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Morar mais Mostra apresenta concepções novas para espaços da casa ou do trabalho

Zelo Destino Roteiro emocionante que passa por Japão e Park City

Arte Fernanda Magalhães conquista mundo com sua gordura

Moda

Inverno com muito brilho

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12 Editorial

Arte

Gordura que faz sucesso

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ecília Meirelles diz no poema “Reinvenção” que a vida só é possível reinventada. Para fazer chegar às suas mãos, leitor, uma revista com a qualidade gráfica e editorial que você merece, temos de nos reinventar todos os dias. A cada número, trazemos novas seções e mais conteúdo. Tudo para que a Zelo chegue até você mais atual e mais gostosa de ler. Reinventar a si mesma é o que também tem feito a nossa entrevistada desta edição, a fotógrafa Fernanda Magalhães, que, mesmo ameaçada por endócrinos, reinventou seu corpo na arte e tirou a roupa para enfrentar o preconceito. Falamos também com a empresária Gisela Vaz, que tem pela frente o desafio de transformar a dança em Goiás. Ela coordena o primeiro Festival Internacional de Dança de Goiânia, que acontece em junho no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Veja matéria com o empresário Javier Velasquez, do Brasil España, que aposta na troca de experiências culturais como diferenciais no ensino. Nas páginas da Zelo Casa, um especial da Morar Mais Por Menos, evento de decoração, arquitetura e paisagismo que reúne em 31 ambientes diversas ideias para quem quer decorar ou reinventar a casa. E ainda, o estilo de viver e de morar da chef Sissi Calixto. Sua casa é um retrato das viagens e do modo de vida da família. Em Zelo Destino, conheça a charmosa Park City, nos EUA, cidade que depois do fechamento das minas, em 1963, teve de se reinventar e abriu o primeiro resort de esqui da área. A empresária Maria Tereza Veras relata a viagem que fez ao Japão, país onde tradição e modernidade convivem harmoniosamente. Recheia também este número belíssimo ensaio de moda do fotógrafo João Augusto. E mais: deliciosamente charmosas estão as colunas Zelo Indica, Agenda Verde, Carros, TRL, Só Para Homens, High-Tech, Eventos, Beleza, além de crônicas e artigos. Enfim, muitas dicas para você se (re) inventar. Aprecie sem moderação! Z

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Morar Mais

Renovação de espaços tradicionais

Perfil

Sissi Calixto na intimidade do lar

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Turismo

Empresária relata viagem ao Japão

44 Moda

Brilho invade o inverno

Rosângela Motta ZELO 6

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EXPEDIENTE Edição geral Rosângela Motta Edição Ranulfo Borges Edição de Fotografia Ângela Motta Diagramação Vinícius Alves Revisão Fátima Tolêdo Projeto Gráfico Carlos Sena Estagiária Hannah Motta

RANULFO BORGES

ÂNGELA MOTTA

MAX MIRANDA

ASTERO MOTTA

PABLO KOSSA

ANDREA REGIS

KELL MOTTA

SANDRO TÔRRES

OSMAR RÉGIS

JÔ ALMEIDA

JOÃO CAMARGO NETO

REGGIE MORAES

NATHÁLIA FIOROTTO

WILLIAM HANNA

ALICE GALVÃO

VINÍCIUS ALVES

Jornalista Responsável Astero Motta (JP - 2233) Zelo em Brasília Kell Motta (61) 9915 5115 Pré-impressão e Impressão Gráfica Formato Motta Editora Ltda Telefone: (62) 3259 6510 www.revistazelo.com.br redacao@revistazelo.com.br Rua T-36 nº 695, Sl. 506, Ed. Aquarius Center - CEP.: 74.223055 - St. Bueno - Goiânia-GO A Revista Zelo não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas colunas e artigos assinados por seus colaboradores e não tem vínculo empregatício com os mesmos.

MODA Modelo: Kyara Borges (Ford Models Go) Fotografo: João Augusto de Oliveira Maquiador: Luciano Lima Produção Executiva e Styling: Alita Costa FOTO: CAROL ARCANJO

IRIS BERTONCINI

FÁTIMA TOLÊDO

Colaboradores: Ranulfo Borges, Pablo Kossa, João Camargo Neto, Jô Almeida, Andrea Regis, Max Miranda, Vinícius Alves, Iris Bertoncini, Tânia Franco, Fátima Tolêdo, Sandro Tôrres, William Hanna, João Augusto de Oliveira, Alita Costa, Luciano Lima, Nathália Fiorotto, Osmar Régis, João Camargo Neto e Reggie Moraes.

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ARTIGO

A ansiedade é o que mata Pablo Kossa

pablokossa@bol.com.br

N

ão tenho dados científicos sobre o assunto, mas o que percebo nos círculos sociais que frequento é que as pessoas, de forma geral, estão cada vez mais ansiosas. Ninguém consegue mais esperar por nada, tudo tem que ser resolvido naquele exato momento. Caso contrário, a danada da ansiedade mostra sua cara das formas mais cruéis possíveis: gastrite, insônia, dor de cabeça, dor na lombar e, nos casos gravíssimos, perda do interesse sexual. Agora você sacou que a coisa é séria, né? Pois é... Meu avô chama essas pessoas extremamente ansiosas de hoje de “geração lâmpada elétrica”. Ele diz que o pessoal acha que tudo funciona na base do interruptor, onde instantaneamente temos a lâmpada acesa ou apagada. Eu o entendo, pois imagino o baque que a chegada da eletricidade foi para a geração dele. Eu já batizo essas pessoas de “geração internet”. É gente que se esqueceu do quanto o mundo funcionava, e bem, sem a grande rede. A distância que separava você de tudo quanto é informação, livro, música, filme, conteúdo e pornografia era muito maior que alguns cliques. Mas as pessoas se esqueceram disso. Querem tudo e naquele exato momento. O celular também contribuiu para que as pessoas se tornassem mais ansiosas. Quando esses telefoninhos não eram uma praga que habitava todos os bolsos e bolsas, as pessoas ligavam para a casa e para o trabalho de quem desejavam falar. Caso não o encontrassem, deixavam recados que quase nunca eram repassados. E a vida seguia normalmente. Agora as coisas não são mais assim. Conheço pessoas que quase cortam os pulsos quando não conseguem falar com outra no celular. Ficam completamente desesperadas. Não tenho dúvidas de que quanto mais leve pegarmos com a ansiedade, mais anos vamos ficar por aqui. Por isso é que uma desacelerada se faz tão necessária. Quando não nos lembramos do nome do ator que protagonizou aquele filme que amamos, não é preciso arrancar os cabelos para entrar no Google e checar. Você, mais cedo ou mais tarde, vai se lembrar e pronto. Caso não se lembre, sem problemas. A vida continua. Se o celular da pessoa que você quer conversar der direto na caixa, relaxe! Ela deve estar se divertindo por aí. Se você ainda não viu o vídeo que está todo mundo comentando no trabalho, não esquente! Quando você não assistia aos Trapalhões no domingo e ia para a aula na segunda-feira, a sensação era a mesma e você nunca morreu por causa disso. Por um mundo com menos ansiedade, a solução é levar a vida numa relax, numa tranquila, numa boa. Como bem nos ensinou o mestre Tim Maia. Z ZELO 10

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COMPORTAMENTO

Engordurando o mundo

Texto: Osmar Régis Entrevista: Vinicios Kabral*

Conheça o universo de Fernanda Magalhães, uma mulher gorda, que, mesmo ameaçada por endócrinos, reinventou seu corpo na arte e tirou a roupa para enfrentar o preconceito

FERNANDA MAGALHÃES DESAFIOU A DITADURA DOS PADRÕES DE BELEZA E USOU SEU CORPO PARA CRIAR UMA ARTE QUE GANHOU O MUNDO

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“P

ega a gorda baleia, saco de areia!” Esta era a frase que a fotógrafa Fernanda Magalhães, 49 anos e, atualmente, com 115 quilos, ouvia quando brincava de pega-pega nas ruas de Londrina. Hoje é uma mulher consciente de seu corpo. Com Fernanda não existem meios-termos, ela se define como uma mulher gorda. Sem brigar com a balança ou recorrer a dietas absurdas, resolveu assumir sua identidade depois de trilhar um caminho de sofrimento e baixa autoestima enquanto adolescente. Em meados da década de 1990, a fotógrafa enfiou o pé no acelerador e atropelou sem dó nem piedade o preconceito, com o que é considerado um dos clássicos das artes visuais no Brasil – a série “Representações da Mulher Gorda e Nua na Fotografia”. De lá pra cá, Magalhães tem engordurado o mundo. Ela foi convidada para expor e falar sobre as imagens e a temática com a qual trabalha nos principais circuitos de arte internacionais. Sua obra ganhou exposições em diversos pontos do planeta, do Uruguai à Finlândia. No mês de outubro de 2011, a fotógrafa londrinense exportou seu trabalho “A Mulher Gorda” para uma das mais respeitadas instituições dedicadas à fotografia na Europa, a Maison Européenne de La Photographie – MEP, em Paris. Atualmente, a artista vive numa pequena chácara no meio da cidade onde nasceu e cresceu. Com o passar dos anos, a garota que era chamada de “baleia” coleciona outros títulos que vão além da sua forma: virou uma artista transgressora, uma performer incansável, professora doutora da Universidade Estadual de Londrina, membro do Colegiado Setorial das Artes Visuais e da Rede de Produtores Culturais da Fotografia do Brasil. Na entrevista que se segue, realizada em sua casa, ela fala à Revista Zelo sobre assuntos como seu pai, maior incentivador da sua carreira, câncer, os abusos cometidos pela busca do corpo perfeito e, principalmente, sobre como o trabalho salvou a sua vida. E na adolescência, como foi lidar com a questão do peso? Na adolescência foi pior. Só podia vestir cor escura para disfarçar. Estampas eram proibidas e listras na horizontal de jeito nenhum, somente as verticais. Ca-

belo curto jamais, ele tinha que ser comprido para disfarçar o rosto gordo. E nas festinhas, os meninos geralmente não queriam dançar comigo. Eu os achava uns tontos e dançava mesmo assim, mas aquela exclusão era violenta e isto deixa marcas. De certa forma, eu também fui atingida pela mídia, pelo que a maioria falava; me sentia um corpo inadequado e que deveria transformá-lo. Você sempre foi gorda? Eu sempre fui gordinha, sabe? Sou uma pessoa redonda e de família redonda, é um formato de corpo. Em determinada época da minha vida, engordei bastante, e, a partir daí, a pressão e o preconceito foram aumentando cada vez mais.

Estampas eram proibidas e listras na horizontal de jeito nenhum, somente as verticais”

Quando essa pressão começou? Desde criança, as outras falavam, riam e me excluíam de algumas rodas. Na escola e nas brincadeiras de rua, como no pega-pega, por exemplo, elas corriam atrás de mim gritando “Gorda baleia, saco de areia ...” E, afinal, o que é beleza para você? É um estado de espírito. Não tem nada a ver com você estar com uma roupa assim ou assado. Eu acho tudo isso uma violência, porque, na verdade, essa beleza propagada aos quatro cantos tem outra intenção, que é uma intenção de mercado. Quando foi que você decidiu transgredir as regras da beleza? Em 1993, fui morar no Rio de Janeiro para fazer um curso de fotografia com Pedro Vasquez. Lá, tive um embate com a cidade. O Rio é um lugar onde as pessoas se mostram, expõem seus corpos e

ao mesmo tempo praticam enorme culto ao corpo. Isso mexeu comigo, me afetou, e foi a partir destas provocações e das propostas para as aulas do Pedro que surgiu meu primeiro autorretrato, o “Autorretrato no RJ”, uma série em que me encontro no canto do quarto, como um corpo acuado, um corpo amordaçado. Quais trabalhos você realizou depois? A próxima série se chama “Autorretrato, nus no RJ”. Foram fotos que fiz novamente, em meu quarto, no apartamento em que morava. Mas desta vez nua. As fotos me provocaram um grande incômodo e resolvi cortá-las, extirpar os incômodos. A ação com a tesoura tem relação com as violências contra os corpos obesos, era uma espécie de plástica nestes corpos. Ao fazer isso, fui entendendo minhas questões na produção do meu próprio trabalho. Quando você decidiu ser artista? Eu cresci artista, sempre foi uma prática em família. Em casa, eu aprendi com meu pai, Antônio Vilela de Magalhães, a fotografar, brincar com os sons no gravador, a fazer filmes na Super 8. Na minha infância, muitas das nossas brincadeiras tinham relação com as artes e meu pai construía conosco brinquedos. Sempre estimulando a criação. Ele era escritor, jornalista, ator de teatro, fotógrafo, fazia também experiências com o cinema, além de ter livrarias e uma tipografia. Então, cortar, colar, pintar, fotografar e escrever eram práticas que faziam parte do meu dia a dia e que hoje estão nos meus trabalhos Dois trabalhos seus — Impressão da Memória e Corpo Reconstrução — surgiram de uma história de sua infância. Como foi esse processo? Meu pai chegava cansado em casa, e eu e minha irmã sempre pedíamos para ele ler um gibi para nós. Como ele já estava cansado, pegava algumas canetas e sugeria que nós desenhássemos em suas costas. Ele tinha as costas bem largas, e eu me lembro de me divertir enquanto ele dormia, claro, porque acabava que isso virava uma massagem [riso]. Pela manhã, esses desenhos acabavam impressos no lençol. Com o suor, eles

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acabavam se transferindo. Minha mãe reclamava, mas eu achava aquilo lindo. Um dia eu contei essa história para a escritora Karen Debértolis, que ficou absolutamente encantada. E neste momento surgiu a ideia de fazer esse projeto “Impressões da memória”. Ela escrevia e desenhava no meu corpo, imprimia nos lençóis e tirava fotografias desse corpo inscrito. Que outras coisas além do peso afetaram sua produção artística? Eu tive um câncer no útero em 2003. E isso me afetou profundamente. Foi um drama na minha vida e, de fato, me modificou. A arte e o amor me salvaram. A ideia que tive foi me envolver, produzir para não pensar. Neste momento você se dá conta de que precisa do outro para se tratar, e, também, em todos os outros sentidos, sabe? Para os banhos, curativos, e, principalmente, o amor, o afeto e a solidariedade. E como você enxerga a situação da mulher gorda atualmente? A mulher gorda é invisível, só olham para ela pensando em dietas e cirurgias. E essa é uma questão que, até então, parecia só minha, entende? Ninguém quer falar sobre isso. As próprias mulheres gordas não querem, porque existe uma culpa, um sentimento de achar que o corpo está inadequado, as mulheres não se assumem gordas. É difícil uma mulher assumir este corpo gordo, um corpo desconsiderado, desprezado, excluído. E como seu trabalho com as mulheres gordas é recebido? Hoje, esse trabalho que eu faço é reconhecido e tem cada vez mais visibilidade. Mas demorou bastante para ser considerado. Existe um preconceito, por ele abordar essa temática. Por exemplo, alguns curadores do Centro Internacional de Fotografia de Nova York (ICP) viram meu trabalho em um evento e gostaram bastante, mas não se sentiram muito à vontade para expor. O motivo? Aqui no Brasil, nos EUA e em outros locais, a obesidade é encarada como uma doença e, de repente, as pessoas poderiam entender que eu faço uma apologia à gordura. Você também teve alguns problemas com os médicos endócrinos, não é?

SÉRIE QUE TRAZ IMAGENS DO CORPO DE FERNANDA IMPRESSO EM LENÇÓIS É BASEADA EM BRINCADEIRAS DE INFÂNCIA

Eu não vejo a obesidade como doença. Nesse ponto, discordo totalmente dos médicos”

Eles ficaram bastante bravos comigo. Cheguei a receber recados de alguns dizendo que eu prestava um “desserviço à medicina”. Meu trabalho não é uma apologia à gordura. Minha intenção é provocar uma reflexão sobre essa ditadura do corpo. Eu não vejo a obesidade como uma doença. Nesse ponto, discordo totalmente dos médicos. Alguns corpos gordos podem se configurar como doença em uma determinada situação, assim como excesso de magreza em outra determinada situação. O que você pensa sobre a cirurgia de redução do estômago? No final, eu enxergo isso como uma violência. Eu conheço pessoas que fizeram dieta de engorda para realizar essa cirurgia, porque você tem que ter determinado peso, e a pessoa prefere engordar. Então não existe uma intenção com a saúde. Não podemos generalizar, existem os bons programas. A UFRJ tinha um programa para atender aqueles que desejavam fazer a cirurgia bariátrica. Eles entravam em uma triagem, e, ao final, 80% dos inscritos acabavam emagrecendo sem precisar fazer a cirurgia, apenas com dieta.

