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“Quando o jovem percebe que existe um coletivo de pessoas que se importa com ele, que o valoriza e confia nele, ele se sente amado, acolhido, começa a desconstruir o que aprendeu de mais violento, e passa a construir um projeto ético, estético e de beleza em sua vida.” Padre Vilson Groh
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apresentação
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Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA) entrega às comunidades onde atua, aos financiadores, parceiros e apoiadores de suas ações e serviços, este Relatório de Atividades, com um resumo de tudo que foi realizado ao longo do ano de 2013. É uma prestação de contas à sociedade e, ao mesmo tempo, um testemunho de que é possível “empoderar pessoas e coletivos na superação de suas vulnerabilidades, para que se tornem protagonistas na construção de uma vida digna e de um mundo mais solidário e sustentável”, como define a nossa Missão. O foco das ações e serviços do CCEA é o cuidado com a vida, manifestado na desconstrução de qualquer tipo de discriminação e no apoio à inserção laboral efetiva dos jovens. Como delineia o seu Projeto PolíticoPedagógico, articula sujeitos coletivos e organiza um trabalho que se desenvolve em redes e a partir das redes. Faz a opção por um trabalho não por oposição ou exclusão, mas que busca a possibilidade da emergência do novo no encontro/confronto dos diferentes. O trabalho do CCEA se distingue, sobretudo, porque é uma rede de projetos que atua interligada a outros projetos em rede. Pensar na articulação
em redes supõe o entendimento de ações e relações que mantêm ao mesmo tempo as conexões e a autonomia, a coerência com escolhas ético-políticas que possibilitem a desconstrução de subalternidades, e a flexibilidade que permite a criatividade e o crescimento. Os serviços e ações aqui listados e as atividades desenvolvidas nos encorajam a continuar a construir novas formas para lidar com velhos problemas, caminhos que precisam ser trilhados em conjunto, com as pessoas, dispostas a ouvi-las e respeitá-las como sujeitos capazes de ajudar a pensar e a construir rumos que gerem possibilidades, impactando as políticas públicas. Com isso, se estende à toda sociedade os benefícios de uma vida mais digna, mais plena, ampliando os horizontes, estendendo direitos e aumentando, também, a responsabilidade e o compromisso com o bem comum. É a busca do entendimento mútuo, da solidariedade, da cooperação. Aos nossos fincanciadores, parceiros, apoiadores, educadores, funcionários e voluntários, um agradecimento especial por garantir aos serviços e ações os meios para que crianças, jovens, adultos e idosos encontrem os caminhos de uma vida digna, independente e sustentável.
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quem somos
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missão
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serviços e ações
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Centro Cultural Escrava Anastácia, pessoa jurídica de direito privado, registrada no dia 8 de junho de 1998, é uma associação sem fins econômicos, sem fins lucrativos, com duração ilimitada, de caráter filantrópico, com atuação nas áreas assistencial social, de garantia de direitos, cultural e esportiva, no âmbito do Estado de Santa Catarina, com sede e foro na cidade de Florianópolis/SC. O acesso dos participantes aos serviços e às ações desenvolvidas pelo CCEA é gratuito, sendo vedada a cobrança de qualquer espécie.
CCEA tem como missão o empoderamento de pessoas e coletivos na superação de suas vulnerabilidades, para que se tornem protagonistas na construção de uma vida digna e de um mundo mais solidário e sustentável.
roteção Social Básica, Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Assessoramento e Defesa, e Garantia de Direitos.
