DESDE 1999
ano XIV nº 160 julho 2013
ÍNDICE Link Comunicação (PE)
CAPA revista de comunicação e marketing NE
RECIFE•SALVADOR•FORTALEZA•NATAL JOÃO PESSOA•MACEIÓ•TERESINA ARACAJU•SÃO LUÍS • SÃO PAULO
Apesar das dificuldades, nunca foi tão fácil empreender. 18
A Revista PRONEWS é uma publicação mensal de Walter Lins Pinheiro Junior Editora - ME Empresarial Tacaruna - Av. Governador Agamenon Magalhães, 3341, Sls. 205/206. Torreão. CEP: 50.070-160. Fones: (81) 3426.6144 / 3034.6144 :: EDITOR Walter Lins Jr. walter@revistapronews.com.br :: REDAÇÃO Luciana Torreão - subeditora, Ivelise Buarque e Matheus Torreão redacao@revistapronews.com.br :: COLABORADORES Joelli Azevedo e Marina Barbosa
NA ROTA DO MÍDIA
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Com 17 anos de estrada, Tatiana Passos passou três anos na House Propaganda, que em 1999 ez um acordo operacional com a Link Comunicação, onde está até hoje como gerente de Mídia. 6
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Sr. Pé prestes a completar 14 anos expandindo os negócios para Paraíba e Alagoas. 24
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GIRO 8 FICHA TÉCNICA 10 E 31 GIRO BRASIL 14 DE OLHO NA CAMPANHA 26 NA WEB 29 CLICK 37 EU RECOMENDO 38
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NA ROTA DO MÍDIA
Luciana Torreão |
OS VÁRIOS “BRASIS” DE UMA BAIANA APAIXONADA PELO MAR Tatiana Passos. Ou, simplesmente, Tati – para os íntimos. Assim gosta de ser chamada essa baiana que já passou por vários “Brasis” até aportar em terra firme na capital pernambucana, onde vive hoje, como gerente de Mídia da Link Comunicação (PE). Da Bahia, ela conta que foi transferida para o lago Paranoá (Brasília-DF) e depois para Recife, cujo prazer maior foi ter voltado a estar próxima ao que ela chama de “uma das maiores, se não a maior e mais bela maravilha do mundo: o mar”. “Umas das coisas que mais me fizeram falta, nos quase quatro anos que estive em Brasília”, ressalta. Com 17 anos de estrada na mídia, ela passou três anos na House Propaganda, que em 1999 fez um acordo operacional com a Link Comunicação, onde está até hoje. E ela não deixa de reafirmar: “a mídia sempre foi e sempre será meu foco”. Como mídia, ela se realiza como pessoa e como profissional. “Aprender, ainda em Salvador, a lidar com as exigências do mercado nacional, atendendo à primeira conta de Governo Federal na Link, foi e continua sendo uma grande e bela experiência. Parte desse crescimento profissional e pessoal, devo a meu atual e eterno diretor de mídia, Humberto Montemurro”. Em Brasília ela diz que aprendeu a lidar com os diversos mercados do nosso imenso Brasil. “Atendemos contas como Correios, Ministérios dos Transportes e Educação, que nos proporcionou conhecer cada pedacinho do Brasil, com suas especialidades, diferenças, particularidades e formas de trabalhar. Além de entender e aprender que verba pública deve ser trabalhada com negociação para se ter, no mínimo, viabilidade de comunicação, podendo assim trabalhar os diversos meios, segmentos e mercados de atuação de cada cliente”. Tati diz ser apaixonada pela natureza, pelos animais, e pelo jeito nordestino de ser: franco, aberto, amigo, sincero, despojado e “entrão”. Encantada pela publicidade e pela mídia, ela admira a criatividade dos profissionais da área de mídia, que estão cada vez mais próximos das decisões e não somente, tão somente, da decisão das verbas destinadas a cada meio/veículo. Ao tocarmos com ela, no assunto gastronomia, a baiana é bem enfática: “A gastronomia do Recife é uma das coisas 06
que mais amo nessa cidade. Costumo falar que meu acréscimo de peso, depois que cheguei ao Recife tem nome, endereço e telefone: o Bar da Mira e Edmilson o baiano são duas das minhas preferências. Adoro cozinhar, tomando uma cerveja bem gelada”. Como é de praxe, sempre indagamos sobre os sonhos de cada entrevistado e Tatiana Passos responde: “levar seu marido para conhecer o Rio de Janeiro como se deve”. Além de levar seu filho Miguel para realizar o seu sonho de viagem: África do Sul e seus encantos. E entre ter razão e ser feliz, Tati diz que prefere ser feliz. “Mas sem perder a razão, claro”, brinca. E, por falar, em razão, confira a seguir o bate papo que tivemos com ela. RPN – O uso de pesquisas para argumentação de planos de mídia são fundamentais. Como é feito este procedimento na Link? Quais são as principais pesquisas utilizadas e que tipo de enfoque é dado? TATIANA PASSOS – A Link investe hoje em torno de 500 a 600 mil em pesquisas de mídia. A pesquisa nos norteia. Contamos hoje com pesquisa de televisão, rádio, internet, jornal e revista, de todos os mercados trabalhados pelos principais institutos de pesquisa do Brasil: Ibope, Ipsos Marplan, IVC. Todos os planos de mídia desenvolvidos pelos escritórios da Link, contam com fundamento de pesquisa. RPN – Você acredita que volume de verba pode "inibir" a criatividade do mídia e da criação? TATIANA PASSOS – Seria loucura da minha parte se disser que não. Mas acredito muito numa defesa que o Marcus Frade fez em uma palestra da Globo Nordeste, junto com o Grupo de Mídia de Pernambuco aqui no Recife, há uns três meses mais ou menos: a decisão de criação/planejamento de uma determinada campanha, é tomada, também, pelo departamento de Mídia. O profissional de mídia tem condições de dar opções, mesmo antes do início da criação, que podem ser de grande importância para os criativos, tentando assim, viabilizar a campanha com formatos diferenciados, mas que podem ser trabalhados pela mídia sem que “engesse” o nosso planejamento.
RPN – Geralmente, nas agências, a decisão de pra onde e quanto vai ser investido em cada tipo de mídia já vem pronto do planejamento/criação. Como você vê esse processo? TATIANA PASSOS – Foi o que eu disse acima. Acredito que as reuniões de briefing das agencias precisam ser cada vez mais frequentes. Se a mídia e produção estiverem em reuniões com criação e planejamento, podemos, mesmo antes de serem criadas, dar opções de peças diferenciadas e que podem ser trabalhadas na mídia e produção de forma que não seja fora da realidade financeira do cliente. RPN – Você já atuou e atua em vários estados. Seria correto dizer que, em termos de comunicação, existem vários “Brasis”? O mercado/relacionamento/atuação/ criatividade é o mesmo em todos os estados? Que localidade acredita que se destaca mais? TATIANA PASSOS – Sim. Cada região tem sua forma e características de trabalhar. Suas especialidades, seus diferenciais. O nordestino tem um jeito malicioso de trabalhar a publicidade. Gosto da forma “informal” que tratamos a comunicação. São Paulo tem seu grande potencial por conta das grandes verbas nacionais, isso facilita muito. Mas como dissemos, o Brasil é de todos nós. Temos profissionais de todas as regiões, em todas as
regiões do País. Temos nordestinos no Sul e Sudeste e vice e versa. Temos o povo do Nordeste em “Sampa” e no Norte e no Sul e no Sudeste e no Mundo todo. Temos os Brasis misturados e o gostoso é justamente ver essa mistura. RPN – O que caracteriza um bom planejamento de mídia? TATIANA PASSOS – O bom planejamento de mídia estando bem embasado e de acordo do briefing do cliente, otimiza e rentabiliza o investimento em comunicação. Essa realidade atrelada e casada com a criatividade da mídia e da criação resulta, com certeza, num bom planejamento. RPN – Você atua muito junto a Governo. Quais as diferenças e vantagens e se trabalhar este segmento em relação a outros? TATIANA PASSOS – As diferenças e vantagens não são tão grandes assim. Em qualquer segmento e na comunicação governamental tem sido igual aos clientes da iniciativa privada, onde sempre estamos aptos a propor estratégias de comunicação dirigidas a segmentos específicos. Programa-se canais impressos e eletrônicos e os volumes de propaganda de acordo com o objetivo de cada briefing, pensando, sempre, na otimização e rentabilização da verba. Seja ela de segmento público ou privado. 07
GIRO A ARCOS NO PRÊMIO LUSOS O Brasil teve excelente desempenho no Prêmio Lusos, festival trimestral que reúne apenas trabalhos em língua portuguesa. Foram sete Grands Prix, sete ouros, 18 pratas e 20 bronzes, divididos por nove agências. A Arcos conquistou seu espaço neste seleto time, confirmando presença entre as mais criativas do país. Foram 3 bronzes para os clientes Folha de Pernambuco e Cruz Vermelha. A agência foi a única premiada do Nordeste. Peças vencedoras: Folha de Pernambuco, "Tintas": www.youtube.com/watch?v=N1OlTwGSq_c Cruz Vermelha, "#deexemplo": www.youtube.com/watch?v=vGywdKVU2ro INVICTO VAI ALÉM DO OUTDOOR Uma ideia diferente e inovadora está atraindo os olhares de quem circula pela ponte do Pina, um dos principais corredores do Recife. Trata-se de um projeto especial que a Rota Outdoor e Sim Print, empresas que integram o Grupo Rota Mídia produziram para anunciar o novo produto da linha de limpeza da Asa, o Invicto Líquido. A diretora de Marketing da Rota Mídia, Tatiana Guimarães, explica que para o projeto que teve a arte assinada pela Aporte Comunicação, além do outdoor lonado, a Rota adesivou todo o muro da fachada abaixo do painel, que compõe a propaganda, gerando, dessa forma, ainda mais impacto. AMPLA É AGÊNCIA DO ANO NO COLUNISTAS NORTE NORDESTE O Prêmio Colunistas Norte Nordeste divulgou nesta semana as agências vencedoras da edição 2013 nas categorias Marketing Promocional e Propaganda. A Ampla foi a agência mais premiada, conquistando cinco Grand Prix, sendo dois em Promo (Agência do Ano e Cliente de Promoção do Ano – Pitú), e três em Propaganda: Queiroz Filho, conquistou o Publicitário do Ano, Manuel Cavalcanti, o Profissional do Ano, e a Ampla, pelo conjunto da obra, o Desempenho Criativo do Ano. É a quarta vez consecutiva que a Ampla conquista o GP de Agência do Ano no Colunistas. ROTEIRO PRÁTICO SOBRE PLANO DE MARKETING GRATUITO O Quartel Digital está lançando um roteiro prático, em formato digital, gratuito, que ensina aos interessados a produzir um Plano de Marketing para sua empresa. O chamado Plano de Marketing é um documento que identifica as oportunidades que podem gerar bons resultados para a organização, mostrando como penetrar no mercado com sucesso para obter os objetivos desejados, adaptando-se a mudanças e identificando tendências. Para fazer o download do roteiro prático gratuito sobre como fazer um Plano de Marketing basta acessar o site: http://planodemarketing. quarteldigital.com.br.
