Natal
É O NOVO CAMINHO!
“Os magos, adorando Jesus, por divina advertência, voltaram por outro caminho...” Evangelho dedeMateus Evangelho Mateus.
Caio Fábio de Araújo Filho
O “Natal” acabou como festa “cristã”. Voltou a ser o que era antes de ser “aculturada” pelos “cristãos de Constantino”: uma festa pagã. O que sobrou do “Natal” foi o sincretismo de tudo o que se refere ao “Natal” anterior ao “Natal cristão” [...], acrescido de motivação dupla: do comercio e do feriado! Na realidade o Natal sempre foi um evento pagão, ainda que, no passado, voltado para dar honra ao nome de Jesus, e, depois, ao nome Jesus... Afinal, o Evangelho sabe da Encarnação, mas nada sabe do Natal! No mais, para Pedro, João, Tiago, Paulo e qualquer outro apóstolo, data nenhuma era celebrada como tendo importância espiritual. Sim, pois uma das marcas do Caminho dos Discípulos de Jesus, da Igreja original, era não ter datas marcadas para nada. Historicamente os evangelhos não trabalham com nenhuma categoria histórica que se prenda a celebrações de datas que se atrelem aos momentos ou eventos da vida de Jesus! O Evangelho é ateu de datas... A História serve ao Evangelho, e nesse caso, se diz que Jesus nasceu nos dias de César Augusto ou que Herodes era Rei da Judéia. Na mesma ocasião. O Evangelho, porém, não serve quase nada à História como Festival de eventos e datas. Assim, não há “Natal” nos evangelhos, pois para os primeiros discípulos, Natal era equivalente a Novo Nascimento; ou seja: ao processo de nascer todos os dias em Cristo. A falência do “Natal Cristão” no Ocidente é apenas uma demonstração de mudança de Era e de Poder. Sim, o Cristianismo reluta em apagar as luzes [...]; mas a sociedade “Pós-moderna” não hesita em ir apagando uma a uma [...]; deixando apenas as decorações culturais do Natal Sincrético Pagão que o Cristianismo celebrou por tantos séculos! Quando encontrei Jesus, celebrei o Natal por muitos anos; e duas eram as motivações precípuas: a primeira tinha a ver com a necessidade alegre de minha alma celebrar a Encarnação de Deus na História; a segunda tinha a ver com os Natais do amor de Deus em nossa casa; exemplo: a Profissão de Fé de meu pai e a minha também no dia 25 de dezembro. Esses eram os temas dos meus Natais históricos; ou seja: na data do dia 25 de dezembro, data que nada tem a ver com Jesus, mas com o culto à Mitra entre os soldados Romanos.
No entanto, assim que meus filhos foram nascendo [...], os Natais ganharam outra adição: agora o Natal tinha a ver com eles também, os filhos; pois, para mim, eles eram os Jesuses do amor de Deus na minha vida. Mas não posso negar que minha alma sente saudades do tempo em que a emoção do Natal era densa daqueles três elementos [independentemente de que a data não tivesse nada a ver com o nascimento de Jesus]; a saber: a alegria pela Encarnação Histórica, o gozo do espírito de perdão e graça que visitara a nossa casa de modo tão dramático, e a criancice dos meus “Jesusesinhos”, os meus filhos, no tempo em que eles eram ainda os meus meninos Jesuses. Cada estação da vida, todavia, tem as suas emoções. E esta estação da minha vida é mais que apenas uma estação... Na realidade é uma estação que acontece dentro de uma profunda e inequívoca mudança de Era entre os humanos. Ora, em meio a tantos “sacerdotes de Jerusalém” e de tantos “escribas versados nas Escrituras”, mas que sabem e não celebram o Cristo de Deus [...], ainda há alguns magos que vêm de onde não se espera e adoram Jesus no único Natal que Deus reconhece: o Natal dos que encontrando Jesus, o adorem; e uma vez adorando-O, voltem para a vida por outro caminho... Natal é o novo caminho que o coração escolhe depois que adora Jesus com consciência de que Ele é o amor que nosso ser buscava sempre; mesmo e, sobretudo, quando não se sabia disso, como foi com os magos das terras das estrelas sem o Sol Nascente das Alturas, mas que viram e creram naquilo que não estava escrito, mas que para eles era um dito declarado pelo Universo silencioso e estrelado. Nele, em Quem desejo a você Natal todos os dias de sua existência, fazendo com que Natal seja um processo de conversão sem fim, e que culmine com a formação de Jesus em você e mim. 2
José Estácio A. Cavalcanti
Discernimento Você percebe que ocasionalmente o que parece certo, quando visto com mais clareza, é errado, e o contrário também é verdadeiro? Que às vezes precisamos escolher algo ruim, mas no contexto imediato, aquela situação é o menor dos males? E a velha concepção de ser justo, em determinada circunstância, é exatamente uma atitude a ser evitada, devendo considerar a misericórdia como o caminho do amor onde se atende à necessidade e não o merecimento. Fazendo assim, adquirimos consciência para separar, distinguir e perceber a causa motivadora ou promotora daquela situação desagradável. A essa capacidade interpretativa chamamos discernimento. Virtude essencial que faltou aos judeus de Jerusalém do primeiro século quando Jesus, aproximando-se e avistando a cidade chorou sobre ela dizendo: “... se ao menos nesse seu dia vocês pudessem discernir do que depende a vossa paz...” (Evangelho de Lucas 19.42). Não são raros os momentos em que precisamos tomar decisões complicadas na vida, e os conflitos estabelecidos em nossas almas suspiram pela sabedoria “salomônica” para nos socorrer naquela situação em nada confortante. Seria bom se todos entendessem que certas inocências em gente adulta é ignorância nociva, que as aparências
enganam sejam elas boas ou más à primeira vista. E as desagradáveis configurações do fato ocorrido podem não significar a realidade das coisas. Porém, discernir que isso é verdade e que a vida é assim, ainda não resolve nossa deficiência na solução de inúmeras questões morais, relacionais e espirituais. Devemos enxergar o problema, geralmente entre as muitas camadas, e agir conforme a visão que se tem. A pessoa sábia procura a verdade das coisas e às vezes a encontra onde menos esperava, ouve o contraditório e não fica satisfeita com meias verdades. A imparcialidade é amiga do discernimento que não se satisfaz com a falsa representação da realidade. O prezado leitor tem em mãos a ultima edição da agenda deste ano, repleta de textos agraciados e inspiradores. Nosso alvo é a edificação e o aprimoramento de um espírito sábio e cheio de percepção, na esperança de que sejamos cada vez mais habilitados a interpretar os sinais presentes em todas as áreas de nossas vidas. Eles estão aguardando com avidez que sejam devidamente discernidos. Você será abençoado nessa boa leitura.
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CNPJ: 13.451.835/0001-00 Inscrição Municipal: 617613 Ano VII Edição XXI Dezembro 2015
Direção Geral
José Maria de Souza
2. Natal é o novo caminho! 3. Discernimento 5. Oração de sempre 6. Paternidade 8. Honra, uma historinha 10. Aprendendo a orar com as formigas 11. A lista do ano novo 12. Lubrificando a ternura 14. Prece 16. A Festa 17. Validação, um estilo de vida 18. Reconciliação, uma parábola 19. Conclusões de Aninha 20. Quero morrer 22. Quem é ele? 24. A pintura 26. A arte de amar 28. Fome de sucesso 30. Certeza 32. Carências e relacionamentos erotizados 34. O clamor da alma 36. Sociedade, um princípio 37. A crise segundo Einstein 38. Eu quero ser um vaso novo 40. Perseverança, um exemplo 41. Indiferença, o resultado 42. É hora de gargalhar!
jotafeviva@ig.com.br
Periodicidade Quadrimestral
Abrangência
Governador Valadares, Caratinga, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Acesita, Teófilo Otoni, Conselheiro Pena, Resplendor, Juiz de Fora, Vitória e Vila Velha (ES).
Impressão
EGL Editores Gráficos Ltda
Diagramação
Atendimento ao leitor Isabel Gomes da Silva
Venda espaço publicitário José Maria de Souza
Pontos de Vendas Livraria Nova Aliança Rua Marechal Floriano, 1116 - Centro Telefone: (33) 3271.0164 Governador Valadares - MG L I V R A R I A
Livraria Cristo Vive Rua Afonso Pena, 2881- Centro Tel: (33) 3277-8411 Governador Valadares - MG
Contatos
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A Revista Refrigério é uma publicação cristã, sem cunho religioso cuja missão é publicar argumentos e conteúdos que reforçam a proposta de espiritualidade bíblica neotestamentária verificados na vida e ministério de Jesus Cristo e de todos os seus apóstolos e discípulos que fielmente experimentaram a veracidade dos seus ensinos acerca do amor a Deus, a si mesmo e ao próximo. Sendo Jesus, a referência e o marco inicial da prática do amor e da vontade de Deus, conforme Ele ensinou e foi registrado por João, o apóstolo, no seu evangelho: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”. João 13:34 Desvencilhamos dos temas religiosos por conveniência editorial, entendendo que para nada contribuem senão para confundir, fomentantando o sectarismo e o debate religioso inútil que amplia a distância entre as pessoas. 4
Foto: 123RF
Oração
de sempre Santa Tereza D’Ávila
Nada te perturbe, Nada te espante, Tudo passa, Deus não muda, A paciência tudo alcança; Quem a Deus tem, Nada lhe falta: Só Deus basta.