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ações potencializadas
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Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA) é uma rede de projetos que atua interligada a outros projetos em rede. Desde o início, em 1998, foi pensado para dar conta dos desafios de oferecer a perspectiva de uma vida digna, com autonomia, para as pessoas de comunidades empobrecidas, priorizando os jovens que estão à margem da sociedade. Nasceu da preocupação de mães e avós do Monte Serrat, em busca de uma solução para o envolvimento dos jovens com o tráfico, cujo desfecho, não raro, era – e em muitos espaços continua sendo – a morte em confronto entre grupos rivais ou com a polícia. É, portanto, um movimento que, tem por objetivo principal, articular atores sociais para diminuir a mortalidade de adolescentes e oferecer-lhes outras perspectivas de vida. Para enfrentar esse enorme desafio, o CCEA buscou nas redes a integração necessária para apoiar vários projetos que fazem o assessoramento, a defesa e a ga-
rantia de direitos, e que prestam serviços socioeducativos, socioassistenciais, de ensino fundamental, de ensino médio, de qualificação profissional e inserção no mundo do trabalho, com garantia de direitos. “O CCEA não atua em apenas uma fase da vida da criança ou do adolescente, pois isso seria insuficiente para quebrar o ciclo de miséria e violência. Não basta dar emprego ou assessorar os jovens a empreender, é preciso que eles se vejam comprometidos com uma ação social onde cada um deles será protagonista de seu destino, individual, mas também ator de mudanças nas comunidades em que vivem”, afirma Nadir Esperança Azibeiro, coordenadora Político-Pedagógica da instituição. “O que distingue o CCEA e os resultados alcançados é a sua capacidade de atuar em rede e de acompanhar não apenas o adolescente e o jovem, mas a família e a comunidade onde está inserido. Precisamos apoiá-lo no seu contexto
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pela atuação em rede para que possa ajudar a mudar também a sua comunidade”, explica Ivone Perassa, coordenadora geral do CCEA. Na tradução da macroestratégia do CCEA, o percurso se faz a partir dos desafios da realidade, seguido do diagnóstico das potencialidades, buscando o protagonismo dos sujeitos e a transformação da realidade. É um investimento constante nas pessoas para que se tornem agentes de suas mudanças e da sua coletividade. A atuação em rede evita um problema comum de algumas políticas públicas, que costumam ser setoriais e fragmentadas. “A articulação das políticas é fundamental para dar conta da solução dos problemas”, afirma Natália Abreu, Gestora de Recursos Humanos do CCEA. Luiz Gabriel, assessor de Coordenação Político-Pedagógica diz que “os problemas precisam ser resolvidos na raiz, com o atendimento das necessidades básicas da população”. Para o presidente do Centro Cultural Escrava Anastácia, Eriberto
Meurer “o nosso trabalho educativo é construir valores que se contraponham ao egoísmo, à cultura da individualidade, para lançar pontes em direção às pessoas que buscam alternativas para a situação de opressão e violência em suas vidas”. Segundo o presidente de honra da entidade, padre Vilson Groh, “não queremos dar conta de tudo e a atuação em rede propicia diferentes soluções para os problemas complexos vividos pelas populações empobrecidas. Queremos que o Estado implemente, cada vez mais, políticas públicas que respeitem os cidadãos e ofereçam perspectivas promissoras de vida a uma imensa parcela da sociedade excluída dos mais elementares direitos da cidadania”. Por isso, o CCEA assume essa integralidade de atendimento que vai da criança à terceira idade, sempre com a perspectiva de formação de uma sociedade mais justa e solidária.
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contra a violテェncia,
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uma política de solidariedade
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té 2004, o Centro Cultural Escrava Anastácia atuava apenas no Monte Serrat, no Centro da Capital catarinense, com ações na área da educação, esporte e lazer, além de apoiar a inserção dos jovens no mundo do trabalho. Em 2005, o CCEA foi escolhido numa audiência pública do Ministério do Trabalho e Emprego/SC, para ser gestor do Consórcio Social da Juventude na Grande Florianópolis. A fim de abrigar jovens que participavam do Consórcio Social e que eram ameaçados de morte, criou-se a Casa de Convivência Frutos do Aroeira. Atualmente, em parceria com o Departamento de Ações Socioeducativas da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, o Frutos do Aroeira acolhe adolescentes e jovens de ambos os sexos, de 14 a 21 anos, em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade. A ação contribui para o retorno ou manutenção destes jovens na escola, estimula a convivência social e a inserção laboral. Durante três anos, o Aroeira articulou uma rede de organizações sociais com o compromisso de qualificar para a inclusão produtiva 3.200 jovens. “Mas não basta colocar o jovem no emprego, é preciso dar suporte a uma formação crítica que o prepare para se constituir como sujeito da sua própria história”, afirma Nadir Azibeiro, coordenadora Político-Pedagógica.
