Revista Versa Agosto 2012

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EDITORIAL

O mês de Agosto Expediente da edição #16 Ago + Set / 2012 DIRETORA Fabiana Lima EDITORA Taís Rizzotto DIRETORA EXECUTIVA Ana Lis Carteri EXECUTIVA DE CONTAS Rafaela Porth PROJETO GRÁFICO + DIAGRAMAÇÃO Paulo Lima Filho CRIAÇÃO PUBLICITÁRIA Christian Forcelini Paulo Lima Filho

Quem foi que inventou que agosto é o mês mais difícil do ano? Para a equipe da Versa o agosto de 2012 é um mês especial, que vai ficar na história. Essa edição foi lançada em um grande evento promovido pela revista, no clube Comercial de Passo Fundo: a palestra com a colunista de moda Gloria Kalil e a entrega de homenagens a todas as capas. Nesses três anos de Versa, muitas histórias foram publicadas em nossas páginas. A dessa edição é a de uma mulher bonita, vaidosa e cheia de personalidade. A promotora de justiça Ana Cristina Ferrareze Cirne que nos recebeu em sua casa para falar sobre o trabalho e sobre a família. Essa edição também trata de um assunto que deixa muitos pais em dúvida: Castigo funciona? Qual é a melhor forma de aplicá-lo? E por falar em pais, esse também é o mês deles. Não podemos deixar de mostrar nossa responsabilidade com o meio ambiente. Por isso fomos descobrir o que vai parar no lixo em Passo Fundo. Tenham todos uma boa leitura!

JORNALISTAS Taís Rizzotto Cleiciane Cenci Tainara Scalco JORNALISTA RESPONSÁVEL Taís Rizzotto // MTB 11.842 taisrizzotto@revistaversa.com.br FOTOGRAFIA CAPA Gui Benck REVISÃO Francieli Favaretto REDAÇÃO redacao@revistaversa.com.br fone: 54 3601 0100 PUBLICAÇÃO

A revista VERSA MAGAZINE é uma publicação da Brasil Sul Editora Ltda.

CNPJ - 11.962.449/0001-57 Rua Bento Gonçalves, 50 sala 902 Centro - Passo Fundo EMPRESA DO GRUPO

Passo Fundo/RS // fone: 54 3601 0100

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da Brasil Sul Editora Ltda. Somente as pessoas que constam neste expediente são autorizadas a falar em nome da revista.

Departamento Comercial comercial@estrategia.art.br

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NESTA EDIÇÃO

34. PERSONALIDADE

Ana Cristina Ferrareze Cirne Uma mulher bonita, vaidosa e cheia de personalidade.

18.

EDUCA

Se não obedecer... Saiba como o castigo pode ser um importante recurso educativo.

Destaques

DA CAPA

20.

MOTIVAÇÃO

Como ser um gestor de sucesso.

Motivação e auto-estima.

Aprenda a administrar melhor o seu negócio.

58.

103.

Estudos revelam que a genética representa 60% da dependência.

A mais nova editoria criada para haver interatividade entre o público jovem.

CIÊNCIA

Lembranças ao sabor de histórias.

O elo entre tabagismo e a depressão.

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Compreenda como ocorre a motivação e o que gera a auto-estima.

72.

CURIOSIDADE

Vinhos que marcam momentos.

30.

MERCADO

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76.

40.

PETTICHE

Qual pet combina com você?

SAÚDE

Ouça bem, viva melhor.

A informação é o primeiro passo para superar a deficiência auditiva.

Escolha o seu bichinho de acordo com suas características.

68. 88. DECORA

ESTÉTICA

Os pergolados vão tomar conta do seu jardim.

De bem com o espelho.

Torne ambientes mais agradáveis.

74. RELACIONAMENTO

Então se casaram e viveram felizes para sempre. Qual a porção mágica?

Os avanços da estética fazem a alegria das mulheres.

e ainda...

46. 62. 66. 82.

GASTRONOMIA

Amor e solidariedade, uma receita para viver melhor! CIDADANIA

É sua vez de ajudar. BELEZA

Lindos, longos e bem cuidados. ODONTOLOGIA

A vez das facetas laminadas de porcelana.

08. Pesquisar o inusitado pode, sim, ser legal.

52. Tuberculose uma doença do passado?

12. Da sua casa para onde?

80. Sinais de uma economia próspera.

22. Irrigação é o que mais consome água.

86. Heróis no jiu-jitsu e na solidariedade.

26. Elegância até o pescoço.

92. Pilates: equilíbrio e bem-estar

32. O presente que o seu pai quer ganhar.

96. A terapia da reforma íntima.

40. Braçadas de um campeão.

104. Feeling - Suplementos na dose certa, amigo!

48. Movimento tradicionalista de Passo Fundo. AGOSTO + SETEMBRO 2012

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COMPORTAMENTO

Por: TAINARA SCALCO / redacao@revistaversa.com.br

Tem chiclete na classe deles

Pesquisa desenvolvida na Universidade de Passo Fundo revela hábito comum entre estudantes

Que atire a primeira pedra quem nunca viu, ouviu ou enriquecem apenas experimentou. Tão famoso os donos das quanto hambúger nos Estagrandes indústrias. dos Unidos, massa na Itália São parceiros de e acarajé na Bahia, o chiclete baladas, ponto de não é mais referência apenas fuga daquele mau entre a criançada. Há muihálito desconfortável e to tempo, tornou-se adereço distração naquela aula entre bolsos, bolsas e estojos cansativa. Também, afora. Não seria exagero dientopem lixos, sujam zer que já faz parte de muicalçadas, classes tas listas de compras, afinal, e poluem o meio os números não mentem: 18 ambiente. milhões de gomas de mascar Afinal, o que você faz são vendidas todos os dias no com o seu chiclete? país. Mas e aí, depois de aproveitadas, para onde vão os restos? Alguns vão para o lixo orgânico, outros para a barriga e ainda, se você é frequentador de ambientes escolares, para baixo da classe. E foi essa última hipótese que impulsionou uma pesquisa na Universidade de Passo Fundo. Os hábitos comportamentais dos universitários e os cuidados com o meio ambiente a partir do consumo de chiclete pontuaram o trabalho desenvolvido por futuros psicólogos, acadêmicos da disciplina de Pesquisa em Psicologia, ministrada pela professora Maristela Piva. Um deslize da mão embaixo da classe e a ideia caiu como uma luva. Por que não abordar em uma pesquisa? “A primeira reação foi de muito riso,” confessa a mestre em psicologia Maristela Piva. Assunto escolhido, hora de traba-

© 123RF

Eles não

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Curiosidade Embora a pesquisa tenha apontado que os alunos do curso de Direito são os alunos que menos possuem o hábito de mascar chiclete, o número de gomas encontrados embaixo das classes da sua sala de aula totalizaram 690, o que indica uma média de 22.62% de chicletes encontrados. Esse ficou acima da média geral das gomas encontradas debaixo das classes dos cursos pesquisados.

lhar. A pesquisa-ação, estudo onde os dados procuram interferir na realidade, começou com um mergulho na história do chiclete. E a temática foi ficando cada vez mais interessante. Dos primórdios de Thomas Adams às variedades do século XXI, as deliciosas gomas de mascar foram sendo desbravadas. Depois de muitas descobertas em bibliografias, os pesquisadores entraram em ação. A pesquisa contou com 300 entrevistados, universitários do campus I da UPF, matriculados em 10 cursos diferentes: psicologia, odontologia, direito, engenharia ambiental, matemática, edu-

Pesquisar o inusitado pode, sim, ser legal. Professora Maristela Piva.

cação física, nutrição, agronomia, pedagogia e administração. A escolha desses cursos procurou atingir a diversidade de áreas do conhecimento. Um questionário com questões ob-

Você sabe do que é feito o chiclete? Hoje em dia a fabricação do chiclete começa com a produção de sua matéria prima: a goma base. Ela tem ingredientes como borracha sintética e parafina (ambas derivadas do petróleo), substância emulsificantes (óleos vegetais que dão liga à mistura) e antioxidantes (conservantes químicos que prolongam a duração do produto). A receita ainda leva carbonato de cálcio, uma espécie de cal tratada que serve para dar mais volume à mistura. Industrialmente, a produção do chiclete iniciou-se em 1872, quando Thomas Adams Jr deu início à venda de pedaços de cera parafinada com alcaçuz.

jetivas foi aplicado em sala de aula. Entre as respostas, observou-se que 78% dos entrevistados têm o hábito de mascar chiclete. Quando perguntados sobre a frequência, 35% responderam “duas a três vezes por semana”. Mais da metade dos Acadêmicos da disciplina de Pesquisa em Psicologia, ministrada pela professora Maristela Piva. acadêmicos acha que o chiclete é feito de couro de boi. Em clete embaixo da classe? 59% afirmaram relação ao meio ambiente, 28% acredita que sim, revelando descuido com o meio que o chiclete demora 10 anos para se de- ambiente e com o patrimônio escolar. compor, ao passo que outros 28% creem Entre respostas e descobertas, a surpreque demora 5 anos. sa ficou para o final. Os estudantes eram O descarte foi quase unanimidade, convidados a somar o número de chicle89% afirmou jogar a goma de mascar tes grudados embaixo de cada classe. no lixo, enquanto 7% joga no chão e 3% Brincadeiras apontavam um misto de engole. Esses números desencontram a surpresa e competição. Afinal, quem era realidade. Não raro nos deparamos com o nada agradável vencedor? A média fichicletes grudados em solas de sapatos, cou em 17 gomas de mascar por classe. bancos de ônibus e classes. Mas então, o Haja chiclete! que fazer com os restos? Estudos aponCom os resultados foi possível contam que o melhor seria jogar o chicle cluir que a educação ambiental é uma no asfalto. É que tanto o asfalto quanto das formas de encontrar controle e solua goma de mascar são feitos de petróleo. ções para diversas situações que colocam Os pneus dos carros, de borracha, tam- o planeta em risco. Quanto aos psicólobém vêm do petróleo. Ao jogar o chiclete gos, cabe trabalhar para que as pessoas na rua, você não estaria poluindo, mas desenvolvam uma compreensão cada devolvendo a matéria-prima ao seu meio vez maior de seu papel nas relações sooriginal. ciais. “Pesquisar o inusitado pode, sim, E a pergunta derradeira: na sua his- ser legal. Ainda que seja comum, não é tória de vida escolar, você já grudou chi- banal,” completa a professora Maristela. AGOSTO + SETEMBRO 2012

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MEIO AMBIENTE

Por: TAINARA SCALCO / redacao@revistaversa.com.br

Da sua casa

para onde?

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Mais de 120 toneladas de lixo são produzidas diariamente em Passo Fundo, o que é resto para alguns é muito para outros

Há um ano, a polêmica do aterro sanitário de Passo Fundo trouxe à tona uma questão: como adequar tanto lixo? A célula, hoje interditada, abriga também uma associação de recicladores desde 2010. Do lixo se tira o sustento de famílias, da separação o equilíbrio do meio ambiente.

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© Cassiano de Jesus

Provavelmente a sua lixeira não deve estar vazia nesse momento.

A noite se aproxima, é hora de pensar no jantar. O que temos para hoje? Ovos mexidos, café com leite, torradas, bolachas, geleias variadas. Não, nada de cozinha! Vamos todos jantar fora. A praça de alimentação do shopping pode ser uma boa pedida. Rotina de todos os passo-fundenses, marauenses, gaúchos, brasileiros, cidadãos do mundo. Com algumas alterações de cardápios, fazemos nossas refeições todos os dias, compramos produtos, somos capitalistas, socialistas, comunistas. E produzimos! Trabalhamos para sustentar nossas necessidades, para alcançar objetivos, para ser feliz. Em meio a uma constante efemeridade, continuamos produzindo. Todo o santo dia eu produzo,

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Sabe por quê? você produz, sem exceções, nós produzimos e muito. Provavelmente a sua lixeira não deve estar vazia nesse momento. Sabe por quê? Porque você produz muito lixo. Até aí, nenhuma novidade. Mas para onde vai esse montante? O que é feito com as sacolinhas que são colocadas em frente de casa ou nos contêineres do centro da cidade? Que caminho elas percorrem? Essas são apenas algumas perguntas que envolvem os resíduos. O meio ambien-

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te preza pela separação deles em secos e orgânicos. Esses são passíveis de uma decomposição mais rápida, aqueles necessitam de um destino estritamente correto para não agredir em demasia a sustentabilidade. A educação ambiental, mais enfática neste século, preza dos pequenos aos mais experientes por atitudes conscientes de separação. Para aprender bem a lição, em primeiro lugar, esse ponto precisa estar bem claro. Pensando em todos esses aspectos, alguns até contraditórios, fomos em busca de algumas respostas percorrendo um dos caminhos que o lixo dos passo-fundenses faz diariamente. Das lixeiras, dos caminhões ao aterro interditado, a realidade é mais crua do que parece.


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Aterro ou “lixão”

Quanto tempo para se decompor?

Espelhos, garrafas e tudo que é feito de vidro só se degrada ao passar por impactos sucessivos, quebrando aos poucos, durante milênios de erosão;

milênios

+100 anos

Vários tipos de plástico levam mais de cem anos para se degradar;

1 século

Tecidos sintéticos, metais, couro, borracha e alguns plásticos biodegradáveis duram, no máximo, um século;

Alguns materiais de origem orgânica são digeridos mais facilmente por fungos e bactérias. Papel, tecidos de algodão e restos de alimento não duram mais que um ano de abandono em lixões e calçadas;

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ano

500 anos

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A leveza e praticidade do isopor fizeram seu uso crescer em embalagens, mas ele não se desmancha em menos de 500 anos

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A caminho do aterro sanitário de Passo Fundo, a primeira surpresa. Ao pedirmos informações, referimo-nos ao local como aterro, duas senhoras que esperavam o ônibus se entreolharam por alguns instantes. Confusas, não responderam. Aí, pedimos pelo lixão. Prontamente, elas nos indicaram o caminho. Contextos sociais diferentes, palavras que denotam o mesmo significado. Talvez a novela Avenida Brasil, da Rede Globo, tenha difundido ainda mais a simbologia, talvez isso nunca tenha mudado. Chegando ao destino, as surpresas vieram em demasia. A chuva do dia anterior transformara o barro em lama. Em meio a isso, restos de comida, roupas, brinquedos, animais, pessoas. Máquinas transportavam pilhas e pilhas, caminhões continuavam chegando. Isso tudo na entrada. O aterro sanitário propriamente dito está interditado desde outubro do ano passado. O que chega ao local é para a triagem dos trabalhadores da Recibela, Associação de Recicladores Parque Bela Vista. Bem ao fundo, o que se vê é um horizonte diferente, construído por nós, um emaranhado de lixo que sobressai aos eucaliptos que ainda sobrevivem.

Recibela

É dessa associação que provém o sustento de 27 trabalhadores e suas famílias. Eles trabalham com os resíduos recebidos diretamente dos caminhões da coleta comum – restos que saem da sua casa. A atividade é fruto de uma parceria entre o Projeto TransformAção e a Prefeitura. Quanto mais materiais separados, mais renda no final do mês. Então, mãos à obra. Os montes de resíduos que caem da caçamba dos caminhões vão parar na esteira. Os recicladores separam tudo. Os papéis que embalavam a comida do jantar, as sobras da pizza, as garrafas de refrigerante, as roupas velhas, as bolsas, o carrinho sem a roda, o rádio com a antena quebrada. Vem misturado, vai separado. Luvas e máscaras servem de proteção contra o forte odor e os possíveis materiais cortantes. Poucos subsídios para tamanha responsabilidade. Ao separar e reaproveitar os resíduos, o volume transportado para fora é menor. Ganha a comunidade de Bela Vista, ganha o município, agradece o meio ambiente. Defronte a uma realidade tão distinta da grande maioria, fica a questão: custa separar os resíduos em casa? Se é resto para muitos, é sustento para outros tantos.