Eleva o pensamento, Ao céu sobe, Por nada te angusties, Nada te perturbe. A Jesus Cristo segue, Com grande entrega, E, venha o que vier, Nada te espante. Vês a glória do mundo? É glória vã; Nada tem de estável, Tudo passa.
Deseje às coisas celestes, Que sempre duram; Fiel e rico em promessas, Deus não muda. Ama-o como merece, Bondade Imensa; Quem a Deus tem, Mesmo que passe por momentos difíceis; Sendo Deus o seu tesouro, Nada lhe falta. SÓ DEUS BASTA!
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Paternidade Caroline Canazart
POR AMOR AO FILHO, PAI NEGA ABORTO E VIRA ATLETA DE TRIATLO
A
sensibilidade e amor desse pai por seu filho irá lhe emocionar. O médico sugeriu um aborto à exmulher de Jose Rosa das Neves quando ela completava o sétimo mês de gravidez. Constatado por meio do ultrassom uma hidrocefalia e má formação óssea da coluna, para o especialista, interromper a gestação seria o único caminho para o primeiro filho do casal. Porém, Neves se negou a falar com o médico. A mãe, que então estava aflita com a descoberta, disse para ele “ele quer falar com você. Vou ter que passar por um aborto”. “Falei para a minha ex-mulher: ‘Não vou falar com ele’. Aquilo era um absurdo. Pensei: independente de como vier, eu vou cuidar”, lembra o pai. E foi exatamente o que aconteceu. Há 24 anos Neves é o pai presente e amoroso de Elkier das Neves. Além dele, Neves também tem mais dois filhos: Ildyane, que é um ano mais nova que Elkier, e Luis Iran, seis anos mais novo que o primogênito.
Apesar de toda a dificuldade enfrentada logo após o nascimento de Elkier, pois ele passou por algumas complicações causadas pelos problemas crônicos que tinha, a família parecia estar firme no propósito de continuar junta. Até o dia em que a mãe resolveu pedir o divórcio e deixar os três filhos com Neves. O mais novo, Luiz Iran, tinha apenas nove meses de vida. “Quando fiquei sozinho com as crianças, sofri, chorei, não sabia o que fazer. Foi o pior momento da minha vida. Pensei no pior. Na última hora você sempre pensa o pior”, relembra. Para deixar a situação ainda pior, ele estava desempregado e a família precisou viver com a ajuda que Elkier recebia do governo, hoje de R$ 720 por mês. Foi um período difícil. O pai, e agora mãe, precisava cuidar de um bebê e uma criança com problemas especiais, além da pequena Ildyane. Depois dos dois filhos mais novos terem crescido e Ildyane conseguir cuidar melhor de Elkier, Neves conseguiu um emprego. Segundo ele, a família não vivia com o bom e o melhor, mas viviam com o necessário. O encontro de Elkier com o esporte aconteceu num dia comum, quando o pai o levava para uma consulta médica. “Nós estávamos andando pela rua, quando vi ele erguer um paninho para ver o vento balançar. Ele gostava daquilo, então, decidi ousar”, lembra. Já adepto de corridas, Neves começou a
levar o filho nos treinos e a sintonia entre os dois só aumentava. Em 2013, o pai resolveu participar com o filho de uma corrida, empurrando o filho na cadeira. “Toda vez que passávamos pelo público ele ficava feliz com os aplausos. Aquilo era demais. Eu achava que trocar fralda era o bastante, mas aprendi que o esporte também é muito grande. Não estou aqui apenas para dar comida, dar banho. Quero andar, sair, viajar, ir para vários lugares com ele”, conta o pai. Em 2014 o pai participou de um duatlo. Ele nadou e correu com o filho. Na prova de ciclismo ele teve que deixar o filho na área de transição, pois não tinha os equipamentos necessários. Já em 2015, pai e filho conseguiram completar a prova
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em ação de triatlo (natação, ciclismo e corrida) com 1h46min23seg. Inspirado no filme baseado em uma história real, “Meu pai, Meu herói”, ele foi atrás para realizar o sonho de cruzar a linha de chegada com o filho. “Primeiro você pensa nas dificuldades, depois você supera todas elas. O barco inflável, por exemplo, eu ganhei de uma amiga. A cadeirinha teve que adaptar”, diz. O triatleta não se envergonha em dizer que tem muita dificuldade em se manter no esporte, pois é considerado de elite por ter três modalidades. “Quando você precisa de apoio, ninguém dá. O triatlo é um esporte de elite. Para um trabalhador que ganha um pequeno salário por mês, para praticar é preciso ter apoio. As pessoas se sensibilizam, mas poucos ajudam”, afirma. Com as dificuldades também do esporte ele diz que a alegria
de Elkier em participar das provas é o combustível para continuar. O rapaz fica feliz durante os percursos e vibra mexendo os braços ao passar perto das pessoas. Elkier se alegra quando percebe que ele e o pai estão ultrapassando outro competidor. O filho mais novo de Neves, Luiz Iran, que hoje tem 18 anos, também segue os passos do pai e do irmão.
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Na mesma competição, mas em categoria diferente (16 – 19 anos), foi o campeão completando o percurso em 1h07min01seg. Ele sonha e emocionase ao dizer que quer levar o irmão em alguma competição. “Tenho um carinho muito grande por ele, sei o tanto que é importante. É um orgulho para mim, para o meu pai”, diz Iran.
HONRA
Uma historinha
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U
m frágil e velho homem foi viver com seu filho, nora, e o seu neto mais velho de quatro anos. Doente suas mãos tremiam, a visão era pouca, os passos vacilantes. A família comia junto à mesa. Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornava difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o suco derramou na toalha da mesa. A bagunça irritou fortemente seu filho e nora:
- Nós temos que tomar uma atitude sobre o vovô, disse o filho. - Já tivemos bastante do seu suco derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão. Assim o marido e a esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá o avô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar. Desde que o avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele passou a ser servida em uma tigela de madeira. Quando o neto olhava de relance na direção do avô, percebia uma lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal dirigia ao idoso eram advertências duras quando ele derrubava um garfo ou comida. O neto de quatro anos assistia tudo sempre em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança: - O que você está fazendo? Da mesma maneira dócil, o menino respondeu: - Eu estou fabricando uma pequena tigela para você e mamãe comerem sua comida quando eu crescer.
O neto sorriu e voltou a trabalhar. As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos. Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia ser feito. Aquela noite o marido pegou a mão do seu pai e com suavidade o conduziu à mesa das refeições da família. Para o resto de seus dias de vida ele tomou suas refeições com sua nora, filho e o amado neto. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou suco derramado, ou que a toalha da mesa tinha sujado. As crianças são notavelmente sensíveis. Se elas nos veem pacientemente providenciar uma atmosfera feliz em nossa casa, para nossos familiares, eles imitarão aquela atitude para o resto de suas vidas. Salomão o sábio certa vez escreveu em seu livro de provérbios: Para uma pessoa, os seus netos são como que a sua coroa de glória, tal como para um filho o é também seu pai. O pai sábio percebe isso diariamente, e honra os anciãos da família. Sejamos sábios construtores de bons exemplos Pois afinal somos a glória dos nossos filhos.
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Aprendendo a orar com as
formigas! Ninon Rose Hawryliszyn e Silva
o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Invejei a persistência, a força daquela formiguinha. Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi a Jesus que me desse a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia. Que me desse a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas. Que eu pudesse ter a inteligência, a sabedoria dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais. Que eu tivesse a humildade para partilhar, com os outros, o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário. Pedi a Jesus a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo, mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver, com nitidez, o caminho a percorrer. A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada. Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecida em minha caminhada. Agradeci a Jesus por ter colocado aquela formiga em meu caminho ou por me ter feito passar pelo caminho dela. Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente.