A gordura é necessária? Hoje, várias garotas morrem anoréxicas e bulímicas. Antes elas ficam estéreis, porque não comem corretamente. A gordura é fundamental para o nosso corpo, existe uma quantidade necessária, mas a fobia à gordura é muito estimulada. Na verdade, você precisa de uma alimentação adequada, que inclui uma parcela de gordura de qualidade. Esconder esta verdade ou estimular a total retirada da gordura da alimentação das pessoas tem efeitos terríveis e eu vejo esse ato como criminoso. Qual é a sua política? Eu tenho uma performance que inclui meu trabalho e vida. Eu me assumi como uma pessoa gorda e mostro este corpo real nu em diversas situações, provocando reflexões através de suas abordagens. O nu não é o problema, pois os corpos estão à mostra o tempo todo, mas o que se mostra nu são os corpos idealizados, os outros não devem ser mostrados. Meu trabalho inclui fotos, performances, exposições, apresentações e debates que discutem a condição do nosso corpo. Sou gorda com orgulho e isto é uma transgressão, assumir este corpo considerado “errado” é uma posição política e mostrar ele nu é praticamente uma afronta diante de olhares “gordurofóbicos”. Z

*VINICIOS KABRAL

É Mestre em Cultura Visual pela Faculdade de Artes Visuais da UFG. Sua dissertação é sobre a série “A representação da mulher gorda nua na fotografia”, de Fernanda Magalhães. Atualmente é doutorando em Comunicação e Cultura pela UFRJ.

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EDUCAÇÃO

Espanhol com

personalidade Alice Galvão

Empresário aposta em troca de experiências culturais, especialização do corpo docente e método personalizado como diferenciais no ensino do idioma

ESCOLA BRASIL ESPAÑA: PORTAS DAS SALAS DE AULA SÃO IDENTIFICADAS COM NOMES DE PAÍSES LATINOS

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uando você adquire uma língua, ganha também conhecimento, se enriquece culturalmente, e isso não tem preço.” Esta frase, que parece inspirada nas ideias do filósofo alemão Arthur Schopenhauer, foi dita pelo proprietário da escola Brasil España, Javier Niño de Guzmán Velásquez, em entrevista à Zelo. Casado e pai de três filhos, o empresário peruano conta que veio para o Brasil há 23 anos para estudar e foi professor em várias escolas de Goiânia antes de abrir seu próprio negócio. Orgulhoso do trabalho desenvolvido ao longo de 12 anos de empreendedorismo no ensino da língua espanhola, ele

defende que o ambiente escolar deve cumprir as etapas formais de ensino, mas também oferecer ao aluno a oportunidade de entender como vivem e pensam os hispanofalantes. Brasil España e Instituto Hispânico são as duas escolas referência em ensino exclusivo de espanhol. Na primeira, as portas das salas de aula são identificadas com nomes de países latinos. Em ambas, professores e alunos conversam predominantemente em espanhol, e o corpo docente é, em sua maioria, composto por profissionais formados em Letras, nativos de países latinos e especializados no ensino da língua espanhola. Além disso, as es-

colas realizam semestralmente eventos temáticos abordando elementos culturais como gastronomia, cinema, dança, música e literatura hispânica. “Nós somos uma escola especializada”, explica Javier, ressaltando que este é o grande diferencial de sua empresa. Todas as atividades têm como suporte uma metodologia com foco principal em desenvolver fala e escrita. “O espanhol se parece com o português, sobretudo para a leitura, mas começa a complicar quando você precisa elaborar textos e falar com espontaneidade”, pondera o empresário. Ele reflete também sobre a necessidade de reaprendizagem gramatical pela qual os alunos

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JAVIER VELÁSQUEZ: PROPOSTA DIFERENCIADA DE ENSINO, COM IMERSÃO TOTAL NA CULTURA DOS POVOS DE LÍNGUA ESPANHOLA

INSTITUTO HISPÂNICO: PROFESSORES SÃO NATIVOS DE PAÍSES LATINOS E ESPECIALIZADOS NO ENSINO DE ESPANHOL

sempre têm que passar. “Os brasileiros aprendem as estruturas gramaticais na escola, mas não as aplicam no dia a dia. Com o espanhol, é diferente. Então, os alunos precisam estudar novamente sua própria gramática para conseguir aprender a nossa”, justifica. Segundo Javier, é muito comum novos alunos procurarem a escola por recomendação dos veteranos, o que reforça sua preocupação em manter um alto padrão de qualidade. Graças a este cuidado, no ano de 2010, a escola conseguiu permissão do Instituto Cervantes da Espanha para funcionar como centro de exames para aquisição do D.E.L.E. (Diploma de Español como Lengua Ex-

que receberam propostas de emprego em países latino-americanos ou que precisam se preparar para receber colegas de trabalho provenientes destes lugares e funcionários de empresas conveniadas. Z

tranjera) em Goiás de modo exclusivo. Além das provas escritas, que chegam da Espanha em envelopes lacrados, a Brasil España aplica todos os testes orais. A parceria inclui também a realização em Goiânia dos eventos de difusão da cultura espanhola e hispano-americana oferecidos pelo instituto e abertos à comunidade. A escola oferece cursos regulares, aulas particulares e módulos personalizados. “A maior parte dos alunos nos procura para adquirir o idioma com foco em estudo ou trabalho”, revela Javier. São executivos de empresas de capital misto, “concurseiros”, estudantes de mestrado e doutorado, profissionais

BRASIL ESPAÑA

Rua João de Abreu, 97, Setor Oeste, ao lado da Praça do Sol Telefone: (62) 3215 3354 INSTITUTO HISPÂNICO

Av. T-3 nº 2.456, 1º andar, Sala 103 da Galeria Via Vitrine, Setor Bueno Telefone: (62) 3251 9660

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Reggie Moraes

reggiemoraes@hotmail.com

Difference Group Comandado por Liss Leal, o Difference Group vem, desde 2008, divertindo as melhores festas, festivais, eventos e clubs de São Paulo e do Brasil. O grupo já se apresentou na Pink Elephant, Sirena, Disco, Buddha Bar, D-edge, Club A, festas no terraço Daslu e lançamento de produtos, tais como as joias de Jack Vartanian. Depois de se apresentar em clubs da Europa, Liss voltou ao Brasil e resolveu montar sua própria equipe de dancers e performers. O Difference oferece ao público novo conceito de performance, com muita ousadia e criatividade. http://www.differencegroup.blogspot.com/

NAVIO CHILLI BEANS

FREEDOM ON BOARD

MOB FESTIVAL

Music on Board Março foi, com certeza, o mês dos cruzeiros musicais! O navio Chilli Beans abusou da atmosfera eletrônica e rock, muita gente moderna e descolada, cassino e cinema open air. O Mob Festival, já em sua sexta edição, veio com muito luxo em um navio da Royal Caribbean, o Vision of The Seas. O Freedom on Board trouxe o Cruzeiro dos Deuses, propondo a mitologia grega como tema e os deuses como patronos do amor entre iguais. Vamos nos programar, ano que vem tem mais! http://www.cruzeirofreedom.com.br, http://www.mobfestival.com.br, http:// chillibeans.com.br/mundochilli/navio_chilli_beans

Club Yacht Sob o olhar art déco e atmosfera náutica, São Paulo recebe o novo Club Yacht no bairro do Bexiga, região central da cidade. O navy de Jean Paul Gaultier, a marinha, o Studio 54, tatuagens e ilustrações old school foram as referências usadas para fazer surgir do galpão de 300 metros um grande navio com proa e popa. Estive no club prestigiando apresentação do duo carioca The Twelves, dos quais sou fã de carteirinha. Fashionistas estão adorando o novo club, o que reforça o poder de Bob Yang, Cacá Ribeiro e Facundo Guerra. http://www.clubyacht.com.br

Lucas Anderi Em meio a rendas, tules, plumas, pedrarias e muitas flores, Lucas lançou sua marca própria inspirado no balé romântico durante a abertura do primeiro Salão Casa Moda Noivas, no Hotel Unique, em março, com produção de Alexandre Moreirah. Este jovem empresário libanês é responsável pela entrada das principais marcas internacionais do segmento no Brasil, como a francesa Cymbelini, a espanhola Rosa Clará, e a novaiorquina Carolina Herrera Bridal, além de sua parceria nacional com Fause Haten Noivas. Seu desfile foi um luxo, com destaque especial aos apaixonantes boleros, casquetes e voilettes.

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ESTILO

Objetos de desejos de A a Z Jô Almeida

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ue atire a primeira pedra quem nunca quis ter um objeto de marca famosa para chamar de seu. Afinal, no mundo dos simples mortais, sonhar é preciso. E sonhar com uma bolsa Jane Birkin, Chanel ou Grace Kelly não paga imposto. E já que não paga imposto, melhor é desejar objetos que fazem parte da história da moda e por isso mesmo são campeões em falsificações. Aliás, geralmente a preciosidade de uma marca é proporcional ao número de falsificações. Assim, o duplo C da Chanel, o monograma LV da Louis Vuitton, as marcas Versace, Yves Saint Laurent e Victor Hugo são figurinhas fáceis de serem vistas em qualquer feira, assim como os óculos imensos Jackie O. Mas para não dizer que não falei de objetos de desejos com preços bem populares, vai um brinco Lady Di aí? Os famosos brinquinhos de pérola eternizados pela mal-amada mulher do príncipe Charles mostram que nem sempre os sonhos custam caros. E para quem quer recordar a relação existente entre objetos de desejos e suas respectivas musas inspiradoras, aqui vai uma sessão tipo de volta ao passado. Bolsa Chanel Batizada de 2.55, numa referência ao seu lançamento em fevereiro de 1955, a bolsa mais conhecida da Chanel é em couro matelassê com alça dourada. Considerada revolucionária – foi a primeira bolsa de ombro a tiracolo. O processo de fabricação dela tem 180 etapas! E cada peça passa por seis ateliês, onde cada etapa da fabricação é totalmente manual. Bolsa Jane Birkin Uma das bolsas mais luxuosas do planeta surgiu após o encontro de Jean-Louis Dumas, da Hermès, com Jane Birkin, durante um voo. A cantora e atriz reclamou que as bolsas que existiam na época (anos 80) não satisfaziam suas necessidades. Assim, em 1984, a primeira Birkin chegou às lojas Hermès. No Brasil, o modelo básico da Birkin não sai por menos de R$ 20 mil. Já os modelos mais caros... Aliás, foi uma Birkin a bolsa responsável pelo recorde mundial de maior valor em um leilão público, rompendo a barreira dos US$ 203 mil. A venda aconteceu em 2011, em Dallas. Bolsa Grace Kelly Outro eterno clássico é a Kelly Bag, também da Hermès. Este modelo de bolsa já existia nos anos 30. Porém, desde 1955 deve sua fama à Grace Kelly, que era vista constantemente com seu modelo à mão. Não só a bolsa, mas o estilo Grace Kelly ficou tão famoso quanto imortalizado, especialmente depois do trágico acidente de carro que tirou sua vida em 1982. Discretos, seus looks são até hoje copiados e adorados por mulhe-

res que querem se sentir femininas e elegantes. Estilistas como Chanel, Balenciaga, Grès e Yves Saint Laurent eram os que mais agradavam ao bom senso estético da atriz que virou princesa de Mônaco. No armário de quem ama Grace tem escarpins, sapatos boneca, sapatilhas rasteiras, chapéus de abas curtas, luvas, modelos minimalistas com bom corte, broches, conjuntinhos e muitas, mas muitas mesmo, pérolas. Brinco Lady Di Até os anos 90, o estilo da princesa Diana era copiado no mundo inteiro. Do corte de cabelo às suas roupas. Pouco importava o questionável gosto pelo excesso de volume, pela excentricidade dos babados, pelas ombreiras imensas e jaquetas idem com grandes botões dourados. Noves fora o lencinho amarrado no pescoço, echarpes sobre blazers e pérolas. O vestido de seu casamento, desenhado pela dupla David e Elizabeth Emanuel, bem estilo over, virou símbolo de modelo mais copiado da história da moda. Enquanto era casada com o príncipe Charles, Diana apresentava um look mais básico. Depois de sua separação, a princesa abusou de grifes exuberantes, como Versace. Lady Di se foi, mas o modelo de brinco pequeno com pérola usado por ela ficou e hoje pode ser encontrado em qualquer banca de camelô por cerca de R$ 1. Bendita seja a democratização da moda! Óculos Jackie Imensos e inconfundíveis, eram os preferidos pelo maior ícone da moda de todos os tempos. Disse a revista Veja em 2001 que os argentinos apaixonados por tango, quando ouvem Carlos Gardel, costumam dizer que, mesmo morto há anos, ele cada vez canta melhor. Quem entende de moda, toda vez que revê fotos de Jacqueline Kennedy pensa parecido: anos depois de sua morte, ela está cada vez mais bem vestida. Resistir ao tempo sem parecer datado ou ridículo talvez seja o teste definitivo da elegância. Por isso mesmo, nunca houve para o mito da moda uma mulher tão bem vestida quanto ela. Algumas peças que viraram ícones de seu vestuário eram artifícios usados pelo seu fiel estilista Oleg Cassini para esconder defeitos (aleluia, ela tinha defeitos!) O comprimento das saias até os joelhos era para ocultar suas pernas tortas. Para disfarçar o pescoço grosso, golas afastadas. Z

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ZELO INDICA

Nathália Fiorotto – natgr@ig.com.br | Fotos: Ângela Motta

O novo étnico Traz misturas inusitadas, estampas gráficas e linhas bem urbanas, sob as melhores referências culturais Vaso formato oval chinês R$ 78,00 Ysaloméh

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MOSTRA

Capital da dança Andrea Regis

Goiânia sedia festival internacional e quer tornar-se referência em eventos da categoria

FESTIVAL VAI REUNIR COMPANHIAS DO MUNDO INTEIRO , EM JUNHO, NO OSCAR NYEMAIER

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m sonho há muito tempo acalentado. Assim resume Gisela Vaz a realização do primeiro Festival Internacional de Dança. O evento, de 6 a 10 de junho deste ano, reunirá cerca de 4 mil bailarinos de vários lugares do País e do mundo no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. Bailarina há 44 anos (ela tem 49) e diretora do Balé do Estado, Gisela ocupa a direção geral do evento. A realização é do Governo do Estado de Goiás, em parceria com a Goiás Turismo. O festival transformará Goiânia, mes-

mo que momentaneamente, na capital brasileira da dança. Uma megaestrutura – com três salas de aula e o mesmo número de palcos, sendo um deles ao ar livre, entre outros espaços – será montada para hospedar o evento. A programação (veja quadro com o conteúdo completo) do festival compreende uma mostra competitiva, workshops, palestras, debate, palcos abertos ao público em geral, que poderá participar ainda de audições para bolsas de estudos nas escolas do exterior, mostras competitivas, seminários, exposição

de fotografia de dança e feira de artigos para dança. Quem passar por lá terá a oportunidade de assistir a palestras e participar de debates com grandes nomes nacionais e internacionais dos Estados Unidos, França, Portugal, Argentina e Cuba. Já estão confirmados, por exemplo, os brasileiros Cecília Kerche, Rodrigo Pederneiras e Paulo Caldas. Do elenco de estrelas internacionais, fazem parte Edward Villella e Eddy Tovar, dos Estados Unidos e Cuba, respectivamente. “Não ficaremos atrás de Join-

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PROGRAMAÇÃO GISELA VAZ, DIRETORA DO FESTIVAL: REALIZAÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO

MOSTRA COMPETITIVA De 7 a 10 de junho, sempre às 20 horas Estilos de dança: - Ballet Clássico (repertório e livre) - Jazz - Dança Contemporânea - Estilo Livre - Sapateado - Dança de Rua - Danças populares WORKSHOPS De 7 a 10 de junho (horários a confirmar) Ballet Clássico: - Juvenil (10 a 12 anos) – Alice Arja (BRASIL) - Intermediário – Samantha Dunster (EUA) - Avançado – Edward Villella (EUA) - Técnica Masculina – Eddy Tovar (CUBA) Jazz: - Intermediário – Michelle Barber (EUA) - Avançado – Michelle Barber (EUA) Dança Contemporânea: - Intermediário – Brice Mousset (FRANÇA) - Avançado – Brice Mousset (FRANÇA) Sapateado: - Intermediário – Amália Machado (BRASIL) - Juvenil (de 10 a 12 anos) – Amália Machado (BRASIL) Musical: - Turma única (a partir de 14 anos) – Caio Nunes (BRASIL) Dança de Rua: - Intermediário – Eric Negron (EUA) - Avançado – Eric Negron (EUA) FÓRUM INTERNACIONAL (MESA-REDONDA) Participantes: – Edward Villella: Ex-1º bailarino e diretor do New York City Ballet. Atualmente é diretor do Miami Ballet. – Dalal Aschar: Ex-bailarina e diretora do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Jurada em vários concursos internacionais de dança. – Cecília Kerche: 1ª bailarina do Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Uma das grandes estrelas mundiais da dança.

ville”, diz Gisela, referindo-se ao maior evento da categoria no País. A ocasião servirá ainda para lançar o Clube da Dança, também idealizado por ela. “Ele foi criado para bailarinos, professores e coreógrafos interessados em novidades sobre a cena artística”, explica Gisela. Por meio do clube, será feita a divulgação de oportunidades de trabalho no Brasil e no exterior, cursos e toda sorte de eventos. Os sócios terão ainda uma carteirinha que valerá como desconto em espetáculos, escolas e lojas de dança.

