ano XVII | nยบ 195 | jul de 2016
EDITORIAL | LUCIANA TORREÃO ACREDITAR. Esta é a palavra de ordem que deve ser perseguida pelos empresários, que precisam reagir à crise. Mas como fazer isso? Movimentando a moeda, estimulando o crescimento econômico. E mais do que nunca, fazer uso da propaganda, ferramenta mais do que necessária neste nosso cenário. Pensando nisso, a Abap e a Fenapro deram início a uma campanha com anúncios veiculados de forma colaborativa, visando estimular a retomada do
crescimento através das vendas, dos negócios. E, pegando o embalo, como heroínas da resistência, as pequenas agências tornam-se protagonistas em nossa matéria de capa, mostrando que com seus formatos enxutos, é possível colher grandes resultados. Já a PWC acaba de divulgar mais uma edição de sua pesquisa anual Global Entertainment and Media Outlook, que é realizada há 17 anos. Os dados apontam que a receita global do setor de mídia e entretenimento deve
ÍNDICE
atingir US$ 2,14 trilhões em 2020, incluindo o Brasil, cuja previsão de crescimento anual é de 6,4% ao ano até 2020. Todo este panorama devese, principalmente, a gastos mais expressivos com publicidade na TV, acesso à internet e à TV e vídeo. Ou seja, o faturamento total do setor de mídia e entretenimento no País deve chegar a US$ 48,7 bilhões até lá. Ou seja, são notícias boas, com boas perspectivas e muitos motivos para repensar e planejar mídias.
EXPEDIENTE
Agência Clorus (PE)
DIRETOR-PRESIDENTE | Walter Lins Jr walter@revistapronews.com.br
NOSSA CAPA 16
EDITORA | Luciana Torreão redacao@revistapronews.com.br
Profissionais de marketing e publicidade aquecem o mar do mercado multiplicando o cardume das pequenas e médias agências
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REDAÇÃO | Ivelise Buarque e Juliano da Hora redacao@revistapronews.com.br PRODUTOR GRÁFICO | Bruno Regis producao@revistapronews.com.br ASSINATURAS | 81 3426.6144 producao@revistapronews.com.br DISTRIBUIÇÃO LOGServiços (PE - 81 2123.1455) DADOS TÉCNICOS Impressão: Gráfica FacForm (81 3339.6566) grafica@facform.com.br Tiragem: 7.000 exemplares Formato: 22x30cm Tipologias: Swis721 Lt BT / Humanist521 BT Papel: Couché brilho 115g/m² Número de páginas: 40 As matérias assinadas por nossos colaboradores não representam, necessariamente, a opinião da revista. Produza a capa da Revista PRONEWS. Participe pelo e-mail: redacao@revistapronews.com.br
w w w. r e v i s t a p r o n e w s . c o m . b r
revista de comunicação e marketing NE
PANORAMA 24
DESTAQUE 34
Teacher’s renova e inova imagem e estratégias para reforçar sua presença
Paula Dias comemora novas ações e novos rumos na irrequieta carreira
Weditora
A Revista PRONEWS é uma publicação mensal da Walter Lins Pinheiro Júnior Editora ME. Empresarial One Way - Rua Guimarães Peixoto, 75, sala 202. Casa Amarela, Recife-PE. CEP: 52051-200. Fone: (81) 3426.6144 3
RECALL
VITARELLA ENTRE AS DEZ PREFERIDAS DOS CONSUMIDORES Duas marcas da M. Dias Branco estão entre as mais escolhidas pelos consumidores brasileiros: a Vitarella, em 9° lugar, e a Richester, na 47ª posição. É o que mostra a 4ª edição do ranking local Brand Footprint, da Kantar Worldpanel. A pesquisa apresenta as 50 marcas de bens de consumo não-duráveis mais escolhidas pelos brasileiros no ano de 2015 e usa uma métrica exclusiva, a Consumer Reach Points (CRP). Das 50 mais compradas, 27 são brasileiras, contra 23 globais. No quadro geral, Coca-Cola lidera o pódio, seguida por Ypê e Colgate, na segunda e terceira colocação, respectivamente – mesmo resultado da última edição. O top 10, aliás, sofreu poucas alterações de 2014 para cá: apenas dois novos nomes entraram para o seleto grupo (Italac e Vitarella). A pesquisa também mostra crescimento da Vitarella, que estava na 11ª posição em 2014. No seu segmento, a marca também lidera a preferência dos brasileiros, frente a todos os concorrentes internacionais e nacionais atuantes no País. “É gratificante ter o reconhecimento dos nossos consumidores. Essa preferência pela nossa marca é resultado de um trabalho intenso e 4
permanente, que exige muito planejamento, investimentos constantes e o esforço integrado de vários setores. Como parte desse processo, desenvolvemos forte trabalho de comunicação, marketing e merchandising para que nossa marca e os nossos produtos estejam sempre presentes na mente e na casa dos consumidores”, diz a gerente de Marketing da Vitarella, Marina Lemos. A Vitarella foi fundada em 1993, em Jaboatão dos Guararapes. Inicialmente focada na produção de massas alimentícias, expandiu seu portfólio e hoje possui mais de 150
produtos, entre biscoitos, massas, torradas, chocolate, bolo e margarina. Também conta com marcas como Treloso, Chocoresco, Saltvip e DTone. Mesmo contando com produtos que já fazem parte das vidas das pessoas, a Vitarella se moderniza a cada dia, lançando novos itens e ampliando as opções para os consumidores. Em 2015, a Vitarella entrou em três novas categorias de produtos: torradas, chocolates (com o D-Tone) e bolo (Treloso). O portfólio da marca também foi ampliado com os lançamentos dos biscoitos Vita Cookies, Novos sabores do Saltvip, Maisena Mini, Maria Mini, Crocks Mini, e Sequilhos em embalagens de 290g. Em 2008, a marca Vitarella foi adquirida pelo maior fabricante de massas e biscoitos da América Latina, a M. Dias Branco, que conta com 12 fábricas e 29 centros de distribuição instalados em todas as regiões do Brasil. Atualmente, a empresa gera cerca de 16500 empregos diretos em todo o País. A unidade localizada em Jaboatão dos Guararapes/PE emprega cerca de três mil funcionários. Marina Lemos, gerente de Marketing da Vitarella
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ADOBE CAPTURE CC Adobe Capture CC é um app para Android e iOS capaz de extrair projetos vetoriais a partir de fotos comuns, que viram um ativo (ícone, vetor, tema, interface, padrão geométrico, etc). Todas essas criações, depois de salvas, podem ser utilizadas em programas como Photoshop, Illustrator, InDesign e outros programas de edição da empresa. Para quem não sabe inglês, uma boa notícia: Ele está disponível em português do Brasil! Gratuito, para Andoid
HEADSPACE Quem nunca se sentiu frustrado por não conseguir atingir aqueles níveis de meditação que os adeptos dessa prática tanto falam? Quem nunca precisou de um tempinho para esvaziar a mente em meio a essa rotina atribulada? Agora você pode alcançar esse momento com um empurrãozinho desse app! Para começar é indicado o programa “Take 10 , onde o aplicativo ensina o básico em 10 minutos de meditação ao dia, durante 10 dias. Para outros programas de meditação e funcionalidades, é preciso obter a versão paga. Mas pra quem quase não tem tempo, dez minutinhos já ajudam e muito!
IFTTT significa If This, Then That ou, em português, “Se isso, então aquilo”. Ou seja: ele cria comandos automáticos de acordo com uma conduta preestabelecida, ou seja, define uma reação para determinada ação. Através dele é possível sincronizar várias plataformas digitais e economizar tempo em tarefas! Quer um exemplo? Você pode programar para salvar imagens no Dropbox a cada vez que você fizer uma edição no Photoshop, ou publicar um link curto no Twitter e no Facebook para cada postagem nova no seu site, entre outras tarefas.
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TOP CASE
FORÇA, BELEZA E PODER FORA DA CAIXA IVELISE BUARQUE No clássico da Disney, a “Gata Borralheira” vira uma princesa. Na telenovela ou na série de TV, a Betty feia se transforma em um belo e cobiçado cisne. No filme, em um passe de mágica, Penélope (EUA, 2008) acaba com a maldição que traz para sua aparência física o que ela é por dentro, ao ser amada por alguém de sua própria estirpe e por ela mesma. Tal como o poeta dizia, o mundo enfatiza que “beleza é fundamental” e a propaganda não deixa o discurso estético de fora. Contudo, vemos um movimento em que este argumento chega com certa sensibilidade e passa a nos comover. E isso é importante dentro de um contexto em que o empoderamento feminino é argumentado como debate meramente feminista. Sim, no mundo moderno não basta ser mulher, é preciso ser compassiva, profissional, caseira e bonita. Contudo, os modelos e conceitos estéticos variam no mundo de hoje, afinal, estamos em pleno século XXI. Podemos dizer que esta reflexão começou com o entendimento de marcas e da publicidade mundial sobre a representação mais condizente com o seu sentimento. “Acredito que o segmento de beleza ainda enaltece exageradamente a beleza de mulheres perfeitas. Mas isso tem mudado muito com a publicidade de grandes marcas como Dove e Natura, que mostram belezas diferentes e verdadeiras, sem o Photoshop que não convence mais ninguém”, comenta Taciana Antunes, supervisora de Atendimento da Martpet (PE).
De fato, empresas de cosméticos tem se movimentado no sentido de quebrar os estereótipos e a ideia de que os padrões estéticos e de beleza são únicos. Podemos considerar que a Dove começou este debate do “you're beautiful no matter what they say” (você é bonita, apesar do que dizem), no início de 2000, quando passou a estimular o conceito de “Real Beleza”. Depois de tantas décadas de mensagens publicitárias definindo que elas precisavam ser bonitas, atraentes, sexies e ainda ter a aparência de uma garota e comportamento de uma dama. O sentimento era quase de revolução, afinal, uma maioria podia se identificar com suas rugas, com suas estrias, os seus pesos a mais, seus cabelos cacheados, peitos pequenos, pernas finas, e por aí vai. “A publicidade feminina continua limitando a imagem da mulher de tal forma que, quando uma campanha mostra algo próximo de nossa realidade, batemos palmas, comemoramos. Continua sendo uma exceção mostrar a mulher de maneira plural”, diz Talita Rampazzo Diniz (PE), coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda/Jornalismo da Faculdade Boa Viagem (FBV|DeVry). Esta maneira de ver e identificar o público feminino com suas características próprias, longe dos estereótipos não só foi um grande sucesso como teve diversos desdobramentos ao longo desses 12 anos de existência do posicionamento “Dove pela Real Beleza”. Em um mundo em que a comunicação
Com a campanha, a Dove começou o debate do “you're beautiful no matter what they say” (você é bonita, apesar do que dizem), no início de 2000 6
segmentada por gênero não as contemplava, a proposta trouxe peças de impacto em que mulheres de qualquer forma e idade foram privilegiadas com o argumento que “beleza é um estado de espírito e que o poder de se sentir bonita vem de dentro”. Um posicionamento que partiu da iniciativa de valorizar as consumidoras que revelaram a visão de si mesmas em uma pesquisa mundial (“Você se acha Bonita?”), realizada em mais de 20 países. “A campanha Real Beleza não só foi pioneira em mostrar a beleza feminina sob uma perspectiva diferente e verdadeira, como também exibiu mulheres negras, e passei a me ver também representada na campanha. E com isso foi uma divisora de águas, em minha opinião. Até então, muitas campanhas ainda traziam a imagem estereotipada das mulheres – donas de casa, gostosas, mães, etc. Acredito que hoje em dia as marcas estão mais cuidadosas com as mensagens que divulgam, seguindo o exemplo da campanha bem sucedida da Dove”, destaca Dilma Campos (SP), diretora
A campanha “Invisible Players” traz os atletas Neymar, LeBron James e Medina
do Comitê Women Empowerment da Ampro - Associação de Marketing Promocional e CEO da agência Outra Praia. Para a executiva, quando se pensa em publicidade feminina é preciso se considerar que é importante que as campanhas femininas retratem uma faceta verdadeira das mulheres das gerações atuais. “A população está cada vez mais informada e, através das redes sociais, pode destruir a imagem de uma marca que exponha uma campanha de mensagem duvidosa”, lembra. Com isso, a comunicação se torna mais eficiente e assertiva quando alcança o conceito e o formato que seja crível para o público com o qual se dirige. Encomendado pela Dove, o estudo 'A Real Verdade sobre a Beleza' não só serviu para ampliar o conhecimento global a respeito das mulheres, da beleza e do bem estar, e a relação entre essas questões. Ela pontuou os conceitos básicos aplicados na “Campanha pela Real Beleza”, que busca valorizar nas ações da marca a beleza que não está dentro do padrão tradicional. Mais do que ganhar mais consumidoras, a iniciativa partiu da crescente preocupação com o fato de que as representações da beleza feminina no cotidiano estavam cooperando para perpetuar uma ideia de beleza que não era nem autêntica, nem atingível. O estudo “A Real Verdade sobre a Beleza”, aplicados pela empresa de pesquisa StrategyOne utilizando os serviços de campo da
Mori International, teve como amostragem um público de 3.200 mulheres com idades variando de18 a 64 anos. E seus achados foram detalhados em artigo técnico na época, 2004, que destacou, por exemplo, que a maioria das entrevistadas não sentia o poder ou o orgulho da beleza. Apenas uma minoria das mulheres se enxergava como acima da média em aparência, e somente 2% alegavam ser bonitas. Tomando-se como referência o contexto de bem estar e autoestima, observou-se que pessoas de culturas ocidentais (mas não da Ásia Oriental) se classificavam como acima da média em tudo, desde gentileza, inteligência e popularidade até suas habilidades como parceiras, pais ou funcionária, motorista. Neste sentido, “normal” era excepcionalmente uma classificação inferior. E, em termos gerais, as mulheres estavam menos felizes com sua beleza do que com praticamente todas as outras dimensões da vida, com exceção do sucesso financeiro. O resultado disso tudo gerou uma busca pela “transparência” na personificação da mulher em campanhas sensíveis e de impacto para mulheres de diversas, raças, formas, faixas e classes sociais no Brasil e no mundo: “Evolution” (2006), “Beauty Comes of Age” (2007), “Retratos da Real Beleza” (2011), “Escolha ser bonita" (2015) e “Existe Beleza Fora da Caixa” (2016). “Acho que o mercado publicitário anda correndo atrás do tempo