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EDUCA

Por: TAINARA SCALCO / redacao@revistaversa.com.br

Se não

obedecer... Mais do que cuidados, eles precisam de orientação. Com o passar dos tempos, não foi somente a revolução tecnológica que marcou a história, as correntes mudanças comportamentais também ganharam vez. Em meio a tudo isso, como dialogar com crianças e adolescentes tão espertos e argumentativos? Nos momentos de desacordo, seria o castigo uma solução?

Os dicionários definem o castigo como sanção. Em muitos lares, esse significado vai além. Pais adotam o método como forma de coibir atitudes mais graves, acreditando que esta é a forma mais coerente de orientar os filhos. Uma linha tênue separa esta opção de educação. Não raro abusos de poder extrapolam os limites, desencadeando uma série de transtornos psicológicos em crianças e adolescentes. Há alguns anos, na geração de pais e avós, os castigos eram mais enfáticos. Não raro ouvimos relatos de punições que marcaram, não fisicamente, mas como lembrança de uma educação mais rigorosa. Quem nunca ouviu a história dos grãos de milho, onde os alunos mal intencionados eram levados a ajoelhar-se sobre o cereal? Mito ou verdade, eficiente ou rigoroso em demasia, entre discussões e opiniões uma coisa é certa: as gerações anteriores tiveram uma educação diferente, sem tantas “polêmicas traumáticas”.

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Hoje, os métodos são constantemente debatidos, enfatizando leis que protegem a criança e o adolescente. Não que isso seja errado, ao contrário, trata-se de uma conquista para a sociedade, porém não se pode esquecer a hierarquia e os limites. Grande parte dos problemas na adolescência têm sua raiz na infância. Os conflitos acontecem nos primeiros anos e é preciso evitar que isso ocorra. Como diz aquele velho ditado, é melhor sofrer um pouquinho agora para depois aproveitar. Estabelecer regras e fazê-las cumprir, eis os desafios dos pais. Entre carinhas de choro, pedidos de desculpas e promessas de que o ato não vai se repetir, é preciso pensar nas responsabilidades. A importância do castigo é mostrar que há consequências se as regras não forem cumpridas. Repreender sim, mas de forma justa e eficaz.

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O castigo pode ser um importante recurso educativo

© 123RF

Sara Lovison de Campos

Versa - O castigo realmente funciona?

Versa – O castigo, quando mal aplicado, pode causar traumas?

Versa – Qual é a melhor forma de aplicá-lo?

Versa – As “palmadinhas” são justificáveis?

Sara - Sim. O castigo é um importante recurso que os pais podem usar na definição de limites. Quando a criança ou o adolescente possuem um comportamento antissocial e desrespeitoso, ou descumprem permanentemente normas de convívio social, é preciso estabelecer alguns regramentos de disciplina e, nesse contexto, o castigo pode ser uma boa estratégia.

Sara – Pode ser aplicado de várias formas. Suprimir alguma atividade que a criança gosta como jogar bola, usar o computador, ir ao cinema, assistir programas de televisão, etc. Ficar isolado no quarto por certo tempo para que ela reflita sobre a atitude de rebeldia ou até mesmo cortar a mesada e presentes também são formas de punição educativa.

Versa – Como justificar o castigo? Sara – O mais importante é que seja explicado que estas medidas punitivas estão relacionadas a atitudes que precisam ser mudadas e, principalmente, a limites que precisam ser respeitados. É necessário que desde cedo a criança saiba respeitar e obedecer regramentos e normas.

Sara – Com certeza, principalmente quando ocorrem castigos físicos exagerados acompanhados de agressões verbais. O grande problema ocorre quando o castigo se impõe desvinculado de um momento de diálogo. A punição imposta deve ser efetuada de forma que a criança saiba claramente os motivos de estar sendo punida.

Sara – Existe uma certa política sobre esse tema. Há educadores que repudiam tal procedimento, e outros que defendem a palmada como recurso educativo em determinados momentos, desde que seja efetuada de forma moderada. Penso que o mais importante é que as crianças saibam respeitar a autoridade dos pais, assim como os limites estabelecidos. A ditadura infantil (termo usado para definir pais que estão submetidos ao autoritarismo dos filhos) é reflexo de uma sociedade que está criando uma geração de filhos que não sabem unir disciplina com desejos. Esses desejos acabam atropelando a disciplina e os limites. Assim, é importante deixar claro que a responsabilidade do estabelecimento de limites para os filhos não pode se transferir para professores e avós por exemplo. A disciplina – imposta às vezes por meio do castigo – e os limites poderão livrar nossos filhos de cometerem graves erros e de fracassarem no futuro.

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MERCADO

OLIVO TIAGO GIOTTO

Especialista em Gestão de Pessoas / Mestre em Administração

Como ser um

gestor de sucesso Conhecemos vários gestores de sucesso que não frequentaram os ambientes universitários. Hoje a ciência pode, nessa perspectiva, ajudar quem gostaria de aprimorar a competência de gestão. Hoje graças à ciência temos condições precisas de prever tais fenômenos, no entanto, nossos ancestrais eram capazes de identificar o melhor local para fazer um poço artesiano ou ainda podiam acertar na maioria das vezes a previsão do tempo. A ciência da administração também tem contribuído muito para que possamos aprimorar a forma de gestão de empresas e organizações em geral. Para isso é fundamental ser competente em planejar, organizar, liderar e controlar. O planejamento compreende o exercício da habilidade estratégica. A capacidade de exercitar uma visão das principais oportunidades e ameaças que o mercado oferece. Nesse sentido é sempre bom estar atento ao que acontece fora da empresa ou organização, estado ou país. É importante, assim, saber quais são as tendências no ramo em que se está atuando e traçar estratégias, objetivos e planos de ação para maximizar as oportunidades e amenizar as ameaças. A organização acontece quando se prepara ou dimensiona os recursos da empresa ou organização. Tais recursos podem ser: humanos, materiais, financeiros, físicos ou tecnológicos. Ou seja, para atingir o

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objetivo planejado é preciso saber qual a quantidade e a qualidade dos recursos que serão utilizados. Na liderança ocorre o processo de execução dos objetivos com os recursos que foram organizados. Nesse momento, a principal habilidade a ser exercitada é a habilidade humana de lidar com as pessoas. É fundamental escolher os corretos recursos humanos para as tarefas certas e oportunizar condições de trabalho e possibilidade de realização, crescimento e desenvolvimento, criando uma corrente de cooperação mútua e permanente. As pessoas precisam sentir que o seu sucesso e o da empresa ou organização são complementares. A última etapa do processo administrativo, e não menos importante, é o controle. Nesse momento se avalia o que deu certo e se repensa o que não foi tão satisfatório, ajustando os recursos, energia e atenção necessárias para acertar o alvo. O mais importante de tudo é sempre ter em mente que cada empresa ou organização é única. Assim, cada uma deve ser estudada e analisada dentro de suas características, particularidades e mercado no qual está inserida. O método científico ajuda a valorizar ainda mais os recursos que a empresa ou organização dispõe, uma vez que estão cada vez mais escassos. Pense nisso e alcance bons resultados!

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O mais importante de tudo é sempre ter em mente que cada empresa ou organização é única.


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MEIO AMBIENTE

Por: TAINARA SCALCO / redacao@revistaversa.com.br Colaboração: Natália Fávero / Assessoria de Imprensa Coaju

Irrigação

é o que mais consome

água A irrigação é responsável por 76% do total da demanda hídrica na bacia Hidrográfica do Alto Jacuí que abrange 41 municípios da região. Ela é uma ferramenta indispensável para a agricultura, principalmente em épocas de estiagem que são cada vez mais frequentes no Estado. O principal problema da irrigação é a má gestão desse sistema. O sucesso dela consiste no uso eficiente. Pesquisas mostram que é possível aumentar o rendimento e acrescentar valor econômico à produção agrícola utilizando menos água de forma eficiente. A agricultura é o setor que mais consome água no Brasil. No país, ela representa 69% dos chamados usos consuntivos e no Rio Grande do Sul, em média, pode chegar a mais de 80% em muitas bacias hidrográficas. A água é um recurso finito e o seu mau uso e a poluição podem levar a um esgotamento rápido deste recurso imprescindível e dotado de grande valor ambiental, econômico e estratégico. O uso eficiente da água pelos setores que utilizam os recursos hídricos para as suas atividades econômicas é imprescindível para que não falte água no futuro. Na bacia do Alto Jacuí, as sub-bacias dos rios Jacuí-Mirim, Ivaí e Ingaí já apresentam comprometimento crítico da dis-

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ponibilidade de água devido a irrigação. O mês mais crítico para a demanda hídrica superficial é o mês de dezembro, devido ao consumo da irrigação, finalidade de maior demanda na bacia. Estes dados fazem parte do diagnóstico do Plano de Bacia que está em andamento com o objetivo de planejar ações para os próximos 20 anos.

A palavra chave é o aumento na eficiência de utilização de água. O presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí (Coaju), Claud Goellner, explicou que o grande problema da irrigação são os baixos índices de eficiência, devido a inúmeros fatores técnicos, climáticos, de ma-

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nejo do solo e das culturas. As perdas por evaporação e percolação são enormes, em vários pontos dos sistemas, chegando em algumas culturas a representar a necessidade de lâmina de água. “A palavra chave é o aumento na eficiência de utilização de água, aumentando o seu rendimento econômico. O setor que será mais atingido pela escassez do recurso em quantidade e qualidade é o agrícola”, frisou o presidente do Coaju. Goellner citou um exemplo clássico para mostrar que é possível evoluir. O arroz irrigado na década de 1970 utilizava cerca de 17 milhões de litros de água por hectare para uma produtividade de 3 mil Kg/ha. Atualmente, ele utiliza 8 milhões de litros para um rendimento superior a 8 mil Kg/ ha. “A produtividade mais que dobrou com uma quantidade muito menor de água”, salientou Goellner. Diversas técnicas estão disponíveis no mercado para melhorar a utilização dos recursos hídricos. O aumento na eficiência não está associado apenas aos processos e sistemas de irrigação, mas às práticas de manejo de culturas e conservação do solo, na recuperação de matas ciliares e de topo, além de práticas de minimização dos impactos das atividades agrícolas.


Usos da água na bacia

A irrigação se destaca como principal uso da água, sendo responsável por 76% da demanda total (3.095 L/s). O segundo uso mais expressivo é a dessedentação animal (636 L/s), com 15% da demanda total, seguida do abastecimento público, com 5% (206 L/s), da aquicultura, com 3% (106 L/s) e da indústria, com 1% (33 L/s) da demanda superficial.

Qualidade da água da bacia

• Eficiência nos processos e sistemas de irrigação; • Boas práticas de manejo e conservação do solo visando aumentar a infiltração da água e sua conservação; • Melhorias no manejo de culturas para uma maior eficiência fisiológica das plantas; • Recuperação de matas ciliares e de topo; • Práticas de minimização dos impactos das atividades como os gerados pelos dejetos das atividades da suinocultura, pelo uso indevido de fertilizantes e defensivos agrícolas e pela drenagem de banhados e nascentes.

Abastecimento 206,8 L/s 5% Aquicultura 106,4 L/s 3% Indústria 33,0 L/s 1% Dessedentação 636,4 L/s 15%

Irrigação 3095,6 L/s 76%

Demanda de água na bacia Fonte: Coaju

Utilização das áreas

Cerca de 51% da área da bacia é utilizada para cultivos agrícolas, tendo como produção principal a soja, o milho e o trigo. A vegetação nativa recobre 34% da bacia, concentrada em remanescentes florestais, unidades de conservação, terras indígenas e ao longo dos cursos da água. A maior parte da mata nativa está nas UPGs (Unidades de Gestão) Jacuizinho e Nascentes do Jacuí.

Bacia do Alto Jacuí

A bacia do Alto Jacuí possui uma área de 13.072 Km² e conta com uma população de 621.922 habitantes de 41 municípios. A bacia é gerenciada pelo Comitê da Bacia do Alto Jacuí (Coaju). O comitê é o parlamento das águas, onde a população e usuários, juntamente com os órgãos do governo, interagem para gerenciar a qualidade e a disponibilidade das águas na bacia hidrográfica. É uma entidade deliberativa com atribuições legais.

Municípios de abrangência da bacia

Alto Alegre, Arroio do Tigre, Barros Cassal, Boa Vista do Incra, Campos Borges, Carazinho, Chapada, Colorado, Cruz Alta, Ernestina, Espumoso, Estrela Velha, Fortaleza dos Valos, Ibarama, Ibirapuitã, Ibirubá, Itaara, Jacuizinho, Júlio de Castilhos, Lagoa Bonita do Sul, Lagoa dos Três Cantos, Lagoão, Marau, Mato Castelhano, Mormaço, Não-Me-Toque, Nicolau Vergueiro, Panambi, Passa Sete, Passo Fundo, Pejuçara, Pinhal Grande, Quinze de Novembro, Saldanha Marinho, Salto do Jacuí, Santa Bárbara do Sul, Santo Antônio do Planalto, São Martinho da Serra, Segredo, Selbach, Sobradinho, Soledade, Tapera, Tio Hugo, Tunas, Tupanciretã e Victor Graeff.

Coaju

Informações pelo telefone (54) 3316-8153 ou www.upf.br/coaju.

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© Coaju / Divulgação

Boas práticas para uso eficiente da água na agricultura

De maneira geral, a Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí apresenta água de boa qualidade. No entanto, ela possui problemas pontuais em decorrência das deficiências de saneamento básico e das atividades econômicas. Reduzir efluentes domésticos sem tratamento nas zonas urbanas e das cargas difusas originadas nas zonas rurais é um dos principais desafios da bacia. Apenas sete municípios contam com coleta ou tratamento de esgoto. A falta de saneamento é a principal fonte de poluição das zonas urbanas. Na zona rural, o uso de agroquímicos e os dejetos provenientes da pecuária são as principais fontes poluidoras.


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MODA

Por: CLEICIANE CENCI / redacao@revistaversa.com.br

Elegância até o

pescoço

Os cachecóis, mantas, lenços e echarpes são

diferentes uns dos outros e se apresentam em muitas opções de material. Eles ajudam a aquecer e tornar um visual sofisticado e elegante, além de ser um grande aliado para alegrar o look. A Revista Versa foi atrás de dicas para ajudar você com diferentes tipos de uso e enfrentar os dias de frio com charme e bom gosto.

Manta ou cachecol Nunca sai da moda! A forma tradicional de se usar é dar uma enrolada no pescoço deixando uma ponta na frente e outra nas costas.Usando com gola rolê, enrole em volta do pescoço trazendo as duas pontas para frente dando um pequeno nó. Dobrado ao meio em todo o seu comprimento, coloque-o ao pescoço e passe uma das pontas pela abertura entretanto criada. Pode ser usada tanto por dentro como por fora do casaco. Amarre as pontas formando um colar, em seguida dê uma volta, formando um oito e coloque esta outra parte no pescoço. Para não abusar das cores, no caso do acessório ser colorido, use roupas de cores lisas, sem estampas. Já no caso de roupas estampadas, prefira o acessório de cor lisa.

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Lenços ou Echarpes Geralmente feitos de um tecido mais leve, é aconselhado usar nos dias menos frios. As echarpes, mais longas, são ótimas para dar uma volta no pescoço e uma outra volta com nó solto caindo na frente. Nos lenços, misturar as texturas, como bordados ou seda com roupa de algodão são as sugestões para este inverno. Nos dias mais frios, as echarpes de lã ou algodão são as melhores. Dobrada em forma de triângulo, com o bico apontado para baixo, segure as duas pontas e coloque a echarpe sobre o peito, cruzando-as por trás do pescoço e puxando-as para frente. Pode deixá-las soltas ou fazer um nó por baixo do bico que ficou na frente. Se o acessório for mais pequeno, pode ser usado com blaser , se for grande fica legal com sobretudo. Junte as pontas da echarpe, criando uma espécie de círculo e use como um colar.


