PERSONALIDADE DE CAPA DA PRÓXIMA EDIÇÃO, JOANA RESENDE, CEO E BROKER DA CENTURY 21 ARQUITETOS PORTO E GONDOMAR
Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. AGOSTO 2020 | EDIÇÃO Nº 95 - Periodicidade Mensal | Venda por Assinatura - 4 Euros
HOMEGEST
E A IMPORTÂNCIA DOS VISTOS GOLD
ESPECIAL
PORTUGAL - LUXEMBURGO
LETÍCIA SOARES “ESTAMOS SEMPRE PRESENTES PARA OS NOSSOS PARCEIROS E CLIENTES PORQUE QUEREMOS OFERECER UMA SOLUÇÃO EFICIENTE ÀS EXIGÊNCIAS E NECESSIDADES QUE APRESENTAM”
FOTO: DIANA QUINTELA
COUNTRY MANAGER EM PORTUGAL DA WEALINS
ÍNDICE DE TEMAS
FICHA TÉCNICA Propriedade, Administração e Autor Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda.
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VISTOS GOLD DISPARAM NA PANDEMIA. FOMOS CONVERSAR COM ESPECIALISTAS SOBRE ESTA MATÉRIA E PERCEBER AS VALIAS DOS VISTOS GOLD PARA O PAÍS
Administração | Redação | Departamento Gráfico Rua Rei Ramiro 870, 2º J 4400 - 281 Vila Nova de Gaia
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Sede da entidade proprietária: Rua Oriental nrº. 1652 - 1660, 4455-518 Perafita Matosinhos
LNEG - LABORATÓRIO NACIONAL DE ENERGIA E GEOLOGIA, LANÇA NOVO GEOPORTAL DA ENERGIA E GEOLOGIA. TERESA PONCE DE LEÃO DÁ A CONHECER ESTE PROJETO E FERRAMENTA DE EXCELÊNCIA
Outros contactos: +351 220 926 877/78/79/80 E-mail: geral@pontosdevista.pt; redacao@pontosdevista.pt www.pontosdevista.pt | www.facebook.com/pontosdevista Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas Distribuição Nacional Periodicidade Mensal Registo ERC nº 126093 NIF: 509236448 | ISSN: 2182-3197 | Dep. Legal: 374222/14
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IOLANDA MOUTA MENDES E O RERE CONHEÇA O PROGRAMA EXTRAORDINÁRIO PARA O APOIO E A REANIMAÇÃO DE EMPRESAS
DIRETOR: Jorge Antunes EDITOR: Ricardo Andrade Rua Rei Ramiro 870, 2º J 4400 – 281 Vila Nova de Gaia PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS: Ricardo Andrade Beatriz Quintal
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DESIGN E PAGINAÇÃO: Mónica Fonseca
A TPMC COMEMORA 25 ANOS DE VIDA. TÂNIA CASTRO, CEO DA MARCA, REVELA UM POUCO MAIS DESTA AVENTURA DE UMA ENTIDADE REPLETA DE HISTÓRIA
GESTÃO DE COMUNICAÇÃO: João Soares FOTOGRAFIA: Diana Quintela - www.dianaquintela.com Rui Bandeira - www.ruibandeirafotografia.com
Preço de capa:
4,00 euros (iva incluído a 6%) Assinatura anual (11 edições): Portugal: 40 euros (iva incluído a 6%) Europa: 65 euros Resto do Mundo: 60 euros
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AMÍLCAR FALCÃO, REITOR DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, ABORDA O PROGRAMA ERASMUS + EM CONTEXTO DE PANDEMIA
Editorial A Revista Pontos de Vista apresenta-se como uma publicação editada pela empresa de comunicação empresarial Horizonte de Palavras, sendo de frequência mensal, assume-se como um meio de comunicação que pretende elevar as potencialidades do tecido empresarial em Portugal. Assumimos o compromisso de promover paradigmas práticos e autênticos do que de melhor existe em Portugal, contribuindo decisivamente para a sua vasta difusão. Os artigos nesta publicação são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor. Reservados todos os direitos, proibida a reprodução, total ou parcial, seja por fotocópia ou por qualquer outro processo, sem prévia autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista, exceto nos anúncios com a localização obrigatória paga. O editor não se responsabiliza pelas inserções com erros, lapsos ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Quaisquer erros ou omissões nos conteúdos, não são da responsabilidade do editor.
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Assinaturas Para assinar ligue +351 22 092 68 79 ou envie o seu pedido para: Autor Horizonte de Palavras – Edições Unipessoal, Lda Rua Rei Ramiro 870, 2º J, 4400 - 281 Vila Nova de Gaia E-mail: assinaturas@pontosdevista.pt
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AS RELAÇÕES BILATERAIS ENTRE PORTUGAL E LUXEMBURGO. OS MAIS IMPORTANTES PLAYERS DESTES PAÍSES ABORDAM O CRESCIMENTO EM AMBOS OS MERCADOS
MULHERES QUE DIARIAMENTE FAZEM A DIFERENÇA. A CAPACIDADE DE LIDERANÇA E O EMPREENDEDORISMO DE MULHERES LÍDERES
» VISTOS GOLD EM CRESCIMENTO EM PORTUGAL - MOBILIDADE E SEGURANÇA
“A MARCA HOMEGEST É UMA BOUTIQUE REAL ESTATE QUE PRESTA UM SERVIÇO PERSONALIZADO” O compromisso da Homegest - Real Estate Consulting é oferecer aos seus clientes as melhores opções para o seu investimento. Quem o diz é Michel Thiran, Diretor do projeto, que em conversa com a Revista Pontos de Vista, explicou de que forma prestam um serviço de excelência.
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Homegest - Real Estate Consulting, assume-se atualmente como um parceiro de excelência no domínio do mercado imobiliário, apresentando-se perante o mesmo com uma postura de confiança e rigor. No sentido de contextualizar junto do nosso leitor, de que forma é que a marca tem vindo a contribuir para o mercado, quais são as mais-valias que possui? Estamos no mercado com parceiros internacionais e, portanto, o nosso modelo de negócio assenta numa base de confiança e respeito pelos contratos que temos. Os nossos parceiros captam clientes internacionais, nós operacionalizamos as visitas e as vendas, focados no segmento Premium Residencial, com oferta de imóveis no centro de Lisboa, Cascais/Estoril/Sintra, Troia/Comporta e zona Oeste. Dada a nossa pequena dimensão e forma de atuar no mercado imobiliário, a marca Homegest é uma Boutique Real Estate que presta um serviço personalizado de aconselhamento, mantendo uma relação de proximidade com os clientes durante vários anos.
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Um dos vossos principais desideratos baseia-se em proporcionar aos vossos clientes e parceiros os melhores serviços para viver ou investir em Portugal. De que forma concretizam esse fito e quais são as vantagens em escolher a Homegest? A maioria dos nossos clientes são investidores visto gold, famílias que procuram Portugal e que precisam de apoio na escolha do investimento que vão realizar, mas também na procura de um bom escritório de advogados, de um serviço bancário eficaz e em alguns casos, Arquiteto e Construtor para a reabilitação do imóvel. Na fase pós-venda apoiamos os clientes na decoração casa, no processo de arrendamento ou na gestão de propriedade. A Homegest presta estes serviços de uma forma personalizada e profissional. O emprenho e a relação de confiança que estabelecemos com os nossos clientes são a mais-valia da empresa. Estamos muitos focados na qualidade dos serviços que prestamos, apresentando produtos com boa rentabilidade financeira. Por que é que Portugal é uma região de excelência para viver ou investir? O vosso papel também passa pela dinâmica do aconselhamento a pessoas exteriores ao país? Como o realizam? Portugal tem condições únicas para se viver e para investir. Temos uma qualidade de vida ótima, com um custo de vida mais baixo quando comparado com outras capitais europeias. É um país seguro e acolhedor, que sabe receber. Tem um custo por m2 inferior das principais
timento (ARI), como são conhecidos os Vistos Gold, quase triplicou (192%) em maio, face ao mês homólogo de 2019, para 146 milhões de euros. Um grande aumento, nomeadamente em tempos de Covid-19. Na sua opinião, o que levou a este incremento, principalmente num ano tão atípico como tem vindo a ser 2020? O motivo desse aumento está relacionado com o anúncio no Orçamento de Estado 2020, em rever o Regulamento do ARI. Essa medida fez precipitar os investidores a avançarem com os processos junto do SEF, processos esses que já estavam em curso. Foi o que fizemos, ajudar os nossos clientes para que não fossem surpreendidos pela alteração do regulamento e ficassem defraudados nas suas expectativas. Qual é o papel da Homegest no domínio dos Vistos Gold e de que forma é que este setor de mercado é essencial na dinâmica do negócio da marca? Que impacto têm tido em 2020 no âmbito dos Vistos Gold? 60% dos nossos clientes são Visto Gold e a nossa empresa será fortemente afeta“Quanto à da se houver alteração Homegest, vai continuar ao regulamento atual, MICHEL THIRAN mas existem outras a apostar no mercado atividades onde tampremium residencial, focados bém se vai sentir o capitais europeias. no comprador e em prestar um impacto negativo, Temos um bom serviço de excelência. Estamos como Escritórios de sistema de saúde, a adaptar-nos à nova realidade, Advogados, Notários, educação, serviços mas otimistas na recuperação Gabinetes de Arquitee tecnologia. Somos gradual para 2021” tura, empresas de Consum destino de excetrução Civil, Decoração, lência, com um grande Property Management, etc. Património Histórico. No fundo todos iremos perder com esta proposta de alteração e Hoje vivemos num mundo o Governo não está em condições de novo, denominado por um «novo rejeitar investimento estrangeiro, só porque normal», fruto da pandemia da Covid-19 e que tem de fazer uma contrapartida política à coliafetou inúmeros setores de mercado. Que imgação parlamentar. Outros países irão captar pacto teve o mesmo na vossa orgânica e no seesse investimento. tor em concreto? Que medidas promoveram no sentido de contornar essas dificuldades? Infelizmente esta pandemia veio travar uma dinâAnalisando a situação económica e difícil que Portugal atravessa atualmente, por que é que os mica de vendas muito boa que trazíamos, mas Vistos Gold assumem um cariz ainda mais impenso que o setor soube “aguentar” e a retoma da atividade está a acontecer. O interesse dos clientes portante para Portugal? estrangeiros mantém-se e esse foi o nosso trabaPrecisamos de investimento estrangeiro como “pão para a boca” e os Visto Gold são um veículo lho durante esta paragem forçada: manter uma importante que dinamiza vários setores da atidinâmica de comunicação e promoção, mas também avançar e concluir processos de compra que vidade económica. Será muito importante que trazíamos de trás. o Governo retome as medidas de incentivo ao investimento estrangeiro, pois o Estado arrecada muitos impostos em cada venda concretizada, O investimento captado através de Autorizaatravés do IMT e Imposto de Selo. ções de Residência para Atividades de Inves-
O programa de atribuições de Vistos Gold tem feito correr muita tinta, visto que as alterações ao regime, aprovadas no Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), previam um travão em Lisboa e Porto. Uma medida, de resto, muito contestada por vários ‘players’ do setor imobiliário. No entanto, por causa da pandemia da Covid-19, ficou em suspenso, tendo o Governo decidido deixar em ‘stand by’ a decisão de alterar as regras. Quão fundamental para o setor é que esta medida continue suspensa? Dos mais de 5,1 mil milhões de euros de investimento captados através do regime de ARI, 90% ficou a dever-se à compra de imóveis. Isto mostra bem a importância deste programa no setor imobiliário, mas também para a fileira da Construção Civil e Materiais de Construção. Estamos a falar de muitos postos de trabalho envolvidos. A decisão em alterar o regulamento deve “cair” definitivamente e não ficar em “stand by”. É fundamental clarificar para devolver a confiança ao mercado e aos investidores.
Na sua opinião, é também essencial que este
setor promova mais a inovação e a digitalização, pois sabemos que o processo de candidatura a esta autorização obriga, pelo menos uma vez, que os candidatos se desloquem presencialmente aos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, algo que atualmente pode inviabilizar inúmeros processos. Sem dúvida, a inovação e a digitalização já está a acontecer no setor imobiliário, mas deve acontecer também nos Serviços do Estado, na Banca, nos serviços de Notário e na Justiça. Todos os intervenientes perceberam que é preciso desenvolver novas ferramentas no digital devido à falta de mobilidade, mas não podemos cair na tentação de facilitar na segurança, devido à pandemia. Acho que a presença dos investidores em Portu-
Quais serão os grandes desafios da Homegest no futuro e de que forma é que espera que o sector dos Vistos Gold em Portugal se desenvolva? Quantos aos Vistos Gold gostava de dizer o seguinte: não são vistos e que não são Dourados. São uma Autorização de Residência concedida durante cinco anos através de investimento em Portugal e que são um cartão normal como o CC. Gostava que a evolução dos Vistos Gold fosse no sentido de deixar de ter uma conotação negativa e servir de ataque político, como se todos os investidores Vistos Gold fossem criminosos. Até o Luanda Links serve para associar aos Vistos Gold: ridículo! Se há suspeitas de problemas de segurança ou de branqueamento de capitais no programa ARI, então que se melhorem os regulamentos e reforcem os controlos de movimentação de capitais entre países. A solução não passa por destruir um programa que capta investimento estrangeiro e que é reconhecido como um dos melhores programas a nível mundial. Temos muitos clientes visto gold que são famílias normais, com empregos normais e que procuram Portugal para investir, para obterem um plano B nas suas vidas e uma alternativa para os seus filhos. Esse é o principal objetivo dos investidores Vistos Gold. Quanto à Homegest, vai continuar a apostar no mercado premium residencial, focados no comprador e em prestar um serviço de excelência. Estamos a adaptar-nos à nova realidade, mas otimistas na recuperação gradual para 2021. ▪
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Mais do que nunca, é fundamental continuar a cativar o investimento estrangeiro, sendo que os Vistos Gold devem continuar a desempenhar um papel central nesta solução? Qualquer programa de captação de investimento é importante para Portugal. Infelizmente não somos ricos e precisamos de investimento estrangeiro para fazer crescer a nossa economia e manter postos de trabalho. Os Vistos Gold são mais uma ferramenta que tem ajudado o País a desenvolver-se e a regenerar-se urbanisticamente. Lisboa e Porto são um bom exemplo de recuperação e desenvolvimento urbano desde 2012 e o investimento estrangeiro tem contribuído muito para essa regeneração.
gal é fundamental e acredito que os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras vão manter essa norma, tanto mais que é indispensável realizar a recolha dos dados biométricos de todo o agregado familiar do investidor.
» VISTOS GOLD EM CRESCIMENTO EM PORTUGAL - MOBILIDADE E SEGURANÇA
“OS VISTOS GOLD SÃO VITAIS PARA A ECONOMIA”
DAVID POSTON
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Porque é que Portugal possui tantos fatores para que se tenha tornado um grande lugar para investir? Sobre esta e outras questões, a Revista Pontos de Vista esteve à conversa com David Poston, Fundador e CEO da Portugal Homes, que abordou a vertente dos Vistos Gold e de que forma são os mesmos importantes para a economia do país.
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omo marca de renome e prestígio, a Portugal Homes tem vindo a promover uma dinâmica de excelência no mercado. Neste sentido, como tem a marca vindo a perpetuar um cenário de profissionalismo e valor para o setor? Construímos a nossa empresa com base em determinados valores que proporcionam uma ajuda contínua aos nossos clientes durante o período do seu investimento. A nossa divisão Aftersales, juntamente com os serviços que pode oferecer, distingue-nos de todas as outras imobiliárias em Lisboa. Desde a gestão de condomínios e apresentação de declarações fiscais,
a snagging* de apartamentos e à oferta aos clientes de um conselheiro pessoal que podem contactar diretamente com quaisquer questões que possam ter. Por que é Portugal uma região de excelência para se viver ou investir? O seu papel também envolve a dinâmica de aconselhar pessoas fora do país? Como é que o perpetua? Portugal tem muitos fatores para que se tenha tornado um grande lugar para investir, em particular Lisboa. A capital aumentou as exportações até 40% nos últimos anos, entre os programas de Residente Não Habitual e Vistos Gold foram
recebidos milhares de milhões em investimento estrangeiro e, subsequentemente, o turismo cresceu em mais de um milhão por ano durante os últimos seis anos. Todos estes fatores tornaram Lisboa um local muito atrativo para investir, algo de que a capital tem vindo a precisar desde há muitos anos. Com a nossa extensa equipa, viajamos pelo mundo para reunir com os clientes na sua cidade. Os nossos experientes Consultores de Investimento podem oferecer uma riqueza de conhecimentos ao cliente antes mesmo de chegar a Portugal, dando-lhe um avanço e permitindo-lhe tomar uma decisão informada sobre a sua compra. Encontrámos um grande sucesso
O investimento angariado através das Licenças de Residência para Atividades de Investimento (ARI), como são conhecidos os Vistos Gold, quase triplicou (192%) em maio, em comparação com o mesmo mês em 2019, para 146 milhões de euros. Um grande aumento, particularmente em tempos de Covid-19. Na sua opinião, o que levou a este aumento, especialmente num ano tão atípico como o de 2020? Há dois grandes fatores que levaram a este aumento. Em primeiro lugar, a proposta do governo de retirar o programa dos Vistos Gold de Lisboa é um fator enorme. Os investidores estrangeiros, particularmente da Ásia, preferem investir os seus fundos nas capitais e a ideia de terem agora de investir em zonas interiores do país não é apelativa. Quando todos perceberam que a pandemia de Covid-19 veio para ficar para o resto de 2020, os nossos clientes em particular perceberam que para completar um investimento na capital este teria de ser feito remotamente, uma vez que as novas mudanças propostas irão acontecer em fevereiro do próximo ano. O segundo grande fator são os problemas em Hong Kong. Com as novas leis de segurança impostas a partir do continente, muitos cidadãos procuram a segurança de um passaporte europeu caso o governo continue a implementar as mudanças e a reduzir os seus direitos de governar livremente.
“OS VISTOS GOLD SÃO UMA GRANDE PARTE DO NOSSO NEGÓCIO. ESTABELECEMOS A NOSSA MARCA EM TODA A ÁSIA COMO UM DOS LÍDERES DE MERCADO QUANDO SE TRATA DE AJUDAR INDIVÍDUOS E EMPRESAS A INVESTIR EM PORTUGAL”
Qual é o papel da Portugal Homes no campo dos Vistos Gold e como é que este setor de mercado é essencial na dinâmica do negócio das marcas? Que impacto tiveram em 2020 no domínio dos Vistos Gold? Os Vistos Gold são uma grande parte do nosso negócio. Estabelecemos a nossa marca em toda a Ásia como um dos líderes de mercado quando se trata de ajudar indivíduos e empresas a investir em Portugal. O nosso novo escritório em Hong Kong não só oferecerá um serviço muito mais completo aos nossos atuais clientes, como também ajudará a cimentar a nossa posição como uma empresa de investimento líder para qualquer pessoa que procure as grandes vantagens de investir em Portugal. A maioria
dos elementos da nossa equipa tem mais de 15 anos de experiência no mercado português, o que nos permite aconselhar os nossos clientes na tomada da decisão certa com o seu investimento. Analisando a situação económica e difícil que Portugal está atualmente a atravessar, porque é que os Vistos Gold são ainda mais importantes para Portugal? Com um gasto inicial de mais de 600k por família, quando se incluem impostos e taxas, é vital manter o programa de Vistos Gold em funcionamento. Um dos requisitos para participar no Visto Gold é que o investidor tenha de manter o imóvel durante o período de duração do programa. Também precisam de continuar a visitar Portugal durante cada renovação, dando mais rendimentos à indústria do turismo. Estes investidores são indivíduos de elevado património líquido com capacidade para investir mais no futuro, uma vez que conheçam melhor Portugal. O seu gasto médio, quando estão aqui, é muito superior ao dos europeus, trazendo um impulso muito necessário à economia. Com alguns tempos difíceis pela frente, os milhares de milhões de euros gerados pelos Vistos Gold são vitais para a economia. É importante que o governo não só mantenha o programa em vigor num futuro previsível, como decida não restringir o investimento em Lisboa neste momento. Quais serão os grandes desafios para a Portugal Homes no futuro e como espera que se desenvolva o setor dos Vistos Gold em Portugal? Com tantas restrições de viagem a nível mundial neste momento, o nosso maior desafio é continuar a oferecer o mesmo serviço que oferecemos no passado a cada um dos nossos clientes e as nossas videochamadas semanais online com os nossos investidores estão atualmente a ajudar-nos a preencher o vazio. Contudo, encontrar uma forma de viajar em segurança e voltar a reunir pessoalmente com os nossos clientes será o nosso maior desafio. Penso que as atuais restrições que existem em todo o mundo deram a todos um novo apetite para viajar e ajudou-os a apreciar a liberdade que tínhamos antes do Covid-19. O Visto Gold, na minha opinião, tornar-se-á ainda mais forte devido à atual pandemia que deu às pessoas um novo sentido de apreço pela vida e pelas oportunidades que a liberdade de viajar pode oferecer. ▪ * “snagging” é um termo inglês para o processo de verificação de pequenos defeitos que uma propriedade pode apresentar, como por exemplo: riscos nas madeiras e vidros, janelas em falta, AC avariado, entre outros.
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ao fazer isto e viajámos até agora para mais de 30 cidades em todo o mundo. Nos últimos dois anos, viajámos para Londres, Chipre, Atenas, Malta, Moscovo, Hong Kong, Hanói, Saigão, Xangai, Pequim, Kuala Lumpur, Manila, Qatar, Kuwait, Dubai, Abu Dhabi, Muscat, Istambul, Cidade do Cabo, Pretória, Joanesburgo, Amsterdão, Madrid, Sevilha, Manchester, Birmingham, Taiwan, Tóquio, Banguecoque, Mumbai, Singapura, Marraquexe, Paris.
» VISTOS GOLD EM CRESCIMENTO EM PORTUGAL - MOBILIDADE E SEGURANÇA
“PRETENDEMOS UM CRESCIMENTO SUSTENTADO, DE FORMA A NUNCA PERDERMOS CONTACTO COM O NOSSO MAIOR ATIVO” Daniel dos Reis e Rodolfo Pellicano, sócios da Reis & Pellicano assumiram, perante a atual pandemia que se vive, que sentiram “um acréscimo de interesse nos pedidos de nacionalidade”. Saiba porquê, de que forma a sociedade de advogados atuou e quais os seus desafios para o futuro.
