CAPA | Tag Zag (PB)
ano XVII | nยบ 196 | ago-set de 2016
EDITORIAL | LUCIANA TORREÃO Agosto é o mês dos ventos. E, pra muitos, é o mês do desgosto. Mas para quem sabe aonde quer chegar, os ventos são sempre favoráveis e não há superstição que nos derrube. Por isso, aproveitando o ensejo, vocês já sabem que no dia 15 de julho esta mesma equipe lançou em formato digital a Revista Malagueta – Gastronomia para todos os sentidos. Pois bem, a partir de setembro, a Revista Malagueta será intercalada a cada dois meses com a
EXPEDIENTE
Revista PRONEWS. Sendo assim, em 15 de setembro você pode acessar a segunda edição da nova revista de gastronomia de Pernambuco pelo issuu.com/revistamalagueta. E em outubro, você confere a próxima edição desta Revista PRONEWS. Enquanto isso, você acessa diariamente as notícias pelo nosso blog (revistapronews.wordpress. com/). A gente se vê em outubro, até lá!
ÍNDICE Agência Tag Zag (PB)
DIRETOR-PRESIDENTE | Walter Lins Jr walter@revistapronews.com.br
NOSSA CAPA 16
EDITORA | Luciana Torreão redacao@revistapronews.com.br
Profissionais de marketing e publicidade aquecem o mar do mercado multiplicando o cardume das pequenas e médias agências
REDAÇÃO | Ivelise Buarque e Juliano da Hora redacao@revistapronews.com.br PRODUTOR GRÁFICO | Bruno Regis producao@revistapronews.com.br ASSINATURAS | 81 3426.6144 producao@revistapronews.com.br DISTRIBUIÇÃO LOGServiços (PE - 81 2123.1455) DADOS TÉCNICOS Impressão: Gráfica FacForm (81 3339.6566) grafica@facform.com.br Tiragem: 7.000 exemplares Formato: 22x30cm Tipologias: Swis721 Lt BT / Humanist521 BT Papel: Couché brilho 115g/m² Número de páginas: 40 As matérias assinadas por nossos colaboradores não representam, necessariamente, a opinião da revista. Produza a capa da Revista PRONEWS. Participe pelo e-mail: redacao@revistapronews.com.br
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revista de comunicação e marketing NE
Weditora
A Revista PRONEWS é uma publicação bimestral da Walter Lins Pinheiro Júnior Editora - ME. Empresarial One Way - Rua Guimarães Peixoto, 75, sala 202. Casa Amarela, Recife-PE. CEP: 52051-200. Fone: (81) 3426.6144
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PANORAMA 24
DESTAQUE 34
Supermercados Arco-Mix: conhecimento e credibilidade no mercado varejista
Ísis Rodrigues foca em estratégias para manter a Mix FM em evidência
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TOP CASE
NA PROPAGANDA, PAI É HERÓI IVELISE BUARQUE Em 2008, o NX Zero lançou versos profundos na música “Cedo ou tarde” numa homenagear in memoriam para o pai do guitarrista e back vocal, Gee Rocha. A canção, que declama o desejo de encontra-lo em algum momento e confiante que o olha e escuta com orgulho mesmo não estando presente. Assim como o artista, outros já haviam resgatado a figura paterna em composições expressivas que se tornaram simbólicas e caíram na boca do povo como a música imortal “Pai” do cantor Fábio Jr, de 1997: “Pai, Você foi meu herói meu bandido. Hoje é mais muito mais que um amigo. Nem você nem ninguém tá sozinho. Você faz parte desse caminho. Que hoje eu sigo em paz”. Esta imagem masculina do núcleo familiar vai de encontro atualmente à normativa social, que determina que o amor de mãe é mais forte que tudo e imutável. Apesar de para muitos, a relação dos filhos com o genitor só nasce e cresce com o passar do tempo, ele se mantém um protagonista importante e fundamental no cenário social, e não obstante no contexto do mercado publicitário. “As campanhas que abordavam os pais e ou famílias anteriormente, sempre utilizavam a imagem da família tradicional e
constituída dentro dos padrões da época. Hoje, muitas marcas têm percebido que esta família tradicional não representa em sua totalidade a família moderna”, destaca Camila Leoni, sócia-diretora da LB Comunica.
Diante disso, o seu afeto é tão grande e relevante quanto ao da figura materna. A realidade atual mostra que esta retórica está ultrapassada e que não basta ser pai, tem que participar. Contudo, sua posição vai além de um mero ajudante e se constitui como um agente na
A campanha da marca 'Gelol. Não basta ser pai', mexia com o 'sentimento de culpa' de todo pai de não ser muito presente
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formação de caráter, na constituição do sentimento de segurança, no desenvolvimento de uma força para superação dos desafios. Este amado herói está cada vez mais presente na propaganda moderna que mostra a relação de pais e filhos e sua importância no desenvolvimento do nosso futuro. No passado, criaram-se apelos que destacavam a necessidade de satisfazê-lo com a aparência que se admirava como no caso da Gillete (1960). Propagandas sempre enfatizaram que no Dia dos Pais eles mereciam a praticidade de produtos modernos ofertados pela Unilojas (1970); o conforto para os pés proporcionado pelas Sandálias Franciscano (1977); e a conexão a qualquer hora dos primeiros modelos de celular Nokia, surgidos em meados dos anos 90, com o suporte de diversos garotos propagandas como Pelé, Rubens Barrichello, entre outros. “Lembro de uma campanha da Gillette onde o pai fazia a barba junto com o filho, na verdade o filho só ficava cheio de espuma e repetia os movimentos do pai!! Essa ideia de querer ser como o pai, de aprender com ele me marcou”, diz o consultor Raúl Ranauro Javales Júnior da Zielen (SP).
O filme “Pai é pai”, produzido pela Sprite (com título “Dad's Love”), que reforça a nova realidade de ser pai de menina no espírito da brincadeira preferida de toda garotinha
Em 1992, a Gillette colocou no ar comercial intitulado como “Pai e Filho”, onde resgatava a imagem de um jovem pai fazendo a barba sob os olhos curiosos de seu garotinho que o observa com orgulho. No finalzinho, repetia-se o bordão Tchan, tchan, tchan, tchan! lançado em 1980 pela marca. O filme integrou um projeto de sucesso iniciado 10 anos que fazia referência ao produto com duas lâminas que representava facilidade e economia para se barbear, comprovando a qualidade da linha Prestobarba. “As abordagens em geral tentavam colocar os pais num patamar semelhante de importância com as mães, sempre mexendo com a autoestima”, diz Gustavo Queiroz – presidente do Sinapro-Bahia e copresidente da Agência Morya. Nesta época, a publicidade passou cada vez mais a enfatizar as diversas perspectivas do papel do homem na criação e no envolvimento com as crianças, destacando que o amor de pai também é único e especial. Em 1992, o Banco Itaú mostrou em campanha de Seguros com uma mensagem simples e cheia de emoção as altas expectativas de um pai para ter um filho: “Esse sujeito vai roubar sua esposa, suas noites de sono, e ainda assim você vai ser completamente louco por ele”. De forma bastante enfática, a campanha também mostrava uma nova perspectiva da comunicação para a figura paterna, que ainda não mantinha o mesmo peso em termos de ações específicas em comparação aos investimentos para o Dia das Mães, por exemplo. “Geralmente as campanhas em homenagem ao Dia
dos Pais sempre valorizam a figura do pai sob o ponto de vista emocional, que é muito bacana e envolvente”, destaca Camila. Para a especialista, as campanhas buscam mais a parte emocional e, atualmente, têm explorado até o lado mais sensível do homem. E esta é a grande transformação que se abateu na propaganda voltada à imagem paterna. “Há uma campanha que me marcou, e que foi a de um pai que brincava com a filha pequena assim que chegava do escritório, mesmo cansado após um dia inteiro de trabalho. Isso me lembrou muito a minha relação com o meu pai, na minha infância”, completa Leoni. Propagandas como essas mostram outro lado do pai que vai além da imagem daquele protetor. Um exemplo é o filme “Pai é pai”, produzido pela Sprite (com título “Dad's Love”), que reforça a nova realidade de ser pai de menina no espírito da brincadeira preferida de toda garotinha. Com muito bom humor e delicadeza, o comercial de 30” com a música To Love Somebody do Bee Gees, apresentava o que um pai é capaz de fazer, sem se importar com o que outros pensam. A campanha para o Sprite Light, criada em 2008, trabalha com tanta sensibilidade que o amor entre pai e filha é retratado sem qualquer palavra, contando uma rotina de ter uma menina om cenas cotidianas, acompanhada da música “To Love Somebody” na trilha sonora. “As campanhas têm buscado mostrar uma certa diversidade da figura do pai dentro deste composto familiar e seu novo e abrangente papel na relação
com seus filhos”, lembra Leoni. As campanhas criadas para o Dia dos Pais passaram cada vez mais a emocionar em relação as linguagens abordadas, anteriormente, e como estão hoje. Esta era a nova construção deste relacionamento, refletido com apelos mais realista sobre a mudança do papel moderno da paternidade. “Esta relação envolve muita emoção e força e um trabalho que me emocionou por caracterizar esta mensagem é a campanha da marca 'Gelol. Não basta ser pai'. Ela mexia com o 'sentimento de culpa' de todo pai de não ser muito presente. Pegava todo mundo!”, lembra. Produzida em 1984, por Duda Mendonça, a propaganda da marca destacou que a relação dos filhos com os pais é de companheirismo e sua presença nos momentos mais importantes é tão fundamental que ajuda a se deixar abater pelos percalços da vida, com um slogan que se tornou um dos maiores chavões que conhecemos: “Não basta ser pai, tem que participar. Não basta ser remédio tem que ser gelol”. Essas são algumas das experiências que mostram que há muito amor envolvido nas homenagens a eles pelo Dia dos Pais e refletem que os papéis não são tão distintos como se acredita. “Hoje, vemos que a propaganda está muito mais 'mundo real' e refletindo o cotidiano. Apelos hoje ligados ao comportamento e ao fortalecimento do conceito de família, apesar do consumo proposto por trás. Algumas propagandas se tornaram até institucionais, sem produto específico como a da Natura que citei acima. Os pais se vêem na 7
TOP CASE
Natura: Com o mote “Chame o abraço do seu herói preferido”, a campanha apresenta a importância da relação do filho com o pai numa investida ousada que é a cara da marca
propaganda de hoje. Ser um pai herói agora é conseguir criar e educar um filho em um mundo atribulado em que vivemos, e repassar os valores nessa educação, a identificação é muito mais forte”, destaca Raul Javales. De fato, os novos tempos criaram um novo cenário social em que a participação é mais ampla, pois a divisão das tarefas e das responsabilidades entre pais e mães estão ficando cada vez mais igualitárias, fugindo do estigma da mulher como a total referência na criação das crianças. Naturalmente, as mudanças nos papeis tradicionais complementam essas posturas da paternidade moderna. “Acho que as campanhas se modernizaram muito, hoje mais ligadas a uma igualdade de gêneros, não diferenciando tanto pai e mãe. Antes era muito ligado a ser como o pai e as propagandas focavam mais em filho homem, com o pai. Hoje também se abriu espaço para um novo conceito de família onde um filho pode ter dois pais ou duas mães, e tudo é positivo”, completa Ranauro. Ele se recorda ainda de outra campanha bem interessante que foi muito pouco veiculada: “Natura Pais”. Criada ano passado pela África, o trabalho reuniu um público de mais de 30 mil pessoas em Raúl Ranauro Javales Júnior, Zielen (SP) 8
um estádio em São Paulo, numa ação que exibisse a emoção entre filhos e seus heróis em uma homenagem surpresa. A campanha digital para o Dia dos Pais da Natura, desenvolvida pela agência Salve, focou-se em oito pais que foram surpreendidos com depoimentos no telão dos filhos os homenageando no intervalo de um jogo de futebol. Com o mote “Chame o abraço do seu herói preferido”, a campanha apresenta a importância da relação do filho com o pai numa
investida ousada e cara da marca, que apostou de forma sensível e emocionante na ideia de que este amor fraternal não tem idade e que nunca é tarde para prestigiar aqueles que estiveram do seu lado à vida toda. “Com a redução dos investimentos o Dia dos Pais perdeu força, em minha opinião. Hoje não temos mais tantas campanhas focadas no dia dos pais e as marcas estão centrando força em datas mais fortes como mães e Natal”, reforça Gustavo Queiroz.
