Revista QShow janeiro 2016 - Bikes

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concurso cultural CliQShow | Saiba mais sobre o ganhador do livro “Tudo Sobre Fotografia” e continue enviando suas fotos. p.12

A revista para quem tem conteúdo

Loteamentos Investimentos seguros em tempos de crise. p.36

Varginha Cidade com

grandes atrações para variados ramos. p.16

Doces caseiros Garantia de renda para

jovens empreendedoras. p.54

senador amaral Referência nacional

em gestão de saúde. p.30

Elas estao cada vez mais populares, mas o transito esta preparado para receber essa nova demanda?


TITULO

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NOSSO TIME

Leonardo Miranda Jornalista

Amanda Naves Revisora

Isabella Alves Redatora

Paulinha Terra Publicitária & Fotógrafa

EXPEDIENTE DIREÇÃO GERAL VALMIR RODRIGUES EDITOR CHEFE MARCELO BERCHEZ

Angélica Arakaki Designer

Flaviani Isabel Garcia Comercial

Jeferson Arantes Designer

Wagner de Souza Designer

JORNALISTA RESPONSÁVEL LEONARDO MIRANDA MTB 46.302/SP DIREÇÃO DE ARTE ANGÉLICA ARAKAKI

Cyntia Pereira Comercial

Ana Paula Marques Comercial

Luiz Carlos Horvath Comercial

José Geraldo dos Santos Assessor Comercial

DESIGNERS PAULINHA TERRA WAGNER DE SOUZA JEFERSON ARANTES REDATORES ISABELLA ALVES LEONARDO MIRANDA FOTOS PAULINHA TERRA ISABELLA ALVES LEONARDO MIRANDA

COLABORADORES QSHOW Felipe França

Mariana Raniero

Psicólogo

Bióloga

Marília Bar

Roberto Vieira da Silveira

Jornalista

Empresário

Melissa L. Fernandes

Marcelo Tavarez Fisioterapeuta

PARA ANUNCIAR | DÚVIDAS & SUGESTÕES

REVISÃO AMANDA NAVES DEPTO. COMERCIAL CYNTIA PEREIRA ANA PAULA MARQUES LUIZ CARLOS HORVATH IMPRESSÃO RONA EDITORA CIRCULAÇÃO SUL DE MINAS REDAÇÃO RUA LEÃO DE FARIA, 86 3º ANDAR, SALA 5 CENTRO - ALFENAS - MG CEP 37130-000

Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro de tudo o que acontece no Sul de Minas.

contato@revistaqshow.com.br 35 3011.3903 35 988454852

RevistaQShow

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editorial

Escolhemos não nos intimidar Por Leonardo Miranda

O

ano começa em um contexto de instabilidade econômica e política, no qual os desafios do ano passado continuam e os obstáculos, cada vez mais altos, se põem frente a todos que não estão preparados para correr e saltá-los. São desafios que também se estendem à nossa Revista, mas, como estamos entre os que escolheram não se intimidar, a fim de encarar a recessão com ousadia e originalidade, a QShow assumiu um formato pioneiro no sul de Minas, pautado pela inovação gráfica e conteúdo jornalístico regional exclusivo. Essas são características que nos diferenciam e despertam o interesse de cada vez mais pessoas, como você, leitor, colaborador e parceiro, que confia em nosso meio para se informar, expressar seus pensamentos e divulgar suas marcas. Tal confiança é a energia que precisamos, sendo necessária para se correr cada vez mais rápido e se saltar cada vez mais alto. Para começar 2016 reforçando nosso compromisso editorial, focamos no aumento das bikes no trânsito, isto é, uma questão de utilidade pública, que se apresenta como uma alternativa para o caos

nas ruas das cidades e que está diretamente ligada a um segmento do mercado que possui tudo para continuar se desenvolvendo, mesmo em tempos de crise. Entretanto, a utilização segura desses sustentáveis meios de transportes, além da consciência de todos os envolvidos no trânsito, demanda investimentos governamentais, principalmente em campanhas de conscientização e desenvolvimento de espaços exclusivos para ciclistas. Nesta edição, você também confere os múltiplos setores e segmentos econômicos que fazem de Varginha um dos polos regionais que mais movimentam o sul de Minas. Na seção de esportes, Varginha volta a ser destaque, desta vez, graças a um jovem campeão de jiu-jítsu, que garantiu um título mundial para o município em 2015 e precisa de apoio para continuar representando em 2016. Como feedback do assunto abordado na capa da edição de dezembro, trazemos uma matéria sobre o segmento de loteamentos, que está driblando a crise, justamente pelo fato de os terrenos se apresentarem como investimentos mais seguros.

Confira também a Revista QShow online. /revistaqshow

Já na seção que diz respeito aos direitos dos animais, abordamos o sofrimento desses inocentes seres atingidos pelo rompimento das barragens da Samarco e acompanhamos uma campanha realizada por moradores de Alfenas para ajudá-los. Na seção de empreendedorismo, mostramos a história de jovens que vêm se dedicando, profissionalizando e obtendo o merecido sucesso com a produção de confeitaria e chocolates caseiros. Em relação ao meio ambiente, oferecemos um artigo abordando um assunto que nunca deveria ser deixado de lado: a importância do reflorestamento para a garantia de um futuro melhor. Como não poderíamos começar o ano sem novidades, apresentamos a seção “Fique Ligado”, que consiste em um espaço especial e dinâmico, no qual iremos contemplar a arte, a cultura pop, os informativos e as notícias de modo geral. É claro que essa é apenas a primeira de muitas novidades que já foram programadas para este ano, tudo sempre pensado para que se continue fazendo jus ao nome e ao slogan: “QShow, a Revista para quem tem conteúdo”. No mais e como sempre, desejamos uma excelente leitura!


QUEM ESTÁ LENDO

Douglas Prado Futema (Alfenas, MG)

A Revista QShow patrocinou, apoiou e registrou muitos momentos do nosso evento “Saia Para Voar”. Valeu, QShow, pela parceria! Com certeza, bons frutos vêm por aí! Para o alto e avante, positivamente! Comentário sobre a cobertura do evento em rede social.

Já conheço a Revista QShow há algum tempo e é nítida a evolução a cada edição. Todas as matérias apresentam muito bom gosto e qualidade profissional! Gosto muito das matérias relacionadas à saúde, esporte e educação, que representam as áreas em que atuo. Não é uma revista apenas regional, é realmente um show!

Gostou? Conte para gente sua opinião sobre a Revista QShow! contato@revistaqshow.com.br

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RevistaQShow

Tábatta Brito (Alfenas, MG)

Muito obrigada, Revista QShow! Vocês estão de parabéns pelo trabalho incrível que estão fazendo, com informação de qualidade, sempre valorizando o que a nossa região possui de melhor. Um verdadeiro sucesso!


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Sumário

CAPA

40 BIKES

Fique ligado CLIQSHOW

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12 Saiba mais sobre o ganhador Diego Batista

cultura

14 Banda Criança Louca completa 10 anos

turismo 16 Varginha

mundo animal

18 Solidariedade em prol dos animais

fashion

20 ARTIGO | Make Up tendências 2016

saúde 26 ARTIGO | Copinho amigo da mulher 28 ARTIGO | Fenômeno do Ciclismo 30 Um exemplo para o Brasil

esporte

32 Campeão mundial 34 ARTIGO | Liberdade sobre os pedais 35 ARTIGO | Bike Fit

loteamentos informativo

36

52 Diretoria AOB 2016-2018

NEGÓCIOS & EMPREENDEDIMENTOS

comportamento

54 Doce Negócio 57 Qual Marcas | Registro de marcas 58 A melhor defesa é o ataque

educação

62

22 ARTIGO | Depressão masculina

24 Trilhas Educativas

Nossos Parceiros


TITULO

Revista

Com um editorial polivalente, a Revista QShow é estruturada com responsabilidade jornalística e conta com a colaboração de profissionais capacitados para desenvolver um conteúdo idôneo e de interesse sulmineiro.

Onde estamos Pontos de distribuição: Alterosa Areado Alfenas Varginha Campos Gerais Paraguaçu Elói Mendes Machado Jacutinga

Bueno Brandão Andradas Poços de Caldas Serrania Guaxupé Juruaia São João da Boa Vista Monte Sião

Distribuição pela Viação Santa Cruz

qshowrevista RevistaQShow revistaqshow

Alfenas Alfenas Alfenas Alfenas Alfenas

-

São Paulo Passos Poços de Caldas Juiz de Fora Três Corações 9


ARTE

Imagem ilustrativa: Ponte sobre Hève na Vazante de Claude Monet

www.cultura.mg.gov.br

Fique Ligado

MÚSICA

O DJ David Guetta volta ao Brasil em janeiro e irá se apresentar em algumas cidades. Camboriú, Guarapari, São Paulo e Rio de Janeiro recebem o artista, que apresenta a Brazil Tour. Quem também chega ao país neste mês é a banda canadense Magic!, que embala os famosos hits “Rude” e “No Way, No”. As cidades escolhidas para a apresentação do grupo foram Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Florianópolis.

O Museu Mineiro voltou a expor mais de 250 telas da Pinacoteca do Estado de Minas Gerais, após uma reforma. As obras são datadas do final do século XIX até meados do século XX e irão se revezar em exposições temporárias na Sala Multiuso do Museu Integrante do Circuito Liberdade. O novo percurso expositivo da Sala Multiuso teve início com uma coleção de desenhos feitos a carvão por Honório Esteves, além de quadros de Rodelnégio e Heider. “O objetivo é instigar o público com o rodízio das obras e dar visibilidade ao acervo da pinacoteca”, explicou a coordenadora do Museu Mineiro, Angelina Camelo Bagetti. O Museu Mineiro está localizado na cidade de Belo Horizonte (MG). Acesse o site para maiores informações:

CARROS Imagem de divulgação

O Globo de Ouro, premiação que engrandece os melhores profissionais do cinema e televisão do mundo, ocorre no dia 10 de janeiro. Neste ano, o ator Wagner Moura concorre ao prêmio, pela série “Narcos”, representando o Brasil. O filme “Carol” é o mais indicado e concorre a cinco premiações. Além disso, podemos encontrar sucessos do cinema, como “Mad Max” e “Divertidamente”. 10

Por todos os anos, as principais empresas e montadoras de carros anunciam seus modelos novos. Para 2016, as novidades ficam por conta da inauguração das fábricas de Mercedes-Benz, em Iracemápolis (SP), e Jaguar Land Rover, em Itatiaia (RJ). A Fiat apresenta sua pick-up Toro, a Honda lança uma nova versão do Civic e a Chevrolet, do Cruze, ambos sedãs médios. A Audi também apresentará novidades que farão brilhar os olhos dos apaixonados por carros.


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CliQShow

de registro Diego Batista é o vencedor do ano do CliQShow! O espaço permanece em aberto aos fotógrafos em 2016. Por Isabella Alves

Fotos de Diego Batista

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o mudarmos a linha editorial da Revista QShow, criamos o espaço “CliQShow”, que prestigia os fotógrafos da região, publicando uma de suas obras por edição da revista. Sabemos o quanto o trabalho com fotografia é importante e nossa intenção é valorizar a produção desses profissionais, além de abrir espaço para amadores que são apaixonados pelo mundo dos registros fotográficos. Natureza, gestantes, cenas inusitadas, fotos do cotidiano: foram dezenas de fotos enviadas para a nossa equipe e, à vista disso, escolhemos, juntos, um vencedor para representar todos os que participaram do CliQShow e receber o livro “Tudo sobre fotografia”: Diego Batista de Ávila, areadense, de 22 anos. A foto de Diego, “Circo da Luz”, estampou duas páginas de nossa revista na edição de novembro. Contudo, a imagem do palhaço pensativo é apenas um dos trabalhos do fotógrafo. Diego nos conta que começou a fotografar em 2013, quando foi contratado por um jornal local. A paixão pelo registro de imagens surgiu realmente quando ele trabalhava na Folha Areadense. Quando o diretor, Nuno Moreira, não podia fazer as fotos para as matérias, passava a função para Diego. “Assim, comecei a fotografar e a amar essa arte de eternizar os momentos”, conta o rapaz. Atualmente, ele trabalha com fotografia freelance e, nas horas vagas, com fotojornalismo, com sua DSLR Nikon D90.


Assim como a foto escolhida pela QShow, Diego destaca que sua paixão compreende as fotos urbanas, que registram momentos espontâneos de diversas situações. As fotos não são com poses previamente combinadas, como na fotografia social, relatando, desse modo, a verdade do momento, o que leva muita inspiração para Diego. “Paisagens e natureza também me encantam, pois relembro e volto às minhas origens, de quando morava na zona rural”, lembra o fotógrafo, que já fez de tudo um pouco. Apesar da pouca idade, ele é formado no curso técnico em Agropecuária, pelo Instituto Federal de Muzambinho, e cursa o superior em Cafeicultura, também, pela mesma instituição. Já trabalhou com jornal, cinema, cafeicultura e vidraçaria, adquirindo experiências e inspirações. “Tudo isso me serviu de laboratório para a fotografia, pois, assim, pude ver as várias caras da vida, conhecer várias classes sociais e aprimorar minha criatividade”. Contudo, a inspiração, de fato, advém de Juliana Braz, namorada do fotógrafo. O amor e companheirismo ajudam na profissão e no dia a dia de Diego.

Lembrando que o CliQShow ainda está com força total e sua foto poderá estampar as páginas desta revista. É só enviar seu registro e dados para o seguinte endereço: contato@revistaqshow. com.br. Ficamos lisonjeados com a participação de todos e com o alto nível das fotos recebidas.

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CULTURA

Kateh, vocalista e guitarra base.