DANIEL DOS REIS
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Reis & Pellicano procura obter resultados com qualidade, integridade, dedicação, rigor e eficiência. Quando e de que forma a sociedade de advogados se estabeleceu no mercado? A nossa fundação teve como força motriz a clientela estrangeira que, por um lado, pretendia mudar-se de armas e bagagens para Portugal ou, por outro lado, aqui queria investir, continuando com os seus centros de interesses principais fora do país. O perfil do cliente internacional procura aconselhamento jurídico que perceba e interprete as diferenças culturais e que consiga responder às suas necessidades de forma rápida, eficiente e diligente. Constatámos que a procura estrangeira pretende soluções de investimento feitas à medida e que a nossa experiência internacional poderia ser um contributo no mercado. O Dr. Daniel dos Reis, é luso-canadiano e tem experiência profissional no Reino Unido e no Brasil, atuando principalmente no Direito Imobiliário e ARI-Golden Visa. Já o Dr. Rodolfo Pellicano tem uma vasta experiência internacional superior a 20 anos fora do Brasil: o seu país de origem. Isto em países tão diversos como os Estados Unidos, Suécia, Coreia do Sul, Angola e agora Portugal, atuando essencialmente em Direito Empresarial, Direito Fiscal e Direito migratório de multinacionais.
RODOLFO PELLICANO
Atendendo à experiência internacional de ambos e à crescente procura internacional dos últimos anos, constatámos que havia espaço no mercado para criar uma sociedade de advogados focada na procura estrangeira e que tivesse em consideração os aspetos multiculturais de clientes externos. A sociedade foi assim fundada no início de 2019 e tem-se afirmado e crescido de forma estruturada, tendo sido, desde a constituição, iniciados processos de recrutamento de advogados que partilhassem do perfil internacional, mas que de algum modo completassem as valências dos sócios. Pese embora a situação pandémica, constatamos a necessidade de adicionar à equipa já existente pelo menos mais dois advogados até ao final do ano. Pretendemos um crescimento sustentado, de forma a nunca perdermos contacto com o nosso maior ativo, os clientes que depositam confiança nos nossos serviços. Num mercado (cada vez mais) competitivo, de que forma os vossos serviços primam pela capacidade de diferenciação? Global Mindset! Essencialmente o grande diferenciador da RP – International Lawyers passa pela experiência internacional dos sócios. O caldo cultural absorvido fora de Portugal permite colocar-nos no lugar do cliente e partilhar dos seus anseios, urgências e necessidades principais. Essa pré-dis-
“NOTAMOS QUE MUITOS DE NOSSOS CLIENTES PRIMAM POR UM ATENDIMENTO COM RESPOSTAS OBJETIVAS E COM A AGILIDADE QUE CADA UM DELES ESPERA. O DESAFIO QUE ENFRENTAMOS É NÃO PERDER O FOCO, MANTENDO A RELAÇÃO DE CONFIANÇA QUE FOI ESTABELECIDA COM A CLIENTELA EXISTENTE, VISTO QUE EM MUITOS CASOS OS CLIENTES NEM SEQUER VIVEM EM PORTUGAL, CONFIANDO ASSIM AS SUAS VIDAS E ATIVOS AOS SEUS ADVOGADOS, COMO É CASO DE MUITOS DETENTORES DOS VISTOS GOLD”
Sabemos que se trata de uma sociedade de advogados multicultural, cujos profissionais possuem diferentes valências complementares, o que lhes permite uma atuação internacional levando em consideração os diferentes aspetos culturais dos seus clientes. O que quer isto concluir? Na RP – International Lawyers não é só o facto de todos falarmos diferentes línguas que nos distingue, mas sim a capacidade de perceber as preocupações efetivas de cada cliente quando se estabelece ou investe noutro país. Essa visão global permite-nos entender os receios dos nossos clientes e explicar todos os passos necessários para atingir os fins a que se propõem. Como tal, levamos sempre em consideração as diferenças culturais para adaptarmos a nossa prestação de serviços, ao mesmo tempo que também explicamos as especificidades culturais de Portugal. Pese embora tenhamos sempre uma abordagem específica para cada cliente, temos um fio condutor comum: atendimento rápido e diligente. Tendo clientes em todas as partes do mundo, de que forma se reajustaram à realidade desafiada pelo novo coronavírus? Na verdade e na prática não sentimos muita diferença na nossa operação do dia a dia. Isto porque a grande maioria das vezes estabelecemos a relação de confiança e o mandato antes mesmo dos nossos clientes virem a Portugal. Como tal, já estávamos totalmente preparados para trabalhar à distância, essencialmente através do email e ferramentas tecnológicas como o Skype, Teams e WhatsApp que permitem contacto instantâneo com qualquer parte do mundo. No entanto, começámos a sensibilizar os nossos clientes de que os tempos médios de conclusão dos processos, devido à grande maioria dos serviços públicos estarem em funcionamento sujeito a agendamento prévio e/ou em teletrabalho, aumentaram sensivelmente (por mais simples que sejam!). Em que áreas de prática da Reis & Pellicano a Covid-19 teve maior impacto? No aspeto positivo, essencialmente sentimos um acréscimo de interesse
nos pedidos de nacionalidade portuguesa em geral, especialmente de judeus sefarditas, assim como em pedidos de assistência jurídica na aquisição de imobiliário para investimento em Vistos Gold. Como tal, apesar da situação pandémica que muito afetou o mercado jurídico, felizmente, não sentimos qualquer decréscimo de solicitações. No aspeto negativo, a pandemia Covid-19 trouxe-nos desafios como a dificuldade de coordenação de staff em teletrabalho ou dificuldade e demora no atendimento em serviços públicos. Falemos dos Vistos Gold. Como nos pode explicar o facto de o investimento através dos mesmos ter (quase) triplicado face ao ano anterior, tendo em conta a atual pandemia? A nossa leitura da situação é a de que momentos de incerteza geram aumento de procura por locais que forneçam segurança e tranquilidade. Como a reação de Portugal à pandemia foi rápida e o país é visto no exterior como um local seguro sanitariamente, isso levou a que fossemos mais procurados por estrangeiros que já equacionavam investir em território luso. Ademais, devido à incerteza que paira no ar, percecionamos uma quebra de procura interna generalizada no mercado imobiliário. Percecionámos também uma quebra no mercado estrangeiro no tier inferior ao dos Gold Visa. Estas situações conjugadas fizeram com que houvesse um movimento interessante de reajuste dos preços do mercado imobiliário, o que tornou o nosso setor dos Gold Visas ainda mais atrativo para quem pretenda investir neste ano. Tudo isto conjugado com as expetáveis mudanças legislativas que se avizinham para os Gold Visas, fizeram com que muitos estrangeiros investidores antecipassem a sua decisão de investir em Portugal em 2020. Prevê que os cidadãos estrangeiros continuem a obter os Vistos Gold? Quais são os benefícios que analisa? Prevemos que a procura continue alta, pese embora exista forte concorrência de outros mercados dentro da Europa. Isto porque a hipótese de obter a nacionalidade portuguesa ainda sopesa aquando da escolha de Portugal nos programas de Gold Visa disponíveis, especialmente para cidadãos Brasileiros ou da África do Sul que têm alguma ligação ancestral a Portugal. A valorização dos preços dos imóveis nos últimos anos tem demonstrado que Portugal é um local atrativo para investidores no ramo imobiliário. Ademais, a possibilidade de deter uma autorização de residência europeia, com toda a liberdade de movimentos que tal proporciona, acrescida da necessidade de
apenas permanecer sete dias por ano em território nacional, continuam a ser pontos valorizados pelos clientes estrangeiros, mesmo considerando a existência de regimes de Golden Visa externos com valores de investimento menores ou mais céleres na análise dos processos.
é multicultural em todos os aspetos, seja da nossa parte enquanto prestadores de serviços mandatados, para agir em nome dos nossos clientes, seja também da parte dos clientes que passam pelo processo de aprendizagem das especificidades culturais portuguesas.
A Reis & Pellicano admite que nunca houve tantos cidadãos estrangeiros a querer residir em Portugal. Em relação aos Vistos Gold, como abordam a temática junto dos seus clientes? Trata-se de um processo, também ele, multicultural? Cumpre-nos a nós, enquanto profissionais que lida com estrangeiros que pretendem investir ou residir em Portugal, explicar o modo como as entidades públicas funcionam e analisam os processos (e os respetivos tempos de análise, que são uma preocupação efetiva e transversal a todos os nossos clientes). Esclarecer integralmente sobre o passo-a-passo do processo de investimento, desde o pedido de NIF até ao eventual pedido de nacionalidade (decorrido o prazo legal, que neste momento se cifra em 5 anos), passando pelas renovações das autorizações de residência e formas de rentabilização do ativo. Portanto, efetivamente o processo
Que desafios futuros podemos esperar da Reis & Pellicano para garantir o compromisso com o cliente? Essencialmente pretendemos ga-rantir um compromisso entre o crescimento sustentável e um atendimento personalizado e célere, que permita aferir as necessidades dos clientes e prestar um serviço de aconselhamento técnico individualizado e de excelência. Notamos que muitos de nossos clientes primam por um atendimento com respostas objetivas e com a agilidade que cada um deles espera. O desafio que enfrentamos é não perder o foco, mantendo a relação de confiança que foi estabelecida com a clientela existente, visto que em muitos casos os clientes nem sequer vivem em Portugal, confiando assim as suas vidas e ativos, aos seus advogados, como é caso de muitos detentores dos Vistos Gold. ▪
9 AGOSTO 2020
posição leva-nos a saber dar resposta apropriada à procura provinda de culturas muito diversas. Existe assim, um conhecimento de base dos sistemas de valores dos clientes, assim como das preocupações típicas partilhadas de cada cultura, o que é essencial para criar uma relação de confiança sólida para quem pretende investir em Portugal.
» “COVID-19 (III) / O RERE COMO PROGRAMA EXTRAORDINÁRIO PARA O APOIO E A REANIMAÇÃO DE EMPRESAS”
OPINIÃO DE IOLANDA MOUTA MENDES, ADVOGADA E SÓCIA FUNDADORA DA PEREIRA MOUTA MENDES E ASSOCIADOS
PANDEMIA:
NOVOS DESAFIOS MUNDIAIS COM PLAYERS LOCAIS O ano de 2020 ficará para sempre na História. Uma pandemia de proporções bíblicas atingiu o nosso frágil planeta, alterando de forma drástica os nossos hábitos, o nosso modo de conviver e socializar, criando um novo paradigma no exercício do Direito.
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Pereira Mouta Mendes e Associados está a inovar, colocando à disposição dos seus clientes diversos meios de comunicação digitais, encontrando-se, neste momento, a preparar uma plataforma digital para facilitar o acesso à informação processual por parte dos seus Clientes. A Covid-19 veio impactar o Mundo de um modo abrangente e decisivo e o mundo do Direito não foi exceção. A Pereira Mouta Mendes e Associados, com uma vasta experiência e competência em distintas áreas do Direito, com especial relevância no direito societário e comercial, bem como, na recuperação económica de empresas e pessoas singulares, sentiu um aumento da procura, por parte de empresas e particulares, com dificuldades em cumprir com as suas obrigações financeiras e fiscais, em resultado da queda abrupta de receitas e salários. O facto de a economia ter estagnado repentinamente veio colocar desafios de tesouraria e orçamento em distintas empresas e famílias, com especial impacto nos setores ligados ao Turismo, como a restauração, hotelaria, entretenimento e organização de eventos. A quebra entre as distintas cadeias de distribuição e fornecedores de bens e serviços acarretou enormes prejuízos para a economia nacional como um todo, com especial incidência nos setores já referidos. O impacto económico/financeiro/social desta crise provém de um “Black Swan” ou Cisne Negro e tem consequências que se podem arrastar por décadas. A única forma de reanimar a economia, que de momento se encontra ligada à máquina,
PERFIL
IOLANDA MOUTA MENDES ADVOGADA E SÓCIA FUNDADORA DA PEREIRA MOUTA MENDES E ASSOCIADOS
"A PEREIRA MOUTA MENDES E ASSOCIADOS, CUMPRINDO COM O SEU APANÁGIO DE COLOCAR OS INTERESSES DOS CLIENTES E M P R I M E I R O LU G A R E C O N T R I B U I R PARA O BEM-ESTAR E PROSPERIDADE DA SOCIEDADE E ECONOMIA PORTUGUESA, NESTE MOMENTO SINGULAR DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, CONTINUAR Á A (Autoridade Tributária) e a Segurança Social forem credoras do devedor ou mantenham com este um acordo de pagamento em prestações têm obrigatoriamente de participar nas negociações que se realizarem ao abrigo do RERE, mesmo que não tenham subscrito o protocolo de negociação. De referir ainda o PEAP (Processo Especial para Acordo de Pagamentos), destinado apenas às pessoas singulares, que tem inúmeras vantagens, como a suspensão imediata das ações executivas, a manutenção do património do Devedor e a vinculação de todos os Credores ao Plano de Pagamentos que venha a ser aprovado. A Pereira Mouta Mendes e Associados, cumprindo com o seu apanágio de colocar os interesses dos clientes em primeiro lugar e contribuir para o bem-estar e prosperidade da sociedade e economia portuguesa, neste momento singular da História da Humanidade, continuará a promover serviços de excelência
PROMOVER SERVIÇOS DE EXCELÊNCIA DE CONSULTADORIA FINANCEIRA E DE APOIO A E M P R E S A S E P E S S OA S S I N G U L A R E S, MOLDADOS E ADAPTADOS A CADA CASO E ÀS SUAS ESPECIFICIDADES E NECESSIDADES"
de consultadoria financeira e de apoio a empresas e pessoas singulares, moldados e adaptados a cada caso e às suas especificidades e necessidades. Neste novo entorno, completamente disruptivo, colocam-se novos desafios de comunicação e liderança que levarão a uma aceleração da progressiva digitalização dos serviços, uma área em que a Pereira Mouta Mendes e Associados está na linha da frente. ▪
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é desconfinando, estimulando o consumo com redução de impostos, apoiando o tecido industrial português e as PME, que são os principais empregadores do país. Urge promover um aumento do investimento estrangeiro privado na economia, com especial incidência na economia verde e outras indústrias de elevado valor acrescentado. Há distintos e efetivos mecanismos de recuperação de empresas, em que a negociação com os credores e a elaboração de um plano de recuperação, podem efetivamente salvar a empresa sem a necessidade da ajuda estigmatizante do Estado. O programa PER (Processo Especial de Revitalização), destinado às empresas, é um bom exemplo de que negociações entre credores e empresas, com intervenção judicial mínima, chegam a bom porto, permitindo às empresas viáveis adquirir fôlego financeiro, manter postos de trabalho, inovar e continuar a produzir riqueza apesar das dificuldades sentidas. É necessário que as empresas e pessoas singulares ultrapassem o estigma do falhanço e procurem ajuda com antecedência, ao invés de protelarem o recurso a um mecanismo de recuperação, o que pode comprometer o resultado das negociações de forma irreversível. O ordenamento jurídico português permite a recuperação de empresas de distintas formas, assim como de pessoas singulares. Como exemplos, podemos referir ainda o RERE (Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas), que, embora decorra em ambiente extrajudicial, tem o handicap de apenas vincular os Credores que nele decidam participar, pois, o acordo de reestruturação que eventualmente for aprovado só vai produzir efeitos em relação aos credores que tiverem aderido ao RERE e que tenham aprovado o acordo. Deste modo, o acordo não vincula os credores que não tenham aderido ao RERE nem os credores que não tenham aprovado o acordo, pelo que, para estes, os respetivos créditos permanecerão inalterados, sem qualquer perdão. Não obstante, sempre que as Finanças
»GEOPORTAL DA ENERGIA E GEOLOGIA
“O GEOPORTAL PERMITE O ACESSO AO CONHECIMENTO”
A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Teresa Ponce de Leão, Presidente do LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia, no sentido de conhecer o novo projeto da instituição, ou seja, o recente lançamento do novo GeoPortal da Energia e Geologia. Que valias aporta o mesmo? Saiba mais pela voz da nossa entrevistada.
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LNEG lançou o novo GeoPortal da Energia e Geologia. Para contextualizar o nosso leitor, que iniciativa é e que mais-valias apresenta? Os GeoPortais são instrumentos chave na disponibilização de informação georreferenciada, cada vez mais importante para o conhecimento da nossa Terra. Esta nova plataforma integra funcionalidades avançadas para tratamento, pesquisa, interoperabilidade e disponibilização de informação, capacidade para comunicar com outras infraestruturas de dados espaciais permitindo um conhecimento muito mais aprofundado e atualizado do nosso planeta. O nosso GeoPortal apresenta como mais-valia ser aberto ao exterior permitindo acesso ao conhecimento e aos serviços na internet, passíveis de georreferenciação e destina-se a público diverso: cientistas; poder autárquico, para apoio ao planeamento, por exemplo pela consulta da informação sobre os recursos e riscos geológicos; Governo, para delineação de estratégias sobre os recursos, minerais e fontes de energia renovável; turismo, através da disponibilização dos Geossítios; empresas no apoio aos planos de lavra ou de implantação de projetos; para o público em geral. Este GeoPortal, da Energia e Geologia que substitui a anterior infraestrutura, facilita o acesso aos dados e informação espacial através de várias funcionalidades; catálogo de Metadados, Bases de Dados e Visualizador de Mapas e ainda a secção de Dados Abertos para descarregamento. Foi desenvolvido no contexto da diretiva europeia INSPIRE (INfrastructure for SPatial InfoRmation in Europe). Para alargar o público a atingir são disponibilizadas duas aplicações para dispositivos móveis. Está em linha com os requisitos mais avançados da sociedade digital, sendo dinâmico para futuras evoluções. Este projeto assume-se como uma nova infraestrutura com informação georreferenciada das diferentes atividades do LNEG. Esta é uma forma de “abrir” mais a instituição à sociedade? Sentiam esta lacuna?
Este novo GeoPortal da Energia e Geologia vem substituir a anterior infraestrutura. Quais são as principais diferenças entre ambos? As diferenças entre as duas infraestruturas são basicamente duas: (1) tecnológica, ocorreu uma migração e atualização de uma infraestrutura com mais de dez anos baseada em código obsoleto e (2) de postura perante a sociedade, tornar esta possibilidade de partilha amigável e acessível. O acesso em dispositivos móveis é agora possível o que muito facilita por exemplo o trabalho de campo, foram desenvolvidas duas aplicações móveis para o cidadão, APP Cartografia Geológica e APP Geossítios. Está previsto ainda desenvolver na fase II mais melhorias com conteúdos 3D e deteção remota TERESA PONCE DE LEÃO
De facto, a ideia de devolver de forma ágil à sociedade informação que resulta de dinheiros públicos tem vindo a amadurecer e a última Comissão Europeia ao lançar o conceito “Open science, Open Innovation, Open world” e o aparecimento da Plataforma European Open Science Cloud (EOSC) vieram confirmar a oportunidade do projeto. O LNEG definiu uma estratégia de abertura ao exterior porque considera que saber partilhar é a chave do sucesso e reforçou acordos de colaboração com os congéneres, participa em consórcios para ganhar escala e disponibiliza de forma aberta toda a sua informação não sujeita a confidencialidade. Não diria que tínhamos uma lacuna, mas que, estando atentos à evolução do ecossistema em que nos movemos, necessitávamos de plataformas que possibilitassem essa abertura. Este projeto resulta do acompanhamento da evolução tecnológica e da estratégia definida. E sim, a determinação foi abrir portas do conhecimento para o que foi preciso encontrar financiamento. O projeto foi financiado pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Este desafio e projeto significa que a instituição está a dar passos mais fortes no domínio da digitalização? Não poderia ser de outra forma e não teríamos cumprido a nossa função nesta era COVID se não estivéssemos preparados. Há alguns anos começamos por digitalizar todo o nosso acervo documental para que o seu acesso fosse possível por via digital. Apostamos em ferramentas de simplificação dos processos e interoperabilidade estando em linha com os nossos congéneres do pelotão da frente. De que forma é que esta nova plataforma vem acrescentar valor ao repositório do LNEG? A informação e o conhecimento só têm valor se forem passíveis de ser utilizados e de fácil acesso. O novo portal é uma ferramenta simples que permite o acesso à informação por todos os interessados. O que podemos continuar a esperar por parte do LNEG de futuro? Continuar a apostar na digitalização e responder de forma eficaz aos nossos parceiros desde o Governo à sociedade civil. ▪
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Findel vai estar em obras a partir da primavera de 2021 Dividida em várias fases, a remodelação da pista do aeroporto luxemburguês deverá durar dois anos. As obras de requalificação da única pista do aeroporto do Luxemburgo vão começar na primavera de 2021. A data exata do arranque dos trabalhos de reabilitação não é conhecida, mas sabe-se que será na primavera do próximo ano, revelou o ministro da Mobilidade e Obras Públicas, François Bausch, em resposta a uma pergunta parlamentar da bancada dos piratas. Na verdade, os dois parlamentares queriam saber porque razão é que os trabalhos não arrancaram durante o período de confinamento, altura em que os voos comerciais estiveram interrompidos para evitar a propagação do novo
Reforma da lei do táxi está a caminho O setor do táxi foi liberalizado há quatro anos, no Luxemburgo. A lei que vigora desde setembro de 2016 não atingiu o objetivo desejado, o de baixar os preços do serviço. Pelo contrário, a bandeirada aumentou desde então em cerca de 12%, para 2,80 euros por quilómetro, no caso da central de Webtaxi, e 23%, para 4,06 euros por quilómetro, no caso da Colux, de acordo com a 100,7. Em preparação está já uma nova lei que visa reformar a de 2016. “A reforma da reforma deve estar pronta em breve”, segundo confirmou Jean Paul Maas, do Ministério da Mobilidade, à rádio pública. Entre as novidades estão as zonas geográficas que deverão ser reduzidas de seis para cinco. “As zonas 5 e 6, no norte, poderão fundir-se”. O serviço de aluguer de veículos com motorista vai ser integrado na futura lei dos táxis. Isto é, vai ser regulamentado, o que não acontece atualmente. Os prestadores deste serviço, que fazem por exemplo o transporte de pacientes, “nem sempre passam fatura ao cliente e os valores cobrados pela viagem são por vezes exorbitantes. Com a futura lei, os clientes serão mais protegidos com a possibilidade de apresentarem queixa”, assegura ainda Jean Paul Maas à 100,7. Mais detalhes sobre a revisão da lei do táxi deverão ser divulgados pelo vice-primeiro-ministro e ministro da Mobilidade, François Bausch.
coronavírus. O ministro Bausch explicou que em causa está “um estaleiro de grande envergadura, sem margem para improvisos, havendo prazos e procedimentos, igualmente a nível europeu, a respeitar”. Caso o calendário de trabalho seja respeitado, a remodelação estará pronta dois anos depois. Por questões de segurança, o projeto deverá ser dividido em várias fases e os trabalhos acontecerão sempre durante a noite, entre as 23h00 e as 6h00, para minimizar o impacto no tráfego aéreo. O objetivo é não interferir com as chegadas e partidas no aeroporto do Grão-Ducado, já que em média, antes da pandemia, cerca de 6.300 aeronaves circulam na pista. A nova pista vai custar 150 milhões de euros.