ARTIGO
A FORÇA DA TV ABERTA NO BRASIL NEY EMILIO BRAGA ALVES | VICE-PRESIDENTE DA ADVB-PR Muito tenho lido e acompanhado a respeito do possível fim da TV aberta no mundo. Não são poucos os que anunciam aos quatro ventos que a TV aberta está com seus dias contados. Admito que a forma com a qual as pessoas tem consumido TV aberta mudou e é inegável que a quantidade de veículos e meios que competem pela atenção do consumidor é cada dia maior. No entanto, sigo acreditando que a TV permanece firme e forte como meio essencial em qualquer plano de mídia, seja ele de uma empresa que queira construir marca, ou de uma campanha de varejo. Não fosse assim, a TV não seria ainda - e com números crescentes a cada ano - o veículo com a maior fatia do investimento publicitário no Brasil, com praticamente 60% de tudo o que é investido em mídia. Enquanto outros veículos perdem participação a TV segue firme, por um único motivo: dá resultado para quem anuncia. A TV tem uma penetração e um alcance simultâneo que nenhum veículo conseguiu atingir. E está tão enraizada na cultura brasileira que continua criando tendências, fazendo moda e estimulando o consumo, pois apresenta produtos de informação e entretenimento que se transformam em referência e fator de desenvolvimento cultural, coisa que outros veículos da era digital ainda não foram capazes de fazer. Esta minha percepção tem se comprovado por inúmeros estudos que vem sendo realizados a respeito do assunto. Um deles, conduzido pela Hub Entertainment Research e apresentado este ano na Convenção Anual da Nielsen comparou comerciais exibidos na TV com os mesmos exibidos em outras plataformas, para avaliar se o engajamento e recall das marcas
teriam diferença quando anunciadas em TV em relação às outras plataformas. Pois bem, este estudo comprovou que os comerciais exibidos em TV receberam mais atenção dos consumidores e tiveram maior recall do que aqueles exibidos em computadores, smartphones e tablets. Com relação ao recall, 62% dos telespectadores conseguiram lembrar mais da metade dos anunciantes dos comerciais que viram. Enquanto que nos tablets, smartphones e computadores este percentual não chegou a 50% (47% para tablets, 46% para smartphones e 45% nos computadores). A atenção dispensada à exibição dos comerciais também foi maior quando assistidos na TV, com 29% dos participantes classificando a TV na faixa de 8 a 10 numa escala de 0 a 10, enquanto no caso de smartphones o percentual foi de 23%, em computadores 20% e em tablets 17%. De forma resumida: o estudo mostrou que a televisão é a plataforma mais prazerosa para assistir programas e também a que proporciona maior grau de lembrança e engajamento com as marcas anunciadas nos comerciais exibidos. Acredito que estamos, sim, em constante mudança e devemos respeitar os estudiosos do assunto e estarmos antenados ao que acontece em outros países em termos de consumo e integração de mídia. Mas não podemos esquecer que o mercado de TV aberta no Brasil é diferente, uma realidade diferente do resto do mundo, a começar pela quantidade de canais que concentram as maiores audiências, passando pelo
processo de digitalização - que ainda caminha no país - e lembrando-se de outros meios que não tiveram aqui no Brasil a mesma difusão observada em países mais desenvolvidos, pela razão simples do poder aquisitivo da população. E, falando em poder aquisitivo, nunca é demais lembrar a respeito da gratuidade do sinal da TV aberta. A TV no Brasil é, foi e sempre será gratuita, e este seu diferencial fica visível em termos de resultado de alcance junto ao consumidor quando percebemos o crescimento no percentual de aparelhos ligados nos primeiros meses deste ano em relação a 2015. Num provável efeito da crise econômica, o total de TVs ligadas no país no primeiro semestre de 2016 passou de 34,5% em 2015 para 37,2% este ano, enquanto a participação da TV por assinatura no universo de TVs ligadas caiu 2% nos primeiros cinco meses deste ano, na mesma comparação. Desta forma, permaneço convicto de que a TV aberta no Brasil vai reinar por muitos e muitos anos e seguir como meio essencial para qualquer marca que deseja fazer sucesso em nosso país.
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FICHAS
IQUINE É A TINTA Ancorada no slogan acima, a Iquine lança a ação promocional que sorteará casas, carros, motos e muitos outros prêmios na compra de R$ 100 em produtos da marca. Estrelada pelo ator Reynaldo Gianecchini, a campanha segue até o dia 22 de janeiro de 2017, em todo o território nacional. Para participar, basta cadastrar o cupom ou nota fiscal de compra no hotsite www.promocaoiquine.com.br. O cliente que optar por produtos da linha Premium da marca recebe cupons em dobro. A marca figura entre as quatro maiores do Brasil em relação aos números de vendas. A campanha criada pela agência MMS Comunicação, reforça a afirmação e o compromisso de que a marca produz a melhor tinta do mercado brasileiro. O filme tem produção da Teddi Filmes com direção de Carlos Ricci. As cenas foram produzidas em São Paulo. Além do filme para TV, o plano de mídia inclui outdoor, rádio, revista, redes sociais e outbus/busdoor. Agência: MMS Comunicação (PE) Cliente: Tintas Iquine Atendimento: Maria Eugênia, Mariana Araújo e Gisélia Rodrigues Criação: Fernanda Soares, Carolina Paes e Márcio Gomes Direção de Criação: Luiz Montenegro RTVC: Roberta Fontes Mídia: Leila Bandeira e Raysa Karolyne Aprovação: Alan Souza e Laura Barros
TUDO AZUL É SONHO Com peças criadas pela agência Martpet, o Shopping Boa Vista homenageia os pais com campanha veiculada em TV, rádio e outdoor. O tema “Tudo Azul é Sonho” destaca descobertas e aprendizados da paternidade. Agência: Martpet (PE) Cliente: Shopping Boa Vista Atendimento: Themis Uehbe e Taciana Antunes Diretor de Criação: Diego Curvêlo Head of Art: Berg Carvalho Diretor de Arte: Guilherme Rocha Redação: Paty dos Anjos Produção: Sandra Torreão Mídia: Ítalo Ferreira Aprovação: José Luiz Muniz e Tarcia Galvão
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O CATCHUP CAMPEÃO Em tempo de Olimpíadas, ocupar um lugar de destaque em rankings parece ter uma emoção especial. Imagine se este lugar for o primeiro. A família Tambaú está muito feliz, pois o catchup da marca acaba de conquistar o 1º lugar na categoria Presença nos Lares, nas regiões Norte/Nordeste. A pesquisa foi realizada pela Kantar World Panel, uma das maiores multinacionais de pesquisas no mundo, e encomendada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e publicada no guia anual Meu Fornecedor, veiculado na edição de julho da revista SuperHiper. Este é o sexto ano do guia que destaca as marcas mais escolhidas pelos consumidores na hora de levar o produto para casa. Além de ocupar o primeiro lugar na região N/NE, o catchup Tambaú também se destaca na categoria nacional. Ficou em quinto lugar em Presença nos Lares em todo o território nacional. Não é a primeira vez que o produto é premiado. A MV2 é a agência responsável pela campanha de divulgação desse primeiro lugar no ranking. A divulgação conta com spot em rádio, testemunhal na TV (programas Sabor da gente (PE) e Na cozinha com o chefe (CE)), Anúncio em jornal, Anúncio em revistas e redes sociais. Agência: MV2 Comunicação (PE) Cliente: Tambaú Alimentos Atendimento: Lorena Ventura Planejamento: Elmo do Val e Yago Goldberg Criação: Elmo do Val e Leandro Arantes Direção de Criação: Leo Vasconcelos Diretor de Atendimento: Fernando Marrocos Mídia: Dedé Silva Mídia Online: Júlio Marinho Social Media: Sulla Gondim e Simone Bispo Produção: Catarina Moro
FELICIDADE É TER VOCÊ POR PERTO Pai e filho – clientes do River Shopping, em Petrolina – foram escolhidos para estrelarem a campanha de Dia dos Pais do centro de compras. Com o mote “Felicidade é ter você por perto”, a ação irá sortear duas Cervejeiras Consul 82l, lotadas de cerveja artesanal. A proposta é que os pais possam celebrar os bons momentos em família. A campanha contou com veiculação em TV, rádio, jornal, outdoor e web. Quem assina as peças é a agência Criação Original. Agência: Criação Original (PE) Cliente: River Shopping Atendimento: Juarez Canejo/Mariana Clemente Diretor de Criação/Redação: Tharcísio Teles Criação/Finalização: Ronielli Grangeiro e Filipi Nascimento Edição: Naelton Góes e Flávio Garcia Mídia: Tâmara Mendes Aprovação: Eliária Reis e Welton Carvalho
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ESTRATÉGIA TELEVISIVA
ESPN FAZ NOVO GOL NO NORDESTE IVELISE BUARQUE Reconhecida pela variedade de sua programação esportiva e pela independência e credibilidade de seu jornalismo, a ESPN dá um novo chute de bola com ampliação de sua cobertura para o futebol nordestino, que conta agora com uma programação especial. Iniciada em julho, a aposta terá entradas ao vivo de Recife e conteúdo exclusivo que valorizam os times da região numa estratégia oportuna do canal. A sacada da emissora envolve análises do esporte por gente da própria terra que aliam o DNA da região com a tradição da marca ESPN, que inaugurou assim uma nova fase em sua programação. “O Nordeste é uma região riquíssima em futebol, arte, cultura, e também repleto de grandes ideias. Nosso objetivo é exibir toda essa pluralidade sob o ponto de vista de quem conhece cada estado, cada cidade e o que o Nordeste representa
para o Brasil”, destaca João Palomino, vice-presidente de jornalismo e produção da ESPN no Brasil. Desta forma, a empresa mantém-se atenta à sua filosofia de crescimento global à serviço dos fãs do esporte com conteúdo relevante e produtos que preencham suas paixões e dedicações. A iniciativa tem como objetivo ampliar o espaço jornalístico do futebol nordestino nos canais ESPN, que passam a contar com participações do apresentador e comentarista Leo Medrado no programa Bate Bola Bom Dia, exibido de segunda à sexta-feira na ESPN Brasil a partir das 10h da manhã. “A ideia é que o Nordeste tenha a mais ampla cobertura. É uma região riquíssima em futebol, arte, cultura, e é repleta de grandes ideias. Mas tem de ser mostrada do ponto de vista de quem conhece cada estado, cada cidade e o que o Nordeste representa
para o Brasil”, ressalta Palomino. E, desta forma, os investimentos foram bem estratégicos e englobam toda uma estrutura que vai além das participações no Bate Bola Bom Dia. Mas, além das chamadas em mídia televisiva, os amantes do futebol terão muitas novidades pela frente. As análises, entrevistas e notícias do futebol nordestino também estarão disponíveis no portal ESPN.com.br (http://espn.com.br) e nas plataformas digitais da ESPN. A produção de conteúdo em Recife garantirá material exclusivo para os canais ESPN+ e ESPN Extra, este último lançado no primeiro semestre deste ano e disponível em provedores banda larga pelo país através da plataforma WatchESPN. Por isso, a aposta contempla também parceria com uma produtora regional que dá suporte ao jornalismo para as coberturas e para realização das entradas na ESPN Brasil. Esse projeto envolve essa integração para produção de conteúdo para ampliação da cobertura do esporte do Nordeste. “As entradas ao vivo do estúdio em Recife ocorrerão no Bate Bola Bom Dia e serão transmitidas para todos os assinantes da ESPN Brasil, além da transmissão simultânea no WatchESPN, nossa plataforma online. Os canais ESPN estão disponíveis nos principais operadores de TV por assinatura de todo o país e estamos ampliando nosso modelo de O apresentador e comentarista Leo Medrado apresenta o programa Bate Bola Bom Dia
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João Palomino, vicepresidente de jornalismo e produção da ESPN no Brasil
negócio para provedores banda larga que passam a disponibilizar canais exclusivos da ESPN para a internet através da plataforma WatchESPN”, diz João. Assim como realiza cobertura do futebol nacional com profissionais em todo território brasileiro, o projeto no Nordeste não será diferente e terá como pauta a apresentação do dia a dia das equipes e garantindo aos fãs do esporte da região informações atualizadas e análises dos times com o comentarista local. Com conteúdo e estruturação de equipe específica para o Nordeste, inicialmente terá o know-how do âncora, narrador e comentarista esportivo Leo Medrado, que já entra em cena como comentarista fixo nas participações no Bate Bola Bom Dia, trazendo convidados do futebol do Nordeste e a visão dos especialistas da região. “O foco da cobertura será o futebol devido à grande tradição e torcida das equipes da região.
Entretanto poderemos receber no novo estúdio em Recife a participação de convidados relativos à outras modalidades sempre em busca do melhor conteúdo aos fãs de esporte”, lembra o vice-presidente. Motivada pela expansão do Nordeste e o peso que o futebol da região tem adquirido nas coberturas seja nos canais abertos, seja no sistema de TV fechada, a ESPN Nordeste promete manter com o seu padrão a cobertura de modalidades esportivas não só para PE. A intenção da emissora é fazer com que o projeto se estenda para os principais municípios e estados nordestinos. “O estúdio em Recife será a base da ESPN no Nordeste, garantindo cobertura dos temas esportivos de toda a região Nordeste e não somente do estado de Pernambuco. Seguiremos enviando nossa equipe de reportagem para a cobertura dos eventos esportivos no Nordeste, como rotineiramente fazemos com a
transmissão das partidas da Copa do Brasil, por exemplo”, completa João Palomino. Nada mal para uma empresa de televisão que se instalou há cerca de 30 anos dando o pontapé inicial em um processo de trabalho focado apenas em esportes na TV paga brasileira. A emissora, que se consolidou anos depois, foi se expandindo progressivamente com diversos projetos agregados com o passar do tempo como o lançamento do ESPN HD, em alta definição, em 2009. Transformada em julho de 2012 na ESPN+, trouxe uma nova perspectiva com uma programação diferenciada. Hoje, a ESPN realiza cobertura do futebol nacional com profissionais em todo território brasileiro, e expande suas ações com esta nova perspectiva. O que comprova que o esporte não só é uma paixão nacional, como merece ter um sotaque próprio.
