2016
© 2016 dos autores
P418p
Projetos educacionais – volume 2 / Organizado por Daniele Fernanda da Silva – São Carlos : RiMa Editora, 2016. 96 p. ISBN – 978-85-7656-336-5 1. educação. 2. educação infantil. 3. alfabetização. 4. ensino. I. autor. II. título.
Rua Virgílio Pozzi, 213 – Santa Paula 13564-040 – São Carlos, SP Fone: (16) 3201-9169
Sumário Reciclagem ......................................................................................................... 7 Adriana Guimarães Dias Prado, Alessandra Aparecida A. dos Santos Custódio da Silva e Carolina Balbino Avaliação da Aprendizagem Escolar ................................................................... 10 Flaviane Gomes da Costa Meu Planeta, Minha Vida! .................................................................................. 13 Elizabete Ulbrick Jorge, Adriana de Marco e Tatiane Cristina Gomes de Lima Brincando com Magnetismo na Educação Infantil ............................................... 18 Francimeire de Sousa Zepon, Cláudia Helena Paulino Bogas e Cristiane Renata Romanello A Importância da Literatura Negra na Educação Infantil ...................................... 23 Cláudia Beatriz Fasanelli Takeda, Silvana Regina Fasanelli Boro e Silvana Aparecida Soad Soares Projeto: Musicalização ........................................................................................ 28 Daniela Campaner Parciasepe, Marcia Marcela Takaessu Domingos e Priscila Maria Nunes Blanco Entender o Trânsito Também É Educar para a Vida .............................................. 35 Adevanir Aparecida C. Bertocco, Daiana Branco Manfio Ponce e Esleide de Cassia Rodrigues Conhecendo as Joaninhas ................................................................................... 42 Adriele Helena Belli, Daniele Fernanda da Silva e Márcia Altimira Gradim Martinez Projeto: “Práticas Educativas para o Desenvolvimento da Autoestima”. .............. 48 Lauri de Freitas Petilli Zopelari e Simone Graziela Vicente da Silva A Importância da Ludicidade na Educação Infantil ............................................... 54 Márcia Elisa Canova Bedendo Cada um na sua casa .......................................................................................... 66 Janaína de Oliveira Vieira Feliciano, Maria de LourdesPereira e Wirley Regina Marchi Mata Atlântica: Conhecer para Preservar ............................................................ 70 Patrícia Pereira Preservar Também é Coisa de Criança ................................................................ 79 Gleicimar Suffiatti, Valéria Gomes Pastori e Vanice Melo Simões
Projeto: Poetizando com Cecília .......................................................................... 84 Ana Cecília Vicenssote Bueno, Ana Clara Ferreira Paulino Castilho e Érika Fernanda Brizolari Soad Trânsito – “Mudando Comportamentos” ............................................................. 89 Mara Silvia Desiderá Dovigo e Maria de Lourdes Nogueira Martinez Sobre as autoras ................................................................................................ 93
Reciclagem Adriana Guimarães Dias Prado Alessandra Aparecida A. dos Santos Custódio da Silva Carolina Balbino
Resumo O presente trabalho foi desenvolvido no CEMEI Homero Frei, creche Municipal da cidade de São Carlos, com as turmas da fase 4 e 5, cuja idade compreendia de 3 a 5 anos. O projeto foi desenvolvido pela necessidade em ensinar a importância desde muito cedo de se reutilizar o lixo para que o mesmo não agrida o meio ambiente causando danos ao futuro. Os alunos foram levados a desenvolver atividades que os estimulassem ao conhecimento da importância de se reciclar e manter o ambiente limpo.
Introdução O projeto reciclagem é um tema abordado constantemente nas escolas e nós da fase 4 e 5 do Cemei Homero Frei sentimos a necessidade de abordar esse tema com a turma, uma vez que todos precisamos nos conscientizar da importância de se reaproveitar o nosso lixo. No início o ensino vem do exemplo que dão seus pais e seus professores na educação infantil, pois é desde pequeno que a criança observa o cuidado e o hábito de separar os materiais (vidros, papéis, plásticos, etc), também será levado a ter o mesmo comportamento depois. O cuidado com o meio ambiente começa em casa e se dá a continuidade nas creches. Pensando na importância e na urgência de se manter o meio ambiente possamos ter o retorno mais tarde. Todo o projeto de reciclagem foi pensado em melhorar o meio ambiente, preservar o planeta e conscientização nos pequenos gestos.
Objetivo Compreender e reconhecer os elementos que são prejudiciais à saúde, conscientizando-os da importância da reciclagem para o Meio Ambiente.
Desenvolvimento O projeto teve início em março e se estenderá até dia 17 de maio, sendo o mesmo Dia Mundial da Reciclagem, e mais do que projetos precisamos colocar em prática desde cedo na vida das crianças a importância de se separar e reciclar o nosso lixo, fazendo com que vejam efetivamente o saldo desse lixo. Acreditamos que mesmo nessa faixa etária seja possível incorporar nos alunos o senso de colaboração. Para tanto, iniciamos com explicações expositivas do que seria o lixo, como poderíamos separá-los onde seriam colocados e alguns brinquedos que poderíamos fabricar através do lixo. Para o andamento do projeto trouxemos vários tipos de lixo para a sala de aula, que foram colocados no chão para que pudessem ter acesso e reconhecer os mais variados tipos, confeccionamos robôs coletores de lixo, para cada tipo, uma cor diferente para cada item, sendo assim, azul para papel, verde para vidros, amarelo para latas e vermelho para plásticos, também foi realizada a hora do conto, roda de conversa abordando o tema, desenhos para ilustração e confecção de brinquedos recicláveis. Também foi confeccionado um bilhete pedindo aos pais que enviassem para a escola materiais de lixo para que junto com seus filhos depositassem nos robôs coletores, com a finalidade de estender o projeto até as famílias. Reforçamos junto com a comunidade que a escola tem um ponto de coleta de buchas usadas para que as mesmas não danificassem o meio ambiente.
Resultados O trabalho foi bem interessante e importante, pois além de aprenderem sobre coleta e reciclagem se divertiram muito com a
confecção e pintura dos robôs e com a separação de todo o material. Acreditamos que tivemos sucesso na conscientização das crianças, podendo refletir em seus lares. A maior dificuldade encontrada foi envolver a comunidade no projeto.
Referências bibliográficas O Planeta pede socorro. Revista Veja São Paulo nº33 – 21/08/2002 – O Manual da Reciclagem – Revista Veja Planeta Sustentável – 05/09/ 2007.
Avaliação Aprendizagem
da Escolar
Flaviane Gomes da Costa
O objetivo deste artigo é discutir o tema “Avaliação da Aprendizagem Escolar” pela visão de Cipriano Luckesi, e identificar a prática avaliativa que vem sendo realizada nas salas de aula atualmente e a prática avaliativa ideal para um significativo processo de ensino-aprendizagem. Dentre as observações gerais sobre a prática da avaliação da aprendizagem escolar aqui no Brasil, Luckesi destaca a nossa prática educativa, como “Pedagogia do exame”, onde todas as atividades docentes e discentes são voltadas para um treinamento de resolver provas, tendo em vista uma preparação para o vestibular. Essa pedagogia é muito visível no segundo grau. Ao longo da história da educação moderna e de nossa prática educativa, a avaliação da aprendizagem escolar por meio de exames e provas, foi se tornando um fetiche e foi sendo aplicado conforme o interesse do professor ou do sistema de ensino. Isso fica claro quando Luckesi (2009, p.23) afirma: “A Avaliação da aprendizagem escolar, além de ser praticada com uma tal independência do processo ensino-aprendizagem, vem ganhando foros de independência da relação professoraluno. As provas e exames são realizados conforme o interesse do professor ou do sistema de ensino. Nem sempre se leva em consideração o que foi ensinado.”
O processo se tornou tão “normal”, que todos os envolvidos (pais/ sistema de ensino/ profissionais da educação/ professores e
alunos) passaram a ter suas atenções centradas na promoção ou não dos educandos, de uma série para outra. Hoje vemos os alunos indo para a escola sem a preocupação de aprender, vão apenas para tirar notas e passar de ano. E para esses alunos a nota mínima para passar já basta, não estão preocupados no que vão perder, deixando de aprender o conteúdo proposto para aquela série. Assim como os alunos, estão os pais, com a mesma visão, que seus filhos passem de ano. Na reunião de Pais e Mestres, isso fica bem claro, os pais chegam já querendo ver o boletim, preocupados se a nota que o filho tirou vai levá-lo para a série seguinte, mas dificilmente se preocupam se seus filhos realmente estão aprendendo. Luckesi descreve a forma como vem sendo aplicada a avaliação (classificatória), e sugere um outro tipo, a diagnóstica. A primeira, realizada através de provas/exames apenas classifica os alunos como: aprovados/reprovados; aptos/não aptos; bons/ruins; fracos/ fortes e daí em diante. Já na avaliação sugerida pelo autor, a diagnóstica, os dados devem ser coletados e analisados criteriosamente não com o objetivo de aprovar ou reprovar os alunos, mas para que os professores possam rever o desenvolvimento dos educandos, dando oportunidade para que os mesmos avancem no processo de construção do conhecimento. Neste tipo de avaliação, a participação dos alunos é peça fundamental, pois juntos aos professores poderão entender/compreender a situação da aprendizagem que, por sua vez, está atrelada ao ensino. Luckesi (2009) em seu livro “Avaliação da Aprendizagem Escolar” sugere que um educador que se preocupa com uma prática educacional voltada para a transformação, não aja inconsciente e irrefletidamente. Que não faça da avaliação uma ação mecânica. Que planeja suas atividades de ensino e estabeleça previamente o mínimo necessário a ser aprendido efetivamente pelo aluno. Que resgate o significado diagnóstico da avaliação, de ser o instrumento da identificação de novos rumos. Acreditamos que muitos professores até tentam fazer suas avaliações de maneira diagnóstica, mas por diversos motivos acabam
indo pelo lado mais fácil, a classificatória. Falta por parte dos educadores planejamento e reflexão. A avaliação acaba sendo feita apenas para a obtenção das notas e quando as mesmas não são satisfatórias nada é feito. O problema é que se o sistema de ensino não está preocupado com a efetiva aprendizagem do aluno, quem vai cobrar desses professores um maior empenho nessa parte? Pois sabemos que muitos profissionais só mudam suas condutas, quando são realmente cobrados. Portanto, a mudança tem que começar pelo sistema, para que os alunos possam sair ganhando. Após todas as considerações feitas por Luckesi, é inegável o fato da atual prática avaliativa, não estar contribuindo para o pleno desenvolvimento do educando. A prática da avaliação da aprendizagem, em seu sentido pleno, só será possível na medida em que não houver mais apenas o interesse pela aprovação e reprovação dos alunos, e sim a preocupação com que eles realmente aprendam e se desenvolvam.
Referências bibliográficas LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 20ª edição. São Paulo: Cortez, 2009. ENGELS, Friedrich. A humanização do macaco pelo trabalho. In: A dialética da natureza. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
Meu Planeta, Minha Vida! Elizabete Ulbrick Jorge Adriana de Marco Tatiane Cristina Gomes de Lima
Introdução Trabalhar o meio ambiente com os alunos e toda a comunidade escolar é de suma importância no processo educacional diante de tantas transformações que vem ocorrendo na natureza e em grande parte devido à atitude do ser humano perante o meio em que vive. Diante de tantos problemas esse projeto tem como princípio básico conscientizar nossos alunos sobre a importância de preservarmos a natureza e reconhecer os princípios básicos para esse processo podendo levar todo o conteúdo aprendido para casa e sua comunidade; e ter assim a consciência limpa ao cuidar do planeta; economizando água, não poluindo o meio ambiente e praticando ações de respeito e preservação. É importante mostrar para os alunos que somos responsáveis pela preservação e cuidado do nosso planeta e criar a percepção de quanto é importante o papel de cada um ao evitar desperdícios e consumir adequadamente os meios que a natureza nos oferece reconhecendo que somos responsáveis pelo nosso planeta. A realização do projeto busca o reconhecimento por parte do aluno neste processo de conscientização e criar novos hábitos utilizando-se de reaproveitamento e reciclagem de determinados produtos levando essa problemática para que toda sua comunidade possa se envolver e desenvolver esses métodos de forma a buscar alternativas de economia e incentivar toda a família para adotar métodos alternativos também em casa. Utilizando-se do trabalho interdisciplinar, várias são as formas de se trabalhar com os alunos e cada uma delas serão exploradas neste projeto.
Objetivos
Desenvolver a consciência sobre o problema ecológico em relação à poluição.
Reconhecer o problema dentro da comunidade, discutir e propor formas para solucionar o problema.
Adotar formas adequadas no consumo diário de produtos recicláveis.
Produzir brinquedos com sucatas recicláveis.
Conhecer o processo de tratamento de água e esgoto e sua importância.
Reconhecer a importância do plantio de árvores.
Conscientizar-se e expor o aprendizado para toda a comunidade em forma de cartazes.
Metodologia Para iniciar o projeto, foi realizada uma roda de conversa com os alunos levantando a questão sobre a preservação do nosso ambiente. O que cada um acredita ser prejudicial, o que polui nosso ambiente, quais as consequências dessa sujeira e o que eles acham que poderia ser feito para mudar isso. O diálogo foi muito produtivo e os alunos demonstraram interesse ao tema. Construímos um cartaz com os levantamentos e pudemos comparar ao final da conversa a diferença de quantos hábitos são realizados diariamente e são prejudiciais à saúde e os hábitos corretos. Em seguida as crianças fizeram um passeio pela comunidade ao redor da escola observando a quantidade de lixo e outras formas de poluição como fumaças, queimadas (o fundo da escola tem muito mato e parte dele estava queimado) e entrevistamos três pessoas perguntando sobre seus hábitos. As crianças puderam concluir o quanto é necessário a conscientização das pessoas para mudarem seus hábitos e registraram através de desenhos.
Dando continuidade, realizamos uma palestra sobre a importância da água. Como a água é tratada em nossa cidade e porque precisamos economizar.
Após a palestra os alunos puderam realizar um passeio pela estação de tratamento de água Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) conheceram as dependências das estações e as etapas dos processos de tratamento e cada processo que passa a água para sua limpeza até a chegada em nossa casa. As visitas apresentam orientações sobre produção, tratamento, monitoramento e uso consciente da água, além de conceitos de sustentabilidade e responsabilidade com o meio ambiente. Realizamos em outro momento o plantio de árvores ao redor da escola. Iniciamos com um diálogo sobre o porque as árvores são importante para nosso ambiente e qual seu papel nos espaços da
natureza. Em seguida, as crianças se dividiram em grupo e realizaram o plantio de pequenas árvores.
Os alunos fizeram um passeio ao Parque Ecológico da cidade e puderam conhecer o habitat dos animais e observar a diferença desse ambiente para o ambiente em que vivemos ao redor de casas e poucas árvores. Encerramos o passeio com um piquenique consciente. Na sala de informática os alunos puderam realizar pesquisas no computador sobre formas de cuidar do nosso planeta e o que significa sustentabilidade. Depois, em grupos eles construíram cartazes com desenhos e frases explorando a importância de se praticar hábitos sustentáveis e reciclagem para cuidar do nosso planeta. Todos os cartazes foram expostos na entrada da escola para a comunidade ter acesso.
Também no computador os alunos realizaram a pesquisa do que pode ser feito com materiais de sucatas: brinquedos com sucatas e reciclagem. Cada aluno escolheu um material para trazer de casa no dia seguinte e produzir um brinquedo diferente com sucata.
Resultado O desenvolvimento do projeto foi positivo, os alunos participaram e se dedicaram em cada atividade e realizaram as mesmas de forma positiva. Cada objetivo foi alcançado com sucesso e o trabalho de conscientização foi alcançado com os alunos. O trabalho ainda não acabou pois cuidar da nossa natureza é algo diário que deve ser trabalhado por toda a vida.
