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CADA MÃE COM UMA CONQUISTA
Registramos cada nova fase da evolução de nossos filhos e esquecemos de nossas próprias vitórias
Toda mãe tem um álbum cheio de fotografias —no celular ou físico— de seu rebento. Cada marco no desenvolvimento de um filho é um registro no álbum da mãe. Cada sorriso, passo ou dente que cai é celebrado.
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Primeiros dias de aula, formaturas e aniversários, todos ficam devidamente documentados como mais uma vitória de nossas crias.Registramos sem parar as conquistas vivenciadas por eles e deixamos de lado as nossas, que podem não passar desapercebidas, mas seguem adiante sem muitas comemorações. Na maternidade, os caminhos que escolhemos estão sempre ligados aos nossos filhos - FotoliaTalvez seja a falta de tempo trazida pela dedicação materna a responsável por nos fazer esquecer que, a cada dia, estamos transpondo nossas próprias barreiras na criação de novos seres humanos.
Sejam elas barreiras físicas ou psicológicas. Sejam grandes marcos sociais ou algo corriqueiro, mas que jamais seria feito se não fosse por um filho.Há poucos dias, uma amiga publicou um texto em uma de suas redes sociais contando como reaprendeu a dirigir depois da maternidade. Embora tivesse CNH (Carteira Nacional de Habilitação), dirigir era uma prática que não fazia parte de seu dia a dia. Até, com o barrigão, deu-se conta de que seria prudente dirigir caso houvesse alguma emergência com o bebê que estava para nascer.
Retomou as aulas de direção e, agora, oito meses depois do nascimento de seu filho, perdeu o medo e deu seu primeiro passeio só ela e a criança, em uma conquista que me lembrou de tantas outras vividas por mães que conheço, e até por mim mesma.Um amiga grávida se deu conta que precisava dirigir para atender o bebê em alguma emergência; venceu o medo e, hoje, passei com seu filho por aí - Fotolia Lembro-me de outra amiga que venceu o medo de ir até a feira e ao supermercado sozinha com duas crianças pequenas. Não eram mais bebês, mas, para ela, estavam em uma idade que seria impossível controlar sem o auxílio do pai.Venceu este medo e passou a sair com as crianças por aí. Fui contemplada com uma das primeiras visitas dessa nova mãe, que depois de ir à feira e ao supermercado, resolveu passear com suas crianças.
Eu também tive meus marcos ao volante. Sou filha de motorista e sempre encarei o carro sem medo, mas confesso que pegar a estrada com minha bebê e percorrer 300 km para ver minha família, com 20 e poucos anos, foi desafiador. Luiza, minha primogênita, tinha poucos meses e mamava somente no peito. Viagem com criança já perrengue. Nestas circunstâncias, me assustava. Mas eu fui e fiz. Fiz por mim e por ela.
Dirigir um carro significa. Traz um simbolismo que nos coloca como as responsáveis pelo rumo de nossas vidas. A diferença é que, quando se é mãe, o caminho que escolhemos trilhar está ligado à maternidade. É pelo filho, com o filho, para o filhoCada mãe uma conquista, cada bebê, um amor. Cada vitória, um novo caminho que se abre. Celebremos.
Toda mãe tem um álbum cheio de fotografias —no celular ou físico— de seu rebento.