CRIANÇA LOUCA COMPLETA 10 ANOS

Uma banda de rock’n’roll com repertório repleto de sons clássicos, contemporâneos e autorais. Por Leonardo Miranda texto e foto

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banda formada pelos músicos Marcelo Almeida (Kateh) na guitarra e vocais, Luciano Santos (Barba) na guitarra solo, Luciano Lucas (Saurão) no baixo e Geovane Corsini (Gê) na bateria e vocais é bastante popular no cenário do rock’n’roll sul-mineiro. Não era para menos, já que os caras acabam de completar uma década juntos! História que teve início quando o vocalista Marcelo (Kateh) e o baterista Gê começaram a se apresentar em barzinhos da região, depois de já terem participado de outras bandas de Machado. Inclusive, já houve participações com o atual baixista Saurão, com quem, no ano de 2006, passaram a desenvolver a possibilidade de montar a banda de hoje. Na época, Gê já morava em Alfenas e conhecia o

guitarrista Barba de uma das bandas das quais fez parte. No ano seguinte, em 2007, a ideia amadureceu e, assim, nascia a “Criança Louca”. Kateh explica que o nome foi escolhido devido à influência inicial do rock mineiro. “O nome ‘Criança Louca’ é o título de um disco da banda de Belo Horizonte, chamada Tianastácia, com a qual já tocamos em três ocasiões”, destaca o vocalista. Nesses anos de estrada, eles têm se apresentado em vários pubs de rock da região, em festas universitárias, festivais e eventos de rock em geral. Alfenas, Varginha, Poços de Caldas, São Thomé das Letras, Itajubá, Pedralva, Poço Fundo, Machado e Areado são algumas das cidades que estão no roteiro da banda. “Dentre tantas apresentações que consideramos


como importantes, destacamos a abertura de shows, como os das seguintes bandas: Cachorro Grande, O Teatro Mágico, Biquíni Cavadão, Tianastácia, Capital Inicial, bem como os shows autorais para o grande público”, destaca Kateh. O repertório da banda incluiu diversos clássicos do rock, músicas e mais contemporâneos de bandas internacionais e nacionais, além dos trabalhos autorais. “Ao longo desses 10 anos, nós lapidamos o repertório até atingirmos o formato que, hoje, abrange a cena grunge de Seattle, com sons do Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden e Nirvana. Também apresentamos muito rock nacional dos anos 80 e 90, com sucessos do Barão Vermelho, Paralamas, Titãs, Raimundos, Skank e O Rappa. E, é claro, temos os dois pés bastante fincados no rock and roll clássico, dos anos 60 e 70, representado pelas músicas inesquecíveis dos Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, The Doors, entre outros”, comentou Kateh, que, além de cantar e segurar a guitarra de base, é o poeta da banda, autor das letras que relatam acontecimentos da vida noturna, desencontros e temas boêmios. Quanto ao ritmo, a Criança Louca continua seguindo, à risca, a linha do estilo, com sons animados, pegadas fortes e muitos solos de guitarra. Kateh conta que, nesses 10 anos, a banda já se apresentou em palcos grandes, palanques, no chão, com bom equipamento, com equipamentos ruins e até sem equipamento. Para mais, eles já fizeram apresentações para grandes e pequenos públicos, com bons cachês, cachês intermediários e até de graça. “São anos de muita curtição e muito esforço, também. Mas, penso que o cenário do rock está melhorando no decorrer dos anos. Hoje em dia, há mais lugares em mais cidades. E, mesmo com o cenário mais concorrido, com bandas querendo leavar o som a sério, sempre aparece um lugar para tocar o bom e velho rock’n’roll”, expõe o músico. No mês passado, durante uma apresentação para amigos, realizada no Sítio do Pica Pau, os integrantes Marcelo (Kateh), Gê, Barba e Saurão celebraram o aniversário da união, a qual possui tudo para persistir, de modo a manter o rock’n’roll vivo na região.

Saurão, baixista.

Gê, baterista.

Barba, guitarrista solo.

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Foto: João Farias

TURISMO

Reservatório na praça Rio Branco, constrído em 2001. Varginha, MG

A “Princesa do Sul” que é referência no estado de Minas. Por Isabella Alves

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e acordo com informações da Prefeitura Municipal, a cidade de Varginha surgiu como o arraial Espírito Santo das Catanduvas, com cerca de 1000 pessoas, totalmente influenciada pelos costumes portugueses. Em 1850, ao se tornar paróquia, Varginha recebeu seus primeiros prédios públicos e após o fim da escravidão, com a vinda de muitos imigrantes para o país a cidade realmente cresceu. Italianos, portugueses, espanhóis, turcos e alemães levaram a Varginha as lavouras de cana de açúcar e de café, atualmente elemento de grande importância para a economia da região. Em 1892, após a criação da linha férrea em Varginha, houve uma abertura de portas para a indústria.

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Uma das maiores riquezas de Minas, o café possui papel fundamental na história de Varginha. Há tempos a indústria cafeeira (beneficiamento e exportação) ultrapassou a produção (lavoura) na cidade. Varginha é atualmente a segunda praça de comércio de café do mundo, só perdendo para Santos, no litoral de São Paulo. Com o Porto Seco Sul de Minas, responsável pela industrialização e comercialização da produção de café da região, Varginha oferece os serviços de armazém de alfandegados, armazém geral e regimes aduaneiros.

Para dar conta da produção de café na região, existem na cidade algumas cooperativas e o CCMG (Centro de Comércio de Café do Estado de Minas Gerais). Outro destaque é a Fazenda Experimental de Café de Varginha, uma das mais importantes mantidas pelo Ministério da Agricultura.

CAFÉ

INDÚSTRIA & COMÉRCIO Na década de 70 um moderno processo de industrialização da cidade se iniciou, com a chegada de algumas empresas e formação de mão de obra especializada. Mais adiante, Varginha recebeu de braços abertos empresas como Moinho Sul Mineiro, Café Bom Dia, Pólo Films, Plavigor, FL Smidth, Heat-

master, CBC e Cooper Standard. Recentemente foram instaladas empresas como Philips-Walita, Coleção e Flexfor. O comércio da cidade também é muito forte, atraindo grande público das cidades da região, em busca de variedade e bons preços, em lojas de fábrica e grandes atacados e varejos.


ENSINO

LAZER & TURISMO

Mesmo rodeada de cidades que são referência em universidades públicas, Varginha se destacou pela variedade de cursos oferecidos. No ensino fundamental e médio destacam-se os tradicionais Colégio Marista e Colégio dos Santos Anjos, que carregam a história da cidade por suas edificações, além de outras escolas que adotam ótimos métodos de ensino. No ensino profissionalizante, Varginha recebe as instituições SESI, SENAI, SENAC e SEBRAE, como já falado, garantindo mão-de-obra, especializada. Porém, o ensino superior é destaque na cidade. São mais de dez instituições de ensino que oferecem os mais variados cursos de graduação e pós-graduação, além de MBA, mestrados e doutorados. CEFET e UNIFAL são as universidades públicas de Varginha, com cursos na área de engenharia e exatas. Há também a FADIVA, FACECA e Grupo Unis, como universidades surgidas na cidade, além de pólos como Unifenas e FGV.

Em 1996, três garotas horrorizadas relataram ter visto um extraterrestre na cidade de Varginha. Uma série de fatos, a partir de então, fizeram muitos brasileiros acreditarem que realmente a cidade recebeu seres de outro planeta. Verdade ou não, Varginha aproveitou a fama e criou na cidade diversos pontos turísticos baseados no tema, como a Nave Espacial e as esculturas espalhadas pela cidade. Além disso, Varginha oferece diversas opções de lazer, como o Zoológico da cidade, o Museu Municipal e as festas, boates e barzinhos da cidade, que garantem uma noite movimentada.

NOVIDADE Varginha, como algumas cidades do sul de Minas, fica localizada estrategicamente entre as capitais de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A Azul Linhas Aéreas anunciou que irá retomar os voos em Varginha a partir de março de 2016. De acordo com a empresa, serão três voos semanais (segundas, quartas e sextas), com duração de uma hora tendo como destino Belo Horizonte (MG), no Aeroporto Internacional de Confins. As decolagens serão por volta das 8h55, com retorno as 10h25. A empresa solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) uma autorização para a retomada dos voos na cidade e até o fechamento desta matéria, só precisava da confirmação oficial para iniciar a venda de passagens. Segundo a Anac e a Prefeitura Municipal, o pedido da Azul está em análise.

Escultura de ET na praça Rio Branco, Varginha MG e fragmentos de notícias sobre o ET de Varginha .

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MUNDO ANIMAL

AINDA HÁ TEMPO:

justiça e solidariedade a favor dos animais Por Isabella Alves

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aus-tratos contra animais, sejam eles de rua ou não, são comuns em nosso país. Animais envenenados, abandonados, sem os cuidados básicos, ou esquecidos pela população, não são amparados de uma forma justa pelas leis de nosso país. Contudo, esse cenário pode mudar! Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no que diz respeito aos maus-tratos contra os animais, foi instaurada pela Câmara Federal há alguns meses e já está trabalhando em prol dos animais. A CPI foi criada com a fi-

CEDVET 18

nalidade de oferecer autonomia e alguns poderes jurídicos ao legislativo, como inspeções e, até mesmo, busca e apreensão. Um bom exemplo de políticas públicas é a cidade do norte de Minas, Montes Claros, que irá investir um milhão de reais na castração de cães e gatos. Clínicas particulares serão credenciadas para o serviço, financiado pela Prefeitura da cidade, e, em breve, será montado um bloco cirúrgico municipal, capaz de realizar até 4 mil castrações para o controle da população de cães e gatos.

Os animais no desastre da Samarco Com o rompimento das barragens da empresa Samarco, não foram apenas as pessoas que ficaram gravemente afetadas pela tragédia. Cachorros, gatos, gado, cavalos e muitos outros animais que eram criados em Mariana foram atingidos. Muitos morreram sem qualquer tipo de ajuda, mas uma grande quantidade de


animais também foi resgatada. Assim como vimos a mobilização de nosso estado para o envio de água e outros itens para a população, alguns jovens se uniram para ajudar quem não pôde clamar por socorro: os animais. Tatiana Harumi Saito, de 28 anos, que é, atualmente, acadêmica de Medicina Veterinária na UNIFENAS e graduada em Engenharia Agronômica, esteve há alguns dias na cidade de Mariana juntamente a amigos, que prestaram serviços comunitários no local. A viagem surgiu em um grupo de amigos “jipeiros”, que se basearam nos relatos de conhecidos de Belo Horizonte, os quais estiveram no local e viram, de perto, a grande necessidade de ajuda aos animais. “Sou acadêmica de Medicina Veterinária e senti que poderia ser útil assistindo aqueles animais que se encontravam no abrigo. Assim que comentei com minha irmã, que é, também, médica veterinária, prontamente ela se disponibilizou para irmos. Desta forma, fomos montando o nosso grupo. Outros amigos, como o Hugo Terra, Orione Bianco e sua esposa, Valéria Almeida, além de meu marido, Eduardo Junqueira, apesar de não serem da área, propuseram-se a realizar trabalhos gerais no abrigo. Começamos, en-

tão, a programar nossa viagem!”, conta Harumi. A união dos amigos resultou em uma boa quantidade de ração, alguns medicamentos e, também, consumíveis hospitalares. Foram também doados mais de 40 sacos de serragem de madeira, os quais apresentaram grande utilidade naquele momento, possibilitando a limpeza em todas as divisões (baias) onde se encontravam os equinos. Todas as doações foram destinadas aos veterinários responsáveis pelo abrigo em Mariana, e a maioria foi utilizada no período em que os voluntários de Alfenas estavam trabalhando no local: “Pudemos ver que todo o material que levamos foi de grande utilidade, e isso foi muito gratificante para todos nós!”, disse ela. Tatiana ainda relatou o quão impactante foi a experiência de presenciar um desastre ambiental, pois, mesmo após um mês deste, a cena de destruição ainda era intensa. Muitos animais ainda se encontravam completamente debilitados e necessitando de assistência constante.

"Uma Comissão Parlamentar de Inquérito de Maus Tratos Contra Animais foi instaurada pela Câmara Federal há alguns meses e já está trabalhando em prol dos animais".

1. Material arrecado em Alfenas para ajudar os animais de Mariana; 2. Tatiana Harumi Saito como voluntária em Mariana, MG; 3. Mariana, MG

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FASHION | ARTIGO

Make Up t endênci a s | V ER ÃO 2 016 Por Marília Bar

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Imagens Ilustrativas

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epois de longas temporadas apresentando maquiagens em tons nudes e sempre apagadinhos, as semanas de moda ao redor do mundo mostraram uma maquiagem mais alegre e colorida para o verão que se aproxima. Trata-se de uma ótima notícia para quem adora uma produção mais elaborada, mesmo nos dias quentes. Contudo, uma série de dúvidas também chega: Quais as cores ideais? Que produtos são mais resistentes à água e à transpiração? Para esclarecer tais dúvidas, preparei algumas dicas práticas para você arrasar na próxima estação e acompanhar as principais tendências de beauté! Manter uma pele iluminada, como nos editoriais de beleza, nem sempre é uma missão simples, pois ela pode ficar com um brilho exagerado. Na dúvida, aposte em um pó com base mineral. Mais secos, esses tipos de pó possuem FPS acima de 30, e, além de dispensarem o uso de protetor solar, eles mantêm a pele com uma cobertura perfeita. É um produto coringa, ideal para quem vive na correria e não abre mão de uma pele bonita, com aspecto saudável e protegida dos raios solares!

Pele 1 | Protetor Solar Natural Sunscreen (FPS 30), bareMinerals; 2 | Protetor Solar Pó Compacto (FPS 50), Sunlace; 3 | Pó Compacto Tonalizante + Filtro Solar (FPS 30),a Adcos; 4 | Pó Protetor Solar Sun Marine Color Compacto (FPS 50), Biomarine; 6 | Base Sun Protection Compact Foundation (FPS 35), Shiseido; 7 | Protetor Solar Pó Compacto (FPS 50), Moderm.


