2 A ARTE DE LIGIA BEGOSSI
ALPINA BEGOSSI ROMANA BEGOSSI (ORGANIZADORAS)
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Direitos autorais de Alpina Begossi, Romana Begossi e descendentes diretos (filhos e filhas, netos e netas, a seguir). Qualquer forma de reprodução, distribuição, comunicação pública ou transformação desta obra e das imagens contidas nessa obra só poderá ser realizada com a autorização expressa de suas autoras ou titulares. Caso seja necessário reproduzir algum trecho dessa obra, seja por fotocópia, transcrição ou digitalização, entrar em contato com autoras ou titulares.
Begossi, Alpina B417a
A arte de Ligia Begossi / Alpina Begossi e Romana Begossi. São Carlos: RiMa Editora, 2020. 425 p. ISBN 978-65-80035-20-5 - e-book 1. arte. 2. pintura. 3. encáustica. 4. xilogravura. 5. tapeçaria I. Autoras. II. Título.
Editora Rua Virgílio Pozzi, 213 – Jd Santa Paula 13564-040 – São Carlos, SP Fone: (16) 98806-4652
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO
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CRESCENDO COM ARTE TAPEÇARIAS PORCELANAS
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DESENHOS E PINTURAS ENCÁUSTICA
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XILOGRAVURAS O MAR
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APêNDICE
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INTRODUÇÃO 5
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INTRODUÇÃO
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ua arte é tanta, tão diversa. Sua criatividade explodia, se expandia. Neste livro, buscamos concentrar as imagens das tapecarias, porcelanas, pinturas e xilogravuras que encontramos. Entretanto, não podemos deixar de citar a profícua produção literária sobre artesanato e culinária, dentre outros temas. Lygia de Quadros Junqueira (nome de solteira) [1920-2017], Ligia Junqueira Begossi, Ligia Begossi ou, ainda, sob os pseudônimos de Maria Sibilla e D’Alfenas. Aos 19 anos optou por estudar História e Geografia, interesse que manteve a vida toda. Lecionou (1944/45) na Faculdade Nacional de Filosofia (Universidade do Brasil, Rio de Janeiro, hoje UFRJ), tendo sido sócia-fundadora da Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnografia (fez parte da Diretoria em 1941); sócia-fundadora do Centro de Estudos Geográficos da Faculdade Nacional de Filosofia, também participando da primeira diretoria. Lecionou também (História e/ou Geografia) nas escolas Pio Americano, Ginásio Israelita Brasileiro e Colégio Anglo-Americano, Rio de Janeiro. Em 1950, após obter o registro de jornalista, trabalhou como redatora na APLA (Agência Periodística LatinoAmericana), colaborando com as revistas O Dia, Revista da Semana, Fon-Fon, Editora Vecchi, Casa e Jardim e outras da Rio Gráfica Editora. Muitos livros foram também publicados pela Ediouro (Tecnoprint). Pela RiMa Editora (2009), publicou O mar da minha vida, com poesias e desenhos da autora. Entre 1957-1989 escreveu pelo menos 68 livros sob os nomes: Ligia Junqueira, Ligia Junqueira Begossi, Ligia D’ Alfenas e Chelim Damusvostra (este último ao lado de Armando Begossi). Citamos vários, a seguir: Da Gráfica Brughera (Ligia Begossi): É facil fazer tapetes (v. I, 1967; v. II, 1973). Da Editora Vecchi (Maria Sibilla, pseudônimo): cinco livros. Da Tecnoprint Editora/Gráfica (incluindo Ediouro), a série de culinária A Boa Cozinha (Ligia Junqueira) (1958-1963) (22 livros), incluindo 150 receitas de carne, peixes, salgadinhos, vegetais, massas, arroz, aves, bolos, docinhos, sobremesas, saladas e frios, ovos e queijos, sanduíches, sopas, coquetéis, “para aproveitar as sobras”, pastéis e empadões, “que não engordam”, sorvetes e sobremesas geladas, para festas tradicionais, “de liquidificador” e para jantares americanos; a série Cestinha de Ouro (Ligia Begossi, alguns com Eugen*) (1962-1963) (10 livros), como “O que fazer com retalhos”, bonecos de pano, sugestões para enxoval de noiva*, bichinhos de pano*, trabalhos em ráfia*, trabalhos em conta*, trabalhos com palhas e cordas*, trabalhos manuais de agulha 1 e 2; INTRODUÇÃO 7