Brincando com Educação
Magnetismo na Infantil
Francimeire de Sousa Zepon Cláudia Helena Paulino Bogas Cristiane Renata Romanello
Resumo Ao propor brincadeiras com ímãs estimulamos o levantamento de hipóteses sobre a capacidade de atração destes. O trabalho teve por objetivo desenvolver a argumentação, a ampliação de vocabulário, estimular o pensamento e as ações a fim de descobrirem respostas sobre a capacidade de atração do ímã em relação a alguns objetos; bem como a não atração a outros. O desenvolvimento se deu a partir das brincadeiras com brinquedos que possuíam pequenos ímãs, e do manuseio de ímãs maiores assim como de diferentes materiais, a fim de promover a troca de conhecimentos, o levantamento de hipóteses e conclusões sobre a ação do ímã.
Introdução A dinâmica do trabalho foi fundamentada em muitas observações, reflexões, manuseio de materiais e elaboração de hipóteses acerca da capacidade de atração do ímã. O estímulo inicial para o trabalho ocorreu a partir de um brinquedo da sala que continha em uma das patas um ímã. Uma das alunas da turma percebeu que ele se fixava nas colunas de metal do pátio, e não se fixava nas paredes da escola. Diante de tal fato achamos conveniente propor o trabalho de investigação sobre o que havia de diferente com o brinquedo. Por meio de várias brincadeiras com ímãs, as crianças com idade de 2 a 4 anos (pois eram duas turmas), ampliaram questionamentos
científicos importantes, além de desenvolverem a motricidade e oralidade, tão importantes nessa fase da infância. Desse modo as crianças se envolveram em atividades e de forma bastante lúdica puderam tirar conclusões interessantes, desenvolver a socialização e a capacidade de atenção e argumentação.
Objetivos
Reconhecer o ímã como um material que possui a capacidade de atração.
Criar um ambiente favorável à discussões, ampliação de vocabulário e elaboração de conclusões a cerca da capacidade de atração do ímã.
Desenvolvimento Atividade 1 No primeiro momento as professoras pediram para a turma observar o ambiente da sala de aula. A disposição dos objetos, móveis e brinquedos. Em seguida, uma delas saiu com a turma e a outra preparou a sala de aula com pequenos pôneis de brinquedo, que possuíam em suas patas um pequeno ímã, colocando-os de maneira chamativa presos ao armário e prateleira de metal. Ao retornar com as crianças pediram para que novamente observassem o ambiente e dissessem se havia algo diferente ali. Então as crianças começaram a participar oralmente da atividade. — Tem um cavalinho ali. Disse Igor apontando para o armário. — Tem um DVD – disse Kassandra associando um grande ímã também preso ao armário e que tem a forma circular. — Não é um DVD, é a comida do cavalo - Falou Danilo ( de 3 anos). Muito empolgados, Mel e Matheus levantaram-se e disseram que havia uns cavalinhos presos na prateleira e estavam de cabeça pra baixo.
A professora lança a pergunta: — Puxa vida turma, como esse brinquedo ficou preso aí? Vieram algumas respostas: — Com cola (Bruno 4 anos) — Está de ponta cabeça (Mel 4 anos) — Colocando no armário, ele gruda. Disse Kassandra. A professora novamente questiona: — Será que ele fica preso só aí no armário? E a aluna Rayssa responde: — No ferro também fica. Em seguida as professoras entregaram um pônei (com ímã) para três crianças e sugeriram que tentassem prendê-los em diferentes locais da sala: na TV na parte não metálica, na lateral de madeira da mesa e na porta da sala. Nesse momento os alunos foram observando que o brinquedo não se prendia nesses locais sugeridos de propósito. Interessante foi ver que a aluna Mel sentia-se insegura ao soltar o brinquedo, pois percebia e dizia que ele iria cair. Ana Beatriz afirmava que naquela parte da mesa o cavalinho não parava. Larissa colocou-o na parte de ferro da mesinha e afirmou: — Ah aqui ele para, mas na porta não. (A porta era de madeira). Kassandra afirma: — Ele só para no ferro (referindo-se à parte debaixo da mesa).
Atividade 2 Passeamos pelo pátio da escola e conversamos com a turma sobre ímãs. Apesar de serem alunos de pouca idade, nomeamos o termo “ímã”, o qual eles pronunciavam com dificuldade, e explicamos que ele era como uma pedrinha especial. Colocamos os pequenos pôneis nos pilares de metal da quadra e nos troncos de árvores do parque. As crianças observavam a diferença que havia, pois o ímã era atraído em um local, e em outro não.
Para completar a atividade e proporcionar a conclusão sobre a propriedade do ímã, utilizamos diversos materiais para a exploração dos alunos: tampinhas de refrigerantes e pedaços de E.V.A; moedas e clipes; copinhos plásticos e prendedores de madeira; pregos, borracha e folhas de árvores. Dispusemos também de pedaços pequenos de ímãs e um de tamanho grande. Ao explorar os materiais, brincando, eles percebiam que o ímã maior atraia os demais objetos com bastante força e facilidade e demonstravam a surpresa e espanto. Aos poucos foram percebendo que nem todos os objetos eram atraídos pelo ímã. Surpreendente foi a conclusão revelada por Kassandra ao comentar que o prendedor de roupas era atraído, fica preso – “somente no pedacinho que tem ferro”. Pedimos que os alunos separassem em dois grupos os materiais; aqueles que são “puxados pelo ímã” e os “não puxados”. Deste modo ficaram em um grupo: os pregos, clipes, moedas, prendedor de roupa (considerando a parte de metal) e em outro: folhas de árvores, copinhos plásticos, tampinhas de refrigerantes e pedaços de E. V. A.
Atividade 3 Essa última atividade proposta no projeto foi bastante interessante e despertou bastante entusiasmo nas crianças. Os alunos estavam sentados na mesa grande do refeitório da escola. Em cima da mesa colocamos diversos materiais que seriam atraídos pelo ímã: talheres, parafusos, pregos, ímãs de geladeira. O ímã grande foi passado sob a mesa e os objetos começaram a se mover. Bruno observou que uma das mãos da professora estava embaixo da mesa.
Então a professora pergunta: — O que será que estou passando embaixo da mesa pra fazer as coisas se mexerem? — É o cavalinhooo - referindo-se ao brinquedo usado no projeto. — Por que será o cavalinho? — Porque ele tem ímã – disse Rayssa As crianças se divertiram bastante com a brincadeira. Em seguida mostramos o que estava embaixo da mesa. Era o ímã grande, capaz de movimentar os objetos de metal. — Por que o ímã consegue mexer essas coisas? — Porque ele gosta só de ferro – Matheus
Resultados Com o desenvolvimento das atividades do projeto proporcionamos aos alunos algumas descobertas acerca da propriedade de atração do ímã, como podemos confirmar nas falas dos alunos: — O ímã e o ferro grudam. Ele não gruda na parede, na árvore e nem no vidro. (Pablo) — Eu grudei o garfo e a colher no ímã, porque ele é de ferro! (Bia) O trabalho também proporcionou ampliação de vocabulário, como o uso do termo ímã e outros, permitiu a argumentação e organização da linguagem oral. Consideramos o projeto de grande valia para aprendizagem dos alunos, pois a todo momento demonstravam interesse nas realização das atividades; e mesmo após o término do projeto percebíamos que ao brincar com o pequeno pônei, muitos relatavam que nele havia um ímã.
Bibliografia consultada MARTINS, Eduardo e Wolff Janeth. Redescobrir Ciências – A Importância de projetos. São Paulo; FTD, 2010. 160p. SILVA, Ayrton Gonçalves. Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências. São Paulo: EDART, 2009. 90p.
A Importância da Literatura Negra na Educação Infantil Cláudia Beatriz Fasanelli Takeda Silvana Regina Fasanelli Boro Silvana Aparecida Soad Soares
Educar de forma a compreender o outro e reconhecer as diferenças valorizando cada uma delas é a principal proposta para nossa sociedade diversificada, onde se busca o respeito mútuo sem preconceitos e que cada indivíduo reconheça sua importância social. É através da literatura africana e a exploração da identidade negra que esse projeto busca desenvolver uma nova geração consciente de sua história, cultura, religião e pertencimento social. Todo esse procedimento educacional se adequa a formação da identidade do aluno que ocorre desde pequenos onde cada um tem uma formação específica. A questão da identidade está ligada diretamente ao grupo que pertencemos considerando a história, cultura, raças e etnias. Sempre em processo de construção, o indivíduo vai adquirir suas particularidades e formar a sua identidade de acordo com o meio social em que está inserido, o que lhe é disposto para seu aprendizado, os valores sociais, étnicos, sexuais, culturais e religiosos. É através dessa cultura que se reafirma as identidades locais, nacionais e também surgem novas identidades diante de misturas de raças. Porém este é um processo dinâmico que pode passar por diversas mudanças ao longo da história onde acabam sendo reelaboradas diversas identidades e suas culturas. Ligada diretamente ao pertencimento cultural, sendo a fonte de significado e experiência de um povo, esse processo de formação de identidade se inicia a partir do momento em que nascemos
e passamos a fazer parte de uma sociedade. O indivíduo irá adquirir novos conhecimentos em sua família, comunidade e principalmente no meio escolar onde a educação apresenta importante contribuição nessa formação cultural e participação da construção de identidades. A educação com sua grande participação neste processo vêm a ser um instrumento de mudanças ou manutenção de determinados conhecimentos culturais que podem ser trabalhados e explorados de forma significativa com os alunos desde pequenos. Desde pequenos pois o ensino de educação infantil deve oferecer atendimento para todas as crianças de 4 meses à 5 anos, com o objetivo de garantir vagas para todas as crianças. Através da educação infantil obtém-se uma maior exploração do desenvolvimento, sendo uma fase importante para a inserção da criança no meio cultural e formação de sua identidade. É na escola que a criança vai ter a primeira experiência de ter o contato com outras pessoas ao mesmo tempo, começará a adquirir diversas habilidades e sua interação com as pessoas fará com que perceba as características que possuem em comum e também aquelas que lhe são peculiares, ou seja, verifica que é um ser único. Isto significa que sua identidade está se formando. Segundo Cavalleiro (2001, pág 18) “o contato com outras crianças de mesma idade, com outros adultos não pertencentes ao grupo familiar, com outros objetos de conhecimento, além daqueles vividos pelo grupo familiar, vai possibilitar outros modos de leitura do mundo”. Neste momento pode ocorrer também o primeiro contato da criança negra com o racismo e o preconceito, pois a desigualdade racial nas escolas tem sido marcada há muito anos, criando uma barreira para a criança em ter o seu espaço para socializar-se e reconhecer seu pertencimento, o que vem a carregar uma imagem negativa do negro para a criança, o que pode acarretar dificuldades em identificar seu grupo a que pertence sua raça. Encontramos como uma forma de explorar estes aspectos e possibilitar que o aluno tenha uma formação da identidade racial positiva através da literatura Africana. A utilização de livros
literários para crianças que contenham conteúdos sobre a cultura negra, histórias e personagens negros, onde a criança possa se identificar ou reconhecer alguma semelhança positiva na mesma. As crianças na educação infantil estimulam a imaginação assim que começam a ter contato com a literatura. Ouvindo histórias pode-se também sentir emoções importantes, como a raiva, a tristeza, o medo, a alegria, a insegurança, tranquilidade. A literatura africana é uma práxis que valoriza a construção de imagem positiva em relação ao negro, colocando em evidência o negro como sujeito histórico, capaz e pertencente à sua cultura, possibilitando ao educando reconhecer sua identidade de forma positiva. Encontramos hoje uma maior disponibilidade de obras literárias negras que podem ser trabalhadas em sala pelo educador abordando essa cultura racial que acabou sendo excluída da nossa sociedade, porém pertencente à grande parte da população brasileira que é negra. Escolhemos como referências para a literatura infantil os livros: “Saudades da África”, de Flávia Côrtes – a história de Iana e a vinda dos negros para o Brasil. Nesta narrativa é mostrada a História da vida dos negros, como vieram para o Brasil, a escravidão e a abolição. Iana era uma garotinha que passou por tudo isso. Foi trazida em um navio junto de seus pais e muitos outros negros, vendidos aqui no Brasil foram separados e a menina, por sorte, foi para a fazenda da Sinhá Tereza,que gostava do povo de Angola e também comprou seu amigo Kiluangi. Ao longo dos anos Iana e Kiluangi cresceram, tiveram que mudar seus nomes, esquecer sua língua natal, suas danças, suas músicas, seu Deus... eles se casaram e ganharam uma pequena casa na fazenda de Sinhá Tereza e um espaço para cultivar uma plantação. Logo uma princesa chamada Isabel assinou uma lei chamada Lei Áurea e todos os negros puderam ter sua liberdade. Iana reencontrou seus pais e reuniu sua família novamente.
“Pretinho, meu boneco querido”, de Maria Cristina Furtadouma história que narra a aventura de Pretinho, um boneco que por ser negro, é excluído pelos outros que habitavam o quarto de Nininha – uma menina negra que guardava o segredo de todos eles serem falantes. Movidos pelo preconceito racial e ciúmes, o boneco Malandrinho, o ursinho Malaquias e a boneca Fafá tramam pregar uma peça em Pretinho. Como resultado, Pretinho quase é devorado pelo cachorro Hulk. Passado o susto, os bonecos se arrependem e são perdoados por Pretinho e Nininha.
“O senhor das Histórias – mitos recriados em quadrinhos” de Wellington Srbek – neste livro o vovô Lobato conta para seus netos a história do velho Anansi, que vivia na África e embalava as noites do seu povo narrando belas histórias. Intrigado por acordar e nunca se lembrar do que havia contado na noite anterior, Anansi embarca numa grande aventura para conquistar a “caixa das histórias”. A obra se constitui em uma forma divertida de construir o conceito de memória a partir do legado cultural dos povos africanos.
Dentre estas, diversas obras literárias retratam a imagem do negro e sua cultura apresentando diferentes opções para auxiliar o educador em seu planejamento e concretização de uma práxis significativa na formação da identidade do aluno negro. A partir da leitura de cada texto, realizamos com os alunos rodas de conversa, destacando a questão do negro, quem gostou da história, o que mais gostou e o que eles acharam dos papéis dos personagens. Os alunos produziram desenhos diversos destacando o que mais marcou nas histórias e puderam expor em roda para os colegas. Eles puderam conhecer novos conceitos sobre o mundo cultural Africano, reconheceram traços que temos em nossa sociedade como, por exemplo, a capoeira e associaram algumas vestimentas que já viram pessoas usando. Fizemos uma visita ao Centro Cultural de Africanidades localizado no centro da cidade no
qual estão em exposições alguns materiais sobre a cultura e explicações sobre a mesma. Assistimos vídeos sobre o assunto, confeccionamos brinquedos culturais como a mandala e bonecas feitas com nós em tecido; também realizamos brincadeiras como picula (famoso pega-pega), batatinha frita 123, macaco disse e algumas de roda que eles já conheciam. Durante este projeto os alunos puderam conhecer um pouco mais dessa cultura, encontrando os pontos positivos e reconhecendo a identidade de cada um diante de tantas diferenças. O resultado foi extremamente positivo e alguns alunos quiseram levar os livros para casa para ler com seus pais. Cada semana um aluno levou um livro e fizemos revezamento para que todos tivessem acesso. O trabalho não acaba aqui e continuará, utilizando-se de outras literaturas e atividades diversas em busca de formarmos verdadeiros cidadãos éticos capazes de buscar pelos seus direitos sempre respeitando o outro.
Referências CAVALEIRO, E. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2000. ___________.Educação anti-racista: compromisso indispensável para um mundo melhor. In. CAVALLEIRO, E. (Org.). Racismo e antiracismo na educação: repensando nossa escola. – São Paulo: Selo Negro, 2001.