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MOTIVAÇÃO

Por: MARIA APARECIDA TAGLIARI ESTACIA

Motivação e auto-estima Como motivar-se? Como motivar pessoas? De onde vem a motivação? Motivação é conquistar resultados? É ser persistente? É ter sonhos? Afinal o que é mesmo motivação? No atual cenário social uma das grandes tentações é achar estratégias para motivar as pessoas. É sobretudo no contexto organizacional que mais se tem falado sobre motivação e em que, de certa forma, ela se transformou no tempero que mais sabor oferece à gestão. Com muita frequência as pessoas não fazem aquilo que lhes pedimos, simplesmente porque elas não querem fazer esse tipo de trabalho. A motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não pode jamais motivar outra, o que ela pode fazer é estimular a outra. A palavra motivação (dicionário Aurélio) significa dar motivo a, causar, expor o motivo, vem da palavra motivo mais o sufixo ação, que quer dizer movimento, atuação ou manifestação de uma força, uma energia, um agente. Conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes), de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo motivado. Assim colocadas estas idéias, pode-se entender que a motivação é um impulso que vem de dentro, isto é, que tem suas fontes de energia no interior de cada pessoa. E os impulsos externos do ambiente são apenas condicionantes. 30 VERSA MAGAZINE

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[...] Não há motivação se não houver motivos internos, fisiológicos e psicológicos vindos de dentro de cada pessoa. Portanto a motivação está sempre ligada à emoção e não a razão, logo a condição de existir motivação existe sempre.

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Não se pode tratar da mesma forma todas as pessoas. Cada um possui comportamentos diferentes, decorrentes de motivações diferentes, essa diversidade de interesses permite aceitar que as pessoas não fazem as mesmas coisas pelas mesmas razões. Portanto, nas organizações, a disposição em melhorar o nível motivacional dos funcionários passa pela identificação dos fatores de motivação pessoais, de grupos e equipes, não sendo possível querer satisfazer motivacionalmente grupos grandes de pessoas diferentes com as mesmas razões e estímulos. Como vimos, não há motivação se não houver motivos internos, fisiológicos e psicológicos vindos de dentro de cada pessoa. Portanto a motivação está sempre ligada à emoção e não a razão, logo a condição de existir motivação existe sempre. Todos nós facilmente percebemos o “quanto de emoção”, “energias”,” brilho nos olhos” as pessoas carregam no seu dia-a-dia. As que ultrapassam dificuldades e obstáculos, as que dão idéias, as que são criativas e comprometem-se mais com sua equipe e consigo mesmo! Para autoras como Bergamini (1998), sendo a motivação uma dinâmica de caráter eminentemente interior, um ponto de partida importante é entender o sentido que as pessoas atribuem àquilo que fazem. Essa imagem individualizada que as pessoas buscam ter a respeito de si mesmas é que dá a cada uma delas parâmetros da própria valorização pessoal, também conhecida como auto-estima. Levy e Leboyer (1994) deixam suficiente-


© Ian McEleney

A motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo. Uma pessoa não pode jamais motivar outra, o que ela pode fazer é estimular a outra. mente claro que o conceito que cada um tem sobre si representa o principal ponto de partida de seu equilíbrio pessoal, “quanto mais a estrutura do auto-conceito for rica e complexa, mais o indivíduo contará com registros de identidade disponíveis, mais ele estará protegido contra os choques afetivos e mais tenderá ao equilíbrio, isso ocorre contanto que os diferentes aspectos da sua própria identidade estejam bem interligados”. A imagem que cada um faz de si mesmo tem uma evidente continuidade, a formação dessa individualidade é complexa e variada, uma vez que é composta de inúmeras representações de naturezas diferentes. O mais importante, no entanto, é caracterizado pela dimensão afetiva que leva à valorização de si mesmo, que é a auto-estima. Muito dessa auto-estima é também formada pelas informações que vêm das outras pessoas sobre cada um. Alguns estudiosos do comportamento humano preferem chamar de motivação intrínseca. Nesse novo enfoque, a fonte de energia interior constitui um aspecto central, capaz de ativar o comportamento motivacional. Partindo dessa fonte, cada um segue seus próprios interesses. A motivação intrínseca baseia-se nas necessidades inatas dos seres vivos na busca da competência e da autodeterminação. Ela supre de energia uma ampla variedade de comportamentos e processos psicológicos para os quais a principal recompensa são as experiências de realização e autonomia.

MARIA APARECIDA TAGLIARI ESTACIA Graduada em Psicologia pela UPF, ESPECIALISTA em Psicologia Organizacional pela FGV/RJ, Formação em Dinâmica de Grupo pela SBDG/POA, MESTRE em Administração pela UFSC/ Florianópolis, DOUTORA em Educação pela UFRGS/POA. Professora da Universidade de Passo Fundo.

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ARTIGO

Surpreenda seu pai FLÁVIO GONÇALVES

© 123RF

Jornalista e Bacharel em Direito

Como surpreender o seu pai em uma data especial? Certamente você não vai marcar touca outra vez presenteando o velho com aquele inesquecível par de meias de lã no dia dos pais. Tampouco se fará lembrar até o próximo agosto, sendo o filho prestimoso que dá chinelos, cinto, pijama, ou ainda, aquele hobby roxo-avermelhado que parece uniforme de hospital em quarentena. Mesmo levando em conta que atualmente os meios de comunicação disponibilizam muitas facilidades para enviar mensagens, o seu pai não vai se sensibilizar ao receber um e-mail de reconhecimento, fonte times, tamanho 11, espaçamento duplo. Imagine que, quando se comemora o dia dele, você, com todo o conhecimento midiático, resolve parabenizar o cara responsável pela sua existência com um texto que está disponível em todos os notebooks, tablets e celulares do mundo e, em mais de 50 idiomas com as seguintes palavras: Papai, você é importante para mim. Cá prá nós, hein!

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Também, não seja piegas para passar numa banca de revistas e comprar aqueles tradicionais cartões de frases prontas com espaço em branco para rabiscar outras palavras, do tipo “agosto de 2012, do seu filho querido...”

Procure colocarse no lugar dele para entender o quanto é importante ter um filho ao seu lado. Nem invente de convidar o coroa para almoçar fora e aliviar ele de assar o churrasco. Principalmente se você não tiver o subsídio necessário para bancar a despesa. Dias como estes costumam ser um martírio de filas de espera em restaurantes, onde é necessário retirar a senha ainda no mês de maio, logo após o dia das mães.

Caso você não tenha desenvolvido habilidades para ser um assador, jamais se prontifique para substituir o seu pai no trato com os espetos, carnes, carvão e assemelhados, e lembre-se, quem não tem competência que não se estabeleça. Afinal, as tragédias começam cercadas de boas intenções e iniciativas impensadas. Neste agosto faça algo simples, singelo, louvável e que servirá de marco na relação de vocês. Sente-se ao lado de seu pai e sem demonstrar preocupação com qualquer outra coisa, passe a ouvi-lo. Procure colocar-se no lugar dele para entender o quanto é importante ter um filho ao seu lado. Depois, deixe bem claro que esta pode ter sido a primeira vez que vocês conversaram assim, mas certamente não será a última. Por fim, demonstre a importância que ele representa na sua vida, dê o presente mais valioso, aquele que não há dinheiro que possa pagar, aquele que só você, com o amor de filho pode ofertar. Um abraço. O presente que todos os pais esperam ganhar.


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PERSONALIDADE

Por: TAÍS RIZZOTTO / redacao@revistaversa.com.br

Ana Cristina Ferrareze Cirne Uma mulher bonita, vaidosa e cheia de personalidade. A promotora de justiça Ana Cristina Ferrareze Cirne fala sobre o trabalho e sobre a família. Ana Cristina Ferrareze Cirne estava ansiosa com a nossa chegada. Não era prá menos, nós estávamos um pouquinho atrasados. Fomos recebidos em uma linda casa próxima ao centro de Passo Fundo, moradia da família Cirne há aproximadamente um ano. Ana Cristina é uma mulher bonita, vaidosa e cheia de personalidade. Muito ligada à família, ela começou nos contando sobre seu nascimento em janeiro de 1968 na cidade de Ciríaco. O pai é um comerciante do município e foi prefeito da cidade. A mãe, professora de artes e de uma disciplina que hoje não faz mais parte do currículo, EMOCI – Educação Moral e Cívica. Uma família tradicional, em que os avós participaram da fundação da cidade. Ficou claro que o ídolo de sua vida é o pai. Um homem positivo, muito articulado, que enxerga as coisas boas, mesmo que o cenário seja difícil. Um homem ativo, dinâmico, avançado para o tempo dele. A mãe, uma mulher igualmente culta. “Ela gostava

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de ouvir radionovela e me fazia muitas exigências. Ela sempre me dizia que eu tinha muita capacidade e que não podia desperdiçar isso tudo” conta. Ela foi criada com muitos primos, era uma família grande, mas de apenas um irmão. Como Ana Cristina ia com a mãe para a escola, acabou se alfabetizando praticamente sozinha. “Passo Fundo era a cidade que a gente vinha para consultar, para fazer compras no Mundo dos Plásticos, na Casa Rayon, na Casa Moda, onde fiz o vestido da primeira comunhão” revela. Ao mesmo tempo que ela tinha uma forte ligação com a família, Ana Cristina queria conhecer o novo, por isso, aos 14 anos veio estudar em Passo Fundo, no internato do Notre Dame. “Eu era uma menina muito mimada, não fui acostumada a fazer nada em casa, nem a arrumar a cama. Mas em compensação era exigida intelectualmente. Tenho que assumir que o fato de ter sido mimada me fez sofrer, no início, já que tinha que acordar às seis da

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manhã e cumprir algumas tarefas”, afirma. E assim foi nossa conversa, por quase duas horas. Aliás, habilidade na comunicação ela possui de sobra e sabe disso. Ana Cristina também se considera uma pessoa cheia de fé. É católica. Sempre que possível vai a missa e reza com os filhos todas as noites. Nesse encontro falamos sobre os tempos da faculdade, sobre o namoro, sobre a profissão de promotora, sobre a família e vaidade. Ela revelou que às vezes se assusta quando conta que tem 44 anos, pois acredita que sua idade verdadeira seja menor. Ter o segundo filho aos 39 anos a fez rejuvenecer. Apuramos ainda que, às vezes ela faz algumas aventuras na cozinha. Descobrir receitas a faz se sentir polivalente. Sobre o trabalho, a promotora contou que embora o coração esteja na promotoria da infância, sabe o quanto a educação pode mudar uma realidade. No próximo ano ela completa 20 anos de atuação no ministério público.


© Gui Benck

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© Gui Benck

Ana Cristina Ferra-

reze Cirnce é Promotora de Justiça especializada, atua em Passo Fundo em um projeto de promotoria regional de educação com 30 comarcas em 145 municípios. Também é Promotora Eleitoral.

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Eu gostaria que um dia tivesse 72 horas. Quando abro mão de alguma coisa por causa de trabalho, normalmente é do lazer. Por que a escolha pelo direito?

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Um dos incentivos que recebi para fazer direito era por que eu escrevia bem. O meu caso não era de vocação ao extremo. Fiz um teste vocacional que em primeiro lugar apontou comunicação, em segundo, direito. Como não tinha nada na área da comunicação em Passo Fundo, acabei por fazer a faculdade de direito.

Por que a promotoria?

Quando eu entrei na faculdade, não existia a Constituição de 1988, durante o curso não tínhamos muito a visão de Ministério Público. Eu tinha uma adoração por júris e audiências criminais. Por causa de amizades me familiarizei com a promotoria, apesar de cogitar a possibilidade de advogar. Sei que eu não conseguiria ser uma juíza, pois acredito que não tenho esse perfil. Em seguida o MP despontou. Eu fui aprovada na escola do Ministério Público e da Ajuris, fiz as duas em Porto Alegre. Nessa época eu estudava 12 horas por dia. Foi aí que eu tive certeza que era isso mesmo o que eu queria. Passei na primeira fase do concurso do MP e na mesma época surgiu um convite para ir à Venezuela para estudos. Com dor no coração, na época, escolhi por continuar os estudos em Porto Alegre e o concurso.

Foi aí que surgiu uma pessoa que mais tarde se tornou seu marido...

Começamos a estudar juntos, mas ainda não namorávamos, pois meu objetivo era estudar. Eu achava ele interessante, mas sabia que ele tinha namorada, então, fiquei na minha... Eu morava em um apartamento de dois quartos, sendo que um quarto era só para guardar os livros. Era muito engraçado por que quando estudávamos juntos, eu era o complexo, ele, a síntese. Quando passamos na segunda fase do concurso, foi uma grande conquista, estávamos começando a nos conhecer. Noivamos em 1993 e casamos em julho de 1994. Hoje temos a Ana Victória com 5 anos e o Gabriel com 13 e essa união já dura 20 anos.

Esse romance rendeu até uma cena clássica de filme...

Foi em Porto Alegre. Eu e o Paulo estudávamos na mesma sala, mas nunca tínhamos conversado. Foi quando, por acidente, meu código civil caiu nos pés dele... O Paulo acha até hoje que foi de propósito... risos... Eu morri de vergonha, por que junto com o código caiu tudo o que eu tinha na minha bolsa, meus chocolates, por exemplo, um vício que tenho até hoje. Foi engraçado. Tem uma outra história nossa bem atrapalhada. Marcamos para assistir a um júri, mas acredite, não pude ir, por que estourou um cano na minha pia... risos”

Consegue ter um tempo razoável para o lazer?

Eu gostaria que um dia tivesse 72 horas. Quando abro mão de alguma coisa por causa de trabalho, normalmente é do lazer. Eu já me senti mais culpada por isso, ao mesmo tempo aprendi a não me exigir tanto, o problema é que levo tudo muito a sério. Hoje tenho meus momentos de lazer, normalmente com a família, mas poderiam ser maiores. Tenho uma grande amiga, a Fabiane.

Já ouvi que sou midiática. Cada uma tem a liberdade de achar o que quiser. Como lida com sua própria imagem?

Já ouvi que sou midiática. Cada um tem a liberdade de achar o que quiser. Ao mesmo tempo me sinto querida e respeitada por muitos. Eu sou uma pessoa só, a mesma pessoa sempre, assim, desse jeito. A Ana promotora é mesma Ana dona de casa. Sou responsável, ética, leal, perfeccionista o que às vezes se torna um defeito. Com ajuda estou aprendendo a ter a minha própria avaliação como referência e não a dos outros. Respeito e levo em conta o que minha família, meus filhos, meus amigos e todas as pessoas próximas me dizem. Lembro nesse momento das homenagens que já recebi, todas tem um grande significado. O gosto pela mídia eu explico pelo fato de me sentir uma defensora do povo e é claro, por que tenho gosto pela comunicação.

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Eu nunca bati. Mas já tive que conter, segurar forte. Já vi tanta coisa e sei que isso não resolve, piora. © Gui Benck

Vaidade lhe rouba muito tempo?

Sou vaidosa, isso é fato. Mesmo assim sei que preciso começar a cuidar mais do corpo. Cresci ouvindo as pessoas dizendo que eu era bonita. Já tive momentos que eu me senti muito feia. No geral, gosto do que vejo no espelho. Agora, quando eu me senti linda e poderosa mesmo foi quando eu estava grávida.

Na promotoria, o que mais lhe comoveu?

Várias vezes, principalmente no inicio, voltei para casa pensando que seria difícil ter o distanciamento necessário. Sem me envolver emocionalmente. Embora muitas vezes eu não tenha feito esse distanciamento, aprendi. Aprendi a ver como eu poderia de uma tragédia, transformar uma família. Isso é o que dá força para que se atue no Ministério Público. Adoções tardias me deixam muito feliz, por que normalmente essas crianças, maiores, são esquecidas. As casas de acolhimento de Passo Fundo melhoraram muito, mas a melhor delas é a aquela que não existe. Cada vitória, por mais que seja pequena, é uma grande emoção. O caso de uma menina que morava em um hospital e que foi adotada mexeu comigo. Outra adoção foi a de uma menina que tinha AIDS e que foi adotada, quando vejo ela na rua me emociono.

