Edição 43 - Ano 9 - Ago/Set 2018 revistaversa.com.br facebook.com/versamagazine @revistaversa
OS DESAFIOS DA LÍDER À frente da maior instituição de ensino do Norte gaúcho, a reitora eleita da UPF, Bernadete Dalmolin, fala sobre os desafios do Ensino Superior particular diante de um cenário de instabilidade econômica. PG. 24
DIRETORA Fabiana Lima // fabiana@revistaversa.com.br
Expediente | Edição 43
EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL Tainara Scalco // MTB 17.118 tainara@revistaversa.com.br
O tempo voa!
EXECUTIVA DE CONTAS Gabriela Dellagerisi // comercial@revistaversa.com.br ADMINISTRATIVO Marli Teresinha Trindade
Chegamos ao segundo semestre de 2018. A sensação é
CAPA Jean de Moraes
de que os dias estão voando. Ou será que não estamos sabendo administrar o nosso tempo? Cada vez mais acumulamos tarefas e reclamações quanto à escassez dos sagrados minutos. Infelizmente, não há volta. Somos bombardeados diariamente por mísseis de informações, as quais nos colocam numa verdadeira berlinda. Em meio a isso, o nosso desafio enquanto veículo de comunicação é sintetizar e selecionar os fatos de acordo com a perspectiva da nossa audiência. Com base nessa premissa, conversamos com a Reitora eleita da UPF Bernadete Dalmolin sobre os desafios da nova gestão
DIAGRAMAÇÃO Jean de Moraes CRIAÇÃO PUBLICITÁRIA Jean de Moraes Guilherme Spode Matheus Pereira REVISÃO Edimara Sachet Risso REDAÇÃO redacao@estrategia.art.br PUBLICAÇÃO A revista VERSA MAGAZINE é uma publicação da Brasil Sul Editora Ltda.
diante de um cenário de instabilidade econômica que assola o país. Também fomos em busca de respostas
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sobre o protagonismo da tecnologia no cotidiano das nossas crianças. Afinal, ela é aliada ou benéfica? Pautada por conteúdo, preparamos uma edição recheada para você.
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Boa leitura!
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Bastidores Artigos assinados e Informes Publicitários são de responsabilidade de seus autores e podem não caracterizar a opinião da Revista Versa. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da Brasil Sul Editora Ltda. Somente as pessoas que constam neste expediente são autorizadas a falar em nome da revista. Tiragem 4.500 exemplares. Departamento Comercial comercial@estrategia.art.br www.revistaversa.com.br
Equipe Versa 04
Versa Magazine
SUMÁRIO Versa Magazine 24
PERSONALIDADE À frente da maior instituição de ensino do Norte gaúcho, a reitora eleita da UPF, Bernadete Dalmolin, fala sobre os desafios do Ensino Superior particular diante de um cenário de instabilidade econômica.
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CONVERSA Eleitores desacreditados, menor protagonismo e elevada competividade devem ser ingredientes das eleições deste ano
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SAÚDE
Diferente da acne juvenil nas causas e nas manifestações, a tardia necessita de cuidados específicos
CULTURA
Além de divertido, o ballet clássico traz diversos benefícios para as crianças
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COMPORTAMENTO Seja no âmbito pessoal, seja no profissional, os receios diante das mudanças iminentes são heranças da evolução humana
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ECONOMIA
Empréstimo de nome é responsável por 17% dos casos de inadimplência no país
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MORAR E VIVER Parede de cimento queimado é a textura do momento
COM A PALAVRA, NOSSOS COLUNISTAS
10. Voo Livre
Ivaldino Tasca fala sobre a mulher no âmbito da filosofia
18. Na Cozinha
A chef Lisete Biazi compartilha a receita da mamãe Catarina
34. Multiversa
Edimara Sachet Risso fala sobre os “mitos” populares do século XXI.
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TECNOLOGIA Diretrizes indicam caminhos para equilibrar a quantidade e a qualidade das horas que os pequenos passam diante de tablets, celulares e companhia
40. Sabedoria
José Gerardo Rivelli fala sobre o perdão
Saúde
@shutterstock
ACNE NA MULHER ADULTA: O QUE FAZER
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Saúde
Bastante tempo depois da adolescência, alguns adultos voltam a ter borbulhas e pontos negros no rosto. Diferente da acne juvenil nas causas e nas manifestações, esta acne tardia necessita de um cuidado específico.
O QUE CARACTERIZA A ACNE NA VIDA ADULTA? A acne na vida adulta é aquela presente em pessoas maiores de 25 anos. As mulheres são as mais acometidas, sendo a acne da mulher adulta um termo médico dermatológico reconhecido.
QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS? A principal causa é uma resposta alterada dos receptores da pele aos hormônios masculinos (testosterona), tanto em homens como em mulheres, levando ao aumento da produção de sebo da pele, deixando-a mais oleosa e propensa a lesões acnéicas. Outra causa em mulheres é o excesso de testosterona por síndrome dos ovários policísticos não tratada. Outra
causa, porém menos frequente, é o uso de medicações e de cosméticos inadequados.
QUAIS OS TIPOS? A acne é classificada em graus de gravidade que variam de 1 (a mais leve) até o grau 6 (a mais grave) e auxiliam o médico dermatologista a escolher o melhor tratamento para cada paciente.
QUAIS CUIDADOS PODEM AJUDAR NA PREVENÇÃO? A limpeza da pele diariamente com um sabonete adequado para o seu tipo de pele ( oleosa, seca, sensível, etc) e uso de maquiagem e protetor solar não comedogênicos, isto é, que não causam cravos e espinhas, são cuidados básicos para prevenção de acne e também do envelhecimento cutâneo. Além disso, uma boa alimentação, saudável e com baixa quantidade de alimentos ricos em açúcar.
A limpeza da pele diariamente com um sabonete adequado e o uso de maquiagem e protetor solar são cuidados básicos para a prevenção da acne.” Joyce Benck Utzig, dermatologista.
COMO É FEITO O TRATAMENTO?
@arquivo pessoal
A acne é uma doença inflamatória que provoca o surgimento de espinhas e, em algumas situações, manchas. Apesar de muito comum durante a adolescência, também acomete a mulher adulta. A questão é que o problema pode gerar impacto negativo em algumas pacientes, diminuindo a autoestima, por isso é tão importante o tratamento. Conversamos com o dermatologista de Passo Fundo Joyce Benck Utzig sobre o assunto.
