Informativo Imóveis - Ed. 01

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´ imoveis novembro de 2009

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - ANO 1 - nº 1

fé rias

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na praia Aluguel de casas para a temporada aquece setor

Se

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gurança

Construir

com economia

Pequenos consumidores, fornecedores e construtores dizem como tirar vantagens do IPI reduzido na construção

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Condomínios mudam rotina para se protegerem de assaltos

Vai reformar? Saiba o que fazer para ganhar tempo e evitar desperdício


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NOVEMBRO de 2009

Editorial Chegamos!

O Alto Tietê ganha um grande aliado para seu crescimento, o Informativo Imóveis - um novo veículo que chega com garra, competência e apostando no bom jornalismo para trazer todas as novidades do mercado imobiliário da região. Bonito, com inovações, quebrando paradigmas e, como o próprio nome sugere, com muita informação. O Informativo Imóveis chega com ousadia, reconhecendo a importância do mercado imobiliário e do setor da Habitação para a economia do país e, conseqüentemente, para a economia do Alto Tietê, região que se destaca cada vez mais no Estado de São Paulo, especialmente pelo seu poderio econômico. Reconhecendo tal importância, é preciso dar voz aos representantes deste setor, responsáveis pela grandiosidade do mercado imobiliário da região, que atrai cada vez mais compradores de outros municípios da Grande São Paulo. A crise financeira que assolou diversos países ainda tem reflexos em alguns locais do mundo. No Brasil, a tal onda foi sentida com menos impacto, apesar das dificuldades enfrentadas por setores como o automobilístico. No entanto, a recuperação da economia brasileira foi fantástica, rápida e exemplar para o mundo. Um dos pilares da recuperação é o mercado imobiliário, certamente. O “boom” imobiliário de antes da crise encontrou espaço, mesmo em um país com consumidores apreensivos, para crescer, inovar e continuar produzindo riquezas e gerando empregos, garantindo o movimento da máquina econômica e contribuindo para dar fôlego a outros setores que são peças do mesmo mecanismo. O Alto Tietê é uma das regiões onde esta realidade é verdadeira. Novos empreendimentos, diversificados e voltados para todos os públicos, comprovam que o sonho do brasileiro, de ter a casa própria, continua vivo – e muito vivo – entre os consumidores. Além de ser culturalmente importante o “ter um teto”, o imóvel continua figurando na lista dos melhores investimentos, com retorno garantido e lucrativo. Moradores da região continuam acreditando e investindo nas cidades e em seus novos imóveis. E as cidades do Alto Tietê – em especial Mogi das Cruzes e Suzano – atraem cada vez mais moradores que buscam mais qualidade de vida. Trabalhadores que querem fugir do trânsito caótico em São Paulo sabem que encontram a poucos quilômetros refúgios confortáveis, cidades de economia forte, empreendimentos imobiliários de qualidade, com tudo que eles precisam - segurança, lazer, área verde, infraestrutura e proximidade de serviços essenciais.

Edição e reportagem Marlon Maciel

Colaboração Érica França Designer gráfico

César Ricardo Builcatti Élida Gonçalves do Amaral

Arte final

Silvia Misoguti

Fotografia

Maurício Builcatti

Jornalista responsável

Marlon Maciel (MTB 33.154)

Para anunciar ligue: 11-4636-8260 Sugestões/críticas/informações editorainformativo@gmail.com

Administração e Departamento comercial Av. Nove de Julho, 1023 - 1º andar - Sala 02 Centro - Poá - SP - Cep. 08557-100

FGTS A perspectiva para o próximo ano também é boa e não apenas levando em conta a recuperação do setor deste ano. O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou recentemente o orçamento para o próximo ano. No total, serão aplicados R$ 27,5 bilhões e, deste montante, R$ 18 bilhões serão para habitação popular - inclusive no campo do programa Minha Casa, Minha Vida –, R$ 1 bilhão para Pró-Moradia (programa de intervenções em favelas e áreas de risco) e R$ 1 bilhão para o Pró-Cotista. Mais benefícios virão do FGTS em 2010, com R$ 6 bilhões para saneamento básico. O aporte de recursos promete movimentar o setor ano que vem, que já recuperou o vigor e continua a passos largos, contribuindo ao desenvolvimento do País. O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, torna o sonho da casa própria “palpável” aos brasileiros, além de garantir bom retorno a investidores do setor, e gerar grande aporte de recursos, que não apenas contribuem com o setor habitacional, mas também geram empregos diretos e indiretos e movimentam toda uma cadeia. A habitação é a ponta de uma cadeia rica e de franco desenvolvimento.