E como lida em sua casa com questões que envolvem o Estatuto da Criança e do Adolescente, como por exemplo, dar palmadas nos seus filhos?

Eu não concordo com agressão, aliás, agride mais a mim do que a eles. Eu nunca bati. Mas já tive que conter, segurar forte. Já vi tanta coisa e sei que isso não resolve, piora. Também não sou contra um adolescente trabalhar, desde que seja acima de 14 na condição de aprendiz ou acima dos 16 anos. O que se quer evitar é o trabalho infantil. Já avisei meus filhos que eles irão passar por essa experiência assim que tiverem idade necessária. Todos precisam dessa experiência.

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SAÚDE

Ouça bem,

viva melhor A informação é o primeiro passo para superar os problemas da deficiência auditiva. A Organização Mundial da Saúde – OMS estima que 250 milhões de pessoas no mundo sofram de algum tipo de deficiência auditiva e segundo o último censo do IBGE, no Brasil são mais de 5,7 milhões de pessoas acometidas dessa deficiência, que é a deficiência dos sentidos mais comum na população. A deficiência ou perda auditiva pode ser de grau leve, moderado, severo ou profundo, de instalação permanente ou transitória, progressiva ou estável,

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acometendo crianças e adultos de todas as idades. Apresenta causas variadas como infecção recorrente na orelha média, herança genética, doenças ou problemas neonatais, exposição a ruídos intensos e constantes, rubéola congênita, meningite, tumores craniais, má formação craniofacial, lesão traumática, trauma sonoro, processo natural do envelhecimento, exposição a medicamentos ototóxicos, patologias neurológicas, dentre outras.

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As pessoas com acuidade

auditiva deficitária desenvolvem “estratégias” para ouvir e se comunicar melhor, pedindo que os outros repitam suas falas, virando a cabeça de lado, elevando o volume da TV, rádio ou equipamento de som. É comum essa população desenvolver um quadro depressivo, ocasionado por isolamento, pois evitam freqüentar reuniões sociais onde acabam fingindo entender a mensagem transmitida. Crianças com perda auditiva apresentam atrasos no desenvolvimento da linguagem oral, dificuldades de aprendizagem e socialização, muitas vezes só percebida no ingresso escolar.


As estatísticas apontam que uma entre sete pessoas não tem audição normal total, e uma entre dez pessoas ouve tão mal que precisaria de aparelho auditivo.

Reconhecer a perda auditiva é o primeiro passo para um tratamento mais eficaz, que pode ser feito através de medicamentos, cirurgias ou o uso de aparelhos auditivos.

Sempre que houver suspeita de perda auditiva, deve-se procurar orientação com fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista que irão indicar a conduta e tratamento adequados. Atualmente existem exames sofisticados para a detecção da perda auditiva, que podem ser realizados de bebês até idosos. Um dos exames necessários e fundamentais para o diagnóstico audiológico é a audiometria, realizada por fonoaudiólogo, otorrinolaringologista ou médico do trabalho. É um exame indolor, cômodo e seguro, consistindo basicamente em respostas a algumas perguntas sobre a saúde auditiva e identificação de estímulos sonoros puros. Diante do resultado da audiometria, será sugerido o tratamento adequado. Graças aos avanços tecnológicos, praticamente toda pessoa que sofre de deficiência auditiva pode ouvir melhor com a ajuda de aparelhos auditivos, disponíveis em diferentes modelos, tamanhos e tecnologia, indicados para os vários graus e tipos de perda auditiva.

Você já imaginou o mundo sem som, sem música, sem diálogo???

A audição põe você em contato com o mundo As estatísticas apontam que uma entre sete pessoas não tem audição normal total, e uma entre dez pessoas ouve tão mal que precisaria de aparelho auditivo. Nossos dois ouvidos funcionam como antenas de radar que registram os sinais acústicos oriundos de várias direções. A perda auditiva é um sério problema de saúde, que na maioria dos casos é gradual e indolor, desenvolvendose tão lentamente que o indivíduo quase não percebe. Quando ocorre percepção de tal dificuldade, ela geralmente está acentuada e existem outros problemas associados, tornando a adaptação ao uso de aparelho auditivo mais difícil. Devido a estas questões, a avaliação auditiva torna-se fundamental e decisiva para a saúde auditiva.

Uma avaliação regular da audição é uma ação que pode zelar pela qualidade auditiva, bem como prevenir possíveis lesões ou ainda realizar o diagnóstico precoce da perda auditiva. A Clínica PróAudi, especializada no tratamento e diagnóstico do sistema auditivo, oferece infraestrutura e equipamentos de última geração, conta com profissionais fonoaudiólogas graduadas e capacitadas, comprometidas com o sucesso dos tratamentos. Com sede em Passo Fundo, Soledade e Ijuí, disponibiliza ampla variedade de produtos audiológicos líderes no mercado mundial. Venha conhecer nossa clínica, faça uma avaliação auditiva e garanta qualidade de vida para você e sua família.

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ENTREVISTA

Por: VIVIANE AULER / redacao@revistaversa.com.br

Braçadas de um

campeão Gustavo Borges esteve em Passo Fundo para fechar

uma nova parceria com uma academia local e conversou com a Versa sobre esporte, trabalho e família Nascido em Riberão Preto, em 1972, Gustavo França Borges cresceu na pequena cidade de Ituveraba, interior de São Paulo. Como a maioria dos meninos de sua idade, praticava vários tipos de esporte, como tênis, vôlei, futebol e basquete. Porém, influenciado pelos amigos, foi com a natação que Gustavo se identificou e aos 9 anos, numa gincana escolar, chegou ao pódio pela primeira vez, ficando em 3º lugar nos 50 metros livres. A participação em competições começou a ser constante e os treinos viraram rotina. Em 1989, disputou o Troféu Brasil, maior torneio de natação brasileira, somando duas medalhas de ouro nos 50m e 100m livres. Nesse ano e no seguinte, seu nome começava a ganhar destaque. Ituveravense, São Carlos, Vasco da Gama e Pinheiros estão entre os clubes pelos quais nadou. Em 1991, Gustavo mudouse para a Flórida, nos Estados Unidos, para estudar e nadar. Treinado por Greg Troy, quebrou recordes estaduais e venceu o US Open. Em seguida, veio o Pan Americano de Havana, onde o nadador competiu pelo Brasil. Foi o destaque brasileiro e subiu ao pódio cinco vezes. Gustavo Borges entrava, então, na lista dos grandes campeões. Depois que formou-se em Economia, pela Universidade de Michigan, o atleta participou de dos jogos Pan Americano em Mar Del Plata (1995), Winnipeg (1999) e Santo Domingo (2003). Olimpíadas foram 4: Barcelona (1992), de Atlanta (1996), Sidney (2000) e Atenas (2004). E foi na Grécia que encerrou sua carreira como nadador e foi o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de encerramento. Aos 31 anos, Gustavo somava 4 medalhas olímpicas, mais de 15 medalhas em Pans, além de outras medalhas, títulos e recordes em campeonatos mundiais e em outras competições de natação.

Dizer que sou ex alguma coisa é muito difícil. Por isso, não digo que sou ex, sou pós-atleta.

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multicultural nessa área, estudando o desenvolvimento da natação nos jovens e crianças.

Exemplo e Pós-esporte

Num país onde o futebol sempre trilhou caminhos de glórias, Gustavo Borges fez história com braçadas. Abriu espaço para uma nova geração de ídolos e campeões. Além do exemplo dentro d’água, influencia também fora dela. Segundo César Cielo, atual referência da natação brasileira, Borges teve muita influência na sua carreira e é um exemplo para o novo nadador. Sem soberba nas palavras, mas com consciência de um trabalho bem feito, Gustavo reconhece que sua história pode ser seguida. “Não só eu, mas vejo o Fernando (Scherer) e o Ricardo Prado, como grandes campeões. Os ídolos, sem dúvida, interferem na formação dos jovens e faz com que eles digam: eu quero ser que nem eles.” Ao encerrar a carreira, o competidor passou por uma fase de transição para chegar aos novos projetos. “Foi meio estranho, porque você se sente atleta, mas não é mais atleta. Dizer que sou ex alguma coisa é muito difícil. Por isso, não digo que sou ex, sou pós-atleta.” E nessa fase pós-atleta, os esforços voltaram-se para outra alegria: a de trabalhar com jovens e crianças. “Quanto mais eu envelheço, mais eu gosto de trabalhar com esse público. A criança tem uma ingenuidade e uma pureza maravilhosa onde o sonho é possível. Elas são uma grande fonte de inspiração e não colocam nenhuma barreira. Acho que a gente tem que voltar a ser criança, às vezes.” Hoje, toda a dedicação profissional é voltada às academias que possui e à vida de palestrante. Além disso, como criador da Metodologia Gustavo Borges, aplicada em mais de 180 cidades brasileiras e na África do Sul, viaja pelo país para aplicar o projeto e fechar novas parcerias. “Hoje a gente celebra em Passo Fundo uma nova parceria entre a Metodologia e a Escola de Natação Vinícius de Moura.”-

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Futuro e Família

“Eu tenho sócios nas academias e pretendemos ampliar esse projeto. A Metodologia também é uma empresa que eu tenho muito carinho e vejo que tem um futuro muito promissor em termos mundiais. Meu sonho é desenvolver um trabalho que seja multicultural nessa área, estudando o desenvolvimento da natação nos jovens e crianças.” Além da contribuição para a natação, Gustavo prioriza a família antes de qualquer coisa. Casado e pai de um casal, um menino de 13 anos e uma menina de 10, conta que os filhos já estão dentro da piscina, mas isso não é sinal de que seguirão a carreira. “Se serão bons nadadores ou não só o tempo vai dizer. Mas eles terão todo o aprendizado que o esporte oferece, em termos de disciplina, força de vontade, persistência e trabalho em equipe. Isso, sem dúvida nenhuma, é meu principal sonho para eles. Se eles chegarem a uma Olimpíada será apenas consequência de tudo isso.”

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Gustavo por Gustavo Aos 40 anos, Gustavo carrega uma história de campeão. Além das medalhas e títulos, faz do seu trabalho “pós-atleta” uma nova etapa de sucesso. O nadador ainda revela que a maior vitória que o esporte pode trazer é a formação de um bom caráter. Ao falar sobre si mesmo, o campeão é claro: “uma pessoa comprometida com o que faz, que trabalha com excelência e tem objetivos muito bem definidos.”

© Flávio Perez / Divulgação

Meu sonho é desenvolver um trabalho que seja


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GASTRONOMIA

Por: TAÍS RIZOTTO // redacao@revistaversa.com.br

Amor e solidariedade,

uma receita para viver melhor! A receita desta edição tem sabor especial, foi feita com porções de amor e generosidade O prato criado pelo gourmet Aiglon Moura Simas Filho representa o livro Receitas Especiais da APAE. São 50 receitas de dar água na boca. Que este prato exale aromas inconfundíveis e que dissemine os condimentos indicados em inúmeras porções de generosidade. Que o cozimento se dê em fogo brando, mas intenso e permanente, e que emane calor suficiente para manter aquecido o propósito principal, a solidariedade.

Os gourmets deste livro nos repassam muito além de seus conhecimentos culinários. A receita de cada um deles vai ao encontro de uma necessidade, mais que isso, sacia a carência do tratamento entre as pessoas, respeitando eventuais disparidades que fazem parte da singularidade do ser humano.

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Para adquirir o livro e ajudar a APAE de Passo Fundo ligue para

(54) 3313-1330


Massa com bacalhau Ingredientes • • • • • • • • • • •

600 g de bacalhau 400 mL de água para a massa e para o cozimento do bacalhau 2 xícara (chá) de azeite extravirgem 1 cebola pequena picada 1 ½ cabeça de alho 1 xícara (chá) de temperinho verde 1 xícara (chá) de uvas passas hidratadas 2 xícaras (chá) de azeitonas verdes sem caroço, cortadas em pequenos pedaços 5 azeitonas pretas sal a gosto 300 g de massa italiana de grano duro

Modo de reparo

Aiglon Moura Simas Filho

1. Colocar o bacalhau de molho na água fria, de 36 a 48h, mudando a água várias vezes. 2. Colocar a água numa panela e deixar ferver. 3. Após levantar fervura, acrescentar o bacalhau e cozinhar por, aproximadamente, 5min. Após retirar as peles e as espinhas e cortar em lascas. 4. Paralelamente, usar a água da fervura do bacalhau para cozinhar a massa. 5. Aquecer uma xícara de azeite numa frigideira e refogar a cebola e o alho até dourar. Acrescentar as lascas de bacalhau, fritar levemente, em torno de 3min, acertar o sal. 6. Desligar o fogo e acrescentar na frigideira o tempero verde, as azeitonas e as uvas passas. 7. Regar tudo com o restante do azeite extravirgem. 8. Escorrer a massa numa travessa, derramar um leve fio de azeite de oliva, um pouco de sal e distribuir o bacalhau sobre a massa. 9. Decorar com as azeitonas pretas.

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CULTURA

Por: CLEICIANE CENCI / redacao@revistaversa.com.br

Movimento

Tradicionalista

de Passo Fundo O movimento tradicionalista gaúcho no norte do Rio Grande do Sul teve início em Passo Fundo, com o desejo de um grupo de amigos em fundar um centro de tradições. Em 24 de março de 1952 foi fundado o Centro de Tradições Gaúchas, cujo patrono é Estanislau de Barros Miranda, conhecido em todo território passofundense como Lalau Miranda. Os primeiros fandangos foram realizados, ora no Clube Caixeral, ora no Clube Comercial, logo o primeiro galpão foi construído de forma rústica, como manda a tradição num terreno doado pela Prefeitura Municipal. Feito o galpão, em reunião da patronagem, foi defendida a idéia de que o CTG deveria ter uma cancha reta para realizar carreiradas. Foi então criada a

hípica do CTG Lalau Miranda, na vila Vera Cruz. Mais uma vez a Prefeitura Municipal fez a doação do terreno. A alma do CTG Lalau Miranda sempre foi a sua invernada de danças, percorrendo o Rio Grande e o Brasil, nas décadas de 50 e 60, levando dança e a indumentária gaúcha e projetando o nome de Passo Fundo nos rodeios e nos fandangos. A sua Invernada Campeira foi muitas vezes campeã dos rodeios de Vacaria. De dança nasceram, nas décadas de 80 e 90, outros grupos folclóricos que utilizaram as danças gaúchas. Passando por algumas dificuldades financeiras, o Lalau Miranda nos últimos três anos valorizou e investiu em suas cinco invernadas artísticas e mais duas invernadas campeiras, mobilizou as famílias, buscando no trabalho voluntário

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© Arquivo Lalau Miranda / Divulgação

A alma do CTG Lalau Miranda sempre foi a sua invernada de danças, percorrendo o Rio Grande e o Brasil,


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Além da área junto ao parque de ro-

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deios , o CTG dispõe de sede social próximo à prefeitura com muitos eventos anuais

a realização de eventos culturais. Investiu em estrutura para receber eventos e se recuperou financeiramente. O Movimento Tradicionalista sempre movimentou muita gente e a economia. As entidades estão envolvidas em vários eventos durante todo o ano. São rodeios e torneios de laço todos os fins de semana,entre outros eventos incluindo a comunidade. Logo também se comemora a Semana Farroupilha, onde as comunidades

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festejam com fandangos, desfiles, cafés de chaleira, churrasco, comida campeira e apresentações artísticas. O Lalau Miranda movimenta o seu parque, localizado na Roselândia, durante todo ano. São sete hectares e meio de mata nativa com os ranchos ao lado da área onde está a cancha de rodeios e toda a estrutura da Funzoctur. Além desta área junto ao parque de rodeios, o CTG dispõe de sede social próximo à prefeitura com muitos eventos anuais.