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GIRO MID: 15 ANOS EM PROCESSO DE RENOVAÇÃO A MID Comunicação (Recife-PE) acaba de completar 15 anos de atuação no mercado. Com perfil versátil, atuando como agência de comunicação integrada, a MID iniciou suas atividades oferecendo serviços de assessoria de imprensa, publicações empresariais e comunicação digital. Em 2005, se tornou a primeira assessoria de imprensa a atuar também como agência de propaganda. Cinco anos depois, a MID mais uma vez foi pioneira ao realizar a primeira fusão do setor, com a Oficina de Notícias, também do Recife. De acordo com Hugo Pordeus, diretor executivo da MID, a meta para a reta final de 2016 e para o próximo ano é “continuar entregando um serviço de alta qualidade aos clientes, preservando os valores e a identidade da agência, de ser bastante proativa e se envolver profundamente com cada marca atendida”. A diretora de relacionamento, Isabel Ribeiro, informa que, atualmente, além de assessoria de imprensa e publicidade, a MID Comunicação desenvolve trabalhos em design gráfico, marketing digital (mídias sociais), comunicação corporativa e branding.
SURPRESAS DO AMOR O Boticário foi buscar inspiração na surpresa que um buquê pode despertar para criar a fragrância Floratta Buquê de Flores, que chegou às lojas. Para comunicar o lançamento, a campanha criada pela agência AlmapBBDO conta com filme para televisão e internet, vinhetas, spot para rádio e ação de experimentação da perfumaria em revistas direcionadas ao público feminino e digital. Os anúncios impressos, outdoors e mobiliário urbano são ilustrados pela artista norueguesa Esra Roise, conhecida por retratar o universo contemporâneo feminino.
PÃO DE AÇÚCAR PREMIA CLIENTES No ano que o Brasil recebe o maior evento esportivo do mundo, o Pão de Açúcar, em seu 57º aniversário, sorteará cinco passagens com acompanhante para uma viagem inesquecível ao berço do esporte, a Grécia. Os ganhadores passarão sete dias na companhia de um expert no país conhecendo os melhores lugares para visitar, comer, se aprofundar na história e cultura grega, ou simplesmente para contemplar as belezas naturais que encantam visitantes de todo o mundo. Além disso, durante todo o mês de agosto, as lojas Pão de Açúcar contarão com duas grandes ações que trarão ofertas exclusivas todos os dias em diversas categorias (“Preços Off”) e mais ofertas imperdíveis de sexta a domingo (“Top 10”). A campanha de aniversário conta com um filme de 45 segundos em TV aberta, que trará as principais ofertas e explicará a mecânica para concorrer a viagem. A criação é da Havas e a produção é da YourMama Films. Além disso, todas as lojas da rede receberão material de comunicação especial alusivo à campanha. 14
Ricardo Nascimento
NOVO CONCEITO DA PROMOÇÃO BEBÊ JOHNSON'S A NewStyle é responsável pela mecânica e conceito da promoção de Johnson's. Sucesso desde a década de 60, a Promoção Bebê Johnson's está de volta para revelar os três novos Bebês Johnson's que serão as estrelas de uma propaganda da marca e ainda serão contemplados com R$ 10 mil cada. Para essa nova edição, a NewStyle desenhou uma estratégia mais engajadora, participativa com o intuito de garantir maior adesão. A mecânica da promoção será por meio de sorteio e para participar, a cada R$ 25 em compras de produtos Johnson's baby, Desitin e Cotonetes, o consumidor que cadastrar seu cupom no hotsite da campanha (www.bebejohnsons.com.br) recebe um número da sorte para concorrer aos prêmios. Os participantes podem garantir números da sorte adicionais, de duas formas: compartilhando, uma única vez, a foto de seu bebê em seu perfil pessoal do Facebook, por meio do hotsite da promoção, e/ou fazendo a recompra de R$ 25 em produtos das linhas Johnson's baby e Cotonetes ou uma unidade de Desitin, totalizando compras de, no máximo, R$ 2 mil por participante. Os três vencedores serão escolhidos por sorteio, a ser realizado no dia 9 de novembro de 2016. Além dos três grandes prêmios, serão distribuídos ao longo da promoção 2.010 vale-brindes no valor de R$ 200, totalizando mais de R$ 400 mil em prêmios instantâneos. PITÚ NA 36ª EDIÇÃO DA ABAD Pela décima segunda vez, a Pitú é presença confirmada no Encontro Nacional da Cadeira do Abastecimento (Enacab) – 36ª Convenção ABAD do Canal Indireto: Indústria, Agente de Distribuição e Varejo, entre as maiores empresas do segmento no Brasil. O evento aconteceu em São Paulo nos dias 08, 09 e 10 de agosto, no espaço Expo Exhibittion & Convention Center. Para a marca da cachaça pernambucana, o objetivo é estreitar o relacionamento com clientes de diversos estados e fechar novos negócios. Criado pela Ampla Comunicação, o estande da Pitú na ABAD, com área de 100 metros quadrados, conta com espaço onde os visitantes poderão visitar virtualmente um bar tipicamente nordestino, por meio de óculos de realidade virtual (rift), e escolher entre três opções de petiscos e bebidas que gostariam de degustar. Surpreendentemente, ao tirar os óculos, os pratos escolhidos estarão fisicamente servidos na sua frente. Outro destaque do estande será a intervenção do artista urbano Bozó Bacamarte, que pintará uma das paredes com a campanha visual 2016 da Pitú, cuja inspiração são as tradicionais pinturas de bares nordestinos que a empresa realiza no mercado.
LÁPIS GIGANTE Para reforçar a presença do Colégio Motivo nas zonas Norte e Sul da cidade, a Casa Comunicação coloca nas ruas a nova campanha para a rede de colégios. Quem passar pelo viaduto Joana Bezerra, importante corredor de acesso das principais regiões do Recife, poderá conhecer a campanha. O desafio da agência foi desenvolver uma peça criativa que comunique com eficiência a atuação dos colégios nas zonas Norte e Sul. Com um ponto duplo estratégico, a nova placa do Motivo tornou-se ponto de referência. Um lápis gigante com ponta dupla que sinaliza em cada extremidade uma unidade com a mesma essência, qualidade e cuidado. 15
CAPA | MARKETING COLABORATIVO
UM NOVO CICLO ECONÔMICO IVELISE BUARQUE A pesquisadora Martha Gabriel contou em uma apresentação do TEDx Talks em 2014 uma historinha sobre a lagarta e a borboleta como uma referência sobre criatividade e inovação, enfatizando: “Cada vez que a gente tem um problema novo, a gente tem que ter soluções novas. A gente não pode usar as regras do passado”. Novidades aparecem o tempo todo dentro de um contexto macro, contudo, parece que só se tornam realidade para alguns quando alcançam as telonas ou a grande mídia, como no caso do home exchange (ou intercâmbio de casas). Este serviço, inclusive, ganhou destaque no filme “O Amor não Tira Férias”, 2006, dirigido pela diretora americana Nancy Meyers, na qual Cameron Diaz (que interpreta a produtora de trailers cinematográficos prática, Amanda Woods) e Kate Winslet (Iris Simpkins, uma jornalista incorrigivelmente apaixonada e fiel à crença no amor) são duas mulheres completamente opostas e residentes em pontos distantes que trocam de endereço e clima durante o período natalino. Esta comédia romântica colocou em evidência a proposta do “exchange” (troca, permuta, intercâmbio), conceito “aparentemente” novo no mundo. Porém, este é o movimento de marketing colaborativo, ou economia compartilhada, que já vem sendo praticado no mercado, no meio online e no comportamento das pessoas ao redor do mundo com a possibilidade de se explorar diversas experiências de aprendizado. “Em uma sociedade globalizada e conectada pela internet, o marketing Antônio Cardoso, diretor de Marketing da Aussi 16
colaborativo já é uma realidade que tende a crescer e ocupar todas as áreas da economia brasileira. No nosso dia-a-dia faz parte dos nossos relacionamentos e das fundamentais indicações que movimentam o setor de serviços e todas as profissões liberais”, comenta Silvia Celani, diretora da Mafer Comunicação (SP). A executiva, que é jornalista e mestre em comunicação e mercado, cita a experiência da própria empresa neste processo, a partir de parcerias com clientes que atuam em diferentes setores e que se unem em torno de projetos que trazem benefícios para todos os envolvidos. E não é a toa que esta realidade se estende para vários tipos de setores, como a da moda em que o conceito de “mudar de roupa”, com custos acessíveis, pode ser muito melhor empregado do que adquirir uma nova peça para o guarda roupa, como observado no filme “Sex and The City” em que a assistente Louise (incorporada por Jennifer Hudson) da escritora Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) tem a
Felipe Pereira, professor da Faculdade Estácio do Recife (PE)
oportunidade de usar bolsas de grife de luxo num sistema de aluguel. Esses novos desafios estão mobilizando organizações, marcas e comunidades em experiências variadas e que envolvem diversas frentes, basta o consumidor determinar o que deseja e buscar a opção que melhor lhe satisfizer dentro deste imenso oceano de possibilidades. Assim, temos variedade de opções que suprem, por um lado, nosso desejo de conteúdo inclusive de produção audiovisual por streaming, por exemplo, como no caso dos populares Netflix, Spotfy, Dezeer. De outro lado, obtemos amplo acesso a serviços de todos os tipos que nos proporcionam uma diversidade de praticidades, entre as quais a de ir e vir como em sistemas de transporte na qual se destacam Uber, 99Táxis, EasyTaxi, o Carro Leve do Porto Digital e até a escolha do próprio carro por meio do PegCar, plataforma de compartilhamento de veículos particulares que conecta proprietários a condutores interessados. “A plataforma colaborativa vem para democratizar o acesso a bens e recursos para pessoas que antes não os tinham. Através da colaboração conseguimos diminuir custos, acabar com ruídos na comunicação e ampliar o acesso à informação. Propostas como o Uber dão acesso a mais uma forma de mobilidade para a população, assim como o Bla Bla Car diminui os custos de viagem, ou o Tem Açúcar te dá acesso a bens de consumo sem
necessariamente você ter que comprá-los”, lembra Antônio Cardoso, diretor de Marketing da Aussi, plataforma que aposta no conhecimento colaborativo para facilitar a vida do empreendedor com a busca de soluções para suas dúvidas de negócio (por exemplo, na área de marketing e vendas, inovação, finanças, planejamento, pessoas, legalização e normas e sustentabilidade). De fato, nada é tão simples, prático e moderno do que transformar o ter em estar. Modernidade esta que nos mostra cada vez mais que você é o que compartilha, além de apostar em velhos clichês como “a união faz a força”. “Estamos passando por período de grandes mudanças na sociedade por conta da criação e popularização de novas tecnologias. As pessoas estão com smartphones e tablets cada vez mais próximos. Estão mais conectadas e isso proporciona um meio bastante fértil para iniciativas colaborativas. Assim, os indivíduos deixam de ser agentes passivos que apenas consomem produtos e informações e passam a ser agentes mais ativos, que auxiliam empresas na criação de produtos e serviços (seja com sugestões ou criando diretamente). Produzem um grande volume de informações nas novas mídias, informações essas que muitas vezes são o cerne de negócios”, destaca Felipe Pereira, professor da Faculdade Estácio do Recife (PE). O marketing colaborativo é assim uma nova onda de compartilhamento que cresce no dia a dia das pessoas, no mercado dos negócios e na comunicação, para o especialista, que também é diretor geral do Digaí e da age ncia digital Unu Soluc oes ̃ (PE). O professor, escritor e curador do @InovadoresESPM Gil Giardelli já vislumbrava em 2012 esta força de forma enfática, destacando que, na Era do Eagora, o essencial é repensar os modelos vigentes e aproveitar as oportunidades de vida e de trabalho de forma conectada e compartilhada para melhorar o nosso dia a dia e o cenário das cidades. E assim unir forças não só nos torna mais integrados à sociedade como nos abre outras portas e cria novas trilhas. “Embora a adesão ainda não seja tão expressiva, a prática vem apresentando crescimento consistente no País. Cerca de metade da população concorda que a economia colaborativa veio para ficar. Entre os que já tiveram experiências com ela, 44% afirmam que explorarão mais suas possibilidades. Além disso, 53% dos brasileiros que nunca utilizaram produtos ou serviços deste segmento sinalizam grande probabilidade de adesão. No universo de pessoas que já aderiram à prática, 47% foram influenciadas em partes 17
CAPA | MARKETING COLABORATIVO Karla Patriota, professora da UFPE
