Revista Pontos de Vista Edição 98

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AN-SOFIE DE VOS,

DIRETORA DA IMMO PORTUGAL EM DESTAQUE

Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda. DEZEMBRO 2020 | EDIÇÃO Nº 98 - Periodicidade Mensal | Venda por Assinatura - 4 Euros

ALDEIAS DO XISTO VENHA CONHECER

IERA LISBOA

INSTITUTO EXTREMEÑO DE REPRODUCCIÓN ASISTIDA E A VISÃO SOBRE A FERTILIDADE EM PORTUGAL

CARLA MARTINS

“A PEÇA FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO QUE HOJE É VISÍVEL DA CENTURY 21 TIPY FAMILY, É A EQUIPA”

FOTO: DIANA QUINTELA

GESTORA OPERACIONAL E BROKER NA CENTURY 21 TIPY FAMILY, NO SEIXAL



FICHA TÉCNICA

Propriedade, Administração e Autor Publicação da responsabilidade editorial e comercial da empresa Horizonte de Palavras Edições, Lda.

ÍNDICE DE TEMAS

Administração | Redação | Departamento Gráfico Rua Rei Ramiro 870, 2º J 4400 - 281 Vila Nova de Gaia Sede da entidade proprietária: Rua Oriental nrº. 1652 - 1660, 4455-518 Perafita Matosinhos Outros contactos: +351 220 926 877/78/79/80 E-mail: geral@pontosdevista.pt; redacao@pontosdevista.pt www.pontosdevista.pt | www.facebook.com/pontosdevista Impressão Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas Distribuição Nacional Periodicidade Mensal Registo ERC nº 126093 NIF: 509236448 | ISSN: 2182-3197 | Dep. Legal: 374222/14 DIRETOR: Jorge Antunes EDITOR: Ricardo Andrade Rua Rei Ramiro 870, 2º J 4400 – 281 Vila Nova de Gaia

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DE QUE FORMA É QUE A PANDEMIA DA COVID-19 ALTEROU A COMUNICAÇÃO NAS EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES? QUAL SERÁ O FUTURO DA COMUNICAÇÃO NUM «NOVO NORMAL»?

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FOMOS CONHECER ALGUMAS MULHERES LÍDERES QUE DIARIAMENTE PERPETUAM A DIFERENÇA NA LIDERANÇA DE EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES, SEGUINDO NUMA LÓGICA DIFERENCIADORA E PROMOTORA DE VALOR

PRODUÇÃO DE CONTEÚDOS: Ricardo Andrade Beatriz Quintal DESIGN E PAGINAÇÃO: Mónica Fonseca GESTÃO DE COMUNICAÇÃO: João Soares, Luís Silva FOTOGRAFIA: Diana Quintela - www.dianaquintela.com Rui Bandeira - www.ruibandeirafotografia.com Tiragem: 26.500 exemplares Detentores do Capital Social: Jorge Fernando de Oliveira Antunes: 100%

Preço de capa:

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O DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA COMEMOROUSE NO PASSADO DIA 1 DE DEZEMBRO. HÁ AINDA UM LONGO CAMINHO A PERCORRER NO QUE DIZ RESPEITO À INFORMAÇÃO PÚBLICA SOBRE O VIH E O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO QUANTO AO MESMO

4,00 euros (iva incluído a 6%) Assinatura anual (11 edições): Portugal: 40 euros (iva incluído a 6%) Europa: 65 euros Resto do Mundo: 60 euros

O FUTURO DA COOPERAÇÃO NA CPLP. FRANCISCO RIBEIRO TELLES, SECRETÁRIO EXECUTIVO DA CPLP E OUTROS PLAYERS, ABORDAM A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES NO DOMÍNIO DO UNIVERSO DA CPLP

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SERÁ O PEVE - PROCESSO EXTRAORDINÁRIO DE VIABILIZAÇÃO DE EMPRESAS O INSTRUMENTO LEGAL QUE FALTAVA AO NOSSO PAÍS EM MATÉRIA DE RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS? SAIBA A OPINIÃO DOS NOSSOS ESPECIALISTAS

Editorial A Revista Pontos de Vista apresenta-se como uma publicação editada pela empresa de comunicação empresarial Horizonte de Palavras, sendo de frequência mensal, assume-se como um meio de comunicação que pretende elevar as potencialidades do tecido empresarial em Portugal. Assumimos o compromisso de promover paradigmas práticos e autênticos do que de melhor existe em Portugal, contribuindo decisivamente para a sua vasta difusão. Os artigos nesta publicação são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor. Reservados todos os direitos, proibida a reprodução, total ou parcial, seja por fotocópia ou por qualquer outro processo, sem prévia autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista, exceto nos anúncios com a localização obrigatória paga. O editor não se responsabiliza pelas inserções com erros, lapsos ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. Quaisquer erros ou omissões nos conteúdos, não são da responsabilidade do editor.

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O IMPACTO DA COVID-19 NO TRATAMENTO DA INFERTILIDADE. FOMOS CONHECER PERSONALIDADES QUE ABORDAM ESTA TEMÁTICA E REVELAM O CENÁRIO ATUAL DA (IN)FERTILIDADE EM PORTUGAL

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A IMPORTÂNCIA DA CIBERSEGURANÇA NO CONTEXTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. SOLUÇÕES QUE PODEM MARCAR A DIFERENÇA NA SEGURANÇA DO UNIVERSO EMPRESARIAL PORTUGUÊS

3 DEZEMBRO 2020

Assinaturas Para assinar ligue +351 22 092 68 79 ou envie o seu pedido para: Autor Horizonte de Palavras – Edições Unipessoal, Lda Rua Rei Ramiro 870, 2º J, 4400 - 281 Vila Nova de Gaia E-mail: assinaturas@pontosdevista.pt




» TURISMO E SUSTENTABILIDADE

“QUEM PROCURA ENCONTRA-SE. QUEM VIER ÀS ALDEIAS DO XISTO TRANSFORMA-SE”

ALDEIAS DO XISTO

Quando Portugal olha para si próprio não é apenas um país marítimo. É feito também de aldeias, de agricultura. Está ainda ligado à compreensão da natureza, às relações humanas – que tão bem definem os portugueses. No interior, existem as Aldeias do Xisto, um território repleto de sonhos por descobrir e que Rui Simão, Coordenador Executivo da Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR), nos descreveu. Conheça melhor esta identidade nacional.

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Rede Aldeias do Xisto é um projeto de desenvolvimento sustentável de base regional e de escala supramunicipal, que agrega 20 municípios e mais de 200 agentes públicos e privados, na Região Centro de Portugal. Desde logo, a missão primordial, centrou-se na recuperação das comunidades, começando pelas infraestruturas, como o saneamento, a água e as telecomunicações mas não só. Foi também importante elevar a autoestima da população, e restabelecer uma ideia de futuro que estava há muito perdida no tempo. “A idade da pedra”, é assim que Rui Simão, o nosso entrevistado, caracterizou esta primeira fase, tendo sido ela o arranque para o nascer da esperança – algo básico, mas tão digno como a reconstrução de fachadas, coberturas, espaços comunitários e edifícios públicos. Superado com sucesso este desafio e já com a Rede das Aldeias do Xisto constituída, integraram-se ainda as praias fluviais, os percursos pedestres e uma mão cheia de parceiros na área do turismo. A segunda fase, curiosamente intitulada por “dores de crescimento”, focou-se no alargamento da oferta, no crescimento da notoriedade, na afirmação dos valores fundacionais da marca Aldeias do Xisto, como a vitalidade das comunidades, a valorização do modo de vida, a responsabilidade social, o bem-estar individual e coletivo, a salvaguarda da natureza, o espírito de união. Com esta etapa concluída, eram já mais de cem as unidades de alojamento e uma imensidão de pessoas orgulhosas por pertencer a este projeto. Passo a passo atingiu-se a terceira fase – a da transformação da notoriedade em negócio. A evolução


SIMBIOSE ENTRE O PASSADO E O PRESENTE A defesa do espírito da vida comunitária, da maneira de ser e de estar nas aldeias, as relações humanas e a natureza são, claro está, fatores a manter

e que, efetivamente, neste território são possíveis de potenciar. Com efeito para a ADXTUR este é um pensamento fundacional. “Essa perspetiva que queremos obviamente preservar não é apenas para salvaguardar as aldeias e o seu modo de vida. Queremos projetá-las para o futuro. Queremos que Portugal lhes reconheça valor, que as veja como reservas da identidade nacional e daquilo que é ser português”, explica Rui Simão. Para que na prática seja concretizado, têm sido realizadas iniciativas que ligam o design com a natureza e com as comunidades. Feiras nacionais e internacionais também têm tido uma forte presença de todos os que englobam o projeto Aldeias do Xisto e que com ele levam aos cantos do mundo a riqueza do interior de Portugal. O objetivo é, no fundo, conhecer o caminho da modernidade, mas sem esquecer aquilo que define este território: os segredos do passado. “Não podemos perder a capacidade de fazer pão, de plantar abóboras, de confecionar os queijos, de construir com as próprias mãos o mundo que nos rodeia”, afirma o nosso entrevistado, acrescentando ainda que “a complementar o que são as nossas tradições, temos de projetar pensamento novo e criar iniciativas que nos elevem, que ergam o nosso território, temos de criar o desejo e até a perceção de valor na cabeça e no coração de quem lida connosco”. Certo é, que o espírito de união e de parceria permanecerão até ao fim dos tempos. RESILIÊNCIA POSTA À PROVA Em todo o mundo vivem-se tempos incertos e, para muitos, até mesmo desmotivadores face à pandemia que se instalou na sociedade. Porém, a verdade, é que a marca Aldeias do Xisto nasceu do encontro entre a força dos resistentes e o espírito dos utópicos. “A nossa capacidade de resistência sempre esteve à prova, desde o início que muitos não acreditavam que fosse possível erguer um projeto como este e que temos em mãos há já 20 anos. É um orgulho fazer parte desta história”, explica Rui Simão. Com isto, o nosso entrevistado refere-se ao ano de 2017, aquando dos incêndios que deflagraram de forma trágica e que, também nesse momento, o futuro estremeceu. No entanto, lado a lado com as 27 aldeias, em conjunto com parceiros e associados e com as imensas pessoas que lidam com regularidade com este projeto, foi possível não só erguê-lo como elevá-lo, uma vez que a essência das Aldeias do Xisto não é suscetível de arder. Com uma superação forte o suficiente para seguir em frente, sucedeu-se uma série de acontecimentos (como tempestades ou derrocadas) que podiam ter atribulado esta convicção, mas não foi o caso. “Haverá tempo para desfrutar novamente do Centro de Portugal”, foi a mensagem do Turismo do Centro de Portugal após o aparecimento da COVID-19. Assim, em conjunto com a rede de parceiros regionais e nacionais a ADXTUR percebeu qual era o passo seguinte. Ao longo de dois meses a venda turística deixou de ser prioridade e começou-se a planear a sua reabertura. “Portugal cresceu imenso nos últimos anos, mas com esta problemática percebemos que, em termos estruturais, estava muito direcionado para o mercado externo. Com a pandemia, teve de olhar para dentro e descobrir o turismo nacional. Esta situação colocou em vantagem todos os territórios menos expostos ao vírus, contudo tiraram melhor partido aqueles que estavam mais organizados e as Aldeias do Xisto estavam”, assegura Rui Simão. Uma das ferramentas que se torna útil neste con-

texto é o Book in Xisto (www.bookinxisto.com) que permite que se possa planear e reservar aquela que será a experiência mais conveniente para cada um, de acordo com as suas motivações, não deixando de existir um back office humano que “entra em contacto com quem fez a reserva e tenta perceber quais são as motivações e os interesses e assim sugerir, a partir da localização escolhida, o que pode visitar. No fundo o objetivo é maximizar a experiência de quem vem”, reconhece o nosso interlocutor. Na página oficial das Aldeias do Xisto (www.aldeiasdoxisto.pt), decorre um artigo em permanente atualização com informações pertinentes, como as medidas pela segurança e bem-estar comum recomendadas pelo Turismo de Portugal, o que pode fazer antes de sair de casa para se proteger ou até quais os alojamentos com o selo Clean&Safe. O My Xisto Trails (www.myxistotrails.pt) foi ainda concebido para que, por iniciativa dos visitantes, saibam onde se encontram as praias fluviais, os percursos pedestres, os trilhos de BTT, os miradouros, os pontos para observar a natureza ou o céu noturno, entre outros. UM 2021 FELIZ Rui Simão confessou-nos que os meses do verão passado foram extremamente positivos, nunca tendo havido tantas reservas e solicitações. “Temos uma agilidade muito grande, uma coesão imensa ao nível da parceria, somos capazes de responder rapidamente em grupo e é inegável que foram esses fatores que nos deram vantagem neste ano tão complexo, no entanto as Aldeias do Xisto querem crescer sim, mas num país que cresça também. À medida que as Aldeias do Xisto se vão afirmando, Portugal também ganha porque ganha mais um pedaço de si próprio”, admite. Com a plena determinação na cooperação da rede, o nosso entrevistado acredita que a ADXTUR será uma mais-valia para o crescimento nacional e por esse motivo estão já a ser programadas iniciativas que farão com que 2021 seja um ano feliz. Com os olhos pontos neste futuro próximo, estão já à venda neste Natal, vouchers válidos em toda a rede das Aldeias do Xisto para usar ao longo de 2021. “O que queremos transmitir com isto é confiança, queremos dizer que estamos cá, o território está cá, a natureza e a natureza das pessoas também cá estão. Para nós o distanciamento físico não é igual ao distanciamento social. Podemos ser intensamente próximos sem estar fisicamente em contacto”, afirma Rui Simão. Estes vouchers podem ser utilizados tanto em época baixa como alta e podem ser adquiridos através do Book in Xisto, para utilizar em restaurantes, hotéis, casas, experiências, entre todos os produtos presentes na plataforma. É com esperança e otimismo que a ADXTUR encara um ano de 2021 favorável para todos, não esquecendo que haverá certamente a necessidade de darmos asas novamente ao espírito livre que mora dentro de nós. Assim, o nosso entrevistado deixa um convite a todos os que queiram, no próximo ano, visitar este território: “Venham descobrir esta identidade nacional que guardamos com tanta delicadeza, venham fazer parte da nossa história. Quem procura encontra-se. Quem vier às Aldeias do Xisto transforma-se”. ▪

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para um projeto capaz de criar, produzir e projetar bens e serviços de qualidade acima de tudo representativos da identidade cultural do território, identidade essa preparada para chegar a ouvidos nacionais e internacionais. Com mais de 500 quartos agregados no Book in Xisto (uma plataforma de reservas exclusiva, disponível em cinco idiomas, funcionando sob os princípios do comércio justo, e com todas as informações pertinentes para tornar a experiência ainda mais inesquecível), as Aldeias do Xisto apresentam atualmente o que de mais surpreendente contém o interior de Portugal. Hoje, é possível apontar no mapa a sua localização exata. Parece irrelevante? Não nos esqueçamos que, por vezes, as paisagens mais vibrantes são também as mais desconhecidas. A ADXTUR tem o brio e a ousadia de hoje poder apresentar estes destinos hoje graciosos mas em tempos desvalorizados. Para Rui Simão, há lugares especiais neste território e que quem visita não deve deixar por descobrir. “Se tivesse de escolher um roteiro, escolhia a grande rota das Aldeias do Xisto. Essa viagem tem de passar pelo menos por quatro unidades distintas de paisagem: a Serra da Lousã, a Serra do Açor, o Vale do Zêzere e a Beira Baixa. O ideal seria uma estadia de dois ou três dias em cada uma delas e tenho a certeza que no final ficaria com vontade de conhecer o restante território”.


BREVES BREVES

MINHO

DIA PORTUGAL

DIA PORTUGAL APOIA CAMPANHA BARRETE SOLIDÁRIO

PONTOS DE VISTA

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A maior campanha de angariação de fundos da Associação salvador, conta com o apoio da DIA Portugal que irá oferecer um Barrete Solidário a todos os clientes que efetuem compras superiores a 50€ na plataforma https:// lojaonline.minipreco.pt/ A DIA Portugal anuncia que irá apoiar a Campanha Barrete Solidário, a maior iniciativa de angariação de fundos da Associação Salvador, oferecendo um Barrete Solidário a todos os clientes que efetuem compras superiores a 50€ na plataforma de comércio eletrónico https://lojaonline.minipreco.pt/ . Com uma cobertura que já abrange a Grande Lisboa e a cidade do Porto, a plataforma minipreco.pt já é o destino habitual de milhares de famílias que, desta forma, podem também contribuir para uma causa tão importante. Para Helena Guedes, Diretora Comercial da DIA Portugal, “esta parceria vem reforçar o nosso compromisso para com a sociedade em geral e para com as pessoas com deficiência motora em particular. Doámos um Barrete Solidário a todos os nossos colaboradores e convidamos os nossos clientes a contribuírem, ao mesmo tempo que efetuam compras na

nossa plataforma minipreco.pt, para que respeitem o confinamento e não deixem de contar com a nossa oferta. Desde o início desta pandemia que temos estado ao lado dos portugueses, intensificando medidas para proteger os nossos colaboradores e clientes, ao mesmo tempo que temos apoiado instituições que prestam um inestimável auxílio a quem mais precisa nesta fase. Por isso, é com enorme orgulho que nos associamos à maior campanha de angariação de fundos da Associação Salvador, contribuindo para ajudar projetos de apoio a centenas de pessoas com deficiência motora”, conclui. Salvador Mendes de Almeida, Presidente e Fundador da Associação Salvador, afirma “durante todo o ano, a Associação Salvador trabalha pela

inclusão social e luta pelos direitos de centenas de pessoas com deficiência motora, potenciando os seus talentos e sensibilizando a sociedade para a igualdade de oportunidades. Este ano celebramos o nosso 17º aniversário e esta parceria com a DIA Portugal em muito contribui para que continuemos o nosso trabalho que permite apoiar cerca de 450 beneficiários por ano, em áreas como desporto adaptado, atribuição de equipamentos, integração profissional, eventos de convívio e sensibilização dos jovens e da sociedade em geral”, conclui. O apoio a esta campanha começou a estar disponível para todos os clientes da plataforma de comércio online do Minipreço em https://lojaonline. minipreco.pt/, que efetuem compras superiores a 50€, desde o dia 10 de dezembro.

CATÓLICA-LISBON E NOVA SBE

Católica-Lisbon e Nova SBE sobem no ranking das melhores escolas de negócio da Europa em 2020 As escolas de negócios portuguesas Católica-Lisbon e Nova SBE, que detém, em colaboração com o MIT Sloan, o The Lisbon MBA, consolidam a sua presença entre as melhores escolas de negócio europeias no ranking do Financial Times 2020. O ranking das Escolas de Gestão Europeias do Financial Times baseia-se nas pontuações globais que cada escola obteve para cada classificação em que participa, como MBA, Educação Executiva, Mestrado em Gestão e EMBA. Para Maria José Amich, diretora-executiva do The Lisbon MBA, “é com grande orgulho que obser-

vamos uma melhoria da posição das escolas de negócio, Católica-Lisbon e Nova SBE, que suportam o The Lisbon MBA, no competitivo ranking do Financial Times, situando-se entre as melhores da Europa. Para este resultado, contribui também a excelência dos nossos programas de MBA, com um elevado rigor académico, assente na investigação de vanguarda do seu corpo docente, uma abordagem educativa holística e personalizada, que incorpora as últimas tendências na gestão de empresas, o desenvolvimento de competências de liderança, empreendedorismo e inovação, na formação de gestores num mundo cada vez mais interligado e global”.

No Minho produz-se destilado idêntico ao whiskey em tempo record A Fermentum, empresa spin-off da Universidade do Minho, dedica-se à produção e distribuição da Cerveja LETRA e durante os últimos quatro anos fez parte de um projeto de doutoramento que lhe permitiu desenvolver destilados com propriedades semelhantes ao whiskey, mas com inspiração cervejeira e com recurso a um processo que reduz significativamente o tempo de processo. Os Letra Spirits são destilados com origem nas cervejas 100 por cento malte. Para além do hoppy Gin, a marca apresenta nesta época natalícia dois novos destilados, o “Malt Spirit - Port Oak Aged” e o “Malt Spirit - Imperial Stout Oak Aged”, onde o primeiro estagiou em madeira de carvalho que tinha estado previamente em contato com vinho do Porto e no segundo destilado o carvalho esteve em contato com a cerveja Letra G - Imperial Stout. Ambos os “Malt Spirits” foram sujeitos a um processo inovador desenvolvido em parceria com a Universidade do Minho que os torna semelhantes a whiskeys. Os Letra Spirits apresentam-se num kit de 3 garrafas de 20 cl (Hoppy Gin, Malt Spirit Porto Oak Aged e Malt Spirit - Imperial Stout Oak Aged) e um copo específico para prova de destilados. Em fase de lançamento só existem 70 kits o que torna este produto muito exclusivo e apetecível devido ao seu preço de 39,99€. “Letra Spirits” vai ter venda exclusiva nas lojas da marca, com grande ênfase na plataforma online (www.cervejaletra.pt), na Letraria Porto, Letraria Vila Verde, Letraria Braga e nas lojas pop-up nos centros comerciais Braga Parque e Espaço Guimarães durante o mês de dezembro.

THE MARKIES

Joge Corrula usa The Markies para simplificar tarefas domésticas Num vídeo com muito humor protagonizado por Jorge Corrula, The Markies revelam como vão simplificar a identificação e separação de roupa em casa. A nova marca promete uma solução prática e divertida de trazer originalidade e diferenciação à forma como tornamos uma peça “nossa”. Os marcadores The Markies - https://themarkiesoriginal.com/ - são um produto inovador, útil, mas simultaneamente divertido e com estilo e chegam ao mercado para resolver o velho problema da distinção das peças de roupa. A solução é vendida em formato MBox, disponibilizando um conjunto de aplicador e marcadores metálicos com diferentes símbolos e cores, que podem ser utilizados por diferentes pessoas a partilhar o mesmo espaço. Os marcadores em metal, aplicados às peças de roupa, garantem o estilo, individualidade e permanência que muitas vezes falta a outras soluções para o problema da distinção de peças de roupa e acessórios como o uso de linhas de diferentes cores, nomes a caneta feltro na etiqueta da peça ou tiras de passar a ferro.



PONTOS DE VISTA NO FEMININO

MARIA DO CARMO CASTRO

PONTOS DE VISTA NO FEMININO

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“ESPERO QUE EM 2021, A ETRA PORTUGAL POSSA SER CONSIDERADA UMA DAS MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR” A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Maria do Carmo Castro, Country Manager da ETRA Portugal, que deu início a esta aventura em outubro passado. Assume que esta é uma aventura desafiante, principalmente em contexto de pandemia, mas sabe que em equipa tudo é possível. Conheça mais de uma líder e de uma marca que diariamente procuram marcar a diferença.

N

o sentido de contextualizar o nosso leitor, explique-nos um pouco o conceito de atuação de mercado da entidade que lidera, ETRA Portugal, e de que forma é que a mesma tem vindo a implementar uma dinâmica diferenciadora,

promotora de valor e assente na excelência e na qualidade? A ETRA é um grande grupo empresarial Espanhol que se dedica a disponibilizar à sociedade serviços com a mais avançada tecnologia nas áreas de mobilidade, rede de tráfego, transporte,

iluminação, energia, segurança, comunicações. Faz parte do maior grupo Empresarial, Grupo A.C.S, presidido por Florentino Pérez. Durante mais de 30 anos o GRUPOETRA tem desenvolvido de maneira continuada as capacidades necessárias para crescer de forma sustentável e


“ESTAMOS EM VÁRIAS FRENTES, APESAR DOS SERVIÇOS DE INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO ELÉTRICAS SEREM A NOSSA BASE. JÁ EXISTIA UMA EQUIPA COM MUITOS ANOS DE CASA, COM MUITO CONHECIMENTO TÉCNICO, E COM ESTAS NOVAS ÁREAS DE NEGÓCIO A EQUIPA VAI VOLTAR A CRESCER NOS PRÓXIMOS ANOS, NÃO TENHO DÚVIDAS! ACREDITO NO LEMA: SE QUERES IR RÁPIDO VAI SOZINHO, SE QUERES IR LONGE VAI EM EQUIPA”

A sua liderança ainda é bastante embrionária, pois assumiu a posição de Country Manager da Etra recentemente. De que forma recebeu este desafio e quais são as suas principais motivações no sentido de continuar a elevar a empresa a outro patamar? É verdade! Comecei esta aventura no final do verão, após ter sido a selecionada num processo de recrutamento internacional em plena pandemia. O convite foi aliciante; reestruturar a fundo a Eyssa-Tesis. Apesar de não ser engenheira de formação, o desafio foi irrecusável. Estive em Madrid, Valência e Vigo, e tive o prazer de conhecer de perto a realidade Etra bem como grande parte da equipa. Fiquei fascinada com a dimensão dos projetos desenvolvidos e executados. Quando iniciei aqui em Portugal, também fui muito bem recebida, e estamos em fase de reestruturação e de novos hábitos de trabalho. Ainda temos algum caminho a fazer, mas está a ser muito desafiante. A minha maior motivação é elevar o patamar de Portugal a uma delegação espanhola, como a de Vigo ou Madrid. Para atingirmos esta meta, o primordial é termos pessoas motivadas a trabalhar em equipa. Que balanço já é possível fazer? Qual será o

grande desafio da reestruturação da Etra Portugal (Eyssa-Tesis)? Ainda é muito cedo para fazer uma avaliação, mas ela terá de ser feita, em primeiro lugar, por quem já estava na Etra Portugal e, simultaneamente, por Espanha. Posso confessar que tem sido desafiante. O processo que estamos a levar a cabo é muito mais complexo do que abrir uma nova empresa ou iniciar um novo projeto. Estamos a falar da reestruturação de uma empresa com mais de quatro décadas de existência. Isto exige um estudo constante de todas as áreas de negócio. É necessário ajustar metodologias às novas necessidades, identificando as pessoas para cada projeto. É um jogo de estratégia constante. Ninguém gosta de mudanças, e isto não é novidade. Em dois meses alterámos muito. Primeiro, a denominação da empresa. Optámos por aproximar o nome à casa mãe — Etra. Para alterar qualquer processo é fundamental ter-se em conta as pessoas que dele já faziam parte, perceber quais as suas motivações, e conhecer de perto o seu dia-a-dia. Só depois podemos começar a implementar novos processos de trabalho. É também importante perceber que recursos mais precisamos para acrescentar valor a estes processos. Agendámos muitas formações, implementámos novos métodos de trabalho apenas com o intuito: simplificar, para melhor produzir. A Etra em Portugal tem um potencial enorme. Felizmente, a nossa área de negócio não foi atingida por esta grande Crise Covid. Nunca parámos. Pelo contrário, alterámos o nosso core business de tráfego para uma unidade de negócio, e estamos já a implementar as linhas de negócio que Espanha tem, tais como nas soluções de mobilidade, transportes, iluminação, energia e novos produtos. A equipa está a crescer, e vai crescer ainda mais. O projeto torna-se quase viciante. Estamos a desenvolver novas áreas de negócio para nós e o mercado está a responder melhor do que esperávamos. O grande desafio é o dia de Hoje, estamos em ritmo frenético com tantas alterações, e precisamos de entrar rapidamente em velocidade cruzeiro. Isto será possível assim que estivermos

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FOTO: RUI BANDEIRA

manter uma posição de liderança no mercado. A sede é em Valência - Espanha, e atualmente estamos presentes em vários países como Portugal, Marrocos, Turquia, Brasil, Colômbia, México, Peru, Chile, Equador e, mais recentemente na Alemanha. A Etra tem sido inovadora em várias cidades, num trabalho exaustivo de simplificação de processos e inovação. Em Portugal, a Eyssa-Tesis, agora Etra Portugal, teve um papel fundamental na semaforização da cidade de Lisboa nos anos 80, com a instalação do Software Gertrude, por exemplo, e também com a instalação de toda a rede semafórica que vemos espalhada por todo território nacional -continente e ilhas. Somos fabricantes de semáforos há muitos anos, e asseguramos a sua manutenção. Trabalhamos em simultâneo na manutenção de vários túneis e radares, entre outros serviços.


PONTOS DE VISTA NO FEMININO

PONTOS DE VISTA NO FEMININO

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“TENTO TRANSMITIR A NECESSIDADE DE VERMOS O LADO BOM DE CADA SITUAÇÃO. DA IMPORTÂNCIA DE RESPEITARMOS O TRABALHO DO OUTRO. A MOTIVAÇÃO VEM DE CADA UM, SEI QUE NÃO CONSIGO MOTIVAR NINGUÉM. O MEU CUIDADO É PERCEBER O QUE POSSO FAZER POR CADA UM, PARA QUE SE SINTAM SEMPRE MOTIVADOS. ESTE É O GRANDE DESAFIO. QUAIS OS ESTÍMULOS DE CADA UM, E ESTAR EM CONSTANTE EQUILÍBRIO”

todos coordenados e todos os projetos verdadeiramente identificados. Estamos numa fase anormalmente assoberbada de trabalho, com os vários concursos públicos para apresentação de propostas. Outro desafio será não dependermos da contratação pública e tornarmo-nos parceiros também das várias empresas de energia em Portugal. O desafio maior é, sem dúvida, trabalhar neste cenário de pandemia, em que tentamos não colocar ninguém em risco. Sente que será um trabalho árduo, rigoroso e que necessitará de um sentido coletivo e de equipa muito apurado e aprofundado para concretizar os desideratos da empresa? Sem dúvida! Esse trabalho árduo já começou. Não faço sem quero fazer nada sozinha. O sucesso só é possível com o trabalho de uma equipa multidisciplinar. Estamos em várias frentes, como já disse anteriormente, apesar da nossa base serem os serviços de instalação e manutenção elétricas. Já existia uma equipa com muitos anos de casa, com muito conhecimento técnico, e com estas novas áreas de negócio a equipa vai voltar a crescer nos próximos anos, não tenho

dúvidas! Acredito no lema: Se queres ir rápido vai sozinho, se queres ir longe vai em equipa! Olhando para o seu background, nunca deixou de continuar a apostar na sua formação académica. Recuando um pouco, de que forma é que este trajeto foi e é essencial na sua função atual? Sente que essas experiências foram fundamentais para ter alcançado esta posição de liderança? As oportunidades que tive foram surgindo com alguma tranquilidade. Trabalhei muitos anos, por opção, por conta própria para conseguir acompanhar o crescimento dos meus filhos. A posição que hoje ocupo foi uma oportunidade, não uma ambição. Sempre fui clara com as minhas convicções e motivações: os meus filhos sempre foram prioritários. No entanto, nos últimos anos, é verdade que decidi voltar a investir na minha formação, uma vez que os meus filhos já não dependiam tanto de mim. Senti que precisava de adquirir novos conhecimentos. Talvez graças a uma irreverência natural da idade, confesso que durante anos desvalorizei a formação. Quando somos mais novos


acreditamos que sabemos tudo, e ninguém tem nada para nos ensinar. Felizmente, a maturidade veio rapidamente anular esta crença, e hoje em dia, sempre que estou prestes a terminar uma formação, dou comigo a pensar já na próxima. Tento transmitir aos meus filhos, aos meus irmãos e sobrinhos mais novos: só com formação contínua é que podemos evoluir. O mundo está a evoluir a uma tal velocidade que é essencial estarmos em constante evolução e adaptação. Os menos curiosos ou interessados acabam por ficar completamente de fora desta transformação. Acredito fielmente numa das teorias do PGL: Qualquer um de nós pode fazer tudo, desde que seja ensinado. Tento transmitir também dentro da empresa esta urgência da formação contínua e constante, que será a principal meta para 2021. Uma empresa cresce a olhos vistos, se cada uma das pessoas crescer. Quero disponibilizar todas as ferramentas de formação, para que assim possam crescer e para que possam ter outras oportunidades dentro da própria empresa e — porque não? — poderem substituir-me. Que género de liderança espera aportar à

Apesar de algumas mudanças positivas, as empresas e os respetivos líderes nem sempre dão o devido valor à vertente dos recursos humanos, sendo este um erro crasso para quem pretende evoluir e alcançar a excelência. É uma pessoa que acredita que os recursos humanos de uma empresa, são o principal pilar da mesma? Como já o disse, é impossível não pensar e agir assim. A empresa é formada por pessoas, pessoas todas elas diferentes, todas elas com motivações diferentes. Esta é a minha maior preocupação, e nos tempos que correm não é fácil, mas estritamente necessária a preocupação pelo outro. O sofrimento não nos pode ser indiferente. Sem pessoas, as empresas tornar-se-iam unipessoais, e não é isto que somos nem o que queremos ser. Acredito e sei, que, por vezes, há muitas coisas que podemos fazer pelas pessoas e que não custam dinheiro. Não permito que se trabalhe mais do que o tempo contratado. Valorizo muito a produtividade, o equilíbrio família-trabalho. Prefiro acreditar que não existem empresas que não tenham esta preocupação. Na verdade, gosto mais da palavra Pessoas do que a expressão Recursos Humanos Quem é a Carmo enquanto pessoa e de que forma é que transporta essa personalidade mais pessoal para as funções de liderança enquanto Country Manager? Ui… esta pergunta não é nada fácil (risos). Sou a sétima filha de 13. Sou mãe galinha e babada do André, da Beatriz, do Afonso, do Gonçalo e da Carminho. Sou uma pessoa grata à minha vida, ao que tenho. Adoro a minha família, adoro receber pessoas em casa, viajar, sou elétrica, sempre com muita energia. Sou uma pessoa otimista. Basicamente é isto que tento transmitir todos os dias. Não quero ser, nem sou supermulher! Gosto de simplificar, simplificar processos. Gostava que a minha personalidade e aquilo que sou pudesse servir de exemplo às pessoas com quem trabalho. E esta é, para mim, a melhor definição de liderança. Em que medida o Grupo Etra tem dado passos na descarbonização? O Grupo Etra desenvolve e instala soluções de mobilidade elétrica. Somos parceiros do Grupo PSA na oferta de serviços de instalação das Wall

box, e estamos a instalar vários postos de carregamento na Península Ibérica. Em Madrid fomos os responsáveis pelo piloto de carregamento indutivo de 6 autocarros da EMT. Em Portugal, queremos ser fortes parceiros das empresas elétricas, na implementação das suas ações de descarbonização. Os desafios não cessam e os projetos também não. Que novidades terão para o próximo ano? Não querendo levantar o véu, há novidades que estamos a preparar. Estamos a priorizar a utilização de materiais reciclados nos nossos produtos. Queremos também entrar no setor dos transportes, em Portugal, e esse será sem dúvida o maior desafio para 2021. Acredito que com toda a gama de produtos que já desenvolvemos em Espanha, e não só, este seja uma meta possível de alcançar. Olhando para a dinâmica dos produtos do Grupo ETRA, esta disponibiliza purificadores de ar #Zonair, para todo o género de instalações. Este produto ganha ainda maior preponderância pela realidade em que vivemos atualmente, da COVID-19? A Zonair3D é o exemplo mais recente de como o Grupo Etra continua a investir em novos projetos, seja por desenvolvimento, seja por aquisição de empresas. O purificador surge numa realidade pandémica, mas a qualidade do ar é uma preocupação muito anterior ao coronavírus. Não queremos associar este produto à doença covid-19, mas à qualidade do ar nos nossos locais de trabalho, nos locais que frequentamos. Infelizmente, as doenças respiratórias têm um peso muito elevado nas patologias existentes, e o Grupo Etra tem investido no desenvolvimento desta tecnologia para tentar minimizar esse risco. Atualmente, é, sem dúvida, uma boa aposta, mas não é apenas um produto “anti-covid”. ▪

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FOTO: RUI BANDEIRA

dinâmica da Etra? Que mensagem é que acredita que um líder positivo deve passar às equipas para que estas se sintam constantemente motivadas em prol do projeto? Fala-se muito de liderança, e não me quero assumir como um tipo de líder A ou B. O que tenho vindo a acrescentar à Etra passa muito por aquilo que sou e no que acredito. Sou Humana, sou Cristã e acredito que todos têm direito a serem tratados como tal. O meu trabalho passa muito por dar as ferramentas que precisam para fazer o trabalho, para que assim todos juntos consigamos atingir os objetivos que a empresa assim o exige. Sou uma pessoa simples e prática, e vivo um dia de cada vez; mas também sou exigente. Tento transmitir a necessidade de vermos o lado bom de cada situação, de respeitarmos o trabalho do outro. A motivação é algo muito pessoal, e sei que não consigo motivar ninguém. O meu cuidado é perceber o que posso fazer por cada um, para que se sintam sempre motivados. Este é o grande desafio. Quais os estímulos de cada um, e estar em constante equilíbrio.