Projeto: Musicalização Daniela Campaner Parciasepe Marcia Marcela Takaessu Domingos Priscila Maria Nunes Blanco
Introdução A música colabora no desenvolvimento do corpo e da mente e é um poderoso instrumento de educação. Presente no dia a dia das instituições de educação infantil torna-se recurso para desenvolver/aperfeiçoar a: percepção auditiva, a organização, a coordenação motora, a imaginação, a linguagem, a acuidade auditiva, a memorização, a atenção, a concentração, o raciocínio, a socialização, a expressividade, o respeito a si próprio/ grupo, a disciplina pessoal, o equilíbrio emocional, ou seja, a música contribui na formação do indivíduo. O processo de musicalização, especificamente dos bebês, inicia-se espontaneamente de modo intuitivo por meio do contato com o mundo sonoro que os rodeia. As cantigas de ninar, acalantos, brincos, parlendas, canções de roda e os diferentes gêneros musicais devem estar presentes nas ações pedagógicas diárias porque são importantes para os alunos,visto que permitem a interação/ comunicação e a criação de vínculos; especificamente com a criança pequena. Neste sentido torna-se ferramenta valiosa de transformação e integração social. De acordo com o RCNEI (Referencial Curricular para a Educação Infantil): A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de integração e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana,
o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente. (BRASIL, 1998, p. 45).
Na Educação Infantil a musicalização e o lúdico caminham de mãos dadas - são elos que proporcionam aos alunos a possibilidade de construção do conhecimento musical - caminham lado a lado com o objetivo de despertar e desenvolver o gosto musical na criança, estimular capacidade de criação e expressão artística. Vale ressaltar que a Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica e atende crianças de 0 a 5 anos de idade. O trabalho com a músicas na educação infantil, deve permitir o estímulo às diferentes formas de expressar Arte. Desde muito pequenas as crianças estão imersas em um mundo de sons que os envolve e aos poucos elas percebem que podem agir usando sua voz, seu corpo. Neste sentido torna-se necessário que o professor de educação infantil ofereça a seus alunos diferentes estímulos sonoros porque a música é ferramenta de suporte cognitivo.Conforme o Referencial Curricular para a Educação Infantil (RCNEI): A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, na s mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc. (BRASIL, 1998, p. 45).
Segundo o RCNEI (1998) a aprendizagem musical é uma forma de conhecimento e expressão de extrema relevância para todas as crianças. Este mesmo documento também atribui relevância ao processo que resulta da música com os movimentos corporais: A realização musical implica tanto em gesto como em movimento, porque o som é, também, gesto e movimento vibratório, e o corpo traduz em movimento os diferentes sons que percebe.
Os movimentos de flexão, balanceio, torção,estiramento etc., e os de locomoção como andar, saltar, correr, saltitar, galopar etc., estabelecem relações diretas com os diferentes gestos sonoros.(RCNEI,vol.3, 1998, p.61)
Desta forma, o corpo torna-se um aliado no processo de ensino e aprendizagem musical. Os movimentos permitem a percepção e interiorização do ritmo, intensidade e altura e ainda possibilitam o desenvolvimento da expressividade das crianças. O trabalho com música permite ainda o conhecimento e a vivência de outras manifestações culturais - especificamente a afro-brasileira; contemplando assim os objetivos que propõe a Lei nº 10.639/03. Promover um ambiente que permita diversas formas de expressão, observação, percepção dos movimentos; atividades que buscam proporcionar a relação com o brincar, estimulando a criatividade, a imaginação, a ampliação do repertório musical e a vivência de manifestação cultural afro-brasileira, são itens abordados neste projeto. Neste sentido tratar da valorização da cultura popular, o resgate das cantigas, bem como apreciar e contextualizar música explorando diferentes estilos; faz-se necessária desde cedo, uma vez que é na escola que os alunos terão a oportunidade de apreciar repertórios diferentes dos que recebe em casa e da mídia.
Objetivo Geral Desenvolver a percepção musical das crianças
Objetivos específicos
Ampliar repertório musical – apreciação de diferentes gêneros musicais;
Desenvolver percepção auditiva - Paisagem Sonora;
Desenvolver linguagem verbal;
Diferenciar som e silêncio;
Estimular situações que integrem músicas e movimentos corporais;
Perceber/Explorar/Produzir sons que contemplem os diferentes tipos de som: natural, corporal, instrumental e vocal;
Promover atividades que exploram os diferentes movimentos e ritmos. (desenvolver o ritmo, reproduzir ritmos; adequar movimentos e mudanças rítmicas; expressar-se ritmicamente);
Promover formas de brincar musical (grave/agudo);
Resgatar nossa cultura e nossas tradições – cantigas de roda, músicas folclóricas, brincadeiras cantadas.
Metodologia O presente projeto buscou proporcionar aos alunos atividades diversificadas de musicalização. A sensibilização foi realizada por meio de atividades de Arte; especificamente músicas, e dança. Atividades que visem estimular a comunicação humana e a criatividade. Atividades com o próprio nome, o dos colegas, das professoras; nome dos animais; vozes dos animais. Atividades que desenvolvam e aprimorem a coordenação motora: marchar, girar, levantar os braços/pernas, agarrar os pés, rolar, marchar, esticar, pular, dançar. (explorando os diferentes espaços e ritmos). Músicas para relaxar, dormir, divertir-se.
Atividades
A natureza fala- sons onomatopaicos;
Apreciação de instrumento musical;
Apreciação musical – diferentes estilos musicais;
Apreciação musical – diferentes ritmos africanos;
Bandinha de sucata – Produtores de música;
Brincar com a voz – explorando grave/agudo/curto/longo;
Brincar, cantar e dançar;
Cantigas de roda;
Coral dos bichos;
Dança com jornal, celofane, tecido;
Descobrindo os sons – caixa com diferentes objetos sonoros;
Estátua;
Explorando Acalantos, Cantigas de Ninar, Brincos e Parlendas;
Histórias cantadas;
Imitando os sons naturais e artificiais;
Que som é esse; diferentes objetos sonoros;
Utilizar o corpo para expressar ritmos variados.
Recursos materiais CDs, DVDs, sininhos e campainhas, chocalhos, apito, tambores, chocalhos, guizos, tecidos, máquina fotográfica, tinta, giz de cera, lixa, latas, garrafas Pet, embalagens plásticas, tesoura, cola, jornal,celofane, papel Kraft, revistas/livros, tambor do divino, violão, letras de músicas, fotos, objetos/brinquedos sonoros, rádio - o professor, o aluno, os funcionários, a instituição e seus pertences.
Desenvolvimento A música está presente no nosso trabalho diário. Seja para marcar a rotina, para a exploração/expressão/comunicação/produção e entretenimento. Procuramos utilizar este riquíssimo recurso que é a música para integrar várias atividades. Buscamos explorar diferentes gêneros e locais para enriquecer ainda mais nosso trabalho. Nossas atividades estão em constante adaptação. No início do ano procurávamos cantar melodias curtas e de acalanto oferecidas pelos “brincos” – Serra serra, serrador..., e canções de ninar – Brilha, brilha estrelinha. Fomos aos poucos ampliando o repertório de acordo com a necessidade dos alunos e do projeto institucional. Utilizamos recursos como o CD/DVDs que apresentam músicas e cantigas do repertório popular, afro-brasileira e africanas e indígenas.
Eles gostam muito das músicas que proporcionam a exploração dos movimentos corporais como a “caranguejo não é peixe ...,” “ para entrar na casa do zé...,” entre outras. Músicas que brincam com a voz dos animais. Histórias e brincadeiras que proporcionam o brincar com a voz - a entonação, a exploração do grave e agudo. Imitar o som dos ruídos sonoros proporcionados pela rotina da escola e da rua. Escutar e explorar o silêncio é bem interessante e bem difícil de trabalhar. Procuramos estimular a exploração de materiais/objetos que produzem diferentes sons. Utilizamos os instrumentos da caixa de africanidades da escola. Eles ficaram encantados com o tambor do divino, o agogô... instrumentos de sucata – tambores de lata, “pau de chuva”, chocalhos. Este projeto buscou relatar algumas atividades de música desenvolvidas no decorrer do ano letivo de 2015, na escola municipal de educação infantil “Maria Lúcia Aparecida Marrara” da cidade de São Carlos/SP.
Duração – 2015 Avaliação A avaliação foi concebida como um processo contínuo no qual a participação da criança foi focalizada em seus múltiplos aspectos, interesse este que é pessoal e cuja vontade deverá ser respeitada. Desta forma a avaliação foi realizada diariamente durante o desenvolvimento do projeto para tomar decisões educativas; observar a participação da criança; para planejar; intervir; modificar situações e atividades, analisando se os objetivos foram atingidos.
Conclusão Trabalhar com a música na educação infantil é importante e necessário para a criança porque estimula a área dos sentidos (auditivo, visual, tátil); a área motora; área cognitiva e da linguagem; área adaptativo-social. É importante ratificar ainda o papel da música, na Educação Infantil, como possibilidade de promoção da igualdade na
escola - como fonte para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária; onde prevaleça o respeito à diversidade, a criatividade e ao processo artístico.
Referências bibliográficas BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 21 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 05 de junho 2015. Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. 36 p. : il. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. — Brasília : MEC/SECADI, UFSCar, 2014. 144 p.; il.
3.
Entender o Trânsito Também É Educar para a Vida Adevanir Aparecida C. Bertocco Daiana Branco Manfio Ponce Esleide de Cassia Rodrigues
Introdução Considerando a necessidade de estimular as crianças a terem uma conduta adequada e regular desde infância ao serem transportadas no veículo de seus pais e da grande irresponsabilidade da população escolar em transportar esse público da educação infantil, surgiu a necessidade de orientar os educandos sobre sua vinda para escola nos diferentes transportes (carros, motos, bicicletas e ônibus). Esse projeto objetivou criar condições de colocar em contato as crianças do século XXI, que em sua grande maioria são transportadas de forma irregular por seus pais, e crescem acreditando que a segurança é trocada pela empresa da autuação. Com o auxilio das orientações oferecidas aos alunos da educação infantil, muito comportamento irregular da comunidade usuária e local referentes ao transporte das crianças, pode e foi transformado. As práticas utilizadas em busca de uma criação de hábitos corretos e adequados em seu transporte uma experiência positiva, vivenciada pelos alunos entre 3 e 4 anos reeducou alguns comportamentos inadequados dos pais. A metodologia utilizada permeou pela teoria e pela prática da importância das regras e das condutas adequadas dos indivíduos em geral do século XXI. Uma análise bibliográfica sobre comportamentos adequados, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional e sobre os valores humanos, embasou o projeto em questão.
O projeto objetivou auxiliar o desenvolvimento da obediência e da importância no cumprimento das regras, principalmente nas orientações para o convívio social há, harmonioso. Apresentar a importância de seguir as regras e de obedecer a sinalização social que está a todo o momento a nosso redor foi um dos focos principais.
Metodologia Em conformidade com as diretrizes curricular nacional e com os PCNs, em busca de uma melhor qualidade de vida e de aprendizagem. O trabalho realizado seguiu algumas etapas baseadas sempre na roda de conversa com as crianças e o manuseio de alguns preceitos relacionados à compreensão das regras e da lei. Algumas condutas foram seguidas para que o entendimento do porque das coisas e das condutas adequados foram seguidas. As brincadeiras e suas regras foram a chave mestra utilizada no inicio do projeto, onde o descumprimento das orientações iniciais era o foco principal. Sempre com o intuito de propiciar a vivência aos educandos. A valorização dos bons comportamentos apresentados pela comunidade usuária sempre esteve presente nas atividades. O envolvimento da comunidade usuária e local fizeram parte de todo o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Com a atividade: Bambolê, onde todas as crianças recebiam um bambolê (individual) e eram orientadas a dançar fora do bambolê quando a musica estivesse tocando ao ser encerrada a crianças deveria fazer parte de um dos bambolês. Ao longo da brincadeira os bambolês eram retirados até que ao final sobrava apenas um bambolê e todas as crianças eram obrigadas a fazer parte do mesmo. Nesse momento todas as regras passadas no início da brincadeira eram a quebradas, pois a vontade de ganhar e entrar no bambolê predominava entre as crianças. Nesse momento a brincadeira era encerrada para que não ocorresse nenhum acidente e as crianças eram orientadas a se sentarem exatamente onde estavam no momento do encerramento da brincadeira.
Inicia-se aqui uma roda de conversa onde um elo foi sendo criado pelo fato da brincadeira não ter ocorrida de uma maneira satisfatória, o que muitas vezes ocorre também no trânsito, acarretando um acidente. A primeira fala é por meio de um questionamento: a brincadeira deu certo? E a resposta é sempre não. Na sequência: Porque não deu certo? Nesse momento as crianças são estimuladas a deduzirem que a brincadeira não deu certo, porque as regras não foram cumpridas e que os acidentes de trânsito acontecem porque as regras não são cumpridas. Depois de muitos pontos serem levantados na visão positiva e negativa da atividade, as crianças receberam a orientação de registrar em uma folha sulfite o que mais chamou a atenção desse momento lúdico e instigador. Na sequência é proposto que todas as crianças comecem a fazer parte do bambolê apenas relando a ponta do dedo. As crianças vão percebendo que todos estarão fazendo parte do bambolê sem empurrões, gritos e safanões. E que no trânsito com respeito e harmonia, todos (bicicletas, motos, carros, caminhão, ônibus etc...) podem conviver harmoniosamente sem trombadas e acidentes. No momento da roda de conversa as crianças vão falando sobre suas realidades, e sobre o comportamento dos pais/responsáveis. Com essa roda de conversa os alunos são instigados a pensarem e analisarem a vivência da atividade e transportá-la a para a realidade em que vive. Depois das indagações, outros questionamentos são feitos e a crianças é orientada a observar ao retorno para a unidade escolar vários comportamentos, do pai, mãe e irmãos dentro e fora do veículo, na rua e na bicicleta. No dia seguinte a crianças chega falando e comentando o comportamento dos responsáveis e dos irmãos. A profissional da educação reestrutura e reorganiza suas atividades para prosseguir com o próximo passo. Conforme o projeto foi desenvolvido, comentários dos alunos e dos pais direcionavam e redirecionavam o próximo passo.
As crianças relatavam condutas do pai e da mãe, comentavam sobre os agentes de fiscalização (Amarelinho) e corrigiam alguns comportamentos dos amigos na porta da unidade escolar. Considerando a roda de conversa que sempre se faz presente, algumas problemáticas na porta da unidade foram elencadas, e uma multa do amor foi criada. As crianças, depois de uma entrevista com os agentes de fiscalização foram transformadas e orientadas a aplicar no lado de fora da unidade escolar a multa, que apresentada ao pai que a recebia pelo fato de estar fazendo uma conduta inadequada que enquanto esperava o portão abrir. A criança esperava o pai e/ou responsável ler a muita e recebia o pagamento que eram atos de carinho, como “um abraço no agente mirim”, “um beijo no agente de fiscalização mirim”, ou uma aperto de mão no amarelinho mirim. Com tal conduta muitos pais passaram a se adequar em seus atos, e muitos acontecimentos irregulares pararam de ocorrer no entorno escolar, e até mesmo dentro do veículo dos pais, que chegaram a relatar a chamada de atenção que levavam de seus filhos quando cometiam uma coisa “errada no trânsito” e a crianças presenciava. As crianças a todo tempo foram estimuladas a observar e corrigir os pais caso presenciassem a conduta inadequada, como passar no sinal vermelho, xingar no trânsito, não afivelar o cinto de segurança da cadeirinha ou até mesmo não colocar seu cinto de segurança. Muitos livros de histórias infantis foram adicionados no projeto no momento da hora do conto como meios de fortalecer o interesse pelas condutas corretas no trânsito. Com a leitura das histórias muitos relatos de casos de família foram discutidos e a roda de conversa era cada vez mais rica em detalhes e esclarecimentos. E muitos retornos dos pais começam a aparecer, por exemplo, puxões de orelhas que os pais começaram a levar e até momentos de constrangimentos dos mesmos pelo fato de as crianças chamarem sua atenção na frente de amigos e parentes.