Todos os detalhes da empreitada foram concebidos pela diretora do evento, bailarina desde sempre. Gisela começou a dançar aos cinco anos de idade. Ao lado da irmã, Ariadna, conduz o Studio Dançarte, referência em escola de dança em Goiás. Maître em Ballet, título máximo da categoria, ela coleciona premiações nacionais e internacionais. Periodicamente, ministra cursos fora do Brasil. Para Gisela, o Festival Internacional de Dança é muito mais que um evento. “É o ápice da minha carreira”, revela. Z

PALESTRAS – Cecília Kerche: “Uma vida na dança”; 1ª bailarina do Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ). – Rodrigo Pederneiras: “Uma companhia brasileira de renome internacional”; diretor do Grupo Corpo (BH). – Eddy Tovar: “A conquista de um espaço no exterior”; 1º bailarino do Miami Ballet (Miami). – Paulo Caldas: “A dança contemporânea do século XXI”. Diretor e bailarino contemporâneo (RJ).

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ARTIGO

As flores de plástico sempre nunca morrem Sandro Tôrres

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final, o que é brega? Em todas as manifestações humanas, sejam culturais, sociais, artísticas ou religiosas, existem os clichês reconhecidos pelas sociedades – principalmente ocidental – como bregas, em sua maiora, por meio de convenções abstratas elaboradas através dos séculos. Na música, existem até os assumidamente bregas que se autoproclamam assim, percebendo a demanda por um mundo mais popularesco ou, digamos, brega. Na literatura, as rimas ricas com pobres conteúdos dão o tom da breguice às palavras impressas. Nas artes visuais, o único movimento reconhecidamente brega, pela repetição, distorção, exagero, baixo custo e teor ordinário dos temas, é o alemão “kitsch”, termo cunhado lá pela metade do século 20. Mas me ocorreu algo: tanto os artistas populares quanto os contemporâneos lançam mão desses conceitos e expedientes. Ou estou enganado ou a questão é mais difícil de elucidar que parece à primeira vista. Há uma máxima de que, no Brasil, fez sucesso, está decretado: é brega! Voltemos à música, com os axés, pagodes e afins. Inegavelmente fazem sucesso com as grandes plateias; tem coro de sobra para seus refrões xexelentos e tolos. Na literatura, o mago-que-fez-pra-si–o-feitiço-de-vender-e-vender-e-vender Paulo Coelho aparece em vários exemplos negativos, como do esculhambador assumido Diogo Mainardi e do jornalista “bom brigador” Fernando Jorge, que diz: “Existem hoje em nosso planeta milhões e milhões de leitores primários, desprovidos de cultura, de senso crítico, absolutamente incapazes de analisar, de ponderar e de discernir se um livro apresenta ou não valor literário.” Guimarães Rosa está na Academia Brasileira de Letras. Sarney também. E agora, José? No começo do parágrafo, me referi aos hits “ai se eu te pego” da vida como tolos. Serão mesmo? Essas manifestações são

legítimas, validadas pelo gosto popular e por acaso não vão de encontro a uma das facetas do amplo conceito de genialidade, do máximo de resultado com o mínimo de esforço? Outro dia, conversando sobre pautas interessantes para um programa de TV com uma amiga jornalista conceituada e tarimbada, lancei inadvertidamente algo na mesa que soou como um tapa em seus ouvidos, o que a fez reagir imediata e veementemente: “Como assim, Romero Brito é brega?” Eu tinha muito o que explicar àquela mulher, mas achei melhor não; me esquivei gentilmente e a deixei nas trevas da ignorância desse que é um fato para muitos dentro das artes plásticas. Mas o cara faz um enorme sucesso lá nos States pintando Mickey estilizado e o whisk and bowl, tem galeria nos Jardins e leva vida de barão, celebrado e copiado por onde passa. E aí? É gênio de copiar a cópia da cópia e mastigar pro fruidor a estética da arte feita com o propósito de agradar ou não passa de um baita aventureiro corajoso que deu uma p* duma sorte numa dessas raras vezes que o cavalo da sorte passa selado ao seu lado? Primeiro, é necessário explicar para a maioria das pessoas que existe diferença entre ilustração e arte, não que alguns ilustradores não figurem no rol dos grandes artistas e tampouco que alguns artistas não possam produzir notáveis ilustrações. Só pra constar. Perdi a conta da quantidade de exposições onde o artista lançou mão de artifícios, ideias e matéria-prima bem ordinários em suas obras, produzindo resultados suspeitos para quase todos, com exceção do curador e de outra meia dúzia. Bom, a essa altura da minha vida pessoal, carreira profissional, vocabulário e repertório artístico acumulado, acredito ter uma vaga, distante, quase intangível ideia do que é uma curadoria, mas o que sobra para o grande público? A que se destina fazer uma arte que só curadores fruam? O que somos nós que não somos curadores diante de obras de arte incompreensíveis e estapafúrdias? Tolos? Mas, epa, tolos não são os refrões das músicas bregas ou os que apreciam uma boa estampa de frutas de plástico na mesa da copa? Estou mais confuso que quando comecei lá na primeira pergunta e preciso confessar que nunca usei tantos pontos de interrogação num texto. Talvez seja minha artimanha pra não definir sozinho e de forma simplista mais conceitos sobre arte, breguices e outros baratos. Não, não serei eu que passarei para a próxima página do livro da humanidade jogando luz sobre uma das coisas mais extraordinárias na existência humana, que é essa confusão mental em que vive o homem. E, afinal, flores de plástico, símbolo da mais pura breguice adquirida, morrem ou não? Z ZELO 24

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ARTIGO

Histórias sob o sol não queimam

Max Miranda

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uitas histórias florescem e exalam cor e destino, como água de chuva alisando o verde, o fruto; as mesmas sensações alcançam um campo de carne, a pele. Outros contos permanecem em estado-de-dentro, mantidos ao canto da ópera viva do corpo: coragens e arrepios, energias autoras de contentamento. Os sentidos tocam a um sangue que pode ser ardente, num hino corrente: rios de néctares para beber ou nadar. Pensamentos são braçadas que alimentam a realidade, atingindo outros céus numa terra não-sozinha – e pouco importa a cara-humana; no fundo, no cavado, não escapamos das histórias que emendam dignidade sob o título do ser, e acabadas respostas se deliciam do sabor das vivências. Uns e outros merecem mais cor, e até mesmo uma visita

à casa das abelhas. Mel existe e não é fruto da imaginação. O ferrão? [...] Sobre o medo de existir, os calos se calçam enquanto a transparência é praticável toque pelo caminho. O que se pratica é a farsa? Deixamos uns restos de nós para trás e, ao virar-se, uma constelação de sóis cabe no céu da boca, e palavras vivas ganham teto. A língua é mesmo uma borracha às avessas: procura-se um minuto de silêncio para entender os olhos que fisgam justiças íntimas. O doce afetuoso é a amizade das asas. Voar não queima. Refrigera. Há contos em excesso por aí e, ao passar a peneira, caem às carochas. E os sentimentos ao sol? Quando se ferve, naturalmente, um sentido abrigado, materializa-se o lugar achável: ser guardião quente de si mesmo. Quando se ouve a percepção flutuante, a livre respiração suspira aérea. Dura é a farsa, sentimento solitário que nunca se lambuzou em sonhos e sonhos recheados. Somos uma confeitaria; coisas de vidro onde guloseimas estão à mostra, à mostra. Não se doa nada? Empresta-se gosto para o mais palatável saber interminável: então a história é o sabor do tempo. As trilhas da rotina nos conta que as pinturas da alma não turvam, inteiramente, o riso do corpo: o grande templo de carne pincela rastros desapegados, quando se aspira – a cor passeia e se desprega da função de só colorir, alinhando o íntimo – menos muda. Uns ouvem, e muitos desconhecem a possibilidade do apego mágico das abelhas. Mas há um pequenino espaço diante das horas: essa cavidade nem é preenchida por uma palavra-chave que ainda não brotou. A semente-surpresa é o dia, e pronto. O hoje é nosso dia, e de mais ninguém. As cores diárias só desbotam quando a resposta se cala e a pergunta nem mais existe no ar. A profusão pura dos dias é uma pluma-cor de vida aberta, na chuva do mun-

do – sem a sequidão da mesquinhez, por favor. Avareza é uma goteira ensurdecedora. O universo chove. A vida molha seu planeta e as histórias correm como água, morna, candente, passo a passo rumo ao fogo-ser – derreter e desapegar, ter e viver: respirar. Não há história sem a finura da completude das experiências. O que se espera do outro, na altura do plano? Quase um nada-dourado? O nada dourado nem é ouro: simplesmente a beleza da vivência – existir ao solar de mim; vale a pena viver debaixo de sol e chuva, numa morada envolvente para voar. Menos debaixo dos olhos daqueles de pena dura; nem voam nem cor. As mãos que lançam cores servem de desenho para um aceno gentil. Na história que se conta tortamente, vale uns truques para dizer que a flor é de pedra. Pedra da Vida. Pedra da Terra. Não uma pedra na vidraça do outro. Uma pedra nascida da fortaleza-broto. Somos sentidos fortes em complexas rochas. Nem toda dureza se aparece; e esfacela o aroma da criatura. O caminho a favor do florescer germina e cria: e não escapa da memória que há mergulhos de fresquidão em cada estação real: temos verões e as primaveras vivem, querendo ou não. Veremos as cores, independentemente de qualquer estação alheia. Temos temporadas de floradas reservadas; e isso é valioso porque se revela intimamente as pétalas vitais; ou um mar azul submerge em afagos – ou ainda aquele vento que é só nosso. A beleza íntima é um egoísmo limpo. Suja é a sugestão da cruel invídia. Não houve história alguma nessas fronteiras-imediatas? ... É quando nos pegamos, de outra forma, num traçado sem fato, nas âncoras dos sentidos. Sentimento é história: uma fartura absurda que acorda. O que adormece centraliza. Descentralizar é o meio da realização. E, por fim, a vida é cá. De lá, moram os menos admiráveis episódios. Z

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Morar Mais

Mostra de arquitetura e decoração redefine uso de espaços como garagem e escritório

Visita Casa reflete estilo cosmopolita de Sissi Calixto

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Charme Móveis antigos são aconchegantes e dão toque de sofisticação

Feira Kitchen & Bath traz tecnologia de ponta para cozinhas e banheiros

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INTERAGIR

Redenção

da garagem Espaço ganha ares de convivência e sofisticação

WILLIAM HANNA: “GARAGEM COM ARTE É UM AMBIENTE COM POUCAS FRONTEIRAS FÍSICAS E VISUAIS”

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SOBRE O ARQUITETO CARROS LUXUOSOS DIVIDEM ESPAÇO COM A ARTE DE IZA COSTA. PAINEL É FABRICADO COM MADEIRA REAPROVEITADA

João Camargo Neto

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aragem não é mais apenas o “quarto do carro”. Para o arquiteto William Hanna, iniciado em eventos do tipo, incluindo a Casa Cor Brasília, trata-se de um espaço de estar e receber os amigos. Enfim, ter convívio social dentro de casa. Ou fora, dependendo das dimensões do ambiente. Esta é a proposta que o profissional expõe na Morar Mais, mostra de arquitetura, decoração, design e paisagismo, que ficará aberta em Goiânia de 4 de abril a 13 de maio. A casa de arquitetura oitentista em pleno coração da Avenida T-2, no Setor Bueno, abrigará o ambiente Garagem com Arte, um dos 45 cômodos da construção, proposto por Hanna. Uma homenagem à artista plástica goiana Iza Costa, formada pela Escola de Belas Artes da então Universidade Católica de Goiás, radicada em Bela Vista, fará jus ao nome do espaço. Telas de diversas coleções, incluindo autorretrato de 1972 e peça pintada este ano, ficarão à exposição. Escritor membro da Academia Goiana de Letras (AGL) e crítico de artes, Brasigóis Felício já escreveu que o olhar de Iza é “atento e de apoio em relação às lutas solidárias do nosso tempo”. A arte de Iza Costa é carregada de formas pletóricas, cores fortes, signos, símbolos e sinais da cultura indígena latino-ameri-

cana, da paisagem dos povos americanos de língua castelhana e portuguesa e de heroínas de diversas partes do mundo. Ela engloba, ainda, figuras e movimentos da cena bélica mundial contemporânea, os grandes conflitos do Oriente Médio e o envolvimento dos Estados Unidos. Em meio à arte de Iza, que já expôs individual e coletivamente em mais de 100 países, estarão palmeiras, sofás, poltronas, prateleiras e, claro, carros. Tudo em um misto de simplicidade e luxo. Os 66 metros quadrados do ambiente exporão quatro automóveis luxuosos. Entre eles, um Audi e um mini Cooper conversível, além de lançamentos do grupo Welt. O conceito sustentável estará presente no painel em MDF, elaborado com madeira reaproveitada. A inclusão social, tão defendida por William Hanna, é facilmente observada nos artesanatos. As poltronas são ornadas com trabalho em manufatura. Luz, som e aroma são os componentes usados pelo arquiteto para harmonizar o ambiente e provocar maior tempo de permanência do visitante. “A garagem será climatizada e com espaço para circulação. Quem for à mostra poderá circular e interagir com ela”, adianta Hanna. O azul, uma das cores preferidas mais usadas por ele, estará presente na maioria

William Hanna é goiano de Bela Vista de Goiás. Às vésperas de concluir a graduação em Direito, matriculou-se em Arquitetura. Desde então, construiu carreira recente, porém, sólida na área. Para William, que tem preferência pelo minimalismo, o bom profissional deve despir-se de preconceitos e atuar com desenvoltura em todos os estilos, atendendo aos desejos e necessidades dos clientes. SOBRE A ARTISTA PLÁSTICA HOMENAGEADA

Os trabalhos multicoloridos de Iza Costa apresentam forte influência do movimento muralista mexicano, com o qual teve contato durante o tempo em que passou no país, e a América Latina é tema bastante recorrente. A artista possui acervos em museus de todo o mundo. dos detalhes, com variações que vão do bic ao papel de parede em tom envelhecido, lembrando furta-cor. “A harmonização de cores será sutil”, garante. É nos detalhes que Hanna busca a perfeição. Ninguém melhor que o autor do ambiente para definir a sua criação. “A Garagem com Arte é um ambiente com poucas fronteiras físicas e visuais, onde se pode interagir com os espaços, com o automóvel e com as artes, refletindo o estilo de vida do morar contemporâneo”, arremata William Hanna. Z

WILLIAM HANNA:

E-mail: arqwilliamhanna@gmail.com Celular: (62) 8542-1188

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SOCIALIZAR

Alternativa ao home office Thiago Moreira e Mônica Garcia trazem para Morar Mais Por Menos projeto que possibilita trabalhar de forma independente em espaço coletivo Alice Galvão

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scritório Compartilhado” é o projeto que lança a dupla de arquitetos Mônica Garcia e Thiago Moreira no mundo das mostras de arquitetura e decoração. A inspiração veio do conceito norte-americano de coworking e é um dos ambientes da mostra Morar Mais Por Menos, que este ano está na Avenida T-2, esquina com a Rua T-51, nº 804, Setor Bueno. “É um ambiente onde profissionais autônomos de diferentes segmentos podem trabalhar individualmente em um espaço coletivo”, detalha Thiago. A ideia pode ser encarada para o usuário como uma alternativa ao home office, com algumas vantagens, como socialização, possibilidade de novas parcerias e indicações, além de rateio dos custos operacionais. Algumas capitais brasileiras, incluindo Goiânia, já investem neste tipo de ambiente, mas por aqui o conceito ainda não havia sido apresentado em uma mostra. “Nosso projeto vai mostrar a interação, por exemplo, entre arquiteto, engenheiro e designer, que podem trabalhar de forma independente ou em grupo, atendendo um mesmo cliente”, exemplifica Mônica. Para o empreendedor imobiliário, funciona como uma solução, oferecendo ocupação rentável para espaços ociosos. Fazem parte da estrutura funcional do