Lábios

Imagens Ilustrativas

Como a pele já está em ordem, podemos agora falar das cores! Muitos estilistas apresentaram bocas coloridas, olhos cintilantes e uma certa referência aos anos 80, com delineadores marcados e coloridos. Quem está pensando em aderir às tendências precisa ter um pouco de cautela para não misturar tudo e acabar adiantando o carnaval. Vale a regrinha básica do “menos é mais” ou aquela clássica dica de maquiagem que adoro: “boca tudo e olhos nada” e vice-versa. Então, se a intenção é dar mais foco para a boca, jogue-se nas cores mais vibrantes, como vermelho, uva, pink e laranja. Agora, se o seu foco está nos olhos, abuse dos tons cintilantes! Ouse nos traços mais delineados e aposte até nos cílios postiços (se a ocasião permitir, claro!). Valem cores alegres e muito brilho, mas, atenção: se a sua pele é mais madura, evite usar o brilho, pois esse tipo de pigmento destaca ainda mais as linhas de expressão! Veja alguns exemplos e inspire-se:

1 | Batom Líquido Mate (Vinheli), Quem Disse, Berenice?; 2 | Batom Super Lustrous (Rich Girl Red), Revlon; 3 | Batom Mate (Heroine), M.A.C.;

Imagens Ilustrativas

4 | Lipgloss Superstay (Continuous Coral), Maybelline.

Olhos 1 | Delineador de olhos, Natura; 2 | Roll On Shimer, Sombra em Pó Glitter (Salmon), NYX; 3 | Máscara com Efeito de Cílios Postiços, O Boticário; 4 | Edição Limitada: Paleta de Sombras (Little Black Dress), Artistry.

Marília Bar é jornalista e maquiadora apaixonada por beleza e autoestima! Acredita que a beleza e a moda (sem futilidade) podem transformar o mundo de quem aprende a usar essas armas a seu favor! Atualmente, ela escreve no closetblog.com.br e vive inventando novos projetos. Converse com ela pelo e-mail: mariliabar@gmail.com. Foto de perfil: Vanessa Aprá www.closetblog.com.br closetblog @closetblog @closetblog

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COMPORTAMENTO | ARTIGO

Depressão masculina: Você conhece? Por Felipe França

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depressão é um transtorno afetivo que produz uma alteração de humor, sendo caracterizada por uma tristeza profunda e sem fim. Atinge 340 milhões de pessoas no mundo, o que resulta em 850 mil suicídios por ano. No Brasil, são cerca de 17 milhões de pessoas depressivas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), trata-se da quinta maior questão de saúde pública do mundo e, até 2021, será a segunda no ranking. De acordo com a OMS, a depressão afeta mais as mulheres do que os homens. Contudo, as consequências da depressão, como a taxa de suicídio e o uso de substâncias psicoativas, são maiores entre os homens. A grande questão é: por qual motivo a depressão afeta “silenciosamente” mais os homens que as mulheres? Uma simples resposta: orgulho, preconceito e medo de ferir a masculinidade. Acreditam que depressão é coisa de mulher. Como dizem, um homem depressivo nunca está triste, e, sim, “com insônia”, “estressado”, “cansado”, não assumindo, para si próprio, a limitação. O homem acredita que deve ser o guerreiro e defensor, que jamais deve falhar. Por isso, aceitar que está triste é uma dura realidade. Você já ouviu aquela frase: “homem não chora”? Eis a ideologia passando de geração em geração. O fato é que as mulheres anunciam seus sintomas, buscam ajuda, conversam com os mais íntimos e demais familiares, ou seja, são mais sinceras, em relação ao seu estado emocional. Já os homens são mais silenciosos, e, em vez de eles desabafarem e expressarem as suas limitações, preferem fazer uso de bebidas, cigarros, drogas e outros. Eles se isolam! Um detalhe comum aos homens depressivos é a ambivalência entre ociosidade e trabalho. Assistem televisão por horas e navegam na web (principalmente, em sites pornográficos), até altas horas da noite. Em contraste a esse ponto, se não estão ociosos, preferem trabalhar quase que exaustivamente. Como consequência, sofrem de

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desilusão, estresse, pensamentos suicidas, ansiedade, doenças cardíacas, diabetes (pela má alimentação), câncer, entre outros. Por essas e outras razões, é que a depressão masculina é tão delicada. Para levantarmos hipóteses coerentes, devemos entender, então, a diferença entre estar deprimido e depressão. Um período de melancolia pode ser considerado como um episódio depressivo quando cinco dos sintomas, a seguir, persistirem por, pelo menos, duas semanas. São eles: > Feição deprimida, na maior parte do dia e quase todos os dias; > Sensação de vazio interior; > Choro; > Apatia (diminuição do interesse ou prazer em todas - ou

em quase todas - as atividades do dia); > Perda ou ganho significativo de peso, sem estar em dietas; > Diminuição ou aumento do apetite, quase todos os dias; > Insônia ou excesso de sono, quase todos os dias; > Estresse e ansiedade, quase todos os dias; > Fadiga ou perda de energia, quase todos os dias; > Diminuição do desejo sexual ou disfunção sexual; > Irritabilidade, quase todos os dias; > Diminuição da capacidade de pensar ou concentrar; > Pensamento suicida.

Não há diferenças no modo de sentir a depressão. Tanto os homens quanto as mulheres vivenciam, de maneira singular, seu estado depressivo. Porém, chamar a atenção dos homens é objetivo dessa matéria. O homem também chora, sofre e sente. Homem também tem depressão! Passa por dificuldades, emociona-se, lamenta-se pelos erros. Homem também tem depressão! Você que é homem e que se identificou com o assunto, procure por um especialista (psicólogo ou psiquiatra). Ajude-se, não espere agravar sua situação. Você que percebe, em algum amigo ou familiar, esses sinais de modo constante, esteja atento. Converse com ele, incentive-o a tomar coragem e buscar acompanhamento profissional. Não permita que ele caminhe sozinho e tome atitudes inesperadas. Ajude-o com o primeiro passo: a aceitação. Boa coragem a todos!

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EDUCAÇÃO

Projeto público oferece inúmeras atividades no contraturno escolar.

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uito se discute sobre o papel da escola na formação de crianças e adolescentes. Criar um ambiente agradável, em que a criança possa desenvolver atividades para aprendizagem e desenvolvimento pessoal, é essencial. Uma das ferramentas utilizadas para esse processo compreende os programas de contraturno escolar, isto é, atividades que acontecem quando os jovens não estão em sala de aula. É rotineiro encontrar crianças que passam o dia todo sozinhas, pois seus pais precisam trabalhar ou por algum outro motivo, sendo indispensáveis programas que tirem deles o ócio. Um bom exemplo de programa de inclusão social, que visa a colaborar com os alunos no contraturno escolar, é o “Trilhas Educativas”. O programa já foi pauta da QShow

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Por Isabella Alves

quando falávamos sobre caratê e, agora, chega com a finalidade de reforçar sua importância perante a formação de alunos. Além disso, oferece atividades de lazer para toda a comunidade, pois as aulas são totalmente abertas ao público. Sua coordenadora cultural, Maria Aparecida Alves, explica que o projeto possui um objetivo psicopedagógico e foi criado pela Prefeitura Municipal de Alfenas, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Porém, também conta com as parcerias das Secretarias de Esporte, Promoção Social, Saúde e Ação. Para alcançar um maior público, as atividades são oferecidas em vários locais de Alfenas, sendo distribuídas, principalmente, nas escolas da cidade. Alguns dos locais são: CAIC, Núcleo Esperança, Núcleo Promessa, CVT, Chapada, Casa

da Cultura, Campo da Vila Formosa, Escola Lago Azul, CEME, Quadra do Pinheirinho, CAENSA, Quadra da Vista Grande, Núcleo da Consciência Negra, CRAS (Alvorada e Campos Elísios), Quadra dos Santos Reis. O programa é um dos mais completos da região, oferecendo atividades para gostos e necessidades variadas. As aulas de caratê, ministradas por Osvaldo Natal Corrêa, são as mais populares e tradicionais. Além dessa arte marcial, o programa ainda oferece: zumba, com os professores César Andrade e Diogo Vilela; dança contemporânea, com Bruna Amaral; ginástica para terceira idade, com João Paulo Gambogi; contação de histórias, com Júnia Cristina Gomes; música, com o professor Leandro; higiene e sexualidade, com Elizabete Ciccone, que possui mestrado em saúde e sexualidade; além de futsal, futebol de campo, basquete e vôlei. Outro destaque entre as atividades é a aula sobre a psicomotricidade, oferecida, em todos os centros do projeto, pelos professores Júlio da Silva, Rodrigo Camilo e Ciro Marcondes. A atividade se baseia no estudo do homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao mundo interno e externo, sustentado por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Para começar o ano escolar, que tal procurar pelo programa “Trilhas Educativas” e ter uma vida ativa e proveitosa?


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SAÚDE | ARTIGO

Por Isabella Alves

Voce sabe o que e um coletor menstrual?

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invenção não é tão nova assim! Porém, atualmente, tem conquistado cada vez mais mulheres no Brasil. O coletor menstrual, ou “copinho”, é produzido desde 1930. No entanto, provavelmente, não foi difundido em nosso país por conta das barreiras que temos ao falar sobre o assunto e pela dificuldade da mulher em conhecer seu próprio corpo. Vamos à explicação. O coletor é produzido em silicone hipoalergênico e é ajustável ao corpo. Ele coleta a menstruação e pode ser usado por até 12 horas seguidas, dependendo do ciclo da mulher. Depois, é só lavar bem e colocar novamente, lembrando de limpá-lo em

água fervente após o ciclo. Ele só não é indicado para mulheres que nunca tiveram relações sexuais e nos primeiros dias após o parto. O interessante para as mulheres é que o coletor evita odores desagradáveis e, também, se colocado da maneira correta, vazamentos que impedem a realização de exercícios ou entrada na piscina. Além disso, é muito mais confortável do que absorventes comuns. É claro que existe um tempo de adaptação nos primeiros meses, como, por exemplo, com o cabinho que ajuda na remoção do coletor. Se o cabo incomodar, a mulher deverá cortá-lo aos poucos, até se adaptar.


> Amigo da natureza Um dos sites que vendem o coletor menstrual explica que “durante a vida, uma mulher usa, em média, mais de 10 mil absorventes, sejam eles externos ou internos. O externo leva 100 anos para se degradar na natureza, enquanto o interno leva até um ano”. O copinho dura, no mínimo, 5 anos e não gera lixo para a natureza. Além disso, a economia é grande: o coletor custa em média R$80,00 (oitenta reais), mas é um investimento único. Você o encontra em sites especia-

lizados, como os das marcas Inciclo e Me Luna. Entretanto, ainda não foi totalmente regularizado pela ANVISA. Para eles, o produto não possui uma finalidade terapêutica definida, e, por isso, não é considerado proveitoso para a saúde, motivo pelo qual não o encontramos tão facilmente nas prateleiras das farmácias. Descubra seu corpo, aceite-se. O coletor oferece conforto, segurança e economia para a mulher!

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TITULO SAÚDE | ARTIGO

Devo procurar um aconselhamento profissional?

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entro de um contexto histórico, a bicicleta teve sua origem por volta do século XV. Com toda a evolução tecnológica nos dias atuais, vemos bicicletas excelentes, do ponto de vista ergonômico, aerodinâmico e funcional. Por outro lado, vemos pessoas aderindo a tal sistema, sem informações coerentes para a prática de tal atividade. Pode-se dizer que o número de praticantes está aumentando dia a dia. Vejo, a cada dia, mais pessoas começando a pedalar, mas, muitos, sem a formação de conceitos, sem a elaboração de projetos específicos e, muitas vezes, sendo influenciados pelo senso comum. Naturalmente, tal fenômeno está surgindo pela necessidade da massa, isto é, ninguém sabe o motivo para que o fenômeno cresça, porém, temos algumas evidências. Não me arrisco a comentar ainda, pois necessitamos de estudos e mais conhecimentos sobre a modalidade.

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O ciclismo, como sabemos, é um esporte, o qual apresenta evolução, sendo bastante difundido nos países europeus. Com a popularização do fenômeno da bicicleta, neste momento, em nosso país, assistimos ao crescimento de praticantes em tal modalidade, e, assim, também o de revistas especializadas, serviços especializados, sendo que os outros propósitos, em função do mesmo esporte, passam a acontecer. Como profissional, pergunto: você sabe em qual circunstância o pedalar está inserido em sua vida?

A princípio, vamos entender alguns conceitos: Lazer: Diz respeito ao tempo de folga, tempo ocioso. Nesta dimensão, a pessoa não possui compromissos, apenas um tempo para espairecer a cabeça ou distrair-se. Assim, muitas pessoas pedalam por lazer, não apresentando compromisso com tempo, sistemati-

zação e preparo para a atividade específica. À vista disso, não há o comprometimento com quantos quilômetros serão percorridos, quanto tempo será consumido, quais as metodologias a serem empregadas para a execução da atividade, entre outros.

Exercício físico: Uma atividade que requer um certo preparo, organização para a execução, planejamento de melhoria de determinada capacidade física. Isso demandará ajuda do profissional de Educação Física, para que se possa evoluir e alcançar resultados mais satisfatórios sem muito sofrimento, de acordo com os parâmetros físicos e fisiológicos (com a observação de que muitas pessoas podem pedalar e se preparar para o lazer, por meio do exercício físico). O programa de exercícios físicos direcionados vai melhorar sua condição física, além de prepará-lo para o objetivo que se quer alcançar.