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Por: CLEICIANE CENCI / redacao@revistaversa.com.br Colaboração: Dr. Saulo Cocio Martins Filho - Pneumologista

© 123RF

SAÚDE

Tuberculose uma doença do passado?

A tuberculose acompanha a evolução da raça humana. Em estudos foram descobetas múmias com evidência de que tiveram a doença A tuberculose teve dois picos bem definidos: o primeiro foi na época da Revolução Industrial, pelo fato das pessoas sairem da área rural e começarem a se concentrar em áreas urbanas a transmissão aumentou. Foi aumentando gradativamente até chegar na década de 40, quando surgiram os primeiros medicamentos para tratar da doença. Nessa época os pacientes foram colocados em sanatórios e os remédios aplicados, apresentando melhoras. Foi então que, em virtude da resistência da droga, a doença voltou a crescer até a ONU decretar emergência mundial, determinando o segundo pico. Sabe-se que o Brasil está entre os 22 países com o maior número de casos de tuberculose, para se ter idéia, em países pobres existem cerca de 1.300 bilhões de pessoas 52 VERSA MAGAZINE

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Hipócrates já falava das pessoas tísicas, que emagreciam por estarem com a bactéria.

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infectadas, cerca de 7.500 milhões de casos novos por ano, destes, 80 mil são do Brasil, com a incidência de 70 casos para cada 100 mil habitantes, sendo que, cerca de 5 mil são do Rio Grande do Sul. As maiores taxas são, obviamente, nas regiões mais pobres, Norte e Nordeste. Nas regiões metropolitanas são 80 casos para cada 100 mil habitantes e esse é um dos motivos do aumento da contaminação em Passo Fundo, pois vem aumentando consideravelmente o número de habitantes. A tuberculose é multifatorial, se alastrando porque é uma doença social, associada com a baixa renda familiar, habitações ruins ou inexistentes, famílias numerosas, aglomeração humana, desnutrição e abusos como a drogadição.


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O clima influencia porque a doença é transmitida atavés da tosse pelo ar.

Para uma boa prevenção, durante as duas primeiras semanas de tratamento, o doente pode contagiar ainda outros indivíduos. Sendo assim, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias.

Principais sintomas

Antigamente se tomava 6 comprimidos por dia nos primeiros dois meses, depois 4 comprimidos por dia nos outros 4 meses. Com o novo tratamento, apenas 2 nos primeiros 2 meses e no restante do tempo apenas 1, facilitando para que não haja desistência.

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Tosse (por mais de três semanas)

Febre (mais comum ao entardecer)

Falta de apetite

Emagrecimento e cansaço

Suores noturnos

Bacilo de Koch

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Ambientes fechados, frio, aglomeração também são fatores que influenciam a transmissão. O sintoma principal é tosse persistente por mais de três semanas, com secreção amarelada ou escura, muitas vezes pode estar acompanhada por resquícios de sangue (neste caso é sinal que a doença já está lesando o tecido pulmonar), emagrecimento, febre e suor durante a noite. Até um tempo atrás se usavam três medicamentos, chamado RHZ(rifampicina (R), isoniazida(H) e pirazinamida(Z) ), com o aumento da resistência dos bacilos para a droga, foi incluido pelo governo um quarto medicamento, formando hoje o RHZE ( + etambutol ). Caracterizada como uma micro bactéria, a Tuberculose, através de mutação cria resistência se tornando mais forte, por este motivo a necessidade do aumento de mais um medicamento. Vale lembrar que é preconizado pelo sistema público de saúde. Além disso, a vacinação com BCG no recém-nascido, protege as crianças e os adultos jovens contra as formas graves de tuberculose primária como a miliar. Um fator super importante é a adesão ao tratamento, pois muitas pessoas não o fazem corretamente, seja por abandono, esquecimento ou pelas reações.


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CURIOSIDADE

Por: MARIANA LAMAISON LIMA / redacao@revistaversa.com.br

Lembrança ao sabor de

histórias Do sabor, a lembrança. Do aroma, a vontade de provar além. Cada garrafa guarda uma história. A cada gole se extrai a vivência de um momento especial, ou simplesmente, a alegria de viver Ganhador do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2005, narrando a trajetória de dois amigos que viajam pelos vinhedos no Vale da Santa Ynez (Califórnia), o filme Sideways - Entre Umas e Outras, retrata como um vinho pode fazer história. Ou como um bom vinho tornase a própria história e nada além dele é preciso. Na época em que Sideways foi lançado, nos Estados Unidos, despontou a venda de um dos vinhos mais admirados no mundo- o Pinot Noir. E bem aqui em Passo Fundo, é possível de se entender como tudo isso faz sentido. Portador de delicadas propriedades, em suas cores, aromas e sabores, um vinho é capaz de agraciar o paladar de uma forma única. Branco, tinto ou rosê, não é por acaso que a bebida é considerada dos deuses. Chef do Bistrô da Menta Vinhos e Espumantes, Edinando Menta, 28 anos, confirma à Versa algumas dessas histórias, bastante originais, e aproveita para falar sobre harmonização: a arte de combinar esses sabores distintos e aromáticos do vinho aos da alta gastronomia. Na tentativa de desvendar o Pinot, sob o aconchego de barro e madeira, acon-

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tece o inesperado. Chega ao Bistrô, o Chef Ricardo Menta (Casa Rosada). E num complementar de palavras, entre pai e filho, surge a história do ex-presidente Lula, que durante a posse em seu segundo mandato, bebeu um Pinot Noir que se encontra entre os 10 mais caros do mundo, o RomanéeConti, custando então, 7.000 reais. “Não existe boa qualidade em grande quantidade, e esse é um dos motivos que torna certos vinhos raros e caros. Os vinhos de garagem ou de butique, a exemplo do Romanée-Conti, devem sempre ser produzidos em pequena escala, respeitando a característica de cada variedade de uva, além da sua procedência”, explica Nando. “Os vinhos artesanais, cujo processo de envelhecimento ocorre estacionando em barris de carvalho, passam por um rigoroso controle de qualidade produtivo, desde o início até o fim da vinificação. Isso tudo gera um custo, pois eles resultam de uma obtenção cuidadosa e rústica, oposta ao processo da grande indústria, que comercializa vinhos a um custo incompatível a esses padrões de qualidade. Os vinhos de butique são bebidas exclusivas, encontrados em casas especializadas,” acrescenta.

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© Gui Benck

Originárias na região da Borgonha, na França, as uvas do tipo Pinot Noir também são cultivadas na Oceania e na América do Sul, em especial, no Chile. Difícil de ser trabalhada, uva de casca fina, a Pinot Noir, que quer dizer “pinheiro preto”, quebra facilmente. Ela se forma muito delicada. Pode-se perder boa parte da safra bem ali nas videiras em época de colheita. Esta variedade produz vinhos elegantes e leves, que ao mesmo tempo, hospedam forte personalidade, atingindo a maturidade entre 8 e 10 anos. Produzido 100% a partir das uvas Pinot Noir, custando aproximadamente 60 reais, o chileno La Playa, da safra de 2009 é um vinho relativamente jovem. É ele quem ajudará a compor a próxima cena. Um delicioso jantar de inverno conduzido pelo Chef Nando Menta.

O La Playa possui cor vermelha,

intensa e brilhante, sabor frutas vermelhas maduras, com notas de pimenta, café e baunilha. Na boca, prova-se o gosto floral. Carregado de cereja e ameixa, deságua em notas de chocolate e violetas. Como ele é estruturado com taninos macios, o vinho possui boa acidez, por isso que ao se apertar os lábios, é possível sentir leve rigidez”, comenta o Chef. “Para ele, indico uma criação chamada Bavette com Salmão, prato preparado a base de salmão fresco, shiitake (tailandês), massa tipo bavette, limão e parmesão. O prato combina perfeitamente com o Pinot Noir, pela leveza e delicadeza da união do peixe e sabor do vinho, acrescido dos aromas de frutas cítricas. O parmesão entra para dar uma encorpada no prato, que juntamente com o cítrico de limão combina-se majestosamente com a Il Cestina Di Parmigiano, uma cesta crocante de puro queijo parmesão, receita exclusiva de família, feita para abrigar a bavette e o salmão temperado.

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Após impressivo jantar, sob efeito dessa cuidadosa combinação de ingredientes, é possível constatar como faz todo o sentido o vinho Pinot Noir ter se tornado um enredo ganhador de Oscar. Felizmente, Cena do filme Sideways - Entre Umas a experiência em provar bebie Outras, do diretor da tão extraordinária, torna-se Alexander Payne. viável antes de se chegar à casa (Fox Searchlight de uma centena de reais. Com Pictures ©2004) essa composição gastronômica, conclui-se: harmonização definitivamente não se trata de matemática. Nela, a soma de um mais um pode ser mil, incontáveis sejam as percepções advindas da combinação entre o vinho e a comida certa, assim como, incontáveis se fazem as histórias do mundo dos vinhos, e quando ele próprio torna-se uma ocasião, nada mais é preciso.

Na região do Vale do Conchágua, existe uma concentração climática ideal para o desenvolvimento das plantações. Tudo que se planta lá é melhor.

© Gui Benck

A mando da Igreja Católica, no século XIV, papas são extraditados de Roma para a cidade francesa de Avignon, às margens do Rhône, um rio tempestuoso, de águas rápidas. Como o solo que compõe aquela terra é pedregoso, o calor do sol possibilita um intenso aquecimento das pedras, que durante a noite, ao se resfriarem, maturam as uvas da região com esplendor. O fenômeno, então, possibilitou surgir naquela vila o célebre Châteauneufdu-Pape, inicialmente cultivado pelos frades da igreja para o consumo exclusivo daqueles papas. Também conhecido como “o vinho dos papas”, extraído a partir da combinação de 13 qualidades de uvas distintas (assemblage), Nando explica o porquê da notabilidade deste vinho. “Após um tempo, como a região se tornou promissora, ela passou a produzir vinho para o mundo inteiro. Para tanto, o controle é rigoroso no que diz respeito à qualidade e

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à quantidade fabricada. Eles mesmos controlam. Vinho a mais, além do determinado inicialmente, ou sem procedência, não leva o brasão do papa em alto relevo na garrafa, marca registrada do Châteauneuf-du-Pape.” Já um acidente de balão, durante um passeio pelo Vale do Conchágua, no Chile, dá origem a um Carmenere bastante interessante, o El Incidente. “Desta vez, o proprietário passeava, mostrando sua vinícola ao amigo, quando o balão pega fogo e cai no meio de uma feira na cidade de Santa Cruz.” É possível também, com esta história, entender os motivos pelos quais os vinhos chilenos formam-se tão saborosos e apreciados. “Na região do Vale do Conchágua, existe uma concentração climática ideal para o desenvolvimento das plantações. Tudo que se planta lá é melhor. A maré e o orvalho da neve, ao se unirem, formam um terroir perfeito para qualquer cultivo. As culturas não precisam ser colhidas antes ou depois do tempo, ou seja, existe um tratamento natural, sem interromper a maturação das plantas, quando atingem o ápice das propriedades que as caracterizam,” explica o Chef. Há histórias de vinhos para contar, ou há vinhos para se viver. É certo que a apreciação dessa bebida, milenar e dos deuses, possibilita algo grande. Viver os detalhes dos pequenos momentos, aquilo que muitos descrevem como felicidade.


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CIDADANIA

Por: TAINARA SCALCO / redacao@revistaversa.com.br

É a sua vez de

ajudar

A Fundação mais antiga de Passo Fundo sobrevive com doações da comunidade A regra é clara: alegria não pode faltar. Dos pequenos aos mais

experientes, os olhos brilhantes revelam satisfação, cumplicidade e desejo de quero mais. Brincadeiras no pátio, aulas de culinária, bate-papo sobre um tempo que não volta mais, assim passam os dias na Fundação Lucas Araújo, uma grande família que precisa da sua ajuda.

Ele não teve filhos de sangue, mas contemplou herdeiros de coração. Tudo começou há quase um século com o Tenente Coronel Lucas José de Araújo. Em testamento, ele doou suas terras para a primeira entidade que criasse um asilo para crianças órfãs em Passo Fundo. Em 1924, um grupo de senhora chamado “Damas de Caridade” aceitou o desafio, marcando o início da entidade. A Fundação Lucas Araújo atende mais de 400 pessoas entre crianças, pré-adolescentes e idosos que precisam de apoio para o pleno desenvolvimento como indivíduos inseridos na sociedade. As atividades são desenvolvidas na Escola de Educação Infantil João Busato e Menino Deus, no Lar da Menina e nos Abrigos de Idosos São José e João XXIII. As crianças e meninas permanecem na Entidade durante o dia, enquanto os pais ou responsáveis trabalham. São famílias de situação socioeconômica bai62 VERSA MAGAZINE

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Nós temos vários projetos que gostaríamos de dar andamento, mas faltam recursos

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xa que procuram o local com o objetivo de deixarem os filhos para serem cuidados, receberem alimentação, aprendizagem e recreação adequada à faixa etária. Os idosos residem nos abrigos por solicitação e necessidade de seus familiares ou, quando não destes, de segmentos da comunidade. Todos recebem acompanhamento e, acima de tudo, carinho. A entidade é referência em Passo Fundo, a grande procura pelos serviços é um exemplo. Segundo a coordenadora geral dos departamentos assistenciais Jurema Iara Bruschi, há quase 200 crianças à espera de uma vaga na Escola de Educação Infantil. Para fazer parte das atividades, alguns critérios de seleção são considerados como área de abrangência, renda familiar, necessidade da família pelo atendimento e os objetivos. Aproximadamente 100 funcionários respondem pelo andamento da Fun-


© Arquivo / Divulgação

dação. Os custos não são poucos. Entre salários, alimentação, materiais de limpeza, a entidade sobrevive com doações e parcerias. Então, que tal ajudar? Todo o tipo de auxílio é bem vindo. Sabe aquela peça de roupa que você não usa mais? Vai estar de bobeira na próxima terçafeira de tarde? Aproveita e vai conhecer o trabalhado da entidade mais antiga de Passo Fundo. Faz como os alunos do terceiro ano do Colégio Conceição, que uma vez por semana, contribuem com o aprendizado das meninas do Lar. “Nós temos vários projetos que gostaríamos de dar andamento, mas faltam recursos,” salienta Jurema. Um exemplo é a oficina de música que, por falta de auxílio, ainda não saiu do papel. Há muitas formas de contribuir, basta querer. De simples gestos individuais à ajuda de empresas e órgãos da sociedade, o pleno funcionamento da Fundação Lucas Araújo depende desses gestos.

Como ajudar: Doações de todos os gêneros como roupas, alimentos, materiais de limpeza, brinquedos e móveis podem ser entregues na Fundação, que fica na Avenida Presidente Vargas, 317. Doações em dinheiro podem ser levadas até a entidade ou através de depósitos na conta do Banco Banrisul, agência 0315, conta 0600019908. O pessoal adora visitas e garante que todos são bem recepcionados. Contar histórias para as crianças, passar algumas horas em companhia dos idosos, ministrar oficinas de aprendizado, vale tudo!

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lilicaripilica.com.br

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Rua Moron, 1720 - Centro Passo Fundo - RS - Tel: 54 3313.1150 AGOSTO + SETEMBRO 2012 EDIÇÃO #16 VERSA MAGAZINE 65


BELEZA

Por: TAINARA SCALCO / redacao@revistaversa.com.br

Lindos, longos e

bem cuidados O mega hair é uma alternativa que vem ganhando os fios de cabelos de muitas mulheres A vaidade feminina é indiscutível. Cada vez mais, as mulheres valori-

zam a sua beleza e, acima de tudo, buscam sentirem-se bem. O mercado reconhece essa tendência, oferecendo opções para todos os gostos. Os cabelos que o digam! São tratamentos capilares, tinturas, penteados diferentes, mega hair. Muitas opções para quem quer mudar.