Outra ação é o Programa Jovem Aprendiz, que mobiliza e encaminha principalmente adolescentes de 16 e 17 anos para cursos de capacitação profissional e inserção no mundo do trabalho, através do Programa de Aprendizagem (Lei 10.097/2000). “A principal diferença em relação a outros projetos é que os adolescentes e os jovens não fazem apenas um curso. Eles são acompanhados e costumam participar de várias ações e serviços do CCEA ao longo de sua fase de formação e crescimento”, explica Paula Bueno da Rosa, coordenadora do Jovem Aprendiz. Para apoiar os jovens que preferem se aventurar em seu próprio negócio, o CCEA criou a Incubadora Popular de Empreendimentos Solidários (Ipes). Desde 2013 esse trabalho se ampliou, para apoiar empreendimentos de mulheres das comunidades. Em 2007, o CCEA foi chamado na comunidade Chico Mendes, na Capital, onde havia ameaças de morte contra um grupo de 25 adolescentes. Para dar conta do problema, criou-se o projeto Procurando Caminho, que se expandiu para outras comunidades, apoiando adolescentes e jovens envolvidos com a criminalidade e o narcotráfico, para que encontrem outras oportunidades em suas vidas. Até 2012, passaram pelo Procurando Caminho 1.402 adolescentes e jovens. Destes, 90% voltaram a estudar e 95% não vendem mais nenhum tipo de droga.
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Em 2013, o projeto Procurando Caminho recebeu o Prêmio ANU, promovido pela Central Única das Favelas (Cufa), em reconhecimento à melhor iniciativa social no estado de Santa Catarina. Em 2008, o Centro Cultural Escrava Anastácia participou de mais uma audi-
ência pública, organizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e passou a assumir o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita) e o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH). O Provita presta serviço de apoio, atenção
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integral e proteção a pessoas vítimas e testemunhas ameaçadas. O CRDH, que funciona em Lages e Joinville, é uma ação que presta serviço de apoio, orientação e acompanhamento a pessoas em situação de ameaça ou violação de direitos.
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Em 2009, o Juizado da Infância e Adolescência de Florianópolis solicitou o apoio do CCEA para assumir um abrigo institucional (Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes), que foi inserido na comunidade
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do Monte Serrat. Por meio de um convênio com a Secretaria de Assistência Social do município, o CCEA passou a executar mais esse serviço. No ano de 2010, o Centro Cultural Escrava Anastácia participou da articulação e fundação do Instituto Vilson Groh, uma entidade de fomento, apoio e assessoria a vários movimentos que atuam em rede. Fazem parte da Rede do Instituto, como fundadores e integrantes, o CCEA, a Associação Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (Acam), o Centro de Educação e Evangelização Popular (Cedep), o Centro Educacional Marista de São José, O Centro Educacional Marista Lúcia Mayvorne, o Centro Social Elizabeth Zarkamp Futuro das Crianças e a Associação João Paulo II.
Todas essas instituições acolhem meninos e meninas de até 15 anos nas escolas e programas socioeducativos. A partir dos 15 anos e meio eles vêm para o Centro Cultural Escrava Anastácia, através do Rito de Passagem, que se constitui num serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para adolescentes e jovens de 15 a 17 anos, principalmente os provenientes das entidades da Rede IVG (Instituto Vilson Groh). Desde 2013, o CCEA participa do Programa Fortalezas, uma iniciativa da Fundação Jacobs (Suíça), em convênio com a Fundação SES (Argentina). As duas fundações apoiam o fortalecimento institucional de seis organizações sociais. No Brasil, o CCEA
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e o Instituto Aliança (com sedes em Fortaleza e Salvador); na Argentina, a Fundação Uocra e a Fundação Crear; e na Colômbia, a Federação dos Cafeicultores de Cauca e a Microempresas de Colômbia. O apoio a essas seis instituições tem por objetivo implementar um movimento de qualificação da inserção laboral dos jovens de comunidades empobrecidas da América Latina. O CCEA também apoia a infraestrutura para o Grupo da Terceira Idade Rosário de Luz, que reúne mulheres da
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comunidade Monte Serrat que deram origem ao Centro Cultural, além de outras pessoas com mais de 60 anos da comunidade. Contribui com a promoção do acesso de pessoas idosas aos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos. Também oferece apoio, informação, orientação e encaminhamento, com foco na qualidade de vida, exercício da cidadania e inclusão na vida social. O CCEA possui, ainda, a Casa de Acolhimento Monte Serrat, um serviço de acolhimento institucional para adultos em processo de saída das ruas. O atendimento apoia a qualificação, a (re) inserção laboral e escolar e a (re)construção de projetos de vida. O CCEA também proporciona assessoramento político, técnico, administrativo e financeiro ao Movimento da População em Situação de Rua.
