Destaque!
Via Café Garden Shopping é inaugurado e já conta com grande público e eventos promissores. p. 44
A revista para quem tem conteúdo
p. 36
Promessa do interior
O programa “Noite.com” apresenta conteúdo exclusivo e é sucesso por onde passa. p. 42
História Natural
Projeto de Extensão cria museu que proporciona aprendizado à população da região. p. 20
Livros
Novas tecnologias tornam cada vez mais fácil e acessível publicar um livro, seja impresso ou virtual. p. 24
TITULO
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NOSSO TIME
EXPEDIENTE Leonardo Miranda Jornalista
Amanda Naves Revisora
Isabella Alves Redatora
DIREÇÃO GERAL VALMIR RODRIGUES EDITOR CHEFE DOUGLAS PAIVA
Angélica Arakaki Designer
Jeferson Arantes Designer
Wagner de Souza Designer
Paulinha Terra Publicitária & Fotógrafa
JORNALISTA RESPONSÁVEL LEONARDO MIRANDA MTB 46.302/SP DIREÇÃO DE ARTE ANGÉLICA ARAKAKI DESIGNERS PAULINHA TERRA WAGNER DE SOUZA JEFERSON ARANTES
Ana Paula Mendes Comercial
REDATORES ISABELLA ALVES LEONARDO MIRANDA FOTOS PAULINHA TERRA ISABELLA ALVES LEONARDO MIRANDA
COLABORADORES QSHOW
REVISÃO AMANDA NAVES
Elizângela Moura
Proprietária da Secreta Sex
José Marcos Costa Ufólogo, Escritor e Psicólogo
DEPTO. COMERCIAL ANA PAULA MENDES IMPRESSÃO GRÁFICA 3 PINTI
Daniela Roberta Antônio Rosa Socióloga
Felipe França Psicólogo
Noler Heyden Flausino
Profissional de Educação Física
Roberto Augusto
CIRCULAÇÃO SUL DE MINAS REDAÇÃO RUA LEÃO DE FARIA, 86 3º ANDAR, SALA 5 CENTRO - ALFENAS - MG CEP 37130-000
Chefe de Cozinha e Professor de Culinária
RevistaQShow qshowrevista
PARA ANUNCIAR | DÚVIDAS & SUGESTÕES contato@revistaqshow.com.br 35 3291-2007 35 988454852
A Revista QShow não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e informes publicitários.
QUEM ESTÁ LENDO
Rodrigo de Ávila Toledo, marceneiro e estudante de Engenharia Civil.
Acompanho a Revista QShow há um bom tempo e fico muito feliz em ver a evolução de design e de conteúdo. A QShow nos oferece informação e entretenimento de uma forma nunca antes vista na nossa região e conhecendo o potencial dessa equipe sei que esse é apenas o começo de uma grande história. Parabéns a todo time Qshow.
Rafaela Pacini, gerente de marketing da empresa Grão de Ouro.
Por atuar no setor de Comunicação e Marketing, naturalmente acabo sendo mais criteriosa e exigente na escolha das publicações para minha leitura. Neste contexto, identifico na Q Show um perfil que corresponde a estas premissas, pois vem a cada edição se superando em conteúdo e design gráfico. Matérias bem redigidas, reportagens fiéis, rica abordagem cultural e layout clean fazem da revista minha melhor escolha no quesito publicações regionais."
Estamos interessados no que você tem a dizer. Conta pra gente! :D contato@revistaqshow.com.br qshowrevista RevistaQShow maio de 2016
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EDITORIAL Dois anos com vocês! Comemorar dois anos de atividades, em qualquer negócio, é um grande feito! Principalmente em meio a uma complicada crise política e econômica, manter-se na praça não é nada fácil. E, em se tratando de uma publicação independente e de cunho jornalístico, a trama se complica mais ainda. Porém, seguimos firmes. Nós nunca objetivamos produzir a revista mais grossa e poluída, daquelas repletas de anúncios, com pouco conteúdo e fotos voltadas para massagear o ego de algumas castas da sociedade. Muito pelo contrário, nosso pro-
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pósito é desenvolver uma revista voltada para “quem tem conteúdo”, ou seja, para leitores. Neste sentido, nossa equipe não poupa esforços para oferecer uma publicação prazerosa de se ler, com matérias e artigos de interesse público, abordando assuntos capazes de contribuir para a evolução da sociedade. É justamente nesse sentido que valorizamos os nossos parceiros! Afinal, não é preciso explicar as vantagens de ter a sua marca veiculada em um meio de credibilidade jornalística e totalmente pensado para evitar a poluição visual causada pela venda indiscriminada de espaços publicitários. Em suma, os parceiros da QShow podem ter certeza
de uma coisa: em qualquer lugar do Brasil, seja no interior ou em grandes capitais, nossa revista é respeitada. Nestes dois anos, recebemos muitos elogios de leitores que se identificam com a QShow, pessoas da região e também de outras regiões do Brasil que envolvemos em nossas pautas, gente que se surpreende ao ver uma revista com abordagem produzida no interior. Com base nessas percepções, nós adquirimos cada vez mais confiança em nosso trabalho, o que nos motiva a querer melhorar. Nossas publicações já estão disponíveis na íntegra na internet, em versões online da revista.
Além disso, marcamos presença nas redes sociais e em outras plataformas capazes de democratizar o acesso ao nosso conteúdo. Em breve, estaremos lançando um novo site, desenvolvido conservando as características da publicação. Tudo isso para mostrarmos aos moradores da região tudo o que o sul de Minas tem de bom e, também, tudo o que precisa e pode melhorar. Para marcar a celebração de nosso segundo aniversário, ressaltamos na matéria de capa a importância da preservação e do fomento do patrimônio cultural mineiro. Também trazemos a cobertura de grandes eventos: a inauguração do shopping de Varginha, o “Festival Gourmet”, também em Varginha, o “Dia de Negócios” da Coopama, em Machado, e a FELINJU, sendo eventos que refletem o potencial econômico sul-mineiro. Há as dicas para quem está pensando em investir em loteamentos e para quem sonha em publicar um livro. Ainda oferecemos uma matéria sobre empreendedorismo e franquias, outra sobre o Museu de História Natural da UNIFAL e muito mais! E, como é tradição, nossos colaboradores deram show à parte com excelentes artigos exclusivos, abordando os mais variados temas, como: saúde, relacionamentos, racismo e ufologia. Não deixe de celebrar nosso aniversário conosco, leia a Revista QShow!
DOIS ANOS COM VOCÊS. OBRIGADO!
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SUMÁRIO Evento
10 CliQShow 12 #OQRolou 13 #FiqueLigado
30 Sábado na praça 32 Artigo • Por que devemos ir a um psicólogo?
Gastronomia
14 Fesival Gourmet Popular 18 Artigo • Os muros também unem
Educação
20 Museu de História Natural
Cultura
24 Publique seu livro 28 Artigo • Você corre?
Entretenimento
52 Artigo • Toque-se
Agronegócio
54 Coopama 56 Nossos Parceiros
42 Noite.com
Negócios & Empreendedorismo 33 Loteamentos 44 Sucesso de público e crítica 48 19ª Felinju 50 Franquias sul mineiras
36 CAPA UAI, SÔ! Cultura & tradição Minas Gerais
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TITULO
Homem do Campo por:
LUAN GARCIA TEIXEIRA ANDRADAS MG
PARTICIPE! CliQShow é uma seção criada para você, fotógrafo, aspirante e admirador da arte de fotografar. Todos os meses a Revista QShow escolhe a melhor foto enviada pelos leitores para estampar duas páginas da revista. Você tem um registro bacana? Envie pra gente!
Regulamento: Os interessados em publicar sua foto – que será avaliada pela equipe da QShow devem enviar suas obras pelo email: contato@revistaqshow.com.br.As fotografias serão analisadas considerando critérios como qualidade e originalidade. As obras devem ser enviadas em alta resolução e sem manipulação digital, sendo de responsabilidade única e exclusiva do participante a autoria e o conteúdo da imagem, devendo ele observar a legislação autoral vigente. A Revista QShow, ao receber as fotos, está autorizada pelos autores a publicar o material, de forma integral ou manipulada. O tema da foto10 maio de 2016 grafia é livre, e estará concorrendo até o final do concurso.
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#OQRolou
Foto: Huffpost Brasil
Aqui você confere um pouco do que aconteceu no mundo, no Brasil, em Minas Gerais e na região. Fatos interessantes, descobertas e vitórias que fizeram notícia. Tudo isso e muito mais no #OQRolou! E logo em seguida #FiqueLigado, com nosso drops de notícias rápidas para te manter antenado.
Socorro aéreo Foi inaugurada em Varginha a 2ª Companhia de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. O helicóptero Arcanjo atuará em toda a região Sul de Minas e vai contribuir para melhorar a qualidade e o tempo de resposta nos atendimentos à população. O helicóptero Arcanjo ficará pronto para os atendimentos no hangar do 9º Batalhão de Bombeiros Militar, no bairro Jardim Primavera. Os atendimentos aero médicos serão realizados em parceria entre o Corpo de Bombeiros e o Samu, que manterá uma equipe nas instalações no hangar para agilizar a saída durante os acionamentos.
O frio chegou!
Foto Assuero Lima
2016 iniciou seus dias já com a fama de ser o ano mais quente da história, de acordo com o instituto de pesquisa, Met Office. Em cidades como Rio de Janeiro, os termômetros chegaram a marcar mais de 40°C, com sensação térmica de até 50°C. Porém, agora parece que o frio chegou de vez! No final do mês de abril as temperaturas despencaram, graças a uma frente fria que atingiu o país, principalmente no sul e sudeste. Em Santa Catarina já foram registradas temperaturas negativas, o que promete um inverno rigoroso.
Grandes avanços da medicina As inovações estão em todo lugar e a medicina não poderia ficar atrás. Nos Estados Unidos, um paciente tetraplégico, conseguiu usar os dedos e o pulso, graças a um chip colocado em seu cérebro. O chip transmite pensamentos para o computador, que envia o comando aos músculos. Trata-se do primeiro caso médico onde foi possível converter o pensamento de um paciente paralisado em movimentos sofisticados dos membros, de acordo com um estudo publicado na revista "Nature". No Brasil, o neurocirurgião Rodrigo Marmo, realizou uma cirurgia que freou o avanço do Alzheimer em um paciente da Paraíba. A cirurgia é baseada na “estimulação cerebral profunda”, e promete recuperar algumas funções da memória quando o problema ainda está em fase inicial. Duas descobertas que trazem esperança para quem sofre com essas tristes doenças.
Dr. Rodrigo Marmo
#FiqueLigado Mudança na correspondência
RECEITA Tilápia ao creme de queijo e coco
Responsável por direcionar os Correios na entrega de correspondências, o Código de Endereçamento Postal (CEP) de algumas cidades do Brasil sofreu alterações nos últimos tempos, a fim de otimizar essa entrega. Em Alfenas, o CEP antigo (37130-000) foi substituído pela faixa de CEP de 37130-001 a 37139999. A identificação, agora, é realizada por trechos, podendo uma rua ter um CEP variado. De acordo com a equipe dos Correios, um comunicado será enviado para todos os moradores, divulgando a mudança. Por enquanto, para saber o CEP exato de sua rua, acesse: buscacep.correios.com.br/sistemas/ buscacep/.
Ingredientes:
Óscar dos Quadrinhos
Para gratinar:
Para quem gosta de quadrinhos, acompanhar a premiação Eisner Awards, o principal prêmio dessa indústria nos EUA, é como acompanhar o The Oscars, para os apaixonados por cinema. Os prêmios serão entregues entre os dias 21 e 24 de julho, durante a Comic-Con de San Diego. Os mais indicados em 2016 foram Fantagraphics e Image Comics, com 17 indicações cada. O Brasil participa em duas categorias, com Rafael Albuquerque na disputa dos desenhistas de capa e na nova categoria de “melhor adaptação de outra mídia”, com o álbum Dois Irmãos.
Duelo espanhol O dia 28 de maio será uma data histórica para a Espanha, Itália e o resto do mundo, em se tratando de futebol. Real Madrid e Atlético de Madrid, que alimentam uma rivalidade natural na capital espanhola, se encontrarão novamente na final da Liga dos Campeões, a mais importante competição de clubes do continente europeu. Em 2014, esses dois times já haviam se enfrentado e o Real Madrid levou a melhor. Neste ano, o palco da “batalha” se instalará no estádio Giuseppe Meazza, também conhecido como “San Siro”, em Milão, e promete fortes emoções. Qual será sua aposta?