Louras, morenas, ruivas. Cabelos crespos, lisos, ondulados. A diversidade étnica denota vários tipos de beleza.

A bola da vez é o mega hair. Que mulher não quer ter um cabelo lindo, digno de olhares? Se os cabelos são a moldura do rosto, então é melhor não hesitar. O mega hair oferece opções como: alonga o cabelo curto e médio, aumenta o volume, preenche espaços com pouco cabelo, alonga franjas e além de tudo, pode ser o substituto das mechas com coloração para quem não quer trocar a cor natural do cabelo. Como em um toque de mágica é possível delinear contornos diferentes e o melhor: em pouco tempo. Louras, morenas, ruivas. Cabelos crespos, lisos, ondulados. A diversidade étnica denota vários tipos de beleza. Diferentes no cabelo, iguais na vontade. Todas querem realçar os traços. Aí aparecem as alternativas. Qualquer pessoa pode aderir ao alon66 VERSA MAGAZINE

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gamento, porém é necessário fazer uma avaliação para saber quais são as restrições e que cuidados devem ser tomados. Para o resultado ficar bom, é imprescindível a orientação de profissionais qualificados. O salão de beleza Simone Transformação e Arte oferece opções para a mulher moderna, arrojada, preocupada com a beleza dos cabelos. O mega hair é uma das especialidades do local. As clientes passam por um minucioso processo de avaliação, onde são apresentados alguns dos métodos tra-

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balhados e o cabelo que mais combina com o da cliente. Hoje, o método que tem feito a cabeça das mulheres é a técnica “Nó Italiano”, um dos métodos mais seguros e aprovados pelas clientes. O salão não se preocupa apenas com a beleza dos cabelos, mas, principalmente, com a vida saudável

dos fios. Um aspecto que merece atenção na hora de procurar um aplique é conhecer a matéria-prima. E é pensando nesse ponto que o salão de beleza Simone Transformação e Arte trabalha somente com cabelos naturais, de todas as cores e de vários tamanhos. Além disso, dispõe de telas feitas manualmente no tear, perucas e rabos. Assim a cliente pode desfrutar de uma mudança com qualidade e com a certeza de uma boa escolha.


Gostou da ideia? © 123RF

Quer sair da rotina e realçar o que tem de mais bonito? Então, não perca tempo. O salão Simone Transformação e Arte fica na Rua Capitão Eleutério, 680, sala 06, no centro de Passo Fundo. Os atendimentos são de segunda a sábado e podem ser agendados pelos telefones 3601-1602 e 9994-3331. Serviços de qualidade, método seguro e uma linha completa de produtos Joico – a arte do cabelo saudável, para completar a beleza dos seus cabelos.

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DECORA

Por: JOSIANE KOSWOSKI / Arquiteta Urbanista; Mestre Eng. Infraestrutura e Meio Ambiente; Professora na Universidade de Passo Fundo

Os pergolados vão tomar conta

do seu jardim Ver o céu, sentir o sol, a brisa, ficar perto das plantas... ... sua proposta cria a sintonia entre homem e

natureza, quando ambientes, tanto externos como internos, são projetados proporcionando iluminação e ventilação natural e o contato direto com o verde. Agregam elegância aos espaços quando harmonicamente combinados os materiais, espécies vegetais e mobílias.

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A palavra pergola tem origem no latim “pergula”, que se refere a uma cobertura protetora.

No final da idade média, jardins com túneis em arcos envoltos de plantas trepadeiras, formavam uma passagem à sombra: esses caminhos verdes foram os antepassados dos pergolados modernos. Após uma fase de esquecimento entre os séculos XVIII e XIX, sua popularidade foi recuperada no século XX, ao se tornar um elemento compositivo envolvendo a arquitetura, o design e paisagismo.

Conforme o estilo arquitetônico, a estrutura pode ser de concreto, ferro ou madeira. No caso das madeiras, a NBR 7190 faz referência à classe C60 de resistência, com fibras entrelaçadas e poucos espaços vazios que as tornam impermeáveis, como a itaúba, o ipê e a garapeira. Há quem utilize ainda madeira de reflorestamento como o eucalipto autoclavado. Recomenda-se a aplicação de um produto impermeabilizante do tipo

Perfis arredondados permitem junções

com pinos metálicos e sistemas de amarração por cordas que complementam rusticidade à estrutura

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As subcoberturas podem ser feitas com tábuas

aplainadas, esteiras de bambu, varas de eucalipto ou de tecidos finos, estampados, com texturas tramadas em faixas, presos nas vigas com ganchos, conforme a criatividade e adequação ao contexto do projeto.

stain e manutenção dentro de um período bram a monotonia do passeio ou de uma de 5 anos para otimizar a proteção. Bambu simples e rápida passagem por eles. também se torna uma opção tanto para esTambém são uma ótima opção para trutura quanto para cobertura. Já estrutu- compor fachadas, coberturas de garagens, ras em ferro e em concreto devem ser muito varandas, áreas com churrasqueiras e bem inseridas no contexto do projeto ou lounges. Cobri-los com vidro autolimpante ou pode comprometer totalmente a paisagem. polietileno transparente protege das chuvas Para a instalação de mae não descaracterizam deiras em contrapisos de sua proposta. Telhas de concreto, chumba-se um garrafas PET recicladas Quanto à pino metálico de uma são uma boa pedida para polegada ao concreto. agregar sustentabilidade vegetação, O pilar é encaixado no ao projeto. trepadeiras são as pino, tomando o cuidado Quanto à vegetação, mais indicadas: para que a madeira fique trepadeiras são as mais 3 cm elevada do chão indicadas: as lenhosas e as lenhosas e para evitar o contato pesadas exigem estrutura pesadas exigem com a umidade do conreforçada e as herbáceas, estrutura creto. Ao o redor do pino mais delicadas, vão bem reforçada e as deve ser feita uma base em qualquer tipo de made concreto para dar susterial. Para a região sul, a herbáceas, mais tentação ao pilar. Primavera (Bouganvillea delicadas, vão Já as madeiras glabra) e o Jasmim dos bem em qualquer instaladas diretamenpoetas (Jasminum officitipo de material. te na terra, deve-se fanale) de pleno sol, suporzer uma vala de 40 cm tam muito bem o frio e de profundidade com geadas, proporcionando um lastro de cimento ou uma camada de um colorido todo especial conforme a época brita no fundo, e o chumbamento em ar- de sua floração. Trepadeiras frutíferas como gamassa. Toda a madeira que for enterrada o Maracujá (Passiflora edulis) com suas flores deverá ser totalmente impermeabilizada ormanentais ou até mesmo Videiras (Vitis sp) com tinta asfáltica para impedir seu apo- também podem ser utilizadas. Trepadeiras drecimento. dispostas em telas e aramados são outra soluAplicados em corredores estreitos ou ção criativa e econômica para dar privacidade em longos caminhos, os pergolados que- às residências vizinhas e ao espaço urbano. 70 VERSA MAGAZINE

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CIÊNCIA

Por: CLEICIANE CENCI / redacao@revistaversa.com.br Colaboração: Prof. Dra. Ana Maria Bellani Migott / Enfermeira e Psicóloga; Universidade de Passo Fundo/RS

O “suposto” elo entre

tabagismo e depressão Mesmo com grande empenho da ciência, do governo e dos indivíduos para o controle do tabagismo nas últimas décadas, um grande número de pessoas inicia a fumar ou mantém-se fumando apesar do cabal de conhecimento dos malefícios do uso do tabaco. Os estudos têm mostrado atualmente as bases genéticas da adição nicotínica. O tabagismo tem sido associado a vários polimorfismos genéticos, mas os fatores ambientais também devem ser enfatizados nessa relação. Esse diálogo apresenta alguns dos dados disponíveis dos estudos genéticos sobre o comportamento tabágico e a depressão. Estudos genéticos vêm sugerindo que a iniciação ao tabaco, o grau de dependência, a dificuldade em deixar de fumar e a manutenção da abstinência são determinados por um tipo de herança complexa, a qual envolve múltiplas variantes genéticas. Estima-se que os fatores genéticos possam ser responsáveis por até 60% do risco de início e 70% da manutenção da dependência a nicotina, bem como com relação a depressão. Entre as mais amplamente estudadas, estão os sistemas de neurotransmissores cerebrais, o circuito dopaminérgico (mediado pela dopamina) e o circuito serotonérgico (mediado pela serotonina). Os motivos que levam as pessoas a usar tabaco são variados, sendo até pouco tempo apenas atribuídos a fatores comportamentais, de conduta, de personalidade e sociais. A dependência de nicotina parece apresentar alta característica de transmis-

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Estudos genéticos vêm sugerindo que a iniciação ao tabaco, o grau de dependência, a dificuldade em deixar de fumar e a manutenção da abstinência são determinados por um tipo de herança complexa, a qual envolve múltiplas variantes genéticas.

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são familiar, assim como a depressão. A busca dos genes especificamente ligados ao tabagismo segue duas linhas principais: a identificação dos alelos que interferem na neurobiologia dos transmissores, como dopamina, serotonina e noradrenalina, e a identificação de genes que podem influenciar a resposta à nicotina, interferindo nos receptores ou no metabolismo da nicotina. O caminho percorrido por alguns investigadores nos últimos anos tem se centrado nos genes que codificam proteínas implicadas de alguma maneira nas vias de neurotransmissão do sistema nervoso central para explicações referentes ao tabagismo . Este é o caso dos genes que codificam os diferentes receptores/transportadores da rota serotonérgica. Estudos dos polimorfismos que podem estar ligados ao tabagismo, envolvidos na biossíntese da serotonina ou os da sua recaptação, estão começando a despontar para explicações ao comportamento tabágico. A pesquisa dos polimorfismos genéticos em seres humanos é uma das tentativas para explicar as doenças, comportamentos, hábitos e respostas diferenciadas a medicamentos. Há variações dentro do genoma humano em muitas doenças. Um exemplo disso são os estudos que apontam o polimorfismo do gene do receptor de serotonina (5HT2A) em doenças psiquiátricas e uso de substâncias psicoativas como o tabaco, relacionado com o funcionamento deste


As diferenças genéticas podem ser

receptor para a compreensão de desordens neuropsiquiátricas como a depressão. Estudos das diversidades genéticas, embora controverso ainda, como o polimorfismo, mediante análise das variações existentes entre o genoma de distintos indivíduos e a população em geral, são oportunidades para pesquisar a base genética de enfermidades complexas como as patologias mentais e o uso de drogas. Esses estudos permitem a verificação das modificações que podem ocorrer nos genes que contêm as informações necessárias para o funcionamento dos receptores, proteínas transportadoras ou de enzimas metabolizadoras de substâncias (principalmente fármacos). Por essas razões, a hipótese sugerida é que há vulnerabilidade genética para o tabagismo e a depressão. No estudo de Migott, os dados apontaram para a relação entre fumo e sintomas depressivos, verificando-se que indivíduos deprimidos mais frequentemente são fumantes do que os não deprimidos e que existe um efeito da depressão na indução ao tabagismo e esse é bem mais intenso nas mulheres do que nos homens e que nesse caso existe alguma relação com polimorfismos 5HT2A. Vários estudos indicam a existência de associação entre tabagismo e depressão. Os fatores individuais que podem contribuir para o início do consumo de cigarros são complexos, mas entre eles encontram-se os hereditários e, em alguns casos ,os relacionados à modulação dos efeitos da nicotina e do humor.

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parcialmente responsáveis pelas diferenças biológicas para começo do ato de fumar, para manter o hábito, para ter recaídas, ter sintomas de abstinência, de depressão e para dependência ao tabagismo.

As diferenças genéticas podem ser parcialmente responsáveis pelas diferenças biológicas para começo do ato de fumar, para manter o hábito, para ter recaídas, ter sintomas de abstinência, de depressão e para dependência ao tabagismo. Os genes relacionados ao sistema da serotonina foram relacionamento com o ato de fumar e depressão pois esse neurotransmissor sugere que os receptores são ativados pela nicotina e podem aumentar a serotonina dos neurônios. Pesquisa prévia sugere a importância da genética de subtipos do polimorfismo 5HT para avaliar a relação entre fumar e a vulnerabilidade para depressão estar relacionada ao status fumo, dependência de nicotina, para reduzir os sintomas negativos entre os portadores do polimorfismo do alelo curto, mas não entre aqueles com um genótipo longo. Depressão e tabagismo, ambos têm um componente hereditário . Apesar de todo esse crescente conhecimento, ainda não está claro o papel da herdabilidade genética no manejo do tabagismo na prática diária.

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RELACIONAMENTO

Por: ROBERTA BRIZOLLA ROSA

Então se casaram e viveram

felizes para sempre Quem nunca teve contato com as encantadoras histórias de fadas

que sempre terminam com o final mágico “felizes para sempre”? A porção mágica sabe-se hoje, vence com o passar do tempo, com as dificuldades inerentes no desenvolvimento de um relacionamento conjugal muitas pessoas se decepcionam na vida amorosa por acreditar que existe um modelo pré-estabelecido de felicidade, por esperar que o amor preenche todas as frustrações, e se verdadeiro “tudo suportará”. Mas será que o amor, realmente a tudo suporta? Por mais distante da realidade que os contos de fada pareçam, grande parte dos relacionamentos atuais rompem-se por não atingir um nível de exigência ideal, criado e internalizado ao longo do tempo. Muitos homens e mulheres do século XXI vivenciam suas relações íntimas superficialmente, e em alguns relacionamentos que com o tempo se tornam frustrados, pode-se atribuir ao fato de que as pessoas iniciam um convívio com o outro conhecendo pouco de si mesma, esperando muito do outro, que este o complete, mas não é assim que deveria ser. Para amar e relacionar-se com outro, é preciso primeiramente se conhecer, e estar inteiro, ter a sua identidade e individualidade e aí sim iniciar a construção de uma Identidade Conjugal. É um investimento do qual os dois precisam estar inteiros para contribuir na relação. O casamento é uma das etapas do ciclo de vida familiar. Seu início demarca um período de grandes mudanças, e nenhuma é fácil. Aparecem

conflitos, divergências, exigências, é um desafio constante, e é positivo para a relação quando os indivíduos estão abertos para novas negociações e conseguem renunciar algumas coisas em prol de outras. Em um casamento, quando as crises se fazem presente, e o casal

percebe que está com dificuldades para solucioná-las, ou as pessoas passam por períodos significativos de sofrimento na relação, a Psicoterapia de Casal dá suporte aos membros e contribui significativamente na busca da resolução do conflito existente. Ela pode ser realizada com qualquer casal que tenha o desejo de olhar para a relação de uma maneira diferente da atual, e se torna eficaz na medida em que os membros se comprometem com o atendimento. Muitas pessoas perdem a oportunidade de melhorar a qualidade da conjugalidade, por um medo irreal de que a Psicoterapia tem a função de separar os casais. Na realidade é o contrário que acontece, os cônjuges tem a possibilidade de ressignificar sentimentos, amadurecer a relação, assumindo comportamentos adequados para as situações que existirão. Todas as pessoas passam por experiências difíceis no núcleo familiar, e quando não são solucionadas, de alguma maneira refletem posteriormente na vida conjugal, e é por esta compreensão (dentre outras) que a Psicoterapia tem muito a contribuir para vivências mais satisfatórias nas relações humanas.

Roberta Brizolla Rosa Psicóloga Clínica

Pós-graduanda em Dinâmica das Relações Conjugais e Familiares CRP: 07/20708

Telefone: (54) 9964.1003

E-mail: robertabrizollarosa@gmail.com Ed. Planalto, Rua Independência, 812sala 43- Passo Fundo-RS

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PETTICHE

Por Cleiciane Cenci Colaboração: Tatiana R. Pavan / Médica Veterinária / CRMV RS 8695

Qual pet combina

com você? Escolher um animal de estimação não envolve apenas suas travessuras e diversão, mas também muita responsabilidade por parte de seu dono. Na hora de escolher seu bichinho, se deve levar em conta que ele se tornará um membro da família, por isso, é interessante analisar o tipo de vida que o dono leva.