Impressão

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Dados e exemplos Um bom exemplo do desempenho do mercado de imóveis novos se dá na capital de São Paulo, onde os imóveis residenciais tiveram aumento de vendas. O mercado apresentou excelente desempenho em setembro com indicador VSO (Vendas sobre Oferta) de 30,8%, conforme pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Para cada mil unidades em oferta, 308 foram comercializadas. A capital continua em crescimento, mas toda a Grande São Paulo sente efeitos similares, também ganhando novos empreendimentos. Apartamentos de dois dormitórios e condomínios que prezam cada vez mais o verde e as áreas de lazer estão crescendo em número e atraindo cada vez mais pessoas, cansadas do estresse e que procuram um ambiente confortável no lar. De acordo com a Embraesp – Empresa Brasileira de Estudos sobre Patrimônio, os lançamentos de setembro atingiram o maior volume mensal do ano, com 4.286 unidades. O número é 25% superior ao verificado em agosto (3.430 moradias) e 81% em relação a setembro de 2008 (2.368 imóveis). O total de unidades lançadas na cidade de São Paulo no nono mês deste ano é o maior desde janeiro de 2008. Exemplos não faltam – nem de empreendimentos bem-sucedidos nem de empreendedores corajosos, audaciosos e que confiam no país. O Alto Tietê é reduto de pessoas assim – que apostam, investem e fazem a máquina da economia andar. Se há empreendedores, há também compradores ansiosos por imóveis novos, com inovações, áreas de lazer, verde, piscinas, segurança e qualidade de vida. O setor está forte e consolidado, mas ainda há muito espaço para crescimento. E o Informativo Imóveis chega da mesma forma – com audácia e coragem – pronto e disposto a acompanhar todo este crescimento. E mais: apto a contribuir para que o Alto Tietê cresça cada vez mais e ganhe visibilidade e destaque no país.

Érica França Jornalista

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na praia Aluguel de casas para a temporada aquece setor

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Saiba o que fazer na hora de construir ou reformar para ganhar tempo e evitar desperdício antes do quebra-quebra

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Condomínios mudam rotina para se protegerem de assaltos

vai construir? Saiba o que fazer para ganhar tempo e evitar desperdício

ESTA ERA A OUTRA OPÇÃO DE CAPA QUE PREPARAMOS PARA VOCÊ NESTA EDIÇÃO DE LANÇAMENTO E QUE NÃO SERÁ VISTA NAS BANCAS DE JORNAL


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Maurício Builcatti

Na medida Especialista ensina o BE-A-BÁ para quem pretende construir ou reformar sem desperdiçar tempo e, muito menos, dinheiro

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a onda do IPI reduzido, muita gente aproveitou o momento para mexer nas economias, sacar o FGTS ou recorrer ao empréstimo bancário para construir ou reformar. E começou a gastar sem antes planejar erro bastante comum nos canteiros de obra. Para não cair em armadilhas, é necessário muito planejamento. O primeiro passo, antes de qualquer decisão, é definir exatamente o que irá ser feito. A segunda questão mais importante é delimitar o quanto será gasto. “Só assim é possível ganhar tempo e economizar dinheiro”, afirmou a arquiteta Bianca Cristina, especialista em acessibilidade e design de interiores. De outro modo, a obra estará facilmente condenada ao desperdício. Pior para o proprietário. Para evitar imprevistos indesejáveis, a recomendação é que o interessado já saiba o que quer na hora de procurar um profissional da área. “Muita gente quer reformar, mas não consegue distinguir uma reforma de uma construção”. Se de um lado o planejamento é a primeira coisa a ser feita, por outro, segundo ela, a falta dele também representa um dos principais erros por parte de quem vai começar uma obra. É aí que começam a surgir os problemas. “Tudo tem que estar no projeto para evitar desperdício e quebra-que-