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MENINOS DO BRASIL O Jornal do Commercio lança a campanha do documentário Meninos do Brasil, que começou a veicular este domingo nas versões impresso, internet, TV e rádio. O documentário resgata a história de 25 crianças que viviam nas ruas de Caruaru uma década atrás e mostra a trajetória de exclusão, violência, prisão e morte que alguns percorreram até os dias de hoje. Criadas pela agência pernambucana Ampla, as peças da campanha, anúncios e web banner para o Portal NE10 seguem a linha jornalística a partir das fotos das personagens enfocadas no documentário. RECORD BAHIA ANUNCIA MUDANÇA NA DIRETORIA Após 1 ano e 3 meses na direção da TV Record Bahia, o executivo Carlos Alves assumirá a TV Record Brasília e passa a gestão para o novo diretor da emissora, Fabio Tucilho. Com 18 anos no grupo da Rede Record, o administrador Fabio Tucilho tem 37 anos e algumas experiências destaques em sua carreira. Participou do início da Record News e da criação do portal R7. Atualmente Tucilho exercia o cargo de direção da TV Record Rio Grande do Sul. HAGUA VENCE DISPUTA Para as ações em Pernambuco da nova linha SOU, da Natura, a agência Hagua venceu a concorrência e será responsável pela sua realização. A disputa contou com a participação de agências locais e de São Paulo. As ações começam no início do segundo semestre.
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SUA VIDA MELHOR Com o conceito “Sua vida melhor”, a MV2 Comunicação lançou a campanha do Vitória Park Shopping, destacando a mudança que o empreendimento proporcionará à população de Vitória de Santo Antão e da região da Zona da Mata de Pernambuco. Além de assinar o redesign da marca e toda a campanha de divulgação, a agência elaborou um planejamento estratégico de comunicação que posicionou o shopping em fases distintas de ação. A ação é composta por spots, anúncios para jornal e revista, outdoor, outbus,
SEMANA DA AGRICULTURA Até poderia ser um filme comum de cartela, mas os criativos da Faz mais uma vez fizeram a diferença. A campanha criada para a Semana da Agricultura do Governo e o 2o. Salão da Agricultura fez do que seria um filme frio e informativo, um stop motion simpático com os principais itens produzidos pela agricultura familiar e de negócios no Estado. A Faz criou também todas as marcas dos eventos. Além do filme de 30 segundos, a campanha também conta com peças para redes sociais e todo material de apoio e divulgação dos eventos. Agência: Faz Comunicação (PB) Cliente: Semana da Agricultura do Governo Atendimento e planejamento: Allysson Teotonio Criação: Alexandre Feliciano e Thiago Mendes Direção de criação: Alexandre Feliciano Mídia: Viviane Xavier e Priscylla Gomide
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paineis fixos, painéis de estrada, broadside, impressos, ações de guerrilha e mídias sociais. Agência: MV2 Comunicação (PE) Cliente: Vitória Park Shopping Atendimento: Fernando Marrocos Planejamento: Elmo do Val e Renata Tavares Criação: Elmo do Val, Tiago Andrade, Leo Vasconcelos e Miguel Solano Direção de Criação: Leo Vasconcelos Produção: Alessandra Melo e Catarina Moro Mídia: Dedé Silva
FESTIVAL DE AREIA A aquarela que colore as ruas, mídias, olhos e ouvidos dos paraibanos convidando para a 14º edição do Festival de Areia, que acontece em agosto, foi criada pela Antares Comunicação tendo como mote a alma feminina na arte. Demanda da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba, o Festival tem como tema 'Paraíba Feminina de Cultura' e envolve na campanha de divulgação: TV, rádio, anúncios de jornais, outdoors, folders, cartazes e mídias digitais, todos com peças desenvolvidas pela agência. O processo de desenvolvimento da campanha envolveu os setores de Marketing Digital e de Criação da Antares, desde o fechamento do conceito, passando pela criação da marca, ilustração, até o layout e textos que compõem cada peça e as estratégias de divulgação nas redes sociais. Agência: Antares Comunicação (PB) Cliente: Festival de Areia Atendimento: Máximo Serpa Direção de Arte: Rubens Sousa Ilustração: Igor Tadeu Redação: Talles Lopes
SE BEBER, A CAPITAL LEVA Todos sabem que a combinação de álcool e direção nunca deu certo. Após ser sancionada a Lei que tornou ainda mais rígida a punição para motoristas que andam alcoolizados, os condutores ficaram mais atentos, tanto pelas penalizações previstas na Lei, quanto pelos riscos de acidentes cada vez mais evidenciados. Pensando nisso, a agência TagZag criou para a Capital Fiat, concessionária Fiat na Paraíba, uma ação para lembrar às pessoas que o ideal é se divertir com segurança. A ideia foi colocar um Fiat Ducato à disposição dos frequentadores dos principais bares da cidade, todas as quintas, sextas e sábados, oferecendo um serviço de
transfer gratuito para diferentes bairros. A ação tem como principal suporte de divulgação prévia as redes sociais da concessionária (Facebook, Twitter e Instagram). Já no local, promotoras distribuem, com muita diversão, materiais informativos contendo destinos e horários de partida, além de orientar e convidar o público a utilizar o serviço. Agência: TagZag (PB) Cliente: Capital Fiat Atendimento: Thayssa Moraes Direção de Criação: Yuri Pinangé Direção de Arte: Franklin Fernandes Redação: Rômulo Rodrigues Mídia: Renata Matos Aprovação: Igor Amorim
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Ivelise Buarque |
O POLO QUE IMPORTA No universo da globalização é chover no molhado dizer que o cenário digital mudou nossos conceitos e o mercado. Uma mudança que ainda promete muito, em especial em nosso país. Em dezembro na Conferência Brasil Canadá 3.0, em João Pessoa (PB), o Secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, Virgílio Augusto Fernandes Almeida, disse que “o Brasil é um país aberto para novas tecnologias e possui um mercado atrativo. Somos o terceiro mercado no comércio de computadores e o quarto mercado em venda de celulares”. E números recentes reforçam a perspectiva do mercado no Brasil, que hoje demostra um faturamento na ordem de R$ 2,2 bilhões em 2012 (saindo de R$ 1,47 bi), sem considerar o investimento. O número de agências digitais brasileiras chega agora a 3.094, contra 2.510 em 2011. Com isto, vemos o setor de comunicação digital crescer em média 10% ao ano, de acordo com os dados da 4ª edição do Censo das Agências Digitais, coletados junto a 742 empresas, pela Associação Brasileira das Agências Digitais – Abradi (entidade nacional, sem fins lucrativos, que defende os interesses das empresas desenvolvedoras de serviços digitais no Brasil). “A mídia digital e, consequentemente, a publicidade tiveram que adaptar seus modelos para estar presente nesses novos 'devices' – tablets, smartphones, TVs interativas – e na vida das pessoas. No Brasil, o fator “globalização” colaborou para a chegada dessas tecnologias, dos investimentos das próprias empresas como Google, Microsoft e outras, que mantém sedes no país e fazem investimentos no mercado
brasileiro, além da capacidade que nós temos de adotar as 'novidades'. No Brasil, o uso do Facebook, por exemplo, cresce mais de 170% ao ano. Além disso, vemos iniciativas como o Porto Digital, que tem o apoio do governo do Estado de Pernambuco, e serve de exemplo e pode impulsionar ainda mais o segmento no país”, diz o presidente da Abradi Nacional, Jonatas Abbott. Ele destaca que o segmento está se beneficiando das consequências da própria evolução da tecnologia e dos investimentos realizados por grandes empresas como Microsoft, Google, Apple e tantas outras que revolucionaram a forma das pessoas se comunicarem. O faturamento atual deste mercado representa um crescimento de 50% no que diz respeito à produção e prestação de serviços, em relação à 2011, de acordo com a Abradi que existe há quatro anos com o formato atual e que congrega empresas de todas as regiões do país e recentemente ganhou mais uma seccional com a fundação na Paraíba comandada por Alek Maracajá, empresário de Inovação Tecnológica CIO da Ativawebgroup e da Agencia Digital Cyoung. A instalação de seccionais regionais da associação no Nordeste é resultado não só do crescimento deste cenário no país como também da digitalização do empresariado, que passou a investir mais na profissionalização, inclusive. E atualmente a região já mantém representações da entidade em Pernambuco e na Bahia e, em breve, estará fundando outra também no Rio Grande do Norte numa luta em prol de atender as necessidades de quem atua neste mercado e também da aplicação de um formato de trabalho adequado.
Jonatas Abbott, presidente Abradi Nacional
Felipe Almeida, presidente Abradi-PE
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Abradi-PE e sua nova diretoria
A entidade é fruto de uma iniciativa que foi criada no Sul do país – a Agadi (Associação Gaúcha das Agências Digitais) – capitaneada, na época, por agências locais como AG2 Publicis Modem e w3Haus. “Tendo em vista que muitas outras regiões do país começaram a criar movimentos semelhantes e procuravam a Agadi em busca de orientação, surgiu a oportunidade de criar um movimento único capaz em torno de objetivos mais amplos que pudessem atender as necessidades do mercado, sem deixar de lado as discussões e questões regionais. Dessa forma, foi criada a Abradi Nacional, formada hoje por 13 regionais”, lembra Abbott. E, neste período de atividade, desenvolve já alguns projetos nacionais entre os quais estão o “Digital Speed Dating”, eventos periódicos de relacionamento; “A pesquisa de Cargos e Salários”, que está na terceira edição; e “O Censo das Agências Digitais Brasileiras”, que está na sua quarta edição. Mas a entidade ainda prepara-se para a realização do “Prêmio Pororoca”, que vai acontecer em setembro; e em breve, irá lançar um projeto em parceria com a Apex-Brasil. “A Abradi sempre manteve um relacionamento muito próximo com o Governo Federal, principalmente com a Secom. No que diz respeito ao relacionamento do Governo com o mercado digital, nossa função sempre foi de orientação e de auxílio na formatação de editais específicos para a contratação de serviços ou de projetos nessa área. Hoje, a associação está trabalhando num documento que será referência para a Secom e, talvez, para o mercado, sobre valores e formatos de contratação de serviços digitais. Esse direcionamento irá favorecer o Governo e as empresas que participarem as concorrências”, destaca Jonathas. A BOLHA QUE CRESCE - Os dados da quarta edição do seu Censo das Agências Digitais mostram inclusive que hoje há um número de agências superior no Nordeste ao Sul do país. Enquanto lá estão concentradas 515, já são observadas 549 agências em nossa região. Em Pernambuco, por exemplo, as principais empresas do estado já faturam R$ 90 milhões por ano, um mercado em ebulição segundo os representantes da entidade local, que hoje é composta por 17 empreendimen-
tos entre as quais estão Agência Iris, Cartello, Fishy, Handy, Casullo, Icorp, Safari, Webinterativa, Caju Agência Digital e Quarta Dimensão. “Pernambuco em especial tem um ecossistema propício. Existem o Porto Digital e o Cesar como iniciativas do governo. A Universidade Federal de Pernambuco é referência em TI. Além disso, vive um momento econômico favorável, devido ao crescimento acima da média nacional. Impulsionado por grandes complexos industriais como Porto de Suape, estaleiro, chegada de grandes indústrias, etc. Tudo isso beneficia o crescimento”, pontua o presidente da Abradi-PE, Felipe Almeida da 4Dimensão. O estado nordestino encarou o mesmo movimento do desenvolvimento da executiva da Abradi no país. A AETI – Associação de Empresas de Tecnologia de Internet, associação independente que existia desde 2005, aderiu ao modelo nacional da associação, alinhando-se ao movimento nacional, agora com nova diretoria. A proposta é renovar a gestão para promover o desenvolvimento local do mercado de internet, o aculturamento e a valorização do setor que ainda é o maior problema na região. “Agora iremos trabalhar para promover o desenvolvimento do mercado através da sua profissionalização e aculturamento; ajudar na formação e o aperfeiçoamento dos agentes digitais locais; congregar os segmentos que compõem o mercado e criar oportunidades para suas associadas; atuar junto aos poderes públicos em questões de interesse do mercado das associadas; a curto prazo, para esse mandato: realização de eventos, internos com intuito de capacitação dos associados e externos com intenção de valorização do mercado. Além de manter o engajamento e trabalhar na adesão de novos associados”, destaca Almeida, que reforça que este setor atualmente emprega cerca de 280 profissionais. O momento do país está favorecendo os investimentos, que advém de diversos fundos e de investimentos de anjos, propiciando o nascimento cada vez maior de startups. Afinal de contas, cada nova ideia tende a criar mais oportunidades e impulsionar o mercado digital brasileiro para o caminho da evolução. Mas, tudo isto só será bem sucedido com estruturação adequada desses novos empreendimentos.
