensáveis para o estabelecimento de relações profissionais saudáveis e equilibradas. Saber estar é saber fazer. Perante a adversidade, persistir sempre! ▪

21 OUTUBRO 2018

m que momento da sua vida surge «Márcia Gigante – Concierge, Events & Consulting»? Sempre me considerei um hub, uma plataforma de relações internacional, com contactos, família e amigos nos cinco continentes. A experiência profissional consolidada nas áreas de relações externas, comunicação e gestão de pessoas, em multinacionais europeias, e o desafio de colegas e amigos, serviram de mote para me aventurar a fazer por conta própria o que realmente gosto e me motiva: estimular e estreitar relações, gerir a comunicação empresarial de forma global e integrada e ajudar as pessoas nos seus projetos. Com mais de 20 anos de experiência profissional, pretendo ser o elo de ligação entre investidores nacionais e estrangeiros. Depois de Luanda, Caldas da Rainha e Lisboa, Guimarães é agora a minha nova casa. É aqui que estou a desenvolver a marca «Márcia Gigante – Concierge, Events & Consulting», que disponibiliza um serviço holístico de assessoria executiva, personalizado e à medida de cada cliente.


» CIBERSEGURANÇA

“A INFORMAÇÃO É UM DOS BENS MAIS PRECIOSOS QUE QUALQUER ORGANIZAÇÃO TEM” No Mês Europeu da Cibersegurança, a Revista Pontos de Vista conversou com João Manso, CEO da Redshift Consulting, uma entidade que tem provado o seu valor no domínio da informação digital e da cibersegurança. Saiba mais ao longo desta entrevista.

JOÃO MANSO

PONTOS DE VISTA

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Mês Europeu da Cibersegurança é comemorado durante o mês de outubro, pelo sexto ano consecutivo, com diversos eventos e atividades. A Redshift – Consulting irá promover, de alguma forma, o mês dedicado à cibersegurança? Do ponto de vista empresarial temos participado em iniciativas com sessões de esclarecimento ou de motivação para questões relacionadas com a cibersegurança. Temos algumas atividades em curso com algumas empresas que irão promover ações de motivação junto dos seus colaboradores e com a nossa colaboração junto de associações, com apresentações direcionadas a grupos de empresas de sectores como agroalimentar e industrial por exemplo. As questões relacionadas com a cibersegurança são transversais a todos os setores. Hoje, mais do que nunca, empresas como a Redshift – Consulting, assumem um papel preponderante junto das empresas e do cidadão comum? Trabalhamos para empresas e entidades e não tanto para o cidadão comum, muito embora

contribuamos para o crescimento da empresa e, consequentemente, dos seus colaboradores, em questões relacionadas com a cibersegurança. Trabalhamos para que o tecido empresarial e o Estado tenham uma maior maturidade neste âmbito. Alguns exemplos são ações de sensibilização que temos feito com especial enfoque na problemática do Phishing e do Roubo de Identidades. “A cibersegurança é uma matéria de todos”, pelo que o objetivo é aumentar o conhecimento e a utilização de boas práticas de todos. Nós, utilizadores e colaboradores de organizações, sabemos “estar” no mundo da Internet? A segurança de uma nação depende de todos. Todos contribuímos, quer como cidadãos, quer como empresários ou colaboradores, para a cibersegurança. Sendo o tecido empresarial o ponto de contacto da Redshift, contactamos com o cidadão comum quando prestamos sessões de esclarecimento ou a promoção da cibersegurança nas empresas, cultivando, o sentido de responsabilidade junto de todos. É frequente constatarmos a resistência à adoção das políticas de segurança da empresa por

parte dos colaboradores e as sessões de esclarecimento ilustradas com exemplos práticos são extremamente impactantes por evidenciarem a sofisticação e os recursos utilizados pelo cibercrime que em ações de engenharia social podem até utilizar os seus familiares. No entanto, para o cidadão comum, essa responsabilidade cabe ainda muito mais ao Estado, quer seja o Ministério da Educação nas escolas, quer seja entidades como o Centro Nacional de Cibersegurança que promove atividades importantes para chegar à sociedade em geral. Quais são os maiores perigos que podem surgir para as empresas quando a proteção de dados, em termos informáticos, é negligenciada? Tudo isto é uma questão geracional. As pessoas que estão mais desprotegidas ou desligadas das questões relacionadas com a cibersegurança são as que estão incluídas na faixa etária dos 30-55, que, embora sejam cultas do ponto de vista de sistemas de informação, estão pouco motivadas para a questões referentes a proteção de dados. As gerações mais novas começam a ter mais sentido de responsabilização e preocupação em não se exporem demasiado


FOTO: DIREIROS RESERVADOS

O processo de transformação digital em curso está a ser impulsionado por novas ofertas digitais. Na sua opinião, que desafios ainda estão por advir? A transformação digital é ela própria um problema se não for bem liderada dentro das organizações, colocando desafios à organização se a mesma não estiver devidamente preparada. A transformação digital pode acarretar graves problemas, quer na proteção de dados, quer na segurança, implicando, por isso mesmo, uma estrutura rigorosa dentro da empresa relativamente ao acesso aos sistemas. Uma empresa deve conseguir saber, com precisão, quem acede aos sistemas e porquê. Esta é uma informação essencial para fazer cumprir os regulamentos da proteção de dados e para proteger a própria empresa. Qualquer um de nós, enquanto colaboradores de uma empresa, deve ter em atenção, não só a proteção dos interesses da organização, como também a proteção dos interesses dos clientes que tem os seus dados armazenados na empresa. Este é apenas um dos diversos desafios que a transformação digital acarreta, pois esta formação ou consciencialização para a proteção de dados não existe. As organizações têm, portanto, de fazer um forte investimento em tecnologias que permitam controlar a forma como a informação, que é um dos bens mais preciosos que qualquer organização tem, é produzida, manuseada e utilizada. O ponto fulcral é, sem dúvida, a formação do capital humano. Nos últimos quatro anos, devido a grandes

acontecimentos relacionados com a segurança e a perda de informação por parte de entidades impactantes no seio da sociedade, as empresas têm procurado a Redshift em forma de prevenção para melhorar os seus sistemas. Situações como a exposição do Facebook ou as eleições americanas trouxeram alguma consciencialização para problemas que já existiam, mas que não tinham a devida atenção dentro das empresas. A frase mais ouvida “isto acontece só aos outros” tem vindo a desmoronar, devido em muito pela atividade das empresas de cibersegurança no mercado, mas também pelo aumento da preocupação por parte do Estado em relação a esta matéria. No entanto, como costumo referir, em Portugal ainda estamos no início, falta fazer muito em questões de cibersegurança. Não temos um nível de maturidade razoável, quer no ponto de vista de cibersegurança, quer no ponto de vista de proteção de dados. Portugal tem vindo a crescer nesta matéria. Vemos novas empresas de cibersegurança a surgir todos os dias, novas possibilidades e novas tecnologias que, aliadas ao esforço do Estado, têm melhorado em muito a ideia do que é a cibersegurança e a importância da proteção de dados dentro das organizações. A Redshift tem vindo a trabalhar para melhorar o contexto de maturidade de segurança dentro de organizações do setor público e privado, para responder a dois vetores, fundamentalmente: o receio de que a entidade possa ser atacada ou porque já sofreu um ataque de cibersegurança. Infelizmente não raramente, quando entramos para ajudar e para implementar sistemas de proteção, acabamos por detetar ataques em curso ou passados, mais ou menos complexos, para os quais as entidades ainda não estão preparadas para perceber o impacto. Muitas não sabem que já estão a ser alvos de ataques. Só se apercebem do ataque quando este tem impacto, como a perda de informação ou da sua reputação. ▪

É frequente constatarmos a resistência à adoção das políticas de segurança da empresa por parte dos colaboradores, e as sessões de esclarecimento ilustradas com exemplos práticos são extremamente impactantes por evidenciarem a sofisticação e os recursos utilizados pelo cibercrime É exatamente pela questão da reputação que há pouca partilha dos casos de ciberataques bem-sucedidos e isto faz com que haja uma deficiente perceção por parte das empresas da dimensão que este problema tem já no mercado nacional.

23 OUTUBRO 2018

na Internet. Mais uma vez, terá de ser o Estado a ter um papel mais próximo destas gerações, promovendo a sensibilização para estas questões e uma maior divulgação de informação. Negligenciar a proteção de dados pode ter para as empresas como consequência, para além das pesadas coimas, o dano na sua reputação e, com cada vez maior frequência, perdas financeiras, de facto, de elevado valor.


» CIBERSEGURANÇA

DOGNÆDIS CONTRIBUI PARA QUE A PROSEGUR SEJA O ÚNICO PLAYER MUNDIAL COM CAPACIDADES DE SEGURANÇA 360’ Francisco Nina Rente é CEO da Dognædis, e Head of Business da Divisão de Cibersegurança do Grupo Prosegur, uma empresa de cibergurança e, em entrevista explica que trabalho diferenciador têm desenvolvido no universo da cibersegurança.

FRANCISCO NINA RENTE

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omo pode ser contada a evolução da Dognaedis desde a sua génese até aos dias de hoje? Na génese da Dognædis esteve aquela que foi a primeira equipa portuguesa, fora do mundo académico, de resposta a incidentes de cibersegurança (CSIRT), o CERT-IPN. A criação do CERT-IPN em 2005, teve como objetivo a capacitação em segurança de informação/ cibersegurança do ecossistema do IPN. O Instituto Pedro Nunes (IPN) é a incubadora de negócios de base tecnológica mais antiga do país, com uma taxa de sobrevivência das incubadas superior a 85%, e que já foi reconhecido por várias vezes como a melhor incubadora de base tecnológica do mundo. Os cinco anos de atividade do CERT-IPN permitiram aos seus criadores não só o início e desenvolvimento de um conjunto de tecnologias e conhecimentos específicos, como também a criação de uma carteira de clientes que garantiu à Dognædis faturação desde a sua fundação, em Junho de 2010. Apesar de se posicionar sempre como uma empresa prestadora de serviços profissionais especializados em segurança de informação, a Dognædis acabou por em 2013 criar uma spin-off com uma das suas tecnologias, o CodeV, garantido desta forma uma estrutura paralela focada em produto e não só em serviços. Em 2016, assente na crença de um match perfeito com a estratégia que o grupo Prose-