Existem pessoas que carecem que se faça um trabalho de força, equilíbrio muscular, alongamento específico, adaptação específica, para que, assim, se possa finalmente andar de bicicleta, sem dores e com a evolução de sua condição física. Para pedalar com maior eficiência, tudo isso é analisado em uma avaliação física.

Esporte: O ciclismo surge no final do século XIX, e, assim, suas competições, com regras fixas e sistemas de aperfeiçoamento, passam a obrigar os competidores a desempenharem o seu máximo. A performance é o diferencial, em que se vai além dos limites do corpo, podendo causar lesões e problemas de saúde. Por muito tempo, tal conceito foi englobado como sinônimo de saúde, pois existiam - ou ainda existem - certas confusões desses conceitos, os quais não eram elaborados de maneira correta e educativa, para a prática de qualquer modalidade. Ainda assim, tal confusão não permite que o sistema esportivo caminhe de uma forma profissional e organizada. Com a popularização da bicicleta, observamos pessoas que

procuram se empenhar e se superar. Contudo, com a confusão de conceitos, muitos entendem a execução como esporte e buscam o máximo de proveito. Tal superação é muito importante para se tornar assídua a prática, mas, por diversas vezes, surgem comportamentos abusivos.

Alguns, por exemplo: Quebra de recordes sem a devida condição física; Tempo de pedalar acima do esperado, com o exemplo de um indivíduo que apresenta condição física para pedalar por duas horas, mas acaba pedalando por quatro horas, sem necessidade; Ingestão de estimulantes e suplementos; Ergonomia da bicicleta que não é específica à prática; Problemas de postura e desequilíbrios musculares, que ocasionarão lesões. Diante de tal situação, o aconselhamento profissional é de fundamental importância para preservar a saúde e a condição física da pessoa. Seguem algumas coisas importantes a serem feitas para melhorar a condição física: Fazer uma avaliação física; Determinar os padrões de

prescrição para uma atividade específica; Determinar os padrões de treinamento, isto é, qual o nível da sua condição física; Objetivos específicos, a fim de situar em que dimensão você se encaixa; Melhoria da condição física, para suportar treinos mais fortes; Análise biomecânica do pedal, bem como de mecanismos do biótipo da pessoa, visando a um pedal saudável e de acordo com as dimensões exigidas; Determinação da aptidão física, para pedalar com segurança; Orientação sobre postura e equilíbrio de forças na pedalada. Existem muitos detalhes que são importantes, mas, para isso, procure por um aconselhamento com o profissional de Educação Física, juntamente a um nutricionista, fisioterapeuta e médico. Sua vida é muito importante! Amor-próprio é um sentimento que se desenvolve e autocuidado é fundamental para sua saúde.

Um forte abraço, vamos movimentar com consciência e inteligência!

SAÚDE

EXERCÍCIO FÍSICO

LAZER

APTIDÃO FÍSICA

ESPORTE

Noler Heyden Flausino

CREF/6 MG 5930

Profissional de Educação Física, Personal Trainer, Terapeuta Holístico, Membro de ISAK (International Society for the Advancement of Kinanthropometry) e Consultor em Exercícios Físicos, Estilo de Vida e Wellness.

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SAÚDE | INFORMATIVO

Um exemplo para o Brasil Senador Amaral é referência nacional em gestão de saúde. Por Leonardo Miranda

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ocalizado a mais de 1.500 metros de altitude, no sul de Minas, é o segundo município mais alto do Brasil. Com pouco mais de cinco mil habitantes, Senador Amaral assume o importante papel de referência nacional em gestão de saúde. A prova do reconhecimento veio quando a secretária de saúde do município, Rosemeire do Carmo Lopes de Rezende, a convite do Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde, participou e ministrou uma palestra durante o “VI Fórum Nacional de Gestão da Atenção Básica”, com o tema “O PMAQ e a Qualificação da Atenção Básica”, realizado no Hotel San Marco em Brasília. Trata-se de um evento realizado semestralmente, reunindo coordenadores estaduais e de capitais da atenção básica de todo o Brasil, além de representantes de instituições de ensino superior, técnicos do DAB, CONASS e CONASEMS, com o objetivo de debater e avaliar as diretrizes, rumos, estratégias e ações frente à atenção básica no Brasil. O convite veio uma vez que Rosemeire do Carmo adotou a condução técnica e administrativa compatível com os recursos existentes no município, aproveitando-os de maneira estratégica e


com criatividade, um desafio que exige vontade política e capacidade de governo. “Estabelecemos critérios para a priorização dos gastos, orientados por análises sistemáticas das necessidades em saúde, verificadas juntamente à população. O processo é contínuo e desafiador, pois seu sucesso depende do cotidiano de trabalhadores e gestores do SUS”, expõe a secretária municipal. Em sua palestra, Rosemeire mostrou como o programa revolucionou o acesso e o andamento dos trabalhos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) das áreas urbana e rural do município. “Nós qualificamos a atenção básica no município de Senador Amaral e tive a oportunidade de mostrar as diversas melhorias vivenciadas em Senador Amaral com o objetivo de inspirar gestores de outros municípios do país”, comenta com orgulho.

Segundo a secretária, com o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), o município estipulou uma efetiva mudança no modelo de atenção: organizou e estruturou o processo de trabalho; concluiu os cadastros de todas as famílias, classificando por grau de risco; desenvolveu a atenção com o cuidado longitudinal; passou a desenvolver diariamente as linhas de cuidado; expandiu a abrangência na questão da educação permanente entre os profissionais da saúde; aprimorou a comunicação entre UBS e a ESF; além de envolver os usuários em programas e atividades desenvolvidas por meio da conscientização. Todas essas conquistas garantiram uma prestação de serviços resolutivos, humanizados e integrados, permitindo o desenvolvimento de gestão e a melhoria na qualidade de trabalho das equipes

(Esq. para dir.) Ivan José de Moraes (Vereador), Vanderleia Ferreira de Melo Neves (Presidente da Câmara de Vereadores), Allan Nuno Alves de Sousa (Coordenador Geral de Acompanhamento e Avaliação da Atenção Básica do Ministério da Saúde (Cgaa/Dab), Rosemeire do Carmo Lopes de Rezende (Secretária de Saúde), Fabiane Emilene de Rezende (Coordenadora da Atenção Primária), Lairto Antônio de Almeida (Prefeito), Rafaela de Paula Souza (Enfermeira).

multiprofissionais e dos atendimentos aos usuários, que estão muito satisfeitos com os serviços. “A equipe de saúde de Senador Amaral optou por desenvolver o processo do PMAQ de modo a criar raízes profundas, fazendo de cada ação uma forma de crescimento para os profissionais. Assim, nós conseguimos extinguir a grande fila que se formava ainda de madrugada para atendimento na UBS”, destaca a secretária.

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ESPORTE

Jovem atleta, que é orgulho para Varginha, para Minas Gerais e para todo o Brasil, encontra dificuldades em conseguir patrocinadores. Por Leonardo Miranda

Campeão Panameriacano

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Campeão Mundial Caio Antonini

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aio Antonini cursa o primeiro ano do Ensino Médio, tem apenas 16 anos e é uma das mais jovens promessas do jiu-jítsu brasileiro. Ele começou a treinar com 11 anos, isto é, foram quatro anos de muita disciplina, força de vontade, dedicação e muitos desafios. Caio possui bastante experiência em campeonatos, já participou de importantes competições nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis, além das conquistas que obteve em diversas cidades mineiras. O atleta é o atual número um do ranking, sendo campeão brasileiro, sul-americano e mundial. Mas, o grande desafio da vida desse jovem e talentoso atleta foi o campeonato mundial, disputado bem longe de casa, na Califórnia, EUA. Na ocasião, ele enfrentou os melhores do mundo em sua categoria. Antonini, bem


longe de se intimidar, encarou o adversário de igual para igual e se consagrou o grande campeão do Mundial Longe Bacher, disputado do dia 27 a 31 de março deste ano. “Foi simplesmente demais! Nem acreditei no momento. Quando recebi a medalha de ouro, chorei de emoção e fiquei sem palavras”, conta o atleta. Assim como muitos grandes atletas brasileiros, o jovem campeão apresenta dificuldades para encontrar patrocinadores e precisa correr atrás de verbas para poder representar sua cidade, estado e país. “Os que financiam a prática do esporte são meus pais, que deixam de fazer muitas coisas para poder me ajudar”, expõe o jovem. Sandra Lima e Ailton Pereira, seus pais e maiores fãs, contam que a viagem para a Califórnia, por exemplo, só foi possível graças à ajuda de parentes e amigos, bem

como pela realização de rifas. Os pais do jovem atleta também destacam os esforços do professor Rodrigo Carvalho: “Ele tenta ajudar nosso filho de mil formas diferentes, sempre incentivando e dando todo o apoio possível”, conta Sandra Lima. Caio destaca que a vida de atleta é cara e expõe as dificuldades para encontrar patrocinadores. “Eu e minha mãe sempre vamos a todos os lugares possíveis e muitas pessoas não dão a mínima atenção. Tenho a impressão que estamos pedindo esmola, pois, em algumas vezes, somos tratados com todo o desprezo”, lamenta o jovem. Contudo, nem mesmo todas essas dificuldades são capazes de desanimar o jovem. Muito diferentemente disso, as dificuldades o inspiram a seguir em frente, justamente para um dia poder fazer a diferença junto a atletas que

necessitem de apoio para continuar a treinar e competir. “Quero ser campeão mundial em todas as categorias, quero poder ajudar as crianças a treinar jiu-jítsu. Sei como é a vida de um atleta: é cara e ninguém dá valor. Mas, antes de tudo isso, eu preciso encontrar patrocinadores para realizar todos os meus objetivos e, quem sabe, ser reconhecido como o melhor lutador de jiu-jítsu do mundo”, finaliza Caio. Os empresários que patrocinarem esse jovem e habilidoso lutador terão suas marcas divulgadas em nível internacional durante o Campeonato Europeu de Jiu-jítsu, que começa no próximo dia 17 de janeiro e segue até o dia 30 do mesmo mês. Interessados em patrocinar Caio Antonini podem entrar em contato com Sandra Lima, sua mãe, pelo telefone (035) 98803-6016.

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ESPORTE

Liberdade sobre os pedais Foi-se o tempo em que a bicicleta era sinônimo de transporte. Atualmente, a famosa “bike” está conquistando novos adeptos em uma escala cada vez mais crescente, cuja ordem é a liberdade e o prazer sobre duas rodas. Vale evidenciar, pela observância em Alfenas, que essa moda chegou para ficar, oferecendo formas benéficas diferentes, tais como: socialização, atividade física, lazer e, principalmente, liberdade. Em consequência, naturalmente, os indivíduos adquirem uma melhoria em sua qualidade de vida, visto que essas práticas contribuem para uma ausência de doenças relacionadas ao sedentarismo, bem como de estilos de vida precários. Todo esse movimento culminou em um novo modelo de bicicleta, a “aro 29”, que, apresentando rodas

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maiores, trouxe 15% a mais de desempenho em relação ao modelo “aro 26”. Isso fez com que o novo modelo se caracterizasse como “a bike que anda sozinha”. Assim, um público distinto também surgiu, destacando indivíduos já estabilizados na vida, pais de família, grupos de amigos e, ineditamente, as mulheres. As redes sociais se tornaram, também, um meio de difusão desse novo estilo de vida, e grupos em canais como Facebook e Whatsapp facilitaram a marcação dos encontros, que acontecem tanto nas vias urbanas, como em estradas vicinais.

Dando asas a liberdade: Academia da Bike Como toda moda conta com aqueles que necessitam de um apoio, foi criada a “Academia da Bike”, por Roberto Vieira da Silveira (CREF. 027417-G/MG) e Melissa Lemes Fernandes (CREF. 028136-G/ MG), ambos bacharéis em Educa-

ção Física. Seu intuito é proporcionar orientação especializada para quaisquer indivíduos, de todas as faixas etárias, destacando-se o módulo de inicialização àqueles que não sabem pedalar. Essa preocupação tornou-se notória para satisfazer a vontade de diversos papais, que, estimulados por essa nova tendência da prática do ciclismo e seus benefícios, puderam estender o prazer aos filhos. Roberto Vieira da Silveira. Bacharel em Educação Física e proprietário da Academia da Bike, Robby Bike e Robby Fitness,

Melissa L. Fernandes. Bacharel em Educação Física e Pós-graduanda em Atividades Aquáticas.


ESPORTE

BIKE FIT: O QUE É ?

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esde a invenção da bicicleta pelo alemão Barão Karl Von Drais, em 1817, o veículo de transporte vem sofrendo modificações e adaptações até os dias de hoje. Na realidade, as mudanças realizadas nas bicicletas são decorrentes das necessidades de uso em modalidades esportivas ou, mesmo, no uso urbano. A evolução deste veículo tão utilizado levou as “bikes” a absorverem tecnologias e encaixes complexos, a tal ponto que fosse facilitada a ergonomia personalizada. Portanto, “bike fit” nada mais é do que a mensuração de cada indivíduo no seu todo e em suas partes (membros superiores, membros inferiores, tronco, cabeça), para, então, promover uma adequação apropriada e específica da bicicleta ao seu condutor. Existem duas maneiras de se realizar o bike fit, isto é, obtendo-se medidas diretas, em que o avaliador irá retirar as medidas corporais com uma fita métrica, e com a biofotogrametria, na qual se obtém medidas por meio de um software, inserindo-se fotos digitais. Dentre os softwares mais conceituados, está o “Retül”, que foi desenvolvido nos Estados Uni-

dos e, atualmente, é o único que realiza o bike fit em 3D. Contudo, uma bicicleta com medidas inadequadas ao seu condutor poderá gerar uma má postura, levando a dores, formigamentos e lesões mais sérias, tais como: hérnia de disco, lesões ligamentares e tendíneas e, até mesmo, lesões nervosas. Por outro lado, com

"Uma bicicleta com medidas inadequadas ao seu condutor poderá gerar uma má postura, levando a dores, formigamentos e lesões mais sérias" a bike em simetria correta, pode-se chegar a uma performance avançada, melhorando as linhas de força da bicicleta em relação ao seu condutor e aumentando o rendimento nas pedaladas. Basicamente, existem três tipos de bike fit: o cicloturista, no qual há bikers que pedalam eventualmente ou até 2 vezes por semana; o sport, no qual os bikers pedalam de 3 a 5 vezes por semana e esporadicamente competem;

e o performance, em que os bikers participam sempre de competições e chegam a treinar até duas vezes por dia. Ainda, o bike fit pode ser realizado de acordo com cada modalidade esportiva dentro do ciclismo, são elas: bike trial, mountain bike xco e xcm, BMX, ciclismo velódromo, ciclismo de estrada (road) e downhill, dentre outras. O bike fit deverá ser realizado por um profissional da área, que poderá ser o Educador Físico (bacharel, somente) ou Fisioterapeuta. Ambos deverão ter curso que comprove a qualificação para tal.