Listamos alguns animais e

suas características para auxiliar na sua escolha:

Peixes

Cachorro

Gato

Os peixes são ideais para pessoas que moram sozinhas. Além de não ocuparem muito espaço, exigem pouca manutenção e não deixam bagunça espalhada pela casa.

O cachorro precisa de muita dedicação, pois gostam de brincar e também são muito afetivos.

Diferente do cachorro, o gato é mais independente, necessitando de menos disposição do dono.

Requer alimetação diária, uma eventual limpeza no aquário e um filtro na água.

Precisam de banhos periódicos, alimentação em torno de três vezes ao dia e passeio diário.

Precisam de alimentação duas vezes ao dia e uma caixa de areia para fazerem suas necessidades. Investir em arranhadores e brinquedos é uma solução para que seus móveis não sofram grandes danos. Procure saber antes se você não tem alergia aos pelos.

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A veterinária Animais e Cia tem orgulho de trabalhar sempre em prol dos animais, tendo à frente o M.V. Pietro Paolo Zilio e uma equipe multidisciplinar que compõe o quadro da clínica, oferecendo aos clientes pronto atendimento 24 horas diante das mais variadas necessidades que podem vir a surgir. A cada mês a clínica reserva uma semana para a realização de castrações e custeia de 50% à 70% das cirurgias em prol de menos animais abandonados.

Você sabia? De acordo com a WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), uma única cadela, com uma vida reprodutiva de 6 anos, pode gerar cerca de 100 filhotes, enquanto uma gata em apenas 2 anos pode deixar 200 novos filhotes desamparados. Esses números, quando analisados na cidade de Passo Fundo escandalizam pois os animais de rua, de acordo com dados obtidos chegam próximo aos 25 mil abandonados e as ONGS e Protetores não têm dado conta de resolver esses problemas, por esse motivo a clínica resolveu entrar com a sua parte, custeando um percentual das castrações e abrindo para que todos possam usufruir desse benefício.

Animais e Cia: Avenida Brasil, 3155 - Boqueirão (54) 3312.2018 – Horário Comercial Plantão 24 horas (54) 9901.9379

Tartaruga

Ramster

Aves

Para famílias que tem jardim e casa grande e não quer se preocupar muito com seu pet, as tartarugas são indicadas, pois precisam de espaço por ser uma espécie que cresce por toda vida. Apesar de serem independentes, a alimentação deve ser diária. No caso dos cágados, é preciso de um aquário.

O ramster também é ideal para quem não tem muito tempo de se dedicar e tem pouco espaço, pois precisam apenas de uma gaiola com roda para exercício e alimentação diária.

Já as aves são indicadas para idosos e crianças, pois, na gaiola, não vão estar em contato direto o dia todo. Além disso, o canto das aves alegra o ambiente, tornando um clima harmonioso.

A limpeza da gaiola deve ser feita duas vezes por semana e permanecer em local arejado.

Todos os dias deve-se fazer a limpeza da gaiola, trocando a água e a comida.

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ECONOMIA

Por: JOÃO MANOEL PAZ GUSMAN

Estamos em meio a uma crise global, marcada por um forte desalinhamento e desordem nos preços de modo geral. Do início até a normalização, formamse distorções que geram instabilidades. No Brasil, vivemos momentos de incerteza em dimensionar o quanto a crise afetará as nossas empresas e a economia interna.

Vale lembrar que o nosso país está entre as 30 maiores economias do mundo. O Brasil foi o terceiro que mais cresceu em 2010, ficando atrás apenas da China e da Índia, países que junto com a Rússia e a África do Sul formam o BRICS – bloco que responde por quase 27% da produção mundial. Apesar do setor público pesado e ineficiente, é possível dizer que o maior país da América Latina pode, sim, ter sucesso. A grande densidade demográfica da China e da Índia leva a uma significativa oferta de mão de obra: mais gente trabalhando e ganhando salário, mais gente consumindo. Nesse contexto, a produção mundial e a indústria financeira também estão se deslocando para os países emergentes. O Brasil é um bom exemplo. Por contingências econômicas, o deslocamento da renda para países que consomem commodities cresceu independente da interferência pública, ou seja, o nosso país caminha com suas próprias pernas, por vocação. As duas últimas administrações construíram um passivo futuro e um aumento nas despesas de custeio do governo federal, aumentando significativamente a folha de pagamento de funcionários federais, o que acabou gerando um problema 80 VERSA MAGAZINE

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maior aos gestores estaduais que terão que acompanhar o governo federal com equiparações salariais. Esses gastos são custeados pela iniciativa privada com uma alta carga tributária e por financiamentos. As despesas de custeio previdenciárias públicas atuais e futuras inibem investimentos em educação de qualidade, saúde para a população mais carente e, principalmente, em infraestrutura para um desenvolvimento sustentável. Se o Brasil não crescer acima de 3% a.a e com os gas-

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tos de custeio continuando nesta mesma linha, em 15 anos o Brasil de hoje pode ser a Espanha de amanhã. O que nos salva são os fluxos de capital estrangeiro que migram para o nosso país. A nação brasileira denota oportunidades. Somos a bola da vez! Hoje, temos uma presidente que conhe-


O que nos salva são os fluxos de capital estrangeiro que migram para o nosso país. A nação brasileira denota oportunidades. Somos a bola da vez! ce gestão pública e não trata o recurso público de maneira irresponsável e populista. Ainda teremos turbulências, oscilações de moedas e das bolsas de valores, mas o Velho Mundo está fraco e endividado, assim como sofrem os Estados Unidos e o Japão. Esse panorama serve para que possamos aprender com os erros de governos paternalistas, dos privilégios adquiridos e acumulados que atenderam a interesses de pequenos grupos de suas cúpulas de poder. Como estamos fadados a crescer e se desenvolver, de qualquer modo nosso povo, aos poucos, terá melhor formação, educação de qualidade, cultura e, por conseguinte, maior poder de discernimento. Cultura e educação provocam um sentimento mais humanitário e os privilégios imorais, mesmo que legais, deverão ser abandonados. Certamente, vamos ter um país próspero com menos desigualdades, menos corrupção e com oportunidades continuadas, construídas por pessoas dedicadas e não por pertencerem a grupos ou poderes.

JOÃO MANOEL PAZ GUSMAN Agente Autônomo da Um Investimentos de Passo Fundo Professor de MBA do IDC Faculdade de Porto Alegre. (54) 3045.4535 www.tscorretora.com.br

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ODONTOLOGIA

Por: JANESCA CASALLI

A vez das

facetas laminadas de porcelana em odontologia As facetas laminadas de porcelana são as grandes estrelas da odontologia estética e a primeira opção entre os que procuram um sorriso novo mais belo e harmônico. Dentro do arsenal restaurador estético, tornaram-se uma solução muito mais conservadora, preservando o remanescente dentário e restituindo sutis diferenças de cor, forma, posição e textura dos dentes antes inimagináveis.

O que são as facetas laminadas de porcelana?

As facetas laminadas de porcelana são uma opção conservadora e promissora na recuperação de sorrisos em Odontologia Estética. Trata-se da aplicação de finas lâminas de porcelana, de 0,5mm a 0,7 mm de espessura sobre a superfície dentária dando novo formato, cor e harmonia à arcada dentária.

Quais são as principais indicações das facetas laminadas de porcelana?

Alterar a cor de dentes escurecidos ou amarelados; Fechamento de espaços interdentais ( diastemas) ; Alteração da forma e do tamanho dos dentes; Dentes fraturados ou desgastados; Dentes com muitas restaurações. Dentes levemente desalinhados, Dentes extremamente restaurados ou desgastados.

Quais são as contra-indicações da técnica?

Como contra-indicações consideramos a insuficiência de estrutura dental e presença de hábitos parafuncionais como o bruxismo. Neste caso, sugere-se avaliar a possibilidade de correção ou de controle destes hábitos.

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É possível prever ou planejar o novo sorriso?

Quais as vantagens desta técnica?

A vantagem principal consiste na preservação da estrutura dental sadia. O desgaste da superfície dentária é mínimo, permanecendo geralmente dentro do esmalte. Este tratamento substitui as coroas totais nos casos onde é apenas necessário restaurar a face frontal dos dentes, não estando as outras faces comprometidas a ponto de justificar o seu desgaste total. As facetas de porcelana não são porosas, o que possibilita estabilidade cromática e manutenção do brilho da superfície. Ainda possuem alta resistência à abrasão e compatibilidade biológica com a gengiva.

O que são as lentes de contato dentais?

Fragmentos e lentes de contatos dentais são na realidade a denominação técnica para as facetas de porcelana ultrafinas. O que difere estes novos procedimentos das facetas laminadas convencionais é a espessura da porcelana de aproximadamente 0,2 mm. Estas lâminas ultrafinas requerem desgaste mínimo, às vezes inexistente, no dente que receberá a porcelana, preservando ao máximo a estrutura dental. Ainda é uma técnica pouco difundida uma vez que poucos laboratórios dominam a técnica de confecção de laminas tão finas, bem como requer treinamento preciso por parte do dentista.

Um novo sorriso é uma decisão muito importante e de impacto na vida das pessoas. Dessa forma não se deve aceitar qualquer mudança antes de experimentá-la. Para tanto, utiliza-se duas formas de simulação, o enceramento diagnóstico ou o mock up. O enceramento é feito em laboratório sobre os modelos do paciente. O mock up é uma simulação do resultado, feita em resina na própria boca do paciente para sua completa aprovação. Durante estes ensaios, todas as modificações são ainda possíveis: dentes mais curtos ou mais longos, dentes mais largos ou mais estreitos, mais retos ou mais arredondados.

JANESCA CASALLI

especialista e mestre em Dentística Restauradora; fellow do departamento de Odontologia Estética e Biomateriais da UCLA - Universidade da Califórnia Los Angeles, USA; professora de Graduação da Faculdade de Odontologia IMED e de Pós-graduação em Dentística do CEOM.

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ESPORTE Por: CLEICIANE CENCI / redacao@revistaversa.com.br Fonte: Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu - CBJJ

Heróis

no Jiu-jitsu

e na solidariedade Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou “arte

suave”, nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Mas foi no Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.

A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam. Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles. Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês. Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal. Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e 86 VERSA MAGAZINE

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vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu. Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12. Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família. Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde. De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gra-

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cie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos. Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiujitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava


Em Passo Fundo,

© Stephen Morris / iStockphoto

desde o início em 2008, mesmo com a enorme dificuldade em conseguir incentivos e colaboradores, adequado à realidade de nossa cidade e região e principalmente com resultados e ações verdadeiras e confiáveis, a academia JZ jiu-jitsu juntamente com seus colaboradores atende alguns alunos, na faixa etária entre 7 e 12, em um projeto social de abrangência em escolas e instituições carentes, com um objetivo psicopedagógico muito maior, ainda aquém do pretendido e buscando um ideal.

as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização. Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.

Como não houve a possibilidade de implantação do projeto social em sua integralidade a diretriz fundamental, está na comprovação do aproveitamento escolar acima da média, ou seja, não basta estar com as notas satisfatórias, é necessário que a disciplina, o comportamento, as atitudes dentro e fora da célula escolar estejam adequadas com a filosofia do Jiu-jitsu. Disciplina, respeito, equilíbrio,colaboração, etc... Buscam direcionar qualquer aluno e colaborador para que o objetivo principal seja a filosofia do jiu-jitsu e não simplesmente encher o tatame de alunos que possam vir a desonrar o professor e a arte que abraçam. Para aferição dos resultados mencionados a participação dos pais e responsáveis é exigida periodicamente. Atualmente são 6 voluntários dentre eles o Psicopedagogo responsável pelo projeto, um Arquiteto um Advogado e instrutores de outras áreas, além dos patrocinadores. O projeto tem a direção de Luiz Felipe Zilio, as aulas são ministradas pelo professor João Luiz Zilio e apoio do Mestre Mario Reis, atleta 12 vezes campeão mundial.

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ESTÉTICA

Por: TAINARA SCALCO Colaboração: LENISE TOMAZI MURATT

De bem com

o espelho Os avanços da estética dão aquele empurrãozinho e fazem a alegria das mulheres É através das mudanças que surgem as novidades. Seja nas tecnologias, na literatura, no futebol, todas as áreas são marcadas por transformações que visam melhorar o cotidiano das pessoas. O campo da estética não fica de fora. Uma infinidade de produtos e técnicas vem para contribuir com homens e mulheres preocupados com a aparência e, acima de tudo, com o bem-estar. Gordura localizada, acne no rosto, pele oleosa, cabelos mal cuidados, uma série de fatores impulsionam a queda da autoestima. Aí surgem métodos capazes de amenizar a situação e, de quebra, proporcionar as pazes com o espelho. Um exemplo é a drenagem linfática, responsável por acelerar o processo de retirada dos líquidos

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Muitos dizem que é impossível descrevê-la, outros

arriscam conceitos e desafiam argumentos. A beleza aquece mercados, discussões e pede passagem em um mundo cada vez mais marcado pelo equilíbrio e bem-estar. Conceitos a parte, quem não gosta de se sentir bem diante do espelho?

entre as células e os resíduos metabólicos. Essa técnica de massagem que trabalha o sistema linfático pode ser uma alternativa para aqueles que buscam reduzir medidas. Mas se o que te incomoda é a pele do seu rosto, então uma limpeza pode ajudar a amenizar o aspecto. Resultados de impurezas produzidas pelas glândulas sebáceas que a derme não consegue expelir, cravos e espinhas são o terror de muitas pessoas. Para eliminá-los, é imprescindível manter a pele bem higienizada. Alguns produtos como tônicos, loções demaquilantes, cremes hidratantes e esfoliantes são bons aliados na busca pela boa aparência. Pele envelhecida? Os peelings irão ajudar. O envelhecimento da pele é um fenômeno geneticamente programado, ao qual não se pode escapar, mas alguns fatores podem acelerá-lo como poluição, tabaco, ingestão exagerada de álcool, estress, doenças e desequilíbrios alimentares. Para isso se pode optar pela realização do peeling de diamante associado à dermocosméticos

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antioxidantes como a Vit C, que ainda irá estimular a produção de colágeno que irá auxiliar a amenizar as rugas. Mas se você acha que o seu problema é o FEG popularmente conhecido como “celulite”, que muitas vezes leva a constrangimentos quando são usados trajes curtos ou de banho, os tratamentos estéticos devem ser voltados à melhora da circulação, e redução do aspecto de “casca de laranja”. Seu aparecimento está relacionado com fatores genéticos, hormonais, alimentares e sedentarismo. Assim, além de realizar tratamentos associando Drenagem Linfática Manual, Endermoterapia, Massagem Modeladora e Lipoturbo, a princípios ativos específicos, é importante cuidar da alimentação e praticar atividade física, para potencializar o resultado do tratamento. Vale tudo para se sentir bem!


Gordura localizada, acne no rosto, pele oleosa, cabelos mal cuidados, uma série de fatores impulsionam a queda da autoestima. Aí surgem métodos capazes de amenizar a situação e, de quebra, proporcionar as pazes com o espelho.

LENISE TOMAZI MURATT

Tecnóloga em Estética e Cosmética – ULBRA Pós-Graduanda em Cosmetologia e Estética “Prática Avançada” - ISEPE

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BEM ESTAR

Por: LUCIMAR OLIVEIRA CORNÉLIO

Pilates

equilíbrio e bem-estar Em tempos de rotinas atribuladas, convergência

de tarefas e escassez de horas vagas, os resquícios do sedentarismo e da má alimentação se tornam mais evidentes. São dores no corpo, postura inadequada, ganho de peso, fadiga, cansaço – sinais típicos do homem contemporâneo. Como mudar esse panorama? Simples! Reeducar alguns hábitos é o primeiro passo.