A TERMINAR, O QUE ESPERA PARA 2021, E QUE MENSAGEM GOSTARIA DE DEIXAR A TODO O GRUPO ETRA, EM PORTUGAL?

Esta semana a Eyssa Tesis comemorou 47 anos de existência, espero que a Etra Portugal dure muitos mais anos, e que muitas pessoas tenham oportunidade de trabalhar aqui connosco. Desejo a todos o que desejo para mim, o melhor! 2021 vai ser um ano com muitas mudanças, mas com a ajuda, o trabalho, a dedicação de cada um, vamos chegar mais longe. Espero que em 2021, a Etra Portugal possa ser considerada uma das melhores empresas para se trabalhar!


PONTOS DE VISTA NO FEMININO

UNSTOPPABLE WORLD SOLUÇÕES CONCRETAS NUM MUNDO DESAFIANTE

ANDREA CARDOSO

Fomos conhecer a Unstoppable World, Lda e a sua CEO e Fundadora, Andrea Cardoso, uma mulher que adora desafios e que decidiu apostar numa nova área e novo projeto em finais de 2019. Venha fazer esta viagem connosco e conhecer a Unstoppable World, Lda, uma marca que promete transformar a sua vida, através da sua casa!

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omecemos por falar sobre a Andrea Cardoso. Quem é enquanto pessoa e profissional? O que nos pode contar sobre o seu percurso? Quem me conhece sabe que sou uma pessoa que gosta de desafios. Acredito sinceramente que é a capacidade de sairmos da nossa zona de conforto e arriscarmos que define os nossos progressos. Sou uma pessoa dinâmica, gosto de fazer várias coisas ao mesmo tempo, em diferentes áreas. Adoro viajar, sou curiosa, competitiva (acima de tudo comigo própria!) e quando me envolvo em alguma coisa, gosto de fazer bem feito. Sempre fui assim, desde pequena. Adoro transformar ideias e projetos em realidade, sou uma pessoa criativa e boa observadora, o que me permite por vezes captar insights e explorar pormenores que fazem a diferença nos resultados. Tenho 41 anos, duas filhas pequenas e sou de Ílhavo, de onde saí com 18 anos para estudar Economia na Universidade Nova de Lisboa (Actual Nova SBE). Tenho uma pós-graduação em Direitos Humanos e Democracia na Faculdade de Direito de Coimbra, uma especialização em Finanças Internacionais pela Univ. Erasmus (Roterdão) e um MBA em Gestão pela Faculdade de Economia da Univ. de Coimbra. Na minha experiência profissional incluem-se um estágio no Ministério das Finanças e grandes empresas como a Sumol, a Diageo ou a Refriango, em Angola. Apesar de ter trabalhado toda a minha vida em empresas FMCG nas áreas de Marketing, Trade Marketing e Vendas, nunca tive a ambição de criar

uma empresa, foi algo que surgiu naturalmente, após o meu regresso de Angola, impulsionado também pelo carácter fortemente empreendedor do meu marido. Sentia falta de ter uma função que me permitisse, por um lado, explorar o meu lado mais criativo e por outro, assumir as rédeas de um negócio, moldando-o à minha medida. Durante o ano de 2019, decidi transformar um hobbie que já tinha, a remodelação e decoração, em algo mais sério, fazendo formação e certificando-me como Decoradora de Interiores. No final desse ano, decidimos criar a empresa Unstoppable World, lda e iniciar, agora de forma formal, os trabalhos nas Áreas da Remodelação de Imóveis e Decoração de Interiores. É ainda co-fundadora da Unstoppable World, uma empresa que se dedica a projetos de remodelação e decoração de interiores e que faz em dezembro apenas um ano de existência. De que forma a marca tem trilhado o seu caminho, de maneira a consolidar-se num mercado altamente competitivo? Quais são os principais fatores que a diferenciam das restantes? A empresa Unstoppable World, Lda, destina-se à construção, remodelação e decoração de interiores, assim como projetos de consultoria na área da engenharia e arquitetura, design e marketing. O nosso foco tem sido a área da remodelação e decoração de interiores, que tem sido alavancado através da marca Decoração by Andrea Cardoso, presente nas redes sociais. Penso que apesar da empresa ser muito nova, tínhamos desde o início bastante claro o nosso objetivo,

o nosso target e forma de trabalhar. Acabámos por surgir num contexto que obrigou as pessoas a repensar o papel das suas casas, daquilo que entendem ser um lar, um local onde passam agora mais tempo do que aquele a que estavam habituados. O teletrabalho e a necessidade de criar espaços de trabalho vs espaços de lazer, a necessidade do reforço do conforto, da organização e da funcionalidade das casas levou a que existisse agora uma maior atenção a estas áreas da remodelação e decoração de interiores, o que para nós constituiu uma oportunidade. O nosso objetivo sempre foi crescer de forma sustentada, com fornecedores e parceiros de confiança e qualidade, de forma a podermos prestar o melhor serviço possível aos nossos clientes. A grande mais-valia de que dispomos prende-se com o facto de podermos fornecer um serviço chave-na-mão, desde a parte da remodelação até ao mais pequeno pormenor da decoração de interiores e também ao facto de olharmos para os espaços como um todo, fazendo uma análise cuidada daquilo que achamos serem as alterações necessárias para uma optimização dos espaços e o reforço do seu conforto e funcionalidade, reflectindo ao mesmo tempo, os gostos e personalidade dos nossos clientes. Qual a razão para a escolha da marca DeCoração by Andrea Cardoso? “DeCoração by Andrea Cardoso” foi um nome que surgiu através de uma pessoa amiga e que fez de imediato sentido. Desde logo, porque sentimos que a humanização da marca faz todo o


É um facto que o mundo está em constante mudança, e com ele as necessidades e até os gostos da população. No que à remodelação e decoração diz respeito, também esta questão requer um conhecimento permanente das últimas tendências por parte dos profissionais da área. Como se tem adaptado e reajustado a Unstoppable World às tendências? Que estratégias têm predominado neste âmbito? Existem dois vetores que na nossa opinião são fundamentais. Por um lado, é essencial estarmos atentos aos desenvolvimentos tecnológicos e evolução ao nível dos materiais e soluções utilizadas nestas áreas, de forma a podermos trazer aos nossos clientes a melhor relação custo/benefício possível e sempre que possível, uma aposta em materiais mais sustentáveis e ecológicos. Por outro lado, este mundo imparável em que vivemos, requer uma constante adequação e cuidado na forma como comunicamos com o nosso target. O marketing digital será uma forte aposta da nossa empresa em 2021, até porque nesta área, o facto de as pessoas não se sentirem confortáveis com a visita de terceiros às suas casas, irá implicar provavelmente o aparecimento de serviços mais ajustados a esta nova realidade. Este tempo incerto que se vive derivado à pan-

demia tem sido, para a Unstoppable World, de alguma forma, um momento de superação? Como perspetiva o futuro da empresa? Para qualquer empresa este é sem dúvida um período altamente desafiante. No caso de uma nova empresa, sem histórico e que pretende afirmar-se no mercado este é um período que exige bastante resiliência, dedicação, capacidade de adaptação e sintonia entre os seus fundadores. Estamos muito gratos por todos os clientes que nos selecionaram até à data e consideramos que o nosso 2020, apesar de todos os constrangimentos, foi positivo. Acreditamos que apesar da pandemia existe uma oportunidade nesta área e que se soubermos ter o posicionamento certo e uma estratégia adequada, conseguiremos superar esta fase e sair reforçados da pandemia. Qual a recomendação que gostaria de dar a outras mulheres que gostariam de “mudar de vida” e ser empreendedoras? Esta é uma pergunta que me é feita com frequência. Acima de tudo é importante ter tempo para refletir e não tomar decisões impulsivas ou precipitadas. Muitas mulheres, excelentes profissionais e mães que temos neste país, estão cansadas e fartas dos seus trabalhos mas resignam-se

à vida que têm por não saber qual o caminho a seguir, ou receio de falhar, ou até mesmo por pressão social. Não existem fórmulas mágicas, nem muito menos mudanças que se operam da noite para o dia. “Mudar de vida”, de área ou de profissão, requer uma forte persistência, confiança e capacidade para trabalhar e acreditar no processo. Costumo dizer, em tom de brincadeira, mas sem brincar, que não sabendo o que se quer do futuro, o importante será refletir sobre o que não se quer, elencar os aspetos da nossa vida que não queremos perpetuar, ou que se tornaram nocivos à nossa felicidade ou bem-estar físico e mental. Por outro lado, é importante procurar identificar aquilo que gostamos de fazer, que traz algum significado especial ou uma energia acrescida. Pode ser sinal de que por aí há um caminho a percorrer. A partir daí, definir objectivos mensuráveis e desenvolver um plano acionável e realista. Agir, começar, é essencial. Assumir ser uma mulher empreendedora, é extremamente desafiador, sobretudo para as mulheres que também são mães. Ter uma estrutura familiar que apoia de forma construtiva esse passo, é muito importante para o sucesso. Mas acima de tudo, é fundamental não ter medo de falhar. Existem vários estudos que demonstram que as mulheres têm a tendência para ser mais perfecionistas que os homens (hábitos incutidos durante a infância) e por consequência, se sentem constrangidas a agir até que todas as condições ideais estejam reunidas. É importante desmantelar esta crença, e é fundamental inspirar as mulheres a serem donas do seu destino e a assumirem que falhar, é apenas uma parte do processo de crescimento e do desenvolvimento de qualquer negócio e não algo que as define. “Sometimes you win, sometimes you learn”. ▪ LER NA INTEGRA EM WWW. PONTOSDEVISTA.PT

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sentido no contexto atual e cria uma maior confiança e proximidade com o target. Por outro lado, porque sentimos que “DeCoração” é também uma forma de encarar o trabalho, este grande desafio que é entrar na casa das pessoas e ajudá-las a encontrar, através da decoração, um espaço que reflita as suas personalidades, essência e lhes transmita ao mesmo tempo tranquilidade, conforto, bem-estar e boas energias. Sabemos que a ideia de remodelar uma casa ou uma divisão pode ser um pesadelo para a maioria das pessoas. Na Unstoppable World, acreditamos que faz a diferença o facto de encararmos cada projecto “De Coração”, procurando conhecer as pessoas por detrás de cada email ou mensagem que recebemos, sabendo quem são, as suas necessidades, motivações e gostos, porque só assim conseguiremos prestar um serviço que vai de encontro às suas expetativas e que seja visto como um investimento nas suas vidas e não um custo. Mais do que impor modas ou seguir tendências, a base do nosso trabalho assenta na confiança que queremos gerar junto dos nossos clientes e na excelência no serviço prestado. Temos como grande objetivo, deixar os nossos clientes com um brilho no olhar, e uma vontade enorme de dar a volta à chave e entrar na sua casa, ou naquela divisão que há tanto tempo precisava de ajuda!


PONTOS DE VISTA NO FEMININO

“O IBERFAR MANTÉM UMA CULTURA DE INOVAÇÃO, DE EXCELÊNCIA OPERACIONAL E DE MELHORIA CONTÍNUA EM TODOS OS PROCESSOS” Joana Ferraz da Costa pertence à terceira geração da família que fundou o IBERFAR – uma empresa vocacionada para a produção de medicamentos sólidos e líquidos para terceiros. Com as suas competências distintivas e os seus objetivos concretos e definidos o futuro parece sorrir. Saiba porquê.

FOTO: DIANA QUINTELA

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JOANA FERRAZ DA COSTA

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rimeiramente interessa perceber quem é a Joana Ferraz da Costa enquanto pessoa e profissional. O que nos pode contar sobre o seu percurso até chegar ao IBERFAR? Nasci em Lisboa em 1979 e sou a terceira de quatro irmãs. Sou casada e mãe de três filhos. Licenciei-me em Economia pela Universidade Católica Portuguesa e posteriormente tirei um Mestrado em Econometria Aplicada e Previsão no ISEG. Comecei a minha atividade profissional como analista júnior no Departamento de Analise Macro e Rendimento Fixo do Banco Santander e, depois de tirar o mestrado, fui trabalhar como economista no Gabinete de Estudos do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Publico (IGCP). Fui também assistente da disciplina de Economia dos mestra-

dos da Faculdade de Engenharia da Universidade Católica Portuguesa, uma experiência que representou um grande desafio e me deu um enorme prazer. Depois de mais de dez anos dedicada à Economia, a minha grande paixão, achei que tinha chegado o momento de me juntar ao grupo de empresas familiar. Neste sentido, decidi juntar-me, em abril de 2019, à administração das empresas do grupo IBERFAR. Recentemente, e com objetivo de especializar mais a gestão ao nível de cada uma das empresas do grupo, assumi a administração executiva do IBERFAR, sendo a empresa do grupo à qual dedico a minha maior atenção. Desde 1951 o IBERFAR presta serviços num dos ramos industriais de maior rigor, fabricando especialidades farmacêuticas para os mercados

mais exigentes do mundo. Com os constantes desafios impostos à indústria farmacêutica, quem é hoje esta organização? O IBERFAR, faz parte de um grupo de empresas nacionais, que cobrem praticamente todo o espectro da indústria. Fazem parte do Grupo, no setor farmacêutico, o FERRAZ LYNCE, vocacionado para a promoção e distribuição de medicamentos éticos e de venda livre, o IBERFAR, vocacionado para a produção de especialidades farmacêuticas para terceiros, e a Alloga-LOGIFARMA, uma plataforma logística e de distribuição de produtos farmacêuticos. Este grupo de empresas farmacêuticas foi fundado em 1924. O IBERFAR iniciou a sua atividade em 1951 e a primeira unidade fabril foi construída em 1965. Desde então, as instalações foram sendo


É objetivo da empresa que os próximos cinco anos sejam baseados na inovação, introduzindo no mercado português e outros externos produtos que sirvam um universo de consumidores com necessidades de cuidados de saúde diferentes das dos últimos 25 anos. Como têm implementado esta estratégia? Em 2014 levámos a cabo uma reflexão profunda sobre o que somos e, principalmente, sobre o que teremos de ser para regressar ao caminho do crescimento, através da admissão de novos colaboradores e do desenvolvimento de novas atividades muito mais voltadas para a exportação e a presença em mercados externos. Tal missão exige a deteção de novas oportunidades criadas por um mundo em mudança e o estudo de soluções terapêuticas desde a sua conceção, registo e fabricação até à sua comercialização. Pretendemos, sem nunca pôr em causa os princípios éticos que desde 1924 norteiam estas empresas, passar de uma atividade centrada no mercado português para uma outra crescentemente aberta às oportunidades de crescimento que existem noutros países. O IBERFAR presentemente é visto como uma

empresa muito competitiva, com excelentes prestações nos indicadores críticos, quer a nível da Garantia da Qualidade, quer a nível do cumprimento dos prazos de entrega, o que lhe proporciona um ótimo relacionamento com vários clientes de referência. Em termos de mercados, a estratégia passa claramente por uma internacionalização tão ativa, ou mais, quanto a que tem vindo a acontecer até ao momento, por forma a aproveitar as oportunidades externas e reduzir o impacto de desenvolvimentos negativos no mercado interno. O volume de exportações continuou a aumentar em 2019, tanto em termos absolutos como em termos relativos, representado cerca de 63% do total das vendas (versus 11,4% em 2012). Considera que na indústria farmacêutica a inovação tem um impacto positivo na qualidade? De que forma? Sem dúvida. Apesar da conjuntura difícil, o IBERFAR não tem deixado de executar o seu plano de investimentos de médio prazo para a modernização contínua das instalações e equipamentos. Pretende-se com estes investimentos responder às exigências sempre crescentes de certificação de instalações e equipamentos, bem como adequar a nossa oferta à orientação estratégica da empresa focando-se mais para o mercado externo, o qual exige equipamentos com maior nível de inovação. Em julho de 2017 fizemos uma candidatura ao Programa Portugal 2020, no sentido de obter financiamento para estes investimentos. O projeto enquadra se na tipologia de aumento de capacidade instalada e engloba diversas inovações, tanto ao nível de processo, quanto de serviço, de marketing e organizacional. Atravessamos atualmente uma pandemia provocada pelo novo coronavírus desconhecida até então. Muitas foram as empresas que obrigatoriamente mudaram as suas práticas diárias para garantir a segurança e a saúde pública pedidas. Tendo em conta a dimensão do IBERFAR, como têm lidado com as consequências sociais e económicas da mesma? Tem sido um verdadeiro desafio! Mas com calma, ponderação e trabalho de equipa tem sido possível adaptarmo-nos e ajustarmo-nos às múltiplas exigências que nos têm sido impostas.

O facto de operarmos no setor farmacêutico, e mais concretamente em ambiente GMP, ajudou a que a exigência, em termos de novas práticas e comportamentos não tivesse de ser tão grande. A desinfeção dos espaços, a utilização de máscaras nos locais de trabalho e a generalidade das regras em termos de higiene e segurança, eram práticas que, na fábrica, já nos eram naturais. Obviamente que teve de haver um reforço de todas estas práticas e houve regras que nos foram impostas que acabaram por representar um grande desafio, como por ex. a criação de equipas rotativas e em espelho, que implicou a adoção de horários de trabalho exigentes que, com o prolongar da situação, implicaram um cansaço grande. Apesar de tudo, considero que respondemos de forma exemplar a este desafio e foi para nós uma vitória nunca termos parado. As pessoas foram incansáveis na forma como responderam e cooperaram a todos os níveis. No que diz respeito à organização do trabalho, na fábrica, naturalmente, não foi possível adotar o regime de teletrabalho, tendo sido aplicado parcialmente na Garantia e Controlo da Qualidade e em maior escala nos serviços de apoio, como a Contabilidade, Informática, Logística e RH. Em termos de acompanhamento da evolução da Pandemia e de comunicação criámos um grupo de coordenação que reunia inicialmente quase diariamente e, mais tarde, com o passar das semanas e estabilização da situação, semanalmente. Ainda hoje vemos necessidade de manter essas reuniões numa base semanal. Ao nível da fabricação, não nos podemos queixar! Neste momento podemos afirmar com um elevado grau de confiança que iremos atingir o volume de encomendas que tínhamos projetado no início do ano. Mantivemos praticamente o ritmo de trabalho, naturalmente com um esforço maior, quer ao nível das operações, quer no que diz respeito ao custo de alguns materiais, nomeadamente o álcool, devido à sua escassez. Os produtos do IBERFAR estão presentes nos mais diversos mercados. Assim, quão impactante se tornou a atual pandemia na atividade diária da empresa? O principal impacto que a pandemia teve na atividade diária do IBERFAR foi o esforço adicional para recuperar os atrasos que resultaram da falta de princípios ativos necessários para o fabrico dos nossos medicamentos. Atrasos esses que resultaram da paragem prolongada da atividade nos países de origem, maioritariamente Índia e China, e da dificuldade de transporte pelo fecho dos espaços aéreos e do controlo de fronteiras no espaço da UE. Naturalmente que o esforço necessário para recuperar esses atrasos, e dar resposta aos nossos clientes no menor tempo possível, acabou também por trazer custos indiretos. Por último, mas não menos importante, o aumento de preços de alguns materiais pela escassez no mercado. Com o próximo ano à porta, o que podemos esperar da Joana Ferraz da Costa e do seu papel enquanto Executive Board Member do IBERFAR? Continuar a trabalhar com brio e afinco no sentido de respeitar as solicitações dos nossos clientes – quer em termos de qualidade, quer em termos de prazos de entrega, e alargar a nossa carteira de clientes. Pessoalmente quero continuar a estar próxima das pessoas, a crescer e a evoluir com os desafios que nos vão sendo apresentados diariamente! ▪

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Quão gratificante tem sido para si trabalhar numa empresa com a dimensão do IBERFAR? É um enorme orgulho. Principalmente por ser uma empresa com quase 70 anos de história, fundada pelo meu avô, e que já vai na terceira geração! O IBERFAR insere-se num dos setores mais exigentes em termos regulamentares e por essa razão tem um padrão de qualidade muito elevado. Um dos aspetos para mim mais desafiante é poder participar na gestão de uma organização que transforma matérias-primas em produto acabado passando transversalmente por todas as áreas fabris, e serviços de suporte, em conformidade com as exigências do cliente, das boas práticas de fabrico e cumprindo com as Normas de Certificação da Qualidade. Atualmente trabalham connosco 119 pessoas e é para mim muito gratificante saber que sempre honrámos os nossos compromissos e que, para além disso, nos preocupamos em proporcionar a estas mesmas pessoas um conjunto de outros benefícios que contribuem, em certa medida, para um maior bem-estar.

FOTO: DIANA QUINTELA

constantemente ampliadas por forma a acompanhar o crescimento do negócio. Em 1996, com instalações que não possibilitavam a necessária expansão, a empresa decidiu adquirir a fábrica Merck Sharp & Dohme e em 2003, após o melhoramento e renovação das instalações, foi inaugurada a nova fábrica. A principal área de negócio do IBERFAR, é a produção de medicamentos sólidos e líquidos para terceiros, tendo como competências distintivas a qualidade, os prazos de entrega e uma grande flexibilidade de adaptação às necessidades dos seus clientes. Para sustentar este desafio, o IBERFAR mantém uma cultura de inovação, de excelência operacional e de melhoria contínua em todos os processos. O IBERFAR tem como missão produzir sempre melhor, mais rápido e ao menor preço, trabalhando diariamente no sentido de reforçar a sua competitividade e assim conquistarmos novos mercados na área da saúde, nacionais e internacionais. Os nossos produtos estão atualmente presentes em vários mercados mundiais, como por exemplo: Portugal, Espanha, Irlanda, Suíça, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia, Tailândia, entre outros.


PONTOS DE VISTA NO FEMININO

FERRAZ LYNCE: “EMPRESA SÓLIDA E SÔ

RITA FERRAZ DA COSTA

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omecemos por falar da Rita Ferraz da Costa. Como nos pode descrever o seu percurso até chegar ao FERRAZ LYNCE? O meu percurso profissional começou no Ferraz, Lynce, Especialidades Farmacêuticas, S.A. em 2004. Licenciei-me em Economia na Universidade Nova, sou casada, mãe de quatro filhos e tive o privilégio e o gosto de poder ficar em casa com eles, a tempo inteiro até o mais novo entrar para a escola, com quatro anos. As empresas da família - o Ferraz Lynce, a Farmácia Internacional e o Laboratório Iberfar, foram sempre faladas em casa dos meus avós paternos, com quem tive uma relação muito chegada, desde pequena e, desde pequena me interessaram, me despertaram curiosidade e atenção. O interesse, que sempre me acompanhou, a opção de ficar em casa com os meus filhos, que teve como consequência chegar a uma idade já difícil para trabalhar por conta de outrem e,

ainda, ou até principalmente, o querer dar continuidade ao trabalho realizado pelas gerações anteriores e o acreditar que somos capazes de investir na perpetuidade das empresas levaram-me a estar aqui. Já no FERRAZ LYNCE, que mais-valias este trabalho veio acrescentar à profissional que é atualmente? O trabalho é uma fonte de aprendizagem muito poderosa e muito abrangente. Comecei por me dedicar à área do marketing e vendas, depois à área dos Recursos Humanos e, finalmente, à área financeira acabando, assim, por conseguir tomar conta do todo. O cuidado com os produtos, a forma como se comunica, as imagens e os slogans publicitários são uma ótima forma de nos fazer crescer, de nos fazer ser atentos, briosos e, claro, criativos. Tudo isto tem influência direta nas vendas e é por essas que lutamos, com cautela e ambição e, conscientes que temos de fazer sempre mais

e melhor, que há sempre essa obrigação e, essa oportunidade. A proximidade com a equipa, com as várias áreas de suporte e com a Administração tem sido muito enriquecedora, com uns aprendemos como fazer, com outros o que não fazer, com outros ainda percebemos que é necessário mais acompanhamento ou, que não estão na área certa ou, inclusivamente, que não são de fiar, ou que não querem trabalhar ou que querem e fazem o seu melhor ou que merecem ser promovidos ou que merecem um prémio, enfim uma diversidade imensa que, como é natural, nos obriga a tomar decisões e, é aqui que elas são mais difíceis de tomar, há que ponderar, ser objetivo, sensato e justo e depois atuar. Somos uma empresa pequena, não temos margem para não lutar por uma equipa coesa, capaz e responsável. No que se refere à área financeira o FERRAZ LYNCE tem sido sempre uma empresa sólida e sã, conto que assim se mantenha. Sinto-me

FOTO: DIANA QUINTELA

Vontade e resiliência são as palavras de ordem do FERRAZ LYNCE: uma referência no mercado farmacêutico em Portugal. Rita Ferraz da Costa, Executive Board Member da empresa, considera que o seu trabalho tem sido uma fonte de aprendizagem constante, abrangente e poderosa. Embora tenha sido um período complexo devido à pandemia, o ano de 2021 é encarado com o otimismo tão caraterístico de todas as gerações que por lá passaram.


O compromisso do FERRAZ, LYNCE é fornecer uma gama alargada de produtos e serviços, com elevados níveis de qualidade. De que produtos e serviços estamos a falar e quais os fatores diferenciadores que os destacam perante um meio que é, e cada vez mais, competitivo? Os nossos produtos são produtos com um bom grau de diferenciação. Uns porque são únicos no mercado, outros pela liderança dentro da classe, posição conquistada pela qualidade do produto, pela eficácia e pela consequente confiança por parte da classe médica e, pelos sucessivos “liftings” que o têm mantido em forma e a crescer, já com 47 anos de mercado, outros porque, embora sejam suplementos alimentares, são produzidos como se de medicamentos se tratassem, ou seja, de acordo com as boas práticas de fabrico da indústria farmacêutica, outros por-

que embora sejam produtos de uso estabelecido têm dispositivos, neste caso inaladores, inovadores, outros por serem inovadores no modo de ação e, ainda outros que serão lançados em 2021 e 2022; dois MTPB, medicamentos tradicionais à base de plantas, inovadores no estatuto com indicação em especialidades onde temos a vantagem de já termos experiência. Preocupamo-nos em ter um portfólio diversificado, adequado às necessidades da população, promotor de saúde e bem estar sempre com o selo de qualidade de excelência. O mercado está, cada vez mais saturado, se não formos criativos, minimamente diferentes, se essas diferenças não nos trouxerem vantagens comparativas e se não prestarmos um serviço de qualidade, teremos os dias contados, o que não se pretende. Vivemos nos dias hoje com um sentimento de incerteza devido à pandemia da COVID-19 que se instalou de forma global e muitas foram as mudanças sociais e económicas que recaíram sobre as pessoas e consequentemente sobre os seus negócios. No caso do FERRAZ, LYNCE, qual foi o impacto destas mesmas consequências no seio da empresa? O impacto foi grande e, com o propósito de o minimizar temos vindo a agir com calma, ponderação e respeito pela situação de cada um e de todos. As pessoas sentiram-se bem acompanhadas, recorremos ao teletrabalho, as reuniões foram frequentes e abrangentes por forma a acautelar o bom funcionamento da empresa num contexto tão diferente e inesperado, a força de vendas esteve a trabalhar via web durante 10 semanas quer na visita ao médico quer na visita à farmácia. Retomámos a visita presencial em Junho, foi muito duro ter a força de vendas “em casa”, durante dois meses e meio, para todos! O mês de Maio foi o pior mês em termos de vendas, muito fraco mesmo, mas ainda assim aguentámo-nos sem recorrer ao lay off. Aproveitámos, durante este período, para reforçar as formações, quer de vendas, quer dos

produtos, quer de farmacovigilância, quer de team building com o propósito de fortalecer a equipa que se depara, agora, com um terreno mais difícil e cheio de limitações. Acabaremos o ano com algum desvio, não desprezável, face ao orçamentado, o que não é surpreendente, mas inferior ao esperado, o que é positivo. O que foi realizado até então para que a segurança e saúde pública fosse protegida, mas sem, ainda assim, descurar aqueles que são os serviços prestados pela empresa? Temos cumprido escrupulosamente as orientações da DGS, todos os cuidados têm sido tomados, o respeito pelo trabalho é muito e pelos profissionais de saúde absoluto. Estamos a trabalhar com vontade, empenho sem nunca esquecer que é essencial contribuir para a mitigação desta pandemia. Até à data não tivemos ninguém infetado, fruto de sorte, ajuda sempre, e de cuidado. Neste «novo normal», que dinâmica está a ser preparada na atividade do FERRAZ, LYNCE, para o futuro próximo 2021? Vislumbramos alguma luz ao fundo do túnel a partir do segundo semestre de 2021. Até lá pretendemos manter o registo atual, tem corrido bem! A partir do momento em que nos sintamos mais confortáveis com esse “novo normal” começaremos a promover os nossos produtos de forma mais ativa, presença em congressos, organização de sessões clínicas, formação nas farmácias, reuniões com líderes de opinião, etc., tudo o que deixámos de fazer e que sabemos ser importante retomar, para melhor trabalhar. Qual continuará a ser o papel prestado pela Rita Ferraz da Costa no suporte desta dinâmica? Conto poder continuar a acrescentar valor à empresa, fazê-la crescer sem envelhecer, de forma a que se mantenha saudável e apelativa no mercado. ▪

19 DEZEMBRO 2020

Uma empresa com mais de 95 anos de experiência, o FERRAZ LYNCE é uma referência no mercado farmacêutico em Portugal, diferenciando-se pela ética, rigor e qualidade que se destaca em toda a sua atividade. Ao longo de todos estes anos, como destaca a evolução da marca até ao dia de hoje? Na cronologia de sucesso, quais foram os marcos mais significativos? O FERRAZ LYNCE tem vindo a perder dimensão, a verdade é esta. Representamos há muitos anos, e aliás foi assim que começámos, empresas estrangeiras em Portugal e, graças a um trabalho rigoroso e com retorno continuamos a fazê-lo. Promovemos, durante muitos anos, também, segundas licenças de empresas estrangeiras sedeadas em Portugal. Esta grande parte da nossa atividade começou a reduzir-se desde 2000, com a entrada dos medicamentos genéricos, até que em 2018 deixámos de promover a última segunda licença que tínhamos no nosso portfólio. Representámos, no mercado dos anti anémicos, quer no ambulatório, quer no hospitalar, uma empresa Suíça durante várias décadas com excelentes resultados e grande reconhecimento, contudo essa empresa adquiriu uma empresa internacional que detinha uma filial em Portugal a quem foram dados, para promoção, todos esses produtos. Esta perda foi muito dura, 1/3 da nossa faturação, em 2011, obrigando-nos a duas reestruturações consideráveis, quer a nível da equipa de ambulatório, quer da equipa hospitalar. Foi complicado, foi um marco muito difícil que nos obrigou a fazer o que tem que ser feito, a agarrar com unhas e dentes o que temos, a trabalhar para aumentar o nosso portfólio com produtos de qualidade, diferenciadores e que vão ao encontro das necessidades de uma população que se preocupa, cada vez mais com o seu bem estar e também, infelizmente, cada vez mais envelhecida. Tem sido difícil, mas causa nenhuma é impossível, é preciso ter vontade e resiliência. Há que aproveitar a adversidade para pensar, refletir, criar, inovar e trabalhar melhor. Acho que a marca FERRAZ LYNCE é uma marca de sucesso, temos feito por isso e somos reconhecidos por isso e, isso é gratificante.

“PREOCUPAMO-NOS EM TER UM PORTFÓLIO DIVERSIFICADO, ADEQUADO ÀS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO, PROMOTOR DE SAÚDE E BEM ESTAR SEMPRE COM O SELO DE QUALIDADE DE EXCELÊNCIA”

FOTO: DIANA QUINTELA

confortável a desempenhar as funções que me estão confiadas, sinto que adquiri conhecimento, experiência, que desenvolvi competências, maturidade e, que estarei sempre a aprender, o que é aliciante.


PONTOS DE VISTA

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CARLA MARTINS


TEMA DE CAPA

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O “ADN DE GUERREIRO” TRADUZIDO PELA CENTURY 21 TIPY FAMILY Uma gestão eficiente dos Recursos Humanos é a receita essencial para o sucesso organizacional. Conduzi-los e coordená-los emocional e comportamentalmente de forma positiva promove o seu entusiasmo, envolvimento e compromisso com o trabalho, atingindo mais facilmente os objetivos a que cada empresa se propõe. Carla Martins, Gestora Operacional e Broker na Century 21 Tipy Family, no Seixal, foi desde sempre movida por esta responsabilidade corporativa e, segundo a própria, é este mesmo princípio que tornou a agência numa referência no mercado.