pela crise e 39% foram totalmente estimuladas a fazer proveito por conta das dificuldades impostas pela crise”, diz Karina Milaré (SP), presidente da REDS, empresa da holding HSR Specialist Researchers. Apesar de parecer reflexo do momento em que vivemos, este movimento resgata apenas um cenário conhecido por muitos que viveram nos anos 80, se pararmos para analisar. Afinal, quem nunca pegou um livro em uma biblioteca que por sua vez já havia parado nas mãos de outro anônimo? Lembranças à parte, essas “novidades” despontam apenas como a ponta do iceberg deste novo comportamento do consumidor em relação a produtos e serviços, que implica em diversas mudanças no mercado e mexe com a forma de consumo. “O cenário é bastante complexo e multifacetado. Elementos como a aceleração tecnológica, a vida em rede, a concorrência acirrada entre as marcas, a paridade generalizada de produtos e serviços, além dos atuais perfis dos consumidores que têm gradativamente estabelecido para si um novo ethos (hábito), uma nova forma de encarar os desafios de consumo que estão a sua frente (sejam estes de produtos ou serviços, ou mesmo da própria mídia), revelam a impermanência das transformações que assistimos”, comenta a consultora e pesquisadora Karla Patriota, professora da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), que reforça não poder definir de forma “simplista” o marketing colaborativo. Para a docente do curso de publicidade e propaganda e líder do Grupo de Pesquisa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) - Publicidade nas Novas Mídias, encaramos realidade dividida em dois aspectos que, em certa medida, estimulam a cultura da colaboração. De um lado, contamos com consumidores mais engajados, conhecedores, críticos e sofisticados e, no outro, empresas, marcas e produtos cada vez mais similares, mas lutando por diferenciação. “Parece um contrassenso! 18
Enxergo, justamente, que é nesse espaço que o marketing colaborativo ganha expressividade. Por isso, defendo que a gestão das empresas e marcas deve se pautar na construção de novas abordagens, entendendo que dados estatísticos não são mais suficientes. Na perspectiva 'colaborativa' é essencial 'dialogar' com o target e, se não o conhecermos profundamente, não conseguiremos. A comunicação da atualidade, os hábitos de consumo de mídia, as influências na aquisição de bens, o ethos de compras, a experiência com as marcas, Tudo está adquirindo um 'ar extremamente pessoal', resultante da articulação social, comportamental e psicológica dos novos tempos 'customizados'”, completa Patriota. O que eu quero e preciso acaba sendo assim um direito de escolha de ser quem eu sou usando o que eu quero da forma que eu quero, e esta é uma grande força de construção proporcionada pela economia compartilhada. Ela tem ajudado na construção de novas relações com o consumidor que exige outras experiências com as marcas, branding democrático no qual recentemente apostou a Havaianas, por exemplo. Sempre se reinventando numa estratégia no mercado competitivo, a empresa apostou na nova linha a Alpargatas Havaianas Origine II, pautada na tendência da personalização, para criação de produto único para o consumidor, que tem o direito de escolher a cor e o tom que deseja em sua sapatilha. “O marketing colaborativo é o presente e o futuro, representa a estratégia do Marketing 3.0, pautada na opinião das pessoas sobre determinada empresa ou produto. Se uma empresa está realmente voltada para o seu público e quer ouvir o que os seus consumidores estão falando sobre ela, o mercado e seus concorrentes, o caminho a seguir é esse. Afinal, o consumidor não tolera mais propagandas invasivas, não é mais facilmente persuadido a adquirir um produto. Inclusive, não acata sem algum tipo de recomendação de alguém próximo ou que influencie em sua opinião, por exemplo, sejam blogueiros, influenciadores digitais, etc”, para a consultora Thailise Monteiro, marketing do Colégio e Curso SEI (www.sistemasei.com.br). NADA IGUAL AO MESMO – De fato, o mundo não é mais o mesmo e traz uma série de questionamentos que estão
impactando cada vez mais a economia tradicional e os modelos de consumo conhecidos. Por que adquirir o livro que pode ser pego emprestado, ou trocado por outra obra que você tem em casa? Vale mais a pena comprar ou alugar liquidificador, frigobar, violão, casaco de inverno ou até mesmo luvas de boxe, se o seu uso não será duradouro? Isso tudo deve ser levado em consideração, pois já existem plataformas online que proporcionam toda esta gama de possibilidades. Novas criações permitem aos usuários alugarem ou emprestarem objetos e serviços de pessoas físicas, e muitos sites utilizam este conceito de economia colaborativa para conectar pessoas com interesses e necessidades comuns, facilitando o compartilhamento e a troca de bens e atividades, uma atitude totalmente sustentável. “O marketing colaborativo, derivado da economia compartilhada, representa muito bem a mudança de paradigma que vivemos do TER para o SER. São poucos produtos que se valem ainda das mesmas campanhas que incitam o status em ser dono de um grande bem material como um carro ou mansão na praia. É muito mais atrativo oferecer a possibilidade de estar em diversos lugares incríveis ao longo da vida do que se prender a apenas um local ou a apenas uma experiência. Essa é a base conceitual do Airbnb, por exemplo.”, lembra Gianfranco Zuculoto, da agência Fullbar Digital (SP). Muito popular, o Airbnb é um serviço global online que funciona como plataforma que conecta pessoas que gostam de viajar e que descobrem por esse sistema espaços diferenciados para se hospedar com o suporte de anfitriões, que os recebem e ajudam a conhecer os pontos turísticos das localidades. Fundado em 2008, em São Francisco, na Califórnia, foi uma das primeiras experiências efetivas dentro desta proposta compartilhada e colaborativa, nascida como alternativa para impulsionar o consumo turístico em tempos de recessão. “A mudança logística proporcionada nas empresas como o Airbnb, apps de taxi e outros se deve ao fato de que estas iniciativas acabam por ter como principal fonte de valor o conteúdo gerado pelo próprio usuário, na forma de resenhas e avaliações de serviço. Dessa forma, estas empresas se tornam grandes players de seus setores sem serem donas dos ativos. Daí surgiu a frase: 'O Uber é a maior empresa de
transportes do mundo sem ser dona de nenhum carro!'”, diz Zuculoto. Os primeiros negócios baseados na economia compartilhada, surgida naturalmente nos Estados Unidos, se tornaram modelos de novos negócios e popularizaram esta tendência por apresentar produtos e serviços mais baratos e que valorizam experiências que simplificam o sistema de consumo. Uma vertente que parece ter cada vez mais aderência de uma parcela mais jovem da população, mas também tem se popularizado e atingido uma faixa mais ampla de consumidores. “Colaborar sempre foi sinônimo de agregar esforços e inteligência em torno de um ideal. As pessoas sempre fizeram isso. No entanto, hoje vemos este conceito e prática tomarem tamanho exponencial por conta das novas tecnologias que facilitaram a conexão entre as pessoas e seus respectivos ideais”, reforça o publicitário Leandro Ogalha, sócio e diretor da agência Tboom (SP). Analisando bem, este é um formato moderno de escambo que tem até sua versão televisiva no History Channel com o programa “A Troca Perfeita”, em que dois expert nas trocas conseguem praticamente qualquer produto apenas realizando permutas. E, com isso, vemos que o que conhecíamos como prática de negócio está apenas avançando para um quadro maior, que caminha para a expansão da inovação. Caminho este que precisa ser analisado de forma detalhada, pois deverá ser um sem volta. “É preciso ficar claro, de antemão, que a colaboração não é uma modinha, ou a resultante de seres humanos melhores. Os humanos continuam sendo egoístas, invejosos, amorosos, loucos etc, como que sempre foram. O que mudou foi a forma como o mundo evolui: de linear, para exponencial. De um mundo complicado, para um mundo complexo. E a forma como se resolve problemas num mundo complexo é através da
Thailise Monteiro, Marketing do Colégio e Curso SEI 19
CAPA | MARKETING COLABORATIVO Leandro Ogalha, sócio e diretor da agência Tboom (SP)
colaboração e do compartilhamento de informações”, destaca a publicitária Beia Carvalho, consultora do CEOlab e palestrante futurista da 5 Years from Now. De acordo com pesquisa da REDS, a economia colaborativa é apontada por muitos especialistas como a principal tendência econômica do século 21, quando analisada a relação dos brasileiros com esse segmento e o impacto da crise econômica no seu crescimento. E isso reforça o ponto de vista da especialista em futurismo e traz um novo ponto de vista sobre a lógica das iniciativas colaborativas e o que é relevante nos dias de hoje. Algo que a torna de fundamental importância para a sociedade. “Um ponto forte que alavanca esse movimento é a percepção de benéficos ligados ao consumo consciente, incluindo redução de poluentes e resíduos no meioambiente. Além disso, a própria busca por economia e equilíbrio financeiro faz parte de uma proposta de vida sustentável. Entre os conhecedores da economia colaborativa, 6 em cada 10 pessoas possuem perfil de consumo mais consciente e relacionado a causas sociais. Ademais, 80% deles acreditam que esta prática traz benefícios à população”, enfatiza Karina Milaré da REDS. A nova visão que as pessoas têm sobre o que é fundamental para a sociedade moderna mostra, contudo, que temos muito chão pela frente, tomando-se como base esta pesquisa “Economia Colaborativa - Mudança de Cultura ou Efeito da Crise?”, realizada pela empresa da 20
holding HSR Specialist Researchers. Os dados apontam que apenas 52% dos brasileiros estão familiarizados com esta vertente. E, somente 13% já utilizaram algum produto ou serviço deste movimento, que conecta pessoas com interesses e necessidades comuns para o compartilhamento de serviços e objetos. Entre os que dizem conhecer, apenas 60% realmente sabem explicar no que consiste a prática, o que não significa que esta vertente não apresente grande potencial de crescimento. “Para o avanço pleno desta vertente, será preciso lidar com pontos que, atualmente, possuem percepção ruim como falta de segurança e regulamentação dos serviços, impacto negativo nos negócios das empresas e para profissionais, além da pouca divulgação dos serviços. E isso significa tanto pelo aumento de adesão entre os que ainda não a utilizaram quanto pela lealdade daqueles que já experimentaram esta nova forma de consumo”, ressalta Milaré. NO VIÉS DO COMPARTILHAMENTO E COLABORATIVISMO – Estamos diante da mudança de uma nova e eminente cultura que terá maior adesão num piscar de olhos, ao pensamos bem aonde caminha a humanidade e a sociedade de consumo. Inclusive, quando consideramos as estatísticas populacionais e as pesquisas em mãos. No caso deste estudo da REDS, realizada em abril de 2016, com 1.025 entrevistas em todas as regiões do País, as perspectivas envolvem um público de usuários não só com faixa etária de maior decisão como também de maior poder de compra. Os dados apontam que os maiores utilizadores da economia colaborativa são as pessoas com idade entre 35 e 59 anos, homens (1/3 já usou) e da classe A (4 em cada 10 já usaram), dentro de um universo pesquisado composto por pessoas do sexo masculino e feminino, entre 18 anos e 65 anos, das classes A, B e C (critério Brasil). E observa-se que as categorias de produtos e serviços de maior adesão são viagem e hospedagem, livros e mapas colaborativos, assim como um grande uso de redes sociais e aplicativos para compartilhamento e troca de serviços e produtos, como o Airbnb, 99Taxis e Uber, Estante Virtual e Livra Livro e
Waze e Muda SP. Com isso, temos uma visão clara de que compartilhar é preciso porque o público deseja mais praticidade e maior conexão com o outro, mesmo que seja virtual para se sentir parte também de um todo, mesmo não integrando de forma real o desenvolvimento concreto do processo. “Neste sentido, as marcas observando este fenômeno, estão trabalhando (ou tentando) para integrar aos seus esforços de comunicação e marketing os mesmos princípios para gerir equipes, dialogar e vender seus produtos/serviços através de uma nova dinâmica de relacionamento com seus clientes, mercado e sociedade, que se torna fundamental para a sobrevivência e crescimento. As pessoas, sejam os colaboradores ou consumidores, devem estar no centro da estratégia global da empresa”, reforça Leandro Ogalha, que também é gestor e investidor em startups pela Vulcanico Digital Business Creator e diretor da ABRADi - SP. Assim como o público está mudando, a grande pauta das empresas está seguindo para o mesmo caminho. E isso só reforça que as mudanças que já se vislumbramos para o mercado de consumo que conhecemos, não só representa “um novo ciclo econômico” com implica em uma transformação de toda uma construção empresarial que não poderá não funcionar mais dentro em breve. Antigamente, segundo a futurista Beia Carvalho, quando nos deparávamos com uma nova tendência no marketing, nos negócios, na comunicação, o poder gestor se informava sobre a nova tendência e a implantava da forma que acreditava ela seria mais benéfica para a empresa. Agora, numa era de transição que estamos vivendo, o movimento é invertido. “Quando falamos em movimentos colaborativos, a pergunta que o gestor se faria 'como a gestão interna ou a logística da empresa pode se beneficiar da colaboração?' é feita à rede de colaboração. O paradigma é quebrado na origem. Como nós vamos funcionar? Por onde vamos começar? Por que é melhor começar por aqui? Quem mais poderia participar?”, destaca a especialista. Isso funciona em diversos aspectos de gestão de uma empresa, seja interna ou até mesmo no que diz respeito à sua logística, se analisarmos todos os cenários do mercado e tivermos a percepção de que um negócio pode ampliar as expectativas no mercado. “Existem projetos de colaboração em diversos níveis. Do ponto de vista de produtos, empresas como a Camiseteria (www.camiseteria.com) e a Meu Adesivo (www.meuadesivo.com.br) permitem que pessoas submetam projetos gráficos (de camisetas e adesivos, respectivamente) que podem vir a ser produzidos e comercializados para o público. A Ruffles, por exemplo,
