Revista É o Bicho!

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Editorial Mais um voo certeiro Conviver em um mercado editorial onde até os poucos jornais precisam enfrentar turbulências e nem sempre conseguem vencêlas, é tarefa especialmente espinhosa para uma revista como a nossa É O Bicho. Na falta de publicações especializadas ao segmento pet, sabemos estar preenchendo uma lacuna importante, no que atender à preferência do segmento empresarial e do próprio dono ou criador de animais de estimação torna a nossa missão ainda mais prazerosa. Foi com isso em mente que nosso diretor, Idalécio Rêgo, estufou o peito e decidiu preparar esta edição em ritmo-relâmpago, mais uma vez desafiando a incredulidade dos pessimistas. Em não mais que uma tarde, munido da mesma agenda que contém parceiros indispensáveis à iniciativa, foram firmados os primeiros contatos para que o número 4 de É O Bicho ganhasse as ruas. A edição traz uma matéria especial sobre guarda de pássaros e como proceder diante da Legislação Brasileira no que diz respeito ao meio ambiente. Tão "em moda" nesses dias, o vírus da gripe também faz vítimas no reino animal, tema de outra reportagem sobre cães acometidos pela doença. Incômodo ameaçador, as pulgas ganham abordagem de especialista, bem como a temida Leishmaniose.

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Nesta Edição

TERAPIA Florais de Saint Germain - 5 DR. É O BICHO! Leishmaniose - 6 ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA Acará discp - 8 BICHO ESTRANHO Tartaruga - 9 DESTAQUE É O BICHO! Pássaros exóticos - 10 e 11 SAÚDE Tungiase - 12 ODONTOLOGIA VETERINÁRIA Doenças orais - 14 PREVENÇÃO Gripe canina - 15 É PRECISO TER RAÇA Yorkshire - 16 DICAS DVDs, livros, histórias... - 17 PET AMARELAS Classificados - 18

EXPEDIENTE DIRETOR Idalécio Rêgo MARKETING Sandra Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL Rodrigo Hammer - DRT/RN 746 panzer17@gmail.com DIAGRAMAÇÃO Giovanni Barros - 8897-1838 web@giovannibarros.eti.br PROJETO GRÁFICO RN Editora IMPRESSÃO Impressão Gráfica TIRAGEM 3.000 EXEMPLARES REDAÇÃO E PUBLICIDADE Tel: 84 3222.4001 / 84 8889.4001 Fax: 84 3222.4001 eobicho@rneditora.com.br

Resta-nos desejar uma boa leitura, dedicando esta edição a todos os colaboradores que têm garantido É O Bicho em suas mãos. Uma ótima leitura!

Av. Prudente de Morais, 507 Sala 103 - Ed. Djalma

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Terapia

Florais de Saint Germain A alquimia das flores no mundo pet Tratamento associa poder energético das flores à Veterinária, com resultados extraordinários Farmacêutica Larissa Camacho

Na impossibilidade de algum tipo de tratamento convencional às mudanças de comportamento dos animais, uma solução que está na própria Natureza. Por atuar diretamente no campo energético emocional, os Florais de Saint Germain equilibram o temperamento, sem a pesada intervenção química da terapia farmacológica tradicional. Manipuladora da técnica, a farmacêutica e bioquímica Larissa Camacho esclareceu que, nesse aspecto, é essencial o conhecimento de um pré-diagnóstico para determinar se o problema é realmente emocional ou fisiológico. A fórmula floral Saint Germain, em frascos de 30 ml e ministrada por gotas diretamente na boca do animal, pode atuar como preventiva ou coadjuvante em tratamentos que vão dos alopáticos aos homeopáticos e terapias energéticas. "Os florais tratam os desequilíbrios de temperamento, sem efeitos colaterais. Agressividade, nervosismo e agitação podem ser tratados com a fórmula específica", explicou.

paciente. Cada frasco dura em torno de um mês, podendo ser renovado de acordo com a necessidade apresentada. "O trabalho com florais é muito gratificante, tanto para o dono que aguarda os resultados, como para o próprio veterinário, surpreso ao constatar a eficácia do tratamento. Quando comecei a trabalhar com eles, tinha intenção de tratar humanos, mas o meu interesse por animais de estimação fez com que adaptasse o conhecimento ao âmbito veterinário", contou Larissa Camacho. O tratamento abrange praticamente tudo, mas a indicação para os pets se relaciona a stress, nervosismo, agitação, uivos, latido excessivo, depressão e agressividade. Quanto à continuidade, só a predisposição do animal poderá determiná-la: "Isso varia de animal para animal. Há casos em que o dono já observa a melhora no primeiro frasco. Já em outros, o ideal é prosseguir por meses ou até por toda a vida", observou a farmacêutica.