Primeiramente avaliam-se as causas da acne. Após, prescrevem-se medicações tópicas e orais conforme a indicação de cada paciente. No seguimento clínico, avaliam-se a resposta ao tratamento e a necessidade de tratar eventuais marcas ou cicatrizes. Dra. Joyce Benck Utzig
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Opinião
Voo Livre E
ntro no tema “a mulher e a filosofia” impelido pela publicação que reúne “As grandes ideias de todos os tempos”, que lista os principais filósofos desde 700 a.C, com Tales de Mileto, até nossos dias, com Slavoj Zizek. Os autores da obra selecionam 167 nomes para compor a galeria desses maiorais que fizeram/fazem nossa cabeça (para o bem ou para o mal) e, na relação de quase três mil anos de lições filosóficas, há somente 8 mulheres, todas dos tempos atuais. O que podemos inferir disso? Creio que se trata de questão em aberto. Várias conclusões são viáveis. Olhar a caminhada da humanidade para ocupar o Planeta desde que os primeiros humanos deixam o Leste da África pode trazer luz. Mas, desde logo, é possível perguntar: nosso mundo é masculino? Pensar é coisa pra macho? Fazer tais perguntas, não raro, significa mexer em vespeiros com pau curto. O terreno é espinhoso. Falar em mundo masculino quer dizer o quê? Um detalhe está/esteve na mania de minimizar o papel da mulher na história e colocá-la em plano secundário. Quando nasci, a mulher era a Rainha do lar. Captaram? Aos homens, o mundo, à mulher, a casa! Tanto quanto me lembro da roça, a mulher era a primeira a pular da cama – inverno ou verão, chuva ou sol – e a última a deitar. Não raro, ainda, ia à roça ajudar braços fortes a plantar/ 10
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ESTARÍAMOS AGRADECENDO POUCO?
Ivaldino Tasca é jornalista e radialista. Reside em Passo Fundo, onde já foi secretário de Meio Ambiente e Cultura. Atuou na Cia. Jornalística Caldas Júnior por dez anos, foi chefe de redação e diretor de O Nacional.
colher! Com casa, marido, prole e roça para cuidar, onde encontrar algum tempo para filosofar? Ficar na retaguarda, com eficiência, não é moleza. Como é que é? Retaguarda?
Diz a lenda que a americana Margaret Sanger (enfermeira, escritora, sexóloga) se une a uma ricaça para inventar uma pílula contra a gravidez, fácil de usar, eficiente e barata.
Quer dizer, sexo sem risco de engraAnote algo incrível: o excepcional vidar muda o lugar da mulher na processo de domesticar as plantas de sociedade. Em agosto de 1960, chega comer, envenenar ou curar, iniciado ao mercado o contraceptivo há 15 mil anos (na invenção da oral Enovid-10 nos EUA e agricultura), tem a mulher provoca verdadeira recomo protagonista. O volução nos hábitos que isso significou “Que tipo de ação, do mundo para o mundo? projeto, empreendimento, sexuais ocidental. Bem depois, já guerra, processo pode no domínio das Deduzo, nesse ervas medicinais, dispensar uma ação de contexto, que elas (em especial retaguarda eficiente as mulheres não viúvas e solteitinham tempo como esta que as ras), embora para elucubrapobres, ganham mulheres têm cumprido ções quando a respeito e prestígio ao longo da história?” milenar luta para ao se tornarem sobrevivência até parteiras, adivinhas, vira questão de vida ou enfermeiras, terapeutas, morte e elas desempenhamédicas. vam papel crucial na retaguarda. RETAGUARDA? Pense nisso: que Volto a indagar: “o nosso é um mundo tipo de ação, projeto, empreendimenmasculino?” O que responder quando to, guerra, processo pode dispensar se constata que milhares de mulheres uma ação de retaguarda eficiente foram mortas em fogueiras sob a escomo esta que as mulheres têm cumdrúxula acusação de feitiçarias? Seus prido ao longo da história? méritos no manuseio as condenam! Milagre era coisa de macho, não de Enquanto a mulher carregava o piano fêmea! pelas trilhas do mundo, o homem levava o banquinho, pois, afinal, por Caracas, filósofos (?) também queimaque, mesmo, filosofar? E nestes em vam mulheres? que a mulher está também atuando Em tempos atuais, a prática de a com destaque no front, encerro com mulher esquentar a barriga no fogão uma provocação lembrando chiste dos e esfriar no tanque de lavar roupa foi idos de 1960 afirmando que “filosofia esmaecendo a partir dos anos de 1960 era a ciência com a qual ou sem a qual na Europa e em especial nos Estados o mundo ficava tal e qual!” Unidos. A pílula foi fator que ajuda.
Cultura
PÉ DE BAILARINA
Além de divertido, o ballet clássico traz diversos benefícios para as crianças Dançar não só é divertido como também muito favorável ao bem-estar físico e emocional das crianças. Além de melhorar a coordenação motora, a dança também ajuda na disciplina e no esforço. O ballet clássico consiste em unir a técnica, a música e a atuação nos movimentos. São habilidades que as crianças vão adquirindo pouco a pouco através de exercícios e posturas. Exige disciplina, boa postura e ritmo. Com o ballet, as crianças podem desfrutar de muitos benefícios como: • • • • • • • • • • •
Melhora a coordenação motora; Aumenta a concentração; Imprime noções de espaço e de localização; Aumenta a flexibilidade; Proporciona mais resistência corporal; Corrige e melhora a postura; Estimula o desenvolvimento intelectual; Ajuda a expressão e a memória; Aumenta a autoestima; Ajuda a fazer amigos; Melhora o equilíbrio e os reflexos.
@depositphotos
Os pais não devem obrigar nem pressionar a criança a fazer Ballet. É importante que a criança curta e sinta prazer com a prática desta atividade. O ballet clássico possui os 7 movimentos básicos de qualquer outra atividade física: saltar, estirar, dobrar, elevar, girar, deslizar, lançar-se ou pular.
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Conversa
PLEITO DE INCERTEZAS Eleitores desacreditados, menor protagonismo e elevada competividade devem ser ingredientes das eleições deste ano Há pelo menos duas décadas, doses de previsibilidade marcaram o sistema político brasileiro. Este ano acenava ser revolucionário, mas a inércia parece ser maior do que o esperado por muita gente. O pleito de incertezas suscita muitas dúvidas. Fomos em busca de algumas respostas com o professor da Universidade de Passo Fundo Glauco Ludwing Araujo, o qual é Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e também Coordenador da UPF Editora.
AS FORÇAS POLÍTICAS DO PAÍS PARECEM DESNORTEADAS COM TANTOS ESCÂNDALOS. COMO O SENHOR VÊ O CENÁRIO PARA AS ELEIÇÕES DE OUTUBRO? Vejo o cenário bastante preocupante.
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Entender a cena eleitoral da atualidade passa por reflexões profundas sobre a formação da sociedade brasileira, a crise econômica capitalista global mais recente, o sistema político vigente, o desenho institucional do Estado brasileiro e suas relações com o mercado, dentre outros fatores. Os escândalos que, normalmente, chamam a atenção do grosso da população estão relacionados à corrupção endêmica em que vivemos, perpassando instituições públicas e privadas, bem como nas relações microssociais entre as pessoas. Contudo, um dos problemas, a meu ver, é que se percebe a corrupção como localizada somente no âmbito do poder público, sem atentar para seus lastros privados e outras causas mais complexas. A própria grande imprensa dá ênfase a esse tipo de abordagem reducionista. Outras questões
escandalosas passam longe do escrutínio público, como o desmonte da Petrobrás (cujas primeiras consequências pudemos observar na alta dos combustíveis), a contrarreforma da legislação trabalhista e uma série de outras medidas propostas por um governo que alterna entre 3 a 6% de aprovação, um índice irrisório para dar legitimidade a qualquer iniciativa. O signo dessa eleição poderia ser o debate de propostas para o enfrentamento da crise política e econômica atual. Entretanto, a movimentação das forças majoritárias tem lógicas muito parecidas com as de antes, o que me leva a ser pouco otimista. Além disso, as pesquisas indicam um baixo índice de renovação nos potenciais eleitos, seja no Executivo ou no Legislativo. Ou seja, o descrédito com a sociedade política tende a aumentar.