perdido. É um segmento que, apesar de se enxergar como moderno e revolucionário, demorou a compreender a questão do protagonismo feminino e ainda hoje não sabe bem como se posicionar/comunicar. Ainda temos muito que evoluir, mas é muito fácil perceber que há esforço nesse sentido. Enxergo também um esforço por parte do consumidor que, apesar de muito crítico, compreende esse momento de fragilidade e dialoga com a marca. Os publicitários e marcas que conseguirem se dar conta disso sairão ganhando”, ressalta Mayumi Sato, diretora de marketing do portal Sexlog (SP). Em sua avaliação, há um posicionamento no geral do mercado com relação à mulher, com as marcas se comunicando com as mulheres de forma mais expressiva e que vai além da comunicação oportuna em datas comemorativas com o objetivo de surfar numa onda e gerar faturamento. “É preciso tratar o consumidor com respeito. Abraçar a questão do feminino na missão e valores da empresa durante o ano todo. Isso garante que as campanhas sejam coerentes e bem recebidas por esse público”, enfatiza Sato, que cita como uma referência bem sucedida campanha criada pela ESPN. Em recente projeto, criado pela Africa, a empresa realizou uma homenagem às mulheres e enfatizou a importância de trazer cada vez mais conteúdos que privilegiem suas realizações no esporte. 7
TOP CASE
Campanha da marca esportiva Under Armour, que reuniu a bailarina Misty Copeland, a modelo Gisele Bundchen, a esquiadora profissional Lindsey Vonn e a tenista Sloane Stephens no projeto I Will What I Want ("Eu serei o que eu quero")
“Pessoas amantes de esportes foram convidadas a descobrir quem eram os esportistas retratados em vídeos que escondiam suas identidades. 100% das respostas indicavam atletas masculinos, mas eram todas super atletas mulheres”, lembra Mayumi. A campanha “Invisible Players” traz um curta de dois minutos que começa com uma pergunta simples que se torna um dos questionamentos mais simbólicos desta questão: “O quanto você sabe sobre esportes?”. No institucional são retratados alguns lances de diferentes esportes (basquete, futebol e surfe) com atletas não identificados para que convidados de ambos os sexos identificassem esses atores anônimos. E a surpresa foi a indicação de nomes fortes como Neymar, LeBron James e Medina, o que leva todos perceberem que, em momento algum, haviam cogitado ou mencionado alguma atleta feminina, fazendo-os encarar uma realidade: “Você pode até saber sobre esporte, mas se não acertou as respostas, precisa aprender mais sobre o poder da mulher”. Com o comercial, a ESPN e a Africa mostram como o consciente brasileiro está condicionado em diversos ambientes diários à imagem do homem como o grande conquistador. E isso justifica o novo posicionamento e o investimento em uma nova plataforma no Brasil, o ESPN W (www.espnw.com.br), portal
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de notícias que tem como objetivo proporcionar conteúdo multimidia de interesse esportivo para elas e fomentar o esporte feminino brasileiro de maneira geral, não se restringindo somente às competições e atletas de alto rendimento. “Gosto dessa campanha porque é algo que conversa, sem forçar a barra, com o negócio da ESPN, que são os esportes, e desconstrói a ideia de que esse é um espaço aberto às mulheres. Cutuca nossos preconceitos de um jeito sutil, emocionante e de fácil compreensão. A campanha cria empatia com quem assiste e - o mais importante - gera questionamento”, reforça Sato. Entender com quem se fala e saber como transmitir essa mensagem ainda é um grande desafio, mas as marcas não se dão por vencidas. E novas formas de se comunicar estão ganhando cada vez mais as mídias e gerando toda uma nova visão da propaganda feita para dialogar com elas, todas as suas esferas de atuação. Afinal todas querem alguma coisa como mostra a campanha da marca esportiva Under Armour, que reuniu a bailarina Misty Copeland, a modelo Gisele Bundchen, a esquiadora profissional Lindsey Vonn e a tenista Sloane Stephens no projeto I Will What I Want ("Eu serei o que eu quero", numa tradução em português), criado em 2014, pela Droga5 de Nova York. “I Will What I
Want da Under Armour me marcou recentemente porque teve a sensibilidade de ilustrar a força das mulheres sem usar a estética perfeita e felicidade plena”, destaca Fabiana Baraldi, sócia e diretora Executiva de Atendimento e Mídia da Ampfy (SP). Para a publicitária, apesar de o Brasil ter uma diversidade de mulheres, é fundamental se ter em mente que o comportamento e a forma como elas realmente querem ser ouvidas não segue um modelo ou está preso a estereótipos. “Definitivamente, este é o caminho mais retrógrado. Mas ainda somos uma minoria em cargos de lideranças, enfrentamos preconceitos (muitas vezes velados), somos comparadas e direcionadas a se moldar ao universo masculino. Isso sem falar do desequilíbrio salarial. Mesmo assim, não desistimos e não nos conformamos. A competência deve ser medida por resultado, não por sexo. O respeito deve ser a premissa de qualquer contexto”, enfatiza Baraldi. E é isso que a campanha da Uner Armour promove nos quatro filmes de 60”, que mostram em áudios, textos multimídias e testemunhos que independente de quem sejam, inclusive em relação a origem e características, as mulheres tem que ultrapassar diversas barreiras e percalços no caminho.
RETOMADA ECONÔMICA
CAMPANHA ESTIMULA A RETOMADA DA NORMALIDADE ECONÔMICA Com o intuito de estimular a retomada da normalidade econômica, a Abap e a Fenapro iniciam campanha com três anúncios veiculados por jornais e revistas de forma colaborativa, incluindo ações digitais. “Como o que movimenta de fato a economia são os negócios feitos no dia-a-dia pelo conjunto das empresas que competem pela preferência dos consumidores, é essencial que elas utilizem os instrumentos que ativam suas vendas, entre os quais a publicidade sempre se destacou”, pontua o presidente da Abap, Orlando Marques. Orlando lembra que “em épocas difíceis, de menor ritmo na economia, muitas delas se retraem e passam a operar apenas em termos defensivos, o que contribui para alimentar a espiral negativa, que afeta cada uma delas e o conjunto”. De olho nesta situação e analisando o comportamento dos negócios em crises passadas, no Brasil e no mundo, a Abap e Fenapro se uniram e solicitaram à Dentsu que criasse esforço publicitário para ressaltar que o primeiro passo para voltar à normalidade econômica é adotar uma atitude ativa. Inclusive porque a história prova que as empresas que se mantém atuantes em momentos difíceis enfrentam melhor esse período e tendem a sair dele em situação mais competitiva para aproveitar com maior vantagem os períodos seguintes, quando se registra aumento generalizado dos negócios. “A campanha lembra que a publicidade é um dos principais instrumentos que as empresas têm para reagir em momentos difíceis, inclusive para aproveitar o fato de que diminui a competição pela atenção dos consumidores”, afirma
Gláucio Binder, presidente da Fenapro. Sobre a estratégia criativa da campanha, Mario D'Andrea, presidente e CCO da Dentsu Brasil, comenta que “muitas vezes ficamos parados, esperando que algo aconteça. E esse 'algo' não acontece exatamente porque ficamos parados. Isso se aplica perfeitamente à vida empresarial. No mundo dos negócios, tomar novas decisões é sempre muito mais produtivo do que não tomar decisão alguma. As peças desenvolvidas procuram mostrar como a publicidade pode ajudar a enfrentar momentos difíceis e encontrar novos caminhos”. “E fazemos isso de duas formas muito claras, continua D'Andrea. Nos anúncios, abordamos o assunto através de analogias diretas com esportes. Nas redes sociais, partiremos para a prática, mostrando exemplos reais de cases de sucesso do nosso mercado, empresas que tomaram iniciativas diferentes
durantes os últimos anos e obtiveram grandes resultados”. A Abap e a Fenapro estão entre as muitas entidades empresariais que se mostram confiantes nos novos rumos da economia brasileira e entendem que cabe às empresas, individualmente, estimular essa retomada dos negócios, que tem início justamente com a ação de cada player do mercado, que podem contar com a publicidade como uma das ferramentas mais acessíveis e efetivas para buscar essa ativação no curto prazo. Com esta campanha, as agências brasileiras, que atendem de forma regular a dezenas de milhares de empresas anunciantes, passam a ter mais um sólido argumento para estimular seus clientes a aproveitar o momento para manter e incrementar seus investimentos em publicidade, que têm o potencial de gerar o aumento de vendas de que todos estão precisando. 9
FICHAS
UM LUGAR TODO SEU O Shopping Patteo Olinda lançou campanha com o conceito “Um lugar todo seu”. A ação está alinhada ao diferencial da localização do empreendimento, no bairro de Casa Caiada, destacando a proximidade do Shopping com o público olindense, promovendo o sentimento de pertencimento para quem investe e para o consumidor final. O projeto foi desenvolvido pela MartPet. O Shopping dará uma nova cara ao comércio da região, impulsionando o consumo, a empregabilidade e geração de renda no município. O empreendimento deve abrir as portas em Olinda até outubro de 2017.
Agência: MartPet (PE) Cliente: Shopping Patteo Olinda Atendimentos: Themis Uehbe e Taciana Antunes Diretores de Criação: Diego Curvêlo e Edison Martins Redatores: Diego Curvêlo, Vallécia Carvalho e Paty dos Anjos Diretores de Arte: Eloi Pinheiro e Guilherme Rocha Produção: Santa Torreão Mídia: Ítalo Ferreira
DELICIOSAMENTE FRISABOR
Quem não tem na memória uma doce lembrança dos sorvetes FriSabor? De maneira deliciosa, a rede pernambucana está com um novo conceito e identidade, sem deixar de ser inesquecível. “Deliciosamente FriSabor” chegou proporcionando o que há de melhor da marca. Alegria, felicidade, desejo e todos os melhores adjetivos associados ao prazer de tomar sorvete. Momentos felizes e que remetem ao consumo de sorvete como cinema, parque, casal apaixonado e demais situações, serão representados por ilustrações e muita ludicidade, dando um tom divertido à campanha. A FriSabor quer dialogar com todo mundo que também ama sorvete. A nova campanha contou com outdoors, painéis de LED e cinema, além das mídias sociais. 10
Agência: Massapê Comunicação (PE) Cliente: FriSabor Atendimento: Raul Cantarelli, Tati Melo e Eduarda Cardoso Planejamento: Anselmo Albuquerque, Gabriel Tavares e Laís Bahamondes Direção de Criação: Leonardo Siebra e Henrique Pereira Direção de Arte: Diego Vianna Ilustrações: Adriano Marcusso Redação: Leonardo Siebra e Thiago Coutinho Arte Final: Flávio Maranhão Digital: Jeu Figueiroa, Tiago Beltrão, Susy Lima e Carla Cami da Silva Mídia: Natália Lelis e Bruna Albuquerque Produção: Tamires Vieira, Christoph Salazar e Mieko Nakazawa Aprovação: Marcelo Mayer, Eduarda Petribu e Marcela Alves
TEMPO DE VENCER Para se fazer vencedor é necessário suar a camisa. É o que mostra o jogador de vôlei, Giba, em nova campanha de Vestibular Nassau e Uninassau, criado pela Agência UM, com o mote “É tempo de vencer”. No projeto para as instituições, que integra o grupo Ser Educacional, presente em todo país com cerca de 37 organizações de ensino, a agência apostou no carisma e na trajetória do atleta para motivar o público a escolher o caminho vencedor quando o assunto é educação. O atleta reforça a importância de contar com instituição que motive e inspire a correr atrás dos seus sonhos e metas como o próprio fez para conquistar o seu sucesso. Carregando o escudo da Nassau no peito, Giba mostra que a força de vestir a camisa do seu time vale a pensa com a união de esforços conjuntos para alcançar grandes marcas na vida, ao lado de diversos jovens que representam o futuro do país. Agência: Agência UM (PE) Cliente: Faculdade Maurício de Nassau Atendimento: Ludmila Canto, Fernando Santana, Erika Moura e Waneska Silva Planejamento: Cida Araújo Diretor de Criação: Lenilson Lima Redator: Rafael Paulino Diretor de Arte: Eloi Pinheiro Arte Final: Rosalvo Pereira, Fabiano Melo e Robson Oliveira RTVC: Fabi Araújo e Priscila Silva Mídia: Deysi Coêlho e Leo Aguiar Produção Gráfica: Tássia Martins, Mayra Alves e Vanessa Lima Aprovação: Jânyo Diniz, Magaly Marinho e Bruno Burgos
Com o objetivo de conscientizar, mapear e atingir o maior número possível de criadores de gado sobre a vacinação contra aftosa, a agência Clorus Comunicação foi responsável pela criação de toda a campanha. Alagoas já é zona livre internacional com vacinação, onde possui mais que 90% dos rebanhos vacinados, por isso o objetivo da campanha passou a ser em alcançar os 100% e fortalecer que os bovinos e bubalinos do estado continuam livres para exportação para todo o mundo.
VACINAÇÃO CONTRA AFTOSA
Agência: Clorus Comunicação (AL) Cliente: Adeal Atendimento: Thiago Oliveira Planejamento: Yuri Oliveira Direção de Criação: Victor Brasil Criação: Gusmão Victor, Afonso Sarmento Mídia: Valéria Dantas Produção: Valéria Dantas Aprovação: Enio Lins 11
FESTA DO MÍDIA
UM MAR DE TALENTOS PREMIADOS Prêmio valoriza o esforço olimpiano dos pro ssionais pernambucanos
JULIANO MENDES DA HORA O 11º Prêmio de Mídia da Globo Nordeste deste ano confirmou a vocação de Pernambuco como um estado repleto de talentos que podem oferecer ao mercado as melhores ideias, estando em pé de igualdade com o que há de melhor em termos de criatividade no mercado nacional. A premiação deste ano teve como tema os “Deuses da Mídia”, fazendo referência aos deuses do Olimpo. Também, pudera, para desempenhar essa função é preciso ser antenado, proativo, ter um senso de oportunidade apuradíssimo, sem falar uma postura estratégica e incisiva,
quase onipresente, para encarar um mercado cada vez mais competitivo. A categoria internet teve como vencedora Priscilla Leite, da Ampla Comunicação. A categoria TV foi conquistada por Juliana Souto, da Aleixo Comunicação, enquanto o Grand Prix do prêmio de Mídia ficou com Maríllia Pontes, da BG9. Fred Teixeira, da agência Aporte e presidente do Grupo de Mídia de Pernambuco, levou o título de Mídia Majestade. Outro destaque da premiação foi a estreia da categoria “Desafio Universitário”, onde uma dupla de
estudantes monta um planejamento de mídia de acordo com um briefing fornecido pela Globo. E quem inaugurou esse pódio foram os estudantes Artur Costa e Felipe Verçosa, do 5º período de Publicidade e Propaganda da AESO Barros Melo. Usando diversas plataformas, os jovens desenvolveram plano integrado entre TV e internet. A festa foi realizada no Cabanga Iate Clube, e presenteou a todos com música, descontração e um mar de opções gastronômicas no “Food Park do Mídia”.
