5 minute read
A importância do acompanhamento psicopedagógico clínico, escolar e familiar
A Psicopedagogia vem despertando a atenção de educadores e outros profissionais que atuam com processo de desenvolvimento humano, principalmente os que têm contato com as crianças e adolescentes. A atuação da Psicopedagogia pode ser preventiva e terapêutica: preventiva, quando atua nos processos educativos com objetivo de prevenir os problemas escolares, e terapêutica, quando atua junto à pessoa, procurando conhecer o que à impede de aprender, melhorando assim as relações com a aprendizagem e apropriação do conhecimento.
A necessidade de acompanhamento psicopedagógico, deve ser considerada quando surgem queixas na escola em relação aprendizagem e o desempenho escolar, ou quando, os pais ou resposánveis, notam que a criança ou adolescente apresenta dificuldades, como: realizar as tarefas, lembrar o que estudou e nos resultados das avaliações. O primeiro encontro com o psicopedagogo é com os pais ou responsáveis para uma entrevista, a qual serão relatadas as queixas do não aprender. O profissional ouve as queixas da família e da escola, avalia os aspectos neurológicos, afetivos, cognitivo e social, para ajudar nas dificuldades e possíveis transtornos. As dificuldades não podem ser vista apenas como fator particular da criança ou adolescente, mas, a partir das relações, pois a construção do processo de aprendizagem envolve a criança, a família e a escola.
Advertisement
A avaliação pode incluir outros profissionais, como, Pediatra, Neurologista, Fonoaudiólogo e Psicólogo, quando necessário, visto que as dificuldades podem estar relacionadas a vários fatores. Após avaliação e o diagnóstico, inicia-se o atendimento psicopedagógico clínico, aonde o profissional vai trabalhar com elementos que estimulam o aluno, de maneira que os vínculos estabelecidos sejam fortalecidos e a relação entre a pessoa e a aprendizagem seja construída positivamente, com atividades que promovam o desenvolvimento, fazendo-as perceber suas potencialidades, recuperando desta forma, seus processos internos de apreensão, nos aspectos: cognitivo, afetivo-emocional e de conteúdos acadêmicos. O atendimento é individual, facilitando assim a criação de um vínculo entre aluno e psicopedagogo com atividades lúdicas e os jogos que auxiliam a criança a aprender, a ter limites, ganhar e perder, desenvolver o raciocínio, aprender a se concentrar e desenvolver a atenção, ajudando a criança ou adolescente encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem.
As intervenções psicopedagógicas no contexto escolar, juntamente com a equipe pedagógica devem preocupar-se não só com diagnóstico, e com estratégias pedagógicas que auxiliam em sala de aula com atividades que facilitaram a aprendizagem, mas, também precisa favorecer, principalmente, o desenvolvimento da autoconfiança, pois na escola a criança aprender viver em sociedade. Na escola o psicopedagogo além de auxiliar os professores e demais profissionais nas questões pedagógicas, também pode colaborar com a direção para que haja um bom entrosamento em todos integrantes da instituição e principalmente ajudar o aluno que esteja sofrendo, qualquer que seja a causa. Às vezes por motivos tão simples de serem resolvidos, como: problemas familiares, com os professores, com os colegas de turma, no conteúdo escolar, e muitos outros que acabam por tornar a escola um lugar aversivo, e o que deveria ser um lugar significativo. Assim, as intervenções podem ser diretamente com o professor, num processo de parceria, bem como, na participação em reuniões de pais, esclarecendo sobre desenvolvimento, em conselhos de classe com a avaliação no processo metodológico, na escola como um todo, acompanhando e sugestões de atividades, buscando estratégias e apoio necessário para cada criança com dificuldade. O psicopedagogo pode participar de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico e prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança.
O psicopedagogo atinge seus objetivos quando, tem a compreensão das necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abrindo espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagens de seus alunos que necessitam de elementos diferenciados para aprender. Sabemos que aprendizado não é adquirido somente na escola, mas, construído pela criança em contato com o social, junto com sua família e no mundo que o cerca. A família é o primeiro vínculo com a criança, sendo responsável por grande parte da educação, e de sua aprendizagem, e por meio desta aprendizagem ela é inserida no mundo cultural, simbólico e começa a construir seus saberes. A família desempenha um papel importante na condução e desenvolvimento, sendo importante que os pais ou responsáveis contribuem nesse processo. A intervenção psicopedagógica si propõe em incluir a família no processo, como uma forma de valorização, continuidade do trabalho realizado pelo profissional e resultados em curto prazo, participando e auxiliando em casa conforme sugestão profissional, estimulando-o, mostrando que ele é capaz de aprender e fazer, elogiando sempre que necessário, fazendo cumprir os horários da tarefa, tratando-o igual aos colegas, procurando propor brincadeiras que promovam aprendizagem.
Posto isso, a efetivação e compromisso com as intervenções tanto na clínica, na escola e no contexto familiar, garantem a superação das dificuldades, tornando capazes de olhar o mundo em que vivem, a fim de não criar rótulos que marcarão toda uma existência e que, para tanto, é necessário que seja ampliada a visão acerca da queixa trazida, buscando-se não só justificativas isoladas ou que culpabilizem somente o sujeito na explicação de suas dificuldades, mas que, a partir de uma visão mais humanizada, sejam construídas as possibilidades, além das dificuldades, não esquecendo nunca de que o principal beneficiário da intervenção é a pessoa que se apresenta ao profissional, devendo ser vista pelos diferentes aspectos que o constituem fortalecendo o sentimento de pertencimento do sujeito em seus contextos de vida escolar, familiar e social, as quais lhes possibilitam interagir com as dificuldades, acreditando em suas possibilidades.
MARLI CABRERA SOARES Psicopedagoga Clínica - ABPp - 13280
CURRÍCULO • Neuropsicopedagoga Clínica; • Psicopedagoga Clínica e Institucional; • Especialista em Atendimento Educacional Especializado; • Especialista em Educação Especial e Inclusão; • Especialista em Orientação e Supervisão Escolar; • Pedagoga - MEC 5359; • Mestranda de Psicologia - Universidade Estadual Maringá; • Pós - Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada.
CIMIP - Centro Infantil Multidisciplinar de Intervenção Precoce Rua Rocha Pombo, 993 – Campo Mourão/PR 44 3523-1265 99915-5029 Marli Cabrera Soares marlicabrera_psicopedagoga marlicabrerasoares@hotmail.com