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GIRO BRASIL FESTIVAL DO MINUTO ABRE ESPAÇO PARA MARCAS O Festival do Minuto convida realizadores, amadores e profissionais a exercitarem a capacidade de síntese e a linguagem audiovisual para produzirem vídeos de até 60 segundos. Criado em 1991, desde 2007 o Festival é online e permanente: recebe e exibe vídeos em seu portal (www.festivaldominuto.com.br), lança concursos com diferentes temas e premia os melhores vídeos mensalmente. O MinutoAd, nova proposta do Festival do Minuto, é um desafio. A empresa ou instituição patrocinadora do concurso desafia realizadores a criarem vídeos de até 1 minuto sobre uma ideia ligada à sua marca. Atualmente, é a Avon que convida o público a criar em cima do tema da violência doméstica. Inscrições pelo site www.minutoad.com.br.
tecnologias – como o sistema multimídia de última geração "My Link" –, além de ofertas inéditas e vantagens exclusivas – como incluir revisão e troca de óleo no financiamento. MATTE LEÃO RENOVA IDENTIDADE VISUAL Matte Leão está com nova identidade visual. Em julho, o mate pronto para beber e a granel chegou aos mercados de todo o país com traços e logotipo renovados pela Tátil Design. O sabor de Matte Leão continua o mesmo e os símbolos tradicionais da marca também foram preservados: o rosto do leão, o selo que remete a um sachê de chá e a cor laranja ocupam novas posições na embalagem, que agora traz imagens de folhas da erva mate e de frutas, como o limão, que reforçam a naturalidade e o sabor do produto. VINGANÇA DAS MULHERES A cerveja Crystal, do Grupo Petrópolis (fundado em 1994) e detentora também da marca Itaipava, aposta no público feminino em sua nova campanha, intitulada “Vingança”, criada pelaYoung & Rubicam. No novo filme da bebida, a agência utiliza linguagem bem-humorada no novo posicionamento da comunicação para mostrar a leveza e o prazer de se tomar uma Crystal entre amigas. Jovem curte longe do marido em bar onde rola toda diversão do mundo, incluindo a coisificação do homem como objeto por meio de show de striptease.
BOTICÁRIO REFORÇA A LIGAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS O Boticário estreou seu comercial em homenagem ao Dia dos Pais, criado pela AlmapBBDO. O filme “Pai não” é dirigido por Heitor Dhalia, da produtora Paranoid, conhecido por seus longas “À Deriva” e “O Cheiro do Ralo”. Lançado em duas versões de 30 e 60 segundos, a filmagem teve duração de dois dias, e ocorreu em uma casa na Chácara Flora, zona sul de São Paulo. Os personagens principais são um casal e a filha bebê. Uma das diárias foi dedicada apenas à gravação com a menina. A definição do casting deu trabalho à produtora porque o filme exigiu grande expressividade dos atores para transmitir toda a carga emocional exigida pelo roteiro. CHEVROLET LANÇA NOVA CAMPANHA DE VAREJO A Chevrolet apresenta sua mais nova campanha estrelada por Rodrigo Faro. "Descubra uma Nova Chevrolet" integra o novo posicionamento global da Chevrolet, o "Find New Roads", e destaca os últimos lançamentos da marca por meio de um diálogo direto com o consumidor. A campanha é assinada pela Salles Chemistri, agência da rede Publicis. A campanha interliga a engenhosidade dos novos carros, suas 14
PALMOLIVE AGREGA IMAGEM DE DIOGO NOGUEIRA EM CAMPANHA Diogo Nogueira deixa os palcos de lado e assume o papel de garoto propaganda em nova campanha da Palmolive Naturals, em lançamento de nova linha completa de produtos da marca líder de mercado em cuidados pessoais do país. Criada pela Red Fuse, envolve filme de 30” que se passa em show do músico, onde garota chama atenção pela beleza dos cabelos luminosos. Com a estratégia, a marca reforça sua presença na mídia, alinhando o produto à imagem de artista de alma brasileira, reconhecido e admirado pelas consumidoras.
TEACHER'S LANÇA NOVO PRODUTO NO NORDESTE Produto foi desenvolvido especialmente para a região com maior consumo de whisky no Brasil Tradição nas rodas de amigos e sempre presente nos principais momentos de vida dos seus consumidores, Teacher’s inova e desenvolve especialmente para o Brasil sua versão duplamente envelhecida: o Teacher’s Clan. Produzido na destilaria de Ardmore, na Escócia, e engarrafado na origem, Teacher’s Clan é duplamente envelhecido, marcante e com sabor sofisticado. Uma opção perfeita para quem já aprecia Teacher’s Highland Cream no seu dia-a-dia, mas busca um uísque especial para aqueles momentos inesquecíveis e compartilhados entre amigos próximos. O novo scotch será lançado em julho com exclusividade para o Nordeste, onde a marca é líder de mercado com participação de 41,4% (Nielsen, AM’13). “Teacher’s Clan é ideal para os amigos que, dentro dos seus rituais de encontros, não dispensam uma boa bebida e fazem questão de apreciar um produto que, assim como seu clã, seja especial e de muita personalidade”, destaca Patrícia Cardoso, gerente do grupo de bebidas standard da Pernod Ricard Brasil, empresa responsável pela distribuição de Teacher’s no Brasil. Direcionado para as classes A e B, e para consumidores entre 25 e 35 anos, o scotch chegará primeiramente ao Recife (PE) e a Fortaleza (CE). As cidades foram estrategicamente escolhidas por conta da forte preferência pela bebida e pela significativa liderança que Teacher’s possui nas praças, registrando 56,8% e 42,8% (Nielsen, AM’13) de participação, respectivamente. Segundo Carlos Hussey, diretor das áreas Brasil e Cone Sul da Beam Inc., empresa dona da marca Teacher’s, o Brasil é o mercado número um do mundo para Teacher’s e, dentro do país, o Nordeste é a região com maior representatividade para a marca. “Por isso, estamos sempre atentos às mudanças nos hábitos do consumidor nordestino e percebemos que esse público procura um produto mais premium para ocasiões especiais”, avalia. Teacher’s Clan é ideal para ser apreciado puro ou com pouca quantidade de gelo e é um blended whisky composto por grãos superiores, que são misturados com selecionados maltes vindos da destilaria de Ardmore, na Escócia. É esse processo que assegura a alta qualidade de Teacher’s Clan. “Teacher’s Clan é um uísque duplamente envelhecido
que envolve alguns cuidados especiais. O primeiro é o envelhecimento do malte, que acontece em barris de carvalho americano de 200 litros e em seguida, ocorre uma segunda maturação em barris chamados Quarter Cask de 120 litros. Essa combinação de dois tipos de envelhecimento faz que o produto seja um uísque de cor dourada bem intensa, com notas de baunilha e uma suavidade absoluta”, explica Alistair Longwell, diretor da destilaria de Ardmore, na Escócia, onde Teacher’s Clan é produzido. CAMPANHA – A comunicação de Teacher’s Clan abrange comerciais para TV e ações nas mídias digitais. Além disso, haverá ativações em pontos de dose, em que serão explicadas as diferenças entre os produtos da família Teacher’s e as características do novo uísque para o mercado brasileiro, além de ações de degustação do produto. “O objetivo das ações é fazer uma ampla cobertura para conquistar aderência dos apreciadores de uísque, com mensagens que destacam o sentimento da amizade em clãs, os momentos “dourados” e as características premium do produto”, complementa Patrícia.
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Ivelise Buarque |
UM NOVO OLHAR. NOVOS NEGÓCIOS “O presente impõe formas. Sair dessa esfera e produzir outras formas constitui a criatividade”, segundo o escritor e dramaturgo austríaco, Hugo von Hofmannsthal, um dos fundadores do Festival de Salzburgo, considerado um dos mais famosos festivais de música e teatro de todo o Mundo, realizado todo verão, na terra natal de Mozart. Pensando sempre à frente, declarava já naquela época que não era necessário conhecer muitas coisas, mas sim pôr muitas coisas em contato umas com as outras e que isto constituía o primeiro grau de criatividade. A integração das parcerias contribui para criar produtos e serviços inovadores, e este cenário está mais do que latente no Nordeste e em especial, em Pernambuco. “Pernambuco está hoje entre as sete localidades nacionais de maior potencial para a economia criativa”, de acordo com a gerente geral de Economia Criativa da Sdec - Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Verônica Ribeiro, durante o lançamento em abril passado da célula executiva, voltada para a economia criativa do Governo do Estado, que nasceu com a finalidade de discutir, modelar e fomentar projetos para os setores considerados pelo governo prioritários na área. Tudo isto de olho no potencial deste movimento
que gera diversos negócios em variados segmentos, utiliza ferramentas que estimulam a interatividade e resulta em mudanças de comportamento. “Estamos vivendo um processo radical de mudanças de comportamento e de percepção do mundo. As novas tecnologias e as novas formas de se comunicar e se relacionar estão conduzindo esse processo que nos levará a ser cada vez mais críticos, contestadores e ao mesmo tempo colaboradores. Da nossa cidade a educação dos nossos filhos. Silvio Meira costuma ou costumava dizer que no futuro todos seremos dispositivos humanos conectados. Concordo com essa teoria, mas acrescentaria, com perdão ao mestre pela ousadia, a palavra emocionalmente. Seremos dispositivos humanos emocionalmente conectados”, destaca Edgar Andrade, sócio-diretor do Hubcriativo (PE), empresa de consultoria especializada em identificar e desenvolver soluções inovadoras integrando os diversos segmentos da Economia Criativa. Para o especialista, a Economia Criativa surge quando você aplica componentes de inovação a produtos, serviços e processos que vão além da TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). “Pode ser através de uma forma diferente de comercializar um produto, sempre com a perspectiva de ganho de escala de volume ou de valor”. Citando um exemplo prático, aplicar design a uma mesa pode fazer com que ela deixe de valer R$ 300,00 e passe a valer R$ 5.000,00. Por outro lado, a escala de volume nem sempre traz bons resultados para os negócios. No caso do artesanato, uma peça dos anos 80 de Seu Nuca de Tracunhaém vale mais de cinco mil euros na Europa. As peças produzidas em larga escala por seus filhos devem custar pouco mais de R$ 200,00. “Também é preciso ter cuidado para não fazer com que o ganho de escala não se transforme numa redução do valor agregado e da rentabilidade dos produtos. Outro exemplo, é que temos um problema sério com o mercado de games de Recife. É um mercado focado quase 90% em serviços. Um cliente encomenda um jogo e paga por ele. O ciclo de vida desse produto se encerra ali. Se tivéssemos uma política de incentivo ao risco, não tenho a menor dúvida de que as empresas de games de Recife estariam produzindo
Edgar Andrade, Hubcriativo (PE) 16
jogos com foco no consumidor e, fatalmente, alguns bons frutos já teriam surgido”, destaca Andrade. Nesta crista da onda, o sucesso pode parecer absoluto, mas é preciso cuidados, alerta o especialista que aponta que a banalização da proposta do que é economia criativa pode provocar um esvaziamento da importância do tema. E, preocupado com esta questão, o Hubcriativo vem atuando no mercado há cerca de três anos com projetos de projeção e contribuindo para as construções de uma política de economia criativa do Governo de Pernambuco e de um programa para a Prefeitura do Recife. O Hubcriativo é uma consultoria especializada em conectar empresas criativas de diversos segmentos para desenvolver projetos comuns ou novos produtos. “Funcionamos literalmente como uma ponte entre problemas ou oportunidades e os melhores parceiros para encontrar soluções ou aproveitar essas oportunidades. Depois de passar o período de 2007 a 2010 fazendo a articulação política da Fundarpe com o governo federal e com outros estados fui orientado por Geber Ramalho (professor da Universidade Federal de Pernambuco) a continuar fazendo a mesma coisa só que para reunir empresas com interesses comuns. Tinha a certeza de que não queria ser concorrente dos diversos parceiros que construí pelo Brasil e em diversos países. Então ser a ponte entre eles foi o melhor caminho que encontrei e estamos trabalhando muito para consolidar nosso formato de trabalho”, lembra Edgar. Edgar atua ao lado de uma equipe enxuta com quatro pessoas e agrega parceiros como o Estúdio Mola, a Scriptoscope, a Fun der Ground, Jynx e Aponte, além de parcerias estratégicas como a da Fundação Gilberto Freyre. “Acreditamos que ter uma estrutura enxuta e compartilhar os jobs com equipes de alto nível é o melhor caminho a seguir. A rentabilidade é menor mas o esforço também, e ainda temos extrema segurança em relação a qualidade dos produtos que estamos desenvolvendo”. Além de avançar em negociações para projeto com Porto Alegre e o Distrito Federal, o Hubcriativo é responsável pela Rede Freguesia do Poço. Trata-se de um coletivo que tem como objetivo criar ambiente em que empreendedores e moradores de diversos bairros da Zona Norte do Recife – área nobre da capital pernambucana –, possam explorar a criatividade e a inovação e captar clientes novos para a cadeia criativa local. Como exemplo, o cineasta pernambucano Leo Falcão, um dos sócios da produtora Scritoscope, especializada em textos, arte e roteiro. Mas, talvez o investimento mais bem sucedido seja o