está com uma promoção (http://facameumsabor.ruffles.com.br) para que o público sugira novos sabores. Os melhores sabores serão produzidos e comercializados no mercado”, pontua Felipe Pereira, entre os exemplos que encontramos por aí. De fato, esta nova onda da “Economia Compartilhada” tem mudado a vida de pessoas no mundo e agora no Brasil, gerando assim uma nova e impensável moeda que especialistas estão chamado de "capital de reputação". Na Era das Ideias unir forças traz um novo panorama de criação, mais relevante e mais impactante. Mas naturalmente, tudo isso só é eficiente quando conectado a um conceito positivo, proporciona uma imagem positiva aos envolvido. E o resultado disso, economia significativa e geração de valor. “Para mim, unirse a outras empresas que tenham um mesmo propósito e fazer ações em conjunto, é algo mais rápido, simples e barato, e gera um excelente networking além de novos negócios entre as empresas e com novos consumidores. Na gestão interna, não acredito que se deva existir uma separação por área como 'marketing colaborativo'. Na minha visão toda a empresa deve ser colaborativa. Alguém de T.I tem que dar dicas em vendas, atendimento, marketing e vice versa. Obviamente a decisão final ficando em cada área de origem”, diz Pedro Renan, CMO do We Do Logos (RJ). Pautada em confiança, influência e crédito (no sentido de segurança), a Economia Colaborativa e as Plataformas Compartilhadas estão interligadas a tudo hoje em dia que acompanhamos, inclusive na própria tradicional que está encontrando nesse modelo de produção uma nova força. A interligação com o leitor que pode colaborar com o conteúdo que é trabalhado no veículo tem motivado a geração de informação e até sem certa medida contribuído para a sua sobrevivência, o que impede o parar das prensas. “Temo um exemplo da criação de um estande para uma revista, onde os clientes forneceram os produtos e a montagem. A revista teve seus custos reduzidos e apresentou uma pela proposta aos visitantes da feira, Os clientes, que não participariam deste evento. Apesar de não serem expositores, tiveram suas marcas divulgadas e a publicação de matéria e anúncio na revista”, lembra Silvia Celani da Mafer Comunicação de processo colaborativo que reforça um dos vários formatos possíveis. No que diz respeito à comunicação, segundo a jornalista e especialista em administração mercadológica, comunicação e mercado, a economia colaborativa é o cerne de todos os processos uma vez que interliga as mais diferentes áreas que atam em conjunto projetos e ações que se tornam realidade, seja para a divulgação com o público interno ou externo. “Na gestão interna está 21
CAPA | MARKETING COLABORATIVO presente em todas as atividades realizadas, em equipes multidisciplinares que unem esforços em torno de novos projetos. Na logística quando atuam de forma conjunta para que o cliente receba seu produto de forma rápida e eficiente, reduzindo erros e problemas”, lembra. A necessidade de se trabalhar de forma mais colaborativa e de se criar em conjunto para gerar novas ideias se tornou cada vez mais presente nos dias de hoje, com o aporte das tecnologias. E mais fundamentalmente pela mudança de comportamento e de visão de negócios, gestão e empreendedorismo. A forma como empreendemos não é mais a mesma, os processos de trabalho não funcionam como antigamente e os nossos targets não são mais tão previsíveis como imaginamos. Mas, os caminhos são muitos e podem ser explorados por todos em diversas escalas, estejam dentro do universo das
grandes corporações ou no processo individual. “Como uma empresa, existem dois grandes modelo de colaboração que podem ajudar. Um é o financiamento colaborativo, modelo que é consolidado nos Estados Unidos e que cada vez mais vem crescendo no Brasil. Nesse modelo, a empresa consegue captar recursos para investimento em seu próprio negócio com potenciais clientes e pessoas interessadas, os principais brasileiros são Catarse, Benfeitoria e Kickante”, diz Antônio Cardoso da Aussi Para o diretor de Marketing do aplicativo de compartilhamento para empresários, o marketing colaborativo vem para ajudar não só o consumidor, assim como as próprias empresas. Basta apenas saber como transformar suas potencialidades a favor do negócio. “ Outra forma é através de consultoria colaborativa, onde a pessoa conta com uma rede de pessoas que usam o seu conhecimento em prol de resolver um problema. Assim, consegue-se maximizar a solução do problema frente ao modelo tradicional onde se contrataria apenas uma pessoa para ajudar a resolver essa questão. No Aussi, trabalhamos esse modelo voltado para o empreendedorismo, onde o empreendedor posta o desafio do seu negócio e a rede de empreendedores do Aussi o ajuda a resolver com base em suas experiências. Desse modo consegue-se uma solução mais rápida para o empreendedor e de modo acessível, algo que não seria possível sem a economia colaborativa”. Diante disso, restar não só dar a cara à tapa, como também deixar o barco navegar, mas manobrando-o com bom senso e foco para não se perder o rumo nessas águas ainda desconhecidas.
A forma como se resolve problemas num mundo complexo é através da colaboração e do compartilhamento de informações. Beia Carvalho, publicitária e consultora do CEOlab
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CONECTE-SE www.instagram.com/flavianosoliveira
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FLAVIANO DE SOUZA O designer gráfico Flaviano de Souza vem de Minas Gerais ganhando o mundo com seus projetos de ilustrações temáticas. A última série foi batizada de “Never clip my wings”, com personalidades de vários segmentos que possuem uma história de desafios superados para chegar ao cume de suas carreiras. Com uma técnica que mistura desenho, pintura e computação gráfica, seus projetos já figuram em publicações e exposições, amealhando um número crescente de fãs. Vale a pena a visita para se inspirar e quem sabe, convidálo para o seu projeto?
HEIGHT FIVE SEVEN Melissa Logan é uma artista visual fissurada em música, com uma coleção imensa de discos de vinil. O seu blog é uma fonte inesgotável de referências, onde cada postagem envolve uma foto dela própria reproduzindo capas clássicas de discos consagrados, ou pelo menos, desenvolvendo uma imagem que dialoga tanto com a paleta de cores, quanto enquadramento e o contexto implícito nos projetos visuais. Melissa é uma espécie de pin-up moderna, cujo combustível é a música. Além das fotos, é possível encontrar textos pessoais que trazem músicas como referência.
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PANORAMA | SUPERMERCADOS ARCO-ÍRIS
A LUZ DA ESCÓCIA QUE BRILHA NO NORDESTE JULIANO MENDES DA HORA Grandes ideias não precisam de muito para render bons frutos. Ao contrário do que muitos possam imaginar, o primeiro passo numa jornada empreendedora tem o mesmo peso das estratégias aprendidas e praticadas no meio do caminho. Para quem reclama da falta de portas abertas, outros caminhos podem e devem ser explorados. Foi assim que o casal Armínio e Antônia Souza adentrou no ramo do comércio: abrindo uma janela. O conhecimento e a credibilidade adquiridos durante os anos atuando em contato direto com o público e outros comerciantes foram às bases do sólido alicerce que daria início ao grupo Arco-Mix (ex-Arco-íris), guiando a família ao ramo de supermercados, abrindo o primeiro da rede em 1981. Era o ano de 1965, quando a residência da família na Usina Santo Inácio resolveu fazer de sua janela um ponto para uma pequena vendinha, tão familiar a quem mora nas cidades do interior. A iniciativa se mostrou promissora, e em 1969, eles levaram o negócio para o Mercado Público do Cabo de Santo Agostinho, onde passaram a fornecer itens tanto no varejo quanto para outros estabelecimentos. Hoje, a rede conta com 19 lojas no estado de Pernambuco, um centro de distribuição e cerca de 1.800 funcionários, tendo à frente Edivaldo Santos, um dos sete filhos de Armínio e Antônia. Conhecendo o Brasil como conhecemos, invariavelmente perguntamos como 24
eles conseguiram, diante de tantas empresas abrindo e fechando diante de nossos olhos ao longo dos anos e das várias crises econômicas. “Ter crescido nesse ambiente de negócios me trouxe a consciência do desafio diário que é encarar o mercado. Mas graças aos ensinamentos que recebi dos meus pais, pude perceber que a gente só cresce se enxergarmos esse trabalho além do lucro puro, simples e imediato. É preciso de valores éticos e principalmente a valorização daqueles que trabalham comigo”, afirma Edivaldo. DE SEMENTES A ÁRVORES FORTES – De fato, o êxito da rede passa pelo desempenho dos funcionários, que encontram na empresa uma oportunidade de crescimento. “Todos os nossos gerentes, por exemplos, foram selecionados a partir dos talentos que já observávamos dentro de nossas lojas”, explica Edivaldo, para quem é importante o fomento de líderes a partir da prática da transparência nos recursos humanos. Esse departamento é responsável por uma política que integra os funcionários e os inspira a sempre fazer o melhor dentro de suas responsabilidades, pois o reconhecimento é algo que sempre vem para quem se destaca naquilo que faz. Todos os colaboradores têm acesso a relatórios com indicadores de gestão, com novas vagas abertas e promoções. Essa postura está cada vez mais difícil de encontrar no mercado atual, tão impregnado de alta
rotatividade e insatisfação profissional. Edivaldo prefere não cair nessa vala dos vícios empresariais. “Ao contrário de muitos empresários que encaram a valorização dos funcionários como algo encarecedor para a folha a longo prazo, eu vejo como uma vantagem perante a minha concorrência. Se o meu colaborador percebe que pode evoluir aqui dentro, fica mais fácil dele se integrar à empresa. Ela cresce junto com ele, em vez de só extrair o seu talento. Nós adubamos essa energia que existe dentro de cada um com reconhecimento e crescimento, retendo assim bons profissionais que só enriquecem a nossa trajetória”, explica. Para se ter uma ideia da visão de Edivaldo Santos, seu grupo também oferece bom número de vagas destinadas ao programa Jovem Aprendiz, que dura cerca de um ano, mas que geralmente termina contratando a grande maioria dos jovens que participam da iniciativa. Pessoas portadoras de deficiência também têm janelas e portas abertas, com vagas tanto para as lojas, quanto para a área administrativa. Por ter essa postura altamente agregadora, de espírito familiar, o slogan “O Supermercado da família” não poderia ser mais adequado. Por essas razões, Edivaldo foi presidente da Associação Pernambucana de Supermercados (APES) por dois biênios consecutivos. No desempenho financeiro, o grupo teve aumento de 27% no seu faturamento entre 2011 e 2013 (saltando de R$345 milhões para R$438,4 milhões) e fechou 2015 com
A rede de supermercados contou com o talento da atriz Solange Couto em uma divertida campanha desenvolvida pela Aleixo Comunicação
acréscimo de 40% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). LIMÕES E LIMONADAS – Partindo dessa relação sólida com seus colaboradores, a consequência natural foi a satisfação dos clientes e o crescimento gradual da rede, e em meio a tantos fatores administrativos, uma ou outra coisa sempre passa despercebida. E foi o que aconteceu ano passado, quando Edivaldo resolveu solicitar o registro da marca Arco-íris. Para sua infelicidade, uma empresa varejista de São Paulo já possuía os direitos de uso, e contra isso, não havia nada a ser feito. “Preferimos nos reestruturar em vez de gastar energia desnecessária brigando na justiça. Meus pais sempre nos mostraram que o nosso tempo e dinheiro devem ser empregados naquilo que seja positivo, que nos ajude a crescer”. E assim, a família Arco-ìris foi sutilmente rebatizada de Arco-Mix. Uma mudança simples que não traria