1 kg de filé de tilápia em tiras grossas; Sal a gosto; Suco de meio limão coado; 1 colher de sopa de mostarda; 600 g de batatas em fatias grossas e précozidas para a montagem. Creme de queijo e coco: 2 vidros de leite de coco (400 ml); 1 copo de requeijão cremoso; 50 g de queijo parmesão ralado; 2 dentes de alho amassados; Sal a gosto (pouco, por conta dos queijos).
200 g de mozzarella ralada. Temperar o peixe com sal, mostarda e suco de limão e reservar. Bater todos os ingredientes do creme de queijo no liquidificador e reservar.
Montagem: Untar com manteiga um pirex ou refratário bonito. Colocar as fatias de batata no fundo. Sobre as batatas, coloque todo o peixe, distribuindo-o bem. Coloque todo o creme de queijo, polvilhe a mozzarella e leve ao forno com 180 graus até dourar. Servir com arroz branco.
Por Roberto Augusto, Chefe de Cozinha e Professor de Culinária. (35) 98811-1176
GASTRONOMIA
O Gourmet Popular 2ª edição do Festival Gourmet de Varginha é sucesso de público e surpreende positivamente. Por Isabella Alves
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ratos dos mais variados sabores e ingredientes com preços acessíveis em um ambiente agradável são uma “boa pedida” para um feriado. Certo? Quem esteve em Varginha nos dias 21, 22 e 23 de abril pôde aproveitar da melhor maneira a segunda edição do Festival Gourmet de Varginha. O evento ocorreu no estacionamento do Via Café Garden Shopping e atraiu, de acordo com os organizadores, uma média de 30 mil pessoas ao longo dos três dias. O Festival Gourmet é uma realização da W Espanha Comunicação Inteligente e do Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Varginha (SEHAV) e tem como missão fomentar o comércio e o turismo da cidade, incluindo Varginha no mapa dos grandes eventos gastronômicos de Minas Gerais e do país. De acordo com o presidente do SEHAV, André Yuki, em 2015, o evento começou muito bem, com um público de 10 mil pessoas em dois dias. Neste ano, foram trinta expositores, além de patrocinadores e imprensa. Yuki ex14
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Wellington e Alessandra Espanha, organizadores do evento.
1. O chef de cozinha, Tulio Montenegro.
1.
2.
2.Gustavo Franco, diretor do GF Supermercados, que participou pela primeira vez do Festival Gourmet.
plica que existem três principais intenções com um evento como este, que são: fomentar o setor alimentício da região; fomentar o turismo na cidade e valorizar a gastronomia regional, com a apresentação de pratos típicos e populares. Wellington Espanha também está orgulhoso com o sucesso do evento. Ele conta que a ideia do Festival Gourmet surgiu justamente quando ele preparava um jantar e saboreava um bom vinho. Espanha pensou em como existem opções de pratos saborosos, que são acessíveis a todos, com ingredientes e preparo fáceis. Atualmente, os participantes expressam muito bem a intenção de Wellington de socializar e democratizar a gastronomia: nenhum dos trinta estandes teve pratos repetidos, sendo muito bem apresentados e oferecendo ao público sabores e experiências novas, sem esquecer do “precinho camarada”. A edição de 2016 contou com estabelecimentos das cidades de Varginha, Três Corações e Machado. Comida japonesa, churrasquinho, lanches, doces, chope artesanal e muitos outros sabores surpreenderam os visitantes do evento. Um dos destaques foi o GF Supermercados, que levou, pela primeira vez, vinhos e cachaça para o festival. Com opções regionais e até internacionais, o GF ganhou a atenção do público. Gustavo Franco, diretor do GF Supermercados, quer que os varginhenses percebam a essência da empresa, que pretende sempre agregar valores à cidade, na qual estão presentes projetos sociais e
atitudes empreendedoras. Já na parte dos petiscos, o Bar do Eri não desapontou em seu primeiro ano de participação no festival: espetinhos, bolinho de bacalhau com fritas e a tradicional tilápia com fritas foram as apostas do empreendimento, com seis anos de tradição na cidade. Rafael Nogueira, proprietário e chefe de cozinha no UAI Sushi, também aproveitou bem o festival. Temakis e combinados foram as opções de comida japonesa, já bem conhecida em Varginha. Herica Corrêa, namorada de Rafael, ficou empolgada com a divulgação do restaurante em um evento tão movimentado. Para quem procurava por uma opção saudável e diferente, o Bem Saudável apostou nos hambúrgueres zero carne, como os de lentilha e grão-de-bico. A intenção de Aline Azevedo e Lívia Maria foi apresentar uma opção saborosa para quem procura por pratos vegetarianos ou veganos. Além dos estandes, o Festival Gourmet contou, neste ano, com
a apresentação de várias bandas e também de chefes renomados, cozinhando ao vivo para o público presente. Um dos chefes, que prefere ser chamado de cozinheiro, foi Túlio Montenegro, membro da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL). Ele não deixou de lado a tradição mineira e cozinhou, com muito carinho, um frango com quiabo, com temperos especiais de ervas e pimenta. Cozinhando profissionalmente desde 1972, Montenegro entende bastante quando o assunto é comida gostosa e com bom preço. Ele é proprietário do Chef Túlio Internacional Butiquim, em Belo Horizonte, e apresenta pratos da culinária mineira com um toque especial, isto é, de tudo que já aprendeu por onde passou. O Espaço Kids, montado pela Thatiana Alimentos, completou as atrações do festival, com o intuito de proporcionar momentos de alegria às famílias presentes e ressaltar os valores da empresa, explica a diretora comercial, Thallita Nogueira. maio de 2016
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GASTRONOMIA
Concurso Gourmet Confira os pratos participantes:
Para quem perdeu os três dias de festival, a organização oferece uma continuação de dar água na boca, o “Concurso Gourmet”. Doze estabelecimentos da cidade participam de uma competição com seus pratos e são analisados por uma comissão julgadora, que escolhe o “sabor que tempera a cidade” como prato vencedor. Todos os pratos participantes também têm preços com descontos, para estimular as vendas e o consumo. O concurso vai de 25/04 a 15/05, com enceramento no dia 16/05 no Teatro Mestrinho.
Água Doce Sabores do Brasil Mignon de suíno à moda
Uai Sushi Combinado 7 pecados
Seo Haki Kare Rice
Capim Santo Bistrô Lombinho à la Capim Santo Bistrô
Anonimato Restaurante Camarão à grega
Bar do Eri Tábua de sucessos do Eri
Miolos Botequim Dadinho Black Power
Braseado Fraldinha Festival
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Ninnon Sushi Teppan Yaki de Salmão
Eri Churrasco & Grill Espeto de ancho na brasa
Pinga com Torresmo Filé Boêmio
Bem Saudável Cestinhas crocantes com recheio de cogumelos
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ARTIGO | CONSCIÊNCIA SOCIAL
O
mineiro Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990) foi um jurista, político, professor, ensaísta e crítico brasileiro, que se destacou pela autoria da Lei 1.390/1951, ficando amplamente conhecida como “Lei Afonso Arinos”. Foi a primeira lei contra a discriminação racial, sendo sancionada por Getúlio Vargas, e transformava em contravenção qualquer prática que resultasse de preconceito de raça ou cor. Pioneira no questionamento de nossa suposta “democracia racial”, revelou, em meados do século XX, os limites daquilo que se pensava ser uma sociedade inclusiva. A lei projetou o nome de seu autor. E, justamente no ano em que tal lei completa 65 anos, na madrugada de 16 de abril, um pequeno grupo – ainda não se sabe ao certo de quantas pessoas – caminhou ao longo da rua que, aqui, na cidade de Alfenas, homenageia Afonso Arinos. É impossível afirmar que aquelas pessoas conheçam o legado de Arinos, tampouco o conteúdo da lei que o tornou famoso. O fato é que, certamente, conheciam o legado dos moradores da casa à qual se dirigiram. Contudo, dirigiram-se justamente para cometer o crime tipificado na referida lei: o crime de racismo.
Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990) 18
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Foi ao amanhecer daquele sábado Um trabalho construído em O que, no entanto, tais crimique se tornou possível a revelação uma sociedade que insiste em nosos não sabiam – e nem podeda empreitada do grupo pela rua negar o racismo entranhado em riam – é que tal gesto, amplamentão simbólica. De manhã, foi pos- nossas relações cotidianas, em te divulgado, não geraria vítimas, sível ler no muro de uma das casas nossas instituições e no silêncio mas, sim, serviria como combusa seguinte frase: “núcleo de maca- profundo com que tais manifes- tível para o aprofundamento da cos”. Não era uma casa qualquer. tações de ódio são recebidas por luta da instituição atacada. O gesA casa, com tamanha relevân- muitos de nós. Isso acontece em to deu, ao núcleo, a certeza de que cia para a cidade de Alfenas, é da um país em que, conforme for- é necessário continuar o trabalho, família fundadora do Núcleo um trabalho que, no Brasil, de Consciência Negra da ci- "O gesto deu, ao núcleo, a ainda é questionado quanto à dade, uma instituição que já certeza de que é necessá- sua relevância, um questionasoma mais de 25 anos de tramento que tem, no simbólico rio continuar o trabalho, muro da Rua Afonso Arinos, a balho com a divulgação da cultura negra, assistência às um trabalho que, no Bra- sua resposta. Há, ainda, muito pessoas em situação de vula ser feito. E, quando pergunsil, ainda é questionado tam “terá sido uma brincadeinerabilidade social, reflexão, debate e denúncia do racismo. quanto à sua relevância" ra?”, também não é possível É a casa onde vivem os funresponder, mas, aparentedadores do NCNA, os guardiões mulou acertadamente o soció- mente, o riso cessou à medida que de uma narrativa da experiência logo Florestan Fernandes, existe um gesto de ódio e desumanizado ser negro na cidade. Uma ex- um imenso “preconceito de ter ção gerou mobilização e mais periência que, uma vez revelada, preconceito”, fazendo da negação união em torno da causa. mobilizou a atuação de quase uma solução para a questão, uma três décadas. Foi, então, dessa solução que apenas reforça o hisperspectiva que eles projetaram tórico do esforço em manter os suas ações. Trata-se de uma atu- negros e as negras naquilo que se ação que foi recentemente revista acredita ser o “devido lugar”: em e contada em um documentário silêncio, fora da posição de protalançado, aliás, poucos dias antes gonistas das próprias histórias e dessa pichação. Um trabalho rea- da história de nosso país, de nosPor Daniela Roberta Antônio lizado pela equipe de jornalismo sa cidade. Um esforço que, pela Rosa (Socióloga, educadora, de uma universidade local que pichação e pela comparação com doutoranda em Ciências Soconta a história da instituição e macacos, revela seres humanos ciais na UNICAMP, coordenaa maneira como seu trabalho foi que se lançaram à luta por uma dora pedagógica do NCNA). sendo construído. sociedade realmente inclusiva. maio de 2016
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EDUCAÇÃO
Por Isabella Alves
C
onscientizar as crianças, jovens e adultos sobre a preservação ambiental não é uma tarefa fácil. Para entender a importância de cada ser vivo na natureza, é preciso estudar desde o começo da origem de nosso planeta. Ao ver essa evolução em um museu, tudo se torna mais fácil e didático. Foi por isso que a Bióloga e Mestre em Ecologia e Tecnologia Ambiental, Julieta Aparecida Moreira, e o aluno de graduação do Curso de Ciên20
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cias Biológicas, João Francisco Vitório Rodrigues, criaram o projeto de extensão “EducAmbiental Animal”. O projeto já tem quase dois anos de funcionamento e é voltado ao público escolar, buscando a formação de uma conscientização ambiental e o respeito pelos animais e pelo ambiente. Em 2015, as visitas eram direcionadas ao Laboratório Didático de Zoologia da UNIFAL, além da participação em vários eventos regionais e
empresariais. Com a boa resposta do público, um espaço foi disponibilizado no Museu de História Natural (MHN) para a montagem da exposição semipermanente e o número de visitas só aumentou. Atualmente, o museu fica aberto ao público geral ao último sábado e domingo de cada mês, mas recebe visitas agendadas semanalmente de escolas de Alfenas e região, com alunos dos níveis fundamental e médio. Para essas visitas, João Francisco con-
André Gonçalves, aluno da E. E. Diretor Nelson Rodrigues.