@divulgação
Conversa
Percebe-se a corrupção como localizada somente no âmbito do poder público, sem atentar para seus lastros privados e outras causas mais complexas.” Glauco Ludwing Araujo, professor da UPF.
ALGUNS CIENTISTAS POLÍTICOS PREVEEM UMA ELEIÇÃO COM MUITOS CANDIDATOS. O SENHOR TAMBÉM ACREDITA NESSA POSSIBILIDADE? Hoje, temos 17 pré-candidatos à presidência. Amanhã, esse número pode mudar e certamente não será o mesmo até o início da campanha propriamente dita. Isso já indica o alto grau de instabilidade política em que vivemos. Em outras eleições, a essa altura, certamente, as candidaturas já estariam muito mais consolidadas. De todo modo, mesmo se o número final for a metade do que temos agora, teremos uma eleição com uma pulverização muito grande de candidatos. É bastante simbólico que um número maior que isso tenhamos tido somente na eleição de 1989, a primeira após a redemocratização
do país, na qual concorreram 22 candidatos.
O QUE ISSO (A PULVERIZAÇÃO DE CANDIDATOS) PODE ACARRETAR? Se um número alto de candidaturas expressasse interesses sociais diferenciados reais, seus impactos não seriam necessariamente negativos. Entretanto, muitas candidaturas são mera expressão de jogos de interesse e de vaidades pessoais, ou de disputas de poder no interior da própria sociedade política. A população pouco se envolve nessas disputas, restando escolher entre muitos candidatos que são parecidos entre si. Não digo que não existam diferenças. Entre alguns candidatos e projetos, elas existem e são significativas. Mas, com muitos candidatos parecidos se
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Conversa
O BRASILEIRO SE MOSTRA DESACREDITADO COM A POLÍTICA ATUALMENTE. QUAL SERÁ O MAIOR DESAFIO DO PRESIDENTE ELEITO ESTE ANO? Vejo dois grandes desafios à pessoa que for eleita para a presidência: recuperar a economia do país e estabelecer novas relações políticas com os demais poderes e com a sociedade civil. No que tange à economia, as iniciativas aplicadas têm colocado o ônus da crise sobre as classes média e baixa. É preciso, por exemplo, reformar profundamente o nosso sistema fiscal e tributário para que o Estado retome sua capacidade de investimento, sem onerar aqueles que já pagam altos impostos. É preciso tentar outras fórmulas. A velha receita de desestatização e de cortes de direitos sociais e trabalhistas não tem resolvido. Já, a crise política pode ser enfrentada ampliando os canais de participação popular, de modo a corresponsabilizar as pessoas com a vida pública, incentivando o seu protagonismo para além do voto. Um(a) presidente eleito(a) deveria propor uma discussão séria sobre Reforma Política, para que tenhamos mecanismos mais eficazes de controle da sociedade civil sobre os nossos três Poderes, para que se possa não somente fiscalizar as ações do Estado, mas que as pessoas possam deliberar a partir de plebiscitos e referendos sobre questões de maior interesse nacional. Sem isso, a tendência é continuarmos com esse abismo entre eleitores e eleitos nos períodos entre as eleições.
A NOSSA JOVEM DEMOCRACIA CORRE RISCOS? Ela sempre tem estado em risco. Aliás, não vejo que ela tenha se consolidado plenamente em algum momento da nossa história. É significativo que, volta e meia, a tentação fascista cative setores da população. Esses setores tendem a acreditar que o problema atual é fundamentalmente de disciplina e de ordem, o que os leva a apostar em lideranças carismáticas que fazem esse discurso, ou embarcar em aventuras golpistas. O termo “intervenção militar”, que ganhou notoriedade de novo nos últimos anos, é um palavreado mais ameno para falar de um novo golpe, que certamente implicará maiores restrições às liberdades individuais e coletivas. Felizmente, setores que apoiam essas soluções autoritárias ainda são minoritários. Podem ganhar força e os riscos serem maiores se não agirmos concretamente em prol de mudanças no nosso sistema político e econômico.
@arquivo pessoal
apresentando ao pleito, mesmo as singularidades existentes entre eles tendem a ser menos percebidas.
Me. Glauco Ludwing Araujo
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Opinião
Gastronomia RECEITA DA FAMÍLIA LÜTZ
À frente do Buffet do Clube Comercial de Passo Fundo há 24 anos, Lisete Lütz Biazi costuma dizer que trabalha com o lado bom das pessoas: as festas. Acredita que nem só de pratos sofisticados vive a gastronomia. A comida simples e bem feita também é muito apreciada até pelos mais exigentes paladares e é por essa versatilidade que seu trabalho constitui-se como um desafio diário, que exige muita criatividade, disciplina e estudo. Valoriza o comprometimento de sua equipe – alguns funcionários lhe acompanham desde o início – e afirma que sozinho não se chega a lugar nenhum.
Mamãe Catarina PRIMEIRO PASSO:
QUARTO PASSO:
leve ao fogo 500g de ameixa preta sem caroço e picada grosseiramente, com 1 xícara de açúcar e ½ xícara de água. Deixe ferver lentamente até reduzir. Separe.
Em uma panela de fundo grosso, faça uma calda com 2 xícaras de água e ½ kg de açúcar. Sem desligar o fogo, junte a mistura de coco e cozinhe mexendo até engrossar (ponto de brigadeiro mole).
SEGUNDO PASSO: Caramelizar uma forma de pudim com 1 xícara de açúcar.
TERCEIRO PASSO: em um recipiente fundo, coloque ½ kg de coco natural ralado, passe 12 gemas pela peneira e junte ao coco, triture 1 xícara de bolachas Maisena e misture tudo muito bem.
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MONTAGEM: na forma caramelada, ponha metade do creme de coco, o creme de ameixa e o restante do creme de coco. Leve para gelar por 4 horas e desenforme. Decore com fios de calda bem dourada.
@depositphotos
Comportame nto
MUDANÇAS TE ASSUSTAM? Seja no âmbito pessoal, seja no profissional, os receios diante das mudanças iminentes são heranças da evolução humana
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Comportamento
Se você se identifica com esses aspectos, não se assuste, pois não está sozinho(a). Neste exato momento, milhares de pessoas também passam por essas angústias. Mas, afinal, como driblar toda essa ansiedade? Nós fomos em busca de algumas respostas com a psicóloga Leonilce Mari Girardi.
POR QUE TEMOS TANTO MEDO DE MUDAR? A origem da palavra mudar significa substituir, remover, tirar, pôr em outro lugar e, como consequência disso, a mudança amedronta o sujeito no desconhecido, ou seja, no outro eu (EGO) e, assim, o sujeito limita-se a ficar no que é conhecido, mesmo que por vezes esse lugar não o faça bem ou não seja o melhor para ele.