Nesse momento foi possível constatar que o projeto estava mobilizando as crianças e fazendo com que as mesmas interagissem com seus pais e familiares contando o que aprenderam na unidade escolar. Percebemos também a necessidade de fortalecer o elo entre a família e a escola além dos esclarecimentos jurídicos à comunidade. Varias orientações foram entregues à comunidade por meio de bilhetes instrutivos. O projeto contou ainda com o auxílio de algumas músicas juntamente com várias histórias relacionadas ao trânsito. Alguns gêneros textuais fizeram parte do projeto como letra das músicas, poemas, histórias em quadrinhos e entrevistas e revistas, além dos textos teóricos em uma fala simplificada. Por meio da leitura (hora do conto) os alunos foram instigados a conhecerem e se interessarem pelas regras e alguns significados de placas as mais conhecidas por eles . O livro “O professor Pascoal” (Entregue pela empresa Dpaschoal) foi um dos livros trabalhados junto às crianças. Muitos livros utilizados do acervo escolar serviram para estimular o interesse pelo cumprimento das regras e como os sentimentos influencias em nossa conduta no trânsito. A coleção dos sentimentos foi utilizada e direcionada para o foco do respeito, as regras e as condutas no trânsito. Para cada história encerrada um bate papo era formado e a comparação das opiniões era feita. Muitos folders e placas (imagem) para apreciação das crianças foram utilizados e as elaborações de pequenos cartazes com o certo e errado no trânsito foram construídos. Os vídeo Pateta no Trânsito e Trânsito Legal foram apresentados às crianças e outro foi trazido por um aluno (Carros – uma animação). Esse momento foi muito interessante, pois mostrou a interação do educando com o que estava sendo trabalhado na escola. A representação da música dirigindo o meu carro (da XUXA) foi um das brincadeiras aplicadas com as crianças que demonstraram muita alegria e interesse por essa temática. Depois as crianças dançaram com mímicas/dramatização: pintaram e montaram como um
quebra-cabeça o formato de um carro, brincaram com o painel interativo. Algumas confecções de placas de trânsito foram elaboradas e construídas e distribuídas pelo pátio da escola sempre com significados: proibido deixar a torneira aberta, proibido correr no corredor. Permitido brincar no parque de areia e emprestar os baldinhos da outra sala de aula. A coordenação motora fina foi trabalhada por meio da perfuração de algumas imagens como placa do PARE, o contorno de um ônibus, etc.
Conclusão Considerando o interesse das crianças e o envolvimento da família, acredito que o projeto esteja cumprindo seu objetivo em estimular as crianças a observarem seus pais e aos mesmos atentarem que a as crianças estão vendo a conduta inadequada que estão comendo e que será muito difícil corrigir ou explicar uma conduta errada que seus pais cometeram na frente deles. Todas as crianças, mesmo as mais resistentes e quietas hoje conseguem relatar e fazer comentários sobre o que o papai, ou a mamãe fez indevidamente no trânsito. Creio que o projeto vem de encontro com a proposta do Programa Nacional de Educação descrita nos PCNs. O presente trabalho objetivou propiciar momentos de integração e articulação contínua da comunidade, escola e Secretaria de Transporte. Com esse projeto, a melhoria da qualidade de vida do educando foi um dos focos principais, já que os mesmos se encontram no início de sua formação física e acadêmica. Com a certeza da importância em se cumprir as regras de trânsito e prevenir possíveis acidentes, as crianças foram orientadas. Acredito que com a correria dos dias atuais não permite que algumas pessoas distraídas cometam erros que podem ser fatais a seus filhos alguns anos mais tarde. Creio que o ambiente escolar inicial da vida acadêmica do indivíduo (destinado como educação infantil) é onde o educando tem contato com outras pessoas e está longe de seus entes queridos, e é nesse momento que terá de fortalecer sua autonomia para observar, analisar e opinar sobre comportamentos.
Podemos dizer que a escola é a área institucional onde grandes encontros e inúmeras parcerias podem ser firmadas, para a melhoria da qualidade vida social. Mediante a conversa e retorno dos pais se os alunos estão comentando e verbalizando suas condutas inadequadas o objetivo do projeto foi cumprido. A transformação de hábitos e a criação de outros é o ponto chave do trabalho em questão. As atividades executadas auxiliaram o fortalecimento entre professor X aluno, professor X família e alunos X familiares, além de criar condições de interesse da criança em ajudar os pais e policiarem suas condutas.
Referências bibliográficas ANDRINO. H. M. Educar para o trânsito: uma prática do professor. São Paulo: Kalimera, 2001. BRASIL. LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.934 de 1996. Brasília: Ministério da Educação, 1996. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria d Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília. 1997. CRAXI, Antônio; CROX, Sylvie. Os valores humanos: oma viagem do “eu” ao “nós”. São Paulo: Meca, 1995.
Conhecendo as Joaninhas Adriele Helena Belli Daniele Fernanda da Silva Márcia Altimira Gradim Martinez
Desenvolvemos o presente trabalho, com uma turma de alunos da fase 3, com idade entre 2 anos e meio e 3 anos. Seu objetivo principal foi de estimular a descoberta através da experimentação e desenvolver a curiosidade, imaginação e capacidade de expressão. Teve início a partir do interesse e da curiosidade das crianças sobre uma joaninha, vista em um livro, instigados pelas ilustrações. Favoreceu um ensino onde a criança desenvolveu a capacidade de “aprender a aprender”, isto é, ela esteve atenta e em condições de discernir, priorizar, escolher e modificar. As crianças pesquisaram em livro, observaram em figuras imagens e vídeos e extraíram conhecimentos valiosos sobre o objeto estudado, formularam e reformularam hipóteses. Possibilitou também maior interação com a família e comunidade escolar, visto que houve pesquisa coletiva e muita troca de experiência através dos bichos de pelúcia e exposição no corredor. Ocorreu o desenvolvimento integral das crianças. Para estimular nas crianças a descoberta através da experimentação e desenvolvimento da curiosidade, imaginação e capacidade de expressão foram propostas a elas situações em que pudesses levantar hipóteses e posteriormente testá-las, experimentá-las. Primeiro ocorreu um levantamento de hipóteses sobre as joaninhas. Em seguida outras atividades foram se desencadeando e possibilitaram momentos de muita aprendizagem e troca de experiências.
Objetivos
Construir novos conhecimentos sobre as joaninhas;
Dar condições para que as crianças possam vivenciar e valorizar o trabalho em equipe;
Descobrir através da experimentação conceitos científicos;
Perceber que ciência faz parte do nosso cotidiano;
Favorecer um ensino em que a criança desenvolva a capacidade de “aprender a aprender”;
Comprovar e estimular a formulação de hipóteses pelas crianças;
Desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão.
Desenvolvimento e resultados O desenvolvimento deste trabalho se deu baseado nos conteúdos pesquisados em internet e enriquecido com pesquisas diversas realizadas em livros e meios de comunicação. Iniciamos realizando um levantamento de hipóteses em roda de conversa: Questionamentos iniciais: Como é a Joaninha? Ela tem patas? Asas? De que cor? A: Uma bolinha. J V: É vermelha, só vermelha... J: É um bichinho. L: Não tem asas. L O: Mora na folha. N: É pequena. O M: É vermelha, não voa. Ra: Tem um monte de perna igual a aranha. Re: Ela é vermelha e tem bolinha preta. Ru: É vermelha, tem olhinho. T: Não tem de outra cor, não. Y: Antena? Não tia.
As crianças responderam de acordo com as ilustrações do livro “A Joaninha”, pois ainda não tinham outros conhecimentos prévios. Em um segundo momento foi enviada uma tarefa para casa para que junto com os pais as crianças pesquisassem e registrassem informações sobre as joaninhas. A tarefa voltou com muitas informações importantes, que foram socializadas em roda. Algumas informações estavam erradas e as corrigimos no momento de leitura, passando desse modo apenas as informações corretas ou corrigidas. As crianças mostraram a pesquisa feita com ajuda dos pais e contavam para os amigos o que assimilaram. Os autores ficaram orgulhosos em mostrar e conseguirem o interesse e admiração dos demais. Os que não tinham realizado ficaram inquietos e falavam “— Eu também vou fazer, tia.” “— Amanhã eu vou trazer.” Quando trouxeram fizemos outras rodas para apresentação das atividades. As respostas e ilustrações dessa atividade mostraram a participação dos pais e alunos (Figura 1). As crianças prestaram atenção nas informações, mas gostaram mesmo de aprender observando as gravuras e fotos que acompanharam algumas das tarefas.
Figura 1 Pesquisas realizadas pelos pais e alunos.
O outro desafio proposto às crianças foi de pintarem com guache uma joaninha, com todas as suas características. Em um primeiro dia usamos a tinta guache vermelha nas palmas das mãos para fazer o corpinho da joaninha, depois usamos o dedão para carimbarem o rosto, em seguida com o dedo indicador fizeram várias pintinhas pretas no corpo vermelho e para completar usaram pincel para desenharem asfolhinhas onde ela mora. Em outro dia utilizaram canetinha para completar a joaninha com patas, olhos,boca e antenas. Envolveram-se completamente na atividade, cada joaninha ficou com detalhes e tamanhosdiferentes, muito personalizados, visto que cada um utilizou sua palma, seus dedos e suas habilidades e coordenação. (Figura 2)
Figura 2 Desenho individual da joaninha.
Para que as crianças relaxassem foram exibidos vídeos e desenhos sobre as joaninhas. Os vídeos trazem novas informações, mostraram joaninhas de cores variadas, movendo as asas e voando. Assimilaram dessa forma novos conhecimentos: a joaninha não é apenas vermelha e preta, tem asas e voa (Figura 3).
Apresentamos em outro momento duas joaninhas de pelúcia, uma vermelha e outra amarela, em roda todos pegaram, observaram e se afeiçoaram pelos bichos (Figura 3). As crianças tiveram a oportunidade de levar as joaninhas para casa para socializarem e trocarem informações com a família.
Figura 3
Assistindo aos vídeos e socialização com as pelúcias.
Com os novos conhecimentos pintaram um cartaz em papel pardo. Desenhamos três joaninhas, pintaram uma com guache vermelho e outra com amarelo, na joaninha do meio misturaram as duas cores, vermelho e amarelo, e resultou na cor laranja. Depois cada um fez algumas pintas pretas, antenas, patas, olhos, etc. Para finalizar expomos no corredor da unidade o cartaz, as hipóteses formuladas e as pesquisas realizadas (Figura 4).
Figura 4 Confecção do cartaz.
Considerações finais As crianças alcançaram os objetivos propostos. Em suas histórias orais e coletivas conseguem se expressar com mais facilidade e estão mais curiosos, sedentos por saber. Fortaleceram os laços de equipe, estão mais unidos e atentos a todas as movimentações e novidades da unidade. O projeto foi rico em aprendizagem e novas percepções das crianças. Espera-se que as crianças continuem a aprimorar suas habilidades, sempre alertas, atentos, para novos conhecimentos.
Referência bibliográfica A Joaninha. Livro pop-up.
Projeto: “Práticas Educativas para o Desenvolvimento da Autoestima”. Lauri de Freitas Petilli Zopelari Simone Graziela Vicente da Silva
Público Alvo : Fase- 5 Justificativa Considerando a Educação Infantil como uma etapa de suma importância na vida das crianças, pois é nesses primeiros anos de vida, que as crianças se desenvolvem e aprendem muito rapidamente e as relações entre família, colegas e professores as quais se vão construindo o autoconceito e autoestima das crianças; tornou se imprescindível trabalhar a Autoestima na escola com os alunos, pois é um modo de fazer com que estes se valorizem como pessoa em suas habilidades e competências e deste modo valorize também suas relações interpessoais e com o meio ambiente. Este trabalho de conhecimento e valorização ajuda o aluno a construir seus conhecimentos, a reconhecer suas falhas, dificuldades, lidar com seus sentimentos e com de outras pessoas. De acordo com Moroney (2007), em “Nota aos pais”, escrito pela psicóloga infantil Melbourne, crianças que possuem autoestima positiva apresentam se mais autônomas, confiantes, respeitando ao próximo em suas diferenças, além de participar da construção de um mundo melhor para todos.
Objetivos A partir das atividades apresentadas objetiva-se que o aluno seja capaz de:
Ouvir a leitura do livro realizada pela professora; Participar oralmente, expondo suas idéias e dúvidas sobre o tema da aula; Socializar conhecimentos sobre o tema autoestima na escola e em casa com a família; Acessar pesquisa em meios tecnológicos como internet e dicionário; Manusear o livro; Observar a escrita e ilustrações do livro; Desenhar em colaboração com o outro; Desenvolver diferentes movimentos deixando sua marca na atividade; Valorizar suas habilidades e competências; Valorizar e respeitar o outro.
Componente curricular e conteúdo Movimento
Expressividade
Equilíbrio e coordenação
Música
O fazer musical
Apreciação Musical
Artes visuais
O fazer artístico
Apreciação em Artes Visuais
Linguagem oral e escrita
Falar e escutar
Práticas de leitura
Práticas de escrita
Natureza e Sociedade
Valorização do eu e do outro Percepção da autoimagem
Matemática
Números e sistema de numeração Grandezas e Medidas Espaço e Forma
Metodologia 1ª Atividade: Leitura do livro Quando me sinto Bondoso Em círculo, sentados todos de modo que visualizem uns aos outros no tatame da sala de aula iniciarei a leitura do livro infantil: “Quando me sinto Bondoso”. O livro retrata a história de um coelhinho que fala como se sente perante o sentimento de bondade, mostrando que quando está bondoso se sente amoroso, aquecido, prestativo, atencioso, com as outras pessoas e com si mesmo; orgulhando-se das coisas que sabe e que domina, ao invés de se deter as coisas que não é tão bom; demonstrando cuidados com o corpo, alimentação e descanso; além de relacionar a boas maneiras com palavras como “Por favor e Obrigado”.
2ª Atividade: Roda de Conversa sobre o livro Quando me sinto Bondoso Após a leitura do livro iniciarei uma roda de conversa lançando perguntas às crianças como: Qual foi o assunto do livro? O que significa coração aquecido? Todas as pessoas são iguais? O que significa ser bondoso? Quando se sentem bondosos? O que podemos fazer para ajudar as pessoas? Somos sempre bondosos? Quais os outros sentimentos que podemos ter? Você já se sentiu protegido por alguém que estivesse envolvido pelo sentimento de bondade? Vocês conhecem mais palavras que indicam boas maneiras, além de “Por favor e Muito obrigado?
Do mesmo modo, estarei aguardando perguntas feitas pelas crianças sobre a leitura. (Lembrando que o planejamento é flexível e que o andamento das perguntas e respostas podem se alterar perante o conhecimento e participação do grupo de alunos). Considerando a importância da participação de todos na atividade, darei às crianças um objeto como um “dado”, para que segurem demonstrando a vez na hora de falar, evitando tumultos na hora da fala de um amigo e para que todos tenham oportunidade de se expressar nesta atividade.
3ª Atividade: Qual o significado da Palavra? Considerando algumas dúvidas sobre o significado de algumas palavras encontradas na leitura do livro “Quando me sinto Bondoso” como: Sentimento, bondade, ou outras recorrentes no momento das atividades desta aula; poderemos acessar o dicionário ou internet para assim pesquisar sobre o significado de cada uma. Tal atividade poderá ser compartilhada com os pais como tarefa de casa, ou mesmo com a professora em sala de aula, dependendo da necessidade das crianças.