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multiplic ador @s
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tividade que possibilita a sistematização e a disseminação do modo de ser-sentir-pensar-agir do Centro Cultural Escrava Anastácia, definindo a linha de atuação do CCEA nas suas distintas ações de formação, inserção e garantia de direitos. Os eixos articuladores do CCEA são o cuidado com a vida, a desconstrução das subalternidades, o ser-sentir-pensar-agir a partir das margens e a sustentabilidade nas suas distintas expressões. Esta metodologia de orientação, acompanhamento e sistematização das ações da instituição tem sido usada no assessoramento a instituições e movimentos, como as instituições da Rede IVG (Instituto Padre Vilson Groh) e outras redes.
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“Não basta colocar o jovem no emprego, é preciso dar suporte a uma formação crítica que o prepare para se constituir como sujeito da sua própria história.” Nadir Azibeiro
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exercício do controle social
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tividade que possibilita a formação político-cidadã, a capacitação de conselheiros e a conquista de representatividades efetivas em espaços de controle social. O CCEA tem investido nessa formação/capacitação e tem tido como resultados efetivos a participação na construção de novas políticas públicas e na qualificação das existentes. Atua como membro nos seguintes espaços de controle social: Conselho Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Estadual de Assistência Social, Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente) e a participação em Redes/Fóruns como a Rede Socioassistencial articulada pelo
Instituto Padre Vilson Groh, o Fórum Catarinense de Aprendizagem, o Fórum Catarinense de Erradicação do Trabalho Infantil; o Fórum Catarinense pelo Fim da Exploração Sexual Infanto-Juvenil; o Fórum Nacional do Movimento de População em Situação de Rua; o Fórum Nacional de Aprendizagem; o Fórum Nacional de Entidades Gestoras dos Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas e o Movimento Nacional de Direitos Humanos. Objetivos desta ação: promover acesso a conhecimento, meios, recursos e metodologias direcionadas ao aumento da participação social e ao fortalecimento do protagonismo dos usuários na reivindicação dos direitos de cidadania.
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a nova logomarca
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partir das reflexões decorrentes da participação do Programa Fortalezas, o Centro Cultural Escrava Anastácia sentiu a necessidade de fazer uma releitura da sua marca, tornando-a contemporânea, dinâmica, capaz de refletir melhor os valores e princípios da instituição. Ao mesmo tempo, buscava-se uma logomarca em que as pessoas encontrassem mais facilmente uma identidade e que impulsionasse a autoestima, por meio de diferentes aplicações. Criada pelo designer Renato Rizzaro, em 2013, a nova marca é, ao mesmo tempo, um símbolo de união, de solidariedade e de ação a partir das margens. Os movimentos convergem para uma ação que se dá de dentro para fora e de fora para dentro, como espaço de intercâmbio entre diferentes atores. Seus elementos iconográficos remetem para diferentes culturas, notadamente negra e indígena, e acentuam o caráter multicultural. A nova marca passou a compor, de forma integral ou estilizada, diferentes materiais utilizados pelo Centro Cultural Escrava Anastácia, como camisetas, agendas, folhetos, canecas, pastas, refletindo uma nova identidade presente no cotidiano de todos que participam das ações do CCEA.
Um momento especial foi a elaboração de um gigantesco grafite, realizado pelo artista plástico Rodrigo Rizo, na parte externa da sede situada no Estreito, que também faz uma nova leitura estética da Escrava Anastácia, de uma maneira mais positiva, e que aponta para um novo tempo de sonhos possíveis, que se estrutura e se realiza no cotidiano de jovens e adultos, dispostos a se tornarem protagonistas de suas vidas e de contribuírem para a criação de um mundo melhor, justo e solidário.
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prioridades para 2014
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Centro Cultural Escrava Anastácia tem vários desafios para ampliar o alcance de seu trabalho em 2014. Visando o fortalecimento institucional, três planos importantes deverão ser concluídos: o Plano de Comunicação, o Plano de Marketing e o Plano de Captação de Recursos. Para cada um deles o CCEA focará na constituição de uma equipe para garantir formação e capacitação nas respectivas áreas, assim como promover a melhoria contínua dos processos já existentes. No campo do fortalecimento do trabalho com a juventude, o CCEA vai priorizar a ampliação e consolidação de rede junto à iniciativa privada para garantia da qualificação, da inserção, da qualidade e da permanência dos jovens no mundo do trabalho.
Também deverão ser elaborados e implementados dois novos serviços: uma República para jovens provenientes do acolhimento institucional, que pela ausência de políticas continuadas permanecerão no CCEA até os 18 anos; e uma República para abrigar a população de rua, para pessoas provenientes do serviço de acolhimento, em função da carência de políticas habitacionais para quem tem renda de até três salários mínimos.