ta com a ajuda de monitores, que também são alunos da UNIFAL e recebem horas formativas pela atividade. Porém, a relação entre alunos e universitários é a verdadeira recompensa para quem está presente no museu. Os universitários podem exercitar a oratória e aumentar seus conhecimentos ao explicarem, por partes, as etapas de visitação do museu. Os alunos das escolas visitantes conhecem um pouco do ambiente universitário, da abrangência de atuação dos cursos e se interessam ainda mais pelo universo da biologia. João conta que um dos visitantes do museu é, hoje em dia, aluno do Curso de Biologia e prestou vestibular com esse foco, justamente pelo encantamento após visitar o Laboratório Didático de Zoologia. Percebe-se, então, que o projeto cumpre muito bem o papel da
João Rodrigues, responsável pelo projeto e alguns monitores
extensão. Rodrigues explica que a universidade é dividida em três pilares: o ensino, que compreende as aulas propriamente ditas; a pesquisa, que irá gerar novos conhecimentos para a universidade e para a sociedade; e a extensão, cuja intenção é criar uma relação entre a universidade e a população, para que se tenha acesso ao conhecimento gerado e o retorno por conta dos impostos pagos todos os anos. São criados, então, diversos projetos, os quais estão a serviço do bem-estar da população local. No dia da produção desta matéria, nossa equipe da QShow acompanhou a visita da Escola Estadual Diretor Nelson Rodrigues, de Serrania. A turma do 2° ano do Ensino Médio, com 48 alunos, realizou a visita acompanhada pelos professores Luís Fernando Borges, da disciplina
de Geografia e também aluno da UNIFAL, Paulo Henrique Roque, também professor de Geografia, e Rosana Mara Gonçalves, da disciplina de Biologia. A professora Rosana ressalta a importância da visitação, pois, dentro de sala de aula, os alunos ficam apenas imaginando muitas das coisas que aprendem e, com o contato direto por meio do museu, o aprendizado é muito mais efetivo e agradável. Além disso, sair do ambiente da escola e conhecer novas oportunidades são um grande incentivo para os alunos, que, muitas vezes, não têm perspectiva de continuar seus estudos. O aluno André Gonçalves é prova de que o projeto dá certo! André ficou extremamente entusiasmado com o que aprendeu, pois pôde conhecer muito mais sobre a origem dos planetas e animais, os quais não são vistos em seu dia a dia. maio de 2016
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EDUCAÇÃO
O que podemos encontrar nesta exposição no museu? A exposição é dividida em cinco partes e retrata a evolução de nosso planeta, explicada pela biologia. Na primeira parte, é possível ver uma reprodução do sistema solar e diversas rochas e minerais representando a “origem”. Depois, o aprendizado é sobre os estudos de Darwin e a “Teoria da Evolução”, além de uma réplica de seu famoso navio, o Beagle. Ao centro do museu, encontra-se um diorama que retrata os dois biomas do sul de Minas Gerais, o Cerrado e a Mata Atlântica, com animais taxidermizados. A quarta parte retrata os invertebrados e a quinta expõe um insetário bastante completo. Agora, os responsáveis aguardam pela sexta parte do museu: um espaço reservado para uma píton enorme e taxidermizada, considerada a maior serpente do mundo. Ernst Haeckel foi um biólogo, naturalista, filósofo, médico, professor e artista alemão. Autor de algumas ilustrações que compõem essa matéria.
Culinária
BRASILEIRA & JAPONESA 3536982124
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Almoço: quarta à domingo 11h às 15h Jantar: terça à sábado 19h às 23h maio de 2016
Ficou curioso para conhecer? O museu encontra-se na Praça Emílio da Silveira, 14, no Centro de Alfenas (MG). Para o ano, as visitas ocorrerão nos dias 21 e 22/05, 25 e 26/06, 27 e 28/08, 24 e 25/09, 29 e 30/10, 26 e 27/11 e 10 e 11/12. Aos sábados, serão das 18h às 21h e, aos domingos, das 9h às 12h. Pode-se, também, agendar grupos pelo telefone (3299-1118) ou pelo e-mail: julieta@unifal-mg.edu.br.
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Av São José 229 - Campinho
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CULTURA
Publique seu livro Conheça as possibilidades para escritores que sonham em publicar sua obra e o surgimento de uma nova categoria de editoras. Por Leonardo Miranda
L
ivros: quantos já foram escritos e nunca foram publicados? Seria impossível saber... Tudo que sabemos é que muitos já foram publicados e que a grande maioria dos escritores acredita em seu trabalho e sonha em publicar uma obra. Um sonho que parece distante da realidade comum, contudo apenas parece. Graças às novas tecnologias que impulsionam o crescimento do mercado editorial, está cada vez mais fácil e acessível publicar um livro, seja impresso ou virtual. Confira as possibilidades:
Publicações virtuais: Com a popularização da internet, a publicação de livros virtuais tornou-se uma realidade cada vez mais explorada por escritores de todo o mundo. Existem diversos sites voltados para as publicações dos chamados e-livros. Geralmente é bem simples: basta “copiar” suas poesias ou histórias e “colar” nos espaços oferecidos pelos sites que, automaticamente, disponibilizam os textos nas páginas virtuais que ficam disponíveis na internet gratuitamente. Como essas publicações não passam pelos clivos de uma editora encontram dificuldades para conquistarem a confiança de leitores. Entretanto são excelentes para motivar e ajudar escritores a desenvolverem sua arte. 24
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Publicações impressas: Caseira Os e-livros podem ser colocados à venda na própria internet e impressos atendendo a demanda. Entretanto, esse acessível sistema de publicação impressa também tem a desvantagem da obra passar uma impressão de amadorismo. Autopublicação São publicações financiadas pelo próprio autor. Um mercado em crescimento e muito disputado por novas editoras de todo o mundo. Cada vez mais autores consagrados passam a optar pelo caminho da autopublicação. Contudo, é preciso atendo e conhecer bem a editora para garantir o a excelência da publicação, com boa qualidade de impressão, acabamento e todos os trabalhos de divulgação, distribuição e comercialização da obra. Financiamento coletivo Consiste em arrecadar fundos online para viabilizar a publicação da obra inédita por meio de uma editora especializada no processo. Esse método possibilita aos escritores total controle sobre seus livros, podendo decidir sobre seu conteúdo, layout e formas de divulgação. Tudo isso graças ao apoio dos fãs que puderam contribuir para que o livro fosse lançado.
Tradicional Um processo no qual a editora arca com todos os custos de publicação e distribuição às livrarias, pagando ao autor percentuais que variam entre 5% e 10% do preço de cada exemplar. Na publicação tradicional o autor tem mais chances de ver seu trabalho reconhecido, contudo quem escolher este método encontrará um pouco mais de dificuldade devido a grande demanda de obras que as editoras recebem diariamente. Editoras que trabalham com esse tipo de publicação recebem muitas obras, tantas que adotam um rigoroso método de seleção. Entretanto, as novas tecnologias e a democratização do mercado editorial possibilitam um novo tipo de editora, que oferece mais oportunidades para escritores que sonham em publicar seu livro no processo mais próximo do tradicional, contando com todos os créditos de ter o apoio de uma editora independente.
Editora Penalux Os editores Tonho França e Wilson Gorj trouxeram a experiência de dois anos trabalhando juntos como freelances em uma editora que também tinha uma proposta de pequenas tiragens e impressão por demanda. Segundo os editores, a Penalux já publicou mais de 300 obras de autores de todo o Brasil. “Se somássemos nossas edições decorrentes do nosso tempo como freelances, chegariam seguramente a 400 títulos”, comenta Gorj. Muitos dos materiais enviados para a Penalux carecem de aprimoramento literário, enquanto outros tantos surpreendem pela qualidade. “Infelizmente, dadas as nossas
Uma nova e acessível geração de editoras. Graças a todas essas possibilidades de publicação, o mercado editorial não para de crescer. Abrindo espaço para novas editoras de todos os segmentos. Dentre eles destaca-se o surgimento das editoras especializadas em pequenas tiragens, ou seja, editoras que trabalham com um sistema de impressão que oferecem vantagens da publicação tradicional atendendo a demanda. Esse processo é inovador e facilita bastante a publicação de novos autores, sendo também interessante para escritores que já possuem uma trajetória literária mais consolidada. A maioria dessas editoras, quase sempre pequenas, trabalha com as autopublicações, cobrando de seus autores por cada etapa do processo – desde a obtenção do ISBN até a impressão dos livros. Porém existe uma mi-
noria de pequenas editoras que investem na publicação tradicional, na qual todo o processo do livro é inicialmente custeado pela editora. Um exemplo é a Editora Penalux, que nasceu em meados de 2012 com o propósito de selecionar pela qualidade da obra e, sobretudo, pelo potencial do autor. “Confiamos no público do autor para recuperar o investimento aplicado em sua obra. Diferente das editoras prestadoras de serviço, que não têm outro crivo senão o financeiro (só publica quem pode pagar), nosso crivo é outro.”, explica Wilson Gorj, escritor, editor e sócio fundador da Penalux. Seu sócio, o também escritor e editor Tonho França comenta que está otimista com o pregresso da editora. “Em média, temos recebido cerca de 60 originais por mês. Ao longo de 2015, recebemos mais de 500 propostas de publicação.”, argumenta França.