CONFIRA OS VENCEDORES DO PRÊMIO DE MÍDIA 2016 DESAFIO UNIVERSITÁRIO | Artur Costa de Abreu e Felipe Verçosa da Silva, AESO CATEGORIA INTERNET | 1º lugar – Priscilla Leite, Ampla Comunicação 2º lugar – Maríllia Pontes, BG9 | 3º lugar – Danilo França, Ampla Comunicação CATEGORIA TV | 1º lugar – Juliana Souto, Aleixo Comunicação 2º lugar – Mariângela Valença, Ampla Comunicação 3º lugar – Paula Fernanda Farias, Arcos Comunicação GRAND PRIX DO PRÊMIO DE MÍDIA | Maríllia Pontes, BG9 MÍDIA MAJESTADE | Fred Teixeira, da agência Aporte e pres. do Grupo de Mídia PE
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GIRO NÃO PARE Quasar é o protagonista da campanha publicitária que O Boticário preparou para comunicar o Dia do Homem, comemorado em 15 de Julho. Com criação da AlmapBBDO, o filme trouxe o conceito “Não pare” e conta com a música “Levanta e Anda', na trilha sonora. O roteiro mostra o cotidiano de um médico que trafega em diferentes ambientes, que vão de uma academia de crossfit até uma sala de cirurgia, passando por um espaço de arte urbana. O conceito gira em torno do homem que é protagonista de sua própria história e está em busca de novas conquistas constantemente. A estratégia de comunicação do Boticário contempla filme em TV aberta e fechada, mídia impressa e exterior, spot e ações em redes sociais. TOUR VIRTUAL A Aporte Comunicação, que completa 25 anos de atividade este ano, continua inovando no mercado publicitário de Pernambuco. Uma das ações de comemoração da data veio em parceria com o Google e seu sistema de geolocalização, o Google Street View: a agência será a primeira no estado a utilizar o serviço de tour indoor, que permite ao usuário conhecer as instalações da casa onde funciona, no bairro de Casa Forte, Recife. O serviço funciona através do mecanismo de busca na plataforma Google e já está disponível para acesso. Todas as imagens do tour foram captadas em 360°. "Essa técnica permite que as pessoas tem visualização ampla de todos os ambientes da agência", explica Sandra leal, diretora administrativa da Aporte Comunicação. Esta ação é mais uma desenvolvida pela Aporte em parceria com o Google. Recentemente, membros da equipe foram certificados como parceiros da empresa e, hoje, são habilitados a realizar atividades de planejamento e programação de mídia dentro da plataforma. Link para o tour virtual: www.facebook.com/ aportecom/app/648825605148154/
COCA-COLA STEVIA CHEGA AO BRASIL A Coca-Cola se reinventa e traz para o Brasil sua nova versão: Coca-Cola Stevia. É a Coca-Cola com Stevia e 50% menos açúcares. Para apresentá-la ao público jovem adulto, a DAVID desenvolveu uma campanha que faz um convite à experimentação dentro do novo posicionamento da marca: Sinta o Sabor. O produto entra em cena nas redes sociais, quando a Coca-Cola faz convite muito especial ao renomado chef André Mifano para que ele seja o embaixador de Coca-Cola Stevia por meio da entrega da primeira lata produzida no Brasil. Inspirado nesse novo produto, Mifano apresentará websérie de 10 episódios produzida em parceria com a Globosat. O chef reinventará receitas clássicas por meio da troca de algum ingrediente, assim como a Coca-Cola fez em sua nova versão, que troca metade dos açúcares por Stevia. Os episódios se passam dentro de um foodtruck nas ruas de São Paulo, onde Mifano recebe como convidado um jovem blogueiro do território gourmet Rango do Rafa, Panelaterapia, Torrada Torrada, Receitas de Minutos e Só Penso em Comida. O site da GNT (www.gnt.com.br/misturagourmet), e também no Receitas GNT no NOW, serviço de vídeos sob demanda da NET. Também serão produzidas 10 edições de 30” para serem exibidas no break na TV e na fanpage do GNT no Facebook. 14
PROPEG ANUNCIA 12 NOVAS CONTRATAÇÕES A Propeg, agência do Grupo PPG, anuncia a chegada de doze profissionais para sua área digital. Os novos contratados serão responsáveis por atender as marcas do Grupo M. Dias Branco, Correios, Caixa Econômica Federal, Comercial Ramos, entre outros clientes da casa. São eles: Rebecca Lyrio (gerente de projetos), Juliano César (gerente de projetos), Felipe Berg (mídia digital), Erika Vilar (mídia digital), Akemi Akaoka (atendimento digital), Carol Silva (social media), João Cunha (social media), Raphael Medeiros (business intelligence), Alessandro Dórea (planejamento), César Mafra (diretor de arte), Livia Argolo (diretora de arte) e Rodrigo Batinga (diretor Em pé: Rodrigo Batinga, Raphael Medeiros, Alessandro Dórea e Livia Argolo. Sentados: João Cunha, Carol Silva, Rebecca Lyrio e de arte). Felipe Berg
NOVAS EMBALAGENS DA SEARA A Seara apresentou seu novo logotipo e novas embalagens ao mercado. Agora, para anunciar ao público a mudança na identidade visual da marca, lança a nova campanha estrelada por sua embaixadora, Fátima Bernardes, que será veiculada em TV aberta e fechada, jornais e revistas de todo o Brasil. Criada pela WMcCANN, a campanha é ambientada em supermercados e padarias durante a noite, e as gondolas são iluminadas pela luz do sol, que vem das novas embalagens. Esse será o principal asset da empresa nesta nova fase – o sol. No novo logotipo, o item ganhou mais destaque, saindo da caixa de texto em uma alusão ao crescimento e a expansão da marca, ou seja, um movimento em ascensão, exatamente como o atual momento da Seara
O MÓVEL QUE VOCÊ QUER Um dos maiores desafios dos consumidores na hora de comprar móveis são os prazos de entrega. Para auxiliar seus clientes na urgência e praticidade de adquirir e ter um móvel novo na hora, a Etna apresenta o “Etna Pronta Entrega”, nova forma de comprar. Com o mote “O móvel que você quer, pra levar na hora”, a Artplan cria a campanha que marca o lançamento do serviço – que estará disponível na unidade da Etna na Berrini, em São Paulo - e assina as peças e filmes em veiculação. Abusando do bom humor, a agência trabalhou no roteiro do filme que se passa em uma república. Nela, os dois jovens têm o desafio de decorar e arrumar a casa para uma visita repentina da mãe de um deles. Ao final, em tom de surpresa, a mãe do rapaz chega à república e o filme revela ambiente totalmente diferente, com o local mobiliado, bem decorado e organizado. Além do filme, a campanha tem peças para revistas, anúncio especial impresso multipage, mobiliário urbano, e comunicação em PDV como caixa checkout, banner, mapa de localização, cancela de estacionamento e Elemídia 15
CAPA | AGÊNCIAS ENXUTAS
COM FÔLEGO DE PEIXE GRANDE JULIANO MENDES DA HORA Na dinâmica do mercado publicitário, o Brasil e o mundo acompanharam ao longo de várias décadas o surgimento e o crescimento de grandes grupos, o vaie-vem das cadeiras e dos postos de destaque, os prêmios conquistados, novas tendências, a valorização da profissão elevada a níveis estratosféricos. Mas conforme a economia se afunilava pelo aumento da concorrência e a escassez de investimentos, o comportamento do consumidor também foi modificado pelo avanço tecnológico, o que demandou ainda mais criatividade e neurônios fervendo por toda a cadeia criativa da comunicação e do marketing. E aí chegou a vez das pequenas e médias agências, que apesar do tamanho enxuto, estão
colhendo resultados de gente grande. Com os investimentos cada vez mais seletivos e os encargos mais pesados para manter estrutura e funcionários, muitas agências consagradas acabaram por se fundir enquanto outras deixaram de existir. No meio do caminho, uma seara de profissionais que dispunha de anos de expertise agora se viu diante de uma folha em branco no que se referia ao futuro. Para alguns, isso poderia ser amedrontador, enquanto para outros foi a chance de escrever uma nova história, utilizando a bagagem para preencher lacunas e não cair nos erros percebidos durante as experiências anteriores. TIMING PERFEITO PARA NOVOS COMEÇOS – Se por um lado as
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constantes crises fizeram com que grandes nomes da publicidade brasileira abrissem mão de seus talentos, os anunciantes também precisaram enxugar os custos. Os tempos atuais pedem ações de marketing certeiras, de preferência, com gastos que não sejam tão elevados como antigamente. Por conta disso, tem se tornado muito comum vermos grandes empresas, antes restritas ao panteão das multinacionais e premiadas, serem fisgadas pela eficiência e o custobenefício das equipes mais enxutas. Estas por sua vez, puderam contribuir com a vascularização do mercado, fazendo a ponte entre suas demandas e os serviços criativos independentes. “Respeitável público, seja bem-vindo!” É dessa forma animada
A estrutura enxuta permite um maior nível de entendimento a respeito das demandas, resultando em mais produtividade e rapidez nas respostas para os clientes.
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Léo Miranda e Amândio Cardoso Circo Comunicação (PE) 16
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Gostamos de estar perto do cliente. Essa convivência nos proporciona uma confiança tal que nos permite apontar diagnósticos antes mesmo das empresas perceberem.
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Thais Pessoa e Kris Foster, Trieto Comunicação
que os clientes são recebidos desde a porta, que ao ser aberta, apresenta uma agência exalando criatividade em todas as paredes. Fundada em 2013 pelos criativos Amândio Cardoso e Léo Miranda, a Circo não tem esse nome à toa. Os espetáculos sob a lona sempre foram uma das formas de entretenimento que mais desbravou o país, indo realmente onde o povo estava. E assim como esses shows teciam uma relação dinâmica e bastante próxima de seu público, a Circo, enquanto uma casa criativa, também atua com foco num atendimento ágil e próximo do cliente, segundo o modelo Hotshop. De acordo com os sócios Léo e Amândio, Hotshop é um modelo de agência de propaganda ágil e enxuta, norteada pela criatividade, planejamento e na mídia, onde os donos da agência, além de serem da área da criação, estão à frente de todo o processo integrado de trabalho. “A estrutura enxuta permite um maior nível de entendimento a respeito das demandas, resultando em mais produtividade e rapidez nas
respostas para os clientes”. De 2013 para cá, esse dinamismo provou sua eficiência na conquista de contas importantes como as marcas do Grupo Dasa de medicina diagnóstica, atualmente o maior do segmento na América Latina e o 4º maior do mundo. A companhia deixou sob a responsabilidade da Circo as campanhas dos Laboratórios Cerpe em Pernambuco, La Pasteur em Fortaleza, Ceará e do Image Memorial em Salvador, Bahia. Os pernambucanos também já desenvolveram ações de ponto de venda para as tintas Coral, e eventualmente para a Coca-Cola. Para as empresas que tiveram pouco ou nenhum contato com as possibilidades criativas de promover o seu produto ou serviço, Amândio e Léo são categóricos: elas devem encarar a sua relação com a publicidade não como um gasto, mas sim como um investimento. “Existem várias opções e formatações de negócios, para cada ocasião e recurso disponível. Ao conhecer uma agência nova e mais enxuta, não tenha medo,
pois o tamanho dela se mede pela criatividade e comprometimento de cada profissional envolvido”, afirmam. ACOMPANHAMENTO CONSTANTE Thais Pessoa e Kris Foster se mostram ótimos exemplos de que a ousadia e confiança depositada nas novas equipes são sinônimos de sucesso. Elas estão à frente da Trieto Comunicação, uma agência com quatro anos de mercado, mas que já acumula grandes clientes e ações em seu portfolio. A Trieto dispõe de uma equipe de 11 pessoas, distribuídas entre atendimento, mídia, mídias sociais, vídeos, produção, redator, diretor de criação e diretor de arte. O diferencial está nas próprias sóciasdiretoras, que mesmo possuindo afinidades com departamentos distintos, realizam tanto o atendimento interno como o externo. "Gostamos de estar perto do cliente. Essa convivência nos proporciona uma confiança tal que nos permite apontar diagnósticos antes mesmo das empresas perceberem", explica Kris Foster. 17
CAPA | AGÊNCIAS ENXUTAS
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Em tempos de cautela financeira, o cliente precisa que seu recurso investido renda bons números, e nós pensamos como ele.