Segundo a farmacêutica, as causas para tal comportamento podem ser as mais variadas: do ciúme à saudade por outro animal que deixou a casa ou morreu. Essa delicada alquimia, engenhosa por quintuplicar a energia das flores, incide sobre a origem de determinados comportamentos, atuando sem danos ao organismo do

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Dr. É o bicho!

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Leishmaniose Doença atinge cães e também o ser humano Enfermidade causada por um protozoário que atinge animais e também o homem, a Leishmaniose é transmitida por um mosquito do tipo flebotomineo, que coloca seus ovos sobre matéria em decomposição - folhas, frutas, mato, lixo - daí ser tão difícil controlar a doença. "Ela não é contraída diretamente de animal para animal ou de homem para homem, somente através do mosquito que pica um cão, por exemplo, e transmite para a pessoa", explicou a veterinária Liane Santos. Segundo ela, existem dois tipo de Leishmaniose: a tegumentar, que causa feridas na pele, e a visceral, muito mais grave por atingir o fígado e o baço, causando a morte se não for tratada rapidamente. "No ser humano ocorre febre, fraqueza e emagrecimento. O abdômen cresce por causa do aumento do fígado e do baço. No cão, ocorrem principalmente lesões de pele, falhas no pelo, que fica sem brilho, com caspas e até escamas. O fígado e o baço do cão também crescem muito e, apesar de barrigudo, o animal emagrece, mesmo com apetite. Alguns cães podem apresentar ainda um crescimento exagerado das unhas, de um momento para outro. Morre por comprometimento renal", alertou. Liane Santos também esclareceu que, em caso de suspeita de Leishmaniose em humanos, o mais importante é procurar um médico o mais rápido possível para iniciar o tratamento. Quanto mais se espera, mais o corpo definha, não suportando mais o tratamento que tem certa toxicidade. "Nos cães o tratamento é proibido aqui no Brasil, pois até o momento não há medicação específica e a medicação humana é proibida de ser usada em animais. Na Europa, onde também há Leishmaniose, o tratamento é realizado na rotina clínica dos médicos veterinários", ressaltou. De acordo com a veterinária, o ideal mesmo, é prevenir. Isso é possível através de medidas pre-

ventivas, como limpeza de terrenos baldios e secagem das áreas úmidas, varrendo folhas e frutos que caem das árvores. Tal procedimento evita um ambiente favorável à reprodução do mosquito. Liane Santos também valoriza a importância da vacinação para a prevenção da doença canina. "Desde 2004 existe a vacina Leishmune, do Laboratório Fort Dodge, contra a Leishmaniose Visceral Canina. Ela dá excelentes resultados", frisou. Números indicam que hoje, mais de 70.000 cães de áreas endêmicas já foram vacinados. De acordo com um levantamento realizado em 2008 junto a médicos veterinários usuários da vacina, cerca de 97% dos cães vacinados desde 2004 estão protegidos e saudáveis. Aqueles tratados com o produto, apresentam resultado sorológico negativo quando testados em laboratórios particulares e em inquéritos epidemiológicos. "Dessa maneira, entendemos que a vacinação é uma medida profilática legal e ferramenta importante para o controle da Leishmaniose Visceral Canina. Melhor pesquisar para a vida, do que trabalhar e insistir para a morte", aconselhou a veterinária.