THIAGO MOREIRA E MÔNICA GARCIA: INSPIRAÇÃO NO CONCEITO DE COWORKING

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ESCRITÓRIO COMPARTILHADO É DIVIDIDO EM ESTAÇÕES INDIVIDUAIS DE TRABALHO

escritório, seis estações individuais de trabalho personalizadas por profissão, uma mesa para secretária ou recepcionista e móveis planejados. “É um ambiente totalmente contemporâneo, clean, com algumas telas coloridas do artista plástico Sandro Tôrres, para dar um pouco de descontração”, descreve Thiago. Jardim de bambus e fibras sintéticas são as únicas referências diretas à natureza e à ecologia, pois os arquitetos acreditam que a prática da sustentabilidade vai além de sua representação por meio de objetos ou itens de decoração. Eles preferem ter a responsabilidade ambiental efetivamente presente no processo de produção, bem como nos materiais e tecnologias empregadas na construção. Tons sóbrios e mobiliário branco predominam e a iluminação é toda indireta. O toque de ousadia fica por conta da sanca avermelhada (terracota), que emoldura a parede, passando por todo o teto e chegando ao chão. A obra foi executada em apenas um mês graças ao aproveitamento de estrutura existente e uso de materiais alternativos para reduzir o tempo gasto e gerar pouco entulho. “Nós aproveitamos o piso existente no local, usamos placa cimentícia aparente, gesso acartonado e telhas termoacústicas. As telhas, que são da Isoeste, poderão ser vistas em diferentes ângulos, a partir do interior do escritório ou

das sacadas da mostra. Além disso, todas as empresas parceiras têm certificação da ISO 9001 e ISO 14001”, elenca Thiago. Visivelmente empolgados, os arquitetos contam que conseguiram parceria com 16 fornecedores e estão ansiosos para ver a reação do público. “Nós conseguimos tudo o que precisávamos. Do telhado ao cafezinho que vamos servir aos visitantes”, conta Mônica animada. Quem visitar o ambiente, que tem 84 m², também poderá ver como ele era antes da mostra. É que a dupla preparou uma foto do início da obra para que as pessoas possam entender melhor as mudanças realizadas e analisar a transformação. Parceria promissora Mônica e Thiago têm perfil comercial e gostam de trabalhar pensando na conciliação do que gostam com o que o mercado possibilita. Seus perfis são diferentes, mas complementares e se equilibram em projetos ao mesmo tempo criativos e funcionais. “Eu sou mais viagem e a Mônica é mais pé no chão”, brinca Thiago. Eles acreditam no trabalho em equipe e frisam durante entrevista à Zelo que “estão no mercado para multiplicar”. Mônica tem dez anos de profissão e Thiago traz no rol de suas recentes realizações projetos como o Bar Arma-

zém e a Cow Reminder, uma das vacas conceituais do projeto CowParade. “Estamos planejando a construção de um escritório”, revela o arquiteto, que em julho completa três anos de residência em Goiânia, vindo do Tocantins. Amigos desde 2010, a dupla fez parte do departamento de vendas de uma loja de ambientes planejados antes de optar pelo trabalho autônomo. Isso facilitou o acesso dos sócios às mostras do segmento e lhes deu a oportunidade de conhecer os organizadores da Morar Mais Por Menos, Frederico Gomes e Soraia Prates. Em pouco tempo, o convite para compor a mostra foi formalizado e o resultado do Escritório Compartilhado rendeu mais um ambiente à dupla: o lounge da Caixa Econômica Federal. Z

MÔNICA GARCIA

Fones: (62) 3278-3273 / (62) 9127-5821 E-mail: chagasgarcia@hotmail.com moreiraegarcia@hotmail.com THIAGO MOREIRA

Fone: (62) 8199-4039 E-mail: thiagomoreira.arquitetura@hotmail.com moreiraegarcia@hotmail.com

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HARMONIA

RUBIANA TEIXEIRA: AMBIENTE SOFISTICADO COM USO DE MATERIAIS REAPROVEITADOS

DOCERIA: PROJETO COMBINA BAMBU, MADEIRA E AZULEJOS DECORATIVOS

Doce B aconchego

Alice Galvão

Tons amadeirados, iluminação indireta e azulejos decorativos compõem a Doceria, projetada por Rubiana Teixeira para a mostra Morar Mais Por Menos

rasil e Europa se misturam na composição estética da Doceria, projeto comercial que a arquiteta Rubiana Teixeira preparou especialmente para a mostra Morar Mais Por Menos deste ano. Buscando o equilíbrio entre tradição e modernidade, a artista conta que esta é a terceira vez que participa do evento. Nesta edição, a ideia foi misturar materiais artesanais com artigos de luxo e inovações tecnológicas. O resultado foi uma combinação harmônica entre madeira, bambu, azulejos decorativos de inspiração europeia da Azulejaria Brasil e lâmpadas de LED. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Goiás, com pós-graduação em Iluminação e Design, Rubiana explora em seu ambiente os tons averme-

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lhados e verdes, objetivando sempre o equilíbrio entre cores no resultado final. “No piso, foram utilizados ladrilhos vermelhos e placa cimentícia imitando madeira”, descreve a arquiteta, que desenhou ela mesma as mesas e usou cadeiras descartáveis que estavam em depósitos e foram doadas por clientes. Para completar o clima de aconchego e valorizar a construção ecologicamente correta, Rubiana utilizou madeira de reflorestamento na estrutura do pergolado e paletas de supermercado para montar a estrutura do jardim vertical. “Os pendentes de bambu vieram de Ubatuba, São Paulo, e foram feitos por artesãos que vivem da venda desses produtos”, orgulha-se Rubiana. Apesar dos elementos artesanais e das ideias de reaproveitamento, o ambiente é funcional e sofisticado, fazendo

jus ao tema da mostra: “O chique que cabe no bolso”. Com 44 m², a Doceria possui revestimentos decorativos na bancada e em uma das paredes, criando painéis artísticos que dialogam com modernos armários e equipamentos de refrigeração. Tudo isso aproveitando a estrutura pré-existente no local. À frente do Ateliê Arquitetura, a profissional aposta em propostas criativas e personalização na concepção de seus projetos. Para a Morar Mais Por Menos, além de lançar os produtos da Azulejos Brasil, teve parceria de empresas como a Goiarte, que ofereceu ladrilhos e elementos vazados; Creta Revestimentos Cimentícios, fornecedora do piso Madeyra; e M. Metais, responsável pelos puxadores e decorações. A Ave Larrte também participou do projeto com objetos de decoração, bem

como a Madeireira Tobias (pergolado e M.D.F.) e TJ Refrigeração (refrigerador). Os doces são da Doce Art; as bancadas de granito, da EBM Mármores e Granitos; toda a comunicação visual foi feita pela Positiva; as almofadas são da Revestic e os armários, Marcenaria, de Jerlan Pereira Marques. Localizada no jardim, ao lado do restaurante, a Doceria é um convite ao prazer e ao descanso na companhia de uma deliciosa sobremesa. Aberta para visitação de 4 de abril a 13 de maio, a sede da mostra fica na Avenida T-2 nº 804, Setor Bueno. Z

RUBIANA TEIXEIRA

Ateliê Arquitetura E-mail: rubianaarq@hotmail.com Fones: (62) 3088-2779 / 9631-5535

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HUMANIZAR

Resgate da convivência na Varanda Social Flavianny Guimarães e Carolina Fontes inspiram-se na Tailândia para compor cenário de descanso destinado à família, sem interferência de aparatos eletrônicos Alice Galvão

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entar-se à mesa com a família para um café da manhã, almoço ou jantar tranquilo, sem preocupação com a próxima tarefa a cumprir, sem ouvir o som da TV, do aparelho de som ou os inúmeros ruídos que vêm da rua. Observar as crianças na piscina, ler um livro, folhear uma revista ou conversar com amigos, sentado em um grande e confortável sofá. Tudo isso ao ar livre e na segurança de casa. Estes são apenas alguns dos possíveis cenários propostos por Flavianny Guimarães e Carolina Fontes para a Varanda Social da mostra Morar Mais Por Menos. Diferente da varanda gourmet, que é comumente frequentada apenas aos finais de semana, para churrasco e demais eventos sociais, o projeto pretende oferecer um espaço de resgate da convivência diária humanizada, sem interferência das tecnologias de entretenimento nas refeições e descanso da família. “Ela é uma varanda para o dia a dia”, frisa a decoradora Flavianny. Inspiradas pelo estilo de vida na Tailândia, as sócias e amigas defendem no projeto o conceito de desaceleramento e chamam a atenção para a importância das pausas na rotina da família. “Hoje em dia as pessoas não param em casa, não descansam e são bombardeadas por muita informação o tempo todo”, preocupa-se Carolina. Na composição do ambiente, fortes referências aos bangalôs praianos de massagem da Tailândia, sofás de madeira e tecidos coloridos. Todos os elementos a serviço do descanso e conví-

VARANDA SOCIAL: SOFÁS DE MADEIRA, TECIDOS COLORIDOS E USO DA COR ROSA COM CONCEITO DIFERENTE

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FLAVIANNY E CAROLINA: PROJETO PARA RESGATAR CONVIVÊNCIA DIÁRIA ENTRE A FAMÍLIA

vio harmonioso entre os habitantes. “Na mesa, nós serviremos café da manhã, as pessoas podem se sentar, comer, ficar à vontade”, convida Flavianny, que encara a participação da dupla na mostra como uma forma de expor como as ideias discutidas com os clientes podem funcionar na prática. “Aqui o cliente consegue ver concretamente o que a gente fala sobre as combinações entre cores, texturas e aplicações possíveis para os materiais recomendados”, reforça Carolina. Aproveitando o caráter conceitual da mostra, as sócias ousam ao apresentar a cor rosa como linha norteadora para a decoração, em contraste com uma luminária tailandesa azul, trazida da Akobá Design especialmente para o ambiente. “O rosa lembra descanso, harmonia e amor. Por isso é tão importante nesta varanda”, defende a decoradora. Em uma visita a Miami, Flavianny conta que ficou impressionada com a naturalidade e abundância com que a cor é usada por lá. Ela acredita que o brasileiro ainda tem muito medo de usar o rosa na decoração da casa e por isso decidiu quebrar este tabu. “A cor aparece na varanda para que as pessoas percebam que não é só para o quarto da menina, mas que funciona bem em outros ambientes. E não precisa ser uma parede, pode ser um objeto de arte, almofada ou móvel”, complementa. A obra foi uma transformação simples e rápida. No chão, o revestimento foi colado ao piso original de granito e levou três horas para ficar pronto. É um piso alternativo, ecológico e lavável, feito com restos de borracha. Segundo as

artistas, representa uma solução ideal para reformas rápidas e grandes mudanças, além de durar de 10 a 20 anos. Além da economia no tempo de obra, a sustentabilidade está presente nos materiais usados, como bambu prensado nas mesas, fibra de bananeira e outros elementos artesanais usados “para fugir um pouco da sobrecarga de produtos industrializados”. E para contemplar a demanda por integração, mas ao mesmo tempo garantir privacidade e proteção da luminosidade excessiva do sol, foram instalados na varanda dois toldos de controle remoto, que abrem e fecham respectivamente na horizontal e na vertical. Ambos são lançamento, sendo que um deles tem braço articulado e serve para ampliar a área da varanda, e o outro fecha completamente o ambiente. O espaço foi cedido como patrocínio pela Arraial Brasil; a Revestic ofereceu os revestimentos e cortinas; a Solaris entrou com os toldos, e a Akobá Design cedeu todos os móveis. As sócias fazem questão de agradecer à equipe operacional que trabalha sempre em seus projetos. “Põe um agradecimento especial aí para

o Bruno e para o Adão”, pede Flavianny entre risos. “O Adão é o nosso pintor e o Bruno, eletricista”, completa Carolina. Como resultado de sua participação na Morar Mais Por Menos, além de pensar na captação de novos clientes, a expectativa das amigas é conseguir aprovação dos visitantes, indicações, divulgação do seu trabalho entre os profissionais do segmento e novas parcerias. A Varanda Social pode ser visitada e experimentada de 4 de abril a 13 de maio, de terça a sexta-feira, das 16h às 22h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 22h. Z

FLAVIANNY GUIMARÃES

Fone: (62) 8414-1187 E-mail: flavianymelo@brturbo.com.br CAROLINA FONTES

Fone: (62) 7813-8651 E-mail: carolinafontes.arq@gmail.com Apoio:

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RECICLAR

Iris Bertoncini

Q ELIZABETH PIRES, MARINA NUNES, GABRIELA RUGGERI E MAYSE MENDONÇA, AUTORAS DO PROJETO: CORES, OBJETOS E IDEIAS INOVADORAS DÃO AR CONTEMPORÂNEO AO AMBIENTE

Geometria descontraída

Profissionais apostam em criatividade e uso de materiais de baixo custo para criar ambiente corporativo. Personalizado e repleto de formas, projeto homenageia diretor de escola

uando Gabriela Ruggeri, Mayse Mendonça, Elizabeth Pires e Marina Nunes entraram no escritório da casa onde seria promovida a mostra Morar Mais Por Menos, elas se depararam com uma situação inusitada: o formato triangular do cômodo. Apesar da dificuldade, o desafio foi bem aceito e, além do triângulo, outras formas geométricas foram a grande aposta das profissionais da área de arquitetura. O uso de materiais de baixo custo, aliado à criatividade, fez do ambiente um lugar mais descontraído e inspirador. “Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma.” A frase do escritor português Fernando Pessoa estampa uma das paredes e é uma das preferidas do renomado professor de Língua Portuguesa Carlos André. Chamado de Escritório do Diretor, o ambiente é dedicado a esta personalidade, que, inclusive, é marido de Marina Nunes (uma das profissionais que assinam a decoração). O casal dirige o Instituto Carlos André, em Goiânia, especializado em cursos de Língua Portuguesa.