Prof. Dr. Marcelo Tavares é Consultor Técnico da Assessoria Esportiva Xtraining e Atleta de Mountain Bike. Fisioterapeuta, Especialista em Ortopedia e Traumatologia (USP/HC), Mestre em Bioengenharia (USP), Doutor em Neurociências (USP), Professor da UNIFENAS, em Alfenas.

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LOTEAMENTOS INVESTIMENTOS SEGUROS EM TEMPOS DE CRISE

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Por Leonardo Miranda

omo demonstramos na matéria de capa da nossa edição de dezembro, por meio de diversos indicadores econômicos, a crise é intensa e está atingindo os mais variados setores. No entanto, a recessão não é geral e se intensifica com a intimidação dos empresários e consumidores, os quais param de investir e consumir. Fato é que a crise fecha mais portas do que abre, mas ela não deixa de abri-las, possibilitando alternâncias da lucratividade que favorecem determinados setores da economia. Trata-se do caso do segmento de loteamentos, que está registrando excelentes resultados e apresenta boas expectativas para os próximos anos. Isso ocorre pois os lotes sempre se mostraram como investimentos seguros, tornando-se uma ótima opção em tempos de crise. Diogo Nogueira, diretor comercial da Sequóia Loteamentos, confirma que a crise econômica não exerceu grande impacto no segmento. “O histórico de preços de lotes é de valorização, seja em períodos de maior euforia e aquecimento de mercado ou em períodos de menor crescimento da economia. No geral, os preços de lotes sempre sobem, o que justifica o grande volume de pessoas a preferirem o inves-

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timento em loteamentos”, explica Nogueira. Segundo ele, em comparação entre o final deste ano e o mesmo período de 2014, a empresa não registrou variação considerável no volume de negócios. Inclusive, os dois últimos lançamentos da Sequóia são um sucesso absoluto de vendas no interior paulista, nas cidades de Mococa e Águas da Prata. “Atingimos nossas metas de vendas e fortalecemos, mais uma vez, nossa marca na região”, afirma o diretor comercial. Os lotes mais procurados pelos clientes da Sequóia possuem de 220 a 300 m², com preços que variam de R$45.000,00 a R$90.000,00, de acordo com a cidade, localização, infraestrutura oferecida, entre outros fatores. “A demanda por lotes menores é uma tendência que todo o mercado vem sentindo. Independentemente da classe social, o consumidor busca lotes menores e mais ‘enxutos’. Esse movimento está acontecendo, em grande parte, devido ao aumento dos preços dos prestadores de serviços e, consequentemente, do custo de manutenção de casas e terrenos maiores”, comenta Nogueira. De acordo com as previsões da empresa, essa maré de bons negócios deverá continuar, mantendo a Sequóia firme no mercado e, o melhor, com grande movimentação para 2016. “Este ano será se-

melhante aos últimos três anos, isto é, não há previsão de uma queda significativa de vendas. Ainda que o mercado não esteja aquecido como em períodos anteriores, existem diversas regiões onde ainda há demanda. A expansão é nítida, pois temos uma previsão de seis lançamentos para 2016 nos estados de São Paulo e Minas Gerais”, argumenta o diretor comercial. Ele ainda observa que o otimismo do mercado indica projeções para os próximos cinco anos. “Acreditamos que será um período bastante movimentado e de bons resultados, e o maior desafio será lidar com o excesso de ofertas. Em meio à crise, o maior atrativo será o preço praticado nas vendas, aliado à credibilidade conquistada pela empresa ao longo dos anos”, expõe. O diretor comercial pontua que a Sequóia tem se destacado entre as demais empresas do segmento devido à maturidade do mercado, que está com consumidores cada vez mais exigentes. “A oferta de novos lotes cresceu muito nos últimos anos, o que tem causado um crescimento mais gradativo, diferente da euforia vivida nos últimos sete ou oito anos. Porém, bons produtos com preços atrativos continuam com uma ótima demanda, justificando a nossa estabilidade perante a crise econômica”, finaliza Nogueira.

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TITULO

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CAPA

Elas estão cada vez mais populares, mas será que o trânsito está preparado para receber essa nova demanda?

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onsiderada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o meio de transporte mais ecologicamente sustentável do mundo, as bicicletas estão cada vez mais populares no Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (ABRACICLO), atualmente, são mais de sessenta milhões de “bikes”, como são mais conhecidas hoje em dia, espalhadas por todo o território nacional. Metade delas compreende modelos utilizados como meio de transporte e a outra metade é de modelos desenvolvidos para a prática de esportes. Segundo a Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Importação

e Exportação de Bicicletas, Peças e Acessórios (ABRADIBI), o maior mercado de venda de bicicletas concentra-se na região sudeste, na qual estão mais de 35 milhões de bikes. O setor produz seis milhões de bikes para atender ao mercado interno, número que poderia duplicar com a redução de impostos como IPI, alíquotas de importação de peças e preço do transporte e logística. Ainda de acordo com a ABRADIBI, enquanto países, como Estados Unidos e Colômbia, não cobram impostos sobre as bikes, no Brasil, a cobrança corresponde a 40% do valor final do produto. O aumento na produção e a redução do valor das bikes seriam muito bem-vindos em um contex-

to no qual a utilização do produto para esporte, lazer e como meio de transporte não termina de crescer. Cada vez mais, as pessoas estão se conscientizando quanto às vantagens coletivas e individuais proporcionadas pelo uso de bikes. Do ponto de vista coletivo, elas são uma das soluções para lidar com a poluição do ar e sonora, com congestionamentos e com a falta de estacionamentos em vias públicas, isto é, problemas comuns, inclusive em cidades de médio e, até mesmo, em cidades de pequeno porte. Sobre as vantagens individuais, muito além da economia com transporte público ou privado, pedalar, indiferentemente da finalidade, é a garantia de uma vida mais saudável.

O meio de transporte

palmente os grandes centros, vêm investindo pesado na implantação de ciclovias e ciclofaixas.

rança para os ciclistas. Entretanto, não há separação física e o tráfego de automóveis é permitido, por isso, é importante a conscientização dos ciclistas e motoristas antes, durante e após a adoção da faixa. As ciclofaixas podem ser temporárias, funcionando aos domingos e feriados. Ainda existem as ciclorrotas, de uso comum de motoristas e ciclistas. Nelas, os veículos e motos devem diminuir a velocidade e redobrar a atenção, sendo geralmente pintadas em ruas pouco movimentadas, que ligam pontos importantes da cidade. Um exemplo prático da segurança proporcionada pelos espaços destinados às bikes é observado na cidade de São Paulo, que, segundo informações divulgadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego, reduziu 47% das mortes de ciclistas em suas ruas e avenidas, de 2005 a 2011. Na época, a capital paulista contava com apenas 70,7 quilômetros de espaço exclusivo para as bicicletas. Hoje, já são cerca de 400 quilômetros de ciclovias e, considerando o aumento do número de ciclistas, a tendência de queda continua.

Os resultados preliminares da pesquisa “Perfil do Ciclista”, desenvolvida em 10 grandes cidades brasileiras, revelaram que a maioria das pessoas que usam a bike como meio de transporte gosta de pedalar, possui idades entre 25 e 34 anos, pedala 30 minutos por dia, mais de cinco dias na semana, tem renda média entre um e dois salários mínimos e não sofreu acidentes no último ano. Mesmo se apresentando como uma das soluções para o caos no trânsito, as bikes ainda são pouco usadas no Brasil, quando as comparamos com outros meios de transporte. Segundo pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social e Mobilidade Urbana, do IPEA, o uso médio nacional de bikes, dentre o uso de todos os demais meios, é de cerca de 7%, percentual extremamente baixo quando comparado com nações nas quais as ciclovias são significativamente mais desenvolvidas que as brasileiras. Neste sentido, para incentivar o uso das bikes e garantir a segurança dos ciclistas, muitas cidades, princi-

Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas Segundo um levantamento realizado pela Agência Municipal de Transportes de San Francisco (EUA), que mensura os custos associados à implantação de infraestrutura urbana voltada a automóveis e às bicicletas, os custos de implantação de uma milha de ciclovia correspondem a menos de 0,1% dos custos de extensão de uma rodovia e, menos ainda, quando se compara ao custo de implantação de uma milha de metrô. A implantação de ciclofaixas é ainda mais baixa, contudo, demandando mais conscientização da população. A ciclovia funciona todos os dias e conta com uma separação física, isolando os ciclistas dos demais veículos. Nela, é proibida a circulação de carros, motos e pedestres, sendo exclusiva para as bikes. Já as ciclofaixas são pintadas nas ruas e avenidas, garantindo uma maior segu-

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Ciclovias pelo Brasil Rio de Janeiro (RJ) No “Dia Mundial sem Carro” deste ano, celebrado no dia 22 de setembro em cidades do mundo todo, a cidade do Rio de Janeiro alcançou a marca de 400 quilômetros de espaços para ciclistas. Em 2008, essa medida era de apenas 150 quilômetros e, nos últimos sete anos, cresceu em 250 quilômetros. Assim, os investimentos em ciclovias não param na cidade maravilhosa, pois a meta do governo para 2016 é atingir 450 quilômetros de extensão. O Rio de Janeiro possui a melhor relação entre malha cicloviária e malha viária do país, sendo de 3,17%. Neste ano, o município foi eleito pelo The Copenhagenize Index 2013 como a 12ª mais amigável cidade ao uso da bicicleta do mundo.

Curitiba (PR) Com 2,7% de malha cicloviária em relação à malha viária total, são 127 quilômetros de ciclovias na capital paranaense. Na cidade, há o projeto “Ciclolazer”, com ciclofaixa temporária aos domingos.

São Paulo (SP) No dia 28 de junho deste ano, foi concedida à população a ciclovia da Avenida Paulista, na região central, cuja

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construção teve início em janeiro. A nova via exclusiva para bicicletas possui 2,7 quilômetros de extensão e vai da Praça Oswaldo Cruz à Avenida Angélica. Com isso, o governo municipal cumpriu com o objetivo anunciado no programa de metas e a cidade, hoje, também possui cerca de 400 quilômetros de ciclovias, incluindo 31,9 quilômetros de ciclorrotas.

Florianópolis (SC) Com apenas 37 quilômetros de ciclovias, Florianópolis é a terceira colocada nas porcentagens. Isso porque o sistema viário da cidade conta com 1.809 quilômetros, o que representa que 2,02% das vias são adequadas para ciclistas.

Campo Grande (MS) A capital do Mato Grosso do Sul tem 1,99% de suas vias adequadas para ciclistas. Campo Grande possui 79 quilômetros de ciclovias e mais 10 quilômetros a serem construídos.

Fortaleza (CE) A cidade de Fortaleza conta com 70 quilômetros de ciclovias. A malha viária da cidade totaliza 3.887 quilômetros, o que significa que 1,81% da extensão total se destina aos ciclistas.

Sorocaba (SP) A cidade se localiza a 99 quilômetros da capital de São Paulo. Proporcionalmente, também é referência na implantação de infraestrutura cicloviária, com 115 quilômetros. As ações começaram em 2006, a partir do programa chamado “Pedala, Sorocaba”, que se espelha em modelos como o de Bogotá, na Colômbia. No ano de 2012, o programa “Integrabike” passou a emprestar bikes gratuitamente para a população.

Belo Horizonte (MG) A capital mineira, até o fim do ano passado, contava com 70 quilômetros. A previsão seria de se chegar a 90, já no início de 2016, porém, muitas obras estão inacabadas. Para 2016, a meta é atingir 380 quilômetros. Segundo informações da BH Trans, existe um financiamento já aprovado pelo Governo Federal de 20 milhões de reais para construção de mais de 150 quilômetros de ciclovias, dinheiro que deverá ser liberado em 2016. A BH Trans também está realizando blitz educativas, com o propósito de conscientizar todos no trânsito quanto ao convívio saudável com ciclistas nas vias.


Empréstimo de bikes Em algumas cidades, o morador (ou o turista) nem precisa possuir uma bike para poder usufruir das ciclovias. Basta pegar uma emprestada e, dependendo do tempo de uso, alugar a bike. Os postos para credenciamento estão localizados em pontos estratégicos ao longo das malhas cicloviárias, projetos comuns em países que são referências na utilização de ciclovias. O programa “Bike Rio”, desenvolvido na capital fluminense, por exemplo, disponibiliza dezenas de estações e centenas de bicicletas nos principais bairros turísticos. Já em

São Paulo, o sistema “Nossa Bike” oferece aluguel e estacionamento, programa que está acompanhando o crescimento das ciclovias na cidade, nos últimos anos.