grandes prejuízos a uma empresa com 35 anos de atuação. Santos aproveitou a oportunidade para continuar fazendo o que sempre fez com maestria: se reinventar, sem perder a essência. Novas campanhas foram feitas reforçando a identidade e os valores construídos perante o público, utilizando uma linguagem dinâmica, alegre e popular. Recentemente, a rede de supermercados contou com o talento da atriz Solange Couto, mais conhecida como a inesquecível Dona Jura, e atualmente no elenco da novela Malhação como a dona de casa Vanda, em uma divertida campanha desenvolvida pela Aleixo Comunicação. Todos os filmes foram gravados nas lojas da Arco-Mix, enfatizando uma comunicação mais humanizada, legitimada pela confiança que a atriz passa ao público. Conhecida pelos seus papéis que enveredam pela figura da mãe sempre presente e simpática, Solange foi uma escolha acertada para estabelecer um diálogo mais próximo ao público do Arco-Mix, transmitindo confiança e
intimidade. Outro fator importante para a solidez da presença do Arco-Mix no market share, é a sua contribuição a causas humanitárias. A rede protagoniza a campanha Dia do Pão Solidário, onde escolhe uma data para reverter todo o lucro obtido com a venda de pão francês a alguma instituição. Esse ano, a campanha se deu no dia 27 de junho e beneficiou o Hospital do Câncer de Pernambuco, com parceria da Pan Cristal, fornecedora de massa. Com cerca de oito mil pães vendidos diariamente, houve um incremento de 61% da venda dos pães nas lojas durante a data, arrecadando um total de R$ 10.926,13 para o HCP. Decididamente, a Arco-Mix tem à sua frente um horizonte bastante colorido, graças ao aprimoramento das suas relações internas e externas, além de buscar inovar naquilo que faz de melhor. E você, vai continuar achando que o cenário lá fora é cinzento, ou vai tratar de trazer cores vivas pro seu projeto? 25
CURSO PROFISSIONAL
UNIÃO DE FORÇAS PROMOVE COMPETÊNCIA IVELISE BUARQUE Conseguir parcerias estratégicas é o que pode impulsionar o crescimento de um negócio, e no cenário da educação é uma das maiores conquistas para o avanço do conhecimento. Imagine então quando esta união é focada na conexão para o ensino profissional? Esta é a experiência que a Consumix Consultoria de Comunicação, Consumo e Cultura traz para Pernambuco com ligação exclusiva com a SPdS (São Paulo Digital School), que contempla o expertise dos seus cursos para profissionais e estudantes de comunicação ao Recife. A primeira iniciativa com a instituição foi maio quando promoveu com o apoio do C.E.S.A.R.edu o curso Publicidade Digital 3.0, ministrado por Bartira
Pontes, Head de Business Development da F451, que teve lotação esgotada. “Esperamos que esta parceria ajude a promover a cultura digital em Pernambuco, formando profissionais cada vez mais competentes e competitivos no marketing digital”, destaca a sóciadiretora da Consumix, Izabela Domingues. A empresa pernambucana, fundada em 2008 pela publicitária e professora universitária, enveredou nesta linha de trabalho por acreditar ser fundamental contribuir para ampliar o saber com expertise mercadológico e acadêmico de Izabela Domingues e de sua sócia Paula Dias, que também dirige a empreitada desde abril. “Acreditamos
que a hora é de estudar e de aplicar o que foi aprendido, visto que os campos do marketing e da comunicação estão passando por profundas transformações. Como planejar e agir com inovação e competência sem conhecimento de ponta? Acreditamos que o conhecimento de ponta, aliado à experiência de mercado, são uma dupla imbatível para a obtenção dos melhores resultados”, comenta. Com esta proposta em mente, foi possível concretizar a ideia que já contou com incursões anteriores como minicurso sobre Antropologia do Consumo com a carioca Raquel Souza da Silva, doutoranda em Antropologia pela UFF e professora e pesquisadora da UFRN, realizado em dezembro de 2015. Mas, além disso, a Consumix tem apostado no desenvolvimento do saber em diversas vertentes com a criação em outubro do mesmo ano do primeiro grupo de estudos sobre branding de Pernambuco. A iniciativa inédita visa fomentar um dos temas mais instigantes e relevantes do marketing e da comunicação no século XXI. “As mudanças advindas da vida digital são imensas e irreversíveis. Tudo mudou: da forma como compramos produtos e serviços até a forma como namoramos. Tem uma camiseta curiosa que diz: Te conheço de outros apps. É por aí. Quem não se atualizar e mudar vai perder o bonde da história. Não adianta ficar com saudade de velhos Carnavais que não voltam mais”, enfatiza Domingues. Fernando Souza: O consumidor interage com marcas, empresas e produtos diariamente e isso fornece para as marcas enorme banco de dados
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Izabela Domingues: As mudanças advindas da vida digital são imensas e irreversíveis
Agora, a Consumix aliou o seu know-how com a expertise da SPdS para gerar atualização em alta performance em mídias sociais, realizado no começo de julho, com o publicitário Fernando Souza, professor e consultor de marketing digital, comunicação e mídias sociais. Um casamento que surgiu com a união de forças com a chegada de Paula Dias à consultoria de Brand Communication. Especialista em marketing digital, a diretora Paula Dias trabalhou com a Ana Barcelos, sócia da São Paulo Digital School, na agência F.Biz, em São Paulo. “A partir das conversas sobre o mercado de comunicação digital entre as duas, surgiu a ideia de trazer uma embaixada da SPdS para o Nordeste, tendo o Recife e a Consumix como polo emissor de parcerias e negócios para a região, com cursos, palestras, workshops e treinamentos de equipes in company”, lembra Izabela. Esse contato próximo e frequente proporcionou esta parceria para a empresa pernambucana que já vem trabalhando em cima de inteligência de mercado, cultura digital
e inovação. Desde sua criação, busca promover o pensamento estratégico e assertivo a partir do entendimento da essência das marcas e da percepção do seu valor, para a sociedade e para seus públicos, com integração de todas as arenas da comunicação com o mercado para gerar experiências memoráveis. Um ideal que se alia ao próprio conceito do São Paulo Digital School, um centro de capacitação, debates e disseminação de conhecimento em gestão, marketing, comunicação e internet, fundado em 2008, em São Paulo. Considerada uma das mais importantes e prestigiadas escolas de mídias digitais do Brasil, a SPdS trabalha de forma particular com a proposta de informar e inspirar o engajamento em projetos que contribuam para ampliar a formação profissional e o empreendedorismo no país. E sua atuação agora no Nordeste dá novo pontapé em sua missão com o começo da ofertar de alguns dos 25 cursos do seu portfólio, com os mesmos professores que ensinam em São Paulo. Desta forma,
proporcionam oportunidade única para que estudantes e profissionais do mercado publicitário se reciclem e se especializem em áreas de interesse na região. “Depois de oito anos atuando em São Paulo, a chegada da SPdS no Nordeste acontece em um momento de amadurecimento da escola. O projeto, com Paula Dias à frente do núcleo do Recife, vai levar a cada dois meses os cursos mais procurados, todos ministrados pelos mesmos profissionais dos cursos regulares da escola em São Paulo. Será, além de crescimento, ótimo aprendizado para nós essa possibilidade de troca de conhecimento com outras regiões e mercados.”, diz Carlos Medina, sócio e fundador da SPdS. Depois da primeira investida com o curso de Publicidade Digital 3.0, a parceria entrou mais uma vez em cena com o de alta performance em mídias sociais, que apresentou panorama sobre a nova propaganda. Conceitos, estratégias, ferramentas, canais, métricas. “Muitos de nós estamos conectados boa parte do dia apenas como consumidores e usuários. O consumidor interage com marcas, empresas e produtos diariamente e isso fornece para as marcas enorme banco de dados de interações e emoções humanas, basta saber interpretar e cruzar os dados corretamente”, destaca Fernando Souza, consultor e professor de Marketing Digital, que esteve no Recife para ministrar este novo curso. Atuando há mais de 15 anos no setor, o especialista trabalhou com o proposito de ajudar a cobrir algumas lacunas e repassar informações e ensinamentos fundamentais para o entendimento desse novo momento da comunicação, em que o Social Media impera como a menina dos olhos das ações de marketing das marcas e que agrega diversas estratégias que fazem parte do dia-adia de qualquer profissional nos dias de hoje. 27
OLHAR ACADÊMICO
A ACADEMIA E UM MUNDO DE POSSIBILIDADES MARIANA LIBONATI | PUBLICITÁRIA MARIAMA DA MATA | DESIGNER DE MODA Anualmente, o Intercom promove encontros regionais e encontro nacional para discutir as abordagens mais relevantes e tendências da comunicação. O Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação acontece desde 1977 e reúne, tradicionalmente, cerca de 3.500 pessoas, entre alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais da área. No evento, são debatidos tópicos de jornalismo, relações públicas, publicidade, rádio, televisão, cinema, produção editorial e de conteúdo para mídias digitais e políticas públicas de Comunicação, entre outros. De 7 a 9 de julho de 2016 tivemos a oportunidade de participar do Intercom NE na cidade de Caruaru - PE como congressistas, participantes e convidadas para coordenar a mesa do Intercom Junior com o tema: Estudos interdisciplinares da Comunicação. Nesse Congresso, mais de 2.200 amantes da comunicação se inscreveram para participar da edição Nordeste do Intercom. Foram realizados 23 minicursos e 13 oficinas com os mais variados temas. Na noite do primeiro dia, o Intercom Nordeste 2016 foi aberto oficialmente em uma cerimônia solene no Centro de Convenções Empresário Djalma Farias Cintra. O momento também contou com a apresentação do cantor e compositor da canção “A Feira de Caruaru”, Onildo Almeida, e com palestra ministrada pela professora pós-doutora e pesquisadora da USP, Clotilde Perez. (Fonte: https://agenciadenoticiasunifavip.word 30
press.com/category/intercomne 2016/). Participar de um evento como esse é muito enriquecedor, pois nos abre um leque de oportunidades e conhecimentos. Estamos prestes a concluir o mestrado de Consumo, Cotidiano e Desenvolvimento Social da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A grade curricular desse mestrado é composta por disciplinas como: Fundamentos da Cultura do Consumo, Economia Familiar e Tecnologias Domésticas, Antropologia do Consumo, Comportamento do Consumidor, Educação do Consumidor, Organização, Inovação e Sustentabilidade, entre outras. Esse mestrado é importante para compreender aspectos relacionados ao consumo, que é um tema em voga na atualidade. As discussões em sala de aula são pautadas em diversos assuntos como: gênero, política, família, consumo, sociedade, cultura e afins. Os mestrandos bebem de fontes de várias áreas que contribuem para que tenham o olhar mais ampliado sobre o consumo e os fenômenos que o abarcam. Isso nos torna profissionais e pessoas mais preparadas para observar a sociedade do consumo. Dessa forma podemos realizar pesquisas e debates em sala de aula mais aprofundados sobre a temática. No dia 7 de julho pela manhã participamos do minicurso: Marketing contemporâneo e o poder coletivo do consumidor, com o professor Ailson Ramalho Oliveira da Costa. O mini-
curso foi muito rico, pois o professor deu uma aula sobre a trajetória e evolução do marketing e o momento em que as empresas passaram a ter foco no comportamento do consumidor. Ele citou diversos cases de empresas de sucesso do mercado e também falou sobre o novo consumidor que está empoderado e produz conteúdo nas mídias digitais. Os temas abordados foram muito interessantes, pois são temas que eu, Mariana Libonati, estudo. Assistir a esse minicurso foi relevante para agregar conhecimento, pois como eu, Mariama da Mata, sou designer de Moda, compreendo um pouco de marketing e assim pude ver a evolução desta profissão na qual não tinha conhecimento. E o professor chamou atenção, pois muitas vezes não é valorizado pelos empresários e, o que pude perceber na fala do professor é que ele tenta a todo o momento destacar a importância dos profissionais do marketing, e de não cair no “achismo” ao fazer uma consultoria para as empresas, e sim “beber de todas as fontes”. E em relação ao consumo coletivo foi interessante, pois os usuários tem o poder de questionar nas redes sociais o discurso publicitário das empresas que muitas vezes não é real. Na abertura do evento que aconteceu no mesmo dia à noite fomos contempladas com a palestra de Clotilde Perez, Livre-docente em Ciências da Comunicação pela ECA USP.
Mariana e Mariama com os pesquisadores do Intercom Jr.
Mariama da Mata apresentando o trabalho "Mercado da Música Pós-Movimento Manguebeat..."
Mariana Libonati(autora) apresentando o trabalho:"A in uência da mídia..."