Elétrico chega à gare central em dezembro A ciclovia que vai acompanhar a linha do elétrico, entre a Place de l’Étoile e a gare, deverá estar operacional o mais tardar em janeiro de 2021. O elétrico da cidade do Luxemburgo vai mesmo chegar à gare central antes do final do ano. De acordo com o ministro da Mobilidade, François Bausch, a ligação entre a Place de l’Étoile e a estação ficará operacional ao longo do próximo mês de dezembro. Respondendo a uma questão parlamentar do deputado François Benoy, do partido déi Gréng, o ministro adiantou, por outro lado, que “não está prevista a abertura de um serviço parcial até à Place de Paris”, o que significa que o elétrico deverá circular diretamente entre a Place de l’Étoile e a gare, sem paragem na Place de Paris. Bausch fez também saber que a primeira fase das obras do troço no sentido
aeroporto já foi aprovada, sendo que os trabalhos devem arrancar no próximo ano, em Kirchberg. Neste momento, estão em curso as obras dos troços C e D do elétrico. Em causa estão os trabalhos na nova N3 e a reconstrução da ponte Buchler. Já as obras no troço Gare Central – Interface de Bonnevoie deverão terminar no primeiro semestre de 2022. Por seu lado, a extensão da linha até à Cloche d’Or está programada para o outono de 2023. Antes disso, no verão do próximo ano, deverão ficar concluídas as obras de extensão da ponte “Passarelle” e a reabilitação de toda a sua estrutura, sendo que a ciclovia do lado oeste deverá abrir no próximo mês de setembro. Já a ciclovia que vai acompanhar a linha do elétrico, entre a Place de l’Étoile e a gare, deverá estar operacional o mais tardar em janeiro de 2021.
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Todos os residentes no Grão-Ducado que acabam de chegar ao país, por estrada, vindos de férias do estrangeiro podem realizar um teste de despistagem gratuito. Saiba como fazer. Todos os residentes do Luxemburgo que regressam das suas férias do estrangeiro, por via terrestre, podem realizar gratuitamente testes de despistagem covid-19. Aliás, todos quanto retornam ao país são mesmo convidados pelas autoridades da saúde a serem testados ao novo coronavírus. Para tal, basta inscreverem-se no site MyGuichet.lu (clique aqui para aceder ao formulário e informações) e marcar o teste num dos centros de testagem covid-19 do país. A oferta de testes de despistagem aos viajantes que chegam de férias faz parte da nova estratégia de prevenção e combate à epidemia e insere-se na categoria “especial verão”. A medida foi anunciada pela ministra da Saúde Paulette Lenert e tem por objetivo controlar o possível aumento da epidemia no Grão-Ducado nesta época de final de férias coletivas, tida como um dos períodos onde pode surgir uma “potencial vaga” da covid-19. De carro, autocarro ou de avião. Quem regressar de férias poderá fazer teste gratuito à covid-19 No entanto, quem preferir pode dirigir-se ao seu médico do centro de saúde e pedir uma receita médica para a realização deste teste PCR que será igualmente gratuito.
FOTO: DIREITOS RESERVADOS
Regressou de férias? Para si o teste covid-19 é gratuito
» CIBERSEGURANÇA E TELETRABALHO
TELETRABALHO MAIS SEGURO
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pesar do impacto inicial que a pandemia da Covid-19 desencadeou, é hoje um dado adquirido que dificilmente os nossos hábitos de trabalho voltarão a ser os mesmos. Um dos impactos mais visíveis é, para alguns setores mais do que outros, a inevitável adoção abrupta do teletrabalho. No entanto, o trabalho remoto ou teletrabalho, muda a forma como as empresas têm que abordar a segurança para que possam manter todos os seus ativos em condições seguras, fiáveis e de confiança. De forma alusiva é como se tivéssemos aberto as portas de um cofre, carregando uma parte das barras de ouro para o exterior, mas mesmo assim as nossas vidas dependem de manter todas as barras seguras, as que ainda estão dentro do cofre e as que estão no exterior. Pequenas alterações no paradigma da segurança podem fazer uma grande diferença e, inclusive, reduzir custos. São vários os novos desafios que a adoção abrupta do teletrabalho trouxeram à Segurança de Informação e à Cibersegurança em especial, contudo gostaríamos de salientar os seguintes: 1. Os funcionários passam a trabalhar fora do escritório, logo sem toda a proteção que existia na empresa, nomeadamente a nível do tradicional perímetro de segurança; 2. As empresas começaram a utilizar novas tecnologias de forma frequente, por isso, necessitam de ter tempo para as conhecer e implementar de forma segura e eficiente; 3. Com as novas necessidades tecnológicas relacionadas com o teletrabalho, as empresas veem-se obrigadas a adquirir e/ou desenvolver novas plataformas a um ritmo nunca antes visto, criando assim lacunas graves de segurança aplicacional;
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4. O dimensionamento de soluções de acessos seguros como as VPNs - que estavam tipicamente desenhadas para que apenas alguns utilizadores pudessem trabalhar remotamente – tiveram de ser alteradas com ao aumento exponencial de utilizadores remotos, criando assim problemas de performance e licenciamento; 5. Os departamentos de segurança e de sistemas de informação depararam-se com um novo dilema: recuperar a falta de visibilidade que perderam sobre o que acontece nos computadores individuais versus a nova liberdade e experiência do utilizador; 6. O crescimento exponencial de ataques dependentes de interação humana, como o phishing e ransomware, faz com que os utilizadores estejam ainda mais expostos fora do perímetro; 7. Para muitos utilizadores, a ténue separação entre o que é pessoal e o que é trabalho no mesmo equipamento, pode dar origem a vários problemas de segurança aumentando assim a superfície de ataque. Mas o que fazer para garantir um teletrabalho seguro? Esta é a questão que muitos gestores colocam, já que os recursos existentes revelaram-se na maioria das vezes escassos e sem capacidade operacional efetiva para as novas ameaças. A Cipher desenvolveu um conjunto de soluções específicas para estes novos tempos e os seus desafios disruptivos. Soluções de escala como VPNaaS1 e EDRaaS2 permitem, numa questão de dias ou até de
horas, aumentar a sua capacidade de trabalho remoto de forma segura, garantindo não só acessos confiáveis como endpoints (computadores e dispositivos móveis) monitorizados e protegidos 24x7. Consciencializar e formar os seus utilizadores para temas gerais de cibersegurança ou até mesmo para os já famosos “covid related-attacks”, não precisa de ser uma dor de cabeça e um projeto penoso. A Cipher pode entregar-lhe este tipo de apoio chave-na-mão! Não tenhamos dúvidas que os ataques aumentarão, as vulnerabilidades irão continuar a crescer, pelo que é crucial entender se a segurança deve continuar a ser feita internamente ou se faz sentido externalizar a segurança para uma empresa especializada na área. O facto é que a experiência e a visão globalizada tem um papel crucial numa resposta efetiva e célere
“NÃO TENHAMOS DÚVIDAS QUE OS ATAQUES AUMENTARÃO, AS VULNERABILIDADES IRÃO CONTINUAR A CRESCER, PELO QUE É CRUCIAL ENTENDER SE A SEGURANÇA DEVE CONTINUAR A SER FEITA INTERNAMENTE OU SE FAZ SENTIDO EXTERNALIZAR A SEGURANÇA PARA UMA EMPRESA ESPECIALIZADA NA ÁREA”
Não se esqueça de utilizar essa parceria para fazer uma revisão e manutenção de políticas e processos, de forma a tornar os ambientes tão simples e resilientes quanto possível e de garantir a conformidade e continuidade do seu negócio. Aproveite este tempo para analisar os seus negócios com o que aprendemos nos últimos meses, faça análises de impacto para ajudar a entender os produtos e / ou serviços que fornece e as dependências (técnicas e outras) que eles possuem. As organizações que compreenderem como podem isolar potenciais impactos às suas operações e serviços, serão as que sobreviverão às consequências desta pandemia. ▪
OPINIÃO DE MIGUEL BROWN, CIPHER EMEA SALES DIRECTOR // DOGNÆDIS BUSINESS DEVELOPMENT DIRECTOR, SÉRGIO ALVES, CIPHER EMEA CTO // DOGNÆDIS CTO FRANCISCO NINA RENTE, CIPHER GLOBAL CTO // DOGNÆDIS CEO
1 Virtual Private Network as a Service 2 Endpoint Detection and Response as a Service 3 Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade.
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a um ataque informático. Por exemplo, apenas durante os três primeiros meses de pandemia a Cipher detetou mais 30 000 indícios de ataques específicos relacionados com a Covid. Isto num universo de centenas de milhões de indícios de ataques monitorizados. Uma empresa externa especializada dar-lhe-á a escala que falta à sua equipa interna, permitindo através de um modelo de trabalho conjunto minimizar dependências e riscos, mas simultaneamente maximizar a proteção. Garanta que essa empresa tem capacidade de monitorização e resposta a incidentes, de avaliar e testar a sua infraestrutura e de garantir a tríade de segurança3 à sua informação, para qualquer que seja o seu novo desafio, dando-lhe sempre visibilidade de tudo o que acontece na sua organização. Por exemplo, quando está lidar com aquela nova aplicação web que teve apenas três dias para expor à Internet, por forma a garantir a capacidade laboral da sua empresa em modo remoto. A Cipher especificou um conjunto de serviços focados em dar resposta a este desafio, sem ter que despender do tempo e recursos que a tradicional segurança aplicacional requer – uma abordagem holística e contínua que garantirá os mais elevados padrões de segurança.
» PROGRAMA ERASMUS+ - FUTURO EM RISCO? MEDIDAS PARA CONTINUAR A PROMOVER O INTERESSE
“A NOSSA PRIORIDADE FOI SEMPRE GARANTIR A SEGURANÇA DAS PESSOAS” Amílcar Falcão, Reitor da Universidade de Coimbra (UC), contou à Revista Pontos de Vista de que forma a mesma foi uma das primeiras instituições de ensino superior a contribuir com soluções viáveis para combater a pandemia COVID-19, de modo a colocar em segurança os estudantes e salvaguardar o seu percurso académico. Para o nosso entrevistado, o programa Erasmus+ não terá o seu futuro em risco. Saiba porquê.
“A excelência dos programas de mobilidade deve-se à qualidade da oferta formativa e esta mantem-se, com matriz fundamentalmente presencial"
AMÍLCAR FALCÃO
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Universidade de Coimbra (UC), é hoje um mais das mais prestigiadas instituições de ensino em Portugal, com, naturalmente, um forte impacto também a nível internacional. No sentido de contextualizar junto do nosso leitor, que caraterísticas reúne a instituição que perpetuam na mesma uma dinâmica de excelência e qualidade ao nível do ensino? Tendo completado 730 anos de existência em março do corrente ano, a missão da Universidade de Coimbra (UC) assenta em três pilares nucleares: ensino, investigação & inovação, e desafios societais. No entanto, todos estes pilares se cruzam na lógica da internacionalização, que se apresenta como uma ferramenta estratégica de reforço e consolidação do prestígio da Universidade de Coimbra no mundo. Não por acaso fomos recentemente considerados a instituição portuguesa melhor colocada no “The University Impact Rankings” do Times Higher Education (62ª posição), destacando-se a 17ª posição no indicador “Saúde e Bem-Estar”, o terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Analisando o novo normal em que mundo vive hoje, provocado pela pandemia da CO-
VID-19, que impacto teve este cenário na orgânica da instituição e como têm procurado contornar as dificuldades provocadas pela mesma? A Universidade de Coimbra foi uma das instituições de ensino superior que rapidamente se adaptou e contribuiu para atravessarmos o estado de emergência com melhores soluções, flexibilizando-se e reformatando-se. Os planos de contingência foram amplamente divulgados e de modo bilingue. Para além disso, a UC tem tido um papel de destaque no combate à Covid-19, oferecendo, entre outras coisas, serviços médicos e laboratório de diagnóstico. A nossa prioridade foi sempre garantir a segurança das pessoas, salvaguardando o percurso académico dos nossos estudantes. O ensino remoto foi rapidamente implementado e assimilado positivamente por toda a comunidade académica. Os alunos do ensino superior a estudar no estrangeiro viveram momentos de stress e ansiedade durante a pandemia. A UC também teve alunos que passaram momentos difíceis e, se sim, de que forma os procurou apoiar? A Universidade de Coimbra através dos serviços responsáveis pelo acompanhamento des-
tes estudantes estabeleceu um plano de monitorização por mensagem eletrónica, pelas redes sociais e, sempre que necessário, por telefone. A monitorização foi contínua e manteve-se até ao final do ano letivo. Nalgumas situações, houve necessidade de contactar a rede de serviços consulares e as linhas de emergência criadas para o efeito. Na generalidade, os nossos estudantes sempre souberam que estávamos prontos para os ajudar e tivemos uma preocupação de acompanhar as diferentes regras que cada país adotou. As universidades só agora começaram a reabrir e a mobilidade internacional é ainda uma sombra do que foi sendo, contudo é necessário continuar a promover um programa de excelência e valor. O que tem estado a ser preparado por parte da UC no sentido de continuar a dar seguimento a este programa? A excelência dos programas de mobilidade deve-se à qualidade da oferta formativa e esta mantem-se, com matriz fundamentalmente presencial. O próximo ano letivo está a ser preparado tendo em conta a realidade da pande-
Como forma de resposta às circunstâncias excecionais provocadas pela pandemia COVID-19, que tem colocado graves constrangimentos e limitações à realização das vossas atividades, a Comissão Europeia vem permitir a possibilidade de implementação de mobilidades virtuais e mistas (presenciais + virtuais) no âmbito dos projetos aprovados. Parece esta uma solução adequada? O regime misto previsto pela Comissão Europeia é uma solução compreensível no contexto atual. No entanto, não podemos esquecer que o espírito Erasmus, passa pela mobilidade presencial de intercâmbio de experiências e imersão numa cultura diferente. Continuamos a pensar que essa mobilidade física é possível e desejável, mesmo em tempos de pandemia. Um estudante em Coimbra (cidade e universidade) encontrará um ambiente seguro e acolhedor, pelo que devemos olhar de forma positiva para esta nova realidade.
A via digital será ainda mais essencial no domínio do Erasmus+? Como se tem vindo a preparar para este novo modelo a Universidade de Coimbra? A Universidade de Coimbra foi das primeiras instituições no país a estabelecer o ensino digital. Um estudante Erasmus incoming é um estudante nosso, pelo que usufrui dos mesmos direitos dos estudantes regulares. A via digital será essencial para a desmaterialização e desburocratização dos processos e também aqui a nossa instituição tem dado passos muito relevantes. Poderá este programa de mobilidade perder a sua essência, se apostarmos em demasia numa dinâmica digital e virtual? A essência do programa é a verdadeira cidadania europeia, sentirmo-nos em casa em qualquer país europeu. A Comissão Europeia defende a dinâmica virtual, sem nunca abdicar da mobilidade presencial, absolutamente essencial para a partilha de valores e multiculturalidade, pelo que entendo que este programa pode ter novas facetas sem perder identidade. O ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, afirmou que haverá uma redução do número de estudantes em programas de mobilidade como o Erasmus, devido à pandemia de Covid-19. Que impacto terá esta redução? O verdadeiro impacto só pode ser medido no final do próximo ano letivo, pois as instituições de ensino superior funcionam por semestres e
havendo mais épocas de candidaturas, haverá no seu conjunto uma nova dinâmica que devemos avaliar como funcionará, sendo neste momento precoce adiantar números. Com todas estas alterações, pode o Programa Erasmus+ ter o seu futuro em risco? Não creio, é um programa com mais de 30 anos, bem consolidado, que já perpassou gerações, que não alcança apenas estudantes, mas também docentes e técnicos. Pensar as instituições de ensino superior atualmente fora do contexto europeu é recuar muito em tudo o que se alcançou. Apenas com mobilidade se criam redes inteligentes que produzem conhecimento, inovação e empreendedorismo. Quais são os grandes desafios da Universidade de Coimbra no que concerne a este programa? Continuar a promover a mobilidade com os patamares de qualidade que o novo programa Eramus previsto para 2021-2027 ambiciona, de inclusão, sustentabilidade e introdução do novo Erasmus Without Paper, de desmaterialização dos processos. O processo de internacionalização da Universidade de Coimbra integra os princípios do Espaço Europeu da Educação, emergindo como condutor do crescimento, da solidariedade e da coesão da União Europeia, contribuindo decisivamente para a economia do conhecimento. ▪
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mia e constrangimentos decorrentes desta. O acompanhamento próximo do estudante e dos docentes que os orientam, com o apoio das associações de estudantes, nomeadamente a Associação Académica de Coimbra (AAC) e o Erasmus Student Network farão, como é hábito, toda a diferença. Teremos as mesmas sessões de acolhimento dos estudantes, respeitando as regras de saúde pública estabelecidas pelos órgãos competentes.
» ENSINO PROFISSIONAL
“PRETENDEMOS ESTAR ENTRE AS DEZ MELHORES ESCOLAS PROFISSIONAIS EM PORTUGAL” Seguindo uma linha de rigor, profissionalismo e excelência, a ESPRODOURO - Escola Profissional do Alto Douro, obteve o selo EQAVET, um motivo de regozijo, pois este reconhecimento indica que os processos e procedimentos da instituição estão alinhados com os requisitos do Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissionais. A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Fernando Rodrigues, Diretor Geral e Pedagógico da ESPRODOURO, que falou um pouco mais sobre este selo e sobre os desafios que se colocam ao ensino profissional em Portugal.
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uando é que a ESPRODOURO Escola Profissional do Alto Douro foi edificada e de que forma é que a instituição tem vindo a promover uma dinâmica assente em pilares como a excelência, o rigor e a capacidade de transmitir mais-valias a quem vos procura? A ESPRODOURO celebra a 2 outubro os seus 25 anos. Desde sempre se assumiu como uma escola com vigor. Contudo, no início de 2018 começou a reinventar-se, mudando a sua imagem, a sua metodologia de trabalho, o modelo e projeto pedagógico, entre várias outras mudanças de filosofia de escola. Passamos de uma escola financeiramente quase insolvente, para uma escola estável e com um projeto futuro a dez anos. Assumimos assim dez linhas de ação estratégica: 01. Formar alunos excelentes 02. Criar um ecossistema de felicidade 03. Aulas 70% práticas, 70% em projetos 04. Sistema de igualdade na diferença 05. Melhorar a Aliança Perfeita 06. Diversificar Especializando 07. Qualidade TOP e EQAVET 08. Angariar alunos de outros países 09. Especializar para reinar 10. Criar projetos ID&T A visão da ESPRODOURO é em 2022 ser reconhecida como uma escola de referência nacional no âmbito da formação profissional, alcançando 200 alunos ativos, reduzindo a taxa de absentismo e abandono escolar abaixo dos 5%, tendo como consequência disso uma taxa de empregabilidade ou prossecução de estudos superior a 90%, proporcionando o seu crescimento na região e criando pelo menos 25% dos seus alunos como referências nacionais na área de atuação. No domínio da formação profissional, de que forma é que a ESPRODOURO procura apresentar sempre ofertas formativas de valor e que tenham significado para o mercado de trabalho? Nesta fase em que as escolas lutam pelo melhor lugar por alunos, onde se assistem a verdadeiras “guerras” para os manter impedindo os mesmos de seguir o seu melhor percurso pois isso representa financiamento, configurando um quase “crime pedagógico”, como refere o meu amigo Jorge Castro, a ESPRODOURO tenta assumir a sua diferenciação. Pretendemos especializar a escola em áreas específicas de EnoGastronomia, Desporto e Marketing e Gestão. Apostamos ainda
FERNANDO RODRIGUES
na Viticultura, Geriatria e Turismo, por solicitação do tecido empresarial representado no nosso conselho consultivo, porém, não existe muita procura por parte dos alunos para estas ofertas. Assim, criamos o projeto de aulas nas empresas, onde os alunos, a partir deste ano letivo contam com o Coordenador de Futuro, o César Silva, que os irá abordar, de forma individual, de forma a traçar, em conjunto com o nosso departamento Aliança Perfeita (equipa de psicologia e psicopedagogia que realiza a interligação entre escola-família-comunidade-empresas), o projeto de vida individual desse aluno. Depois o seu estágio, projeto escolar, prova de aptidão profissional, tudo será em função do seu projeto. É um desafio, mas acreditamos que este é o caminho de formar alunos especialistas. Hoje vivemos um momento diferente a nível mundial, provocado pela pandemia da COVID19 e que aportou um conjunto de mudanças e alterações em todos os figurinos. Assim, de que forma é que foram obrigados a adaptar-se e a ajustar-se relativamente a este «novo normal»? A ESPRODOURO fornece desde o ano passado a todos os seus alunos, um computador híbrido com acesso a todas as ferramentas do G-Suite. Quando todas as escolas suspenderam a sua atividade a 16 de março, a ESPRODOURO começou de forma tranquila as suas aulas online a 11 de março. Ou seja, quando as escolas fecharam, a ESPRODOURO já estava com ensino online. Todas as nossas disciplinas foram uniformizadas, assim
como os planos de aula por todos os mentores (é assim que chamamos os professores/formadores). Neste processo percebemos que os alunos com mais dificuldades no ensino presencial, participavam mais e melhoraram os seus resultados, mas os alunos melhor presencialmente, pioraram e alguns mantiveram a sua performance. Isto mostrou que um modelo único de ensino não serve todos os alunos. Assim, estamos a iniciar o novo ano com um processo de mentorias de grupos de alunos, e um processo de mentoria avançada, onde os alunos que cumprem as normas e pretendem um futuro fabuloso, vão ter mentorias por especialistas na área suportado pela escola. Defendemos um regime misto, não por causa da COVID, mas por ser mais adaptado a novos desafios. Acreditamos também num processo de mudança contínuo… somos hoje uma escola de referência na região, passando de 36ª em 2018 ao nível do ranking do distrito de Viseu, para 5ª escola. Com a COVID, alguns alunos manifestaram mais a sua assimetria, mas não desistimos deles. As primeiras semanas de setembro serão para recuperar as perdas. De que forma é que analisa o mercado nacional da formação profissional e que lacunas ainda identifica no mesmo e que urge serem resolvidas? A forma como é financiada a formação de jovens e adultos, leva a que os resultados não sejam os melhores. A formação deveria ser medida em resultados de aquisição real de aprendizagens aplicadas pelos alunos, com avaliação pelos stakeholders, como já monitorizamos ao abrigo do EQAVET e sem guerras por financiamento de turmas. Deveria existir um financiamento por resultados de aprendizagem eficaz, ou seja, se as pessoas conseguem aplicar o que aprendem, isso considera-se concluído. A formação profissional foi desvirtuada… paga-se pouco aos formadores onde só com volume conseguimos ter algo que compensa, mas aí, perdemos a vantagem do especialista. Deveríamos voltar ao sistema de mestria e aprendiz. Onde o aprendiz vê como se faz e faz com o seu mestre após o ensino. O grande problema hoje é que temos professores que ensinam coisas que nunca fizeram… então como pode um processo de formação profissional ser meramente teórico? Por isso na ESPRODOURO vamos convidar os melhores especialistas da região para darem aulas connosco, partilhando com os alunos os seus saberes, levando os alunos às empresas, onde podem
Desde 1 de junho de 2020 que a ESPRODOURO, obteve o selo EQAVET, indicando que os seus processos e procedimentos estão alinhados com os requisitos do Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissionais. Primeiramente, explique-nos um pouco a relevância deste selo para a instituição? Corrijo, desde 12 de junho, como a escola com o selo 9/2020, o que significa que fomos a 9ª escola a nível nacional a obter a certificação. Passamos de uma escola com muitas lacunas, a uma escola referência. E como fizemos isso? Com uma grande equipa de trabalho e com o reforço e renovação do nosso pessoal. O EQAVET é a certificação de qualidade, que garante o alinhamento com os indicadores do quadro de referência europeu, que monitoriza o resultado da qualidade do ensino. Ou seja, é como se fosse a norma ISO para a escolas. Ter uma certificação de qualidade obriga a muitas mudanças, criamos por isso os PEQ - Processos Esprodouro de Qualidade, que são procedimentos e processos, em forma de fluxograma, que contemplam procedimentos, que até aqui eram realizados de forma mais amadora, de forma a que o objetivo final,
Este selo tem a validade de três anos. Significa isto que vocês estarão alinhados com o EQAVET durante este período. Que vantagens podem retirar deste período? No próximo quadro comunitário, as escolas que não possuem certificação, não poderão candidatar-se a fundos comunitários. Além disso, como somos auditados, a nossa performance organizativa, financeira, em termos de contratação pública, proteção de dados e sistemas de informação melhorou muito. Vamos com certeza, ter melhores resultados com a qualidade que temos de todo o processo, permitindo crescer em conjunto com outras escolas que também obtiveram o selo. Neste momento os pais podem ficar mais seguros, pois existem procedimentos que garantem essa segurança. Estão a ser ultimadas também as obras para criação da Residência de Estudantes da ESPRODOURO, que permitirão receber alunos de outras regiões e de outros países, quer para intercâmbio, quer para residirem com segurança os jovens que vêm estudar na nossa escola. Nos últimos anos, realizamos sem dúvida uma evolução da nossa escola, com o
apoio sempre presente da associação e pais, da autarquia, de toda a equipa ESPRODOURO, mas acima de tudo com a ajuda dos alunos, que este ano contou com uma associação de estudantes extremamente ativa. O Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissionais (Quadro EQAVET) foi concebido para melhorar o Ensino e Formação Profissional (EFP) no espaço europeu. Isto significa que a partir deste momento a ESPRODOURO terá uma visão mais externa e internacional? Como referimos atrás já temos. Esperamos este ano receber alunos estrangeiros do Brasil e São Tomé, e contamos ter algumas comitivas de alunos de outros países europeus, assim como contamos realizar algumas visitas. Não só pelo EQAVET, mas também com o ERASMUS. O próximo desafio será a certificação de literacia digital, prevista no InCode 2030. A ideia é criar uma escola de referência europeia na área da EnoGastronomia, representando a melhor região vinícola de Portugal e uma das melhores do mundo. A terminar, quais serão os principais desafios da ESPRODOURO para o futuro? Já referimos as nossas metas a dez anos, mas o maior desafio, centra-se sem dúvida em captar alunos para áreas específicas do conhecimento, como é o caso da viticultura e geriatria, retendo pessoas na região como trabalhadores e investidores. Pretendemos assumir-nos como referência no Douro e por isso, estamos em processo de criação do Centro de Estudos EnoGastronómicos, em parceria com universidades e institutos politécnicos, pretendendo trazer formação e nível cinco para a região e criando polos de desenvolvimento tecnológico vitícola e enogastronómico. Pretendemos estar entre as dez melhores escolas profissionais em Portugal em 2030, não em número de alunos, mas em qualidade de resultados. Assumir esse desafio coloca-nos um patamar muito elevado, mas acreditamos que com tudo o que já conquistamos em menos de três anos, sem dúvida alguma, nos próximos dez o melhor vai chegar, com certeza! ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT
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aprender com os mestres os seus segredos e inspirar-se para o seu futuro. Por isso, no próximo ano, vamos ter três dias de aulas fora da escola e dois dias dentro da escola. Os projetos devem ser base e as disciplinas devem trabalhar em conjunto para o sucesso dos nossos alunos. Felizmente temos uma equipa fabulosa, caso contrário, este desafio seria muito maior.