Críticas às ciclovias Como o Brasil está apenas no início da adaptação do trânsito ao aumento do número de ciclistas, a implantação de ciclovias na maioria dos municípios que vêm desenvolvendo a infraestrutura necessária é alvo de críticas, devido às limitações referentes a diversos fatores, como: extensões limitadas, falta da inclusão de avenidas usadas por ci-

clistas no dia a dia (como no caminho para o trabalho ou escola), falta de conexão entre as ciclovias, falta de segurança e até o uso indevido dos espaços por vendedores ambulantes. De acordo com os ativistas, as ciclovias devem ser pensadas para atender tanto aos ciclistas que pedalam por esporte e lazer, quanto aos que usam as bikes como meio de transporte. Elas também devem levar em conta a geografia dos locais onde serão implantadas, e, além disso, as ciclovias precisam contar com a devida manutenção. Caso contrário, elas perdem, e muito, sua capacidade de tornar o trânsito mais fluente e seguro para todos.

Varginha

Ciclovias no sul de Minas

A maioria das ciclovias brasileiras está localizada nas capitais e outros grandes centros urbanos. Entretanto, conforme cresce o número de ciclistas em municípios médios e pequenos, esses tentem a se adaptar à nova realidade, principalmente devido à pressão popular, que é exercida pelos ativistas da causa. Manifestações começam a ser recorrentes em algu-

mas cidades do interior mineiro, região onde as ciclovias são raras e, quando existem, também são limitadas. Assim como nas cidades maiores, as ciclovias do interior são trechos relativamente pequenos, muitas vezes desencontrados e que estão distantes do propósito de contemplar necessidades de quem utiliza a bike como meio de transporte diário.

O projeto para a criação de infraestrutura já existe em Varginha, porém, ficou, por anos, parado na Prefeitura. Há cerca de quatro anos, a associação “Bikessauros” engajou-se em cobrar a execução do projeto. “Demos início a uma série de ações para pressionar os órgãos públicos. Nosso objetivo era a obtenção de uma estrutura física segura e ideal para aqueles que desejam usar a bike para esporte, lazer, saúde e também para todos os que já a utilizam como meio de transporte diário dentro da cidade de Varginha”, explica Eduardo Tardiole, ciclista e membro da Bikessauros. Tardiole conta com a adesão de colegas do grupo, populares e do vereador Rômulo Azevedo para a realização de discussões e passeios ciclísticos, em apoio à ciclovia e ciclofaixas na cidade. A criação do primeiro trecho de ciclovia, no espaço em frente à antiga estação ferroviária, com 250 metros, é considerada como o primeiro passo da obra. “Aproveitando a criação do ‘Corredor Cultural de Varginha’, a Fundação Cultural do município tomou a iniciativa de

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CAPA criar esse primeiro trecho, o qual já está pronto e aberto, mas é muito pequeno, servindo apenas como uma amostra de como será a ciclovia que terá cerca de 8 quilômetros”, expõe o ativista. Tardiole destaca que a Prefeitura não abriu a discussão juntamente à população para a elaboração do projeto. “Infelizmente, os maiores interessados não têm conhecimento do projeto. Tudo o que sabemos é que a ciclofaixa será criada paralelamente à antiga ferrovia, que passa pela área urbana de Varginha. Já o projeto, o qual nós apresentamos para a Prefeitura, incluía toda a população. Antes de elaborar, tínhamos a intenção de ir às escolas, indústrias e outros aglomerados para ouvir os maiores interessados

e conscientizar a população, anteriormente à conclusão do projeto. Entretanto, isso, infelizmente, não pôde ser concretizado, pela falta de apoio dos órgãos públicos”, lamenta o ativista. O ciclista ainda salienta que as pessoas que fazem uso das bikes como meio de transporte não serão comtempladas pela ciclovia. “A ciclovia deveria se estender pelas principais avenidas da cidade, a fim de garantir segurança para trabalhadores e estudantes, os quais precisam usar as bikes nessas regiões mais movimentadas”, pontua ele. Mesmo assim, Tardiole expõe que a iniciativa conta com o apoio popular, pois muitos indivíduos já conhecem os benefícios da bicicleta.

Eduardo Tardiole, ciclista membro da Bikessauros (Varginha, MG)

Ciclovias Varginha, MG

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Infraestrutura na região já entregue a população (Varginha, MG).

Andradas A cidade de Andradas possui uma ciclofaixa com cerca de 2 quilômetros. Seu início se dá na Rua Paraná, no bairro Sete de Setembro, sobe a Rua Amélia Mesquita e segue à esquerda pela Avenida Ricart Teixeira, rumo à ICASA (Louças Sanitárias). Porém, segundo o empresário do setor de bikes e ciclista, João Paulo Botelho, os motoristas da cidade não respeitam a ciclovia. “Os motoristas não respeitam os horários para os ciclistas circularem na Avenida Ricart Teixeira, pois sempre há algum carro ou caminhão estacionado no local”, conta João Paulo, o qual ainda comenta que não existe uma mobilização dos ciclistas da cidade. “Seria muito importante esse tipo de mobilização entre os ciclistas da nossa cidade, pois, assim, poderíamos debater acerca dos locais e da melhor forma que a ciclofaixa não fique apenas como cores no chão e nos asfaltos, criando desavenças entre motoristas e ciclistas!”, expõe o ciclista. Botelho destaca que a maioria dos ciclistas de Andradas usa a bike para praticar esportes, e, à vista disso, a questão das ciclovias acaba ficando de lado. “Mas, sabemos que existem os ciclistas urbanos. O número desses ciclistas está crescendo e, sendo assim, eles merecem pedalar em locais com boa estrutura”, conclui.


Alfenas Trata-se de um dos muitos municípios da região que não possuem ciclovias e nem mesmo ciclofaixas temporárias. Entretanto, as mobilizações populares para implantação da malha cicloviária vêm ganhando adeptos na medida em que aumenta o número de ciclistas na cidade. Recentemente, o grupo denominado de “ThunderBikers” entregou um projeto de ciclovia na Câmara dos Vereadores, que, apesar de ter sido aceito, ainda não foi desenvolvido pela atual gestão. Segundo Dejair Espíndola Júnior, ciclista integrante da equipe ThunderBikes, a implantação da ciclovia em Alfenas seria de fundamental importância para uma maior e melhor mobilidade urbana. “O projeto propõe a construção de três ciclofaixas em Alfenas, que, juntas, somariam mais de seis quilômetros e meio de ciclofaixas, atendendo a quem pro-

cura pedalar por esporte, lazer e, também, aos trabalhadores e estudantes de alguns bairros da cidade. A implantação de ciclovias envolve a conscientização da população e deve ser pensada em etapas, com toda sinalização e conscientização necessárias”, explica Espíndola. Um dos trechos seria na Avenida Manoel Alves Taveira, no bairro Jardim Aeroporto, e teria 890 metros. Outro, com 1.830 metros, contemplaria a Avenida Mário Barbosa Vieira, passando pelo Terminal Rodoviário, às localidades do trevo. O terceiro trecho, com 3.830 metros, seria na Avenida Alberto Vieira

Romão, no Distrito Industrial. Espíndola destaca que o trevo que dá acesso ao bairro Pinheirinho precisaria de uma atenção maior e uma sinalização especial. O projeto dos ThunderBikes ainda traz as devidas justificativas para a escolha dos locais e orientações para ciclistas e motoristas.

Poços de Caldas Populares vêm exigindo a ampliação das vias para bikes, que, atualmente, são de apenas 15 quilômetros, divididos em dois trechos. Há cerca de um ano, os ativistas do movimento “Pedala, Poços” intensificaram a luta por maior espaço, com a apresentação do “Plano Cicloviário” para a cidade, isto é, uma sugestão pensada para devolver as ruas da cidade às pessoas, além de incentivar o uso de bikes. “Apresentamos soluções para melhorar o trânsito e desafogar as ruas, criando estacionamentos verticais e liberando o espaço para a implantação de mais ciclovias. Neste sentido, realizamos manifestações para chamar a atenção e cobrar uma ação da Prefeitura, buscando a inclusão de ciclovias em importantes avenidas”, conta Álvaro Danza Vilela, ciclista integrante do “Pedala, Poços”.

Poços de Caldas, MG

Ativismo em prol das ciclovias em Poços de Caldas

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O esporte É comum ver grupos de ciclistas ou indivíduos cortando as ruas das cidades em um ritmo mais forte, com mochilas nas costas e pedalando em bikes mais arrojadas, cujos membros estão todos equipados com roupas, óculos, capacetes e outros itens para garantir a segurança e conforto necessários para a prática do ciclismo como esporte. Dentre as várias modalidades, a mais popular na região é o cicloturismo. Outro exemplo de modalidade, que é mais radical e está ganhando força no interior, é o downhill.

Cicloturismo Modalidade na qual os ciclistas se aventuram em trilhas curtas ou longas, por estradas vicinais ou rodovias, chegando a cruzar estados inteiros em percursos que podem levar dias. O cicloturismo é praticado individualmente ou em grupo e o objetivo dos atletas é conhecer novos lugares, pessoas e culturas. É uma forma de usar o equipamento como meio de transporte em uma viagem. Entretanto, para viagens mais longas, os experts no assunto dos grupos de pedal sul-mineiros destacam que é imprescindível um bom planejamento, com roteiros, locais para descanso, o tempo estimado da viagem, a manutenção prévia da bike, a preparação de suprimentos 46

básicos e o condicionamento físico. As recomendações de segurança envolvem: pedalar no acostamento (e, nunca, na contramão), respeitar as regras do trânsito, utilizar a sinalização adequada na bike, entre outros detalhes. “Não existe um treinamento específico para fazer uma viagem de bicicleta, pois tudo depende da pessoa e dos seus limites. Contudo, o ato requer preparação psicológica, física e financeira adequada ao tipo de turismo que se deseja realizar”, comenta um experiente cicloturista alfenense, Marcelo Tavares.

Exemplo de vitalidade Não existe limite de idade para encarar uma viagem cicloturística. Um exemplo disso é o empresário e ciclista alfenense Elson Poloni, o qual encarou os 1.200 quilômetros da estrada real, no alto dos seus 60 anos. Foram 28 dias pedalando entre paisagens deslumbrantes, em um dos trajetos mais populares entre os cicloturistas brasileiros. Poloni conta que, antes de encarar o desafio, fez a devida preparação para garantir uma viagem tranquila e segura.

Downhill Uma modalidade do mountain bike que, basicamente, consiste em atingir altas velocidades morro abaixo. O estilo downhill começou a ser praticado na Califórnia, EUA, na década de 1970 e, só depois de quase duas décadas, é que começaram a surgir os primeiros campeonatos oficiais da modalidade. Dos anos 90 para cá, o downhill está conquistando novos esportistas e as disputas se espalharam pelo mundo. É importante destacar que a prática exige bikes e equipamentos de segurança especiais, em excelente estado. Experiência também é fundamental a fim de evitar acidentes, uma vez que a modalidade

Elson Poloni

exige muito equilíbrio, habilidade para saltar, fazer manobras e transpor terrenos irregulares. Portanto, os ciclistas mais experientes recomendam acompanhamento para a iniciação na modalidade.

Desafio de Downhill em Varginha Mesmo que ainda pouco difundido no interior mineiro, recentemente, a cidade de Andradas sediou um campeonato de downhill, realizado nos dias 5 e 6 de dezembro, na Pista Chácara. Os competidores contaram com uma estrutura para alojamento e camping. A disputa foi em categorias, de acordo com a idade dos competidores.


Foto: www.redbull.com

Campeonato de Downhill

Grupos de pedal na região Formados por pessoas com um interesse em comum, que é pedalar, esses grupos ganharam muita força com as novas tecnologias de comunicação, como o Facebook e o WhatsApp. As redes sociais e aplicativos têm fomentado a prática do esporte, ao facilitarem o contato entre os amantes do pedal. São ciclistas que, além de engajados na causa das ciclovias, pedalam, conquistam um excelente condicionamento físico e disputam em competições, visando a se aventurar a pedalar mais rápido e distante. Geralmente, os percursos são realizados em estradas vicinais e abrangem grandes distâncias, em meio à natureza das zonas rurais dos municípios ou rodovias. Conheça alguns dos muitos grupos de pedal espalhados pela região:

Bikessauros, de Varginha O grupo “Bikessauros” possui 15 anos de história. Há 13 anos, os integrantes se fortificaram, oficializando o grupo ao transformá-lo em uma associação. “Tudo começou com um grupo de amigos, os quais tinham, em comum, o prazer em pedalar. Após a primeira viagem de bike à cidade de Aparecida, nasceu a oportunidade de se fundar uma associação, aberta a todos que tivessem o mesmo gosto pelo ciclismo”, conta Eduardo Tardiole, integrante do grupo.

Desde então, os Bikessauros estão incentivando a prática do ciclismo na cidade, ao reunirem dezenas de velhos e novos amigos para pedalar em trilhas na zona rural. Inclusive, ultimamente, os membros vêm diversificando as modalidades. “Hoje, há, dentro dos Bikessauros, pessoas que aderiram ao gosto pelo formato ‘speed’. Assim sendo, alguns membros têm saído para pedalar nas estradas de asfalto da região”, explica Tardiole.

