Cultura skate

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almanaque

quarta-feira, 9 de junho de 2010

papo sem cabeça almanaque@mtvbrasil.com.br

Potência das rodinhas Filme “Dirty Money” lembra momento de transformação do skate no Brasil divulgação

Exibido no Brazilian Film Festival, em abril, o documentário “Dirty Money” – que narra o início da fase áurea do skate profissional no Brasil, entre o final da década de 80 e o início da de 90 – conseguiu uma boa repercussão em Los Angeles. O interesse deles não é gratuito ne restrito à galera do skate. É que os skatistas brasileiros estão entre os mais fortes do mundo. Mas nem sempre foi assim. O começo foi de muita diversão, mas pouca ambição. E é exatamente “Em comparação com os anos 90, esse o período retratado no hoje vivemos outra fase do esporte, documentário de Alexandre mais madura e menos encaixotada. Vianna e Ricardo Koraicho, Mas o skate ainda tem uma que já pode ser baixado herança forte de caráter marginal gratuitamente no site www. e de contracultura” dirtymoney.com.br. Alexandre Vianna, diretor de ‘Dirty Money’ Além de depoimentos recentes, o filme usa imagens de arquivo para abordar o diaa-dia dos praticantes e mostrar como eles se desenvolviam no esporte. Outro tema que vem à tona é a política. O motivo é o Plano Collor, que prejudicou bastante os negócios do skate brasileiro. “A indústria do skate estava falida, não existiam equipamentos bons, eventos ou oportunidades pra quem queria viver daquilo. Pensar em ser skatista profissional parecia impossível”, declara Vianna. De lá para cá, muita coisa mudou. Prova disso é o surgimento de atletas como Bob Burnquist e Sandro Dias, ambos campeões mundiais e sempre citados entre os principais skatistas da atualidade. Além deles, o documentário ainda traz outros nomes que se tornariam importantes para o Brasil, como Fábio Cristiano, o próprio Vianna, o Tarobinha. Eduardo Ribeiro

o especialista

Campeão mundial de skate e criador da MegaRampa

“A gente não pensava que iria exportar campeões mundiais” De que você gostou no filme? O bacana é que ele retrata também o quanto naquela época nós já estávamos tentando executar manobras avançadas. Mostra a evolução da nossa técnica. O filme surgiu por conta de um vídeo caseiro dos anos 90, que tinha lucas lima/mtv

o mesmo nome (“Dirty Money”) e foi produzido pelos próprios skatistas. Qual foi a motivação para fazer o filme naquela época? Não havia nenhuma marca, nem produtora, nem campeonato para bancar a história e patrocinar as filmagens e a produção. Então tudo nasceu da vontade que a gente tinha de registrar a nossa galera. Você esteve na exibição em Los Angeles? Como foi a reação dos skatistas norte-americanos? Estive sim. Fiquei muito feliz e satisfeito com o resultado, com o retrato da nossa cena. Alguns nomes famosos do skate estavam lá, como o Craig Stecyk, Lance Mountain e outros. Os caras vieram comentar e disseram coisas positivas. Gostaram especialmente da cena em que queimam a rampa.

Na telona Os fãs do skate, além de baixar o filme no site, terão uma oportunidade de conferir “Dirty Money” na telona. O documentário será exibido em sessão única no dia 9 de julho, às 20h30, dentro do projeto Primeira Exibição, da Cinemateca Brasileira (largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, tel. 3512-6111). O ingresso da exibição custará R$ 8.

Bob Burnquist

Bob Burnquist é hoje um dos skatistas mais respeitados do mundo

Como foi reencontrar todo mundo no filme, tanto tempo depois? Foi muito legal quando conseguimos bater a agenda com o Ale Vianna e todo o pessoal. Ele e o outro diretor, Ricardo Koraicho, fizeram um excelente trabalho.


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