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PONTOS DE VISTA SEGUROS DE CRÉDITO

em vendas sabe bem a diferença entre as duas realidades.

Queremos também realçar que os atuais custos com estas soluções são os mais reduzidos em termos históricos. Muitas vezes brincamos que os nossos seguros contribuem para o combate à inflação, face ao histórico de quebra de preços. No entanto podemos estar num patamar insustentável para o setor.

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Muitos afirmam que o Seguro de Crédito se apresenta como um produto financeiro três em um: Prevenção, Indemnização e Cobrança. Na sua perspetiva, por que motivos o Seguro de Crédito assenta nestas vertentes?

PG O Seguro de Crédito na nossa opinião é mais do que três em um. É correto que tenha funções de Prevenção, Indemnização e Cobrança, pois são as mais diretas, mas também pode e deve ter funções de Seleção e Financiamento. Todos percebemos que a apólice serve a empresa no sentido de analisar e vigiar os parceiros a crédito por forma a evitar dissabores e trocas a crédito potencialmente danosas, serve financeiramente o segurado aquando do pagamento da indemnização e trata-se de uma externalização de serviços aquando do processo de cobrança (seja ele amigável ou judicial). Todavia também deve ter um papel fundamental na seleção de novos clientes, pois desta forma o segurado poderá apostar antes da abordagem comercial nos alvos que são considerados de menor risco e com maiores limites de crédito. O financiamento facilmente será conseguido quando temos uma apólice bem trabalhada e com elevados níveis de aceitação de risco.

Um seguro de crédito eficaz, tem como base um serviço que assente nestas cinco vertentes e permite à empresa externalizar áreas que não são o seu core business (deixando-a para especialistas) e poder focar os seus recursos e esforços no seu negócio, onde podem de facto potenciar todo o seu know-how.

Sem os seguros, as empresas estariam totalmente expostas a todo o tipo de riscos, pelo que a sua sobrevivência estaria permanentemente em causa. Contudo, quais diria que são os grandes desafios deste mercado em 2023?

O que urge estabelecer?

JR Um dos grandes desafios para 2023 e seguintes no mercado segurador português, será o reforço da capacidade de subscrição, acentuado por uma dificuldade crescente de ressegurar riscos.

A capacidade do mercado segurador português para segurar riscos complexos é muito diminuta. Outro desafio que o setor atravessa é o da captação de talento. Em riscos de elevada tecnicidade existe escassez de quadros.

Na área especifica do seguro de crédito, a inflação coloca um problema no montante dos plafonds, visto que algumas empresas, apesar de venderem as mesmas quantidades, estão a vender a preços mais altos, significa isto que estão a ter mais risco em cada cliente, a menos que a seguradora consiga ir acompanhando esta pressão dos preços, o que nem sempre é fácil.

Na corretagem, o grande desafio é a capacidade de antecipação de potenciais riscos que possam colocar em causa o negócio dos nossos clientes, e ajudá-los a tomarem as melhores decisões.

Como tal, o papel do corretor cada vez mais se posiciona na consultoria, gestão do risco e agregação de coberturas. A venda do seguro é uma consequência deste posicionamento.

Em minha opinião, a pedra basilar, para o setor dar o passo seguinte, deve ser uma aposta muito forte na literacia financeira da nossa sociedade. As seguradoras, a corretagem e as Universidades de forma muito articulada podem e devem fazer a diferença.

Este setor, em Portugal, além da tradição, goza de uma reputação sólida. Em situação de insegurança do sistema financeiro, acredita que se realça, ainda mais, a importância dos seguros de crédito?

PG As seguradoras são obviamente um porto seguro em termos de segurança financeira. O nosso setor e a respetiva autoridade de supervisão, com muito maior descrição que outros, consegue fazer cumprir as regras e obrigações de forma que não existam os problemas que vimos ocorrer na Banca. Acreditamos que por razões históricas o ADN dos seguros tem caraterísticas muito próprias para lidar com situações de potencial risco.

A Universalis contribui diariamente para esta realidade através do nível de serviço que presta. O esclarecimento, acompanhamento e correta construção das soluções para os nossos clientes traduzem-se num elevado nível de consciência daquilo que contrataram e quais os riscos cobertos. A consciencialização e ética na construção das soluções que intermediamos entre segurados e seguradoras é fundamental para manter a reputação e a importância do nosso setor, e disso nunca abdicaremos.

Posto isto, quão legítimo é afirmar que as Corretoras de Seguros representam um dos maiores investidores institucionais do mercado financeiro, contribuindo de forma fundamental para a economia?

PG As Corretoras de Seguros têm a obrigação de prestar esse contributo. Na Universalis procuramos manter em todas as nossas ações e em particular nas ligadas aos seguros de crédito e caução uma postura de construção de soluções e aconselhamento técnico ao mercado que permita combater a incerteza e o risco a que as empresas estão expostas financeiramente. As soluções que construímos e que aconselhamos visam uma defesa dos nossos clientes, aumentando a sua estabilidade e certeza financeira. Havendo este trabalho e esta postura de forma generalizada por parte das corretoras estaremos no bem caminho para termos uma economia mais estável e protegida para as intem- péries económico-financeiras. No entanto, é fundamental que as empresas percebam que a aposta nestas soluções securitárias são investimentos e não custos sem retorno. As empresas terão de dar o salto em relação aos seguros e olharem para os mesmos como as ferramentas de gestão do risco que são e não como um mal necessário. A negatividade com que algumas empresas olham para os seguros, não lhes permite analisar corretamente e optar pela solução mais adequada ao seu perfil e consequentemente mais protetora do seu futuro. Diria que algumas empresas tratam o seguro como se de um imposto se tratasse. ▪

Sabemos que, nesta área de negócio, a UNIVERSALIS ambiciona a liderança, sem abdicar do seu ADN. Assim, de que forma a empresa irá vincular ainda mais a sua presença junto do tecido empresarial nacional a curto e médio prazo? Que novidades podemos esperar?

JR A curto prazo queremos continuar a reforçar o nosso departamento de crédito, recrutando os melhores, pelo que ambicionamos continuar a recrutar nos próximos anos.

A curto e médio prazo além do crescimento orgânico, queremos continuar o crescimento por via de aquisições, trazendo para a Universalis o melhor que existe no mercado.

A qualidade e capacidade técnica na construção das soluções, aliada a um serviço de elevadíssima qualidade, proximidade e rapidez de resposta é o nosso melhor cartão de visita e o garante da satisfação dos clientes. Muitas vezes funcionamos como se fossemos um médico de família, as empresas contam-nos a suas dores, como se relacionam no mercado e a nós cabe-nos se tivermos dúvidas, pedir mais uns exames e diagnosticar bem e receitar o medicamento adequado. Cada empresa é única e como tal, privilegiamos o serviço personalizado, que se vai manter porque é o nosso ADN.

A nossa procura constante pela obtenção do conhecimento dos mercados e suas tendências, permitem-nos realizar diagnósticos atempados, e atuar muitas vezes como agentes de prevenção.

Não sendo uma novidade, podemos prometer ao mercado constância no que fazemos, quer no serviço ao cliente, no crescimento do volume de negócios e na rentabilidade.

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