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ThunderBikes, de Alfenas No ano de 2012, durante uma das pedaladas, um grupo de amigos conversou sobre a possibilidade de se criar uma equipe de ciclismo para participar de competições. E, assim, nasceu o “ThunderBikes”, nome inspirado na popular animação, das décadas de 1980 e 1990, que marcou a infância de Marcelo Tavares, Célio Júnior, Dejair Espíndola, Everton Donato (Dedé), Wanderson Albuquerque (Vandinho), José Carlos e Sebastião Pena (Pança), amigos que fundaram a equipe. “Logo em seguida, criamos um logotipo e começamos a participar de competições. Uma das primeiras competições foi o ‘Cape Epic’, na África do Sul”, expõe Marcelo Tavares. Para financiar o esporte, os amigos começaram a trabalhar na divulgação da marca, criaram a logomarca e passaram a vender

camisas de ciclismo. “Assim, passamos a custear as competições e conquistar mais e mais membros”, comenta o atleta. Com o seguinte slogan: “Um grupo de amigos apaixonados pela bicicleta e pela arte de pedalar e competir...”, os ThunderBikes já contam com mais de 500 membros espalhados por todo o Brasil, com, inclusive, bastante gente pedalando

com a camiseta da equipe, até mesmo no Japão. É muito fácil se tornar um membro: basta comprar a camiseta e pedalar. Independentemente da modalidade, se você pedala, será bem-vindo. Alguns membros também estão praticando a modalidade speed. Além disso, outro desdobramento dos ThunderBikes são as ThunderGirls, que estão cada vez mais presentes entre os homens.

ThunderBikes, Alfenas (MG)

Tavares está representando a cidade de Alfenas no esporte desde 2010, quando começou a competir e conquistar vitórias em sua categoria em corridas regionais. “Em 2012, fui campeão da maior competição de mountain bike do Brasil em número de participantes, a ‘Big Biker Cup’. A competição ocorre, anualmente, nas terras altas da Serra da Mantiqueira, sendo quatro etapas por ano. Em 2013, tive o prazer de ir competir no ‘Cape Epic’, na África do Sul, considerada a competição de mountain bike mais difícil do mundo. Estive, como melhor dupla brasileira, até a quarta etapa”, expõe o ciclista. E não para por aí: em 2014, o atleta foi campeão da “Big Biker Cup”, na categoria de duplas e, neste mesmo ano, foi campeão da “Maratona dos Canaviais”, com 100 quilômetros percorridos em Ribeirão Preto, também na categoria de duplas. Nessa competição, ele foi, novamente, campeão da “Big Biker Cup” em sua categoria. Além disso, ainda participou de muitas outras provas regionais, nas quais também conquistou excelentes resultados.

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Fast Girls, de Alfenas O grupo “Fast Girls” foi criado no início deste ano e veio para incentivar mulheres, fazendo-as descobrir o prazer de pedalar, fazer novas amizades, desenvolver o espírito de aventura, promover saúde, combater o sedentarismo, trazer mais qualidade de vida e conhecer novos lugares. O grupo já conta com 100 integrantes, as quais usam o WhatsApp para marcar os pedais e interagir umas com as outras. “Durante os percursos, levamos conversas leves ou profundas, trocamos experiências, temos pensamentos compartilhados, tudo com a leveza e a diversão de um passeio, que deixa para trás a rotina diária”, comenta Patrícia Ramos, integrante do grupo.

A ciclista ainda destaca que cada vez mais mulheres estão pedalando e que a prática também é uma forma de autoafirmação feminina. “Grupos de pedal femininos surgem a cada instante, por todos os recantos brasileiros. Esses grupos estimulam mulheres na conquista de liberdade e autonomia, características que depois se refletem em

outros âmbitos de suas vidas”, explica. Patrícia ainda observa que pedalar em grupos aumenta a segurança na hora de encarar os percursos na cidade ou na zona rural. No dia 31 de janeiro, o grupo celebra o primeiro ano de existência e as integrantes estão preparando um encontro para marcar essa data especial.

FastGirls, Alfenas (MG)

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Como escolher sua bike O mercado já se adaptou à nova demanda e está apostando na diversificação dos modelos. Existem bikes para todos os tipos de pessoas e para as variadas finalidades. “O mais importante é escolher uma bike condizente com sua altura e com a utilização que fará dela”, pontua o ciclista Daniel Silveira, funcionário da loja Total Bikes, de Alfenas. Segundo ele, há bikes para trilhas, montanhas e estradas vicinais, para vias urbanas, para pistas e rodovias, bikes para velocidade, para passeios e para grandes distâncias, tudo nos mais variados estilos, cores, marcas e preços, para atender a exigente demanda de novos consumidores. São bikes que vão das mais simples e acessíveis às mais completas e caras. Mesmo os modelos mais acessíveis são desenvolvidos para garantir o melhor desempenho possível. “As bikes são feitas com materiais leves, como o alumínio, e já saem de fábrica com selins mais confortáveis e com sistemas de rolamentos e marchas de grandes marcas”, explica Silveira.

Daniel Silveira, integrante ThunderBikes e colaborador da Total Bikes de Alfenas

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Já os modelos mais caros possuem características para atender aos interessados em utilizar a bike para os esportes. Por dado motivo, são ainda mais leves, possuem mais amortecedores, marchas e rolamentos, freios a disco, quadro, aros e pneus desenvolvidos para suportar terrenos acidentados ou para atingir maiores velocidades em pistas e rodovias, tudo dependendo da finalidade do produto. Alguns ciclistas preferem montar suas bikes com o auxílio de bicicleteiros, que compram as peças e entregam o produto, atendendo exigências e gostos específicos. Hoje em dia, graças ao aumento da procura, é possível possuir uma boa bike por preços mais acessíveis em magazines, lojas especializadas e, até mesmo, pela internet. Os valores podem variar de cerca de 600,00 reais a aproximadamente 30.000,00 mil reais. No entanto, uma bike com um bom desempenho pode ser adquirida por uma quantia que varia de 1.000,00 reais a 2.500,00 reais, dependendo da finalidade. “A cada dia, recebo novos clientes, porém, nem sempre eles vêm com o intuito de comprar. Acredito que o atual momento em que o país está acaba gerando um

medo nos clientes de ‘investir’ em algo. Muitas pessoas acabam se virando com a bike que já possuem, até que ela ‘acabe’. Contudo, a grande sacada é oferecer novidades e bastante variedade. Assim, é possível satisfazer um maior número de clientes”, comenta João Paulo Botelho, ciclista e proprietário da Center Bike, localizada na cidade de Andradas. Ainda existem o que podemos chamar de “superbikes”, que são ainda mais caras que carros populares, chegando a custar mais caro até que carros de luxo. Essas obras de arte da engenharia e da estética são produtos conceituais, geralmente utilizados por ciclistas muito experientes e por grandes competidores, em campeonatos oficiais.

Equipamentos recomendados ► Placas de reflexo, as quais facilitam que o motorista visualize a bicicleta; ► Capacete, pois quedas acontecem, e, assim sendo, prefira os com viseira; ► Luvas, pois protegem na queda; ► Óculos que protejam não apenas dos raios solares, mas, também, de poeiras e insetos, por exemplo; ► Espelhos, pois melhoram a visão para guiar; ► Buzina, a qual avisa aos motoristas que você está por perto; ► Farol e sinaleira, especialmente para quem gosta de andar à noite. Uma observação é que a buzina, o espelho e a sinalização na parte da frente, atrás, dos lados e nos pedais (a qual pode ser entendida por “refletivos”) são obrigatórios pelo Código de Trânsito Brasileiro, com exceção dos capacetes. Os fabricantes e importadores são obrigados a fornecer esses equipamentos aos clientes, além de um manual completo sobre trânsito e primeiros socorros.


Dicas de segurança 1

Evite avenidas de grande fluxo, como as marginais;

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Equipe-se, use roupas claras e, de preferência, macacões com refletores;

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Use sempre os equipamentos de segurança;

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Vá a favor do fluxo de veículos, jamais na contramão;

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Não escute música em fones de ouvido enquanto estiver em bicicletas, pois isso poderá fazer com que os carros não sejam escutados.

Relação de bikes e carros Trata-se de uma relação tensa, que se complica na medida em que o número de bikes aumenta nas ruas. Contudo, o Código de Trânsito Brasileiro está aí para isso, isto é, para definir onde começam e terminam os direitos e deveres, tanto dos carros, quanto dos ciclistas. Em

consonância com o mesmo código, os pedestres têm prioridade sobre ciclistas e os ciclistas, por sua vez, têm prioridade sobre outros veículos, de maneira que os veículos de maior porte são sempre responsáveis pela segurança dos menores, motorizados ou não. Seguindo essa lógica, o código prevê que os motoristas não deverão fechar bikes, nem colar na traseira dos ciclistas ou apertá-los contra a calçada, o que configuraria uma infração grave. Tirar fina é infração média e, se o carro estiver em alta velocidade, serão duas multas. Estacionar um carro na ciclovia ou ciclofaixa configura outra infração grave, sujeita à multa e ao guincho. Agora, ameaçar o ciclista com o carro é infração gravíssima, que pode resultar na suspensão do direito de dirigir e até na apreensão do veículo e da habilitação. Uma questão muito polêmica é se o carro deve dar preferência de passagem ao ciclista. Segundo o código, se o ciclista já estiver atravessando a via, o motorista deve esperar a travessia do ciclista, inclusive se o sinal abrir. Os cliclistas devem evitar pedalar próximos aos carros estacionados e, quando o fizerem, precisarão redobrar a atenção. Todavia, caso aconteça um acidente, quem está no carro, seja motorista ou passageiro, será considerado como culpado. Além dos direitos, é fundamental pontuar os deveres dos ciclistas. Antes de tudo, é preciso destacar qual é o lugar das bikes. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o lugar de bikes é na rua, no sentido dos carros e nas faixas laterais da via (inclusive, na esquerda, embora não seja recomendado). Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer

quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, ou, quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, respeitando o sentido de circulação. Lembrando que as bikes sempre têm preferência de uso da via. Ciclistas não podem ultrapassar pelo corredor entre os carros quando estes estiverem em movimento, apenas quando estão parados ou aguardando em fila. Também é proibido, aos ciclistas, circular em vias de trânsito rápido (especificamente, as que não possuem cruzamentos, acessos diretos a garagens e faixas de travessia). Fazer malabarismos, carregar pessoas fora da garupa ou cargas perigosas também é proibido. Pedalar na calçada ou pilotagem “agressiva” é motivo para multa e até apreensão da bike. Ciclista só pode pedalar na calçada com autorização da autoridade de trânsito e sinalização adequada. Aqueles que estiverem empurrando a bike poderão utilizar a calçada e passarão a ter todos os direitos dos pedestres. Para Marcelo Tavares, hoje em dia, a maioria dos ciclistas não respeita leis de trânsito, normalmente, por desconhecimento. “Constantemente, deparo-me com ciclistas na contramão ou em cima de passeios. Uma conscientização prévia, tanto dos ciclistas, quanto dos motoristas, seria de fundamental importância para todo esse processo dar certo”, observa o ciclista da equipe ThunderBikes. Ele ainda destaca a importância de se respeitar as leis de trânsito para o bom convívio entre bikes e carros. “É claro que isso não acontecerá da noite para o dia, pois nós precisamos gastar tempo e dinheiro em educação, desde o ensino fundamental até o médio, implantando e aplicando leis de trânsito nas escolas e, aos poucos, bem aos poucos, iremos ter respeito mútuo no trânsito e o cumprimento das nossas leis”, finaliza.

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INFORMATIVO

Conexão direta entre a OAB de Alfenas e a Diretoria Estadual da Ordem. Por Leonardo Miranda

As eleições na Seccional da OAB de Minas Gerais, realizadas no final do ano passado, mobilizaram advogados de todo o estado, os quais escolheram representantes nas 217 subseções mineiras e, também, os integrantes da Diretoria, Conselho Seccional, Diretoria da Caixa de Assistência, Conselheiros Federais e Suplentes para o mandato de 2016 a 2018, efetivado a partir do dia primeiro de janeiro.

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A chapa “Valorização, Respeito e Compromisso”, única a pleitear a Diretoria da 21ª Subseção da OAB de Alfenas, é composta por advogados com experiência de casa e, também, por novos nomes: Presidente: Dr. Rodrigo Lemos Urias; Vice-presidente: Dr. José Francisco Veronesi (Frank); Tesoureira: Dra. Ana Luísa Pereira Wagner; Secretário-geral: Dr. Marcelo Mezete; Diretora Secretária-geral Adjunta: Dra. Nivalda de Lima e Silva; Conselheira Subseccional: Dr. Nelly Duarte; Conselhos Subseccionais: Dra. Paula Danielle Gonzaga Savioli, Dr. Bruno Soares Corrêa de Oliveira, Dr. Tiago José da Silva e Dr. Eduardo Pereira Dias. Reconhecendo a importância da experiência, os integrantes da chapa única de Alfenas tiveram a preocupação de garantir a participação de


novos nomes, convidando advogados que se destacaram devido ao excelente trabalho individual que vêm desenvolvendo no município. “Hoje, a OAB é sempre ouvida e respeitada nas questões sociais, tornando-se, cada vez mais, instrumento da cidadania no município. Neste sentido, é fundamental que novos nomes façam parte da diretoria para garantir a manutenção dos avanços e motivar novas conquistas”, destaca Dr. Urias. É a primeira vez que a advogada Paula Gonzaga e os advogados Tiago José e Eduardo Pereira exercem um cargo eletivo na OAB. Eles representam a importância do “sangue novo” na diretoria e se mostram muito engajados, dispostos a militar pela classe. “Quero contribuir para renovação da imagem da advocacia e unir ainda mais nossa classe, lutando para que nossas prerrogativas sejam respeitadas e nossos deveres sejam cumpridos com zelo e honestidade”, comenta Dra. Gonzaga.

ministração, por ele, firmada, com muitas conquistas e engajamento nas lutas sociais de nossa classe. A vitória da chapa, da qual participa nosso ex-presidente, fortalecerá ainda mais nossa subseção e ajudará sua futura administração”, argumenta Dr. Urias. A posse da Diretoria Estadual foi realizada no final do ano passado na sede da Ordem, em Belo Horizonte. “Com muita alegria, assumi a função outrora exercida por um grande advogado alfenen-

se, Ronan Camilo. Vou colaborar no conselho com a subseção de Alfenas, bem como com as subseções vizinhas (de Areado, Machado, Campestre, Campos Gerais, Paraguaçu, Carmo do Rio Claro, Poço Fundo e outras). Estou certo que a OAB mineira estará ao lado do povo, como esteve, está e estará a OAB de Alfenas, na luta constante pelas garantias constitucionais, pelos direitos humanos e sociais, pela ética, moralidade e aprofundamento da democracia”, finaliza Dr. Murad.