FOTO: DIANA QUINTELA

A EQUIPA TIPY FAMILY Quando perguntámos qual é a peça fundamental para o sucesso que hoje é visível, a resposta foi clara: a equipa. Carla Martins assume

FOTO: DIANA QUINTELA

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que a Century 21 Tipy Family é reconhecida e muito vincada no mercado, pelos valores que preservam no contacto com o cliente: a transparência e a confiança. “Falando dos nossos consultores, defino-os como tendo ADN de guerreiro: dedicados, íntegros e ambiciosos. Têm comportamentos de verdadeiros combatentes, têm predisposição para assumir riscos na vida, conseguem avaliar as suas opções de sucesso”, explica a nossa entrevistada. Faz-nos lembrar alguém, não concorda? Sabemos que a máxima na metodologia de trabalho desta agência é o bem-estar dos recursos humanos porque, como já referimos, a sua satisfação tem um impacto direto na abordagem com que estes concluem os seus negócios. Esta dedicação faz com que o cliente possa referenciar os serviços prestados a outras pessoas, familiares e amigos, e “é a partir desse momento, com a recomendação de um bom profissional que a nossa empresa cresce”, mas não só. Existe no seio da empresa, uma genuína preocupação e cuidado que vai além da relação profissional e é, de facto, esta parte que diferencia a Century 21 Tipy Family no mercado. Este projeto é a equipa. Assim, as ideias, os propósitos e as metas são partilhadas entre todos para que no fim se possa melhorar – algo que nunca é demais. O recrutamento é, há vários anos, o foco principal. “Quando estamos no processo de recrutamento, é natural que os candidatos não se fiquem apenas por uma tentativa e já tenham ponderado outras empresas. Mas, faz diferença a forma como nos posicionamos, como recebe-

“Falando dos nossos consultores, defino-os como tendo ADN de guerreiro: dedicados, íntegros e ambiciosos” 21

mos as pessoas. O importante é o acolhimento e é nisso que me foco diariamente”, garante Carla Martins. Agregado a isto, a Century 21 Tipy Family apresenta e dispõe de uma atualização constante as ferramentas necessárias que, por fim e em complementaridade com um ambiente saudável e feliz dentro das quatro paredes da agência, se traduz num desempenho eficaz daqueles que são os compromissos laborais. Compromissos esses que são diferenciados entre colaboradores, dependendo das necessidades de cada um. Para Carla Martins, o perfil do candidato Tipy Family tem de constituir – além do ADN de guerreiro – humildade e recetividade em ouvir o outro. “O que eu costumo dizer a um consultor que acaba de iniciar nesta atividade é que acima de uma angariação de um imóvel, está a relação que se cria com o cliente. Em primeiro lugar tenho de perceber se o candidato está apto para ouvir a necessidade da pessoa que estará

DEZEMBRO 2020

á quem defenda que é preciso ter coragem para abraçar um desafio ou percorrer um caminho distinto do que já traçámos. Há quem defenda também que, se o nosso leque de opções aumentar, seremos profissionais cada vez mais capazes de valorizar as vitórias que se sucedem. Exemplo disso mesmo é Carla Martins, que se caracteriza como uma pessoa cuja sede pela mudança e evolução pessoal lhe corre nas veias. Desde os seus 19 anos que a vontade de colocar em prática todas as suas ambições era impetuosa e resiliente. Iniciou a sua carreira profissional numa empresa de vestuário onde já liderava equipas fortes, e neste caso, constituída apenas por mulheres. Mais tarde, quis desafiar-se e sair da sua zona de conforto, acabando por ingressar por um caminho que era totalmente o oposto – gerir uma empresa automóvel cuja equipa era formada por homens. No fundo, para Carla Martins a questão de género não era relevante. O que mais lhe brilhava nos olhos era gerir pessoas e tal levou-a ao seu passo seguinte: a Century 21 Tipy Family, a agência que hoje é parte integrante na sua vida. Mesmo como o nome indica, a Century 21 Tipy Family era uma empresa familiar, fundada por Rui Martins e pela sua irmã que consideraram ser oportuno convidar a nossa entrevistada para abraçar o departamento comercial da agência. Acabou por abraçar também outras áreas dentro da mesma como a coordenação ou a gestão processual e, ao mesmo tempo, enquanto consultora imobiliária. Em 2015 – ano em que entrou Edgar Coelho, também CEO da empresa - aconteceram mudanças na estrutura e passou, então, a desempenhar o cargo de gestora operacional, aquele que perdura até ao dia de hoje. Ao todo, passaram 13 anos na Century 21 Tipy Family e, para Carla Martins, não podia ser maior motivo de orgulho. “O sentimento é muito gratificante, como mulher, mãe e empreendedora é recompensador sentir que a equipa que cresceu comigo – porque eu tenho aqui elementos que me acompanham desde o início – é a mesma, constituída pelas pessoas a que me dediquei desde o dia número um. Viram-me como coordenadora, como gestora processual e viram a evolução que me assoberbou e ao mesmo tempo a evolução que a empresa obteve. Na Tipy Family, não sou só eu, não é só o Rui Martins, não é só o Edgar Coelho, não são só os consultores, somos todos”, afirma.


» TEMA DE CAPA à sua frente, porque existe sempre um motivo para essa pessoa colocar o seu imóvel à venda e nós temos de perceber qual, e só depois nos devemos preocupar em fazer um estudo de mercado. As relações estão acima de qualquer negócio”, esclarece a nossa interlocutora. Já as entrevistas na Century 21 Tipy Family são divididas em três fases que servem, sobretudo, para o candidato perceber se se identifica com o modelo de trabalho. Uma das fases está relacionada com uma formação na academia da agência e que consiste numa semana: o primeiro módulo é dado por Carla Martins e é sobre as normas e os procedimentos da empresa, onde são debatidos dez mandamentos importantes para a responsabilidade corporativa. “Fala-se muito sobre a relação, o modo de estar, a forma de abordar. Há muitas pessoas que numa fase inicial não se identificam, mas também há muitas outras que ao fim de três dias da formação compreendem perfeitamente do que se trata o nosso propósito. É importante também referir que quem de novo entrar na equipa, é natural que ouça, a princípio, muitos nãos. E é por isso que, ao longo de todo esse processo inicial, estará acompanhado por um diretor comercial que dará força e motivação para não desistir”, revela. Cabe aos consultores mais experientes demonstrarem de igual forma o seu conhecimento e transmitir que com dedicação e resiliência tudo será alcançado – e nesse progresso, nunca, em momento algum, estarão sozinhos.

PONTOS DE VISTA

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“TEMOS SEMPRE DE RETIRAR O LADO POSITIVO DE TUDO” Em março, a Organização Mundial de Saúde declarou o estado de pandemia global em consequência do que hoje todos conhecemos como COVID-19. Muitas foram as empresas e organizações que tiveram de reajustar as suas práticas em torno do bem-estar e segurança comum. No caso concreto da Century 21 Tipy Family houve, de facto, adaptações uma vez que o trabalho envolve, por vezes, contacto direto com os clientes, por exemplo nas visitas aos imóveis. Mas já lá vamos. Carla Martins esclarece “recordo-me que no dia 13 de março estava na agência quando percebi o que toda esta situação implicava”. Nesse mesmo dia, as portas da agência fecharam e todo o trabalho desenvolvido passou a ser executado a partir da casa de cada um, em teletrabalho – e em segurança, porque é disso mesmo que se trata. Desde logo a nossa entrevistada soube que a atividade diária não podia de forma alguma parar, principalmente para salvaguardar a mente sã dos colaboradores. Com responsabilidade por 25 pessoas ao todo, o primeiro passo foi manter o contacto com cada uma delas por telefone e por videochamada e garantir que – apesar das emoções à flor da pele totalmente legítimas – estavam seguros. Transmitir tranquilidade e certeza foi desde logo a abordagem mais importante, até porque seria essa mesma abordagem que os próprios consultores iriam passar aos clientes, porque também eles viviam com um sentimento de incerteza. Parte deste processo, e para melhor auxiliar os que mais precisavam, a equipa tinha à disposição o departamento do Coaching, para que todos se mantivessem motivados nas suas tarefas diárias. Além disto, foram pensadas obviamente outras ferramentas para dar o devido suporte na execução normal da atividade. Como desistir não per-

tence, de todo, ao dicionário de Carla Martins, decidiu olhar para a situação como a oportunidade perfeita para melhorar as áreas tecnológicas que até então não se encontravam totalmente desenvolvidas. “Quis desde logo aperfeiçoar a parte das fotografias e dos vídeos dos imóveis, porque só dessa forma podiam ser mostrados”, acrescentando ainda que “estas medidas que aplicamos serão sem dúvida uma mais-valia numa fase pós-pandemia. Nós trabalhamos com clientes de vários países e sabemos que as coisas, infelizmente, não vão terminar de um dia para o outro. Nós temos sempre de retirar o lado positivo de tudo e honestamente, aquilo que senti foi que esta pandemia nos trouxe várias oportunidades”, e assim foi durante o período de confinamento. Aquando do regresso ao escritório a prioridade foi que a equipa se sentisse segura no seu local de trabalho. Para tal, foram implementadas as medidas que vão de encontro com as normas estabelecidas pela Direção-Geral de Saúde, como a utilização de máscara, o distanciamento físico e o gel desinfetante. “Coloquei também acrílico de separação nas zonas de atendimento ao público, a empresa de limpeza passou a ir duas vezes por dia e adquiri uma máquina de ozono que deixo sempre ligada durante a noite para purificar o ar. Começámos a contabilizar o número de pessoas que entravam na agência e desfasámos o número de pessoas por sala”. Algo que foi definitivamente a favor destas diretrizes, foi o habitual open space que o espaço em si contém e que ajudou ao

distanciamento. Até ao dia de hoje, muitas foram as melhorias a ser aplicadas, passo a passo e de acordo com as necessidades daqueles que lá trabalham e depositam tempo da sua vida. Claro está, a aposta nos recursos humanos continuou a ser a prioridade nesta fase mais crítica. Assim, e tendo em conta que o recrutamento é de especial relevância, quisemos perceber qual o nível de interesse dos candidatos à Century 21 Tipy Family e a nossa entrevistada respondeu que “a afluência na marcação de entrevistas baixou um pouco como seria de esperar, mas tudo fizemos para que os contactos que tivemos fossem bem correspondidos, dentro dos princípios da empresa”. Na fase do confinamento geral continuaram a ser realizadas entrevistas, porém por videochamada. As formações também transitaram para o meio digital. A dedicação ao outro foi permanente, e isso não poderia mudar. Aos que entraram recentemente para esta família, foi-lhes desde logo incutido que “é possível abraçar este projeto, desde que a abordagem se mantenha fiel às relações genuínas que se cultivam com os clientes”, e isso também não poderia mudar. Em conjunto, ofereceram máscaras às pessoas de idade que ali moram, disponibilizaram-se para ir à farmácia adquirir a medicação que era necessária para alguns e para tantos outros, uma ida ao supermercado foi o suficiente para tornar uma situação complexa em algo mais leve. No fim, “estes consultores têm amigos para o resto da vida, porque criaram uma relação verdadeira com as pes-


O QUE ELES DIZEM...

soas. Penso que isso é o mais importante”, garante a nossa entrevistada. O UNIVERSO IMOBILIÁRIO Numa fase pré-pandemia havia muita escassez de produto e para Carla Martins, isso é algo que poderá não melhorar tão cedo, no entanto, para si, não há dúvidas de que o mercado imobiliário será um grande vencedor e que terá um papel relevante na recuperação e crescimento da economia. “O mercado imobiliário pode cair em termos de valor de transação, mas se as pessoas querem diminuir o seu encargo mensal, vão sempre pensar em encontrar um bem onde, efetivamente, possam pagar menos. Este setor vai estar sempre em altas”. Para o futuro a nossa interlocutora garante que o mercado não vai continuar como estava antes. “Por exemplo, na construção mais recente, se calhar, antes da pandemia não se pensava em concretizar uma moradia com um espaço exterior tão grande, havia uma área habitacional maior. Daqui para a frente, é certo que se irá pensar mais no espaço exterior – algo que começámos a valorizar recentemente. O próprio mindset do cliente vai mudar”. Já na Century 21 Tipy Family, no que aos valores corporativos diz respeito, nada foi nem será modificado. A principal ambição daqui em diante é continuar a ser a referência no mercado que tem sido até então e para os consultores imobiliários, Carla Martins assegura que não pretende ser a única opção, mas sim a opção certa. ▪

DAVID RODRIGUES,

LUÍSA FERRAZ,

DIRETOR COMERCIAL DA CENTURY 21 TIPY FAMILY

ANGARIADORA IMOBILIÁRIA NA CENTURY21 TIPY FAMILY

De que forma é que a equipa foi motivada e estimulada quando o Governo declarou o primeiro Estado de Emergência? Após o decreto do estado de emergência e respetivo confinamento, as motivações prenderam-se exclusivamente com a oportunidade do momento face às necessárias medidas preventivas. Neste contexto, a diferenciação e inovação nos métodos de promoção e subsequentes visitas, a necessária preparação e segurança, foram os principais obstáculos visados à exigida etapa evolutiva. Obviamente nem toda a equipa se adaptou, no entanto, os mais dinâmicos obtiveram volume de contactos e negócio superior ao habitual, o que parece antagônico no cenário descrito. O principal objetivo de motivação inferiu nesta adaptação e aproveitamento na diferenciação.

Como se vê na equipa Century 21 Tipy Family e com a Carla Martins como Broker? Sou Angariadora Imobiliária na Century21 Tipy Family desde 2007. Na Equipa temos um ADN próprio. Somos guerreiros e assim tratados, exemplo dado pela nossa chefia, nas pessoas da Broker Carla Martins e dos CEOs Rui Martins e Edgar Coelho. A Carla Martins como nossa Broker, é extremamente focada e objetiva, com uma capacidade de trabalho e liderança invulgar e sempre disponível para o necessário. Ao longo destes anos em que trabalhamos juntas, cresceu uma amizade bonita e cumplicidade intensa, que vai para além do contato laboral. Um orgulho privar com esta Senhora.

Trabalhar na Century 21 Tipy Family é? Trabalhar nesta casa é, acima de tudo, encarar todos os desafios na certeza de um resultado de extrema gratificação, quer da parte de quem estabelece compromissos de confiança connosco, quer de parceiros e em última análise a título pessoal em toda a sua vertente, humana e económica. Para mim, para além de um conceito, é uma forma de estar na vida, sociologicamente falando. Quanto aos resultados consequentes, com este nível de exigência e competência, foram, são e serão sempre uma garantia. ▪

Trabalhar na Century 21 Tipy Family é? Um gosto. Sabemos com o que contar, sobretudo com a honestidade e lisura de quem nos comanda, por isso trabalhamos juntos há tantos anos. A prioridade do Grupo é ajudar pessoas a concretizar sonhos e com esse fim há um crescente investimento na Equipa, suas ferramentas e condições de trabalho, mesmo estando todos nós a aprender a lidar com o atual contexto de mercado e por tal em constantes adaptações. Falo por mim. Enquanto estiver no setor imobiliário apenas existirei como membro da Tipy Family. ▪

23 DEZEMBRO 2020

FOTO: DIANA QUINTELA

A OPINIÃO DE QUEM VIVE A CENTURY 21 TIPY FAMILY NO DIA A DIA


» TEMA DE CAPA

O QUE ELES DIZEM...

A OPINIÃO DE QUEM VIVE A CENTURY 21 TIPY FAMILY NO DIA A DIA

PONTOS DE VISTA

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MARIA JOÃO SIMÃO,

SANDRA PEREIRA, DIRECTORA

RUI MARTINS,

INTERMEDIÁRIA DE CRÉDITO NA TIPY FAMILY

CRESCIMENTO - TIPYFAMILYGROUP | RECRUTAMENTO & SELEÇÃO

CEO & FOUNDER, CENTURY21 TIPYFAMILYGROUP

O que significa ser parceira de negócios de diversas pessoas, com uma base sólida que é a Century 21 Tipy Family? Quais as mais-valias? É muito gratificante e ao mesmo tempo é de uma enorme responsabilidade, uma vez que temos de manter o bom profissionalismo e prestígio à qual a Century 21 Tipy Family tem vindo a habituar todos os seus parceiros ao longo destes últimos anos. No que diz respeito às mais-valias, é a facilidade e disponibilidade por parte de todos os parceiros quererem manter uma boa relação connosco devido ao nosso volume de negócio e posição no mercado, e a enorme oferta por parte dos que não são parceiros e que querem vir a ser e de tudo fazerem para que os aceitemos no nosso grupo e com isso vamos melhorando o nosso trabalho e capacidade de resposta, criando uma excelente equipa de trabalho entre todos os parceiros.

Existe uma grande aposta nos recursos humanos por parte da empresa? O que fomenta esta ideia? A Century21 Tipy Family tem vindo a crescer constantemente e de uma forma sólida e coerente, atualmente conta com três agências - o TipyFamilyGroup, nomeadamente, nas cidades do Seixal, Setúbal e Lisboa. Com mais de 150 Agentes imobiliários na rua, tem a maior “força de vendas única” na zona de Lisboa e Vale do Tejo. E por isso também o TipyFamilyGroup detém a maior agência da europa. Como primeira loja da Rede Century21 em Portugal, surgiu no Seixal há 16 anos, e o seu foco no crescimento tem como objetivo marcar a sua diferença em posicionamento e visibilidade no mercado e para isso selecionando os melhores talentos para trabalharem connosco. Somos uma marca dentro da marca! E foi devido a esse crescimento que atingimos em 2018, o 1º lugar ranking Nacional na Convenção Ibérica da rede Century21 e em 2019 1º Lugar Ibérico Faturação e Transação da rede Century21. Um negócio de pessoas para pessoas, e assim procuramos sempre as melhores pessoas para trabalharem connosco! É fundamental para o sucesso da TipyFamilyGroup!

Enquanto CEO & Founder da Century 21 Tipy Family, acompanhou o percurso da Carla Martins dentro da empresa. Assim, quais foram aqueles que considera terem sido os marcos mais importantes da hoje Broker da Tipy Family e no Grupo? Antes da Carla começar a trabalhar na agência, ela já era uma peça importante pelo apoio que me dava. A Carla começou a trabalhar na Century 21 Tipy Family em 2007 e desde aí - e de forma direta – que passou a ser o meu pilar. A Carla passou por todos - ou quase todos - os departamentos da Tipy Family, desde o departamento de Coordenação, Gestão de Crédito Bancário, Gestão Processual, foi Consultora Imobiliária, Direção Comercial e Broker da Agência. A Carla é a Responsável Operacional da agência C21 Tipy Family e presta também apoio na gestão operacional do TipyFamilyGroup, onde se afirma de forma grandiosa. Em todos os departamentos com que colaborou, a Carla deixou e continua a deixar o seu marco. Com a veia de guerreira que tão bem a carateriza, ela tem o espírito “se é para fazer, vamos fazer”. Ela sempre deu e dá tudo de si à Tipy Family de forma íntegra, energética e profissional. Se tivesse de resumir a Carla em poucas palavras diria com toda a emoção e certeza: é uma Mulher Guerreira!

Trabalhar na Century 21 Tipy Family é? É um enorme orgulho, devido ao espírito profissional, ambicioso e determinado que o grupo possui, fácil devido ao espírito de equipa e união que existe, tanto na parte do staff como na parte dos consultores, agradável devido ao espirito aberto e descontraído, e familiar por não sermos apenas um número no final do mês, mas pessoas com que se preocupam se estamos bem. ▪

Trabalhar na Century 21 Tipy Family é? Trabalhar na Century21 Tipy Family é trabalhar numa grande marca de prestígio e reconhecimento internacional. É aprender todos os dias, crescendo profissionalmente e pessoalmente. Somos uma grande família e na qual eu tenho a honra de fazer parte há seis anos. Um orgulho gigante em trabalhar com a melhor equipa! Com rigor, transparência e profissionalismo. Somos uma marca de destaque dentro da melhor marca do Mundo no ramo. ▪

Até ao dia de hoje, como nos pode descrever a importância da Carla Martins para a equipa da Century 21 Tipy Family? É de uma importância vital. Ninguém é insubstituível, mas estou convicto que a Carla é uma pessoa capaz de levar qualquer empresa ao sucesso – porque trabalha com paixão, determinação e com uma vontade enorme de fazer acontecer. Todos os dias. É amiga, muito humana, lutadora e empreendedora. Altamente competente. Uma característica que na minha opinião é fulcral para as empresas é a capacidade de resolução e otimização dos departamentos. Analisando o trabalho de gestão da Carla na agência e no grupo, é fantástico ver o carinho e respeito que as equipas, o Staff, os consultores imobiliários, os parceiros e os clientes demonstram pela Carla – como pessoa e como profissional. A Carla é uma daquelas pessoas determinantes na espinha dorsal de uma empresa. MUITO OBRIGADO POR PODER TRABALHAR DIARIAMENTE CONTIGO. ▪



» DIA MUNDIAL CONTRA A SIDA

“É IMPORTANTE LEMBRAR QUE O VIH NÃO É UM VÍRUS DO PASSADO E QUE FAZ PARTE DO PRESENTE”

FOTO: CARLOS ALBERTO MORAIS DA SILVA

Numa sociedade onde existe ainda estigma e discriminação associados à infeção do VIH, Maria Eugénia Saraiva, Presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, (LPCS) explica à Revista Pontos de Vista que, entre outras missões, cabe à LPCS desmistificar e alertar para a importância do diagnóstico precoce.

MARIA EUGÉNIA SARAIVA

A

PONTOS DE VISTA

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Liga Portuguesa Contra a Sida é uma instituição de solidariedade social e de utilidade pública que tem como objetivo oferecer apoio às pessoas que vivem com o VIH e SIDA e outras patologias infeciosas e a promoção e educação para a saúde. Com iniciativas e projetos em funcionamento desde 1990, completa este ano o seu 30º aniversário, sendo esta a instituição mais antiga em Portugal. Enquanto Presidente da mesma, qual é o balanço que faz de todos estes anos de dedicação ao próximo? Um balanço positivo, tendo em conta o propósito da sua fundação. Como o próprio nome refere, a “Liga” nasceu de uma ligação entre pessoas que tinham em comum a causa que abraçamos há 30 anos, o VIH e a SIDA. A médicos, advogados e engenheiros, juntaram-se enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e sobretudo voluntários que quiseram dar o seu tempo em prol de uma pandemia causada por um vírus desconhecido para todos e que estava associado à morte. Desde cedo, a LPCS assumiu um papel essencial na promoção da saúde, numa perspetiva de continuidade e de complementaridade com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), promovendo programas, projetos e atividades nos campos da educação para a saúde, prevenção, tratamento, reabilitação, acompanhamento e apoio psicossocial de utentes, nomeadamente no apoio a grupos mais vulneráveis, aos cuidadores, mas também ligando-se

à Academia e a estudos de investigação/ação e à formação de profissionais de saúde e da população em geral, entre outros. Hoje continuamos a apostar na mensagem da prevenção e em tempos de pandemia e reflexão, a LPCS renovou a sua identidade visual, sem romper com o seu passado, mas procurando inovar e chegar aos mais jovens, dando continuidade à sua missão. Lançou ainda, uma nova campanha NA SIDA EXISTE VIDA, procurando desmistificar o estigma e a discriminação ainda hoje sentidos por quem vive com a infeção por VIH. Inúmeros são os apoios que a Liga Portuguesa Contra a Sida disponibiliza, nomeadamente a linha de apoio SOS SIDA, que procura informar sobre diversos aspetos, recomendar medidas preventivas ou até mesmo encaminhar, quando necessário, para os serviços de saúde adequados. Quão importante significa haver na sociedade atual esta ajuda permanente? Que outros apoios são providenciados pela Liga? Há 30 anos, as pessoas que viviam com VIH (PVVIH) e SIDA, não sofriam apenas de uma infeção ou doença, eram vítimas de um vírus social, que levava ao isolamento físico, e em muitos casos a ostracização, que contribuem ainda hoje, através do estigma e da discriminação, para o agravar do estado de saúde física e emocional destas pessoas. Foi por isso importante a criação da Linha SOS SIDA, pioneira no serviço que presta e assegurada exclusivamente por

psicólogos clínicos, coordenados e supervisionados por especialistas da área da saúde mental. Em 1990, a psicologia da saúde ainda dava os seus primeiros passos em Portugal, a nível hospitalar, o acesso à intervenção psicológica era predominantemente na área da saúde mental e a SIDA era desconhecida e temida, maioritariamente por todos nós. Concomitantemente, a LPCS tem vindo a desenvolver determinadas atividades de apoio social, psicológico, para que exista uma melhor adaptação ao diagnóstico e uma boa adesão à terapêutica, mas também através do apoio nutricional, porque a alimentação é tratamento e do apoio jurídico, tendo em causa, os casos que nos continuam a chegar. Estas são algumas das atividades que pretendem abranger áreas prioritárias na problemática do VIH e da SIDA, incluindo outras Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST), promovendo o desenvolvimento de programas básicos de informação e promoção da saúde e prevenção da doença, com vista a contribuir para a redução da transmissão destas infeções e assegurar os apoios necessários a quem deles necessitam, através dos Centros de Atendimento e Apoio Integrado (CAAI), localizados em Lisboa, Loures e Odivelas. Também os rastreios promovidos pela Liga Portuguesa Contra a Sida, têm desde sempre, ganho força e importância para que, junto da sociedade, se entenda que um diagnóstico precoce está de braço dado com tratamentos eficazes e efeitos secundários mais leves. Considera que nos dias de hoje existe ainda algum estigma por se marcar uma simples presença no rastreio? A discriminação ainda é um tema que tem, efetivamente, peso na decisão de ir ou não se prestar ao mesmo? O projeto “Saúde + Perto” foi pioneiro e inovador na medida em que a conceptualização de um projeto de intervenção numa Unidade Móvel de Rastreios (UMR) relaciona-se com a acessibilidade dos cidadãos, com a possibilidade de proporcionar aconselhamento em novas oportunidades de contacto e de intervir em contextos sociais e culturais específicos, facilitando o acesso das populações mais vulneráveis e com um risco mais elevado de exposição às IST. A nível mundial, as IST permanecem um desafio para a Saúde Pública quer devido à sua elevada prevalência e aumento progressivo da incidência, quer pela dificuldade de implementação de estratégias de diagnóstico precoce, o que representa inúmeras consequências económicas e sociais. Em paralelo, a realização destes rastreios nestes contextos, permite-nos realizar a psico-educação junto de


Acredita que existem investimentos adequados e suficientes, que permitam implementar programas sistematizados junto dos jovens, por exemplo, sensibilizando-os para a adoção de comportamentos promotores da redução do risco contra a infeção pelo VIH? O que sabemos é que em 1999, foi promulgada nova legislação no âmbito da Educação Sexual (ES), a Lei n.º120/1999 de 11 de agosto, que pretendeu garantir o direito à saúde reprodutiva, abordando temas tais como a promoção da ES e saúde reprodutiva, a prevenção de IST, métodos contraceptivos, planeamento familiar e Interrupção Voluntaria da Gravidez. Esta Lei reforçou a necessidade de se desenvolver um programa de ES no ensino básico e secundário. Em outubro de 2000, a Lei foi regulamentada através do Decreto-Lei n.º 259/2000 de 17 de outubro, que estabeleceu que cada escola deveria integrar no seu projecto educativo uma componente de ES. Consequentemente a LPCS, deu continuidade à Promoção e Educação para a Saúde, sendo muitas vezes solicitados os seus serviços, pelas instituições escolares e universitárias, que através dos seus técnicos e profissio-

FOTO: CARLOS ALBERTO MORAIS DA SILVA

com o envolvimento de outras organizações e dos órgãos de comunicação social. De facto, em tempos diferentes, são precisas atitudes também diferentes e a LPCS sempre privilegiou a relação que temos com os médicos infeciologistas de norte a sul de Portugal e é por isso importante salientar que todos os utentes reativos e positivos, foram referenciados e aceites nos hospitais de referência. A COVID-19 destaca-se pelo seu impacto socioeconómico e consequente “Atualmente, mediatismo e por isso, existe já um grande as pessoas precisam nais de saúde, volunconhecimento na população de ter sobretudo contariamente se dispoportuguesa relativamente à fiança nos serviços e nibilizam para (in) transmissão do VIH e as pessoas saber que, apesar da formar os jovens. Os estão, como não estavam há 30 sobrecarga do SNS, temas mais solicitaa LPCS está presente dos pelos próprios anos, mais despertas para os nas suas vidas. Foi por jovens abordam comportamentos de risco e isso, que desde Março a saúde sexual, os como evitá-los” de 2020, alargámos o comportamentos mais horário da Linha SOS SIDA seguros e saudáveis a (800201040) das 10h30 às adotar, nomeadamente em 22h30, que demos continuirelação ao álcool e ao uso de dade ao levantamento e posterior drogas, o uso (consistente) do(s) entrega da medicação aos utentes, que preservativo(s), a importância de realizar angariamos bens de primeira necessidade, o teste ao VIH, as Hepatites entre outras IST, a distribuindo pelos mais necessitados, que na identidade de género e a orientação sexual impossibilidade de se dirigirem às suas consulatravés de aceitar e respeitar a diferença. tas presenciais nos CAAI, em Lisboa, Odivelas e Loures, hoje estamos disponíveis com teleconAtendendo ao facto de estarmos a atravessar sultas, e que continuamos no terreno a realizar uma situação de pandemia global provocada rastreios, porque acreditamos que temos a priopelo novo coronavírus, muito do tempo desridade de evitar a transmissão pela COVID-19 e pendido por parte dos profissionais de saúde controlar o risco de infeção desta e de outras tem sido dedicado exclusivamente a esta proinfeções. blemática. Assim, alguns tratamentos para controlar outras doenças e/ou problemas de Gostaria de deixar uma mensagem aos nossaúde, foram suspensos. Como se encontram sos leitores e (re)lembrar assim a forte presenas respostas necessárias por parte destes serça da Liga Portuguesa Contra a Sida na socieviços para com os tratamentos contra a Sida dade e a sua permanente missão? – tratamentos esses que requerem continuiÉ importante lembrar que o VIH não é um dade? vírus do passado e que faz parte do presente. Ao longo da história, todas as pandemias e É fundamental chegar a mais pessoas, contiepidemias deixaram-nos aprendizagens impornuar a testar para diagnosticar, para que estas tantes e, por conseguinte, a pandemia por não cheguem aos hospitais com diagnóstiCOVID-19, fez também com que toda a sociecos tardios. E porque a LPCS tem apenas uma dade tivesse de se ajustar e adaptar às novas unidade movel e porque estamos no mês da necessidades e de forma solidária desenvolver Solidariedade, não poderíamos deixar de fazer e criar respostas e serviços. Também aqui a um apelo a todos os vossos leitores, para que LPCS teve e tem tido um papel preponderante através de um simples gesto solidário façam e complementar ao do SNS. Enquanto Associauma transferência de um donativo no valor que ção de Defesa de Utentes de Saúde, alertamos queiram doar ou por MB WAY para o 911500072 os órgãos de soberania para o que sentimos e ou para o nib 001800003547540700182 porque o que ouvimos por parte dos nossos principais NA SIDA EXISTE VIDA. ▪ destinatários e quando foi necessário contámos

27 DEZEMBRO 2020

No passado dia 1 de dezembro de 2020, assinalou-se o Dia Mundial da Luta Contra a Sida e, passado três décadas do aparecimento do VIH, há quem defenda que existe ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito ao conhecimento e preocupação social quanto ao mesmo. Concorda com esta afirmação? Como nos pode descrever a evolução da doença até aos dias de hoje? Atualmente, existe já um grande conhecimento na população portuguesa relativamente à transmissão do VIH e as pessoas estão, como não estavam há 30 anos, mais despertas para os comportamentos de risco e como evitá-los. Mas isto, não significa que não tenhamos de continuar a investir na prevenção e na literacia em saúde. Independentemente da evolução e do sucesso da terapêutica para o tratamento do VIH, das novas profilaxias, como a PrEP e a PPE, e de os estudos indicarem que se uma pessoa portadora do VIH, apresentar uma carga viral indetetável e que esta não transmitirá o vírus a uma pessoa seronegativa, ainda existe um caminho para percorrer nomeadamente no que se refere à eliminação do estigma e da discriminação associados à infeção.

FOTO: CARLOS ALBERTO MORAIS DA SILVA

populações mais vulneráveis, disponibilizando não só informação atualizada e adaptada, mas também preservativos femininos, masculinos e géis. De facto, ainda hoje assistimos ao estigma percepcionado, ou auto-estigma, por parte de algumas pessoas que referem terem receio de serem (re)conhecidas e associadas a “grupos de risco” ou a comportamentos socialmente criticados, segundo as mesmas. Nestas situações, estas pessoas preferem deslocar-se a outros locais diferentes da sua zona de residência ou laboral, de forma a realizar o(s) rastreio(s). Cabe à LPCS, desmistificar e alertar para a importância do diagnostico precoce.


» DIA MUNDIAL CONTRA A SIDA

SER+

UMA LUTA PELO RESPEITO E DIGNIDADE Ao longo de 23 anos a SER+ Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida tem ganho força e notoriedade para a concretização do objetivo de tornar Portugal num país que respeita os direitos humanos na área do VIH e Hepatites Víricas. Andreia Pinto Ferreira, Coordenadora Geral da SER+, contou-nos ainda qual tem vindo a ser a evolução do pensamento acerca do tema na sociedade portuguesa.

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PONTOS DE VISTA

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SER+ Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à SIDA tem como visão que Portugal seja um país que respeite os direitos humanos na área do VIH e Hepatites Víricas. Fundada em 1997, nasceu a partir de que necessidade? Que lacunas pretendiam e pretendem colmatar? O aparecimento da SER+ nasce de uma necessidade identificada por um “estudo” encomendado por uma Fundação que na época existia no concelho de Cascais e que se dedicava a temas da saúde. A consulta de VIH do Hospital de Cascais tinha recentemente sido criada e percebeu-se, pelo impacto que a infeção apresentava na altura, pelo elevado índice de estigma e de discriminação e pelas características dos comportamentos da população inicialmente mais atingida, de uma total ausência na comunidade de uma rede formal de suporte para as pessoas que iam sendo diagnosticadas pelo Hospital. E são algumas dessas pessoas que impulsionam o associativismo que acaba por dar origem formal em 1997 à SER+ tal como hoje a conhecemos. Ao longo destes 23 anos, naturalmente a organização tem-se transformado, como qualquer organismo vivo e precisou do seu tempo para perceber onde pretendia chegar. É a nossa visão. Todas as respostas ou projetos que são desenvolvidos atualmente têm um único fim, ou seja, que os mesmos promovam e respeitem os direitos humanos a tudo o que diga respeito à infeção por VIH e às infeções por hepatites víricas.

