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Doenças oculares mais comuns na terceira idade

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O envelhecimento aumenta o risco de algumas condições oculares que ameaçam a visão, e é por isso que é importante estar informado e fazer check-ups regulares nos olhos.

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A terceira idade é uma fase da vida que exige atenção redobrada com a saúde ocular. Isso porque algumas doenças oculares, costumam atingir os idosos com mais frequência devido ao processo natural de envelhecimento do olho. Catarata: O processo de opacificação do cristalino é chamado de Catarata. Hoje é a maior causa de cegueira tratável nos países em desenvolvimento. Anualmente, no Brasil já são mais de 600 mil procedimentos de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Mais comum após os 60 anos de idade, as principais queixas são a diminuição da acuidade visual, visão “nublada”, aumento na sensibilidade à luz, visão dupla e alterações na percepção de cores. O único tratamento é a cirurgia que hoje pode recuperar a visão para todas as distâncias mesmo em pessoas que já estavam cegas pela catarata.

Glaucoma: Considerada a principal causa de cegueira no mundo pela OMS, o glaucoma é uma doença silenciosa, crônica e progressiva que afeta diretamente o nervo óptico, causada principalmente por uma pressão intraocular elevada. Ela costuma ocorrer com mais frequência a partir dos 40 anos. Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver o glaucoma, como diabetes, pressão alta e miopia maior que seis graus. Além disso, a idade e o histórico familiar devem ser levados em consideração como situações de risco. O tratamento do glaucoma pode ser realizado com colírios para baixar a pressão intraocular, além do acompanhamento constante com o médico oftalmologista.

Degeneração Macular relacionada à

Idade: o DMRI é uma doença que acomete a área central da retina, a mácula. É uma das principais causas de perda visual central severa na terceira idade. A DMRI é caracterizada por depósitos chamados de drusas, que são causados por deficiência no metabolismo da retina. Ela se apresenta de duas formas: a DMRI atrófica ou seca, forma mais comum (80%) e de evolução lenta. Neste caso as drusas estão localizadas na mácula e lentamente progridem para atrofia levando a perda de visão. A DMRI neovascular ou úmida acomete somente 20% mas é responsável por uma perda

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severa da visão em 90% dos casos de DMRI. Nesta forma ocorre a formação de novos vasos sanguíneos ruins, sob a retina, chamados de membrana neovascularsubretiniana e que leva a uma perda rápida e irreversível da visão.

Retinopatia Diabética: O diabetes é hoje a maior causa de cegueira na população adulta. O Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior prevalência de diabetes: 14.3 milhões de pessoas portadoras de diabetes. Isto corresponde a aproximadamente 9.4% da população entre 20 e 79 anos de idade. As estatísticas mundiais mostram que 10% da população com diabetes apresenta o tipo 1 (diabetes da criança) e 90% apresenta o tipo 2 (diabetes do adulto). Nos últimos anos, com o aumento de casos de obesidade em adolescentes, cresce o número de portadores de diabetes tipo 2 nessa faixa etária. A retinopatia diabética acomete a visão devido ao excesso de glicose nos vasos, que causam danos na retina. O tratamento da Retinopatia depende do grau de progressão em que o paciente se encontra. Para a Retinopatia Diabética Não-Proliferativa, o tratamento está baseado na retirada do edema macular com a aplicação intraocular de anti-angiogênicos e na fotocoagulação a laser. Para a Retinopatia Diabética Proliferativa o tratamento é mais complexo, porque em alguns casos também é necessária à realização de uma cirurgia intraocular. A frequência recomendada para as consultas costuma ser uma vez ao ano. Porém, na terceira idade, o ideal é que você visite o oftalmologista ao menos duas vezes no ano ou caso apresente algum desconforto. Proteger os olhos da luz ultravioleta intensa, manter uma dieta saudável e praticar exercícios regularmente também contribuem para uma boa saúde ocular.

DR. ALEXANDER RODRIGO HASIMOTO

CRM/PR 23982 | RQE 1788 | Oftalmologia

CURRÍCULO

• Título de Especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia; • Fellowship em Cirurgia Refrativa e Cirurgia de Catarata pelo HOPR.

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