“Estes dias vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela. A formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga. Foram muitos os tropeços, mas, nem por isso, a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo a um buraco, que devia ser a porta de sua casa. Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”. Ilusão minha. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então, entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: “Coitada, tanto sacrifício para nada.” Lembrei-me ainda do ditado popular: “Nadou, nadou e morreu na praia.” Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços. Elas pareciam alegres na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco. Imediatamente, comecei a refletir sobre minhas experiências. Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades? Talvez, se a formiga tivesse olhado para
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A Lista para o
ANO
NOVO M
Silvia Geruza
uitos criticam os desejos e as listas de promessas que fazemos para o novo ano que se inicia. Contudo, é sábio quem criou o marco de um ano velho e início de um novo ano. Sim, precisamos de esperanças renovadas. Promessas de praticar mais exercício, emagrecer, tornar-se mais cuidadoso com quem amamos trabalhar menos e viver mais, ser mais bondoso, tudo isso, se não possível em um ano, quem sabe nos empenhamos mais no ano seguinte? Quem me dera que os desejos da humanidade fossem mais voltados para o próximo: Desejo mais amor para o mundo e menos violência. Desejo ser instrumento de paz e não de confusão. Desejo ser instrumento de união e não de divisão. Desejo menos rancor e mais perdão. Desejo menos armas e mais flores. Desejo mais cores e menos cinzas. Desejo mais música e menos lágrimas. Desejo mais dança e menos inércia. Desejo mais vida e menos morte. E que esses meus desejos não descansem no fundo de um balde, mas que eu consiga agir para que cada um dele se cumpra. Todavia, se não conseguir tudo em um ano, que tentemos a cada um que a vida nos conceda. Tentar, tentar… Em cada gesto, cada atitude, cada ação, a cada ano até que as forças se esvaiam e em um último suspiro ouçamos o Pai nos chamando para descansar em seu seio.
Desejo doar mais de mim mesmo a pessoas doentes em hospitais, isoladas, abandonadas, sofridas. Desejo pensar menos em mim mesmo para ajudar o outro em suas dores. Desejo pensar em ganhar mais dinheiro não somente para alimentar meu consumismo, mas para compartilhar e ajudar aquele que não tem a mesma habilidade de ser bem sucedido como eu. Desejo tornar-me menos ouvinte e mais praticante da Palavra. Desejo buscar mais a Deus e menos aos meus próprios prazeres. Desejo maior comunhão com Deus, do que com os escarnecedores da minha fé. Desejo menos poder, mais humildade. Desejo alcançar os oprimidos e aflitos para lhes dar um pouco de alívio em sua fome e sede de justiça.
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Lubrificando a ternura Silvia Geruza F. Rodrigues
Interessante observar o desenrolar de um relacionamento. A primeira etapa deveria iniciar com o mito do amor romântico. Envio de flores, e-mails amorosos, torpedos gentis, Hoje, com o avanço do feminismo, a luta pela igualdade das mulheres, nem se fala mais da expectativa de gestos simples e gentis que se esperavam dos homens no passado: Flores, jantares à luz de velas, puxar a cadeira nos restaurantes para a dama sentar, abrir a porta do carro, deixá-la subir atrás de si em uma escada e descer depois dela, deixar passagem para ela entrar primeiro em um elevador, ou na porta de casa. Isso tudo seria no estágio da caça, da conquista. Quando casam, com o passar do tempo a ternura inicial e a doçura de gestos carinhosos um para com o outro perdem-se no caminho.Uma pergunta paira no ar: como resgatar o que fazíamos antes, se o tempo enferrujou tudo?
1. Baixar expectativas. São as expectativas altas que o casal tem que tornam as pessoas inflexíveis e intolerantes com os defeitos do outro. Devemos atentar para o fato de que ninguém é perfeito. Aceitar e encorajar o outro no pouco que ele teve para lhe oferecer é um ponto de partida. Empatia torna-se importante no relacionamento a dois. Isto é, desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender seu universo. Do que precisa o homem precisa? Dr. John Gottman, professor no Depto. de Psicologia da Universidade de Washington liderou uma equipe que passou 20 anos analisando 2.000 casais que haviam estado casados de 20 a 40 anos com o mesmo parceiro. Todos vinham de histórias e lugares diversos, mas existia uma coisa em comum – o tom de suas conversas: em quase todos os casais que conversavam havia dois elementos similares: RESPEITO E AMOR. Estes dois elementos são o oposto e o antídoto para brigas, que talvez seja a força que mais corrói o casamento. Por que para o homem é RESPEITO e para a mulher é o AMOR: porque para a mulher com sua sensibilidade, seu instinto natural de nutrir os que estão ao seu redor, compaixão, fazem parte de sua natureza. Mas, com o passar do tempo ela pode se tornar impaciente, intolerante e perder a ternura de antes. Para o homem, é mais difícil ele demonstrar sua maneira de amar que a mulher espera. O homem é mais prático porque se acostumou assim. Desde pequeno lhe ensinam que não deve mostrar suas emoções. Quem não ouviu a patética frase: “Homem não chora.”? Contudo, em um 12
relacionamento, cada gênero precisa ceder um pouco. O homem necessita entender que a mulher, geralmente, precisa de incentivo, de sentir amor da maneira que ela sabe amar. Frequentemente, a mulher ama com presentes, cartões (e-mails, torpedos)palavras. A mulher se expressa verbalmente, com demonstrações abstratas. Homem ama de maneira concreta. Para ele, ir ao supermercado, lavar pratos, cuidar das crianças já é uma demonstração de amor. Para a mulher, isso tudo não passa de uma obrigação. Sorrio interiormente quando um marido me diz que “ajuda” sua parceira com as crianças, com o cuidar da casa, porque na verdade os dois se ajudam. A obrigação a tarefa doméstica pertence aos dois, não somente à mulher. Em uma pesquisa com 400 homens, Dr. Emerson Eggerichs colocou duas situações para eles escolherem: • Sozinhos e sem amor no mundo. • Sentirem-se inadequados e desrespeitados por todos. 74% preferiram ficar só e sem amor no mundo porque para eles, ser desrespeitado por todo mundo é a pior coisa de se aturar. Claro que esses homens também necessitam de amor, mas o respeito para eles é fundamental. Como resolver esse impasse? Bom seria que a mulher não desejasse que o homem demonstrasse seu amor do jeito que ela sabe amar, e nem o homem esperasse que a mulher aceite sua maneira prática de amar. Portanto, os dois devem querer mudar para se ajustarem mutuamente, e isto somente é possível através da empatia, um colocandose no lugar do outro. Sem querer parecer um manual, mas somente indicar alguns hábitos salutares no seu relacionamento, tentei extrair da Lya
Luft quando escreveu a canção dos homens para mostrar o que eles esperam da mulher e dar minha contribuição pessoal. O que o homem espera da mulher: Canção dos Homens – Lya Luft • Atenção e carinho ao chegar em casa. (Filhos geralmente roubam o tempo e a atenção da mulher. Contudo, homens, entendam, se sua esposa trabalha fora também, ambos devem tentar realizar as tarefas domésticas e dar atenção aos filhos e um ao outro.). • Ter um jantar agradável sem o relatório dos dissabores domésticos, ou do trabalho. (Necessário também compreender, que se são cúmplices, amigos, nada melhor que a hora de uma refeição- a dois – para um ouvir o outro e ajuda-lo somente escutando, a desabafar). • Não cobrar fazer sexo quando ele está demasiadamente cansado, ou disparar comentários sarcásticos. (Saber a hora certa de se aproximar, de seduzir). • Parar de inventar dor de cabeça para não fazer sexo regularmente. • Ensinar o homem a cuidar da criança com doçura. (Entenda, mulher, que ele foi criado com o imaginário de que não foi feito para tal tarefa. Cabe a você ensiná-lo com paciência). • Disciplina deve ser discutida entre o casal para que os filhos não tenham sempre a mãe como o canal de comunicação ou de aprovação. • Dar tempo ao homem para entrar na caverna (quando está com problemas). Nem sempre o silêncio dele significa afastamento. • Mulher deve ser parceira, não advogada ou juiz, sem cobranças constantes. • Retornar à doçura inicial. (Creio ser essa exigência, a mais difícil. Muitas vezes deixamos a vida nos tornar amargas, tristes, com raivas reprimidas que facilmente veem à tona quando nos frustramos. Contudo, tente se lembrar como se tratavam na época da conquista, da paixão e vale a pena tentar recuperar a ternura.) O que a mulher espera do homem: Canção das mulheres - Lya Luft • Quando a mulher diz para o marido que está passando por um problema, ela não quer a solução, somente um ombro. • Que possa mostrar sua fragilidade sem medo de ser criticada ou motivo de zombarias. (A noção de que a mulher é o sexo frágil já foi demolida até por artigos científicos- porém, todo ser humano tem seus momentos de fragilidade e é muito bom quando são respeitados). • Que o outro respeite meu cansaço diário e me dê colo de vez em quando. (Mulher, compreenda, que da mesma maneira que o homem se sente incapaz de dar colo aos filhos e precisam de
aprendizado, o mesmo com você – não ponha suas expectativas muito altas, para que não se frustre quando ele for incapaz de lhe ouvir. Aliás, o homem tem mais capacidade de ouvir do que de falar. Para ele, é um aprendizado não dar sugestões práticas de como você deve fazer para sair da tristeza ou do problema). • Que seja meu cúmplice nas minhas fases ruins. • Que o outro entenda quando eu não conseguir estar disponível sempre que ele precisar e que me veja com necessidades também. • Que não espere de mim superpoderes, e sim que sou um ser humano e como tal com fragilidades e imperfeições. Em suma: O homem sentirá que você o aprecia e o incentiva a vencer quando: • Você expressa verbalmente que valoriza os esforços dele e que confia nele. • Você demonstra ser sua parceira e companheira e o ouve atenciosamente sempre que possível. • Você permite com que ele sonhe da mesma maneira de quando estavam namorando. • Você não o desonra nem critica seu trabalho para exigir que ele se devote mais à família. (Embora isto tenha que ser trabalhado aos poucos). A mulher se sentirá amada quando: • Você expressar verbalmente seus sentimentos. • Você lhe der atenção, mais do que ao trabalho ou aos filhos. • Você tiver paciência quando ela se mostrar estressada com o cotidiano • Você prover momentos lúdicos para os dois. (Hoje a mulher também toma iniciativas. Que tal os dois promoverem momentos a dois, da maneira que cada um gosta e incentivar o outro a sair da rotina?) • Você tomar iniciativas sexuais não somente à noite, mas o dia inteiro com ternura. • Você entender quando ela quiser ficar quieta. (Mulher também precisa de seu espaço individual). • Você dividir com ela as tarefas caseiras (Principalmente se os dois trabalham fora) • Você mimá-la de vez em quando, como no começo do namoro. Parece fácil, mas para que o relacionamento não se torne um peso, tedioso e rotineiro, devemos fazer com que o nosso parceiro, ou parceira, sintase leve ao nosso lado e possa ter prazer na convivência. Não existe relacionamento feliz, sem esforço e renúncia dos dois lados. Porém, garanto-lhe, que tomar certos cuidados com o outro, faz bem não somente a ele, mas voltam para você e lhe torna mais feliz. 13
Ana Jácomo
Q
ue Deus ouça as preces que lhe dirijo quando estou mansidão e ternura. Quando estou contemplação e respeito. Quando as palavras fluem, sem esforço algum, sem ensaio algum, articuladas e belas, do lugar em mim onde eu e ele nos encontramos e brincamos de roda. Quando nelas incluo as pessoas que têm nome e aquelas que desconheço existirem. E os meus amores. E os meus desafetos. E os bichos. E as plantas. E os mares. E as estrelas. E
da sua Impermanencia. Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando amanheço revigorada e anoiteço tranquila. Quando consigo manter uma relação mais gentil com as lembranças difíceis que, às vezes, ainda me assombram. Quando posso desfrutar do contentamento mesmo sabendo que existem problemas que aguardam eu me entender com eles. Quando não peço nada além de força para prosseguir, por acreditar que, fortalecida, eu posso o que quiser, em Deus.
Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando o medo me acompanha sem que a coragem se ausente. Quando as coisas seguem o seu rumo sem que eu me preocupe em demasia com o destino desse movimento. Quando eu me sinto conectada com o amor e reverente à vida. Quando as lágrimas nascem apenas de um alegre e comovido sentimento de gratidão. Quando caminho com a rara confiança que só as crianças que ainda não doem costumam experimentar, já que, infelizmente, algumas começam a doer muito cedo.
Mas eu desejo, profundamente, que Deus também ouça as preces que lhe dirijo quando eu não consigo elaborar prece alguma. Quando a dor é tão grande que minha fala não passa de um emaranhado de palavras confusas e desconexas que desenham um troço que nem eu entendo. Quando o medo me paralisa e perturba de tal forma que eu me encolho diante da vida feito um bicho acuado. Quando me enredo nas minhas emoções com tanta confusão que parece que aquele tempo não vai mais passar.
Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando sou capaz de pressentir o sol mesmo atravessando uma longa noite escura. Quando posso cruzar desertos com a clara convicção de que a vida não é feita somente deles. Quando consigo olhar para todas as experiências, sem que aquelas que me desconcertam me impeçam de valorizar as que me encantam. Quando as tristezas que repentinamente me encontram não atrapalham a certeza
Que Deus ouça também as preces que lhe dirijo quando só consigo chorar e, mesmo depois de já ter chorado muito, tenho a sensação de ainda não ter chorado tudo. Quando me sinto exaurida e me entrego a esse cansaço completamente esquecida dos meus recursos. Há momentos em que a gente parece ignorar tudo o que pode nos ajudar a lidar melhor com os
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desafios. Há momentos, ainda, em que a gente se confunde sobre o local onde, de verdade, os desafios começam.
nos movem. Quando não lhe dirijo nenhuma prece. Nem com palavras. Nem com um sorriso enternecido quando dou de cara com uma flor. Com um pôr-de-sol. Com uma criança. Com uma lua cheia. Com o cheiro do mar. Com o riso bom de um amigo. Que ele me ouça com o seu ouvido amoroso e me acolha no seu coração, porque é exatamente nesses momentos que eu não consigo ouvi-lo.
Que Deus ouça também as preces que lhe dirijo quando me parece que eu não acredito em mais nada. Quando sou incapaz de ver qualquer coisa além do foco onde coloco a minha dor. Quando não consigo articular meus pensamentos nem entrar em contato com alguma doçura que me faça lembrar das coisas que realmente
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A festa
uma universidade, dois amigos que cursavam medicina iam muito bem nas provas e trabalhos da faculdade. No final do semestre ambos tinham notas entre 9 e 10. Havia uma prova final no curso de Química, mas, a dupla estava tão confiante nas suas notas que resolveu passar um final de semana festejando com amigos de uma outra universidade. A festa foi grande e também a ressaca. Ambos dormiram tarde demais e chegaram atrasados na universidade na Segunda, dia da prova final. Ao invés de tentar fazer o exame, a dupla procurou o professor depois com uma história que inventaram. Os dois afirmaram que o carro deles teve um pneu furado e ficaram sem pneu de reserva. Segundo eles,
demorou para consertar o pneu e isso resultou no atraso deles para o exame. O professor considerou a história dos dois e concordou que daria uma segunda chance de fazer o exame no dia seguinte. Ambos estudaram para valer aquela noite e foram ao exame no dia seguinte na hora marcada. O professor colocou ambos em salas separadas e lhes entregou a prova. Quando começaram o exame, perceberam que a primeira pergunta era uma questão fácil e valia cinco pontos. Animados, responderam à primeira pergunta e viraram a página. Na segunda página havia apenas uma pergunta – “Qual dos quatro pneus furou?” A resposta valia 95 pontos.
Bem, segundo Salomão o homem mais sábio que já pisou nesta terra e deixou registrado no seu livro, a moral que se revela no ocorrido é que: A verdade permanece mesmo depois de muito tempo, mas as mentiras são descobertas bem depressa. Provérbios 12:19
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Valida ção um estilo de vida. José Maria de Souza
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sar as palavras certas em benefício mútuo não é fácil, pois a tarefa de viver em sociedade demanda muito de cada um de nós. Infelizmente, a maioria dos problemas e dificuldades que enfrentamos no dia a dia está diretamente ligada ao convívio com o nosso semelhante. O marido com a esposa, os pais com os filhos, o patrão com o empregado e etc, etc... A qualidade destas relações depende muito do nosso discernimento acerca do poder das palavras e o seu uso para resolver os conflitos e angústias humanas.
primeiramente, a pessoa valedora possui a mente preparada, discerne bem a natureza humana, conhece bem a si mesmo e sabe como utilizar as palavras certas. Em sua mente predomina o que é bom, verdadeiro, louvável e virtuoso, habilitando-a para a nobre missão de valorizar o próximo com amor. Em segundo lugar, espera o tempo e o cenário certo para agir. Lembro-me de Jesus ao restaurar Pedro, após ele o ter negado por três vezes. Dias após a ressurreição, Jesus reaparece pela terceira vez aos discípulos, porém agora para tirar Pedro da angústia da negação. Quando Pedro negou a Jesus era noite e ele se aquentava próximo a uma fogueira onde havia outras pessoas que o reconheceram como um dos seguidores do mestre. E ele nervosamente o negou. Jesus na restauração de Pedro utiliza um cenário próximo daquele da negação, na praia de Tiberíades bem de manhã e ali uma fogueira acesa com peixe e pão na brasa prontos para saciar a fome de Pedro e seus amigos que trabalharam a noite toda quase sem sucesso. Neste cenário de reconciliação Jesus o questiona acerca do seu amor por Ele em três momentos seguidos e o recomenda cuidar de suas ovelhas que se converteriam a Cristo em função de sua pregação. Agora, vemos um Pedro manso, paciente, cuidadoso nas suas palavras e entendendo a fragilidade da natureza humana que mesmo amando nega. E em terceiro lugar: O valedor tem autoridade comprovada. É irresistível o elogio ou estímulo do marido, pai, amigo e irmão. Cuja vida aprovada pela sabedoria e integridade, testemunha de forma positiva todas as suas palavras. O valedor mesmo quando corrige ou exorta, sempre o faz no intuito de restaurar, levando o outro a pensar no que faz bem. Jesus nossa referência máxima na validação disse que as palavras Dele possuem espírito e vida os que Nele crêem experimentarão um estilo de vida abundante e cheio de significados.
“Nenhuma palavra suja saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem”. Paulo aos irmãos de Éfeso.
