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papo sem cabeça editada por douglas vieira • almanaque@mtvbrasil.com.br
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Bela Lugosi, no clássico do terror ‘Drácula’ (1931)
fotos:divulgação
Bienal do Livro começa com ‘maldição’ em SP José Mojica Marins, o Zé do Caixão, abre a 21ª edição do evento no Anhembi e lança praga sobre quem não apoia a cultura Coincidência ou não, a 21ª edição da Bienal do Livro de São Paulo começa hoje, uma sexta-feira 13, e traz como destaque o cineasta José Mojica Marins, que vai palestrar sobre seu personagem, Zé do Caixão. Ícone do terror nacional, ele abre o evento no Pavilhão de Exposições do Anhembi e dá a deixa para Dacre Stoker e outros autores que vão discutir o interesse pelo nicho vampiresco, tema que este ano está especialmente em alta por conta da febre “Crepúsculo”. Entre uma praga e outra, Mojica achou um tempinho para falar ao “MTV na Rua”. eduardo ribeiro Que tipo de literatura não pode faltar na cabeceira do Zé do Caixão? Não pode faltar o “Livro de São Cipriano” (Editora Eco), uma compilação de rituais de magia. Além disso, livros de histórias sobrenaturais em geral, sobre vidas em outros planetas e com histórias sobre lendas brasileiras, que são muito ricas e interessantes. Acredito que as pessoas deveriam prestar mais atenção a elas. Uma boa também são as histórias em quadrinhos de terror. Você tem um livro voltado às crianças. Como
surgiu a ideia de desenvolver esse projeto? Sim, tenho. Inclusive estarei autografando essa obra na Bienal. “O Livro Horripilante de Zé do Caixão” é um sucesso, e a ideia nasceu de uma apresentação minha no ABC para 400 crianças. Como eu não podia contar histórias muito escatológicas, adaptei os contos para a molecada. Os pais gostaram tanto que eu resolvi fazer um livro nessa linha não muito forte, mas cheio de sustos. Você gosta desses novos filmes de vampiro? Na minha opinião, essa trilogia “Crepúsculo”, que está fazendo sucesso agora, é coisa de boiola. Gostaria de lançar uma maldição para esta Bienal? Você, você, ou todos vocês que não apoiarem a cultura, que não apoiarem o sobrenatural, que a sua língua se transforme em cobra e devore todo o seu intestino, e que suas tripas fiquem se arrastando pelo chão! Por toda a eternidade você sentirá as dores do inferno! Bienal do Livro (Pavilhão de Exposições do Anhembi, Santana, tel. 2226-0400). Das 10h às 22h. Até 22/8. R$ 10
POR QUE O MITO DO VAMPIRO CONTINUA VIVO? Entre os temas mais prolíficos do gênero terror, as sagas vampirescas reinam absolutas, atravessando gerações. O tema será debatido hoje às 15h no Salão de Ideias por três escritores brasileiros que reinventaram o vampirismo na ficção nacional: André Vianco, Martha Argel e Giulia Moon. DACRE STOKER Presença aguardada nesta sexta-feira 13, Dacre Stoker, o sobrinho-bisneto do criador de “Drácula”, Bram Stoker, fala sobre seu novo livro. Em “Drácula - O Morto-Vivo” (Ediouro), ele dá sequência à história do maior clássico do vampirismo literário. Às 19h de hoje, no Salão de Ideias.