a série Tricô e Croché (Ligia Begossi) (1962)(11 livros), como bonecos de tricô e croché, tricô para recém-nascido, para bebê, crianças de 1-13 anos (1 e 2), para moças e rapazes, para homens, para a mulher elegante, com linha, para o lar e “para a sua elegância”; Trabalhos Manuais e de Agulha (Ligia Begossi); Trabalhos de Agulha (com Therese Dillmont; tradução e adaptação de Ligia Begossi); Como fazer trabalhos de ráfia (Zevetana B. Papasova, ampliada por Ligia Begossi); a coleção Receitas Tradicionais (anos 70-80)(das cozinhas: italiana, mineira, baiana, internacional, dentre outras, incluindo Cozinha Mineira, Doces e Bebidas Doces, com Romana Begossi); Ervas e Especiarias na Cozinha (Ligia Junqueira); o romance Luna e Marco (Ligia D’Alfenas); e A Cozinha Astrológica (Chelim Damusvostra), dentre outros. Assuntos como História da Arte e História da Ciência também fizeram parte de seus estudos e de aulas e palestras. Nascida em São Paulo, passou a infância em Paracamby (hoje Paracambi, RJ) (seu pai, Antonio Botelho Junqueira foi Diretor da Cia. Brasil Industrial) entre passeios a cavalo e leituras na varanda, fase por ela descrita como muito feliz em sua vida. Seus estudos se deram no Colégio Assunção (Santa Teresa, Rio de Janeiro), seguindo depois para a Universidade do Brasil (na qual participou da UNE também). Amante do mar, teve um barco, o Sacy, com o qual navegou pela Baía de Guanabara. Bela descrição encontrase em uma de suas poesias (2009:7, O mar da minha vida, RiMa Editora): Eu não tive mar na infância Ganhei-o na mocidade. Deslizei em suas águas Afrontei as suas iras. Mergulhei em seus mistérios Enredou-me em suas vagas Trouxe-me o gosto das algas Salsugem e poesia. Vibrações de mar-abismo Que se aprofundam na alma Eu não tive mar na infância, Mas foi meu na mocidade. Este livro busca reunir imagens de sua obra. Agrupamos as que estiveram ao nosso alcance, sem ter a pretensão de reunir todas: é variada e extensa a arte de Ligia Begossi. Entusiasmada, como sua personalidade. Incorporamos a seguinte nota autobiográfica (Figura 1):
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Figura 1 O ateliê de pintura do Colégio Assunção, Santa Teresa, Rio de Janeiro.
Vale ainda comentar as muitas exposições de seus trabalhos. Citamos algumas: 3
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Instituto dos Arquitetos do Brasil (1946): exposição de trabalhos de Arpad Szenes e de seus alunos Salão de O Globo (1957): exposição dos alunos do Prof. De Vicenzi Studio Alessandro (1966) (individual) Centro Municipal de Cultura, Nova Friburgo, 1968 Clube dos Decoradores do Rio de Janeiro, 1970, 1971, 1972 Ateliê Maria de Lourdes Novaes, Centro de Arte Contemporânea, 1975 Escola Naval, 1977 Clube Naval, maio e outubro de 1978, 1979, 1980 (obteve Medalha de Ouro sobre três tapeçarias em 1978) Clube Militar, 1990 Loja Hum do Fashion Mall AAFBB (Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil), 1991 SBBA (Sociedade Brasileira de Belas Artes), 1991 Ponto de Arte, 1974-1975.
Encontram-se ainda algumas notas explicativas, como a seguir, sobre as composições em tamanho reduzido, muitas aproveitadas em cartões e que nos garantiram a obtenção de várias imagens (Figura 2).
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Figura 2
Sobre composições.
Figura 3 O ateliê de Arpad Szenes pintado por Ligia Begossi (1946).