Salomão, o sábio, ensina “Que outros façam elogios a você, não a sua própria boca; outras pessoas, não os seus próprios lábios”. É aí que entra em cena o valedor, aquela pessoa que conhece o poder das palavras, que abomina a palavra torpe e não utiliza a comunicação para bajular ou manipular o seu próximo, mas sim para promover e revelar as potencialidades e virtudes inerentes no caráter de cada um de nós, revelando a graça divina que muitas vezes se encontra escondida nos pontos cegos da vida das pessoas. O valedor pode ser um de nós. Potencializar virtudes e dons depende da nossa renovação mental e do real interesse em amar as pessoas estimulando-as ao amor próprio. Três características são marcantes no caráter do valedor:
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Reconciliação Uma parábola
Alexsandre Rangel
imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuiu, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra havia sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois. O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor das brasas ardentes em torno dele. Quando o líder alcançou a porta para partir, o anfitrião disse: - Obrigado por sua visita e pelo belíssimo ensinamento. Estarei voltando às minhas atividades amanhã. Deus o abençoe!”
“Um membro de determinado grupo, ao qual prestava serviços regularmente, sem nenhum aviso, deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder do grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boasvindas ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No silêncio que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das rachas de lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e
Fonte: As mais belas parábolas de todos os tempos – Vol. II. Belo Horizonte: Leitura, 2004.
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Conclusões de
ANINHA Cora Coralina
Estavam ali parados. Marido e mulher. Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça tímida, humilde, sofrida. Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho, e tudo que tinha dentro. Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar novo rancho e comprar suas pobrezinhas. O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula, entregou sem palavra. A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou, se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar E não abriu a bolsa. Qual dos dois ajudou mais? Donde se infere que o homem ajuda sem participar e a mulher participa sem ajudar. Da mesma forma aquela sentença: “A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar.” Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada, o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso e ensinar a paciência do pescador. Você faria isso, Leitor? Antes que tudo isso se fizesse o desvalido não morreria de fome? Conclusão: Na prática, a teoria é outra.
Quero
minha vida. Eu deveria me formar no fim do ano, mas eu simplesmente não consigo fazer nada, nem ao menos ir às aulas. Na verdade me considero sem sorte, e hoje eu não consigo acreditar em praticamente nada, nada. E minha mente rodeia em sentimentos que insistem em culpar Deus por esse meu tipo de vida. Desde aquela primeira carta, eu li tudo o que me foi proposto, só que... A vontade continua sempre lá. Nada ajuda a me livrar disto, estou desesperado, pois eu sei que uma hora vai dar certo, e o pior eu já nem ligo. Pra ser sincero eu realmente não sei o que fazer. Há muito que falar, mas isso foi o máximo que eu conseguir produzir agora nesse momento. Muito obrigado. ________________________________ Resposta: Filho querido: Graça e Paz! De fato eu não creio em suicídio sem alguma perturbação mental real, exceto em alguns casos, bem deliberados... A maioria dos desejos suicidas resulta de desordens químico/ cerebrais, e podem ser evitados com medicamento, com ajuda médica, com equilíbrio químico, e com apoio tanto médico quanto psicológico — sem falar que lhe faria imensamente bem no processo se você pudesse me dizer onde você mora, a fim de que tente prover alguém com o poder de visitar você. Seu desejo suicida é fruto de depressão. Depressão... A sua, a de seu pai e a de sua mãe... Você é o para-raio. Seu pai, no mundo dele, pode ser irradiador dessa dor e você a antena. Sua mãe não quer ouvir apenas porque teme ouvir acerca de sua morte. Ela prefere não ouvir. É insuportável para uma mãe ficar ouvindo do filho que ele quer se matar, sendo que ela se sente impotente... Não sinto que você precise de uma carta minha, mas de uma visita de alguém gente boa de Deus.
Caio Fábio de Araújo Filho
Olá Caio, Eu escrevi uma carta há um tempo sobre suicídio. Pois é, estou agora escrevendo em meio às lágrimas, pois estou exatamente neste momento tentando encontrar algum motivo pra que eu possa me agarrar e viver. Tentei suicídio há alguns minutos atrás, tudo bem arquitetado, porém sem sucesso, pois me faltou coragem, como sempre. Saí chorando muito e pensando na vida, na morte. Vou tentar te contar um breve pedaço da minha vida atual, na tentativa de tentar encontrar alguma saída, pois eu sinto que meu fim está bem próximo. Tenho uma vida normal, porém essa grande solidão e essa depressão profunda sempre me cercaram desde que eu me entendo por gente. Tenho pais maravilhosos, porém nunca consegui ter uma conversa boa com eles, minha mãe não agüenta as asneiras que eu falo e logo começa a chorar e meu pai vive no mundo particular dele. Eu sempre me achei um cara bom, tentei viver o máximo com amor, fazer as coisas do jeito supostamente certo, tentava levar as coisas com certo equilíbrio. Só que essa parte negra da minha vida sempre esteve lá, bem no fundo. E foi ai que tudo começou a mudar. Perdi pra vida uma das pessoas que eu mais amei, cai em um tipo de vida vazia de sexo, drogas e aparências que eu sempre lutei contra. E o que sobrava hoje se resume em nada, ainda por cima tive uma grande decepção amorosa que me retirou acho que uma das únicas coisas que sobrava. E tudo por causa desse meu jeito de ser. Logo agora que eu deveria lutar pra conseguir estabelecer
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morrer
Imagens: CHRISTIAN HOPKINS
E mais: não pode mais haver adiamento da ida ao Psiquiatra; urgente. Tome um banho; ore mesmo sem sentir nenhuma motivação; e vá à faculdade; entre na classe, viva esse dia, e amanha, e depois, e sempre... Sei que as angustias de morte são mais fortes do que todos os fatos da vida, uma vez que a dor se instale. Dor na alma é insuportável! A pessoa fica querendo se tirar de si mesmo para ver se alivia! Mas a solução nunca é a fuga. Portanto, me diga onde você reside. É o que posso lhe dizer hoje. Minha carta/resposta é esta proposta... É com você. Escreva-me e diga. O salmo que deixo com você é este: Senhor, obrigado porque nada pode nos separar do Teu amor, nem mesmo as loucuras da mente que adoeceu. Tu és o Senhor de nossa lucidez e também de nossa falta de lucidez, pois, para Ti, a nossa luz e a nossa treva são a mesma coisa. Obrigado porque se pais bons conseguem entender a dor mental de seus filhos, então, Tu, Senhor, sabes me amar com minha dor e dela fazeres algo bom em mim.
Mais do que saúde mental/cerebral eu Ti peço que me dês luz no espírito, para que, mesmo na maior crise, meu espírito nunca duvide de Teu amor por mim. Não entendo as razões de minha fragilidade, mas aceito com ela todo o Teu amor por mim. Ajuda-me a manter minha mente firme em Ti e em Ti somente! No meu delírio verdadeiro digo: Senhor, Tu és o meu Senhor! Que mais, pois, me faltará? Amém! Nele, que nos chama para vida mesmo depois de quatro dias.
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Ricardo Gondim
Quem foi o personagem que varou séculos, agora milênios, como referência humana e encarnação do Divino? O que há de especial com o filho de uma camponesa, noiva de um carpinteiro? Esse homem só saiu da obscuridade aos trinta anos, não deixou uma só linha escrita para a posteridade. Sua mensagem, entretanto, foi tão excelente que ao vivê-la, homens e mulheres escapam da mediocridade. Quem na verdade foi aquele andarilho judeu que viajou pela Palestina visitando leprosos em sepulcros, acolhendo crianças nas praças e se detendo diante do clamor dos mendigos? Quem foi o estudioso da Torá que ousou relativizar a letra da lei para perdoar uma mulher acusada de adultério? De onde veio sua coragem de se incompatibilizar com a elite religiosa que dominava o templo? Por que ele não se acovardou diante do rei marionetado pelo império, a quem chamou de raposa?