ANDREIA PINTO FERREIRA

O objetivo da SER+ é promover respostas integradas ao nível da prevenção, diagnóstico, tratamento, discriminação e apoio social na área do VIH e Hepatites Víricas, envolvendo e capacitando as entidades e populações. Na prática, e para melhor entender, que iniciativas são realizadas neste âmbito? As respostas ou iniciativas desenvolvidas pela SER+ estruturam-se sempre a partir 1) das pessoas que já conhecem o seu estatuto serológico para qualquer uma destas infecções, 2) das pessoas que estão infectadas e que ainda não sabem e 3) das pessoas que não estão infetadas e que não se querem infetar. E é com base nesse desenho que estrategicamente a intervenção pode ser mais micro ou mais macro. Por outras palavras, a SER+ tanto promove iniciativas com caráter de emergência alimentar tendo em conta o perfil das pessoas infetadas que nos procuram, como desenvolve ações de maior abrangência, alinhadas com as políticas de saúde locais, nacionais ou internacionais e que podem ir desde assegurar o acesso aos cuidados de saúde e ao rastreio até à produção de conhecimento científico nestas áreas específicas.

Também os testes promovidos pela SER+, têm ganho força e importância para que, junto da sociedade, se entenda que um diagnóstico precoce está de braço dado com tratamentos eficazes e efeitos secundários mais leves. Atualmente, como nos pode descrever o impacto do VIH na sociedade? Quase quarenta anos depois, a investigação científica na área dos tratamentos para o VIH e para a Hepatite C respondeu ao como se pode quebrar a cadeia de transmissão deixando de “ver” estas infeções como um problema de saúde pública. Há cura para a Hepatite C e ainda que não exista cura para o VIH, o tratamento atual é tão eficaz e tão revolucionário que a transmissão pode ser interrompida. Os obstáculos que estão por detrás da demora dessa conquista dependem basicamente de três outros fatores, políticos, coletivos e individuais. A ação politica, imperativa para que se assegure a implementação, por exemplo, do acesso à inovação dos tratamentos ou que se penalize quem possa discriminar outro pela condição de saúde que apresenta. A mobilização do coletivo, para que tenhamos uma sociedade mais ativa e participativa, obrigando os governos a garantir os

direitos humanos consagrados na constituição, e não menos importante, as ações individuais que quanto mais moralistas e condescendentes forem, maior distanciamento criam no acesso à saúde de quem dele precisa. A discriminação ainda é um tema que tem, efetivamente, peso na decisão de ir ou não fazer um teste de rastreio? Que apoio é fornecido pela Associação para suprimir esta problemática? Sem dúvida. O medo de um resultado reativo no teste faz com que muita gente adie meses ou anos a sua realização, estando o medo de ser “olhado de forma diferente” e julgado por amigos ou familiares, ou de ser discriminado no trabalho, no seio social ou familiar, entre os principais receios que as pessoas referem. Também o estigma que ainda hoje perdura e que associa a infeção VIH a determinados “grupos de risco”, como os toxicodependentes ou os homossexuais, contribui para este julgamento social, e para um sentimento de imunidade face a esta infeção - “se não faço parte de um grupo de risco, não preciso de fazer o teste” - o que não corresponde de todo à realidade. A SER+ juntamente com o GAT, tenta


O Dia Mundial da Luta Contra a Sida assinalou-se no passado dia 1 de dezembro. Desde o seu aparecimento muito se tem concretizado para a sua prevenção, contudo há quem defenda que não existe ainda um conhecimento e preocupação social suficiente. Concorda com esta afirmação? No início da pandemia VIH esta era uma das doenças de que mais se falava, tanto na comunidade científica, como ao nível da opinião pública (um pouco o que se está a passar hoje com a pandemia COVID-19). Atualmente, com a evolução desta infeção para doença crónica, o VIH está esquecido e há uma (falsa) ideia de que esta é uma questão ultrapassada. É por isso, talvez mais importante que nunca, a consciencialização do que representa esta data, relembrando que, apesar de termos neste momento muito mais ferramentas para quebrar a transmissão por VIH, o número de novas infeções pouco diminui (sendo cerca de 1000 novos casos os que surgem anualmente em Portugal) e a fase em que os casos são diagnosticados são significativamente em fase tardia, o que significa que a transmissão acontece porque a pessoa desconhece que está infetada. Continuam a existir importantes obstáculos ao desaceleramento desta infeção, sendo os mais importantes a desinformação, o estigma e a discriminação verificada tanto na população em geral como nos profissionais de saúde. É sabido que as desigualdades e as crises económicas, como a que estamos a viver, só irão acentuar ainda mais essas diferenças empurrando os mais desfavorecidos, e como consequência os mais vulneráveis, para guetos sociais agravando ainda mais o distanciamento aos cuidados de saúde e a uma maior probabilidade de exposição ao vírus. Respondendo à questão de forma rápida, sim, concordo com a afirmação. Tem sido também papel da SER+ realizar programas sistematizados junto dos jovens, por exemplo,

“A SER+ TANTO PROMOVE INICIATIVAS COM CARÁTER DE EMERGÊNCIA ALIMENTAR TENDO EM CONTA O PERFIL DAS PESSOAS INFETADAS QUE NOS PROCURAM, COMO DESENVOLVE AÇÕES DE MAIOR ABRANGÊNCIA, ALINHADAS COM AS POLÍTICAS DE SAÚDE LOCAIS, NACIONAIS OU INTERNACIONAIS E QUE PODEM IR DESDE ASSEGURAR O ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE E AO RASTREIO ATÉ À PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO NESTAS ÁREAS ESPECÍFICAS”

sensibilizando-os para a adoção de comportamentos promotores da redução do risco contra a infeção pelo VIH? Sim. Sempre que pretendemos uma verdadeira mudança de atitudes, comportamentos e mentalidades, os jovens são os nossos grandes aliados. Foi assim na educação alimentar, na promoção da reciclagem, e na área da saúde sexual não é diferente. Claro que a informação e o conhecimento devem ser difundidos o mais possível, de modo a chegar a toda a população, mas é junto dos jovens que temos uma maior probabilidade de alterar comportamentos. Atualmente, apesar de ainda muito insuficiente, sabemos que o uso do preservativo é mais frequente entre os mais jovens, comparando com faixas etárias mais avançadas. Também a procura do rastreio se torna mais comum, e progressivamente o estigma associado à infeção VIH (muito reforçado nos anos 80 e 90) começa aos poucos a dissipar-se, estando em muitos jovens já a ideia de “doença crónica”. No entanto, fala-se cada vez menos de VIH, e na internet (fonte preferencial de pesquisa nesta faixa etária) há tanto de informação como de desinformação. É essencial que a aposta na educação sexual nas escolas seja feita de forma efetiva e consistente (o que ainda não acontece), não se reduzindo a ações pontuais. A área da prevenção e da educação sexual continua a não ser uma prioridade política e isso reflete-se na falta de apoios para conseguirmos atuar mais a este nível. Neste panorama atual da pandemia provocada pela COVID-19, muito do tempo despendido por parte dos profissionais de saúde tem sido dedicado exclusivamente a esta problemática. Assim, alguns tratamentos para controlar outras doenças e/ou problemas de saúde, foram suspensos. Como se encontram as respostas necessárias por parte destes serviços para com os tratamentos contra a Sida – tratamentos esses que requerem continuidade? De facto, o combate à pandemia

COVID-19 tem-se feito em grande parte com prejuízo das outras áreas da saúde, nomeadamente o apoio e seguimento de doentes crónicos. Também na área do VIH se têm sentido estes efeitos, com cancelamento de consultas, passagem de consultas presenciais para online, perda no seguimento de alguns doentes, adiamento por longos períodos de exames complementares de diagnóstico, alteração e restrição nos horários das farmácias hospitalares para levantamento de medicação, adiamento ou suspensão das consulta de acesso à PreP, etc. Na verdade, penso que só teremos uma noção mais efetiva dos custos para a saúde individual e coletiva que estas medidas representam, no futuro. No entanto, a pandemia trouxe também algumas medidas positivas, como a facilitação de acesso à saúde por parte dos imigrantes em situação irregular e a possibilidade

(ainda em fase de aprovação) do envio da medicação para casa dos utentes, evitando assim idas desnecessárias aos hospitais. Que objetivos estratégicos têm planeados para o ano de 2021? 1) Aumentar a proporção de indivíduos que conhecem o seu estatuto serológico (VIH, Hepatites Víricas e Sífilis) assegurando o linkage to care (referenciação) dos casos reativos. 2) Reduzir novas infeções intensificando os esforços no âmbito da prevenção primária 3) Melhorar a qualidade de vida das pessoas que vive com VIH, com Hepatites víricas e de populações vulneráveis; 4) Reduzir o estigma e a discriminação das pessoas que vivem com o VIH, com Hepatites víricas e das populações vulneráveis à infeção, 5) Produzir e contribuir para o conhecimento científico na área do VIH e Hepatites ▪

29 DEZEMBRO 2020

responder à questão do estigma e da discriminação através do Centro Anti Discriminação VIH, projeto que surgiu em 2011 e que atua em várias frentes: Aconselhamento e apoio jurídico a pessoas com VIH/Hepatites que são discriminadas; Ativismo para alteração de leis e regulamentos que perpetuam situações discriminatórias; Formação em vários setores da sociedade para promover a integração e não discriminação das pessoas com estas infeções; Produção de conhecimento através do desenvolvimento de estudos de investigação; e compilação de documentação relevante nesta área.


» DIA MUNDIAL CONTRA A SIDA

“A COVID-19 VEIO ATRASAR A CAPACIDADE DE DIAGNÓSTICO DE NOVOS DOENTES E DE RESPOSTA AO VIH” Os programas da Gilead Sciences Portugal auxiliam os doentes com VIH a enfrentar barreiras como o acesso ao tratamento, o estigma e a discriminação e até mesmo as desigualdades na prestação dos cuidados de saúde em todo o mundo. Sofia Brazão, responsável pelos Recursos Humanos da empresa, admite que o balanço do trabalho desenvolvido pela Gilead não podia ser mais positivo. Saiba porquê. da Gilead; temos também doentes que beneficiaram dos medicamentos oncológicos da Gilead para aumentarem a sua sobrevida; e que foram muitos os doentes imunodeprimidos que sobreviveram por terem sido tratados com o medicamento mais antigo, um antifúngico sistémico.

PONTOS DE VISTA

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SOFIA BRAZÃO

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a Gilead investigam-se e desenvolvem-se novos medicamentos ajustados às expetativas e necessidades dos doentes. Em Portugal desde 2001, qual é o balanço que faz destes anos e quanto à concretização do objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de pessoas que sofrem de doenças potencialmente fatais? Eu penso que o balanço que se pode fazer é muito positivo, ainda que, quando falamos do tipo de doenças com as quais trabalha-

Existe ainda a convicção que todas as pessoas devem ter acesso global aos medicamentos, independentemente de onde vivem ou dos recursos que têm. Assim, o que é que a Gilead tem realizado para expandir o acesso a estes tratamentos? A GILEAD tem uma unidade de negócio dedicada a garantir o acesso aos medicamentos que comercializa em 130 países onde doenças como o VIH e as hepatites virais têm forte incidência e prevalência, e em que que os doentes e os sistemas de saúde teriam dificuldade em sustentar estas terapêuticas diretamente. Assim, colaboramos com entidades internacionais, governamentais “A Gilead tem e não goveruma unidade de negócio namentais e dedicada a garantir o acesso outras comaos medicamentos que comercializa panhias para em 130 países onde doenças como garantir um o VIH e as hepatites virais têm forte acesso mais incidência e prevalência, e em que generalique os doentes e os sistemas de zado e sussaúde teriam dificuldade em tentável aos sustentar estas terapêuticas nossos medidiretamente” camentos.

mos, to d o s os esforços nunca são demais. Mas posso dizer-lhe que graças ao trabalho das Autoridades, dos profissionais de saúde e dos nossos profissionais há, desde 2015, mais de 20.000 doentes curados de hepatite C, com os medicamentos da Gilead; que nos últimos anos mais de metade dos doentes com VIH em tratamento em Portugal utilizam ou utilizaram as terapêuticas

O Programa Gilead GÉNESE, criado, em 2013, pretende incentivar a investigação, a produção e a partilha de conhecimento científico a nível nacional, e de viabilizar iniciativas que conduzam à implementação de boas práticas no acompanhamento dos doentes. Na prática, o que se tem vindo a efetivar neste âmbito? Em Portugal, o Programa Gilead GÉNESE tornou-se uma referên-

cia na área da Responsabilidade Social Corporativa, incentivando projetos de investigação científica e de intervenção na comunidade e contribuiu desde o início de 2013 até ao dia de hoje com mais de 1,5 Milhão de euros para estes projetos que têm auxiliado a evolução de diagnóstico e tratamento das várias doenças em que atuamos. Os doentes e as comunidades muitas vezes enfrentam desafios no acesso aos melhores cuidados e sabemos que a Gilead sozinha não pode resolver estes desafios - por isso também estamos empenhados em ser uma parte importante na solução e a parceria com a investigação e com a comunidade é isso mesmo. Os nossos programas ajudam a enfrentar algumas barreiras aos cuidados, tais como: acesso ao tratamento, o estigma e a discriminação, assim como as desigualdades na prestação dos cuidados de saúde em todo o mundo. Dentro das áreas terapêuticas que o Programa Gilead GÉNESE apoia, estão a hemato-oncologia, doenças hepáticas virais e metabólicas e infeção por VIH/SIDA. Quão importante é apoiar estas três áreas específicas? Em todas estas áreas, as doenças têm um impacto muito relevante na qualidade de vida das pessoas e até na sua sobrevivência, logo refletem a missão da Gilead e a necessidade que sentimos de trabalhar todos os dias para trazer uma mensagem de esperança e de mais e melhor tempo de vida a doentes com doenças crónicas, incapacitantes e, muitas vezes, pouco divulgadas . No passado dia 1 de dezembro de 2020, assinalou-se o Dia Mundial da Luta Contra a Sida e, passado três décadas do seu aparecimento, há quem defenda que existe ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito ao conhecimento e preocupação


“AO PROMOVER A EDUCAÇÃO DOS JOVENS SOBRE O VIH E SOBRE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, PODEMOS AUMENTAR O SEU CONHECIMENTO SOBRE VIH, EVITAR COMPORTAMENTOS DE RISCO E COMBATER O ESTIGMA AINDA EXISTENTE NA NOSSA SOCIEDADE. TEMOS, DESDE ABRIL, MÉDICOS INTERNOS DE INFECIOLOGIA PREPARADOS PARA FAZER AÇÕES DE FORMAÇÃO EM ESCOLAS E OUTRAS ENTIDADES”

Acredita que existem investimentos adequados e suficientes, que permitam implementar programas sistematizados junto dos jovens, por exemplo, sensibilizando-os para a adoção de comportamentos promotores da redução do risco contra a infeção pelo VIH? Eu diria que sim, não sei se a eficácia não poderá ser melhorada, mas o investimento existe. Por exemplo, o Movimento Pensa Positivo que pretende chamar a atenção para a temática do VIH, aumentando a educação da população, trabalha a prevenção através da promoção de alteração de comportamentos e oferece conhecimento a quem vive com VIH para uma melhor gestão da sua doença. Não esquecendo o combate ao estigma e ao auto-estigma, que como vimos no último relatório da DGS, continua a ser muito significativo na nossa sociedade. Os últimos dados apontam para um decréscimo de novos casos de infeção, no entanto, ainda temos um caminho para fazer na prevenção e na adoção desses comportamentos: quer seja pelos mais novos ou pelos mais velhos, onde existe maior incidência de novos casos. A Academia PensaPositivo surge no âmbito deste Movimento exatamente para preencher uma necessidade de aumentar a literacia sobre VIH, especialmente ao nível dos jovens, desde

o 9º ano até aos estudantes universitários. Ao promover a educação dos jovens sobre o VIH e sobre doenças sexualmente transmissíveis, podemos aumentar o seu conhecimento sobre VIH, evitar comportamentos de risco e combater o estigma ainda existente na nossa sociedade. Temos, desde Abril, médicos internos de infeciologia preparados para fazer ações de formação em escolas e outras entidades. Atendendo ao atual cenário provocado pela pandemia da COVID-19, como se encontram as respostas necessárias para os tratamentos contra o VIH – tratamentos esses que requerem continuidade? A COVID-19 veio atrasar a capacidade de diagnóstico de novos doentes e de resposta ao VIH, tal como no âmbito de outras doenças, todavia há uma preocupação generalizada da comunidade médica em não perder o controlo sobre esta doença e aqui as comunidades de doentes têm um papel crucial com os seus programas de diagnóstico simples e precoce. Na continuidade do tratamento e otimização de terapêuticas é que houve de facto algum atraso devido à impossibilidade de acompanhamento

da alteração de terapêutica pela redução de consultas presenciais. Inclusão, integridade, trabalho em equipa, responsabilidade pessoal e excelência são os valores que norteiam a atividade da Gilead. Deste modo, e para o próximo ano que se avizinha, que projetos e iniciativas têm planeadas para dar seguimento à missão que se propõem diariamente? De momento o nosso foco tem sido no bem-estar e segurança dos nossos colaboradores para lhes permitir, mesmo nestas circunstâncias, conseguirem trabalhar a partir de casa e cuidar das suas famílias. Deste modo, garantimos a motivação para continuarmos todos a dar o nosso melhor e contribuir com o nosso trabalho para garantir o acesso aos medicamentos que disponibilizamos e que podem contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos doentes. Exemplo disso é o Veklury, que tem sido usado, em ambiente hospitalar, no tratamento da COVID-19 com o propósito de acelerar a recuperação dos doentes e diminuir a necessidade de recurso a cuidados intensivos. Para o futuro o nosso pipeline prevê o desenvolvimento de inúmeras terapêuticas na área dos tumores sólidos e da inflamação, o que poderá trazer mais tempo e qualidade de vida aos doentes que sofram dessas doenças. ▪

31 DEZEMBRO 2020

social quanto ao mesmo. Concorda com esta afirmação? Porquê? Concordo, porque o estigma existe e é difícil assumir que se é portador desse vírus e adia-se muitas vezes o diagnóstico, colocando em risco os parceiros. Ainda que seja uma doença conhecida já há mais de 30 anos, a verdade é que se fala pouco, de forma objetiva e persiste uma enorme ignorância sobre a sua repercussão e transmissão. Confesso que há também alguma dificuldade em criar campanhas de prevenção eficazes, esse é um desafio com que nos deparamos todos os dias. Há mais trabalho a fazer para tornar o preconceito cada vez menos relevante face à necessidade de diagnóstico e tratamento. Portugal continua a ser um dos países da Europa com um maior número de novos infetados por ano, ainda que em decréscimo, o que demonstra que as campanhas de prevenção e sensibilização continuam a precisar de melhorias.




» COVID-19 – ESTRATÉGIAS DE DESAFIOS DAS MARCAS E ORGANIZAÇÕES

“É FUNDAMENTAL A ÁREA DA SAÚDE ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E TODAS AS NOVAS TENDÊNCIAS” O desenvolvimento contínuo na medicina tem sido visível ao longo dos anos. Para Miguel Gouveia de Brito, Presidente da TrueClinic, é essencial que se acompanhe a evolução tecnológica para melhor fornecer os serviços a quem mais precisa. Em conversa com a Revista Pontos de Vista, este e outros temas foram debatidos, tendo confidenciado ainda que o próximo ano chegará com dois projetos inovadores “no mercado português”. Estamos abertos a desafios, queremos continuar a inovar e a procurar soluções únicos para os nossos parceiros. Os nossos serviços mais comuns, apesar de como disse, nós gostarmos de desenvolver produtos à medida, são a gestão clínica integrada de sinistros de acidentes de trabalho, acidentes de viação e acidentes pessoais, a criação de cartões de saúde personalizados, os Check up´s desportivos e o acompanhamento de doentes com patologia severa e crónica.

MIGUEL GOUVEIA DE BRITO

PONTOS DE VISTA

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Trueclinic contribui para a melhoria do bem-estar das pessoas através da prestação de serviços com a mais alta qualidade, eficiência, inovação e personalização. Quando foi edificada a empresa e como nos pode descrever a evolução da mesma ao longo dos tempos? A TrueClinic surge em 2002 e teve como primeiro objetivo apoiar as seguradoras no controlo do custo clínico no desporto amador, mormente no futebol. Posteriormente fomos alargando o nosso âmbito de atuação, algumas vezes por solicitações das companhias com quem mantemos parcerias estáveis e duradores. Atualmente a nossa área de atuação é bastante mais abrangente, passando pela gestão e controlo clínico de acidentes de trabalho, acidentes de viação, sem nunca esquecer os acidentes pessoais. A área desportiva continua a ser muito importante na nossa atividade, não tanto em termos de faturação mas por razões históricas e de segmentação. Somos especialistas em “gestão da saúde”, desenvolvemos produtos e serviços não apenas para a área seguradora mas também para outros mercados e players de forma abrangente e especializada. Criamos, por exemplo, o cartão de saúde da União das Misericórdias, tal como temos vindo a desenvolver outros modelos e

soluções de saúde integrada para outros players do mercado nacional e lusófono. Ambicionam ser líderes do setor em Portugal e um operador de referência nos países de expressão portuguesa. Interessa, portanto, compreender, quais os serviços disponibilizados pela Trueclinic e de que forma, através dos mesmos, se têm diferenciado das restantes marcas. Como referi, a TrueClinic é uma empresa especializada em “gestão de saúde”. Gostamos de desenvolver soluções à medida do cliente, seja ele companhia de seguros, corretor, empresa, organização, associação ou cooperativa, com ou sem fins lucrativos. Temos vindo a estabelecer relações fortes e duradoiras com os nossos clientes e parceiros. Os nossos clientes são parceiros que nos ajudam a evoluir e a crescer. Orgulhamo-nos com os resultados e vitórias por eles alcançados. A título de exemplo veja-se os resultados atingidos pelas companhias nossas parceiras, quer em termos de resultados técnicos, quer em termos de grau de satisfação dos seus clientes. Sentimos essas vitórias como um bocadinho nossas. A TrueClinic vai continuar a pautar a sua atuação pela diferenciação, procurando estabelecer relações duradoiras e com ganhos biunívocos.

Também na área da saúde existem avanços tecnológicos e científicos que permitem uma melhor prestação dos serviços e um melhor desempenho dos mesmos. Na Trueclinic a aposta na inovação tem sido uma das prioridades? Quão importante é para a saúde acompanhar estas novas tendências? É fundamental a área da saúde acompanhar a evolução tecnológica e todas as novas tendências. Alias, a área da saúde investe significativamente em I&D e em tecnologia diferenciadora. Qualquer pessoa pode constatar o desenvolvimento continuo da medicina, basta analisar a evolução da indústria do medicamento, ou do sub-setor dos meios complementares de diagnóstico ou mesmo na área cirúrgica, entre outras. Também a nível digital e software temos visto grandes avanços na medicina, não só no que concerne à telemedicina e à telemetria medica mas também em softwares de gestão e controlo clínico. A TrueClinic tem acompanhado esta tendência, como não podia deixar de acontecer. Todos os anos fazemos fortes investimentos em software e desenvolvemos novas automações. Temos também vindo a apostar nas Teleconsultas diferenciadas e iremos avançar para alguma telemetria clinica. É legítimo afirmar que, no caso da Trueclinic, a qualidade tem um impacto positivo na inovação e vive-versa? De que forma? Penso que essa afirmação é valida para a maioria das organizações, mas sim, no caso da TrueClinic, claramente. Nós estamos em fase final da certificação pela ISO e um dos pontos fulcrais é a inovação continua. Por outro lado, para podermos prestar um serviço de qualidade e diferenciado temos que apostar na inovação continua e isso ajuda-nos a criar novas competências e habilidades.


Disponibilizam uma prática de teleconsultas para encurtar distâncias e facilitar processos. Esta ferramenta demonstrou ser, mais do que nunca, uma mais-valia na sociedade? Está disponível para que especialidades? Sem dúvida que as teleconsultas vieram para

ficar e nesta fase foram cruciais. Nós estamos a fazer teleconsultas nas áreas da Ortopedia, Anestesia, Medicina desportiva e Clinica Geral. Para além destas áreas médicas, estamos também a fazer teleconsultas nas áreas da enfermagem, fisioterapia e psicologia. Nestes tempos complexos, o envolvimento das empresas com a comunidade onde operam também se torna evidente. Assim, e enquanto prestador de serviços na área de saúde, qual tem sido o papel da Trueclinic na responsabilidade e sensibilidade perante a sociedade? Têm realizado alguma iniciativa neste âmbito? Sem dúvida que nos sentimos na “obrigação” de contribuir, dentro das nossas limitações, para a divulgação e promoção de boas práticas clínicas e para a sensibilização dos nossos “públicos”. Para além de termos criado campanhas de consciencialização nos nossos canais digitais e de termos promovido a realização de testes de forma mais “próxima”, com a campanha “faça teste sem sair de casa”, juntamo-nos a algumas causas de cariz mais público, nomeadamente com o fornecimento de EPI a alguns hospitais públicos e misericórdias. Gostaria de deixar uma mensagem para homenagear os seus profissionais e todos os que lutam diariamente pela proteção e bem estar da população? Se existe aspeto positivo nesta pandemia, é a atuação dos profissionais de saúde. Acho que a maioria dos portugueses ainda não percebeu o quão profundo temos que estar agradecidos aos nossos profissionais de saúde. Todos eles, desde

médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos, auxiliares, enfim, têm sido inexcedíveis. Para alguém que vive diariamente com estes elementos, a nível profissional, há mais de 20 anos, eles têm excedido todas as minhas expectativas, têm sido de uma entrega impar. Eu nem devia contar aqui esta pequena inconfidência mas sinto a obrigação moral de o fazer. A Senhora minha mãe é médica, reformada do serviço nacional de saúde, mas continua a trabalhar em urgência, numa grande unidade privada, tem 72 anos e tem uma insuficiência cardíaca, pois manteve-se sempre, volto a referir sempre, a fazer urgências, mesmo tendo a consciência do risco que isso possa acarretar para a sua vida. Dizer obrigado e expressar a minha gratidão aos profissionais de saúde é muito pouco para tudo aquilo que estão a passar. Têm sido gigantes e o grande suporte do nosso sistema. O final do ano aproxima-se e com ele a ânsia por novos desafios e projetos. Para a Trueclinic, qual será a dinâmica para o próximo ano? Que projetos têm planeados? Estamos a chegar ao final de um ano diferente, esperemos que 2021 seja bastante melhor para todos. A TrueClinic tem alguns projetos em carteira que ficaram parados este ano e que esperemos poder avançar durante 2021. Não me quero alongar muito neste tema, porque deverá ser algo inovador no mercado português e talvez europeu, mas são dois projetos que estão ligados a uma maior diversificação de produtos/serviços prestado pela TrueClinic em Portugal. Um mais ligado à área seguradora e outra ao setor empresarial. ▪

35 DEZEMBRO 2020

Declarada desde março a situação de pandemia global derivada pela COVID-19, muita foram as consequências que se instalaram e que obrigaram desde logo a uma mudança rápida de práticas no seio das mais diversas empresas, e na área da saúde, sabemos que o impacto foi extremamente elevado. Sendo a Trueclinic responsável por mais de 700 mil desportistas de diferentes modalidades e mais de 500 mil trabalhadores, de que forma atuou perante tal cenário? O que mudou? Realmente este flagelo está a condicionar a vida de todos nós e infelizmente tem vindo a contribuir para a degradação da situação económica e, acima de tudo, do bem estar e saúde das populações. Na TrueClinic tivemos que lidar com esta forte condicionante, principalmente no que concerne a tratamentos e cirurgias. Primeiro, fizemos uma gestão ainda mais próxima e permanente de todos os doentes e segurados das nossas parceiras. Segundo, tivemos que adiar algumas cirurgias não emergentes e cingir o número de blocos operatórios por forma a evitar contágios. Estabelecemos novos protocolos clínicos pré e pós operatórios. Todos os intervencionados foram alvo de teste PCR para a COVID 19 e monitorizados de forma permanente. Terceiro, no que concerne às consultas optamos por tele consultas por forma a evitar os contatos, exceção para aquelas que era obrigatório a presença física do doente/ sinistrado e nesse caso foram adotadas todas as medidas preventivas. Quarto, no que diz respeito aos meios complementares de diagnóstico, adiamos os não essências, os estritamente necessários foram realizados em total segurança e com as respetivas medidas de proteção. Por último, no que se refere à medicina física e reabilitação, em articulação com vários parceiros, passamos a fazer sessões de fisioterapia remotas, evitando que o doente/sinistrado sai-se de casa.


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IERA LISBOA

TRATO HUMANIZADO A Infertilidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “a incapacidade de um casal para alcançar a conceção ou levar uma conceção a termo após um ano ou mais de relações sexuais regulares, sem proteção contracetiva”. Assim, o Instituto Extremeño de Reproducción Asistida (IERA) nasceu com o propósito de ajudar as pessoas que sofrem com esta doença. Para melhor entender, Mafalda Rato, Embriologista e Coordenadora de Laboratório de Reprodução Medicamente Assistida, explicou à Revista Pontos de Vista de que forma o IERA, pioneiro de várias técnicas e tratamentos, procedeu aquando do início da pandemia.

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PONTOS DE VISTA

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IERA Lisboa é relativamente recente em Portugal e tem como propósito devolver a esperança ao sonho de se poder construir uma família. Fazendo parte da QuironSalud, está integrado naquele que é o maior grupo de saúde privada na Europa, representado por hospitais e institutos universitários, equipados para responder a todas as especialidades e na vanguarda da medicina privada. Nele participam 23 Centros da Medicina da Reprodução, sendo o IERA Lisboa, o primeiro do grupo em Portugal. “O IERA decidiu estabelecer-se em Lisboa porque acredita que ainda há espaço para a inovação – e nós sabemos que em Portugal, os recursos ligados à infertilidade são menos do que os necessários”, começa por afirmar Mafalda Rato. No que à Procriação Medicamente Assistida diz respeito, são fundamentais mais e melhores acessos em todas as vertentes, quer no Sistema Nacional de Saúde, como no setor privado, sendo que, neste último caso, segundo a nossa entrevistada “à semelhança do que acontece em Espanha, o aumento do número de centros ajuda a democratizar e a expandir o acesso a estes tratamentos. À medida que Espanha se tornou um pólo da Medicina da Reprodução para todo o mundo, julgo que Portugal tem condições muito favoráveis para também o ser”. Os fatores determinantes são a excelência dos profissionais da área e da tecnologia que – e cada vez mais – contribui para o sucesso dos tratamentos de infertilidade. Quando questionámos a nossa entrevistada sobre ser legítimo ou não associar a eficácia dos tratamentos à inovação dos mesmos, a resposta foi um “sim” absoluto. Nos últimos anos temos assistido a uma evolução tecnológica que tem permitido ao IERA aumentar as taxas de sucesso. “Por exemplo, os óvulos quando fecundados, são colocados em incubadoras e esses

MAFALDA RATO

embriões têm de ser observados diariamente para perceber a sua qualidade. Antes, estas observações eram estáticas e faziam-se uma vez por dia. Agora temos os equipamentos de TimeLapse como o GERI, que são também incubadoras e que fazem um registo dos embriões a cada cinco minutos”, esclarece a nossa entrevistada. Tal permite que, aos dias de hoje, se possam analisar 24 sobre 24

horas, podendo assim classificá-los melhor e posicioná-los por ordem de qualidade. Possibilita ainda que, por nunca saírem da incubadora, se mantenham intactos, estáveis e inalterados, resultando assim numa melhor eficácia do tratamento. Além disso, existem as análises genéticas aos embriões e que, hoje em dia, estão perfeitamente viabilizadas uma vez que há critérios

estabelecidos, por exemplo, para pacientes com idades superiores aos 39 anos – idade onde resultam algumas alterações cromossómicas naturais que podem ser um entrave para a concretização da gravidez e do seu sucesso. Cabe ao IERA Lisboa, enquanto instituto de apoio à fertilidade, sensibilizar para a discussão do tema. Bastante ativos nas redes sociais, possibilitam, através das mesmas, um espaço de partilha entre pessoas que já passaram pelo processo e as que pretendem obter mais informações. “Nós tentamos chegar às pessoas desta forma, publicando vários artigos, tendo um site e um blog com muita informação pertinente, não apenas sobre os tratamentos e tecnologias, mas também sobre o dia-a-dia de quem deseja engravidar, com algumas dicas relevantes para as pessoas que pretendam seguir este caminho a ter consciência de que é preciso estarem bem não só fisicamente mas também psicologicamente”, afirma Mafalda Rato acrescentando ainda que “é necessário que se fale sobre a infertilidade. Penso que quanto mais se fala sobre infertilidade menor é o estigma, mas ninguém está preparado para receber um diagnóstico destes. Quando tal acontece é duro e é difícil assumir perante a família ou amigos”. Assim, e é com


esse objetivo, que o IERA pretende ser esse espaço de abertura e compreensão, em que as pessoas sintam que não estão sozinhas. TRATAMENTOS DE INFERTILIDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA: O QUE FAZER? Não só este setor está em constante mudança como a sociedade em geral e, prova disso mesmo, é o atual panorama que vivemos. Com uma pandemia que chegou para dominar a sociedade mundial, desde logo a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução recomendou aos Centros de PMA que não iniciassem tratamentos de

infertilidade e que cancelassem os recentemente iniciados. No IERA Lisboa os tratamentos foram suspensos no início do Estado de Emergência, reabrindo portas no início de maio. Porém, o acompanhamento aos pacientes nunca, em momento algum, deixou de ser realizado, tendo sidas aplicadas medidas excecionais para o efeito. “Durante esse período estivemos em funcionamento por vídeoconsultas e mantivemos consultas presenciais nos casos com necessidade de avaliação. Os pacientes não podiam de repente ficar sem acompanhamento. Remodelamos rapidamente o nosso site com

informações atualizadas sobre a Medicina da Reprodução e estivemos sempre atentos às discussões que se foram criando na Europa, muitas delas pela Sociedade Europeia - ESHRE, que desde logo promoveu discussões e partilha de informação”. Numa altura de incerteza plena, as dúvidas sobre a transmissão da COVID-19 acabaram por ser imensas: naquele momento, não se sabia quantificar o risco de transmissão da mãe para o bebé ou se o vírus poderia estar presente nos gâmetas ou embriões, pelo que participar nestas discussões foi de-

cisivo para a retoma da atividade. A única certeza que foi, de facto, comprovada, foi a importância de manter o contacto com todos os que viram o seu tratamento suspenso. Além das vídeoconsultas, o IERA manteve em funcionamento a linha de atendimento por telefone e, foi ainda criado um sistema de consultas presenciais para situações mais urgentes. Algo extremamente importante e que Mafalda Rato realça foram as “consultas de psicologia. Os pacientes precisavam de apoio, de esperança e nunca ficaram sozinhos. Ana Magina, a nossa Psicóloga foi incansável. Redigiu ainda imensos conteúdos para as nossas redes sociais”. Quando foi possível regressar ao IERA, as práticas do dia-a-dia foram adaptadas. Foi implementado um plano de contingência, passou a ter uma agenda mais controlada e os acompanhantes também foram incluídos no sistema de triagem. Para facilitar o acesso às consultas, foi criado um sistema de envio antecipado de alguma documentação para reduzir o tempo na admissão e ainda um resumo sobre o que teriam de fazer na chegada ao centro. “Pensámos, claro está, que as pessoas se iriam sentir receosas, com medo de sair de casa. Mas foi uma surpresa. Houve uma compreensão e uma adesão muito grande. Comentavam que se sentiam muito seguras”, assume a nossa interlocutora. Apesar das consequências da pandemia ainda não terem terminado, é possível desde já observar o seu impacto sobre o acesso a estes tratamentos de infertilidade, uma vez que as listas de espera do Serviço Nacional de Saúde aumentaram substancialmente. Para Mafalda Rato, também não é possível esquecer a debilidade social e económica que se tem sentido

O FUTURO DA NATALIDADE E DA PMA EM PORTUGAL “O cuidado assistencial pessoa a pessoa” é o lema do IERA e, só assim faz sentido para os profissionais de saúde que por lá dedicam o seu tempo. Tal significa que, neste instituto, todos são tratados de forma individual, tendo um tratamento também ele distinto e particular, de acordo com o seu diagnóstico, expectativa e necessidade. Contudo, é o trato humanizado que o distingue – algo que não deixou de existir, por um segundo, nem em plena pandemia. Com conquistas sucessivas e diárias, para o próximo ano o IERA pretende continuar a crescer, seja em equipa, seja em pacientes tratados. “Esperamos manter ou superar as ótimas taxas de gravidez que temos tido até então – até porque estamos sempre a aprender e a melhorar. Queremos introduzir mais equipamentos nos laboratórios, acompanhar a inovação e continuar atentos às novas tecnologias”. É por isso permitido no IERA Lisboa ansiar por uma vida partilhada com aquele que será para sempre o seu bebé. É por isso também que as perspetivas para o futuro da natalidade e da PMA em Portugal são otimistas e aqui nunca deixaram de o ser. ▪

37 DEZEMBRO 2020

EQUIPA IERA LISBOA, ANA AGUIAR, JOSÉ ANTONIO DOMINGUEZ, MAFALDA RATO

e que se poderá refletir no acesso a um centro PMA. Porém, não nos esqueçamos também, que há sonhos que são inadiáveis e que o IERA Lisboa continua preparado para responder caso a caso. Atualmente, a nossa entrevistada admite que é seguro retomar ou iniciar estes tratamentos. “É óbvio que o risco de infeção depende do cuidado de cada um, mas é tão seguro retomar um tratamento de infertilidade quanto ter uma gravidez espontânea. O IERA está extremamente bem equipado para transmitir essa segurança e proporcionar a melhor experiência aos pacientes. É importante que as pessoas sintam confiança na equipa que escolherem. Essa equipa vai acolhê-los, vai guiá-los. É indispensável que sintam que estão a ter um bom acompanhamento médico, tecnológico e psicológico”. Exemplo de uma equipa coesa, unida e focada no princípio da equidade, pertencentes à família IERA, estão, além da nossa interlocutora, José António Dominguez, Diretor Clínico, Ana Aguiar e Eduardo Rosa, ambos Especialistas em PMA, entre outros profissionais de excelência. No fundo, estes fatores importam porque, para muitos, será a concretização de um projeto de vida há muito idealizado.