limitações como pequena editora, não há como aprovar e publicar todos. Sempre acabam ficando de fora muitos autores com potencial.”, lamenta o editor. Os editores contam que outro facilitador deste sucesso são as amizades que cultivaram com outros autores independentes durante o tempo de militância como independentes. “Ambos já publicamos de forma independente antes de encontrarmos uma editora; tivemos livros publicados e participamos de antologias e revistas literárias, quando nem sonhávamos em atuar como editores.”, expõe França. A principal vantagem de quem opta por tentar publicar por meio de uma editora como a Penalux é
a publicação em pequenas tiragens, sempre atendendo a demanda do público-leitor, que custei o livro. “Esse custeio se dá pelas compras dos exemplares no dia do lançamento (que tem um papel muito importante no nosso modelo) e nos dias subsequentes ao evento. O título também fica disponível na livraria on-line, conferindo ao autor 10% sobre as vendas. Aliás, esse percentual também é o mesmo para as vendas do lançamento.”, pontua Gorj. A editora concentra a divulgação dos livros que publica na Internet, principalmente nas redes sociais. “Além disso, anunciamos em jornais culturais e literários e enviamos livros para blogues, sites e revistas.”, completa. maio de 2016
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CULTURA
Segundo os editores, em se tratando de pequenas tiragens, a distribuição por parte da editora é inviável. “Isso não é compatível com o modelo de pequenas tiragens. A distribuição só passa a ter viabilidade com uma edição inicial acima de 500 exemplares.”, argumenta França. Um dos principais diferenciais da Penalux é trabalhar com pequenos estoques, com um mínimo de exemplares para atender a eventuais vendas na livraria on-line. “O sucesso do livro cresce conforme a demanda. Enquanto houver interesse pela obra, a editora vai reimprimindo o título em pequenas tiragens. Há autores que ultrapassam cinco tiragens, porque construíram um público que continua interessado pelo livro mesmo após o lançamento.”, explica Gorj. O ramo da editora Penalux, mesmo relativamente novas no mercado, apresenta muito potencial. “Há boas editoras fazendo bonito no mercado. A Patuá, a Confraria dos Ventos e a Reformatório são algumas que pode-
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mos citar.” Gorj ainda destaca que é cada vez mais comum ver autores das pequenas editoras constarem na lista de premiados de grandes concursos literários, juntamente com autores já consagrados, publicados por grandes casas editoriais. “No caso da Penalux, além desse páreo, estamos arriscando numa vertente totalmente nova para o nosso porte editorial: a das traduções. Já contamos com três títulos traduzidos. O mais recente tem obtido um sucesso digno de nota. Talvez porque o livro nunca tenha sido publicado no Brasil. O fato é que a procura pela obra cresce a cada dia. Trata-se de O Grande Deus Pã, uma novela de terror do autor gaulês Arthur Machen, em primorosa tradução do escritor Chico Lopes.”, expõe o editor. Outro fato que ajudam nas projeções positivas da editora é a procura de autores de outras editoras, médias e mesmo grandes, interessados em publicar com a Penalux. “Boa parte do mérito desse crescimento está na forma apaixonada com a qual lidamos
com nossas edições. Por sermos também autores, tratamos cada livro como se fosse nosso. Daí o cuidado, a preocupação para chegarmos ao melhor resultado possível para cada projeto que a editora acolhe.”, argumenta Gorj. França completa ressaltando as boas expectativas para o ano. “Esperamos fechar 2016 com, pelo menos, 100 títulos publicados de janeiro a dezembro. Também esperamos investir em novas traduções e trazer para o catálogo mais autores que vêm se destacando no cenário da literatura contemporânea. Pretendemos também desenvolver um sistema de distribuição direcionada, isto é, oferecer nossos livros em algumas pequenas, mas competentes livrarias espalhadas por alguns estados, quiçá em todos.”, finaliza o editor. O escritor Francisco Carlos Lopes, mais conhecido como Chico Lopes, que já publicou obras com editoras maiores como a 34 de São Paulo e também por meio de instituições culturais de peso como o Instituto Moreira Salles,
conheceu a Penalux pela internet, depois ler alguns textos curtos de Wilson Gorj. “Minha carreira vinha se estagnando. Procurei saber as condições e resolvi mergulhar. Tinha muitas coisas inéditas guardadas e projetos a publicar, mas vinha encontrando muitas dificuldades junto às editoras comerciais de Rio- SP.”, comenta o escritor que já publicou três livros pela Penalux: Na Sala Escura, Um Pio de Coruja e Corpos Furtivos. Além disso, o autor realizou a tradução de dois livros para a editora, Os Papéis de Aspern, de Henry James, e O Grande Deus Pã, de Arthur Machen. “Creio que a principal vantagem é um contato mais direto com editores. Junto a isso, vem naturalmente uma possibilidade de maior controle da obra publicada, por parte do autor (ele pode dar seus palpites sobre capa, páginas internas, sugerir nomes para comentários, prefácios, citações etc). Também poderá ter um controle mais nítido das tiragens. No caso de grandes editoras, parece quase impossível, para quem está longe
dos círculos de influência do eixo Rio-SP, se aproximar de um deles de maneira mais pessoal - não sei quantas vezes tentei isso, tendo recebido os silêncios ou negativas formais que os escritores todos (mesmo os muitos famosos) conhecem muito bem. Se você não tem o famoso Quem Indica pode ter certeza de que nada adiantará ter talento. Mas ultimamente as editoras (muitas delas) se tornaram tão comerciais que nem mesmo o QI parece estar pesando, pois elas só têm considerações comerciais imediatas, conforme as leis de mercado, implacáveis. Indicações podem não funcionar. Qualquer não-escritor que tenha um nome famoso na televisão, por exemplo, conseguirá publicar um livro com uma facilidade que outro, talentoso, verdadeiramente escritor, não terá. A Literatura também sucumbiu à sociedade do espetáculo. As pequenas como a Penalux oferecem um respiradouro - ainda se interessam por arte literária e autores menos convencionais.”, comentou Lopes; Chico Lopes conta que em
julho do ano que vem, lançará, ainda pela Penalux, um segundo livro de poesia intitulado Florir no Escuro. E ainda há estudos da editora para a tradução de escritores clássicos que deverei realizar, dentro da agenda de lançamentos possíveis da editora até o fim do ano. Lucas Alvin, escritor natural de Areado, também procurou a Penalux. Ele também já havia publicado dois livros de poesias com outra editora. “Agora vou publicar meu terceiro livro intitulado Contorcionismo pela Penalux.”, conta Alvin. O lançamento do livro de Alvim será dia 11 na biblioteca da Unifenas, às 19h, durante a X mostra artística e cultural da Unifenas. Em Areado o lançamento será dia 22 no Museu Monsenhor Faria e em Poços de Caldas durante a XI Feira de Livro na Estante Independente no dia 30 de abril a oito de maio.
Publique com a Penalux: Os interessados em fazer parte desse catálogo e, portanto, submeter seus originais à avaliação da editora, devem enviar o material para originais@editorapenalux. com.br. Em caso de dúvidas, o autor pode entrar em contato pelo e-mail penalux@editorapenalux. com.br ou acessar o site da editora: www.editorapenalux.com.br; ou, ainda, se preferir falar diretamente com os editores, deve ligar para os telefones: (12) 7820-6288 | 7820-8250
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ARTIGO | SAÚDE
VOCÊ CORRE? Você busca orientação para correr? Você procura por profissionais qualificados para tal prática?
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uitas pessoas, hoje em dia, correm ou têm a ideia de começar a correr, mas não sabem por onde começar. Quero compartilhar com você algumas informações pertinentes a essa prática, isto é, o que seria importante você fazer para assumir verdadeiras capacidades. A corrida é algo pertinente à nossa existência, desde os primórdios da humanidade. O ser humano, para sobreviver em muitas situações na Antiguidade, teve que correr para fugir de ser caçado ou para caçar, e, com certeza, a condição física era fundamental para atingir o objetivo proposto. Já na Grécia Antiga, para as batalhas, era necessário um nível de condicionamento físico e, para, então, melhorar essa condição física, os soldados eram submetidos a corridas. Muitas tribos, ao longo da nossa história, têm a corrida como meio de locomoção: uma prova disso compreende os aborígenes, as tribos no Quênia e no México, que, até hoje, usam a corrida como fenômeno natural. Com a retomada dos Jogos Olímpicos da Era Moderna no ano de 1896, a corrida começou a ser estudada e as metodologias de treinamento foram aperfeiçoadas. Mas, a explosão de tantos sistemas de treinamento veio próxima 28
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à Segunda Guerra Mundial. Os métodos de treinos não variaram tanto dos anos 70 para cá, mas, os estudos relacionados a componentes da aptidão fisiológica do treinamento vêm sofrendo grandes ajustes. Um exemplo: nos anos 70, treinava-se muito; hoje, vemos que existe a questão relacionada à economia de treino, ou seja, treina-se de acordo com os limiares de esforço e dentro de parâmetros fisiológicos, respeitando as adaptações ao treino, coisa que, nos anos 70, não existia. Naquela época, quanto mais se treinava, mais se acreditava melhorar. Essa visão está ficando cada vez mais ultrapassada, pois, hoje, treina-se o ideal, de uma forma inteligente e percebida. Com a evolução da humanidade, vemos, hoje, a corrida fazer parte do estilo de vida das pessoas, não somente como recreação ou como alívio de estresse, mas, também, como melhoria no padrão da condição física cardiovascular e, para muitos, como terapia. Só que tal prática deve ser orientada por um profissional qualificado e respaldado, devido aos problemas que podem ser ocasionados ou para evitar futuras lesões. Trago, aqui, algumas dúvidas frequentes, para melhor orientar e esclarecer, por exemplo:
Quero começar a correr, do que preciso? Se você é sedentário, procure fazer alguns exames de saúde, procure por um médico, de preferência, um clínico geral. Dê posse de seus exames, peça por uma avaliação física com o profissional de Educação Física. Diante dos dados achados, um programa de exercício físico deve ser feito para elevar e respeitar os parâmetros individuais de condição física. Caso não seja sedentário, procure por um profissional de Educação Física, pois ele também fará os testes físicos para traçar um programa de corrida e trabalho de sua aptidão física, a fim de elevar sua coordenação, equilíbrio e percepção corporal na corrida, mecânica de corrida, entre outros parâmetros físicos e fisiológicos. A evolução dos treinos depende dessas orientações.
Qualquer um pode correr? A corrida é algo pertinente a qualquer pessoa, desde que existam parâmetros específicos, por exemplo: grande parte de nossa população apresenta problemas posturais, e, quando o indivíduo corre, a tendência é agravar tais padrões e gerar padrões viciosos na postura e uma sobrecarga irregular nas articulações, podendo gerar lesões com o tempo. Quanto às lesões, discutiremos em outros artigos à frente, mas, elas são quase que totalmente passíveis de prevenção quando se faz um trabalho específico e de base para evolução.
Que tipo de tênis é importante para começar a correr? Tênis é algo pertinente para muita gente, mas, até então, as indústrias de tênis fizeram um grande marketing em cima do slogan “tênis previne lesões!”. Venderam um produto muito bem vendido e, por meio do trabalho de publicidade, as pessoas pensam em corrida e, logo, pensam em tênis para comprar. Segundo estudos biomecânicos, não precisamos de tênis, precisamos de mecânica de corrida, coordenação, equilíbrio e ritmo. Outra questão pertinente ao assunto é que, em 2009, um estudo feito na Universidade de Newcastle verificou, por meio de tentativas e questionários, que o tênis não era tão eficaz na absorção do impacto e que ele também não era indicativo de lesão.
Existe técnica de corrida? Quando você observa as pessoas correndo, percebe que elas correm de jeitos diferentes. Alguns
parecem que estão carregando um caminhão, outros parecem que estão correndo de modo macio. Existem técnicas de corridas específicas, desenvolvidas dentro de padrões biomecânicos que devem ser analisados na avaliação física. Tal mecânica é fundamental para uma percepção corporal e para preparar a pessoa para os diferentes tipos de terreno.
Preciso treinar coordenação de corrida? Com o desenvolvimento motor cada vez mais retardado, muitas pessoas estão tão sedentárias que não desenvolvem padrões motores específicos para a corrida. O profissional tem que entender sobre essa parte para uma evolução da condição física associada à coordenação, pois isso evita lesões, evita desequilíbrios posturais, menor gasto calórico... Ou seja, a eficiência de corrida melhora uma série de problemas mecânicos que podem vir associados à corrida desorganizada.
Preciso desenvolver treinos de força (musculação para correr)? O treino de força entra na corrida para o desenvolvimento de resistência e equilíbrio muscular dos ligamentos e tendões, ajudando em treinos fortes ou em ambientes difíceis para corrida (ambientes instáveis). Outra situação importante de se colocar é que o recrutamento de fibras musculares de contração mais rápida deve ser prioridade para que os praticantes possam realizar mais em subidas, na hora de aumentar a velocidade e na recuperação perante os esforços mais intensos.
Posso correr até que idade? Antigamente, existia uma série de contraindicações para correr. Ao final dos anos 60 e com o aumento dos laboratórios de fisiologia do exercício, começamos a entender que o exercício físico tem suas virtudes, desde que respeitados os parâmetros físicos individuais. O grande problema é que a maioria não faz um trabalho profilático para correr pela vida toda, pois essas pessoas correm sem orientação e sem cuidados específicos. Há muitas pessoas que começam a correr por conta, sem as informações específicas, e, depois, não conseguem se manter correndo por muito tempo. A corrida pode ser iniciada em qualquer idade, desde que existam esses elementos: preparo, elevação de um certo nível de condição física e respaldo por um profissional especializado. Continuamos na próxima edição! Um forte abraço, vamos movimentar com consciência e inteligência!
Por Noler Heyden Flausino Profissional de Educação Física, personal trainer, membro de ISAK (International Society for the Advancement of Kinanthropometry), terapeuta holístico e consultor em exercícios físicos, estilo de vida e wellness. CREF/6 MG 5930 maio de 2016
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EVENTOS
VIII Sábado na Praça (UNIFENAS) Discentes do curso de Educação Física envolvem a sociedade em um evento que leva o conhecimento da universidade aonde o povo está. Por Leonardo Miranda
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o decorrer dos anos, o evento conquistou popularidade, mas tanta popularidade, que chegou à sua oitava edição quebrando recordes de público. Segundo o professor que coordenava os alunos de Educação Física, que são os grandes responsáveis pela organização do “Sábado na Praça” da UNIFENAS, o evento deste ano superou todas as expectativas, tanto de organização quanto de público, animando a Praça Getúlio Vargas ao atrair pessoas, das mais diferentes idades, interessadas. “No mínimo, 1.200 pessoas passaram pelo evento, de acordo com informações da Polícia Militar, e 100% das pessoas entrevistadas disseram voltar para o evento em 2017”, argumenta Yvan Fernandes Vilas Boas. O sucesso se explica na diversidade de opções para o público. Rolou de tudo para todo mundo, e rolou de tudo o que faz bem para a saúde. “Dicas diversas, avaliação física, avaliação postural, da pressão arterial, avaliação da capacidade pulmonar, recreação, pintura de rosto, apresentações de dança e shows musicais. Nossa intenção é atender às crianças, aos adultos e aos idosos!”, explica
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o coordenador do curso de Educação Física. Os pais que levaram os filhos para as atividades infantis também entraram na onda das crianças, e as crianças também entraram na onda dos pais e já aprendem a cuidar da saúde desde cedo.