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ESCRITÓRIO DO DIRETOR: REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS, COMO ESTANTE DE CEREJEIRA ANTIGA E APOSTILAS DESATUALIZADAS, POSSIBILITA REDUÇÃO DE CUSTOS

As cores da escola – vermelho, preto e branco – foram adotadas no ambiente, que brincou com elementos bem contemporâneos. Destaque para o piso quadriculado, em P&B. A manta vinílica custa pouco – cerca de R$ 14 o metro quadrado – e cobre qualquer tipo de piso, desde os mais danificados. As edições desatualizadas das apostilas do Instituto, em vez de irem para o lixo, viraram o inusitado pé da mesa de vidro. A composição deu trabalho para as designers, que tiveram de furar uma a uma com um instrumento improvisado e encaixá-las no verdadeiro pé da mesa. Atendendo o conceito de sustentabilidade da mostra, as profissionais souberam muito bem como reaproveitar os materiais. Prova disso é a estante branca de madeira laqueada. Na verdade, a estante de cerejeira já estava, literalmente, caindo aos pedaços. A transformação surpreende. Virou peça fundamental do ambiente depois de ser lixada e receber pintura automotiva branca. A restauração ficou cara por conta do trabalho minucioso, mas, se

comparada a um móvel nas mesmas características, o valor foi irrisório. Na estante, estão expostos os objetos da Casa Design, também obedecendo as cores do ambiente, incrementados por alguns enfeites prata espelhado. O lado geométrico foi composto pela parede com quadrados de gesso, que parecem brotar da parede. “Essa é uma ótima opção para quem não quer gastar muito e quer mudar a cara do ambiente”, explica Mayse Mendonça. Segundo ela, a Morar Mais é uma oportunidade para apresentar as ideias e soluções mais ousadas. “Aqui os clientes podem ver os projetos que nunca teriam coragem de colocar na prática”, disse. Os tapetes vermelhos e redondos sobrepõem o piso quadriculado. Ainda na linha da sustentabilidade, as peças, feitas com retalhos de malha fria, foram confeccionadas por uma artesã de São Miguel do Passa Quatro. Para aproveitar o espaço de uma das pontas do cômodo triangular, dois vasos de plantas foram estrategicamente colocados para deixar o lugar mais humanizado. A iluminação

também valorizou o ambiente, com luzes direcionadas. A tecnologia aparece no flap da televisão, que abre e fecha de forma automática, economizando espaço, e também na poltrona reclinável, com ajustamento elétrico. Z

ELIZABETH PIRES

Fone: (62) 8405-9666 E-mail: elizabethpires.arq@gmail.com MARINA NUNES

Fone: (62) 7814-2088 E-mail: marina@institutocarlosandre.com.br GABRIELA RUGGERI

Fone: (62) 8226-8272 E-mail: gabrielaruggeri@hotmail.com MAYSE MENDONÇA

Fone: (62) 9967-9370 E-mail: mayse.mendonca@yahoo.com.br

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REGIONALISMO

Essência vermelha Ambiente criado pelos arquitetos Francisco Severo e Rosele Caon transpõe cor da terra e outros elementos do Cerrado goiano Osmar Régis

I PROJETO DESTACA ARQUITETURA DA CASA COM CORES E OUTROS ELEMENTOS DO CERRADO

FRANCISCO SEVERO E ROSELE CAON: ÁREA CIRCULAR COM JABUTICABEIRA AJUDA A ENTRAR NO CLIMA

magine aquele tipo de lugar que tem todo potencial para ser bonito e chamar a atenção das pessoas, mas que nunca foi notado antes. Foi assim que os arquitetos e urbanistas Rosele Caon e Francisco Severo encontraram a casa que abriga a 5ª edição da mostra Morar Mais por Menos, em Goiânia. Estreantes no evento, eles foram buscar no Cerrado a inspiração necessária para traduzir em um único espaço o que a natureza que abraça Goiás tem de melhor. No Cerrado goiano a terra é vermelha, o clima é tropical, e a vegetação retorcida e tortuosa. Na versão de Caon e Severo, a paisagem, que inicialmente poderia ser inóspita, cede lugar a um espaço que oferece uma explosão de cores. Verde, cinza, azul e amarelo são tons que estão presentes em pontos estratégicos do panorama criado pelos jovens arquitetos. Mas não adianta, o protagonista do lugar é mesmo o vermelho. “Nosso ponto de partida foi esse tom, justamente porque ele está em toda parte da cidade, seja na terra ou no céu”, explica Rosele Caon. O trabalho dos jovens arquitetos é definido aqui como uma espécie de paisagismo conceitual. O jardim criado por eles para a Morar Mais, que tem como destaque uma área circular com jabuticabeira cercada por uma areia vermelha, traz uma espécie de playground para divertir os olhos e entrar no clima do ambiente proposto. Os arquitetos deixaram bem claro que o ambiente foi projetado para desenterrar a fachada da casa e despertar o interesse de quem por ali passar. “Nosso intuito foi trabalhar o espaço como uma tela, para dar uma identidade. Era preciso ressaltar a arquitetura escondida, revelar cada ângulo e, por consequência, sua beleza”, informa Francisco Severo. Assim como na literatura e na música pode-se compreender e conhecer um pouco mais um cenário, pessoas e costumes que estão distantes de nós, a arquitetura nos coloca em contato com realidades diferentes. Olhando por este lado, o trabalho de Rosele e Francisco nos situa em espaço descontraído, colorido, povoado com elementos que nos trazem de volta ao chão goiano e, principalmente, a beleza de um entardecer avermelhado. Z

FRANCISCO SEVERO

ROSELE CAON

Fone: (62) 8414-1187 E-mail: nidum@nidum.com.br

Fone: (62) 8254-8866 E-mail: nidum@nidum.com.br

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ARQUITETURA

SORAYA PRATES, UMA DAS SÓCIAS DA FRANQUIA GOIANA: ESTIMULO À CONCIÊNCIA SOCIAL E CULTURAL

Franquia da Morar Mais Por Menos em Goiânia aposta na combinação entre consumo consciente, exclusividade e requinte como valores para reforçar o conceito high-low da mostra

Goiânia mais

descolada e cosmopolita Alice Galvão

C

om uma visão positiva da cidade, a designer de interiores e empresária Soraia Prates acredita que Goiânia tem potencial para ser cosmopolita e se tornar referência em sustentabilidade. Parte deste ponto de vista vem de sua observação sobre o desenvolvimento econômico da cidade. Ano após ano a classe média cresce e ganha um pouco mais de destaque no mercado, demonstrando perfil de consumo consciente e bom gosto, preocupação com durabilidade, qualidade dos produtos e serviços que adquire. Segundo a empresária, diferente do

que se possa imaginar, refinamento não é sinônimo de ostentação. Para ela, ter ambientes personalizados e exclusivos é mais elegante do que montar uma combinação de peças caras, que serão trocadas quando determinada moda passar. Por isso, acredita que o design precisa ser mais democrático e acessível. É esta discussão que a mostra Morar Mais Por Menos lança para a cidade ao exibir como slogan a frase: “O chique que cabe no bolso”. Sócia do administrador de empresas Frederico Gomes na franquia goiana da mostra desde 2007, Soraia conta

que a dupla trabalha para que ao longo das edições o projeto tenha arquitetos e visitantes cada vez mais atentos aos detalhes criativos, que consigam apreciar, adotar e multiplicar a consciência social e cultural que há muito tempo já é tendência internacionalmente e em algumas capitais brasileiras. “No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte já existe um comportamento Morar Mais Por Menos por parte dos arquitetos e visitantes”, conta a empresária, reforçando que isso é perceptível pela forma como os profissionais vestem a camisa e defendem os conceitos norteadores

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EDIÇÕES DA MORAR MAIS NO RIO DE JANEIRO E BELO HORIZONTE: VITRINE DE NOVOS TALENTOS EM TODO O BRASIL

MORAR MAIS DE GOIÂNIA: DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO A PROJETOS DE ALTO PADRÃO

do evento, principalmente durante a pesquisa. E acrescenta que nestas capitais o público é curioso, observa os materiais e faz muitas perguntas, por exemplo, sobre como poderia reutilizar um determinado móvel antigo em um novo projeto. “São pessoas descoladas, atentas às novidades, mas ao mesmo tempo valorizam emocionalmente os objetos que contam a sua própria história”, reflete Soraia. Bem estabelecida em 11 capitais e com oito anos de existência, tendo surgido no Rio de Janeiro, a marca hoje é vista nacionalmente como vitrine de no-

vos talentos e oportunidade de novos desafios para profissionais já renomados nos segmentos de arquitetura, design de interiores e paisagismo. Seguindo o conceito high-low – que harmoniza peças exclusivas, de alto valor agregado com peças “garimpadas”, que adquirem valor ao compor criativamente o cenário –, a Morar Mais Por Menos exige dos criadores convidados boas doses de competente ousadia, em busca de ambientes ao mesmo tempo surpreendentes e equilibrados. Além do mote custo-benefício, quem visita a mostra pode observar nos deta-

lhes dos projetos referências à sustentabilidade, inclusão social, brasilidade e customização. Os visitantes também podem apreciar o uso de novas tecnologias e, ao final do período do evento, terão acesso à comercialização dos itens expostos. Este ano, são 46 profissionais apresentando 31 ambientes. O endereço é Avenida T-2, esquina com Rua T-51, nº.804, Setor Bueno. Os ingressos custam R$ 30 na modalidade “entrada inteira”; R$ 25 se o visitante deixar dados para cadastro; R$ 20 às teças, quartas e quintas-feiras; e R$ 15 reais a “meia entrada”. Z

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EVENTO

EDNARA BRAGA, WILLIAM HANNA E MEIRE SANTOS

FREDERICO GOMES E SORAIA PRATES

FLAVIANNY GUIMARÃES E CAROLINA FONTES

Chic e sustentável! O coquetel de inauguração da 5ª edição da Morar Mais Por Menos reuniu centenas de convidados, entre autoridades, empresários, arquitetos e designers. Os convidados, anfitrionados pelos empresários Soraia Prates e Frederico Gomes, conheceram os 31 espaços assinados por 50 profissionais que integraram o evento. Arquitetos, paisagistas, decoradores e designers de interiores apresentaram propostas de morar mais por menos com sustentabilidade, brasilidade, tecnologia e inclusão social. A mostra fica em cartaz de 4 de abril a 13 de maio, na Av. T-2 nº 804, Setor Bueno.

LETÍCIA DONIN JEAN KARLO

ERICA, RENATO E DANIELA RODRIGUES DA CUNHA

HELOISA QUINAN, RAQUEL QUINAN E MARVELLA QUINAN

MAYSE MENDONÇA, MARINA GODOY, ELIZABETH PIRES E GABRIELA RUGGERI

ALESSA LOBO E ALESSANDRA LOBO

ANA LÚCIA AMORIM E JAVIER VELASQUEZ

ROSELE CAON E FRANCISCO SEVERO

THIAGO MOREIRA E MÔNICA GARCIA

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CHARME

TRANSFORMAÇÃO RADICAL DEIXA MAIS ATUAIS MÓVEIS ANTIGOS OU DANIFICADOS. PINTURAS LAQUEADAS OU COM ESMALTE SINTÉTICO SÃO OPÇÕES DE ACABAMENTO

Dos tempos da vovó Peças antigas deixam ambiente aconchegante, mais sustentável e se tornam diferencial na decoração William Hanna

Q

POLTRONAS, MESAS E OUTROS MÓVEIS GANHAM NOVAS CORES, TEXTURAS E UTILIDADES: AMBIENTES MAIS SOFISTICADOS

uase todo mundo tem uma peça antiga herdada dos pais ou avós. Estes objetos tendem a passar de geração a geração e fazem a diferença nos projetos de decoração, pois imprimem um caráter mais familiar e sustentável ao ambiente. Sabe aquele armário antigo, a mesinha de canto, a poltrona ou sofá desgastados, pois estes podem se tornar o diferencial da sua decoração. Se você acha que a peça não combina com seu estilo ou está visivelmente danificada, basta uma transformação radical para torná-la mais atual. E é exatamente esse encontro entre passado e presente que pode resultar em uma mistura harmoniosa e visualmente muito aconchegante. Para modernizar seu móvel, é ideal que procure um marceneiro. O acaba-

mento laqueado, que se trata de uma pintura feita com pistola de ar, apresenta resultado mais homogêneo e com mais brilho. Mas se está animado a resgatar a linha do tempo e o sentimento familiar intrínseco na peça com as próprias mãos, basta fazer uma pintura com tinta esmalte sintético. Olhe com carinho para aquela peça abandonada, solte sua imaginação e criatividade para que ela assuma nova proposta. Nos ambientes contemporâneos e de linhas retas, móveis e objetos ganham novas cores, texturas, releituras e utilidades com seus detalhes e curvas. O móvel vintage se torna ícone de sofisticação e luxo ao seu ambiente, além de retratar lembranças do passado que sempre são bem-vindas e se traduzem em solidez e união familiar. Z

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CONFORTO

O EXCLUSIVO COOKTOP PIANO, DA MARCA FRANCESA DE DIETRICH, POSSUI INTELIGÊNCIA PARA ENTENDER ONDE A PANELA, QUE NECESSITA TER UMA BASE DE FERRO PARA TAL, ESTÁ SENDO COLOCADA E PRODUZIR CALOR, ALÉM DE PROGRAMAR O TEMPO DE COZIMENTO, DEPENDENDO DE QUAL FOR O TIPO DE ALIMENTO

Kitchen & Bath

apresenta novidades Cozinhas e banheiros equipados com tecnologia de ponta se transformam em ambientes sustentáveis e acolhedores

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esign, luxo, conforto, tecnologia, sustentabilidade e praticidade foram as palavras que dominaram a sétima edição da Kitchen & Bath, feira de produtos e tendências de luxo para cozinhas e banheiros, que aconteceu em março no Expotransamérica, em São Paulo. A Zelo esteve lá e revela as principais tendências, como descarga inteligente, aplicativo de iPhone para ligar a banheira, produtos com swarovski, torneira que filtra e ferve instantaneamente a água, coifas que desligam sozinhas, linhas retrô, entre outras novidades. Os fabricantes apostam ainda em produtos com design diferenciado. Entre as peças, destaque para o forno projetado pelo famoso designer Karim Rashid e a linha Gorenje Pininfarina Steel Collection de eletrodomésticos, design do estúdio Pininfarina. Em paralelo à feira, a primeira edição do HomeLife Summit apresentou debates sobre a realidade do mundo da arquitetura, decoração e design por meio de interlocutores renomados, como Marcelo Rosenbaum, Kai-Uwe Bergmann (do escritório BIG, Dinamarca), Andréa Bisker, da WSGN (o mais importante escritório de tendências do mundo), Washington Olivetto, Taissa Buesco (diretora da Casa Vogue) e Antônio Ferreira Júnior e sua cliente Mônica Waldvogel (A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Kitchen & Bath). Z

A HEAVEN SPAS EXIBIU UM SANITÁRIO INTELIGENTE COM TECNOLOGIA QUE PERMITE A EXTINÇÃO DO PAPEL, COM DIVERSAS OPÇÕES DE TEMPERATURA, INTENSIDADE E SECADOR HIGIÊNICO

CUBA RETRÔ, ASSINADA PELO DESIGNER R. SZPILMAN, APRESENTA UMA SOLUÇÃO EXCLUSIVA, COM UM DISPENSER PARA SABONETE LÍQUIDO INTEGRADO A ELA

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LINHA GORENJE PININFARINA STEEL COLLECTION DE ELETRODOMÉSTICOS, DESIGN DO ESTÚDIO PININFARINA, PARA GORENJE

A ALTERO APRESENTOU O CHUVEIRO CASCATA, COM DISPOSITIVO QUE PROPORCIONA SENSAÇÃO DE UM RELAXANTE BANHO DE CACHOEIRA, MAS COM ECONOMIA DE ÁGUA

A INSINKERATOR APRESENTA DUAS TORNEIRAS DE ÁGUA FILTRADA E FERVENTE A 98ºC. INSTANTANEAMENTE, É POSSÍVEL FAZER CHÁ, CAFÉ E OUTRAS BEBIDAS QUENTES FEITA À MÃO, A LINHA DE CUBAS DE APOIO DO ATELIÊ DANIELE DRUMMOND É DE CERÂMICA DE ALTA TEMPERATURA E POSSUI RELEVOS RENDADOS NO EXTERIOR

A PRETTY JET PROMOVE A IMERSÃO DA TECNOLOGIA, POR MEIO DE UM APLICATIVO DE ANDROID E IPHONE, EM QUE É POSSÍVEL PREPARAR O BANHO DE BANHEIRA COM ANTECEDÊNCIA E DE QUALQUER LUGAR

RUBENS SZPILMAN OUSOU NA SUA MAIS NOVA LINHA DE POTES PARA BANCADA. ELE BUSCOU NA RIQUEZA DAS PEDRAS BRASILEIRAS O CONCEITO PARA A COLEÇÃO ZELO 45

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PERFIL

SISSI CALIXTO: CASA REVELA ESTILO ACOLHEDOR E COSMOPOLITA DA EMPRESÁRIA

Casa repleta de lembranças Iris Bertoncini

Empresária Sissi Calixto escreve a decoração de sua casa como se fosse um diário. É um retrato das viagens e do estilo de vida da família

S COZINHA OFERECE TODO CONFORTO AOS VISITANTES, AS ROLHAS RECORDAM JANTARES REGADOS AOS MELHORES VINHOS E A ORQUÍDEA BRANCA É GRANDE PAIXÃO DA EMPRESÁRIA

ofisticada, acolhedora e cosmopolita. A casa da empresária Sissi Calixto – proprietária do Buffet Doux – traduz fielmente a personalidade de sua dona, que também é chef de cozinha. A sofisticação vem das obras de arte e do piano de cauda, que adornam a sala; o acolhimento vem das árvores frutíferas que atraem inúmeros passarinhos; e o lado cosmopolita vem dos objetos de decoração, garimpados pelas viagens para algum canto do mundo, em especial, a Índia.

A sala de visita tem um ar contemporâneo, onde sobressaem as telas de diferentes pintores nacionais. O destaque fica para a obra do goiano Siron Franco e do imponente piano. Como chef, a empresária prefere receber os amigos é mesmo na cozinha. Na área externa, entre jardins, foi especialmente planejada para a comunhão completa entre ela e os privilegiados que vão saborear os pratos. Professora de Gastronomia, Sissi ministrava alguns cursos na casa dela. É por isso que acima do fogão existe um espe-

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OBJETOS GARIMPADOS PELAS VIAGENS

lho – para facilitar a visualização das montagens das receitas. Com tanto sucesso, as aulas passaram a ser no seu buffet e a cozinha ficou exclusivamente para os amigos. Jantares regados aos melhores vinhos e um cardápio repleto de frutos do mar são os programas favoritos de Sissi e o marido, o cirurgião plástico Carlos Alberto Calixto. Nestas ocasiões especiais, as rolhas dos vinhos são guardadas de recordação em uma enorme concha, comprada em Angra dos Reis. O que não falta na casa da empresária são lembranças. É como se fosse um diário da família. Assim como a vida, a decoração é “montada gradualmente”. Os pratos decorativos do Rio de Janeiro, o enfeite de Santa Catarina, a bandeja de Florença, a miniatura de camelo de Dubai, o quadro que informa o cardápio do dia inspirado em um restaurante de Buenos Aires, as caixinhas e as almofadas da Índia. Isto é somente uma amostra dos objetos que, além de decorar, retratam a história dos moradores. Ao acompanhar o marido nos congressos de medicina, Sissi aproveita também para aprender mais sobre a gastronomia, nacional e internacional. “Em vez de tirar fotos dos pontos turísticos, registro os pratos que experimento.