que é reduzir o abandono, o absentismo, ter avaliação positiva dos stakeholders do nosso trabalho e formar profissionais de excelência, seja o resultado do nosso trabalho. Esta certificação também permite que os nossos alunos tenham reconhecimento futuro com os ECVET, ou seja, os créditos europeus profissionais. Por exemplo, um aluno que termina o 12º ano numa escola com o curso científico-humanístico, termina com o nível 3, e se pretender trabalhar noutro país europeu, deve reconhecer o seu título. No caso dos nossos alunos, ao terminarem o 12º ano, terminam com o nível 4 de percurso de dupla certificação, ou seja, o 12º ano + o curso de técnico numa área específica, que pelo facto de sermos certificados, têm o seu reconhecimento europeu para poderem trabalhar ou prosseguir estudos em qualquer país da Europa. Como somos adeptos do projeto europeu, também tivemos pela primeira vez na nossa escola, uma candidatura ao programa ERASMUS + aprovada, o que vai permitir que os nossos alunos possam ir para um país europeu, com tudo pago, ter uma experiência profissional com os melhores especialistas da sua área.
» PORTUGAL – LUXEMBURGO
“UMA AMIZADE DURADOURA LIGA PORTUGAL AO LUXEMBURGO” A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Carlo Thelen, CEO e Diretor Geral da Câmara de Comércio do Luxemburgo, que nos deu a conhecer como a instituição tem vindo, desde a sua génese, a promover uma dinâmica de apoio aos seus membros, fomentando uma forte dinâmica de parceria e de promoção de valor. Além disso, ficamos a conhecer como a instituição tem lidado com as vicissitudes provocadas pela Covid-19 e a forma como tem sido um parceiro de excelência e relevância.
CARLO THELEN
PONTOS DE VISTA
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Câmara de Comércio do Luxemburgo representa os interesses das suas empresas membros. Como é que desempenha esta função? Apoiamos a criação, desenvolvimento e expansão internacional de empresas sediadas no Grão-Ducado do Luxemburgo. Também defendemos os interesses dos nossos membros como seu representante oficial e independente. Hoje representamos nada menos que 90 mil empresas associadas, representando 75% do emprego assalariado total e 80% do PIB no Luxemburgo. Nas nossas ações, iniciativas e posições, procuramos sempre servir o interesse coletivo dos nossos membros, representando interesses setoriais se estes não forem prejudiciais para o conjunto. Por exemplo, temos um papel no processo legislativo, dando o nosso parecer sobre todos os projetos de lei relevantes. Realizamos análises económicas e estudos estruturais e procuramos liderar o debate socioeconómico. Criámos também um grupo de estruturas que
fornecem uma vasta gama de serviços para responder a várias necessidades. A House of Entrepreneurship (Casa do Empreendedorismo) é um ponto de contacto único para empresários existentes e novos empresários. Oferece-lhes uma vasta gama de serviços para ajudar na criação e desenvolvimento dos seus negócios. E existe também a House of Start-ups (HoST), que reúne sob o mesmo teto clusters de inovação, incubadoras, aceleradores de negócios, serviços de consultoria de arranque de empresas, e assim por diante. E, claro, numa economia cada vez mais globalizada, a conquista de novos mercados e a procura de parceiros fiáveis estão entre os principais desafios que as empresas enfrentam. É por isso que o nosso apoio é dirigido tanto a empresas que são novas para exportar como a empresas mais experientes à procura de novos mercados ou à procura de novos investidores. Estes são apenas alguns exemplos de como oferecemos serviços práticos a empresas específicas e à economia em geral.
“A relação bilateral é excelente. Eu diria que uma amizade duradoura liga Portugal ao Luxemburgo. Acima de tudo, os nossos dois países têm um interesse mútuo em diversificar as nossas economias e a relação comercial”
Como caracterizaria a economia luxemburguesa? A nossa economia é aberta, dinâmica e fiável. Temos um pequeno mercado doméstico, pelo que as empresas aqui tendem a servir clientes internacionais a partir do nosso ambiente fiável, mas inovador. Esta estratégia é ajudada por cerca de dois terços da nossa mão de obra vinda do estrangeiro, com pessoas oriundas de
Quais são os setores económicos chave? O nosso setor financeiro é responsável por cerca de um quarto da produção e um décimo da nossa mão de obra. Isto é graças à gama de prestadores de serviços inovadores que oferecem conhecimentos de classe mundial em nichos como os fundos de investimento, seguros e gestão de património. Sucessivos governos também se têm empenhado em manter uma economia diversificada, o que tem levado a indústria transformadora e empresas tecnológicas impulsionadas pela investigação, em particular a prosperar. Por exemplo, o setor das TIC e a economia digital cresceram em importância nos últimos anos, expandindo-se em mais de um quarto durante a última década. A nossa natureza internacional, aberta aliada à excelente infraestrutura e localização central também nos torna uma plataforma logística ideal para servir os mercados europeus e globais. Também vamos mais longe, sendo o Luxemburgo um pioneiro no negócio espacial. Desde a década de 1980, somos anfitriões do SES, um operador de satélites líder mundial, e numerosas outras empresas cresceram para formar um cluster de especialização neste contexto. Mais recentemente, o governo tem apoiado uma estratégia, que procurará explorar recursos raros no espaço. Para além do investimento em investigação e desenvolvimento, o governo trabalha para criar um ambiente jurídico ideal para esta atividade inovadora. Muitas pessoas de origem portuguesa mudam-se para Luxemburgo. Em que setores empresariais os portugueses estão ativos? De facto, de acordo com números recentes, os portugueses representam 16% da população total do Luxemburgo. Nos anos 60, o afluxo maciço de portugueses ao Luxemburgo forneceu a solução para dois grandes problemas no nosso país, nomeadamente o défice demográfico e o aumento da necessidade de mão de obra no setor da construção. Atualmente, para além do setor da construção, o Centro Financeiro está também a atrair um número crescente de mão de obra portuguesa qualificada. As várias
instituições europeias com sede no Luxemburgo também contam com numerosos nacionais portugueses. Como tem evoluído a relação económica entre Portugal e o Luxemburgo nos últimos anos? A relação bilateral é excelente. Eu diria que uma amizade duradoura liga Portugal ao Luxemburgo. Acima de tudo, os nossos dois países têm um interesse mútuo em diversificar as nossas economias e a relação comercial. Estou muito satisfeito com a nossa participação anual nacional na WebSummit em Lisboa, uma vez que as TIC parecem ter-se tornado uma área chave de enfoque tanto para o Luxemburgo como para Portugal. A Câmara de Comércio do Luxemburgo planeia manter a sua participação nos próximos anos com uma presença reforçada e aumentada. Como parte da visita estatal da L.L.A.A.R.R. ao Grão-Duque e à Grã-Duquesa em Portugal em 2010, a Câmara de Comércio liderou uma delegação económica a Lisboa. Participaram nesta missão 32 empresas luxemburguesas. Em 2014, liderámos uma missão comercial a Portugal no setor da Logística. Em 2016, recebemos uma grande delegação de empresas portuguesas do setor das TIC. Estas missões foram todas organizadas pela Câmara de Comércio do Luxemburgo em colaboração com a AICEP (a agência pública para a promoção do comércio e dos investimentos em Portugal). Estamos a estudar outras colaborações deste tipo nos próximos anos. A Covid-19 aportou um conjunto de mudanças em muitos negócios. Como é que a Câmara de Comércio do Luxemburgo apoiou os seus membros e parceiros, particularmente aqueles que mais sofreram? Agimos de forma muito pragmática e eficaz, tomando medidas rápidas logo no início, porque percebemos imediatamente que esta crise sanitária se iria tornar uma crise económica. A 13 de Março, apenas alguns dias antes do encerramento no Luxemburgo, nós e a Direção Geral das Pequenas e Médias Empresas do Ministério da Economia apresentámos um pacote de apoio às empresas afetadas pela pandemia. Uma primeira medida ofereceu ajuda às empresas que enfrentam dificuldades financeiras imediatas, particularmente no que diz respeito aos seus problemas de tesouraria. Esta medida consistiu no estabelecimento de uma obrigação específica sob a forma de uma garantia às empresas que necessitam de crédito ou de um empréstimo bancário. Também criámos uma nova linha de ajuda para fornecer às empresas informações em tempo real e responder a perguntas sobre uma variedade de tópicos, tais como o esquema de licença nacional e outras ajudas oferecidas pelo Estado e por nós próprios. Criámos um website dedicado ao Covid-19 para fornecer respostas rápidas a perguntas-chave. Outro projeto importante foi o nosso programa #ReAct, lançado em abril de 2020, procurando permitir às empresas lidar tão eficazmente quanto possível com a recessão económica e ajudá-las a definir e implementar as suas estratégias de recuperação. Finalmente, atuámos como lobistas, aconse-
“A ESTES FATORES PODE ACRESCENTAR-SE A ESTABILIDADE ECONÓMICA E POLÍTICA E A FIABILIDADE DO LUXEMBURGO, BEM COMO A SUA LOCALIZAÇÃO NO CORAÇÃO DA EUROPA. ISTO TORNA O PAÍS UM PONTO DE ENTRADA IDEAL PARA UM MERCADO DE MAIS DE 510 MILHÕES DE CONSUMIDORES, ONDE BENS, SERVIÇOS, PESSOAS E CAPITAL CIRCULAM LIVREMENTE. ISTO MOLDA O AMBIENTE MUITO FAVORÁVEL AOS NEGÓCIOS DO LUXEMBURGO, ONDE AS EMPRESAS E OS INVESTIDORES PROSPERAM”
lhando o governo sobre a ajuda que era necessária às nossas empresas, e delineando as nossas ideias para um pacote sustentável de recuperação pós-crise que beneficiaria todas as empresas. Esperamos obviamente que a economia recupere o mais rapidamente possível, mas para que tal aconteça, devem também ser tomadas medidas direcionadas e pró-ativas. Como vê os desenvolvimentos futuros na economia e na sociedade em geral? Uma lição chave desta crise é que através da inovação, flexibilidade, agilidade e acima de tudo solidariedade, mesmo situações extremas podem ser geridas. É claro que tem havido um abrandamento do crescimento, e o desemprego e as falências são suscetíveis de ser frequentes nos próximos meses. Durante a recuperação, as empresas terão de aprender e reaprender lições sobre inovação à medida que os seus modelos empresariais se adaptam ao novo ambiente. Qualquer coisa é possível. Mudanças de hábito ocorreram em apenas alguns meses, enquanto que em circunstâncias normais teriam levado anos. Trabalhar para lidar com constrangimentos pode por vezes ser a centelha para inovações importantes e crescimento futuro de uma forma sustentável. ▪
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dezenas de países diferentes. Tudo isto faz do Luxemburgo uma das economias mais abertas do mundo. O Luxemburgo é também notável pelo nosso elevado nível de vida. Fomos classificados em 18º lugar entre 231 países no Mercer Quality of Living Survey 2019, no Global Liveability Index 2018, o Luxemburgo foi o 24º lugar mais desejável para viver e trabalhar. Isto deve-se ao facto de o país ser amigo da família, ter uma vida cultural rica, um ambiente natural atrativo, ser um dos lugares mais seguros do mundo, e muitas outras características intangíveis importantes. A estes fatores pode acrescentar-se a estabilidade económica e política e a fiabilidade do Luxemburgo, bem como a sua localização no coração da Europa. Isto torna o país um ponto de entrada ideal para um mercado de mais de 510 milhões de consumidores, onde bens, serviços, pessoas e capital circulam livremente. Isto molda o ambiente muito favorável aos negócios do Luxemburgo, onde as empresas e os investidores prosperam.
» PORTUGAL - LUXEMBOURG
“A LONG LASTING FRIENDSHIP CONNECTS PORTUGAL WITH LUXEMBOURG” The magazine Pontos de Vista spoke to Carlo Thelen, CEO and Director General of the Luxembourg Chamber of Commerce, who told us how the institution offers practical, timely support to its members, fostering a strong dynamic of partnership and value creation. In addition, we learned how the Chamber has dealt with the particular challenges of Covid-19, and how it has worked to be a partner of excellence and relevance during the crisis and beyond.
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CARLO THELEN
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he Luxembourg Chamber of Commerce represents the interests of its member companies. How does it perform this role? We support the creation, development and international expansion of companies based in the Grand Duchy of Luxembourg. We also defend our members’ interests as their official, independent representative. Today we represent no fewer than 90,000 affiliated companies, accounting for 75% of total salaried employment and 80% of GDP in Luxembourg. In our actions, initiatives and positions, we always aim to serve our members’ collective interest, only representing sectoral interests if they are not detrimental to the whole. For example,
we have a role in the legislative process, giving our opinion on all relevant draft laws. We carry out economic analyses and structural studies and seek to lead the socio-economic debate. We have also created a group of structures which provide a wide range of services to meet various needs. The House of Training offers tailored courses to thousands of people in a variety of fields, our House of Entrepreneurship is a single point of contact for existing and new entrepreneurs. It offers them a wide range of services to help the creation and development of their businesses. And there is also the House of Startups (HoST), which gathers under one roof innovation clusters, incubators, business accelerators, business startup consulting servi-
“The bilateral relationship is excellent. I would say that a long lasting friendship connects Portugal with Luxembourg. Above all, our two countries have a mutual interest in diversifying our economies and the trading relationship”
ces, and so on. And of course, in an increasingly globalised economy, conquering new markets and seeking reliable partners are among the main challenges facing businesses. That’s why our support is directed both at businesses that are new to exporting and to more seasoned businesses looking for new markets or seeking new investors. These are only a few examples of how we offer
How would you characterise the Luxembourg economy? Our economy is open, dynamic and reliable. We have a small domestic market, so businesses here tend to serve international clients from our reliable yet innovative environment. This strategy is helped by around two-thirds of our workforce coming from abroad, with people drawn from dozens of different countries. All of this makes Luxembourg one of the world’s most open economies. Luxembourg is also remarkable for our high standard of living. We were ranked 18th out of 231 countries in Mercer Quality of Living Survey 2019, and in the Global Liveability Index 2018, Luxembourg was the 24th most desirable place to live and work. This is due to the country being family friendly, having a rich cultural life, an attractive natural environment, being one of the safest places in the world, and many other important intangible features. To these factors can be added Luxembourg’s economic and political stability and reliability, plus its location in the heart of Europe. This makes the country an ideal entry point to a market of over 510 million consumers, where goods, services, people and capital circulate freely. This shapes Luxembourg’s very-business friendly environment where companies and investors thrive. What are the key economic sectors? Our financial sector accounts for about quarter of output and a tenth of our workforce. This is thanks to the range of innovative service prov ders offering world class expertise in niches such as investment funds, insurance and wealth management. Successive governments have also been keen to maintain a diverse economy, which has led research-driven manufacturing and technology businesses in particular to thrive. For example, the ICT sector and the digital economy have grown in importance in recent years, expanding by more than a quarter over the last decade. Our international, open nature coupled with excellent infrastructure and central location also makes us an ideal logistics hub to serve European and global markets. We also go further, with Luxembourg being a pioneer in space business. Since the 1980s, we are host to SES, a world-leading satellite operator, and numerous other businesses have grown to form a cluster of expertise in this context. Most recently, the government has backed a strategy, which will seek to mine rare resources in space. As well as investment in research and development, the government works to create an ideal legal environment for this innovative activity. Many people of Portuguese origin make their homes in Luxembourg. In which business sectors are Portuguese people active? Indeed, according to recent numbers, Portuguese nationals represent 16% of the total population of Luxembourg. In the 1960s, the influx of Portuguese people to Luxembourg provided the solution to two major problems
for our country, namely the demographic deficit and the increased need for workers in the construction sector. Today, in addition to the construction sector, the financial centre also attracts an increasing number of qualified Portuguese expats. As well, various European institutions with headquarters in Luxembourg also employ numerous Portuguese nationals. How has the economic relationship between Portugal and Luxembourg evolved in recent years? The bilateral relationship is excellent. I would say that a long lasting friendship connects Portugal with Luxembourg. Above all, our two countries have a mutual interest in diversifying our economies and the trading relationship. I am very pleased with our yearly national participation at the WebSummit in Lisbon, as ICT seems to have become a key area of focus for both Luxembourg and Portugal. The Luxembourg Chamber of Commerce plans to maintain its participation in the coming years with a reinforced & increased presence. As part of the state visit their Royal Highnesses the Grand Duke and Grand Duchess in Portugal in 2010, the Chamber of Commerce led an economic delegation to Lisbon. 32 Luxembourgish companies took part in this mission. In 2014, we led a trade mission to Portugal in the logistics sector. In 2016, we received a large delegation of Portuguese companies from the ICT sector. Those missions were all organised by the Luxembourg Chamber of Commerce in collaboration with the AICEP (the public agency for the promotion of trade and investment in Portugal). We are looking into further collaborations of this kind in the years to come. Covid-19 has changed so much for so many businesses. How has the Luxembourg Chamber of Commerce supported its members and partners, particularly those who have suffered the most? We acted very pragmatically and effectively, taking swift action right at the beginning, because we realised immediately that this health crisis would become an economic crisis. On March 13, only a couple of days before the lockdown in Luxembourg, we and the General Directorate for Small and Medium-Sized Entreprises at the Ministry of the Economy presented a support package for companies impacted by the pandemic. A first measure offered help to businesses facing immediate financial difficulties, particularly regarding their cash-flow problems. This saw the establishment of a specific bond in the form of a guarantee to companies that need credit or a bank loan. We also created a new helpline to provide businesses with real-time information and to answer questions on a variety of topics, such as the national furlough scheme and other aids offered by the state and ourselves. We created a dedicated Covid-19 website to provide quick answers to key questions. Another important project was our #ReAct programme, launched in April 2020, seeking to enable businesses to deal as effectively as possible with the economic downturn and to help them define and implement their recovery strategies.