A participação de outros cursos da universidade também contribuiu diretamente para o sucesso do evento. O curso de Medicina e o curso de Nutrição estavam entre os que marcaram presença neste evento, que cresce a cada ano. Os alunos da Nutrição contribuíram com dicas de alimenta-
ção saudável e de hidratação, foi o que contou Carol Prado, professora do curso de Nutrição. “Estamos com a ‘Liga de Pneumologia e Alergia’ para trazer a ciência para a comunidade, pois a ciência só tem valor quando é praticada em prol do próximo”, comenta Dr. Evandro Magalhães, professor do curso de Medicina da UNIFENAS. “Sábado na Praça” é um evento no qual todos ganham, tanto o público quanto a universidade, pois, quanto mais a UNIFENAS compartilha seu conhecimento com a sociedade, mais seus alunos aprendem. “É um momento para colocar em prática tudo que os alunos aprendem na universidade: saber o que dá certo, o que dá errado e reconhecer o papel do educador físico na comunidade”, explica Vilas Boas. Os universitários entram mesmo no clima do evento, reconhecem a importância para suas carreiras e demonstram que já estão ficando por dentro da realidade de suas futuras profissões. Os organizadores do evento destacam a importância dos patrocinadores, comércio e empresas de Alfenas que apostam e apoiam a ideia. “Os patrocinadores possibilitam que tudo aconteça: oferecer brinquedos, avaliações, pinturas e balões depende desses recursos”, conta Valéria Vieira, aluna do terceiro ano do curso de Educação Física, que ficou encarregada pelo marketing do evento.
Patrocinadores da edição deste ano:
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ARTIGO | SAÚDE MENTAL
Por que devemos ir a um psicólogo? Por Felipe França
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unca se falou tanto em saúde mental como nos dias de hoje. Vários são os sinais e sintomas que percorrem o mistério da mente: ansiedade, depressão, suicídio, hiperatividade, angústias, conflitos nos relacionamentos, compulsões (drogas e alimentos), transtornos de personalidade e de humor, conflitos sexuais, transtornos alimentares, dificuldades na educação dos filhos, problemas escolares e profissionais. Enfim, poderia enumerar as diversas demandas que cercam o campo do consultório psicológico. Entretanto, muitos ainda não compreendem a importância de se realizar um tratamento psicoterápico. Cuida-se da saúde bucal, do corpo (academias, estética e check-up médico), da educação dos filhos, do futuro, da conta bancária, porém, não se percebe a grande motivação para tratar a mente. Destaco que o funcionamento humano se dá pelas vias biológicas, sociais e psicológicas. Devemos, sim, cuidar da saúde social, biológica e, até mesmo, estética, entretanto, tudo está relacionado como uma grande engrenagem. O bio não “sobrevive” sem o social e o psico, assim como o psico não “sobrevive” sem o bio e social. Identifico, em grandes personalidades, a falta de motivação e con-
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fiança, como em lindas mulheres e belos rapazes, além do “mergulhar-se” na baixa autoestima, em casais que se destacam pelo exemplo e que estão arraigados no excesso de ciúme e insegurança. Devemos ir a um psicólogo para enfrentarmos nossos monstros interiores, confrontarmos o que há de mais escuro e sombrio em nós. Devemos ir ao psicólogo, pois, assim como cuidamos dos dentes, os quais de longe transmitem a alegria e a felicidade, nós devemos cuidar da alma para que possamos viver em paz (conosco e com os que nos rodeiam). Acredito que o maior presente que a vida nos dá é o agora, sendo esse o tempo em que temos a oportunidade de conhecermos mais sobre nós, de mergulharmos sobre nossos conflitos e fazê-los como uma ponte para a felicidade. Penso que a maior prisão não é aquela que nos tira o direito: a pior prisão é aquela que assola nossa mente, que impede de evoluirmos e sermos pessoas melhores.
A cura não significa que a ferida nunca existiu, significa que ela não controla mais a nossa vida.
NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMO
Loteamentos
Conheça três passos que garantem o sucesso do investimento. Por Leonardo Miranda
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s loteamentos, principalmente em tempos de recessão econômica, apresentam-se como um dos investimentos mais seguros, seja para você construir ou para investir capital. Segundo os empresários do setor, os loteamentos oferecem vantagens, tais como o baixo custo de manutenção e a garantia de valorização com o passar do tempo. Contudo, é fundamental tomar alguns cuidados para evitar prejuízos e muita dor de cabeça. Pensando nisso, sintetizamos as dicas de especialistas em três passos básicos para garantir o sucesso do investimento. Pesquisa: Duvide dos preços baixíssimos, isso pode significar que o terreno pode estar em nome de uma associação de moradores e/ou é negociado com uma quota irregular. Verifique o histórico da empresa responsável pelo loteamento, visitando outras de suas obras. Certifique-se da idoneidade da empresa corretora e não deixe de verificar quem financia o parcelamento e qual documentação é exigida. Informe-se sobre as características da região da cidade na qual está localizado o loteamento: pontos de ônibus, escolas, farmácia, hospitais e outros serviços.
Visita: Não deixe de ir até o loteamento no qual pretende adquirir o lote e vá quantas vezes forem necessárias. É fundamental conhecer toda a infraestrutura: ruas, iluminação, segurança, áreas em comum e verificação das demarcações. Certifique-se também sobre os serviços oferecidos no empreendimento, se o loteamento é fechado ou aberto e procure saber quem é ou será o gestor (se possível, o melhor mesmo seria conhecê-lo pessoalmente). Passeie pelo bairro do empreendimento, observe a vizinhança e confira tudo que já pesquisou sobre as características da região.
Segurança: Confira toda a documentação do empreendimento: registro de imóveis e de loteamento, bem como as licenças e a aprovação do projeto. Também não deixe de verificar as informações juntamente aos órgãos ambientais e prestadores de serviços públicos de água e luz. É necessário, ainda, olhar com atenção a documentação do lote. Caso o lote seja irregular, a documentação irá denunciar se ele está instalado próximo às áreas de mananciais ou de proteção ambiental. Uma das principais prioridades é verificar a matrícula individual do lote, o que evita 95% dos problemas, pois garante ao proprietário que o lote não é fruto de uma ocupação irregular. Ainda, é muito importante, para realizar o pagamento, dar a entrada ou sinal com cheque nominal à empresa, exigindo o recibo de sinal e um contrato que descreva, de uma forma detalhada, o empreendimento.
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CAPA
Por Isabella Alves e Leonardo Miranda
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inas Gerais possui um imensurável patrimônio cultural que reúne importantes fatos históricos, acervo arquitetônico e manifestações diversas que remontam a história não só do estado, mas de toda a nação. As centenárias cidades mineiras carregam significativa parte da história do Brasil, remetendo a uma infinidade de costumes vivenciados ao decurso do tempo e que estão em constante evolução. De colonização predominantemente portuguesa, a cultura de Minas recebeu fortes influências dos povos indígenas e africanos, características que garantem a autenticidade do patrimônio cultural. Mas, o que é um patrimônio cultural? Segundo o especialista em cultura mineira, Platinny Paiva, advogado e diretor da Agência Mineira de Entretenimento (AME), um patrimônio cultural é o conjunto de bens, manifestações populares e tradições materiais e/ou imateriais de um povo. “O patrimônio cultural é tudo que possui relevância histórica e cultural, seja algo tangível, como um prédio histórico, ou intangível, como um evento ou uma celebração. Em suma, é um patrimônio cultural de nosso estado tudo aquilo que nos identifica como mineiros”, explica Platinny. Neste sentido, as tradições culinárias, as raízes musicais e literárias, as expressões típicas, a riqueza do folclore e de todas as demais manifestações populares compõem o patrimônio cultural dos cerca de 20 milhões de mineiros distribuídos nos 853 municípios do estado.
Política de patrimônio cultural mais avançada do Brasil Os mineiros têm provado que sabem e querem continuar valorizando sua identidade ao se destacarem no cenário nacional quando o assunto é patrimônio cultural. Exemplo disso é a extensa listagem de bens materiais mineiros que estão na “Lista do Patrimônio Mundial” reconhecida pela UNESCO. Vários outros patrimônios mineiros, localizados nas cidades de Ouro Preto, Congonhas do Campo, Belo Horizonte, Sabará, Cataguases, entre diversos outros municípios, são tombados na esfera nacional por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sendo esses patrimônios representados por conjuntos arquitetônicos de importância e referência histórica, conjuntos paisagísticos, diversas igrejas, capelas, imagens sacras, além das diversas manifestações culturais e costumes típicos. Contudo, o patrimônio cultural mineiro vai muito além das
cidades e pontos turísticos mais famosos do estado, permeando cada um de seus 853 municípios. De acordo com dados fornecidos pela Agência Mineira de Entretenimento (AME), 652 municípios mineiros já enviaram a documentação para requerer o “ICMS Cultural”, verba destinada exclusivamente para desenvolver políticas voltadas para preservação e fomento do patrimônio cultural. “A política de patrimônio cultural de Minas é a mais avançada do Brasil e conta com a participação efetiva de todos os municípios inscritos”, argumenta Platinny. Ele ainda explica que esse sucesso de Minas Gerais se deve ao advento da lei que ficou conhecida como “Lei Robin Hood”. “Está, na Constituição, que 25% do ICMS do estado deve ir para o município. É neste sentido que a Lei Robin Hood se faz fundamental, uma vez que ela determina alguns requisitos para incentivar o avanço de políticas públicas em pequenos municípios. Um desses requisitos é a garantia de verbas exclusivas para a cultura”, explica Platinny.
Imagem retirada do site Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. maio de 2016
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CAPA
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1 Tambores de Minas; 2 Folia de Reis; 3 e 4 Artesanatos de São Thomé das Letras Além de trabalhar diretamente com a promoção cultural, Platinny Paiva, diretor da AME, também representou Minas Gerais como “delegado estadual de cultura” na segunda e na terceira Conferência Nacional de Cultura.
Atualmente, a AME atua juntamente com 20 prefeituras sul-mineiras, prestando consultoria jurídica e prática para a captação de recursos e desenvolvimento de políticas públicas voltadas para preservação e fomento do patrimônio cultural. “Prestamos uma consultoria diferenciada, pautada na atenção total ao cliente. Nosso pessoal vai a campo, mesmo! Contamos com historiador, fotógrafo e arquiteto, que vão até os municípios e garantem tudo que é necessário para assegurar a vinda do recurso. Após tal etapa, podemos estender essa assessoria para os municípios aproveitarem o recurso da melhor forma possível”, esclarece Platinny. Alguns municípios de destaque assessorados pela AME são: Paraguaçu, Guaranésia, Cristina e Pedralva. “Em Pedralva, foi feito o primeiro tombamento de paisagem cultural do estado, que inclui o aspecto natural e a forma como a comunidade se relaciona com essa paisagem, analisando o impacto sociocultural com o pro38
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pósito de preservar e desenvolver essa relação”, expõe o diretor da agência. Ele ainda destaca que, ao desenvolver o aspecto cultural, o município investe na diversificação de sua matriz econômica. Segundo Platinny, o patrimônio cultural poderá reconfigurar cidades inteiras, resgatando e divulgando as tradições para, a partir disso, fomentar o turismo. “Entendo que valorizar o patrimônio cultural é valorizar quem nós somos, é reconhecer a nossa própria identidade, pois o patrimônio cultural é algo vivo e inerente à sociedade”, completa Platinny. Mesmo estando avançado quando comparado com outros estados, Minas Gerais ainda precisa transpor o que Platinny chama de “a grande fronteira da cultura mineira”, o que aconteceria com a aprovação do Plano Estadual de Cultura. “Seja na questão de comunicação, de financiamento ou de gestão, o Plano Estadual de Cultura traça um mapa rumo ao sucesso cultural do estado para os próximos dez anos. Tra-
ta-se de um mecanismo de gestão que permite a interação entre as esferas federal, estadual, municipal e sociedade civil”, finaliza. LEGENDA FOTO: Além de trabalhar diretamente com a promoção cultural, Platinny Paiva, diretor da AME, também representou Minas Gerais como “delegado estadual de cultura” na segunda e na terceira Conferência Nacional de Cultura.
Um pouco do patrimônio cultural mineiro Para preservar, é preciso conhecer. Neste sentido, aprofundamo-nos em alguns dos principais aspectos que compõem o patrimônio cultural mineiro.