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rescemos entre pincéis, cheiro de óleo de cravo ou terebentina, das aulas de porcelana. Ao sentir esses aromas, ainda hoje vemos nossa mãe no quarto dos fundos, seu ateliê. Era bagunçado e gostoso. Lembramos do rádio ao fundo, com músicas da época (Bleu, Bleu, L’Amour est Bleu, por exemplo). Crescemos vendo papéis, livros de pintura ou tapeçarias, dentre outros. Eram tantas as criações dela que fica difícil saber por onde começar um livro como este: A Arte de Ligia Begossi Begossi. Tapeçarias? Pinturas? Porcelanas? Gravuras? A criatividade explodia em casa. Lembranças percorrem as estantes e balcões (havia estantes com pequenos cavaletes sobre as mesmas, para praticidade do ateliê) onde jaziam livros como Chagall, Cezanne, dentre outros. Sem dúvida, o livro Um gosto e seis vinténs, de Somerset Maugham, fez parte de nossa infância ou pré-adolescência. Lembramo-nos também das traduções: quantos livros traduzidos, do inglês ou do francês para o português; ou quantos livros de receitas (Ed. Tecnoprint/Ediouro, Ed. Vecchi, Introdução). A lembrança do quarto do fundo é de trabalho, criatividade, riqueza de espírito e sensação de “estar à vontade”. Colorido e bagunçado. Foram muitos livros, sobre pontos em agulha ou trabalhos de tricô, miçangas, bonecos, suéteres, toalhas, rendas e tapeçarias, dentre outros. Exemplos estão na série “Cestinha de Ouro” (Edições de Ouro/Tecnoprint), ou “Trabalhos em Agulha” (T. de Dillmont & L. Junqueira Begossi), ou “Como fazer tapeçarias” (Ediouro, Begossi, 1982), dentre tantos. Ou até mesmo um romance como Luna e Marco (romance assinado Ligia D’Alfenas, Ediouro/Tecnoprint, coleção Edijovem). Bolos por Maria Sibilla, Coleção a Mulher e o Lar (Editora Vecchi). As lembranças incluem nossa mãe, ou com pincéis, ou com a máquina de escrever e tantos papéis e fotos ao redor. Naquele quarto do fundo, a porta abria para um terraço com delicioso jardim. Ao fundo, sempre uma música gostosa. Era um ateliê-escritório acolhedor. Ainda havia os livros de culinária, tantos e tantos, conforme mencionados na Introdução. Voltando à arte deste livro: vamos iniciar com as tapeçarias. Aprendemos cedo os pontos de cruz, arraiolos (ponto de trança) (descrições em Begossi, 1982), dentre outros. As lembranças correm pelos dias em que tínhamos de ajudar nossa mãe, pois a entrega 11 11 CRESCENDO COM ARTE
das criações de tapeçaria às vezes atrasava tamanha a demanda [ela dava aulas de tapeçaria e fazia os desenhos, adquiridos pelas pessoas (senhoras em geral) para bordarem]. Ajudávamos, aprendemos a contar e fazer os pontinhos na pintura das telas. Telas já voaram da varanda por terem sido colocadas a secar ao vento no terraço… e lá se ia o trabalho! Das porcelanas, o cheiro era maravilhoso. Lembramo-nos das aulas. Da campainha que não parava na hora da chegada das alunas. Das gravuras, as madeiras, as tintas, a miscelânea de estiletes e os rolos de xilogravura. A criatividade estava sempre solta: como me lembro do banheiro anexo ao ateliê: banheiras e pias cheias de água e tinta. Eram novos experimentos. De vários experimentos saíram desenhos e quadros lindos. Eram misturas com substâncias não solventes em água (querosene ou varsol) que formavam lindas imagens. Alguns são hoje capas de livros publicados (ver RiMa Editora, São Carlos) (Apêndice). Nossa casa, seja a do mar ou a da montanha, já mostrava a sua arte. No mar, a arte do mar, seja do fundo do mar, ou peixes, ou ainda temas venezianos. Da montanha, as flores nas janelas. Itatiaia, e as janelas floridas, alegres, bonitas.
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TAPEÇARIAS
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edo já convivíamos com as tapeçarias. Lembramo-nos ainda das tapeçarias da primeira infância, seguindo até nossa vida adulta. Eram aulas em casa, ministra das por Ligia, além de tantas e tantas encomendas. Em um livro de encomendas de 1970, encontramos 118 telas (encomendas, vendidas); outro livro contabiliza os tapetinhos (1990): 127 confeccionados e 87 vendidos. As aulas de tapeçaria faziam parte de nossas vidas. O entra e sai de senhoras, as encomendas e compras das telas pintadas com desenhos da natureza, ou religiosos, ou infantis. O escritório/ateliê, com telas e pincéis; muitas vezes ajudávamos com a pintura sobre as telas, cujo prazo de entrega venceria em breve. Vale a consulta de “Como fazer tapeçarias”, de L. Begossi (1982, Ediouro). Cedo aprendemos o ponto de cruz. Fizemos alguns painéis e almofadas na infância. Havia muitos outros pontos, uns mais fáceis, outros mais difíceis, como arraiolos (ponto de trança), medieval, esmirna, gobelin, de Santa Maria, dentre outros. História, descrição e explicações sobre telas e pontos de tapeçaria são encontrados em Begossi (1982). As miniaturas de tapetes (tapetinhos) foram realizadas a partir da década de 1990, por Ligia, a maioria sob pseudônimo de D’Álfenas. Assim descreveu: Comecei a me interessar pelo assunto (miniaturas de tapetes) quando Maria Alice Lafayette Stokler me pediu para ensiná-la a fazê-los, em maio de 1990. Passei a criar modelos sem riscar – diretamente nas telas, o desenho reduzido dos tapetes orientais. É evidente que não podemos, em uma miniatura, ter todos os detalhes dos desenhos dos tapetes normais. Impossível reproduzir em 5x3 ou mesmo 7x3 (pt) todos os motivos de uma figura de um Bukara, por exemplo. Temos que nos contentar com a “impressão” dada por aqueles motivos. Para isso, lançamos mão – além dos pontos utilizados – de pespontos com espaços 1 a 1. Esses pespontos dão muita leveza às miniaturas. Boas sugestões são encontradas em álbuns de “Ponto de Assis”. Seguem imagens de diversas tapeçarias de Ligia Begossi.