Dez passos para reformar com economia • Planejamento prévio • Procurar um profissional da área • Definir custos • Acompanhar a elaboração do projeto • Fechar a planta antes da execução • Contratar mão-de-obra especializada • Calcular volume de material a ser utilizado • Disponibilidade para acompanhar a obra • Pesquisar preços • Hierarquizar prioridades

bra fora de hora”, alertou. Bianca aceitou o desafio e cumpriu a lição de casa com o passo a passo para quem quer fazer uma obra responsável diminuindo os custos e evitando todo tipo de desperdício. Segundo ela, quem vai começar uma construção ou reforma tem que deixar bem claro o que pretende fazer, se vai ser uma adaptação física ou uma renovada na decoração ou no mobiliário, por exemplo. “Não basta só ter vontade, uma idéia; tem que colocar no papel e estudar se aquilo é possível ser feito”, disse. A orientação de um profissional é fundamental nesse momento. “Ele é quem fará os primeiros estudos sobre as necessidades reais e, a partir daí, adequar aquilo que o cliente deseja”. Acompanhar todas as etapas de elaboração do projeto é outra maneira encontrada para o cliente entender melhor o que está acontecendo e avaliar se vai de encontro com o que ele quer. Segundo Bianca, isso diminui riscos de gastos desnecessários. Projeto pronto, é hora de encontrar mão-de-obra especializada. Pedreiros profissionais, por exemplo, sabem precisar o volume de material a ser utilizado, evitando desperdícios e gastos a mais. Aqui, o barato pode custar caro. Antes de começar o quebra-quebra é bom que o proprietário saiba também se há condições de permanecer em casa durante a obra – sem se incomodar com os pedreiros e a poeira. Se puder sair do imóvel, melhor. Mas o transtorno também é grande. No quesito preço, o proprietário somente conseguirá obter alguma vantagem se pesquisar bastante e pechinchar mais ainda. Outra dica valiosa é hierarquizar o que é mais importante ou urgente em uma obra e, assim, baratear custos e adaptando materiais. Por exemplo: no quarto dos filhos fica mais em conta substituir a textura por adesivos na parede. “Você consegue identificar onde vai gastar mais ou não e evitar gastos além do necessário. Isso vale principalmente para quem busca empréstimo em banco”, comentou. O ideal, aliás, é fechar o projeto antes de executar. Não é mesmo seu Pedro? “E facilita muito pra gente na hora de fazer o trabalho”, afirmou o pedreiro Pedro Francisco Costa, 40 anos de profissão. M.M

Os erros mais comuns Não cumprimento da legislação: O que muita gente não sabe é que os arquitetos são obrigados a atender legislação estabelecida para garantir qualidade de vida. Em reformas feitas sem orientação profissional podem ocorrer erros que pode resultar em cômodos menores do que o necessário, diminuição do espaço útil de um ambiente, além do comprometimento da iluminação natural e circulação do ar; Infiltrações: As mesmas precauções tomadas em uma construção nova devem ser também adotadas em obras de ampliação (reformas), principalmente no que se refere à impermeabilização de solo. A não aplicação de material impermeabilizante na fase inicial fatalmente irá resultar em uma série de problemas, provocados pelo excesso de umidade, que se tornarão mais difíceis de serem sanados posteriormente; ´ Instalações hidráulicas e eletricas: Neste caso, o grande problema se encontra em reformas de imóveis antigos –nos quais as tubulações são de materiais atualmente em desuso. Quando essas instalações antigas são reaproveitadas e não são redimensionadas aos novos equipamentos a serem utilizados, as consequências são vazamentos, baixa pressão hidráulica, além de freqüentes curtos-circuitos na rede elétrica, podendo queimar lâmpadas e danificar equipamentos eletrônicos; Forro de gesso: Podem ser mal instalados e fixados apresentando irregularidades na superfície e no acabamento das extremidades, além de pontos que podem ceder ao longo do tempo; Acabamento de pisos e paredes: Cerâmicas soltas ou quebradas, acabamentos desnivelados e com rejuntes irregulares, paredes tortas e fora de esquadro são alguns dos erros mais comuns encontrados em reformas. O uso inadequado de materiais somente para “maquiar” as imperfeições, revela problemas que já deveriam ter sido resolvidos, como no caso de trincas e rachaduras.