André Lira, Felipe Padilha e Daniel Borges, Ópera Consultoria e Marketing
Segundo Thais Pessoa, a Trieto é mais do que uma agência, é uma parceira. "Tanto que temos empresas que nos deram um voto de confiança e estão conosco desde o começo. Alguns nem possuíam departamento de marketing dentro de sua estrutura, e passaram a trabalhar isso depois que tivemos a chance de orientá-los e traçar um plano estratégico", revela. Nós não nos limitamos a somente desenvolver uma campanha. “Enxergamos potenciais onde os outros não enxergam, e antes que tudo isso seja desperdiçado, nós ajudamos o cliente a notar e valorizar esse aspecto”, completa Kris. Entre seus clientes mais famosos, estão o Grupo Cornélio Brennand e a Petroquímica Suape, para quem a equipe desenvolve vídeos institucionais, desde o roteiro, passando pela filmagem e edição. VIVA A OVERDOSE! - A tecnologia e a 18
globalização trouxeram a fragmentação de um modelo de trabalho, multiplicando cacos de oportunidades e vozes que puderam se fazer ouvidas. Se por um lado, a concentração dos meios viu sua era ruir, trazendo uma baixa no desempenho do mercado em sua configuração tradicional, por outro, essa ruptura proporcionou a possibilidade de certo equilíbrio e aumento de competitividade entre as agências e consultorias de comunicação, marketing, tendências e negócios. Somos bombardeados com mídia desde o momento em que acordamos até a última piscadela frente ao sono. Tablets e smartphones quando não estão em nossas mãos, estão ao nosso lado, na mesa de cabeceira ou numa prateleira ao lado, carregando na tomada mais próxima. Imediatismo e baixo custo são palavras-chave na hora de atrair a atenção de um público consumidor
que tem um dos piores e mais caros serviços de banda larga do mundo. Ter o seu conteúdo visitado por um consumidor extremamente cauteloso com o uso de seu pacote de dados é um privilégio e tanto na acirrada corrida das mídias digitais, que crescem em porcentagem de investimentos e abocanham gradativamente o espaço da televisão. “Decididamente, a era digital nos deu mais possibilidades, tanto na criação como na obtenção de resultados e monitoramento do desempenho”, afirma André Lira, que junto aos sócios-proprietários Felipe Padilha e Daniel Borges, está à frente da Agência Ópera Consultoria e Marketing, presente no mercado pernambucano há 10 anos. “Começamos com ações focadas em mídia off-line, pelos canais tradicionais, mas conforme sentimos a convergência de público e ferramentas se fortalecendo no meio digital, decidimos desbravar esse caminho de três anos para cá, e podemos dizer que só nos trouxe benefícios, em termos de otimização de recursos e tempo”, conta Felipe Padilha. O crescimento do empreendedorismo no Brasil coincidiu com a decolada da cultura digital, e muitos negócios que surgiram nos últimos anos sentiram a necessidade de serem vistos pelo público. As agências grandes estavam além das possibilidades desse novo perfil de empresa, cabendo às equipes mais enxutas trabalharem como a porta de entrada desse grupo ao universo da comunicação estratégica. A Ópera soube aproveitar esse momento muito bem, a partir da chegada de Borges à equipe. Dono de uma extensa bagagem ao longo de dez anos entre São Paulo e Brasília, com nomes do quilate do Sebrae e Ituran, Daniel trouxe à Ópera uma postura mais
alinhada ao outro lado do balcão. “Em tempos de cautela financeira, o cliente precisa que seu recurso investido renda bons números, e nós pensamos como ele. Antes, era comum vermos grandes equipes em torno de um conceito e apuro visual, que inegavelmente rende buzz, mas agora o ritmo é outro. Possuímos uma equipe de criação com propostas inovadoras, mas temos o cuidado de otimizar tudo isso, colocando os resultados em primeiro lugar”, explica. Por conta dessa postura, a Ópera conquistou as contas de nomes como a marca de surfwear Rota do Mar, o Moda Center de Santa Cruz do Capibaribe, a rede de pet shops Cão Q Ri e o braço de comunicação digital dos Laboratórios Gilson Cidrim, entre outros. “Temos uma cartela de 35 clientes, cada um de seu segmento específico, atendidos por uma equipe de 15 profissionais que passeiam por toda a cadeia criativa de criação e gestão estratégica da marca. Desses 15, cinco são contratações recentes, e prevemos uma nova demanda por talentos em breve”, pondera o sócio Felipe Padilha. DESCOBRINDO NICHOS - Esse olhar mais prático é partilhado por Thiago Jerohan e Luciano de Mello, parceiros na Nova Era Studio de Comunicação. Thiago é um jovem publicitário da geração Y, de perfil intuitivo e ligado em novas técnicas e tendências de
em não dispor das observações de cada segmento que temos em nosso quadro. Dessa forma mesmo sabendo das responsabilidades nas competências de cada um, atingimos um nível de integração que só enriquece o nosso desempenho”, ressalta Luciano, que conta com talentos na área comercial, planejamento, design, redação e mídias sociais, numa equipe de seis pessoas. E todos mantêm contato com cada cliente. Dentro do que se propõe a fazer, a Nova está no caminho certo. Enquanto os grandes nomes se enfrentam por participações robustas de mercado, as equipes mais enxutas exploram nichos nos quais possam crescer e se tornar os líderes. Essa atitude ajuda a construir a tão sonhada credibilidade de ser competente naquele recorte do mercado que você decidiu abraçar. Ou seja, se determinada empresa possui uma necessidade específica, quem ela vai procurar? Uma solução genérica, ou alguém que entenda do assunto no qual ela busca solução? De olho nesse cenário promissor, a Publicidade Popular, fundada em 2011 em Porto Alegre (RS) pelos publicitários Jonathan Souza e David Nudelman, começou trabalhando com o desenvolvimento
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Partimos do princípio que se o nosso parceiro cresce, nós crescemos junto.
comportamento e consumo. Luciano conta com 15 anos de experiência em gestão empresarial, conhecendo o mercado na palma da mão. A união dessa efervescência criativa com a segurança construída pela experiência faz da Nova Era uma das mais promissoras opções para quem busca entrar no universo da mídia pela porta da frente. Ambos tiveram experiências em diversas empresas na efervescência do empreendedorismo, e puderam observar as principais necessidades de quem estava começando a batalhar no campo minado pelo coração dos consumidores. Há um ano e quatro meses no mercado, a Nova Era encontrou o seu nicho, atuando na área de consultoria e soluções em posicionamento e gestão de marca, moldadas ao perfil de cada cliente. “Partimos do princípio que se o nosso parceiro cresce, nós crescemos junto. Esse modelo mais enxuto nos permite chegar mais perto e fazer um raio-x de cada caso. Nosso diferencial é a participação de toda a equipe nas reuniões, desde o primeiro contato”, explica Thiago. “Enquanto nos moldes tradicionais, o atendimento funcionava como o intermediário entre o cliente, a criação e o resultado em si, não vimos sentido
Thiago Jerohan e Luciano de Mello, Nova Era Studio de Comunicação 19
CAPA | AGÊNCIAS ENXUTAS
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Atendemos um mercado carente e promissor, composto de micro e pequenas empresas que representam 99% do mercado Brasileiro e grande parte do mercado internacional também.
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Jonathan Souza, Publicidade Popular (RS)
de websites, vídeos institucionais, logotipos e outros produtos direcionados às empresas que não tinham condições de arcar com os custos de uma agência nos moldes convencionais. No início, o custo mínimo de um site saía por cerca de R$ 800, por exemplo. Por ter uma atuação predominantemente online, funcionando nos mesmos moldes de uma startup, o negócio cresceu, e hoje, a Publicidade Popular já conta com um histórico de mais de mil clientes atendidos em mais de vinte países, espalhados pela América Latina, América do Norte, África, Europa e Ásia. “O contato muitas vezes é mais intenso em modelos de negócios como o da Publicidade Popular, ainda que a maior parte deles seja à distância, por telefone ou e-mail. Mesmo assim, ele acaba sendo intenso pela quantidade de interações que o cliente pode ter conosco. Uma agência tradicional é capaz de atender os seus clientes, porém, isso não significa estar próximo. Elas possuem menos contas que pagam alto pelos seus contratos e a grande maioria continua focando num modelo de trabalho que mira apenas em grandes empresas. No nosso caso, adotamos o processo inverso: atendemos um 20
mercado carente e promissor, composto de micro e pequenas empresas que representam 99% do mercado Brasileiro e grande parte do mercado internacional também”, explica Jonathan Souza. Atualmente, os clientes da Publicidade Popular contam com serviços desde a criação do logotipo, websites, além de materiais para impressão, loja online, e-mail marketing, redes sociais, sistema de gestão, produção de conteúdo e vídeo-marketing, entre outros. O modelo deu tão certo que além da sede em Porto Alegre, possuem um escritório em São Paulo e lançaram o sistema de franquias, que oferece aos parceiros suporte referente a produtos, cobrança e negociações, além do material promocional. Por todos os lugares que vão, são perguntados sobre o que fez da Publicidade Popular um caso de sucesso. “Estamos há quatro anos no mercado e o nosso segredo é simples. Não pensamos como agência de publicidade, pensamos como empreendedores que oferecem uma solução onde o fim é a publicidade para atender micro e pequenas empresas. Porém, a qualquer momento podemos lançar outros
serviços que visam ser uma solução e que não tenha como finalidade a publicidade, mas mantendo o mesmo público-alvo. Acima de tudo, o que fazemos é entregar uma solução pensando na melhor experiência que o cliente pode ter com a nossa empresa”, afirma. De fato, a mudança de atitude frente ao praticado há décadas já começa no primeiro contato, onde o contratante já se informa a respeito de preços e prazos, o que não é uma prática comum no mercado. Ao ser perguntado sobre o tamanho de suas expectativas para a Publicidade Popular, Jonathan encontra-se realizado ao investir em qualidade, do que cair na vala comum dos números sem excelência. “Um dos pontos que diferencia o nosso modelo de negócio é a não dependência de grandes contas, pois temos muitos clientes, já atendemos mais de 1.000 e todos pagando um pouco por serviço, ao contrário de um modelo tradicional onde uma agência perde uma grande conta e tem que demitir pessoas por conta disto. Não buscamos prêmios de publicidade, buscamos as melhores soluções para o mercado que atendemos”, lembra o publicitário, que iniciou o sonho de tocar sua
própria agência, contando apenas com os talentos de seu sócio David e uma estagiária. “Nessa época eu ainda trabalhava em outro local e dedicava minhas noites e finais de semana à nossa própria empresa. Ficamos assim por seis meses. Hoje somos dez ao todo, contando dois sócios.” O QUE É SER GRANDE? – Quando o sucesso bate à porta, a faca de dois gumes na trajetória de toda agência é justamente o reconhecimento e as contas advindas pelo êxito dos clientes satisfeitos. Se a equipe se propõe a pautar suas iniciativas num contato mais ágil e íntimo, como fazer para não resvalar nos mesmos erros das grandes? As maiores casas da publicidade brasileira possuem uma grande cartela de clientes, em geral atraídos pela credibilidade construída ao longo dos anos. Mas tamanha quantidade de trabalho pode dispersar o foco com tantos perfis, prazos e metas diferentes. Mas o crescimento não é algo desejado por todos que estão no jogo? “Existem casos e casos. É lógico que quem é pequeno sonha em ser grande, e atualmente, quem é grande está aspirando a pensar num formato de custos e obrigações nos moldes dos pequenos, de forma a evitar prejuízos e fechar as contas no fim do mês”, explica Thiago Nascimento, da Bold Comunicação Estratégica. Com passagem por nomes como Ampla, BPM e Morya, Thiago sabe muito bem o que é lidar com esse tipo de pressão. “Creio que essa abertura para novos modelos de trabalho foi benéfica. Antes eu percebia uma disparidade enorme de visibilidade e até mesmo de salário entre membros de grandes equipes. Entre contas e conquistas, sempre existiu aquela aura do foco na beleza das peças, no impacto que aquele trabalho poderia gerar no público e render para o seu
criador. Hoje, com uma equipe enxuta, eu consigo dar atenção de forma igual a todo mundo, para que o crescimento não deixe ninguém de fora”, explica. Como agência Full Service que contempla tanto o off-line quanto o online, a Bold aposta num quadro de 13 profissionais, entre atendimento, mídia, planejamento, design e redação. O perfil de seus clientes é bastante diverso. “Atendemos desde empreendedores individuais, passando por pequenas e médias empresas nas áreas de decoração, saúde, comércio, restaurantes e serviços segmentados no ramo de beleza e cuidados pessoais”, afirma Thiago. Entre os nomes que apostaram nos talentos da Bold estão players como o Grupo Rede Alagoas, a rede Tambaí nos estados de Pernambuco e Paraíba, além do receptivo Atalia, braço do Grupo Luck Viagens em Fernando de Noronha. “Me sinto feliz das contas conquistadas, principalmente pelo fato de 90% delas terem chegado a nós por recomendação de clientes veteranos. Como temos um trabalho forte em números e resultados, o contratante tem a segurança e tranquilidade de estar a par de praticamente tudo que envolve a sua marca. Creio que essa nossa característica rendeu satisfação e elogios que amplificaram nosso esforço e compromisso, atraindo clientes em busca de soluções que impactem seus negócios.” De acordo com a visão dessa nova engrenagem do marketing, a definição de grande passa por uma desconstrução, saindo dos clichês de espaços amplos e equipes robustas, indo em direção ao desenvolvimento de casos de sucesso, atraindo a atenção do mercado. Um bom exemplo disso foi a campanha desenvolvida em maio de 2015 pela Circo para a marca Jeep, em razão
dos primeiros veículos produzidos em Pernambuco, após a implantação da fábrica do grupo Fiat Chrysler no município de Goiana. A hashtag “#SouJeepSouPE – Sou de Pernambuco. Cheguei para fazer história” foi criada para marcar as boas-vindas dos novos veículos ao mercado brasileiro, especialmente no estado, que entrou numa nova fase de investimentos e geração de renda com o setor automobilístico. Décadas atrás, esse tipo de ação publicitária estaria nas mãos de um grupo maior. “Estamos passando por período bastante promissor, com a previsão de novas contratações ao longo do ano, graças ao feedback e conquista de novas contas”, revela Thiago, da Nova Era, cujo próximo desafio será crescer sem perder a qualidade. “Estamos conscientes do nosso compromisso enquanto consultores e provedores de boas práticas comunicacionais e mercadológicas aos nossos clientes. Foi essa postura que nos trouxeram tantas boas parcerias”, completa Luciano. Como explicar esse desempenho todo num momento em que vemos demissões, cautela e uma baixa considerável no consumo? Simples: Baixa não quer dizer desaparecimento. A engrenagem continuará rodando e sempre haverá algo para ser consumido. A questão é como fazer isso, e para quem, visto que hoje falamos para milhares de perfis diferentes e extremamente ativos em suas vozes? Primeiro, encaremos a realidade: A massa de consumidores não é mais aquela homogênea na era de ouro das décadas passadas. Elas não vão até o produto. O produto é que precisa descobrir um meio de chegar até o público, e ali permanecer na preferência pelo máximo de tempo possível. Essas duas partes do processo 21
CAPA | AGÊNCIAS ENXUTAS (anunciantes e agências) precisam entender de uma vez por todas: aquele controle sobre a mídia dissolveu-se, hoje quem manda é a troca de informação, o constante diálogo das marcas com o público e do público dentro de si mesmo. PANORAMA DAS AGÊNCIAS BRASILEIRAS – De acordo com dados da 1° Pesquisa Nacional de Perfil das Agências de Propaganda, os serviços complementares que agregam valor às atividades de propaganda já são fatores sedimentados na estrutura de trabalho das casas criativas. Mais de 80% possuem a oferta de serviços digitais, como conteúdo para mídias sociais, criação de sites e monitoramento de marcas na internet, além de SEO como principal atividade complementar, tendência bastante forte entre as pequenas e médias equipes. Ao todo foram entrevistadas 747 agências de todo o país. A pesquisa promovida pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) ainda aponta que nos meios de comunicação utilizados para veiculação de propaganda, a internet ocupa o quarto lugar no ranking em todas as regiões do país, superando a mídia exterior (outdoors e afins), as revistas e as TVs por assinatura! Como a rede mundial de computadores oferece ferramentas e espaços amplos em possibilidades a um custo bastante inferior aos modelos tradicionais, as pequenas e médias agências devem aproveitar esse nicho e o momento atual para se especializar e garantir a liderança num futuro próximo. Sendo assim, este é o momento das pequenas e médias agências: a diluição dos investimentos em mídia fará com que elas ajudem a manter o mercado em movimento através do preço e flexibilidade de atuação. Os empreendedores cujos 22
projetos nasceram em plena era da imagem e overdose digital já atentaram para a importância de um bom plano de marketing e tendem a chegar às casas criativas cada vez mais cientes disso. “O que ajuda muito os nossos clientes é eles terem consciência de seus objetivos, ferramentas de comunicação que mais se adequam ao perfil do que querem promover, além dos custos e da competência demandada para isso. Ter esses pontos levados em consideração já é meio caminho andado para o sucesso”, afirma Luciano Mello, da Nova Era. “Contar com a expertise de uma equipe de profissionais de comunicação significa colocar seu produto ou serviço unido à iniciativas táticas para atingir seus alvos. E no caso das pequenas e médias agências, isso é impulsionado pela proximidade constante com a equipe, resultando num acompanhamento e reação mais ágil frente a possíveis mudanças no caminho.” Há nove anos no mercado alagoano, a Clorus Comunicação também começou compacta, com apenas os sócios-fundadores. Hoje, Os irmãos Yuri e Thiago Oliveira, junto a Warney Lima, comandam uma equipe de 15 integrantes. “Como o estado de alagoas não tem empresas de grande porte, as campanhas de grandes marcas geralmente já vinham desenvolvidas por agências de outros estados. Então, resolvemos mirar em soluções rápidas para demandas pontuais”, lembra Yuri. Nessa época, Thiago já havia retornado de um período de quatro anos na Inglaterra, onde montou um network que permitiu a Clorus desenvolver projetos, campanhas e anúncios com um nível de cobrança diferente do brasileiro. Entre os clientes, a Liga Inglesa de Rugby e a Jordan Bikes, conhecida rede de vendas de motocicletas com sede em Leeds.