» O IMPACTO DA PANDEMIA NA (IN)FERTILIDADE EM PORTUGAL

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“NO TRATAMENTO DA INFERTILIDADE, O TEMPO É UM ELEMENTO CRUCIAL DA EQUAÇÃO” O ano de 2020 ficará marcado por um período de precauções e tensões devido à pandemia que se instalou mundialmente. Entre os cidadãos que sofrem com este momento, estão os casais com dificuldades para engravidar e que iam ao encontro de um tratamento. Contudo, para Marco Alves, Investigador Auxiliar na Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, apesar da complexidade da pandemia, em Portugal os profissionais de saúde na área da infertilidade são de excelência e reconhecidos internacionalmente. Saiba mais sobre o tema.

avaliação e o tratamento de situações clínicas de infertilidade conjugal fazem parte das preocupações médicas há mais de um século. Entre os inúmeros projetos que o Marco Alves lidera, é reconhecido entre os melhores peritos do mundo na área da fertilidade. Como nos pode descrever a evolução destes tratamentos em Portugal? Os tratamentos de fertilidade têm evoluído muito rapidamente nos últimos anos e podemos confiar nos profissionais de saúde que fazem parte das unidades de Procriação Medicamente Assistida (PMA), quer do Serviço Nacional de Saúde (SNS), quer de Clínicas Privadas. Atualmente as equipas são multidisciplinares, acompanham as evoluções científicas e técnicas e priorizam a investigação das causas da infertilidade. Quanto mais percebermos os mecanismos responsáveis pela (in)fertilidade, melhor poderemos desenvolver técnicas e produtos inovadores. Quando visito centros de referência na Europa ou EUA, a grande diferença que encontro não é tanto técnica, mas antes na presença de pessoas exclusivamente dedicadas à investigação. Este é um problema comum a muitas áreas em Portugal: falta de investimento na investigação e desenvolvimento aplicados. Em vez de exportarmos conhecimento e pessoas altamente qualificadas, deveríamos exportar produtos “made in Portugal”. É legítimo afirmar que o mercado da fertilidade está a mudar rapidamente e a importância das tecnologias a tornar-se cada vez mais evidente? Que investigação e trabalhos se continuam a desenvolver na área? O mercado de tratamento da infertilidade é muito dinâmico e há muito para explorar. O nosso grupo tem-se dedicado à investigação fundamental, mas também translacional. Na verdade, nos últimos anos desenvolvemos conhecimento que resultou em duas patentes que visam melhorar a viabilidade dos gâmetas para uso em técnicas de PMA, com a finalidade de aumentar as taxas de sucesso. O financiamento público nesta área é escasso, senão mesmo inexistente, mas felizmente conseguimos uma parceria com a farmacêutica MerckKGaA, que reconheceu o potencial das nossas descobertas e apostou na nossa equipa. Estamos em plena implementação do projeto e confiantes que em breve apresentaremos um produto inovador que poderá ajudar os casais. Com o investimento certo, nas pessoas mais capazes, muito mais poderia ser feito.

PONTOS DE VISTA

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MARCO ALVES

Atravessamos mundialmente um período incerto provocado pela pandemia da COVID-19, cujas consequências têm sido devastadoras e em muitos casos irreversíveis. Nos primeiros meses a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução recomendou – para salvaguardar a segurança comum – a paralisação de qualquer tratamento de fertilidade. Passado todo este tempo, já é possível medir o real impacto da pandemia nestes tratamentos? A pandemia obrigou a uma reorganização dos procedimentos clínicos. Por um lado, devido à necessidade de resposta face ao elevado número de pessoas infetadas; por outro, devido à segurança necessária para profissionais de saúde e pacientes. Os casais reconhecem que


achavam que a interrupção dos tratamentos ia durar muito mais tempo. Quando perceberam que tudo estava a voltar ao normal foi um alívio. De modo geral e tendo em conta a sua experiência, quais foram as principais dúvidas e preocupações dos pacientes que viram os seus tratamentos interrompidos? No tratamento da infertilidade, o tempo é um elemento crucial da equação. Há uns anos os casais não tinham tanto essa noção, mas hoje sabem que o tempo passa depressa e a probabilidade de sucesso do seu tratamento vai diminuindo. Talvez por isso mesmo a maior preocupação dos casais era com o tempo perdido e a espera. Estes fatores criam ansiedade e gera-se assim um ciclo terrível. Para além disso, muitos casais procuravam e procuram saber se é mesmo seguro retomar ou começar o tratamento. Não é possível afirmar que não há nenhum risco, mas desde que se sigam as normas não existem dados que suportem um adiamento.

médicos, enfermeiros, investigadores, embriologistas e auxiliares de saúde fizeram um trabalho notável para que o impacto da pandemia fosse o menor possível no sucesso individual dos tratamentos. O tempo é crucial para os casais e as equipas desdobram-se, com muito esforço humano, para sem medos recuperar o tempo perdido. É importante reconhecer e incentivar estas pessoas enquanto se transmite confiança aos casais. Relativamente ao real impacto da pandemia nos tratamentos, ainda é muito cedo para conclusões. Provavelmente as listas de espera no SNS vão sofrer um expectável aumento devido à paragem e ou redução de tratamentos verificada por causa da pandemia. Afirma-se que ao longo deste processo, a resposta que existia já não chegava para os pedidos que surgiam. Que orientações considera serem fundamentais para que os tratamentos

de infertilidade em Portugal prossigam com a estabilidade e segurança necessária? Vivemos tempos conturbados e estamos condicionados de tantas formas que é expectável que a resposta infelizmente não consiga superar a necessidade. No entanto, as equipas estão a trabalhar a um ritmo muito elevado. Mesmo após assegurar que o casal está negativo para SARS-COV-2, o manuseamento dos gâmetas deve ser feito com cuidados redobrados pois trata-se de material biológico. Os casais devem ter um acompanhamento regular com vigilância apertada porque a qualquer momento pode ocorrer uma infeção e complicar o processo ou comprometer o tratamento. Os tratamentos são seguros e seguem todas as orientações nacionais e internacionais para a área. Acima de tudo há que confiar nos profissionais e nas unidades onde estão a ser acompanhados. A tranquilização dos pacientes foi também uma peça essencial para atenuar sentimentos de incerteza que naturalmente se manifestaram. Assim, como foi possível voltar a descansa-los no seguimento dos seus tratamentos? Os pacientes que procuram tratamento de infertilidade são sujeitos a uma pressão que, por si só, pode ter efeitos negativos para o sucesso. Imagine somar a isto a ansiedade criada pelo contexto de pandemia em que vivemos. Hoje sabe-se que o estado anímico e a ansiedade no casal interferem com o sucesso do tratamento. Por isso, as equipas também já se especializaram em gerir expetativas e controlar a ansiedade dos casais. Este período tem sido um teste prático muito duro, mas penso que o retomar lento, programado e cuidado deu um certo conforto e uma sensação de segurança aos casais. Muitos

Que recomendações daria para quem pensa iniciar um tratamento de infertilidade atualmente? Independentemente do momento, sempre digo aos casais que devem procurar uma avaliação tão rapidamente quanto possível se têm dúvidas sobre a sua saúde reprodutiva. Por outro lado, os casais devem confiar nos profissionais de saúde que escolheram ou que o SNS lhes proporciona. Em Portugal, os profissionais são de excelência e muito respeitados internacionalmente. A juntar à prática clínica e laboratorial ainda fazem investigação mais por iniciativa própria do que por incentivo. Por isso não há que ter qualquer receio de ir rapidamente procurar ajuda. Quanto mais cedo, melhor. Enquanto investigador do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), como prevê que seja o futuro da área da fertilidade em Portugal, tendo em conta o presente cenário pandémico? Há pouco investimento nesta área por parte do Governo e entidades públicas. A sociedade civil tem obrigação de exigir mais. Nas palestras costumo começar por dizer: “hoje não vamos falar de doença e saúde, mas sim de fertilidade, aquele assunto que parece interessar apenas a pessoas que têm dificuldade em ter filhos, mas que na verdade trata apenas e só da continuidade da nossa espécie”. Isto é motivo suficiente para que se invista muito nesta área. No nosso caso, se não fosse investimento privado como o que a MerckKGaA nos proporcionou, perder-se-ia a possibilidade de desenvolvermos em Portugal produtos inovadores. Tenho também de deixar uma palavra de apreço às instituições como a Sociedade Portuguesa de Diabetologia e a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução que incentivam de forma decisiva os investigadores. Quanto ao SARS-COV-2, eu tenho dezenas de ideias que gostaria de explorar e sei que muitos colegas passam pelo mesmo, mas sem investimento, não será possível fazê-lo. Portugal tem serviços e clínicas de excelência e há muita gente jovem interessada em trabalhar nesta área. Há muita resiliência, mas só com investimento e aposta nas pessoas mais capazes Portugal poderá continuar a afirmar-se nesta área. ▪

39 DEZEMBRO 2020

“OS PACIENTES QUE PROCURAM TRATAMENTO DE INFERTILIDADE SÃO SUJEITOS A UMA PRESSÃO QUE, POR SI SÓ, PODE TER EFEITOS NEGATIVOS PARA O SUCESSO. IMAGINE SOMAR A ISTO A ANSIEDADE CRIADA PELO CONTEXTO DE PANDEMIA EM QUE VIVEMOS. HOJE SABE-SE QUE O ESTADO ANÍMICO E A ANSIEDADE NO CASAL INTERFEREM COM O SUCESSO DO TRATAMENTO. POR ISSO, AS EQUIPAS TAMBÉM JÁ SE ESPECIALIZARAM EM GERIR EXPETATIVAS E CONTROLAR A ANSIEDADE DOS CASAIS”


» O IMPACTO DA PANDEMIA NA (IN)FERTILIDADE EM PORTUGAL

“ESTIVEMOS SEMPRE MUITO ATENTOS AOS DESAFIOS QUE A PANDEMIA COLOCOU AOS DOENTES E AOS CENTROS DE PMA” O Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, Pedro Xavier, em entrevista à Revista Pontos de Vista, falou sobre o impacto da pandemia nos tratamentos de fertilidade e de que forma é vital trabalhar para contornar os cenários de atrasos que hoje são ainda mais acentuados, porque a infertilidade, por si só, é uma condição de grande sofrimento, e a pandemia veio agravar ainda mais este sentimento.

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travessamos um momento incerto provocado pela pandemia da COVID19, tendo como consequência a paralisação de muitas atividades. Em março, a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução divulgou uma recomendação a todos os Centros de Procriação Medicamente Assistida (PMA), no sentido de não se iniciarem tratamentos de fertilidade e de cancelar os já iniciados. Passados estes meses, como nos descreve o impacto da pandemia nesses tratamentos? O impacto foi muito significativo e, infelizmente, com graves consequências para os seus beneficiários, sobretudo para os que se encontram em lista de espera no SNS. Os Centros de PMA pararam toda a atividade a partir da segunda metade de março (com exceção para situações inadiáveis de preservação da fertilidade), e só a retomaram, ainda que de forma progressiva, cerca de dois meses depois. O aumento desse tempo de espera será inevitável. Antes da pandemia situava-se em cerca de 12 meses, mas temo que fique acima dos 18 no final do ano.

PONTOS DE VISTA

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Contudo, em abril, foi divulgada outra recomendação pela SPMR em como se poderia retomar de forma progressiva os tratamentos anteriormente cancelados. O que mudou com este regresso? Que orientações considera serem fundamentais para que os tratamentos de infertilidade em Portugal prossigam com estabilidade e segurança? Nessa altura percebemos que os Centros já tinham implementado as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde para fazer face à pandemia. Para além das gerais, foram igualmente adotadas medidas específicas na atividade da PMA. A testagem para a infeção pelo SARS-CoV-2 aos beneficiários dos tratamentos, bem como aos dadores de gâmetas, é disso um exemplo. Curiosamente, nos laboratórios de PMA, poucas foram as medidas adicionais necessárias, uma vez que, as que se praticavam antes da pandemia eram já de grande rigor para prevenir contaminações das amostras biológicas por agentes infeciosos. A atividade em PMA tem decorrido com bastante segurança. Durante estes tempos de alguma apreensão é importante a tranquilizar os pacientes que viram o seu tratamento suspenso. Assim, como é possível voltar a descansá-los? O que foi realizado neste sentido? Há uma importante mensagem com duas vertentes. A primeira refere-se à segurança dos próprios utentes dos Centros. As medidas implementadas permitem assegurar que o risco de contrair a infe-

PEDRO XAVIER

ção num Centro de PMA é muito baixo. A segunda refere-se à segurança do tratamento e da gravidez que dele possa resultar. Continuarmos a recolher novos dados, numa base quase diária, mas o conhecimento atual permite-nos afirmar que, apesar da pandemia, é seguro efetuar tratamentos de PMA e que os riscos para a grávida e para o feto são muito reduzidos. É essa a mensagem que temos passado nas nossas intervenções públicas. De modo geral, quais foram as principais dúvidas e preocupações dos pacientes? A grande dúvida que colocam relaciona-se com o possível impacto da infeção pelo SARS-CoV-2 nos tratamentos e, naturalmente, na gravidez e no feto. Para além disso, os casais não escondem a preocupação com o adiamento dos tratamentos devido à pandemia, com o consequente impacto no seu sucesso devido ao fator idade. Um dos objetivos da SPMR é promover o conhecimento e a investigação científica na área da Medicina da Reprodução. Perante este cenário, qual tem sido o papel da Sociedade, na estrutura e suporte da PMA? Têm desenvolvido alguma ação de sensibilização?

Estivemos sempre muito atentos aos desafios que a pandemia colocou aos doentes e aos Centros de PMA. Essa foi a razão pela qual, desde o início da pandemia, mantivemos uma interação estreita com os Centros, através da recolha de dados, promoção da partilha de ideias e de informação entre os seus responsáveis e publicação das recomendações para os Centros. Participámos igualmente em diversos eventos destinados a esclarecer a população sobre esta realidade. Além do impacto emocional e de saúde em geral que a infertilidade representa, também se coloca o problema na sociedade agora causado pela pandemia. Como prevê que seja o futuro dos tratamentos de infertilidade em Portugal? Qual será o contributo da SPMR? Sentimos que temos um grande desafio pela frente. A infertilidade por si só já é uma condição de grande sofrimento. A pandemia agravou esse sofrimento pelas razões já apontadas. Temos tentado sensibilizar as autoridades para a necessidade de um maior investimento do SNS na área da medicina da reprodução. Vamos manter essas ações de sensibilização. ▪


O IMPACTO DA PANDEMIA NA (IN)FERTILIDADE EM PORTUGAL

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OPINIÃO DE SOFIA GAMEIRO, PROFESSORA ASSOCIADA, UNIVERSIDADE DE CARDIFF (GAMEIROS@CARDIFF.AC.UK)

UM TERÇO DAS PESSOAS QUE FAZEM TRATAMENTOS DE FERTILIDADE NÃO ENGRAVIDAM. APOIAR ESTES PACIENTES É UM IMPERATIVO ÉTICO

PERFIL

SOFIA GAMEIRO

PROFESSORA ASSOCIADA, UNIVERSIDADE DE CARDIFF EMAIL: GAMEIROS@CARDIFF.AC.UK

o tratamento, seja este bem ou malsucedido. Esta mudança de paradigma é visível nas orientações sobre boas práticas clínicas ou códigos de conduta, publicadas por exemplo, pela Sociedade Europeia de Medicina da Reprodução e Embriologia (ESHRE) e pela Autoridade para a Fertilização Humana e Embriologia do Reino Unido (HFEA). Infelizmente, a prática clínica actual está aquém daquilo que é recomendado. Esta realidade é patente a vários níveis. Primeiro, na falta de serviços de apoio aos pacientes. De facto, a maior parte do apoio psicossocial disponível é dirigido a apoiar os pacientes apenas enquanto estão a tentar ser pais. Segundo, na falta de investigação científica focada neste período específico. Note-se que uma revisão sistemática recente identificou 39 intervencões psicossociais na área da infertilidade, nenhuma das quais dirigida ao período pós tratamento. Terceiro, na necessidade que os pacientes sentem de se orgamizarem para desenvolver medidas de ajuda entre pares (grupos de apoio, redes sociais, etc.). Finalmente, num auto-reconhecimento por parte das

entidades de saúde relevantes (por exemplo, a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução) de que esta lacuna é real. Este artigo de opinão chama a atenção para a necessidade dos atores da medicina de reprodução (clínicas, sociedades ciênticas, associações de pacientes, cientistas) se mobilizarem para desenvolver e avaliar medidas de apoio psicossocial após o insucesso dos tratamentos. Numa área da medicina em que os avanços médicos são dados a passos de gigante e que constantemente desafia barreiras éticas e sociais, negligenciar a experiência humana dos que a esta recorrem não é eticamente defensável. Portugal pode orgulhar-se de ser pioneiro nesta área. A associação de pacientes Apfertilidade, em parceria com a Universidade de Cardiff e a Fertility Network UK, desenvolveram e estão a avaliar a MyJourney. A MyJourney é o primeiro programa mundial de autoajuda, interactivo e gratuito, destinado a promover a adaptação psicológica das pessoas que não concretizaram o seu desejo de ter filhos. Está disponível em myjourney.pt. ▪

“PORTUGAL PODE ORGULHAR-SE DE SER PIONEIRO NESTA ÁREA. A ASSOCIAÇÃO DE PACIENTES APFERTILIDADE, EM PARCERIA COM A UNIVERSIDADE DE CARDIFF E A FERTILITY NETWORK UK, DESENVOLVERAM E ESTÃO A AVALIAR A MYJOURNEY. A MYJOURNEY É O PRIMEIRO PROGRAMA MUNDIAL DE AUTOAJUDA, INTERACTIVO E GRATUITO, DESTINADO A PROMOVER A ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA DAS PESSOAS QUE NÃO CONCRETIZARAM O SEU DESEJO DE TER FILHOS. ESTÁ DISPONÍVEL EM MYJOURNEY.PT”

41 DEZEMBRO 2020

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erca de um terço das pessoas que realizam tratamentos de fertilidade chegam ao fim do processo sem engravidar. Após um período usualmente longo e exigente em que todos os esforços se centram no alcance da gravidez, a maior parte dos pacientes não estão preparados para lidar com o facto de que não terão filhos biológicos. Com o término dos tratamentos perde-se também o estatuto de paciente, o que em muitos casos limita o acesso a apoio psicosocial. Mesmo quando este está disponível, muitos pacientes acham demasiado penoso terem de regressar à clínica ou lugar onde sofreram consecutivas perdas. Alguns pacientes poderão tentar aceder a servicos primários de saúde mental devido a sintomatologia depressiva e/ou de luto, no entanto estes serviços carecem de know-how específico à psicologia da reproducão. Consequentemente, a maior parte dos pacientes são deixados à sua própria mercê para lidar com o que poderá ser a maior perda da sua vida. De facto, multiplos estudos têm vindo a mostrar que o término de tratamentos de fertilidade malsucedidos desencadeia um processo de luto intenso e prolongado, caracterizado por sentimentos de perda, tristeza profunda e isolamento. Esta vivência reflecte-se em piores níveis de saúde mental e bem-estar, em comparação aos pacientes que engravidam com o tratamento. Alguns estudos mostram que isto também é verdade para pacientes com infertilidade secundária, ou seja, que têm filhos, mas não tantos quanto desejam. Nos últimos anos várias organizações e sociedades científicas de medicina da reproducão têm vindo a alertar para a responsabilidade das clínicas continuarem a apoiar os pacientes após


» 2020 – O ANO DE MUDANÇA PARA O FUTURO DA LOGÍSTICA EM PORTUGAL

“SOMOS ORIENTADOS PARA O CLIENTE E A SUA SATISFAÇÃO É SEMPRE A NOSSA PRIORIDADE” A pandemia da COVID-19, trouxe um «novo normal» em todas as dinâmicas do mundo, «obrigando» as organizações a se reajustarem por forma a conseguirem manter a capacidade de resposta e a qualidade dos seus serviços, neste novo cenário. Sobre esta matéria, a Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Carlos Pinto, General Manager da ETE Logística, empresa do Grupo ETE, que nos deu a conhecer como a empresa tem vindo a ultrapassar os desafios provocados pela pandemia, assegurando que o Grupo se manteve operacional, continuando a cumprir com os seus compromissos e a dar resposta a todas as solicitações dos seus clientes. Destacou, que também para isso contribui a comunicação interna e a capacidade de se manter os colaboradores motivados.

E

m atividade desde 1936, o Grupo ETE reúne um conjunto de empresas, interligadas entre si, cujas funções se complementam de forma a prestar serviços de valor acrescentado aos seus clientes. Atualmente é uma referência na economia do mar em Portugal. Como nos pode descrever o percurso do Grupo até chegar a este patamar? Fundado em 1936 e de capital 100% português, o GRUPO ETE conta com 84 anos de experiência e know-how, que coloca diariamente à disposição dos seus clientes. Com um crescimento notório da atividade, hoje estamos presentes com operações próprias em seis países (Portugal,

CARLOS PINTO

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Bélgica, Cabo Verde, Moçambique, Colômbia e Uruguai), em três continentes, empregando cerca de mil colaboradores e geramos um volume de negócios anual superior a 200 milhões de euros. Como refere, integramos várias áreas de negócio, seis para ser mais específico - transporte marítimo, operação portuária, transporte fluvial, agentes de navegação, operação logística, engenharia e reparação naval – o que nos dá uma capacidade única de oferecer uma proposta de valor holística e integrada aos nossos clientes. Somos um grupo que não está parado e que procura constantemente novas oportunidades. Conhecemos bem o setor onde operamos, e procuramos fazer (e bem!) o que sabemos e não nos aventuramos em “investimentos de moda”. Claro está que o mercado promove a mudança e, enquanto Grupo, somos conscientes das nossas capacidades de antecipação e de resposta, mas apostamos em áreas e oportunidades onde realmente temos know-how e esse tem sido o segredo do nosso crescimento ao longo dos anos. Como têm vindo a promover, a crescer e a proporcionar aos clientes serviços de qualidade? Somos orientados para o cliente e a sua satisfação é sempre a nossa prioridade. Estamos permanentemente a apostar na formação dos nossos profissionais e na qualidade do serviço que prestamos. A dedicação, a competência e o profissionalismo dos nossos colaboradores, quer seja nos escritórios, nos terminais, nos navios ou nos armazéns, são aquilo que mais contribui para que sejamos uma referência a nível nacional e internacional, posicionando-nos junto dos nossos parceiros e clientes e tornando-nos a sua primeira escolha. Fiabilidade, inovação, soluções à medida e eficiência são algumas das características centradas no seio do Grupo ETE. De que forma apoiam os clientes na evolução dos seus negócios nos setores onde atuam, nomeadamente na operação logística? A operação logística do Grupo tem vindo a crescer a largos passos. Como nota introdutória e embora sejamos uma


Apostar na prestação de serviços desenhados à medida das necessidades de cada cliente, num modelo de verdadeira parceria, contribuindo para o seu elevado nível de satisfação e fidelização, tem sido a chave do sucesso do Grupo ETE? Acredito que muitos têm sido os fatores que têm contribuído para o sucesso do Grupo ETE. Somos focados nos nossos clientes e, portanto, mantemo-nos atentos para conseguirmos responder de forma eficiente a todas as suas solicitações. Esta proximidade faz, naturalmente, com que estabeleçamos uma relação de confiança que vai evoluindo com o tempo e se vai solidificando. E nesta relação mantêm-se igualmente presentes muitos dos nossos valores, sobretudo a capacidade de inovar e antecipar soluções, bem como a excelência no serviço que prestamos. E isso só conseguimos, porque uma vez mais, apostamos em ter as pessoas certas nos lugares certos – temos equipas especializadas - que independentemente da geografia onde tenhamos de atuar, acompanham o cliente de forma permanente. O ano de 2020 ficará marcado na história do mundo, como aquele que trouxe até às nossas vidas uma pandemia cujas consequências têm sido complexas a vários níveis. Como tem conseguido o GRUPO ETE contribuir ativamente para o desenvolvimento da economia portuguesa, elevando a economia do mar? Somos vitais para o funcionamento da economia, nomeadamente no que concerne às regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, e também a nível internacional no abastecimento da maioria dos produtos oriundos da Europa

POLO LOGÍSTICO TRANSINSULAR AÇORES

que abastecem Cabo Verde. Logicamente que a pandemia nos trouxe novos desafios, sobretudo nestas áreas, contudo reorganizámos serviços e ajustámos procedimentos por forma a mantermo-nos totalmente operacionais. Mais uma vez, ter as pessoas certas no lugar certo, algo que defendemos e que aplicamos, fez toda a diferença. Fomos responsáveis, numa sinergia entre a Transinsular (também empresa do Grupo ETE) e da ETE Logística de Cabo Verde, em conjunto com os Correios de Cabo Verde, de operacionalizar, em plena pandemia, a entrega de toda a correspondência postal, quer a nível internacional, quer internamente em Cabo Verde. Algo que não seria possível com a mesma capacidade de resposta, se não detivéssemos estas duas áreas de negócio – transporte marítimo e logística. Os momentos de grandes mudanças são sempre momentos de grandes oportunidades para aqueles que tiverem mais capacidade de os interpretarem e de responderam aos novos desafios. Esse foi o caso do Grupo ETE. Muitas empresas tiveram obrigatoriamente de reajustar a sua comunicação organizacio-

nal como estratégia face à pandemia. Acredita que este ano de 2020 também ficará marcado como o ano de mudança para o futuro da comunicação organizacional? Privilegiamos a comunicação organizacional e somos ativos na comunicação interna e externa, contudo e como para qualquer negócio, agimos naturalmente em função do que é a estratégia de comunicação definida para o Grupo. A pandemia trouxe-nos a distância, porque muitos postos de trabalho se tornaram remotos, mas manteve-se a nossa capacidade e a nossa vontade de continuarmos a comunicar e a motivar as nossas equipas. A proximidade e a comunicação foram fundamentais. Semanalmente, como habitual, fazemos um balanço e destacamos as operações e os feitos importantes para o Grupo. Se tivermos de identificar temas, a importância e a consistência das mensagens enquanto grupo - do foro motivacional e de agradecimento a todos pela sua resiliência - foram uma preocupação corporativa e da própria Administração do Grupo. Mantermos os colaboradores motivados foi essencial para que se mantivesse o foco nos objetivos. E esses, podemos dizer que foram cumpridos. A um passo do próximo ano, que ambições pretende ver cumpridas para que o sucesso contínuo do Grupo ETE permaneça? Que, sejamos capazes de fazer uma correta gestão da pandemia e que sejamos capazes de controlar os seus efeitos, do ponto de vista económico e social. Que, sejamos capazes de voltar a poder relançar a economia, criando condições sustentáveis e de desenvolvimento para todos. E isto não será apenas o Grupo ETE, mas o tecido empresarial no seu todo. ▪

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referência no setor marítimo-portuário, posicionamo-nos agora, também, como um grupo logístico, sendo inclusive nas geografias onde estamos presentes, operadores e integradores logísticos de referência. A nossa capacidade intermodal de resposta, confere-nos igualmente esta caraterística e a vantagem de sermos um facilitador da cadeia logística, para todo o tipo de cargas. Trabalhamos com uma alargada rede de agentes a nível internacional que nos permite oferecer soluções integradas e o melhor “on-time delivery” ao cliente, seja por via marítima, rodoviária, ferroviária ou aérea. Temos igualmente infraestruturas próprias que nos permitem entregar “door-to-door”, quer a nível nacional e internacional. Em números, contamos com mais de 50.000 m2 de armazenagem própria, incluindo valências de frio. A junção dos nossos “assets” com as sinergias promovidas entre as diferentes áreas de negócio, e a qualidade dos serviços prestados, afirma-nos positivamente perante os vários desafios que nos são colocados quer pelos clientes quer pelo mercado em si, sobretudo numa altura de crise pandémica como a que estamos a viver. E posso assegurar-lhe que em nenhum momento o Grupo ETE, esteve parado. Destacando ainda a qualificação dos nossos serviços, tivemos recentemente algumas operações que nos conferiram inclusive novas certificações – caso da AEO (authorizated economic operator), assim como a renovação de certificações reconhecidas pela SGS, nomeadamente: Sistemas de Gestão da Qualidade e de Segurança Alimentar HACCP.


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“A VERALLIA PORTUGAL PRETENDE ESTAR LADO A LADO COM OS SEUS CLIENTES” "A Verallia mantém uma relação de proximidade com os seus clientes, a empresa tem soluções inovadoras de valor acrescentado, ao mesmo tempo que cria condições de redução da pegada ambiental, contribuindo para o desenvolvimento económico e social das comunidades do presente e do futuro", afirma, Angel Hierro Corral, Diretor Comercial da Verallia Portugal, que, em entrevista à Revista Pontos de Vista, abordou um pouco mais dos objetivos e desafios da marca para o futuro.