Encontro Internacional Pernambuco Criativo que depois de dois anos passa a ser LIT - Liga de Ideias Transformadoras (League of Ideas for Transformation), ganhando não apenas edições em outros estados, mas também conquistando uma plataforma digital que agregue e integre diversos agentes de economia criativa por todo o mundo. “Por causa disso estamos formatando a estratégia de nacionalização do evento incluindo a mudança do nome. Temos uma importante parceria com o British Council e vamos circular pelo Brasil com o Treinamento Nesta em Empreendedorismo Criativo, parceria com um grupo inglês que é referência mundial. Estamos puxando a articulação da Rede Freguesia Poço que deverá articular as empresas criativas dos bairros recifenses de Casa Forte, Poço da Panela, Santana, Apipucos, Monteiro, Parnamirim e um trecho de Casa Amarela. Nosso principal objetivo é promover a conexão entre essas empresas, para que gerem mais negócios entre si, e divulgar essa rede para que se gere mais negócios no Brasil e no mundo”, comenta Andrade. E os negócios estão aflorando para o Hubcriativo, além da atuação politica e profissionalizante no mercado. A empresa vem desenvolvendo alguns produtos com foco na inovação e na integração dos diversos segmentos “Estamos trabalhando num aplicativo mobile que conectará diversos elementos criativos de Pernambuco a partir de um disco que será gravado tendo como base a temática do futebol. Artistas importantes como Dj Dolores, que é diretor musical do projeto, Karina Buhr, Siba e Jr. Black vão criar músicas para temas como: A Bola, o Gol, o Juiz, a Torcida e Maria Chuteira, entre outras. Essas músicas contarão a história de uma partida de futebol, da concentração até a chuveirada após o apito final. As músicas formarão o eixo central que conectará vídeos, fotos, figurinos, tudo isso inserido numa plataforma gamificada. Esse produto será um grande exemplo do potencial de conexão entre as diversas cadeias produtivas criativas e o principal objetivo dele é emplacar no Brasil pelo menos um dos hits da copa, além de divulgar e promover nossos produtos”, diz Edgar. Edgar frisa que o formato de trabalho é bem simples e parte inicialmente da identificação das oportunidades e da montagem da equipe, que ainda conta com o expertise de profissionais como produtora cultural e psicóloga Betita Valentim (sócia no Hubcriativo), pelo também produtor Rafael Cortes e pelo administrador Pedro Cavalcanti. Com o desenvolvimento de cada projeto em mãos, parte-se para o processo de venda.
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CAPA
NASCIDA PARA O SUCESSO
Ivelise Buarque|
Novo conceito de empreendedorismo ganha cada vez mais destaque no cenário nacional com a força jovem e o novo conceito de inovação Você já pensou como seria a versão da música “Paratodos” de Chico Buarque se focada numa análise da trajetória profissional? Hoje, os conceitos de profissão, trabalho, carreira e mercado mudaram e talvez nem mesmo este ícone da nossa MPB pudesse destrinchar quem faz o que no cenário atual. Afinal, como explicar uma pessoa formada em relações públicas que administra um negócio na área de saúde, ou um executivo da área de marketing formado em direito. Apesar de leiga e absurda, esta é uma forma de motrar que o nosso universo não é mais o mesmo, e tudo que conhecíamos até agora está à mercê de algo novo. Novo de todas as formas, inclusive da forma de iniciar um negócio. Pesquisa realizada pela Endeavor em 2013 identificou que três em cada quatro brasileiros (76%) prefeririam ter um negócio próprio a ser funcionário de uma empresa
A percepção do brasileiro em relação ao empreendedor tem se modificado e empreender passa a ser visto como uma opção de carreira. “Estamos passando por uma mudança cultural. Entre os estudantes universitários é também bastante presente o interesse em empreender, 60% deles pensam em abrir uma empresa no futuro. No caso dos empreendimentos digitais, a queda no custo, principalmente de infraestrutura para iniciar um novo negócio, reduziu as barreiras para quem quer empreender, embora, continue sendo difícil construir um negócio relevante”, ressalta Vítor Andrade, gestor de operações do programa Start-up Brasil (PE). O especialista acredita que é neste cenário que encontramos o boom das Startups, algo que ele acredita serem mecanismos dinamizadores da economia na medida em que buscam desenvolver modelos de negócio inovadores e com grande capacidade de crescimento. E tradicionalmente, ela representa um estado embrionário de algo maior que é desenvolvido com poucos recursos. Mas que, ao conquistar a maioridade, torna-se poderosa como observamos em algumas empresas já consolidadas neste cenário, líderes em seus segmentos, como Google, Yahoo, Ebay, Facebook, Twitter, Groupon e Cuponation, também consideradas startups. Como podemos ver, uma infinidade de grupos digitais já se enquadraram nesta categoria e conquistaram uma trilha maior no mercado global, nos últimos anos. “Para ser uma Startup, a empresa precisa ser muito nova, ou até em fase embrionária. Seu custo de desenvolvimento deve ser baixo,
“Como tudo é novo, a técnica será aprendida e desenvolvida internamente, desde que você tenha pessoas sagazes na equipe” Pedro Petti 18
“O desenvolvimento acelerado de novas tecnologias torna o início do processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços cada vez mais fácil e barato.” Eiran Simis do PAC-PME (Programa de Aceleração do Crescimento para Pequenas e Médias Empresas), o crescimento do número de incubadoras e aceleradoras de novas empresas e a oferta de capital empreendedor: capital semente, crowdfunding, capital anjo, venture capital e outros, assim como ampliar e melhorar o acesso a formas de financiamento e capital de crescimento”, diz o presidente do Conselho de Criatividade e Inovação da Fecomércio, Adolfo Melito (SP). Para ele, este novo conceito de empreendedorismo é um fenômeno recente, apenas algumas décadas, mas que tem a perspectiva de injetar mudanças e de acelerar processos de inovação.
seu objeto deve ser a inovação, e ela deve ser escalável, ter crescimento rápido. Não são apenas empresas de Internet que são Startups, a maioria é devido ao baixo custo de produção. Por ter um baixo custo inicial envolvido, o fundador de uma Startup não está preocupado com estrutura física, o começo normalmente é seu próprio quarto. O melhor investimento é pegar pessoas boas. Nesse caso o perfil de uma pessoa sagaz e trabalhadora, é mais importante que o conhecimento técnico, porque, como tudo é novo, a técnica será aprendida e desenvolvida internamente, desde que você tenha pessoas sagazes na equipe”, comenta Pedro Petti, sócio da BTG Agência (RJ). Este cenário engloba 2.278 novos empreendedores no Brasil, dentro de um mercado que já estima atingir três bilhões de dólares em publicidade digital e crescimento de 28% este ano. Isto porque a perspectiva é que 2013 seja o ápice do desenvolvimento e obtenção de resultados por estes empreendimentos iniciantes. Uma grande força motriz do seu desempenho é o fomento dos governos federal e estaduais, por exemplo, através de programas de inovação como o Start-up Brasil, programa lançado em novembro pelo Ministério de Ciência e Tecnologia. Esta proposta, que está sendo considerada um divisor de águas, prevê contemplar 150 modelos de negócios com uma verba de R$ 40 milhões, até R$ 200 mil a cada empresa. “Está surgindo no Brasil um ecossistema que apoia novas iniciativas empreendedoras, startups ou não: isso envolve a educação para o empreendedorismo, um dos focos
UM NOVO COMEÇO – Apesar de presenciarmos seu boom agora, as startups estão ativas no cenário mundial e nacional há duas décadas. Na verdade, ela é fruto da “bolha da internet”, na década de 1990, um momento especulativo marcado pelo surgimento de empresas de tecnologia da informação e de comunicação (TIC). “Esse nome foi cunhado de bolha da internet, onde várias empresas 'ponto com' foram criadas e vendidas a alto preço devido a essas grandes expectativas de crescimento, muitas deram certo e muitas outras não. Ou seja, startups também têm um risco explicito envolvido. Hoje em dia grandes empresas investem nesse tipo de pequenas empresas para não se envolver diretamente com o risco de um novo negócio e as compram se o negócio der certo. Outro tipo de empresa relacionada a isso são as spinoffs, em geral são serviços especiais prestados por uma empresa de um setor que cresce tanto que se tornam uma nova empresa. É muito comum se ter spinoffs de startup que deram certo”, diz Marcelino Granja, secretário de Ciência e Tecnologia do Governo de Pernambuco. Com o forte crescimento destes novos negócios no mercado internacional houve uma alta das bolsas internacionais, com uma grande especulação no índice da Nasdaq, a bolsa eletrônica de Nova York, que chegou a cinco mil pontos e, logo depois, despencou. Ao longo dos anos 2000, muitas dessas empresas, intituladas “ponto com” entraram em processo de venda, fusão, redução, falência ou desaparecimento por conta disto. Mas, na contramão desta situação, algumas prosperaram e não só se mantiveram no mercado como atingiram status de gigantes como o Google e o eBay. “Gosto da junção de definições de dois empreendedores autores Steve Blank e 19
Nathan de Vasconcelos Ribeiro, diretor-executivo da e-flows (SP)
Eric Reis que revolucionaram a educação e a prática desse tipo 'esquisito' de empresa. Eles afirmam que uma startup é uma organização humana temporária em busca de um modelo de negócios repetível, escalável e lucrativo em um ambiente de extrema incerteza e não uma versão em miniatura de uma grande empresa. Importante frisar que startup é uma fase do empreendimento”, comenta o coordenador de Fomento ao Empreendedorismo do Porto Digital, Eiran Simis (PE), em uma análise sobre este formato, que ressalta que este modelo de empreendimento deixa de ser uma startup após a validação do seu sucesso. E com este formato de negócio novas possibilidades se abrem para empresas que já atuam com muito sucesso em seus segmentos, mas buscam se diversificar no cenário corporativo. “Os grandes grupos passaram a observar o movimento das startups e rapidamente encontraram os meios para tirar o máximo de vantagem disso. É bom observar o que estas empresas estão fazendo para incorporar rapidamente estas ideias, antes que atinjam sua maturidade e explodam no mercado (ou explodam o próprio mercado). Por meio de programas de aceleração, de incentivos, de compartilhamento de recursos (técnicos, materiais, humanos, etc) atraem para próximo delas as empresas ditas startups e, com isso, conseguem uma oportunidade de capturar as oportunidades em 20
'primeira mão'”, destaca o presidente da Assespro-SP (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo), Marcos Sakamoto, que afirma que esta é uma aposta com riscos aceitáveis em ambientes mais facilmente controlados. Da mesma forma, detém um glamour bastante atraente no caso de sucesso, o que as torna chamarizes para atrair mais interesse e profissionais envolvidos. “Estamos falando de novíssimas formas de fazer negócio e, ao mesmo tempo, contribuir de alguma forma para uma sociedade melhor. Estamos também incentivando nossos jovens a observar a sociedade desde a universidade. Isso, de forma concreta, contribui para o desenvolvimento da economia, imprimindo um processo virtuoso. Estamos também aproximando significativamente a academia da economia e dos problemas da sociedade, dando maior efetividade ao processo educativo. Veremos muita coisa interessante surgir das mentes criativas dos nossos jovens”, pontua o analista do Sebrae-PE, Péricles Negromonte. Por isto tudo, ele considera que estamos numa fase interessante para inovar e para ampliar negócios, fugindo do convencional e expandindo todos os mercados possíveis. É uma nova forma de empreendedorismo em que alguns podem sobreviver ou não, dependendo de diversos fatores. “Empreender não é para qualquer pessoa que tenha esse desejo. É preciso reunir uma série de variáveis convergentes para isso”, ressalta. Em sua opinião, o modelo de negócio precisa ser bastante arrojado, nestes casos, para alcançar o sucesso, uma vez que não há uma entrada de recursos constante e o formato das startups não é sustentável. FAZENDO E ACONTECENDO - Uma análise importante a respeito deste formato de empreender mostra que todo o trabalho é centrado em algum foco, e se concentra sempre em proporcionar um produto útil para o consumidor, com um propósito em longo prazo, qualidade, princípios e valores específicos. “Há empreendedores que nascem da necessidade, há aqueles que tentam um voo solo ao se aposentar e aqueles que nasceram em famílias empreendedoras. O que mudou? Os jovens que se tornam empreendedores já não se identificam com os modelos de empresas tradicionais. O que falta no Brasil? Mostrar que empreender é uma forma válida de dirigir o seu futuro e lembrar que os empregos para a vida toda estão com os dias contados”, diz Adolfo Melito da Fecomércio (SP). E ainda há algo a se pensar. Afinal de contas, é a notoriedade e a rapidez com que conquistam o público (como aconteceu com o Facebook, ou Youtube ou o eBay, por exemplo) que faz com que profissionais apostem cada vez mais neste novo conceito de empreendedorismo? “Em minha opi-
