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Transtorno Opositivo Desafiador como a terapia pode ajudar?
Caracterizado por padrões comportamentais negativos e desafiadores, principalmente em relação a figuras de autoridade e contextos com regras, o Transtorno Opositivo Desafiador ou TOD é um transtorno infantil disruptivo, onde o indivíduo causa perturbações no ambiente, se colocando em situações conflitantes.
Os sintomas podem ser confundidos com comportamentos típicos da infância ou até mesmo considerados como algo da personalidade, mas quando os mesmos são observados por seis meses ou mais, o ideal é buscar um profissional para o devido diagnóstico. Pode-se observar nesses casos: alta hostilidade, comportamentos vingativos, ressentimento, agressões verbais, inassertividade na expressão das emoções (geralmente de modo explosivo, com muita raiva e agressividade, através de manha, choro e/ou gritos), desobediência e tentativas de desafiar e provocar figuras de autoridade ou sobre quem se deseja ter autoridade.
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A avaliação psicológica e psiquiátrica inicialmente descarta a presença de outros transtornos psicológicos, uma vez que sintomas depressivos, ansiosos e mesmo de bipolaridade, TDAH e transtornos de aprendizagem e linguagem se assemelham. Não há causas claras do transtorno, mas evidências da influência genética e neurológica, assim como do ambiente no qual a criança está inserida.
Os primeiros sintomas desenvolvem-se entre os anos pré-escolares e os oito anos, tendo maior incidência entre os meninos. Os níveis de gravidade do transtorno são estabelecidos pelo número de ambientes em que os sintomas aparecem e o quanto afeta a qualidade de vida e as relações sociais da criança. Devido ao temperamento instável, pode-se observar prejuízos nas relações interpessoais e no desempenho escolar. Geralmente essas crianças também são vítimas de bullying e exclusão social.
O tratamento é multiprofissional, com psicoterapia individual e acompanhamento neuropsiquiátrico, orientação e treinamento de pais, e suporte escolar.
A psicoterapia auxilia a criança a entender e administrar melhor as próprias emoções, desenvolvendo também habilidades sociais, aprendendo a solucionar problemas, reduzir comportamentos indesejáveis e desenvolver
ANA CAROLINA FARIAS SILVA
CRP 08/26318 | Psicóloga Clínica
CURRÍCULO
• Colaboradora no Serviço de Aconselhamento Genético da UEL; • Especialista em Terapia Analítico Comportamental (UNIFIL); • Atendimento Individual, Casal e Família.
43 99660-2841 | 43 3377-1900 Av. Bandeirantes, 402 - Vila Ipiranga, Londrina/PR comportamentos mais saudáveis. É importante a participação ativa da família durante todo o processo para que as intervenções sejam efetivas.
Já o tratamento medicamentoso voltado a transtornos relacionados e possíveis comorbidades por vezes se faz necessário, para controle de sintomas e promoção de bem-estar ao indivíduo, devendo sempre estar associado com a psicoterapia. Com intervenção precoce e empenho no tratamento, é possível restabelecer qualidade de vida e saúde para a criança e família!