“Temos a consciência de que trabalhar para o mercado internacional nos deu mais expertise e segurança para encararmos a briga por contas daqui”, explica Yuri, que hoje atende nomes como o Governo de Alagoas, o Tribunal de Justiça e algumas prefeituras no interior do estado. Decididamente, tamanho nunca foi algo relevante para o cumprimento de seus compromissos. Quem tem um negócio sabe o quão difícil é entregar o seu sonho nas mãos de outras mentes com bagagens e visões diferentes. Os novos modelos de agências mostraram que é possível atingir o equilíbrio ao incentivar o livre trânsito de ideias entre clientes e as equipes responsáveis pelas contas. “Ao acompanhar o trabalho dos profissionais, o cliente termina aprendendo como funciona o mercado e passa a ficar mais tranquilo. Ele pode ter dúvidas e estar preso a um senso comum sobre determinada abordagem, e nós estamos ao seu lado para trazer novas visões, respeitando a sua essência. Isso significa que ele sempre será ouvido, não impomos nada. Acredito que orientar e mostrar o caminho deixa todo o processo fluir naturalmente e o trabalho se torna mais leve e dinâmico”, conclui Thiago Jerohan. Diante de tanto mimo, não é à toa que as pequenas e médias agências estão abocanhando o mercado pelas beiradas, rumo a fatias maiores. Preço justo, resposta ágil e equipe coesa são as novas palavraschave para manter o cenário aquecido. Quanto aos grandes, aproveitem para se reinventar e preparem para num futuro próximo, quem sabe receber alguns desses novos talentos em sua linha de frente? Apesar da crise, o mar da publicidade está para todos os tamanhos de peixes.
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NETFLIX BRASIL A Netflix Brasil conseguiu se tornar o meio mais comentado da internet durante o mês de junho e julho, com a regionalização das chamadas para a nova temporada da série Orange is the New Black. A exemplo do que foi feito no passado, quando convidaram Valesca Popozuda para promover o seriado, este ano, a estratégia teve gosto de bicampeonato com ninguém menos que Inês Brasil, a eterna candidata ao Big Brother Brasil e atual rainha dos memes da internet brasileira. Somente o segundo vídeo da campanha estrelada por Inês teve mais de seis mil compartilhamentos, 36 mil likes e 6,2 mil comentários, coroando a equipe de marketing da Netflix Brasil como o time mais antenado em termos de zeitgeist da web brasileira.
TIRO PELA CULATRA É, já se foram os tempos em que as marcas e empresas podiam dormir achando que as reclamações dos consumidores seriam pedras pequenas que não seriam sentidas no sapato. Acontece que a internet é o último dos territórios livres e lá o público usa de criatividade e muita ironia, que toma proporções gigantescas, graças à velocidade de compartilhamento. Um usuário do Youtube resolveu fazer uma pegadinha com a mais recente campanha da Vivo, rebatizando-a de “Viver é a melhor conexão… interrompida”, em alusão à medida da empresa que visa limitar o pacote de dados da internet fixa. O comercial fake utiliza cenas da campanha real, mostrando o que aconteceria se ela estivesse sendo vista por um internauta que alcançou o seu limite da franquia de dados.
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PANORAMA | TEACHER’S
A LUZ DA ESCÓCIA QUE BRILHA NO NORDESTE IVELISE BUARQUE No mundo das marcas, já ficou provado que para estar sempre na frente, é preciso sempre investir, inovar e ampliar as apostas. E esta é a lição que Teacher´s vem dando ao mercado de comunicação e ao setor de bebidas destiladas. Sempre se reinventando seja em suas estratégias, seja em sua presença no segmento, a marca comemora a liderança no Nordeste e a posição de Pernambuco como sua praça número um em grande estilo: lançando cara nova em festa de relacionamento e eventos de ativação. “O Nordeste é a principal região para whisky no Brasil e Teacher's, como líder da categoria em
volume, possui suporte local com business unit no Recife e executivos de vendas nas principais capitais do Nordeste”, diz Fernando Silveira, gerente de Marketing de Teacher's, que a vem representando desde junho de 2015. Assumindo o posto há um ano, chegou com a missão de manter a marca em foco o desejo de se reinventar e estar em evidência na região, num período em que o grupo que a qual pertence está empenhado no desenvolvimento de sua representação no país. Pertencente agora à Beam Suntory e distribuída no Brasil pela Bacardi-Martini, o objetivo
é fortalecer ainda mais a liderança de Teacher's no mercado brasileiro com o alinhamento da parceria entre as duas companhias. Original da Escócia, Teacher's é uma bebida com personalidade, sabor marcante e cor dourada, devido ao seu blend exclusivo com alta concentração de malte. O blend de Teacher's foi criado em 1830 nas terras altas da Escócia, propriedade da família, e a tradição da bebida é quem tem mantido sua presença no mercado brasileiro na qual se destaca como o whisky escocês mais vendido no Brasil em todos os segmentos. E não é à toa que o consumo per capita é o mais alto e Pernambuco representando um dos maiores do mercado de whisky. Proporcionando assim, cenário em que ela detém 54% de participação, em virtude dessa constante busca por relacionamento mais próximo com targets. “O povo nordestino já aprecia bebidas quentes há muito tempo. Historicamente, a cachaça era o destilado favorito. Com o passar do tempo e aumento do poder aquisitivo na região, houve trade up dentro da categoria de destilados. O whisky ficou mais acessível e, além de conferir status, passou a ser a bebida oficial de celebração”, destaca Silveira. As investidas começaram no final de maio, quando a Teacher´s reuniu no Shopping Riomar, na Zona Sul do Recife, imprensa, convidados e formadores de opinião para Fernando Silveira, gerente de Marketing de Teacher’s
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Um bar montado a 35 metros de altura proporcionou uma vista panorâmica da “Capitá do Forró”
apresentar a nova embalagem, campanha e toda sua força em estratégias que inovação sua imagem e reforçam sua preocupação em se manter “Forte como você” na região. Coragem, experimentação e ousadia são o foco do novo posicionamento do Whisky que pauta com este mote todo o seu conceito de trabalho, apostando em várias frentes. A primeira, claro, é a nova roupagem cuja garrafa chega agora com um design mais elegante e moderno, além de rótulo que carrega em si os atributos que a empresa deseja transmitir com a nova comunicação, pautada pelo mote. “O ano de 2016 marca momento importante para Teacher's no Brasil, com a retomada de investimentos e foco em expansão regional, e nada mais forte do que o lançamento de nossa nova garrafa, muito mais premium e alinhada com nosso posicionamento de marca líder na categoria, para simbolizar o início dessa nova fase. A garrafa chega às gôndolas alinhada com a nova campanha, que traz a assinatura de Teacher's 'Forte como você', que se baseia em uma característica única do produto - o malte e seu sabor marcante – aliada a importante particularidade do target - a força e autoconfiança inerente do brasileiro, aproximando assim duas verdades independentes por meio desse posicionamento”, comenta Fernando. Reforçando esta proposta, a embalagem traz em relevo, símbolo característico da região de origem do produto: o Thistle. Conhecido no Brasil como Cardo, esta planta
carrega em sua própria história a força e sobrevivência da Escócia, e por isso figura como insígnia da guarda escocesa e já foi usado em moedas, notas bancárias, estampas e espadas. Principal ícone dessa nova embalagem, o símbolo na garrafa representa a Light Of Scotland (Luz da Escócia) para a Teacher´s que reforça suas apostas no produto mantendo o padrão com o qual o seu consumidor está habituado e impactando também os apreciadores da bebida com ousadas ações de ativação da marca que tem apostado em mídia exterior, live marketing, estratégias promocionais e patrocínios. O novo momento da marca escocesa está sendo encabeçado globalmente pelo Brasil, um de seus principais mercados no mundo. Além de ter 54% de Market Share na categoria em Pernambuco, Teacher's é líder no segmento brasileiro de whisky com 20% de Market Share. Posição refletida em sua personalidade, em seu blend exclusivo (com alta concentração de malte) e na tradição construída pela família Teacher's, há mais de 180 anos, a bebida traz excelentes resultados e iniciativas marcantes junto ao público e no mercado de comunicação. E a prova é a campanha que, nesta primeira fase, se concentra na nova identidade visual e posicionamento da marca, chegando com força às ruas dando grande visibilidade ao layout atual, com sólido suporte de mobiliário urbano com a garrafa estampada em mais de 87 outdoors e
empenas que estarão instalados no Recife, Petrolina, Caruaru, Juazeiro, João Pessoa, Campina Grande, Fortaleza e Salvador. Mas, as apostas ainda integram estratégias em planejamento digital, que geram interação e experiência com a marca, além de ações de promoção que estão sendo trabalhadas na região e no Brasil. “Neste ano, participamos pela primeira vez do concurso Comida di Buteco, como patrocinadores do evento em Salvador e no Recife. O planejamento de comunicação e marketing da Teacher's no Brasil, que é desenvolvido em trabalho conjunto por duas empresas que atuam diretamente para crias as ações de envolvimento da marca. “Nossa agência de ATL é a Dentsu, que faz papel de guardiã da marca junto com o time de marketing, ajudando no desenvolvimento da estratégia e evolução da marca para os próximos anos. Para BTL e RP, trabalhamos com agências do Recife (Hagua e AP Comunicação Estratégica) devido à necessidade de estarem mais próximos da execução no dia a dia”, destaca. Com esse esforço coletivo, nesse período diversas ações foram realizadas envolvendo ativação inédita no Recife e em Caruaru, por exemplo, com um balão de 40 metros de altura no formato da nova embalagem foi montado no Shopping RioMar Recife, e também na festa de São João em Caruaru.