PIANO DE CAUDA, OBRAS DE ARTE E OBJETOS DE DECORAÇÃO REFLETEM O ESTILO DE VIDA COSMOPOLITA DE SISSI CALIXTO

É fantástico o conhecimento adquirido nestas viagens”, revela a chef de cozinha que entrou para o mundo gastronômico como uma forma de terapia, após fechar as portas de uma fábrica e quatro lojas de biquínis e moda fitness. A cozinha de Sissi está ao lado de um enorme quintal, com dezenas de árvores – a maioria frutífera –, o que deixa o ambiente ainda mais agradável. Aliás, toda a casa dá vista para esse grande pedaço de verde. Um lugar que faz esquecer da estressante rotina da metrópole. A harmonia com a nature-

za tem grande valor para a família, que procura seguir um estilo de vida saudável. “Nossa alimentação é balanceada e praticamos exercícios físicos”, disse. E não podia faltar uma boa horta a abastecer a cozinha com temperos e verduras orgânicas. Uma piscina semiolímpica, de 25 metros, foi construída especialmente para o filho, Gustavo Macedo, que participa de campeonatos de natação. Mas o esporte é uma paixão de toda a família. A área de lazer também abriga uma academia ao ar livre. E, segundo Sissi, não é só de enfeite. Todos os membros da família, inclusive a filha Marcela, aproveitam para se exercitar nos aparelhos de ginástica e musculação. A casa de Sissi não foi decorada por profissionais, a não ser a sala de televisão, que teve a contribuição da arquiteta Ana Carolina Rizzo. O ambiente é bastante arejado e também conta com elementos da vida do casal. Até mesmo as velas do casamento estão a postos e são acesas nos momentos especiais. A empresária também tem uma paixão por orquídeas, as brancas, que pincelam e perfumam este e praticamente todos os outros cômodos da casa. Z

PISCINA SEMIOLÍMPICA: ESPORTE É PAIXÃO DA FAMÍLIA

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ZELOIN

30 anos de excelência e credibilidade

OSMAR RÉGIS – osmar.regis@hotmail.com

A Consciente Construtora e Incorporadora comemorou três décadas de história e atuação no mercado imobiliário no mês de março. Nos últimos dois anos, foram investidos mais de R$ 300 milhões em empreendimentos, dos quais mais de 80% já foram vendidos. A meta para 2012 é manter o ritmo de crescimento. Além disso, a empresa preparou um calendário com várias ações na área social, cultural e esportiva, que serão realizadas ao longo do ano, para celebrar os anos de existência.

Um dia a dia mais prático A tão sonhada qualidade de vida não depende, necessariamente, de luxo ou quantidade. Qualidade de vida está ligada a aspectos como administração do tempo, relacionamento interpessoal, bem-estar físico e controle emocional. O local que as pessoas escolhem para morar influencia bastante no desempenho destas habilidades. Um lar adequado ao seu estilo de vida pode trazer enormes facilidades para o dia a dia, melhorar o relacionamento familiar e até aumentar a produtividade durante a jornada de trabalho. Esta é a proposta da Brasal Incorporações em seu primeiro lançamento imobiliário em Goiânia, o Flam Park Residential Club. O empreendimento da empresa brasiliense oferecerá um cotidiano mais tranquilo aos moradores, com inclusão de serviços para toda família.

Em busca de novidades Madalena Marques e Luiz Sérgio Marques, da Persiflex, saíram em viagem pela Alemanha em busca de novidades para os clientes da marca. O casal de empresários foi conferir as últimas tendências e o que há de mais sofisticado em tecnologia e design para cortinas e persianas. Em breve será possível ver a influência dessa aventura por terras alemãs nos produtos da marca goiana que já é queridinha em diversos pontos do País.

Virou moda na decoração SÉRGIO FAHRER, PATRÍCIA SEPULVEDA E PEDRO MENDES

ÉDINA MARTINS E TARCÍSIO PINA

Essa conversa é sobre design! A Época Móveis realizou durante a última semana do mês de março o 2º Circuito do Design Época. O evento contou com a presença de grandes profissionais do segmento, como os designers de produtos Sergio Fahrer e Pedro Mendes; do consultor de tendências Rodrigo dos Reis e do fotógrafo Tarcísio Pina. Os profissionais foram convidados a falar sobre o design autoral que desenvolvem e as novas perspectivas de consumo no mercado nacional. O Circuito do Design Época é direcionado para arquitetos, designers de interiores, amantes do design e imprensa.

A Casa Cor Goiás apresenta na edição de 2012 o tema “Moda, Estilo e Tecnologia”, retratando como o universo fashion também tem contribuído e influenciado nos novos estilos e conceitos de decoração, arquitetura e paisagismo. A mostra organizada pelas arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá oferecerá variados estilos de morar em ambientes práticos, sofisticados e acolhedores. A 16ª Casa Cor Goiás acontece entre os dias 18 de maio e 26 de junho.

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INTERVENÇÃO

Vaquinhas invadem cidade Fundamentada no conceito de arte pública, a CowParade – Circuito das Vacas chega às ruas de Goiânia e interage com a população. Evento roda o mundo há 11 anos

SIRON FRANCO (SN)

Osmar Régis

G

oianos de qualquer idade e classe social estão sendo movidos pela irresistível atração exercida por esse inusitado rebanho que tem ocupado os parques, avenidas e praças da cidade nas últimas semanas. Na dúvida, é melhor perguntar: “Por que essas vacas estão soltas pelas ruas de Goiânia?”. Trata-se da CowParade – Circuito das Vacas, exposição de arte que há 11 anos roda o mundo todo e já passou por 90 cidades. No Brasil, as vaquinhas já estiveram em São Paulo (2005), Curitiba e Belo Horizonte (ambas em 2006), Rio de Janeiro (2007), São Paulo e Porto Alegre (2010) e foram vistas por mais de 150 milhões de pessoas. A exposição começou em 1998, quando o artista suíço Pascal Knapp criou diversas esculturas em formato de vaca com a clara intenção de provocar o riso. Em 2000, a americana CowParade Holding Inc. comprou os direitos das esculturas de Knapp e outras 4 mil vacas

LUCÍDIO GOMES A. FILHO (VACA AMARELA PULOU A JANELA)

foram criadas em todos os continentes. As esculturas foram instaladas em pontos estratégicos. A maior parte em espaços abertos, livres para que a população observe, contemple e, sobretudo, se divirta. A CowParade é um dos únicos projetos que envolvem a comunidade por inteiro: empresas, artistas locais, terceiro setor e o público. O objetivo é valorizar a arte, embelezar a cidade, proporcionar uma forma de entretenimento e democratizar a cultura. Quem dá mais? Outra meta é promover a responsabilidade social. Por isso, ao final de cada temporada, as vaquinhas são arrematadas em leilões beneficentes com renda revertida para obras sociais das comunidades envolvidas. O projeto já arrecadou quase R$ 4 milhões para ações de responsabilidade social no Brasil. O valor obtido pelo leilão será destinado a entidades sem fins lucrativos. Z

ANNA CAROLINA CRUZ (MARAVILHA GOIANA)

SANDRO TÔRRES (COW SWEET COW)

SARAH NUNES DE FREITAS OTTONI (CROCHETCOW)

WALTER JR. (COWFLY)

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Shine life

VESTIDO YSALOMÉH. BRINCOS, ANEL E PULSEIRA VIS-À-VIS

MODELO: KYARA BORGES (FORD MODELS GO) FOTÓGRAFO: JOÃO AUGUSTO DE OLIVEIRA MAQUIADOR: LUCIANO LIMA PRODUÇÃO EXECUTIVA E STYLING: ALITA COSTA AGRADECIMENTOS: QUINTAL ESPAÇO DE PRODUÇÃO E FESTIVITÁ

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VESTIDO E ANÉIS VIS-À-VIS. SAPATO EXCLUSIVA MULHER. COLAR YSALOMÉH

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JAQUETA, CALÇA, CINTO, ANÉIS E BRINCOS VIS-À-VIS. LENÇO YSALOMÉH

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VESTIDO E BOLSA YSALOMÉH. BRINCOS E PULSEIRA VIS-À-VIS

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VESTIDO CHIQUETÊ E BRINCO

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JAQUETA CHOCOLATE, BLUSA JEAN DARROT E CALÇA TRIAGEM

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VESTIDO TRIAGEM. COLAR E BOLSA YSALOMÉH. BRINCOS E ANÉIS VIS-À-VIS

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VESTIDO TRIAGEM. COLAR E BOLSA YSALOMÉH. BRINCOS E ANÉIS VIS-À-VIS

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AGENDA VERDE Ranulfo Borges – ran.borges@ig.com.br

Goiás leva propostas para Rio+20

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m junho, Goiás participa da Rio+20, convenção das Nações Unidas que vai reunir representantes de todos os países no Rio de Janeiro. Em março, o governo estadual promoveu uma conferência com o nome “Cerrado Rio+20: Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza”, que deu origem às propostas a serem apresentadas no Rio. A tendência, segundo o ex-secretário Estadual de Meio Ambiente, Leonardo Vilela, é que Goiás defenda o uso racional da tecnologia para aproveitar adequadamente os recursos naturais e recuperar as áreas degradadas. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) tem como objetivos principais assegurar um comprometimento político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável realizados nos últimos

EX-SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE, LEONARDO VILELA DISCURSA EM CONFERÊNCIA: TECNOLOGIA A SERVIÇO DO MEIO AMBIENTE

20 anos – desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco 92 ou Cúpula da Terra). A Rio+20 também vai abordar os desafios emergentes do ponto de vista de dois eixos fundamentais: uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e o quadro institucional para o

desenvolvimento sustentável tanto global quanto localmente. Paralelamente à Rio+20, será realizada, também em junho, no Rio de Janeiro, a Cúpula dos Povos. O evento discutirá, entre outros temas, causas estruturais da crise ambiental, as falsas soluções para os problemas ambientais, economia verde e as propostas vindas dos povos do mundo inteiro. Z

NOTAS n Saneago lança a

campanha Olho no Óleo, de reciclagem do óleo de cozinha. Objetivo é reduzir o impacto do produto descartado indevidamente na rede de esgoto. Em pontos de coleta que serão instalados em todo o Estado, consumidor recebe crédito de R$ 0,50 por litro de óleo usado, que será descontado na fatura de água e esgoto. n O mercúrio pode

causar danos ao cérebro, coração, rins, pulmões e sistema imunológico dos

seres humanos. Agora, pesquisadores dos EUA descobriram que o produto é capaz de transformar em homossexuais machos de uma espécie de ave dos EUA chamada íbisbranco. A preocupação dos cientistas é que a reprodução da espécie fique comprometida. n Relatório divulgado

recentemente nos EUA mostra que o uso de energia solar naquele país cresceu 100% de 2010 para 2011. Enquanto isso, no Brasil, alguns Estados e

municípios já possuem leis que obrigam a instalação de sistema de aquecimento de água por energia solar nas novas edificações de uso residencial e não residencial. A primeira capital brasileira a aprovar uma lei de uso de energia solar foi Porto Alegre. Outras capitais, como Rio de Janeiro, Campo Grande, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador já possuem projetos de lei semelhantes em andamento. Bem que n

Goiânia podia entrar nessa onda. Autoridades brasileiras reforçam vigilância nas fronteiras do Rio Grande do Sul para combater o contrabando de agrotóxicos vindos do Uruguai. Esses produtos causam grandes danos aos recursos hídricos do País, já que, segundo o Ibama, são descartados irregularmente, sem cumprir a logística destinada às embalagens dos agrotóxicos utilizados legalmente. n

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Esqui Park City é paraíso dos praticantes de esportes na neve

Japão Fascinante roteiro turístico relatado por Maria Tereza Veras

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ESTADOS UNIDOS

Paraíso do esqui Park City, nas montanhas rochosas do Estado de Utha, oferece três estações para prática de esportes na neve, todas com sofisticada infraestrutura Rosângela Motta

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F

THE CANYONS OFERECE QUATRO MIL ACRES DE ÁREA ESQUIÁVEL E TODA INFRAESTRUTURA PARA OS TURISTAS

ormada por três estações de esqui – Deer Valley, The Canyons Park e City Mountain –, a charmosa Park City, encravada no pé das montanhas rochosas de Utha, nos Estados Unidos, tem se tornado um dos roteiros mais requisitados para a prática de ski e snowboard no mundo. A cidade fica a apenas 35 minutos do Aeroporto Internacional de Salt Lake City, o que coloca os resorts entre os mais acessíveis do planeta. Além do conjunto de resorts, a Park City possui excelentes opções de gastronomia, compras, entretenimento e hospedagem. Deer Valley é sinônimo de exclusividade. Não é de hoje que o local vem sendo o preferido pelos leitores da Ski Magazine, que o elegeram pelo quinto ano consecutivo o melhor resort de esqui. É um éden nevado para os esquiadores, pois é um dos poucos resorts dos Estados Unidos que proíbem a entrada de snowboarders. A fama de melhor justifica o fato de Deer Valley ser também um dos mais caros do mundo, por unir sofisticadas opções de hospedagem, gastronomia e a neve mais perfeita de que se tem notícia, segundo experts no assunto. Na rede hoteleira, destacam-se o cinco estrelas Montage Deer Valley e o St. Regis, hotel conhecido pelos frequentadores de Aspen. A segunda estação, The Canyons, possui 21 lifts que abastecem 182 pistas em mais de quatro mil acres de área esquiável. Entre os meios de elevação, destaque para o ‘Orange Bublle’, cadeira que leva quatro pessoas com vidros especiais e confortáveis assentos aquecidos – ótima a sensação de ver do alto do teleférico a neve branca cobrindo a paisagem –, o primeiro desse tipo na América do Norte. Crianças também têm vez no The Canyons: há treinadores especializados para ensiná-las. Dá até inveja ver como os pequenos aprendem a deslizar na neve mais rápido que os adultos. Na montanha, vale conferir a cozinha do The Farm, com vista para a pista de esqui. O restaurante dispõe de um menu inovador que se concentra em ingredientes de origem local. O subchefe da casa é o brasileiro Felipe Facchin, 26 anos, de Porto Alegre. Waldorf Astoria, uma das redes de hotéis mais luxuosas do mundo, está entre as opções de hospedagem. A tradicional Park City Mountain Resort está localizada no coração de Park City,

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DEER VALLEY RESORT: ELEITA COMO MELHOR ESTAÇÃODE ESQUI POR LEITORES DE REVISTA

ORANGE BUBBLE: VISTA PANORÂMICA DA ESTAÇÃO THE CANYONS EM TELEFÉRICOS AQUECIDOS

o vilarejo que dá nome a todo o complexo. Além das pistas dos resorts de ski e snowboard, Park City Mountain Resort tem atrativos para todos os gostos e idades. Vale uma visita ao Gorgoza Park, um tobogã na neve pelo qual os turistas escorregam em boias gigantes. Apesar de Park City girar em torno de esqui, as opções turísticas vão muito além das práticas esportivas. A noite inspira a diversão na cidade. Para um happy hour, a escolha certa é o descolado e tradicional No Name Saloon, que mantém a aparência de um bar de mineiros. Também ali perto está o Shabu, único asiático que mistura pratos famosos da região com produtos frescos e sabores globais. Para um jantar especial, a dica é o elegante The Mariposa, que disponibiliza uma mistura de cozinha clássica e atual, bem como menu degustação. Outra atração é o tradicional Grub Steak Restaurant, que oferece grelhados de carnes e frutos do mar.

