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Acessibilidade é respeito às diferenças

Estudante da UFU relata descaso de professora para atender necessidades asseguradas por lei fluenciaram no seu direito de existir na universidade. Heloane não escreve devido a sua deficiência, assim, sua monitora Gabriella de Paiva Aguiar é quem auxilia na redação das provas. Tal dinâmica nunca foi um empecilho para que a jovem se desenvolvesse, até se deparar com as lacunas presentes na docência. ceptivo aos alunos PcDs e relembra que libras é uma disciplina ofertada e facilmente encontrada em projetos da UFU, como o “Falando com as mãos”, aberto à comunidade.

Pessoas com deficiência foram incluídas na Política de Cotas das Universidades Federais apenas em 2016. Hoje, na UFU, há 650 estudantes com deficiência. Entretanto, garantir somente o acesso à universidade não é o suficiente. É necessário promover ao estudante condições de acesso à educação de qualidade e participação política e social dentro do âmbito universitário.

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No Brasil, a Constituição Federal de 1988 destinou o Capítulo V para a Educação Especial, pro- movendo atuações nas instituições de ensino para prover a educação de pessoas com deficiência desde a infância até o ensino superior. Em 2015, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) foi promulgada para assegurar que o sistema educacional seja inclusivo em todos os níveis. Ainda assim, no espaço educacional superior, nota-se que esse direito não é assegurado integralmente.

É o que relata a estudante de Biologia na UFU, Heolane Rocha, que enfrentou obstáculos que in-

EDITAIS DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL PARA PCDs

PROAE

•Edital de acessibilidade: auxílio mensal (10 parcelas de R$400,00)

•Edital de acessibilidade digital: auxílio único para compra de itens de tecnologia assistiva.

•E-mail de contato: dipae@proae.ufu.br

Serviços oferecidos pela DEPAE

•Atendimento de intérpretes de libras

•Monitoria

•Adaptação de material

•Empréstimos de aparelhos de tecnologia assistiva

Email de contato: depae@prograd.ufu.br

Em uma das cinco disciplinas em que está matriculada, a docente responsável foi resistente na hora de garantir o suporte necessário. “Ela começou a duvidar da gente achando que estávamos trapaceando nas avaliações", narrou Heloane. Gabriella conta que a estudante foi invisibilizada pela professora, se dirigindo apenas à monitora. “Ela ficava olhando para mim enquanto a Helô falava e pedia para eu traduzir o que ela estava falando”.

Já Maria aponta que “o estudante não é da DEPAE, ele é da universidade, como todos os outros”, e que, portanto, é necessário que haja uma rede de apoio organizada da comunidade acadêmica. “A gente precisa criar mecanismos para que as pessoas tenham uma visão menos capacitista. E entendam que ter deficiência é um modo diferente de estar no mundo, não pior”, finaliza. 

A monitoria é a maior demanda que os estudantes com deficiêncialevamàDEPAE.

•Há necessidade em todos os campidaUFU

•Bolsa-auxílio:R$240,00

•12horassemanais

Para ser monitor(a) é necessário se candidatar através dos EditaisdaDEPAE.

Saiba mais em: www.depae.prograd.ufu.br/ editais

Maria Aparecida Satto, coordenadora da Divisão de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação Especial (DEPAE), do campus Pontal, explica que Gabriella foi um instrumento para materializar a resposta da prova, sendo, inclusive, um auxílio assegurado legalmente. Devido à gravidade do ocorrido, a DEPAE entrou em ação e, atualmente, a situação está regularizada.

Anna Paula Leite, coordenadora da DEPAE, do campus Santa Mônica, destaca que a comunidade acadêmica deve buscar promover um ambiente mais re-

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