nião, o desenvolvimento acelerado de novas tecnologias torna o início do processo de desenvolvimento de novos produtos e serviços cada vez mais fácil e barato. Mas é importante alertar que ter sucesso continua sendo muito difícil, é que normalmente os milhares de insucessos não frequentam os noticiários e nem as salas de cinema do nosso bairro. E essa nova geração já nasceu conectada e foi bombardeada com esses exemplos. A relação de trabalho, chefe, subordinado e salário não engaja essa geração, eles desejam realizar coisas que geram impacto na sociedade e serem recompensados por isso, através da comercialização de novos produtos e serviços”, destaca Eiran Simis, do Porto Digital. Com a perspectiva de sucesso e realização, as apostas destes jovens empreendedores agregam os seus investimentos pessoais em um projeto de vida que, com o devido foco e planejamento, pode concretizar tudo que fora sonhado. “Creio que há algumas características que devem ser perseguidas, é possível dizer ao profissional empreendedor que siga algumas orientações básicas, mas o sucesso vai depender - além da capacidade, competência e diligência - de um fator sorte que não podemos mensurar. O fato de estar no lugar certo e no momento certo pode fazer toda a diferença. Já foi assim no passado e não mudou hoje em dia. Talvez nos dias de hoje seja mais simples promover o encontro da demanda com a oferta, mas ainda assim haverá condições necessárias a serem preenchidas que não serão suficientes para garantir o sucesso”, ressalta Sakamoto. E é assim que muitos profissionais estão buscando sua forma de inovação no processo de trabalho, por meio de oportunidades mais criativas. E, aliando tudo isto com poucos recursos, implementa-se uma forma orgânica de atuação, em que impera o fazer mais por menos. Menos recursos e infraestrutura, menos investimentos e menos capital humano, mas com muita garra e criatividade. E neste boom configurou-se um cenário que possibilitou o desenvolvimento maior deste empreendedorismo com o progresso da tecnologia, o nascimento de instituições e agências de fomento, a aposta de investidores e a predisposição dos governos. Tudo isto injetou as mudanças necessárias no cenário empresarial e os meios essenciais para desenvolvimento dos projetos. “A possibilidade de concretizar ideias de forma rápida e barata é a revolução. O reconhecimento do conhecimento como portador de valor é outra revolução. Ou seja, ser nerd não causa mais vergonha e sim orgulho, é outra forma de ver as coisas e as pessoas. E podemos esperar muita coisa. De Bom, em Pernambuco, por exemplo, podemos esperar um crescimento acelerado do setor como consequência de todos esses novos investimentos e ferramentas que estão sendo ofertados pelo Governo do Estado de Pernambuco. De ruim, o que se pode esperar é que os usuários do setor não saibam aproveitar as oportuni-
dades. A dinâmica deste setor é rápida, ou seja, quem apenas correr vai ficar parado, para andar é preciso correr muito”, segundo Marcelino Granja. Naturalmente, todos os especialistas compreendem a importância dos investimentos obtidos e a assistência de organizações, que veem este tipo de negócio como algo promissor. Apostam-se as fichas para a concretização de empreendimentos que, quando bem sucedidos, também vão imprimir suas marcas de sucesso no mercado. “Hoje há incubadoras para empresas de qualquer tamanho desde as microempresas até embriões de microempresas (nascem geralmente como resultado de trabalhos de conclusão de cursos de graduação ou teses de mestrado). O poder público está investindo em linhas de crédito para apoiar a inovação; as empresas têm linhas e programas para apoiar e, simultaneamente, monitorar os movimentos das startups, além de um filão de cursos de especialização, administração, gestão que surgem para dar maior suporte ao empreendedor que deseja apostar neste tipo de movimento”, destaca Sakamoto da Assespro-SP. NO MAR SEM FIM – Apesar de lançar mão da tecnologia, o conceito de startup não é focado apenas neste único universo. Muitos dos empreendimentos estão investindo nos mais diversos segmentos. “A Abstartups (Associação Brasileira de
André Medeiros, publicitário da Appnow | hot
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Startups) entende que startup é uma empresa de base tecnológica, com um modelo de negócios repetível e escalável, que possui elementos de inovação e trabalha em condições de extrema incerteza. Nós, da appnow | hot applications, defendemos a ideia de que qualquer pequena empresa em seu estágio inicial, gerida à baixos custos, que desenvolva atividades ligadas à pesquisa e ao desenvolvimento de ideias inovadoras e que ofereça a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros, pode ser considerada uma startup”, diz o publicitário André Medeiros, idealizador desta startup pioneira no agreste de Pernambuco, com o amigo e programador Gustavo Vilarim, e que é incubada por uma aceleradora de Barcelona, a Bcause Lab. Especializada em tecnologia mobile, conta com um grande sucesso, o app Temporada na Disney (TND), que possibilita aos brasileiros escolher e reservar casas em Orlando. Uma ideia que tem ajudado turistas na trilha do sonho pela cidade encantada americana, com os expertises da design Sabrina Campos e do programador Lucas De Carli. Mas, esta turma não para por aí e desenvolve três projetos encomendados por novos clientes e outros três solicitados pela aceleradora, além de dois próprios, em produção, a serem lançados ainda este ano. Outra que navega na mesma vertente da prestação de serviço geral para o público é o Contra Criativos, criada há dois anos, por integrantes que compartilhavam experiência de mais de 10 anos no mercado publicitário. “A verdade é que o Contra é um núcleo de profissionais autônomos, criado para fazer da capacidade que dispomos de ter ideias, um ativo Felipe Almeida, da 4 Dimensão
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importante na geração de negócios. Diante disso, a gente sempre tem vários projetos em andamento, já que faz parte da natureza e do modelo de negócio usar o que aprendemos da experiência na área de comunicação e marketing para gerar diferencial real para um negócio, a ponto de poder dar ideias para vários outros novos”, destaca Luiz Carlos Pontes (PB), diretor de criação e um dos idealizadores deste startup que trabalha atualmente o Rango.me (rango.me/reserva). A proposta representa uma ferramenta de eCommerce completa para restaurantes que já possuem o serviço de delivery, que permite a qualquer estabelecimento criar e gerenciar uma página personalizada com o seu menu online e começar a vender em alguns minutos. Tudo isto com direito a usar um endereço da web (URL) próprio, sem a necessidade de conhecimento algum em webdesign ou programação. E com o sucesso do negócio, apostam em outras possibilidades com três outras startups, em áreas diferentes: o Brainstore (shop.brainstore.cc), DodoFunding (http://signup. dodofunding.com) e Logoblues (logoblu.es). Com o objetivo de desenvolver conteúdos voltados para o público infantil, a Mr Plot (desenvolvedora de produtos digitais) também tem resultados animadores. Segundo o seu sócio Felipe Almeida (PE), são mais de 80 mil downloads através da AppleStore e Google Play atingindo mais de 30 países e com ranking de avaliação quase 100% em menos de dois anos. “A Mr Plot visa criar novas mídias relacionadas aos anseios dos pais, educadores, terapeutas ocupacionais e principalmente do público infantil para se tornar referência através de soluções inovadoras. Começamos com desenvolvimento de aplicativos mobile: São mais de 10 apps do Bita nas lojas. O nosso novo projeto pode ser classificado como transmídia, pois nasce na plataforma de tablets e invade o segmento de audiovisual, através de clipe animado musical com intenção de viralização pela internet (www.bitaeosanimais.com.br)”, comenta. Ele ainda adianta que se pretende agora criar novos produtos, a partir de conteúdos próprios, valorizando seus personagens e séries, em virtude da expansão dos negócios na área de cine-vídeo-animação, jogos digitais e multimídia que revelam que o setor ainda reserva muitas oportunidades. “Os resultados iniciais são animadores e o desempenho bastante relevante em termos nacionais. Temos cinco mil fãs no Facebook e no canal youtube tem mais de 60 mil views”. Expansão acaba sendo uma grande meta de qualquer empreendimento embrionário, que pode com isto ampliar sua atuação. Este é o caso, inclusive, da e-flows, uma startup que desenvolveu o sistema Taximov. “Foi criada em julho de 2011, com o objetivo de oferecer soluções que minimizem o desconforto causado pela falta de mobilidade em grandes centros urbanos. O serviço de táxi foi a primeira solução
Equipe do Portal Nota Máxima
desenvolvida. Estudamos o mercado de táxi e percebemos que São Paulo tinha uma grande demanda por esses serviços. Porém, muitas das necessidades dos passageiros, como disponibilidade, agilidade e atendimento personalizado, não eram adequadamente supridas. Apesar disso, nada de novo acontecia nesse mercado desde a década de 70, quando surgiram as rádio-táxis. Então, decidimos lançar o Taximov”, lembra Nathan de Vasconcelos Ribeiro, diretor-executivo da eflows (SP). A iniciativa utiliza táxis credenciados que transportam um smartphone com GPS, localiza um carro livre, logo que o passageiro solicita a corrida, mais próximo do endereço e envia um convite para aquele em estiver em um raio de até 5km. “Já temos mais de três mil passageiros cadastrados e mais de 500 taxistas ativos na região metropolitana de São Paulo. Nosso próximo passo é expandir o atendimento do Taximov para outros centros urbanos, como o Rio de Janeiro e Recife”. Partindo de uma demanda conhecida ou não, algumas startups já carregam consigo o poder de crescimento, como é o caso do Nota Máxima que surgiu da identificação da dificuldade dos alunos em estudar sozinhos em casa. “Cada vez mais, os alunos do ensino médio têm dificuldades de estudar sozinhos e de fazer o ‘dever de casa’. Com a evolução da sociedade, as facilidades à informação que os adolescentes têm, gerou um ambiente de comodismo neles. Esse comodismo faz com o que os alunos ‘fujam’ quando desafiados. Por exemplo, se encontram uma questão de matemática fora do ‘script’ que eles estão acostumados, eles não tentam resolver a questão, tirar a dúvida, eles preferem deixá-la em branco e esperar alguém resolver. Depois de resolvida, não repetem o aprendizado para consolidar o conhecimento”, menciona Bruno Coutinho, do Portal Nota Máxima (PE). A proposta representa um suplemento ao estudo na sala de aula, chamado ensino híbrido, que divide todos os assuntos em aulas específicas e por disciplina, acompanhando o cronograma de matérias do Enem e vestibulares. “Dessa forma, oferecemos uma videoaula de 20 a 30 minutos de revisão teórica do assunto. Trabalhamos toda a teoria do assunto. Após, ele baixa um e-book com 10 questões selecionadas pelo professor, sendo três questões fáceis, quatro intermediárias e três difíceis. Após tentar resolver essas questões, o
aluno assiste as resoluções, através de videoaula com o professor, onde este vai abordar toda a teoria, dentro das questões”, segundo Coutinho, que informa que o trabalho em educação veio de um sentimento de poder universalizar e democratizar o ensino de qualidade. De um jeito ou de outro, todas essas startups trazem uma coisa em comum: a oportunidade de desenvolver algo com sua marca. “A vontade de empreender é algo muito pessoal, existem aqueles que vão pela oportunidade, pela necessidade ou pela paixão de empreender. No meu caso foi pela oportunidade e se tornou paixão. Mas empreender não traz a liberdade que muitos pensam, na realidade exige muito mais comprometimento e responsabilidade. Você sempre terá um patrão e quando você é o empreendedor o seu patrão é o cliente”, ressalta André Ferraz da Ubee (PE), um negócio pioneiro na América Latina, que oferece serviços ligados à tecnologia de localização indoor para smartphones e tablets. Ela foi desenvolvida a partir de uma plataforma voltada para potencializar o mercado varejista com uma forma inovadora de adquirir novos consumidores, conhecer seus hábitos de consumo e fidelizá-los. “Como somos uma startup e ainda estamos em busca de um modelo de negócios de sucesso, já não somos mais desenvolvedores de aplicativos para compras. Hoje nos posicionamos como plataforma de localização indoor (que é como o GPS só que para ambientes fechados), onde vários aplicativos podem usar essa tecnologia e a partir deles nós trazemos conteúdo relevante para o consumidor, como ofertas”, revela Ferraz.