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o que mudou em minha vida depois de entrar para o CCEA Anityan C. de Paula da Rocha
Michele Carvalho
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pós me separar da minha mãe, fui para um abrigo, onde conheci muitas pessoas que só queriam o meu bem. Depois fui transferida para o projeto Frutos do Aroeira, onde conheci pessoas que me ajudaram muito, me ensinaram a ler e a superar muitas dificuldades. Também me ajudaram a conseguir o meu primeiro emprego, coisa que pensei que nunca iria acontecer. Tem sido um recomeço. Agora estou na Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito, onde tenho que aprender a lidar com as diferenças de cada um. Tenho esperança de reconstruir a minha vida.
CCEA mudou muita coisa em minha vida, minhas responsabilidades, meus compromissos e deu-me novos ares. Deu-me a oportunidade de conhecer novas pessoas e ter uma visão melhor sobre a vida e o mundo profissional. Tenho orgulho de ter saído de aprendiz para uma empresa maior. Fazendo algo que eu já sei, poderei encontrar um caminho, decidir sobre uma profissão e cursar uma faculdade. Agradeço muito a Deus por ter encontrado pessoas tão maravilhosas e que me ajudaram a ser quem eu sou, inclusive profissionalmente.
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Ana Caroline Batista Machado
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ensando no passado não saberia falar o que mudou em minha vida desde que eu entrei para o CCEA, mas posso afirmar que hoje não me vejo sem o projeto. O Centro Cultural Escrava Anastácia é como uma família, me ajudou na formação profissional, nos meus valores e abriu perspectivas de um futuro melhor. Houve todo um processo de cuidado e atenção, sinto-me como uma filha do projeto.
Comecei no projeto Aroeira e depois atuei como colaboradora e educadora social. Uma experiência fascinante, que agregou experiências, testou meus limites e me fez amadurecer. Durante esse processo aguçou mais ainda minha vontade de novas experiências, aprender mais e ser alguém, me especializar, daí novamente o CCEA fez a diferença tornando real o meu sonho de fazer faculdade de Direito. Recebi uma bolsa de estudo e o que parecia muito distante para uma moradora de uma comunidade esquecida em um canto da Ilha, tornou-se realidade. Apesar da dura situação da minha comunidade, tento sempre buscar valores em cada um. Passo adiante minhas vivências e tento plantar a sementinha do sonho, que ajuda a vencer barreiras. Vejo que muitos jovens da minha comunidade se espelham em mim e também sonham. Hoje sei que sou um orgulho para minha família, acho que nem meus pais esperavam tanto de mim, pois, por mais que eles me apoiassem, sabiam das suas limitações para levar o meu sonho adiante. É possível construir um futuro diferente e se tornar protagonista da nossa própria história.
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Reidaviqui Davilli de Maria
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niciei nos projetos do CCEA no Consórcio Social da Juventude – o Aroeira. Quando cheguei foi melhor do que eu esperava, porque apesar de já saber o que eu queria, eu não sabia de todas as surpresas que me aguardavam. Através do Aroeira comecei a frequentar as aulas de moda, na Udesc, como aluno ouvinte e participar dos projetos de extensão na universidade. Essa oportunidade me permitiu trabalhar na área que escolhi em empresas que valorizavam minhas habilidades e mais tarde vim a cursar moda como aluno regular.
As experiências de estudo e trabalho abriram minha visão para outros mundos – pude fazer um intercâmbio de trabalho e estudo na Itália. O que mudou na minha vida a partir do meu ingresso no CCEA foi a percepção de que como pessoa e profissional eu sou capaz de multiplicar o cuidado que recebi, participando na transformação da vida de outras pessoas. Hoje me sinto protagonista da minha história, e por escolha própria, atuo como educador na oficina de criação em tecidos e presto assessoria em design na criação de empreendimentos.
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Elbia Eni Batista Machado
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á 30 anos, desde que me mudei para a Ilha, trabalho com artesanato e criações. Por isso, sempre estou atenta a grupos de mulheres para aprender novas técnicas, com o objetivo de ter uma loja para poder criar e vender meus produtos. No espaço de meus sonhos poderia espalhar em meu entorno cores, linhas, tecido, máquina de costura e daí poder criar. A partir do CCEA, meu sonho foi tomando forma, como eu desejava. Hoje pude alugar um espaço e montei minha loja Merkabha, um empreendimento registrado. Contribuo com INSS, outro objetivo alcançado. Tenho minha independência e divido meu espaço com sofá, geladeira, banheiro e as criações para meus clientes. Merkabha é meu espaço conquistado a partir do projeto de mulheres do CCEA.