Além de ajudar a manter o corpo em forma eles também contribuem com o bem-estar da mente, afinal, corpo sadio; mente sadia!

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Manter uma alimentação balanceada é essencial, praticar exercícios físicos é estritamente necessário. Para ajudar nessa busca pelo equilíbrio, alguns métodos aparecem como boa opção. Pilates, Gyrotonic® e Reeducação Postural são alguns exemplos. Além de ajudar a manter o corpo em forma eles também contribuem com o bem-estar da mente, afinal, corpo sadio, mente sadia! Método revolucionário de exercícios físicos, o Pilates não tem restrição de idade. Caracteriza-se como uma técnica de condicionamento físico que integra o corpo e a mente, aliando filosofia oriental e metodologias ocidentais. Prioriza o alongamento, fortalecimento muscular e reeducação postural através da respiração, equilíbrio e consciência corporal.

Já o método Gyrotonic® é um sistema de condicionamento físico criado no final dos anos 70. Este método se diferencia dos aparelhos convencionais por amparar-se em movimentos de rotação, tridimensionais. Através de roldanas, manivelas, cabos e pesos especiais, o corpo alcança a sua máxima mobilidade, explorando a amplitude de movimentos das articulações. A PróForma Studio Pilates, atuando desde 1997 no mercado, busca melhorar a qualidade de vida dos seus clientes oferecendo métodos como estes. O Pilates, por exemplo, chegou a Passo Fundo pelas mãos de Lucimar Oliveira Cornélio, formada em Educação Física pela Universidade de Passo Fundo, especialista em Ginástica Postural Corretiva pela Faculdade Metropolitana Unidas – FMU/SP e instru-

tora de Pilates formada pela Polestar Education/SP, Korpus/RS (Instituto de ensino) e ABS (Associação Brasileira de Pilates). Com um amplo espaço físico, mais de 250 metros com vista para um jardim arborizado, a PróForma conta com vestiários com duchas, salas de avaliação, ginástica, musculação terapêutica, alongamento, fisioterapia, RPG e Microfisioterapia. Profissionais de Educação Física e Fisioterapia atendem os alunos de modo personalizado, priorizando as necessidades de cada um. A partir de uma avaliação direcionada, identifica-se qual o melhor plano de aula a ser aplicado. Para sair da correria e dar atenção ao que realmente importa nada melhor do que experimentar os benefícios de atividades reconhecidas e que dão resultado.

LUCIMAR OLIVEIRA CORNÉLIO Diretora da Pró Forma Studio Pilates

Especialista em Ginástica Especial Corretiva – FMU/SP Instrutora de Pilates – Polestar Education/SP, Korpus/RS (Instituto de ensino) e ABS (Associação Brasileira de Pilates).

Rua Capitão Araújo, 411B - Centro 99010-200 - Passo Fundo - RS Fone (54) 3312-4629 / 3045-6687 proforma@studioproforma.com.br

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Psicoastrologia Clínica e Numerologia Empresarial Psicoterapeuta, formado em Astrologia pela Associação Brasileira de Astrologia e de Cosmoanalistas e pela escola superior de Numerologia Pitagórica Franco Espanhola em numerologia pessoal e empresarial. Através de análises psicoastrológicas, que atuam juntamente com 6 áreas de conhecimento: Astrologia Clínica, Psicanálise Junguiana, Física Quântica, Teosofia, Antroposofia e a Numerologia Pitagórica, o objetivo é conscientizar e mudar o comportamento do paciente referente a crenças e padrões negativos herdados ou criados por ele próprio, libertando de traumas e bloqueios que impedem sua evolução. Marque uma consulta e conheça os benefícios da psicoastrologia na sua vida e no futuro da sua empresa.

Voltaire Dandreaux e Silva Fagundes dos Reis, 406 Ed. Itamarati, Sala 705E (54) 3317.2301 (54) 8113.2045 94 VERSA MAGAZINE

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PSICOLOGIA

Por: ANA MARIA RUSCHEL

Psicoterapia reencarnacionista:

A Psicoterapia Reencarnacionista tem como objetivo trazer

Ao nos subsa está lá atrás, para as pessoas um novo olhar para sua vida e a forma metermos a um nas nossas vidas tratamento com passadas. Recorcomo fazer sua reforma íntima, encontrando assim o esta terapia devedar e nos deslimos ter em mengarmos através caminho para ter a qualidade de vida tão desejada. te que iremos nos da regressão nos reencontrar, porém com outras roupagens, nos reencarando em outro personagem e liberta, nos traz compreensão e princidesempenhando outros papéis, mas sere- isto para a Psicoterapia Reencarnacionis- palmente a aceitação de que é a nossa mos nós. Isto a princípio pode gerar um ta é a Personalidade Congênita, um dos forma de ser. Se não nos faz feliz é só conflito interno como “quem eu sou?”, pois principais pilares desta nova escola para a buscar a transformação do padrão atranos veremos em tantas personas diferen- qual a nossa personalidade não é formada vés do perdão, da harmonização com tes e ao mesmo tempo tão iguais na sua na infância, nos nascemos assim porque aquele que nos desperta sentimentos de forma de agir, sentir, reagir às situações somos assim a muitas vidas, a muitas en- raiva, mágoa, culpa... enfim vamos nos que achamos ter criado aquelas recorda- carnações. O contexto familiar apenas a desamarrando de nós mesmos, vamos ções. Então pergunto onde criamos, onde é aflora, são os gatilhos necessários para a evoluindo, vamos aprendendo a amar a sede de nossos pensamentos, sentimen- expressão dela e podermos assim realizar verdadeiramente que é a missão maior tos, emoções? Em nossos corpos sutis, ou a reforma íntima. de todo ser humano encarnado. seja, corpo mental, corpo emocional e corEsta terapia que tem a regressão teraEste novo olhar para nós leva a um po astral, os quais pelo ato do desencarne entendimento da forma como reagimos, pêutica como uma ferramenta de trabalho não morrem, eles são eternos, somos “eles”. sofremos, amamos, odiamos... ao mesmo libertadora, pode ser aplicada à qualquer Portanto, se somos “eles” encarnação após tempo que nos liberta de amarras auto pessoa em todas as idades sendo muito encarnação o que muda é somente a rou- impostas pelos medos, culpas, raivas das útil no tratamento de crianças muito atipagem externa, o corpo carnal. Assim jus- quais muitas vezes nem sabemos o por- vas, com problemas de sono, de alimentatifica-se o padrão comportamental repe- que sentimos. Então porque sofremos se ção, de fobias, traumas, auxiliando ao pais titivo observado nas sessões de regressão não sabemos o motivo? Pela ignorância da no entendimento e aceitação do seu trabae a sensação de estarmos “criando” uma origem, isto é, desconhecimento de nosso lho terreno junto com este espírito compahistória, estamos apenas rememorando, padrão comportamental congênito, a cau- nheiro de jornada.

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Estamos neste plano terreno com o objetivo de

evoluir, de se aperfeiçoar, se melhorar, se tornar mais leve e isto ocorre pela abertura da consciência de que somos espíritos em jornada evolutiva, em outros corpos, com outras identidades buscando através da libertação de si, das ilusões terrenas, da temporalidade das coisas, a felicidade plena que tanto almejamos. E isto é simples, basta irmos interiorizando a verdade da finitude do corpo físico e da eternidade do corpo espiritual, deixando de viver para o ter, para o “eu” e irmos vivendo para o ser, para o “nós”.

UM CURSO QUE ALIA TEORIA E PRÁTICA NUM PROFUNDO PROCESSO DE REFORMA ÍNTIMA INSCRIÇÕES ABERTAS PARA NOVA TURMA EM NOVEMBRO.

Ana Maria Ruschel

Ministrante Habilitada e Autorizada pela ABPR Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica Curso de Formação em Passo Fundo Reiki e Terapia Floral e Elixires de cristais Espaço Terapêutico Mestre Hilarion Av. Presidente Vargas, 504 sala 3 - Passo Fundo - RS

Email: ruschelanamaria@yahoo.com.br fone: 9957-2184 AGOSTO + SETEMBRO 2012

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Passo Fundo (54) 3317.1288 | Carazinho (54) 3313.4401

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SUPLEMENTOS

Na dose certa, amigo! Entre pesos e medidas, os suplementos alimentares podem ser bons aliados Por: TAINARA SCALCO / redacao@revistaversa.com.br Colaboração: LUIZ FERNANDO PAES LIMA Entre pesos e medidas, os suplementos alimentares podem ser bons aliados! A cada dia que passa mais pessoas reservam um tempo do seu dia para se exercitar. A busca por uma vida saudável, e uma melhora na estética corporal são os maiores motivos deste aumento. Fins competitivos, ou apenas por hobbie, também fazem com que academias e ginásios sejam frequentados. Agora, como trabalhar, estudar, e ainda obter um bom resultado na sua prática esportiva?! O essencial é acertar no feijão com arroz de todo dia, mas sem sombra de dúvidas os suplementos podem dar aquele empurrãozinho no metabolismo. Ao praticar uma atividade física intensa, o corpo é submetido a um grande gasto energético. De acordo com o objetivo do praticante, determinados nutrientes devem ser repostos em maior quantidade, podendo ser proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais. Aí se faz presente a importância dos suplementos alimentares. Nos alimentos em geral, dificilmente é encontrado um único tipo de nutriente, já nos suplementos estes podem ser isolados, possibilitando então a ingestão de apenas o que é necessário. Com isso, a recuperação

muscular ocorre mais rapidamente, deixando o esportista apto a uma nova série de exercícios. Outro ponto positivo é a praticidade dos mesmos. Muita gente interessada em uma dieta direcionada, detestaria sair por aí com uma marmita na mochila, enquanto os produtos podem ser apresentados como barrinhas, cápsulas, comprimidos e em pó. Mas é bom deixar bem claro: os suplementos não podem substituir uma refeição. Estas

devem ser feitas regularmente ao longo do dia. O cardápio bem elaborado deve vir em primeiro lugar. Mas então, quando procurar um suplemento? No momento em que a prática esportiva estiver inserida como um hábito frequente no cotidiano. Em outras palavras, seria mais ou menos semelhante ao compromisso firmado com o seu chefe. O acompanhamento de um especialista é fundamental. Cada pessoa é diferente da outra, então a partir da análise do biótipo, rotina e das metas do praticante, o profissional conseguirá oferecer uma orientação adequada para o seu cliente. Já existem no mercado nutricionistas, e lojas do ramo. Está valendo conferir, afinal qualidade de vida associada a vaidade e bem estar, não faz mal à ninguém!

Nutrientes, vitaminas, sais minerais. Como repor o que foi consumido durante atividade física extrema? Alimentos com alto teor desses elementos é a primeira resposta que vem à cabeça. Mas outra alternativa vem ganhando cada vez mais adeptos: são os suplementos alimentares.

Se liga

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ARTE

TECNOLOGIA

A fotógrafa Claudia Rogge criou um ensaio fotográfico inusitado, utilizando pessoas para criar efeitos visuais incríveis.

A empresa MDI criou o Airpod, um carro movido a ar comprimido que pode chegar a 80 km/h e andar até 200 km com um tanque. Realmente parece ser a forma mais sustentável de andar de carro já que o combustível está disponível para todos. Custa 10 mil dólares.


MODA No mercado da beleza só se fala em esmaltes. Mas se um dos assuntos era a quantidade de opções na cartela de cores , a OPI, famosa grife de cosméticos americana, mudou de cena para jogar riqueza nas mãos da mulherada. Em homenageam aos 50 anos de James Bond no cinema, a marca anunciou o lançamento de um esmalte com pedaços de ouro 18 quilates. Batizado de The Man with the Golden Gun, o produto dá efeito craquelado às unhas e tem edição limitada. O lançamento será em outubro e chega nas prateleiras por US$ 38.

GAMES Um novo controle permite jogar “Angry Birds” de uma forma inédita e promete tornar o famoso game da Rovio ainda mais divertido. Segundo o The Verge, o acessório USB chamado de Super Angry Birds é composto por um deslizador (slider) motorizado e uma chave em forma de mini-detonador. O primeiro acessório serve para lançar os pássaros em direção aos porquinhos, da mesma maneira que você faz ao deslizar seu dedo na tela do iPhone ou iPad, podendo controlar a força, a direção e o ângulo do arremesso. Já o segundo permite acionar o poder especial de cada pássaro ao ser pressionado.

MÚSICA

Da melhor para os melhores Acrescente à música erudita elementos da música popular. Com dedos tecnológicos, misture notas e ritmos. O resultado? Você encontra nas melhores pistas! A eletrônica que ganhou o mundo seduz os passo-fundenses através dos tons da BeeHive Club – a melhor casa noturna do Rio Grande do Sul. Para fazer parte dessa tribo pré-requisitos são desnecessários, basta deixar se levar pelos ritmos concebidos a partir da revolução tecnológica. Entre o dedilhar de discos, fones e amplificadores o convencional dá espaço a uma nova trilha sonora, baseada em variações não instrumentais ou instrumentais adaptadas para produzir sons modificados pela eletricidade. Em Passo Fundo, uma casa noturna é referência nesse estilo musical. A BeeHive Club recebe os amantes da música eletrônica há 6 anos. A palavra BeeHive significa “colmeia” em inglês. Uma colmeia é desenvolvida para passar muitos verões. O nome remete a renovação, aprendizado entre jovens e adultos, convivência entre família e trabalho no mesmo local. Todas essas qualidades são destacadas do “espírito de abelha”. Este conceito é utilizado em palestras para grandes empresários, fazendo uma comparação entre profissionais visionários e as abelhas que são grandes organizadores e mitigadores de risco e fazedores de decisão. A palavra “Club” se completa ao nome pela naturalidade de as pessoas se identifica-

rem com estes conceitos entre outros que são oferecidos aos freqüentadores da BeeHive, como dança, música, diversão, simplicidade, estilo, personalidade e atitude. Ou seja, um Club para pessoas que pensam da mesma forma. E este “club” vem fazendo história no Brasil e no mundo… No início deste ano, a BeeHive foi eleita a Melhor Casa Noturna do Rio Grande do Sul pela mais importante premiação do entretenimento Gaúcho, o FBN Players. Também em janeiro, ficou na 2ª colocação entre os melhores clube do Brasil com capacidade até 1000 pessoas. Todas essas são conquistas inéditas, pela primeira vez uma empresa deste segmento de Passo Fundo tem tamanho reconhecimento a nível nacional e internacional. Este reconhecimento culminou em diversas homenagens, entre elas um convite do

atual prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp aos organizadores do clube, a uma visita em seu gabinete em junho/12 para demonstrar a admiração e a gratidão que a cidade tem por este belo trabalho. Duas semanas depois, a Câmara de Vereadores de Passo Fundo aprovou por unanimidade um diploma de honra ao mérito à BeeHive Club pelas suas conquistas e por destacar a o nome da cidade junto ao reconhecimento do seu trabalho. Em setembro, no dia 06, a BeeHive completa 06 anos de atividades. Importantes nomes do cenário da música eletrônica mundial já passaram pelo seu palco e já é costume, estes artistas, voltarem para seus países e postarem em redes sociais diversas formas de agradecimento á “nobre pista da BeeHive” e seu público, que é reconhecido como, elegante, amigo, de bom gosto e divertido!

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Gustavo Bravetti @ Beehive Club Fotos: Gui Benck e Franco Rodrigues

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CHEGOU O NOVO MITSUBISHI LANCER. O FUTURO É MESMO SURPREENDENTE.

VENHA CONHECER NA SCAPINI PASSO FUNDO. (54) 2103.1600 RODOVIA RST 153/4250 Bairro Boqueirão, Respeite a sinalização de trânsito. EDIÇÃO #16 AGOSTO + SETEMBRO 2012

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Passo Fundo/RS


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