A IDADE É UM FATOR DETERMINANTE PARA ESSE RECEIO? Não. A idade não é um fator determinante. O que entendemos por receio ou medo é a intensidade de um trauma sofrido, vivenciado e não elaborado pelo sujeito. Sendo assim, o fato é compreendido sempre como
impeditivo de mudança (de troca desse lugar) com o “eu” que sofreu. Isso pode se dar a nível consciente ou inconsciente do sujeito, e com isso ele não consegue mudar. O sujeito pode ter 30, 40, 50 anos... o que, por exemplo, sofreu aos 3, 4, 5 ou 6 anos, se ele elaborou o trauma (medo), ele irá conseguir fazer mudanças ou não. Claro que o contrário também é possível. A mudança é algo individual de um sujeito e de sua história, não podendo ser generalizada.
COMO SE ADAPTAR ÀS MUDANÇAS? A adaptação a qualquer mudança de vida deve sempre ser entendida como algo que pode ser passageiro ou temporário, ou seja, específico daquele momento de vida ou definitivo. Como visto anteriormente, depende sempre de por que a mudança está sendo necessária naquele contexto do sujeito, lembrando que mudar é deslocar, é tirar ou acrescentar. A adaptação é necessária que se faça ao nível da consciência, ou seja, por que eu tenho, eu preciso e eu devo mudar? É um mudar temporário em minha vida? Ou é algo que precisa ser definitivo? Para que eu possa e fique melhor?
é sempre sabermos o que nós desejamos para nós, se ficar no cômodo (parado, igual, sem mudança) ou se desejamos sair desse estado, e aí sim buscarmos efetivar, através de movimentos, quer sejam individuais ou grupais, a ajuda para desenvolvermos as mudanças necessárias que estamos desejando alcançar.
A adaptação é necessária que se faça a nível de consciência, ou seja, por que eu tenho, eu preciso e eu devo mudar?” Leonilce Mari Girardi, psicóloga.
COMO FUGIR DO COMODISMO? Por comodismo já entendemos que é tudo está cômodo, parado, estático, sem movimento. Pode ser que isso seja um estado confortável para muitas pessoas, mas também pode não ser para outras. Então o importante
@arquivo pessoal
Que atire a primeira pedra quem nunca hesitou diante das novidades que a vida prepara. A fértil imaginação humana cria um universo de possibilidades. Será difícil a adaptação ao novo emprego? Farei amizades na nova cidade? E o relacionamento vai dar certo? Seja qual for o seu momento, o medo de mudar está diretamente ligado ao desconhecido.
Leonilce Mari Girardi
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Personalidade
O COMANDO É DELA
Divulgação
Ao completar meio século em 2018, a Universidade de Passo Fundo vive novos contextos. Pela primeira vez, uma mulher assume o comando da instituição. No cenário econômico, busca manter o crescimento sustentável diante da retração do Ensino Superior particular em todo o país.
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@VinĂcius KĂźmpel
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Personalidade
O
mercado precisa de inovações concretas e quer profissionais totalmente integrados à contemporaneidade. As rápidas transformações exigem novas formas de pensar e de agir, desafios para lideranças em todas as áreas. Ao assumir a Reitoria da Universidade de Passo Fundo, Bernadete Maria Dalmolin inicia uma nova etapa na carreira pautada por gestões. Na primeira semana após tomar posse, a professora nos recebeu para falar sobre as perspectivas da instituição para os próximos anos. Confira os principais temas abordados na entrevista.
Posicionamento diante da instabilidade “Nós entendemos que esse momento é bem delicado para a economia do país, para a vida política, social e consequentemente para a Universidade. Nós somos uma instituição que se mantém pelas receitas dos alunos e com os serviços que prestamos. Esse é um momento refratário de matrículas, as pessoas começam a priorizar algumas necessidades de suas vidas e acabam deixando, muitas vezes, a educação de lado. Nós estamos sentindo esse reflexo. Isso requer um olhar e uma reorganização. Já iniciamos um estudo para analisar quais são as possibilidades reais para os próximos anos, nós sabemos que vamos precisar nos reposicionar no
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mercado, rever o nosso tamanho, não temos mais a mesma velocidade de crescimento que tínhamos há 10, 15 anos. Além da questão econômica, temos um conjunto de instituições no mercado, outras ofertas, que dividem, de certa forma, o número de alunos. São muitas as variáveis que estão interferindo na redução e na permanência de alunos nas instituições. É um desafio. Nós estamos pensando e trabalhando em várias frentes, como o redesenho da própria instituição, a otimização dos espaços internos e a busca por outras receitas. Temos um capital humano fantástico aqui dentro, temos uma grande estrutura e entendemos que há espaço de crescimento em determinados nichos, como o parque tecnológico e os laboratórios altamente equipados.”
Personalidade
Novas perspectivas “Nos próximos meses, deveremos desencadear uma série de ações internas, como a revisão de custos e a busca de novas receitas. Embora nós não visemos ao lucro, pois toda receita que não for gasta com despesa é reinvestida na própria instituição – um pouco diferente de outras instituições –, ainda assim precisamos ser sustentáveis, precisamos equalizar a questão acadêmica com a sustentabilidade. É um momento que exige muitos cuidados. É um momento de revisão como um todo.”
Humanização do ensino
@Vinícius Kümpel
“Acho que nós precisamos priorizar uma concepção de ensino que abarque o sujeito, a pessoa com a qual estamos trabalhando. Não podemos trabalhar com humanização sem saber que humano é esse, quais são as necessidades que ele tem, qual é a sua história, sua natureza, sua cultura, precisamos entender quem é esse sujeito que está conosco. Daí, partimos de uma concepção de educação que não é instrumental apenas, que tem sim essa parte técnica, mas precisa haver um encontro entre o aluno, o professor, as pessoas que se relacionam. Tenho um pouco de dificuldade de pensar que uma disciplina apenas possa dar conta dessa questão (referência à disciplina de ‘Felicidade’ ofertada pela Universidade de Brasília). De fato, parece-me necessário ter uma postura humana em todas as ações desenvolvidas, quer seja na sala de aula, nos projetos, nas relações diárias. Dessa forma, acredito que formaremos cidadãos.
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Junto à comunidade
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“A nossa Universidade é comunitária e é rica por proporcionar engajamento, por estar tão próxima dos problemas que estão no seu entorno e por provocar os alunos, por meio dos projetos de extensão, de pesquisa e do ensino. É a vivência que intensifica a aprendizagem, não apenas o emprego de uma técnica. ”
@Vinícius Kümpel
Já iniciamos um estudo para analisar quais são as possibilidades reais para os próximos anos, nós sabemos que vamos precisar nos reposicionar no mercado, rever o nosso tamanho, não temos mais a mesma velocidade de crescimento que tínhamos há 10, 15 anos.”