Folclore O conjunto de influências expressas nos objetos de artesanato, na culinária, nas danças típicas, nas músicas, na linguagem e literatura oral, na medicina popular e nas festas com manifestações populares tradicionais
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constituem o rico folclore mineiro. Uma característica típica das festas folclóricas de Minas Gerais é a forte relação com a religiosidade, feitas em devoção aos santos e padroeiros. O cenário é o interior e a prosaica vida de suas pequenas cidades. • Congado: O congado é formado por vários grupos, popularmente chamados de ternos. Cada terno possui uma formação, rito e identidade própria. O ritual envolve cantos, levantamento de mastros, com coroação e instrumentos musicais. Trata-se de uma tradição que remete ao período colonial, combinando elementos da cultura africana e da religião católica. • Folia de Reis: Uma alusão às visitas dos três reis magos ao Cristo recém-nascido. No período entre 24 de dezembro e 6 de janeiro, um líder e seu contramestre lideram a música e o canto do grupo, que visita casas da cidade entoando profecias e palavras escritas pelos profetas.
• Cavalhada: Também de origens portuguesas, a cavalhada transformava os centros de muitas cidades do interior mineiro em verdadeiras arenas teatrais. Em cartaz: o clássico confronto entre mouros e cristãos pela conquista da Península Ibérica. Com o passar do tempo, a tradição incorporou novos elementos e se tornou mais alegórica e musical. • Festa do Divino: Um imperador é escolhido para presidir a festa, que pode incluir cortejos com trajes do império e, também, a celebração de missas para o Espírito Santo. A festa, realizada no dia de Pentecostes, ainda pode se estender por semanas.
Artesanato Os objetos artesanais estão presentes em todo o estado e variam de região para região, influenciados por diferentes processos históricos. Entre as matérias-primas utilizadas, destacam-se: pedra-sabão, cerâmica, madeira e fibras vegetais. A produção engloba peças, como objetos decorativos e práticos, esculturas, além de tecelagem e mobiliário doméstico. O artesanato mineiro ainda oferece uma grande variedade de joalheria, instrumentos musicais, de trabalho e de transporte, objetos de lazer e muito mais!
Literatura Carlos Drummond de Andrade e João Guimarães Rosa: dois nomes bastariam para creditar a literatura mineira, porém, ela vai muito além disso! Podemos começar com a poesia simbolista, com ainda o maior do gênero no Brasil: Alphonsus de Guimaraens. Há, também, toda a expressão do re-
alismo de Avelino Fóscolo, sendo que ambos os escritores marcaram o início do século de 1900. Nos anos 20, publicações modernistas, como “A Revista”, “Revista Verde” e “Revista Antropofágica”, apresentaram-se como divisores de água influenciados pela Semana de Arte Moderna de 1922. Autores como Ascânio Lopes, Aníbal Machado e Eduardo Frieiro também marcaram essa década, que, juntamente com a geração de 1930 (que contou com escritores como Guimarães Rosa e Murilo Mendes), foi responsável pela grande renovação da literatura brasileira. Já pelos anos 40, contamos com a genialidade de Autran Dourado e Murilo Rubião. Os anos 50 não deixaram a desejar, havendo Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino, Lúcia Machado de Almeida, Laís Corrêa de Araújo e muitos outros. Em meio às transformações sociais e políticas dos anos 1960, nomes como Affonso Romano de Sant'A nna, Rubem Fonseca, Ziraldo, Frederico de Morais e Silviano Santiago estavam entre os muitos que se destacaram pela conturbada década. Já em meio às dificuldades impostas pela censura da Ditadura Militar, grandes nomes se destacaram, como Adélia Prado, Roberto Drummond, Antônio Barreto, Mário Prata, Vivina de Assis Viana, Luiz Fernando Emediato e Jeferson de Andrade, que estavam entre os outros grandes escritores da época. Ainda como reflexo do golpe dos anos 1960, a literatura mineira assumiu uma conotação engajada contra o regime instaurado e foi neste ambiente de constatação que surgiram gênios, como Bartolomeu Campos de Queiroz, Lacyr Anderson e Carlos Ávila. maio de 2016
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CAPA
Nas últimas décadas, os escritores brasileiros se pluralizaram e não pararam de se revelar. São poetas, contistas e romancistas premiados, como Luís Giffoni, Luiz Ruffato, Donizete Galvão, Ésio Macedo Ribeiro e muitos outros grandes talentos.
Culinária Falar sobre a culinária mineira é misturar um pouco de tudo em um grande tacho de recordações. Para apreciar o que Minas Gerais pode oferecer, não se deve ir apenas aos restaurantes, mas, também, às casas de família, que sempre oferecem alguma receita puramente mineira. A variedade de pratos doces e salgados está intimamente ligada à história da criação do estado e começa com a descoberta do ouro na região. De acordo com a revista “Sabores do Brasil”, do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores (DCMRE), povos de várias províncias do país se dirigiram para Minas Gerais na corrida pelo ouro. Houve, então, um povoamento rápido da região mineira, sem nenhum planejamento, gerando, em pouco tempo, uma situação de calamidade pública. Por conta disso, houve épocas de grande fome pelos anos de 1698, 1700 e 1713. “Das crises de fome do século XVIII, surgiu o aproveitamento dos alimentos disponíveis. E, da busca por um melhor apro-
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veitamento, chegou-se à variada e farta, simples e sofisticada cozinha mineira”, explica o trecho da revista, a partir do artigo “O sabor de Minas Gerais”, escrito por Tião Rocha, antropólogo, educador e folclorista. Os mantimentos consumidos nessa época eram, em sua maioria, fornecidos pelas vilas de São Paulo e Rio de Janeiro. A mandioca e o milho eram os principais alimentos dos mineiros, sendo usados nos mais variados tipos de receitas. Pipoca, pamonha, cuscuz, bolos, biscoitos, farinha, canjica e o angu de fubá estavam presentes nas mesas dos mais pobres aos mais ricos. “Para enfrentar a falta de carne bovina, habituaram-se os mineiros a criar suínos, onde quer que houvesse espaço, até mesmo nos fundos dos quintais (costume mantido até os nossos dias)”. O lombo de porco se fez fixar, então, dentro da culinária mineira e é, atualmente, uma das bases dos pratos típicos. Outro ponto forte dentro da culinária de Minas contempla nossos doces, quitutes e quitandas. Nas festas religiosas do estado, encontram-se constantemente as cocadas, pé de moleque, pamonhas, curau, doces de leite, abóbora, limão e laranja, além dos bolos, roscas e bolachinhas de todos os tipos. Na mesa dos mineiros, um doce de goiabada acompanhado de queijo também já é tradição.
As expressões e o sotaque mineiro O vocabulário do povo mineiro instiga muita gente. Tanto é que sites como BuzzFeed e Catraca Livre já realizaram publicações para explicar algumas das expressões usadas em Minas. Existem até páginas na rede social Facebook homenageando o sotaque incomparável dos mineiros e mineiras, além das muitas poesias já feitas sobre o “jeitinho mineiro de falar”. A pesquisadora Patrícia Cunha Lacerda, com seu pós-doutorado em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), realizou um estudo sobre o “mineirês” e concluiu que muitos traços da fala podem ter origem africana, como pronunciar “oro” ao invés de “ouro”, “cadera” ao invés de “cadeira” e “minino” no lugar de “menino”. Há, também, de acordo com o estudo, influência italiana e alemã. Abaixo, você conferirá um apanhado de expressões e gírias, com os seus significados, que definem muito bem a essência do povo mineiro: Acânho • Ficou encabulado, com vergonha; Acóde eu • Ajude-me; Aprumar o corpo • Endireitar a postura;
Arredar • Mover um objeto de lugar ou mover-se para o lado; Cadiquim, cadim • Um pouquinho, um tantinho; Capaz • “De jeito nenhum” ou “não quero”, “não vou”; Constipar • Gripar, resfriar; Culiado • Maquinação, conspiração, trama; Dar manota • Dar um fora, ato falho, inconveniência, mancada; Eita, ferro! • Ficou perplexo, abismado, inusitado; Faniquito • Ataque de nervos; Ficar injuriado • Ficar desconfiado, com raiva, rancoroso; Gastura • Inquietação nervosa, aflição, mal-estar; Guenta a mão • “Espere um pouco”, “já resolvo”, “já venho”; Espia só • Observe, veja, preste atenção; Isso é paia demais • Sem noção, sem graça, sem valor; Macete • Truque, dica, atalho, técnica; Mió qui tá tênu • É o “melhor que está tendo”, é o que há no momento;
Fonte: Carta Capital
Mundaréu • Muitas coisas (“Estou com um mundaréu de coisas para fazer!”);
Nó! • Nossa Senhora (quando algo deu errado ou é espanto);
Música
A música brasileira sempre foi muito bem representada pelos Nu! • Espanto, susto, dimensão mineiros, com cantores renoma(“Nossa, o que é isso?”); dos e dos mais variados gêneros musicais. Entre os grandes nomes, Ô, dó • “Que pena”, “coitado” ou há Ary Barroso, que eternizou as “duvido”, “desconfio”, “desafio”; belezas de nosso país com o samPra dedéu • Demais, muito (“lon- ba “Aquarela do Brasil”, uma das músicas mais tocadas e gravadas ge pra dedéu”, “caro pra dedéu”); em todo o mundo. Há, também, os Prosa ruim • Conversa chata, que fizeram e continuam fazendo desagradável, desinteressante; história na música, como Clara Nunes, Beto Guedes, Milionário, Rapa do tacho • Filho(a) mais Cláudio e Flávio Venturini, Lô Bornovo(a), caçula; ges, Paulinho Pedra Azul, Sílvio Tá garrado • Congestionamento Brito, Agnaldo Timóteo, Moacyr de trânsito, acúmulo de trabalho; Franco e o incontestável Milton Nascimento. Tem base? • “Pode isso? Não O “Club da Esquina”, movimenacredito!”; to musical que marcou a história Trem • Um “trem”, para os mido estado e contou com a particineiros, pode ser tudo e qualquer pação da maioria dos grandes múcoisa e não tem nada a ver com o sicos mineiros, surgiu no início da transporte sobre trilhos; década de 1960 em Belo Horizonte. Na época, jovens músicos começaUai • “Uai” significa nada e ram a se reunir para compor mútudo ao mesmo tempo: dúvi- sicas que fundiam as inovações da, resposta, espanto, alegria, trazidas pela bossa nova, com elesusto, concordância, surpre- mentos do jazz, do rock, além dos sa, confirmação, admiração; elementos da música folclórica dos negros mineiros e, ainda, alguns recursos de música erudita e múVarado de fome • Com muita sica hispânica. Nos anos 70, esses fome, faminto. artistas tornaram-se referências *(Expressões retiradas do blog de qualidade dentro da MPB pelo “Na cozinha da Margô”) alto nível de performance e disseminaram suas inovações e influência para diversos cantos do país e do mundo. Entre os músicos das novas gerações de mineiros, destacam-se: Alexandre Pires, Ana Carolina, Eduardo Costa, Fernanda Takai, Gusttavo Lima, Lucas Lucco, PauAry Barroso, la Fernandes, Rogério Flausino, possuidor de um Samuel Rosa. Além desses, muitos talento inigualável. Produziu 165 outros levam, atualmente, o estasambas, 68 do de Minas Gerais em suas músimarchas e cas e melodias. 10 valsas. maio de 2016
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ENTRETENIMENTO
Produção de Poços de Caldas é sucesso em quatro emissoras de TV. Por Leonardo Miranda
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om a digitalização da transmissão, as emissoras de TV regionais estão mais acessíveis e com qualidade de som e imagem equivalente às de emissoras maiores. Mayrinck Pinto de Aguiar Júnior, presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT), destaca que várias pessoas interessadas em conteúdos regionais estão descobrindo, na programação das emissoras de TV do interior, algo que seja mais próximo de seus cotidianos. “Em todas as cidades nas quais as emissoras educativas geram conteúdo, há grandes chances de que elas assumam posições de destaque”, afirmou o presidente, durante o último encontro regional da associação, realizado em Alfenas. Para atender essa demanda de telespectadores, as produções realizadas no interior e veiculadas em televisões regionais precisam se aproximar da qualidade das produções que, há muito tempo, são veiculadas nacionalmente. É um grande desafio, porém, não se trata de algo impossível e já existem exemplos que comprovam o potencial das produções realizadas pelo interior. Um desses exemplos é o programa “Noite. com”, que foi ao ar pela primeira vez há cerca de cinco anos pela TV
Poços. Desde então, a produção não parou de evoluir e conquistar telespectadores, sucesso que chamou a atenção e rendeu espaços em outras emissoras. Atualmente, o Noite.com, além de ser transmitido pela TV Poços, também compõe a programação de outras três emissoras regionais: TV Libertas (de Pouso Alegre), TV Mais (de Ribeirão Preto) e TV Sul (de Guaxupé), atingindo mais de 30 municípios. Tudo começou em meados de 2010 com a oportunidade de um novo programa de entretenimento para integrar a grade de programação da TV Poços. “A aceitação inicial foi excelente, pois já começamos com tudo: muito conteúdo diferenciado, com matérias exclusivas e que fazem parte da realidade do telespectador”, conta Rodrigo Alves, que, além de apresentar o programa, é repórter, ajuda nas filmagens e no que for preciso para manter o programa trilhando sua trajetória de sucesso, uma trajetória pautada por uma seleção com os mais importantes eventos sociais e empresariais, entrevistas com pessoas de expressão, cobertura de grandes shows, dicas de gastronomia, turismo, moda e muito mais daquilo que é sucesso em programas do gênero. “Trata-se de um projeto
de colunismo social eletrônico, com matérias de cunho jornalístico-informativo, características que garantem a variedade de conteúdo e que permitem ampliar a área de cobertura do programa”, comenta Rodrigo Alves. O programa conta com um cenário fixo, que o caracteriza e reafirma sua identidade, possibilitando a chamada de matérias externas, que contam com a participação das apresentadoras Nicole Novaes e Thaís Franco, ambas de Poços de Caldas, Nianara Bighetti, da região de Ribeirão Preto, e Larissa Alves, da cidade de São Paulo. “A abrangência cada vez maior possibilitava a cobertura de ainda mais festas e eventos com a participação de
muitas celebridades. Tudo isso valoriza o nosso conteúdo regional, voltado para o interior mineiro e paulista”, argumenta o apresentador. A produção do Noite.com desconhece fronteiras nacionais e internacionais. “Cobrimos eventos realizados em todo o Brasil e mundo: estivemos no Axé Brasil, realizado aqui em Minas Gerais, o São Paulo Fashion Week e o Carnaporto (BA), popular ‘carnaval fora de época’, realizado também em Portugal”, exemplifica o apresentador do programa. Outro destaque do Noite.com compreende as reportagens turísticas exclusivas, as quais incluem no roteiro, além de Portugal, viagens à Nova Iorque, Argentina, entre outros países.