4ª Atividade: Manuseio do livro Quando me sinto Bondoso Observando a necessidade das crianças em manusear o livro e assim observar a escrita do texto e suas ilustrações, darei aos alunos o livro para a apreciação.
5ª Atividade: Registro: Quando me sinto Bondoso Diante do contexto de aprendizagem sobre o tema autoestima realizaremos uma atividade em papel cenário onde cada aluno participará em colaboração com o outro realizando um desenho coletivo, onde todos possam se expressar e assim demonstrar suas habilidades e competências.
6ª Atividade: Confecção do Gráfico - Palavrinhas Mágicas Diante de todo o debate envolvendo a autoestima e as relações interpessoais, conversarei com as crianças sobre a necessidade de se ter respeito com o outro e a importância de se utilizar “Palavrinhas mágicas”, para se relacionar. 1ª Etapa – Perguntarei a cada aluno qual a palavrinha mágica que ele mais utiliza para se dirigir às pessoas? Registrarei na lousa. 2ª Etapa – Combinarei com as crianças que cada palavra escrita na lousa será transcrita para um quadrado de papel colorido, por exemplo: A palavra “Por favor” será escrita novamente em um quadrado de papel de cor azul, a palavra “Obrigado” será escrita quadrado de cor laranja, demonstrando que cada palavra diferente terá uma cor indicativa. 3ª Etapa – Após a escrita das palavras na lousa darei as crianças um quadrado de papel cartão e pedirei para que cada aluno coloque a palavrinha que mais utiliza. Em uma cartolina será confeccionado um gráfico com as palavrinhas mágicas mais utilizadas pelas crianças.
7ª Atividade: Música - Palavrinhas Mágicas Algumas palavrinhas são mágicas E ajudam a gente a viver melhor Por favor, muito obrigado Com licença, tudo bem? Pode passar Eu te amo, brinca comigo? Como vai meu amigo? Aquele abraço! Bom dia, boa tarde, boa noite A benção mãe, a benção pai Bom dia, boa tarde, boa noite Viver assim é bom demais Essas palavrinhas mágicas Palavras mágicas são assim
Têm poder maior Que abracadabra e sinsalabim Assim, assim Se alguém quiser o nosso bem Muito obrigado, muito obrigado Se alguém quiser pedir pra alguém Diz por favor, diz por favor, diz por favor Então é bom acreditar A vida é bem melhor se a gente tem O que?
Avaliação A avaliação será contínua, valorizando cada etapa da produção e verificando a participação, se os conceitos básicos foram abordados nos trabalhos e o produto final de cada um.
Bibliografia MORONEY, Trace. Quando me sinto Bondoso. São Paulo: Ciranda Cultural, 2007. ELIANA. Palavrinhas Mágicas. Disponível em < http://letras.mus.br/ eliana/#mais-acessadas/1028017> Acessado em 20/05/2014
A Importância da Ludicidade na Educação Infantil Márcia Elisa Canova Bedendo
Introdução A educação como um todo tem sua importância para o desenvolvimento do ser humano. No processo educacional cabe ressaltar que a educação infantil, se bem estruturada, é um elemento desencadeador do desenvolvimento da criança, da construção de conhecimento e a base para aprendizagens posteriores. O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer jogos e divertimento. Uma atividade lúdica é uma atividade de entretenimento, que dá prazer e diverte as pessoas envolvidas. O conceito de atividades lúdicas está relacionado com o ludismo, ou seja, atividade relacionada com jogos e com o ato de brincar. Os conteúdos lúdicos são muito importantes na aprendizagem. Isto porque é muito importante incutir nas crianças a noção que aprender pode ser divertido. As iniciativas lúdicas nas escolas potenciam a criatividade e contribuem para o desenvolvimento intelectual dos alunos. O lúdico na educação infantil, por meio das atividades lúdicas a criança brinca, joga e se diverte. Ela também sente, aprende, pensa e se desenvolve. Para isso, é importante que a escola dê condições adequadas, promova situações compatíveis com as necessidades apresentadas pelas crianças, dê oportunidade e estimulação para seu desenvolvimento integral. A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, do desenvolvimento pessoal, social, cultural e colaboradora para uma boa saúde mental e física.
O papel do lúdico na educação infantil O lúdico refere-se a uma dimensão humana que os sentimentos de liberdade de ação abrangem atividades despretensiosas, descontraídas e desobrigadas de toda e qualquer espécie de intencionalidade alheia, é livre de pressões e avaliações, conforme cita Kishimoto. Desta forma, a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita à aprendizagem, do desenvolvimento pessoal, social e cultural, bem como colaboradora para uma boa saúde mental e física. Segundo Almeida, “as atividade lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente”. O lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo, integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando. Vygotsky, afirma que: [...] é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos.
Para isso, a proposta do lúdico é promover uma aprendizagem significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do mundo. O lúdico proporciona o rendimento escolar além do conhecimento, a fala, o pensamento e o sentimento.
A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica, podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos tanto para as crianças como para os jovens. O lúdico pode ser utilizado como uma estratégia de ensino e aprendizagem, segundo Santos. Nesta perspectiva, as atividades lúdicas auxiliam as crianças, através dos jogos e brincadeiras acriança aprende a construir uma série de informações e ter novos conhecimentos, principalmente na aprendizagem. Pois, o lúdico é tão importante na vida da criança, possibilitando o desenvolvimento de habilidade, da imaginação, do comparar o real com o faz de conta. Quanto mais as crianças brincarem com brincadeiras lúdicas, do faz de conta, qualquer brinquedo que a criança brinca tem em suas mãos um brinquedo que a leva a ter uma magia no momento do brincar. Desta forma, a educação infantil é uma instituição que precisa incluir brincadeiras, jogos e brinquedos lúdicos que são fatores de suma importância para uma melhor aprendizagem da criança. No brincar lúdico, a criança desenvolve habilidade que facilita na sobrevivência, a compreensão da cultura na flexibilidade do pensamento, na adaptação, no aprendizado, no desenvolvimento social, intelectual e emocional. Segundo Rizzi,”no ato do brincar, as crianças podem desenvolver muitas capacidades importantes, tais como a atenção, imitação, memória e a imaginação”. Para tanto, é indispensável que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são proporcionadas. Por meio das brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem. Diante disso, o trabalho com o lúdico na educação infantil deverá ser a de propiciar uma aprendizagem significativa na prática pedagógica. Uma vez que ela promove o rendimento escolar, além do conhecimento, da comunicação, do pensamento e do sentimento. De acordo com Teixeira, vários são os motivos que induz os educadores a apelar às atividades lúdicas e utilizá-las como um recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem. Pois, na
educação infantil, por meio das atividades lúdicas a criança brinca, joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve. Consequentemente, toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, que gera um forte interesse em aprender e garante o prazer. Portanto, a criança se expressa, assimila conhecimentos e constrói a sua realidade quando está praticando alguma atividade lúdica. Ela também espelha a sua experiência, modificando a realidade de acordo com seus gostos e interesses.
O brincar: jogo, brinquedo e brincadeira Desde pequena, a criança realiza movimentos pelo simples prazer de executá-los e não apenas para atender as necessidades imediatas. Mais tarde, através do brincar ela atua e passa a compreender as características dos objetos e acontecimentos do seu meio. “Brincar, leva a criança a tornar-se mais flexível e buscar alternativas de ação” (Vygotsky). Ao conceituar o jogo, o brinquedo e a brincadeira, deparou-se com uma série de definições que se aproximam, em alguns aspectos e que se distanciam em outros, pois é muito comum se encontrar os termos sendo usados indistintamente, em que uns substituindo outros sem preocupação com a especialização conceitual. O brincar para a criança, é uma forma de experimentar, criar situações e aprender como dominar a realidade experimentando e promovendo acontecimentos. O brincar é destituído de qualquer objetivo, para a criança requer apenas espontaneidade e criatividade. Brincar é a fase mais importante da infância, como dito anteriormente, brincando a criança experimenta, desenvolve, inventa, organiza, constrói normas e regras, resolve problemas e conflitos. A palavra jogo vem do latim, que segundo Piaget, “jocus” que significa gracejo, zombaria, simular, brincar. Kishimoto, afirma, jogo significa ação de jogos, brincadeiras na qual enfrentam regras para obter um vencedor, o qual recebe o apostado em dinheiro, jogo de
louça, roupas, brinquedo, diversão para as pessoas, coisa usada para criança divertir-se. Também Teixeira, aponta jogo como uma atividade voluntária exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatória, dotado de um fim em si mesmo, através de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. “O jogo da criança não é equivalente ao jogo para o adulto, pois não é uma simples recriação”. Quando joga, o adulto se afasta da realidade, enquanto a criança, ao brincar/jogar, avança para novas etapas de domínio do mundo que a cerca. [...] jogo é o que o vocabulário cientifico denomina “atividade lúdica”, que essa denominação diga a respeito a um reconhecimento objetivo por observação externa ou ao sentimento pessoal que cada um pode ter, em certas circunstâncias, de participar de um jogo. Situações bastante diversas são reconhecidas como jogo de uma maneira direta ou mais metafórica tais como jogos políticos (Brougère).
Podemos dizer que os mais diferentes tipos de jogos acabam fazendo parte de nossas vidas, seja na infância, adolescência ou fase adulta. O modo como vamos vivenciá-los e interpretá-los é que fará a diferença na assimilação ou aprendizagem que poderemos ter para com eles. Kishimoto afirma que o jogo depende de cada linguagem do contexto social. A noção de jogos não nos remete a língua particular de uma ciência, mas a um uso do cotidiano, respeitando o uso cotidiano e social da linguagem. É no jogo e pelo jogo que a criança torna capaz de atribuir significado diferente aos objetos, desenvolve capacidade de abstração e começa agir diferente do que vê, mudando sua percepção sobre o referido objeto. Hoje os brinquedos reproduzem o mundo técnico e científico e o modo de vida atual, como os aparelhos eletrodomésticos, bonecos
e robôs. Não é uma cópia idêntica da realidade, pois esses possuem tamanho, formas delicadas e simples, relacionadas à idade e gênero do público ao qual é destinado. Afirma , que através de desenhos animados, o mundo encantado dos contos de fada, estórias de piratas, bandidos e outros, as crianças através do brinquedo criam um imaginário. Os brinquedos são fabricados com imagens que variam de acordo com sua cultura, pois cada cultura tem maneira de ver a criança de tratar e educá-la. O uso do brinquedo e do jogo educativo passa a ser visto com fins pedagógicos e remetem-nos para relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e de desenvolvimento infantil, o brinquedo desempenha papel importante para criança desenvolvê-las. Segundo Kishimoto, “a imagem de infância é enriquecida, também, com auxilio de concepções psicológicas, que reconhecem o papel de brinquedos e brincadeiras no conhecimento e na construção infantil”. Ainda o mesmo autor, o “brinquedo será entendido sempre como objeto, suporte de brincadeira, brincadeira com a discrição de uma conduta estruturada, com regras e jogos infantis para designar tanto o objeto e as regras do jogo da criança (brinquedo e brincadeiras)”. O jogo é construtivo, pois pressupõe uma ação do indivíduo sobre a realidade, é uma ação carregada de simbolismo, do faz de conta, que reforça a motivação e possibilita a criação de novas ações. O jogo é importante para o crescimento de uma criança, apresentando a ideia de desenvolvimento humano a partir das ações que o sujeito exerce sobre o ambiente. De acordo com Kishimoto , existem três tipos de jogos, e são eles: o jogo de exercício, no período sensório-motor; os jogos simbólicos, no período pré-operatório e os jogos de regras. Quando uma criança é pequena e ainda não desenvolveu sua linguagem verbal, ela passa a repetir os gestos que está observando, mesmo que seu uso não seja necessário. Esta habilidade é utilizada como uma conduta lúdica, sendo executada
por prazer representando o ato corporal, um jogo de exercício, uma ferramenta na qual se trabalha o aspecto sensório-motor, isto é, representações mentais que caracterizam o pensamento. Já o jogo simbólico é o ato do faz de conta, aquilo que na realidade não foi possível, mas está na mete da criança, uma expressão afetiva que seria o gesto corporal, o momento em que seu pensamento e sua imaginação fluem, tendo um papel semelhante ao do jogo de exercício. O jogo de regras representa as coordenações sociais, as normas a que as pessoas se submetem para viver em sociedade. A regra é imposta pelo grupo, por mais que a atividade pareça ser “séria”, a criança não deixa que escape a fantasia aos voos da imaginação. O jogo de regra é estruturado pelo caráter coletivo. O jogo de regras não deixa que escape o jogo simbólico nem o jogo de exercício, pois todos trabalham juntos. Segundo Almeida, o jogo ajuda no desenvolvimento corporal e mental de uma criança. Na escola, “não é possível separar adaptação de jogo, pois enquanto brinca a criança pensa incessantemente”. Os brinquedos são objetos manipuláveis, recursos voltados ao ensino que desenvolvem e educam de forma prazerosa, permitindo a ação intencional, a manipulação de objetos, o desempenho da ação sensório-motora e troca de interação, em um conteúdo diferenciado. A função do brinquedo no processo pedagógico hoje é permitir o desenvolvimento da criança na apreensão do mundo e em seus conhecimentos. Para tanto, esse brinquedo pode ser escolhido voluntariamente e vai atingir sua função lúdica quando propiciar prazer, diversão ou até mesmo desprazer. Os brinquedos educativos materializados destinados a ensinar, estimulam o raciocínio, atenção, concentração, compreensão, coordenação motora, percepção visual, dentre outras. São brincadeiras com cores, formas, tamanhos, de encaixe, que trabalham noções de sequencia, quebra cabeças que exigem a concentração, memória e raciocínio para juntar uma peça na outra, tabuleiros que exigem a compreensão do números e das operações matemáticas.
O brinquedo contribui para formação da criança, pois constitui uma ferramenta pedagógica ao mesmo tempo promotora do desenvolvimento cognitivo e social, além de ser um instrumento da alegria, uma criança que brinca faz porque se diverte e dessa diversão ocorre à aprendizagem. Os adultos podem e devem estabelecer metas e objetivos com que os jogos possam ser orientados. A brincadeira é uma atividade inerente ao ser humano. Durante a infância, ela desempenha um papel fundamental na formação e no desenvolvimento físico, emocional e intelectual do futuro do adulto. Brincar é essencial para criança, pois é deste modo que ela descobre o mundo a sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, o que quer que a criança esteja fazendo. Naturalmente curiosa, ela se sente atraída pelo ambiente que a rodeia. Cada pequena atividade é para ele uma possibilidade de aprender e pode se tornar uma brincadeira [9]. A criança cria uma situação imaginária, assume o papel e age como tal, se transformando e mudando também o significado dos objetos de acordo com sua vontade, sem se preocupar com a sua adaptação à realidade concreta. Segundo Kishimoto, brincadeira é ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação, brinquedo e brincadeira relacionam-se com a criança não será confundido com o jogo. Conforme Fontana, na brincadeira qualquer coisa pode transforma-se em outra, sem regras nem limitações. Essa possibilidade de livre transformação de significado dos objetos explica-se pelo predomínio da atividade assimilativa da criança, ou seja, pela incorporação a seus esquemas de ação e pensamento de objetos diferentes sem a correspondente transformação (acomodação) desses esquemas e com o único propósito de permitir a criança imitá-los ou evocá-los. Ao brincar, a criança conta o mundo a si mesmo e exercita sua imaginação. A brincadeira de faz-de-conta desempenha papel fundamental na formação da criança.