Fonte: Bianca Cristiane (arquiteta)


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e s a Alug

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a d a r o p m e t a r pa Optar por uma casa na praia durante as férias tem se tornado tendência entre turistas que querem curtir o verão fora do concorrido mercado hoteleiro

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om os hotéis praticamente lotados, a menos de 30 dias do início da temporada de verão, a procura por casas e flats para locação perto da praia tornou-se uma boa opção para quem planeja juntar os amigos em uma viagem de férias. “À medida que a rede hoteleira vai se esgotando, aumenta a procura por esse tipo de negócio”, explicou Fernando Sanches (foto), proprietário da Luiz Sanches Imóveis, em Mogi. Em imobiliárias da região, a busca por este tipo de locação começou em outubro. Entre os destinos mais procurados estão Bertioga e a Riviera de São Lourenço. A modalidade, segundo corretores de imóveis, já representa uma fatia importante em um mercado em expansão. No entanto, trata-se ainda de uma atividade informal. “Na locação por temporada é diferente: não há contrato, não paga imposto, não tem registro etc. Não existe nenhum órgão que regule esse segmento, a não ser aquilo que foi tratado entre as partes. Já na hotelaria não tem isso”. As normas que

Em Ubatuba, a 234 quilômetros da capital paulista, já existem empresas especializadas em oferecer imóveis para locação nas temporadas de férias

regem a relação entre locador e locatário estão estabelecidas na Lei do Inquilinato (nº 8.245/1991). A maioria dos pacotes oferecidos é para

sete dias. Para quem quer só relaxar, existem opções com diária a partir de R$ 200, na praia de Indaiá, em Bertioga. Já quem prefere conforto, uma casa com quatro quartos na Riviera de São Lourenço pode sair de R$ 2,5 a R$ 5,6 mil o pacote. Em cidades como Ubatuba, no litoral norte paulista, a 234 quilômetros da capital, por exemplo, já existem empresas especializadas em oferecer imóveis para locação nas temporadas de férias. As opções e os preços são variados. Desfrutar da paisagem à beira mar em Ilha Bela (SP), durante uma semana, pode custar em média R$ 2 mil a diária. “Se dividir esse valor entre todos os amigos não fica pesado e é vantajoso”, comentou Sanches. Há também ofertas a partir de R$ 6 mil por dia, com direito a seis suítes com vista para o mar, acesso de barco, píer, sauna, empregados, entre outras mordomias. “A atividade tornou-se uma opção à hotelaria” O verão ainda é, com ampla vantagem, o período mais favorável para o setor. Em segui-

Divulgação

da vem as férias de julho, quando os turistas mudam o roteiro da praia em busca do ambiente aconchegante das montanhas. M.M

Oriente-se • Procure uma empresa idônea: cheque a documentação para certificar se o imóvel pode ser alugado • Peça garantias ao locador: visite o imóvel e faça uma boa vistoria antes de fechar o contrato • Obtenha o máximo de informações sobre os arredores onde o imóvel está situado • Procure referências sobre do imóvel e do locador: certifique-se das garantias antes de efetuar depósito antecipado Fonte: Fernando Luiz Sanches (empresário)


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Ritmo de obras deve acelerar, aposta setor “Minha Casa”: expectativa é que 700 mil projetos sejam aprovados até o primeiro semestre de 2010, antes do início do período eleitoral Entre os empreendimentos contratados, a maior quantidade de unidades será destinada a quem ganha de três a seis salários mínimos – 11.304 casas. Na faixa de até três salários mínimos, a quantidade de casas é de quase 10 mil e para a faixa de renda de seis a dez salários mínimos, estão previstas a construção de 4.908. Segundo a Caixa, 26 Estados e o Distrito Federal, além de todas as capitais, assinaram o termo de adesão. Ainda resta o Espírito Santo. A lista dos municípios incluídos no programa está disponível no site www.caixa.gov.br. Famílias com renda de até 3 salários mínimos têm subsídio integral com isenção do seguro;

Saiba mais

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ritmo das obras do programa Minha Casa, Minha Vida deve aumentar na primeira parte do ano que vem, mas diminuir na segunda por causa das eleições. A projeção é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady. A expectativa é de que até a metade do próximo ano, 700 mil projetos estejam aprovados pela Caixa, em construção ou já entregues. Segundo ele, esse ritmo já é um avanço, uma vez que em seis anos de governo Lula, foram construídas 750 mil unidades para a faixa de renda até seis salários mínimos. “Agora vamos fazer isso em apenas 18 meses”, disse. Ele acrescentou que as construtoras estão presentes onde há demanda e condições de produzir. A meta do governo é construir 1 milhão de casas, o que atende parte do déficit habitacional de cerca de 7 milhões de moradias. Segundo dados da Caixa, até o final de julho, a instituição recebeu 1.114 propostas de empreendimentos, o que representa 215.855 unidades e R$ 13,5 bilhões em investimento. Destas, 177 propostas foram contratadas, o que corresponde a 26.211 unidades e R$ 1,66 bilhão em investimento.