“TO THESE FACTORS CAN BE ADDED LUXEMBOURG’S ECONOMIC AND POLITICAL STABILITY AND RELIABILITY, PLUS ITS LOCATION IN THE HEART OF EUROPE. THIS MAKES THE COUNTRY AN IDEAL ENTRY POINT TO A MARKET OF OVER 510 MILLION CONSUMERS, WHERE GOODS, SERVICES, PEOPLE AND CAPITAL CIRCULATE FREELY. THIS SHAPES LUXEMBOURG’S VERY-BUSINESS FRIENDLY ENVIRONMENT WHERE COMPANIES AND INVESTORS THRIVE”
Finally, we acted as lobbyists, advising the government on what help was needed by our companies, and outlining our ideas for a sustainable post-crisis recovery package which would benefit all businesses. We obviously hope that the economy will recover as soon as possible, but for this to happen, targetted and pro-active steps must also be taken. How do you see future developments in the economy and society at large? A key lesson from this crisis is that through innovation, flexibility, agility and above all solidarity, even extreme situations can be managed. Of course there has been a downturn in growth, and unemployment and bankruptcies are likely to be frequent in the coming months. During the recovery, companies will have to learn and relearn lessons about innovation as their business models adapt to the new environment. Anything is possible. Changes of habit have occurred in just a few months, whereas they would have taken years under normal circumstances. Working to deal with constraints can sometimes be the spark for important innovations and future growth in a sustainable fashion. ▪
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practical services to specific businesses and the economy more generally.
» PORTUGAL – LUXEMBURGO
BANQUE DE LUXEMBOURG RIGOR E SERIEDADE NA GESTÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO E DE PATRIMÓNIO
BANQUE DE LUXEMBOURG, ELEITO O MELHOR BANCO PRIVADO NO LUXEMBURGO 2020, PELO GLOBAL BANKING & FINANCE REVIEW
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Luxemburgo é um país com uma abertura para o mundo, com uma forte estabilidade político-social alicerçada numa cultura política consensual com uma elevada qualidade de vida. Estes são aspetos que atraíram e que continuam a atrair investidores do mundo todo. O Banque de Luxembourg é uma Instituição que conquistou a nível internacional o reconhecimento essencial para garantir aos seus clientes um futuro próspero no universo dos fundos de investimento. Conheça as estratégias e valores desta instituição na voz de Abel da Silva Barbosa, Senior Private Banker do Banque de Luxembourg.
N
o centro da Europa e muitas vezes apontado como o coração da Europa está Luxemburgo, principal centro financeiro na gestão de fundos de investimento e da banca privada. Que política de investimento é adotada pelo Banque de Luxembourg na recolha e gestão das oportunidades que daí surgem? Luxemburgo tem uma experiência sólida a nível financeiro devido a uma abertura, construída ao longo de décadas, internacional e com a adesão do país à União Europeia. Luxemburgo é hoje o mais importante centro de Private Banking na
zona euro e o segundo no mundo em termos de fundos de investimento. Os investidores que escolhem o Grão-ducado para a gestão do seu património vêm dos quatro cantos do mundo. Os investidores são sobretudo famílias e empresários com interesses multijirudiscionais. A interação entre o know-how da banca privada e o universo de fundos de investimento permite que os nossos clientes beneficiem de mais soluções inovadoras no domínio da gestão e estruturação do seu património. O Banque de Luxembourg exerce a sua atividade enquanto banco privado desde 1920 no Grão-
-Ducado e encontra-se entre os mais importantes gestores de património do centro financeiro do país. O nosso know-how é estruturado em torno de cinco pilares: banco privado, financiamento, acompanhamento das empresas e dos empresários, a gestão de ativos e a banca para profissionais. Que tipo de clientes procuram o Banco de Luxemburgo? Os nossos clientes são essencialmente famílias e empresários que procuram uma gestão adequada do seu património. A nossa capacidade de lidar com a diversidade e, por vezes, complexidade das
situações faz-nos ser a escolha de quem procura as melhores soluções assentes no rigor e a seriedade.
10% dos nossos funcionários são de nacionalidade ou de origem portuguesa, o que nos permite acompanhar melhor os nossos clientes lusófonos.
O investimento a longo prazo faz parte da estratégia e gestão do banco? Em que medidas? O Banque de Luxembourg é uma instituição que está atenta ao futuro e às oportunidades que surgem no horizonte. Face à complexidade do universo financeiro garantimos aos nossos clientes um aconselhamento objetivo e sustentabilidade para atingirem as metas estabelecidas. Acredito que a nossa postura lhes garante a confiança necessária para avançarem com os seus projetos e terem sucesso a longo prazo. A nossa metodologia de investimento é sólida e baseada em princípios simples, que pode ser vista como uma abordagem a longo prazo que favorece a proteção de capital e desempenho consistente ao longo do tempo. Não seguimos efeitos de modas a curto prazo, damos preferência a ferramentas financeiras transparentes e investimentos em empresas que cumpram os requisitos razoáveis propícios ao investimento. Fazem parte do nosso foco empresas de qualidade com fundamentos e valores sólidos e obrigações governamentais de alta qualidade. Estes princípios são aplicados no dia-a-dia, de forma rigorosa na gestão dos fundos de investimento, nos mandatos de gestão e nas nossas soluções de aconselhamento ativo. A nossa equipa de analistas é regularmente galardoada pela imprensa internacional, fruto da qualidade visível no trabalho.
Os mercados bolsistas estiveram particularmente agitados nos últimos meses, como é que os seus clientes viveram este período? Estivemos constantemente ao lado dos nossos clientes para explicar-lhes a forma como entendemos os mercados. A nossa capacidade de resistir a períodos de turbulência e a resiliência da nossa gestão têm sido particularmente ilustradas nos últimos meses. Os nossos clientes apreciaram a nossa metodologia de investimento rigorosa, orientada por princípios de prudência e com vista a preservar o seu património.
Contacto : Abel da Silva Barbosa, Senior Private Banker +352 49 924 39 70 www.banquedeluxembourg.com
“O Banque de Luxembourg exerce a sua atividade enquanto banco privado desde 1920 no Grão-Ducado e encontra-se entre os mais importantes gestores de património do centro financeiro do país"
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De cerca dos 630 mil habitantes de Luxemburgo, aproximadamente 95 mil são portugueses. Do seu ponto de vista, que importância refletem estes números para o Banque de Luxembourg? A comunidade portuguesa no Luxemburgo tem tido um crescimento exponencial nos últimos 50 anos. Em 1970 eram cerca de cinco mil, hoje são cem mil. No Banque de Luxembourg esta mudança demográfica reflete-se de duas maneiras: em primeiro lugar, temos, entre os residentes da comunidade portuguesa, um número de clientes que nos são leais há muitos anos, e depois, mais de
Que boas práticas devem ser adotadas no contexto atual? As regras fundamentais de investimento permanecem as mesmas, nomeadamente continuar a investir com uma visão a longo prazo e respeitando o perfil de investidor. A abordagem de investimento da Banque de Luxembourg privilegia, por natureza, as empresas de qualidade (com balanços sólidos e uma vantagem competitiva) que poderão resistir às dificuldades atuais ou recuperar da crise. Contamos com uma equipa dedicada aos clientes lusófonos e viajamos regularmente para Portugal. ▪
“AS REGRAS FUNDAMENTAIS DE INVESTIMENTO PERMANECEM AS MESMAS, NOMEADAMENTE CONTINUAR A INVESTIR COM UMA VISÃO A LONGO PRAZO E RESPEITANDO O PERFIL DE INVESTIDOR. A ABORDAGEM DE INVESTIMENTO DA BANQUE DE LUXEMBOURG PRIVILEGIA, POR NATUREZA, AS EMPRESAS DE QUALIDADE (COM BALANÇOS SÓLIDOS E UMA VANTAGEM COMPETITIVA) QUE PODERÃO RESISTIR ÀS DIFICULDADES ATUAIS OU RECUPERAR DA CRISE” ABEL DA SILVA BARBOSA
» TEMA CAPA
“MANTER UM SERVIÇO DE QUALIDADE PARA OS NOSSOS PARCEIROS E CLIENTES FOI A NOSSA MAIOR PRIORIDADE” Com uma nova marca após a fusão de dois importantes players luxemburgueses de seguros de vida (IWI e Foyer International), a WEALINS é atualmente uma companhia de prestígio e reconhecida internacionalmente. Letícia Soares, Country Manager Portugal da empresa, contou à Revista Pontos de Vista de que forma se reajustaram perante uma pandemia que se instalou de forma global.
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etida a 100% pelo Grupo Foyer – o maior grupo financeiro privado luxemburguês que existe desde 1922 e cuja estrutura acionista é alicerçada pelos descendentes das famílias que o criaram – a WEALINS S.A., com mais de 25 anos de experiência, é uma companhia que comercializa e desenvolve “fatos à medida” de seguros de vida e capitalização a nível internacional (dez mercados europeus). Letícia Soares, Country Manager Portugal da WEALINS, confessou-nos que o elemento chave para o sucesso da empresa é – antes de mais – pertencer ao Grupo Foyer, uma vez que contribui com uma forte solidez, confiança e credibilidade no que concerne ao relacionamento com o cliente e o próprio mercado. Mas não apenas isso. O compromisso assumido e garantido no mercado é, sem dúvida, o seu ADN assente em cinco valores corporativos: confiança, integridade, independência, excelência e inovação. A WEALINS desenvolve soluções à medida para atender as necessidades e expectativas de cada cliente. Rege-se essencialmente por uma abordagem de BtoBtoC (Business to Business to Client) nos mercados em que está presente, não sendo a sua estratégia a procura de clientes diretos. “Trabalhamos para fornecer ou desenvolver soluções aos nossos parceiros”, explica a nossa entrevistada. Exemplo disso mesmo é a portabilidade do contrato de seguro, considerando o mundo global em que vivemos, que tem como vantagem a possível estruturação “da forma como o cliente quer investir, onde os seus filhos residem ou onde vivem os beneficiários. Na WEALINS conseguimos aconselhar o cliente quando, por exemplo, ele muda de residência, de acordo com a legislação do seu novo país de residência, de acordo com a legislação do seu novo país de residência", acrescenta assumindo ainda que, “as pessoas já se encontram mais informadas, embora Portugal tenha um mercado maduro em relação a este tipo de seguros. É um mercado onde cada vez mais, as pessoas se habituaram a que lhe proponham este tipo de solução”, afirma a representante nacional da empresa.
LETÍCIA SOARES
Podemos dizer que a WEALINS oferece um serviço de excelência que a diferencia num mercado (seriamente) competitivo. Sendo uma empresa flexível e pertencendo a um Grupo sólido como a Foyer, “estamos muito acima daquilo que o regulador exige: estamos a falar de um Grupo cujo o rácio de solvência – de acordo com a diretiva de hoje – é superior a 200%”, assume a nossa interlocutora.
FOTO: DIANA QUINTELA
NOVOS TEMPOS, NOVAS CONDUTAS Foi importante compreender de que forma um Grupo com tamanha dimensão – e a atuar em 10 países distintos, com mercados diferenciados - reagiu perante a realidade que hoje se define e é intitulada como Covid-19. Para a nossa entrevistada, “manter um serviço de qualidade para os nossos parceiros e clientes foi a nossa maior prioridade”, em resposta à pandemia que rapidamente se propagava mundialmente. Em apenas algumas semanas, o Grupo Foyer colocou os seus 800 colaboradores em teletrabalho. Sendo uma empresa familiar, o desiderato e a preocupação primordial, desde logo, foi o de "salvaguardar todo o corpo de recursos da empresa, ou seja, os nossos funcionários e colaboradores e essa iniciativa célere foi extremamente importante e fundamental”, esclarece a nossa entrevistada. No caso de Letícia Soares, uma vez que trabalha no Luxemburgo, rapidamente retornou a Portugal até ultrapassar a fase mais complexa da crise. Deste modo, novas medidas tiveram de ser colocadas em prática, isto sem nunca descurar do compromisso que os define enquanto equipa prestígio. “Nós tivemos sempre disponíveis, tentámos que a excelência e o nível de serviço que oferecemos aos nossos clientes e parceiros não fosse alterado, aliás, esse problema nunca se colocou, pois, temos a verdadeira noção do que é apoiar o nosso parceiro e cliente”. Olhando para este passado, nada longínquo, a nossa interlocutora assume-se orgulhosa do espírito e esforço conjunto que se criou e fomentou, abrindo portas a um curioso crescimento em período de dificuldade. “Na WEALINS a procura por seguros de vida aumentou. Isto aconteceu porque toda a empresa fez questão de estar presente por qualquer meio: telefone, e-mail ou videoconferência, usando todos os meios disponíveis para chegar a quem precisava de nós e dos nossos serviços. Este é o género de negócio em que os nossos clientes e parceiros precisam de saber que há sempre alguém disponível”, salienta Letícia Soares. “DAS ADVERSIDADES SURGEM AS OPORTUNIDADES” Estamos a falar de uma empresa que trabalha em livre prestação de serviços, – com um passaporte europeu, a WEALINS pode ter atividade e distribuir seguros em outros países da União Europeia sempre com presença física. Quer isto dizer que “mesmo sendo uma empresa baseada no Luxemburgo, e mesmo numa altura de confinamento, a empresa nunca deixou de dar resposta, ou um feedback a qualquer questão existente”, garante Letícia Soares que descreve o importante papel do back office em todo o processo. “A empresa reajustou-se e todo este ambiente acabou por nos ajudar a afirmar e a ditar a nossa missão, e todos conseguimos compreendê-la. Foi algo que nos fez crescer”. Apesar do trabalho da nossa entrevistada habitualmente já consistir em viagens e contactos diretos – e menos por escritório – existiam ferramentas que não estavam totalmente desenvolvidas e que entretanto passaram a estar disponíveis, pois “das adversidades surgem oportunidades”, explica, destacando que o Grupo fez da inovação um dos seus eixos estratégicos e pretende ser uma “empresa tecnológica especializada na prestação de serviços de seguros de qualidade que vão
ao encontro das expectativas dos seus clientes”. “O mundo é digital e temos de aprender a viver com isso, porque temos de fazer uso das mais-valias que esse novo formato nos aporta”, assevera, lembrando que atualmente, apostaram num sistema novo e tecnologicamente avançado “que irá criar eficiência na estrutura de trabalho”. As soluções digitais já estavam a ser planeadas para a era tecnológica que se avizinha e, no futuro, o objetivo é encontrar o equilíbrio certo entre digitalização e relações humanas para atender às necessidades e expectativas dos parceiros e seus clientes, já que “a confiança e a presença física ainda são essenciais na construção de relacionamentos de longo prazo e neste tipo de negócio”, afirma a nossa interlocutora. DE QUE FORMA O SETOR DOS SEGUROS E AS SUAS TENDÊNCIAS IRÃO MUDAR FACE À ATUAL CONJUNTURA? Pergunta simples, mas que poderá ter uma resposta complexa. Questionamos Letícia Soares sobre este cenário e a mesma começou por explicar que “embora o Grupo Foyer seja líder do mercado local de seguros no Luxemburgo, a WEALINS trabalha basicamente um seguro que serve de gestão de fortunas, transmissão e proteção de património. Assim, acho que, cada vez mais, e sendo esta uma visão pessoal, acredito que o que pode ser alterado, e falando de Portugal, passa pela mentalidade dos clientes, a forma como encaramos a nossa própria mortalidade”. Desta forma, a nossa entrevistada acredita que os seguros de vida, assim como a transmissão de património, se tornaram temas mais conscientes na sociedade global, tendo o coronavírus despertado o sentido da sua importância. “Principalmente na transmissão de património, em que as pessoas começaram a preocupar-se em salvaguardar os seus herdeiros no futuro”, assume, acrescentando que “trabalhamos seguros ligados a fundos de investimentos, mas acho que veio ajudar a pensar-se mais no amanhã e a ter uma visão a longo prazo”. Fazendo uma análise mais profunda do mercado, Letícia Soares admite que todos os países viveram a pandemia de forma diferente, até porque não existia nenhum manual de sobrevivência perante esta realidade até então desconhecida. OLHOS POSTOS NO FUTURO Para o Grupo Foyer e consequentemente para a WEALINS, aquilo que será mais importante, antes de mais nada, é perceber o que é que a pandemia mudou no mercado, verificar o impacto causado e atuar consoante a conclusão observada. “Por agora o nosso propósito é ter a certeza que se uma segunda vaga chegar, estaremos ainda melhor preparados para que os nossos parceiros e clientes não sintam dificuldades na proximidade e relacionamento com a companhia”, assegura Letícia Soares, que, acrescenta, que “o facto de o mercado e a economia mudarem, também acaba por afetar a forma de pensar e de agir, por isso vamos perceber o que é que irá impactar nos próximos tempos, de forma a que possamos apresentar a melhor solução”. Com um novo CEO, a WEALINS irá manter a mesma estratégia e os mesmos compromissos. Atualmente, estão presentes em dez mercados, sendo que o principal objetivo, de momento, é, antes de procurar novos mercados, consolidar os que já existem, sendo que o focus primordial é sempre o mesmo, ou seja, “estar sempre presente para parceiros e clientes, dando-lhes uma resposta concreta e eficiente”, Country Manager Portugal da WEALINS, Letícia Soares. ▪
29 AGOSTO 2020
"Na Wealins a procura por seguros de vida aumentou. Isto aconteceu porque toda a empresa fez questão de estar presente por qualquer meio: telefone, e-mail ou videoconferência, ou seja, usando todos os meios disponíveis para chegar a quem precisava de nós e dos nossos serviços"
» COVER THEME
“MAINTAINING QUALITY SERVICE TO OUR PARTNERS AND CLIENTS WAS OUR NUMBER ONE PRIORITY” With a new brand after the merger of two major Luxembourg life insurance players (IWI and Foyer International), WEALINS S.A. is currently a prestigious and recognized company. Letícia Soares, Country Manager Portugal, told the magazine Pontos de Vista how they have readjusted themselves in the face of a pandemic that has settled globally.
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wned 100% by Foyer Group - the largest private financial group in Luxembourg since 1922 and whose shareholder structure is based on the descendants of the families that created it - WEALINS, with over 25 years of experience, is a company that is aimed to provide “tailor-made” solutions of life insurance and capitalization on 10 European markets. Letícia Soares, Country Manager in Portugal at WEALINS, confessed to us that the key element for the success of the company is - first and foremost - belonging to Foyer Group, since it contributes with a strong solidity, trust and credibility in terms of the relationship with the client and the market itself. But not only that. The commitment in the market that is assumed and guaranteed is, without a doubt, its DNA based on five corporate values: trust, integrity, independence, excellence and innovation. WEALINS develops tailor-made solutions to meet the needs and expectations of each client. It is essentially governed by a BtoBtoC approach (Business to Business to Client) in the markets where we are active, and its strategy is not to seek direct clients. “We work to provide or develop solutions to our partners,” explains our interviewee. An example of this is the portability of the insurance contract, considering the global world in which we live, taking advantage of the possible structuring “of the way the client wants to invest, where his children reside or where the beneficiaries live. We are able to advise the client when he changes residence, for example, according to the legislation of each country”
LETÍCIA SOARES
she adds, assuming that, “people are already more informed, although Portugal has a mature market for this type of insurance. It’s a market where people are increasingly used to being offered this type of solution”, the company’s national representative says. WEALINS offers a service of excellence that differentiates the company from the (seriously) competitive market. Being a flexible company and belonging to a solid Group like Foyer, “we are far above what the regulator demands: we are talking about a Group with a solvency ratio - according to today’s directive - of more than 200% ”, she says.
FOTO: DIANA QUINTELA
NEW TIMES, NEW PIPES It was important to understand how a Group of such size - and operating in 10 different countries, with different markets - reacted to the reality that today is defined and called Covid-19. For our interviewee, “maintaining quality service to our partners and their clients was our number one priority”, in response to the pandemic that was rapidly spreading worldwide. Within a few weeks Foyer Group put their 800 employees on telework. Being a family business, the primary concern and desideratum was to safeguard the entire body of resources of the company, i.e. our employees and collaborators and this rapid initiative was extremely important and fundamental”, explains our interviewee. In the case of Letícia Soares, since she works in Luxembourg, she quickly returned to Portugal until she got through the most complex phase of the crisis. Thus, new measures had to be put into practice, without ever neglecting the commitment that defines them as a prestigious team. “We have always been available, we have tried to ensure that the excellence and level of service we offer to our clients and partners would not be altered, in fact, this problem has never arisen, because we have the true notion of what it is to support our partners and clients”. Looking back at this not too distant past, our interlocutor takes pride in the spirit and joint effort that was created and fostered, opening doors to a curious growth in a difficult period. “At WEALINS the demand for life insurance has increased. This happened because the whole company made a point of being present by any means: phone, e-mail or videoconference, using any available means to reach those who needed us and our services. This is the kind of business where our partners and their clients need to know that there’s always someone available,” stresses Letícia Soares. “FROM ADVERSITIES ARISE OPPORTUNITIES” We are talking about a company that works in freedom to provide services, - with an european passport, the insurance company can have activity and distribute insurance in other countries of the European Union always with physical presence. This means that “even being a company based in Luxembourg - and even in a time of lockdown, the company never stopped giving an answer, or a feedback to any existing question”, guarantees Leticia Soares who describes the important role of the back office in the whole process. “The company readjusted itself and all this environment ended up helping us to affirm and focus on our mission, and we all managed to understand it. It was something that made us grow”. Despite the work of our interviewee, who usually went through travel - and less office - there were tools that were not fully developed and that started to be, since “from adversities arise opportunities”, she explains, highlighting the fact that the Group has made
innovation one of its strategic axes and aims to become a “technological company specializing in the provision of top quality insurance services that meet the expectations of its clients”. “The world is digital and we have to learn to live with it, because we have to make use of the added value that this new format brings us”, she assures, remembering that currently, they bet on a new and technologically advanced system “that will create efficiency in the work structure”. The digital solutions were already being planned for the technological era ahead and, in the future, the goal is to find the right balance between digitalization and human relations to meet the needs and expectations of our partners and their clients, since “trust and physical presence are still essential in building long-term relationships and especially in this type of business”, says our interlocutor. HOW WILL THE INSURANCE INDUSTRY AND ITS TRENDS CHANGE IN THE CURRENT ENVIRONMENT? Simple question, but one that may have a complex answer. We asked Letícia Soares about this scenario and she started by explaining that “although Foyer Group is the leader in the local insurance market in Luxembourg, we, at WEALINS, basically work with life insurance for wealth management, wealth transmission and protection. So I think that, increasingly, and this being a personal view, I believe that what can be changed, and speaking of Portugal, is the mentality, the way we face our mortality”.In this way, our interviewee believes that life insurance, as well as the transmission of wealth, have become more conscious issues in global society, and the coronavirus has awakened a sense of its importance. “Especially in the transmission of wealth, where people have begun to worry about safeguarding their heirs in the future”, she assumes, adding that “we work with insurance linked to investment funds, but I think it has helped to think more about tomorrow and the future”. Making a deeper analysis of the market, Letícia Soares admits that all countries lived the pandemic in a different way, not least because there was no survival manual before this unknown reality. EYES ON THE FUTURE For Foyer Group and consequently for WEALINS, what will be most important, first of all, is to understand what the pandemic has changed in the market, to verify the impact caused and to act according to the conclusion observed. “For now our purpose is to make sure that if a second wave comes, we will be even better prepared so that the client does not feel a difficulty in the proximity and relationship with the company,” says Letícia Soares, who adds that “the fact that the market and the economy change, also ends up affecting the way we think and act, so we will understand what will impact in the near future, so that we can develop and offer the best solution”. With a new CEO, WEALINS will keep the same strategy and the same commitments. The company operates in ten markets, and the main objective - at the moment - is, before looking for new markets, to consolidate those that already exist, and the primary purpose is always the same: “to be always present for our partners and their clients, giving them a concrete and efficient response”, concludes the Country Manager in Portugal of WEALINS, Letícia Soares. ▪
31 AGOSTO 2020
“At WEALINS the demand for life insurance has increased. This happened because the whole company made a point of being present by any means: phone, e-mail or videoconference, that is, using any available means to reach those who needed us and our services the most"
» PORTUGAL-LUXEMBURGO
A paixão em trabalhar com crianças e acompanhá-las no seu desenvolvimento viajou com Paula Castro de Portugal até ao Luxemburgo, onde vê concretizado o projeto da sua vida, alicerçado pela sua família: a Royal Kids. Nós contamos-lhe tudo.