É por meio desta brincadeira que ela compreende e abarca a complexidade do mundo ao seu redor. Brincando, ela representa o mundo dos adultos, das ferramentas, utensílios domésticos, meios de transporte, relações espaciais em escala (casa, rua, cidade) e também relações humanas Ao mesmo tempo em que a brincadeira oferece um campo para exercer a fantasia e criar seu mundo particular, acriança também reproduz nelas suas atividades rotineiras e conflitos diários (Zatz). Pensando em uma prática pedagógica a partir de atividades lúdicas, nos conduzimos a pensar em mudanças significativas para o contexto educacional, com uma prática em que a prioridade é despertar não apenas o desenvolvimento cognitivo das crianças, mas principalmente abranger a criança em seu desenvolvimento pleno, para que ela adquira. Vale ressaltar que, nesta pesquisa, optou-se por tratar jogos, brinquedos e brincadeiras, inclusive para entender que são instrumentos importantes, capazes de modificar os processos de desenvolvimento e aprendizagem quando interagem no cotidiano infantil.
Metodologia Sabe-se que é impossível construir uma argumentação eficiente sem o respaldo de teorias especializadas. O trabalho é embasado por autores que ajudam a entender o lúdico na educação infantil. Para realizar este trabalho de cunho teórico, acerca da construção da aprendizagem, como princípio educativo, aplicando-se uma pesquisa prática, utilizou uma abordagem qualitativa descritiva, pois este tem como objetivo mostrar a contribuição do lúdico no desenvolvimento da criança na educação in fantil, direcionada à aprendizagem. Apresenta uma pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leituras de textos de vários autores e levantamento de dados. Nesse sentido, os instrumentos de investigaçao aplicados foram questionários com perguntas abertas, para os professores da escola, a respeito das atividades lúdicas e a observação dos alunos durante as aulas.
Foram aplicadas atividades lúdicas com alunos de quatro anos para analisar a importância do lúdico na aprendizagem dos alunos da educação infantil. A partir da análise dos dados obtidos, pôdese verificar a importância do lúdico na educação infantil. Pois o lúdico desenvolveu de maneira significativa na aprendizagem dos alunos, assim como, as atividades lúdicas contribuíram de forma significativa no desenvolvimento das habilidades cognitivas, afetivas e motoras.
Considerações finais Neste artigo, procurou-se mostrar a importância da atividade lúdica no desenvolvimento educacional da criança. A ludicidade é de extrema relevância para o crescimento integral dos pequenos. É importante que o educador “coloque para fora” a criança que há dentro de si, assim ele poderá sentir prazer no brincar juntamente com suas crianças. O lúdico fornece à criança um desenvolvimento sadio e harmonioso. Ao brincar, a criança aumenta sua autoestima e independência; estimula sua sensibilidade visual e auditiva. Este trabalho permitiu compreender como o lúdico é significativo para a criança, porque através dele, a criança pode, conhecer, compreender e construir seus conhecimentos, tornando-se cidadã deste mundo. Através do lúdico na educação, conseguiremos uma escola melhor e mais atraente para as crianças. É preciso saber como adentrar ao mundo da criança; no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela. Meu desejo para os educadores infantis é que eles transformem o brincar em atividade pedagógica para que como mediadores, experimentem o verdadeiro significado da aprendizagem com desejo e prazer. Nós - enquanto educadores - devemos recuperar a ludicidade das nossas crianças, ajudando-as a encontrar um sentido para suas vidas. As crianças aprendem muito ao brincar; adquirem não só conhecimentos escolares, mas também sobre a vida.
O professor deve valorizar o lúdico na educação infantil visto que o brincar facilita a aprendizagem nos seus mais diversos campos, como a afetividade, a psicomotricidade, a sociabilidade, a solidariedade e a cognição.
Referências bibliográficas [1] KISHIMOTO. M. T. Jogos tradicionais Infantis. São Paulo: Vozes, 1996. _________________. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez. 5ª Edição. São Paulo, 2001. [2] ALMEIDA, M.T.P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Petrópolis: Vozes, 2001. [3] VYGOTSKY, L.S. A formação Social da Mente. São Paulo. Martins Fontes, 1989. [4] SANTOS, S. M. P. dos. A ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001. [5] RIZZI, L.& HAYDT, R.C. Atividades lúdicas na educação da criança. São Paulo: Ática 1991. [6] TEIXEIRA, C. E. J. A ludicidade na escola. São Paulo: Loyola, 1995. ___________________. Jogos, brinquedos, brincadeiras e brinquedoteca: Implicações no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Wak, 2010. [7] PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1972. [8] BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Tradução de Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. [9] ZATZ, Silvia. ; ZATZ, André. ; HALABAN, Sérgio. Brinca comigo! Tudo sobre brincar e os brinquedos. São Paulo: Marco Zero, 2006. [10] FONTANA, Roseli.; CRUZ, Maria Nazaré da. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.
Cada um na sua casa Janaína de Oliveira Vieira Feliciano Maria de LourdesPereira Wirley Regina Marchi
Justificativa A ideia deste projeto surgiu a partir do filme “Cada um na sua casa” que as crianças assistiram. Os Boovs são criaturas alienígenas bem simpáticas e fofinhas, que estão sempre fugindo dos terríveis Gorgons. Eles decidem que a Terra é o local perfeito para abitarem. Com isso, retiram todos os humanos de suas casas e passam a viver em nossas cidades. Dentre os Boov, Oh é um dos mais amigáveis e atrapalhados. Ele tenta organizar uma festa de boas vindas no novo planeta e acaba mandando convite para toda galáxia, o que gera o medo de que os Gorgons os descubram. Com isso, Oh passa a ser procurado pelos outros Boovs. Enquanto tenta se esconder, “Oh” o personagem principal, encontra com uma jovem menina e seu gato, que estão a procura da mãe dela. O trio acaba se unindo numa aventura, cuja solução é previsível, mas bonitinha. A partir desta idéia, resolvemos explorar com as crianças da educação infantil a casinha de cada bichinho. Reconhecer a importância de sua casa, seu lar, que é o cantinho onde vivemos e também o lar dos animais, é importante para a criança ter e desenvolver sua responsabilidade e dedicação com a família e os cuidados com os animais A abelha tem sua casa, a formiga tem sua casa, o cachorrinho, o gatinho, a dona aranha e também nós mesmos. Casa também é cultura, meio ambiente, vida em sociedade, artes e imaginação. O objetivo principal é que a turminha da fase 3 possa reconhecer a casinha de cada um e suas partucularidades.
Objetivos
Estimular e desenvolver a curiosidade das crianças.
Incentivar o diálogo.
Estimular a criatividade e o interesse em conhecer os tipos de moradias do ser humano e animais.
Reconhecer o significado de cada casinha e dos moradores dela.
Compreender a diferença entre cada lar.
Estimular autonomia.
Valorizar os animais e os cuidados com os mesmos.
Representar com materiais reciclados a casa de cada animal.
Metodologia Para iniciar o assunto, as crianças assistiram o filme “Cada um na sua casa”. Em seguida, foi realizada uma sondagem em uma roda de conversa adequada à faixa etária, sobre o que as crianças sabem sobre o assunto. Porque temos uma casa, pra que precisamos, onde cada um mora, as casinhas doas animais são diferentes, etc. Foram levadas algumas fotos de diversos tipos de casas para as crianças observarem e conhecerem melhor algumas delas. Foram desenvolvidas atividades diversas como: Recortar de revistas (com auxílio da professora) tipos diferentes de casas e em seguida colagem em cartolina para exposição no corredor. Montagem de uma casinha de papelão (papietagem), pintura e brincadeiras com a mesma. Montagem de casinhas com bloquinhos. Desenho: “Minha casa” e “A casa do meu animal predileto”. Construção de casinhas com palitos. Construção de casinhas com caixinhas de leite. Leitura do livro: “João e Maria” e a casinha de doces, montagem de casinha com balas para levarem pra casa. Teatro de fantoche: “Os três porquinhos”
Colagem de papel no sulfite (casinha) e foto deles na janelinha.
Musiquinha: Era uma casa, muito engraçada.
Construção de casas com figuras geométricas.
Circuito da tartaruga (Levar a tartaruga até a casa dela).
Manuseio de argila para confeccionar a casinha da formiga.
Construir uma árvore com as crianças e os animais que nela vivem (abelha na colmeia, o João de barro, a aranha, a formiga no formigueiro e a lagarta no casulo).
Passeio pela escola para observar os tipos de casinhas, encontramos formigueiro, buraco da coruja e casas construídas pelo ser humano.
Resultado As crianças adoraram participar do projeto, demonstraram interesse em todas as atividades e também os pais ficaram impressionados de ver o quanto seus filhos tinham aprendido. Alguns comentaram que os filhos ficaram mais cuidadosos até com a formiga e sua casinha.
Referências Filme: Cada um na sua casa. Título Original: Home, Ano: 2015, Elenco: Jim Parsons, Rihanna, Steve Martin, Gênero: Animação, Comédia, Aventura, Duração: 94 minutos.
Mata Atlântica: Conhecer para Preservar Patrícia Pereira
Resumo O projeto se iniciou a partir da necessidade de ser apresentado esse conteúdo já previsto no material do PIC (Projeto Intensivo no Ciclo)1 da 3ª série do Ciclo I do Ensino Fundamental, no ano de 2009. O tema despertou o interesse dos alunos levando-os a pesquisarem e produzir textos sobre o que aprendiam como o livro do programa e em outras fontes de pesquisa (revistas, internet). Com essa motivação, durante o desenvolvimento do projeto as crianças observaram, registraram (através de desenhos e textos individuais e coletivos de diversos gêneros), pesquisaram, trocaram informações entre si e relataram o que aprenderam através discussões e, posteriormente com a apresentação do mural com as pesquisas realizadas e informações produzidas pelos alunos.
Introdução O tema “Animais da Mata Atlântica” foi introduzido através de observação de fotos de animais (mico-leão, onça-pintada, tucano e Esse projeto, com algumas modificações, faz parte dos Anais da VI Mostra de Trabalhos Mão na Massa ABC na Educação Científica CDCC/USP. 1. Para impedir que as crianças prossigam na escola sem desenvolverem adequadamente suas habilidades de leitura e escrita, o Programa Ler e Escrever desenvolveu o PIC – Projeto Intensivo no Ciclo I para a 3ª e 4ª séries. Assim, pelo projeto são criadas turmas especiais, com número reduzido de alunos (no máximo 20) que contam com um currículo adaptado às necessidades das crianças que chegaram a estas etapas de ensino sem possuírem plena desenvoltura para ler ou escrever.
jacaré) e de paisagens (floresta/árvores e cachoeira). Conversamos então, sobre os animais que apareciam nessas fotos e onde viviam. Apesar do material do PIC ter um roteiro com sugestões de desenvolvimento/metodologia pensei: “Por que não utilizar a metodologia Mão na Massa e transformar esse tema num objeto de investigação para os alunos?”. Assim iniciou-se o projeto “Mata Atlântica: conhecer para preservar”.
Objetivos
Conhecer e localizar a Mata Atlântica e sua importância.
Conhecer, identificar e nomear alguns dos animais da Mata Atlântica e seus habitats.
Pesquisar e produzir textos de diversos gêneros sobre o que aprenderam sobre os animais da Mata Atlântica.
Apresentar um mural com as informações aprendidas e com as pesquisas realizadas sobre o assunto.
Desenvolvimento O projeto se iniciou com a observação de fotos de animais e de ambientes, servindo estas de pretextos para que os alunos falassem sobre seus conhecimentos: nome do animal, alimentação e hábitos, sendo informado apenas que se tratava da Mata Atlântica. As informações foram sendo anotadas na lousa e registradas no caderno (hipóteses) sobre o que os alunos pensavam/sabiam sobre o assunto norteando a pesquisa. *Hipóteses dos alunos a partir da observação das figuras* MACACO: MORA NA FLORESTA E VIVE NA ÁRVORE. ELE COME BANANA, FOLHAS DE ÁRVORES E FRUTOS. ONÇA-PINTADA: VIVE NA MATA. TUCANO: MORA NOS GALHOS DA ÁRVORE ELE COME FRUTAS E MINHOCAS.
JACARÉ: MORA NO RIO E NA MATA. ELE COME PEIXES, PASSARINHOS, COBRA, ESCORPIÃO E MACACO. ONDE ACHAMOS QUE FICA A MATA ATLÂNTICA: FICA PERTO DO MAR. NA MATA ATLÂNTICA TEM BICHOS, ÁRVORES, MATO. O CLIMA É QUENTE COM TEMPERATURAS ALTAS. Em outra aula foi realizada a leitura de um texto informativo sobre a Mata Atlântica, novamente observamos as imagens e depois realizamos a leitura. Os alunos começaram a questionar onde ficavam os lugares mencionados no texto. “O Rio Grande do Norte é muito longe?” (Num dos textos lidos diz que a Mata Atlântica estende-se do litoral do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul). Para uma melhor visualização de onde ficava esse lugar, procuramos um mapa do Brasil, buscando primeiro onde estávamos (nossa cidade, nosso estado e o Brasil) e depois, a extensão da região da Mata Atlântica, de acordo com o texto lido. Com as informações encontradas nos textos e retomando as anotações sobre o que pensavam, foi organizado o primeiro texto coletivo do projeto (Figura 1), onde os alunos falaram e escreveram sobre suas reflexões: o que pensavam (conhecimento comum) e o que aprenderam (conhecimento científico). A turma também assistiu a vídeos retirados da internet (YouTube), com documentários sobre a Mata Atlântica e alguns dos animais que vivem nesse ambiente. Tudo visto atentamente pelos alunos. Passada a etapa de localização desse ambiente em território brasileiro começamos a pesquisar sobre alguns animais: mico-leãodourado, onça-pintada, suçuarana, jaguatirica, tucano-de-bicoverde, papagaio-de-cara-roxa e jacaré-de-papo-amarelo. Sobre cada um desses animais eram realizadas leituras de textos presentes no livro do aluno (informativos, fichas técnicas, legendas), de revistas Ciência Hoje presentes na sala de aula, e outros pesquisados pelos alunos em livros e internet.
Figura 1 Texto coletivo realizado em 20/03/2009
É importante salientar que cada animal foi sendo “descoberto individualmente”, sempre através de questionamentos sobre o que pensavam/sabiam antes das leituras (a maior parte desses relatos ocorreu oral). Sendo o aprendizado e a troca de informações sempre registradas posteriormente em textos coletivos (da sala toda) ou em duplas/trios produtivos (usados posteriormente como objetos de reflexão do sistema de escrita, visto ser uma turma com alunos ainda não alfabetizados). Segue abaixo alguns questionamentos.
Antes das leituras/pesquisas: “ — O mico-leão-dourado é grande?” (professora) “ — Não, ele é pequeno.” (Aluno A) “ — Pequeno como?” (professora) “ — Acho que deve ser do tamanho do cachorro...” (Aluno B) Após as leituras/pesquisas:
Após as leituras/pesquisas “_Quanto é 62 centímetros?” (professora) “_Não sei, parece grande...” (Aluno C) “_Olhe a régua de vocês. Ela marca centímetros. Quantos centímetros têm a régua? (professora) “_Trinta! (classe em coro) “_E o mico-leão-dourado?” (professora) “_O tamanho de duas réguas!” (classe) “_Com o rabo?” (professora) Alguns ficam pensativos com a questão. Uns acham que sim, outros que não. Retomamos a leitura, prestando atenção na parte que dizia o tamanho do mico-leão-dourado e muitos ficaram admirados quando descobriram que o rabo representa a maior parte do seu tamanho. “ — Nossa! Tudo isso!” (falaram alguns) As informações aprendidas sobre o mico-leão-dourado geraram outro texto coletivo (Figura 2) e depois revisadas quanto à repetição de palavras e organização das informações mais importantes a serem registradas. A onça-pintada, a suçuarana e a jaguatirica foram animais que, além das produções e pesquisas realizadas através de revistas Ciência Hoje, textos informativos, fichas técnicas e materiais do aluno (livro do PIC), possibilitaram organizar um quadro comparativo com suas principais informações e características (peso, tamanho, gestação e período de vida), por terem aparência visual semelhante (nas fotos). O tucano-de-bico-verde e o papagaio-de-cara-roxa não despertaram tanto interesse. Ocorreram poucos questionamentos e eles logo se satisfaziam com as informações lidas. Após o estudo desses animais, chegou a vez do jacaré (optei por deixá-lo por último por ter características diferentes dos demais estudados). Foi então proposto que os alunos registrassem suas hipóteses sobre o jacaré-de-papo-amarelo (o que pensavam
sobre a sua alimentação, período de gestação, onde mora, quantos filhotes nascem e como nascem...)