gur tinha para a Cibersegurança, a Dognædis juntou-se ao grupo por forma abraçar novas escalas e novos desafios. Que marcos no percurso da empresa podem ser destacados? Os principais marcos no percurso da Dognædis prendem-se com um dos principais pilares da sua estratégia: internacionalização desde o dia zero. Derivada desta visão, a Dognædis começou desde muito cedo a desenvolver atividade internacional, sendo que em 2016 antes de ingressar no grupo Prosegur contava já com um âmbito de negócio em 13 países. Paralelamente, e mais uma vez relacionado com um dos pilares estratégicos – desenvolvimento de tecnologias inovadoras - a Dognædis foi congratulada com várias distinções e prémios. De entre esses, podem ser destacados o prémio do Arrisca-C para melhor ideia de negócio (2010), o de melhor Startup do Ano (2011), o BES Inovação (2011), referências em Magic Quadrants da Gartner (2013 e 2015), UTEN Portugal (2015), UKTI International Expansion Award (2017). Em 2016 tornaram-se parte integrante da Prosegur de modo a complementar a cibersegurança da empresa. Como tem sido esta sinergia? Contínua, crescente e frutífera. O Grupo Prose-

gur, enquanto líder mundial, respira e tem no seu ADN os valores da segurança. Valores estes que na sua essência são transversais às várias áreas da Segurança: física, eletrónica e ciber. Havendo esta premissa como ponto de partida, as sinergias ao nível de negócio foram naturais e fáceis de alavancar. Paralelamente, a estratégia base com que o Grupo já contava para o mercado da cibersegurança coadunava com a que a equipa da Dognædis vinha a desenvolver desde 2005. Com alinhamento de valores e estratégia, uma sinergia extremamente positiva era quase garantida. Prova disso é o contínuo crescimento e o facto de um conjunto considerável de colaboradores da Dognædis terem assumido, em acumulação, funções no corporativo do Grupo. Que tipo de serviços oferece agora a Prosegur desde a aquisição da Dognaedis? De uma forma geral, o leque de serviços aumentou em dois sentidos: serviços de cibersegurança “comuns” e serviços de cibersegurança aplicados à segurança física e eletrónica. Apesar do Grupo já contar com alguma capacidade no que toca à Cibersegurança e após a Dognædis ter integrado o Grupo, a especialização da Dognædis fez aumentar consideravelmente o leque de serviços de cibersegurança do grupo. Nesse crescimento sobressaem claramente a Resposta a Incidentes e a Segurança de Software.


Posicionando-se atualmente como o único player mundial com capacidades de segurança 360’, a Prosegur traz para o mercado sinergias ímpares entre as suas capacidades de Segurança física, eletrónica e ciber; neste contexto a Dognædis tem contribuído com o desenvolvimento de soluções inovadoras que contribua para dois ou mais dos “mundos” da Segurança

Posicionando-se atualmente como o único player mundial com capacidades de segurança 360’, a Prosegur traz para o mercado sinergias ímpares entre as suas capacidades de Segurança física, eletrónica e ciber; "neste contexto a Dognædis tem apostado no desenvolvimento de soluções inovadoras que contribuam para dois ou mais "mundos" da Segurança". Por exemplo, está neste momento a abraçar o mercado com uma solução capaz de proteger os sistemas de segurança eletrónica contra ameaças ciber, algo único no mercado mundial. A partir de Portugal conseguem monitorar trabalho em outros países. Atualmente até onde se estende a vossa presença? A Prosegur está presente em 24 países do mundo, sendo que até à data a equipa Portuguesa garante atividade em 21 países, espalhados por cinco continentes. De forma geral, como avalia o estado da segurança informática das empresas em Portugal? A evoluir a passo lento e confuso. Se por um lado, regulamentos como o RGDP (Regulamento Geral de Proteção de Dados) ou diretivas como a SRI têm aumentado a consciência e interesse dos Empresários Nacionais para com a cibersegurança, por outro, esse interesse termina tendencialmente como uma simples decisão de cumprir com as obrigações mínimas. Poucos serão os Empresários/ Responsáveis que vêem a cibersegurança como um investimento e não um custo. Um investimento que para além de lhes proteger os ativos críticos do seu Negócio, também funciona como uma espécie de ‘cola’ sustentadora e impulsionadora de eficiência, organização e qualidade de todos os processos e ativos. Implementar uma capacidade de controlo de acessos, para além dos seus benefícios óbvios em termos de segurança, ajudará a evitar por exemplo sobreposição ou destruição inadvertida de informação. Desenvolver um software, por mais pequeno que seja (p.e. um web-site institucional), segunda a filosofia de security by default, para além de assegurar

a sua segurança, vai garantidamente torná-lo mais simples de evoluir, provavelmente com maior performance e mais robusto. Em paralelo, tendo a cibersegurança ficado comercialmente mais apetecível, surgiu no mercado muito ruído que dificulta quem realmente quer endereçar o tema com seriedade. Por exemplo, afirmações como “precisa desta nova firewall para ser conforme com o RGDP” para além de serem extremamente erradas tecnicamente, podem levar ao engano um Responsável que a partir daí acredita, erradamente, que garante o controlo/ mitigação de determinados riscos, ficando a posteriori ilusoriamente descansado. Quais são neste momento os maiores desafios para quem trabalha em cibersegurança? De entre os vários já habitues deste mercado, atualmente os dois maiores serão a escassez de Recursos Humanos competentes e especializados, bem como a dificuldade de comunicar com o mercado no meio de todo ruído existente. As nossas academias despertaram bastante tarde para as temáticas da cibersegurança e da segurança de informação, algo que acabou para aumentar ainda mais esta escassez de pessoas bem formadas na área. É verdade que apesar de reconhecerem os riscos de conectividade, muitas empresas não seguem as regras de modo a aumentar a segurança das suas tecnologias operacionais? Acreditamos que sim, embora haja no entanto várias razões para isso. Talvez a primordial seja a “distância física” que existe para este tipo de riscos. São riscos intangíveis, difíceis de estimar e identificar corretamente, logo é natural que sejam um prioridade menos premente e presente no dia-a-dia. Paralelamente, a elevada especificidade da área torna-a muitas vezes hermética a uma comunicação e perceção rápida. O que, agregado ao ruído criado pelo oportunismo comercial, torna qualquer espaço de decisão consideravelmente mais confuso e difícil. ▪




» ASSINATURA DIGITAL – UMA FERRAMENTA QUE MELHORA OS PROCESSOS

GLOBAL TRUSTED SIGN UMA SOLUÇÃO DO GRUPO ACIN

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Acin surgiu em 1999 como uma empresa dedicada à formação na área das Tecnologias de Informação. O espírito empreendedor e inovador dos seus administradores, permitiu crescer rapidamente para outro patamar e destacar-se como uma empresa de vanguarda na área da Cloud Computing. A aposta no desenvolvimento de software, em meados do ano 2008, fez a ACIN ganhar outra dimensão, principalmente porque a empresa reconheceu as necessidades e evolução das TI no mercado. O foco é sempre colocado na apresentação de soluções práticas, simples e eficazes, que vão de encontro às necessidades dos seus clientes, quer se trate de uma pequena empresa local ou uma grande multinacional. A opção da criação de soluções alojadas na Cloud foi feita precisamente nesse sentido, para posicionar a ACIN como um verdadeiro parceiro na disponibilização de soluções “chave-na-mão”. Os seus clientes usufruem da utilização dos seus sistemas sem um forte investimento inicial, num serviço totalmente integrado que incorpora datacenter, cibersegurança, backup’s, manutenção preventiva, corretiva e também evolutiva, que respeita os mais elevados standards internacionais, já que todas as soluções do Grupo estão certificadas pelas normas ISO 9001, ISO 27001 e ISO 20000. Hoje, o Grupo ACIN conta com 4 empresas e com um leque de soluções abrangente que atinge várias áreas de mercado. Estas soluções foram pensadas e criadas estrategicamente para interagirem umas com as outras. São cerca de 12 as plataformas de software a operar no mercado e podemos dizer que mais vêm a caminho. Com esta estratégia de constante inovação, o Grupo ACIN ganhou prestígio e distinção na área tecnológica, tanto em Portugal como no estrangeiro, com um crescimento constante e efetivo ao longo destes anos. Face a este crescimento e com vista a criar maior proximidade com os seus clientes, foram criadas filiais da empresa em Lisboa, Porto, Madeira e Açores.

GTS - GLOBAL TRUSTED SIGN

A Global Trusted Sign é a mais recente plataforma criada pelo Grupo ACIN e assume-se como um dos projetos de maior potencial para a empresa. A GTS é uma entidade prestadora de serviços de confiança, reconhecida no seio da Trusted List Browser da União Europeia e certificada segundo as exigentes normas eIDAS (Regulamento EU N.º 910/2014) e pelo Gabinete Nacional de Segurança. Os serviços prestados pela GTS incluem Certificados Qualificados de Assinatura Digital, Certificados Qualificados de Selo Eletrónico, Selos Temporais e Certificados de Autenticação de Websites (SSL). Para este projeto, foi criada uma infraestrutura física composta por cerca de 50 equipamentos servidor, com redundância e sistemas de prevenção de falhas – controlo constante de temperatura, alimentação elétrica ininterrupta, módulos de segurança criptográfica e sincronização UTC por meio de relógio atómico on-site. O próprio espaço físico onde residem os equipamentos foi pensado e construído segundo exigentes normas de segurança - dado que esta é uma área complexa, exigente e de difícil certificação - num investimento total que rondou os 1,4 milhões de euros. Esta infraestrutura, denominada de PKI (Public Key Infrastructure) é um sistema que suporta a distribuição e identificação de chaves de criptografia públicas. Permite que os utilizadores e seus computadores troquem dados com segurança na Internet, sendo verificada a identidade de cada uma das partes por meio de validação das chaves públicas e suas correspondentes chaves privadas. As chaves públicas estão contidas nos certificados dos utilizadores e as chaves privadas estão armazenadas nos servidores do PKI. Estas últimas garantem e validam a autenticidade das primeiras.

ASSINATURA DIGITAL SEM COMPLICAÇÕES - GTSIGN

Numa altura em que o digital ganha cada vez mais preponderância, torna-se indispensável atestar a validade legal de documentos assina-

dos digitalmente. É por isso que nos nossos dias, de acordo com a Lei das Comunicações Eletrónicas, já é possível que uma assinatura digital seja equiparada à assinatura autógrafa, tendo assim a devida validade e cobertura legal, desde que efetuada com recurso a um Certificado Qualificado emitido por uma entidade certificadora como a GTS. Este certificado, até há bem pouco tempo, teria de ser instalado obrigatoriamente em pen usb ou cartão smartcard. Com a entrada do regulamento eIDAS, esta obrigatoriedade foi abandonada, sendo que agora os certificados podem estar alojados na cloud, uma opção que se assume até mais segura que o recurso aos tokens. A GTS emite certificados qualificados de assinatura digital para pessoas singulares ou entidades colectivas, ambos do tipo normal ou profissional.