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O que o tornou inspiração de pescadores, a maioria iletrados e pobres? Como ele se notabilizou como o alento dos escravos, a estrela da manhã dos marginalizados e a âncora dos escorraçados? Por que ele se mostrou dócil com os pecadores e implacável com os religiosos? Quem era ele, de verdade? Tais perguntas varam o tempo, intrigam os historiadores, confundem os filósofos, perturbam as mentes mais críticas. No requinte do pensamento de Rousseau, ele deveria ter sido desmascarado como mera idealização do messias esperado pelos judeus. Na acidez do niilismo de Nietzsche, ele merecia jazer na prateleira dos falsos ídolos, que nascem da carência humana de criar muletas. Na pena odiosa dos neo-ateus, ele não passa de um homem perturbado com suas alucinações. As questões insistem. O que faz com que ele continue amado por milhões? Tema da canção de ninar sussurrada pela mãe
quando embala o filho. Argumento que anima o dependente químico a sair do vício. Anseio nos lábios do favelado da Índia, na canção do negro dos Estados Unidos, no grito de liberdade do imigrante fatigado. Ele é Jesus , o nazareno, o filho do homem, o amigo dos pecadores, a pedra de esquina, o cordeiro. Na antiguidade, várias religiões contaram lendas e transmitiram mitos sobre a visita de algum Deus. Quando se tomou conhecimento que o Verbo se fazia carne e que Deus nascia entre homens e mulheres, a história não era inédita. Babilônicos, gregos e romanos tinham versões semelhantes. Jesus, entretanto, contradisse os precedentes históricos por sua pobreza. Ele não veio Titã, herói. Seu nascimento se deu em meio à dúvida e inquietações de seu próprio pai. José, temeroso e incrédulo, precisou que um anjo o ajudasse a aceitar o ineditismo da situação. Deus chorou numa noite qualquer, que jamais conseguiremos cravar no calendário. Apenas um punhado de pastores notou seu berço numa manjedoura. Na infância, Jesus foi exilado no Egito. Em algum campo de refugiados, certamente sem água e com um mínimo de comida, o menino sofreu como qualquer um. Depois, passou a maior parte de sua existência no
mais absoluto anonimato. Na vida, partilhou o cotidiano penoso de seus conterrâneos. Sem precisar ostentar força, enfrentou as agruras de uma sociedade injusta sem se valer de poderes sobrenaturais. Ele não nasceu sabendo, mas aprendeu no que sofreu. Deus se fez gente não para se impor, não para se exibir, não para reivindicar nada, não para coagir. Ele participou de nossa humanidade como um igual. Em nosso ambiente, conviveu tanto com nossa dor como com nossa alegria. Deus abriu mão das epifanias espetaculares. Entre nós, não quis reivindicar uma religião superior, mas construir seu tabernáculo no coração das pessoas. Ele entrou na história para que saibamos: antes de buscarmos a Deus, ele nos busca primeiro. Ele instruiu seus seguidores a não adorálo, apenas imitá-lo. Eles não precisam colocá-lo em um pedestal, mas percebê-lo no rosto de que tem fome, sede, e está nu. Quando Deus desejou falar conosco, fez-se gente. Jesus é a metáfora divina que se humanizou, a poesia celestial que se vertebrou, o verso deslumbrante que se adensou e a música delicada que se encarnou. Agora podemos tratar Deus como Emanuel – aquele que está conosco. Soli Deo Gloria
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Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.
m homem muito rico e seu único filho tinham grande paixão pelas artes. Tinham de tudo em sua coleção, desde Picasso até Rafael. Muito unidos, se sentavam juntos para admirar as grandes obras de arte. Seu país estava envolvido em uma guerra e para compor o contingente, seu filho foi convocado. Passado um tempo o pai fica sabendo da morte do filho, quando resgatava outro soldado. O pai recebeu a notícia e sofreu profundamente a morte de seu único filho. Um mês mais tarde, alguém bateu à sua porta... Era um jovem com uma grande tela em suas mãos e foi logo dizendo ao pai: “O senhor não me conhece, mas eu sou o soldado por quem seu filho deu a vida, alem de mim ele salvou a vida de muitos outros combatentes naquele dia e estava me levando a um lugar seguro quando uma bala lhe atravessou o peito, morrendo instantaneamente. Ele falava muito do senhor e de seu amor pelas artes. O rapaz estendeu os braços para entregar a tela: - “Eu sei que não é muito, e eu também não sou um grande artista, mas sei também que seu filho gostaria que o senhor recebesse isto”... O pai abriu a tela. Era um retrato de seu filho, pintado pelo jovem soldado. Ele olhou com profunda admiração a maneira com que o soldado havia capturado a personalidade de seu filho na pintura. O pai estava tão atraído pela expressão dos olhos de seu filho, que seus próprios olhos encheram-se de lágrimas. Ele agradeceu ao jovem soldado, e ofereceu-se para pagar-lhe pela pintura. - “Não, senhor, eu nunca poderei pagar o que seu filho fez por mim! Essa pintura é um presente” O pai colocou a tela à frente de suas grandes obras de arte, e a cada vez que alguém visitava sua casa, ele mostrava o retrato do filho, antes de mostrar sua famosa galeria. Passado alguns anos mais tarde aquele homem veio a falecer e seus advogados promoveram um leilão de todas as suas obras de arte. Muita gente importante e influente chegou ao local, no dia e horário marcados, com grandes expectativas de comprar verdadeiras obras de arte. Em exposição estava o retrato do filho. O leiloeiro bateu seu martelo para dar início ao leilão: Começaremos o leilão com o retrato “O FILHO”. Quem oferece o primeiro lance? Quanto oferecem por este quadro? Um grande silêncio... Então um grito do fundo da sala: “Queremos ver as pinturas famosas! Esqueça-se desta!” O leiloeiro insistiu... “Alguém oferece algo por essa pintura? R$100? R$200?” Mais uma vez outra voz: “Não viemos por esta pintura, viemos por Van Gogh, Picasso... Vamos às ofertas de verdade”... Mesmo assim o leiloeiro continuou...Quem leva “O FILHO?”
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Finalmente, uma voz: “Eu dou R$10 pela pintura”... Era o velho jardineiro da casa. Sendo um homem muito pobre, esse era o único dinheiro que podia oferecer. Temos R$10! Quem dá R$20?” gritou o leiloeiro. As pessoas já estavam irritadas, não queriam a pintura do filho, queriam as que realmente eram valiosas para sua coleção. Então o leiloeiro bateu o martelo, “dou-lhe uma, dou-lhe duas, vendido por R$10!” “Agora, vamos começar com a coleção!” gritou um. O leiloeiro soltou seu martelo e disse: “Sinto muito damas e cavalheiros, mas o leilão chegou ao seu final”. “Mas, e as demais pinturas?” perguntaram os interessados. “Eu sinto muito”, disse o leiloeiro, “quando me chamaram para fazer o leilão, havia um segredo estipulado no testamento do antigo dono. Não seria permitido revelar esse segredo até esse exato momento. Somente a pintura O FILHO seria leiloada; aquele que a comprasse, herdaria absolutamente todas as suas posses, inclusive as famosas pinturas. O homem que comprou O FILHO fica com tudo!
Foto: TED SABARESE
Provisão um conselho Martinho Lutero
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ão conseguiremos nos livrar de nossas ansiedades e preocupações enquanto vivermos. Mesmo assim, Deus nos dá tudo o que necessitamos, a cada momento, sem precisar de qualquer assistência de nossa parte. Assim, por que continuamos tendo medos bobos e ansiedades acerca de pequenas necessidades triviais, como se Deus não pudesse ou não fosse nos suprir com alimento e abrigo? Devemos abaixar a cabeça de vergonha quando as pessoas nos mostrarem essa tolice. “Insensatas” – essa é a única forma de descrever aquelas pessoas ricas, bem nutridas, que estão sempre preocupadas em ter uma despensa abastada. Elas têm fartura de alimentos ao seu alcance, para servirem refeições nutritivas. No entanto, nunca compartilham uma refeição com qualquer pessoa, nem convidam outras pessoas para jantar. Elas têm camas vazias, mas nunca convidam as pessoas para se hospedarem em suas casas. Por isso, Cristo nos mostra abertamente como somos tolos. Isso deveria ser o suficiente para nos fazer cuspir em nós mesmos, com uma total repugnância. Mesmo assim, continuamos a andar à apalpadelas em nossa cegueira, mesmo que esteja óbvia nossa incapacidade de suprir nossas próprias necessidades básicas sem Deus. Isso já deveria ser o bastante para nos fazer cristãos e para manter em nossas mentes este pensamento: “Indubitavelmente, eu nunca segurei em minhas próprias mãos um só momento fugaz da minha vida. Se eu preciso confiar em Deus quanto à minha própria vida e integridade física, por que eu deveria me preocupar acerca de como encontrar sustento para o meu dia a dia?”. Não confiar em Deus quanto às nossas necessidades básicas é como ter um pai rico, disposto a gastar generosamente milhares de reais conosco, e não conseguirmos confiar nele quanto à necessidade de dinheiro em uma emergência. Fonte: livro Somente a Fé – Um Ano com Lutero. Editora Ultimato. Publicado com o titulo: Confiando em Deus quanto às necessidades diárias.
Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa? Mateus 6.25
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A arte de
amar... Pablo Massolar
O amor é paciente e bondoso. Não é invejoso, nem orgulhoso; não é arrogante, nem grosseiro. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço e dificilmente suspeita do mal que os outros lhe possam fazer. 1 Coríntios 13:4
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Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho pagé da tribo... — Nós nos amamos... e vamos nos casar - disse o jovem. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã... Alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos... que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?
— E agora o que faremos? - perguntou o jovem - as matamos e depois bebemos a honra de seu sangue? — Ou as cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? - propôs a jovem. — Não! - disse o pagé - apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro... Quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...
E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse: — Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte... E trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo continuou o pagé - deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros... A águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar. E o velho disse: — Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro... Se quiserem que o amor entre vocês perdure...
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada... No dia estabelecido, à frente da tenda do pagé, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.
Voem juntos... Mas jamais amarrados.
O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos... E viu que eram verdadeiramente formosos exemplares...
O Senhor que nos convida à liberdade de amar te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!