Dr. Daniel Murad é Conselheiro Seccional O ex-presidente da 21ª Subseção, Dr. Daniel Murad Ramos, é, agora, Conselheiro Seccional da OAB, o que possibilita uma conexão direta entre a chapa “Advogado Valorizado”, da Diretoria Estadual da Ordem, encabeçada pelo Dr. Antônio Fabrício de Matos Gonçalves, com a chapa “Valorização, Respeito e Compromisso”, da OAB de Alfenas. Foi a primeira vez na história da OAB que não houve disputa na eleição para Diretoria Estadual. Justamente por isso, os advogados selecionados para integração à chapa única foram escolhidos a dedo. “Tal convite se deve à brilhante ad-

1 Dr. Rodrigo Lemos Urias, novo presidente da 21ª Subseção 2 Dr. Daniel Murad Ramos, Conselheiro Seccional da OAB 3 (esq. para dir. em pé) Franck, Tiago, Rodrigo, Mezete, Eduardo (sentados) Ana Luisa, Paula, Bruno, Nelly e Nivalda

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EMPREENDEDORISMO

Por Is

abella

Alves

INVESTIR NO SETOR DE CONFEITARIA PODE SER UMA BOA SOLUÇÃO PARA ENFRENTAR A CRISE. TRÊS JOVENS JÁ DESCOBRIRAM O CAMINHO CERTO.

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o aniversário de pessoas queridas, sempre temos um belo bolo para comemorar. Na faculdade ou no trabalho, adoçamos nosso dia a dia com quitutes deliciosos e elaborados, oferecidos por alguém que vai até nós. Esses serviços de confeitaria são ofertados, muitas vezes, por trabalhadores informais ou que atendem em casa, por meio de pedidos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), as empresas do setor de confeitaria movimentaram R$82,5 bilhões só em 2014. Além disso, o Brasil é o sétimo colocado no ranking global de comercialização de bolos, apresentando um índice de participação nos lares dos brasileiros de 50,7% (ABIMAPI). Contaremos, então, a história de três mulheres, que, mesmo muito jovens e com formações não relacionadas ao mundo confeiteiro, se apaixonaram pelo ofício e garantem sua renda mensal produzindo bolos e doces artesanalmente.

CRIATIVIDADE E COR Poliana Araújo Rajib tem 24 anos e é a proprietária da Barrica Doce, empresa especializada em bolos e outros doces, como pirulitos, bombons e cupcakes. Ela conta que nunca pensou em ser confeiteira e, antes de uma viagem internacional, era estudante de Direito. Depois da viagem, Poliana se apaixonou pelos cupcakes e, assim que voltou para o Brasil, começou a produzir os próprios bolinhos com confeito. “Depois, vieram os bolos e outros doces complementares que dão vida às festas. Meu diferencial é poder fazer tudo personalizado, como meus clientes sonham”, conta a confeiteira. Hoje em dia, sua renda vem das encomendas da Barrica Doce. O atendimento é feito em casa, com hora marcada, mas muitos clientes aproveitam a praticidade das redes sociais para fechar seus pedidos. A página no Facebook também funciona como vitrine, na qual Poliana expõe seus trabalhos já realizados. Para o futuro, Poliana Araújo irá aproveitar suas viagens para conhecer novos doces e sabores, adquirindo experiência para abrir sua própria confeitaria.


voltar a comprar e indicar para os amigos e familiares”, conta a confeiteira sobre seu diferencial. Para se especializar, Cristiany fez vários cursos de doces, chocolates e bolos, sempre em companhia de sua mãe, sua fiel parceira de trabalho.

VARIEDADE E NOVIDADES

Barrica Doce

PREOCUPAÇÃO COM O SABOR Como já falamos, nossas três entrevistadas são bastante jovens, assim como muitos empreendedores que investem mesmo em tempos de crise. Cristiany Marques Ribeiro não foge à regra: tem 23 anos e é a proprietária da Branca Flor Chocolates. Há quatro anos no ramo, Cristiany conta que sua paixão por doces surgiu despretensiosamente. Quando estava no Ensino Médio, uma professora ensinou a ela e mais três amigas uma receita de bombons recheados, com a finalidade de vender e arrecadar fundos para um projeto escolar. A receita deu tão certo que as amigas continuaram as vendas na escola. Cristiany Marques entrou na faculdade de Odontologia, mas continuava seu ofício, produzindo ovos de páscoa caseiros durante o período de vendas destes. “Por todo o curso de Odontologia, eu pensava em desistir, pois acredi-

tava que aquela profissão, apesar de gostar, não era para mim. Entretanto, com o apoio de todos, eu acabei indo até o fim e concluindo o curso. Formei-me, mas não quis exercer a profissão. Resolvi investir, de vez, nos meus doces e chocolates”, explica. Atualmente, a Branca Flor Chocolates produz e comercializa doces (beijinho, brigadeiro, cajuzinho, de leite ninho), bombons de sabores variados, cupcakes, tortas doces e bolos para festas e aniversários. A venda também é feita, na maioria das vezes, pela internet, em um grupo na rede social, o Facebook. “Procuro fazer produtos não só bonitos e com decorações chamativas, mas, também, muito saborosos, para que aquele que comprar uma vez possa

Após o desemprego, Joyce Machado de Oliveira, 19 anos, estudante de Pedagogia, decidiu buscar sua independência financeira e, assim, ajudar sua família em tempos de crise. Encontrou, então, em seu amor e aptidão pela culinária, o caminho certo para empreender: Joyce fundou, há cerca de um ano, a Mister Formiga. A confeiteira explica que sempre se preocupa em apresentar novidades, principalmente em períodos sazonais, oferecendo, atualmente, um cardápio variado com doces de festas e sobremesas em geral, dentre trufas, tortas, cones trufados, brigadeiro gourmet,

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to além do ganho financeiro. “O trabalho é, para mim, muito além de profissão, pois se tornou uma terapia por meio da arte em realizá-lo e da satisfação em proporcionar o prazer do sabor dos doces. Encontrei autoconfiança e realização pessoal diante da aprovação dos clientes, e essa é a parte mais gratificante da profissão”, finaliza Joyce. Mister Formiga

bolachas, rocambole, cupcake, alfajor, pão de mel, bem-casado, tapioca, coxinha doce, entre outros. Além disso, a Mister Formiga se destaca pela agilidade na produção e entrega de encomendas, com as vendas online, local e ambulante. Um grande diferencial da empresa é que os clientes podem solicitar amostras dos produtos e

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conferir o catálogo, contendo as guloseimas da Mister Formiga, a fim de sanarem alguma indecisão ou ampliarem a decoração e o paladar de suas comemorações. Não é à toa que o setor de confeitaria e panificação cresceu mais de 11% no ano passado e movimentou mais de R$70 bilhões. Contudo, o trabalho vai mui-


EMPREENDEDORISMO

EMPREENDEDOR

QUAL A IMPORTÂNCIA DA SUA MARCA? Por Alisson Oliveira

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er empreendedor significa, acima de tudo, ser um realizador que produz novos conceitos por meio da criatividade e da imaginação. Seguindo tal raciocínio, em geral, as pessoas que sonham em ter o seu próprio negócio são movidas pela ambição de ganhar muito dinheiro e ser independentes. À vista disso, a sua marca poderá ajudar seu negócio a prosperar, pois é ela que transmite um sentimento de fidelidade para o cliente, e, também, à qual, muitas vezes, não damos a devida atenção. Qual a visão que você tem do seu negócio? Aonde você quer chegar? Como vai chegar? Isso envolve sua marca. Por isso, quando o assunto é desenvolvimento ou proteção de sua própria logomarca, além da criação da identidade visual de sua empresa, entregar-se às facilidades do computador, ignorando todo o amparo teórico, estético e funcional de uma marca, poderá ser um erro gravíssimo para seu negócio! Procure o auxílio de uma

empresa ou profissional da área. Se o seu negócio for levado a sério, isso se converterá em “valor agregado”, e passará a ser característica da marca, do negócio. Diante de um cenário cada vez mais competitivo, registrar sua marca é o principal passo para garantir seus direitos no mercado. Lembre-se: em relação ao concorrente, é mais fácil imitar uma marca do que reproduzir um produto ou serviço. Portanto, proteja-se. Para tanto, o empresário deve cercar-se de pessoas com larga experiência, conhecimento técnico e ótima reputação no mercado, cultivando a prudente determinação de estar longe do assédio de desconhecidos, amadores que prometem soluções mirabolantes, cuja procedência e tradição, não raras às vezes, inexistem. Seu maior patrimônio é a sua marca, a qual, mesmo sendo um bem intangível, evidencia um fato verdadeiro e incontestável. É o maior patrimônio que uma empresa possui, seu principal ativo, sendo capaz de gerar vínculos fortes e duradouros aos clientes com os quais se relaciona, perpetuando, assim, as principais qualidades dos produtos ou serviços das empresas que representam. Quem possui uma empresa ou ocupa um cargo de liderança em uma delas – não interessando o segmento, produtos ou tamanho – não poderá desconsiderar a importância de investir na construção e proteção de uma marca.

Lembre-se: Marca sem Registro é Marca sem dono!

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NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMOS

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Telmo Zanutto, diretor da TricoPoint.

A MELHOR DEFESA É O ATAQUE Empresa têxtil de Jacutinga se destaca no mercado nacional após investir pesado para superar tempos difíceis. Por Leonardo Miranda

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TricoPoint iniciou suas atividades no ano de 2002, primeiramente produzindo peças de tricô para atender exclusivamente ao mercado feminino. “Tínhamos apenas uma máquina retilínea mecânica e um overloque. Nossos primeiros anos foram muito difíceis, mas nunca desistimos e continuamos trabalhando firme...”, comenta o diretor Telmo Zanutto. A primeira loja foi inaugurada em 2005, na cidade de Jacutinga (MG), “... e, com o mesmo esforço, em 2007, conseguimos adquirir nossa primeira máquina retilínea eletrônica, e desde então estamos em constante aprimoramento”, completa o empresário. Não demorou e a empresa expandiu sua produção, passando a oferecer blusas, casacos, vestidos, saias, calças, entre outras peças de tricô para ambos os gêneros. Além da unidade de produção e loja de fábrica, localizadas na cidade de Jacutinga (MG), a TricoPoint chegou a contar com lojas de pronta entrega localizadas nas cidades de Monte Sião (MG), Farroupilha (RS), São Paulo (SP) e Maringá (PR). Entretanto, no ano de 2012, foi necessário mudar a estratégia para acompanhar as exigências do mercado da moda e continuar crescendo. Atualmente, a empresa trabalha mais com representantes, sendo necessária apenas uma loja física própria, que funciona como outlet em Jacutinga. “Como muitos atacadistas sofreram penosamente com os efeitos da queda nas vendas em 2012, percebemos que precisávamos mudar nossa estratégia e nosso estilo. Graças ao nosso planejamento de negócios, conseguimos fazer as mudanças necessárias na infraestrutura, com aquisições de maquinários de última geração, contratações de pessoal especializado e a aqui-


sição de um certificado de qualidade, reconhecido mundialmente no ramo têxtil (ABVTEX)”, explica Zanutto. O objetivo inicial da empresa era driblar a crise, contudo, os investimentos renderam muito mais que isso, garantindo o destaque nacional no setor e uma consequente estabilidade econômica. “Somos a primeira empresa da região a possuir a certificação da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), conquistada em janeiro de 2013, com 100% de excelência, o que faz da TricoPoint uma empresa especializada em ‘private label’”, completa o proprietário. Assim, a empresa se consolidou ainda mais, com uma estrutura totalmente voltada para a produção em larga escala, que é típica das “private label”, ou seja, das empresas que produzem determi-

nado produto com a marca de outra empresa. Para atender a esse mercado, a empresa conta com 30 máquinas retilíneas eletrônicas japonesas de última geração, em um prédio próprio de 2.000 metros quadrados, 80 funcionários e uma capacidade de produção de até 30.000 peças ao mês. “Também possuímos a aprovação para produzir licenciados para Disney, Warner e Star Wars, que é conhecida como ‘Facility and Merchandise Authorization’ (FAMA). Tudo isso com pioneirismo na região”, expõe, com orgulho, o empresário. Telmo destaca que são inúmeras as vantagens de se atuar como private label, entretanto, a principal (e que garante as demais) é a estabilidade financeira no fluxo de negócios. “Trabalhamos com uma saúde financeira equilibrada e um planejamento que nos permite ter bases sólidas, sem os

transtornos de uma sazonalidade em que você troca de equipe todo ano, por exemplo. Isso nos permite fazer um planejamento futuro que, por sua vez, possibilita fazer projeções de crescimento para os próximos 5 ou 10 anos”, argumenta Zanutto. Como já deu para perceber, Telmo Zanutto representa o tipo de empresário que não se deixa intimidar por crises. À vista disso, mesmo na atual conjuntura econômica do país, ele está bastante otimista e disposto a continuar sempre investindo. “Com o nosso planejamento, hoje, é possível enxergar o futuro como algo promissor. Assim sendo, serão necessários, em breve, novos investimentos em estrutura e maquinários, além de, consequentemente, expansões em nosso quadro de colaboradores, contribuindo muito para o mercado de trabalho local”, conclui.

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