Para famílias com renda de 3 a 6 salários mínimos há o aumento do subsídio parcial em financiamentos com redução dos custos do seguro; Famílias com renda de 6 a 10 salários mínimos também recebem estímulo à compra; Na faixa de até três salários, o cadastro é feito nos locais indicados pelas prefeituras, na Caixa ou pelo 0800726-0101.

Paisagismo

• Projetos • Comércio de plantas ornamentais e frutíferas • Colocação de grama • Mudas de uva a pronta entrega Telefone: (11) 4636-4102

Maurício Builcatti


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euforia? Cadê a

De uma ponta a outra da cadeia produtiva, fornecedores, construtores e consumidores se contorcem, apesar do estímulo, para obter vantagens do IPI reduzido na construção

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á dois anos, nenhum outro objetivo tem acompanhado tanto o frentista Eduardo Miranda, 24, que não seja terminar os três cômodos e um banheiro da nova casa que passará a abrigar as seis pessoas –seus pais, duas irmãs e um sobrinho- da família, segundo ele, uma das mais antigas de Jundiapeba, lugar onde nasceu. Foi “na coragem” que ele começou, aos poucos, a construir pela primeira vez. Sem projeto, Miranda ainda não conseguiu tocar a obra até o final. Oportunidade que ele viu se aproximar com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na construção civil, anunciado no primeiro semestre pelo governo. Ajudou, mas... foi justamente no bolso que ele sentiu o baque mais forte. “Minha intenção era, em oito meses, levantar tudo e rebocar, mas tive de adiar por causa do preço. O cimento caiu, mas já aumentou de novo. Com o ferro, foi a mesma coisa. A pedra também está cara demais. Algumas coisas compensam comprar e outras não. As lojas oferecem desconto em um produto, mas aumentam o preço em outro. Por isso, não compensa comprar tudo de uma vez, o prejuízo é maior. Eles metem a faca”, reclamou. No caso do cimento, por exemplo, Mirando viu o preço cair

de R$ 26 para R$ 16 e, mais tarde, pular para R$ 18. Até o momento, ele calcula R$ 17 mil investidos na compra de materiais para construção. A ideia era aprontar tudo em um ano. Não deu. Os planos ficaram para janeiro de 2010. “Quero começar o ano de casa nova”, projetou. De acordo com o Sindicato da Construção Civil, pequenos consumidores, como Miranda, movimentam nada menos que 80% das vendas no setor.

Mãos à obra Passados oito meses desde o anúncio da redução do IPI de material de construção, os refleO xos ao longo da cadeia produtiva do setor frentista Eduardo Miranda foi não se mostram dos mais animadores. Asobrigado a adiar os planos sim como as construtoras, fornecedores e de terminar a obra por causa especialmente o consumidor final, apesar da instabilidade dos preços do estímulo por preços mais baixos, code material de construção: meçam a disfarçar a euforia exibida an“minha intenção era teriormente. levantar tudo em oito Há dez anos no ramo, e colhendo bons meses”

A administradora Carolina Tje, da King Comercial: “Não tivemos aumento nas vendas por causa do IPI reduzido”


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as contas”. A lista também inclui o bloco estrutural. “De R$ 1,10 foi para R$ 1,80. Teve 70% de reajuste; uma alta acima do ICC [Índice da Construção Civil], que está perto de 1%, enquanto a matéria-prima teve alta de 50%. É um jogo de manipulação do mercado”. A única forma de equilibrar a equação, aponta, viria a partir de estímulos do governo à abertura da concorrência no mercado de matéria-prima. Enquanto isso não acontece, Sena busca alternativas que o permitam economizar agregando qualidade à obra. “Vou buscar na fábrica o material que compro, o que me dá condições de baratear meu custo e investir em material de boa qualidade. Diminuo meu custo e repasso esse desconto para um melhor acabamento”. Voltados às classes C e B, os imóveis localizados em Mogi das Cruzes custam aproximadamente R$ 130 mil (70 m² de área construída) e R$ 250 mil (125 m²). “Em uma casa de R$ 180 mil, é possível aplicar, em proporções menores, a mesma qualidade encontrada em uma casa de três quartos, suíte, closet e sala ampla”, afirmou.