“A vontade de empreender é algo muito pessoal, existem aqueles que vão pela oportunidade, pela necessidade ou pela paixão de empreender” André Ferraz da Ubee (PE) 23
A VEZ DO CLIENTE
SR. PÉ A PASSOS LARGOS Matheus Torreão |
Rede de podologia pernambucana está prestes a completar seu aniversário de quatorze anos expandindo os negócios para Paraíba e Alagoas Começou como uma distração. Depois de advogar por anos, devido a questões de saúde, Flávia Sarmento teve a ideia de procurar uma franquia para investir. No ano 2000, em um modesto centro comercial em Recife, a clínica Sr. Pé inaugurou sua primeira unidade. Treze anos depois, expandiria suas filiais para os três principais shoppings da cidade do Recife: Shopping Recife, o Shopping Tacaruna e o Shopping Plaza. Hoje, a rede já conta com mais de trinta profissionais e no final deste ano expande sua atuação abrindo duas novas clínicas em João Pessoa e Maceió. “A ideia de abrir a clínica surgiu quando fui acometida
de uma doença auto-imune e precisei fazer dois transplantes de córnea. E para passar o tempo abri a primeira clinica”, conta Flávia. Dois anos depois seria convidada para entrar no Plaza Shopping e, nos dois anos seguintes, no Shopping Recife. “O que era um mero passatempo virou um grande negócio”, comemora. Atualmente as clínicas Sr. Pé oferecem serviços de podologia, manicure e pedicure, drenagem linfática, shiatsu, massagem expressa e o exclusivo tratamento de reflexologia podal. São, ao total, 35 funcionários entre podólogas, calistas, manicures, fisioterapeutas dermato funcionais, entre outras
Foto | Luiz Tenório
Com franquias nos três principais shoppings do Recife, a Sr. Pé pretende expandir os negócios para outros estados
“A ideia de abrir a clínica surgiu quando fui acometida de uma doença auto- imune e precisei fazer dois transplantes de córnea. E para passar o tempo abri a primeira clínica” 24
estão em estudo de viabilidade e não têm o número exato de funcionários e data de inauguração definidas. Quanto ao planejamento local, figura nas metas a ampliação da estrutura física das unidades do Sr. Pé em Recife, a ser concluída até 2015. Mas não para por aí. Flávia planeja, também, abrir uma nova franquia: a Sr. Corpo. “Em setembro teremos uma grande novidade. Com modernas instalações e infra-estrutura diferenciada, vamos inaugurar em Boa Viagem a primeira loja com a marca Sr. Corpo, que terá profissionais especializados e tratamentos exclusivos para o bem-estar do corpo”, conta. A Sr. Corpo estará sob a coordenação do fisioterapeuta Luiz Tenório, e a abertura do novo espaço contará com um investimento estimado em R$ 100 mil. Prestes a completar 14 anos de atuação no mercado pernambucano, a Sr. Pé vem ganhando corpo e segue a passos firmes e largos com seus planos de expansão. A advogada Flávia Sarmento hoje gere os negócios ao lado dos filhos, Luís Henrique Sarmento (foto), mestre em Fisioterapia, e Gilberto Sarmento Foto | Luiz Tenório
especialistas. “Atualmente, o nosso carro chefe é o tratamento básico: corte de unhas, calos e calosidades, uma breve massagem e hidratação profunda dos pés”, informa Flávia. Tudo isto, frisou, seguindo os padrões da Anvisa de esterilização hospitalar. A advogada fez o curso de podologia para melhor gerenciar as lojas e, já em 2005, foi convidada para lecionar no curso de estética da faculdade Universo. Quando ainda não existia o curso de podologia em Pernambuco, a própria empresária trouxe profissionais do Senac do Rio de Janeiro para capacitar seus empregados. Agora, Flávia conta com o apoio dos dois filhos - Luís Henrique Sarmento, mestre em fisioterapia, e Gilberto Sarmento, recém formado em Direito – na admnistração da empresa. E é a própria família que planeja os investimentos em marketing e publicidade. “As idéias partem da própria administração e a Êxito Design é quem executa”, explica a podóloga. A Sr. Pé investe mensalmente em propaganda, sempre focada em datas comemorativas, como Dia dos Namorados, Dia das Mães, Natal, entre outras datas, e anúncios divulgando apenas os serviços. “Anúncios de jornal, panfletos, internet e placas são os nossos principais focos atualmente”, revela. Dentre as ações de destaque, a empresária criou uma promoção fixa, válida de 2ª a 4ª feira, que oferece 20% de desconto para pagamento em espécie. Clientes com cartão fidelidade que chegarem ao sétimo tratamento e aniversariantes do mês são presenteados com meia hora de massagem nos pés. Na internet, a clínica conta com um sistema de avaliações online chamado Say2me, no qual o cliente pode enviar um “feedback” em tempo real dos serviços e atendimentos da rede Sr. Pé. Nas redes sociais, novamente, Flávia aposta na autosuficiência. “Temos nossa página no Facebook e a atualização é feita pela própria empresa. Não temos previsão de terceirizar este serviço”, explica. Os interesses imediatos de expansão da clínica, segundo Flávia, está voltado apenas para as regiões Norte e Nordeste no momento. “Com a abertura dessas duas filiais estamos investindo recursos na ordem de R$ 700 mil e esperamos um aumento de faturamento em torno de 40%”, projetou a empresária. As novas lojas, entretanto, ainda
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DE OLHO NA CAMPANHA
UVA EM APUROS Está no ar a nova campanha da Del Valle Kapo. Criada pela agência W+K, a campanha conta com um comercial de 30'', produzido pela Paranoid, que gira em torno do imaginário infantil e das histórias que as mães contam para estimular os filhos a comer frutas. Para dar vida a esse universo, um filme de animação mostra as aventuras de uma uva náufraga contra um tubarão, feito de abacaxi, em alto mar. Além da animação, realizada pela Banzai Studio, ofilme conta com uma sequencia em live action,dirigida por Vera Egito, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Nele, uma família desfruta de um piquenique ao ar livre. Embora sejam processos distintos, as duas etapas foram integradas para que a transição entre os mundos imaginário (animação) e real (live action) fosse natural. Para isso, os diretores buscaram objetos do piquenique que pudessem se transformar em outros elementos na animação. Assim, a garrafa térmica virou um farol; um conjunto de copos e um pote de plástico, um navio; a toalha do piquenique, a areia da praia; as carambolas, as estrelas do mar etc.
#DURMOSEMCALCINHA Dermacyd dá mais um passo em seu trabalho de conscientização das mulheres sobre a importância do cuidado com a região íntima. A marca acaba de lançar a campanha #DurmoSemCalcinha, com uma abordagem divertida para incentivar as mulheres a adotarem cuidados simples como dormir sem calcinha e usar sabonete íntimo, que fazem diferença na saúde íntima. A novidade faz parte do Movimento pela Saúde Íntima da Mulher (SIM), lançado pela marca em 2012. A campanha, criada pela Publicis Brasil e AG2 Publicis Modem, começou com um buzz nas redes sociais, com celebridades como Fernanda Paes Leme, Fernanda Souza, Ana Maria Braga, Ticiane Pinheiro, Luciana Gimenez e Mônica Apor, postando a hashtag #DurmoSemCalcinha, criando curiosidade em seus seguidores. Na sequência, outras celebridades repercutiram o assunto, que virou febre no mundo virtual. Depois de muito barulho, Dermacyd® revela, por meio de um vídeo manifesto com Ana Hickmann, que a novidade faz parte do Movimento SIM. A campanha #DurmoSemCalcinha terá continuidade na página da marca no Facebook, com informações e Quizz para as mulheres testarem o conhecimento sobre o assunto, identificarem o que é mito e o que é verdade, além de receberem dicas de higiene íntima para ajudar no cotidiano agitado.