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Até Debaixo D’água

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Acará Disco Exótico e cobiçado

Através do vidro, eles chamam a atenção pelo aspecto arredondado, pouco espesso e o nado tranquilo, harmonioso. Conhecido pelo temperamento pacífico, o Acará Disco (Symphysodon Discus) vem dos igarapés da Bacia Amazônica, tendo, em média cerca de 25 cm de altura por 20 de largura. Cultuado por admiradores em todo o mundo, é um peixe tímido, encontrado normalmente em cardumes, lagos e rios tranquilos da região Norte. Diferentemente dos discos selvagens, podemos encontrar hoje em dia discos domésticos totalmente azuis- turquesa ou vermelhos, isto, graças a seleções genéticas feitas através de estudos pioneiros realizados na década de 1970 pelo alemão Eduardo Schimidt-Focke e o americano Jack Watley. Na década de 1990, a gama de discos coloridos aumentou consideravelmente e as vendas vêm aumentando dia a dia. O último grande acontecimento no ramo dos discos foi no ano de 1991, durante o grande Aquarama Show, em Singapura, numa competição importante de peixes ornamentais, onde um famoso criador expôs e revolucionou o mercado com um Disco de coloração laranja avermelhada com manchas pretas, inédita até então. Esse novo Disco foi denominado pelo criador de Pigean Blood (ou Sangue de Pombo). Hoje em dia, o mercado brasileiro de aquariofilia começa a conhecer mais as novas cores, graças às importações, atraindo cada vez mais pessoa para esse maravilhoso hobby. Quanto à alimentação da espécie, atenção redobrada: o Disco tem de ser condicionado vagarosamente a qualquer nova dieta, e a introdução de um novo tipo de alimento até a sua aceitação completa, poderá demorar até uma semana. Este ponto é mais problemático com peixes coletados na natureza, que passam por um "stress" intenso desde a sua captura no rio, até a chegada no aquário do consumidor final. Espécies nascidas em cativeiro aceitam qualquer tipo de alimento mais rapidamente. Procure nunca deixar alimentos sobrando no aquário por mais de uma

Nado quase estático e forma arredondada são características

hora, já que a água poderá apodrecer, poluindo o seu aquário. Limpe o resto de comida e repita a operação ao final da tarde ou na manhã seguinte. O Disco, prefere como qualquer outro peixe, por natureza, alimento vivo, mas isto não significa que seja o essencial para uma boa manutenção dele em cativeiro. Ele aceita um cardápio bem variado, que pode incluir desde alimentos como artêmias salinas, bloodworms, larva de mosquito, pedacinhos de minhoca ou daphinea, a alimentos não-vivos como flocos comuns ou especiais, comida em bits ou bolinhas, bloodworms congelados, artêmia congelada ou desidratada, tubifex desidratado, vários tipos de patês como o de coração de boi com cenoura e espinafre, e uma infinidade de outros alimentos que aparecem nas lojas de aquário. É preciso somente verificar qual destes alimentos está mais disponível ao aquariofilista, elaborando um bom cardápio diário, assegurando uma boa alimentação para os seus discos. Compre sempre em uma loja de confiança, tendo o cuidado para jamais adquirir um peixe que não é bem alimentado. Verifique se os olhos do Disco não estão embaçados e se não são demasiadamente grandes em relação a corpo. Outro ponto a se atentar, é o tamanho do aquário: para um de 20 litros, o ideal é colocar uma camada de 3 a 4 cm de substrato fino de areia de rio. Evite aqueles que possam alterar o PH do aquário com o decorrer do tempo, já que o Acará Disco é sensível à mudança de acidez. Coloque também alguns troncos já tratados, ou seja, que já descansaram bastante em água, para que não a acidifiquem.

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Bicho Estranho

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Tartaruga Conhecidas por uma longevidade que desafia os biólogos, as tartarugas travam uma batalha contra a extinção

Pertencentes à família dos quelônios, as tartarugas são répteis da ordem Testudinata (Chelonioidea). O grupo tem cerca de 300 espécies, e ocupa habitats diversificados como os oceanos, rios ou florestas tropicais. Os quelônios estão na lista dos maiores répteis do mundo. A característica mais distintiva do grupo é a presença de uma carapaça córnea, formada pela expansão e união de algumas vértebras e das respectivas costelas, com placas córneas por cima. A carapaça serve de protecção ao animal. A ordem Testudinata subdivide-se nas subordens Pleurodira e Cryptodira, conforme a posição do pescoço quando a cabeça se encontra dentro da carapaça. Os quelônios terrestres (que andam sobre a terra) são jabutis, com patas grossas. Os marinhos (água salgada) são tartarugas, com nadadeiras ao invés de patas e os de água doce, com pés palmados e carapaça hidrodinâmica, são os cágados.Já a maioria das tartarugas marinhas, é migratória e vaga pelo oceano. Podem ser vegetarianas, carnívoras e onívoras, já que comem de tudo. A tartaruga de couro, por exemplo, é a maior espécie, chegando a dois metros de comprimento com peso de 600 kg. Após atingir a maturidade sexual, as tartarugas vão até a praia depositar seus ovos na areia. Isso acon-