Figura 2
Produção e revisão de texto coletivo informativo sobre o micoleão-dourado
Essas hipóteses foram escritas em duplas e trios (Figura 3), socializadas posteriormente com o restante da classe:
Figura 3
Levantamento de hipóteses sobre o jacaré
ELE BEBE ÁGUA ELE COME PESSOAS ELE VIVE NA MATA ATLÂNTICA ELE TEM 80 CENTÍMETROS ELE TEM 3 FILHOTES DEMORA 16 DIAS PRA NASCER ELE MORA NO RIO E BEBE ÁGUA ELE MORA NA MATA ATLÂNTICA ELE COME ANIMAIS ELE COME PEIXE A PATA DELE É AMARELA O JACARÉ DE PAPO AMARELO COME CARNE DE PORCO O TAMANHO DO JACARÉ DE PAPO AMARELO É SETE METROS O JACARÉ DE PAPO AMARELO TEM SEIS FILHOTES MORA NO RIO O JACARÉ COME FRUTOS ELE VIVE NA ÁGUA O JACARÉ TEM O ROSTO AMARELO O JACARÉ COME PEIXE ELE VIVE NA MATA ATLÂNTICA ELE VIVE NO PANTANAL ELE COME GENTE ELE TEM 30 METROS A MÃE DA MUITO LEITE PARA OS FILHOS O JACARÉ VIVE EM PAZ O JACARÉ DE PAPO AMARELO MORA NA MATA ATLÂNTICA DO RIO DE JANEIRO ELE COME PEIXE E POLVO E ELE FICA PERTO DA FÊMEA PARA TER FILHOTE DA BARRIGA DA MÃE
Durante a leitura das hipóteses sobre o jacaré-de-papoamarelo alguns alunos se manifestaram: “— Jacaré não é mamífero!” (Aluno D, quando foi lido que a mãe da muito leite para os filhos).
Outros acharam que estava certo o pensamento do colega e olharam para mim em busca de socorro. A professora precisou ter cuidado em não interferir no pensamento dos alunos antes da pesquisa sobre o animal. Disse que iríamos ler vários textos sobre o jacaré e retomar o que haviam escrito para depois concluir se estavam certos ou errados, inclusive os alunos procuraram em livros didáticos, internet e dicionários a definição de mamíferos e répteis, dadas as hipóteses deles.
Figura 5
Pesquisa sobre o jacaré.
Em outras aulas, com muita curiosidade, os alunos realizaram a leitura de vários textos (informativos, fichas técnicas), muitos admirados com algumas informações: “— Como assim, a mãe carrega os filhotes na boca?” (Aluno E) A conversa sobre os textos foi retomada sendo confrontadas com suas hipóteses iniciais. Outro texto coletivo foi produzido para ser incorporado ao mural, posteriormente. O interesse pelo projeto foi tanto que a classe quis mostrar as informações pesquisadas para as demais turmas. A opção foi um mural com textos, legendas, desenhos e pesquisas feitas nesse período e a realização de seminários.
Resultados Com a finalização do projeto as informações e observações realizadas nesse período foram apropriadas pelos alunos (como características dos animais, habitat, onde fica a Mata Atlântica). Os alunos se tornaram mais curiosos e menos receosos em expor seu pensamento: mesmo que este não esteja totalmente correto cientificamente, o erro pode transformar-se num grande objeto de aprendizagem, através da pesquisa.
Referências bibliográficas CD-ROM Mata Atlântica - 500 anos. Estação da Arte, Instituto de Pesquisas. Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Petrobrás. GUEDES-BRUNI, Rejan. Uma amostra de floresta. In: Revista Ciência Hoje das Crianças nº109. MIRANDA, Luciene. Série Mata Atlântica. TV TEM/Globo News. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=hwbnaT2O9EA Acesso em 20/08/2009. MOLINA, Flávio de Barros; PAOLA, Luana. Jacaré-de-papo-amarelo. Disponível em www.zoologico.sp.gov.br/repteis/jacaredepapoamarelo. htm Acesso em 20/08/2009. SÃO PAULO(ESTADO) SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Ler e Escrever: PIC – Projeto Intensivo no Ciclo; material do professor – 3ª série / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; concepção e elaboração, Claudia Rosenberg Aratangy, Marisa Garcia, Milou Sequerra. 2ª Ed. São Paulo: FDE, 2009. SICILIANO, Salvatore. (Des) cobrindo da serra ao mar. Conheça a variedade de paisagens da Mata Atlântica, um ecossistema ameaçado. In: Revista Ciência Hoje das Crianças nº 92. RUFINO, Paulo Mata Atlântica: a segunda floresta mais ameaçada do mundo. Documentário. Disponível em https://www.youtube. com/watch?v=ygyf2JaPDRY. Acesso em 20/08/2009.
Preservar também é Coisa de Criança Gleicimar Suffiatti Valéria Gomes Pastori Vanice Melo Simões
Resumo A preocupação com o meio ambiente é atual e envolve toda a sociedade inclusive as crianças. A questão ambiental está em alta por uma razão simples: necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação. Por isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já na pré-escola. O professor como agente transformador muitas vezes busca cumprir papel de desenvolver o comprometimento das crianças com o cuidado do ambiente escolar, seja ele o ambiente interno como o ambiente externo da sala como da própria escola. A reflexão sobre o ambiente que nos cerca e o repensar da responsabilidade e atitude de cada um de nós gera processos educativos ricos significativos para cada um dos grupos envolvidos. E as crianças precisam saber o porquê das coisas para fazê-lo. É necessário explicar passo a passo porque temos que cuidar, preservar as plantas para que possam compreender a importância delas na nossa vida. Necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação. Por isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já nos anos iniciais da vida escolar da criança. Palavras chave: conscientizar, preservar, cuidar
Introdução A ideia do projeto surgiu a partir da observação feita pelos professores, e por algumas crianças de que as outras estavam destruindo as poucas arvores e as plantas do jardim da escola. Decidimos trabalhar de maneira a conscientizá-los sobre a importância das plantas e a preservação do meio ambiente junto com a educação ambiental, que é o meio mais eficaz de se formar cidadãos mais preocupados com o futuro do meio ambiente, e consciente da necessidade do desenvolvimento sustentável. Educar as crianças hoje, para a preservação ambiental e para o desenvolvimento sustentável é o melhor caminho de se garantir o futuro da humanidade. Os PCNs sugerem que os conteúdos de educação Ambiental e alimentar sejam tratados nos temas transversais de maneira interdisciplinar na educação desde cedo. Para o Referencial Curricular Nacional a criança deve observar e explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, que tem atitudes de conservação.
Objetivos
Respeitar as plantas como seres vivos aprendendo a preservá-la.
Conhecer melhor o processo de reprodução das plantas.
Reconhecer a importância das plantas para nossa vida.
Conscientizar sobre a importância das plantas em nossa alimentação.
Metodologia Iniciamos o projeto com uma roda de conversa sobre as plantas e sua importância para a nossa vida. A partir da conversa confeccionamos um painel com configuras de plantas sendo cultivadas e plantas sendo maltratadas, as quais as crianças escolhiam o local correto de cada figura, sendo o painel com uma divisão entre certo e errado.
Elas demostraram muita compreensão sobre as atitudes que devemos e o que não devemos fazer com as plantas, e nos dias que se seguiram, foi possível perceber nas conversas que elas levaram o que trabalhamos para seus familiares. Em seguida foi realizado a leitura do livro Nada Ainda, e as crianças elaboraram uma história coletiva a partir de figuras sobre germinação. E também utilizamos no decorrer do projeto os livros: Pêssego, Pera e Ameixa no pomar; A arvore maravilhosa; O grande rabanete; a partir dos quais realizamos discussões em roda de conversa, sempre com intuito de trabalhar a preservação das plantas e também linguagem oral e matemática utilizando palavraschave retiradas das histórias. A história “João e o pé-de-feijão”, contada com o livro da coleção criança criativa, fizemos a discussão na roda de conversa relacionando com o dia-a-dia das crianças. Em seguida fizemos a experiência da plantação de feijões utilizando como materiais copos descartáveis, algodão e feijões. Dando continuidade à roda de conversa falamos do sol e agua, a importância de ambos para o desenvolvimento da planta. Também desenvolvemos a experiência do plantio de sementes iguais, onde uma foi cuidado devidamente, enquanto o outro deixado no armário sem sol nem agua, para eventual observação e comparação por partes das crianças. As crianças puderam observara importância do sol e da agua para a planta que estes são a fonte de alimentação que ajuda a semente a se desenvolver. Nos demais copos cuidados com a água e iluminação após alguns dias foi transplantadas para o solo, para compreenderem que somente sol e água não é suficiente para que a planta cresça saudável. É preciso também que ela retire do solo nutrientes necessários para isso. Com a planta já formada as crianças observaram suas partes e desenvolvemos um painel coletivo utilizando papel cenário, papel dobradura e papel crepom. Conversamos sobre as plantas que nascem por meio de semente e por meio de raízes. Para melhor compreensão das crianças plantamos alface, onde as crianças puderam ajudar a plantar, cuidar e regar.
As crianças foram instruídas sobre a importância de comer frutas, verduras e legumes. Outras atividades realizadas no decorrer do projeto foram, a dramatização do nascimento do feijão, e trabalho com as músicas: O pomar; e o que é que tem na sopa do neném, através da qual as crianças puderam se movimentar, se expressar e aumentar o vocabulário significativamente enquanto brincavam e cantavam. O projeto foi encerrado com uma sopa de feijão e uma salada com a alface cultivada, onde as próprias crianças participaram do preparo, enriquecida com outros legumes e apresentado em forma de cartaz a receita, a qual foi encaminhada às mães, como sugestão para fazer em casa. A salada e a sopa foram servidas como almoço para todas as crianças da escola.
Resultados Todas as crianças participaram ativamente do projeto, demonstrando grande interesse e prazer em realizar as atividades propostas. Foi possível perceber a conscientização sobre a importância da recilagem pela observação das mudanças de atitudes das crianças, tanto pelo convívio no dia a dia como nos arredores da escola. Com certeza se comprovou que o estímulo, as socializações das informações são pertinentes para o cuidado e preservação do meio ambiente, despertando nas crianças o interesse e ao mesmo tempo tornando-as integrantes transformadores do meio ambiente que vivem.
Conclusão É dada à criança a oportunidade de vivenciar através de experiências e atividades no seu dia-a-dia, desenvolver seu pensamento crítico em relação à importância das plantas, para nossa saúde, nosso bem-estar, nosso convívio social, pois somente na prática a criança percebe que é um integrante e agente transformador no meio ambiente, e que pode contribuir muito para melhorá-lo.
Bibliografia Kilaka, John. A árvore maravilhosa. Editora Martins Fontes. Calvi, Gian. João e o pé-de-feijão. Coleção crianças criativas. Belinky, Tatiana. O grande rabanete. Editora Moderna. Ahlberg, Janet Allan. Pêssego, pera, ameixa no pomar. Tradução de Ana Maria Machado. Editora Moderna, Valtz, Christian. Nada Ainda. Editora Hedra. BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.3 v. BRASIL. MINISTÈRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica: Brasília (DF), 2006 .9 v. http://revistaescola.abril.com.br/educacaoinfantil/4-a-6-anos/preservar-tambem-coisa-crianca-422841.shtml.
Projeto: Poetizando com Cecília Ana Cecília Vicenssote Bueno Ana Clara Ferreira Paulino Castilho Érika Fernanda Brizolari Soad
Tema: “Poesias de Cecília Meireles” Alunos: 3º. Anos Ensino Fundamental I Período: manhã e tarde Justificativa Sabemos da importância da poesia na vida de cada um de nós. A poesia tem uma importância fundamental para a formação crítico-reflexiva do sujeito-leitor. Ela possibilita ao homem o encontro com a cultura humanística, como espaço de revelação e reconhecimento do prazer, da fantasia e da realidade circundante ao leitor infantil, além de propiciar-lhe uma leitura ampla e crítica dos valores vigentes na sociedade. O profissional de literatura, ao trabalhar com a poesia em sala, propicia ao aluno oportunidade de desvendar não só as estruturas superficiais do texto, como compreender o discurso e as ideologias que estão implícitas no texto poético. Observa-se que toda produção poética de qualidade, além de ser prazerosa, pode ser útil. É importante que a criança desenvolva a leitura e escrita de forma prazerosa, poias a poesia pode permitir que os alunos se apropriem da linguagem literária de uma forma lúdica pelo canto, pela mensagem, o encanto que existem nas palavras. O objetivo deste projeto é a interação, a comunicação com outro e desenvolvimento da apreciação poética. É mais que necessidade, é uma garantia de participação ativa na vida social, a cidadania desejada. Com base nestas constatações é que se justifica o presente projeto como um alicerce na formação de educandos
sensíveis, leitores e criadores de sua própria poesia, através da percepção de que poesia não é só o que rima e tem sílabas contadas mas, acima de tudo, é jogo de palavra, e emoção que desperta, é uma maneira especial de ler e ver o mundo.
Objetivos gerais
Usar a poesia para desenvolver a oralidade.
Criar o hábito e apreço pela leitura.
Reconhecer e apreciar poesias de Cecília Meireles.
Objetivos específicos:
Ler poesias.
Propiciar vivências que favoreçam a utilização das poesias como elementos sedutores à formação do leitor.
Usar linguagem poética no cotidiano da escola; (em leituras, apresentações, recitais).
Reescrever as poesias de Cecília Meireles.
Adquirir conhecimento sobre o gênero literário: poesia.
Ilustrar as poesias trabalhadas em sala de formas diversificadas para a organização de um livro.
Organizar um livro de poesia com as poesias reescritas pelos alunos para exposição na escola.
Estimular a criação de atividades e recursos que viabilizem a utilização da literatura infantil (poesias) no contexto escolar.
Estudar a biografia de Cecília Meireles.
Metodologia Para iniciar o assunto, o professor fará uma roda de conversa com os alunos para fazer um levantamento sobre o conhecimento prévio de cada um. O que eles sabem sobre poesia, quais eles conhecem e como foram apresentadas.
Levar para essa roda de conversa algumas poesias de Cecília Meireles para ser apresentadas como por exemplo: Máquina breve Cecília Meireles O pequeno vaga-lume com sua verde lanterna, que passava pela sombra inquietando a flor e a treva — meteoro da noite, humilde, dos horizontes da relva; o pequeno vaga-lume, queimada a sua lanterna, jaz carbonizado e triste e qualquer brisa o carrega: mortalha de exíguas franjas que foi seu corpo de festa. Parecia uma esmeralda e é um ponto negro na pedra. Foi luz alada, pequena estrela em rápida seta. Quebrou-se a máquina breve na precipitada queda. E o maior sábio do mundo sabe que não a conserta.
Leveza Cecília Meireles Leve é o pássaro: e a sua sombra voante, mais leve. E a cascata aérea de sua garganta, mais leve. E o que lembra, ouvindo-se deslizar seu canto, mais leve. E o desejo rápido desse mais antigo instante, mais leve. E a fuga invisível do amargo passante, mais leve.