SELOS TEMPORAIS INTEROPERÁVEIS - GTSTAMP

Os selos temporais atestam a data e hora de criação, envio ou receção de um documento ou transação eletrónica. Para as organizações, e dadas as obrigações legais em várias áreas como por exemplo na Contratação Pública, torna-se indispensável a validação cronológica de um documento ou transação, provando que o mesmo não foi modificado, garantindo assim a transparência e segurança da informação. Nos termos do Código dos Contratos Públicos, todos os documentos e atos submetidos nas plataformas eletrónicas devem ser sujeitos a aposição dos selos temporais, obrigatoriamente emitidos por uma entidade certificadora, como a GTS.

SELO ELETRÓNICO – GTSEAL

O Certificado Qualificado de Selo Eletrónico tem, do ponto de vista tecnológico, um funcionamento equivalente ao de Assinatura Digital, mas destina-se somente a entidades coletivas. Podemos dizer que o Selo Eletrónico é o equivalente ao carimbo da empresa ou ao selo branco do organismo público. Este certificado confere aos documentos aos quais é aposto, a presunção legal de integridade e autenticidade da origem dos dados, com validade em toda a União Europeia. ▪





» ANGOLA CABLES

SACS É O PRIMEIRO CABO SUBMARINO, NO HEMISFÉRIO SUL, A LIGAR ÁFRICA À AMÉRICA DO SUL Angola Cables construiu o SACS, South Atlantic Cable System, o primeiro cabo submarino no Hemisfério Sul a ligar diretamente África à América do Sul. António Nunes, CEO da empresa, conta tudo.

ANTÓNIO NUNES

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esde 2009 que a Angola Cables tem vindo a investir e a aumentar as suas infraestruturas. Que balanço é possível fazer da presença da empresa no mercado? Podemos dizer que o balanço é bastante positivo. Somos já hoje o maior provedor de IP transito (acesso a Internet) ao mercado angolano. O uso da Internet em Angola aumentou entre 2015 e 2017, de 2.3G para 10.9G. O Angonap Luanda (datacenter da Angola Cables) é o ponto de maior conectividade nacional e internacional, no país. A redução dos custos das ligações internacionais tem sido um fator de ganho do mercado, desde a entrada ao serviço da Angola Cables o custo de 1x STM1 entre Luanda e Londres baixou de cerca de 300.000 USD para 22.000 USD por mês. A Angola Cables construiu o SACS, South Atlantic Cable System, o primeiro cabo submarino no Hemisfério Sul a ligar diretamente o Brasil à Africa. Este é, de facto, um feito histórico para o continente africano? Sem dúvida. O SACS é o sistema submarino que irá mudar a história das comunicações mundiais. De agora em diante as redes de dados irão poder interligar-se diretamente através do Atlântico Sul. Os datacenters instalados na LATAM poderão trocar informação com os datacenters ativos em África de uma forma muito

eficiente. Este sistema liga Sangano (Angola) a Fortaleza (Brasil) em 63 milésimos de segundo. As velocidades de transferência de dados serão consideravelmente melhoradas (cinco vezes mais rápido do que as rotas de cabos existentes até agora), reduzindo a latência do Brasil para Angola de 350 para 63 milésimos de segundo. O SACS oferece alta qualidade de serviço e melhor latência de até 60% em relação às opções atuais de roteamento. O cabo também contribuirá para reduções nos custos de tráfego de dados entre a América do Sul e a África, oferecendo economias para as operadoras que, por sua vez, poderiam ser repassadas aos utilizadores finais e clientes. Esta nova rota mudará a dinâmica do tráfego da Internet no Hemisfério Sul e, combinado com o Monet e o WACS, alterará drasticamente as opções globais de roteamento de tráfego digital, sobretudo, porque o SACS é uma nova via para dados entre redes, grandes provedores de conteúdo e alguns dos mercados que mais crescem para o consumo de dados. A entrada em funcionamento do cabo SACS é um salto gigantesco na conectividade transatlântica e terá um impacto profundo na conectividade digital global, ao mesmo tempo em que se espera acelerar a atividade comercial nos setores de TIC e estimular as economias emergentes em África e na América Latina. O cabo permitirá aos provedores de serviços de internet e utilizadores africanos um caminho

mais direto e seguro para as Américas - sem ter que passar pela Europa. Os provedores de serviços de conteúdo na América Latina também poderão beneficiar-se com a opção de usar a rota SACS para alcançar mercados em África e na Europa, sem utilizar os tradicionais e de alto volume, rotas de tráfeg Para além deste cabo, a empresa construiu o cabo Monet que liga Brasil aos EUA, estando em curso a construção do Data Center Angonap Fortaleza. Que importância assume mais este passo para a empresa e para o setor das telecomunicações? O Angonap Fortaleza, trará outra dimensão à rede da Angola Cables. Este datacenter será simultaneamente a landing station dos cabos SACS e Monet para a Angola Cables e para além da grande oportunidade de conexão internacional, terá a possibilidade de ser uma infraestrutura capaz de agregar os conteúdos produzidos no Nordeste brasileiro servindo como ponto de agregação. Neste momento o datacenter já hospeda o ponto académico de troca de trafego da LATAM e poderá igualmente vir a agregar um IXP local. Fortaleza passará a ser um HUB de interligação internacional de grande referência na LATAM. Para além disso este ponto de atratividade do ecossistema digital, transformará o Ceará numa plataforma importante no desenvolvimento da 4ª revolução industrial no Brasil.


“A construção desta ponte digital Brasil-Angola trará para as duas regiões, a oportunidade de desenvolverem negócios, nas diferentes áreas dos setores produtivos, como os da agricultura, educação e saúde”

A operadora de telecomunicações de cabos de telecomunicação de fibra ótica tem atualmente dois cabos em construção. Fale-nos um pouco sobre estes empreendimentos. Qualquer um dos cabos que estavam em construção estão finalizados e a operar tráfego, neste momento. O Monet liga o Brasil aos Estados Unidos e a Angola Cables (AC) e tem dois pares de fibra neste sistema. Neste sistema a Angola Cables liga ponto a ponto os datacenters MI3 em Baca Raton e MI1 em Miami ao Angonap Fortaleza e ao SP3 de São Paulo. O sistema ficou ativo em Janeiro de 2018 e a AC está já a comercializar neste sistema. Com o SACS e o WACS a AC oferece conectividade direta entre África e os EUA.

O SACS

O sistema tem quatro pares de fibra e uma capacidade teórica atual de 40Tb/s. Este liga o data center Angonap Fortaleza, no Ceará, ao Angonap Luanda, em Angola. A sua distância é de mais de 6000 km e tem uma latência de 63 milissegundos, ou seja, mais rápido que um piscar de olhos. O seu início de

operação foi assinalado na passada quinta feira, dia 27, numa cerimónia em Luanda A rede da AC operacional, Luanda está conectada a Londres e a Miami com aproximadamente a mesma latência, cerca de 128 milésimos de segundos. Ao ligarmos estes dois principais hubs de conteúdos, com São Paulo e Joanesburgo, posicionamos Angola como um ponto estratégico para servir a região transatlântica com baixa latência e conexões resilientes. A Angola Cables é também operadora de data centres, estando em fase de expansão a área de cobertura. Fale-nos também sobre este serviço e dos passos que estão a ser dados. A AC já opera um datacenter em Luanda. Este está praticamente na sua capacidade máxima de uso e encontra-se neste momento na fase de expansão. Quanto ao datacenter de Fortaleza este está em fase de conclusão e terá uma certificação de tier3, de forma a poder concorrer no mercado internacional de acordo com as boas normas. Está previsto o seu crescimento e por isso foi concebido a crescer de acordo com a demanda do mercado. Com o propósito de contribuir para o desenvolvimento tecnológico e para a melhoria do acesso de todos à informação digital, quais diria serem os principais desafios que enfrentam? O maior desafio que enfrentamos é sempre a capacidade de venda. Para que possamos ser sustentáveis, temos de ser credíveis perante os nossos clientes. Para isso a empresa tem de entregar o que se compromete. Não podemos oferecer o que não temos ou o que não pode-

33 OUTUBRO 2018

Em Fortaleza, o investimento realizado pela empresa é considerado estratégico pelas autoridades locais, e da maior importância para o desenvolvimento digital e económico da região. Esperamos assim dotar a região de infraestruturas necessárias para ajudar desenvolver um setor produtivo no Ceará, com base na tecnologia e data, na vanguarda da nova evolução industrial. A construção desta ponte digital Brasil-Angola trará para as duas regiões, a oportunidade de desenvolverem negócios, nas diferentes áreas dos sectores produtivos, como os da agricultura, educação e saúde.

mos entregar ao mercado. Temos tido sempre o maior cuidado em cresceremos de forma sustentável. Para nós, a formação dos nossos quadros e acumular de conhecimento com os erros que cometemos tem sido sempre uma das nossas grandes preocupações e desafios. Não é simples estarmos a competir com os grandes operadores mundiais na mesma área de atividade. Contudo a empresa tem crescido e ganho a sua reputação regional. Isto significa que temos feito um bom trabalho. E quais são as oportunidades que a Angola Cables está a edificar para o continente africano e, em concreto, para Angola? Cumprir com o nosso objetivo e tornar Angola num HUB de telecomunicações em África. ▪


» PRODUTOS DE APOIO A PESSOAS – INOVAÇÃO NA MOBILIDADE REDUZIDA

“TECMOVING É QUALIDADE E GARANTIA” “A nossa missão é melhorar a vida das pessoas com os melhores produtos de mobilidade do mercado”. Este é o lema da marca especialista em cadeiras de rodas elétricas dobráveis e leves e em produtos de mobilidade e saúde. Marc Hernández Vives, Marketing & Sales Director da Tecmoving, fala-nos mais sobre a empresa.

PERE RIUS, MARC HERNÁNDEZ, BERNAT RIUS - SÓCIOS DA TECMOVING

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Tecmoving trabalha para oferecer os melhores produtos de mobilidade, tendo em atenção o serviço pós-venda e o atendimento ao cliente. Estas são, sem dúvida, as características fundamentais para o sucesso e a diferenciação daquela que é uma empresa pioneira em soluções de mobilidade. A Tecmoving disponibiliza produtos para a vida diária e mais facilitada dos seus clientes que hoje em dia são mais exigentes e procuram fatores como a inovação, segurança e confiança.

