CONCURSO PÚBLICO – SOLDADO PM GEOGRAFIA - PROFESSOR: WALTER SOARES
GEOGRAFIA GERAL O ESPAÇO GEOPOLÍTICO: Da velha a nova ordem mundial O choque de imperialismo na Europa Na Segunda metade do século XIX surgem novas potências industriais no espaço mundial: EUA, Alemanha e Japão. E as rivalidades entre ingleses e alemães ocasionam a grande guerra, período de crescimento para a economia norte-americana, que passa a abastecer os europeus durante o conflito e torna-se após a guerra a maior potência econômica mundial. § segunda Guerra mundial (1939-1945) foi na realidade, um desdobramento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), e a Alemanha novamente foi o pivô do conflito. Como resultado das sanções impostas pelo Tratado de Versalhes (1919), em conseqüência de sua derrota no conflito, o país mergulhou numa profunda crise econômica e social. Criaram-se, assim, condições favoráveis para a ascensão do nazismo. A grave crise econômica facilitou a aceitação pela população de idéias de cunho nacionalista. Muitos culpavam a democracia implantada em 1918 como responsável pelas conseqüências da derrota na guerra e estavam descontentes com o acordo de paz assinado em Versalhes. Havia ainda um medo difuso do comunismo como resultado da Revolução Russa de 1917. Tudo isso abriu espaço para a implantação de um governo autoritário e militarista. Adolf Hitler chegou ao poder, em 1933, com um discurso nacionalista, racista e imperialista que encontrou grande aceitação na sociedade alemã . Na tentativa de conquistar o espaço vital para o povo alemão, lançou o país num projeto expansionista que desencadeou a Segunda Guerra Mundial, da qual sairia derrotado. Mesmo os países vitoriosos, como o Reino Unido e a França, ficaram enfraquecidos econômica, militar e politicamente. Esse quadro favoreceu a ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética. O primeiro foi o maior beneficiado pela guerra, consolidando o seu papel de líder do bloco capitalista. Paralelamente, a União Soviética, que surgia em 1922 como resultado da Revolução Russa, não só expandiu o seu território, como também sua área de influencia, definindo, mais tarde o bloco socialista. A VELHA ORDEM MUNDIAL: a guerra fria Com o final da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética acirraram a disputa pela hegemonia no globo. Deram início, assim, à Guerra Fria, um dos períodos mais tensos da história, que se estendeu do imediato pósguerra até o final da década de 1980. Em 1946, o exprimeiro-ministro britânico Winston Churchill (1874-1965), em viagem aos Estados Unidos, lançou o termo "Cortina de Ferro" para delimitar, na Europa, a fronteira entre o Leste socialista e o Oeste capitalista. No entanto, considera-se que a Guerra Fria teve início mesmo em 1947. Nesse ano, os Estados Unidos lançaram as bases da Doutrina Truman e do Plano Marshall.
Prof. WALTER
Em 11 de março de 1947, o presidente Harry Truman (1884-1972) fez um discurso aos congressistas norteamericanos propondo a concessão de créditos para a Grécia e a Turquia, com o objetivo de sustentar governos pró-ocidentais naqueles países. Ao proferir esse discurso, lançava a doutrina que levaria seu nome. Truman governou os Estados Unidos de 1945 a 1952. O pressuposto geopolítico fundamental da Doutrina Truman era impedir o expansionismo da União Soviética, fazendo alianças com outros países para isolá-la. Complementando a Doutrina Truman, o secretário de Estado norte-americano George C. Marshall idealizou um plano de ajuda econômica para acelerar a recuperação dos países da Europa ocidental, o Plano Marshall. Ao consolidar as economias capitalistas européias, ele poria fim a à influência comunista e recuperaria mercados para produtos e capitais norteamericanos. De 1948 a 1952 foram canalizados 13,3 bilhões de dólares, beneficiando 18 países da Europa ocidental. Para administrar e distribuir a ajuda recebida por intermédio do Plano Marshall entre os países europeus ocidentais, foi constituída, em 1948, a Organização Européia de Cooperação Econômica (OECE). Em 1961, transformou-se na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), pois além dos países europeus beneficiados pelo Plano Marshall passaram a fazer parte da entidade os Estados Unidos e o Canadá. Com o tempo, outros países, como o Japão (1964) e a Austrália (1971), foram admitidos na entidade. O mundo da Guerra Fria foi marcado pela bipolarização de poder entre Estados Unidos e União Soviética, que buscavam ampliar suas respectivas zonas de influência. Mergulharam em uma acirrada corrida armamentista, na tentativa de chegar a um equilíbrio de forças. Como bem definiu o cientista político francês Raymond Aron: "Guerra Fria, paz impossível, guerra improvável". A paz era impossível porque as superpotências apresentavam, sob vários aspectos, um antagonismo insuperável e um conflito de interesse. No entanto, a guerra era improvável, pois um enfrentamento direto entre as superpotências poderia significar o fim de todos. Na América Latina, após a Revolução Cubana (1959). Os EUA apóiam ditaduras anti-socialistas consideradas regime de segurança nacional como estratégia para conter a expansão do modelo soviético em sua periferia latinoamericana (décadas de 60 e 70). De 1947 a 1991 (ano em que a União Soviética foi desmembrada), ocorreram cerca de 150 conflitos no planeta e em nenhum deles foram utilizadas armas nucleares. Em todos os conflitos, direta ou indiretamente, havia o envolvimento das superpotências, cada uma apoiando um dos contendores, seus aliados na Guerra Fria. Os Estados Unidos emergiram como os grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial. Acumularam vultosas reservas durante o conflito e mantiveram intactas suas cidades, indústrias e propriedades agrícolas. Vitoriosos, empenharam-se, então, na tarefa de reorganizar o mundo capitalista sob sua hegemonia: aumentaram suas
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