Do outro lado do balcão Do canteiro de obras ao comércio de material de cons-

resultados nos negócios, o construtor Sena Júnior parece não ter do que se queixar. Pelo menos até o momento em que alguém questiona sua opinião sobre possíveis reflexos no setor. “Tem muita propaganda nisso. Não é que houve, como foi falado por aí, redução do preço. O que aconteceu, na verdade, foi que não deixaram piorar mais, evitando outro aumento [de preço] do ferro, cimento e cal. O resto, pedra, areia, tem aumentado. Esse IPI não tem solucionado muito a questão, mas sem isso o ferro, que hoje é R$ 26, custaria R$ 30”, comentou. Nas contas do construtor, o mesmo vergalhão de três oitavos comprado no ano passado a R$ 18,40 hoje se encontra na faixa dos R$ 26. “Pelo menos manteve. Podia estar mais caro ainda. Subir de R$ 18 para R$ 26 é muita coisa. Faça

O construtor Sena Júnior tem opções para economizar agregando qualidade à obra. “Vou buscar na fábrica o material que eu compro”

IPI Saiba mais Em março, o governo anunciou a redução do IPI para pouco mais de 20 grupos de produtos de materiais de construção, como revestimentos, tintas e cimento, entre outros. Em abril, foram incluídos novos itens na lista, como telhas de aço, impermeabilizantes, revestimentos cerâmicos, cadeados e registros de gavetas. A iniciativa atingiu quase

80% dos itens comercializados. Boa parte dos produtos teve uma redução de 5% a 10% nos preços. A medida do governo objetivou dar fôlego ao setor após a crise financeira em setembro do ano passado. A redução do imposto para o material de construção vai até o ultimo dia do ano.

trução, os desafios continuam ao longo da cadeia produtiva. A administradora da King Comercial, Carolina Tje, torceu o nariz e não conseguiu pontuar sequer um benefício percebido a partir do IPI reduzido. Ela pensou, pensou e, após uma breve pausa, afirmou: “Nada. Se você quer mesmo saber, não aumentou a procura nem tivemos aumento nas vendas”. Segundo ela, as vendas mantiveram os mesmos patamares de períodos anteriores ao corte no tributo. “Continuamos vendendo normalmente. O movimento está estável. Em nada essa medida mexeu com nosso comércio. Essa coisa do IPI a gente só vê na tevê. O que mais nos afetou foi a substituição tributária que somos obrigados a fazer quando vendemos para outros Estados”, afirmou. Em março, quando passou a valer a medida, o governo informou que seriam feitos estudos para dimensionar seu impacto para a construção civil, mas nenhum resultado oficial conclusivo ainda foi divulgado. Apesar disso, na avaliação do governo, o corte ajudou a estimular o setor no período pós-crise. Três meses depois, o governo decidiu prorrogar a redução do IPI até o dia 31 de dezembro. Já existe, porém, uma especulação sobre uma possível disposição de o prazo ser estendido até 2010.


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Programa facilita aquisição de

imóveis novos Governo Federal regulamenta plano que favorece famílias com renda mensal de até

R$ 2.790

O governo Federal anunciou a regulamentação do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU) e do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), integrantes do projeto Minha Casa, Minha Vida. A ação conjunta dos ministérios da Fazenda e das Cidades foi oficializada no Diário Oficial da União do dia 2 de setembro. As informações são da Agência Brasil. O PNHU vai subsidiar a aquisição em áreas urbanas de imóveis novos - cujo habite-se tenha sido expedido a partir de 26 de março de 2009 e desde que não tenham

sido ocupados. Os beneficiários serão pessoas físicas com renda familiar mensal bruta de até R$ 2.790, que estejam enquadradas nos programas de aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Não poderão participar do PNHU pessoas que tenham se beneficiado em qualquer época de programas habitacionais financiados com recursos da União ou de descontos habitacionais concedidos com recursos do FGTS. O interessado também não pode ter financiamento imobiliário ativo em qualquer localidade do território nacional nem ser proprietário, cessionário, arrendatário ou comprador de imóvel residencial urbano ou rural situado no atual local de domicílio ou onde pretenda fixá-lo. Outra exigência é que ele não poderá constar do Cadastro Informativo de Créditos não Qui-

tados do Setor Público Federal (Cadin) nem ter débitos não regularizados na Receita Federal ou no FGTS. O PNHR vai beneficiar os agricultores e trabalhadores rurais com renda bruta familiar anual que não ultrapasse R$ 55,8 mil, cujo montante deverá constar da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Para os beneficiários do PNHR valem as mesmas restrições do PNHU, acrescidas de algumas particularidades. É vetada a participação de agricultores e trabalhadores rurais que tenham terras com área superior a quatro módulos fiscais, na forma definida pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, e dos assentados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária.