Confira as emissoras e os respectivos horários de exibição do Noite.com:
Todas as quintas, às 20h, e sextas, às 20h.
Todas as sextas, às 20h.
As terças, às 21h, e reprise às 20h30, na quinta.
Rodrigo Alves/ Apresentador Rodrigo Alves atua na área de TV desde agosto de 2000 e já passou por várias emissoras, como: Rede Record (Minas Gerais), Rede Record (São Paulo), TV Bandeirantes (Campinas), TV Gazeta (São Paulo) como produção, direção de fotografia, edição e captação de imagens. Atualmente, ele é sócio na empresa DNA Vídeo Produções, que atua na produção de vídeos comerciais e institucionais para várias televisões e empresas. Depois de anos viajando para cobrir eventos, Rodrigo já entrevistou renomadas personalidades. “Foram tantos famosos que fica difícil lembrar de todos. Entrevistei Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Zezé di Camargo e Luciano, senador José Serra, entre outros do cenário musical sertanejo, axé, político, gastronômico, etc.”, conta Rodrigo, o apresentador.
Terças, às 20h30, reprises na quinta, às 21h, e no domingo, às 12h.
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Sucesso de público e crítica Empreendimento milionário inaugurado em Varginha destaca o potencial do sul de Minas. Por Leonardo Miranda
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Antônio Silva, Prefeito de Varginha 44
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urante todo o dia da inauguração geral do Via Garden Café Shopping em Varginha, 12 de abril, as quatro atrações consideradas “âncoras”, inauguradas em novembro de 2015, que já recebiam uma média de cinco mil visitantes por dia, receberam a visita de outros milhares de consumidores. Foram os curiosos da cidade e região que chegaram mais cedo para esperar a grande inauguração e movimentaram ainda mais as quatro salas do Cinemark, o GF Supermercados, a academia Body Health e Posto Uai. No decorrer da tarde, o fluxo aumentou expressivamente e, por volta das 17 horas, uma grande fila se formou em frente à entrada principal do shopping. Tanta curiosidade possui uma explicação, pois se trata de um marco na história não só de Varginha, mas de todo o sul de Minas Gerais: um empreendimento que representa
o potencial da cidade e região. Inicialmente, são 115 atrações que, além de atender à população regional, geram milhares de empregos diretos e indiretos e, ainda, inúmeras novas possibilidades de negócios para diversos segmentos comerciais. Após concederem entrevista para os meios de comunicação da região, os responsáveis e colaboradores do empreendimento compuseram a mesa para as solenidades de inauguração, realizadas no palco da praça de alimentação. Além dos vários meios de comunicação, o evento que antecedeu a abertura oficial do shopping contou com a presença de autoridades, empresários e convidados. Quando as portas finalmente foram abertas ao público, às 18h, em poucos minutos, todo o shopping ganhou vida e seus grandes corredores ficaram repletos de consumidores. Muitos admiravam vitrines e exploravam lojas,
enquanto outros se dirigiram diretamente para a praça de alimentação para desfrutar das várias opções gastronômicas. Além dos três restaurantes, o espaço oferece diversas opções de fast-food. Neste horário, o vasto estacionamento, com 850 vagas, já estava lotado. Motoristas estacionavam nos arredores e não parava de chegar gente ao shopping. Uma noite especial, com direito à piscina gigante de bolinhas, exposições fotográficas, shows e incríveis promoções, tais como: sorteio de ingressos para o show da dupla sertaneja Jorge & Mateus (em 13 de maio, em Varginha) e o ingresso em dobro para quem assistisse a algum filme na terça-feira. Enfim, a inauguração da mais nova obra entregue pela empresa Tenco Shopping Centers superou todas as expectativas, tanto dos consumidores quanto dos empresários. Segundo Alexandre Botelho, superintendente do Via Garden
Café, 80% dos espaços disponíveis nos 22 mil m² de área construída foram preenchidos para a inauguração, o que prova a confiança dos empresários. “Trata-se de um investimento de 150 milhões de reais, com uma inauguração que superou nossas expectativas de público. Expectativas que já eram excelentes devido à aceitação que possui desde o início das obras”, comentou Botelho. O superintendente ainda expôs que a projeção é que o empreendimento movimente R$250 milhões em vendas anualmente e gere cerca de quatro mil empregos, atendendo a Varginha e às cidades que ficam em até 80 quilômetros próximas do município, com uma área de influência abrangendo 500 mil consumidores. Aloísio Ribeiro, presidente da Associação Comercial e Industrial de Varginha (ACIV), pontuou a importância do shopping para o polo de Varginha. “Um empreen-
dimento que chega para atender uma demanda de milhares de consumidores que circulam atualmente por Varginha”, disse o presidente. O prefeito de Varginha, Antônio Silva, destacou que o shopping surge para somar e não implicará a redução do consumo em outros pontos comerciais da cidade ou da região. “Além da geração de emprego e renda, essa nova opção aparece para atrair ainda mais consumidores para a cidade. Hoje, precisamos pensar na economia do sul de Minas como um todo e o shopping vem para evidenciar todo o potencial da região”, argumentou o presidente da ACIV. A previsão é de que, em breve, o shopping terá 100% dos seus espaços ocupados. Bruno Pereira, proprietário da Freitas Calçados (de Elói Mendes), está entre os empresários da região interessados em ocupar os espaços que restam maio de 2016
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NEGÓCIOS & EMPREENDEDORISMO
Eduardo Rabelo, proprietário da RIHAPPY e sua esposa Viviane Frota
Conrado Zenum, diretor da Kaffa Cafeteria
no shopping. “Estou analisando e tudo é muito positivo! Depois de ver o potencial durante a inauguração, estou ainda mais confiante de que posso investir, já que o retorno é garantido”, comentou Pereira. Fundador da rede Lojas Edmil, Adalto, juntamente à sua esposa e aos filhos, fez questão de marcar presença na inauguração da primeira entre as 67 lojas da rede dentro de um shopping. “Não poderíamos perder a oportunidade de estar entre as empresas que apostaram no empreendimento. Investimos mais de um milhão nesta nova loja, gerando cerca de 30 empregos diretos e indiretos”, destacou Adalto. (lucas@lojasedmil.com.br) Eduardo Rabelo, proprietário da loja de brinquedos Ri Happy, relatou que a nítida aceitação e toda a expectativa criada em torno do empreendimento foram fundamentais para que ele abrisse uma filial no shopping: “O empreendimento chega para atender uma demanda. O mercado de Varginha e região estava carente de um espaço do tipo e não hesitei para fazer o investimento”. Conrado Zenum, diretor da Caffa Cafeteria, que é de uma família com mais de 50 anos de tradição na produção do café, garantiu um excelente espaço no shopping com a finalidade de apostar no primeiro estabelecimento exclusivo desse café que produz e industrializa. “Há cerca de cinco anos, resolvi industrializar a produção de café e, desde 2013, estou investindo no shopping. Realmente, valeu a pena esperar! Diante do sucesso da inauguração, as minhas expectativas são ainda maiores”, comentou Zenum. QShow no shopping: A Revista QShow está disponível para a leitura dos clientes da Caffa Cafeteria, empresa a qual passa a integrar o quadro de nossos parceiros.
Visite o shopping A praça de alimentação, os quiosques e as lojas funcionarão de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h. Aos domingos e feriados, o horário de funcionamento da praça 46
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Eduardo Gribel, diretor-presidente e sócio-fundador do Grupo Tenco
Alexandre Botelho, superintendente do Via Café Garden
de alimentação será das 11h às 22h e o das lojas e quiosques será das 13h às 19h. Para utilizar o estacionamento, são cobrados R$4 por hora, com tolerância de 15 minutos para isenção da taxa. Inicialmente, uma promoção permite o estacionamento nas primeiras quatro horas por R$4. O empreendimento também terá rede wi-fi gratuita em seu interior para os clientes.
Bruno Pereira, proprietário da Freitas Calçados
Aloísio Ribeiro, presidente da ACIV
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Adalnei Pereira Valias , Adauto Valias, Oneida Pereira Valias, Edmilson Pereira Valias
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Autoridades do estado e do municipio com a presidenta da ACIJU Tânia Mara
19ª FELINJU
Celebrar o sucesso aquecendo ainda mais a economia da Capital da Lingerie. Por Leonardo Miranda
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om apenas 10 mil habitantes, Juruaia faz jus ao seu título de “Capital da Lingerie” e dá exemplo de empreendedorismo para todo o Brasil. De acordo com a Associação Comercial e Industrial de Juruaia (ACIJU), cerca de 200 confecções do município vendem juntas aproximadamente 1,6 milhão de peças por mês, o que corresponde a 15% da produção brasileira no segmento. “Atendemos, especialmente, ao atacado e o crescimento médio anual da economia municipal é de 20%, com um faturamento mensal
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Tânia Mara,Presidenta da Aciju
que chega a R$20 milhões”, expõe a empresária Tânia Mara Rezende, presidente da ACIJU. O sucesso do ramo é tanto, que a geração de empregos e renda transcende as fronteiras municipais. “Em média, 140 empresas terceirizadas dão apoio para Juruaia. A fabricação ainda gera cinco mil ofícios, empregando 45% da população do município, além de muitos trabalhadores das cidades vizinhas”, argumenta Tânia Mara. A presidente da ACIJU ainda destaca que outra peculiaridade do município está na força do empresariado feminino. Todo o sucesso de Juruaia sempre dependeu dos esforços das mulheres, empresárias que se uniram e vivenciam no associativismo o desenvolvimento conjunto. “Aqui, somos a maioria no comando, já que 95% das confecções do município são comandadas por nós, mulheres! Não nos vemos como concorrentes e, sim, como parceiras: essa é a receita de sucesso de cada uma das confecções”, destaca Tânia Mara.