Ensino à distância
Liderança no DNA
“Estamos analisando o Ensino à Distância. Pretendemos intensificar a oferta na Pós-Graduação Lato Sensu e de Cursos de Aperfeiçoamento, Cursos de Extensão. Essas são as áreas que nós entraremos com força no EaD. Na graduação, queremos otimizar essa estrutura como ferramenta de trabalho para os professores e para os alunos. Entendemos que o EaD pode ser um grande recurso, mas nossa instituição não tem essa cultura ainda. Inclusive, fizemos alguns estudos em meses anteriores para verificar como o nosso público reage a isso, e ele não reage tão bem. Nós temos muita gente que não abre mão de vivenciar o espaço, de viver a Universidade. ”
“É um desafio, mas é uma honra també. Eu penso que isso não caiu na minha mão, foi uma construção. Eu me vejo assim, porque eu tenho uma característica de gostar da gestão, de me envolver com a gestão. Fiz uma formação inicial em Enfermagem, sou uma gestora do cuidado. Fui técnica científica do Estado do Rio Grande do Sul por vários anos, assessorávamos os municípios na implementação de programas e de ações. Progressivamente, fui intensificando o trabalho na UPF. Nesses 6 anos como vice-reitora, eu tive uma oportunidade grande de mostrar meu trabalho, de intensificar os projetos de extensão. Isso obviamente me colocou em evidência.
Personalidade
Primeira reitora Intensa e da Universidade apaixonada de Passo Fundo pela vida A nossa instituição era uma das mais refratárias nesse quesito. Eu percebo que os espaços de liderança ainda são muito masculinos, muito ocupados pelos homens. Parece-me que até a escola tradicional ensina a liderança com algumas características mais masculinas, e isso está sendo rompido no mundo, no Brasil. Não tínhamos tido a oportunidade aqui ainda. Tivemos, desde a gênese da Universidade, mulheres importantes. A educação é um cenário com grandes lideranças femininas, mas elas ainda não tinham ocupado esse espaço na reitoria. É uma vitória para nós, penso que temos características específicas que são complementares às dos homens. É muito importante que estejamos juntos nesse espaço da alta gestão. Ainda temos uma dívida social muito grande com as mulheres. A gente ainda precisa se reafirmar por ser mulher. Eu vivi muito isso ao longo da minha vida profissional, e acho que essa é uma inquietação e uma bandeira que eu sempre tive. Muitas vezes, com o mesmo saber, com a mesma competência, a mulher tem que se justificar muito mais, ela tem que se esforçar muito mais pelo simples fato de ser mulher. Ainda há um descrédito cultural impregnado, que precisa ser vencido por nós. Nós somos tão competentes quanto. É possível sim as mulheres estarem em todo e qualquer lugar que quiserem.
Eu sou uma inquieta, apaixonada pela vida, intensa. Sou casada há 26 anos, mãe de 2 filhos, o Matheus e o Felipe, acadêmicos de Medicina. Tenho uma família muito parceira. Meu marido também trabalha muito, mas divide toda a rotina comigo, temos uma parceria muito bacana. Ele também é professor da Universidade e felizmente sempre tivemos muitas pessoas nos apoiando nessa trajetória.
Formação acadêmica Graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Pelotas.
Não podemos trabalhar com humanização sem saber que humano é esse, quais são as necessidades que ele tem, qual é a sua história, sua natureza, sua cultura, precisamos entender quem é esse sujeito que está conosco.”
Residência em Saúde Mental Coletiva. Especialização em Administração Estratégica em Saúde Mental Coletiva. Mestrado e Doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo. Professora da UPF desde 1992.
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Economia
NÃO PAGOU!
Empréstimo de nome é responsável por 17% dos casos de inadimplência no país
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m levantamento feito em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que o empréstimo de nome a terceiros é uma das causas que leva os brasileiros à inadimplência. Em cada dez pessoas que estão ou estiveram com o nome inscrito em cadastros de devedores nos últimos 12 meses, duas (17%) chegaram a essa situação porque emprestaram seus documentos ou cartões para que outra pessoa fizesse compras a prazo. A maioria das pessoas ouvidas alega que emprestou o nome com o intuito de ajudar (51%) o amigo ou familiar, enquanto 13% ficaram com vergonha de dizer não diante do pedido. Outros 11% disseram ter ficado receosos de magoar quem pediu o nome emprestado, caso tivessem de negar o auxílio. “Emprestar o nome para amigos ou conhecidos é uma atitude solidária, mas que pode causar danos à saúde financeira de quem arca com a dívida. Quem emprestou o nome termina se responsabilizando por uma dívida que não lhe pertence, cuja falta de pagamento possui desdobramentos sérios como a restrição ao crédito, inadimplência e até mesmo a perda da amizade de quem pediu ajuda”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
AMIGOS E PARENTES SÃO OS QUE MAIS RECORREM À PRÁTICA De acordo com a pesquisa, a maior parte dos pedidos de nome emprestado surge de pessoas próximas do círculo social. Em primeiro lugar, estão os amigos, com 26% de citações, seguidos dos parentes (21%) e dos irmãos (16%). Completam o ranking pais (11%), namorados (9%), filhos (9%), cônjuges (8%) e até mesmo colegas de trabalho (8%). 32
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Economia
A forma mais comum de emprestar o nome é por meio do cartão de crédito, opção citada por 52% das pessoas que passaram por essa situação. O cartão de loja ficou em segundo lugar, com 23% de menções – percentual que sobe para 28% entre as pessoas das classes C/D/E e 30% entre as mulheres. Também foram relatados casos de uso de financiamento (20%), crediário (19%) e talão de cheque (12%) de terceiros. A pesquisa ainda descobriu que as principais aquisições feitas em nome de terceiros nem sempre dizem respeito a itens de primeira necessidade. Em cada dez situações em que os entrevistados sabiam o que foi comprado, quatro (37%) serviram para a aquisição de roupas, calçados e acessórios. Outros 20% foram destinados a empréstimo de dinheiro e 19% a compra de equipamentos eletrônicos. Perfumes e cosméticos completam a lista (15%), além de eletrodomésticos (14%) e móveis (13%). Em 16% dos casos, quem emprestou o nome não sabia o que seria adquirido.
SUMIÇO APÓS O EMPRÉSTIMO De acordo com o estudo, somente em 11% dos casos a dívida contraída foi inteiramente quitada por quem pediu o nome emprestado. Para quase a metade (49%) dos entrevistados, a dívida ainda está em aberto ou sendo negociada, enquanto 30% tiveram de se responsabilizar sozinhos pelo pagamento das compras feitas por terceiros. Em média, o valor da dívida chega a R$ 1.520,81.
Considerando os inadimplentes que emprestaram o nome e pagaram ao menos parte da dívida ou ainda estão negociando, 55% tiveram que fazer algo para conseguir limpar o nome, principalmente economizar e cortar gastos do orçamento (27%) ou usar parte da reserva financeira que possuíam (20%). Há ainda 11% de pessoas que tiveram de recorrer a empréstimos para conseguir quitar a dívida que outras pessoas fizeram em seu nome.
nos últimos 12 meses nas 27 capitais dos Estados brasileiros e do Distrito Federal, acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para uma confiança de 95%.
Ainda de acordo com o levantamento, 84% das pessoas que ficaram com o nome negativado cobraram a devolução do dinheiro usado para quitar a dívida no seu nome, mas 71% não receberam nenhum pagamento. Em 41% dos casos, a pessoa cobrada disse que não teria condições financeiras de pagar a dívida e, em outras 25% das situações, a pessoa desapareceu, impossibilitando qualquer tipo de cobrança direta. Em cada dez entrevistados, seis (57%) admitem que a relação com a pessoa ficou abalada após o episódio, sendo que em 18% dos casos a amizade foi rompida.
Emprestar o nome para amigos ou conhecidos é uma atitude solidária, mas que pode causar danos à saúde financeira de quem arca com a dívida.” Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Depois da amarga experiência de ter o nome negativado por conta de terceiros, a maioria dos entrevistados (62%) disse que não voltaria a emprestar o nome para que terceiros realizem compras a prazo. Por outro lado, 20% voltaram a emprestar o nome a outras pessoas.
METODOLOGIA Foram entrevistados 800 consumidores inadimplentes ou que estiveram inadimplentes
@shutterstock
A prática se torna ainda mais arriscada quando quase um quarto (23%) dos entrevistados revela que emprestou o nome sem saber ao menos o valor da compra que seria feita. Em outros 28% dos casos, havia sido combinado um valor, mas a pessoa gastou mais do que o acordado.
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Opinião
MultiVersa Nós e nossos muitos universos
Edimara Sachet Risso é multiversa: seu mundo tem vários universos. É mãe, filha, irmã, esposa, amiga, dona de casa, estudante e professora de Direito e de Português, advogada, empresária, empregada e empregadora, rotariana, cidadã. Tem bicho de estimação, cálculo renal, TPM, enxaqueca, fibromialgia, vive brigando com a balança, não acha tempo para ir à academia e enfrenta o trânsito. E pensa nisso tudo ao mesmo tempo. É multiversa. É mulher.
#MITOU Uma das palavras mais utilizadas nos discursos nas redes sociais e até fora delas, nos últimos tempos, tem sido mito. E daí seus derivados com as hashtags “mitou”, “mitando”. Personalidades da música, do futebol e até da política (vocês acham exagero também??) têm sido elevadas à categoria de mito. É um tal de fulano mito pra cá, beltrano mito pra lá que chego a me perguntar se as pessoas têm feito isso de forma inconsciente ou é a própria ideia de mito que é distorcida. Na minha visão, as duas coisas. Vamos iniciar pela etimilogia da palavra: mito, do grego mithós, designa uma simbologia que depende do imaginário coletivo. Logo, não é uma realidade, é uma imagem que se cria em torno de algo com a função de explicar o inexplicável, desde a origem de tudo o que existe no mundo até algo que inventamos a todo instante. Portanto, inventamos mitos (lembrando: inclusive na política). E para que vire mito, basta que um grande número de pessoas acredite na ficção criada. A narrativa simbólica e fruto do imaginário tem sido substituída pelo conhecimento, pelas pesquisas, pela ciência. Em 2015, o jornal El País publicou matéria em que busca demonstrar como mitos são desmentidos por meio de pesquisas científicas (veja em https://brasil. elpais.com/brasil/2015/05/08/estilo/1431097551_315644.html). Essa prática de desmentir mitos (ou “desmistificar”) chegou às ciências humanas, às relações humanas. Estamos, como aprendi há pouco com 34
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meus colegas de Conselho na Umentor (Cristiano Padilha de Paula, Milene Ross, Ronaldo Laux, Magnun Barcarol e Ismael Wimmersberger), na era de explorar a inteligência relacional. Ou seja, já não nos basta inteligência emocional, é preciso desenvolver a “capacidade de lidar consigo mesmo, reconhecendo e respeitando suas qualidades, pontos de melhoria e limitações [...] para compreender sua participação nas relações com os outros e escolher como será essa interação. [...] Isso proporciona um crescer, evoluir e construir um relacionamento benéfico, seja com quem for. Para que isso de fato ocorra, não é necessária a extinção das diferenças entre as pessoas, mas o respeito à individualidade de cada um”, segundo me ensinou Cristiano. Ora, o que nos torna diferentes de todas as demais espécies de animais é justamente a capacidade que temos de comunicação. Desenvolvemos isso para que pudéssemos sobreviver em ambientes hostis. Logo, a inteligência relacional torna “todo esse processo possível”. Que o ambiente é hostil desde a pré-história, não temos dúvida. Basta ver como reproduzimos essa hostilidade nas redes sociais e no trânsito. Somos primitivamente humanos nesses comportamentos primevos. Contudo, mesmo a característica que nos torna sapiens, a comunicação (e, mais que ela, a ciência por trás da capacidade de relacionar-se e se colocar no mundo por meio da inteligência relacional) já chegou, há muito tempo, ao status de ciência. Então, não é a
hora de o ser humano também deixar de crer em falsos mitos? Mitos ainda cumprem sua função social, como a ideia de instituições (moeda – real, empresa – Umentor, estado – Brasil, universidade – Universidade de Passo Fundo), que nos levam a crer, coletivamente, em narrativas ficcionais que têm censo de pratidicade e, assim leva um grupo de pessoas a cooperar coletivamente, inclusive com estranhos, em torno de um ideal (ficção). Rotary é uma ficção. E conecta estranhos no mundo todo! Porém, é hora de deixar a ficção, o imaginário de lado quando cientificamente já temos elementos suficientes. É o caso da política, ciência que já tem princípios, leis e contenções próprios e suficientes a nos levarem a decisões assertivas na hora de escolher nossos representantes no governo. Todo falso mito está associado a um rito: há que se seguir um ritual, de forma a que o imaginário seja alimentado com a narrativa do mito. Há todo um aparato em torno do mito. Frases de incitação, carreatas, planos de marketing pensados estrategicamente. Até fake news! Tudo para criar e alimentar mitos. Falsos. E nossa história recente com mitos na política demonstra que eles estão mesmo e tão somente no nosso imaginário. Talvez seja o caso de investirmos mais nossa colaboração coletiva em política e não em políticos. Em ciência e não em imaginação. Talvez dê mais certo. Tentemos!
Tecnologia
INFLUÊNCIA INEVITÁVEL Diretrizes indicam caminhos para equilibrar a quantidade e a qualidade das horas que os pequenos passam diante de tablets, celulares e companhia Quem tem mais de 30 anos talvez tenha notado o quanto sua infância foi bem diferente da de hoje. Brincadeiras comuns daquela época, como pega-pega, queimada ou qualquer atividade coletiva saíram de moda. A tecnologia contribuiu radicalmente para a mudança no comportamento infantil. O que se vê hoje é uma legião de crianças isoladas em seus “mundinhos”, entretidas com aplicativos eletrônicos e desinteressadas pelas coisas reais. A pergunta mais frequente em qualquer roda de conversas é: a tecnologia é aliada ou inimiga na infância? “Seja para as crianças ou para nós adultos, o uso da tecnologia pode trazer benefícios e prejuízos. Essa linha tênue está relacionada com a intensidade, o conteúdo, o impacto
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Tecnologia
Em meio à enxurrada de novidades tecnológicas, os pais se veem em um fogo cruzado quando o assunto é impor limites. Para a mestre em Educação e também professora da Imed Ariane Pazinato, há vários fatores que podem ser tanto favoráveis quanto desfavoráveis. “Penso que os pais precisam estar atentos às ações dos seus filhos, não apenas ligadas à tecnologia, pois às vezes perdemos o controle em situações em que nossas crianças não estavam usando redes sociais. Acredito que isso deve ser rotina na vida de uma família e estar sempre presente nas conversas, afinal, o diálogo ainda continua sendo um dos maiores aliados para a prevenção. As nossas crianças precisam, em primeiro lugar, ser crianças, brincar, cair, se machucar, rolar na grama e, sim, ser digitalmente alfabetizadas,” afirma.
A psicóloga Jussara complementa o raciocínio questionando como os pais estão influenciando os filhos atualmente. “É preciso limitar o uso que nós adultos fazemos da tecnologia. E dedicarmos mais tempo de interação humana, idas ao parquinho, cinema, brincadeiras ao ar livre, o olho no olho, mais refeições sem o smartphone, com mais diálogo e carinho. Também os pais e cuidadores devem observar a classificação de idade de cada game, aplicativo, filmes ou vídeos.” Estabelecer limites de tempo e de horário de acesso também é
As nossas crianças precisam, em primeiro lugar, ser crianças, brincar, cair, se machucar, rolar na grama e, sim, ser digitalmente alfabetizadas.” Ariane Pazinato, mestre em Educação e professora da Imed.
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na rotina e o bom senso quanto aos limites de uso. Esses limites são estabelecidos em função da faixa etária e da fase de desenvolvimento em que se encontra a criança ou o adolescente,” explica a psicóloga e professora da Imed Jussara Bessuti.
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Tecnologia
importante. A psicóloga relata que a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda a exposição à tecnologia para crianças menores de 2 anos. De 2 a 5 anos de idade a indicação é de 1 hora por dia, evitando o uso durante as horas das refeições ou 2 horas antes de dormir. Para crianças maiores de 6 anos o acesso deve ser feito na presença de um adulto (pais ou responsável) que deve estar atento ao conteúdo da mídia digital, nunca de maneira isolada em seu quarto, antes de dormir, no horário das refeições ou substituir atividades esportivas, tempo de socialização com amigos ou atividades escolares. Jussara finaliza afirmando que a
terceira forma de estabelecer limites é por meio do monitoramento. “Pais devem conversar claramente sobre as regras de uso das tecnologias. Estabelecer os horários e por quanto tempo a criança pode acessar a internet durante a semana ou aos finais de semana. Monitorar os sites, aplicativos, vídeos que são acessados, bem como, o conteúdo das mensagens e imagens para que não seja discriminatório, desrespeitoso, ofensivo, pornográfico ou que incitem a violência. Também deve, deixar computadores, tablets em locais coletivos da casa, como a sala ou a cozinha, que propicie o cuidado e a vigilância dos pais e/ ou cuidadores.”
Na aprendizagem,
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ALIADA Pensando no contexto de crianças que atualmente usam o WhatsApp, Facebook, Snapchat, jogos online e offline, dentre outros, a professora Ariane partilha conosco a experiência oriunda de um projeto implementado em Passo Fundo. “O Programa Letramento em Programação Norte Gaúcho trabalha com alunos de 6° a 9° ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e busca desenvolver habilidades para os cidadãos do século XXI, como fluência tecnológica, criatividade, resolução de problemas complexos e empreendedorismo, usando como vetor o pensamento computacional,” explica. Implantado em 2016 em três municípios, hoje a iniciativa já é trabalhada
em 12 cidades da região, atendendo cerca de 750 alunos de escolas públicas. “Realizamos a formação mensal para os professores, os quais assumem o papel de mediadores do conhecimento, replicando em sua escolas os conceitos de pensamento computacional junto aos alunos. Trata-se de uma iniciativa para despertar em nossas crianças a vontade de criar, inovar, descobrir e de serem os criadores de seus jogos e não apenas meros usuários.”
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Os pais devem conversar claramente sobre as regras de uso das tecnologias, estabelecer os horários e por quanto tempo a criança pode acessar a internet durante a semana ou aos finais de semana.” Jussara Bessuti, psicóloga e professora da Imed.
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Cuidados
INDISPENSÁVEIS
A psicóloga e professora Jussara elencou uma série de cuidados que podem nortear os pais:
• Crianças de 0 a 10 anos não devem fazer uso de televisão ou computador nos seus próprios quartos.
• Conversar com as crianças sobre o uso crítico e construtivo das tecnologias digitais. Também sobre os perigos e os riscos da Internet.
• Monitorar os acessos às tecnologias com vigilância constante, pois crianças menores de 6 anos precisam ser mais protegidas da violência virtual, já que não conseguem separar a fantasia da realidade.
• Verificar a classificação indicativa para games, filmes e vídeos e conteúdos recomendados de acordo com a idade e a compreensão de seus filhos. Fazer uma lista de sites recomendados. • Limitar o tempo e o horário de acesso às tecnologias conforme faixa de idade e desenvolvimento da criança.
• Orientar para não adicionar pessoas que não conhecem ou marcar encontros com pessoas desconhecidas em redes sociais ou fora delas. • Recomendar às crianças e aos adolescentes a não repassarem senhas, informações pessoais, fotos íntimas ou outras fotos, mesmo na oferta de
brindes, ou se expor pela webcam com desconhecidos, mesmo com ou para pessoas conhecidas em redes sociais. • Brincar mais com seu/s filho/s de maneira interativa, olhando, abraçando, sendo parceiro e estando ao lado deles, sempre que precisarem, supervisionando e construindo uma relação de confiança, para a vida, juntos. • Conectar-se com os filhos. Ser exemplo no uso adequado das tecnologias.
Me. Ariane Pazinato
Jussara Besutti
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Opinião
Sabedoria O PERIGO DA MURMURAÇÃO Pastor José Gerardo Rivelli - Ministério de Intercessão e Libertação para Cristo
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sta pequena história é para refletir e tomar consciência dos reflexos da murmura-
ção.
Um senhor vivia num campo com a família. Ele tinha um filho de alguns meses. Um dia, esse homem encontrou um lobo selvagem, bem pequeninho, levou-o para sua casa para protegê-lo e alimentá-lo. Assim, esse animal selvagem foi crescendo domesticado e no convívio da família. Certo dia, o homem foi até ao povoado para comprar víveres e se encontrar com um amigo que lhe dava conselhos, dizendo: “Amigo! Vou te dizer algo que tenho no meu coração desde que tu encontraste esse lobo; um dia, quando menos pensares, o lobo vai comer teu filhinho, tome cuidado, mata esse lobo e serás livre!!” O homem se calou diante das palavras, foi para casa pensando no que seu amigo lhe havia dito, afinal ele amava esse bichinho de estimação, que ele mesmo domesticou. O tempo foi passando e, num belo dia, esse homem e sua mulher saíram para trabalhar na pequena
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horta atrás de sua casa. Entardeceu e voltaram felizes para casa. Ao chegarem, se depararam com um quadro terrível! O lobo tinha sua boca manchada de sangue e havia sangue por toda casa. Esse pai desesperado pensou que o lobo havia comido seu filhinho Sem pensar, pegou seu fuzil e matou o seu bichinho de estimação. Quando se encaminhou até o berço, viu seu filhinho vivo e completamente ileso; porém, ao lado do berço, havia uma tremenda serpente destroçada. O lobo havia lutado, matando a cobra para salvar o menino. O homem, tomando sua cabeça entre suas mãos, gritava: “Que fiz, meu Deus, que fiz? Perdoa-me, Senhor, PERDOA-ME!” O homem matou um animal inocenteE mais: havia matado aquele que salvou a vida de seu filhinho!! Muitas vezes, por dar ouvidos às pessoas que possuem seus corações feridos com muito ódio, que murmuram, criticam ou levantam falsas histórias, como esta história, assassinam os seus próprios irmãos na fé, inocentes, convertem-se, sem saber da verdade, em assassinos!! Não é para pensar?