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para obter vantagens do IPI reduzido na construção informativo imóveis

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2010 Tudo Azul em

Fotos Divulgação

Associado ao horizonte infinito, o tom claro foi escolhido a cor do próximo ano

O azul claro será a cor do próximo ano. A escolha foi feita a partir de um estudo mundial sobre tendências e desenvolvimento de cores, o Colours Futures 2010. Ela se baseia em fatores como arquitetura, design, artes, cultura, moda e nas realidades política e econômica global. Segundo o levantamento, o tom simboliza o infinito horizonte e renovação. A cor, também associada ao céu grandioso, ao frescor da brisa e ao ar puro, é caracterizada como otimista e com capacidade de oferecer sensação de pureza e bondade. Especialistas afirmam que tons de azul claros e etéreos como

a cor de 2010 são reconhecidos por serem refrescantes, reconfortantes e liberadores, além de oferecerem grande auxílio no combate à tensão, cansaço físico e exaustão. As características do azul estão associadas à ideia da recuperação. A palavra remete ao atual estado de espírito da sociedade, que se direciona a um papel mais ativo do indivíduo. Estudiosos sobre os poderes das cores acreditam que em um momento de incertezas quanto à economia, política e meio ambiente, a tendência é que as pessoas passem a valorizar mais os amigos, a família e as comunidades locais, além de cuidar melhor do planeta.

Onde usar? O tom, conhecido como “céu californiano”, é capaz de oferecer uma sensação de frescor, claridade

e espaço em qualquer ambiente da casa. Pode ser bem aproveitado em espaços como copa e cozinha, sala de estudo, quarto e outros.

O azul claro é uma cor fácil de conviver e pode ser combinada com cores mais vivas. Outra opção é a combinação simples e sofisticada com o branco.


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Protegidos

contra arrastão Condomínios residenciais de alto padrão investem pesado em segurança com o objetivo de diminuir os riscos de assalto

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médico Mário Masao Sugita, 44, não conseguiu sair para trabalhar na manhã do dia 20 de setembro de 2006. Era por volta das 7h30 quando ele foi rendido por homens fortemente armados na garagem do prédio onde ele mora. Oito assaltantes aproveitaram uma distração durante a troca de funcionários na portaria para invadir o Belvedere, condomínio de luxo localizado no Alto do Ipiranga, em Mogi das Cruzes. Pelo menos oito moradores foram feitos reféns. Sugita e a esposa, Marli, foram os primeiros. “Fomos surpreendidos ao sairmos do elevador e trancados em uma saleta”, contou. Quatro dos 40 apartamentos foram assaltados durante os 30 minutos em que a quadrilha permaneceu no edifício. Na época, o prejuízo total foi estimado em R$ 30 mil. Os criminosos, na realidade, estavam atrás de um dos condôminos. “Eles sabiam o que queriam. O objetivo não era entrar em todos os apartamentos”, disse Sugita, que ocupa a função de subsíndico desde o início do ano. A quadrilha passou um mês estudando a rotina de moradores e funcionários do local. “Observaram a entrada e a saída das pessoas, a portaria, os horários, percebendo as falhas na segurança que havia no prédio”, disse Sugita. Foi a segunda ação do gênero registrado pela polícia no município. O primeiro caso ocorreu em setembro de 2005 no Edifício Rebecca, no centro de Mogi. Em maio deste ano, a cidade registrou o terceiro arrastão da história. Desta vez, foram invadidos 15 apartamentos do Firenze, luxuoso condomínio localizado na Vila Oliveira. Dados da Delegacia Seccional da Polícia Civil, mostram outros dois arrastões em condomínios ocorridos neste ano no Alto Tietê. Os crimes aconteceram em Suzano, nos meses de março e abril. Em boa parte dos casos, o não cumprimento das normas de segurança foi determinante para a prática desses crimes. De volta ao Belvedere, o episódio serviu para que todo procedimento de segurança fosse aprimorado. “Depois daquele dia, decidimos mudar todo o esquema de segurança”, afirmou. Todo o protocolo de segurança passou por uma minuciosa revisão, desde o monitoramento com câmeras, que já havia, até o treinamento de funcionários e o controle de entrada e saída de pessoas. Além disso, toda a equipe da portaria foi substituída e, posteriormente, houve a troca da empresa responsável pela segurança. De nada adianta, porém, se não houver a


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colaboração de todos que frequentam o local. É justamente no descumprimento das regras internas de segurança que são encontradas as brechas que facilitam a ação de criminosos especializados em roubos a condomínios de alto padrão. “Eles tiveram quatro semanas para nos observar e não percebemos nada. Por quê? Porque não pensávamos que isso pudesse acontecer com a gente”, reconhece Sugita, que foi obrigado a mudar alguns hábitos em função da segurança.