Ao apresentar as poesias, destacar o que constitui uma poesia, suas formas e características. Em seguida apresentar um breve histórico sobre a autora para que as crianças possas conhecê-la. Quem foi Cecília?
Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias. Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.
Após a roda de conversa, levar os alunos até a sala de informática para que possam pesquisar as poesias de Cecília Meireles. Em duplas eles deverão pesquisar e reescrever a mesma em uma folha. Em outro momento, as duplas deverão realizar a leitura individual da poesia escolhida para compreensão da mesma e deverá reproduzir uma ilustração em uma folha. Pode ser meia cartolina para que fique grande e já se torne a página do livro final que será construído. Cada dupla, ao finalizar sua ilustração, irá apresentar a poesia escolhida para a turma, realizando a leitura da mesma e uma breve explicação do que mais gostou. Cada ilustração corresponde a uma página do livro de que será projetado. Após todos apresentarem deverá ser escolhido alguns alunos para produzirem a capa do livro e todos os trabalhos serão grampeados no mesmo. O livro poderá
ficar em exposição na escola e os alunos poderão se apresentar para os alunos de outras turmas da mesma série explicando um pouco sobre poesia, Cecília Meireles e expondo o livro criado por eles. Para finalizar poderá ser feito uma recital de poesias com apresentações feitas pelos alunos para os pais ou colegas de escola.
Referências MEIRELES, Cecília. Os melhores poemas de Cecília Meireles. 3. ed. São Paulo: Global, 1988. 196 p. (Os melhores poemas, 9). http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp Acesso em 23 de maio de 2016. http://www.mensagenscomamor.com/poemas-e-poesias-dececilia-meireles Acesso em 23 de maio de 2016.
Trânsito “Mudando Comportamentos” Mara Silvia Desiderá Dovigo Maria de Lourdes Nogueira Martinez
Sabemos que Implementar valores autênticos numa cultura consumista, não é tarefa simples. Introduzir novos hábitos na sala de aula pressupõe uma mudança de comportamento que exige um acompanhamento sistemático. Mostrar aos alunos os direitos e deveres , desenvolvendo assim princípios de cidadania e ética, ao entender que nos conflitos do trânsito e nos diferentes espaços só podem serem minimizados quando valores, posturas e atitudes estiverem voltadas ao bem comum. Estimular a participação ativa dos educandos no processo ensino/aprendizagem através de participação em grupos de conhecimentos relacionados ao trânsito, onde as crianças tenham a oportunidade de conviver, pensar, respeitar, trocar ideias e experiências, discutir e utilizar o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões. Os professores devem estimular pesquisas em campo, dinâmicas e situações que favoreçam a exploração do lugar onde moram e a observação da atitude das pessoas no trânsito, a compreensão e a análise critica de situações do seu dia a dia, percebendo seu cotidiano mais vivamente e desenvolvendo capacidades que estimulem no aluno o desenvolvimento de comportamento seguro no trânsito para que saiba intervir positivamente em sua realidade para transformá-la, sensibilizar os alunos e a comunidade para a adoção de posturas, valores e atitudes responsáveis no trânsito.
Desenvolver a linguagem oral e escrita através da leitura, produção e pesquisas em livros, folhetos, jornais, musicas, revistas em quadrinhos etc. Observando comportamentos dos alunos na escola verificamos que muitas das atitudes que apresentavam na rua eram repetidas em suas relações dentro da escola: gestos de impaciência, desatenção, falta de respeito, solidariedade e desrespeito as regras da escola e ao espaço de outro, o individualismo e dificuldade de socialização. A metodologia utilizada durante as aulas deste projeto, constará com atividades envolvendo matérias trabalhadas na escola. Umas das atividades em sala de aula, envolvendo leitura, concentração, atenção, direção juntamente com educação no trânsito:
Caça palavras envolvendo a educação no trânsito.
O professor fará distribuição de vários e diversos tipos de transporte onde o aluno deverá dividi-los em tamanho, tipo, cores ou o que for pedido.
Na aula de artes, o professor ensinará alunos a montagem de carrinhos com caixa de fósforos, caixa de papelão etc...
Fazer uma auto pista com diversos sinais de trânsito na escola, em que as crianças deverão saber utilizá-las dentro das leis.
De acordo com Libâneo (2001,p.113)a escola é lugar de aprender conhecimentos, desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, éticas, e também é lugar de formação de competência para a participação na vida social, econômica e cultural. Dai a importância e a relevância deste projeto pedagógico para nossos educandos e para a comunidade.
Bibliografia Código de Trânsito Brasileiro - LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 - (Portaria nº 147/09) CUNHA, Luiz Antônio. Os Parâmetros Curriculares para o Ensino Fundamental: Convívio Social e Ética. Cadernos de Pesquisa, nº 99, São Paulo, 1996. DETRAN. Educação para o Trânsito na Escola: caminhos possíveis. Disponível em: http://www.vivamais.rs.gov.br/upload/artigo. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança.. Tradução Moacir Gadotti e Lílian Lopes Martin. Rio de Janeiro, 1979
Sobre as autoras Adevanir Aparecida C. Bertocco – Formada em Pedagogia e atualmente trabalha como professora de educação infantil na rede municipal de ensino. Adriana de Marco – Formada pelo Centro Especifico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAM), possui Licenciatura em Pedagogia e pósgraduação em Alfabetização com ênfase em “Música: Uma estratégia em busca da aprendizagem e desenvolvimento, atualmente leciona na Educação Infantil da Rede Municipal de São Carlos. Adriana Guimarães Dias Prado – Formada Magistério pelo CEFAM, Graduada em Pedagogia pela Universidade UNESP de Araraquara, Especialista em Educação Especial pela Unicep e Educação Étnica Racial pela UFSCar e atualmente atua como professora na rede pública de São Carlos. Adriele Helena Belli –Licenciada em Pedagogia e graduada em Engenharia de Computação. Especialista em Educação Infantil. Formação inicial - Magistério. Durante seus onze anos de experiência na área da educação atuou como professora na educação infantil e no ensino fundamental, exerceu também o cargo de supervisora de unidade e atualmente atua na equipe de apoio pedagógico da Secretaria da Educação. Alessandra Aparecida Avelino dos Santos Custódio da Silva – Formada em Magistério (CEFAM), graduada em Pedagogia na Universidade Unopar, Especialista em Psicopedagogia Institucional pela Faculdade São Luíz e Especialista em Educação Especial pelo Instituto Próminas. Atualmente atua como pro-fessora de Educação Infantil na rede Municipal de Ensino de São Carlos. Ana Cecília Vicenssote Bueno – Professora da rede municipal de ensino de São Carlos desde 2004. Atualmente atuando com Ensino fundamental. Também trabalhou na rede Estadual, Particular e no SESI. Ana Clara Ferreira Paulino Castilho – Formada pelo curso Normal Magistério – Instituto Dr. Álvaro Guião – São Carlos/SP, Licenciada em História – UNICEP (Centro Universitário Central Paulista) – São Carlos/SP, Capacitação em “Metodologia e Recursos do Ensino da Matemática na Educação Infantil” – Wise.doc (Formação Docente On Demand) e “A Cultura Afro-Brasileira” – Foco Exata Tecnologia, Serviços e Educacional – Ltda (Educamundo), Professora da Rede Municipal de Ensino de Educação Infantil de São Carlos/SP. Carolina Balbino – Formada em Magistério pelo CEFAM, Graduada em farmacêutica pela UNICEP, Ciências Físicas e Biológicas pela UNIFRAM, Especialista em Direito Educacional pela Faculdade São Luís, Gestão Escolar pela INICID e Psicopedagogia pela UNICID. Atualmente atua como professora de Educação Infantil na rede Pública de São Carlos.
Cláudia Beatriz Fasanelli Takeda – Formação Acadêmica: Magistério, Licenciatura Plena em Pedagogia. Pós-graduação de Educação Infantil. Curso: Educação, Corpo e Movimento, Educação Ambiental (Plano Municipal de Educação). Ingressei no Magistério Municipal desde 1987, atuando até hoje na Educação Infantil da Rede Municipal de São Carlos. Cláudia Helena Paulino Bogas – Cursou magistério há 27 anos, formada em Pedagogia pelo Centro Universitário Central Paulista e pós-graduada em Educação Infantil pela São Luis em Jaboticabal. Atua há sete anos na rede municipal de ensino com a Educação Infantil, coordenação pedagógica e Secretaria Municipal de Educação. Cristiane Renata Romanello – Paulista, casada. Formada no Curso de Magistério e Licenciada em Matemática. Professora Efetiva de Ed. Infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos-SP. Daiana Branco Manfio Ponce – Graduada em Pedagogia e História, realizou pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Alfabetização e Letramento. Daniela Campaner Parciasepe – Licenciada em Pedagogia (UNICEP). Especialista em Educação Especial (UNICEP). Formação inicial - Magistério. Docente da rede municipal de São Carlos-SP. (Ed. Infantil). Atua há 16 anos na educação. Daniele Fernanda da Silva – 2. Formada em Magistério (CEFAM, 2003), graduada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) e Licenciada em Artes Plásticas pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Especialista em: Educação para as Relações Étnico-raciais (UFOP), Educação Infantil pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e Psicopedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Atua na rede municipal de ensino, atualmente como coordenadora do Projeto Mais Educação. Elizabete Ulbrick Jorge – Formada em magistério (CEFAM), graduada em Pedagogia na Universidade Hermínio Ometto (Uniararas). Especialista em Educação Infantil pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Atua na educação Infantil há 6 aos na Prefeitura Municipal de São Carlos. Érika Fernanda Brizolari Soad – Formada em Letras pela Faculdade de Direito de São Carlos (FADISC) em 2006, atuante na rede municipal de ensino de São Carlos na área de educação. Esleide de Cassia Rodrigues – Pedagoga, especialista em Psicopedagogia, Direito Educacional e Gestão de Recursos Humanos em Educação, experiência profissional por (5) anos na Divisão de Educação para o Trânsito, (3) anos como Gestora Comunitária em Educação, e professora de Artes no Programa Mais Educação, no Município de São Carlos. Flaviane Gomes da Costa – Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Ciências e Letras da UNESP e em Artes Visuais pela UNIMES. Especializada em Psicopedagogia Institucional, pelo Centro Universitário Claretiano e em Educação Infantil, Anos Iniciais e Alfabetização e Letramento, pela
UNIASSELVI. Atuante como professora da Educação Infantil, na Prefeitura Municipal de São Carlos – SP. Francimeire de Sousa Zepon – Formada no Curso de Magistério, Foi Professora efetiva de Ed. Infantil e Ensino Fundamental 1 de 2003 a 2007 em Guarulhos – SP. Desde 2009 é professora efetiva de educação infantil na Prefeitura Municipal de São Carlos-SP. Gleicimar Suffiatti – Licenciada Pedagogia. Formação inicial - Magistério. Especialista em Educação Inclusiva. Atua na Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino e coordena o Projeto Escola Arteris do Transito e Meio Ambiente. Atualmente diretora CEMEI Vicente Botta. Janaína de Oliveira Vieira Feliciano – Formada em pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos. Minha especialidade se concentra atualmente na educação infantil, atuo como docente em uma unidade municipal que atende crianças de 0 a 3 anos, também sou professora na rede estadual de educação e trabalho nas séries iniciais do ensino fundamental, especialmente com alfabetização. Lauri de Freitas Petilli Zopelari – Formada no Magistério pela escola Dr. Álvaro Guião, graduada em Educação Artística pela Faculdade São Luís, em Pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES, especialista em Educação Infantil pela Universidade Cidade de São Paulo - UNICID e em Mídias na Educação pela Universidade São Paulo – USP. Mara Silvia Desiderá Dovigo – Formada em Educação Física com Pós-Graduação e Pedagogia, trabalha como professora na rede Muni-cipal de ensino. Márcia Altimira Gradim Martinez – Bacharel em Direito. Pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Educação Ambiental. Formação inicial: Magistério. Atua na Educação Infantil na cidade de São Carlos - SP. Márcia Elisa Canova Bedendo – Pedagoga e Especialista em Docência na Educação Infantil e Séries Iniciais. É professora da Educação Infantil na rede Municipal de São Carlos. Marcia Marcela Takaessu Domingos: Licenciada em Pedagogia (UNICEP) e Artes Visuais (UNIMES). Especialista em: Educação para as Relações Étnico-raciais (UFOP), Psicopedagogia Clínica e Institucional (UNICEP), Educação Infantil (UNICID) e Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável - Faculdades de Educação São Luís. Formação inicial - Magistério. Docente da rede municipal de São Carlos-SP. (Ed. Infantil). Maria de Lourdes Nogueira Martinez – Formada em Pedagogia com Pós-Graduação, trabalha com Educação Infantil na rede Municipal de ensino. Maria de Lourdes Pereira – Cursou Normal Superior e pós-graduação em Psicopedagogia na UNIARARA – Fundação Hermínio Ommeto. Pós-graduação de Ensino Lúdico na UNICID e graduação de História na UNIMES.
Patrícia Pereira – Mestranda pelo do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE-UFSCar). Licenciada em Pedagogia pela UNESP-Araraquara. Especialista em Ética, Saúde e Valores na Escola pela USP/UNIVESP. Especialista em Educação Infantil pela UNICEP. Docente da rede municipal de São Carlos (Educação Infantil) e da rede estadual de São Paulo (Anos Iniciais). Priscila Maria Nunes Blanco – Licenciada em Artes Plásticas (Faculdade de Educação São Luís) e Pedagogia (UNIMES). Especialista em Gestão Escolar (UNICEP). Formação inicial - Magistério. É docente na cidade de São CarlosSP - atua na Rede Municipal (Educação Infantil) e na Rede Estadual ministra aulas de Arte (Ensino Fundamental e Ensino Médio). É docente há 18 anos. Silvana Aparecida Soad Soares – Realizou Magistério no CEFAM, formada em Pedagogia pelo Centro Universitário Claretiano e Psicopedagogia no Processo de Ensino Aprendizagem. Efetiva na rede Municipal de São Carlos há 7 anos. Silvana Regina Fasanelli Boro – Formação acadêmica: Administração de Empresas, Magistério, Pedagogia, Especialização em Educação Infantil, Cursos de capacitação: Atividades Lúdicas, Gênero e Diversidade na Escola (UFSCar). Simone Graziela Vicente da Silva – (Graduada em Pedagogia pela Universidade Paulista - UNIP e em Artes Visuais pela Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES, especialista em Psicopedagogia Clínica, Psicopedagogia Institucional pelo Centro Universitário Central Paulista - UNICEP e Educação Infantil pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar). Tatiane Cristina Gomes de Lima – Formada em magistério (CEFAM), graduada em Pedagogia na Universidade Hermínio Ometto (Uniararas). Especialista em Educação Infantil pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Atua na educação Infantil há 6 anos na Prefeitura Municipal de São Carlos. Valéria Gomes Pastori – Formada em Magistério (CEFAM, 2003), graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Paulista (UNIP) e especializada em Educação Especial. Atua na Educação Infantil há 10 anos na Prefeitura Municipal de São Carlos e há 09 meses no Colégio Fukuara. Vanice Melo Simões – Professora da rede Municipal de Educação do Município de São Carlos e da rede Estadual do Estado de São Paulo. Possui 15 anos de experiência como PEB I e atua na Educação Infantil a 9 anos. Graduada em pedagogia, com especialização em psicopedagogia e Educação Infantil. Mulher, esposa e mãe de 3 filhos considera-se uma profunda admiradora da educação. Wirley Regina Marchi – Formada em Pedagogia, professora de educação infantil e EJA (Educação de Jovens e Adultos) na prefeitura Municipal de São Carlos, atualmente no cargo de direção no CEMEI Enedina Montenegro Blanco.