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Resenha do filme “O ABUTRE”
Sérgio Luiz do Espírito Santo
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consumo social. Porém, ouve do homem o óbvio: Ele não daria emprego a um ladrão. Extremamente ambicioso, sem amigos e sem um emprego certo, Lou, então, cruza certo dia com uma situação que causa a grande mudança na sua vida. Não como um golpe de sorte, mas ele mesmo vê a oportunidade quando depara com uma equipe de cinegrafistas fazendo uma matéria para telejornais sensacionalistas. Tem uma conversa rápida com o cinegrafista e, saindo dali, rouba uma bicicleta para levantar fundos para sua nova empreitada. Com uma câmera na mão e praticamente nenhuma consciência ou moralidade, Lou começa a filmar acidentes e cenas de crimes, às vezes, dando uma mãozinha no acontecimento para causar mais sensação como a vez em que, tendo chegado antes da polícia, moveu um corpo acidentado para obter um melhor ângulo em sua filmagem. O filme, apresentado de forma sombria e niilista, revela tanto o pragmatismo de Lou Bloom no seu afã de ser um grande empresário de mídia quanto a disposição da mídia sensacionalista de incentivar o seu tipo de trabalho para alcançar audiência ao custo da exploração exagerada das emoções, da omissão de informações com reportagens
té que ponto a busca por um lugar ao sol pode corromper o caráter de um homem? Claro que depende muito de até onde e de que modo se deseja ir. Além disso, sabemos que com os limites externos operam conjuntamente os internos que são os princípios que norteiam as escolhas de alguém, ou seja, conforme já foi dito “o homem é limitado por fora pelo ambiente e por dentro pelo inconsciente”. Pensando assim, podemos crer que muito do que se vê de ruim nas ações de uma pessoa na medida em que mais dela é revelado, já estava lá latente, só aguardando a hora de aparecer. Em O abutre (Nightcrawler , EUA, 2014), Lou Bloom (Jake gyllenhaal) é um rapaz com claras dificuldades de adaptação à vida comum que se vale de expedientes nada honestos para sobreviver. Logo no início do filme, ele ataca um guarda que o flagra roubando grades para vender o metal. Muito inteligente, sabe que não há futuro em suas atividades, além dos riscos com a lei, é claro e assim, ele tenta um emprego com um receptador de suas mercadorias. O interessante, é que ele demonstra ter consciência de sua frieza e falta de empatia e derrama frases positivistas diante do homem a quem pede emprego para forjar uma imagem que ele sabia ser ideal para 28
auto-centradas numa espécie de histrionismo corporativo, em que o que importa é ser o centro das atenções nos índices de audiência. A evolução na história traz o drama da editora de um jornal local (Rene Russo) que, tendo cruzado o caminho de Lou tanto o ajuda a crescer aos olhos da emissora de TV quanto se torna cada vez mais dependente de suas reportagens o, que ele discerne com argúcia, procurando tirar proveito disso. O Abutre, não procura formar qualquer juízo dos acontecimentos, mas apenas transcorre como uma narrativa da sujeira oculta sob a superfície desta atividade tão visível a todos mas que esconde muito do que há de pior nas pessoas. O diretor Dan Gilroy , com o ótimo O legado Bourne no currículo, revela um pouco mais de sua versatilidade com títulos cada vez mais variados. O ator Jake Gyllenhaal , que teve de emagrecer dez quilos para esse papel (magro mesmo como um abutre faminto), o desempenhou de modo bem impactante. A história terá um desfecho de tirar o sono fazendo vítimas entre os que trabalham com Lou Bloom, revelando os limites morais (ou a falta deles) do personagem. Assim, a questão proposta no início sobre as os limites morais de cada um diante do que se deseja alcançar, pode ser novamente tratada tendo o personagem como exemplo, dentro da máxima existencialista: A existência (a vida que tem) de Lou precede a sua essência ou sua essência (o que ele é) precede a sua existência?
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Certeza Mário Quintana
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ão quero alguém que morra de amor por mim… Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim… Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível… E que esse momento será inesquecível… Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre… E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém… E poder ter a absoluta certeza
DANCERS AMONG US 13 - Fotógrafo: JORDAN METTER
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de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho… Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento… E não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo. Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu
fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas… Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM. Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros… Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… Que o amor existe que vale a pena se doar às amizades às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… E que valeu a pena!”
O MAIS ALTO PADRÃO EM DESIGN DE SOBRANCELHAS DO MUNDO ANTES
DEPOIS
RECUPERAÇÃO DE SOBRANCELHAS DANIFICADAS Com a orientação de uma de nossas designers especialistas, somado à utilização de nossos produtos exclusivos, este tratamento vai devolver, em algumas sessões, o design ideal para suas sobrancelhas. Nosso Sérum especial para sobrancelhas hidrata e estimula o crescimento do fio, recuperando seu volume e brilho.
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Foto: ALAIN DESJEAN
Carências e
RELACIONAMENTOS EROTIZADOS Esther Carrenho
Todos nascemos com necessidade de pertencermos e sermos aceitos pelo outro.
O
ser humano nasce com necessidades a serem supridas, e uma delas é a afetiva. Todo bebê necessita de aconchego, de carinho, de sentir a pele e o corpo da mãe. E, à medida que vamos crescendo, também continuamos necessitando dessa proximidade, sobretudo dos pais ou daqueles que cuidam de nós. Com o tempo, a criança percebe que aqueles que estão à sua volta, sobretudo sua mãe, não pertencem exclusivamente a ela. Se a mãe for alguém que soube dar aceitação e acolhimento àquele ser humano, ele vai alcançando maturidade emocional para, aos poucos, também ir se desligando dela, até se tornar um adulto. Por outro lado, quanto mais falta uma criança tiver da presença e do carinho da mãe ou substituta e também do pai, mais ela sofrerá com as lacunas que vão ficando em sua vida afetiva. Gilberto Safra, doutor em psicologia clínica, interpreta esse processo dizendo que todos nós nascemos com necessidade de pertencer e de ser aceito por um rosto, que no 32
caso é uma pessoa. Se esta pessoa não souber dar esta aceitação, ocorre uma espécie de estagnação naquele espaço emocional onde houve a falta. E a dor provocada por essa falta é horrorosa, uma agonia impensável. O que fazemos então? Saímos à busca de algo que possa aliviar um pouco aquela lacuna. Assim é que muitos se apegam aos vícios; outros se tornam exigentes e extremamente apegados com os relacionamentos. Há também aqueles que adoecem fisicamente, trabalham demais, comem excessivamente, e assim por diante. O detalhe é que é muito comum misturarmos nossas carências afetivas com nossos desejos eróticos. Muitas mulheres buscam suprir, na vida sexual, suas necessidades afetivas. Na ausência que tiveram do afeto proporcionado pela proximidade de um corpo em fases mais básicas da vida, procuram algum afeto na relação sexual, buscam encontrar carinho no intercurso carnal. Naturalmente, órgãos sexuais podem proporcionar prazer, mas apenas um prazer sexual. A carência continua. É possível haver relação sexual sem carinho – mas é claro
que ela será bem mais completa se for também uma interação carinhosa. Indivíduos assim precisam assumir que há rombos no próprio afeto e aprender a ser a própria fonte para dar a si mesmo um pouco daquilo que faltou no passado. É nesse tipo de contexto que a homossexualidade, sobretudo a feminina, surge como uma solução. Muitas mulheres que não assumem essas faltas em sua história de vida se envolvem sexualmente com outras mulheres, e até acreditam que são lésbicas. Em situação de grande carência, o corpo da outra assume o papel do da mãe que um dia foi ausente e esses sentimentos misturamse com os desejos eróticos. E, nesta busca de afeto no feminino, é possível também canalizar o prazer sexual para com outra mulher. A relação homossexual passa então a ser não apenas fonte de prazer e alívio da energia sexual como um meio de suprir a carência afetiva e as faltas já existentes – ainda mais quando a experiência com o sexo oposto foi negativa. Processo semelhante também ocorre entre os homens, quando o vácuo afetivo foi deixado pelo pai. Cada vida é uma história, e as faltas e privações são diferentes de pessoa para pessoa. Mas é muito comum se confundir a necessidade de afeto com o desejo sexual. Por
isso, é tão importante sabermos diferenciar o que é afeto, carinho, toque físico e necessidade sexual. Desvincular uma dessas coisas das outras, contudo, é muito difícil, já que se confundem em diversas instâncias. Vamos lembrar que Jesus recebeu o toque de Maria e também o da meretriz que chorou a seus pés, enxugando-os com seus cabelos e ungindo-os, provavelmente, com o perfume que usava para se prostituir. Pois Cristo recebeu esse contato sem qualquer conotação sexual. Ele aceitou também que João, o discípulo amado, recostasse sua cabeça em seu peito, e não manteve com ele nenhum relacionamento homossexual. Então, é possível sermos afetivos sem envolvimento de natureza carnal. O problema é que a maioria das pessoas não sabe fazer esta distinção e nem respeitar o outro dessa maneira. Alguns têm tanto medo do envolvimento que não dão carinho algum a ninguém. São indivíduos secos, que se mantêm distantes da intimidade com o outro. Outros dão o carinho, mas dentro de um contexto sexual, uma espécie de “pacote” completo – e o outro, carente, só vai sofrendo cada vez mais com culpa e frustração. Que sejamos afetivos e amorosos como Cristo foi. E que saibamos dar afeto a quem necessita de afeto.