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NÃO BASTA FALAR SÓ PARA OS OUVIDOS Como são absorvidas as mensagens publicitárias audiovisuais por quem não consegue ouvi-las? Foi isso que se perguntou Liziane Felix enquanto ainda estava no terceiro período da graduação em publicidade, cujas tentativas de resposta vieram a culminar no seu trabalho de conclusão de curso: A Compreensão dos Surdos sobre os Filmes Publicitários. A então estudante nas Faculdades Barros Melo (PE) já tinha alguma intimidade com o assunto, pois havia feito um curso básico de Libras (Língua de Sinais Brasileira) e sua irmã, à época, estava fazendo um curso de intérprete de sinais. “Eu tinha o costume de dar mute na televisão. Certo dia, quando fiz isso, fiquei tentando ver se eu conseguia entender, daí pensei: será que os surdos conseguem?”, conta ela como surgiu o mote para a pesquisa. Liziane levou o tema para conversar com a professora Izabela Domingues, que viria a ser sua orientadora no trabalho, e ela deu todos os incentivos para que este fosse levado adiante. Motivos não faltaram: com a inserção gradativamente maior no mercado de trabalho, os deficientes auditivos consequentemente têm aumentado seu poder de compra, formando um grande público-alvo de consumidores em potencial para as marcas. Mas estas estariam sabendo contemplá-los? A publicitária utilizou como método de pesquisa a entrevista individual – temendo que o questionário em grupo pudesse influenciar opiniões – e escolheu consultar apenas surdos com ensino superior, por terem uma maior vivência do mercado de trabalho e serem consumidores com mais experiência e renda. Foram apresentados seis diferentes comerciais para cada um dos entrevistados, divididos em duas categorias: “sem recursos” e “com recursos”. Na categoria “sem recursos” os filmes publicitários possuíam locução verbal e em off, com predominância de imagens. Já os “com recursos” dispunham de legenda ou Janela
As marcas e agências precisam se aproximar mais do público deficiente auditivo e buscar conhecê-lo melhor para realizar informes inclusivos 27
Matheus Torreão |
Trabalho de conclusão de curso de Liziane Felix, para as Faculdades Barros Melo, mostra que a maioria das marcas ainda ignora os deficientes auditivos na hora de criar filmes publicitários
Vivo promoveu a inclusão ao utilizar ator surdo-mudo e narrar o comercial através de torpedos
de Libras. Após a exposição de cada propaganda, a intérprete perguntava se o surdo havia ou não compreendido a mensagem, além de pedir para que elegessem a melhor categoria e o recurso que lhes servia melhor. As respostas, segundo Liziane, não variaram muito “Todos preferiram e entenderam perfeitamente a categoria ‘com recursos’. Eles descreviam todo o comercial da categoria ‘sem recursos’, mas não conseguiam entender o objetivo principal do comercial, a mensagem que a marca queria transmitir”, explicou. Quanto ao melhor recurso para facilitar a compreensão, tanto a legenda quanto a Libras foram aprovadas. A última pergunta, que questionava se os deficientes auditivos tendiam a valorizar mais uma marca que buscava inseri-los tornando seus VTs mais acessíveis teve a afirmativa como resposta unânime. “Todos disseram que dariam atenção às marcas que procuravam incluí-los no público, tendo o cuidado fazê-los entender a mensagem transmitida no comercial”. Liziane indicou campanhas da Vivo e da Prefeitura do Recife como bons exemplos de propagandas inclusivas. O filme da operadora de celulares, criado pela agência África, explora as formas de comunicação ao mostrar um casal onde a mulher se comunica com seu namorado surdo-mudo através de torpedos e da linguagem de sinais (confira o vídeo: http://migre.me/fnLr2). “O da Vivo soube aproveitar a oportunidade e inclusive usou um ator surdo pra fazer o comercial. Isso mostra que a Vivo conhece esse público e sabe o quão é importante para eles a mensagem”, exemplificou. Já o filme da Prefeitura do
Recife se destacou por utilizar legendas – que apesar de rápidas, segundo a pesquisadora –, foram bastante úteis para a absorção da mensagem. Outro comercial citado por Liziane foi o Embrace Life – “abrace a vida” –, criada pela Spy Films e usada pelo governo britânico para promover o uso do cinto de segurança. Apesar de não usar legenda ou Libras, é muda e predominantemente imagética (disponível no link: http://migre.me/fnLQA). “No final, ao invés de ter locução em off, aparece o texto sobre o motivo do comercial”, justificou. De acordo com a publicitária, as marcas e agências precisam se aproximar mais do público deficiente auditivo e buscar conhecê-lo melhor para realizar informes inclusivos. No entanto, também acredita na importância de uma legislação específica que garanta a acessibilidade a tudo que é exibido na televisão. “A lei faria com que todas, e não apenas algumas marcas, bem como programas televisivos, possuíssem recursos válidos para a compreensão do público com necessidades especiais”. Para Liziane, este é um assunto de grande relevância porque o senso comum ainda traz muitas ideias limitadas e estereotipadas do que é ser surdo. “Observa-se que não só as marcas, mas as próprias pessoas, boa parte delas, ainda recriminam uma pessoa com limitação física, achando que ela é incapaz”, contestou após concluir a pesquisa. Em suas considerações finais, deixa claro: empresas, agências e a sociedade como um todo só têm a ganhar ao se dar conta que não é só para os ouvidos que se fala.
Propaganda muda difundida pelo governo britânico prova a máxima de que imagens valem mais do que mil palavras 28
NA WEB WWW.PEQUENOGURU.COM.BR Com o mote “crescimento profissional com equilíbrio pessoal”, o Pequeno Guru é um blog de reflexão sobre sucesso nos negócios e na vida. Criado e gerido pelo marketeiro Sylvio Ribeiro, o site existe há três anos e já se aproxima da marca dos mil posts. Com enfoque em marketing e carreira, o Pequeno Guru tem como objetivo contribuir para a formação profissional e pessoal dos leitores, partindo do princípio de que uma vida pessoal equilibrada é essencial para carreiras e negócios de sucesso.
WWW.BRAINSTORM9.COM.BR Desde 2002 no ar, o Brainstorm9 é um veículo online brasileiro independente que fala sobre criatividade e inspiração, seja na publicidade, internet, negócios, social media ou comunicação digital em geral. Traz os grandes trabalhos inspiradores do mercado digital e de entretenimento, nacional e internacional, além da discussão sobre processos criativos. Com conteúdo em texto, vídeo, áudio e social, é uma plataforma multimídia ideal para estudantes, profissionais e amantes da criatividade.
FICHA TÉCNICA
PROTEÇÃO O ANO TODO No frio ou no calor, é preciso reservar um tempo para cuidar do rosto diariamente. Para ajudar homens e mulheres a limpar, tonificar e hidratar a pele adequadamente, a Farmácia Roval de Manipulação relançou sua Linha de Higienização Facial Ultra Pure. Para divulgar a novidade as unidades estão ativadas com cartazes para exposição da linha e totens adesivados com as imagens da campanha. A fanpage da Farmácia Roval no Facebook (www.facebook.com/farmaciaroval) também está fazendo a divulgação com uma série de cards que apresentam cada produto da Linha de Higienização Facial Ultra Pure. Agência: Lunes Comunicação (PE) Cliente: Farmácia Roval de Manipulação Atendimento: Catarina Souto e Camila Delmas Planejamento: Juliana Benbassat Diretor de Criação: Rodrigo Maia Criação: Candida Ramos e Ana Carolina Costa
O MELHOR MBA DE PERNAMBUCO A escola de negócios Cedepe acaba de lançar sua nova campanha publicitária. Com o mote: O Melhor MBA de Pernambuco, as peças são assinadas pela agência Makplan e o plano de mídia envolve TV, Rádio e outdoor. A campanha reforçou, através de depoimentos de ex-alunos do Cedepe, o conceito que a escola possui perante seu público, valorizando todos os seus diferenciais. A ação coincide com o novo posicionamento da escola de negócios que agora faz
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parte da Laureate Internacional Universities, considerada a maior rede mundial de ensino, com presença em 29 países. Agência: Makplan (PE) Cliente: Cedepe Atendimento: Tuylla Costa Diretor de Planejamento: Dodi Teixeira Diretor de Criação: João Henrique Souza Criação: Andreane Carvalho, Ramona Fabrício e João Henrique Souza Mídia: Nilce Alves Direção de produção e RTVC: Sílvia Valença Aprovação: Cristovam Ferrara
SABOR E EMOÇÃO Um sonho de ir até Paris e ainda levar um acompanhante, com a viagem de presente. Esse é o mote do concurso Sabor & Emoção, lançado em comemoração aos 15 anos da rede de restaurantes Bonaparte. Para participar, é preciso criar uma história com os personagens da promoção no hotsite 15anosbonaparte.com.br ou escrever a novelinha nos portas-talheres disponíveis nas lojas da marca. A ação irá premiar as melhores respostas enviadas ao concurso com cinco viagens a Paris com acompanhante e dez tablets. Presente em 12 estados do País, o Bonaparte investiu R$ 800 mil em produção e mídia na campanha, que tem alcance
nacional. A Morya Comunicação assina as peças publicitárias, veiculadas em rádios, TV, facebook e mídia digital em elevadores. Agência: Morya Comunicação (BA/PE) Cliente: Grupo Bonaparte Atendimento: Ana Elizabeth dos Santos e Alessandra Pinto Planejamento: Mirella Maruza e Cida Araújo Direção de Criação: Luciana Fonsêca Criação: Mila Cavalcanti, Poliana Moura e George Vinícius Mídia: Fred Teixeira e Guilherme Barbosa Ilustração: Antônio Carlos Acioli
ANJO BOM DA BAHIA Representada por 100 jovens católicos, as Obras Sociais de Irmã Dulce participaram da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro em Julho. E para marcar sua presença no evento e divulgar a história do Anjo Bom da Bahia, a agência Ideia 3 criou uma campanha completa e muito especial. O trabalho desenvolvido pela agência destaca a imagem de Irmã Dulce e traz a marca “Juventude de Fé”, criada especialmente para a Jornada, acompanhada do conceito “Coragem, fé e bondade que permanecem vivas”. São peças de outdoor, busdoor, spot para rádio, banner de internet e anuncio de jornal que estão sendo veiculas por Salvador. Além disso, foram produzidos materiais para os jovens levarem para o evento, como camisa, botom, folder, faixa e banner. Agência: Ideia 3 (BA) Cliente: Obras Sociais de Irmã Dulce Direção de Atendimento: Renata Schubach Atendimento: Mayara Rezende e Julie Setenta Direção de Criação: Chico Salles Redação: Rodrigo Cores Direção de Arte: André Mascarenhas Direção de Mídia: Ana Maria Almeida Mídia: Eva Figueiredo, Marcus Gomes e Tarcila Ornelas Produção Gráfica: Vilma Palma e José Moitinho RTVC: Renata Scavuzzi e Gladson Amaral Arte finalista: Rogerio Souza Aprovação: Mariana Pimentel e Lorena Seixas 31
IV PRÊMIO PERNAMBUCO DE PROPAGANDA Luciana Torreão |
Prêmio Jovens Talentos é a novidade a partir desta edição Já foi dada a largada para o IV Prêmio Pernambuco de Propaganda – PPP 2013, premiação do mercado publicitário promovida pelo Sindicato das Agências de Propagandas de Pernambuco - Sinapro, com apoio da Associação Brasileira de Agências de Publicidade - Abap-PE, e dos principais veículos de comunicação do estado. A grande novidade fica por conta de uma nova categoria - Prêmio Jovens Talentos, que é voltado aos alunos regularmente matriculados nos cursos de Publicidade de Propaganda, das faculdades do Estado de Pernambuco, e que estejam entre o 7º e 8º períodos. “O objetivo da criação desse prêmio é de incentivar os estudantes universitários do setor de publicidade e promoção a mostrarem seus talentos, bem como estimular o surgimento de novos profissionais”, afirma o presidente do Sinapro e criador do PPP, Antonio Carlos Vieira. Ainda de acordo com Antonio Carlos Vieira, outra novidade do PPP 2013, é a formatação do júri. “Este ano optamos por regionalizar o corpo de jurados. Teremos profissionais de criação dos mercados publicitários de várias capitais do Nordeste, entre a Bahia e o Piauí. Também vão integrar o júri, dois premiados criativos pernambucanos consagrados, que hoje atuam no mercado de São Paulo, além de jornalistas, professores e coordenadores de faculdades de publicidade e propaganda de Pernambuco”, afirma. CATEGORIAS - Os criativos interessados em participar da premiação podem se inscrever, até o dia 23 de agosto, nas seguintes categorias: Campanha TV e Cinema, Jornais, Revistas, Comerciais de Rádio, Outdoor, Busdoor, Midia Out-Of32
Home e Promoção. Após a efetuação da inscrição no site, as agências deverão imprimir uma ficha e finalizar com o pagamento no Sinapro, no horário de 9h às 12h e de 14h às 17h. Podem concorrer ao IV Prêmio Pernambuco de Propaganda, as publicidades criadas em Pernambuco, cuja veiculação tenha inicialmente ocorrido em qualquer cidade do Brasil no período de 1º de abril de 2012 a 30 de junho de 2013, para as peças e campanhas publicitárias; e de 1º de janeiro de 2012 a 30 de junho de 2013, para as peças e ações promocionais. A premiação está dividida em três formatos, os troféus de Ouro, Prata e Bronze, o Hors Concours, que é o homenageado do ano, e o Grand Prix, que será entregue à agência que obterá a pontuação mais alta ganhando, também, o direito de assinar a campanha publicitária do V Prêmio Pernambuco de Propaganda, em 2014. CAMPANHA – Por ter conquistado o título de Agência do Ano na edição do ano passado, a Arcos Comunicação ganhou o direito, segundo o regulamento da premiação, de criar a campanha de divulgação da nova edição do prêmio. Com o mote: Criatividade funciona, a campanha é composta de filmes de 30 segundos para TV, anúncios para jornal, spot de rádio, outdoor, cartazes, convites e certificados. As peças exploram a criatividade como uma ferramenta indispensável para alcançar bons resultados no dia a dia. “A ideia é mostrar através todo cotidiano das pessoas comuns, que usam soluções criativas para equacionar problemas”, explica Carlos Renato, diretor de Criação da Arcos.