Com as cadeiras de rodas elétricas mais leves e dobráveis, a Tecmoving trabalha com marcas de prestígio como a Zinger e a Joytec. A Zinger foi pensada para pessoas idosas que se cansam quando andam e pessoas com problemas pequenos de mobilidade, uma vez que são necessárias as duas mãos para conduzi-la. Pensada para o dia a dia, para transportar e personalizável ao gosto do cliente, a cadeira Zinger está desenhada para ser muito leve e dobrar-se instantaneamente. A bateria pesa muito pouco

e retira-se muito facilmente. É ideal para quem necessita de uma cadeira de rodas elétrica para se deslocar para todo o lado. Pode ser escolhida entre três cores: preto, cinzento ou verde limão, bem como adicionar acessórios como apoios de braços, suporte de muletas, pneus AllRoad, cesta porta objetos, mala de viagem ou apoio de costas ergonómico. Por sua vez, a JOYTEC é uma cadeira de rodas elétrica com joystick ultra leve, dobrável e com travão eletromagnético para uma condução segura em subidas e descidas, pois ao soltar o joystick, a cadeira para automaticamente. Leve e fácil de transportar, a JOYTEC cabe em qualquer carro, táxi e adapta-se para viajar de avião. Inspirada pela Zinger, a Joytec une o design e a dobragem da cadeira elétrica mais leve do mundo com o Joystick. Com braços embutidos e um freio eletromagnético, o que a torna numa das cadeiras mais seguras do mercado, a Joytec pode ser dirigida apenas com uma mão. Podemos, portanto, afirmar que existe uma nova geração de cadeiras de rodas elétricas que vêm satisfazer as necessidades de clientes com problemas de mobilidade reduzida: cadeiras que não pesam e que podem ser transportadas facilmente para onde quiserem. Considerando as complexidades para atender às necessidades das pessoas com mobilidade reduzida, a Tecmoving apresenta-se no mercado com soluções para responder aos desafios relacionados com a inovação, acessibilidade e sustentabilidade. ▪ WWW.TECMOVING.PT

JOYTEC PONTOS DE VISTA

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Cadeira de rodas elétrica com joystick ultraleve, dobrável e com travão eletromagnético.

ZINGER - Dobrável, leve e resistente - 21 Kg (bateria incluída) - Comando intuitivo por joystick - Peso máximo do utilizador: 120 Kg - Autonomia: 16 Km

Com somente 18 Kg (bateria incluída), casis de alumínio e sistema de dobragem com patente exclusiva, poderás levar a cadeira Zinger para onde quiseres, de uma forma muito fácil e sem te cansares. - Dobrável, resistente e leve - 18 Kg (bateria incluída) - Peso máximo do utilizador: 113 Kg - Autonomia: 13 Km



» LECTRA ARTIGO DE OPINIÃO

PODERÃO AS EMPRESAS CONTINUAR A IGNORAR A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL? Muitos gestores de PME´s em Portugal continuam a negar a importância estratégica da transformação digital. Dadas as novas tendências de mercado, tais como o desejo por customização, essa negação é alarmante.

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em implementada, a digitalização envolve muito mais, do que um simples acrescentar ou substituir softwares e máquinas. É uma profunda transformação que reinventa a estratégia e processos da empresa completamente. A tecnologia é apenas um meio para atingir um fim – para facilitar a transformação. Ao abordar a digitalização desta forma, as empresas vão adaptar-se mais facilmente a um ambiente em mudança constante. As empresas mais pró-ativas, vão colher os frutos da Indústria 4.0, cujo desenvolvimento se intensificará nos próximos anos. Apesar de muitos líderes da indústria ainda o verem como um desafio muito complexo, é na verdade uma oportunidade para libertar o potencial criativo da base industrial em Portugal, desde que as empresas comecem a transformar as habilidades e o conhecimento das suas equipas o quanto antes.

PONTOS DE VISTA

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OS DADOS ALIMENTAM A CADEIA DE VALOR

Com a globalização em ascensão, a digitalização facilita a partilha entre cadeias de valor cada vez mais fragmentadas. As empresas estão a expandir os seus departamentos de criação, desenvolvimento de produto e produção para diferentes regiões geográficas, isto é especialmente visível em setores altamente internacionalizados, como o da Moda (do luxo ao pronto-a-vestir) e do Automóvel. Para permitir que as equipas internacionais trabalhem juntas o mais efetivamente possível, há apenas uma solução: plataformas digitais que incorporem dados confiáveis e completos, acessíveis em tempo real por todos os envolvidos no processo de trabalho. Estas ferramentas são ainda mais relevantes, pois as empresas precisam de estruturar uma série de dados de várias fontes e utilizá-los em todos os departamentos da empresa. No mercado atual os clientes esperam mais: personalizar o artigo encomendado, recebê-lo de imediato, conhecer a sua origem, etc. Isto, por sua vez, implica que cada etapa do ciclo de vida do produto, de uma ponta à outra da cadeia de valor, tenha de se acelerada, garantindo a rastreabilidade de cada modelo comercializado. Uma vez mais, a chave está na partilha de dados, sem falhas e imediata entre as pessoas, organizações e soluções envolvidas.

A PRODUÇÃO ESTÁ A TRANSFORMAR-SE

As tecnologias digitais são especialmente cruciais na etapa da pro-

dução. As fábricas estão a ficar mais inteligentes e conectadas, adquirindo um papel central na cadeia de valor. Uma fábrica 4.0 é conectada internamente (produtos, máquinas, pessoas, processos, todos comunicam), bem como, com todo o ecossistema de parceiros, subcontratados e distribuidores. Não esquecendo os próprios consumidores, que estão cada vez mais envolvidos no design dos produtos. Essa fábrica também é inteligente. Máquinas com sensores transmitem dados continuamente, que quando analisados, permitem a máxima qualidade, eficiência e retorno do investimento. Mais próxima do que nunca da eficiência operacional, a fábrica 4.0 também adquire a flexibilidade necessária para se adaptar a pedidos alternados de alto e baixo volume, pequenos lotes ou até mesmo o feito-à-medida. Esta produção transformada permite uma variedade de modelos económicos sem precedentes.

COMO SE ENCAIXAM OS SERES HUMANOS NESTA IMAGEM?

No gabinete de design, a tecnologia liberta a criação de inúmeras restrições. Com as soluções 3D atuais, ou mesmo realidade virtual ou aumentada, um universo sem limite de criação está a abrir-se para as equipas de design. Os departamentos de desenvolvimento de produto estão também capacitados com ferramentas altamente efetivas e ergonómicas, para desenvolver rápido e melhor os produtos esperados pelos consumidores. Os designers podem, a partir de agora, dedicar-se totalmente à sua principal missão: criar. À medida que a fábrica recupera a importância na cadeia de valor, o mesmo acontece com o papel das equipas que nela trabalham. As máquinas inteligentes substituem os seres humanos para remover tarefas repetitivas, e acompanham-nos na sua atividade diária para que possam alinhar os seus papéis e trazer valor acrescentado onde a sua contribuição é insubstituível. Seria um erro subestimar o impacto destas mudanças, todavia benéficas, na definição das profissões: a aquisição de novos conhecimentos e habilidades é fundamental à sua transformação digital bem-sucedida. Assumir o controlo das tecnologias da era digital é uma oportunidade das empresas se projetarem serenamente na quarta revolução industrial. As mais perspicazes vão antecipar-se, repensando a forma de abordar o desenvolvimento pessoal das suas equipas. ▪



» SISTEMA DIGITAL DE PAGAMENTOS E TRANSFERÊNCIAS - URGEM SOLUÇÕES PAN-EUROPEIAS

EUPAGO COMPROMISSO, SEGURANÇA E FUTURO “Não existe futuro sem Instituições de Pagamento e nós temos a consciência da responsabilidade que isso acarreta”, afirmam Telmo Santos e José Veiga, Sócios Fundadores da euPago, uma marca que é hoje um player de relevo no domínio da implementação de um meio de pagamento. Conheça mais da euPago, uma instituição de pagamento 100% nacional e que é única.

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ara contextualizar o nosso leitor, o que é uma instituição de pagamento? Quais são as suas vantagens? De um modo simplista, uma Instituição de Pagamento é uma empresa que tem autorização de um Banco Central (Banco de Portugal) para gerir os pagamentos/recebimentos de outras entidades. Essa licença pode, ou não, ser transposta para outro país mediante uma autorização prévia. De um modo geral, a grande vantagem das Instituições de Pagamento é o facto de estas serem especialistas em pagamentos e conseguirem soluções à medida para os comerciantes. No caso da euPago, orgulhamo-nos de intervir em todos momentos da implementação de um meio de pagamento: a decisão de quais os meios de pagamentos a implementar, a sua integração técnica, a gestão dos pagamentos, emissão de documentos fiscais, envio de alertas por SMS e, claro, no envio dos fundos.

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A euPago é uma instituição de pagamento 100% nacional. Que características diferenciam o euPago das demais instituições de pagamento? Somos únicos. O que costumamos referir aos nossos clientes e parceiros é que connosco não há impossíveis. Colocamos o nosso foco no desenvolvimento de novas funcionalidades e integrações técnicas. Desde que existimos, temos sido pioneiros na introdução de novos meios de pagamento e em integrações com plataformas de e-commerce. Neste último mês lançámos dois novos meios de pagamento que permitem aos clientes da euPago chegar a um público alvo que antes não chegavam: - Recebimentos Recorrentes (Débitos Diretos); - Recebimentos em Numerário em cerca de 25 Países da Europa e no Canadá. Uns meses antes, lançámos com muito sucesso a nossa aplicação para Android, o que permite aos nossos clientes uma gestão mais eficaz do seu negócio. Foi mais um produto a pensar nos clientes, mas eles merecem. Porquê escolher a euPago? Quais são, de facto, as mais-valias? Diria que nos destacamos em três aspetos:

TELMO SANTOS E JOSÉ VEIGA

1. Rapidez no desenvolvimento de novas soluções (meios de pagamentos, plugins, integrações externas); 2. Apoio e suporte ao cliente personalizados e humanizados; 3. Serviço seguro, robusto e eficaz. Podem parecer mais-valias simples, mas, os dois primeiros, são fruto da qualidade e do esforço dos nossos colaboradores. O terceiro é o resultado dos dois primeiros.... Com especialização no apoio a pagamentos realizados pela Internet, consistindo numa solução ideal desde situações de e-commerce empresarial até vendas particulares, que principais desafios acarretam esta nova era da economia digital? O aparecimento de diretivas europeias que têm como um dos objetivos tentar uniformizar os pagamentos a nível europeu (PSD2), representando um desafio tanto para as Instituições de Pagamento como para a Banca Tradicional. Se, por um lado, existem encargos a nível de desenvolvimento, por outro lado, cria novas oportunidades de negócio - as Instituições de Pagamento têm novas oportunidades que vão decerto afetar a Banca. A banca tradicional vai obrigatoriamente ter de melhorar. Um dos exemplos é a norma que definia a forma

como se requer o consentimento dos clientes para que uma terceira entidade aceda à sua informação financeira. As orientações dadas pela EBA apontavam para que os clientes tivessem que dar o consentimento ao banco. Posteriormente, a Comissão Europeia abriu a possibilidade para que essa autorização também pudesse ser dada às terceiras entidades. A euPago está atenta e já respondeu com sucesso às alterações que as Instituições de Pagamento tiveram de implementar, de modo a cumprir os novos Regulamentos Europeus. Podemos afirmar que as instituições de pagamento são mais seguras do que as instituições bancárias? Não posso falar da “casa dos outros” porque não as conheço com profundidade e seria injusto efetuar essa avaliação. O que posso afirmar é que existe um compromisso da euPago em cumprir todos os padrões e boas regras de segurança. É um trabalho árduo e constante mas estritamente necessário. As instituições de pagamento são um novo paradigma? São o futuro dos pagamentos? Sim e Sim! Não existe futuro sem Instituições de Pagamento e nós temos a consciência da responsabilidade que isso acarreta. ▪


OS DESAFIOS DA AERONÁUTICA - FORMAÇÃO, COOPERAÇÃO EM REDE E INTERNACIONALIZAÇÃO

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OPCO E A AERONÁUTICA EM PORTUGAL A Revista Pontos de Vista conversou com Pedro Silva, Managing Partner da OPCO, que nos deu uma visão sobre o setor da aeronáutica em Portugal. Mas pode o nosso país entrar na Europa e no mundo da aeronáutica? Para o nosso entrevistado a resposta é clara, “sim, claro. Terá é que haver a vontade, não só das empresas, mas principalmente dos políticos, em colocar Portugal nesse mundo”

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massa crítica suficiente. Para dar apenas um exemplo, existem em Portugal pouco mais de 220 entidades certificadas pela IATF16949. A nível da EN 9100 estamos a falar de um universo de cerca de 20 empresas certificadas. Toda esta diferença se reflete, claro, em todos os serviços associados e na disponibilidade e oferta de pessoal qualificado ou de formação reconhecida.

Hoje, passados três anos, podemos afirmar que essa foi, sem dúvida, uma aposta ganha? Sem qualquer dúvida que sim. Nestes três anos a empresa cresceu, certificou-se, estabeleceu novas parcerias e prepara-se para apresentar outras novas ao mercado. Fez crescer consideravelmente a sua base de especialistas, cimentou de forma definitiva a OPCO junto da sua base de clientes e junto dos seus parceiros internacionais, como por exemplo a VDA QMC. Podemos dizer que não é por acaso que a OPCO tem sido convidada a participar em várias atividades, em Portugal e no estrangeiro, como por exemplo, a conferência regional da VDA, realizada este ano no Porto.

competências, ter nome e estrutura para poder ombrear, por exemplo, com a realidade de Espanha, completamente diferente da nossa. Claro que há sempre um caminho a percorrer, ao entrar numa nova área, e essa verdade aplica-se também à nossa realidade no mundo aeronáutico.

Inicialmente com uma forte ligação à indústria automóvel, hoje a OPCO dá cartas no mercado da indústria aeronáutica. Que principais desafios ou preocupações acarreta este setor em Portugal? Diria que, de forma diferente do atual estado do setor automóvel, na área da aeronáutica há ainda um caminho a percorrer. O setor tem crescido, principalmente depois da vinda da Embraer e, principalmente, com a participação de entidades portuguesas no projeto KC-390, mas há ainda que consolidar conhecimento,

A OPCO tem vindo a apostar na formação para o setor aeronáutico. Portugal é um país maduro neste setor? Não, não se pode dizer que seja. Como anteriormente referido, há ainda muito a desenvolver nesta área, seja a nível de competências nas áreas da qualidade, nas áreas dos serviços de apoio, sejam serviços de engenharia ou de, por exemplo, construção de ferramentaria. Para além das entidades que participam no projeto KC-390 e das multinacionais já instaladas em Portugal, ainda não se pode dizer que exista

PEDRO SILVA

Qual é o futuro das qualificações e do trabalho na indústria aeronáutica? Que papel a OPCO pretende assumir neste âmbito? O futuro passa pelo multiplicar da oferta de pessoal qualificado e será nessa área que as universidades, as associações do setor e as entidades governamentais terão um papel decisivo a desempenhar. Em termos de conhecimento, temos claramente as fontes do mesmo disponíveis, temos agora que olhar para a capacidade de aplicar esse conhecimento, de transformar o conhecimento técnico em valor, através da aplicação do mesmo. É nesse sentido que digo que as universidade, associações e entidades governamentais têm um papel fundamental, de modo a se adaptarem, de modo a passarem de uma realidade de necessidades industriais gerais para algo específico, neste caso, da indústria aeronáutica, e assim poderem, de forma cada vez mais objetiva, providenciar aquilo que as empresas necessitam. Neste setor, Portugal pode afirmar-se como uma porta de entrada para a aeronáutica na europa? Não diria uma porta de entrada, colocaria a questão numa perspetiva diferente, pode Portugal entrar na Europa e no Mundo da aeronáutica? E a resposta seria sim, claro. Terá é que haver a vontade, não só das empresas, mas principalmente dos políticos, em colocar Portugal nesse mundo. Compare-se, por exemplo, o atual momento de desenvolvimento, ligado ao projeto KC-390, e o que poderia ter sido a continuidade de Portugal, anos atrás, no projeto do Airbus A-400. Onde poderíamos estar agora? ▪

39 OUTUBRO 2018

OPCO surge em 2006 como uma startup ligada à consultoria. No entanto, em 2015, apresenta-se no mercado de forma independente do grupo original. Porquê esta mudança? A mudança teve a ver essencialmente com a necessidade de darmos um outro rumo àquilo que vinha sendo a estratégia da empresa, de nos concentrarmos em algumas, poucas, áreas-chave e apostar no desenvolvimento de relações externas, fosse com colaboradores ou com clientes. Acima de tudo, dar um rumo mais assertivo e focado à estratégia da empresa, reforçando tudo aquilo que já fazíamos bem, eliminando a dispersão por outros temas ou por outras áreas e concentrando os recursos nas nossas atividades principais.


» RELAÇÕES BILATERAIS PORTUGAL INGLATERRA

“ONDE O HISTÓRICO E O MODERNO SÃO IGUALMENTE VALORIZADOS” A Bonhams, uma das maiores leiloeiras do mundo, abriu escritório em Portugal em 2015. Filipa Rebelo de Andrade, representante da Bonhams em Portugal, fala-nos mais sobre a casa de leilões londrina, dedicada à venda de obras de arte e objetos antigos.

A Bonhams tem o privilégio de apresentar para venda uma seleção do conteúdo particular da família Churchill, entre os quais se encontram a magnífica tiara Art Deco, da autoria de Hennell e o Coronation Robe e Coronet, estes especialmente desenhados para a cerimónia de coroação do rei Jorge VI, pelo costureiro da casa real Norman Hartnell (1901- 1979), que remetem para a importante parte da História de Inglaterra.

FILIPA REBELO DE ANDRADE

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Bonhams, uma empresa inglesa e uma das maiores leiloeiras do mundo, trabalha com o mercado português há várias décadas. Em 2015, na sequência do crescimento exponencial do negócio com Portugal, a Bonhams abriu escritório em Lisboa para estabelecer uma maior proximidade e atendimento personalizado aos seus clientes, uma vez que, como Filipa Rebelo de Andrade refere, "cada cliente é um cliente e impõe-se, portanto, um contacto sensível e permanente". “Portugal é um país com leiloeiras nacionais, peças e colecionadores ímpares, no entanto, este não é um setor enraizado na cultura como acontece na Inglaterra”, começa por referir Filipa Rebelo de Andrade, realçando a necessidade de salientar que leiloar arte não se trata apenas de vender ou comprar. "É um processo complexo e exigente, onde atuam vários profissionais altamente especializados, que fazem a ponte entre a peritagem da obra, a sua inserção histórica e a vertente comercial". Com 60 departamentos de colecionáveis diferentes, desde relógios, passando pelos carros, até à arte contemporânea, a Bonhams é a leiloeira com mais áreas especializadas.

QUEM É FILIPA REBELO DE ANDRADE

Formada em História da Arte, Filipa Rebelo de Andrade “sente-se uma privilegiada por ter trabalhado sempre na sua área”. Após a licenciatura foi para Inglaterra onde, na Universidade de Londres, fez vários estudos de pós-graduação na Faculdade de Estudos Orientais e Asiáticos (SOAS), bem como na Universidade de Manchester, trabalhando ainda numa das principais leiloeiras inglesas. Esse era o seu foco: a arte chinesa, mas com intuito comercial. Mais tarde, Filipa Rebelo de Andrade abraçou a oportunidade de trabalhar na constituição de coleções, fazendo a ponte com o mundo comercial enquanto curadora de arte na Fundação Oriente, em Lisboa. Aqui levou a cabo a

gestão da relação entre a Fundação e o mundo da arte comercial. Em 2010 é convidada para representante da Bonhams em Portugal. E que desafios se enfrentam num cargo desta dimensão? Questionámos a nossa entrevistada. “O maior desafio passou por lançar uma casa fundada no século XVIII num país onde o grande público tinha pouco conhecimento sobre a sua presença. Por outro lado, estar à altura da confiança que a Bonhams depositou em mim para levar a cabo esta tarefa, bem como da confiança que cada cliente deposita em nós, para transacionar as suas obras”, afirma Filipa Rebelo de Andrade .

PORTUGAL E REINO UNIDO: UMA LONGA ALIANÇA HISTÓRICA

Devido ao ‘Brexit’ muito se tem falado na necessidade de garantir a estabilidade da relação histórica entre Portugal e o Reino Unido. No entanto, o efeito “Brexit” não se faz sentir na Bonhams. “Não houve nenhum indício negativo. Nos últimos dois anos, após o referendo, a Bonhams continuou a ser «business as usual»”. Londres continua a assumir-se como o grande centro do comércio da arte a nível mundial. Há sempre um reverso da moeda e comprar arte em Londres tornou-se mais apelativo, por exemplo, para clientes dos EUA. Acima de tudo, é importante referir que a Bonhams, sendo uma empresa inglesa, é uma miltinacional habituada a transacionar nos vários pontos do mundo, como Nova Iorque ou Hong Kong, para além do Reino Unido. “Somos uma opção muito importante para colocar uma peça na plataforma internacional. Somos uma porta de entrada para a plataforma global da arte. O nosso trabalho passa por criar oportunidades para os clientes, sejam eles compradores ou vendedores, de terem acesso a esta plataforma global da arte. É também importante no nosso trabalho a ligação entre o mundo museológico, o académico e o comercial. Esta ligação é fundamental”, diz-nos Filipa Rebelo de Andrade. ▪

TIARA ART DECO VENDIDA POR €94,762.53 (INC. PRÉMIO)

Os trajes para a Cerimónia de Coroação e a Tiara da Viscondessa Churchill usados na Coroação de Jorge VI, à venda na Bonhams.


DIAMANTE ROSA VENDIDO POR € 2,504,973 INCLUINDO PRÉMIO 26 DE SETEMBRO DE 2018, NEW BOND STREET, LONDRES

Bonhams bate vários recordes no 51º leilão da empresa no Goodwood Festival of Speed. No passado dia 8 de Setembro, os clássicos foram top performers no quinquagésimo primeiro leilão que a Bonhams organizou no

Goodwood Festival of Speed, destacando-se o Shelby Cobra 289ci Roadster de 1964, que foi ferozmente disputado com lances do público, do telefone e online, tendo sido vendido por € 1,520,134 (incluindo prémio).

BOSS & CO., NO. 4181 VENDIDA POR € 30,942 (INC. PRÉMIO)

15 de Novembro, em Lisboa, a Bonhams estará a realizar avaliações gratuitas de Espingardas de Desporto, sujeitas a marcação prévia.

41 OUTUBRO 2018

Na fotografia, a Viscondessa Churchill, usando ambas as peças, no dia da coroação de Jorge VI. Arte Contemporânea da Bonhams, em New Bond Street, no dia 27 de Junho. Oferecido em leilão pela primeira vez, esta obra tinha uma estimativa de £800.000 -1.200.000. Figure on a Bed II, uma obra-prima da fase inicial da carreira de Frank Auerbach, datada de 1967, foi vendida por € 1,620,525 (incluindo prémio) no leilão de Arte.

Anote esta data: Avaliações de Espingardas (sujeitas a marcação prévia) – dia 15 de Novembro em Lisboa


» RELAÇÕES BILATERAIS PORTUGAL – INGLATERRA

SOCIEDADE ANGLO-PORTUGUESA:

80 ANOS DE AMIZADE E DIFUSÃO CULTURAL Fundada em 1938, a Sociedade Anglo-Portuguesa tem promovido a amizade entre Portugal e o Reino Unido e contribuído para o aumento do conhecimento de Portugal e da sua cultura e tradições. Sandra Carito, Chairman da Sociedade Anglo-Portuguesa, fala-nos mais sobre a missão desta sociedade.

JOSÉ ANTÓNIO GALAZ E MEMBROS DA SOCIEDADE ANGLO-PORTUGUESA

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MEMBROS DA SOCIEDADE ANGLO-PORTUGUESA

odemos afirmar que tem sido uma missão bem-sucedida? Sem dúvida alguma. A nossa constituição estabelece que os seus objetivos passam pela transmissão da história, costumes e cultura de Portugal no Reino Unido, bem como contribuir para a redução do sofrimento das pessoas de Portugal e do Reino Unido. A Sociedade Anglo-Portuguesa (APS, sigla em inglês) foi concebida num jantar, em honra da chegada do Embaixador Português Dr. Armindo Monteiro, por um grupo de empresários sedeados em Londres e com interesses em Portugal. A sociedade é gerida por um comité de voluntários que tem a responsabilidade de desenvolver projetos para que a APS possa continuar a desempenhar a sua missão.

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O que é importante reter ou enaltecer da história da Sociedade Anglo-Portuguesa? São 80 anos de história da sociedade. São 80 anos de amizade e difusão cultural. De que forma estão a celebrar ou que projetos fazem parte das celebrações do 80º aniversário? Iniciámos as celebrações com um jantar organizado num espaço simbólico – um antigo cofre de um banco convertido na City of London – e que teve como convidado de honra o Sr. Embaixador Português Manuel Lobo Antunes. O objetivo foi, através do convite para um jantar formal, introduzir novos conceitos para atrair novos membros e divulgar a história da APS. O jantar deu lugar a enigmas, desvendados pelos convidados, fazendo uso da história da APS e da aliança anglo-portuguesa. No passado dia 11 de Outubro realizámos, ainda, uma palestra em colaboração com o Royal Hospital Chelsea, que teve como oradora, Isabel Stilwell. No dia 22 de novembro realizar-se-á um concerto com músicos portugueses na igreja St Pauls Chruch Covent Garden, no coração do centro de Londres.

SANDRA CARITO, EMBAIXADOR MANUEL LOBO ANTUNES, KARIM M. A. SACOOR

Por fim, teremos uma receção em conjunto com a sociedade Franco-British Society em Dezembro. Estamos, ainda, na fase de planeamento de um jantar de gala em 2019 em colaboração com a Universidade de Oxford que, em 2019, comemora 50 anos a lecionar a língua portuguesa na universidade. A nossa missão este ano passa por uma maior aproximação com a comunidade universitária, pois são estes os membros do futuro que darão continuidade ao trabalho iniciado há 80 anos. Temos conseguido aproximar-nos de organizações que têm interesses comuns para, assim, conseguirmos oferecer eventos impactantes aos nossos membros. Em conjunto com Canning House, este ano, o nosso prémio anual oferecido a um estudante no Reino Unido foi aumentado de £500 para £1,000. É importante realçar que a APS só poderá continuar a sua missão se continuarmos a crescer em número de membros, pois a APS existe graças ao subscription fee, pago anualmente pelos seus membros. Eis a nossa missão este ano, aumentar o número de membros. No evento realizado no passado mês de setembro, que contou com a

presença de 35 convidados, conseguimos cinco novos membros em função dos eventos. Esperamos repetir o modelo. Portugal e o Reino Unido têm uma relação histórica de longa data, a mais antiga aliança internacional do mundo e que ainda se encontra em vigor. Devido ao “Brexit” haverá a necessidade de garantir a estabilidade da relação histórica entre Portugal e o Reino Unido? Não podendo falar numa perspetiva comercial ou politica, independentemente da situação do Reino Unido na Europa. A APS apenas sobreviverá se souber continuar a celebrar e divulgar a aliança entre os dois países. Continuará a fazer parte da nossa missão contribuir para a estabilidade desta relação histórica. Temos uma posição privilegiada para poderemos continuar a oferecer eventos com convidados distintos. Em 2017, durante a palestra sobre os jesuítas no Japão no século XVI, tivemos a honra de poder contar com um representante da missão diplomática do Japão no Reino Unido. É através destes eventos, em colaboração com outras organizações, que tencionamos continuar a poder contar com convidados distintos que demonstram o quanto a


amizade entre Portugal e Reino Unido consegue unificar outros povos.

O possível efeito “Brexit” é agora uma das preocupações da Sociedade Anglo-Portuguesa? Portugal e o Reino Unido sempre beneficiaram de uma relação privilegiada, fundada em respeito e amizade. Enquanto instituição de caridade, a APS tem um objetivo puramente social e cultural, por isso não poderemos entrar no debate comercial ou politico. Temos apenas que continuar a cumprir a nossa missão. A APS e o seu trabalho terão sempre lugar, quer o Reino Unido faça ou não parte da União Europeia, pois a cultura transcende o debate político-económico. Temos que nos adaptar às realidades e saber identificar os elementos culturais com os quais devemos preocupar-nos em divulgar. As nossas palestras têm-se focado, ao longo do curso da história, na Guerra Peninsular, na I Guerra Mundial, e na divulgação da história de Catarina de Bragança, através de palestras dadas por Isabel Stilwell e concertos com músicos portugueses. Entre 2017 e 2018, a APS aumentou o número de membros em cem membros. Podemos acrescentar ainda que os nossos novos membros, nos últimos tempos, são, não só britânicos, como também pessoas de outras nacionalidades que residem no Reino Unido e com interesse na cultura portuguesa. Isto demonstra a necessidade de continuarmos a desenvolver formas inovadoras de apresentar a cultura e história portuguesa. Temos a acrescentar a nossa gratidão ao apoio do Sr. Embaixador Manuel Lobo Antunes, nosso atual Presidente, e a todos os Presidentes anteriores. ▪

MEMBROS DA SOCIEDADE ANGLO-PORTUGUESA

43 OUTUBRO 2018

O efeito “Brexit” já se fez sentir em Portugal? Quais poderão ser os custos e implicações do “Brexit” para Portugal em questões como como a emigração e as exportações? A APS não poderá entrar no debate a nível económico. Até hoje, não temos promovidos eventos ou iniciativas em que o Brexit esteja em foco, pois não faz parte da nossa missão. Temos que continuar a educar o povo, mediante palestras, exibições de arte, concertos de música e jantares, através dos quais o impacto da cultura fica evidente, bem como o talento do povo e qualidade de bens e serviços produzidos. Temos a agradecer a um dos nossos patrocinadores, Fells, que nos doa anualmente o vinho oferecido aos nossos convidados durante os eventos. Esperamos que, caso o Brexit venha a acontecer, patrocinadores como estes possam continuar a importar os vinhos de Portugal que os nossos convidados, quer sejam eles Britânicos ou não, sabem apreciar. Não tendo afiliações políticas, a APS tem a vantagem de poder desenvolver os seus objetivos independentemente da realidade política.


» DIA MUNDIAL DA VISÃO OPINIÃO DE RAÚL SOUSA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE PROFISSIONAIS LICENCIADOS DE OPTOMETRIA (APLO)

95 POR CENTO DAS PESSOAS COM MAIS DE 65 ANOS SOFRE DE CATARATA A catarata é a alteração da transparência (opacificação) do cristalino e o seu aparecimento é, normalmente, o resultado do processo natural de envelhecimento. Quase todas as pessoas com mais de 65 anos de idade apresentam este problema, embora com distinta gravidade.