Amilton Alvarino de Mello
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enho 19 anos, nasci em Florianópolis, mas morei uns 10 anos no Paraná. Minha irmã mora em Florianópois e voltei para morar com ela, nessa nova fase da minha vida. No começo foi bem complicado por não ter encontrado muita ajuda, mas conheci o Centro Cultural Escrava Anastácia que me ajudou muito e ajuda até hoje. Meu primeiro emprego foi eles que conseguiram para mim, através do programa Jovem Aprendiz. Fui trabalhar na Celesc por um ano e meio. Depois, fui estagiar na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, no programa Antonieta de Barros. Neste intervalo queria fazer uma faculdade, então o pessoal do CCEA me ajudou com o curso prévestibular do Cedep. Agora consegui uma bolsa integral na faculdade Cesusc, no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Fiquei muito feliz. Era o meu sonho cursar uma faculdade e ainda em uma área que eu gosto. Sou muito grato ao CCEA e ao Cesusc por realizarem meu sonho. Agradeço muito à Sabrina, Fátima, Dona Ivone, Padre Vilson e todos que me ajudaram a conseguir o que eu tenho hoje, que é uma nova vida.
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trabalho que é feito com amor
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CCEA é a demonstração de que a parceria entre os setores público e privado é possível e dá certo, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna, solidária e sustentável. É a comprovação de que todo cidadão pode - e deve - ter serviços de qualidade, não se tratando de custo, mas tão somente investimento com qualidade e responsabilidade. Dizer sobre a importância do CCEA é simplesmente falar sobre o amor: o respeito pelo ser humano como um ser único e especial, independentemente das suas posses, títulos, cor, raça, sexo, religião etc. Enfim, um trabalho que é feito com amor não poderia dar outro fruto senão VIDA, através do reconhecimento da humanidade que existe em todos nós.
Alexandre Karazawa Takaschima Juiz-Corregedor do Núcleo V - Direitos Humanos Corregedoria-Geral da Justiça - Tribunal de Justiça de Santa Catarina
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orgulho de ser parceiro do CCEA
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Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) mantém sólidas relações institucionais com o Centro Cultural Escrava Anastácia (CCEA), e compreende esta entidade como uma referência no desenvolvimento de ações sociais que têm como objetivo principal a superação de vulnerabilidades. É a partir das margens, e indo além do reconhecimento das diversidades, ao considerar os contextos históricos, culturais, sociais e políticos, que o Centro Cultural Escrava Anastácia é bem sucedido quando se propõe a empoderar pessoas e coletivos para que se tornem protagonistas na construção de uma vida digna e de um mundo mais solidário e sustentável. Sua missão não é um conjunto de frases estampado numa placa, mas uma coleção viva de ações e resultados conquistados pela rede de projetos que interagem e se apoiam. Nós, da Acif, nos orgulhamos de ser parceiros do CCEA.
Sander de Mira Presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif)
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olhar o outro sem preconceito
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grande mérito do trabalho desenvolvido pelo Centro Cultural Escrava Anastácia é o de olhar o outro sem preconceito. É o cuidado com a vida. É romper com o assistencialismo, o servilismo, e oferecer aos jovens uma perspectiva, mas a partir do olhar deles, para que assumam a responsabilidade de construir esse caminho. O CCEA adota uma metodologia de trabalho de atuação em redes, nas esferas público e privada, em co-gestão com o Estado. É um trabalho que chega às famílias e às comunidades, porque nenhum problema se resolve isoladamente. Quando o jovem percebe que existe um coletivo de pessoas que se importa com ele, que o valoriza e confia nele, ele se sente amado, acolhido, começa a desconstruir o que aprendeu de mais violento, e passa a construir um projeto ético, estético e de beleza em sua vida.
