ABTT
RELAÇÃO ENTRE
EMPRESAS E ACADEMIA
I
nvestir em inovação é uma das maneiras mais eficazes de manter um negócio competitivo e até mesmo fazê-lo se destacar em períodos de crises. Para que isso aconteça é preciso desenvolver essa cultura internamente nas organizações, isso porque as universidades possuem a pesquisa no seu DNA. A importância do diálogo entre academia e empresas e a troca de conhecimentos e experiencias tem um valor fundamental para a cadeia produtiva e as modernas formas de gerenciamento do parque industrial e pessoal da cadeia. Quando o assunto é a relação entre empresas e academia, a primeira coisa que se deve fazer é perder o medo de dialogar de expor suas necessidades e tanto as empresas como a academia precisam apresentar propostas frente aos novos desafios. A academia deve ir para dentro das empresas, conhecer as necessidades e as empresas precisam interagir mais com professores e estudantes, a fim de incentivar a aprendizagem baseada em desafios que o mercado impõe, além de opinar nos conteúdos que devem ser ministrados na academia, feita esta relação o que se tem é um alinhamento com uma maior visão do mundo do trabalho e das tecnologias. É preciso não se esquecer da base, dos conceitos fundamentais, mas é necessária ter uma visão para onde o mercado está caminhando, hoje temos uma internacionalização dos processos, o que nos leva a ter está preocupação em saber como o mercado internacional está se movendo. Além disso, o empreendedorismo, precisa ser incentivado, frente aos grandes desafios que estão aparecendo, neste caso as associações têm grande influência, agindo como órgãos de representação da
08 I Revista Têxtil #777
cadeia se posicionando, incentivando mudanças na legislação, que alavanquem o setor e possam destravar o desenvolvimento, além de captar oportunidades e conectividade com o mundo. As barreiras institucionais e administrativas estão entre os maiores entraves para o baixo engajamento entre empresas e academia, alicerçadas em concepções, conceitos e tempos distintos de ações, tudo conspira para a não integração em busca de uma parceria solida e voltada para a realidade dos setores produtivos. Mas o fato é que essa tão necessária ação de aproximação da realidade dos problemas empresariais com a produção de ensino, pesquisa e extensão têm que evoluir de forma mais rápida e estruturada. Sob uma ótica de valorização do conhecimento, das competências e habilidades e dos reconhecimentos do uso correto das tecnologias, com um outro olhar para o futuro. As aplicações advindas de novas tecnologias emergentes de conectividade, processamento e análise maciça de dados desestruturados, automação de processos de captura e coleta e gerenciamento remoto de aplicações, advento do fenômeno da Internet das Coisas, machine learning, entre outros, colocam o avanço tecnológico disponível em um mundo digital acessível. Com uma articulação institucional ampla e plural em busca de uma governança diferenciada, mas que mantem a unicidade dos propósitos estabelecidos, aproveitando a cultura e o conhecimento, somando esforços públicos e privados, academia, associações e governos, poderemos impor uma nova perspectiva para a cadeia produtiva e melhorar o valor dos nosRT sos produtos com maior competitividade.