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MARKETING DE INFLUÊNCIA
O EMPECILHO PARA INFLUENCIAR E ACERTAR IVELISE BUARQUE O conceito de “Toque de Midas” é definitivamente o xis da questão nesta Era do Marketing de influência, que tem contribuído para mexer em certa medida com o comportamento do consumidor, a decisão de compra e solidificação do share of heart. No passado, pode-se considerar Steve Jobs como o principal ícone desta ideia concretizando cada novo experimento tecnológico e transformando toda ideia em possibilidade e oportunidade de negócio para a Apple, que se tornou a maçã mais cobiçada e admirada do mundo. A imagem agregada a uma marca traz diversas vantagens, de fato e, desta forma, espera-se investimento de aproximadamente 30% a mais neste tipo de estratégia por parte das empresas brasileiras, segundo levantamento da BR Media Group. “Um influencer pode dar à marca aval, garantia de qualidade atestada com sua imagem. E isso num momento em que o tempo é o maior bem que alguém pode possuir, e que cada vez mais estamos conectados ao ambiente online, estar presente em ações que impactem os usuários de forma assertiva e efetiva se torna grande diferencial para a marca”, destaca Marcelo Caricati, sócio da Agência Linka (SP). As pessoas passam a identificar cada vez mais as marcas endossadas o que é uma grande vantagem do marketing de influência, que passa a validar uma avaliação e escolha que satisfará desejo do seu fã. Contudo, quando as marcas escolhem seus influenciadores para avaliar a relevância do seu produto/serviço através de um conteúdo de qualidade e criação de um estilo de informação, elas também buscam uma forma de 26
criar consciência de sua marca que solucione diferentes tipos de demandas para a marca e o consumidor. “O ponto mais crítico e incontrolável é a imagem do influencer, uma atitude errada ou equívoco na conduta, podem ser lido de forma negativa pelo público, gerando prejuízos para a marca associada à pessoa. Um exemplo clássico dessa situação são esportistas envolvidos em casos de doping, não necessariamente haverá o envolvimento da empresa, mas o fato é que estar associado pode sim gerar comentários negativos para a marca. Outro exemplo atual no Brasil são os casos de grandes empresas que tinham em seus fundadores e administradores a figura de empresários bem sucedidos, e, que agora estando associados a crimes de propina, feriram o status que a empresa demorou anos para conquistar”, lembra Caricati. As experiências mostram que as marcas já estão entendendo quando adotam essa estratégia, e costumam ficar satisfeitas com os resultados. Elas associam o poder que o marketing de influência pode exercer no comportamento de consumo. Mas, isso só ocorre quando todos os envolvidos tem o cuidado de fazer com que a mensagem tenha a ver com o conteúdo. “Neste caso, a mensagem do anunciante é crível quando está sendo passada através da voz de uma pessoa na qual o público confia, seja uma audiência, seja a família dele. Essa pessoa fala na linguagem desse público, fala de igual para igual, principalmente no caso de produtores de conteúdo da internet, coisa que é muito difícil para uma marca sozinha fazer. Por isso, não
acho que tenhamos muitos empecilhos com este tipo de estratégia aqui na boo-box/ftpi. Temos sempre o cuidado de fazer com que a mensagem não seja intrusiva, e com que a campanha seja sempre verdadeira. E as marcas entendem isso”, destaca o CEO Guga Mafra (SP). De fato e concreto, a credibilidade trazida pelo influenciador é o ponto mais alto para representar uma marca. Ele não só tem que estar inserido naturalmente no universo da marca/ produto, como tem que ter a capacidade de pulverizar o conteúdo entre os seus seguidores em virtude da confiança que tem nele. E isso está além do volume de fãs que o seguem. “Uma pessoa com 500 seguidores pode influenciar a todos os seguidores de seu ciclo de amigos ao postar sobre a eficiência de um sabão em pó. Já um influenciador com 1 milhão de seguidores pode influenciar menos pessoas. A melhor estratégia seria não delimitar as ações apenas a influencers com muitos seguidores”, comenta Leandro Nunes, head de digital da Perspectiva Comunicação (SP). Para ele, é aconselhável pensar em ações diferenciadas envolvendo os influenciadores digitais, pois o uso de posts pode não ser uma estratégia sempre tão enriquecedora para a comunicação da marca, analisando-se do ponto de vista da credibilidade da comunicação paga. “Um exemplo disso é a Gabi Rippi, que tem mais de 1,1m no Instagram e cobra R$ 4 mil por post. Ela fazia jabá de graça até sua agência atual lhe ensinar a importância que seu trabalho tem para o mercado e a necessidade de profissionalizar seus posts e suas participações em ações/eventos -
nesse caso, a cobrança é diferenciada, leia-se: o preço aumenta. Quanto mais cara de propaganda paga, menos influência tem sobre as pessoas, pois todos seguem o princípio de que quando a divulgação é paga, não contém necessariamente um testemunho imparcial e verdadeiro. Por outro lado, muitas marcas não estão preparadas para investir em marketing digital e esperam que o famoso 'jabá' seja feito espontaneamente... Como podemos notar, esse tipo de ação está prestes a desaparecer”, ressalta. Entretanto, a estratégia possibilita maior produção de conteúdo cada vez mais relevante e autêntico para que mais pessoas conheçam a marca e a identifiquem como um elemento que pode entrar no seu dia a dia de consumo. Além disso, proporciona para a empresa se “apropriar” da base de seguidores do digital influencer para construir uma audiência. O que e torna um dos grandes destaques dentro do processo do marketing de influência, que ainda encara certa resistência pelas marcas mais tradicionais de trabalharem com esse novo formato de mídia. “Existe ainda como empecilho dificuldade de encontrar bloggers profissionais, que falem de assuntos diferentes. Fora do segmento gastronomia e moda, por exemplo. A gente só vai linkar a marca com um blog ou canal que use fotos legais, que não tenham muitos erros de português, que tenham frequência de postagens. E esses atributos infelizmente ainda não são comuns. Até a falta de nota fiscal dificulta. Para a campanha #Invictoalize, estamos fazendo uma busca acirrada pra encontrar blogueiros que se encaixem pelo Nordeste. E tudo indica que devemos trabalhar com blogueiros também de fora da região para atender demandas de uma campanha da São Braz”, comenta Márcia Lira (Head of digital) da Aporte Comunicação (PE). Para a especialista, esse trabalho é a versão 2.0 da publicidade usando “atores da Globo”, com
ênfase em uma peculiaridade que é a necessidade de saber estabelecer um relacionamento com essas pessoas influentes junto ao público, cuja personalidade não é tão fácil de identificar como no caso da mídia televisiva. “É bem importante respeitar o blogueiro e a audiência que ele construiu, trocar muita ideia. Ninguém melhor do que ele pra analisar se a interação com aquela marca vai funcionar junto à sua audiência. O mais legal é quando a gente constrói o projeto junto, tem que deixar aberto pra o influencer dar as opiniões”, reforça. E essa construção é o sonho de qualquer marca que pensa em associar suas imagens ao endorsement (endosso, apoio) dos influenciadores. Mais forte do que as campanhas publicitárias no off (com comerciais, merchandising em TV e rádio e product placement em cinemas e novelas), que são muito caras, a internet e a exposição das redes sociais trazem novas perspectivas de investimentos. Uma vez que o consumidor se recusa a ser manipulado pela propaganda convencional e não quer ser mais impactado com conteúdo que não lhe interessa, encarar uma pessoa de sua confiança como uma referência o transforma também coadjuvante na comunicação, pois ele acaba se envolvendo cada vez mais no
processo. E, com isso, surgem novos desafios: a maturidade do anunciante e dos influenciadores. “Nem todos influenciadores com milhares de seguidores tem o poder de realmente influenciar a tomada de decisão dos seus seguidores, pois a conversão em consumo não deve ser medida apenas em número de audiência, mas existem vários fatores que contribuem para que este influenciador consiga influenciar e gerar comportamento e consumo. Quanto mais nichado é este influenciador, mais poder de influencia ele terá, funciona como armas de guerra, uma metralhadora tem o poder de soltar vários tiros em milésimos de segundos, contudo não há a exatidão do acerto, enquanto um rifle para um sniper, solta poucos ou apenas um tiro e acerta o seu alvo”, diz Murilo Oliveira, sócio da IWM Agency (SP). Para o profissional, as empresas encaram ainda dificuldade com a quebra deste paradigma, um trabalho de médio prazo, enquanto o mercado publicitário pede maior profissionalismo, pontualidade, criatividade, respeito e autenticidade por parte do produtor de conteúdo, o que ainda precisa ser melhor compreendido pelo influenciador que ainda não reconhece o trabalho como ferramenta de mídia. 27
PESQUISA
MÍDIA E ENTRETENIMENTO AQUECEM O MERCADO JULIANO MENDES DA HORA A PwC (PricewaterhouseCoopers) acaba de divulgar mais uma edição de sua pesquisa anual Global Entertainment and Media Outlook. Realizada há 17 anos, ela analisa 13 segmentos em 54 países, abrangendo cerca de 80% da população mundial. Nesta edição, os dados apontam que a receita global do setor de mídia e entretenimento deve atingir US$ 2,14 trilhões em 2020 – aumento de 4,4% ao ano até 2020 (taxa composta de crescimento). No Brasil, a previsão de crescimento anual Alexandre Eisenstein, gerente da PwC Brasil é de 6,4% ao ano até 2020, superior à média global, tendência de queda prevista por devido principalmente a muitos estudiosos, com o gastos mais expressivos com fortalecimento da cultura digital: os publicidade na TV, acesso à internet e à TV e vídeo. Em outras palavras, este jornais e revistas impressas continuam em franca perda de espaço ao redor mercado tem crescido mais do que o do mundo. O primeiro apresenta PIB em alguns países, caso do Brasil. O faturamento total do setor retração anual média de 1,5%, de mídia e entretenimento no País enquanto o segundo, -0,1%. Numa deve chegar a US$ 48,7 bilhões em análise entre países, embora o 2020, um recuo comparado com as consenso geral seja negativo, há previsões da edição anterior, que variações. Nos Estados Unidos, as projetava aumento de 5% da receita receitas com publicação de jornais global e 10% no Brasil até 2019. Os terão declínio anual de 3,1%, resultados globais foram influenciados enquanto na Índia haverá crescimento pela retração da economia da China, de 2,7%. Mas no geral, as versões influenciando na queda do setor de digitais de jornais e revistas crescem mídia e entretenimento chinês. No 9,8% e 13,2% ao ano, enquanto as Brasil, a desvalorização do real em versões impressas caem 3% e 3,7% relação ao dólar e a recessão foram ao ano, respectivamente. “Países como a Índia nos apertaram o gatilho para a redução mostram que não há uma regra geral dos números. Dois segmentos confirmam a nesse sentido. Cada povo tem hábitos 28
e percepções diferentes. Lá, a internet tem sido utilizada como agente impulsionador de iniciativas educacionais e dinâmicas no quesito informação, fazendo com que as pessoas olhem com mais atenção e crítica ao que é feito na mídia tradicional”, explica o especialista em mídia e entretenimento e gerente da PwC Brasil Alexandre Eisenstein. A cultura digital no Brasil também mostra um crescimento mais acelerado do que as suas contrapartidas analógicas. Por aqui, jornais e revistas digitais sobem 19% e 15,1% ao ano, e impressos, 0,4% e 0,9% ao ano, respectivamente. Isso nos leva a outro segmento intimamente relacionado ao conteúdo eletrônico, que é a publicidade na internet, que apresenta a maior projeção de crescimento anual: 11,1% ao ano até 2020. Isto significa que pela primeira vez os gastos de publicidade na internet vão superar os investimentos em TV, passando dos US$ 154 bilhões em 2015 para US$ 260 bilhões em 2020. Esse desempenho é capitaneado pelos Estados Unidos, China e Inglaterra. Ainda assim, o segmento de publicidade na TV deverá movimentar US$ 210 bilhões, 26% a mais do que em 2015. Com passos tímidos, os empreendedores brasileiros e as marcas tentam absorver novas práticas de marketing, tendo a
Pesquisa da PwC prevê 6,4% de crescimento anual só no Brasil
internet como aliada. Ainda não estamos na seleta lista dos 10 mais, ocupando o 14º lugar no ranking dos países com maiores gastos publicitários em plataformas digitais. Nesse ritmo, só subiremos um degrau mesmo em 2020, superando a Itália e o México, com US$ 2,9 bilhões de receitas geradas. O gasto global com acesso à internet deve crescer 6,8% ao ano até 2020. Mudanças na forma de consumir e investir em mídia e entretenimento deverão se tornar mais acentuadas. “As empresas de mídia e entretenimento estão lidando com um ambiente cada vez mais complexo, onde cada mercado desenvolve sua própria dinâmica de crescimento, influenciada por fatores que vão de mudanças demográficas até hábitos de consumo, passando por infraestrutura e regulação”, diz Estela Vieira, sócia da PwC Brasil e líder de Mídia e Entretenimento. CRESCIMENTO NO BRASIL – A publicidade na TV continua no topo da preferência entre os anunciantes, absorvendo 50% dos gastos totais das empresas para divulgação de seus produtos e serviços. O crescimento projetado do setor é de 8,6% ao ano até 2020, quando deverá atingir US$ 7 bilhões. Sendo que o mercado de mídia e entretenimento terá a projeção média de 6,4% até 2020, impulsionado pela força da publicidade digital, que no Brasil
deverá crescer 14,6% ao ano até 2020. Os investimentos em TV online deverão ser ainda mais expressivos, conquistando um aumento médio de 46% ao ano. Com o aumento dos investimentos em publicidade na plataforma digital, estima-se que a TV aberta perca market share para os demais segmentos online. Falando nisso, o audiovisual continua colocando as cartas na mesa, no que se refere à abrangência e conquista de público: os gastos dos consumidores com este segmento, que inclui acesso a serviços de TV por assinatura, filmes, vídeos e outros conteúdos (incluindo a venda e aluguel de filmes), devem chegar a US$ 11 bilhões, com cerca de 6 milhões de novos assinantes de TV por assinatura. Comparado com 2015, isso mostra uma penetração de 33% dos domicílios brasileiros. Provedores de conteúdo de vídeo no formato streaming, como Netflix e YouTube, continuarão a representar uma concorrência importante para a TV paga. O Brasil já ocupa o 7º lugar no ranking internacional de países em gastos com TV e vídeo e deve permanecer nesta posição até 2020. O gasto esperado com acesso à internet no país em 2020 é de US$ 17 bilhões, transformando o Brasil no quarto maior mercado mundial de rede móvel, com 175 milhões de assinantes, à frente do Japão, Rússia e México. Com isso, prepare-se para um boom no consumo de dados em
dispositivos móveis: eles terão um aumento de 500% em 2020 em relação a 2015. Mas ainda há muito a ser feito por aqui. Para Alexandre Eisenstein, “o que torna esse cenário mais desafiador para os profissionais brasileiros são dois fatores: público e infra-estrutura. O internauta brasileiro que faz um uso intenso da web é seletivo e não gosta de ações que possam soar invasivas ou atrapalhar a performance de sua navegabilidade. Esse ponto aliado à uma transmissão de dados que está muito abaixo do ideal, faz com que seja necessário buscar iniciativas ao mesmo tempo disruptivas e que dialoguem com os valores daqueles que se deseja atingir”, pondera. De fato, a situação da banda larga no Brasil se encontra num estágio nebuloso, que pode dificultar esse ritmo de crescimento. Produtores de conteúdo e profissionais de comunicação e marketing se mostram preocupados com a ação da Anatel, que em abril deste ano permitiu as empresas de telefonia impor um limite no consumo da internet fixa, pode resultar num freio de mão frente aos avanços da última década. Por outro lado, há mais motivos para otimismo que receio. “O mobile já se estabeleceu como a porta de entrada na internet para vários perfis de consumidores, isso já é fato. E no que se referem a este espectro, os números aqui apresentados foram colhidos no contexto próprio do acesso móvel, que já lida com esse limite no pacote de dados desde sempre. Pelo menos para quem já lida com esse perfil, não fará muita diferença”, acredita Alexandre.