Padre Vilson Groh Presidente do Instituto IVG e presidente de honra do CCEA
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infraestrutura 5 140 computadores 20 impressoras servidores 2 datashow 3 1 Kombi (doada pelo MTE) prédio cedido pelo Estado 1
laboratórios de informática
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(sede administrativa, IPES e Programa Jovem Aprendiz)
casa no Monte Serrat (único patrimônio) Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito e Procurando Caminho
2
espaços cedidos pela Igreja do Monte Serrat Casa de Acolhimento para População em Situação de Rua e Grupo Rosário de Luz
3 salas cedidas pela SSP/SC casas alugadas – Casa de Convivência Frutos do Aroeira 3
CRDH Lages e Joinville
Móveis e equipamentos diversos oriundos de doações e compras
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93funcionテ。rios
recursos humanos
sexo
faixa etテ。ria
cargos de gestテ」o
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Doutorado 1%
escolaridade
pessoas que atuaram nos serviços e ações
93 Pessoal ocupado assalariado Estagiário Remunerado 1 12 Voluntários Permanentes 20 Voluntários Eventuais 5 Estagiários Não Remunerados 33 Trabalhadores Autônomos
voluntários
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Diretoria e Conselho
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resultados
1.471 atendidos
sexo
cor/raテァa
escolaridade
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faixa etária
documentos RG, CPF, CTPS
cidade de residência quando foi atendido
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balanço patrimonial do CCEA e x e r c í c i o
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r e a i s
Em 2013 o CCEA recebeu R$ 5.803.166,00 derivados de recursos de convênios, prestação de serviços e doações. Estes valores foram investidos, principalmente, em alimentação, transporte e desenvolvimento de oficinas para as 1.471 pessoas atendidas neste ano. ATIVO
960.400,49
CIRCULANTE DISPONIBILIDADES BANCOS CONTA MOVIMENTO APLICACOES DE LIQUIDEZ IMEDIATA - FAF POUPANÇA/CDB ATIVO IMOBILIZADO IMOBILIZADO BENS E DIREITOS EM USO DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
612.535,71 612.535,71 133.060,40 479.475,31 479.475,31 347.864,78 347.864,78 644.638,36 296.773,58
PASSIVO
960.400,49
CIRCULANTE FORNECEDORES OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS CONTAS A PAGAR PATRIMÔNIO LÍQUIDO SUPERÁVIT OU DÉFICIT ACUMULADOS
153.020,97 4.366,00 143.593,43 14.608,87 1.132,50 807.379,52 790.693,34
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demonstrativo dos resultados e x e r c í c i o
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RECEITAS
5.803.166,00
OPERACIONAIS CONVÊNIOS FEDERAIS CONVÊNIOS ESTADUAIS CONVÊNIOS MUNICIPAIS OUTROS CONVÊNIOS PROGRAMA APRENDIZ DOAÇÕES OUTRAS DEVOLUÇÕES E ABATIMENTOS FINANCEIRAS
5.803.166,00 166.666,66 3.614.073,21 176.021,67 508.014,80 1.015.685,74 282.845,26 85.879,44 60.000,00 13.979,22
DESPESAS
6.236.534,05
OPERACIONAIS COM PESSOAL E ENCARGOS (Atividade meio) COM PESSOAL E ENCARGOS (Atividade fim) COM SERVIÇOS GERAIS CUSTOS DE PROJETO DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES FINANCEIRAS OPERACIONAIS TRIBUTÁRIAS OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO
679.105,89 3.701.646,71 367.903,46 619.246,57 667.755,29 27.622,94 12.411,51 8.425,61 152.416,07 433.368,05
40 CENTRO CULTURAL ESCRAVA ANASTテ,IA
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financiadores Fundação Jacobs Fundo Municipal da Criança e do Adolescente – PMF Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania Secretaria de Estado da Segurança Pública Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional SC Secretaria de Política para Mulheres Secretaria Municipal de Assistência Social
apoiadores Associação Comercial e Industrial de Florianópolis Biguaçu Transportes Emflotur Transportes Fundação Jacobs Fundação SES Instituto Comunitário da Grande Florianópolis Instituto Guga Kuerten Instituto Padre Vilson Groh Koerich Imóveis