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Verallia teve sempre como objetivo tornar-se o fornecedor preferencial de embalagens de vidro, com o melhor desempenho industrial, contribuindo para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento das comunidades. Há mais de 30 anos em Portugal, como tem sido a concretização deste propósito? Qual é o balanço que faz de todos estes anos? A nossa missão está focada no cliente, trazendo até ele embalagens de vidro saudáveis e amigas do ambiente, para que todos possamos ter a melhor experiência de consumo possível de alimentos e bebidas. Líder de mercado, a Verallia tem como grande objetivo a satisfação dos seus clientes e proteger no quotidiano o seu capital humano. A Verallia mantém uma relação de proximidade com os seus clientes, a empresa tem soluções inovadoras de valor acrescentado, ao mesmo tempo que cria condições de redução da pegada ambiental, contribuindo para o desenvolvimento económico e social das comunidades do presente e do futuro. Em Portugal, a Verallia Portugal S.A. dedica a sua atividade ao fabrico e comercialização de vidro de embalagem desde 1987 (na altura, com a designação de Vidreira do Mondego), acompanhando de forma natural a evolução do mercado. Situada na Figueira da Foz, conta com 248 colaboradores diretos, a trabalhar em laboração contínua. A progressão crescente assenta na partilha de valores corporativos, sociais e ambientais, aliando o espírito de pertença corporativa e responsabilidade para com a comunidade envolvente. Atualmente, os projetos em curso são fruto de um crescimento contínuo da empresa, que, ao longo dos anos, soube adaptar-se a novas oportunidades e desafios graças aos investimentos feitos em novas tecnologias, com as quais se evidenciou uma melhoria nas condições dos colaboradores da empresa e da

ANGEL HIERRO CORRAL

comunidade envolvente. Com um Sistema de Gestão Integrado consolidado, relembramos que a empresa reúne até hoje oito certificações que vão da Qualidade e Ambiente, à Higiene Alimentar, passando pela Segurança, Inovação e Certificação Energética. Na comercialização internacional, destaca-se a marca premium da Verallia, Selective Line, que oferece anualmente uma vasta gama de produtos standard, dedicados a uma seleção de clientes que procuram modelos especiais e personalizados às suas ideias de negócio. A Verallia oferece soluções inovadoras, personalizadas e ecologicamente corretas para clientes em todo o mundo. De que soluções estamos a falar e porque são estas diferentes das restantes no mesmo setor? Em termos de soluções inovadoras,

personalizadas e ecologicamente corretas para os clientes, a Verallia apresentou em outubro 2020, o seu novo propósito, que veio reforçar toda a sua envolvente com o vidro: “Na Verallia, o nosso objetivo é repensar o vidro para um futuro sustentável. A forma como as pessoas consomem e os resíduos que geram, todos os dias, representa um desafio sem precedentes para o mundo, sendo que as embalagens representam a maior parte deste desafio. Como um dos principais fabricantes de embalagens de vidro do mundo, a Verallia tem um papel importante a desempenhar na aceleração da transição para uma embalagem sustentável. Queremos redefinir a forma como produzimos e reciclamos o vidro, para torná-lo o material de embalagem mais sustentável do mundo. A reciclagem e a reutilização já estão incorporadas ao nosso modelo de

negócios. Para tornar o vidro totalmente sustentável, precisamos de fazer mais e agir mais além, para fortalecer os sistemas de reciclagem e incentivar a sua reutilização. É assim que podemos tornar a economia circular, uma realidade. A transição para um sistema neutro em carbono está em marcha, por isso precisamos de encontrar as melhores formas de contribuir. É por isso que estamos a inovar, para melhorar significativamente o nosso desempenho nas emissões de CO2 em toda a cadeia - desde o consumo de energia nos nossos fornos, ao uso de matérias-primas, ao casco, ao design e ao transporte dos nossos produtos”. A inovação na história da Verallia passa e passou pela mudança de mentalidades. Na nossa indústria vidreira, a evolução associada às tecnologias e aos métodos de trabalho são incontornáveis e têm um peso relevante, mas o pilar do nosso sucesso está, sem dúvida, no fator humano, na sua segurança diária, na sua formação e no seu bem-estar. A Verallia soube ao longo da sua história inovar, transformar-se e reinventar-se com o objetivo de garantir a modernização das suas máquinas e a qualidade tecnológica em todo o processo. Neste sentido, o peso da inovação está no nosso ADN, nas nossas tarefas diárias e no incentivo à inovação em prol do objetivo comum. A nossa inovação passa em aceitar novos desafios internos e externos, satisfazer os clientes indo ao encontro das suas necessidades e ter uma presença mais competitiva no mercado. O ano de 2020 ficará marcado na história mundial, como aquele que trouxe até às nossas vidas as mais diversas mudanças sociais e económicas. A pandemia da COVID-19 instalou-se e em consequência tivemos de nos adaptar a um «novo normal» desconhecido até então. Com uma forte presença em diversos países e com uma habitual


Acredita que estas mudanças se tornaram numa mais-valia para o futuro da comunicação organizacional? A mudança necessária pede uma abordagem sistémica, e nós só temos uma parte das respostas. Só conseguiremos progredir, se definirmos metas claras e trabalharmos numa causa comum com os nossos clientes, fornecedores, e todos os outros parceiros da cadeia de valor para desenvolver novas soluções saudáveis e sustentáveis para todos. É assim que pretendemos elevar a fasquia para a indústria de embalagens e partir desta emocionante viagem para reimaginar o vidro. O final do ano aproxima-se e com ele a ânsia por novos desafios e

projetos. Para a Verallia, qual será a dinâmica para este futuro próximo? Que projetos têm planeados? No que diz respeito aos seus clientes, a Verallia Portugal continuará a produzir e comercializar para todos os segmentos e principais clientes do mercado nacional, acrescentando valor aos seus produtos, oferecendo uma vasta gama de modelos especializados para cada cliente. A sua intervenção comercial continuará a centrar-se em três segmentos: o mercado dos exclusivos, dos standards e o das garrafas especiais. A empresa produz garrafas desde os 5cl até às de 5 litros, num total de diversas referências e inseridas no âmbito dos três segmentos referidos. Dentro de um portfólio amplo e diverso de produtos e clientes, destaca-se o setor dos vinhos, das cervejas, dos espumantes, das bebidas espirituosas, dos vinhos do Porto, das bebidas não alcoólicas e da alimentação, os catálogos em: www.verallia.pt. Na gama dos vinhos, a Verallia Portugal tem a gama ultra-premium, a Selective Line, a gama premium, a Asia, a gama prestige, a Vintage e a gama ECOVA. Todo o catálogo de vinhos em folheto: https://veralliapt.com/pdf/ catalogo_vinhos_verallia-pt-202021_p.pdf. Todo o catálogo online: https:// catalog.verallia.com/#/pt-pt. A Verallia Portugal, terá, novamente, no próximo ano, o “Verallia Design Awards” Ibérico, com o objetivo de incentivar os jovens designers a criar novas garrafas. A sinergia “investigação e indústria” traz novas oportunidades às empresas para formar parcerias com as Universidades que permitem desenvolver projetos, inovação, tecnologia e criatividade. A ligação entre o mundo académico e a vida empresarial deve ser uma constante onde o sucesso de ambas as partes passa pela proximidade, a dinâmica da indústria e a investigação. A edição 2020 e as anteriores podem ser consultadas em: https:// www.criatividade-verallia.pt/edicao2020.

A Verallia Portugal irá manter o seu papel ativo na criação e gestão dos produtos dos clientes. Nesta perspetiva, a comunicação efetuada pelas duas partes revela sempre transparência, proximidade, flexibilidade, parceria e inovação, cada vez mais evidenciada pelos avanços da tecnologia e do know-how implementados na equipa da Verallia. Relativamente a projetos internos, na senda da melhoria contínua, o programa Verallia Industrial Management, ferramenta de gestão de sucesso, continuará a ter como base a otimização industrial e a partilha de boas práticas. As sinergias passam também pela atenção crescente aos mais desfavorecidos, sendo que todos os anos são realizados programas de solidariedade, como o “Regresso às Aulas Solidário” e o “Natal Solidário – Juntos, Ajudamos!”. Este ano, perante a situa-

ção de pandemia, a Verallia duplicou os seus cabazes de Natal, sendo que, no início de dezembro foram entregues 1000 cabazes de Natal, através das 14 Juntas de Freguesia às famílias mais carenciadas da Figueira da Foz. A maioria das nossas ações conduziram à distinção “Healthy Workplace” que distingue as melhores práticas que se desenvolvem em Portugal no que concerne a segurança, a saúde e o bem-estar da comunidade. A Verallia Portugal pretende estar lado a lado com os seus clientes, lançando no mercado novos produtos, negócios e oportunidades. Referenciando Angel Hierro Corral, Diretor de Vendas da Verallia Portugal: “O compromisso da Verallia com as pessoas, com os valores humanos, a segurança, a qualidade e com o meio ambiente são fonte de motivação para todos os clientes, colaboradores e parceiros.” www.verallia.pt ▪

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CONHEÇA A VERALLIA A Verallia é um ator internacional considerável no seu mercado, concebe e fabrica embalagens em vidro respeitando o meio ambiente, recicláveis até ao infinito e que valorizam os conteúdos preservando a qualidade alimentar e o bem-estar dos consumidores. A Verallia está presente em 11 países, é o terceiro produtor a nível mundial e líder Europeu, conta com 32 fábricas vidreiras, três fábricas de decoração e oito centros de tratamento do casco (vidro que é colocado nos ecopontos verdes). Produz 16 mil milhões de garrafas e boiões por ano para fornecimento a 10.000 clientes, desde os produtores familiares locais até às grandes marcas internacionais. A Verallia baseia a sua estratégia na proximidade de um parceiro local, e a mais valia de um líder mundial, no serviço, na qualidade, na inovação e na investigação. A Verallia representa um parceiro verdadeiramente responsável que pretende desenvolver soluções inovadoras e criadoras de valor para os clientes na totalidade do ciclo de vida do produto, reduzir a pegada ambiental, aumentar a contribuição para o desenvolvimento económico e social das comunidades, ser um exemplo em termos de economia circular, envolver os colaboradores para que todos façam parte da atuação e crescimento da empresa.

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proximidade nas relações com os clientes, qual foi o impacto da pandemia na Verallia? O que mudou? A Verallia soube dar resposta e adaptar-se perante a pandemia COVID-19, mantendo sempre um serviço de excelência, a trabalhar em estreita colaboração com os nossos clientes, para criar as soluções que os ajudem a reduzir o impacto da pandemia e reforçando, ainda a proteção do meio ambiental para corresponder às constantes expectativas dos consumidores. A transparência sobre os progressos e os desafios que enfrentamos devem ser os fundamentos da nossa relação de confiança. E para que os nossos colaboradores continuem a enfrentar estes novos desafios, a Verallia tem de ser um lugar seguro e inclusivo para trabalhar. Em maio deste ano, nesta fase de pandemia, a Friends of Glass criou um vídeo “Voltaremos a brindar juntos! #EuEscolhoVidro”, a Verallia Portugal criou um vídeo com uma mensagem para todos: https://www.youtube.com/watch?v=udq2xQJ7hXU e, várias foram as célebres vozes que se juntaram à Verallia Portugal e deixaram um vídeo a apoiar todo o trabalho feito pelas nossas equipas, tais como, António Raminhos, Daniel Guedes, Teresa Guilherme, Paulo Azevedo, Filipe Borges.


» 2020 – O ANO DE MUDANÇA PARA O FUTURO DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

O FUTURO DA COMUNICAÇÃO A DBrandology Comunicação nasceu em 2018 com a missão de desenvolver várias estratégias integradas, que criem valor e produzam retorno do investimento dos seus clientes, através de consultoria de Marketing Digital, criação de conteúdos para a Web e desenvolvimento de identidades digitais. Além disso, Sérgio Miguel Gonçalves, Managing Partner da empresa, contou ainda à Revista Pontos de Vista qual será o futuro da comunicação organizacional em Portugal. Saiba mais.

SÉRGIO MIGUEL GONÇALVES

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licenciatura de Sérgio Miguel Gonçalves é em organização e gestão e esteve durante uma década e meia na banca em diversas áreas. Contudo, percebeu que a sua vida passaria por outros caminhos – a DBrandology. Com dois

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anos de existência os serviços da empresa aportam um verdadeiro valor ao cliente e ao seu negócio, traduzindo-se pelos resultados concretos que se apresentam. “Eu costumo dizer que é uma estratégia de investimento por parte dos clientes. Da nossa parte, nós temos tanta confiança no trabalho que desenvolvemos que posso afirmar que produzimos resultados efetivos”, assegura o nosso entrevistado. No que concerne à abordagem da DBrandoloy no mercado, há duas variantes: a primeira passa pela recomendação, os clientes que chegam por intermédio de outros; a segunda baseia-se na análise diagnóstica, perceber o posicionamento, qual o objetivo para a contratação dos serviços, conhecer os principais concorrentes e, por fim, criar uma estratégia digital para a marca. Consequentemente quisemos perceber onde começa a acaba o trabalho da empresa. “Se

estivermos a falar de redes sociais, o que é tradicionalmente chamado de marketing digital, podemos começar com uma ou duas inserções semanais... Mas também acompanho negócios em que faço inserções todos os dias, cada caso é um caso”, explica Sérgio Miguel Gonçalves, acrescentando que “tentamos obviamente que o nosso trabalho seja remunerado com o valor que achamos ser justo, mas também sabemos que devemos poupar recursos ao cliente, por isso equilibramos e tentamos concluir o melhor serviço e no posicionamento que ele pretende”. O que é certo e que diferencia a DBrandology no mercado, segundo o nosso interlocutor é a proximidade e a transparência. Além de o próprio estar presente em todo e qualquer negócio que à sua empresa diz respeito – não só no planeamento da estratégia, mas também, no caso de haver promoção física, na sua execução – têm uma política de clareza e sinceridade quanto a cada setor de atividade. Se duas empresas concorrentes, na mesma área geográfica, contactarem os serviços da DBrandology, apenas aceitam uma delas para que não haja conflito de interesses e o cliente saiba que estão 100 por cento dedicados ao seu negócio, mas não só. Quando existe necessidade de acompanhar um cliente mesmo fora do horário laboral, existe desde logo essa predisposição e vontade. “Quando a pandemia começou e tivemos obrigatoriamente de ficar em casa, um cliente no setor da restauração, pediu-me imediatamente ajuda porque não poderia abrir o seu estabelecimento no dia a seguir. Nós começámos desde logo a tratar de tudo – fizemos um press release, enviámos logo para todos os órgãos de comunicação social, pusemos nas redes sociais a avisar que ia fechar, quais os motivos e ainda a completar com uma mensagem do gerente. Preparámos tudo, a imagem, o texto, e já era pós hora de funcionamento, mas é assim que funcionamos”, esclarece Sérgio Miguel Gonçalves. FUTURO DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL APÓS A PANDEMIA Segundo o especialista em comu-

nicação, Sérgio Miguel Gonçalves, começa por referir que aquando do aparecimento da pandemia da COVID-19, os serviços da DBrandalogy estavam já mais do que preparados para enfrentar as consequências que se avizinhavam, contrariamente aos seus clientes. “Nós desde logo dissemos que esta era a altura certa para comunicar, eventualmente com uma comunicação menos agressiva no que a vendas diz respeito, mas mais no sentido de devolver algo à comunidade, uma mensagem mais informativa, positiva”. Acredita, no entanto, que se dá agora mais importância à área do digital, tendo em conta as mudanças impostas pela pandemia, mas não o suficiente. “Creio que tem a ver com o tecido empresarial. Muitos dos gestores ainda são os fundadores de empresas abertas há mais de 50 anos e por vezes têm ideia de que não necessitam destes serviços para ganhar mais visibilidade”, reconhece o nosso entrevistado. Já os gestores mais novos, começam agora a ter uma melhor perceção sobre o assunto e percebem que o departamento de marketing faz parte e é importante para qualquer negócio. Porém, o futuro da comunicação organizacional vai passar exclusivamente pela arte do digital, tal como garante Sérgio Miguel Gonçalves. “Existem estudos internacionais que demonstram que a geração dos Millennials estão a utilizar cada vez mais as redes sociais como meio de comunicação. Este é o futuro. Na pandemia o fenómeno da plataforma Tiktok ganhou força e eu próprio já ando a fazer um estudo mais aprofundado sobre esta rede social porque sei que daqui a uns tempos os meus clientes vão precisar”. Podemos portanto afirmar que o futuro da DBrandology irá passar por acompanhar as novas tendências tecnológicas. O objetivo assente do nosso interlocutor e da sua equipa é que no futuro sejam reconhecidos como o departamento de marketing das PME’s em Portugal. “É ambicioso mas creio que temos as ferramentas necessárias para a sua concretização”. Sabemos assim que características mais ousadas e destemidas são o primeiro passo para o sucesso de qualquer empresa. ▪


COOPERAÇÃO CPLP

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OPINIÃO DE FRANCISCO RIBEIRO TELLES, SECRETÁRIO EXECUTIVO DA CPLP

TRABALHAR PARA CRESCER:

O FUTURO DA COOPERAÇÃO NA CPLP Em julho de 2021, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) completa 25 anos desde a sua criação. Em termos institucionais, trata-se de uma organização ainda jovem e que se constrói progressivamente, enquanto busca moldar-se às profundas mudanças verificadas ao longo deste período, quer na ordem internacional, quer na realidade interna de seus Estados-Membros, de onde emanam as decisões políticas que a impulsionam.

sidade de consolidação e aprofundamento dos mecanismos de diálogo político e de cooperação de que já dispomos e incitar-nos a promover, com a máxima brevidade, a criação e operacionalização de ferramentas comuns a acionar em situações de crise, seja esta climática, sanitária, humanitária ou outra. Tendo em conta o caráter multidimensional dos desafios impostos pela pandemia, torna-se especialmente relevante o fortalecimento da cooperação na esfera setorial. Dessa forma, ao mesmo tempo em que temos mantido, no plano político, a troca de informações sobre a situação da evolução da epidemia em cada Estado-Membro, temos logrado também promover, em ambiente virtual, encontros e reuniões que procuram fomentar o intercâmbio de experiências, de boas práticas e de reflexões sobre os efeitos da pandemia nos diferentes domínios da vida das nossas sociedades. Assim, nas últimas semanas, realizámos reuniões ao nível ministerial nas áreas da saúde, educação, ambiente, recursos hídricos e governação eletrónica que tiveram a cooperação na resposta à COVID-19 como ponto central das respetivas agendas. Em todas elas, foi reafirmada a vontade política de aprofundar e intensificar as ações conjuntas para a mitigação e a superação dos efeitos da pandemia. Paralelamente, a CPLP tem dado continuidade a

ações e iniciativas que já se encontravam em curso antes da eclosão da atual crise. Nesse sentido, avançámos no processo de fortalecimento dos mecanismos de cooperação no âmbito da CPLP, através da revisão dos instrumentos existentes à luz da constante ampliação do escopo dos temas tratados e da necessidade de otimizar recursos e processos de trabalho, dando-lhes mais eficácia e transparência. Temos também dado seguimento à implementação das estratégias e planos de ação conjuntos de diversas áreas de intervenção: saúde, segurança alimentar e nutricional, ambiente, mares, igualdade de género e empoderamento da mulher, juventude, energia, turismo, trabalho infantil, ciência, tecnologia e ensino superior, educação e cultura. Tais instrumentos encontram-se perfeitamente alinhados com a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. O futuro da CPLP depende do futuro dos Estados-Membros que a compõem. Estou convencido de que contribuir para o crescimento e para o desenvolvimento humano, social, institucional e económico desses Estados, por meio de estratégias e mecanismos de cooperação cada vez mais eficientes, é uma dimensão essencial da construção do nosso futuro comum, solidamente ancorada na experiência acumulada dos últimos 24 anos e no esforço coordenado dos desafios do presente. ▪

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enho a convicção de que a CPLP já consolidou o seu lugar no universo cada vez mais complexo e exigente dos organismos, instituições e mecanismos multilaterais, ao demonstrar o valor que uma organização formada a partir de traços históricos e linguísticos comuns pode agregar aos processos de desenvolvimento interno e à projeção internacional dos seus Estados-Membros, através da ação em três pilares: a concertação político-diplomática, a promoção e difusão da língua portuguesa e a cooperação. Uma clara demonstração do prestígio conquistado pela CPLP na esfera internacional é o crescente interesse de Estados e Organizações Internacionais em se associarem à Comunidade na qualidade de Observadores Associados. A CPLP conta hoje com 19 Observadores Associados (18 Estados e 1 organização internacional) e já existem 14 novas candidaturas a esse estatuto, que serão avaliadas pela próxima Cimeira da CPLP, prevista para julho de 2021, em Luanda. O 25º aniversário da CPLP será celebrado numa conjuntura inesperada para todos nós. A pandemia mundial provocada pela COVID-19, que atinge todos os Estados-Membros da CPLP desde o início de 2020, tem tido um impacto profundo nos nossos países e no trabalho desenvolvido pela Comunidade. A situação emergencial veio reforçar a neces-


» COOPERAÇÃO CPLP OPINIÃO DE JOSÉ PEDRO BRIOSA E GALA, VICE-PRESIDENTE DA JALP ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE JOVENS ADVOGADOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

A VISÃO DOS JOVENS ADVOGADOS DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA ALÉM DO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO

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PERFIL

JOSÉ PEDRO BRIOSA E GALA VICE-PRESIDENTE DA JALP ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE JOVENS ADVOGADOS DE LÍNGUA PORTUGUESA ADVOGADO INSCRITO NA OA DESDE 2009

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FUNDADOR DA BRIOSA E GALA & ASSOCIADOS SOCIEDADE DE ADVOGADOS, SP, RL PRESIDENTE DA JCI PORTUGAL

is que dou por mim a pensar o que é ser jovem? Talvez seja ter sonhos, vontade e tempo para concretizar esses sonhos. Foi assim que nasceu a “JALP – Associação Internacional de Jovens Advogados de Língua Portuguesa”. Tudo começou com o sonho do seu Presidente Francisco Goes Pinheiro de criar uma associação sem fins lucrativos com o propósito da promoção da advocacia e do seu exercício por jovens advogados, nas várias jurisdições da CPLP, e que quando me convidou para embarcar neste sonho, já tinha agregado a VP Márcia Martinho da Rosa, tendo-se revelado ser o sonho de mais um conjunto de jovens advogados de diferentes países lusófonos que todos os dias contribuem de forma voluntária para fazer do sonho uma realidade. Eu sou um deles. A missão da JALP é a promoção, adequada integração e afirmação profissional dos jovens advogados no contexto da comunidade dos países de língua oficial portuguesa, incentivando a multiculturalidade, ajuda e a partilha de conhecimentos e experiências entre os associados, sempre no estrito respeito e cumprimento dos deveres deontológicos adstritos à condição e prestígio da profissão de advogado. Esta missão não é para ficar bonita no papel, está mesmo a acontecer. Todos os dias constato que aumentam os nossos associados, advogados inscritos junto das várias ordens profissionais ou organismos equiparados há menos de 20 anos, em atividade em diferentes países membros da CPLP, e que partilham de uma identidade comum. A língua portuguesa é um denominador comum e característica transversal aos vários associados da JALP. Promovemos a valorização da língua portuguesa como fator diferenciador num mundo global, e unificador do panorama cultural dos vários países da CPLP e dos associados da JALP. O Português pode tornar-se, cada vez mais, um instrumento de trabalho na advocacia internacional. Somos jovens advogados e, como tal, conhecemos os desafios que a profissão que escolhemos nos coloca diariamente com a exigência de desenvolver uma atividade que é muito maior que uma atividade económica, pois em paralelo aceitámos deveres ético-sociais e elevadas responsabilidades perante os nossos clientes, perante o funcionamento da justiça e defesa do Estado de Direito, perante a sociedade civil e perante os nossos colegas. Num

texto que se dirige sobretudo aos jovens advogados, é inspirador para mim recordar as palavras escritas em português por António Arnaut, em Iniciação à Advocacia, que gostaria de partilhar: “O advogado serve a justiça mais do que o direito, e o direito mais do que a lei. O seu ministério é tão indispensável como o do juiz, e mais amplo do que o dele. O juiz apenas julga. O advogado informa, aconselha, concilia, serve de mediador entre os cidadãos e entre estes e os tribunais. É, por vocação, um agente da convivência cívica e da paz social. É um criador do direito vivo, porque a diversidade dos sentimentos e interesses com que lida diariamente o faz mergulhar na seiva vivificante das relações humanas. É a voz da razão ao serviço da verdade e da justiça.” Por tudo isto, é bom saber que não estamos sozinhos. É bom saber que, entre outros, os problemas de acesso à profissão, a morosidade do estágio e os encargos financeiros que os jovens advogados se vêm obrigados a suportar são problemas comuns em todas as geografias dentro da CPLP e que quem já passou por isso pode ajudar aqueles que mais precisam de ajuda. Estamos empenhados na celebração de parcerias com diversas entidades nos vários países membros da CPLP que acreditem na nossa missão e que se identifiquem com os nossos valores, como forma de dar oportunidades aos jovens advogados. É com este espírito e para os jovens advogados que a JALP desenvolveu um plano de ação assente na realização de eventos regulares de formação, discussão e networking, os quais visam ter projeção nacional e internacional, sendo abertos a associados e não-associados. Inspira-nos a procura constante da capacitação e melhoria técnica e humana dos nossos associados, dotando-os de materiais e conteúdos capazes de aumentar os seus conhecimentos jurídicos e qualidades profissionais. O caminho é longo e a JALP está a dar os primeiros passos, no entanto, na medida do nosso crescimento acreditamos que juntos poderemos fazer a JALP chegar mais longe e estar presente em todos os países da CPLP. Sei que não vou ficar na JALP para sempre, mas também sei que a JALP ficará para sempre marcada na minha vida. Tenho muito orgulho de contribuir para a realização deste sonho. ▪


EVENTO

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UM EVENTO QUE NÃO VAI QUERER PERDER uma atualidade evidente, uma vez que vão ser analisadas questões como a Liderança Filantrópica, as Novas Tecnologias ao serviço do Desenvolvimento Sustentável, as relações entre países, mais concretamente no âmbito do eixo USA/Portugal/África, a dinâmica da solidariedade entre instituições e organizações, tema que ganha maior visibilidade pelo atual «novo normal» em que vivemos, fruto da pandemia da COVID-19 e que provocou um vasto numero de dificuldades em toda a sociedade Por isso, marque na sua agenda, dia 22 e 23 de abril de 2021, num dos espaços mais emblemáticos de Viana do Castelo, o Teatro Sá de Miranda, um teatro “à italiana”, e venha fazer parte de um evento que não vai querer perder e que será inesquecível. ▪

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os dias 22 e 23 de abril do próximo ano, a EuroKnowledge, irá realizar, no Teatro Sá de Miranda, Viana do Castelo, a Conferência “Novas Tecnologias no Desenvolvimento Económico Sustentável no Eixo USA/Portugal/África”, onde ocorrerá também a receção de prémios 2021. Este será um evento que não vai querer perder, pelas potencialidades e interesse do mesmo. De salientar que este certame será realizado numa das mais belas cidades portuguesas, Viana do Castelo e conta com o valioso e importante apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo. São diversos os temas a abordar durante este evento de dois dias, sendo que todos eles assumem


» COOPERAÇÃO CPLP

“O GRUPO SALVADOR CAETANO ESTÁ SEMPRE NA LINHA DA FRENTE”

PAULO OLIVEIRA

Foi com resiliência, foco e determinação que o Grupo Salvador Caetano surgiu e se afirmou no mercado moçambicano. Hoje, e enquanto referência em vários países do mundo pelas suas caraterísticas e soluções inovadoras, estão a ser planeados vários projetos para o ano de 2021 que prometem continuar a erguer estas qualidades. Quem nos contou tais novidades foi Paulo Oliveira, PCA do Grupo em Moçambique. Fique a conhecê-las.

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empre presente na construção do futuro” é o lema pelo qual o Grupo Salvador Caetano se rege desde 1946. Ao longo dos tempos tem vindo a criar raízes sólidas e profundas, permitindo a sua expansão até – atualmente – 37 países e 3 continentes. Em Moçambique, qual te vindo a ser a evolução do mesmo? A Salvador Caetano (SC) tem um passado em Moçambique que mostra a persistência, a resiliência e o foco que o Grupo tem nas suas operações. A primeira abordagem ao mercado foi um repto lançado pelo Presidente Samora Machel, em 1981, para a instalação da primeira fábrica de autocarros em Moçambique. O Grupo começou a fazer esse planeamento e projeto que durou alguns anos a implementar, sendo que só em 1991 os primeiros técnicos moçambicanos foram a Portugal fazer formação; em 1992, arrancou a fábrica na Matola (instalação detida pela SC e com participação do Estado) e que teve um tempo de vida até 2007 (pela carga fiscal existente, o produto acabado ficava mais caro do que ser importado e deixou de ser competitivo, sendo que alguns clientes entraram também em crise). Não desistindo do mercado moçambicano, em

2013, a Salvador Caetano concorreu a um concurso enviado pela Renault para o “East Africa”, de sete países. A estratégia da SC seria de deter duas capitais, uma no Quénia (para alimentar o Quénia, Uganda e Tanzânia) e outra em Moçambique, para alimentar o Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e fazer o próprio retalho no desenvolvimento da rede em Moçambique, sendo que nos outros países era nomeação de importadores. Ganhou o concurso, as operações arrancaram e, desde então, a marca Renault tem vindo a crescer e a ser uma das marcas com maior crescimento. Em 2017, comprou a operação da Volkswagen que existia no País, uma marca que criou novas instalações e atingiu padrões mais elevados. Em 2019, ganhou a exclusividade da marca Peugeot para vários países de África, nomeadamente Moçambique. Ou seja, 2020 foi o ano da implementação de mais uma marca às que o Grupo SC já tinha e, assim, temos vindo a crescer e a evoluir todos os anos também com várias áreas de negócio como a venda de autocarros e equipamentos. Desde sempre que assumem a responsabilidade e o equilíbrio em todos os momentos da atuação do Grupo Salvador Caetano Mo-


“TEMOS SIDO REFERÊNCIA EM MUITOS PAÍSES, TEMOS TRAZIDO SOLUÇÕES INEXISTENTES, NOMEADAMENTE PARA ÁFRICA, ONDE MUITAS DAS COISAS SÃO CONSIDERADAS NOVAS COMO O LANÇAMENTO DE UMA NOVA EMPRESA (QUE JÁ É LÍDER) COMO É A CAETANO RENTING. UMA NOVA SOLUÇÃO QUE AINDA EM ÁFRICA NÃO TEM GRANDE DIVULGAÇÃO E QUE ESPERAMOS QUE SEJA UM SUCESSO”

em África não tem grande divulgação e que esperamos que seja um sucesso. As companhias que investem em Moçambique vêm com hábitos do Ocidente, com hábitos de utilização dos meios através do aluguer e que são os meios mais eficazes por isso somos a primeira marca renting a ser instalada no País com todas as soluções e para todas as empresas. Atravessamos atualmente aquela que é uma pandemia global complexa e lidamos agora com as reais consequências sociais e económicas de forma resiliente. Qual foi o impacto da mesma em Moçambique e pelos países de língua portuguesa? Mais especificamente no Grupo Salvador Caetano Moçambique, o que é que esta pandemia veio alterar na vossa metodologia de trabalho e qual foi a repercussão nos negócios da empresa? A Pandemia da COVID-19 teve um impacto a nível mundial, mas Moçambique não sentiu o mesmo abanão como Portugal ou Brasil, fruto da boa ação do Governo no surgimento e aparecimento dos casos com medidas concretas e eficazes que evitaram a propagação. A população respeitou as regras criadas e bem definidas. Passamos por momentos difíceis logo a partir de 1 de Abril com o Estado de Emergência e o encerramento de algumas atividades. Os negócios entre Abril e Junho correram francamente mal e, a partir de Julho, começaram a aligeirar e recuperar um bocadinho. Hoje ainda não estamos totalmente bem mas estamos claramente melhor do que no período referido. Vimos e notamos também o facto de as empresas reterem os seus quadros nos países de origem devido a não ser ainda seguro viajar, o que provocou menos investimento e as empresas a adiarem os seus projetos. Esperamos que com o surgimento da vacina no Ocidente - e que ainda demorará a aparecer em Africa que as condições possam melhorar e o mercado possa voltar novamente à normalidade. O ano de 2020 ficará marcado na história como aquele que trouxe até às nossas vidas algo desconhecido e, para muitos, temeroso. Ainda assim, – e para a empresa – acredita que houve ainda espaço para a superação e crescimento? Qual é o balanço que faz deste ano que está prestes a terminar? O ano 2020 apesar de ser difícil acabou por ser muito positivo para a Salvador Caetano Moçambique. Foi um ano em que vendemos mais unidades automóveis e

acabamos com um saldo positivo. O maior desafio que tivemos (e que vamos ter até final do ano) foi a desvalorização da moeda do país, o metical, ao longo de 2020. Este problema agravou-se ainda mais com a baixa de exportações de Moçambique pois o mundo parou e a nossa economia depende muito das exportações dado que a balança comercial tem um maior peso nas importações do que nas exportações. Ora, isto proporcionou uma maior desvalorização da moeda. Mesmo havendo maior número de unidades vendidas, foi um ano difícil com perdas cambiais no nosso balanço uma vez que as compras nos fornecedores é de Euros e Dólares. Um ano desafiante é certo. Assim, pretendemos que 2021 possa alterar este rumo e equilibrar as contas. Com 2021 à porta é agora tempo para imaginar novos objetivos para que no próximo ano se ponha em prática a sua concretização. Assim, que novos projetos ou ideias tem o Grupo Salvador Caetano Moçambique para retomar economicamente o que possa ter perdido com a COVID-19? O ano de 2021 vai ser de desafios.

Arrancamos com uma nova operação, a Caetano Peugeot Moçambique e, como disse anteriormente, vamos arrancar com a operação de Renting e estamos com muitas expetativas na marca Peugeot. Vamos lançar um modelo de PickUp, e sabemos que 70 por cento do mercado de Moçambique é virado para este género de viaturas. Esta será mais competitiva e estamos em crer que o ano será muito favorável. O País hoje vive já uma realidade do gás, o projeto da TOTAL é um projeto já em construção e para ficar concluído em 2023 e esperamos que em 2021 saia também o FID (Final Investment Decision) da Exxon Mobil. Com a retoma económica do mundo, espera-se que as empresas que têm investimento em Moçambique voltem à normalidade para que esta economia jovem, frágil e marginal que é a moçambicana e que tem muito investimento estrangeiro direto possa ressurgir. O mundo precisa de voltar a laborar para que as nossas exportações aumentem, tenhamos uma maior valorização do Metical e a classe média no País possa consumir para termos uma economia maior. ▪

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çambique, através da inovação e melhoria constante dos produtos e serviços que disponibilizam, sustentados em bons relacionamentos e em justas propostas de valor. Acredita que a inovação é a palavra-chave para o sucesso da empresa? De que forma têm acompanhado as tendências inovadoras num mundo que está em constante mudança? O Grupo Salvador Caetano está sempre na linha da frente. Achamos que só com inovação é que conseguimos crescer. Temos sido referência em muitos países, temos trazido soluções inexistentes, nomeadamente para África, onde muitas das coisas são consideradas novas como o lançamento de uma nova empresa (que já é líder) como é a Caetano Renting. Uma nova solução que ainda


» COVID 19 E O IMPACTO NO SETOR IMOBILIÁRIO

“RAPIDAMENTE DECIDIMOS APROVEITAR ESTE TEMPO PARA NOS REINVENTARMOS” A filosofia de vida da Immo Portugal prima pelo “profissionalismo, confiança, qualidade e pontualidade”. Quem o diz é An-Sofie de Vos, Diretora Geral da empresa imobiliária que conseguiu tirar o melhor partido da pandemia que atravessamos para se reinventar, tendo descoberto um mercado internacional igualmente interessado nos seus serviços.