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Mais de 12 milhões em três dias As empresárias da Capital da Lingerie têm muito o que celebrar! E, até para celebrar, elas dão exemplo de empreendedorismo, movimentando ainda mais a economia do município. A décima nona edição de uma grande feira de negócios (FELINJU), realizada pelos dias 21, 22 e 23 de abril, superou as expectativas e movimentou mais de 12 milhões de reais em volume de negócios. Durante o evento, foram apresentados os lançamentos da coleção outono/inverno para um público estimado de 30.000 visitantes ao longo dos três dias de exposições. Como manda a tradição, as empresárias de Juruaia não pouparam investimentos e a feira foi um verdadeiro show, à altura do potencial econômico do município. Aberta a expositores de todo o Brasil, a FELINJU ofereceu uma infinidade de lingeries, das mais variadas marcas e estilos. Além de garantir espaço para a moda fitness e pijamas, a feira contou com expositores de outros segmentos relacionados, como de suplemen-
1 Rosana Marques, diretora Ouseuse. 2 Cobertura do Canal GMinas. 3 Cobertura do programa Noite.com.
to alimentar, cosméticos, fornecedores de máquinas, aviamentos, bojos e muito mais. “A FELINJU é um evento de sucesso que cresce a cada ano, tanto em número de estandes e expositores como em média de 20% no volume de negócios realizados. É uma excelente oportunidade de realização de negócios para revendedoras, lojistas e distribuidores que adquirem os produtos com exclusividade e, até mesmo, condições e políticas especiais são desenvolvidas para este período”, explica Tânia Mara Rezende. Entre as principais atrações da feira, estão os desfiles, quando lindas modelos apresentam as peças desenvolvidas pelas empresas do município e que vão vestir mulheres espalhadas por todo o Brasil. Outro destaque do evento compreendeu a apresentação do artista Paulinho Veronezi, que animou as empresárias, expositores e demais convidados. Foi um envolvente show performático que matou saudades de grandes nomes da música nacional e internacional.
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Centro de Evento Expo Juruaia Localizado entre Juruaia e Muzambinho (no quilômetro 02), o Centro de Eventos ExpoJuruaia foi construído para acolher não só a FELINJU, mas diversas outras atividades e eventos voltados para fomentar o empreendedorismo desse município e também da região. “O Centro de Eventos ExpoJuruaia é uma grande obra, que conta com esforços das empresárias do município em parceria com gestores de diferentes esferas governamentais”, comenta Tânia Mara.
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Franquia de lingeries puramente sul mineira Por Isabella Alves
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inauguração do shopping na cidade de Varginha ressaltou um modelo de negócio que está em constante crescimento e que, na maioria das vezes, é um sucesso: as franquias. De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias cresceu 7,7% em 2014, com faturamento de R$127 bilhões e geração de 6,5% a mais de empregos diretos, em 239 novas marcas. Em número de unidades, o crescimento foi de 9,8%, o que representa a abertura de 11.232 pontos de venda em todo o país. Entre essas novas marcas, encontra-se a Íntima Passion, representando uma franquia puramente sul-mineira. A empresa é tradicional no mercado de lingeries, oriunda de uma das cidades mais conhecidas neste segmento, Juruaia. A marca Íntima Passion foi criada há dez anos com a missão de realçar a beleza das mulheres, com lingeries que transmitam elegância, exclusividade e conforto, pela empreendedora Tânia Mara Rezende, natural de Juruaia e apaixonada por moda. Para desenvolver cada coleção, vários estudos foram realizados por uma equipe de criação antenada nas pesquisas de moda e comportamento. Com o intuito de oferecer a lingerie certa para cada momento, cinco linhas foram desenvolvidas, consideradas “essenciais” para uma mulher cheia de personalidade.
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São elas: Íntima Nude: Peças práticas para a rotina do dia a dia. Íntima Lovely: Com uma versão mais romântica. Íntima Classic: Rendas e tecidos nobres, que explo ram a sensualidade. Íntima Bridal: Para “momentos especiais”. Passion Beach: A coleção de moda praia da Íntima Passion.
Franquias de sucesso que surgiram em Minas Gerais
Os franqueados Juliano e Breno Cornelio, junto a Tânia, fundadora da Íntima Passion
Além disso, as coleções outono/inverno e primavera/verão se renovam a cada ano, acompanhando as tendências do mercado. Para o inverno (2016), a empresa lança sua coleção “Allure”, com looks refinados e que assumem cada vez mais o papel de moda da lingerie, em peças que possuem dupla utilidade e podem servir de roupa íntima ou ser protagonistas para o look. Além disso, há a loja (conceito) da Íntima Passion, no Shopping Iguatemi de Ribeirão Preto, que apresenta a missão de proporcionar toda a experiência sensorial e visual ao comprar uma lingerie. Com o êxito da marca, Tânia decidiu expandir seus negócios e procurou o SEBRAE para acompanhá-la. Por meio do programa “Minas Franquia”, ela recebeu a estrutura e apoio necessários para expandir a sua marca, visando à criação de sua própria franquia. O sistema de franquias,
que consiste em um processo em que o franqueador concede os direitos de uso de sua marca e fornece toda a metodologia, é uma importante alternativa de expansão de negócios e contribui para a redução de erros cometidos na implantação do negócio, explica o site do SEBRAE. Seus primeiros franqueados foram os sócios Breno Cornélio e Juliano Cornélio, os quais investiram em uma loja que possui tudo para dar certo! Bem próxima à praça de alimentação do Via Café Garden Shopping de Varginha, a primeira franquia da Íntima Passion chama a atenção, pois, além da vitrine elegante e sensual, existem poucas lojas do segmento na cidade. Breno expõe que escolheu a Íntima Passion pois ela apresenta um “mix” de produtos com excelente qualidade, que correspondem muito bem às expectativas do público que visita o shopping. É a garantia de sucesso e bons negócios.
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ARTIGO
TOQUE-SE
Porque seu prazer importa. Esse pode ser um assunto repetido, também sei que há muitas matérias falando sobre isso hoje em dia. Ok! Porém, mesmo com a liberdade e empoderamento (que nós, mulheres, conquistamos em termos de carreira, amor e sexualidade), esse assunto, isto é, masturbação feminina, ainda é um tabu. Sabemos que os garotos, desde muito jovens, são instigados, por seus avós, tios e pais, para que se toquem, afinal, “trata-se de uma coisa de homem”. O contrário acontece com as meninas, que, quando pequenas e quando se tocam (por curiosidade ou inconscientemente), são advertidas: “Isso não é lugar de colocar a mão!”, “Tire sua mão daí”. Como assim? É o tabu, o mesmo que fez com que nossas avós ou mães tivessem uma vida sexual, digamos, “mais ou menos”, fazendo com que não conheçamos nossos corpos e saibamos do que gostamos mais. Não digo que, hoje em dia, isso tenha mudado, mas posso dizer que estamos no caminho para quebrarmos tabus e permitirmos mais a nós mesmas. Graças à liberdade que adquirimos, agora, somos mulheres que estudam mais, somos bastante informadas, ganhamos o nosso próprio dinheiro, somos esposas, donas de casa, mães, e temos uma carga excessiva de tarefas em
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nossos cotidianos. Contudo, nem sempre nosso lado emocional ajuda, pois estamos sobrecarregadas de funções. É, somos mulheres! A tendência é deixar que as emoções tomem conta, já que somatizamos tudo. Não conseguimos, por vezes, separar um problema de trabalho de nossas vidas amorosas, com uma coisa sempre interferindo na outra. Maridos e namorados, em algumas situações, não entendem essas tensões. Como poderiam? Às vezes, nem nós mesmas nos entendemos.] A masturbação feminina, como para os homens, serve também como uma válvula de escape, liberando nosso estresse. Assim como uma massagem, a autoestimulação é uma ótima maneira de relaxar emocional e fisicamente. Casadas, solteiras, viúvas, velhas ou jovens, muitas mulheres não conseguem desfrutar de toda sua potência sexual pela falta de conhecimento, medo ou vergonha. Não desista do seu direito de dar e receber prazer, sozinha ou acompanhada. Você já ouviu falar que a gente só aprende fazendo? Pois, então, toque-se! Antes de qualquer outra coisa, conheça o seu instrumento de prazer, toque-se, descubra-se, não tenha vergonha! Encontre um lugar tranquilo, no qual você
não possa ser perturbada, use um espelho se quiser, veja cada parte sua, use a imaginação, percorra seu corpo, toque onde quiser. Descobrindo sua anatomia, você saberá a quais estímulos o seu corpo reagirá mais. A masturbação faz você mais feliz: o orgasmo libera dopamina, endorfina e oxitocina, que podem melhorar o humor. Você se torna mais confortável com seu corpo. Ele é seu melhor amigo, por isso, é muito importante que as mulheres conheçam seus corpos e saibam como ter prazer. Sua vida sexual melhorará e você se tornará mais confiante na cama. Ao descobrir sobre aquilo que você mais gosta e onde gosta de ser tocada, ficará mais fácil que seu parceiro dê prazer a você. A masturbação melhora seu sono, aliviando emocional e fisicamente a tensão e esgotando o corpo. Por isso, as pessoas dormem depois do orgasmo ou quando se masturbam. Se você está em um período de seca sexual, por opção ou não, a masturbação é uma ótima maneira de satisfazer sua libido. Você pode estar pensando que isso não tem nada a ver com você, que não se prestará a isso, mas, pense comigo: tudo aquilo que é para melhorar sua vida (pessoal e sexualmente falando) importa muito!
Se você já tentou e, de alguma forma, nada aconteceu, não se preocupe! Você pode não estar tão relaxada ou aquele não era o seu melhor momento. Às vezes, em virtude de uma educação reprimida, é possível que você trave, isso acontece... Se isso persistir, procure por uma opinião profissional, um ginecologista ou terapeuta sexual, os quais poderão sanar suas dúvidas e ajudá-la. Espero ter ajudado, também! Lembre-se: seu prazer importa!
Por Elizângela Moura, proprietária da Secreta Sex. Conheça a Secreta Sex: Consultoria em Produtos Eróticos e Sensuais. Siga-nos em nossas redes sociais: facebook.com/secretasex Instagram: @secretasex Fontes: www.lelahmonteiro.com.br www.superela.com.br www.fatimamoura.com.br www.seuprazerimporta.com.br
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AGRONEGÓCIO
Excelentes oportunidades de negócio para produtores rurais de Machado e região. Por Leonardo Miranda
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Coopama (Cooperativa Agrária de Machado) oferece tudo que o produtor rural precisa e com facilidades únicas. Mas, quando se diz tudo, é tudo mesmo: defensivos, fertilizantes, medicamentos veterinários, rações, sais minerais, consultoria no agronegócio, peças para máquinas, implementos agrícolas, combustíveis, eletrodomésticos, vestuário em geral, telefonia, plano de saúde, assistência técnica agronômica e nutricional, além de convênio para assistência veterinária. Durante o ano, dois eventos se destacam no calendário de atividades da Coopama: primei-
ramente, acontece o “Dia de Negócios”, que chegou à sua sexta edição neste ano e foi realizado ao longo dos dias 12, 13 e 14 de abril. Trata-se de um evento voltado para ampliar as opções, melhorando ainda mais as oportunidades de negócios para os produtores rurais cooperados. “O Dia de Negócios já é tradição na cidade e na região, atraindo cada vez mais empresas do ramo e produtores rurais”, comenta o Dr. João Emygdio Gonçalves, o Diretor-Presidente da Coopama. O Dia de Negócios também tem o objetivo de divulgar a FENEC, a grande feira de negócios realizada pela cooperativa.
FENEC (2016) 16, 17 e 18 de Agosto No ano passado, a décima primeira edição registrou um aumento de 27% de visitantes, superando todas as projeções dos organizadores. Segundo o Presidente da Coopama, o evento contou com 100 expositores, que apresentaram ao público o que existe de mais moderno para o desenvolvimento do campo. “Os cooperados tiveram grandes oportunidades para negociar as máquinas, implementos, insumos, defensivos e, até mesmo, veículos utilitários”, completa Dr. João Emygdio. Neste ano, a Feira de Negócios da Coopama chegará à sua décima segunda edição e será realizada entre os dias 16 e 18 de agosto.
Dr. João Emygdio Gonçalves, Diretor Presidente da Coopama
Sistema de trocas da Coopama Entre as condições de pagamento oferecidas pela Coopama, seja no dia a dia ou em um de seus eventos, o destaque fica com a modalidade de “barter” ou “troca”, pela qual a cooperativa possibilita que os seus cooperados adquiram os produtos e quitem as compras com a produção de suas fazendas: café, soja ou milho. “A modalidade foi um sucesso e a opção de grande parte do público. Além disso, uma parceria com o Banco do Brasil possibilitou agilidade na aprovação dos créditos, proporcionando, aos cooperados, o acesso imediato aos bens adquiridos com prazo de três anos, que devem ser pagos com a produção de sua propriedade”, explica Dr. João Emygdio. maio de 2016
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