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Saúde mental dos idosos
Especial Saúde do idoso Saúde do idoso
Saúde mental dos idosos
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Estima-se que o Brasil, em 2020, tenha alcançado mais de 30 milhões de idosos, ocupando o sexto país do mundo. Com essa prevalência de envelhecimento populacional, sem dúvida, além dos acometimentos fisiológicos que são as doenças crônicas do “corpo” (ex: Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Tipo II, Cardiopatias, etc.) temos na mesma ou maior proporção um aumento da vulnerabilidade da “mente” (ex: Depressão, Ansiedade, Psicose, Demência, entre outras).
Sabemos que o aumento dos transtornos psiquiátricos na terceira idade podem iniciar antes da senilidade (ex: Esquizofrenia, Transtornos de Humor, Deficiências Intelectuais, etc.) ou apareceram junto com o processo de envelhecimento cerebral (ex: Doenças Neurodegenerativas, Psicoses, Depressão, Ansiedade, etc.).
Dentre os transtornos mais prevalentes neuropsiquiátricos na terceira idade, temos: ▶ Depressão • Intensidade: pode variar de leve a gravíssima (incluindo risco de suicídio). • Sintomas mais comuns são: alteração do sono, perda de apetite, fadiga, choro, sentimentos negativos com relação ao futuro, irritabilidade, evitabilidade, isolamento, declínio da memória, desânimo, angústia, entre outros. • Fatores de risco: doenças físicas, solidão/ convívio social prejudicado, perdas recentes de entes queridos (luto), vulnerabilidade genética, baixa escolaridade, sexo feminino, doenças crônicas/ sistêmicas, incapacidade funcional, comprometimento cognitivo, entre outros. • Fatores Protetores: nível educacional e socioeconômico elevado, participação em atividades prazerosas (ex: grupos de terceira idade), envolvimento O mundo está envelhecendo. Estamos preparados para atender e acompanhar essa crescente demanda epidemiológica e demográfica gerada pelos idosos?
religioso ou espiritual, atividade física regular, entre outros. ▶ Ansiedade
Sem espaço a dúvida, este transtorno psiquiátrico é o mais prevalente entre idosos. Sendo que o Transtorno de Ansiedade Generalizada ocupa o maior motivo de procura por ajuda médica especializada. O que se evidencia, mais comumente, é uma estrutura emocional ansiosa de longa data, as vezes desde a infância ou vida adulta, mas sem um prejuízo funcional importante que leve a procura de ajuda e quando chega a “calmaria” da vida na senilidade, os sintomas, ansiosos se tornaram incapacitantes e disfuncionais. No momento que estamos vivendo, em decorrência da pandemia COVID, observamos um incremento desta procura, pelo motivo já explicado e também na modalidade de estresse pós traumático e transtorno de pânico.
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• Intensidade: também é variável de sintomas leves até muito intensos e incapacitantes, sendo que muitas vezes os sintomas físicos chegam a confundir com outras doenças, como infarto, problemas respiratórios, etc. • Sintomas: medo (de morrer, de doença, de sair de casa, de pessoas, de catástrofes, etc.), ruminações (pensamentos/ sentimentos negativos e/ou fatalistas), estado de hiper alerta (cabeça que não desliga), sintomas físicos (falta de ar, nó na garganta, aperto no peito, coração acelerado), entre muitos outros, como declínio cognitivo (memória fraca) e doenças crônicas. • Fatores de risco: são muito semelhantes aos da depressão.
Ainda temos as psicoses e também os transtornos neuro cognitivos, sendo a Demência de Alzheimer a mais comum.
Tendo em vista a vulnerabilidade física e emocional que a humanidade hoje ainda vive na pandemia COVID, o objetivo desta matéria é voltarmos nossas reservas de energia, inteireza, valores para consigo mesmo e para os seus. Entendendo que hoje o adulto, jovem ou maduro deve redobrar cuidados e atenção a aqueles que estão em sua tutela (nossos filhos) e também a aqueles que possibilitaram a nossa vida (nossos pais, nossos avós).
DRA. ANGELI CRISTINE KAISER