Mariama da Mata, Clotilde Perez, Marcelo Martins e Nathalia Arcoverde
O tema da palestra foi: Os sentidos da mídia na contemporaneidade. A palestrante trouxe reflexões importantes sobre a cultura das mídias, cibercultura, dados atuais dos usos das mídias online e off-line, entre outras. Um ponto fundamental levantado por ela foi que os estudiosos e o mercado de comunicação têm que parar de responder apenas à pergunta: - O que os meios fazem com as pessoas? E passar a questionar: O que as pessoas fazem com os meios? A experiência de apresentar o trabalho no Intercom foi relevante, pois pudemos trocar ideias com pesquisadores da área sobre as temáticas que envol-
vem nossos trabalhos de dissertação do Mestrado. Além disso, participando do evento, tivemos a oportunidade de coordenar a mesa do Intercom Junior com o tema: Estudos interdisciplinares da Comunicação. Foi um momento muito enriquecedor, pois os trabalhos apresentados trouxeram temas bastante atuais e reflexivos como: gênero, novas mídias, moda, entre outros. A nossa participação no congresso foi importante para o nosso crescimento na área acadêmica. Destacamos também um momento muito importante do Congresso que nos chamou a atenção: a mesa temática onde a palestrante Ana
Roberta Siqueira (superintendente de Empreendedorismo do Porto Digital) nos apresentou os Armazéns da Criatividade que é uma estrutura especial de suporte à inovação e ao empreendedorismo criativo. Ana trouxe produtos inovadores e projetos que estão sendo desenvolvidos pelos Armazéns da Criatividade (Sedes: Caruaru e Petrolina), cuja concepção, gestão e operação cabem ao Porto digital. Ao tomar conhecimento desse espaço, as pessoas sabem que é possível concretizar ideias e esse fator é determinante para estimular o empreendedorismo. Mais informações: www.armazemdacriatividade.org/#home 31
MUNDO ONLINE | CORUJICES
EMPREENDEDORA CORUJA Sensibilidade e timing fazem do Corujices um caso de sucesso na blogosfera JULIANO MENDES DA HORA Em jornalismo, quando você encontra um tema com o qual se identifica, o horizonte se amplia e estende uma grande folha em branco, pronta para receber seus traços e suas cores. No caso de Claudia Bettini, o site Corujices se mostra uma grande aquarela que agrada aos olhos, corações e mentes de quem o visita. Criado a partir dos questionamentos e vivências da jornalista durante sua maternidade, o blog chegou num momento em que o público procurava algo além do conteúdo comum para o segmento infantil. “Com o passar do tempo, percebi que esse nicho possuía uma lacuna a ser preenchida, pois eu mesma sentia a necessidade de ir além do foco na relação mãe-criançacuidados-produtos-serviços.” E assim nasceu o site Corujices, que engloba, além das informações universais que pautam esse universo, uma grande quantidade de matérias relacionadas à educação e iniciativas culturais voltadas às
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crianças. A estreia se deu em 2012, com Claudia trazendo consigo a bagagem de experiências e referências diferentes: mãe de uma menina e um menino, as nuances que permeiam universos tão diferentes lhe deram ainda mais gás para buscar e compartilhar informação. “Eram tantas dúvidas, tantos medos de como seria dar conta da vida profissional, da pessoal, e ainda atentar para os cuidados a ter com essa nova pessoa que chega em nossa vida... Temos um cotidiano corrido, e nesse ínterim, precisamos aprender o que é bom para a criança, e o que eu posso aprender com ela, como ajudar ela a ser alguém legal para si mesma e para o mundo. Foi isso o que me motivou a escrever, pois percebi um espaço enorme entre a geração dos meus pais e a minha: por exemplo, algumas coisas que diziam ser benéficas hoje não são mais recomendadas, enquanto isso, novas abordagens de educação e comportamento surgiram, permitindo
aos pais uma vivência cada vez mais participativa e prazerosa. Muitas mães como eu se sentiam perdidas entre os antigos hábitos do tempo da vovó e as novas possibilidades do agora”, explica. Ao mesmo tempo, Claudia pôde utilizar de sua experiência na redação de um caderno cultural e como assessora de imprensa: durante a última década ela viu nascer ideias promissoras que não encontravam espaço no escasso cenário de jornais e revistas locais. “Havia muita coisa para o público infantil sendo feita, e outras que mesmo não sendo exclusivamente direcionadas a este nicho, possuíam uma forte pegada lúdica, que permitiria introduzir o mundo da arte à essa nova geração”, lembra. Isso foi primordial para estabelecer uma sólida relação de amizade e parceria entre os criadores locais. Cláudia foi pioneira ao dar espaço a estas iniciativas, construindo o diferencial do seu projeto. Em um ano de atividade, o blog impulsionou seus acessos pelo boca-a-boca gerado pelos leitores, que viralizavam os posts que mais gostavam, em várias redes. A tamanha aceitação se dá pelo fato do Corujices se apoiar no conceito do seu nome para abraçar outras vertentes do seu público-alvo. “Não existe somente a mãe ou o pai coruja. Existem tias e tios corujas, existem padrinhos, avós, amigos da família, todo um universo humano em torno da criança, que contribui na sua formação. Hoje tenho matérias e ações desenvolvidas para integrar todos esses laços afetivos, que assumem esse sentimento coruja do cuidado, independente do grau de
parentesco.” A visão ampla agradou a todos que se interessavam pelo universo infantil. Além do núcleo familiar, educadores também passaram a frequentar e colaborar com o Corujices, seja comentando, enviando pautas ou participando das matérias desenvolvidas por Cláudia. Hoje, esses colaboradores se fazem presentes com colunas periódicas, dando ainda mais credibilidade ao blog. A identificação com o tema mostrou que Claudia possuía um potencial enorme de crescimento. Com a desaceleração na rotina corrida de jornalista pela maternidade e a satisfação proporcionada pelo Corujices, Claudia encarou o desafio inadiável de enxergar o seu projeto como algo viável economicamente. Para esse fator mais burocrático, Claudia contou com a consultoria do Sebrae em Pernambuco. “Entre os diversos cursos, workshops e oficinas que eles oferecem, fiz o Empretec, o que para mim foi um divisor de águas na maneira como eu enxergava o funcionamento de um negócio, principalmente por ser baseado em conteúdo digital. Primeiro, me incentivei a trabalhar o blog com editorias bem definidas para que as informações pudessem ser facilmente encontradas e escoadas com todo um cronograma, contribuindo no fortalecimento de minha disciplina referente às postagens. O leitor gosta de saber que naquele dia e naquele site, poderá encontrar o que precisa. Outros pontos que passaram a fazer parte da minha rotina foram as tabelas de custos, valores, metas e prazos. Assumindo isso de uma forma mais empreendedora me fez encarar a produção autoral como algo imprescindível, e não um extra para o sucesso do meu projeto”, lembra Claudia, faz do blog o seu canal protagonista entre as suas incursões profissionais. “Creio que a maternidade me proporcionou essa desaceleração
da minha rotina, além de me mostrar o quanto me interessa esse assunto. Hoje posso me dedicar a construir um trabalho autoral com o tempo e a dedicação necessária para oferecer informação com qualidade e profundidade.” O resultado desse reconhecimento foi a festa de um ano do blog, desenvolvido de forma colaborativa entre os parceiros e personagens que já figuraram entre as pautas. “Era do interesse de todos que passaram pelo Corujices brindar esse sucesso. O evento não apenas reuniu os leitores e clientes fiéis dos parceiros do blog, como atraiu um público que não conhecia a iniciativa.” O evento foi realizado no Barchef, conhecido espaço gourmet no suntuoso bairro de Casa Forte, zona norte do Recife, com entrada aberta ao público. “Lotamos o espaço com ações que iam desde contação de história, oficinas de brincadeiras lúdicas, espaços de moda-brinquedo e fantasias, shows musicais e um cardápio todo especial, culminando num forte impulso de visibilidade e aumento de clientes para todos que participaram.” Hoje, Claudia colhe os frutos de sua criação, tocando o blog com a excelência que o colocou como referência no mercado, promovendo ações off-line, em paralelo, nos mais
diversos segmentos que se relacionem ao público infantil. O portfolio de parcerias reflete a relevância do projeto. “Existem os fixos, como a rede de cursos de idiomas Red Balloon, que possui uma metodologia especialmente desenvolvida para as crianças, além de outras marcas e serviços que firmam colaborações em estratégias mais pontuais.” Outra fonte de recursos se dá em oficinas onde a própria Claudia reproduz e aprimora técnicas ensinadas nos vídeos e posts do blog. “Atualmente, a oficina de planejamento de festas infantis tem sido um sucesso de público”, diz. Além do território digital, o público do Corujices pode encontrá-la aos sábados, junto à cordelista Mariane Bigio, do Cordel Animado, e com a cantora Vanessa Oliveira, d´A Bandinha, no programa Rádio Matraquinha, veiculado pela Rádio Folha de Pernambuco. A iniciativa radiofônica traz histórias, programação cultural, entrevistas, e dicas emolduradas por muita música. Tudo isso azeitado com uma linguagem lúdica que não subestima a compreensão da criança, mas também é atrativa aos pais e o restante da família. O projeto tem apoio do Fundo de Incentivo à Cultura do Governo de Pernambuco. 33
DESTAQUE | ISIS RODRIGUES
NA LUTA DAS POSSIBILIDADES E DA AUDIÊNCIA Por muitos anos, o lugar delas esteve restrito a posições adequadas ao sexo frágil, e assim era com a engenharia um dos setores mais exigentes e excludentes. Para se ter ideia do cenário, a presença das mulheres na construção civil estava mais associada aos espaços de limpeza após a conclusão das obras, durante muitas décadas. Contudo, muitos mercados refletem cada vez mais a presença delas, e acabou sendo uma opção e um desafio que a família da profissional Ísis Rodrigues, gerente comercial da Mix FM Recife, sempre acreditou ser ideal. “Embora sempre fosse excelente em exatas, o curso de civil não foi exatamente escolhido por mim. Meu pai perguntou se eu queria fazer o vestibular para engenharia civil em Belo Horizonte, onde ele morava. Eu queria passear em Minas e fui fazer o vestibular. Um mês e meio depois ele me liga dizendo que me matriculou, que eu teria passado em primeiro lugar no turno da noite. Para quem estudou em Brizolão, era uma vitória e tanto”, lembra ela. Apesar desta não ter sido sua primeira escolha de carreira, sua conexão com as atividades relacionadas à carreira na engenharia sempre foi muito forte. As habilidades de acompanhamento, prospecção, planejamento, negociação e execução sempre foram fortes no seu perfil. E a vontade de ampliar suas áreas de atuação expandiu e vários interesses foram se agregando à sua formação. Não é a toa que acabou enveredando
para entrada no meio da produção musical e gestão comercial em mídia radiofônica. “Já trabalhei em muitas áreas, comecei como estagiária na Biblioteca Nacional. Lá tive meu primeiro contato com o mundo tecnológico, trabalhei com documentação, comércio, imóveis e num dado momento assumi a gerência geral de uma casa de shows e eventos em São Gonçalo/RJ. Cansei da noite, mas na cidade meu nome estava intimamente ligado a essa casa. Resolvi tirar férias, procurei literalmente no mapa do Brasil um lugar longe e achei Recife. Embarquei com a ideia de três meses de férias, mas com 15 dias já estava trabalhando como executiva de contas para clientes diretos na Osanã Painéis”, comenta. Tantas experiências e tantas conexões ajudaram a alterar os rumos da sua trajetória profissional e esses novos caminhos traçaram novos olhares sobre os conceitos de formação profissional. “Uma amiga trabalhava no Ibope, e, através dela, conheci João Matos, diretor regional do instituto. Prestei serviço para o próprio Ibope, para Arconsult e para alguns clientes desses institutos, com avaliação e interpretação de pesquisa. Fui indicada por João Matos, para assessorar Max Rúfilo, que estaria assumindo a Direção Regional do Sistema Globo de Rádio (CBN). Posteriormente, o próprio “Seu João” me indicou para mídia e atendimento da Raio Comunicação. Quando a
conta da Aki Discos migrou para a M3, fui junto. Depois tive uma rápida passagem pela VLW, onde tive o prazer de conhecer Waltinho (o diretor da Revista Pronews, Walter Lins Jr), e voltei a ser cliente, assumindo a gerência e o marketing do grupo Jacaúna Decorações. Tendo estado por último na filial de Belém, voltei para o Recife, me casando e me tornando sócia do Zé Renato, na representação comercial da Rádio Nova Brasil FM”, reflete. Nessa trajetória, alguns profissionais cruzaram seu caminho e acabaram fazendo muita diferença. Cada um influenciou em graus diferentes e marcou sua carreira, contribuindo para a inserção no mercado. “Quem verdadeiramente me inseriu no setor foi João Matos (Ex-Ibope), mas Fernando Almeida (sócio da Raio Comunicação) foi quem me ensinou o be a bá da publicidade. Aguiara Aguiar (sócia da Jacaúna Decorações) serviu de espelho de gestão e trato com equipes. Sempre numa linha direta com Fauze Kambour (diretor comercial da Nacional Nova Brasil FM), pude trocar informações valiosas sobre o nosso meio rádio e o mercado publicitário. E com o diretor de mídia da Ampla, o Nilson Samico, tive a imagem do conselheiro e consultor desde os primeiros anos nesse mercado”, lembra-se. Todos ajudaram no seu processo e alimentaram novas aspirações e instigaram os seus