PARK CITY: ROTEIRO PARA OS AMANTES DO ESQUI

Esportes de inverno A cidade conta ainda com o Utah Olympic Park, palco das principais competições da Olimpíada de Inverno de 2002. Além de um museu, o visitante pode experimentar os esportes praticados por lá. É possível ainda uma rápida descida na pista de Bobsled – aqueles carrinhos velozes para 2

ou 4 pessoas que atingem velocidade de até 120 quilômetros na pista tubolar. Compras Passear ao redor da Main Street, rua com ares de Velho Oeste, é uma programação imperdível. Além de lojas e galerias de arte, Park City possui o outlet Tanger, que reúne grifes famosas a preços realmente baixos. Ralph Lauren, Oakley, Calvin Klein, Gap, Bose e Nike são algumas dessas marcas. Antes de ir às compras, basta entrar no site www.tangeroutlet.com/ parkcity e imprimir os cupons para aproveitar descontos de até 70%. Um veículo é realmente desnecessário. Há um serviço grátis de micro-ônibus a cada 20 minutos. Programação cultural Quem prefere atrações culturais a compras, tem diversão garantida em Park City. No mês de janeiro, a cidade abriga o Festival de Cinema de Sundance, promovido anualmente pelo ator norte-americano Robert Redford. Vale também uma visita ao museu da cidade, que mostra o passado do lugar ligado à mineração e à prática de esqui. História Construída em 1872, após a descoberta de prata na região, Park City foi povoada

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MEAN STREET, DURANTE O DIA E À NOITE: RUA É O PONTO MAIS MOVIMENTADO DE PARK CITY, COM GRANDE CONCENTRAÇÃO DE LOJAS, GALERIAS E RESTAURANTES, COMO NO NAME SALOON E GRUB STEAK RESTAURANT (ESQUERDA)

por um grupo de mineiros, um dos primeiros a praticar esqui em suas montanhas. Depois que a queda dos preços levou ao fechamento das minas, os mineiros, em 1963, abriram o primeiro resort de esqui da área. Reconhecida pela qualidade de sua neve, a cidade sediou boa parte dos eventos dos jogos olímpicos de inverno de 2002, que aconteceram em Salt Lake City. Desde então tem conquistado cada vez mais turistas. O número de visitantes brasileiros, por exemplo, cresce 5% a cada ano. O que levar? Quem visita Park City não pode esquecer de levar na bagagem casaco de nylon com capuz, óculos de sol, luvas, cachecol e blusas de lã. É importante usar filtro solar e hidratante labial. Quem leva? A American Airlines SkiClub, que inclui um pacote completo com passagem aérea em classe econômica com American Airlines, sete noites de hospedagem no Park City Peaks, seis dias de ski-lift e uma semana de aluguel de carro Herts com seguro LDV. Z

SHABU: RESTAURANTE ASIÁTICO MISTURA ITENS DA CULINÁRIA REGIONAL COM COZINHA CONTEMPORÂNEA

AMERICAN AIRLINES SKICLUB

Fone: 0300-789-7778 Site: www.aaskiclub.com.br ZELO 63

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JAPÃO

KANDA MYOJIN, EM TÓQUIO, É UM DOS SANTUÁRIOS MAIS ANTIGOS E IMPORTANTES DO JAPÃO

Oriente e Ocidente se encontram no Japão O Maria Tereza Veras

Empresária relata viagem ao país onde tradição e modernidade convivem harmoniosamente. Roteiro inclui templos milenares, jardins suntuosos, culinária diversificada e visita à capital, Tóquio

objetivo da nossa viagem foi conhecer mais da cultura oriental para nosso enriquecimento profissional e pessoal, passando a respeitar ainda mais as diferenças entre os povos, e também assistir à final do Mundial Interclubes Fifa, coisas de marido santista, apaixonado por futebol. Eu e o Zé Luís adoramos o Oriente, principalmente o Japão. Sempre que podemos, vamos conhecer uma ilha nova do país e, claro, voltamos a outras para matar a saudade. Temos um sonho de conhecer todo o país, que não é tão grande assim, se comparado ao nosso por exemplo, mas com grandes distâncias a serem percorridas por sua característica geográfica. As quatro maiores ilhas são: Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku. Como já co-

nhecemos Honshu e Shikoku, dessa vez fomos para a ilha de Kyushu e revisitamos algumas cidades na ilha de Honshu. A ilha de Honshu, localizada ao centro do arquipélago, é onde fica a capital, Tóquio. Lá, além das grandes e agitadas cidades, já com algumas características ocidentais – como, por exemplo, lojas de marcas famosas, restaurantes estrelados pelo Guia Michelin como um mix da culinária mundial, pessoas apressadas andando pelas ruas –, podemos também conhecer um interior tranquilo e bem tradicional, com paisagens de montanhas, parques nacionais e na época certa até cerejeiras bem floridas. Nessa nossa viagem, fomos a Nagoya e Yokohama assistir ao jogos do Mundial e aproveitamos para revisitar Hakone e Tóquio. Hakone é uma dessas cidadezinhas

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MUSEU AO AR LIVRE É UMA DAS BELAS PAISAGENS DE HAKONE, CIDADEZINHA LOCALIZADA NO INTERIOR DA ILHA DE HONSHU

EM FRENTE AO GRANDE BUDA DE KAMAKURA, ESTÁTUA MONUMENTAL INSTALADA NO TEMPLO KOTAKU-IN

no interior da ilha de Honshu, aproximadamente a 100 km de Tóquio, que nos serviu de inspiração para a criação de nosso restaurante, o Hakone Japanese N’Fusion. É uma cidade de águas termais, onde se encontram belas paisagens, como o parque nacional de Fiji-Hakone-Izu, o museu ao ar livre, o museu de arte de Hakone, um templo xintoísta e bem perto dali, o lago Ashi, que fica aos pés do famoso Monte Fuji, principal cartão- postal do Japão. É também indispensável visitar Owaku-dani, onde pode-se ver um vulcão em plena atividade e onde se encontra o tradicional ovo cozido no vapor de enxofre (kuro-tamago) e que, segundo a lenda local, o corajoso que come o ovo tem sete anos a mais de vida. Infelizmente, só o Zé Luís ganhou os anos a mais, pois eu preferi acreditar no meu puro destino! Partindo para as acomodações, em Hakone existem dois tipos de hospedagens. Os hotéis a que já estamos acostumados e os famosos Ryokans, que são hospedarias tradicionais onde se dorme no tatami, veste-se kimono e tem-se direito a se deliciar nas piscinas de

SANTUÁRIO YASUKUNI: SÍMBOLO DO JAPÃO MILITARISTA DOS ANOS 1930 E 1940, FOI ALVO DE INCÊNDIO CRIMINOSO

águas termais, separadas para homens e mulheres, já que todos tomam banho do jeito que vieram ao mundo! Já na ilha de Kyushu, mais ao sul do Japão, conhecemos Nagasaki, a 9 horas de trem-bala de Tóquio, que foi alvo da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em 1945. É possível notar ainda hoje marcas desse trágico acontecimento no museu da bomba atômica e por meio de homenagens recebidas do mundo todo, que são os tsurus, dobraduras em formas de pássaros que remetem saúde, felicidade, boa sorte e proteção. Existe a lenda da menina Sadako, que sofreu de uma doença causada pela bomba de Hiroshima e acreditava que se fizesse 1.000 tsurus, um por dia, ficaria curad, porém ela morreu antes de completar os 1.000, chegando a fazer 964 dobraduras. Nagasaki tem uma grande influência ocidental por ter sido um grande porto comercial utilizado pelos europeus. Lá, o catolicismo tem grande número de adeptos, para nossa surpresa, em função dessa influência ocidental. O grande destaque culinário de Nagasaki é o Shippoku, uma sequência de nove

pratos tradicionais e iguarias que vão do feijão doce ao sashimi de baleia. Um sabor exótico e apaixonante. De volta a Tóquio, fomos ao mercado de peixes Tsukuji (adoramos e sempre que vamos ao Japão é visita obrigatória), uma passagem por um teatro Kabuki, Kamakura, para visitar o grande Buda, e, é claro, muita comida. Dos sushis e sashimis ao Kobe beef grelhado (uma carne fantástica do gado japonês Wagyu). Passamos por muitos templos e jardins suntuosos que nos remetem a reflexões e à busca pelo autoconhecimento. O Japão é assim, um país inconfundível, com cidades que vivem em ritmo frenético e outras que parecem ter parado no tempo, onde sempre estão presentes o respeito, a disciplina, a melhoria contínua por meio do autoconhecimento e, é claro, uma fonte inesgotável de texturas e sabores presentes em sua gastronomia, que vai muito além dos sushis e sashimis!!! Embora o Santos tenha sido derrotado pelo Barcelona, foi mais uma inesquecível viagem ao Japão, país ao qual ainda retornaremos muitas vezes!!! Z

OWAKU-DANI: VULCÃO EM PLENA ATIVIDADE E OVO COZIDO NO VAPOR DE ENXOFRE SÃO ATRAÇÕES PARA OS TURISTAS

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SÓ PARA HOMENS João Camargo Neto – joaoncamargoneto@gmail.com

Inovação Jean Darrot e Triagem são empresas goianas do mundo da moda em evolução. Elas investiram pesado e repaginaram toda a marca, desde as criações ao layout das lojas. A primeira lançou a nova coleção no restaurante Café de la Musique. A segunda escolheu a boate Pachá.

Lançamento Natura lança Homem Hidratante Multifunção 1.5, marcando a entrada no nicho de produtos antissinais para o público masculino. Com exclusiva tecnologia Natura Chronos na fórmula, o produto aumenta a firmeza da pele, atenuando rugas e sinais de expressão. Além disso, tem função antibrilho, controlando a oleosidade do rosto, contém proteção solar (FPS 18), pode ser usado como pós-barba e mantém a pele do rosto hidratada e confortável.

Sucesso Novidade

Filho de peixe

O arquiteto Flávio Paraguassu assinará espaço gourmet na Casa Cor Goiás 2012, que acontecerá de 18 de maio a 26 de junho na T-34 com a Praça T-23, no Bueno.

Advogado por formação e executivo do ramo sucroalcooleiro por trajetória, Igor Montenegro (PP/foto) é um dos secretários do governador Marconi Perillo de maior destaque. Com seu jeito discreto e empreendedor, Montenegro tem DNA político. Seu pai, Admar Otto, recémfalecido, presidia a Associação dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás e o PPS, partido pelo qual era cotado para ser candidato à Prefeitura de Goiânia.

Ousadia Já Leo Romano, fetiche da nossa arquitetura, ficará responsável por um studio e pela fachada da casa que sediará a mostra.

Desde que venceu o festival gastronômico Comida Di Buteco, Botequim Mercatto se consolidou de vez como um dos bares preferidos dos goianos descolados. Tanto que arranjar mesa no local não é tarefa fácil. A espera, porém, é recompensada pelo cardápio e pela carta de bebidas com custo-benefício justo.

Embate Por falar em política, o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Leonardo Vilela (PSDB) coloca em risco o projeto de reeleição do prefeito goianiense Paulo Garcia (PT).

PREMIER n O Brasil já é o segundo

n Depois do lançamento

maior mercado de cuidados pessoais masculinos, com projeção de crescimento de 16,3% em valor em 2011, segundo a Consultoria Euromonitor International.

em São Paulo, já circulam nas bancas a revista H, editada pela Mix Brasil. A publicação é focada em homens acima de 30 anos. n Seu Jorge, Jorge

Aragão, Dado Villa Lobos e Toni Platão, Humberto Gessinger e Duca Leinducker, Roberta Sá, Zeca Baleiro, Kid Abelha e Vanessa da Mata são as atrações deste ano do Flamboyant in Concert.

n Não se assuste se

encontrar na balada rapazes de gravata, inclusive borboleta. A peça já é coqueluche nas noites europeias e, aos poucos, já tomam conta das pistas de dança brasileiras.

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DECORAÇÃO

Resgate da cultura popular Conheça o trabalho de Nara Pim, que faz uso de produtos recicláveis para criar mimos e levar mais afetividade e bom humor para ambientes

NARA PIM PREPARA INAUGURAÇÃO DE ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO DE SUAS CRIAÇÕES

Osmar Régis

À

s vezes uma coisa que poderia ser um hobby se torna uma forma de ganhar dinheiro sem muita dor de cabeça. O caminho que levou a jornalista Nara Pim ao artesanato não foi nada fácil. Diagnosticada em 2004 com um problema cardíaco raro, ela se lançou em uma viagem de autodescoberta até a cidade de Tiradentes (MG). A partir dessa viagem, Nara desenvolveu uma linha de trabalho que incluía material que iria diretamente para as latas de lixo. Mas, infelizmente, o artesanato evoluiu lentamente. O motivo? Uma cirurgia cardíaca. Até que, em 2009, depois de visitar uma exposição de acessórios feitos com produtos recicláveis, ela resolveu experimentar criar suas próprias peças. De lá para cá vieram carteiras femininas feitas a partir de caixas de leite, decoradas com tecido de chita; peças decorativas em MDF, como caixas, quadros, relicários e outros objetos, muitos deles com fotos de sua autoria; e um serviço de pintura de parede, onde ela ajuda o cliente a decorar de um jeito especial aquele espaço meio sem graça da casa. Nara acredita que suas peças têm um forte apelo cultural, principalmente por se tratar de um resgate da cultura popular brasileira. O romantismo do estilo provençal é uma marca de seu trabalho que em breve estará exposto na “Casa da Pim”, no Setor Sudoeste. Este será um espaço permanente, onde as portas estarão abertas para todos que quiserem conhecer as suas peças criativas ou até mesmo para dar um “oi” e colocar a conversa em dia. Z ZELO 67

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CARROS

Astero Motta – asterofontenelle@yahoo.com.br

Ferrari F12 Berlinetta A Ferrari lança o F12 Berlinetta oficialmente no Salão de Genebra. Trata-se do carro mais veloz e potente já produzido pelo fabricante de Manarello. O novo modelo foi criado para substituir a 599 GTB Fiorano. A F12 Berlinetta possui um motor de 12 cilindros em V, de 6.262 cm³, que gera 730 cavalos de potência. O torque fica acima dos 73 kgfm e tem 80% da sua força entregue a 2.500 rpm, o que garante um desempenho elástico ao carro. O F12 Berlinetta acelera até os 100 km/h em apenas 3,1 segundos.

Sedan Mitsubishi Concessionárias Mitsubishi lançaram o mais novo integrante da Mitsubishi Motors, o sedan Lancer. Clientes conheceram de perto toda a tecnologia do novo modelo, com a realização de um test-drive. “Esse lançamento marca a entrada da Mitsubishi no segmento de sedans, com um produto moderno e arrojado, inspirado no consagrado Lancer Evolution X”, explica Fernando Matarazzo, diretor comercial da Mitsubishi Motors. O novo integrante da família Lancer traz design inovador, muito conforto e segurança para toda a família. Equipado com motor 2.0 de 160 cv, tem rodas aro 18”, únicas no segmento, e muitos outros itens.

Novo Peugeot 308

Leaf, 100% elétrico O Nissan Inova Show apresentou em Goiânia o veículo que revolucionou a história da mobilidade urbana no mundo: o Leaf, primeiro carro 100% elétrico produzido em larga escala. A caravana itinerante também apresentou novidades como a linha 2013 da Frontier, March e Versa. Entre os destaques, a recém-lançada Frontier 2013, picape equipada com novo motor turbodiesel 2.5 16V ainda mais forte, mais econômica e emitindo menos poluentes.

A Saint Martin lançou oficialmente em Goiânia o novo Peugeot 308, hatch médio. Com versões a partir de R$ 53.990, a Peugeot acredita na qualidade e no preço competitivo (o mesmo do 307) para atrair os consumidores. Entre as novidades, um motor mais potente e agradáveis itens de série se destacam. Ele traz para a categoria de hatches médios os faróis de LED, a central multimídia com computador de bordo e GPS, freios ABS e airbags de série. Além disso, estreia o novo motor 1.6 flex da PSA e tem opções com motor 2.0.

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ZELO BELEZA Osmar Régis – osmar@revistazelo.com.br

Vermelho revolucionário A Yves Saint Laurent já começou o processo de divulgação do Rouge Pur Couture Vernis à Lèvres, um mix de batom, gloss e fixador para os lábios que chega nas lojas no mês de abril. A marca prometeu uma revolução na bolsa das mulheres: em vez de carregar três produtos diferentes, basta um. Vinte opções de cores estarão disponíveis. A grande novidade é que a cor número 13 (Rose Tempera) será exclusiva para a Nordstrom, e a número 20 (Rouge Enamel), da Sephora.