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orcelanas são uma arte antiga que nos remetem à China, ou a Delft (Holanda), ou ainda aos azulejos portugueses, dentre outros. As porcelanas também estiveram muito presentes em nossa infância. Levar as peças pintadas para queimar em fornos (íamos muito acompanhá-la), abrir a porta para as alunas: as aulas, também ministradas no ateliê/escritório, localizado no que chamávamos de “quarto do fundo” (pois se situava no final de um longo e curvo corredor) ou “quarto rosa” (as paredes eram daquela antiga tonalidade rosa).
O melhor: os cheiros… óleo de cravo e terebentina. Esses cheiros nos remetem a flashes desses momentos da infância. Não dispomos de muitos utensílios de porcelana.
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s desenhos são muitos e variados. Alguns dos aqui expostos são estudos e não estão assinados. Muitos estão assinados no verso (quadros e xilogravuras, por exemplo).Grande parte do material apresentado aqui foi encontrado em pastas organizadas. Há muito experimento na arte de Ligia Begossi. Há também muito mar: dessa forma, há um capítulo especial sobre o mar.
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DESENHOS E PINTURAS 347
ENCÁUSTICA
A
pintura em encáustica utiliza a cera quente (ou ainda a fria, com terebentina). As obras aqui apresentadas foram realizadas com cera quente. O cheiro que o procedimento emite é agradável e acolhedor, conforme as gostosas lembranças da infância. A encáustica remonta à antiguidade, sendo uma técnica greco-romana na qual cera de abelhas poderia ser usada (Cuní, 1993).1
1. Cuní, J. J. 1993. Consideraciones en torno a la técnica de la encáustica greco-romana. Archivo Español de Arqueología, 66, 1993, págs. 107-124. http://aespa.revistas.csic.es/index.php/aespa (Licencia Creative Commons Attribution, Espanha).
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XILOGRAVURAS
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ilogravuras são impressões sobre matrizes, em geral em matrizes de madeira (os desenhos são entalhados na madeira, com cortadores de tamanhos diversos), como a maioria das imagens expostas neste livro. Entretanto, nos últimos anos, Ligia confeccionava matrizes como as abaixo, em linóleo (Figuras 1-3). Ligia, em alguns de seus apontamentos sobre o material usado em xilogravuras (Figura 4), descreve: Rolos: existem em borracha dura, macia e em gelatina (este é muito delicado, deforma com o calor – derrete). Os meus são em borracha macia (soft-rubber) – speedball. Papéis: arroz - japonês fino. Ótimo. Ingres: só o francês, tipo Lana é bom. O tipo “cover” não é absorvente e o italiano (fabriano) também é muito grosseiro. Há ainda estudos e descrições em seus apontamentos: a) gravuras em madeira: xilografia com goivas (“lancette e sgorbie”) “no cepo” (com buril e talho doce – “bullini e ciapolle”); linogravura: com linóleo – mesmo processo da xilografia, porém mais macro; c) litografia em pedra – com lápis litográfico (de cera) – atualmente o mesmo processo é executado em placas de zinco ou alumínio; d) monotipia: vidro, tinta a óleo, papel úmido; e) gravuras em metal (Figura 5). Seguem outros apontamentos de Ligia (Figura 6). Algumas outras obras de xilogravura encontram-se a seguir.
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Figura 1 Alguns materiais encontrados.
Figura 2 Matriz em linรณleo.
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Figura 3 Matriz em linรณleo .
Figura 4 Material para xilogravura (apontamentos).
Figura 5 Gravuras em metal (apontamentos).
Figura 6
Apontamentos.
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O MAR
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eunimos em um capítulo à parte alguns desenhos e pinturas sobre o mar. Vários são encontrados no livro O mar da minha vida (2009, RiMa Editora). O mar foi significativo e simbólico para Ligia: em suas poesias (livro citado acima), em seu navegar na vida, em seu Sacy (veleiro Snipe) e em suas pinturas e desenhos.
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