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p a r c e i r o s Ação Social Arquidiocesana Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Associação Amigos da Casa da Criança do Morro do Mocotó Associação João Paulo II Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis Câmara Municipal de Florianópolis Celesc Centro de Atenção Psicossocial Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga Centro de Educação e Evangelização Popular Centro de Referência de Assistência Social Centro Educacional Marista Lúcia Mayvorne Centro Educacional Marista São José Centros de Direitos Humanos Comitê Departamental de Cafeteros de Cauca Conselho Estadual de Assistência Social Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente Conselho Municipal da Criança e do Adolescente Conselho Municipal de Assistência Social Conselho Municipal de Juventude Fórum de Políticas Públicas de Florianópolis Fórum Nacional de Entidades Gestoras do Provita Fundacion Crear Fundacion Uocra Instituto Aliança Instituto Nexxera Mesa Brasil – Sesc Microempresas de Colômbia Ministério do Trabalho e Emprego SC Ministério Público SC Movimento Nacional de Direitos Humanos Rede Pipa Senac
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empresas do programa jovem aprendiz Açougue Central Amauri Brooklin Empreendimentos Câmara dos Dirigentes Lojistas Celesc Construhab Cotisa Dominik Guarezi Hospital de Caridade Ilha de Minas Koerich Imóveis Localiza Rent a Car Lojas C&A Orsegups Posto Rita Maria Produza Quantum Engenharia Lojas Renner Serpro Shopping Itaguaçu Supermercados Imperatriz TV O Estado
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Nadir Esperança Azibeiro Celso Vicenzi edição e design Renato Rizzaro elaboração dos gráficos Isabella Medeiros Laureano arquivo fotográfico Luiz Gabriel Angenot revisão Natália Berns Abreu e Celso Vicenzi coordenação
redação
f o t o
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pág i n a
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au t o r
Vila União, no evento do Dia das Crianças 2
Elbia Eni Batista Machado 26
luiz evangelista
ingrid bezerra
Pintura autor desconhecido, doada ao CCEA 4
Rafting do Procurando Caminho 27
renato rizzaro
roger caetano
Surf Procurando Caminho Barra da Lagoa 6, 7
Alexandre Karazawa Takaschima 28 assessoria de imprensa do tj/sc
Crianças da Vila União no Dia das Crianças 8 Avaliação de atividade no Parque da Luz com o Procurando Caminho 10, 11 Atividade de Canoismo 12, 13 luiz evangelista
Bárbara Furlan Marques 14 nira pomar
Educador serve água em atividade de formação 16, 17 luiz gabriel angenot
Monique Cavalcanti (Gugie) no ComunidARTE 20 nira pomar
Sander de Mira 29 michele monteiro
Padre Vilson Groh 30 renato rizzaro
Criança do Pastinho na preparação do Natal 31 luiz gabriel angenot
Fachada do CCEA 32 renato rizzaro
Paolo, dona Darcy e Aparecida Gomes (Pérola Negra) 40 Ida ao Fórum Mundial de Diretos Humanos 2013, sediado em Brasília 44, 45
Anityan C. de Paula da Rocha 22
luiz gabriel angenot
mariana pereira de frança
Grafite no ComunidARTE 1 e 48
Ana Caroline Batista Machado 24
rodrigo rizzo
foto da web
Reidaviqui Davilli de Maria 25 renato rizzaro
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r azão soci a l
Centro Cultural Escrava Anastácia cnpj 02.573.208/0001-25 e n d e r e ç o
Rua Prefeito Tolentino de Carvalho, 1 Balneário, Florianópolis/SC CEP 88.075 530 (48) 3224 1151, 3228 5356, 8404 5350 falecom@ccea.org.br www.ccea.org.br t í t u l o s
Cebas: 71010.003066/2006-4 Conselho Municipal de Assistência Social: 020/2013 Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente: CMDCA 049/2005 Utilidade Pública Federal: Art 4º Lei 91/35 e art. 5º Decreto 50.517/61 Utilidade Pública Estadual: Lei 11.163/99 Utilidade Pública Municipal: Lei 7.798/08 alterada pela Lei 8.106/09 r e g i s t r o s
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA 049/2005 Conselho Municipal de Assistência Social: CMAS 069/00 Conselho Nacional de Assistência Social: CNAS R0059/2006 d i r e t o r i a
Padre Vilson Groh Eriberto José Meurer vice-presidente Darcy Vitória de Brito secretária Carmem Isabel Pereira Sinzato segundo Secretário Kristian da Silva Raupp tesoureiro João Ferreira de Souza segundo tesoureiro Edson Araújo presidente de honra presidente
c o n s e l h o
f i s c a l
titulares
Maria Lucia Locks Pedro Jorge de Oliveira Ana Lucia de Brito s u p l e n t e s
Arthur Borges Roberta Caringi Raupp
“O que distingue o CCEA e os resultados alcançados é a sua capacidade de atuar em rede e de acompanhar não apenas o adolescente e o jovem, mas a família e a comunidade onde está inserido. Precisamos apoiá-lo no seu contexto para que possa ajudar a mudar também a sua comunidade” Ivone Perassa
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Rua Prefeito Tolentino de Carvalho, 1 Balneário Florianópolis SC 88075-530 Telefones (48) 3224 1151 3228 5356 8404 5350 E-mail falecom@ccea.org.br www.ccea.org.br
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