Caravaggio por Milo Manara

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GRANDE SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 17 DE MARÇO DE 2020 www.metrojornal.com.br

{CULTURA}

A redenção de Caravaggio

Quadrinhos. Segundo volume da biografia assinada por Milo Manara se volta aos últimos e atormentados anos do pintor Em “Caravaggio 2 – O Perdão”, HQ que sucede “Caravaggio – A Morte da Virgem” (Veneta; R$ 94,90), temos o reencontro de dois irrefutáveis estetas da arte italiana: o mestre do erotismo Milo Manara e o pintor Michelangelo Merisi de Caravaggio (1571-1610). No primeiro volume, lançado em 2015, Manara aborda o momento em que Caravaggio torna-se famoso. Já “O Perdão” se volta aos últimos anos de vida do artista, constantemente perseguido por desafetos poderosos. Viajando país afora

com os artistas de rua e charlatões, ele acaba por encontrar inspiração para a sua obra-prima. Esta é certamente a mais ambiciosa obra da carreira de Milo Manara, uma biografia em quadrinhos sensível e cirúrgica sobre a trajetória do enigmático e escandaloso pintor, que se fez conhecer, além do sublime talento que exerceu influência decisiva no estilo barroco, por dividir seu tempo entre a vida nos palácios do Vaticano, bebedeiras em bordéis e temporadas na prisão.

A narrativa se fecha no desejo de Caravaggio de conseguir o perdão do Papa pelos crimes cometidos. A jornada dura apenas quatro atormentados anos. Manara consegue aglutinar aqui todos os grandes momentos da vida do gênio, atendo-se às pesquisas documentais, inclusive as mais recentes, mas seu recorte supera dados históricos, o que garante o prazer da leitura. EDUARDO RIBEIRO METRO

Caravaggio pinta ‘Decapitação de João Batista’ (1608) em cena da HQ

Lollapalooza

Reembolso

Seguindo as medidas preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde, o Lollapalooza Brasil, que aconteceria em abril, foi remarcado para 4 a 6 de dezembro de 2020. Os headliners Guns N’ Roses, The Strokes (foto) e Travis Scott estão confirmados para as três datas remarcadas. A produtora notificou que fornecerá, em breve, uma atualização sobre o line-up completo. Todos os ingressos comprados para as datas originais serão válidos nas datas remarcadas. Informações mais detalhadas serão enviadas a todos os titulares de ingressos e também estarão disponíveis em breve no site do Lollapalooza Brasil, inclusive sobre a política de reembolsos dos ingressos a quem não puder comparecer às novas datas.

TERNO REI

‘Queremos continuar evoluindo do jeito que temos feito, de maneira sólida’

REPRODUÇÃO

O CORONAVÍRUS NAS ARTES ‘Matrix 4’

TV

‘Corona Zombies’

Filmagens são suspensas

Globo afasta atores idosos

Longa sobre pandemia vem aí

A estreia de “Matrix 4” nos cinemas, em maio de 2021, segue inalterada, mas as filmagens foram suspensas na Alemanha como precaução da Warner contra o coronavírus. A decisão inclui outras produções como “The Batman” e “Animais Fantásticos 3”. METRO

A Globo determinou que artistas com mais de 50 anos das novelas “Salve-se quem Puder”, “Amor de Mãe” e “Éramos Seis” deverão ficar de fora das gravações. Os autores vão reescrever os capítulos. A decisão visa preservar pessoas em grupo de risco da covid-19. METRO

A criatividade – ou seria o oportunismo? – humana não reconhece fronteiras, assim com o novo coronavírus. A Full Moon Features anunciou que seu próximo filme, a ficção de terror “Corona Zombies”, está em produção, com estreia em 10 de abril. METRO

Formada em 2011, a banda Terno Rei vem ganhando espaço na música brasileira e fez sucesso no ano passado, com o álbum “Violeta”. Terno Rei é formado por Ale Sater (baixo e vocal), Bruno Rodrigues (guitarra, vocal e sintetizadores), Greg Maya (guitarra e sintetizadores) e Luís Cardoso (bateria). Em um bate-papo com o Metro, Bruno falou das expectativas para o Lolla, futuro da banda e o último, lançamento, “Pivete”, feat com o grupo Tuyo. Vocês lançaram o “Violeta” no ano passado. Como foi a recepção? Foi muito, muito boa. Foi uma atenção muito grande para a gente com esse álbum. A banda já tinha uma fanbase fiel por conta dos dois primeiros álbuns. Temos quase nove anos de banda. Mas com o “Violeta” eu acho que a gente conseguiu furar um pouco da bolha indie, acabou se tornando algo mais democrático. Teve uma extensão de público muito grande, a gente está bem contente. Para vocês, qual a principal diferença entre o primeiro álbum, “Vigília”, e este? No “Violeta” são músicas mais ensolaradas, tem um beat mais acelerado, é um pouco mais palpável de uma maneira geral. Ainda tem a nossa cara, dá pra ver que é a mesma banda, mas a gente foi ficando mais velho, foi mudando, acho que foi uma evolução natural. Quando a gente fez o primeiro álbum, ouvíamos umas coisas mais cabeçudas - que gostamos até hoje –, mas mudamos um pouco de vibe. Ouvimos coisas novas, tivemos referências novas, e naturalmente o jeito de compor vai mudando também.

Quais foram as principais referências e inspirações? A gente estava ouvindo muita música brasileira. Tivemos como referências Jorge Ben, Cassiano, Tim Maia, Cass McCombs. Bastante música eletrônica também. Vocês lançaram “Pivete” no início deste mês, feat com o Tuyo. De onde veio a inspiração? A gente tinha a música pronta no violão há um tempo. Daí o pessoal do Tuyo veio com a proposta de fazer um feat do Terno Rei com eles e a gente deu a ideia de fazer com uma música nossa também. Mostramos “Pivete” e eles piraram, acharam que tinha bastante a ver. Daí a gente acabou fazendo essa música nossa e uma música deles, que vai sair no fim do mês. Foi um resultado super legal para a gente e teve uma recepção boa na internet. Tem alguma outra parceria que gostariam de fazer? Acho que seria legal fazer com o Lucas [Silveira], da Fresno. O que vocês esperam e já estão planejando para o futuro da banda? Estamos tentando esquematizar uma tour bem feita por Portugal. Seria bem gratificante para a gente. Mas somos bem pé no chão e bem realistas, tentamos não nos iludir muito. Todo mundo já tem mais de 30 anos. O próximo disco a gente quer lançar no começo do ano que vem, estamos começando a compor agora. O que queremos é continuar evoluindo do jeito que temos feito, de uma maneira sólida e devagar, sem pular as etapas. Queremos fazer um disco novo melhor do que “Violeta” e continuar crescendo, fazendo música boa acima de tudo, sem esquecer de se divertir. METRO


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