tece sempre na mesma praia. Quando ocorre a eclosão dos ovos, correm para o mar, mas somente uma entre 100, consegue chegar à maturidade. Lentas, longevas, pacíficas, entre outras características que transformaram as tartarugas em uma espécie de mito da "paciência". Normalmente as fêmeas são mais rápidas que os machos. As marinhas estão seriamente em perigo pelo fato de haver grande demanda por sua carne para fazer sopa, pela carapaça e pela gordura. Já a mais comum encontrada em lojas de aquários e peixes, é a Trachemys scripta elegans, cuja característica mais marcante é a presença de manchas laterais vermelhas na cabeça. São originárias de regiões pantanosas do Sul dos Estados Unidos e importadas diretamente de lá, onde são criadas em cativeiro para a venda dos filhotes. Crescem pelo menos 3 cm por ano, vivendo em média 40 anos na natureza. Normalmente, a causa da morte é devido a predadores ou pela destruição do seu habitat, mas em cativeiro podem chegar até 100 anos, desde que mantidas em condições adequadas. A identificação do sexo só é possível quando adulto, aos cinco ou seis anos. A fêmea é maior, podendo chegar até 30 cm de comprimento e tem a parte inferior da carapaça (plastrão ) ligeiramente convexa de modo a fornecer mais espaço aos ovos. O macho alcança de 20 a 25 cm e tem a cauda mais comprida e volumosa. Além disso, possui as garras das patas dianteiras bem maiores que as da fêmea e a parte inferior da carapaça reta ou ligeiramente côncava para se ajustar melhor em cima da fêmea. A cloaca do macho situa-se a 2/3 da distância entre o começo da cauda e a carapaça, enquanto que a da fêmea é bem próxima à carapaça.

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Destaque É o Bicho

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Aves Exóticas Respeitar a Lei para criar em casa Ornitólogo explicou as implicações legais da criação de aves exóticas em domicílio

O conceito não deixa dúvidas: Animais Silvestres são aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham a sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do Território Brasileiro e suas águas juridicionais. O acesso, uso e comércio de animais silvestres é controlado pelo IBAMA. Já os Exóticos, são aqueles cuja distribuição geográfica não inclui o Território Brasileiro. As espécies ou subespécies introduzidas pelo homem, inclusive domésticas, em estado selvagem, também são consideradas exóticas. Outras espécies consideradas exóticas, são aquelas que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas águas juridicionais e que tenham e n t r a d o expontaneamente em Te r r i t ó r i o Brasileiro. De acordo com o canarista André Barbosa, membro da UNO -

Adryano Barbosa e André Barbosa

União Norte-Riograndense de Ornitologia - e um dos maiores especialistas no assunto, adquirir um pássaro de origem legal, isto é, procedente de criadouro comercial ou comerciante devidamente registrado no IBAMA, não constitui crime. Barbosa esclareceu que considera-se crime quando a origem do animal não pode ser comprovada, sobretudo se for um animal adquirido de traficantes ou contrabandistas, em estradas, depósitos, feitas livres, por meio de encomendas ou similares.

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A Lei de Crimes Ambientais considera crime contra a fauna a manutenção de animais silvestres em cativeiro sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. No caso específico de fauna silvestre entende-se como autoridade competente o IBAMA. A manutenção de animais silvestres em cativeiro também é considerada crime se a origem dos bichos não estiver devidamente documentada através de nota fiscal emitida pelo comerciante ou pelo cri-


Destaque É o Bicho

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adouro que tem autorização do IBAMA para reproduzi-los em cativeiro. Nessa nota fiscal deve constar o nome cientifico e popular do bicho, o tipo e o número de identificação individual do espécime (animal), que poderá ser uma anilha fechada e/ou um micro-chip. Barbosa, habituado a atender encomendas de clientes interessados em aves exóticas, disse que a maior demanda é geralmente por pássaros mais belos e populares, caso da Cacatua, da Calopsita e do cobiçado Diamante Gold. Papagaios, eternos campeões da preferência, alcançam preços elevados por já virem acompanhados da documentação de posse emitida pelo IBAMA diretamente do criadouro.