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Immo Portugal nasceu em 2006 e desde então tem vindo a estabilizar-se no mercado de forma sólida e sustentada, acabando por criar uma imagem de confiança e sucesso perante os seus parceiros e clientes. É legítimo afirmar que o balanço de todos estes anos de atividade é extremamente positivo? Quais têm sido os marcos mais importantes no percurso da empresa? Sim, é de facto legítimo afirmar que o balanço destes anos têm sido extremamente positivos. Temos tido um crescimento sustentável, ano após ano, no nosso nicho de mercado, nova construção. O percurso da empresa foi assente essencialmente na escolha das pessoas adequadas para cada função, formando assim uma equipa coesa e dinâmica. Quando iniciámos, procuramos encontrar, no mercado imobiliário, uma lacuna em termos de oferta, que nos permitisse colmatar. A nova construção era uma área para a qual detetamos que havia uma grande procura e interesse, nomeadamente na zona da Costa da Prata, uma região belíssima e muito rica em termos de qualidade de vida, paisagens, praias a acessos, mas onde não havia nenhuma oferta para nova construção. A decisão de seguir esse caminho implicou ir para o terreno e procurar os construtores locais que tivessem a capacidade e a abertura

de começar a trabalhar com uma perspetiva diferente e uma metodologia que se pudesse adaptar ao nosso cliente tipo, que seria o cliente estrangeiro. Com a abertura do nosso escritório de vendas em São Martinho do Porto e o escritório de vendas em Antuérpia, iniciamos o processo de atrair o cliente estrangeiro, nomeadamente o cliente Belga. A abertura do escritório com o serviço de pós venda, foi outro dos marcos no desenvolvimento da empresa, transformando-se rapidamente num serviço imprescindível no nosso negócio, trazendo a confiança e segurança aos nossos clientes. Com este pressuposto, estabelecemos, ao longo dos anos, uma rede de parceiros dispostos a trabalhar e a partilhar a nossa filosofia de profissionalismo, confiança, qualidade e pontualidade. Assim, hoje, podemos orgulhar-nos de termos como nossos parceiros dos melhores construtores da região e uma equipa de vendas e pós-venda profissional, motivada e conhecedora da região. Os marcos mais importantes, após a decisão de foco na nova construção, foram a escolha da região, a Costa da Prata, e a organização de toda uma metodologia de funcionamento. Vivemos num mundo em constante mudança e tal reflete nas necessidades dos clientes que vão acompanhando, de certa forma, as tendências. Neste setor que é – cada vez mais – competitivo, sabemos que a metodologia

de trabalho da Immo Portugal é diferente de outras empresas. Considera que é exatamente por esse motivo que se destaca das restantes? Porquê? Sim, sem dúvida esse é o segredo do nosso sucesso. Todo o processo de construção de uma moradia nova ou aquisição de um apartamento em planta, para um cliente que se encontra no estrangeiro, que não conhece regras ou leis em Portugal, é algo assustador, incapacitante e um autêntico quebra-cabeças. A Immo Portugal, criou uma metodologia de trabalho de forma a simplificar todo o processo e a torná-lo de tal forma acessível a um cliente estrangeiro que este, quando dá por si, está a receber a chave da sua moradia ou apartamento de sonho. Todo o processo, desde a seleção dos terrenos, projetos de arquitetura, orçamentos para a construção, licenciamentos, construção, serviço de pós venda no acompanhamento da construção até ao seu fim tem a nossa marca. Tudo isto só é possível, como já tinha dito, por podermos ter na nossa equipa os colaboradores certos e os parceiros que partilham da nossa filosofia. Especialistas em construção nova, quais têm sido os principais desafios da mesma no mercado luso? Os principais desafios têm sido trabalhar com


liário, é um investimento sólido e sustentável, num país que demonstrou ao mundo que sabe planear e que com resiliência e um sorriso, mais uma vez sairá por cima deste momento que o mundo atravessa, e, se Portugal já era considerado um dos destinos de eleição para se viver, depois da forma como esta crise foi gerida, mais apetecível se tornou. É com esta perspetiva que duplicamos o nosso investimento em publicidade nacional e internacional e continuamos sempre a lançar novos projetos, indo de encontro às necessidades de requisitos da procura que se gerou.

Abordando outro tema igualmente importante, o impacto da COVID-19 rapidamente se propagou a todos os setores de atividade, obrigando a uma rápida mudança de práticas e a um reajustar diário. De que forma a Immo Portugal atuou perante este cenário? O que mudou? O nosso mercado alvo era o mercado Belga, uma vez que temos um escritório de vendas em Antuérpia e sendo eu própria de nacionalidade Belga, havia esta ligação. Em março, com o lockdown, a impossibilidade dos potenciais clientes viajarem, colocou-nos a braços com uma situação inesperada. Rapidamente decidimos aproveitar este tempo para nos reinventarmos. Assim, formos à procura de outros mercados onde poderíamos apresentar o nosso produto, investimos fortemente em publicidade a nível mundial, e rapidamente começamos a ter solicitações de toda a parte do mundo, e apercebemo-nos como o nosso produto é desejável no mercado internacional. Com a impossibilidade dos clientes poderem viajar para conhecerem in loco a nossa região e verificarem as localizações que temos em venda, decidimos usar as videoconferências como uma ferramenta de trabalho a que adi-

cionamos vídeos profissionais de cada projeto nosso. Neste momento estamos a fazer vendas e a fechar negócios em todo o mundo, utilizando este método. Sendo a Immo Portugal um membro ativo no setor imobiliário e para melhor entender, como nos pode descrever o mesmo atualmente, atendendo às consequências que se instalaram? Pode-se ler em variados sítios que o investimento imobiliário será, provavelmente, um dos vencedores da crise. Do seu ponto de vista, quão fundamentada é esta afirmação e qual será o papel da Immo Portugal neste âmbito? É também a nossa perspetiva, que o investimento imobiliário será de facto um dos vencedores desta crise e o motor de arranque para a saída da crise de outros setores que atravessam neste momento dificuldades. O que esta crise nos veio demonstrar é que nada do que tínhamos como garantido o estava e tudo pode mudar muito rapidamente. Com esta perspetiva, as pessoas começaram a rever as suas prioridades e aquele sonho de trocar de apartamento, ou mudar para uma moradia, ou adquirir uma casa de férias daqui a uns anos, passou a ter um carácter mais urgente e de agora, não vamos esperar mais. Com a certeza de que o investimento imobi-

Quais serão as principais tendências para o setor imobiliário numa fase pós-pandemia? As tendência, pelo que nos temos apercebido, serão a nova construção, seja ela de moradias ou apartamentos. Existe uma necessidade do novo, do diferente, do personalizado. As pessoas estão cada vez mais a par das tendências, das novidades e querem acompanhar o ritmo do mercado, e é exatamente aqui que a Immo Portugal se posiciona como empresa com experiência comprovada nesta área. Ficar e singrar têm sido até então as palavras de ordem da Immo Portugal. Assim, e com o aproximar de 2021, qual é a dinâmica que têm preparada para o futuro da empresa para que continue a rumar nesse sentido? Continuar com a nossa metodologia de trabalho, reforçar o nosso investimento em publicidade, continuar a desenvolver novos projetos junto com os nossos parceiros, preparar-nos para estarmos constantemente a lançar novos projetos no mercado e trabalharmos de forma eficaz e eficiente na promoção dos mesmos. ▪

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os nossos parceiros de forma a que possam compreender as necessidades e a mentalidade, do nosso cliente alvo, o cliente estrangeiro.

Acredita que o mercado imobiliário terá um papel relevante na recuperação e crescimento da economia? Sem dúvida, o mercado imobiliário já está a ser o motor de arranque e será o porta-estandarte da recuperação económica.


» PME LÍDER

“É NOSSO PRIMORDIAL OBJETIVO MANTERMO-NOS COMO UMA EMPRESA REFERENCIADA NO MERCADO” Com 55 anos de existência, a Unicordas continua a focar-se na captação de clientes através da confiança e fiabilidade dos serviços, algo que conduziu até à sua mais recente conquista: ter ganho o Estatuto de PME Líder 2020. Anabela Guerreiro, Diretora Geral, da filial de Lisboa, contou-nos qual será o passo seguinte nesta caminhada repleta de sucessos.

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Unicordas, no mercado desde 1966, opera, como Transitário, nos transportes de mercadorias, visando a prossecução das expectativas dos clientes, priorizando a qualidade. Como têm, ao longo destes anos, concretizado esses propósitos? Prestes a fazer 55 anos de existência a empresa procura, primordialmente, a proximidade das equipas aos clientes e um serviço dedicado. O nosso foco foi, desde sempre, a especialização em mercados e captar clientes pelo fator confiança e fiabilidade de serviço, pese embora amiúde isso pese num crescimento tendencialmente menos acentuado, mas mais coeso, prevalecendo a qualidade. A nossa extensa Network e estreita relação com agentes, nos mercados em que apostámos em nos especializar, e nos demais, é das ferramentas fundamentais para nos distinguirmos no nosso setor.

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Surge a operar, essencialmente, no transporte marítimo, porém, ao longo dos anos consolidou e diversificou as suas áreas de atuação. De que serviços estamos a falar e, que benefícios têm os mesmos para os clientes? A empresa surge da união de duas fábricas de cordoarias, Quintas e Quintas e Sicor, e um profissional do ramo transitário, e da necessidade de assistência na logística integrada. Desta aliança surge o nosso peculiar nome, em termos do que é mais comum no nosso ramo. Inicialmente mais vocacionada para o transporte marítimo e embarques de convencional, que constituía o principal modo de transporte de transporte à época, depressa alargou a sua atividade a outras áreas, com especial enfoque para o transporte rodoviário, em mercados como Itália, Inglaterra, Irlanda, França, de entre outros. A nossa oferta de serviços passa pela logística, com armazéns próprios no Porto e Lisboa, serviços

de grupagem marítima, carga aérea, procedimentos juntos às Alfândegas, Embaixadas, Câmaras do Comércio, de entre outras, resumidamente todos os trâmites associados a qualquer importação e exportação. Através de acordos preferenciais com os vários armadores e transportadores da praça, estamos em condições de oferecer aos clientes preços bastante competitivos, a nível global, no que respeita a contentores e camiões completos.

ANABELA GUERREIRO

“A NOSSA OFERTA DE SERVIÇOS PASSA PELA LOGÍSTICA, COM ARMAZÉNS PRÓPRIOS NO PORTO E LISBOA, SERVIÇOS DE GRUPAGEM MARÍTIMA, CARGA AÉREA, PROCEDIMENTOS JUNTOS ÀS ALFÂNDEGAS, EMBAIXADAS, CÂMARAS DO COMÉRCIO, DE ENTRE OUTRAS, RESUMIDAMENTE TODOS OS TRÂMITES ASSOCIADOS A QUALQUER IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO”

Para integrar a lista das diversas conquistas referentes ao longo percurso da Unicordas, em novembro passado o IAPMEI atribuiu à empresa o Estatuto de PME Líder 2020. Quais foram os principais critérios que levaram a esta atribuição e o que significa este privilégio na história da Unicordas? O reconhecimento de mérito como empresa PME LÍDER, pelo destaque obtido através do nosso comportamento exemplar no mercado, é a constatação indubitável de confiança, que constitui nosso apanágio desde sempre, reconhecido pelos nossos clientes e parceiros. Este estatuto é de extrema importância para a nossa, e qualquer empresa pois, para além de nos conferir notoriedade e visibilidade, proporciona condições preferenciais de financiamento, essenciais a qualquer empresa, quer no que respeita a novos projetos, como de sustentabilidade, e as parcerias do IAPMEI com várias entidades, permitem acordos preferenciais em diversas áreas, que nos permitirá diferenciação no nosso posicionamento no mercado. O grupo das PME Líder que apresentem os melhores desempenhos será anualmente distinguido com o estatuto de PME Excelência, criando condições acrescidas de visibilidade para estas empresas de perfil superior. Para a Unicordas, esta atribuição


Através da sua excelente rede de agentes a nível mundial, a Unicordas oferece aos seus clientes as soluções logísticas mais eficientes e económicas para as suas necessidades. Tendo a exportação um papel relevante no seio da empresa, qual foi o impacto da pandemia nestes serviços concretos? A nossa Network permite-nos oferecer um leque de serviços muito alargado, qualquer que seja a tipologia de transporte. A exportação e turismo, que constituíram uma das importantes forças motrizes da economia portuguesa nos últimos anos, sofreram um considerável decréscimo com a crise pandémica. A exportação, ainda assim tem vindo lentamente a recuperar, pese embora dependa de um consumo exterior refreado. Tenderá a sofrer de ciclos, em função da evolução da pandemia, nos países que constituem os nossos principais mercados. A Unicordas tendo-se especializado em alguns mercados, dois deles onde o impacto da Covid19 foi bastante forte, nomeadamente Itália e Inglaterra, logo sentiu um decréscimo significa-

“É NOSSO INTUITO DIVERSIFICAR MERCADOS POIS A VOLATILIDADE DAS VENDAS ASSIM O FORÇA. CADA VEZ MAIS É DE SUMA IMPORTÂNCIA QUE AS EMPRESAS E EQUIPAS ESTEJAM FOCADAS EM APONTAR PARA OS MERCADOS EM FUNÇÃO DA REALIDADE QUE HÁ MUITO DEIXOU DE SER ESTANQUE”

tivo, e o esforço de sustentabilidade da empresa foi assim acrescido, sobretudo nos meses iniciais da pandemia, sendo que Inglaterra sofrerá agora ainda as repercussões expectáveis do Brexit. A agravar a atividade da logística assistimos ainda, mais recentemente, ao fenómeno da disrupção da oferta no setor marítimo, observando-se uma franca escassez de contentores, redução da oferta do transporte marítimo e consequente aumento dos fretes marítimos, por parte dos armadores, situação avassaladora para muitas empresas exportadoras e importadoras, que lutam, há muito, pela sobrevivência. Situação já fortemente criticada pela

APAT, Associação Portuguesa dos Agentes Transitários. Sendo preocupação primordial dos transitários assegurar a fluidez das cadeias de abastecimento, é essencial que os armadores cumpram o seu papel, ao invés de potenciar o aumento de preços, com critérios de razoabilidade pouco aceitáveis. Por fim, a meta é o crescimento contínuo e sustentado de modo a garantir aos seus clientes e parceiros, segurança, tão essencial a qualquer negócio. Assim, é nestes parâmetros que será baseada a dinâmica para o próximo ano 2021? Que projetos têm planeados e que nos podem revelar? O ano 2021 constitui, para todos, uma variável pouco controlável perante a situação atual. É nosso intuito diversificar mercados pois a volatilidade das vendas assim o força. Cada vez mais é de suma importância que as empresas e equipas estejam focadas em apontar para os mercados em função da realidade que há muito deixou de ser estanque. É tempo de proatividade, de adaptação e muitas mudanças, porém o mote será sempre priorizar a confiança. É nosso primordial objetivo mantermo-nos como uma empresa referenciada no nosso mercado, preservando os nossos clientes, alguns deles connosco há décadas, e captar novos. ▪

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é igualmente relevante com certeza. Qual será o próximo passo nesse sentido? O corrente ano, marcado pela pandemia, conduz inevitavelmente a uma crise global e a logística é, sem dúvida, um dos setores altamente afetados pois a circulação de mercadorias está substancialmente reduzida, tendo conduzido muitas empresas no sector a optar pelo layoff. A Unicordas não recorreu ao Layoff, garantindo, assim, aos colaboradores estabilidade de rendimento, e assegurando, aos seus clientes, o mesmo nível de serviço, só possível com as equipas no seu todo a funcionar. Neste cenário, apesar do nosso intuito ser decerto caminhar para atingir o patamar de PME Excelência, muito provavelmente será um projeto adiado, como tantos outros de inúmeras outras empresas. Sendo que os transportes nos últimos meses recuperaram parte da sua atividade, a segunda vaga da crise pandémica, veio reter este tímido crescimento.


FOTO: DIANA QUINTELA

» DIREITO & JUSTIÇA – INSOLVÊNCIAS EM TEMPOS DE PANDEMIA

PATRÍCIA DE JESUS MONTEIRO

“O PAPEL DA PJM ADVOGADOS É DE APOIO AO NOSSO CLIENTE E A TODO O CIDADÃO QUE NOS PROCURE” PONTOS DE VISTA

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A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Patrícia de Jesus Monteiro, Advogada da PJM Advogados, um escritório de advogados que sempre primou pela qualidade e excelência de serviço e em que o Cliente é tratado com individualidade e confidencialidade, tendo sempre como desiderato a satisfação total e completa do mesmo. Ao longo desta entrevista, ficamos também a compreender a dinâmica das insolvências em Portugal e as diferentes iniciativas e medidas sobre as mesmas.

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universo da PJM Advogados procura as soluções e o desenvolvimento das mesmas através de meios para acompanhar a evolução da sociedade, definindo estratégias. Assim, o que tem sido concretizado no seio da empresa para se adaptarem às recorrentes mudanças a que a sociedade está sujeita, sem descurar a qualidade que é vossa característica? No seio da PJM ADVOGADOS não ocorreram grandes alterações a nível interno para nos adaptarmos às mudanças da sociedade. Deste modo, para acompanharmos as exigências do mercado tivemos de nos mostrar mais disponíveis, mais atentos para as necessidades do Cliente, apostando numa atitude pró-activa em vez de reactiva. Com base na nossa experiência na área do direito e no conhecimento das relações interpessoais antecipámo-nos ao Cliente dando-lhe a

conhecer as inúmeras alternativas / soluções que pode optar no sentido da salvaguarda dos seus legítimos interesses, identificando as vantagens e desvantagens inerentes a cada uma. Uma vez que tratamos de assuntos de pessoas, lidamos com emoções e sentimos as suas preocupações e, como tal, estamos praticamente sempre disponíveis para ouvir as suas questões, dúvidas, a qualquer hora; assim, o horário tradicional de funcionamento das 9h00 às 18h00 é apenas regulador dos serviços a prestar. No final, o que pretendemos é a realização de uma estratégia conjunta entre a matéria factual e a experiência profissional do advogado. Também característica da PJM Advogados é a confiança, a proximidade e a competência técnico-jurídica, com vista ao encontro das necessidades e exigências dos clientes. Interessa

compreender que outros fatores marcam a metodologia de trabalho da empresa, contribuindo para uma diferenciação no mercado, perante outras do mesmo setor. Somos um escritório de advogados que sempre primou pela qualidade e excelência de serviço, em que o Cliente é tratado com individualidade, confidencialidade, o que nos permite prestar um serviço jurídico personalizado. Somos uma equipa profissional com competências técnico-jurídicas em inúmeras áreas do direito que nos permite ir ao encontro de um leque variado de necessidades dos Clientes. Para nós é uma mais-valia, no sentido em que podemos dar pronta resposta a um mesmo Cliente que necessite tratar de assuntos diferentes; assim, não precisa de se deslocar a locais diferentes para resolver assuntos diversos. Considero que possuímos um método de traba-


“POSSUÍMOS UMA FORMA DE TRABALHAR EM QUE PRIVILEGIAMOS A INFORMAÇÃO, A CLAREZA E A TRANSPARÊNCIA DA COMUNICAÇÃO AO CLIENTE; PRETENDEMOS QUE O MESMO PERCEBA O QUE ESTÁ A SER FEITO E O QUE DEVE SER FEITO, FICANDO SEMPRE DISPONÍVEIS PARA O ESCLARECER A QUALQUER MOMENTO"

empresas e organizações. De que forma a PJM Advogados encarou esta problemática e, na prática, quais foram as mudanças necessárias implementar para assegurar os serviços aos clientes? De facto é verdade, a pandemia COVID-19 gerou incerteza também na nossa área e também no nosso escritório. Tivemos Clientes que colocaram as suas avenças mensais em standby; outros que tinham processos para tratar, preferiram aguardar; e outros Clientes continuaram com os seus processos em curso, isto porque «a vida não pára». Por outro lado, notámos que surgiram outro tipo de clientes, quer individuais quer sociedades, com outro tipo de processos alguns decorrentes da pandemia, que fez com que a actividade do mundo do direito estivesse sempre em pleno funcionamento. No entanto, o atendimento ao Cliente foi alterado, as consultas presenciais foram reduzidas ao essencial; privilegiamos videoconferências, videochamadas, conferências telefónicas, esclarecimentos por email e, para atendimento geral a Clientes e potenciais Clientes, utilizamos as redes sociais, para dar resposta a todos que nos procuram (Facebook, Linkedin, Instagram), além do nosso site www. pjmadvogados.com. As insolvências continuam a crescer, num contexto de crise provocada pela pandemia, tendo sido registado no passado mês de setembro o maior número correspondente ao ano de 2020, de empresas a recorrer à insolvência. Considera que o regime estabelecido na legislação

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Atravessamos mundialmente um momento incerto provocado pela pandemia da COVID-19, tendo tido como consequência a obrigação de uma rápida mudança de práticas de

FOTO: DIANA QUINTELA

lho eficiente, fluído e rápido porque temos sempre em mente que o Cliente tem urgência em resolver os seus problemas. Para isso, assim que acolhemos o Cliente no nosso escritório realizamos uma consulta jurídica de acordo com a disponibilidade da agenda e inteiramo-nos de todo o processo para poder ser analisado, solicitamos ao Cliente informações e documentação diversa que possui referente ao seu caso em apreço que se visa tratar. No dia da consulta presencial ou videoconferência ouvimos o problema do Cliente e, caso tenha prazo ou caso necessite ser resolvido no momento, fazemo-lo de imediato se possível. No entanto ocorrem situações que são necessários procedimentos futuros, explicamos e reagendamos as vezes necessárias com o Cliente todos os passos a efectuar nos próximos tempos. Possuímos uma forma de trabalhar em que privilegiamos a informação, a clareza e a transparência da comunicação ao Cliente; pretendemos que o mesmo perceba o que está a ser feito e o que deve ser feito, ficando sempre disponíveis para o esclarecer a qualquer momento. Há um ponto a realçar, de extrema importância, é que fazemos questão que o Cliente cumpra as nossas indicações, na íntegra e em rigor, isto porque, os nossos anos de experiência permitem-nos estar seguros quanto ao conteúdo do trabalho que executamos, portanto, o Cliente tem de confiar em nós.


» DIREITO & JUSTIÇA – INSOLVÊNCIAS EM TEMPOS DE PANDEMIA

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de juros de mora destes créditos. Por outro lado, colocou-se na prática um regime destinado a assegurar a coerência entre os mecanismos de reestruturação de empresas e promover a viabilização através de mecanismos extrajudiciais, alarga-se também o âmbito de aplicação do RERE (Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas) a empresas insolventes afectadas pela crise económica decorrente da pandemia da doença Covid-19. Nessa medida, determina-se a obrigatoriedade da realização de rateios parciais quando esteja esgotado o prazo da impugnação da relação de credores cumulativamente a todos os processos em curso de insolvência, com sentença transitada em julgado, em que haja produto de liquidação depositado no valor igual ou superior a €10 000,00, cuja titularidade não seja controvertida permitindo-se assim uma maior liquidez na economia. Por todo o supra exposto importa relembrar que muitas das pessoas singulares e/ou colectivas já se encontravam em incumprimento generalizado no período que antecedeu a pandemia e que naturalmente todos os compromissos/ obrigações vencidas se agravaram, confrontados com uma situação excepcional «nunca vista».

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insolvencial não é pensado para uma conjuntura de exceção como aquela que enfrentamos? Porquê? Houve nesta fase uma adaptação de regras para as insolvências - Processo Extraordinário de Viabilização de Empresas. Os instrumentos judiciais de recuperação vigentes de mecanismos de adaptação à crise económica causada pela pandemia da doença Covid-19, possibilitaram, que o juiz possa conceder um prazo suplementar para conclusão das negociações encetadas com vista à aprovação de plano de recuperação ou de acordo de pagamento adaptado ao contexto da Covid-19. Nesse sentido, prevê-se expressamente que, em sede de processo de insolvência, possa ser concedido prazo ao proponente de plano de insolvência para adaptação da proposta ao mencionado contexto. Em concretização da medida prevista no Programa de Estabilização Económica e Social e a fim de habilitar a recuperação de empresas viáveis institui-se um mecanismo processual temporário, de natureza extraordinária, destinado exclusivamente a empresas que se encontrem em situação económica difícil

ou de insolvência iminente ou atual, em virtude da Covid-19: processo extraordinário de viabilização de empresas - PEVE. Este processo carateriza-se pela sua tramitação particularmente célere, manifestada no encurtamento de prazos, na supressão da fase da reclamação de créditos e na atribuição de prioridade na tramitação deste processo extraordinário sobre os demais processos também urgentes (processos de insolvência, PER e PEAP). Assim, sem prejuízo do princípio geral da intangibilidade dos créditos tributários, destaca-se a possibilidade de redução da taxa

Há quem defenda que este regime – fazendo todo o sentido num contexto económico “normal” – não será o mais adequado para responder a esta crise. Que outros recursos, na sua opinião, seriam necessários? Que solução encontra? É importante existir uma verdadeira mediação entre credores (inclui-se o Estado) e devedores, possibilitando assim que os credores permitam perdões de juros/coimas/ pelo atraso no cumprimento das obrigações, acordos de pagamento, redução do valor da dívida, e realização de novos contratos pode ser uma solução sem recurso ao regime automático de «cobrança coerciva». Contávamos já no nosso regime

com o “Processo Especial de Revitalização – “PER, o Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (“RERE”) e, agora, o Processo Extraordinário de Viabilização de Empresas (“PEVE”). Conforme foi transmitido acima, as empresas que estejam em situação económica difícil, perpetrada pela expansão de covid-19 podem recorrer ao Processo Extraordinário de Viabilização de Empresas (PEVE). O espírito do legislador visa abranger todas as empresas que, comprovadamente, se encontrem “em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente ou atual” em virtude da pandemia da doença COVID-19” mas que ainda sejam suscetíveis de viabilização. A lei dispõe ainda um regime “excecional e temporário”, que permite a “prorrogação do prazo para conclusão das negociações encetadas com vista à aprovação de plano de recuperação ou de acordo de pagamento”, bem como “de concessão de prazo para adaptação da proposta de plano de insolvência”. São elegíveis todas as empresas que, a 31, de dezembro de 2019, tenham registado um ativo superior ao passivo. Importa assim frisar que as alternativas à insolvência, como seja RERE/ PEVE/ PEAP/ PER só poderão ser aplicadas desde que sejam consideradas atempadamente e devidamente planificadas. Neste âmbito, qual tem sido o papel da PJM Advogados, sendo este um suporte e parceiro dos seus clientes? O papel da PJM ADVOGADOS é de apoio ao nosso Cliente e a todo o Cidadão que nos procure em conjunto com outros profissionais como sejam TOcs, ROcs, arquitetos, engenheiros entre outros, quando haja necessidade. Possuímos conhecimento técnico-jurídico e experiência, em matéria específica de Recuperação de Empresas, Insolvência, que nos permite elucidar, informar e atuar na situação concreta do Cliente, de modo a encontrar a solução possível e mais vantajosa. ▪

DEDICADOS À EXCELÊNCIA, 2020 FICARÁ MARCADO TAMBÉM NA HISTÓRIA DA PJM ADVOGADOS PELOS SEUS DEZ ANOS DE EXISTÊNCIA. QUE SIGNIFICADO ACHA QUE TEM O MESMO? QUAL O BALANÇO QUE FAZ? Na verdade, no passado mês de novembro, fizemos 11 anos de atividade PJM ADVOGADOS. Pretendíamos comemorar e comunicar uma década de existência (não indo ao pormenor do número de anos), mas devido à atual pandemia tal facto ainda não foi possível. No entanto, estamos muito felizes por existirmos há 11 anos, com um percurso de trabalho que, no geral, se pode considerar positivo (com altos e baixos), com muito envolvimento, dedicação e gosto pelo que fazemos. Somos uma equipa de pessoas bastante determinadas, focadas, proativas, sensíveis ao pormenor e eu própria não gosto de ter insucesso. É esta força que me faz avançar todos os dias! Neste sentido, pretendo comemorar, pelo menos, mais uma década de PJM ADVOGADOS.


DIREITO & JUSTIÇA - PEVE

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QUEM PEDIU ESTE PEVE? A Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Túlio Machado Araújo, Advogado e Partner da Túlio M Araújo, Cristina Castro & Associados, que relembrou que “a Covid19 é o terramoto de 2020, mas... falta um Marquês que mande salvar as empresas feridas e enterre as mortas”, isto a propósito do PEVE (processo extraordinário de viabilização de empresas).

Insuficiente, portanto? Quando vamos ao hospital entramos pela triagem. Foi inventada na I Guerra Mundial, quando os médicos franceses confessaram não ter meios suficientes para salvar todos os feridos. Assim, dividiram-nos em três grupos: os com probabilidade de viver, com tratamento, os que, a atenção médica imediata poderia influenciar o prognóstico e os sem probabilidade de viver. Isso exigia uma avaliação criteriosa e sistemática. O PEVE deixa logo as empresas nas mãos do administrador judicial provisório. Não concorda com essa imediata delegação? Nas últimas décadas as leis estão privatizando a Justiça: agentes de execução, para penhoras, mediadores de recuperação de empresa para o RERE, fiduciários para as exonerações do passivo das pessoas insolventes e os administradores judiciais para as insolvências, PERs e agora o provisório para o PEVE. Se nalguns casos concordo, como no mediador, em que tenta auxiliar as partes, já no resto o cidadão comum ficaria melhor servido com uma Justiça não privatizada. Sou a favor da privatização de quase tudo, menos da Justiça. Pode dar-nos exemplos de desvantagens? O devedor e o credor ficam a lidar com uma pessoa que não tem a autoridade dum Juiz. Um Juiz é uma entidade abstrata, os demais não. Ninguém pergunta o nome do Juiz. Mas todos perguntam o do administrador judicial. Não podemos ir a casa uma pessoa que não é o Estado. Ele vive numa casa particular, mas diz-nos que agora lhe temos que prestar contas. E há os desaparecimentos de fundos... francamente, não vejo qual a vantagem em não ser o Estado a fazer tudo isto, com estas pessoas, em locais

TÚLIO MACHADO ARAÚJO

próprios. A taxa de sucesso numa execução encarece uma justiça já caríssima. É o Estado a dizer que não é competente e isso preocupa. Mas não acha que o PEVE vem salvar empresas? - O PEVE aplica-se a empresas, empresários e entidades que não banca, seguros ou empresas públicas, que se encontrem em situação económica difícil ou em situação de insolvência iminente ou atual. Mas só referente aos que estão assim em virtude do COVID19 e que ainda sejam susceptível de viabilização e que demonstrem ter, em 31/12/2019, um activo superior ao passivo. Só para as micro ou pequena empresa é que o passivo pode ser superior ao activo àquela data, mas apenas se não estiverem em PER, insolvência ou especial para acordo de pagamento, e: ou tenham recebido um auxílio de emergência no âmbito do quadro temporário relativo a medidas de auxílio estatal e o mesmo não tenha sido reembolsado nos termos legais, ou estejam abrangidas por um plano de reestruturação das medidas de auxílio estatal. Exclui todas as demais, compreendo. Mas é para evitar a insolvência, certo?

Mas porque excluir? Se não fosse o Covid19 algumas poderiam recuperar. E lembra-se da triagem? O administrador provisório terá essa função. Fazer uma de três escolhas: empresas que se podem salvar, se se agir rápido, as que com tratamento se vão salvar e as que estão moribundas e devem insolver. Manter as moribundas provocará mais sofrimento, o melhor é optar pela eutanásia. Mas às que são viáveis o caminho foi errado. A medicação vai matar algumas delas: aquelas que com uma medicação adequada se curariam. Ao entrarem no PEVE vão tornar públicas as suas dificuldades e alguns fornecedores perdem a confiança. É como tornar pública a leucemia do treinador, mesmo esta doença tendo cura. A economia vive de expetativas. A solução correcta teria sido uma triagem criteriosa e sistemática prévia e a escolha para as mais viáveis de uma similitude com o RERE e similitude com o PER para as menos. Para aquelas os mediadores e o processo secreto, salvo credores envolvidos. Para as últimas os administradores. E os postos de trabalho? Também isso ficou deficitário na lei. A solução seria criar um processo para propor moratórias aos fornecedores, banca e trabalhadores. Não digo fazer como 2020 não tivesse acontecido. Mas criar um processo que permitisse aos devedores aflitos pedir ao tribunal de comércio respectivo que lhe mediasse renegociar prazos de pagamentos. Um engripado precisa de uma convalescença, mesmo que seja em teletrabalho. Não pode andar na rua ao frio e à chuva. A criação de um processo exclusivo para negociar moratórias, períodos de carência, quando possível, em que estivesse, por exemplo, um mediador e que convocasse credores e devedor, sem a quantidade de papelada que o PEVE exige, evitava a insolvência de milhares de restaurantes, lojas de rua, pequenos negócios e médios negócios do turismo. Irá haver revisões, nesse sentido, ao PEVE? A Covid19 é o terramoto de 2020, mas... falta um Marquês que mande salvar as empresas feridas e enterre as mortas. ▪

59 DEZEMBRO 2020

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omo vê o PEVE (processo extraordinário de viabilização de empresas), da Lei 75/2020 de 27/11? Parece-me uma bazuca a dar tiros de pressão de ar. É nos momentos de perturbação que precisamos de grandes medidas. O problema desta lei é que remenda joelheiras, numas calças, com pano podre. Quase ninguém vai ficar satisfeito, mas ficou bonita.


» 30 ANOS DA CONVENÇÃO DO DIREITO DAS CRIANÇAS OPINIÃO DE PATRÍCIA BALTAZAR RESENDE, ADVOGADA, ESPECIALISTA EM DIREITO DA FAMÍLIA E DAS CRIANÇAS

OS 30 ANOS DA CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA A Convenção dos Direitos da Criança foi ratificada e os Estados pioneiros aderiram à mesma através da Resolução n.º 44/25, da Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989, entrando em vigor na Ordem Internacional no dia 2 de setembro de 1990 e em Portugal no dia 21 de outubro do mesmo ano.