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OLHAR ACADÊMICO
ACADEMIA E MERCADO NÃO ESTÃO EM UMA VIA DE MÃO DUPLA EMANUELLE RODRIGUES Desde muito jovens somos impelidos a questionar a realidade diante de nossos olhos, especialmente no âmbito da escola, mediação cultural basilar no processo de construção identitária dos indivíduos. Muito além de uma instituição, a escola se torna um espaço social de trocas no qual afetamos e somos afetados continuamente por outros como nós, relações essas que nos constituem como sujeitos. É nesse espaço que nós, corpos e mentes em constante turbulência, levantamos quase sempre nossos primeiros questionamentos. Um deles (o que me interessa particularmente aqui) é sobre a relevância de algumas disciplinas em detrimento de outras: por que estudar tanto português se prefiro matemática? O que sociologia ou filosofia vai agregar na minha vida? Por que tantos textos? Por que tantos 30
cálculos? Esses são apenas alguns exemplos. Na faculdade “evoluem” para “por que tanta teoria se eu não quero ser professor?” ou “por que tantos cases se quero ingressar no mestrado?”, isso para ser bem genérica. A dualidade entre teoria e prática não é, portanto, algo novo que emerge durante a faculdade, suas origens estão atreladas a uma gama variada de matrizes e discursos. Ela é naturalizada por muitos de nós como situação evidente, gerando crises no próprio sistema de ensino e uma rivalidade de grandes proporções na formação acadêmica e profissional de nossos alunos. Atrevo-me a dizer que este é um problema enraizado em nosso sistema e precisa ser combatido desde o início de curso. Defendo que, ao invés de
rivalidade, academia e mercado deveriam ser elementos complementares de nossa formação, afinal, como dar aulas sem nenhum conhecimento ou experiência prática das áreas de atuação dos profissionais que formaremos? O arcabouço teórico tornará esses indivíduos mais reflexivos e questionadores, mas precisa ser tensionado, pensado através de um objeto. Do mesmo modo, qual o grau de aprofundamento de um profissional que não sabe contextualizar os dados do mercado, nem analisá-lo sob um olhar crítico? Técnica e experiência prática são importantes aqui, mas o conhecimento teórico faz toda a diferença, ele distingue, significa, comunica. Uma introdução longa para me apresentar, porém fiel ao meu modo próprio de falar sobre mim:
minhas “discussões internas”. Lembro com bastante lucidez de uma pergunta feita a mim na banca de seleção de mestrado: “Estar aqui hoje foi uma escolha?”, disse o professor. Sorri, primeiramente, achando óbvia tal pergunta e o “sim” saiu dos meus lábios como um sopro de alegria. Era como estar apaixonada e ser correspondida. Depois de muito tempo, entre diálogos e vivências no âmbito acadêmico, tal pergunta voltou a persistir nos meus pensamentos, mas a resposta já não era mais tão óbvia. Nem para todos os cursos stricto sensu são uma escolha, mas uma opção conveniente em determinada fase da vida, por inúmeros motivos, às vezes uma paixão tardia pela academia depois de anos no mercado. Geralmente esse é um caminho comum, especialmente no campo da Comunicação. Para mim, foi o inverso: interessei-me pelo mercado ao me deparar com ele nas minhas leituras. Formei-me em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em 2013, sob a orientação do professor José Guibson Dantas, que me orientou em dois Projetos de Pibic (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), de 2011 a 2013, e no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Iniciei minhas pesquisas de Mídia e Religião (área que tenho me especializado desde essa fase) com ele, embasando-me principalmente em obras e trabalhos de autores dos estudos culturais, estudos de recepção e consumo. Além disso, fui monitora, em 2012, da disciplina Teoria e Pesquisa de Opinião Pública e estagiei durante três anos em assessorias de comunicação, dois deles na Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), nas quais desempenhei funções tanto de relações públicas como de jornalismo. Desenvolvi uma série de trabalhos de comunicação interna e assessoria de comunicação
nesse período, mas sem dúvida foi o meu lado acadêmico que mais aflorou nessa época. Escrevi, publiquei e apresentei diversos trabalhos em eventos acadêmicos de âmbito local, regional e nacional, além de periódicos científicos. Eu tinha convicção que essas experiências (e as críticas a elas atreladas) me tornariam uma pesquisadora melhor. Por outro lado, na sala de aula e no estágio, era evidente como as “teorias” me tornavam uma aluna\estagiária\profissional melhor. E o mais importante: aprendi a ouvir mais e falar o necessário. Conheci minha orientadora do mestrado, professora Karla Patriota, através de textos na área de Mídia e Religião, lidos em 2011 para o Pibic. Jamais imaginei o quanto ela me influenciaria nos anos seguintes. Descobri que Patriota era professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCOM\UFPE) e resolvi “focar” nela para ser minha orientadora no mestrado. Em 2013, ainda quando estava concluindo a graduação de RRPP, enviei meu projeto e currículo para tentar a seleção. Foi um período longo, difícil, e a cada fase que passava, um choro de alegria, quase de esgotamento. Então, prestes a completar 23 anos de idade, fui aprovada neste mesmo ano para o curso de mestrado em Comunicação na UFPE, agraciada com bolsa da Facepe – Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Intenso. Essa é a melhor expressão para caracterizar os dois anos do mestrado. A complexidade das discussões aumentou ainda mais, assim como dos artigos. Escrevi, publiquei e apresentei trabalhos em periódicos científicos e eventos nacionais e internacionais importantes da Comunicação, mas também da Sociologia, como a 33ª conferência da International Society for the Sociology of Religion (ISSR), na qual conheci
muitos dos maiores nomes da Sociologia da Religião no mundo, incluindo brasileiros. Em 2015, fiz mobilidade discente na ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, sob a supervisão do professor Vander Casaqui, período no qual também fiz pesquisa de campo para a dissertação. Na mesma época também tive o prazer de participar de discussões com o professor Luís Mauro Sá Martino, na Cásper Líbero. No final do mestrado comecei a trabalhar como analista de mídia na Ipsos Brasil – Instituto de Pesquisa de Mercado, onde atuo até hoje. Paralelo a isso, desenvolvo alguns trabalhos de consultoria para o mercado em parceria com Karla Patriota, sócia da Denker – Consultores associados. Trabalho diariamente com profissionais brilhantes, com extenso repertório e conhecimento de mercado, muitos com atuação na academia, inclusive. Todo dia aprendo algo novo e cada vez mais fica evidente essa relação imperativa entre academia e mercado, parafraseando Patriota em outro texto desta mesma coluna. Defendi minha dissertação em dezembro de 2015, cujo tema foi “Empreendedorismo e racionalização dos afetos nas instituições neopentecostais”, a qual foi indicada para publicação e como representante do PPGCOM\UFPE para concorrer ao prêmio Compós 2016 de dissertações e teses. Com tudo isso, quero dizer que mestrado e doutorado não devem (nem deveriam) ser considerados como uma mera opção. Ser professor é uma escolha séria e está ligada à formação de muitos indivíduos, exige muita responsabilidade. Sei que há uma longa estrada pela frente, contudo, algo é certo: academia e mercado não estão em uma via de mão dupla, mas sim numa faixa dupla, caminhando paralelamente e em sintonia. 31
MUNDO ONLINE | O AMOR QUE GUARDEI PRA MIM
ABRINDO CORAÇÕES E GAVETAS JULIANO MENDES DA HORA Quando assistimos à revolução digital dos últimos anos, nos acostumamos a ver talentos sendo cada vez mais descobertos, numa velocidade nunca atingida antes. O acesso a plataformas de publicação e disseminação de conteúdo foi democratizado, permitindo que mais pessoas pudessem ser lidas. Em meio a essa overdose de pessoas e histórias, é natural que se torne necessário um olhar cada vez mais apurado e crítico para reconhecer pequenas gemas preciosas num mar de bijuterias, onde todos desejam reconhecimento, mas só algumas imprimem sua essência, trazendo consistência e vida a esse universo. A jornalista Malu Silveira pertence ao time das jóias, com suas crônicas da série “O amor que guardei pra mim”. Muitos talentos digitais começam a expandir suas áreas de atuação impulsionados pelo engajamento daqueles que os acompanham, para consequentemente atrair a atenção da imprensa tradicional, que por sua vez, ajuda a atrair trendhunters e anunciantes. Está pronto o circo midiático que renderá pautas e merchandising, estabelecendo um ciclo que invariavelmente chegará ao seu ápice, abrindo espaço para o próximo. Com Malu, a história foi diferente. Ela não tinha - e continua não tendo – a menor pretensão de transmutar-se numa persona digital: seus escritos eram guardados para si mesma, incentivados pela mãe, que a aconselhava a escrever desde pequena, sempre que algo mexesse com os seus sentimentos. “Depois disso, eu guardava tudo numa gaveta, 32
para ler dias depois do turbilhão de emoções. Assim eu poderia ver aquilo tudo com outros olhos. Tenho diários há 12 anos e vivo escrevendo o que acontece comigo”, explica. Todo esse amor guardado começou a caminhar por conta própria, com o advento das redes sociais. E foi assim, com o Facebook perguntando “No que você está pensando?” que as palavras e histórias de Malu responderam ao chamado espontâneo do acaso. Quem saberia quantos poderiam ser tocados pelas reflexões, anseios e questionamentos dela? A resposta veio rápido, com comentários e compartilhamentos dos amigos. E posteriormente, dos amigos dos amigos. Sabendo da enxurrada de informações que corre nas timelines ao longo do dia, Malu sabia que muito do que escrevia espontaneamente poderia se perder. Era necessário algo que indexasse tudo aquilo. E um blog teria todos os recursos ideais para ser a sua nova gaveta, com a diferença de que dali em diante, ela estaria aberta às pessoas, que teriam tudo organizado por tags e datas, com textos fáceis de serem encontrados. E em janeiro de 2015, nascia “O amor que guardei pra mim”. “No começo, eu sabia que só quem acompanhava eram membros da família e amigos, e de vez em quando, pessoas próximas a quem conheço. Eu não tinha uma rotina de postagens, por isso era algo descompromissado. Só que as pessoas com quem eu trabalho começaram a falar dos meus textos e me incentivaram a propor uma parceria.” Malu trabalha há cinco anos
no portal NE10, braço de notícias em tempo real do Jornal do Commercio, e por lá circulam blogs como Garotas Estúpidas, de Camila Coutinho, e Casa Saudável, da jornalista Cynthia Leite. “Conversei com minha editora, Inês Calado, que me apoiou muito na ideia e me deu toda a liberdade de criar os textos de acordo com o que eu gosto de falar. Aí, no dia 28 de abril de 2016, nasceu a coluna do blog, no NE10, mais um fruto desse projeto pessoal!” O fato de Malu ter conquistado uma coluna diz muito a respeito da confiança e do reconhecimento acerca do seu trabalho. Ter um blog em parceria com um veículo de comunicação é uma coisa. Ter uma coluna no próprio veículo de comunicação é outra, com um valor inestimável para quem faz da escrita a sua arte. “Os acessos ainda têm um bom caminho pela frente. É claro que a gente quer que nosso conteúdo seja visualizado por várias pessoas, mas eu penso assim: se o meu texto tocar uma pessoa por dia, já atingi meu objetivo!” “O amor que guardei pra mim” possui uma aura intimista, mas nem por isso menos dinâmico e gracioso, dialogando com o ritmo de uma jovem mulher do século 21, às voltas com a busca pela sintonia entre o seu interior e todas as vivências que ela encontra no caminho. Algumas poderão mudar seu ponto de vista, outras serão confrontadas, mas a essência se debruça sobre o amor e todas as suas nuances. Ao ser perguntada sobre quais autores lhe ajudaram a lapidar a escrita, Malu responde: “eu não gosto de comparar
as coisas das quais escrevo com de outras pessoas, mas os escritores que eu mais gosto e que partilham da visão de vida que eu tenho, são Ruth Manus, Martha Medeiros e Ivan Martins. A escrita de Malu chega num momento característico da produção literária. Se antes, jovens autores penavam para passar pelo funil das editoras até atingir seu público, hoje os leitores mediam as editoras e os veículos de comunicação, apontando nichos com grande potencial de aceitação. Por enquanto, ela se mostra grata pelo incentivo e já nota um espaço se desenhando à sua frente, mas prefere deixar as coisas fluírem. “Não tenho essa visão de transformar a coluna em algo de muitas curtidas. Claro que é ótimo você perceber que um monte de gente aprecia seu trabalho, sabe? Mas eu não quero que meu texto seja mais um produto da indústria... Eu escrevo sobre aquilo que passo, que vivencio, eu escuto as pessoas falando sobre seus sentimentos...” Por mais que possua experiência com a rotina intensa de uma redação, Malu não imaginava o alcance de sua coluna. “Olha, na primeira postagem, foi tanta gente falando comigo, foi mensagem, ligação, curtida, compartilhamento, gente que eu nem fazia ideia que lembrava de mim, me parabenizando...meu coração não cabia no peito! Foi aí que eu pude reafirmar que é isso que eu quero fazer da minha vida! Escrever, sabe? E falar sobre a vida em geral, é uma delas.” Além da coluna “O Amor que guardei pra mim”, Malu atua em diversos fronts dentro do próprio portal NE10, além de contribuir com o blog Casa Saudável. Diante de tantas vertentes jornalísticas, ela sente a mente borbulhar para futuros projetos. “Eu pretendo lançar um livro. Mas pode ser que eu mude de ideia no meio do caminho... Eu tenho
vontade de escrever um romance mesmo, Tenho absorvido muito das várias pessoas que conheci em minhas pautas do dia-a-dia, outras realidades…Mas também penso em juntar meus textos e lançar uma coletânea de crônicas... Quem sabe? Mas para isso, ainda preciso viajar muito, amar muito e, porque não, ter meu coração partido milhões de vezes, não é mesmo?” Sonhos mudam, a vida nos apresenta novos desafios, nada é estático. Por enquanto, Malu Silveira segue fazendo aquilo que a alimenta, que a faz crescer: seu ofício de jornalista sempre influenciará o olhar que ela tem e terá sobre a vida. Ao contrário do que muitos pensam, o que você registra, seja um acontecimento político, seja uma demanda popular em alguma comunidade, seja uma tendência
comportamental, não importa. São retalhos de histórias coletivas que reverberam e transformam dentro de nosso templo interior. E o templo de Malu está se revelando cada vez mais fascinante em sua jornada de autoconhecimento. “O que eu quero é que nós saibamos nos enxergar para depois conseguir entender os outros! Para mim esse é um dos principais motivos do sentimento de frustração como um todo... A gente cobra muito dos outros e muito pouco de nós... Não nos conhecemos... Como podemos ser alguém para os outros se nem ao menos sabemos o que somos nós para nós mesmos?” E é observando, amando e escrevendo, que Malu tece o bordado de sua história, tão comum a todos nós, e por isso mesmo, tão bela e cativante. 33
DESTAQUE | PAULA DIAS
ATUAÇÃO PAUTADA EM MÚLTIPLAS DISCIPLINAS IVELISE BUARQUE Como escrito em Arte da Guerra, de Sun Tzu, “Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar” acredita a publicitária pernambucana Paula Dias, que fundamentou sua carreira no mercado de propaganda, no setor de marketing e na área Digital com a visão de que todo esforço deve seguir uma estratégia para ser recompensada, as parcerias são grandes aprendizados e flexibilidade e multidisciplinaridade são essenciais no cenário atual. “O mercado de marketing e de comunicação hoje é muito mais plural. Há um crescimento do empreendedorismo criativo e são múltiplas as possibilidades de atuação. Conciliar interesses pessoais com interesses profissionais talvez seja muito mais fácil hoje do que há 20 anos. Sem falar do mobile: o escritório que está cada vez mais na palma da mão, onde cada um desejar estar”, destaca. Professora dos cursos de Publicidade e Propaganda, Design Gráfico e Administração nas Faculdades Integradas Barros Melo (AESO) e Faculdade dos Guararapes (FG), tem conciliado diversos interesses pessoais e profissionais em universo tão propício a 34
Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar Sun Tzu, Arte da Guerra
novas oportunidades e realizações, que propiciam um casamento perfeito com os seus 15 anos de experiência em agências de publicidade em São Paulo e no Recife. “Como profissional de atendimento e planejamento, sempre estive muito envolvida com o core business dos meus clientes. Sempre senti necessidade de ampliar meus conhecimentos para ofertar entregas mais consistentes e assertivas. Hoje, inclusive, ministro disciplinas como Branding e Marketing Digital nas faculdades em que atuo. O entendimento pautado em múltiplas disciplinas é fundamental para oferecer estratégias e táticas mais relevantes em um mercado cada vez mais competitivo”, lembra. Nesta trajetória, teve a oportunidade de atuar no atendimento e planejamento integrado de comunicação de empresas como Unilever, Mondeléz, Eletrolux e Warner Bros, além de ser responsável pelo gerenciamento da conta de comunicação da Johnson & Johnson para o Norte e Nordeste. E integrado a isso tudo trouxe a Paula a união com diversos profissionais com os quais teve a chance de trabalhar, pessoas que considera
sensacionais e talentosas, como Cecília Freitas, Camila Costa e Luna Gutierres, que se destacam entre algumas das líderes com quem aprendeu muito e que consegue listar. “Meus pais sempre apoiaram as minhas decisões e possíveis mudanças de rota na vida profissional. Devo a eles, cada um ao seu modo, a profissional que me tornei. Do meu pai creio que herdei o amor pelos livros e da minha mãe a garra de não desistir diante dos primeiros obstáculos”, acredita. É com esta perspectiva que a profissional busca ampliar cada vez mais o saber, em um caminho incansável em que, irrequieta, não dorme no ponto e vem galgando novos caminhos. Recentemente, assumiu a posição de sócia da amiga Izabela Domingues, com a qual aprende constantemente, como diretora da Consumix Consultoria de Comunicação, Consumo e Conhecimento e passou a ocupar o posto de embaixadora da São Paulo Digital School (SPdS) em Pernambuco, enquanto dá continuidade ao mestrado em Comunicação Social pela UFPE. “Estamos muito felizes com essa parceria já que poderemos estimular a educação continuada dos nossos publicitários numa época de profundas transformações nas nossas práticas profissionais e nos modelos de negócios. A missão da SP Digital School em Pernambuco é preparar o mercado para a nova comunicação em rede do século XXI que está só começando”, comemora. A investida, que nasceu da relação pessoal com Ana Barcellos, fundadora da SPdS com Carlos Medina, com quem trabalhou na F.Biz, se deu com a percepção de que poderia facilitar e agregar muito para profissionais e estudantes de Pernambuco que costumavam se deslocar para São Paulo a fim de
frequentar os cursos da SPdS. “A troca de informações sobre o mercado digital nos levaram à ideia de trazer a SPdS para o Recife, ampliando o conhecimento e o networking dos profissionais do mercado Norte/Nordeste”, diz Paula, cuja parceria garante não só a troca de informações como expertises mútuas. Uma demanda que a profissional conhece de perto com a experiência em consultoria no segmento de desenvolvimento de projetos de comunicação digital para diversas agências no decorrer de sua carreira. “Percebemos um mercado cada vez mais sedento por conhecimento. Tanto por parte dos empresários, que querem colocar suas verbas, entendendo onde e porque estão colocando, quanto por parte dos profissionais e estudantes que já precisam chegar ao mercado muito mais capacitados em relação ao que vão ofertar”, completa. Envolvida hoje em vários projetos que estão muito integrados ao conceito de formação profissional, empreendedorismo e consultoria, ela acredita que o momento atual está aberto as novas potencialidades para inovação na gestão de negócios e de marcas, em todas as regiões do país. Um novo desabrochar que torna necessário rever modelos de atuação e estar mais sensíveis as coisas ao redor para conquistar todos os objetivos, seja na carreira dos nossos profissionais ou nos negócios dos empreendedores. E este é um processo de mudança de visão e de transformação nas gestões que busca com a sócia desenvolver no próprio trabalho. “Para defender estratégias e táticas, é preciso primeiro conhecer como, onde, quando e porque ofertálas. Mais do que cursos, a Consumix oferece argumentos para que anunciantes, agências e profissionais tenham consciência e consistência em relação a suas entregas”, diz.
Seu trabalho dentro dessa perspectiva começou numa época em que a área digital, estudo de consumo e empreendedorismo moderno ainda não eram tão expressivos ou representativos para o mercado como hoje. E, com isso, os desafios de atuar e empreender neste setor de consultoria à época eram enfaticamente distintos dos de hoje. “Atuar com o Digital em São Paulo, com anunciantes como Unilever e Fundação Dom Cabral, foi fundamental para minha formação. O Digital é um mind set, uma forma de pensar negócios, não descolados dos meios tradicionais, mas, cada vez mais, integrados e colaborativos. Não há mais barreira entre on e off. Precisamos dominar todas essas expertises e entregar propostas realmente consistentes e eficazes. Sabendo como usar as ferramentas com a comunicação digital e as mídias sociais online com criatividade, você poderá escolher onde quer atuar: na empresas dos outros ou na sua própria empresa. O conhecimento é a chave para quem quer tomar decisões acertadas para o seu futuro profissional e não ficar ao sabor dos ventos e das estratégias de terceiros”, enfatiza Paula. Nesta Era Digital, em que todos estão vinculados em alguma rede, mídia ou utilizamos alguma ferramenta social, saber como aproveitar o meio certo para o nicho específico é prospectar assertivamente e alcançar bons resultados para se chegar ao target, em sua opinião. Afinal, o universo online é cada vez mais abrangente e proporcionando cada vez mais recursos e oportunidades para o consumidor. “Hoje, já são mais de 50 redes sociais digitais atuando no Brasil. Dependendo do target e do objetivo, há múltiplas possibilidades de atuação. Uma coisa é certa: anunciar e gerar relacionamentos com 35
DESTAQUE | PAULA DIAS
Paula Dias (azul) e sócia Izabela Domingues (vinho) com os alunos do curso da SPdS em Recife: Bartira Pontes, HD Mabuse e Sheila Diniz do Cesar
seus públicos nunca foi tão acessível para tantas marcas e empresas”, destaca a especialista. E esta realidade é mais forte não só para todos como especialmente ao que concerne aos jovens. O consumidor moderno e a geração Y tem contribuído para as maiores mudanças de comportamento na internet hoje e interferirá de maneira mais do que expressiva nos negócios de amanhã uma vez que dominam como nenhum outro público as novas plataformas. No universo das ações de marketing, apesar do Social Media ditar as regas na maioria dos casos das aplicações das empresas. A exigência do público jovem por um conteúdo mais atrativo, específico e estrategicamente articulado em poucos caracteres, uma comunicação mais informação em curto espaço de tempo e bytes, exige mais concentração e maior prospecção sobre o internauta, consumidor e 36
como trabalhar no meio digital, além do mode heavy user. “Há muita gente boa trabalhando com essas novas ferramentas e muita gente fazendo errado porque sequer sabe o que está fazendo. O certo é que as novas gerações serão cada vez mais críticas e exige+ntes em relação a marcas, empresas, produtos, serviços e até governantes. Relacionamento é a chave e o diálogo constante entre marcas e consumidores também”, reforça. Mas, há muito a considerarmos quando falamos de desenvolver estratégia inteligente e assertiva. Os processos de trabalho das empresas estão dentro do esperado em termos de planejamento, monitoramento e sucesso, apesar de alguns equívocos no que diz respeito ao trabalho das marcas hoje dentro deste mundo tecnológico. “Vemos muitas marcas performando muito bem, por
exemplo, nas mídias sociais, conversando de igual com os consumidores, assumindo erros, pedindo desculpas ao consumidor em tempo real, entre outras atitudes louváveis para o que se espera hoje das marcas. Mas nem todo mundo está preparado para a comunicação em rede”, diz. Um erro que pode causar vários transtornos no futuro e uma dificuldade irreversível de relacionamento com o target para Paula. Contudo, em termos gerais, no Brasil e em especial no Nordeste, o branding digital está despontando e podemos esperar muita coisa daqui para frente. “O espírito do tempo pede que marcas e consumidores estejam cada vez mais juntos e misturados. As ideias de marcas num altar e consumidores sem poder ficou para trás. A colaboração e a cocriação vão ganhar cada vez mais força”, completa.+
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CONTEMPLE O AMOR Salvo raríssimos casos, mudar sempre é uma ótima saída. Às vezes vale a pena cortar o cabelo e ficar de cara nova. Em outras ocasiões, optar por uma vida mais saudável nos deixa super pra cima. De qualquer forma, mudar sempre traz algo positivo (nem que seja pra perceber que éramos felizes do jeito de antes). Das mudanças mais comuns, a minha preferida são as cores do pôr do sol. Cada dia é uma surpresa, cada cor favorece um novo clima. Mas em todas as ocasiões um elemento sempre se mantém presente: o amor. E graças a ele todo mundo se junta e as diferenças são deixadas de lado. O que vale é contemplar. E, por que não, se apaixonar?
AMPRO: CAMPANHA PARA ASSOCIADOS O capítulo Norte/Nordeste da Ampro – Associação de Marketing Promocional –lançou campanha institucional com o intuito de apresentar para os associados, as diversas vantagens que têm as empresas que integram a entidade. As peças estão sendo veiculadas através das redes sociais e com isso, contam com grande alcance de forma viral. Nas pílulas, os associados Ampro ganham conhecimento de aspectos peculiares da associação, a exemplo de que todos têm acesso exclusivo a conteúdos sobre tendências de live marketing, assim como a orientação jurídica sobre Márcio Viana, tributação, licitação, contratação e ações presidente do promocionais. Também podem saber mais sobre capítulo Norte/ o Cadastro de Ideias e as ligações com direito Nordeste da autoral e de imagem. Além disso, a campanha frisa detalhes Ampro sobre o Conselho de Ética da Ampro, que media conflitos para coibir práticas ilegais de mercado, e também sobre as condições especiais por conta dos convênios com as seguradoras especializadas em Live Marketing e até sobre a parceria da entidade com a Caixa Econômica que visa reduzir o prazo de análise para liberação de ações promocionais. “Essa campanha tem o intuito de mostrar de forma clara, lúdica e objetiva aos associados, sobre todas as vantagens – que são muitas – que eles têm quando participam da Ampro. A associação apresenta uma série de informações, assistências e parcerias que visam proteger e ajudar em diversos aspectos as empresas que fazem parte dela”, diz Márcio Viana, presidente do capítulo Norte/Nordeste da Ampro.
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NA ESTANTE
LINKED, A NOVA CIÊNCIA DOS NETWORKS, de Albert-Laszlo Barabasi, Editora Leopardo, 256 pg Professor de física na Universidade de Notre Dame e com trabalho divulgado nas mais importantes mídias científicas e comerciais, como Science e The New York Times, Barabasi afirma que os sites que formam a rede mundial de computadores tem determinadas propriedades matemáticas que dependem de três condições para ocorrer: evolução e adaptação; ligação entre hubs e aptidão competitiva. Ou seja: as redes são como organismos vivos, nossas relações interpessoais. Este livro mostra o que há por trás da complexidade da relação entre o universo online e o offline. Ideal para quem deseja se aprofundar no mecanismo de funcionamento da era digital.
CIÊNCIA PICARETA, de Ben Goldacre, Editora Civilização Brasileira, 378 páginas Através de uma linguagem leve e divertida, Ben Goldacre despeja na nossa cara a enorme quantidade de informações absurdas que recebemos todos os dias, como se fossem verdades científicas. A indústria farmacêutica e milhares de charlatões se promovem à custa da informação mal pesquisada e divulgada sem cuidado. Com isso, receitas milagrosas, dietas relâmpago e tratamentos exóticos viram a febre da moda. Ciência picareta vai mudar definitivamente o seu comportamento diante dessa overdose de milagres que estampam a indústria da vida perfeita.
PRODUTIVIDADE PARA QUEM QUER TEMPO, de Gerônimo Theml, Editora Gente, 160 pg Sabe quando você se estressa com prazos, demandas dos clientes, sem falar em muito trabalho e pouco ganho, além de tempo quase zero para o ócio criativo e a vida pessoal? Este livro apresenta o segredo da produtividade, com os passos para que você alcance muito mais resultados sem ter de trabalhar mais. Aprenda a criar tempo para fazer tudo o que precisa ser feito e ainda conseguir cuidar de si mesmo. Aspectos como a tendência da multitarefa, curiosidades sobre energia e foco e a importância da inspiração e referência para nortear a carreira estão presentes nessa obra, que reúne dicas inéditas que dialogam com o trabalho de coaching desenvolvido pelo autor.
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