PAULA CASTRO
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aula Castro viu a sua vida tomar um rumo diferente e desafiante em 2007, quando se mudou para o Luxemburgo. Uma mudança que nos seus primórdios foi naturalmente difícil, tendo em conta que estamos a falar de uma adaptação a um país com diferenças significativas e acentuadas, no entanto não estava sozinha. Tendo cinco filhos, a sua paixão desde sempre passou por crianças e pela satisfação de testemunhar a sua felicidade e inocência. Como tal, juntamente com a sua família, em junho de 2019, a nossa entrevistada decidiu concretizar aquele que é o projeto da sua vida: a Royal Kids. “Focámos todos os nossos esforços no sentido de conseguirmos abrir algo nosso. É um projeto familiar: eu sou diretora, o meu filho é diretor adjunto e tenho ainda mais duas noras a trabalhar comigo”, esclarece Paula Castro. Na realidade, ter um projeto familiar era o que estava há muito idealizado e é exatamente esse o conceito que quer transmitir. A Royal Kids é uma creche que está dividida em três grupos de idade: dos dois meses aos dois anos, dos dois aos quatro anos e por fim dos quatro aos 12 anos, com capacidade total de 36 crianças. Também conhecida como “pilar” e “cérebro” do projeto, Paula Castro explica que “não tentamos substituir a família, mas tentamos com que as crianças façam desta a sua casa. Se sintam no reino deles. Queremos que sejam os reis da casa”, acrescentando orgulhosamente que “conseguir tirar-lhes um sorriso espontâneo para mim é tudo”. Dá para compreender todo o amor que a Royal Kids envolve, não concorda? Para a fundadora da creche, nada melhor envolve uma criança como o amor e o tempo que se
JOÃO FERREIRA
lhe dedica, no entanto, não é só. “Também temos regras, como é óbvio. O crescimento pessoal de cada um é tão importante porque é isso que vai definir o jovem e o adulto de amanhã, por isso tentamos transmitir os nossos valores: ensinamos a respeitar muito o outro, e principalmente a vê-lo como um ser igual a si próprio”, afirma. Sabemos que, na Royal Kids, existem crianças de diferentes países, sendo primário “levá-los” a conhecer todas as culturas que por ali passem: Rússia, Reino Unido, China, Portugal, Brasil, entre outras. Com isto queremos realçar que, desde logo, existiu uma grande preocupação em haver sentido de igualdade, onde não estão incluídos estatutos sociais e sim seres humanos. Prova disso mesmo é que são aceites na Royal Kids crianças com necessidades especiais, sendo o cuidado igualmente responsável e afetuoso. Além da temática da cultura que insistem em manter (e bem) ativa, muitas outras atividades se acrescentam à lista. “Temos muitas atividades de psicomotricidade. Fazemos teatro, contamos histórias, vamos ao mercado e compramos variadas frutas e legumes, para que as crianças experimentem sabores diferentes”, conta-nos Paula Castro, assumindo ainda a parte social e o seu papel importante na Royal Kids. “Também fazemos visitas a lares de terceira idade e às vezes preparamos bolachas e levamos-lhes. Fomos na altura do natal e foi muito bonito. Temos dois grandes parques perto das nossas instalações e de vez em quando saímos, guardamos pão de um dia para o outro e damos aos patos”. Muitos outros jogos e atividades são diariamente executados – alguns e para os do terceiro grupo
(dos quatro aos 12 anos), são para controlar as suas emoções. A nossa interlocutora admite que, enquanto diretora da Royal Kids, representa um papel muito importante e não só administrativo: o de observar e aconselhar. Quando algo não está bem, o primeiro passo é informar os pais – sendo que os conhece um por um. Embora pareça algo banal, mas que faz toda a diferença na vida dos pais que deixam as suas crianças entregues à Royal Kids, é o facto de a creche disponibilizar três grupos privados no Facebook (correspondentes aos diferentes grupos de idade), onde, ao fim do dia, colocam todas as atividades desempenhadas pelos seus filhos, assim como fotografias. Assim, mesmo não estando presentes fisicamente, têm oportunidade de acompanhar o quotidiano dos mesmos. EMPREENDEDORA LUSA Embora as suas raízes sejam portuguesas, Paula Castro considera o Luxemburgo a sua primeira casa, como tal, e como já é sabido, foi exatamente no Luxemburgo que se estabeleceu. Mas nem sempre foi fácil, uma vez que lutar por uma posição melhor foi um processo que originou alguns entraves, “os luxemburgueses tinham na altura vantagens e benefícios que os de fora não tinham, por exemplo, eles podiam-se candidatar a certos empregos e nós não – não só os portugueses. Agora isso já está muito banalizado, até porque cada vez mais os portugueses conseguem ter boas posições profissionais”, explica a nossa entrevistada, deixando bem claro que nada disto a derrubou ou a fez desistir dos seus sonhos, muito pelo contrário.
“NÓS TEMOS BOAS ESTRUTURAS, ALGO QUE NOS AJUDOU A ENFRENTAR A PANDEMIA” Obrigatoriamente fechados desde o dia 16 de março até ao dia 25 de maio, a pandemia provocada pelo novo coronavírus impactou diretamente no projeto Royal Kids, uma vez que ainda não se encontravam sólidos o suficiente, por terem pouco mais de um ano de existência. No entanto, como já sabe, a palavra “desistir” é desconhecida no dicionário de Paula Castro e da sua família, cuja união foi a arma mais poderosa para enfrentar este desafio.
ITUIR OS SUBST M A T N E T O “NÃ TAMOS , MAS TEN A FAMÍLIA AS AS CRIANÇ COM QUE CASA. STA A SUA FAÇAM DE DELES. NO REINO M A T IN S SE M OS S QUE SEJA QUEREMO SA” REIS DA CA
Orgulhosa da sua equipa e cada vez mais do seu projeto, a nossa interlocutora assume que “geralmente, no nosso meio de trabalho, já tínhamos bastantes medidas higiénicas, sendo que a única coisa que mudou para nós foi limitar as crianças que tínhamos, limitar a entrada dos pais - começámos-lhes a pedir para telefonar dez minutos antes de irem buscar as crianças, para nós as podermos preparar e para não haver ajuntamentos de pessoas. Nós temos boas estruturas, algo que nos ajudou a enfrentar a pandemia”. Na Royal Kids, já existia o hábito da desinfeção constante, só a más-
cara passou a integrar a lista de procedimentos. Paula Castro admite ainda que, acabaram por acolher durante as sete semanas mais complexas da pandemia, 13 crianças que o Estado lhes solicitou, devido às boas condições estruturais. “Conseguimos aceitá-las e estar cem por cento disponíveis para ajudar em tudo o que fosse necessário, não só para as nossas crianças, mas também para outras que estavam a precisar”, explica. Atualmente, não só têm as vagas todas preenchidas, como têm em lista de espera crianças para entrar no próximo ano. O feedback não podia ser mais positivo. Por isso, para o futuro só estão pensados desafios à altura: o próximo objetivo é, em 2021 abrir a segunda creche e em 2022 abrir a terceira. Segundo Paula Castro, “tudo vale a pena e tudo se consegue quando se luta e há uma verdadeira dedicação”, assim, os próximos dois projetos terão o mesmo conceito familiar, porque de outra forma “não existirá o sentimento de gratidão por todos conhecido atualmente”. ▪
33 AGOSTO 2020
“Quando vou a um sítio enquanto diretora da Royal Kids e veem uma mulher – e eu costumo dizer que sou uma mulher de garra – as pessoas ficam perplexas. Mas quem me conhece soube, desde o início, que eu ia conseguir. Foi muito difícil, tive quase três anos para conseguir abrir, mas não desisti. Serviu-me inclusive de motivação para mostrar a todos que ser mulher não quer dizer nada quando se fala em projetos. Eu sou mulher, mãe, humana, e todas estas características trouxeram-me até aqui. Sou muito lutadora, não desisto”, descreve assim Paula Castro o seu percurso enquanto mulher e portuguesa, num país à partida desconhecido. É de referir que a equipa composta pela Royal Kids é maioritariamente portuguesa, onde se cria o sentimento de pertença se calhar há muito perdido. “É muito importante para mim, sinto que posso dar valor às pessoas do nosso país, dar-lhes oportunidades”, relata a nossa entrevistada, acabando por confessar que “adoro o Luxemburgo, mas digo sempre que nós, portugueses, temos um coração diferente”.
» PORTUGAL – LUXEMBURGO
EURICO RAPOSEIRO
“ESTAMOS PRESENTES NO MERCADO COM UM SENTIDO DE MISSÃO” “O principal compromisso do ING no Luxemburgo é continuar a prestar um serviço de excelência aos seus clientes, estar próximo deles e acompanhá-los nos seus projetos”. Quem o afirma é Eurico Raposeiro, Branch Director da ING Luxemburgo, que, em entrevista à Revista Pontos de Vista, deu a conhecer um pouco mais de uma instituição que faz a diferença na relação com os seus clientes e o mercado.
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missão do ING Luxemburgo é atender da melhor forma às necessidades dos seus clientes, ajudando-os a estar sempre um passo à frente na vida e nos negócios. Qual tem sido o elemento chave para a concretização de tais objetivos? O estar sempre um passo à frente na vida e nos negócios é o nosso lema, é uma forma de estar neste banco. O ING no Luxemburgo é um banco multifacetado, tem a capacidade para servir com qualidade todo o tipo de clientes, desde grandes a médias empresas, independentes a particulares, tem uma grande diversidade cultural nos seus empregados, um pouco à imagem do mundo global no qual vivemos e isso é uma grande vantagem para o cliente se sentir compreendido.
Se tiver que destacar o elemento chave para estar à frente na vida e nos negócios, penso que será o sentido de missão que nós, funcionários, temos presente no dia a dia. Adicionalmente estamos sempre à escuta dos nossos clientes e o parecer deles é-nos muito importante e até temos por hábito praticar vários inquéritos (NPS, PACE, ING International Survey…) para medir a sua satisfação. O ING Luxemburgo destacou-se já por diversas vezes nas edições do Great Place to Work, ocupando a primeira posição no ranking entre empresas com mais de 500 funcionários. Quão gratificante isto significa na vossa metodologia de trabalho? É factual, o banco ING obteve por diversas vezes posições de grande destaque no ranking
“O principal compromisso do ING no Luxemburgo é continuar a prestar um serviço de excelência aos seus clientes, estar próximo deles e acompanhá-los nos seus projetos”
Mantém o papel de instituição financeira global, com uma forte base europeia. Que mais-valias identifica nas relações e ligações com Portugal? De que forma trazem até ao país o apoio e estímulo ao progresso económico e social? No caso do ING no Luxemburgo não existe um apoio direto ou estímulo ao progresso económico e social de Portugal. Podemos no entanto considerar que de forma indireta o fazemos pela numerosa população portuguesa residente no Luxemburgo, ao apoiar as diversas pessoas ou famílias portuguesas nos seus projetos locais. Acabamos por lhes facilitar acesso a um certo conforto de vida, que depois lhes permitem por exemplo passar as suas férias em Portugal e aí sim contribuir para a economia portuguesa. Considera que o facto de o ING Luxemburgo ter colaboradores portugueses em cargos de liderança, constrói uma ligação forte com a comunidade portuguesa no Luxemburgo? O que concretizam diariamente para fomentar tal ideia? Somos de facto alguns portugueses com cargos de chefia no banco, essencialmente gerentes de algumas das nossas 16 agências. No entanto isso é apenas uma pequena parte do total dos empregados portugueses que aqui trabalham. O empregado luso é transversal a todos os serviços e departamentos do ING no Luxemburgo. Pessoalmente acho gratificante um banco desta dimensão ter tantos colaboradores portugueses, isso também é bem demonstrativo da vontade do ING estar próximo da comunidade portuguesa que já ultrapassa largamente os cem mil habitantes no Luxemburgo. Atenta que a importância do posicionamento do cliente português, tem oferecido inúmeras
“PESSOALMENTE ACHO GRATIFICANTE UM BANCO DESTA DIMENSÃO TER TANTOS COLABORADORES PORTUGUESES, ISSO TAMBÉM É BEM DEMONSTRATIVO DA VONTADE DO ING ESTAR PRÓXIMO DA COMUNIDADE PORTUGUESA QUE JÁ ULTRAPASSA LARGAMENTE OS CEM MIL HABITANTES NO LUXEMBURGO”
vantagens à organização? Que vantagens reconhece? As vantagens são muitas, mas sobretudo quando se fala de clientes portugueses falamos na sua essência de pessoas trabalhadoras, humildes, com sentido de honra muito apurado, daí serem muito cumpridoras das suas obrigações. É óbvio que uma clientela com estas caraterísticas é apetecível para qualquer instituição financeira. Vivemos atual e mundialmente um momento atípico estabelecido pela Covid-19. De que forma é que tiveram de promover um formato distinto no que concerne à proximidade com o vosso cliente? Qual foi a reação dos clientes ao momento? O banco ING no Luxemburgo tem, há largos anos, processos digitais de qualidade e houve por isso uma capacidade notável de adaptação ao momento, onde mantivemos os serviços sempre funcionais até durante a fase mais crítica da pandemia, em que privilegiámos contactos via e-mail e telefone, os nossos MyING e MyING Pro que são as nossas aplicações de Web-banking e que são de muito boa qualidade, tudo somado permitiu-nos estar sempre presentes para os nossos clientes. De destacar que os clientes também ajudaram muito durante esta fase, tiveram sempre um comportamento adequado, respeitando o distanciamento social, o uso da máscara, mesmo aqueles que tinham algumas dificuldades em aderir ao mundo digital fizeram os esforços necessários para aceder às nossas aplicações MyING: A vossa estratégia passa por crescer em segmentos selecionados e investir fortemente na liderança digital. Considera que, neste âmbito, este conceito vos coadjuvou a estarem mais bem preparados para as adversidades da pandemia? Que outras medidas? Sim, sermos um banco com forte cariz digital permitiu que mesmo em fase de confinamento o banco continuasse a estar acessível. No entanto para evitar contágios, reduzimos o máximo possível a
passagem dos clientes nas agências, sendo necessário marcação prévia para aceder a parte dos nossos serviços. Outra medida importante foi o facilitar o acesso ao teletrabalho para os nossos colaboradores e muitos de nós iniciaram uma nova experiência que é a de trabalhar a partir de casa. Saliento que a capacidade de adaptação de todos foi posta à prova e no final foi um sucesso. Fazendo uma análise mais profunda, qual foi o impacto do novo coronavírus na Banca e que soluções prevê para fazer face às tendências mais custosas? O impacto da pandemia na sociedade é neste momento impossível de medir, até porque ainda
não acabou, como para todos os setores o mesmo se aplica à Banca em geral. Penso que o coronavírus poderá ter acelerado tendências de trabalho que já existiam, tais como vídeoconferências, vídeochamadas, teletrabalho, web-banking. Talvez o caminhar cada vez mais para estas ferramentas possa ajudar as empresas a otimizar os custos operacionais e assim a ultrapassarem esta fase difícil. Atendendo ao futuro, quais são os principais desafios do ING Luxemburgo e de que forma é que podemos continuar a esperar do mesmo os compromissos que assumem na sociedade? O principal compromisso do ING no Luxemburgo é continuar a prestar um serviço de excelência aos seus clientes, estar próximo deles e acompanhá-los nos seus projetos. O mundo atual não tem tempo e exige que nos adaptemos rapidamente aos novos desafios que aí vêm e tudo iremos fazer, com sentido de missão, para estar à altura do que se espera de um banco de dimensão mundial como é o Banco ING. ▪
35 AGOSTO 2020
do Great Place to Work. Sobre esta temática apenas posso responder por mim, ou seja, é um banco no qual me permitem ser eu próprio, ouvem as minhas opiniões, tenho facilidade em aceder a qualquer pessoa do banco não existindo aquelas barreiras hierárquicas rígidas. Assim sendo, acabamos por nos conhecer quase todos e tornámo-nos mais próximos, cria-se um sentimento de confiança, e isso nos dias que correm tem muito valor. Depois ainda existem as numerosas formações que nos são facultadas que também ajudam a continuar a evoluir.
» PORTUGAL – LUXEMBURGO
“A IDEIA É A DE CRIAR VALOR ACRESCENTADO DE FORMA DURADOURA PARA OS NOSSOS CLIENTES” A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com João Marmelo, Sales Director Portugal, e Sandra Bento, Head of Wealth Management and Product Development da Bâloise Vie Luxembourg, uma marca especialista em seguros de vida no Luxemburgo e que, ano após ano, tem vindo a aportar um know how específico e de excelência em prol da satisfação dos seus clientes. Saiba mais e compreenda como a instituição assume o rigor e a eficiência na sua orgânica como padrões a seguir para assim continuar a marcar a sua posição de liderança no mercado.
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Bâloise conta com uma vasta experiência no mercado, estando firmemente enraizada no tecido económico, sendo, portanto, um player de prestígio e reconhecimento. Qual tem sido o elemento chave para a vossa cronologia repleta de sucessos? Fundado em 1863, em Basileia, na Suíça, o Grupo Bâloise expandiu-se gradualmente a nível internacional, particularmente no Grão-Ducado do Luxemburgo no final do século XIX. Ao abrigo da Livre Prestação de Serviços, a comercialização e distribuição de contratos de seguros de vida começou em 1996. A Bâloise Vie Luxembourg conseguiu adaptar-se e definir o seu posicionamento, bem como os seus objetivos de acordo com a conjuntura do momento. A chave do nosso sucesso é esta agilidade na adaptação a um ambiente em constante mutação sabendo prioritizar o cliente, respeitando os seus projetos e necessidades. Não se trata apenas de cobrir riscos ou de subscrever um seguro, mas de responder a necessidades cada vez mais generalizadas num ambiente social em constante mudança criando um valor acrescentado para os nossos clientes. A Bâloise é caraterizada por serviços de qualidade, transparência e respeito. Tendo em conta a atual conjuntura derivada à Covid-19, como se reinventaram sem comprometer tais particularidades? Não foi uma questão de nos reinventarmos, mas sim de nos adaptarmos às contrariedades que nos foram impostas pela situação sanitária, e de nos mantermos ao mesmo tempo próximos dos nossos parceiros e clientes. Por conseguinte, entrámos em contacto com estes de forma expedita, para os informar do encerra-
“E A NOSSA OFERTA ESTÁ A DAR FRUTOS UMA VEZ QUE NA PRAÇA LUXEMBURGUESA SOMOS A EMPRESA DE SEGUROS LÍDER NA EMISSÃO DE PRÉMIOS NO MERCADO PORTUGUÊS”
mento temporário dos nossos escritórios, mas também da disponibilidade das nossas equipas. Todas as medidas foram postas em prática para assegurar a continuidade do negócio e assegurar que os nossos colaboradores pudessem trabalhar eficientemente a partir de casa. Assim, pudemos garantir a mesma disponibilidade e qualidade de serviços para os nossos parceiros e clientes mesmo sem as reuniões e serviços presenciais. De que forma é que tiveram de promover um formato distinto, com as mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19, no que concerne ao relacionamento com o vosso cliente? Encontrarmo-nos com os clientes presencialmente não era possível, nem como tal organizarmos eventos. Não sabemos ainda quando
será possível fazer seminários de novo “como antes”. Mas isso não constitui um obstáculo para comunicarmos de forma eficiente e de nos mantermos próximos dos nossos clientes. Em vez de eventos presenciais, organizámos webinars (workshops online) sobre as questões da atualidade e temas relevantes. A situação da COVID também acelerou certos processos de digitalização. Temos a sorte de estar numa atividade onde tudo pode ser gerido remotamente. Esta tem sido a nossa forma de operar durante anos, uma vez que é a própria essência da Livre Prestação de Serviços no âmbito dos seguros; isto é, a comercialização de contratos de seguro de vida num país onde não se tem escritórios físicos. Intensificamos o contacto com os nossos parceiros, para lhes mostrar que estávamos do seu lado mesmo neste período difícil, continuando, assim, a responder às suas preocupações e questões diárias. Fazendo uma análise mais global, de que forma é que o setor dos seguros e as suas tendências irão mudar face ao atual panorama? A pandemia levou a que uma grande parte da nossa sociedade tivesse de parar temporariamente. Por conseguinte, as famílias portuguesas tiveram tempo para analisar a sua situação e rever a orientação que pretendiam dar ao seu património. Vimos claramente um aumento na preocupação das famílias HNWI (High Net Worth Individuals) no âmbito do planeamento sucessório e reorganização patrimonial nos últimos meses. A Bâloise oferece contratos de seguro de vida unit-linked associados a fundos de investimento que podem ter como ativos subjacentes os chamados fundos “clássicos”, produtos derivados, fundos imobiliários, Private Equity ou fun-
“NA BÂLOISE ALÉM DE ANALISARMOS AS TENDÊNCIAS DE INOVAÇÃO A NÍVEL TECNOLÓGICO, É-NOS IGUALMENTE POSSÍVEL ANALISAR AS TENDÊNCIAS ATUAIS DA INOVAÇÃO EM GERAL. TAMBÉM NOS PREOCUPAMOS COM O BEM-ESTAR FINANCEIRO DOS NOSSOS CLIENTES” JOÃO MARMELO SALES DIRECTOR PORTUGAL
» PORTUGAL – LUXEMBURGO dos de Private Equity, mas também fundos sustentáveis. Isto aplica-se aos clientes que desejem fazer uma transição através da integração dos critérios dos fundos de investimentos ESG (com critérios ambientais, sociais e de governo de sociedades) nos seus investimentos. Esta é uma tendência que vinha a ser observada já antes da pandemia, mas que se intensificou claramente durante a mesma. A pandemia despertou claramente a consciência e a necessidade de analisar a natureza deste tipo de investimentos e criar estruturas patrimonais mais adaptadas à realidade atual das empresas e das famílias. Não estão presentes apenas no Luxemburgo, sendo que trabalham com parceiros bancários e de distribuição altamente bem-sucedidos, selecionados para vender soluções em vários países da União Europeia. Qual foi o vosso novo método de trabalho, tendo em conta a exigência da sociedade e das adversidades que enfrenta? Em poucos dias conseguimos assegurar a mesma qualidade de serviço para os nossos parceiros e clientes. As reuniões através de videoconferência têm-se tornado mais frequentes. A comunicação, tanto entre as nossas equipas como com os nossos parceiros, tem sido constante. Aliás, não sofremos um declínio na atividade. Pelo contrário, o volume de negócios foi mais elevado em comparação com o mesmo período em 2019. Conseguimos igualmente assegurar aos nossos clientes a possibilidade de realizarem operações de forma eletrónica (assinatura digital) e, devido ao confinamento, desenvolvemos igualmente a possibilidade de efetuarmos a venda dos nossos produtos à distância.
