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SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2019 www.metrojornal.com.br
{SAÚDE E BEM-ESTAR}
PEDE MAIS ATENÇÃO
COM A PELE
Sem riscos. Cuidados simples e proteção adequada deixam na pele e na vida só a parte boa da estação Mesmo com protetores solares e roupas de tecido UV capazes de proteger em até 98% a pele da irradiação solar, os índices de câncer de pele no Brasil ainda são altos. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), 30% de todos os tumores malignos correspondem ao diagnóstico. “Não há mais desculpas para continuarmos correndo o risco de se expor a esse ti-
po de malefício”, diz o dermatologista Joaquim Mesquita, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Os protetores solares hoje em dia são confiáveis e produzidos para as condições tropicais”, completa. No verão, quando as temperaturas alcançam níveis muito altos inclusive à sombra, os cuidados de-
CUIDADOS DIÁRIOS FILTRO SOLAR
Verão Laranja
Proteção
Na busca por reduzir a incidência e a mortalidade do câncer de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove, pelo quinto ano consecutivo, a campanha #DezembroLaranja, que se iniciou em dezembro, junto com a chegada do verão, e vai até o final de março. Entre as ações, o órgão disponibiliza uma “Calculadora de Risco de Câncer de Pele” on-line, no site www.sbd.org.br/ controleosol/calculadora
No verão, o uso do filtro solar deve ser intensificado. O ideal é aplicar diariamente, e não apenas nos momentos de lazer. No dia a dia, produtos com FPS 30, ou superior, são recomendados. Em situações de maior exposição ao sol, prefira os fatores mais elevados e reaplique sempre novamente após sair da água. Na embalagem, verifique se o produto tem proteção contra raios UVA e UVB. Aplique com 30 minutos de antecedência para que a pele absorva e reaplique a cada duas ou três horas. Em crianças, o filtro pode ser usado a partir dos seis meses.
TIPOS DE PELE
vem ser redobrados, frisa o médico. “Para o dia a dia, um protetor de fator 30 já resolve. Mas para quem vai se expor na praia, o ideal é escolher a partir do
fator 50”, ensina o dermatologista. Crianças, mulheres e idosos, segundo Mesquita, podem apresentar pele mais sensível à radiação do que os homens. “No caso das crianças, especialmente, vale lembrar que
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, estudos mostram que 70% ou mais da radiação solar que recebemos durante a vida é absorvida nas atividades cotidianas.
ROUPAS E ACESSÓRIOS Além do filtro solar, é importante usar chapéu, boné e roupas de algodão. Os tecidos sintéticos, a exemplo do nylon, bloqueiam somente 30% da radiação UV. Óculos de sol também são recomentados, pois eles comprovadamente previnem a catarata e outras lesões.
MUDANÇA DE HÁBITO Alem do uso diário de protetor solar, faz bem uma hidratação redobrada. Ou seja, é importante beber mais líquidos, principalmente água, mas vale também suco de frutas e água de coco. Já a pele merece cuidados com aplicação de um bom hidratante. Observe o seu tipo de pele, se é seca ou oleosa, para escolher o produto certo. Alimentos como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba, por conterem carotenoides, substância de ação antioxidante, ajudam a prevenir os danos. Em geral, esta substância pode ser encontrada em frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha.
Existem seis fototipos cutâneos dentro da padronização da escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick. São eles:
a incidência de queimaduras na infância acaba favorecendo o desenvolvimento de câncer melanoma”, diz. Fora isso, o especialista confirma que é verdade que as peles mais escuras resistem melhor às queimaduras, mas isso não significa que estão livres de cuidados. “Queimar menos não significa não queimar. Então, todos devem usar filtro solar diariamente, reaplicando a cada duas ou três horas”, adverte Mesquita. METRO
IDENTIFIQUE O CÂNCER DE PELE NA REGRA DO ABCDE
A
ASSIMETRIA:
Quando a metade de uma pinta não “casa” com a outra metade, pode ser indicativo de uma lesão maligna (melanoma).
B
BORDAS:
Lesões malignas têm bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção na pigmentação da margem.
C
COR:
Este sinal ocorre nos casos em que a coloração não é uniforme em toda a pinta: Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons.
D
DIÂMETRO:
Lesão que aumenta rapidamente, principalmente a maior do que 6 milímetros, é suspeita de ser maligna.
BRANCA Sempre queima, nunca bronzeia e é muito sensível ao sol
MORENA CLARA BRANCA MORENA MODERADA Queima e bronzeia Queima pouco, sempre Sempre queima, com moderação e bronzeia muito pouco bronzeia e apresenta sensibilidade e é normalmente tem sensibilidade normal ao sol sensível ao sol normal ao sol
MORENA ESCURA Raramente queima, sempre bronzeia e demonstra pouca sensibilidade ao sol
NEGRA Nunca queima, é totalmente pigmentada e insensível ao sol
E
EVOLUÇÃO:
Sempre que uma pinta mudar de cor, formato, tamanho e relevo, em até três meses, deve ser examinada por um dermatologista.