desejos de desbravar novas possibilidades. E assim a irrequieta Ísis Rodrigues se mexeu e se moldou, inclusive em universos distintos numa incansável busca por conhecimento, novas oportunidades e novas relações. Por um período, até adotou atividade paralela e assumiu a coordenação de marketing de uma instituição de ensino superior, integrada ao Grupo Tiradentes, com cinco décadas de atuação na área educação. Mas, em outro momento voltou-se para pequena agência de publicidade, depois assumiu a sociedade de um bar e por aí foi seguindo sempre novas trilhas. “Desde 2012, quando conheci Luiza Fittipaldi, assumi a gestão da carreira da cantora. Em 2014, com a mudança no formato de gestão da Nova Brasil FM, assumi a gerência comercial regional, ficando até maio de 2016. Em Junho de 2016 assumi a Gerência Comercial da Rádio Mix Recife”, diz Ísis. Olhando de fora, parece que essa trajetória sempre foi fácil, contudo, assim como a busca do próprio caminho de qualquer profissional, a gerente comercial da
Mix FM Recife encarou desafios para atuar neste setor, na época em que você se inseriu. “Quando comecei não havia na prática muito profissionalismo. Era um monte de gente talentosa, que tentava fazer o melhor, com as ferramentas que eram oferecidas. Como forasteira, que eu era, me senti totalmente acolhida dentro do mercado pernambucano. Tive sorte de encontrar inúmeras pessoas dispostas e pacientes para dividir o conhecimento. Então, o principal desafio de antigamente era conseguir ferramentas que auxiliassem no planejamento, e profissionais preparados atuar no mercado, tanto como cliente, agência ou veículo. Passou uma época em que o cliente começou a enxergar a necessidade de uma agência com profissionais que entendessem realmente do negócio”, comenta. Entender o negócio e saber se adaptar é essencial neste caso, especialmente para poder ultrapassar os entraves que podem surgir e que devem ser considerados. Uma questão que deve ser pensada com mais clareza diante da nova realidade, afinal, estamos vivendo em um
momento da total interferência das tecnologias. “Hoje com o mundo digital, o principal entrave é cliente e pseudo agências acharem que podem 'economizar' sem uma equipe qualificada para gerir ações e verbas. O mundo online nos cerca, a velocidade e particularização da mídia é uma realidade que pode beneficiar ou prejudicar o cliente. A gestão habilitada é fundamental. Sempre vão existir casos isolados de sucesso, fora da curva, em qualquer meio, mas no geral, é preciso estratégia profissional, para se obter o melhor resultado, com o investimento aplicado. Há ainda um segundo problema histórico no meio rádio. A não valorização, pelos próprios integrantes das equipes das emissoras, do produto rádio. Hoje, temos no mercado emissoras que não se pagam, ou que tem que colocar tantos comerciais que acabam prejudicando a plástica das mesmas. A concorrência existe, mas é preciso manter a dignidade”, enfatiza. Com sua trajetória na área e sua posição como gestora de uma área fundamental para o rumo do meio, o seu olhar sobre o mercado se 35
DESTAQUE | ISIS RODRIGUES tornou mais apurado em relação à interação da mídia radiofônica (que é veículo secular) com tantas coisas diferentes e que exigem cada vez mais uma interligação. “O cliente de hoje é exigente, consciente dos seus direitos e suas escolhas. Os veículos de comunicação, todos eles, precisam se adequar a realidade atual. Desde que o mundo online surgiu com mais força, ouço dizer que o rádio está com os dias contados. Pesquisa realizada pelo Kantar Ibope realizada no primeiro trimestre de 2016, aponta que 89% da população nas regiões pesquisadas ouvem rádio (são mais de 52 milhões de pessoas), desses 94% buscam música e 85% são das classes ABC”, diz. O rádio é um meio ainda forte naturalmente, mas o cenário globalizado e interconectado reflete no cenário das mídias que temos hoje, que está repleto de inquietação e com um mercado irrequieto. “Há pouco tempo, vi uma matéria no Grupo de Mídia PE (Facebook) que fala sobre a profunda modificação que está acontecendo no formato TV, toda a matéria gira em torno da adequação do meio ao comportamento do novo telespectador. Então, em minha opinião, quem está com os dias contados são empresas, de qualquer setor, que não acompanham o perfil do seu cliente, ouvinte, telespectador e por aí vai”, alerta Ísis, que vem implementando estratégias de marketing e vendas no mercado, buscando atender as demandas do setor e se manter a emissora cada vez mais próxima do ouvinte. Entre as investidas está manter canais cada vez mais conectados com o público, como a fanpage no Facebook. De forma dinâmica, antenada e atualizada com um frequência ágil, mantém-se interligada com tudo que interessa ao ouvinte e o prende com ações simples como cobertura in loco de eventos de peso como o recente 36
show do Cidade Negra, em uma das mais badaladas praias no litoral sul, no projeto Maraca Storm, em 23 de julho deste ano. Trabalho que é resultado de processo de transição da Rádio Mix dentro desse cenário, que conseguiu se estabelecer de maneira expressiva ultrapassando barreiras para ampliar as ondas dentro da frequência impactada pelo universo digital e ainda muito dominada pelo exigente público jovem. “Em 2009 quando a Sucesso 103 passou a usar a bandeira Mix FM e a transmitir a programação parte em rede e parte local, junto veio a necessidade de atuarmos localmente nas plataformas online, algo que já estava bem desenvolvido pela rede Mix FM. O perfil do ouvinte da emissora é jovem e jovem adulto, não poderíamos deixar de estar presentes online desde o primeiro momento. Em Recife as ações online da Mix FM se desenvolvem principalmente no Facebook. A Mix FM fideliza por manter uma identidade similar ao ouvinte/seguidor, respeitando a linguagem jovem, falando de interesses comuns, procurando inclusive novos fomatos que vão surgindo. Acho que buscar essa aproximação nos traz audiência em qualquer formato”, destaca. Em seu ponto de vista, podemos caracterizar que o momento atual com as potencialidades da tecnologia e das mídias sociais possibilita um cenário de empreendedorismo criativo e de novas possibilidades de reinvenção dos ditos “meios tradicionais” como o rádio. “O momento é assustador e ao mesmo tempo libertador. Você não toma mais o tempo do cliente para oferecer espaço publicitário e desconto. O cliente não quer mais isso e o consumidor final, muito menos. Hoje o meio rádio precisa interagir de forma digital, pessoal e ser um facilitador. Oferecer meios
para que o cliente possa sobressair, dentre tanta informação a ser consumida. O veículo ainda precisa ser um realizador das ideias criadas pela agência. Quando visito uma agência ou cliente, o mote é, você cria, nós fazemos e ainda temos soluções para compartilhar”, diz Ísis, ressalta que essas estratégias que estão sendo desenvolvidas aponta novas experiência de reinvenção do meio. A gestão de um negócio com o estigma “tradicional” dentro do novo cenário online deve estar focado em atingir outras metas, alcançar nova audiência e crescer junto ao público com criatividade. É necessário olhar o aspecto geral dos meios, pois há ainda muito a ser ampliado e articulado para que cheguemos a um cenário adequado desta relação rádio, mídias sociais e inovação. “Acredito que estamos caminhando para esse cenário adequado. Cada vez mais agências, veículos e anunciantes estão aprendendo a lidar com esse 'novo mundo'. Acho que o momento é de não perdermos o foco no profissionalismo e ouvir o cliente, mantendo os canais abertos. Nesse momento o rádio precisa manter uma postura de negociação ética, procurando novas opções de estar presente junto ao ouvinte. O cliente deve estar atento ao seu consumidor, pensar no melhor negócio, tendo cuidado para não acabar pagando mais caro ao reduzir um investimento. A agência deve estar atenta aos novos ventos, orientando o cliente quanto ao investimento justo nos meios de comunicação, para que o mercado prospere de forma geral e o seu cliente use o calibre adequado para atingir os objetivos”, enfatiza a profissional, que se orgulha dos resultados que a emissora na qual atua conquistou neste processo.
CLICK | JORGE HOLANDA | JORGEHOLLANDA@GMAIL.COM
UM SEGUNDO ETERNIZADO Sou jornalista e fotógrafo. Acredito que nascer é um grande privilégio, e é impossível acordar e ver o mundo e não perceber tamanha beleza, sempre imponente. Conviver com a natureza sempre esteve em meu caminho. Conviver com outras culturas, enriqueceu minha vontade de conhecer lugares diferentes e já despertava a vontade de afirmar a filosofia de vida de conviver junto a natureza. Mais do que conhecer paisagens bonitas, vencer seus limites e desfrutar da natureza. Acredito que uma viagem se torna inesquecível quando a experiência vivida traz um aprendizado, faz você refletir e mudar alguma coisa nos seus hábitos, na sua vida. Fotografar lugares sempre foi uma grande paixão pra mim. Cada click faz descobrir sempre uma nova essência do meu olhar, de como percebo o mundo, que cada momento é único e deve ser mostrado. São momentos de pessoas que mostraram um brilho no olhar, que trouxeram boas amizades, um pôr do sol que nunca vai se repetir, um animal que não sei quando verei novamente, um caminhante solitário, uma nuvem perdida, entre tantas outras situações especiais.
Câmera: Canon 7D Lente: Objetiva 8mm Exposições: 3 (HDR) Edição: ACR e PS CC
AMPRO INCENTIVA AÇÕES DE LIVE MARKETING NAS OLÍMPIADAS A Ampro – Associação de Marketing Promocional, lançou a campanha #SomosLiveMkt, ação que convida a todos os envolvidos com o Live Marketing a compartilhar suas experiências com as atividades promocionais nas redes sociais, por meio de imagens, vídeos ou textos. As melhores experiências postadas com a hashtag #SomosLiveMkt terão visibilidade ampliada pela entidade. “É um momento em que o Brasil inteiro está realizando inúmeras experiências de live marketing e o alcance será muito amplo por conta dos jogos olímpicos. Então a ideia da Ampro é fortalecer o Live Marketing diante das redes sociais e de toda comunicação digital”, diz Márcio Viana, presidente do capítulo Norte e Nordeste da Ampro. A Associação de Marketing Promocional é a única entidade brasileira que reúne e representa todo o segmento de Live Marketing do país, com iniciativas que contribuem para o crescimento, a valorização e o fortalecimento do mercado. Em 2016 completa 23 anos e conta com representações nas cinco regiões do país (Sul, Sudeste, Centro-oeste e Norte/Nordeste).
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NA ESTANTE
TED TALKS. O GUIA OFICIAL DO TED PARA FALAR EM PÚBLICO, de Chris Anderson, Editora Intrínseca, 240 pg Palestras perfeitas, inspiradoras e de grande alcance. Um orador que sobe no palco e acerta no alvo. Assim são as Conferências TED, e esse é o guia definitivo do TED para que você também possa fazer palestras inesquecíveis. O idealizador do TED, que se tornou uma modelo de sucesso em encontros e seminários nos quatro cantos do planeta, Chris Anderson, tem mostrado o poder que as palestras curtas, francas e cuidadosamente elaboradas do programa têm de compartilhar conhecimento, despertar empatia, gerar empolgação e promover sonhos. Feita da maneira certa, uma apresentação é capaz de eletrizar um auditório e transformar a visão de mundo da plateia — seu impacto pode ser mais poderoso que o de qualquer informação escrita. Esse livro explica como alcançar o feito de produzir uma fala marcante. Não há uma fórmula, já que nenhum discurso deve ser igual a outro. Contudo, existem ferramentas que podem garantir o desempenho de qualquer orador.
O GUIA COMPLETO DO STORYTELLING, de Fernando Palacios e Martha Terenzzo, Editora Alta Books, 448 pg Contar histórias é o primeiro e principal método de transmissão de conhecimento da humanidade. A novidade não é o Storytelling em si, mas suas formas de uso, com metodologias claras e técnicas que possam ser aplicadas pelos mais diversos profissionais. Com este livro você aprenderá por meio de conceitos, técnicas e cases como apresentar um projeto, disseminar uma ideia, construir uma marca, alavancar vendas… Entre os tópicos, assuntos como objetivos empresariais e táticas de storytelling; apresentações plataforma de estratégia mercadológica; memória corporativa corporate storytelling: exotelling e endotelling; patrimônio ativo da empresa. Em um mundo pautado pelo excesso de canais, tecnologia e informações, é prioridade repensar o modo de gerenciar uma marca e como ela influencia uma categoria e setor.
ANDRE LIMA - COLEÇÃO MODA BRASILEIRA II, de André Lima, Editora Cosac Naify, 160 pg Com toda essa discussão de trendhunting, coolhunting e a efervescência global em torno do que pode se transformar em moda nos quarto cantos do globo, acabamos por esquecer de olhar para o nosso próprio quintal e trabalhar o nosso caldeirão cultural para impulsionar o nosso próprio mercado. Para quem quer conhecer o design de moda fora do circuito clichê do sudeste, vale a pena buscar pelo paraense André Lima. Ele é um dicionário de referências. A marca dos seus desfiles são as mulheres fortes, penteadas, maquiadas e cheias de acessórios. Acompanhando suas reminiscências, a edição do livro tem as páginas amareladas, como se fosse um antigo álbum das referências do estilista, ao lado de suas peças mais importantes.
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