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Alergias Oculares: o que é preciso saber?
Caracterizada como uma reação exagerada do sistema imunológico a uma destas substâncias irritantes, denominadas alérgenos (ácaros, poeiras, pólen, mofo, pelos de animais, produtos de limpeza etc.), a alergia ocular atinge entre 15% a 20% da população mundial, afetando as pálpebras e a córnea. Caracteriza-se pela presença de prurido e hipertrofia papilar, com ou sem envolvimento da córnea. Modernamente, classificam-se as alergias oculares em:
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1 - Aguda
• Conjuntivite alérgica aguda • Conjuntivite alérgica sazonal
2 - Crônica
• Conjuntivite alérgica perene • Ceratoconjuntivite primaveril • Ceratoconjuntivite atópica • Conjuntivite papilar gigante
A reação alérgica é caracterizada por uma atuação excessiva do sistema imunológico, imunomediada, que acaba prejudicando o próprio organismo. O processo varia desde quadros leves, com poucos sintomas, até quadros graves, com muita coceira e sensibilidade à luz. As conjuntivites alérgicas sazonais e perenes são as formas mais comuns. A sazonal é a mais comum, responsável por 80% dos casos, enquanto a perene soma 5% dos casos. Os principais patógenos são o ácaro e o pólen.
A alergia ocular é caracterizada por prurido, isto é, não existe alergia ocular sem prurido. Durante as crises, também ocorrem queixas de olho vermelho, lacrimejamento, fotofobia e, quando há envolvimento corneal, visão embaçada e dor.
A alergia ainda não tem cura, mas tem controle e, no caso das crianças, costuma melhorar durante a adolescência. O objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida dos pacientes, promover o seu bem-estar geral e prevenir as complicações. O tratamento consiste principalmente em orientar o paciente a evitar o alérgeno. No caso do pólen, diminuir a exposição a ele nas épocas e horários de maior liberação; no caso do ácaro, evitar a poeira doméstica que acumula o ácaro, ter poucos móveis, substituir carpetes e tapetes por pisos lisos, substituir cortinas de tecido por persianas, usar travesseiro de poliéster antiácaro e envolver o colchão com capa antiácaro.
No tratamento utilizamos compressas frias (sobre os olhos fechados) para diminuir a coceira e, se não for suficiente, utilizamos colírios especiais. Nestes casos o médico oftalmologista deve acompanhar o caso para evitar e tratar as possíveis complicações. Existem muitos tipos de colírios para o tratamento da alergia e alguns deles como os corticoides só devem ser receitados por um médico porque seu uso incorreto pode levar à cegueira. Em alguns casos é necessário utilizar corticoide sistêmico (tomado por via oral) para controlar a alergia ocular.
DR. ALEXANDER RODRIGO HASIMOTO
CRM/PR 23982 | RQE 1788 | Oftalmologia
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