PONTOS DE VISTA
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A Bâloise disponibiliza soluções personalizadas de seguros de vida. Consideram que se tornou, atualmente, um tema mais consciente na sociedade global? Acreditam que o coronavírus despertou o sentido da sua importância? Os Contratos de Seguro de Vida luxemburgueses sempre foram atrativos para clientes abastados e cujo objetivo é proteger o seu património, mas também transmiti-lo. A pandemia COVID permitiu aos clientes parar para pensar e interrogarem-se qual a direcção que pretendiam dar ao seu património. Para muitos, isto levou claramente a uma tomada de consciência da necessidade de planear adequadamente a sua sucessão. Durante este período constatámos que o número de pedidos relacionados com o planeamento sucessório aumentou à medida que as pessoas tinham mais tempo e pensavam no assunto. Esta crise apenas serviu para realçar uma necessidade já existente. Uma necessidade urgente de regularizar situações que não estavam claras. Que género de seguros podemos encontrar na Bâloise? Na vossa opinião, quais são os mais pertinentes para assegurar tranquilidade na sociedade? De que forma é que a vossa oferta prima pela capacidade de diferenciação e de promover valor? Há mais de 20 anos que a Bâloise Vie Luxembourg distribui Contratos de Seguro de Vida Unit-linked e soluções de investimento inova-
“A PANDEMIA LEVOU A QUE UMA GRANDE PARTE DA NOSSA SOCIEDADE TIVESSE DE PARAR TEMPORARIAMENTE. POR CONSEGUINTE, AS FAMÍLIAS PORTUGUESAS TIVERAM TEMPO PARA ANALISAR A SUA SITUAÇÃO E REVER A ORIENTAÇÃO QUE PRETENDIAM DAR AO SEU PATRIMÓNIO. VIMOS CLARAMENTE UM AUMENTO NA PREOCUPAÇÃO DAS FAMILIAS HNWI (HIGH NET WORTH INDIVIDUALS) NO ÂMBITO DO PLANEAMENTO SUCESSÓRIO E REORGANIZAÇÃO PATRIMONIAL NOS ÚLTIMOS MESES” SANDRA BENTO, HEAD OF WEALTH MANAGEMENT AND PRODUCT DEVELOPMENT
doras e personalizadas destinadas a clientes exigentes cujo objetivo visa conjugar a gestão, a preservação e a transmissão do seu património com toda a tranquilidade. A ideia é a de criar valor acrescentado de forma duradoura para os nossos clientes. Temos equipas dedicadas ao planeamento patrimonial, selecção de ativos financeiros e estruturação de produtos. É uma verdadeira cadeia de valor integrada para a análise de pedidos que nos permite propor a solução mais adaptada à situação do cliente. E a nossa oferta está a dar frutos uma vez que na praça Luxemburguesa somos a Empresa de Seguros líder na emissão de prémios no mercado português. No domínio da orgânica da marca, de que
forma é que a inovação e a aposta nas novas tecnologias são um pilar essencial da vossa dinâmica e relacionamento com o mercado? Na Bâloise Vie Luxembourg damos uma grande importância à inovação. Temos um departamento de inovação interna dentro do Grupo Bâloise no Luxemburgo, que é responsável por analisar as tendências do mercado e identificar os pontos-chave que nos permitem criar ferramentas de valor acrescentado para os nossos clientes. Assim, criámos um processo de inovação inhouse que é largamente promovido dentro da empresa e apoiado com vários programas. Os nossos colaboradores são uma força central da empresa e uma fonte de novas ideias e não hesitamos em estabelecer parcerias com empresas externas, se necessário, ou em investir em start-ups.
Essa aposta inovadora também se reflete na vossa capacidade de apresentar novas ofertas no que concerne a seguros? Quando pensamos em inovação pensamos sempre em novas tecnologias. Na Bâloise além de analisarmos as tendências de inovação a nível tecnológico, é-nos igualmente possível analisar as tendências atuais da inovação em geral. Também nos preocupamos com o bem-estar financeiro dos nossos clientes. É neste quadro
que estabelecemos, em fevereiro de 2020, uma parceria com a Etika (associação luxemburguesa sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover finanças sustentáveis e éticas). Estamos atualmente a desenvolver em parceria com esta associação uma oferta de fundos internos coletivos 100% sustentáveis, que podem ser subscritos através dos nossos Contratos de Seguro de vida e que serão uma estreia no contexto luxemburguês. Este é um exemplo do que conseguimos alcançar com o nosso processo de inovação inhouse. Olhando para o vindouro, quais são os principais desafios da marca e de que forma é que podemos continuar a esperar da mesma um sentido de transparência, rigor e proximidade com quem vos procura? O Contrato de Seguro de vida luxemburguês
continua a ser um dos mais atrativos na Europa devido ao mecanismo do triângulo de segurança, que confere um nível de proteção acrescido aos Tomadores do Seguro e à estabilidade do Luxemburgo. Com o objetivo de satisfazer a necessidade de transparência, a Bâloise continuará o seu processo de digitalização, que inclui a assinatura online e o acesso do cliente à sua carteira através do seu espaço online. Mas é também necessário responder às preocupações e à consciência ainda mais presentes com a crise sanitária: o desenvolvimento de soluções de otimização e estruturação patrimonial, bem como de finanças sustentáveis e fundos de investimento socialmente responsáveis, são áreas de desenvolvimento importantes para a Bâloise. ▪
39 AGOSTO 2020
Ouvir o mercado e confiar em tecnologias fiáveis é essencial para trazer o máximo de informação e transparência possível aos nossos clientes. A ideia é facilitar e automatizar os fluxos de comunicação a fim de acelerar todos os processos, desde a subscrição até à gestão das operações do dia a dia do contratos de seguro.
» PORTUGAL – LUXEMBURGO
BEST Ingénieurs-conseils
BEST Ingénieurs-conseils
Criada em 1991, o BEST Ingénieurs-conseils é uma das mais importantes consultoras de engenharia do Luxemburgo com mais de 150 colaboradores, incluindo 105 engenheiros e técnicos com uma longa experiência na área da construção.
Créé en 1991, BEST Ingénieurs-conseils est l’un des plus importants bureaux d’études au Luxembourg avec plus de 150 collaborateurs dont 105 ingénieurs et techniciens disposants d’une longue expérience dans le domaine de la construction.
BEST Ingénieurs-conseils fornece serviços nos seguintes setores de atividades: construções de edifícios, pontes e construções industriais, abastecimento de água potável, hidráulica fluvial, planeamento urbano, saúde e segurança, BIM, C2C, mobilidade e infra-estruturas, purificação de água, ambiente, gestão de projetos, topografia.
BEST offre des services dans les domaines suivants: bâtiments, ouvrages d’art et constructions industrielles, alimentation en eau potable, hydraulique fluviale, urbanisme, sécurité et santé, BIM, C2C, mobilités et infrastructures, assainissement des eaux, environnement, project management, topographie.
A ligação com a comunidade portuguesa está a fortalecer-se ano após ano na sequência da evolução da população portuguesa no Luxemburgo. Atualmente, cerca de 15 colaboradores são de origem portuguesa, o que muitas vezes facilita as relações diárias em locais onde os portugueses estão muito presentes, quer como trabalhadores, quer como parceiros da gestão das obras. Esta tendência irá naturalmente continuar nos próximos anos, o que nos permitirá desenvolver ainda mais os laços privilegiados com a comunidade portuguesa.
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Le lien avec la communauté portugaise se renforce année après année suivant l’évolution de la population portugaise au Luxembourg. Aujourd’hui, près de 15 collaborateurs sont d’origine portugaise ce qui facilite souvent les relations quotidiennes sur les chantiers sur lesquels les portugais sont très présents soit comme ouvriers soit comme partenaires de la direction des travaux. Cette tendance va se poursuivre naturellement au cours des prochaines années ce qui nous permettra de développer encore davantage des liens privilégiés avec la communauté portugaise.
HIDROGÉNIO E A PROMOÇÃO DE UMA NOVA MOBILIDADE
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HIDROGÉNIO E O SEU (IMPORTANTE) PAPEL NA SOCIEDADE “Seja em Portugal seja no resto de mundo, eu acredito que vamos ter que transitar da económica dos hidrocarbonetos paro o hidrogénio e que vai acontecer de forma gradual e progressiva”. Quem o afirma é Rui Costa Neto, Investigador do Instituto Superior Técnico, de Lisboa. Saiba mais.
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hidrogénio está a ser considerado como uma aposta de alternativa aos combustíveis fósseis e à eletricidade. Quais são os cursos e/ou especializações que o Instituto Superior Técnico de Lisboa oferece e de que forma têm vindo a promover o tema? A aposta no hidrogénio e o oxigénio, como alternativa aos combustíveis fósseis, baseia-se no facto do hidrogénio ser um vetor energético e por isso, uma forma de armazenar eletricidade e calor. No que diz respeito ao IST, estão a ser dinamizadas formações ao nível dos diversos Mestrados, nomeadamente, Engenharia Mecânica, Engenharia e Gestão de Energia, Engenharia Química entre outros, e também através do desenvolvimento de temas para teses de Mestrado, que constituem o último semestre dos cursos.
Quais são as vantagens que identifica na utilização do hidrogénio e que adversidades se avistam nas suas soluções de mobilidade? As principais vantagens para a mobilidade: o rápido abastecimento dos veículos (5 min); a redução de custo dos veículos nos últimos 10 anos (a queda de custo 60€/kW para produções anuais de 100000 uni/ano); a autonomia superior a 500 km por deposito sem aumentar o peso do veículo (com baterias pesam quase 4 toneladas); a abundância das matérias primas para produção das pilhas de combustível (lítio e o cobalto são matérias primas escassa); possibilidade de gerar industria produtiva nacional em
RUI COSTA NETO
torno de toda a cadeia de valor do hidrogénio e oxigénio verde (construção de eletrolisadores e pilhas de combustível, sistemas de combustão, turbinas a hidrogénio para produção de energia elétrica em larga escala, sistemas de tanques de armazenamento, compressores, veículos, etc.). As principais desvantagens: falta da infraestrutura de base para o abastecimento dos veículos, que implicará investimentos em infraestruturas de distribuição e abastecimento (implementação lenta atrasa a adoção); regulamentos limitam o desenvolvimento de uma indústria de hidrogênio verde por ser algo recente e uma tecnologia mais estabelecida em pequena escala. Acredita que Portugal já possui sentido de responsabilidade e compromisso em relação a este tipo de tecnologia? Seja em Portugal seja no resto de mundo, eu acredito que vamos ter que transitar da económica dos hidrocarbonetos paro o hidrogénio e que vai acontecer de forma gradual e progressiva. Por isso acredito no nosso sentido de responsabilidade. Sendo um país democrático este tema vai ser largamente escrutinado pelos meios de comunicação social, espero eu, com a informação de qualidade, apresentado os detalhes técnico económicos corretos desta grande oportunidade que não podemos perder. Se não o fizermos, vamos ter que compra feito a outros que se antecipar e nos relegaram para consumidores de tecnologia final. Eu acredito que este último cenário nos vai sair mais caro a médio longo prazo. Quais são os passos que ainda faltam dar para que a vertente do hidrogénio seja reco-
“SEJA EM PORTUGAL SEJA NO RESTO DE MUNDO, EU ACREDITO QUE VAMOS TER QUE TRANSITAR DA ECONÓMICA DOS HIDROCARBONETOS PARO O HIDROGÉNIO E QUE VAI ACONTECER DE FORMA GRADUAL E PROGRESSIVA”
nhecida e se promova como o combustível do futuro? Organizar eventos (seminários, conferências, debates televisivos, aulas, formações de divulgação) com jornalistas, professores, investigadores, engenheiros, alunos de engenharia, alunos em geral, gestores de empresas, publico em geral. Promover informação de qualidade e escrutinável, junto dos meios de comunicação social. Demostrar através de cálculos técnicos bem fundamentados para os operadores/comercializadores de energia que operam no mercado, que a produção de hidrogénio e oxigénio através de eletrólise é um processo extremamente rentável e maduro (90000 horas de operação). A venda dos gases produzidos no eletrolisador alcalino e provenientes de energia renovável têm um valor de mercado elevado: Hidrogénio vale entre 1500 e 10000 €/tonelada de H2 e o oxigénio industrial vale cerca de 100€/tonelada e o oxigénio médico mais de 5000€/tonelada. ▪
41 AGOSTO 2020
Analisando o panorama nacional, de que forma temos vindo a criar medidas e iniciativas que nos levem a olhar para o hidrogénio como algo importante em Portugal? Olhando para o panorama energético nacional, especialmente no que diz respeito aos combustíveis fósseis, verificamos que temos uma total dependência das importações de combustíveis, tal como praticamente toda a Europa, excetuando a Noruega. Nesta medida, Portugal tal como todos os outros países com forte dependência no petróleo tem de encontrar soluções alternativa, autossustentáveis e limpas, que possam contribuir para a sua segurança energética futura. Assim, Portugal necessitará de garantir formas de fornecimento de energia limpa ao comércio e indústria, residências e serviços e principalmente para a mobilidade no sector dos transportes. É nesta medida que o hidrogénio será uma importante forma de armazenar energia elétrica e térmica para satisfazer todas as necessidades energética do país e garantir um acesso energético competitivo e economicamente viável, que contribua para uma sociedade descarbonizada, autossustentável, alimentada pelas ilimitadas energias renováveis.
» 25º ANIVERSÁRIO DA TPMC
TPMC A CELEBRAR 25 ANOS DE HISTÓRIA
Num ano em que – por resistências maiores motivadas pela pandemia - não podem decorrer celebrações, a TPMC faz 25 anos. Contudo, Tânia Castro, CEO da marca, garante que o maior festejo é a sensação de dever cumprido perante uma realidade que trouxe novos desafios. 42 PONTOS DE VISTA
A
TÂNIA CASTRO
TPMC é uma empresa direcionada para o investimento, cujo objetivo é apoiar os seus clientes em futuros negócios nacionais e internacionais. Fundada em 1995, e 25 anos depois, que análise deste período? “O balanço de todos estes anos é muito positivo”. Foi assim que Tânia Castro respondeu prontamente à nossa interrogação, enchendo-se de orgulho por estar à frente de uma equipa que descreve como “profissionalmente preparada” para qualquer adversidade. A nossa entrevistada admite ainda que, quem trabalha com o exterior, acaba por ter sempre maiores desafios – mas também mais aliciantes, uma vez que a política da TPMC não permite que se rendam às vicissitudes. Para Tânia Castro, o que de mais importante retira de todos estes anos de atividade, é “termos hoje clientes que estão connosco desde o primeiro dia, o que significa que o nosso serviço tem a qualidade que ambicionamos oferecer”, acrescentando que “querem ser reconhecidos pela qualidade do nosso trabalho e não porque
temos os melhores preços ou porque somos os mais rápidos”. Confiança, resiliência e assertividade são as palavra-chave para um percurso repleto de sucessos. “DAS ADVERSIDADES SURGEM AS OPORTUNIDADES” Antes de existir a nova realidade intitulada por Covid-19, o método de trabalho da TPMC já era, na sua maioria, à distância, uma vez que o serviço internacional é o seu meio mais comum. “O nosso trabalho é todo em back office, já usávamos ferramentas que são hoje indispensáveis para contactar à distância, muitas das nossas reuniões já eram por videoconferência e toda a equipa já estava preparada para trabalhar em casa”, explica a nossa interlocutora. No entanto, este método nunca foi o mais favorável, na sua opinião, ao invés da visita física aos seus clientes, considerando ainda que, embora não seja possível viajar para já, assim que seja exequível, retomarão as viagens assim como as conferências previamente adiadas. O objetivo numa fase pós pandemia é equilibrar o trabalho
tuais e de vistos de trabalho – curiosamente. “Não tenho dúvidas nenhumas que os setores ligados ao investimento, como o imobiliário, não decaíram tanto como estávamos à espera”, explica a nossa interlocutora, acrescentando que “os próximos meses vão ser muito relevantes. Vamos ter algumas certezas e esclarecer muitas dúvidas". “QUEREMOS CONTINUAR A CRESCER SUSTENTADAMENTE” Desde o primeiro dia que todos os profissionais da TPMC se dedicam aos seus clientes e às suas necessidades, sejam elas de expansão do negócio, fiscais, administrativos, legais ou de quaisquer outros setores. Para Tânia Castro a cronologia da mesma tem sido feliz, querendo continuar a olhar para o futuro num formato de esperança, mas, ao mesmo tempo, de forma consciente. “Podemos esperar ainda mais persistência, mais trabalho, mais qualidade. Queremos continuar a promover a Madeira, a promover os benefícios fiscais portugueses, a atrair investimento para Portugal, a gerar oportunidades na criação de postos de trabalho. Queremos continuar a crescer sustentadamente”. Um dos muitos motivos de orgulho para a nossa entrevistada são os Recursos Humanos da empresa, podendo-se “gabar” – e bem – que nunca tiveram - nem quiseram – prescindir dos seus trabalhadores. “O capital humano é o ativo mais importante para nós. Sem eles, não estaríamos onde estamos, não duraríamos 25 anos nem esperaríamos durar muitos mais”, conclui. ▪
43 AGOSTO 2020
Com uma análise mais profunda sobre a atual conjuntura pandémica, a Diretora Geral da TPMC, utiliza a expressão «das adversidades surgem as oportunidades», uma vez que, nos piores meses da mesma, não houve falta de trabalho – algo que infelizmente aconteceu em muitos setores. E porquê? Segundo a nossa entrevistada, Portugal começou a ser visto com outros olhos: o mercado internacional passou a reconhecer o seu potencial. “Além de todas as ótimas e diferentes características já por todos conhecidas “O capital no nosso país (gastronohumano é o ativo mia, clima, paisagens, mais importante entre muitas outras), para nós. Sem eles, não ficou reconhecido como estaríamos onde estamos, um exemplo, na organização, na tomada de não duraríamos 25 anos decisão, na saúde públinem esperaríamos durar ca e principalmente na muitos mais” segurança”. A segurança é presencial com o hoje em dia – e mais do que back office. nunca – um elemento inquesUma das dificuldades tionável na qualidade de vida dos sentidas na TPMC e que, cidadãos. ainda hoje, é um entrave, é Prova disso mesmo é que, a TPMC tem o atraso nos correios. “Um envelorecebido contactos de pessoas curiosas sobre a pe que de Lisboa para a Madeira demorava no vida em Portugal: como é que funciona? Como máximo dois dias, neste momento pode demoé que é o ambiente? Quando é que me posso rar três semanas, algo que retarda todos os prodeslocar? São alguns dos exemplos, mas não só. cessos”. Contudo, outros métodos se arranjaram Ao contrário do que se esperaria perante uma e, segundo Tânia Castro, “não há trabalho que crise económica, a empresa recebeu vários não esteja a ser concretizado – com maior ou pedidos de vistos gold, de residentes não habimenor celeridade”.
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
“CIDADÃS(ÃOS) MAIS INFORMADAS(OS) SERÃO NECESSARIAMENTE CIDADÃS(ÃOS) MAIS CONSCIENTES DA REALIDADE QUE AS/OS RODEIA” Impulsionar a igualdade efetiva entre homens e mulheres na carreira judicial é apenas um dos muitos objetivos da AJP – Associação das Juízas Portuguesas. Paula Ferreira Pinto, Presidente da Direção e Joana Gonçalves Santos, Presidente do Conselho Fiscal contaram-nos quais as mais-valias desta “associação de intervenção cívica”.
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
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PAULA FERREIRA PINTO
A
AJP - Associação das Juízas Portuguesas surge em 2018, devido à necessidade sentida de promoção e defesa da situação profissional das mulheres magistradas. De que forma debateram o tema e como chegaram à conclusão de que se deveria abraçar esta associação? A ideia da AJP surgiu num grupo de magistradas após estas se terem apercebido da existência em diversos países de associações de juízas, destinadas a prosseguir, representar e defender os direitos das magistradas judiciais e das mulheres em geral. Considerando que em Portugal a profissão foi franqueada às cidadãs há mais de 40 anos, mas que se mantêm dificuldades específicas nos exercício e integração funcional das mulheres, entenderam as juízas em causa ter chegado a hora de se organizarem em termos semelhantes.
JOANA GONÇALVES SANTOS
Em diversos países já existiam associações de juízas destinadas a representar e defender os direitos das mulheres magistradas. Sentem que, em Portugal, este caminho ainda só agora começou? Que objetivos se propuseram a concretizar no âmbito desta representação? O caminho foi sendo anteriormente percorrido, mas em moldes individuais e, por isso, muito penosos. A AJP pretende contribuir para o debate democrático e aberto na sociedade portuguesa, em particular no sistema de Justiça e nas magistraturas, com vista à promoção e defesa da mulher enquanto magistrada, no exercício funcional a que se dedicou profissionalmente. A International Association of Women Judges, fundada nos Estados Unidos, é atualmente integrada por 4000 membros, em mais de
A AJP pretende contribuir para o debate democrático e aberto na sociedade portuguesa, em particular no sistema de Justiça e nas magistraturas, com vista à promoção e defesa da mulher enquanto magistrada, no exercício funcional a que se dedicou profissionalmente
“EM TERMOS SALARIAIS, HÁ UM ESCRUPULOSO CUMPRIMENTO DA LEI NO QUE TOCA À IGUALDADE DE GÉNERO, MAS, NO MOMENTO DA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO FUNCIONAL, TODAS AS QUESTÕES RELATIVAS À MATERNIDADE E AO PAPEL DA MULHER ACABAM POR REFLETIR-SE NEGATIVAMENTE”
Como podem descrever a desigualdade de géneros dentro dos tribunais? Consideram que, apesar dessa mesma desigualdade, existe algum tipo de evolução entre os tempos? Em termos salariais, há um escrupuloso cumprimento da lei no que toca à igualdade de género, mas, no momento da avaliação da prestação funcional, todas as questões relativas à maternidade e ao papel da mulher acabam por refletir-se negativamente. Na verdade, ainda é raro que um juiz homem use das prerrogativas de parentalidade. No caso das mulheres, além de serem penalizadas na avaliação, a maior parte das vezes não são substituídas no período de licença, pelo que o trabalho acumula-se. E até as juízas que não são mães são penalizadas, exatamente por não o serem, sendo questionadas quanto ao facto de não produzirem mais atentas essas circunstâncias.