N

o entanto, quando a catarata surge em jovens, crianças ou em doentes diabéticos, a sua evolução é normalmente mais rápida. O fumo do tabaco e/ou o uso de determinada medicação (como a cortisona), são considerados fatores de risco no desenvolvimento desta doença. Por outro lado, ler, costurar, usar computador ou ver televisão, não influem no aparecimento ou desenvolvimento de cataratas. Numa fase inicial, dependendo do seu tamanho e localização, a catarata pode passar despercebida. No entanto, apesar da perda

de transparência do cristalino ser um processo lento, mais tarde ou mais cedo irá provocar alterações na visão. A pessoa com cataratas começa a notar a visão mais “enevoada” e/ou em duplicado, refere perda de visão (principalmente em ambientes com pouca luz), com necessidade de alterar os óculos. A catarata não provoca dor, mas pode afetar gravemente algumas tarefas diárias, como ler, costurar ou conduzir. Para diagnosticar a catarata é preciso verificar a diminuição da acuidade visual; a observação do cristalino através do biomicroscópio na consulta; a observação

pela oftalmoscopia e a observação dos reflexos pupilares. O seu Optometrista pode e deve confirmar a presença e extensão da catarata ou de outros distúrbios visuais que possam provocar enevoamento da visão. As cataratas deverão ser operadas a partir do momento em que as tarefas do dia a dia tornam-se mais difíceis pela perda progressiva de visão. Apesar da recuperação da visão ser quase imediata, a cicatrização devido à operação, pode demorar 1 a 2 meses. O Optometrista é um profissional central nos

cuidados para a saúde da visão, segundo a Organização Mundial da Saúde. O seu âmbito de prática não se limita ao diagnóstico, prescrição, terapêutica e reabilitação da condição visual. Também desempenha um papel de relevo na investigação e inovação científica, para a implementação de prática clínica baseada em evidências científicas. ▪

Para mais informações, consulte: www.aplo.pt

PONTOS DE VISTA

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DIA MUNDIAL DA VISÃO

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ÓCULOS PARA TODOS UMA APOSTA SEGURA NA PREVENÇÃO Dia 8 de outubro celebrou-se o Dia Mundial da Visão, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO). Neste âmbito, a Revista Pontos de Vista esteve à conversa com a Óculos para Todos, uma ótica que tem traçado um caminho diferente, apostando fortemente na prevenção como forma de viabilizar a saúde ocular dos seus utentes.

EQUIPA COMERCIAL DA ÓCULOS PARA TODOS

Na Óculos para Todos o exame tem um custo muito baixo (15 euros). As fotografias tiradas à retina na Óculos para Todos são analisadas em Coimbra por oftalmologistas da universidade, que posteriormente enviam os relatórios com os resultados para a ótica. Sobre a não obtenção de lucro com o exame, o CEO, Alexandre Lopes, diz que inovação e a diferenciação de serviços foram os motivos que o levaram a investir nesta tecnologia. “Sabemos que existem muitas pessoas com problemas de cegueira, dando a possibilidade de ser acessível a todos”, diz. É com este exame que a ótica, conhecida por fazer óculos mais baratos e de qualidade, dá o grande passo naquela que é a estratégia empresarial definida: inovação e prevenção. “Queremos dar este passo em frente e ajudar as pessoas que precisam deste tipo de cuidados”, afirma Alexandre Lopes.

RASTREIOS NAS PRAIAS E NAS ESCOLAS

Durante o verão, realizaram rastreios nas praias, investindo num equipamento que em 20 minutos fornece um relatório completo da saúde ocular. Os resultados surpreendentes mostram que quase metade das pessoas que aderiram não têm consciência da saúde da sua visão. “Há muita gente a ver mal (44%) das pessoas analisadas não sabia que precisa de usar óculos”, explica o CEO. Depois das praias vem outro desafio e que

pretende analisar os olhos dos mais novos. “Estamos a pensar em realizar parcerias com as escolas e juntas de freguesias para reproduzirmos o rastreio das praias junto dos mais novos. No terceiro trimestre vamos começar a trabalhar a prevenção. Esta será a nossa aposta”, conta Alexandre. Para já está um acordo formalizado com a junta de freguesia de Lordelo, em Massarelos, no Porto. Mas a ideia é estender a iniciativa a todo o Grande Porto. Há três anos no mercado, a Óculos para Todos já passou de um consultório para três na loja (um de optometria e outro de contactologia), devido à lista de espera extensa. A ótica está instalada na Rua Sá da Bandeira, no Porto, e já tem ideia de se expandir até Lisboa, porém é uma decisão que tem vindo a ser maturada. Alexandre afirma que é uma decisão que tem vindo a ser adiada porque quando chegar a altura quer entrar a 100%. “O investimento tem de ser o certo. Tem de ser tudo de uma vez. “Estamos no mercado há três anos e as pessoas já nos conhecem, por isso, quando entrarmos em Lisboa será de uma vez só”, conclui. Atualmente com 11 colaboradores, a subir brevemente para 13, a Óculos para Todos tem vindo a provar que o seu conceito smart cost resulta e é digno de uma qualidade exemplar apesar do “preço fixo” ser muito baixo: a partir de 9,99€ para óculos completos monofocais e a partir de 29,99€ para óculos completos progressivos. ▪

45 OUTUBRO 2018

O

s optometristas da Óculos para Todos garantem que a maior parte das pessoas não sabe que vê mal. A par da má visão estão os cuidados essenciais, muitas vezes esquecidos. “Um simples rastreio pode solucionar muitos problemas. As consultas devem ser realizadas de dois em dois anos, no caso de não sentirem dificuldades antes”, começa por explicar, a optometrista. “Como sinais de alerta, podemos considerar os mais óbvios como não conseguir ver bem ao longe ou ao perto, o cansaço e/ou dores de cabeça”, refere. Fã da inovação, a Óculos para Todos decidiu apostar num equipamento de diagnóstico da Retinopatia diabética. Esta é uma doença que afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado principalmente com o tempo de duração do diabetes e com o descontrole da glicemia. O exame é simples e indolor e consiste em tirar fotografias à retina. “Ao visualizar a retina completa consegue perceber-se se existem doenças ou sinais delas, que ainda não se manifestaram”, esclarece a optometrista. As doenças da retina, numa primeira fase, não apresentam sintomas, mas é altamente aconselhado a pessoas com diabetes, com histórico familiar e a partir dos 50 anos. Este exame oftalmológico é abrangente e inclui a história clínica do paciente, bem como testes que avaliam a saúde da retina.


» MARCAS DE VALOR

“QUEREMOS GANHAR A CONFIANÇA DOS CLIENTES PARA QUE SEJA O PRÓPRIO CLIENTE A VALIDAR O VALOR QUE PAGA” “A Alfa Energia pretende ser muito mais do que uma mera empresa de comercialização de energia”, afirma Nuno Falcão, Acionista da Alfa Energia. Mas o que pretende ser a Alfa Energia? O nosso entrevistado responde e revela as valias de uma marca que tem na satisfação do cliente o seu principal desiderato.

NUNO FALCÃO

C

omecemos com uma pergunta muito simples, mas complexa: porquê poupar energia? É uma pergunta pertinente. Aliás, posso dizer que é um tema da moda, moda essa que deveria ter começado há mais tempo. Desde logo por uma razão financeira, se pouparmos vemos esse resultado refletido na nossa fatura de cada mês. Depois, por uma questão ambiental, ao poupar energia, estamos efetivamente a fazer um uso mais racional do recurso que lhe deu origem.

PONTOS DE VISTA

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Portugal está entre os países onde a eletricidade é mais cara. De que forma a Alfa Energia tem procurado diferenciar-se no mercado? Efetivamente Portugal está nos lugares cimeiros desse ranking europeu. Ainda recentemente, segundo os dados do Eurostat, em 2017, ocupávamos o 3º lugar. Não é nada que nos devamos orgulhar, no entanto é preciso que todos saibam que mais de 50% do valor da fatura são impostos e taxas e, nesse sentido, para baixar o preço da energia a minha sugestão seria começar por aliviar a carga fiscal de um bem essencial para todos. A diferenciação que a Alfa Energia pretende ter, neste panorama altamente competitivo, é conseguir gerar confiança e criar valor acrescentado aos nossos clientes. Conseguindo passar essa mensagem, julgo que temos tudo para ser bem-sucedidos. Ao mantermo-nos atentos à nossa concorrência, aprendemos todos os dias os bons e os maus exemplos e, por isso, acreditamos que ao sermos fiéis aos nossos princípios e primarmos pela transparência das nossas ações estamos também a cimentar esse caminho de sucesso. A expressão “apertar o cinto” continua a fazer sentido para muitos de nós, portugueses. E é em casa que podemos começar a economizar com a poupança de energia. Neste sentido, que soluções a Alfa Energia oferece? Não lhe chamaria “apertar o cinto”. A meu ver essa expressão tem uma conotação negativa e transporta-nos para os momentos menos bons que Portugal atravessou recentemente. Eu prefiro dizer que continua, e faz cada vez mais sentido ser eficiente. A eficiência é uma qualidade que associo a algo bom, que gera poupança, que reduz perdas, enfim, algo positivo. Penso que é dessa forma que devemos ver as coisas.

É, de facto, em casa que podemos começar a poupar. E uma das formas é literalmente reduzir consumos. Para conseguirmos é importante ganharmos alguma sensibilidade, e tentar perceber como é que estamos a consumir energia em nossa casa, em que momentos é que consumimos, que equipamentos e quanto é que cada um consome. Hoje em dia, existem equipamentos de fácil instalação que nos permitem visualizar graficamente o quanto estamos a consumir e em que momento. A Alfa Energia também fornece esse tipo de soluções de monitorização que através de dados, especialmente visuais, permitem ao utilizador ir ganhando sensibilidade do consumo e, quase por intuição, acabamos por reagir, com ações que nos vão gerar poupanças e, muitas vezes, sem precisar de fazer qualquer investimento. Um exemplo que eu costumo dar, é a minha própria experiência. As potências contratadas para apartamentos de tipologia T2 ou T3 são tipicamente de 6,9 kVA, no meu caso, o uso de um equipamento desses foi suficiente para perceber que, durante um ano, eu nunca superei os 5,2 kVA de potência instantânea, por isso, bastou ligar para a comercializadora a pedir a redução de potência para o patamar de potência anterior, ou seja, 5,75 kVA, e com isso poupei cerca de 20€/ano. Efetivamente não é um valor muito elevado, mas, para mim, é dinheiro que fica do meu lado. A Alfa Energia, fruto também da experiência dos seus fundadores como consumidores, produtores, estudiosos e entusiastas da poupança de energia, procurou encontrar desde o início soluções geradoras de poupança efetiva para os clientes. Temos a perfeita consciência que, ao nível doméstico, uma grande fatia do nosso consumo de energia vai para o aquecimento de água, em gás ou eletricidade. Nesse sentido achamos estratégico incluir nas nossas ofertas de produtos, uma solução híbrida, a que chamamos “Água Quente Fotovoltaica”. Basicamente é uma solução que usa a energia elétrica produzida pelos painéis fotovoltaicos para aquecer água através de uma resistência e, quando já não é necessário aquecer mais água, a energia pode ser reencaminhada para outros equipamentos ou, associando um inversor DC/AC, para a rede elétrica da casa. Como resultado vamos ter uma poupança na fatura de eletricidade e/ou gás. Alfa Energia pretende ser muito mais que uma empresa. Porquê escolher Alfa Energia? A Alfa Energia pretende ser muito mais do que uma mera empresa de comercialização de energia. O nosso objetivo é criar relações de confiança com cada cliente, sustentados na transparência, na competência das nossas ações diárias e no valor acrescentado que podemos trazer aos clientes. Não temos surpresas nas faturas, e não cobramos serviços extras. As nossas faturas de energia são claramente transparentes, sem grandes rodeios nem