REDES SOCIAIS:
Além da típica concorrência por market share, ultimamente as empresas tem entrado numa outra disputa: a do número de fãs nas páginas de redes sociais. Mas, afinal, ter um número alto de fãs e seguidores é reflexo do sucesso da sua empresa? E, se sim, isso garante um bom resultado de marketing? A resposta para estas perguntas é não. E, por um motivo muito simples: hoje é possível comprar seguidores. A compra de fãs, amplamente divulgada com diversos "pacotes", além de expressar um número vazio, trata de uma questão mais grave, ilegal: o roubo de senhas. Quem nunca viu posts como “veja quem visitou seu perfil”? Pois é, ao clicar nesse tipo de link, o usuário está caindo em uma das artimanhas para capturar fãs sem sua permissão. Se não bastasse o fato de ser ilegal, os pacotes oferecidos para aumentar os “likes” trazem outra desvantagem: de uma hora para outra, quando o “contrato” termina, o número despenca, obrigando o dono da fan page a renovar o pacote ou comprar outro. Para distinguir uma página bem trabalhada de outra cujo sucesso é apenas aparente, além de posts frequentes e bem construídos visualmente, é preciso analisar a interatividade, objetivo único quando o assunto é mídia social. Não é bem sucedida a página cujo número de "curtidas" ou "comentários" é inexistente ou beira o zero, típico de quem tem uma fan page com fãs comprados. Portanto, daqui surge uma nova dúvida: como estimular a interatividade e o interesse pela página da sua empresa? O primeiro passo é ter a interatividade como foco. Muitos empresários, ainda impregnados com as mídias ditas tradicionais (impressa, TV e rádio), decidem apenas por fazer a marca "aparecer", sem realmente desejar criar um vínculo
duradouro e confiável com seu consumidor, abrindo, assim, o canal de comunicação para ele. Ouvir o consumidor agradecendo aos elogios não é, verdadeiramente, atender o cliente. A verdadeira interatividade inclui respeitar e responder as queixas de forma transparente, esclarecendo as dúvidas especialmente nas mídias sociais, pois são o único lugar para criar relacionamento com seu público alvo e conhecê-lo verdadeiramente. Além disso, o bom trabalho durante o atendimento a uma queixa será certamente viralizado, tornando a preocupação e eficácia de sua empresa um dos motivos para que futuros consumidores criem simpatia pelo seu produto. Um funcionário ou uma agência especializada, dedicado a essa tarefa e comprometido com o objetivo de sua empresa é o segundo passo na construção de sua imagem nas mídias sociais. A partir daí, acompanhar e garantir que as divulgações de banner no Facebook (anúncio ou post patrocinado), por exemplo, seja feito de maneira a estimular a “curtida” e não para “comprar” um fã, desta forma fidelizando o possível consumidor. Um fã “comprado” certamente irá “descurtir” a página assim que perceber que foi vítima de compra, ao contrário do fã que espontaneamente decidiu acompanhar as postagens de uma marca. Apesar de trabalhosa, a presença criativa e positiva de sua empresa nas mídias sociais é bastante simples: bom senso e interesse genuíno acabarão por refletirem o sucesso da sua marca. Tendo isso, o resto depende apenas de um bom planejamento estratégico de comunicação nessas redes. Vale a pena o esforço.
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Acácia Lima |www.yellowa.com.br
QUANTO MAIS FÃS MELHOR?
PERFIL
Matheus Torreão |
HISTÓRIAS DE UM ILUSTRE ANÔNIMO
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O parceiro Eudes Silva, Rinaldo Mathias, o forrozeiro Josildo Sá e Idalmir em sessão de gravação
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ALGO SEU DO OUTRO LADO DO MUNDO
Matheus Torreão |
Designer e diretor de arte conhecido do mercado publicitário pernambucano, Sérgio Vasco levou sua primeira exposição individual como artista plástico para a China O designer e artista plástico Sérgio Vasco tirou, neste final de semestre, uma folga do mercado publicitário para realizar sua primeira exposição individual de quadros em Macau, na China. Ando pelo mundo prestando atenção em cores – nome da mostra, tirado de um verso da canção Esquadros, de Adriana Calcanhoto – foi apresentada na livraria Portuguesa, do dia 18 de maio ao dia 06 de junho, a convite da Casa do Brasil em Macau. Os quadros apresentados por Vasco, todos feitos a partir de miçangas, retratam personalidades - Frida Kahlo, Barack Obama e Marylin Monroe entre elas – e animais icônicos do Brasil e da China, como a arara e o urso panda, respectivamente. O conceito da exposição surgiu espontaneamente graças à curiosidade de Vasco pela obra de Frida Kahlo, alimentada após o artista plástico ter montado um estande para a Fenearte, em Pernambuco, que homenageava o centenário da pintora mexicana. “Desde então, como havia feito uma grande pesquisa sobre o trabalho dela, tinha vontade de fazer algo para mim. Foi então que do nada resolvi fazer o quadro de miçangas, para reaproveitar as que tinha guardadas em casa há tempos”, conta. O retrato de Carmem Miranda foi um presente para um amigo, e a foto dos dois trabalhos bastaram para render o convite a Macau. Lá mesmo terminou a exposição, que, segundo suas contas, teve mais de 200 mil miçangas coladas no total. “Em Macau montei um atelier e dediquei o tempo exclusivamente a isso. Cheguei a ficar 12 horas colando miçangas em um só dia. Coisa de louco (risos)”, comentou. Foi a primeira vez, 36
segundo Vasco, que tentou se ver como um artista e não só como um designer. “Nunca havia sido visto assim. Com exposição individual, entrevistas em Jornais, TV e até com convites para fazer outras exposições. Mas mesmo lá, continuei com alguns trabalhos de design aqui no Brasil. Continuo me vendo como um diretor de Arte que faz arte também”, explicou. Vasco, enquanto cursava a graduação em Design, estudou na Escola de Belas Artes da UFPE no mesmo período e diz sempre ter procurado se aperfeiçoar em diversos cursos na área. Por ter sido uma exposição exclusiva e internacional, Ando pelo mundo prestando atenção em cores é considerada por Vasco sua maior realização profissional como artista plástico. “Os outros trabalhos sempre foram atrelados a outros projetos. Já fiz painel para o Balé Popular do Recife, Estandes na Fenearte, uma exposição de cartões vitrais e também participei de uma coletiva no Forte do Brun há alguns anos”, justifica. Com exceção do quadro de Frida – que “foi e voltou (risos)” por pertencer à coleção pessoal de Vasco –, todos os demais quadros foram vendidos. O designer e artista plástico foi sondado no próprio coquetel de lançamento para levar a exposição para Portugal e pretende trazê-la também para Recife e outras cidades do Brasil, com outros temas. Enquanto segue planejando, no entanto, ainda colhe os louros da mostra em Macau. “Essa semana recebi e-mail com fotos dos quadros nas paredes de quem comprou. Foi muito bom sentir que deixei algo do meu trabalho do outro lado do mundo”, concluiu.
CLICK
Durante muito tempo eu vive e trabalhei no Japão, onde consegui aprimorar uma paixão que já tinha aqui no Brasil, minha terra natal, a fotografia. Desde os tempos de filme, saia com minhas câmeras para captar o cotidiano e as belas paisagens japonesas, além de fotografar também esportes, o que eu mais gostava na época, 1991. Essa foto eu fiz em Nara, uma das cidades mais antigas do Japão, pra onde eu sempre seguia quando queria fazer umas fotos de natureza, um lugar que me transmitia muita paz e concentração para exercer meu hobby. Ao chegar na cidade em uma bela manhã de outono, depareime com este monge fazendo a limpeza e preservando o local onde logo os turistas iriam chegar, exemplo que deveria ser seguido aqui em nosso país MÁQUINA: NIKON D700 ABERTURA DE DIAFRAGMA: f/9 ISO: 400
Paulo Sergio Matsumoto |magoojapa@ig.com.br
O COTIDIANO NA TERRA DO SOL NASCENTE
Rafael Bandeira |
EU RECOMENDO
MANOEL DE BARROS – POESIA COMPLETA, 493 Páginas, Editora Leya (2010) – por Luciana Nunes Olhar o mundo com outros olhos é coisa que inspira, seduz, fascina. Atentar para os detalhes do dia a dia faz com que ampliemos nosso modo de pensar, de entender o que acontece ao nosso redor, de [vi]ver a vida de diversas maneiras — no caso de Manoel, com a simplicidade e a leveza de uma criança. O poeta tem quase 'cem anos de infância' e nos encanta a cada linha. É ousado, singular, único. “Desfazer o normal, há de ser uma norma”, palavras dele. E ele faz isso como ninguém! A sua literatura é bela demais, canta uma natureza real que muitas vezes passa despercebida, e a leitura é deliciosa. Recomendadíssimo!
CONFESSO QUE VIVI, de Pablo Neruda, 413 páginas, editora Bertrand Brasil. – Por Naide Nóbrega, Águila Comunicação (PE) Poucas pessoas podem fazer da sua autobiografia uma confissão. Isso porque a real confissão traz em si uma verdade religiosa, um desbravamento sem medidas. Assim é o livro Confesso que vivi, obra de Pablo Neruda, onde qualquer elogio torna-se redundante, pela força incontestável do autor, talento em cada obra, cada poema e, como não seria diferente, na história sobre si mesmo. Como fã, sou suspeita. Visitei todos os museus do mestre no Chile (em Santiago, Valparaíso e Isla Negra) e ao devorar o livro de 413 páginas, voltei para esses lugares, seus pertences, para as casas onde viveu em períodos chilenos, o amor por suas mulheres, pelo humanismo, pela democracia e pela vida. Enfim, sorvi e absorvi cada linha. Homem poeta, homem político, “homem homem”, apaixonado e intenso. Simplesmente Neruda em todas as palavras: da primeira à última, que escreveu alguns dias antes da sua morte. Leitura recomendada para o público em geral e obrigatória para os fãs do poeta. 38