2 minute read
Doença Renal Crônica
A doença renal crônica caracteriza-se como a diminuição progressiva do funcionamento dos rins, levando à diminuição da eliminação das impurezas do organismo e, ao atingir determinados limites, exige uma intervenção como a diálise ou o transplante de rim.
O transplante renal é uma opção de tratamento para os pacientes que sofrem de doença renal crônica avançada. No transplante renal, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um paciente portador de insuficiência renal crônica avançada. Através de uma cirurgia, esse rim é implantado no paciente e passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas.
Advertisement
Existem dois tipos de doadores: os doadores vivos (parentes ou não) e os doadores falecidos. No caso de doadores falecidos, os rins são retirados após se estabelecer o diagnóstico de morte encefálica e após a permissão dos familiares. O diagnóstico de morte encefálica possui critérios muito rigorosos definidos pelo Conselho Federal de Medicina. O sangue do doador será cruzado com o sangue dos receptores, e receberá o rim aquele paciente que for mais compatível, ou seja, que apresentar o menor risco de rejeição com o órgão que está disponível.
Para receber um rim de doador falecido é necessário estar inscrito na Central de Transplantes do Estado, onde será feito o transplante, onde existe uma lista única de receptores de rim. No caso de rim de doador vivo, tanto os parentes, quanto os não parentes podem ser doadores, desde que haja uma autorização judicial. As condições necessárias para ser um doador vivo é manifestar desejo espontâneo e voluntário de ser doador. A comercialização de órgãos no Brasil é crime e passível de pena. Caso haja o desejo, é necessário que o sangue do doador seja compatível com o sangue do receptor.
Após o transplante de rim, o paciente ficará tomando remédios chamados de imunossupressores, que diminuem a chance de rejeição do órgão que ele recebeu, diminuindo a imunidade. Essas medicações devem ser utilizadas durante todo o tempo que forem transplantados. O abandono da medicação pode ter sérias consequências como a perda do rim transplantado e outras complicações. O rim transplantado pode permanecer funcionando por vários anos (mais de 10 anos), mas, em alguns casos, o tempo de duração de funcionamento do órgão não é tão longo. O uso correto dos imunossupressores é importantíssimo para a manutenção do funcionamento do transplante.
A rejeição ocorre quando o organismo passa a reconhecer o rim recebido como estranho. Para cada uma dessas situações existe um tratamento específico, e quanto mais cedo for iniciado, maiores as chances de manter o funcionamento do rim. Os pacientes que se submetem ao transplante renal têm uma maior sobrevida ao longo dos anos. Porém, a indicação da melhor estratégia de tratamento depende de vários fatores e deve ser individualizada para cada paciente.
DR. FRANCISCO GONÇALVES NEVES NETO