custos suscetíveis de gerar desconfiança. É esta a mensagem que queremos passar aos clientes. E mesmo que haja alguma dúvida, temos sempre alguém para esclarecer do outro lado do computador ou do telefone pertencente aos quadros da empresa, não usamos “callcenters”. Para nós cada cliente é único, com as suas próprias especificidades! Num mercado atual cada vez mais competitivo, os desafios para se apresentar as melhores condições de fornecimento de energia são muitos? A alta competitividade deste mercado é algo que já estávamos à espera quando decidimos entrar no negócio da comercialização de energia. Posso dizer que este é um negócio de tostões e, por isso, a otimização e a eficiência dos processos que envolvem a comercialização de energia tem que funcionar e funcionar muito bem. Há pouca margem para errar, por isso temos que ser bons naquilo que fizermos. Todos os nossos processos estão otimizados e o mais automatizado possível para que consigamos gerir com o mínimo de recursos e com isso refletir nos preços que apresentamos ao mercado. Não pretendemos entrar em loucuras de preços apenas para ganhar clientes, mas queremos ganhar a confiança dos clientes para que seja o próprio cliente a validar o valor que paga, continuando assim a ser cliente da Alfa Energia por muitos anos. Há pequenos gestos que podemos adotar ou alterar, no dia a dia, para vermos a fatura de luz reduzir-se consideravelmente? Pode deixar algumas dicas aos nossos leitores? Como já comentei há pouco, sou uma pessoa que não gosta de desperdiçar, e, para mim, todo o cêntimo é importante. A minha principal sugestão é, desde logo, acabar com os stand by dos equipamentos, é muito prático carregar no botão do comando e desligar o televisor e a box, mas aquela luzinha vermelha ou azul, bem feitas as contas, pode representar um custo no final do ano, que nos pode surpreender. Basta ligar o equipamento a um daqueles medidores de consumo de tomada para percebermos que aquele LED vermelho (e restante eletrónica associada ao standby) pode representar uma potência que pode chegar aos 15W. E, fazendo bem as contas, podemos ter um consumo anual que pode chegar aos 120 kWh por equipamento, e ao preço de energia de 0,1625€/kWh estaríamos a poupar cerca de 19€/ equipamento/ ano. Se tivermos em conta a existência de dois ou três equipamentos com stand by, rapidamente atingimos um valor de poupança anual superior a 50€. Se pretendermos investir um pouco mais, nesse caso há outras opções que seguramente são geradoras de uma maior poupança. Nesse caso destaco as soluções de água quente solar e o autoconsumo fotovoltaico. ▪



» XI ENCONTRO NACIONAL DE RISCOS

“HOJE O BOMBEIRO É UM ESPECIALISTA”

No âmbito do XI Encontro Nacional de Riscos que terá como tema “Incêndios em estruturas. Aprender com o passado”, a Revista Pontos de Vista esteve à conversa com José Ferreira, Presidente da Direção da Escola Nacional de Bombeiros (ENB). Em 2017, a Escola Nacional de Bombeiros formou 18 mil operacionais. Venha connosco saber mais.

O

XI Encontro Nacional de Riscos terá como tema “Incêndios em estruturas. Aprender com o passado”. Enquanto instituição responsável por formar bombeiros, quais diria ser, neste momento, as melhores aprendizagens que estes profissionais conseguiram nos últimos tempos? Genericamente podemos afirmar que os Bombeiros Portugueses estão bem formados e a qualidade da formação ministrada é excelente. Atualmente, utilizam-se modernas tecnologias na formação e aplicam-se os melhores dados ao nível do conhecimento científico disponível. Os bombeiros são um dos principais interessados no evento pelo simples facto de lidarem com este tipo de questões diariamente. Para este ano, quais são as expectativas? A importância das lições aprendidas. É uma postura que em Portugal se utiliza pouco, contribuindo assim, muitas vezes, para se repetirem os erros.

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Passados 30 anos do grande incêndio do Chiado, que mudanças são mais visíveis na forma de abordar incêndios em grandes estruturas? Existem grandes mudanças na legislação relativa à segurança contra incêndios em edifícios, mas é uma matéria que merece abordagens mais profundas. Quase sem se dar por isso, todos os anos, em média, cerca de 60 pessoas morrem nas suas habitações. Temos o problema das construções mais antigas, os métodos de reabilitação e mesmo

JOSÉ FERREIRA

em edifícios mais recentes existem problemas diversos. Basta relembrar o incêndio na Grenfell Tower, em Londres, em 2017. Outro dado muito importante vem no seguimento do atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos. A abordagem que os Bombeiros hoje fazem em intervenção de edifícios com este tipo de construção é completamente diferente. A União Europeia constituiu um grupo de trabalho, que a ENB integra, para abordar esta problemática. Além das grandes estruturas que outro tipo de incêndios são mais preocupantes em Portugal? Está muito focado nos incêndios, mas relembro, a título de exemplo, e todos recordam, o número de

incêndios nas instalações industriais nos últimos dois meses. Brevemente começaremos a preocupar-nos com os incêndios em veículos elétricos e movidos a gás. São dois desafios no curto prazo. Relativamente aos cidadãos, considera que estão adequadamente sensibilizados para os cuidados na prevenção de incêndios urbanos? Não. Há muito trabalho a desenvolver. O que distingue um bombeiro dos dias de hoje de um bombeiro de há 50 anos? Em comum, o espírito solidário e abnegado. De diferente, hoje o Bombeiro é um especialista, embora com menos tempo disponível. ▪


XI ENCONTRO NACIOANL DE RISCOS

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PREVENÇÃO E SEGURANÇA SÃO AS PRIORIDADES DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE RISCOS No dia 25 de outubro, no Fórum Picoas, em Lisboa, irá realizar-se o XI Encontro Nacional de Riscos, este ano com o tema: “Incêndios em estruturas. Aprender com o passado”. Em entrevista, Luciano Lourenço, Presidente da Comissão Organizadora e Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, explica os objetivos deste encontro.

LUCIANO LOURENÇO

A

RISCOS – Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, é uma associação privada, sem fins lucrativos, criada com o objetivo de prevenir os riscos a que todos os dias estamos expostos, de minimizar as consequências das suas manifestações e contribuir para a segurança das pessoas e dos seus bens. Há 14 anos que estes encontros nacionais têm palco e vão dando voz a questões que envolvem toda a sociedade portuguesa. Este ano, o evento tem como ponto de partida os 30 anos que decorreram desde o incêndio do Chiado e, como foco, a premissa de “aprender com o passado”. A 25 de agosto de 1988 as chamas destruíram por completo os armazéns Grandella e Chiado, da baixa lisboeta. O fogo que deflagrou por volta das cinco horas da manhã, destruiu 18 edifícios e uma área que equivale a quase oito estádios de futebol. “Nos últimos anos, os encontros têm sido organizados no sentido de serem comemorativos, utilizando uma efeméride histórica. A ideia é sempre aprender com o passado”. O objetivo deste encontro, assim como dos anteriores e dos futuros, é o de aprender com os acontecimentos do passado. Este tem a ver com problemas ligados aos chamados incêndios urbanos, designadamente em termos de combate aos incêndios nas grandes estruturas.

A falta de informação é ainda um problema no combate aos incêndios urbanos, o que torna a ação humana amplamente responsável por ocorrências deste tipo. Numa lógica de descentralizar a questão dos riscos, os encontros já se realizaram em vários pontos do país. “Os riscos que dizem respeito às chamadas catástrofes naturais não estão relacionados diretamente com a natureza, mas sim com as atividades humanas, isto é, podem ser prevenidos. O fenómeno em si é natural e o que o torna perigoso é a presença humana. Se lá não estivermos ou os nossos bens, o fenómeno não afeta as pessoas ou os seus bens, logo não causa dano, trata-se dum processo natural. Na maior parte das vezes somos nós os responsáveis e por isso é que estes encontros têm como carimbo, também, a prevenção”, explica o nosso interlocutor. Na opinião de Luciano Lourenço, em algumas áreas, Portugal tem aprendido com o passado, nomeadamente com os sismos, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Em termos de ordenamento e construção, tudo o que decorreu do grande terramoto de Lisboa de 1755 foi uma grande lição, marcou e mudou o pensamento de então sobre as causas dos sismos, deu início à construção antissísmica, tornou o conhecimento mais científico. No entanto, o melhoramento tem de ser uma constante, quer

a nível de equipamentos, quer de profissionais bem formados. O público mais interessado, à par-

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“Nos últimos anos, os encontros têm sido organizados no sentido de serem comemorativos, utilizando uma efeméride histórica. A ideia é sempre aprender com o passado”

tida e numa vertente técnica, são os bombeiros e demais agentes de proteção civil, no entanto, o cidadão comum tem o máximo interesse em saber como se pode prevenir e deve reagir perante os riscos. Com um painel composto por profissionais de várias áreas, desde as engenharias, ciências, história, geografia, jornalismo, a mensagem tende a ser clara: “o risco é transversal a muitas áreas da sociedade”, afirma o professor. A associação promove, ainda, sequencialmente e de três em três anos, simpósios ibero-afro-americanos e congressos internacionais de riscos. O tema para o Encontro do próximo ano já está pensado e será sobre risco sismíco em Portugal. ▪


» EVENTO

LANÇAMENTO DO LIVRO “EMPREENDEDORAS POR NATUREZA” “Empreendedoras por Natureza” é uma coleção de livros que conta as histórias de mulheres empreendedoras. Esta coleção nasceu no Brasil e nesta edição é apresentada a história da empreendedora luso-brasileira Rosely Cruz e a da empreendedora portuguesa Sandra Isabel Correia.

Brasil e Portugal unem-se através de duas empreendedoras: Rosely Cruz, luso-brasileira natural de São Paulo, empreendedora em série, investidora anjo no Brasil, Estados Unidos e Portugal, é advogada e fundadora do escritório de advocacia com a filosofia “neolaw.”, e também fundadora e Presidente do IBAJUD e Sandra Isabel Correia, portuguesa natural do Algarve, “Melhor Empresária da Europa” em 2011 e fundadora da Pelcor e do Women’s Club. Estas duas mulheres contam a sua história desde a infância, confessam os segredos do percurso, revelam os percalços que encontraram e explicam as armas com que conseguiram vencer. O sonho delas é inspirar outras mulheres a concretizarem o seu sonho.

PONTOS DE VISTA

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O lançamento será no dia 18 de outubro, em Lisboa, na Associação Corações com Coroa, às 18h00.




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