Cada vida é uma história, e as faltas e privações são diferentes de pessoa para pessoa. Mas é muito comum se confundir a necessidade de afeto com o desejo sexual. Por isso, é tão importante sabermos diferenciar o que é afeto, carinho, toque físico e necessidade sexual.
Sérgio Luiz do Espírito Santo
H
oje, sinto o céu muito perto. Sei que é real, uma outra dimensão onde a vida não é precária, mas perfeita e eterna. Há quase dois mil anos Jesus disse que a casa do pai tem muitas moradas e que iria para lá, depois de ressurreto, prepararnos lugar. Não podemos imaginar como seriam esses lugares, porque estão mesmo além da nossa capacidade de imaginação. Estão muito além daquilo que nossos olhos viram, nossos ouvidos ouviram e nossos corações já tenham experimentado. Mas se lá não há perigos, chuvas torrenciais, ventos perigosos, frio, gente ruim, então porque precisamos de uma morada? Não sei, mas
“Anelo por Cristo meu rei salvador. As honras a Ele darei com Louvor, Porque nele achei sempre graça e favor Precioso é Jesus para mim” (Trecho de um cântico do cantor cristão)
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precisaremos e não será para nos proteger de alguma coisa, com certeza, mas para que estejamos adequados à nova vida, onde habita a justiça, onde não há choro, tristeza, injustiça ou a possibilidade de se morrer. Gosto muito de pensar na nova vida. Penso, por exemplo, em como é a chegada de alguém nos portões da eternidade assim que sua alma deixa o corpo. Que idioma falam os anjos, o que é dito à pessoa, para onde a levam. Sabemos, pela Bíblia, que os anjos a conduzem ao paraíso, que os mortos não estão inconscientes como pregam alguns, mas bem acordados falando entre si e perguntando coisas a Deus. Jesus mesmo disse que Deus não é Deus de mortos mas de vivos em resposta aos saduceus que não criam na ressurreição. Também sabemos, pela Bíblia, que o que acontece aqui é visto por todos os seres espirituais sejam bons ou maus e que há uma espécie de torcida dos anjos que celebram a rendição de mais um aos pés do Senhor e que também ficam de prontidão para atender às ordens de Deus em favor dos que vão ganhar a salvação.
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O céu não é um lugar físico para onde se pode ir a partir de uma escolha como fazemos quando vamos viajar. É uma outra dimensão para onde vão os que tem o selo da salvação, o nome inscrito no livro da vida e que por ele anseiam com alegria profunda na alma. É o destino daqueles que almejam uma pátria melhor, que lamentam a injustiça no mundo, não só quando esta chega até eles, mas porque a veem na vida do outro ainda que a sua esteja boa. Não é somente um recurso para quem tem a vida ruim na terra, embora estes terão mais chances. É o lugar dos lugares e único meio de se estar perto de Deus, vivendo não mais pela fé, mas por vista na presença do salvador. Para os que amam este mundo e seus prazeres, é uma ideia distante e imaginado apenas como um lugar de descanso. Há os que brincam dizendo que “preferem o céu pelo clima e o inferno pelas companhias”, e estes não conseguirão alcançá-lo se não se arrependerem e aprender a amar as companhias que lá terão. O caminho para ele é Cristo e se alguém não o deseja o que fará lá? Por isso, eu anelo por Cristo, meu rei salvador...
Sociedade UM PRINCÍPIO H
avia um homem totalmente solitário; não tinha filho nem irmão. Trabalhava sem parar! Contudo, os seus olhos não se satisfaziam com a sua riqueza. Ele sequer perguntava: “Para quem estou trabalhando tanto, e por que razão deixo de me divertir? “ Isso também é absurdo. É um trabalho muito ingrato! É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do
trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade.
Salomão o sábio no seu livro do Eclesiastes 4:8-12
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A CRISE SEGUNDO
Einstein Albert Einstein
Foto: LEVIN MENDEZ
“Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovêla, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.”
Podemos nos alegrar, igualmente, quando nos encontrarmos diante de problemas e lutas pois sabemos que tudo isto é bom para nós - ajuda-nos a aprender a ser pacientes. Romanos 5:3 - Bíblia Viva
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Eu quero ser
UM VASO NOVO Hernandes Dias Lopes
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Deus não desiste de você, mesmo quando você falha em cumprir seu propósito. O oleiro não jogou no lixo o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não o colocou num canto como algo imprestável. Ele não desistiu desse vaso, mas fez dele um vaso novo. Assim, também, Deus não desiste de você. Mesmo quando você se torna como um barro sem liga ou como um vaso estragado, Deus continua investindo em sua vida. Ele não abre mão de fazer de você um vaso novo. Deus não desiste de fazer um milagre em sua vida. Ele não abdica do direito que tem de fazer de você um vaso de honra, um vaso útil, preparado para toda boa obra. Mesmo quando você cai, fracassa e se desvia, Deus não considera você como sucata imprestável. Ele não olha você com desprezo. Como oleiro divino, ele investe em sua vida e transforma você, para que você cumpra os propósitos eternos que ele mesmo estabeleceu para sua vida.
O profeta Jeremias foi chamado a descer à casa do oleiro para receber uma mensagem de Deus para a nação de Judá (Jr 18.1-6). Ali ele viu o oleiro trabalhando sobre as rodas, moldando o barro e fazendo dele um vaso novo. O vaso havia se estragado nas mãos, mas em vez do oleiro jogar o vaso fora, fez dele um vaso novo. Esse episódio encerra algumas preciosas lições:
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Deus não faz apenas remendos em sua vida; ele faz de você um vaso novo. O oleiro não remendou o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não se contentou com meias medidas. Ele fez um vaso novo. A obra de Deus em você é completa. Ele faz de você uma nova criatura. Ele não quer apenas uma reforma externa, um verniz de aparência. Ele quer dar-lhe uma nova vida, uma nova mente, um novo coração, uma nova família, uma nova pátria. Deus tem para você uma vida nova, com novos gostos, novas preferências, novos alvos, novos sonhos, novos compromissos. A vida com Cristo é novidade de vida. É vida santa, é vida no altar, é vida cheia do Espírito, é vida abundante, maiúscula, superlativa, eterna. A obra de Cristo em você é um milagre extraordinário. Portanto, você deve despojar-se dos trapos da murmuração e revestir-se com as vestes de louvor. Você deve largar para trás o espírito angustiado e cobrir-se com roupagens de louvor e óleo de alegria.
Deus não faz de você um vaso segundo o seu querer, mas um vaso segundo o seu propósito soberano. Deus fez do vaso que se lhe havia estragado nas mãos um vaso novo, segundo bem lhe pareceu. A obra de Deus em você não é conforme os ditames da sua vontade, mas conforme os propósitos soberanos do próprio oleiro divino. Deus tem o melhor para você. Os planos de Deus para a sua vida são mais elevados do que os seus próprios sonhos. O projeto de Deus para a sua vida são mais altaneiros que os seus próprios projetos. A vontade de Deus e não a sua deve prevalecer em sua vida. Ele é o oleiro, e você o barro. Não é o barro que manda no oleiro; é o oleiro que molda o barro. O oleiro tem o direito de fazer do barro o que lhe aprouver. O oleiro divino que molda você é o mesmo que espalhou as estrelas no firmamento e o mesmo que lançou os fundamentos da terra. O oleiro divino está empenhado em esculpir em você a beleza de Jesus. Seu projeto eterno é transformar você à imagem do Rei da glória. Ele lhe predestinou para você ser conforme à imagem do seu Filho. Deus jamais desistirá desse projeto. Seus planos não podem ser frustrados. Se preciso for, ele vai quebrar o vaso e fazê-lo de novo. Mas, jamais vai desistir de fazer de você, um vaso de honra.
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PERSEVERANÇA Um exemplo
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m homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as próprias jóias da esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. O homem desiste? Não! Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o chamavam de “visionário”. O homem fica chateado? Não! Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele. Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída. O homem se desespera e desiste? Não! Reconstrói sua fábrica, mas, um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d’água, um duro golpe. E o homem desiste? Não! Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entra em pânico e desiste? Não! Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas “bicicletas motorizadas”. A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria. Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos
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maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente. Portanto, se você, como infelizmente tem acontecido com muitas pessoas, adquiriu a mania de viver reclamando, pare com isso! Vá em frente. Sempre!
A Ç N E R E F I D IN o d a t l u s e r O Brecht Bertolt
Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso Eu não era negro Em seguida levaram alguns operários Mas não me importei com isso Eu também não era operário
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Depois prenderam os miseráveis Mas não me importei com isso Porque eu não sou miserável Depois agarraram uns desempregados Mas como tenho meu emprego Também não me importei Agora estão me levando Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém Ninguém se importa comigo.
Éhorade
!
gargalhar !
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Examinai as Escrituras
faz bem...