Inspiração urbana

Goles para todos os momentos

Pop Maquiagem aba de divulgar

ac A Nars Cosmetics breve uma coleção que vai lançar em pirada em Andy de maquiagem ins foi não sabe, Warhol Warhol. Para quem cineasta que ficou um grande pintor e a das principais conhecido como um to de Pop Art. Ele, figuras do movimen quela consagrada inclusive, é autor da Monroe em vários imagem de Marilyn . Os produtos quadros coloridos do norte-americano chegam ao merca demais lojas da em outubro e nas o. A parceria foi marca em novembr Fundação Andy firmada por meio da lagens, cores e até Warhol e traz emba para a coleção fórmulas exclusivas limitadas). (tudo em edições

O Boticário arrumou as malas e saiu estrada afora em direção às capitais mais influentes do mundo para criar a Fashion Collection, coleção outono/ inverno 2012. Paris, Milão, Nova York, Londres, São Paulo e Tóquio foram as fontes de inspiração para o lançamento da fragrância Linda Fashion. Este é o tipo de perfume ideal para as mulheres modernas que sabem como ninguém usar a moda a seu favor. A fragrância combina notas florais sofisticadas com um leve toque amadeirado, o que irá irradiar ainda mais sua beleza.

Você sabe todos os benefícios do chá? A Natura conhece muito bem e, por isso, criou a Frutífera, uma linha de saborosos chás com ingredientes cultivados de forma sustentável. O principal diferencial dos chás Frutífera consiste em uma exclusiva mistura de ingredientes orgânicos, de cultivo livre de agrotóxicos ou outras substâncias químicas. A mistura desses ingredientes é pensada de maneira funcional, ou seja, são chás que trazem benefícios para a saúde e bem-estar. Goles de Leveza e Goles de Sossego, por exemplo, têm sabor e aroma diferenciados. O primeiro traz um estímulo ao metabolismo, aumentando o gasto calórico. Já o último, feito à base de camomila, possui propriedades calmantes suaves. Ideal para ser consumido a qualquer hora do dia.

Lipo sem cortes? A dificuldade ou a falta de tempo para encarar uma academia tem feito com que homens e mulheres recorram a outras alternativas para acabar com aquela barriga saliente, como, por exemplo, a famosa “lipo sem cortes” . Este tipo de tratamento é feito por intermédio de um aparelho de ultrassom que atua na destruição de células adiposas. Em conjunto com os outros tratamentos, é possível ter um corpo com o aspecto mais bonito e sem flacidez. Aqui em Goiânia, o espaço Bel Lasmar tem ajudado, e muito, nessa ingrata tarefa de eliminar as gordurinhas abdominais.

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HIGH-TECH Astero Motta – astero@revistazelo.com.br

Notebook Acer Aspire V3 Smartphone LG Optimus 3D Max O Smartphone LG Optimus 3D Max foi a grande novidade da marca durante a Mobile World Congress 2012. Uma mistura de smartphone e tablet, com corpo de apenas 9,6 mm de espessura e o peso é de 148g. A velocidade do 3G aumentou com a compatibilidade com o HSPA+ 21 Mbps. Ele também vem com a tecnologia LG Tag+, que leva o uso do NFC a um novo nível, permitindo a mudança automática de diversas configurações no celular.

Smart TV K91 A marca chinesa Lenovo lançou na Consumer Electronics Show, em Las Vegas, a primeira Smart TV com Android do mundo. A LCD de LED Full HD possui 55 polegadas e possibilita navegação na internet e interação com diversos aplicativos e acessar o YouTube. Seu “sanduíche” UI inteligente reúne três das principais funções da Smart TV, que incluem o Vídeo On Demand (VOD), aplicações da Internet e programas tradicionais de TV. Os aplicativos da Internet podem ser escolhidos a partir das milhares de opções disponibilizadas no Android Market e no Lenovo Store, inclusive jogos de console.

A Acer apresentou na CeBit 2012 seu mais novo lançamento, o Aspire V3, com uma linha de notebooks otimizada para as atuais necessidades digitais que está disponível em modelos de 14, 15,6 e 17,3 polegadas. Todos os modelos devem contar com leitores de cartão, câmera HD, processador Intel Core Sandy Bridge e chips gráficos Nvidia. A Acer lançará a nova linha de notebooks em três cores: preto, dourado e cinza. A previsão é de que os notebooks cheguem ao mercado no segundo trimestre de 2012.

Novo iPad

CeBIT

as Quatorze empresas goian BIT, a Ce na representaram o Estado da Informação maior feira de Tecnologia em março, do mundo, que aconteceu A proposta em Hannover, Alemanha. nstrar mo do Brasil no evento é de áreas de ao mundo inovações nas rmação, banco, segurança da info final, ário usu telecomunicações, mo de co m governo e pesquisa, be cios. desenvolvimento e negó

A marca da maçã lança a terceira geração da sua categoria, trazendo série de recursos, em evento realizado no Yerba Buena Convention Center, na Califórnia. O portátil vem com processador gráfico quad-core (com quatro núcleos) duas vezes mais rápido que o anterior, tela retina de ultradefinição, nova câmera traseira de 5 megapixels e suporte a conexões 4G (novo padrão de internet móvel, cuja velocidade mínima é o dobro da máxima alcançada pelo 3G).

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EVENTO

GLÁUCIO ROCHA E FERNANDO GALVÃO

PATRÍCIA LEITE, VINÍCIUS, ROBERTA LEITE E BRUNO ROCHA

MARCELO TRENTO, NEY LIMA, MARIA ABADIA HAICH E LEO ROMANO

ANA PAULA MUNHOZ, KARINE ESPÍRITO SANTO E CARINE ROCHA

ELIANE MARTINS

Nova GR Quando os negócios vão bem, a expansão é algo natural. Pensando nisso, o empresário Gláucio Rocha, da GR Ambientes High End, apresentou ao público, no final de março, a sua nova loja. Localizada no Setor Marista, o ambiente prima pela sofisticação e elegância das novas tecnologias. O projeto vanguardista é assinado por Leo Romano.

EDSON PONTES E LÚCIA MARTINS

TÂNIA FRANCO E RONI MOURA

ANDRÉ BRANDÃO E MÁRCIA VARIZO

MARÍLIA TEIXEIRA

GABRIELA SABACK

LARISSA MAFRA E FREDERICO BRETONES

ANDRÉ ROCHA E PRISCILA RASSI

NANDO NUNES

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EVENTO

REGIANE NERY BRITTO, MARIELZA RATTES, KARLA RATTES E ANDREIA DOURADO

WALÉRIA NOLETO E VALÉRIA JUNQUEIRA

SARAH CARNEIRO E BEATRIZ ARRUDA

Celebração do lado feminino O Dia Internacional da Mulher é motivo para comemorar e muito. Por isso, esta ocasião especial teve programação distinta no Victória. Para aplaudir de pé as mulheres da cidade, as empresárias Marly Siqueira e Waléria Noleto ofereceram um coquetel com cardápio especialmente elaborado, regado a espumantes e cerveja Stella Artois. A decoração impecável foi assinada por Valéria Junqueira. Já o comando da pista de dança ficou por conta do excelente set da DJ Simone Junqueira.

ISADORA MELO, CRISTIANE AZEVEDO E TEREZA PENNA

TAYSA LARA, WALÉRIA NOLETO E DORIS COSTA

JACQUELINE CAMAPUM E JOSY RABELO

VERUSCA NOLETO

KOLONTAY DE SÁ, MAISA GOUVEIA E GRECE MACHADO

SIMONE JUNQUEIRA

IVONE SILVA E EDNA GOMES

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EVENTO

LÚCIA MARTINS E EDSON PONTES

DENER MALLARD E ANA AUGUSTA FLEURY

ROSÂNGELA MOTTA, LAÍS CUNHA E ÂNGELA MOTTA

PABLO KOSSA, DENNIS SULLIVAN E CÉSAR BAIOCCHI

JOÃO NELSON JÚNIOR E JOÃO NELSON DE AZEVEDO

JOSÉ AUGUSTO E ÂNGELA MOTTA

Zelo 05 anos A nova edição da Revista Zelo chega às mãos do leitor despertando sensações! E nada melhor do que um bom almoço para celebrar os cinco anos de uma publicação que vem conquistando um espaço no coração dos leitores e no mercado editorial goiano. No último dia 21 de dezembro, recebemos os nossos colaboradores para levantar nossas taças e brindar mais um ano de Zelo em um dos restaurantes mais badalados da cidade, o Hakone.

LILI MOREIRA, SÔNIA PINHEIRO E ALICE GALVÃO

NANDO NUNES

ANA CLÁUDIA ROCHA E ROSÂNGELA MOTTA

JOSÉ GUILHERME SCHWAM

JÔ ALMEIDA

ANDREA REGIS

SÔNIA PINHEIRO

WILLIAM HANNA, KÁTIA NOVAK E FÁBIO SILVESTRE ZELO 75

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EVENTO

LÍVIA CARLA BIANCHI E MARINA LAVAGUI

LORENA FREIRE, DAÍRDES, JÂNIO DARROT E LUCIANA FREIRE

Natureza fashion A Jean Darrot apresentou a coleção outono-inverno, no Café de La Musique. A atriz e apresentadora Fiorella Matheis, estrela da campanha de inverno 2011 da grife, foi a sensação da festa. O DJ Avaí Corrêa deu o tom para o vaivém dos modelos, que desfilaram 42 looks criados especialmente para a coleção. O destaque ficou para as lindas peças com animal print e florais, todas exclusivas. A marca ainda aproveitou para mandar o seu recado de ela agora é sustentável.

LINDA BESSA, JULIANA BESSA E ALICE CALDAS

FIORELLA MATTHEIS

LEONORA ROCHA E GREISSON ALBUQUERQUE

LEO ROMANO E JR LELIS LALÁ NOLETO ANNA CASTRO E PRISCILA ASSIS

JÔ ALMEIDA, ANA CLÁUDIA ROCHA E ELIANE SANTOLIN RAFAELA ASSIS

GUSTAVO MOURA E ANDREA RÉGIS

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EVENTO

MARAYSA CAIADO E DIEGO GARCIA

Casamento dos sonhos Uma cerimônia tradicional, mas com alguns toques inovadores e outros de descontração que marcaram a união da advogada Maraysa Caiado com o odontólogo Diego Garcia, na Igreja da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, no Setor Universitário, no dia 12 de fevereiro. A noiva fez a entrada triunfal em direção aos braços do noivo ao som do coral Melody, que embalou com suas canções os momentos mais importantes do evento, enquanto a equipe da Hekta Fotos registrava cada segundo da celebração. Ao final da cerimônia, os noivos receberam os convidados no Espaço Vintage.

DIEGO GARCIA E MARAYSA CAIADO

Surpresa Foi em clima de muita alegria e descontração que a socialite Rose Pinheiro comemorou seu aniversário no último mês de fevereiro. A festa surpresa foi organizada pelas amigas e contou com um cardápio delicioso do restaurante Unique. Rose aproveitou o horário de almoço para ganhar o carinho e os parabéns de amigos e familiares. Vale a pena conferir. ROSE PINHEIRO E MARIA EDUARDA

ANA RITA XAVIER E ANDREIA FLEURY

ROSE PINHEIRO, GABRIEL E EDUARDO

ROSE PINHEIRO, ANDREIA FLEURY, FABÍOLA FRIAS, RENATA CRISPIM E CIDA MARCANTE

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EVENTO

DANIELA HAICH, LEO ROMANO, MARIA ABADIA HAICH E MARCELO TRENTO

FABIANA BELINE E MARCO BELINI

REGINA AMARAL E MÁRCIA ALBIERI

AZ comemora

KARINE ESPÍRITO SANTO, AGUSTO TOMÉ, ANA PAULA MUNHOZ E GRABRIELA SABACK

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TELMA ROMÃO MAIA E ANTÔNIO FERNANDO MAIA

As empresárias Maria Abadia Haich e Daniela Haich, da Armazém da Decoração, receberam convidados para um festivo almoço na loja. Motivo: comemorar a inauguração do projeto “Salas Conceito”, criada pelo arquiteto Leo Romano, e a premiação de Melhor Loja – escolha do público e do júri –, na 2ª edição do Prêmio Casa Cláudia Design de Interiores.

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EVENTO

NONONO ONONO ONON ONONO ONO ONON ONONO ONONO

Para animar o grande dia

BETILA RUAS E DIEGO CAMPOS

De amigos a namorados... De namorados a noivos... O casamento da designer de moda Betila Ruas e do engenheiro civil Diego, realizado no espaço Villaredo, em Goiânia, no último mês de março, foi marcado por muito glamour e agitação. A decoração da cerimônia ficou por conta da ‘Rosa Mística’, e a recepção foi animada pelo cantor Landau e sua banda, que brindaram a noite com clássicos da música nacional. Já o registro fotográfico dessa noite inesquecível foi feito pela Hekta Fotos.

ISABEL E RUI RUAS, OS NOIVOS, JOSÉ ASTOLFO E EVALDA CAMPOS

OS NOIVOS COM O CANTOR LANDAU E BANDA

Para festejar com elegância A Festivitá, loja no segmento luxo em locação de material e mobiliário para eventos, comandada em Goiânia pelos empresários Neulcy e Eduardo Oliveira, acaba de abrir as portas em um novo endereço na Capital. A nova sede encanta a todos com seu requinte e o arrojado projeto feito pela arquiteta Sandra Kátia Junqueira. Vale a pena conferir!

NEULCY OLIVEIRA, SANDRA JUNQUEIRA, EDUARDO OLIVEIRA E VALÉRIA JUNQUEIRA

CLÁUDIA ZUPPANI, VALÉRIA JUNQUEIRA E PATRÍCIA GUIMARÃES

VIVIANE BRUM, CRISTINA LOPES, GENÉSIO MARANHÃO E VÂNIA LAMARTINE

WANINA JUNQUEIRA, LUDIMILA JUNQUEIRA, MARCELA E JULIANA VEIGA

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EVENTO

TAMINE DE OLIVEIRA E GIULIANO NASCENTE

ELITA SIMÃO, JOÃO MAURÍCIO, CÍNTIA SIMÃO, BÁRBARA EVANS E KÊNIA SIMÃO

Triagem em festa

BIANCA EVARISTA E CLÁUDIO EVARISTO

A Triagem lançou, em março, a sua nova coleção de inverno e a terceira edição da revista Triagem com uma festa sofisticada para 700 convidados na casa noturna Pacha. No evento, uma performance de desfile e de dança agradou em cheio os convidados. A festa também serviu para celebrar o lançamento do Perfume Vintage. O ex-BBB João Maurício e a modelo Bárbara Evans circularam pela pista de dança. Em um passeio por diferentes décadas, a nova coleção da Triagem, Perfume Vintage, que já pode ser vista nas lojas, resgatou algumas referências dos anos 60, Barroco e o Western.

WANESSA PAZINI E ALEXANDRE MARTINS

JEZUS ATAÍDE, VALÉRIA OLIVEIRA, RAYANE LOPES E DANIEL CARVALHO

ZÉLIA LOPES E ROSEMAIRE GOULART

GIULIA VIEIRA, JORGE DE FREITAS E DRª RENATA VIEIRA

KÁSSIA MARTINS, TARCÍSIO CALAÇA E DORA LEMES

FAUSE HUMBERTO, GABRIELA SIMÃO E BÁRBARA EVANS ANA PAULA, KÊNIA SIMÃO, AUSENI VIGGIANO E DRª TEREZA BEILER

WEILER CARNEIRO E CINTIA SIMÃO

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EVENTO

SALVADOR NETO E EMMANUELLE LOUZA

ESTER KRIVKI, TEREZA BEILER, PAULO GARCIA E CATHERINE DUVIGNAU

MARCELO SOLÁ E ALEXANDRE JARDIM

MARIA RITA MORAES, VANESSA CRUZ, SANDRO TORRES E SANDRA MÉNDEZ

MARIA ABADIA HAICH E DANIELA HAICH

RONAN GONÇALVES

Abrindo as porteiras da

CowParade CRISTINA LOPES

RODOLFO CAPUZZO

THIAGO MOREIRA

Centenas de convidados, entre artistas, patrocinadores e imprensa, marcaram presença no lançamento da CowParade, no Deck do Flamboyant Shopping. O coquetel contou com a presença do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia; do presidente do Flamboyant Shopping Center, Lourival Louza, e dos sócios da Toptrends, Ester Krivki, Catherine Duvignau e Michel Farah. Esta edição conta com a confecção de 60 esculturas, que tiveram intervenção de artistas locais, e 10 cowbabies, que foram customizadas por alunos das escolas do ensino público. A produção local é assinada por Wanessa Cruz, da Arte Plena Produções Culturais.

CRISTIANE OLIVEIRA E MARCELO ABREU,

ANA CAROLINA

RUBENS FONTES

LEO ROMANO

CAROLINE EGUES E ANGÉLICA MORIS

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