TERÇA-FEIRA, 12 DE MAIO DE 2020 www.metrojornal.com.br
{CULTURA}
07|
Como o Kraftwerk revolucionou o pop Timbres robóticos. Florian Schneider, membro original do grupo que fundou a música de pista feita com instrumentos eletrônicos, morreu deixando um inestimável legado Florian Schneider, um dos fundadores do Kraftwerk, grupo alemão formado em 1970 em Düsseldorf que revolucionou a música pop ao abraçar sintetizadores e batidas eletrônicas, morreu semanas atrás. Em comunicado, a banda informou que a causa da morte de Schneider foi um câncer, “apenas alguns dias” após seu aniversário, em 7 de abril. Ele tinha 73 anos. Fundado por Schneider e Ralf Hütter, o Kraftwerk surgiu como parte da vertente chamada krautrock – um subgênero do rock experimental alemão que explorava ritmos repetidos e estendidos. No caso deles, seus experimentos levaram a uma ampla influência sobre o rock, a dance music e o hip-hop. Mais que isso, sem o Kraftwerk não teríamos nem sequer o funk brasileiro. Pois foi a partir de samples e loopings das batidas da faixa “Numbers”, a terceira do álbum “Computer World”, lançado em 1981, que Afrika Bambaataa criou o eletro-funk, pai do funk carioca. Da mesma forma, os beats muito utilizados em bases dos primeiros “raps” tirados de sons como “808 Volt Mix” (1988), do DJ Battery Brain, também são produto de in-
DISCOTECA BÁSICA DO KRAFTWERK
Renata Fan e Denílson estreiam novo cenário do ‘Jogo Aberto’ DIVULGAÇÃO/BAND
Sinal aberto. Grupo Band mantém acesso grátis Kraftwerk no festival Sónar, em 2012, no Anhembi/SP | LEVI BIANCO/FOLHAPRESS
fluência do estilo introduzido pelo Kraftwerk. Antes deles, o Tangerine Dream (1967) já brincava com sonoridades eletrônicas, feedbacks, distorções e artificialidades, mas por meio de sintetizadores que os seres humanos tentavam controlar. Faziam um lance mais pontuado pela ambiência e nem tanto pelos padrões dançantes sincopados que resultariam no techno, no synthpop e na house, iniciados por Schneider e sua trupe. O Kraftwerk trouxe a ideia de que as máquinas poderiam não apenas superar e se conectar com os humanos, mas os absorverem, até que o criador e sua tecnologia, tendo desenvolvido uma consciência própria, se
tornassem um só. Os caras tinham um nome para isso: “Menschmaschine”, ou seja, “homem-máquina”. Quando o disco “Autobahn” (1974) foi lançado, ficou claro que o grupo havia desenvolvido algo ainda mais fascinante. A faixa-título, de 22 minutos, começava com uma voz robótica entoando “autobahn” (rodovia, em português). Compassos sequenciados hipnotizavam o ouvinte à sensação de viajar numa estrada, com letra que repetia: “Estamos dirigindo, dirigindo, na estrada”. E o destino, àquele tempo desconhecido, sabemos: é o agora. EDUARDO RIBEIRO METRO
“Autobahn” (1974); Ouça: ‘Autobahn’ e ‘Kometenmelodie 2’
“Trans-Europe Express” (1977); Ouça: ‘Trans-Europe Express’ e ‘Showroom Dummies’
“Computer World” (1981); Ouça: ‘Pocket Calculator’ e ‘Numbers’
O BandNews TV permanecerá com o sinal aberto nas principais operadoras de TV do país até o dia 31. O canal mantém a transmissão ao vivo pelo site bandnewstv.band.uol.com.br/aovivo. Também até essa data o Smithsonian Channel, canal 590 Claro, vai estender a liberação do sinal para os assinantes da operadora, independentemente do pacote contratado. Além disso, todos os canais por assinatura do Grupo Bandeirantes vão ficar com o sinal aberto na NeoTV até o fim do mês. O assinante da operadora poderá assistir à programação do BandNews, Arte 1, BandSports e Terraviva. Entres os destaques da programação do grupo nos próximos dias, o Jornal da Band leva ao ar uma série especial de reportagens sobre a mais longa guerra americana. “Afeganistão – 20 Anos no Inferno”, será exibida de hoje a quinta-feira, a partir das 19h20. O repórter Yan Boechat mostra
como está o país depois da assinatura do acordo entre EUA e Afeganistão. Outra novidade é que o Jogo Aberto (seg. a sex., 11h-13h), apresentado por Renata Fan e Denílson, estreou novo cenário, produzido com materiais de reúso. O conceito sustentável mostra a preocupação da Band com o meio ambiente. Entre as inovações, o estúdio agora conta com um telão maior do que o antigo e nova paleta de cores, em azul claro, branco, cinza, design em formas geométricas e elementos metálicos. Enquanto isso, no YouTube, o pedido dos fãs foi atendido e a primeira temporada de “Pesadelo na Cozinha”, reality de gastronomia comandado pelo chef Erick Jaquin, está disponível no canal @pesadelonacozinhaband. Todos os 13 episódios já podem ser conferidos na íntegra. A iniciativa é um projeto da Vibra, empresa digital do Grupo Bandeirantes. METRO
ESPORTE
Covid-19 encalha produtos Tóquio 2020. Adiamento das Olimpíadas em razão da pandemia prejudica venda de itens licenciados. Baixa demanda preocupa, já que expectativa é de arrecadar R$ 570 milhões Os efeitos da pandemia do novo coronavírus, que já provocaram o adiamento dos Jogos Olímpicos deste ano para 2021, estão causando prejuízos para o Comitê Organizador com relação aos produtos oficiais. De mascotes de pelúcia a canecas, a lista é longa de souvenirs ligados à Olimpíada que estão encalhados nas prateleiras das lojas oficiais espalhadas pelo Japão.
De acordo com os organizadores, a preocupação pela baixa procura é grande, já que a expectativa é arrecadar US$ 100 milhões (mais de R$ 570 milhões) com a venda de cerca de 5.500 produtos licenciados. A loja online de Tóquio-2020 continua funcionando sem nenhum problema, mas sem grande demanda. Apesar de os Jogos Olímpicos terem sido adiados pa-
ra 2021, os produtos licenciados continuam com o slogan Tóquio-2020. A decisão do Comitê Organizador pela manutenção da marca evitou que toneladas de mercadorias fossem descartadas. Há ainda o risco de um novo adiamento ou até do cancelamento dos jogos. Se isso ocorrer, especialistas acreditam que os produtos licenciados podem ganhar maior
valor. As mercadorias passariam a ser valorizadas por colecionadores. “Se não houver Jogos Olímpicos em 2021, o valor das mercadorias já criadas aumentará e aumentará ainda mais rapidamente se o produto existente for removido do varejo”, disse David Carter, professor de negócios esportivos da Universidade South California. METRO COM ESTADÃO CONTEÚDO
‘O futebol não está morto...’ ... ele dança nestas páginas”. Esta é a chamada da revista francesa So Foot. Na capa, uma ilustração mostra Neymar, Pogba, Cristiano Ronaldo e Griezman vestidos como os “dançarinos do caixão” ganeses que viraram meme | REPRODUÇÃO