Acreditam que a reflexão e partilha de experiências entre Juízas são algo significativas? De que forma promovem esta cooperação mútua entre colegas da mesma profissão? A partilha de experiências e a reflexão sobre a realidade não só permitem aquilatar da normalidade das diversas práticas, bem como da sua desejabilidade, no sentido de conformação destas com valores fundamentais vigentes. Facultam ainda um correto diagnóstico das práticas, permitindo libertar a análise do casuísmo inerente a cada situação, facilitam a compreensão da realidade e, finalmente, promovem o estabelecimento de soluções. A AJP encontra-se empenhada em estabelecer o diálogo, troca de experiências e reflexões, pretendendo gerar um clima de confiança entre juízas, através das ações que empreendeu e que, num futuro próximo, irá concretizar, promovendo fóruns sobre temas que surjam como importantes para as magistradas e mulheres em geral, e bem assim através da realização de conferências ou diálogos com profissionais de saúde, de segurança e da área laboral, que permitam que, sem constrangimentos, as associadas se sintam confortáveis para contribuírem com as suas experiências e/ou visões para uma sociedade mais equilibrada e justa.
Estarem presentes ativamente é algo a que se comprometeram desde logo e prova disso mesmo é a futura formação online que se intitula como “exposição online: conhecer riscos, mitigar vulnerabilidades”, a realizar-se no dia 9 de setembro. Qual é o objetivo desta atividade e o que importância terá no percurso das participantes? O mundo digital em que vivemos oferece desafios que são pouco conhecidos pela grande maioria dos cidadãos. Ora, a vulnerabilidade, que acompanha o desconhecimento é algo que deve merecer atenção, de modo a diminuir os riscos da vida online, permitindo-nos ser mais conscientes dos prós e contras da utilização destes valiosos instrumentos de socialização. Cidadãs(ãos) mais informadas(os) serão necessariamente cidadãs(ãos) mais conscientes da realidade que as/os rodeia e, portanto, poderão conduzir as suas vidas com maior responsabilidade, quer na vertente pessoal, quer no exercício funcional. Gostariam de deixar uma mensagem e um convite a todas as mulheres magistradas que, também elas, queiram abraçar a AJP? Numa sociedade cada vez mais focada na funcionalização do ser humano, é fundamental
não se perder de vista que somos muito mais do que meros fatores de produção. Depende da nossa disponibilidade e empenho nas causas sociais e nos valores civilizacionais, de que tanto nos orgulhamos enquanto cidadãs, a sua atualização diária e concretização prática na vida de todos. Se o exercício da judicatura indicia já um relevante interesse pelos valores em apreço, não nos esqueçamos que nós, magistradas, somos cidadãs de pleno direito e por isso – também - destinatárias diretas da Constituição da República Portuguesa, a qual jurámos cumprir quando iniciámos a nossa carreira enquanto magistradas. O que podemos esperar da AJP no futuro? Quais os desafios que se avizinham? Os desafios são muitos e não são específicos das mulheres juízas. Terão especificidades próprias da profissão, a exigirem respostas que atendam a tal. A AJP tem em curso um leque de atividades, tais como a realização de estudos sobre a mulher juíza e sobre a exaustão e depressão laboral na judicatura, passando pela colaboração com escolas, do primeiro ciclo até ao secundário, a fim de promover a igualdade de género e a desconstrução de paradigmas que com aquela contendam. Há todo um conjunto de atividades que extravasam o judiciário e que se inscrevem no escopo da AJP, enquanto associação de intervenção cívica, que a breve trecho será devidamente anunciado. ▪
www.juizasportuguesas.org
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100 países. Quão importante é para Portugal, que a AJP também integre na organização? Que mais-valias trará ao nosso país? A mais-valia da integração da AJP numa associação desta natureza é facultar à magistratura portuguesa um contacto estreito com a realidade de outros países, aprendendo a diagnosticar problemas, contribuindo para a formação e aplicação de medidas de combate à discriminação de género no meio em que opera. Num mundo cada vez mais global e interativo, a partilha de experiências e de conhecimentos beneficiará a sociedade em geral dado que o contacto com a realidade alargada permitirá ao judiciário uma maior permeabilidade e compreensão dos diversos fenómenos sociais que contêm formas de discriminação de género, assim possibilitando uma resposta mais eficaz na prossecução da igualdade.
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
“A PROXIMIDADE COM OS CLIENTES É UMA CONSEQUÊNCIA NATURAL DE UM TRABALHO DESENVOLVIDO COM DISPONIBILIDADE E DEDICAÇÃO” A sociedade de advogados MATLAW aposta sobretudo na transparência, primando por elevados padrões de ética nas suas áreas de atividade. Joana Neto Mestre, Managing Partner da mesma, em conversa com a Revista Pontos de Vista, explicou quão gratificante este projeto significa na sua vida.
A
MATLAW tem um grande foco na prestação de assessoria jurídica a clientes internacionais e nacionais na área do investimento imobiliário. No sentido de contextualizar junto do nosso leitor, de que forma a sociedade de advogados tem vindo a promover a sua marca no mercado? Os nossos clientes procuram-nos para levar a cabo investimentos imobiliários com a maior segurança jurídica possível, e para os assessorar em todo o tipo de questões e litígios relacionados com real estate. A necessidade de ter assessoria isenta e de qualidade é ainda mais premente quando um projeto envolve investidores estrangeiros, que procuram no advogado um “porto seguro” que os ajude a prevenir e resolver problemas, bem como a conhecer os riscos associados aos seus investimentos. Nesse sentido, temos procurado desenvolver parcerias com entidades do setor que operam a nível nacional e internacional, estar presente em eventos e marcar presença nas redes sociais. Mas a maior parte do nosso trabalho vem por recomendação de outros clientes, e não há reconhecimento melhor do que esse. Podemos afirmar que a MATLAW procura definir-se pelas seguintes três características: proximidade, transparência e inovação. Estes são os fatores que primam pela capacidade de diferenciação? Sim, são as características que queremos que marquem o nosso trabalho e a nossa relação com cada cliente.
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
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JOANA NETO MESTRE
Como nos pode descrever a vossa oferta de acordo com os mesmos? A nossa oferta é necessariamente taylor made. A proximidade com os clientes é “Como uma consequência natural profissional, procuro ser de um trabalho deseneu mesma, ser perseverante volvido com disponibilidade e dedicação. Por e desafiar-me a mim própria sua vez, a transparência e a toda a equipa. Há sempre é essencial para a conscoisas a melhorar e a trução de relações de consciência disso confiança: começando mantém-nos vivos, pela previsibilidade de custos e passando por uma despertos” boa comunicação do início
Penso que a sociedade portuguesa está recetiva a novos projetos, e que a desigualdade de género, não tendo desaparecido, pouco a pouco se vai atenuando. A advocacia, por exemplo, é uma profissão tradicionalmente masculina, mas hoje em dia as mulheres estão em peso, e as faculdades de direito são exemplo disso. Como diz o ditado: primeiro estranha-se, depois entranha-se.
ao fim. Finalmente, a inovação traduz-se na constante procura de soluções eficientes e criativas, mas simultaneamente seguras e adequadas às necessidades concretas dos clientes. Tendo em conta que a sociedade está em constante mudança, que ideias têm para se reinventarem todos os dias e de que forma o fazem? É essencial mantermo-nos atualizados e adquirir continuamente conhecimentos que sejam úteis para que possamos fazer mais e melhor. Numa sociedade em constante mudança, nunca podemos assumir que já sabemos tudo. Por outro lado, e porque vivemos numa aldeia global digital, procuramos tirar ao máximo partido das novas tecnologias para que possamos desenvolver a proximidade e a inovação que tanto desejamos, e que felizmente nos permite chegar aos muitos cantos do mundo sem sair do escritório. Vivemos atualmente uma realidade provocada pelo novo coronavírus, como analisa o impacto que o mesmo teve no investimento imobiliário em Portugal? Que soluções prevê? Creio que ainda é prematuro falar numa nova crise do imobiliário, embora muitos já a prevejam. A História também nos ensina que a crise de uns é a oportunidade de outros, por isso estou confiante que também o imobiliário saberá dar resposta ao coronavírus. Todos os setores, dos serviços à indústria, terão de con-
tinuar a reinventar-se para fazer face aos desafios colocados pelo Covid-19. Caso contrário, se não morrermos da doença, morreremos da cura. Em particular, creio que Portugal tem excelentes condições para continuar a atrair estrangeiros que “vibram” com o nosso país, com os portugueses e com a nossa cultura, e que se sentem muito seguros neste cantinho à beira-mar. Falemos agora sobre a Joana Neto Mestre. Quem é, enquanto pessoa e profissional? Como tantas mulheres, sou Filha, Mãe, Esposa, Amiga, Colega, Cidadã, Advogada, e a lista continua... gosto de ter presente as muitas dimensões da minha vida para não me esquecer que, à sua medida, todas elas são fundamentais, para mim e para as pessoas que trabalham comigo. Como profissional, procuro ser eu mesma, ser perseverante e desafiar-me a mim própria e a toda a equipa. Há sempre coisas a melhorar e a consciência disso mantém-nos vivos, despertos. Quão gratificante é para si estar à frente de uma sociedade de advogados como a MATLAW? Qual o seu estilo de liderança? É muito bom lembrar como começámos, saber onde estamos, e principalmente para onde queremos ir. Dou cada vez mais importância ao trabalho em equipa e à delegação de tarefas, não só porque o trabalho deve ser feito, e bem feito - ora, por mais que queiramos fazer tudo, o dia só tem 24h -, mas também
porque acredito que várias cabeças pensam melhor que uma e que a responsabilização motiva as pessoas. Como considera que o empreendedorismo se encontra em Portugal? Acredita que, atualmente, a sociedade está mais disponível e tem melhores acessos a projetos diferenciadores, especialmente quando se vê uma mulher à frente dos mesmos?
Para o futuro, que desafios estão reservados para a MATLAW? Os desafios para o futuro da MATLAW passam pelo crescimento e contínua especialização da equipa, por apostar nas novas tecnologias aplicadas à advocacia, e por nos darmos a conhecer cada vez mais dentro e fora de portas. ▪
47 AGOSTO 2020
"É ESSENCIAL MANTERMO-NOS ATUALIZADOS E ADQUIRIR CONTINUAMENTE CONHECIMENTOS QUE SEJAM ÚTEIS PARA QUE POSSAMOS FAZER MAIS E MELHOR. NUMA SOCIEDADE EM CONSTANTE MUDANÇA, NUNCA PODEMOS ASSUMIR QUE JÁ SABEMOS TUDO”
Que conselho gostaria de deixar a todas as mulheres que pretendem iniciar uma carreira empreendedora? Deixo dois. O primeiro: que jamais deixem de o fazer por serem mulheres. O segundo: que o foco não sejam as dificuldades, mas aquilo que é possível fazer para seguir caminho.
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
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“A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL É MUITO IMPORTANTE NA LIDERANÇA” Paula Gandra é Administradora do Grupo Just Stay Hotels – uma marca portuguesa que conta já com dez hotéis citadinos espalhados de norte a sul do país. A nossa interlocutora conta à Revista Pontos de Vista de que forma se descreve enquanto líder deste projeto e como é que o mesmo encarou a atual conjuntura provocada pelo novo coronavírus.
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PAULA GANDRA
ara contextualizar e dar a conhecer o público menos informado, quem é a Paula Gandra e o que representa a Stay Hotels em termos de atividade? Iniciei a minha carreira na PricewaterhouseCoopers (PwC), onde estive 12 anos, os últimos dois em Londres, e, posteriormente, estive no grupo Martifer, sempre ligada à área financeira. Sou, desde maio de 2013, administradora e responsável pela área financeira do Grupo JUST STAY HOTELS, que detém a STAY HOTELS, uma marca portuguesa de hotéis citadinos, limited service, onde o cliente paga apenas o que realmente precisa: localizações centrais nas
Nunca senti nenhum desconforto ou entrave por ser Mulher. Sempre acreditei que o potencial das mulheres para a liderança é inegável, pois aprendemos a lidar desde muito cedo com multitarefas e a gerir sensibilidades e personalidades. No entanto, penso que a existência de um equilíbrio não só de género, mas de competências, experiências, áreas de conhecimento, entre outros, é fundamental, para se atingirem níveis superiores de performance numa equipa, qualquer que seja, pois a diversidade e o confronto de várias ideias permitem a tomada de melhores decisões. Tenho tido a sorte de trabalhar com pessoas que pensam da mesma maneira. Que desafios podemos esperar no futuro da Stay Hotels? Apesar da crise que o setor do turismo está a atravessar, a STAY HOTELS continua a atuar de forma pró-ativa e confiante. O Grupo mantém os seus planos de expansão e continua a investir na abertura de novas unidades hoteleiras em Portugal. Acabamos de lançar uma nova campanha de verão (10€ a primeira noite, em estadias mínimas de duas noites em agosto e setembro, em qualquer STAY HOTEL) e estamos a trabalhar em mais ações que pretendem convidar os portugueses a descobrir os encantos do país. O que tem realizado o vosso Grupo Hoteleiro neste contexto de Covid-19 para proteger e assegurar as melhores condições de segurança e qualidade sanitária? Desde o início desta crise sanitária que a nossa principal preocupação foi proteger os nossos clientes e equipas. Com o encerramento das unidades, recorremos ao lay-off com a principal preocupação de assegurar todos os postos de trabalho, e, felizmente, já estamos a voltar à normalidade, com a reabertura gradual dos nossos hotéis. Em todas as nossas unidades implementámos um protocolo interno muito rigoroso que visa proteger e fornecer condições de segurança aos nossos colaboradores e clientes, cumprindo todas as recomendações das entidades de saúde.
principais cidades do país e o máximo conforto. Atualmente a marca possui dez unidades hoteleiras de norte a sul do país e prevê abrir até ao final de 2020 mais uma unidade junto ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Como líder, o que acha que a diferencia, que a faz ser reconhecida internamente e o que os seus RH’s seguem como uma linha condutora no dia a dia laboral? Para mim, liderar é estar ao lado das pessoas que trabalham comigo, orientando e influenciando através do exemplo, contribuindo dessa forma para o seu desenvolvimento profissional.
49 AGOSTO 2020
Que mensagem deixa ao nosso leitor e ao público em geral num mo“Apesar da crise mento tão conturbado em que que o setor do turismo todos vivemos e às mulheres no está a atravessar, a STAY âmbito do empoderamento e HOTELS continua a atuar de liderança empresarial? forma pró-ativa e confiante. Gostaria de deixar uma mensagem de esperança e confiança, O Grupo mantém os seus planos pois a nossa sociedade sempre de expansão e continua a mostrou ser resiliente e capaz de investir na abertura de novas ultrapassar mesmo os cenários unidades hoteleiras mais adversos. Acredito que vamos Considero em Portugal” ser capazes de enfrentar estes novos impor tante desafios de forma positiva. fomentar a proÀs mulheres, gostaria de dizer que é ximidade, o envolpreciso acreditarmos em nós, lutarmos para vimento das equipas, alcançar os nossos objetivos, e sermos persisouvi-las atentamente para tentes. Nunca nos podemos esquecer que as poder atingir os objetivos propostos. No dia a mulheres têm um papel muito importante para dia, concentro a energia para aquilo que é posio crescimento das economias e para o desentivo e possível de controlar. A inteligência emovolvimento humano. Com solidariedade e cional é muito importante na liderança. entreajuda, temos de acreditar que as mudanças acontecem gradualmente, pois a igualdade Sentiu na pele ao longo da sua carreira algum de géneros é uma realidade que se constrói desconforto ou entrave por ser Mulher e, ao diariamente. ▪ mesmo tempo atualmente, Administradora?
PONTOS DE VISTA NO FEMININO
UMA UNIVERSIDADE QUE VISA TRANSFORMAR OS ESTUDANTES NOS PROFISSIONAIS GLOBAIS DO FUTURO Isabel Moço, Coordenadora e Professora da Universidade Europeia, contou-nos de que forma a instituição oferece acesso ao ensino superior de qualidade, centrado no estudante. Saiba quais as principais características que a tornam diferenciadora.
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Universidade Europeia afirma distinguir-se pela sua capacidade de inovação e pelo seu modelo académico diferenciador. Quais são as características e princípios que fomentam esta ideia? A Universidade Europeia distingue-se pela sua capacidade de inovação e pelo seu modelo académico diferenciador que está alicerçado nos princípios da qualidade, da internacionalização, tecnologia e da aproximação às empresas e ao mercado de trabalho. A Universidade Europeia oferece acesso a um ensino de qualidade centrado no Estudante, preparando-os para serem os Profissionais Globais do futuro, com todas as competências para alcançarem o sucesso profissional em qualquer parte do mundo. Com um posicionamento que pretende adaptar-se à realidade, cada vez mais digital, o modelo académico da Universidade alia as aulas presenciais (cada vez mais práticas e personalizáveis) à flexibilidade das aulas à distância e à utilização de tecnologia de ponta, permitindo o desenvolvimento de competências de forma integrada.
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Muitas são as áreas de educação que a Universidade Europeia oferece, destacando-se como uma instituição líder no ensino de Gestão Hoteleira e Turismo. Considera que esta área ganhou força nos últimos anos? A área de Gestão Hoteleira e Turismo, da Universidade Europeia, assim como as outras em que lecionamos, está focada em aproximar o estudante do mundo empresarial e dos seus desafios, orientada para a qualidade de serviço, com foco no cliente. Procura responder às tendências do mercado neste sector nos últimos anos e à necessidade de haver uma crescente profissionalização dos recursos humanos ligados à atividade hoteleira: pela exigência de qualidade, pelo incremento da concorrência nacional e internacional e pela emergência de grandes grupos hoteleiros portugueses. A Universidade Europeia, entre muitas outras, é uma referência em Portugal, sendo a primeira escolha dos estudantes e empregadores. Que qualidades aponta a este ensino de excelência? A Universidade Europeia apresenta uma metodologia de ensino exigente, dinâmica e próxima da realidade empresarial, com uma componente flexível e experiencial, através de aulas presenciais, aliadas a uma componente digital, que visa a participação ativa do estudante no seu próprio processo de aprendizagem e de desenvolvimento, preparando-o para um mundo global através da aquisição de conhecimento e do desenvolvimento de competências que potenciam a sua empregabilidade em qualquer parte do mundo. A experiência de mobilidade internacional e das parceiras com entidades de referência no contexto global são também fun-
ISABEL MOÇO
damentais para o desenvolvimento dos estudantes como profissionais globais, reforçando assim o ensino de excelência da Universidade Europeia. O que nos pode contar sobre a Isabel Moço e sobre o seu percurso pessoal e profissional até chegar à Universidade Europeia? Seja o que for que tenha feito na minha vida profissional, ou venha a fazer, tem de “ter pessoas lá dentro”. Esse sempre foi o meu foco, a minha atenção e o cerne da minha dedicação. Na realidade, nunca me projetei na Academia, apesar de ter tido um convite no último ano da Licenciatura, que recusei por me sentir pouco preparada. Há 30 anos, academia e mundo empresarial estavam de costas voltadas e isso para mim nunca fez sentido, nem sequer me fazia qualquer sentido. Comecei por estagiar na RDP, no Gabinete de Gestão Técnica do Trabalho (Direção de Pessoal), mas não me encantou – foi um período complexo e o caminho era tornar-me técnica. Não gostei. Logo depois, entrei pelo mundo da formação e consultoria, e o que sempre me encantou foi ter de estar permanentemente a atualizar-me e ver como é que tudo era tão diferente de organização para organização. Nunca fiz qualquer intervenção sem o devido ajustamento. Correu bem, mas precisei sempre de mais e senti também necessidade de conhecer “o outro lado” – o das empresas e da gestão, pois isso permitir-me-ia compreender melhor os desafios que me propunha ajudar a ultrapassar. E ao longo do meu percurso profissional tive vários cargos de gestão que possibilitaram que em cada um
dos meus campos de atuação conseguisse leituras mais abrangentes. Finalmente, mas não menos importante, nos últimos anos aprofundei uma vertente associativa e de voluntariado que levo muito a sério, mas que no nosso país é complexo. Acho que não fiz um percurso, mas vários em paralelo e isso realiza-me muito. Tudo o que fiz, e faço, é sempre com valores de base e princípios de que não abdico e por isso não me serve qualquer organização. Sinto-me bem quando os princípios e os valores lá estão e se podem sentir no dia a dia. Em paralelo com o meu trabalho na Universidade Europeia, onde tive a felicidade de encontrar a possibilidade de articular a vida académica e o mundo empresarial, procuro sempre estar em vários fóruns, grupos e comunidades, partilhar e dinamizar tudo e todos, quanto possa. Um dos pilares da atuação da Universidade é precisamente a ligação com o mercado, e como acredito que isso nos permite estudantes mais motivados e profissionais melhor formados, é um trabalho que adoro. Uma Universidade não pode defender esta visão, só com académicos – é na articulação entre académicos e profissionais que está a diferença. Quão gratificante é para si trabalhar neste projeto, que envolve tantas áreas e personalidades diferentes? Emociono-me sempre que me despeço de uma turma, porque sei que de alguns, nunca mais vou saber. Como professora, ou qualquer outro papel, não gosto muito de passar pela vida das pessoas sem deixar uma marca – nem sempre é positiva, mas acho que isso é condição própria da humanidade. Quero sempre que consigam olhar para a realidade e para o futuro, prevenidos, preparados e confiantes, e isso constrói-se. Em tantos anos, foi-se consolidando essa certeza de que trabalhamos para um bem maior, uma sociedade melhor e quando vejo os nossos antigos alunos brilhar, é uma realização. Por isso, é extraordinariamente gratificante o trabalho que desenvolvemos todos os dias e a permanente preocupação de criar experiências tão significativas, que fiquem na sua memória durante muito tempo, uma recompensa em si mesmo. Anualmente fazemos uma cerimónia de entrega de diplomas, que traduz um reconhecimento aos estudantes e famílias, por terem confiado em nós. É um dos momentos grandes do ano, e sentimos sempre um enorme orgulho em ver homens e mulheres preparados e cheios de garra para enfrentar futuros de sucesso. Todas as profissões têm as suas recompensas, mas o professor tem uma das missões mais nobres e que pode ser mais marcante na vida de outras pessoas. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT