2 CULTURA
Luto
Max von Sydow
Conhecido por seu trabalho com o diretor Ingmar Bergman e depois por ter interpretado o padre no clássico do terror “O Exorcista”, Max von Sydow morreu neste domingo, aos 90 anos. A notícia foi dada ontem pelo seu agente, Jean Diamond. Nascido na Suécia, o ator se tornou cidadão francês este ano. Estrelou cerca de 200 filmes e produções para a TV e se manteve bastante ativo até os anos 1980. Foi indicado ao Oscar de melhor ator em 1988 por sua atuação em “Pelle, O Conquistador”. Mais recentemente, ele recebeu uma indicação ao Emmy por seu trabalho como o Three-Eyed Raven em “Game of Thrones”.
08|
GRANDE SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 10 DE MARÇO DE 2020 www.metrojornal.com.br
{CULTURA}
Yes, nós temos teatro Em cartaz. Espetáculos do circuito Faroffa compõem programação paralela à Mostra Internacional de Teatro. Festival começa hoje, com foco em produções independentes e bilheteria em esquema ‘pague quanto puder’ Quem lê o Metro já sabe que até 15 de março diversos espaços da cidade recebem espetáculos da Mitsp (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo). Mas também vale ficar de olho nas peças programadas para o circuito Faroffa, espécie de “off-Mitsp”, que começa hoje e leva ao palco produções independentes. Em sua primeira edição, o festival mobiliza artistas, produtores e espaços para compor uma programação efervescente, com ingressos vendidos no esquema “pague quanto puder”. São 57 atrações, entre peças de teatro, dança e performance. Entre os destaques, a Companhia Nova de Teatro estreia no Brasil a primeira parte do espetáculo “Apátridas”, que foi sucesso na Europa, no Centro Cultural Olido. A montagem traz solos de significativas personagens míticas das tragédias gregas no tempo presente, refletindo sobre os
Show. Juçara Marçal inicia temporada acústica hoje Às vésperas de começar a produção de seu segundo álbum, a cantora Juçara Marçal toma conta das terças-feiras de março no Centro da Terra, a partir de hoje, às 20h, para revisitar “Encarnado”, seu trabalho de estreia, lançado em 2014 e considerado um dos melhores álbuns brasileiros da década. A temporada “Encarnado Acústico” traz uma nova versão desta obra, sem eletricidade, e ela conta com seus parceiros Kiko Dinucci, Thomas Rohrer e Rodrigo Campos para recriar as canções com outra perspectiva, levando novas referências para o palco. O Centro da Terra é um espaço cultural independente brasileiro e sem fins lucrativos. A escolha da programação é feita por uma equipe de curadores que, a partir de suas pesquisas, selecionam artistas emergentes e consagrados. Fica na Rua Piracuama, 19, em Perdizes, São Paulo, e os ingressos custam de R$ 15 a R$ 55, via sympla.com.br. METRO
Trecho da peça tragicômica ‘Há Dias que não Morro’, da companhia ultraVioleta_s | PAULA HEMSI/DIVULGAÇÃO
fluxos migratórios, a crise ambiental, os ataques sofridos pelos povos indígenas e ancestralidade brasileira. “Há Dias que não Morro”,
em cartaz na Oficina Cultural Oswald de Andrade, sede do Faroffa, é a segunda peça da Trilogia da Morte da Cia. ultraVioleta_s. A tragicomé-
dia apresenta três mulheres num jardim artificial. Ali, vivem uma rotina sem acidentes ou perigos. Algumas coisas ao seu redor, entre-
Individual de Lucia Laguna expõe paisagens híbridas Na galeria Fortes D’Aloia & Gabriel, a artista Lucia Laguna dá continuidade às suas séries entre jardins, paisagens e estúdios, que norteiam sua produção desde o início. Tal divisão aponta para a forte conexão que existe entre o processo criativo de Laguna e o espaço de seu ateliê, situado na zona norte do Rio de Janeiro. É a partir dele – e da observação de seu entorno, que vai de seu jardim até o Morro da Mangueira – que a artista compõe paisagens híbridas, mesclando arquitetura e vegetação, planos geométricos e elementos figurativos. Esta é a segunda individual da artista na galeria, e sua primeira exposição após Vizinhança, mostra panorâmica dedicada à sua obra no Masp (Museu de arte de São Paulo), em 2018. Lucia fez sua primeira individual em 1998. Ganhou, em 2006, o Prêmio Marcantônio Vilaça. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se, além de Vizinhança, Enquanto Bebo a Agua, a Água me Bebe, no MAR (Rio de Janeiro, 2016).
tanto, começam a demonstrar que esse mundo ideal tem também seus limites. Completam o circuito o ateliê do estilista Fause Haten, o Teatro Pequeno Ato, A Casa do Povo, Espaço 28 e o Galpão do Folias, todos na capital paulista. “É o compartilhamento de experiências estéticas, a procura por diferentes modelos de gerir produções, a busca de um formato coletivo para viabilizar criações. Os espetáculos espalhados em diversos espaços da cidade criam um verdadeiro circuito onde o público, ao se perder nas ruas e veias da cidade, encontra uma galeria diversa, potente e expressiva de proposições. Um passeio pela cidade, por seus espaços culturais, sedes de grupo, teatros que resistem, ateliês, ruas abertas. Um evento que promove uma cidade sem divisões”, definem os produtores. A programação completa está no site faroffa.com.br. METRO Lançamentos “PARAÍSO PORTÁTIL” SELVAGENS À PROCURA DE LEI INDEPENDENTE
Muita coisa mudou desde 2009, quando a banda começou a trilhar seu caminho pelo Brasil. “Paraíso Portátil” é a resposta dos Selvagens à Procura de Lei para o momento atual, voltando para dentro de si mesmos em busca de respostas. O novo álbum chega pop rock, diferente do terceiro, “Praieiro”, de 2016, que era um rock abrasileirado. “COPACABANA” VÁRIOS ARTISTAS SELO SESC, ORG.: ZUZA HOMEM DE MELLO
Detalhe de obra da artista na galeria Fortes D’Aloia & Gabriel | DIVULGAÇÃO
Suas principais coletivas incluem participações na 30ª Bienal de São Paulo (2012), 32º Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP (2011), e Programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (São Paulo, 2005–2006). Em abril deste ano, a artista estará na 12ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre. Sua obra está pre-
sente em importantes coleções públicas, como Masp, MAM-SP, MAM-RJ, MAR, entre outras. A Fortes D’Aloia & Gabriel fica na rua Fradique Coutinho, 1.500, em Pinheiros, São Paulo. A visitação é gratuita, de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, até as 18h, até 16 de maio. METRO
Álbum que acompanha o livro do crítico e musicólogo Zuza Homem de Mello, dedicado a investigar os amores fracassados nas músicas de samba-canção – um samba de ritmo mais lento, com suas harmonias sofisticadas. São 14 versões originais de clássicos, interpretadas por Doris Monteiro, Edy Star, Toninho Ferragutti e Anna Setton, entre outros.