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assados 30 anos da entrada em vigor de tão importante diploma, podemos aferir tanto no plano interno como internacional, que existiu um compromisso histórico por parte dos líderes mundiais com as Crianças de todo o mundo, pois, 196 países ratificaram a Convenção. O capital humano futuro, pela primeira vez, foi assumido pelos Estados que ratificaram a Convenção, como o tratado de Direitos Humanos mais amplamente ratificado da história e, sem dúvida, ajudou a transformar o que de melhor existe em todas as sociedades, as Crianças! Esta lei, vem sublinhar e regular a ideia intensa e profunda de que as Crianças não são pertença dos pais ou de adultos, antes, são pessoas jurídicas, com direitos próprios e deveres, onde a infância e a adolescência têm um papel fundamental na formação do futuro adulto, dando oportunidade a que os Direitos da Criança e adolescentes sejam os alicerces contidos para que a Criança possa crescer, brincar, aprender e desenvolver-se na sua plenitude, como ser humano. Ponderando estas três décadas, conseguimos obter um balanço positivo sobre o que a Convenção regulou para a vida das Crianças, regulou mais e melhor os seus direitos, sendo uma vitória a nível dos Direitos Humanos sem igual. Segundo o Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2020, mostra que o número de óbitos de Crianças caiu de 12,5 milhões em 1990 para 5,2 milhões no ano passado. Ressalvamos que, o impacto da atual pandemia SARS-COV2, vulgarmente denominada COVID 19, pode reverter e atrasar estas três décadas de progresso que se fez, por exemplo, sobre mortes infantis evitáveis, também a proporção de Crianças em idade escolar que não frequentam a escola ter diminuído de 20% para 7%, o trabalho infantil ter diminuído 94 milhões ao longo de 20 anos, resultado mais uma vez, ameaçado pela presente pandemia que estamos a viver, criando consequentemente danos irreversíveis para a saúde mental e segurança das Crianças; estas e outras conquistas são a prova viva que ao longo destes 30 anos, a vontade e determinação dos Estados em mudar de alguma forma a vidas das Crianças por todo o mundo, de maneira a que as mesmas tenham quem as defenda nos seus direitos, como pessoas jurídicas que são e como Crianças que devem ser, é o exemplo melhor regulado que a comunidade e líderes Internacionais têm tido um papel ativo na mudança da vida das mesmas.


vivem em situações de exclusão, vivendo mais vulneráveis em contextos culturais difíceis de progredir, deixando marcas profundas na sua infância e juventude. A par de desafios ainda persistentes de nutrição, saúde e educação, as Crianças continuam a enfrentar novas ameaças como: alterações climáticas, aumento de doenças mentais, cyberbullyng (bullying através das redes sociais), aumento do número de casamentos infantis, crimes sexuais, entre outras constantes e inúmeras ameaças. O relatório da ONU de 2020, considera que as meninas de alguns países correm mais riscos hoje, uma vez que, este indica que 33 mil jovens foram forçadas a casar com homens mais velhos, para além da prática comum da mutilação genital, teste de virgindade, seios queimados, serem, infelizmente ainda consideradas vivências praticadas em muitos países, apesar do esforço que ao longo destes 30 anos foi feito e reconhecido. O artigo 1.º da Convenção define: “Criança como todo o ser humano menor de 18 anos de idade, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável a maioridade seja alcançada mais cedo.”; desta forma, é preciso ter presente que quase um terço da população mundial é Criança e em muitos países as Crianças e jovens constituem quase metade da população nacional. A infância, é um período único de rápido desenvolvimento quer físico quer psicológico durante o qual a saúde física, mental e emocional e o bem-estar das Crianças e jovens podem ser permanentemente afetados para melhor ou pior. Temos ainda a refletir que em muitos países, em maior ou menor grau, a pobreza, discriminação e a exclusão social, persistem e colocam em risco e sem qualquer securitização os direitos de milhões de Crianças. As alterações climáticas, os conflitos armados, o número de Crianças que ainda não frequenta a escola, são outros exemplos dos tempos difíceis que ainda vivemos e que levam a que as Crianças ainda não consigam de pleno direito beneficiar dos seus Direitos proclamados por

uma grande maioria dos Estados. Assusta-nos e preocupa-nos ainda persistir no nosso País uma em cada cinco Crianças viver em risco de pobreza, do casamento infantil em Portugal, ainda existir e apresentar uma tendência de crescimentos nos últimos dois anos, o aumento de casos clínicos de saúde mental, como depressão, comportamentos auto-lesivos. Por outro lado, termos um número de institucionalizações dos mais altos da Europa, sendo a alternativa às famílias de acolhimento um recurso pouco frequente, sabendo desde logo, que cada Criança institucionalizada tem uma regressão psicológica e física entre um a dois anos comparativamente à sua idade efetiva. A Convenção, reafirma que não é unicamente após o nascimento, que a Criança deve ter proteção jurídica, esta necessita dessa defesa, antes e após o nascimento, a importância dos valores culturais da comunidade onde a Criança se insere e o papel vital que a comunidade internacional deve possuir para que os Direitos da Criança seja uma realidade. Recordo, que na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Organização das Nações Unidas proclamou, que a infância tem direito a uma ajuda e assistência especiais. O mundo encontra-se numa enorme alteração, com soluções inovadoras quer no âmbito da saúde, quer nos desafios que temos num futuro próximo de enfrentar, onde as certezas são cada vez, menos evidentes e onde as inseguranças são uma constante. Contudo, os Direitos da Criança, não podem ser vistos como uma opção ou caridade, estes Direitos, geram obrigações e responsabilidades que todos devemos honrar e respeitar, é o património de um Estado e de um Mundo melhor, onde a Criança deve ser vista como sujeito jurídico com direitos e deveres apropriados à sua idade e estágio de desenvolvimento, constituindo-se membro de uma família e comunidade, onde a sua presença e vivencia lhe traga, o que toda a Criança precisa e anseia, a felicidade! ▪

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Os princípios orientadores, que se encontram na base da Convenção, como: i) a não descriminação; ii) o superior interesse da criança, (conceito jurídico indeterminado que adquire conteúdos diversos conforme cada caso concreto) iii) o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento; iv) e o direito à vida, influenciaram inúmeras leis, práticas, politicas internas de cada Estado, constituições em todo o mundo, tal é notório ao longo destes 30 anos. Desde a adoção da Convenção, a vida de milhões de Crianças melhorou consideravelmente por meio da realização efetiva e paulatina de direitos e do cumprimento de obrigações consagradas na Convenção. Esta inspirou mudanças em todas as partes do mundo, incluindo: a) incorporação dos princípios dos Direitos da Criança na legislação de cada Estado; b) o estabelecimento de órgãos interdepartamentais e multidisciplinares para abordar os Direitos da Criança; c) o desenvolvimento de agendas nacionais para as Crianças; d) a promoção de comissários para os Direitos da Criança; e) as intervenções visando a sobrevivência e ao desenvolvimento infantil; f ) a reestruturação das dotações orçamentais para a realização eficaz de promoção dos Direitos da Criança; g) a criação de oportunidades para as Crianças expressarem as suas opiniões e serem ouvidas, o denominado Direito de Audição, este, cada vez mais importante para cada Criança. Assim, podemos verificar que assistimos a 30 anos de vitórias concretas e efetivas para as Crianças, presentemente estas podem desenvolver-se plenamente e de forma harmoniosa, comparativamente aos anos que antecederam a Convenção, onde a Criança não tinha espaço na sociedade, nem era vista, como sujeito jurídico pleno. Porém, esta abordagem e área do Direito, nem sempre foi assim e ainda atualmente, infelizmente não é plena nem uniforme em todos os ordenamentos jurídicos, criando ambivalência extremas, que nos levam ainda a afirmar que temos grandes desafios para alcançar, dado que continuam a persistir as Crianças que


BREVES BREVES

FOTOGRAFIA

Museu de Fotografia da Madeira é o museu português do ano 2020

CEIAS BY OLIVIER

OLIVIER RESTAURANTES LANÇA CEIAS DE NATAL E RÉVEILLON As ceias by Olivier estão disponíveis através de take away e delivery Para uma consoada e um réveillon em conforto e segurança sem sair de casa, o Grupo Olivier Restaurantes anuncia menus especiais idealizados para proporcionar uma experiência gastronómica de excelência, com opções variadas, em que não faltam alguns clássicos. Disponíveis em take away e delivery, as ceias não descuram os sabores mais tradicionais da quadra, combinando-os com o distintivo toque do restaurateur Olivier da Costa. Entre as propostas, existe um menu completo – o Menu Ceia Olivier - e a possibilidade de escolher por prato. Destacam-se o Bacalhau à Zé do Pipo com Lavagante, o Rolo de Peru en Croûte com Recheio de Foie Gras, Carne de Porco, Tâmaras, Castanhas e Presunto de Parma, a Perna de Cor-

deiro de Leite a Baixa Temperatura com Castanhas e Chalotas Confitadas e o Arroz de Pato Confitado com Foie Gras. E porque datas assim não se celebram todos os dias, a refeição poderá iniciar com iguarias igualmente especiais, como Caviar com Salsa e Cebola Roxa Picadas, Gema e Clara de Ovo Ralados, Limão e Blinis, ou Terrine de Foie Gras com Trufa Preta e Cebola Confitada em Vinho do Porto. Além das guarnições que acompanham os pratos principais, é ainda possível pedi-las de forma complementar, escolhendo entre Puré de Batata com Trufa, Esparregado e Arroz Rico. Para que o cliente possa também acrescentar o seu toque de chef, cada uma das opções chega semi-pronta, juntamente com o seu modo de preparação, explicado de forma fácil e detalhada pela equipa Olivier, bem como informação sobre os ingredientes que com-

põem a receita. Para o Bacalhau, por exemplo, basta retirar a tampa e levar ao forno a 160ºC durante 8 a 10 minutos. A ceia de Natal pode ser encomendada até ao dia 20 de dezembro e posteriormente levantada no espaço do Olivier Avenida, situado no piso térreo do Hotel Avani, até dia 24, às 16h. Já a ceia de Réveillon deverá ser pedida até dia 26 de dezembro, com recolha no mesmo local até dia 31, às 16h. Também é possível pedir para entregar em casa, mediante uma taxa de entrega, que varia consoante o concelho. “Obrigada por nos sentar à sua mesa”, é a mensagem que o grupo deixa, seja para celebrar uma das tradições mais importantes das festividades natalícias, seja para receber o novo ano, com uma refeição saborosa e requintada, com o selo de qualidade a que o chef Olivier já habituou.

Reta

lança novo serviço: Orçamentação Online

PONTOS DE VISTA

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"Tempo de agir" sob liderança portuguesa “Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”. O lema da presidência portuguesa da União Europeia foi anunciado em inícios de dezembro, juntamente com o logótipo e o sítio oficial na internet, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. O lema da nossa presidência procurou ser, e é, o mais simples, o mais claro, mas também o mais eloquente possível. ‘Tempo de agir’. Nós tomamos e ainda estamos a concluir, ao longo deste semestre, decisões muito importantes para o nosso futuro próximo, decisões estratégicas para o nosso futuro próximo, designadamente aquelas que têm a ver com o próximo Quadro Financeiro Plurianual […], mas também aque-

las que, por essa via, permitam que a Europa encare melhor o desafio da dupla transição” verde e digital." A apresentação teve lugar no Centro Cultural de Belém, que será a "casa" da presidência portuguesa no primeiro semestre de 2021. Um regresso às origens, uma vez que o CCB foi concebido precisamente para acolher a presidência portuguesa do Conselho da UE, em 1992. Portugal assume a liderança do "velho continente" pela quarta vez desde que se juntou à família europeia, em 1986. A última vez que a presidência da UE esteve em mãos portuguesas foi no segundo semestre de 2007, José Sócrates era então o primeiro-ministro português.

O novo serviço da empresa simplifica o processo da preparação e elaboração de orçamentos, e ao mesmo tempo evita deslocações desnecessárias dos clientes às instalações físicas. A Reta – Serviços Técnicos e Rent-a-Cargo, S.A., empresa especialista empresa especialista em serviços de Manutenção e Reparação multimarca, de Camiões, Semirreboques e Autocarros pertencente ao Grupo Luís Simões, anuncia a disponibilização do novo serviço de Orçamentação Online. Fiel ao seu lema “Reta, antecipamos soluções”, a empresa continua a trabalhar para acrescentar valor aos seus clientes. Nesta linha, a Reta reforça a sua posição no mercado como “one stop shop”, disponibilizando num único local tudo aquilo de que os clientes podem necessitar, adaptando-se às suas exigências. O novo serviço online permite à empresa manter-se próxima dos clientes e demonstrar a sua capacidade de adaptação às novas circunstâncias, simplificando e facilitando as reparações necessárias das suas viaturas.

O Museu de Fotografia da Madeira Atelier Vicente’s, o único do país dedicado à fotografia, foi distinguido com o Prémio Museu do Ano 2020, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), anunciou esta organização, em Lisboa. O galardão foi anunciado durante uma cerimónia realizada, este ano, ‘online’, pela associação, devido aos constrangimentos da pandemia, para apresentar o palmarés com 32 prémios relativos ao ano anterior, atribuídos a museus, projetos, boas práticas, profissionais e diversas atividades desenvolvidas no setor, em todo o país. A edição deste ano dos prémios da APOM distinguiram também a museóloga moçambicana Alda Costa e o arqueólogo Cláudio Torres, como personalidades na área da museologia. Depois de cinco anos encerrado para trabalhos de requalificação, no valor de 1,7 milhões de euros, o Museu de Fotografia da Madeira — Atelier Vicente’s, reabriu em julho do ano passado. O espaço museológico foi fundado em 1863, por Vicente Gomes da Silva, e manteve-se ativo até 1978, ano em que o edifício, no centro do Funchal, e o espólio, com mais de 1,5 milhões de negativos, foram adquiridos pelo Governo Regional da Madeira.

NORTESHOPPING

O robô Pepper já chegou ao NorteShopping para uma experiência de compra mais emocional Instalado no Piso 0 junto ao Balcão de Informações Já chegou ao NorteShopping o robô Pepper, uma iniciativa inovadora da Sonae Sierra, que vai proporcionar aos visitantes uma experiência única e memorável. O Pepper é um robô humanoide simpático e interativo, que vai ajudar os clientes na sua visita ao NorteShopping. Está localizado junto ao Balcão de Informações, no Piso 0, para dar as boas vindas, ajudar a localizar uma loja, encontrar serviços do Centro como a localização do fraldário, mas não só!


FOTO: ERNESTO FONSECA

BREVES BREVES

SABORES

Bolo-rei de Alvarinho

já está à venda e é irresistível! Vila Nova de Gaia, a 16 euros o quilo, sendo possível fazer entregas mediante consulta e encomenda prévia. O Bolo-rei de Alvarinho é feito com a massa tradicional, sendo acrescentada a amêndoa, a parte de cima leva um crumble e a decoração que o assina: um cacho de uvas feito de pasta cigarrete. O recheio central é uma verdadeira explosão de aromas e sabores, já que tem uma geleia de Alvarinho, obtida a partir do vinho Muros de Melgaço, envolvida por uma mousse de chocolate branco Ivoire, da Valrhona, “uma das marcas mais caras do mundo”, explica António Barbosa, chef pasteleiro d’A Colonial e braço direito de Francisco. Foi um processo desafiante que, confessam “superou as expectativas”. Esta foi a primeira vez que uma casta portuguesa, rainha no norte e embaixadora no mundo, foi usada, e isso enche toda a equipa de orgulho. O bolo-rei não pode faltar nas mesas portuguesas. E o mais inovador e criativo de todos vem, desde há quinze anos, da pastelaria A Colonial, que inventa um bolo-rei sempre diferente a cada ano e sempre com diferentes sabores, o primeiro foi de rosas, também já houve de laranja e chocolate, de cenoura, de abóbora e nozes, de dióspiro, de caramelo salgado, entre outros. Certo é que cada nova e limitada edição, é sempre aguardada com entusiasmo, gerando as inevitáveis filas, de tão desejado.

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A Colonial é, há mais de 100 anos, uma referência em Barcelos. A chegada de Francisco Gomes, reconhecido Chef Pasteleiro, veio trazer mais sabor, cor, delicadeza, requinte e muito amor a cada uma das doces criações. O objetivo é sempre surpreender os sentidos, com recurso à nobreza desta arte e a matérias-primas de elevada qualidade. Há quinze anos, Francisco Gomes e a sua equipa decidiram inovar e criar um bolo-rei irreverente, selecionando um sabor especial para cada edição. Este ano, a vida ganha nova expressão e há que a celebrar, então, nada melhor que aliar um embaixador à altura: o vinho Alvarinho, também ele, rei dos brindes e da partilha. Muros de Melgaço 2019, era a escolha perfeita e Anselmo Mendes, produtor e enólogo, não hesitou, aceitou o desafio... e adorou o resultado! Imagine como seria fantástico juntar ao mais delicioso bolo-rei todas as sensações do vinho Alvarinho, numa fusão perfeita de cor, aroma e sabor? Este ano vai ser possível! O chef pasteleiro, Francisco Gomes, e a equipa d’A Colonial, escolheram o melhor dos Alvarinhos, Muros de Melgaço, e deitaram “mãos à massa” e à criatividade. O resultado é o Bolo-rei de Alvarinho, edição limitada, que já está disponível na reconhecida confeitaria A Colonial, em Barcelos, e no Club del Gourmet El Corte Inglés de


» INOVAÇÃO & TECNOLOGIA OPINIÃO DE LINO SANTOS, COORDENADOR DO CENTRO NACIONAL DE CIBERSEGURANÇA

A CIBERSEGURANÇA EM TEMPOS DE PANDEMIA Olhando para o contexto de pandemia em que nos encontramos, importa realçar, que estes momentos de crise são, tradicionalmente, explorados por atores hostis do ciberespaço para sustentarem as suas campanhas de ciberataques no alarmismo social e na atenção mediática global sobre o tema.

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PERFIL

LINO SANTOS

COORDENADOR DO CENTRO NACIONAL DE CIBERSEGURANÇA

PONTOS DE VISTA

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este sentido, a atual pandemia associada à propagação da COVID-19 não tem sido exceção, tendo o mesmo sido selecionado por um número elevado de agentes de ciberameaça como oportunidade para as suas campanhas de ciberataques. Adicionalmente, verificamos que a acelerada transição de muitas rotinas para o meio digital, decorrente do confinamento a que fomos forçados, gerou todo um conjunto de ataques visando ou utilizando a imagem de novos setores de atividade como o streaming on-line ou o transporte de encomendas. Salientando o facto de as empresas serem um importante elo no desenvolvimento económico e social, a crescente dependência da tecnologia e do ciberespaço para o seu funcionamento torna-as, também, mais expostas a ameaças e agentes maliciosos, tanto externos como internos. Neste sentido, o CNCS advoga que a proteção das empresas deve seguir uma abordagem holística, presente no plano estratégico da organização e que compreenda as pessoas, os processos e a tecnologia. Recorde-se que a inexistência de uma cultura de cibersegurança numa organização é muitas vezes a maior fragilidade, criando o ponto de entrada para agentes de ameaça. Por isto mesmo, as empresas devem adotar políticas vocacionadas na sensibilização e formação contínua dos seus recursos humanos, no que diz respeito à utilização segura de equipamentos e infraestruturas, bem como em relação aos comportamentos e atitudes no contexto digital, em especial quando confrontados com situações que possam representar uma ameaça ou um risco para a organização. Também devem ser criadas as bases necessárias para incluir instrumentos de avaliação de risco de cibersegurança nos seus processos de transição digital e, finalmente, devem adotar as melhores práticas nacionais e internacionais nesta matéria, também do ponto de vista tecnológico. Importa mencionar ainda que, tal como acontece no “mundo físico”, a capacidade humana tanto é capaz de desenvolver e inovar, como de tirar proveito das novas tecnologias para práticas ilícitas e criminais. Desta forma, uma empresa que pretenda melhorar a sua cibersegurança deve pensar em três linhas de ação: (1) apostar na sensibilização e formação dos seus colaboradores; (2) centrar a cibersegurança fora do IT

(informática) e numa lógica de risco de negócio; e (3) adotar um referencial normativo (eg. Quadro Nacional de Referência em Cibersegurança) e conduzir análises de risco periódicas. Do ponto de vista do utilizador, é sempre possível melhorar a segurança. Por exemplo, tendo passwords fortes e diferentes para cada plataforma; mantendo o software dos seus dispositivos atualizado; não clicando em links ou anexos suspeitos em emails ou SMS; não partilhando informação pessoal ou sensível nas redes sociais; entre outros aspetos. Quando falamos em plataformas de videoconferência, do ponto de vista da usabilidade são bastante práticas, no entanto, podem apresentar vulnerabilidades, como qualquer peça de software. A título de exemplo, devemos escolher aquelas que permitam a configuração de mecanismos de segurança: as que disponibilizam o uso de uma palavra-passe única e de uma autenticação para entrar numa reunião e não apenas um link; as que fornecem a opção de desfocar o fundo do enquadramento; ou as que permitam impedir a gravação da reunião por parte dos participantes. Para responder aos desafios ligados à cibersegurança, em matéria de oferta formativa, focada nos comportamentos e atitudes de recursos humanos, paralelamente àquela disponível no mercado, o CNCS também disponibiliza às empresas o Programa de Sensibilização e Treino com recursos formativos dirigidos aos seus colaboradores e ainda os MOOCs (Cursos Abertos Massivos Online) “Cidadão Ciberseguro”, “Cidadão Ciberinformado”, e o último lançamento, feito no dia 30 de novembro denominado “Consumidor Ciberseguro”. Ao longo deste período que vivemos, o CNCS desenvolveu também várias campanhas de divulgação nas nossas plataformas (site e redes sociais), precisamente com o objetivo de alertar para as recomendações necessárias tendo em conta o contexto da Covid 19, bem como os perigos eminentes durante esta fase em que o teletrabalho se tornou uma prática adotada, e por conseguinte, denota-se uma maior exposição online dos colaboradores e das empresas. Estas campanhas podem ser consultadas em: https://www.cncs.gov.pt/recursos/ boas-praticas/ . Adicionalmente, no Twitter do CNCS poderá consultar alertas relativos às campanhas de phishing em curso. ▪



» INOVAÇÃO & TECNOLOGIA POR DIREÇÃO DA LES ROCHES

LES ROCHES CRIA CENTROS DE INOVAÇÃO COM O OBJETIVO DE DESENVOLVER O SETOR DA HOTELARIA EM AMBIENTE DIGITAL

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A Les Roches, instituição de ensino líder em Hospitality Management e Turismo de Luxo, acaba de lançar os seus Centros de Inovação, primeiro no campus de Crans Montana, Suíça em outubro e mais recentemente o “SPARK” Innovation Sphere by Les Roches no campus de Marbella. Com base numa ideia que vinha a ser desenvolvida há já algum tempo, mas que a situação pandémica acabou por acelerar, estes Innovation Hubs Les Roches são, ao mesmo tempo, centros multidisciplinares, rede e plataforma web colaborativa e um passo para acelerar o futuro e a digitalização num setor com inúmeros desafios. Uma aposta disruptiva e sem precedentes numa instituição de ensino global que prima pela excelência na formação em hotelaria e turismo.

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stes Centros de Inovação recém-criados, integram já os primeiros projetos de incubação e abraçam a experiência digital de vanguarda através da presença de empresas de tecnologia reconhecidas mundialmente em áreas como Inteligência Artificial, Realidade Virtual, Robótica, Blockchain, Aplicações Web ou Internet of Things. O Innovation Hub da Les Roches em Crans-Montana, está aberto a start-ups e também a grandes marcas internacionais. As principais atividades incluem um centro de desafios (consultoria & diagnóstico), um centro de desenvolvimento, coaching de start-up’s e incubação, um centro de testes e eventos. No apoio transversal a estas atividades, um grupo de empresas digitais, os digital shapers, irá prestar assessoria aos projetos orientados pelo Hub. Este know-how cobre seis vértices tecnológicos como imagens de alta definição, E-Commerce e aplicações Web, realidade Virtual e realidade Aumentada, Robótica e impressão 3D, soluções plug & play Blockchain através de em-


de empresas, formada por professores e especialistas que ajudam os novos empreendedores a concretizarem as suas ideias tecnológicas nos setores da hotelaria e do turismo (Incubate) e novos módulos de ensino que visam adquirir os conhecimentos essenciais para competir com garantias de sucesso (Inspire & Ignite). O “SPARK” conta com o apoio e colaboração da Câmara Municipal de Marbella e de oito empresas de tecnologia ligadas a hotéis, robótica, automação, controlo de espaços, materiais, automação residencial inteligente, segurança inteligente, mobiliário, experiência do cliente, gastronomia e soluções de turismo de vanguarda, como a Macco Robotics, Enkoa, Miralay ou Assa Abloy. Todas estas empresas com o lançamento de diferentes projetos na sua área de negócio com o objetivo de envolver toda a comunidade

67 DEZEMBRO 2020

presas como a Spektrum (Canadá), Simprosoft (Polónia) ou Brunata (Alemanha). Pablo J. Garcia, Diretor do Innovation Hub, revela que: «com estes parceiros os projetos em incubação e os nossos alunos podem beneficiar de um conhecimento valioso e também da experiência empresarial deste grupo de empresas.” O “SPARK” Innovation Sphere by Les Roches de Marbella por sua vez, pretende criar um ambiente de inovação aberto no qual vai ser possível co-criar, testar e desenvolver soluções que irão melhorar o futuro da hotelaria em um ambiente de tecnologia experiencial (Inspire). Haverá também um espaço de exposição para marcas, empresas e fornecedores para partilharem tendências de mercado e avaliação do impacto da tecnologia e inovação no desenvolvimento de negócios (Ignite); uma incubadora

Les Roches no seu desenvolvimento e crescimento. A este respeito, Carlos Díez de la Lastra, Diretor-Geral da Les Roches Marbella confirma que estamos “perante um dos períodos mais emocionantes da formação especializada em hotelaria. A formação e a profissionalização são já a chave que dá a vantagem na nova e dinâmica realidade do setor, e isso garante que preparemos futuros líderes que saibam pensar fora da caixa e tenham o controle da tecnologia, para fazer uma diferença real”. O “SPARK” Innovation Sphere by Les Roches conta já com 12 propostas inovadoras, 11 delas em fase de pré-incubação, uma que já se encontra em fase de incubação e em pleno desenvolvimento. O Innovation Hub da Les Roches, Suiça vai receber até dez projetos de inovação e dez projetos de incubação de start-up’s por ano. Para os alunos, estes centros de inovação representam uma oportunidade única de fazer parte de um ecossistema de inovação, bidirecional e alimentado pelo talento dos próprios alunos, profissionais, professores e empresas que desenham o futuro da hotelaria e do turismo. ▪


» INOVAÇÃO & TECNOLOGIA

OPINIÃO DE MIGUEL BROWN, BUSINESS DEVELOPMENT DIRECTOR, EMEACIPHER, A PROSEGUR COMPANY E DE SÉRGIO ALVES CTO, EMEA CIPHER, A PROSEGUR COMPANY

CIBERSEGURANÇA

PONTOS DE VISTA

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PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

A

s circunstâncias extraordinárias que estamos a viver actualmente, colocaram uma pressão repentina sobre a componente digital e da sua importância no dia a dia dos cidadãos e das empresas. O teletrabalho, a crescente necessidade de mobilidade e a multiplicidade de arquitecturas e soluções existentes para atender essas mesmas necessidades leva a uma variedade de cenários de ataque e defesa elevadíssima. Hoje em dia não é tanto o “se” mas sim o “quando” é que um ciberataque irá acontecer, e, daí vem que transversalmente a qualquer arquitectura ou solução, a Ciber-Resiliência estabelece-se como o novo paradigma. O crescente do número de ataques cibernéticos

– como ransomware, fuga e publicação de dados confidenciais - mostra que é imperativo haver uma mudança na abordagem, como a segurança digital é implementada nas organizações, porque não bastam apenas as novas tecnologias para enfrentar os desafios. É necessária uma combinação harmoniosa entre tecnologias, processos de monitorização contínua, face às ameaças externas e internas, e a capacidade de responder e gerir os quase inevitáveis ataques. As Pequenas e Médias Empresas (PME) estão muito expostas, não apenas por terem as mesmas necessidades das grandes empresas, mas principalmente pela falta de recursos especializados para lidar com segurança digital. A variedade de tecnologias que as PMEs muitas vezes possuem, aliada à falta de tempo e recursos, faz com que existam sistemas

descontinuados, dispositivos sem as últimas actualizações de segurança, más práticas na gestão dos privilégios e na identificação dos utilizadores, entre outros cenários que irão afectar a segurança da sua informação e causar danos reputacionais muitas vezes irrecuperáveis. Atualmente, o mercado de Gestão de Segurança da Informação, conhecido como Managed Security Services (MSS) é baseado na gestão e operacionalização de ferramentas de segurança, onde equipas locais ou remotas gerem as plataformas de segurança da organização. Esta gestão baseia-se num processo de ‘acção - reacção’ pouco eficiente e eficaz, geralmente lento e baseado em prioridades e tempos de resposta definidos pelas próprias organizações. No entanto, começa a surgir uma tendência para


que essas equipas passem a trabalhar, não numa perspectiva baseada em ferramentas, mas numa perspectiva baseada em capacidades. Esta mudança de paradigma tem a designação de MDR (Managed Detection and Response). O MDR não trata de terceirizar a gestão dos sistemas de cibersegurança – por exemplo dos Firewalls, SIEM’s, NAC, Anti-vírus, entre outros - mas sim de encontrar, gerir e tratar dos 10% de problemas que são ignorados pela segurança tradicional de uma forma preemptiva. Isso significa, entre outros, alterar o modo como as ferramentas recolhem e processam os dados para responder de forma pronta e eficaz aos eventos de segurança. Com esta abordagem, é possível diminuir drasticamente o tempo de detecção e resposta de um evento de segurança, sendo que o mercado aponta para um tempo médio de 200 dias no caso do MSS e de algumas horas no caso do MDR. Sendo o MDR uma solução de Operações de Cibersegurança (SecOps) focada na operacionalização de resposta a incidentes e/ou detecção de intrusões, o seu objectivo é monitorizar a infraestrutura tecnológica dando a devida resposta aos incidentes de segurança, assegurando assim a confidencialidade, disponibilidade e integridade dos dados e a não-violação dos perímetros de segurança. Sublinha-se que a solução de MDR a adoptar não deve focar-se apenas numa tecnologia (por exemplo, a protecção de endpoints) mas deve seguir uma abordagem holística e contínua, assente num processo simples, mas rigoroso de gestão de eventos e incidentes de segurança. O MDR não só necessita de uma stack tecnológica adequada, mas também de uma capacidade pró-activa de ciber inteligência para precaver possíveis ameaças e enriquecer/alimentar os mecanismos de reacção contra as mesmas. Tal capacidade é construída com base em informação concreta referente às técnicas, tácticas e procedimentos utilizados por atacantes ou grupos de atacantes activos na Internet. A ciber inteligência permite efectuar uma análise pró-activa e uma correlação automatizada entre ameaças externas e internas de forma a antecipar possíveis ataques, alargando a superfície de detecção e a diminuição do tempo de reacção a novos vectores de ataque. Soluções MDR como a aqui brevemente descrita, tornam efectivamente as organizações mais resilientes à crescente tendência de ciberataques nesta nova economia digital. A 27 de Novembro de 2020, foi publicada no Jornal Expresso a notícia que a rede de restaurantes Portugália foi alvo de um ataque informático, montado a partir do Gana, tendo sido roubados 2,5 milhões de euros de uma conta bancária do grupo. Este é um exemplo onde se percebe facilmente que uma solução de MDR teria possivelmente prevenido e certamente minimizado o impacto do ataque informático realizado a essa organização. Com soluções tendencialmente mais eficientes em termos de custo, portanto mais baratas, poder-se-ia justificar que um pequeno investimento em cibersegurança teria sido benéfico para esta organização (e muitas outras). ▪ Caso queiram colocar alguma questão, mbrown@cipher.com

Este texto foi escrito de acordo com o antigo acordo ortográfico.




» DESAFIOS À COVID-19

CASTELO MELHOR

E A RIQUEZA DA SUA HISTÓRIA Marcadamente rural, a Freguesia de Castelo Melhor situa-se no concelho de Vila Nova de Foz Côa e é dona de um património único e invejável, algo que não deixa ninguém indiferente. José Paulo, Presidente da Junta, em conversa com a Revista Pontos de Vista, confidenciou o sentimento de nostalgia por ser o seu último mandato.

JOSÉ PAULO

N PONTOS DE VISTA

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o interior de Portugal podemos encontrar as mais encantadoras aldeias e que, também elas dão nome ao país pelas suas riquezas escondidas. Situada numa zona de grande beleza natural está Castelo Melhor, uma Freguesia que pertence ao concelho de Vila Nova de Foz Côa e que apresenta um sem fim de tradições, típicas ruas de casario, paz de espírito e a tranquilidade que dificilmente se encontra. Em Castelo Melhor habitam aproximadamente 80 pessoas e já quase não existe juventude, contudo existe uma história rica por contar. Todos os anos milhares de visitantes que por ali passam, não escondem a surpresa que é poder visitar nos dias de hoje aquela que foi, num passado longínquo, uma vila medieval. Castelo Melhor evidencia um património incomparável de gravuras rupestres, de grande interesse e importância, nomeadamente nos núcleos da Broeira, da Fonte Frieira, de Meijapão, de Penascosa, do Vale dos Namorados, da Canada da Moreira e da Canada do Amendoal. A região apresenta vestígios de ocupação humana destes tempos remotos, tanto nas gravuras rupestres como nas mostras de gentes da Idade do Cobre ou do Bronze, após o período de ocupação Romana. Suevos, Visigodos e Mouros também terão deixado a sua marca nesta região. Além destas características serem alvo de grande atração turística, não nos podemos esquecer das quintas com uma imensidão de vinhas,

oliveiras e amendoeiras - e que, à data, são o cenário fotográfico de tantos portugueses (e não só), que anseiam retratar esta paisagem. Podem-se visitar ainda monumentos como a Igreja Matriz, a Capela de Santa Bárbara ou o Miradouro de Arcanjo de São Gabriel – cuja vista é impagável. Quem nos confirmou todos estes detalhes tão especiais foi José Paulo, Presidente da Junta que, apesar de estar já no seu último mandato não esconde o apego e o afeto que nutre por aquela que é – e para sempre – a sua casa. Algo que não poderia deixar por fazer aquando do fim do seu mandato, sendo este um dos seus mais recentes projetos, é a iluminação do Arcanjo São Gabriel. Com dois focos à frente e dois atrás, esta iniciativa irá passar a ser produzida por painéis solares e - apesar de dispendiosa – é de tamanha relevância, uma vez que irá proporcionar aos turistas e até mesmo aos habitantes uma melhor perceção daquela que é uma das Igrejas mais bonitas de Castelo Melhor. Para o efeito, e para que nada falte, o Presidente José Paulo adquiriu ainda baterias como reserva de eletricidade. ESPERANÇA, UNIÃO E DEDICAÇÃO Tal como a nível nacional, também Castelo Melhor, teve de reforçar adequadamente as suas estruturas para combater a pandemia que assoberbou o mundo inteiro. A primeira e mais significativa preocupação

de José Paulo foi a sua população, população essa maioritariamente idosa. Todos os cuidados especiais e todas as suas medidas excecionais foram ao encontro do bem estar e segurança daqueles que mais necessitavam. Assim, e a um passo de 2021, o Presidente irá continuar a dedicar a sua atenção a este segmento. É com um sentimento de tristeza, mas também de dever cumprido que nos confessa aquela que é, de momento, a sua maior apreensão. “Tenho pena de o meu mandato estar a terminar, de ter de deixar a família que construí na Junta de Freguesia de Castelo Melhor. Espero que a pessoa que me venha substituir faça melhor do que e que estime sobretudo os idosos. Gostava, muito sinceramente, que tratasse esta população tão bem ou melhor do que eu”. Também no próximo ano tenciona providenciar à Capela de Santa Bárbara a mesma iluminação com painéis solares. Um projeto cujo objetivo se centra, de igual forma, na melhor visualização da mesma. É com a expectativa positiva que José Paulo deixa uma mensagem especial nesta época festiva, a todos os fregueses que, desde o início o acompanharam ao longo do seu percurso. “Quero desejar um Feliz Natal a todos os que comigo caminharam e continuam a caminhar em direção a um futuro melhor, com mais qualidade e maior esperança. Ambiciono ainda que os habitantes de Castelo Melhor e Orgal tenham um excelente 2021. Tudo farei para estar presente”. ▪






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