O caso Firenze A rotina no Firenze nunca mais foi a mesma desde o assalto sofrido no início do ano. Seis meses depois, nenhum morador ou funcionário aceita falar sobre o assunto. O administrador do condomínio, Francisco Rainho Coelho, explica que a “blindagem” também faz parte do protocolo interno de segurança adotado após a invasão. “Quanto menos se sabe do condomínio, melhor. A ordem é não comentar nada, nem com parentes. Hoje não há garantias de que estamos 100% protegidos, por melhor que sejam os procedimentos de prevenção”, avaliou Coelho. Mesmo assim, o residencial preferiu investir o montante de R$ 100 mil para reforçar seu sistema de vigilância, concluído em setembro. Segundo ele, o êxito nas condições de segurança depende dos cuidados tomados por moradores, funcionários e frequentadores. “Cem por cento do sucesso na segurança em condomínios está ligada à disposição das pessoas em cumprir os procedimentos. É no descuido que se encontra a vulnerabilidade. Sem colaboração, nenhuma segurança funciona”, afirmou.

Com a palavra, a PM Na avaliação do comandante do CPAM-12 (Comando de Policiamento de Área Metropolitano) da Polícia Militar, coronel Milton Nomura, para que um crime aconteça é necessário que haja uma vítima em potencial. “Dependendo do seu estilo de vida, a pessoa será ou não uma vítima. Isso também tem a ver com os obstáculos criados em condomínios para deixarem de ser suscetíveis à ação de criminosos. Ou seja, a mesma estrutura existente para diminuir essa vulnerabilidade também pode facilitar a prática de crimes. Não dá para se limitar apenas à estrutura

(à esq.) Subsíndico do Residencial Belvedere, Mário Sugita; (à dir.) Coronel da PM, Milton Nomura: esforços para inibir a ação de quadrilhas organizadas

física de prevenção”, sustentou. Nomura destaca que as quadrilhas especializadas neste tipo de delito estão organizadas, contam com uma rede de informações privilegiadas, conhecem a estrutura dos condomínios: “Todos os riscos são calculados”. Segundo ele, só a estrutura física de prevenção não é suficiente para inibir o crime. “Mais importante que isso é a postura das pessoas que frequentam o local, imbuídos da consciência de que é preciso, com mais seriedade, mudar o comportamento coletivo. Não existe cem por cento de segurança”, afirmou De acordo com o Sesvesp (Sindicato das Empresas de Vigilância e Segurança Privada) existem atualmente 180 empresas de segurança associadas no Estado de São Paulo. Na capital, são 104 ao todo. Em Mogi, são duas.

Estado contra o crime Os roubos a condomínios passam a ser objeto de um programa específico da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que cria procedimentos unificados para combater essa modalidade criminosa. Implantado em outubro, o Programa de Prevenção e Repressão de Roubos objetiva racionalizar recursos, condições e procedimentos das unidades especializadas e de bases territoriais das polícias Civil e Militar. O programa determina que todas as ocorrências em condomínios no Alto Tietê e na Grande São Paulo, com exceção da capital, serão tratadas pelas delegacias seccionais, subordinadas ao Departamento de Polícia Judiciária da Grande São Paulo (Demacro). Na capital, os casos serão repassados à

divisão subordinada ao Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic), mesmo que o roubo tenha sido cometido em um único imóvel, no interior do Estado. Desde junho, um grupo de trabalho, coordenado pela Divisão de Investigações sobre Crimes Contra o Patrimônio, tem se reunido com o Sindicato de Habitação (Secovi) para discutir práticas de prevenção e repressão a roubos em condomínios. "A participação é importante para discutirmos os problemas e soluções em conjunto", disse o delegado da divisão, Waldomiro Milanesi. Os pontos críticos identificados irão delimitar áreas onde a Civil e a PM irão intensificar o policiamento. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 181.


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NOVEMBRO de 2009

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