Informe Comercial
PRIMELIFE GARDEN: UM EMPREENDIMENTO PRIME EM TODOS OS DETALHES
C
om o propósito de ser uma construtora e incorporadora à frente do seu tempo, a MML apresenta para Passo Fundo e região as melhores tecnologias construtivas, projetando empreendimentos inteligentes e sustentáveis, que tragam tendências mundiais para o mercado onde atua. Depois de mais de 1.500.000 m² construídos e de mais de 200 projetos entregues, a construtora evolui constantemente e surpreende o mercado com soluções inovadoras, que se encaixam perfeitamente nos requisitos dos consumidores mais exigentes. Uma dessas soluções inovadoras é o PrimeLife Garden. Um projeto pensado para ser Prime em todos os detalhes. Uma proposta moderna e diferenciada, com facilidades até na forma de pagamento. Para investir agora no PrimeLife, a construtora oferece uma negociação especial: entrada em 4x e financiamento pela Caixa Econômica Federal, com início do pagamento do saldo em outubro/18. Nesta modalidade, até a entrega do empreendimento (março/2019), o comprador só pagará para Caixa os juros. A amortização do financiamento só começará a ser paga depois da entrega das chaves do imóvel. Localização privilegiada, qualidade de vida, sustentabilidade, e eficiência térmica, acústica e energética são algumas das características que fazem com que o PrimeLife seja um grande destaque entre os inúmeros empreendimentos de Passo Fundo. Com obras em ritmo acelerado, estrutura já concluída e previsão de entrega em março de 2019, o empreendimento é ideal para quem busca por qualidade de vida e agilidade no dia a dia. Localizado em endereço nobre, na Rua 42
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Paissandú, 1954, o empreendimento conta com apartamentos tipo studio, 1 e 2 dormitórios, com suítes, estando a poucos metros de tudo o que os usuários precisam: ótimas escolas, principais hospitais e centros médicos, shopping, ciclovia, supermercados e comércio em geral. Sua localização privilegiada e infraestrutura permitem que os moradores aproveitem as proximidades e vivam com mais tempo para o que realmente importa: estar perto da família e dos amigos, para curtir todos os momentos. De acordo com o diretor comercial da MML, Manolo Frediani Lima, hoje, mais do que nunca, é preciso apresentar soluções que facilitem a vida de quem pretende investir em imóveis. “Com o rápido crescimento dos centros urbanos e a ‘falta de tempo’ das pessoas, temos que unir atributos essenciais para facilitar a vida do usuário, com inovação, design e localizações privilegiadas”, defende o administrador da MML. O PrimeLife Garden também ganha destaque quando o assunto é sustentabilidade, pois é um dos únicos empreendimentos locais que conquistou a etiqueta de Eficiência Energética nível A, concedida pelo Inmetro. E sabe o que isso significa? Muito mais economia para quem irá morar e um item a mais de valorização para quem quer investir, além de ser um ponto positivo para a construtora e para a cidade. A diferenciação que as construtoras das princi-
pais capitais vêm buscando expressa-se completamente nas obras da MML. Segundo Manolo, não dá para projetar hoje sem pensar no amanhã. “Desde o lançamento até a entrega, uma obra demora, no mínimo, 24 meses para ficar pronta. Para o mundo de hoje, neste tempo, muita coisa acontece. As mudanças de hábito, a conectividade e as novas tecnologias estão alterando a maneira como as pessoas convivem. É exatamente por isso que projetamos o PrimeLife Garden”, ressalta. O Prime é, sem dúvida, uma nova forma de morar, onde o centro de tudo é a satisfação dos usuários em viver os seus melhores momentos. Ele sintetiza uma nova visão, uma ideia que expressa o padrão MML de qualidade, com o máximo de eficiência, controle dos processos e investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento que ofereçam mais valor para os investidores e usuários.
s phot tock @Is
Morar e Viver
RÚSTICA & SOFISTICADA Trazida primeiro pela tendência da decor industrial, a parede de cimento queimado já se popularizou e pode ser encontrada em diferentes estilos de decoração. “Consiste na mistura composta por areia, cimento e água espalhados e nivelados sobre o contrapiso, na sequência utiliza-se o pó de cimento para finalização, para o aspecto liso é necessário utilizar o desempeno. O cimento queimado é uma técnica antiga utilizada para pisos, quando ainda as opções de revestimentos cerâmicos eram limitadas. Hoje essa tendência volta com força para a arquitetura de interiores, em revestimento de pisos, paredes e até mobiliário. Por ser uma técnica não tão simples assim, que na obra utiliza vá44
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rias técnicas de aplicação, empresas criaram seus próprios produtos para obter o efeito desejado do concreto aparente. Atualmente, no mercado, encontramos o efeito do concreto em porcelanatos, papéis de parede e em tintas,” explica o arquiteto e urbanista, mestre em Engenharia, Deividy Paese Morello. Não há regras para a utilização, conforme explica o arquiteto. Porém, o ideal é evitar ambientes de áreas molhadas, se for utilizar em pisos. Nas paredes, não há limitações, uma vez que o cimento queimado é um revestimento muito resistente. O efeito ganha destaque nas residências em áreas comuns, salas, circulações, salões de festas, e nos ambientes comerciais, em lojas e shoppings.
Morar e Viver
Alternativa “Por ter um aspecto mais rústico devido à variação de cores e de suas trincas naturais, o efeito concreto deixa de fazer parte apenas de ambientes industriais e vem para inovar, ganhando espaço na arquitetura de diferentes formas. A mistura de tons vibrantes, toques amadeirados e ambientes contemporâneos, compõe super bem com o efeito concreto, ele se tornou o queridinho dos arquitetos,” salienta Deividy.
Custo/ benefício “Essa questão pode ser vista de diferentes pontos: o custo se torna mais atraente quando comparado ao de um porcelanato e diferente de quando comparado a uma pintura comum. Por existirem produtos e técnicas mais atuais no mercado, a escolha do profissional para a execução deve ser bem cuidadosa. O processo é artesanal e requer cuidado durante toda a aplicação”, finaliza.
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Por ter um aspecto mais rústico devido à variação de cores e de suas trincas naturais, o efeito concreto deixa de fazer parte apenas de ambientes industriais e vem para inovar, ganhando espaço na arquitetura de diferentes formas.” Deividy Paese Morello, arquiteto e urbanista, mestre em Engenharia. Me. Deividy Paese Morello
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