tariamente o órgão para entregar o animal sem sofrer penalidades. Porém, caso opte por manter o animal sem origem legal, se houver denúncias contra ele, estará sempre sujeito à aplicação da Lei de Crimes Ambientais. Quem está vendendo, deve prová-lo e fornecer a Nota Fiscal contendo os nomes cientifico e popular do bicho, o tipo e o número de identificação individual do espécime. Para saber quais são os criadouros e comerciantes registrados no IBAMA, entre em contato com o órgão no seu estado.

"Legalizar", entretanto, é uma palavra complicada. Significa "tornar legal aquilo que não é". O IBAMA não legaliza ou regulariza a posse de animais sem origem conhecida ou que tenham sido adquiridos em desacordo com o que foi estabelecido pela Lei nº 5197/67, Lei 9605/98 e Decreto 3179/99. Quem tem um animal silvestre em cativeiro deve primeiramente cuidar bem desse animal, fornecendo a ele alimento e acomodação adequada e, sobretudo, não adquirir outro sem a devida permissão, autorização ou licença do IBAMA. O IBAMA não entra na casa de ninguém para apreender os animais, a não ser que tenha determinação judicial. O infrator tem a opção de procurar volun-

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Saúde

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TUNGÍASE Higiene é fundamental Incidência do popular "bicho-de-pé" nos animais também é determinada por falta de assepsia nos locais da infestação

Veterinária Elizânjala Sarmento

Popularmente conhecida como "bicho-de-pé", exatamente por acometer principalmente a região dos pés, a Tungíase é uma doença causada pela pulga, especificamente pela fêmea da espécie Tunga penetrans, que penetra na pele do homem e de animais, podendo causar complicações graves e deixar seqüelas. Cães, gatos e ratos são considerados reservatórios da T. penetrans, mas a tungíase é um exemplo evidente de uma doença associada à pobreza, especificamente em condições onde há precárias condições de habitação, baixa escolaridade e baixo nível socioeconômico. De acordo com a veterinária Elizânjala Sarmento de Paiva, a tungíase se resolve espontaneamente dentro de quatro a seis semanas, mas em áreas endêmicas pode haver re-infestações. A infestação pela T. penetrans provoca uma reação inflamatória e de coceira, onde as feridas apresentam grande diversidade de bactérias, inclusive servindo de porta de entrada ao Clostridium

tetani, o agente causador do tétano. Podem também ocorrer deformidades e perdas de unhas e dígitos, além de gangrena, sepse e morte. O tratamento padrão consiste em remover a pulga com uma agulha estéril e aplicação de antibiótico tópico. Mas, estes procedimentos devem ser realizados sob controle higiênico-sanitário satisfatório, do contrário podem causar mais danos que benefícios. Repelentes à base de óleo de côco têm sido usados com bons resultados tanto na regressão da patologia clínica de indivíduos gravemente infestados, como na prevenção da re-infestação.

CUIDADOS ESSENCIAIS 1. Evite criar o animal próximo a locais que apresentem condições favoráveis à proliferação da pulga. 2. Em caso de contaminação, encaminhe-o a um veterinário de sua confiança, que deverá proceder aos exames necessários. 3. Jamais assuma o risco de retirar as pulgas sem o conhecimento ou a assepsia indispensáveis. 4 Após constatada a contaminação do local (areia ou vegetacão), remova a camada superficial do terreno e higienize o solo com produto específico para dedetização. 5. Não permita que seu cão ou gato volte ao local, mesmo depois da limpeza.

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Odontologia

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Odontologia Felina Saiba mais sobre as doenças ORAIS que acometem os gatos

Os gatos domésticos são comumente afetados por doenças na cavidade oral, no entanto muitas vezes essas doenças passam despercebidas ou demoram a ser diagnosticadas por seus proprietários e clínicos. Assim como os cães, os gatos sofrem constantemente com a sempre companheira "doença periodontal" (tártaro), logo também precisam de cuidados, devendo ter seus dentes escovados diariamente, ou passando por profilaxias periódicas com um profissional para se conseguir o controle da doença. Entretanto, os gatos apresentam afecções orais específicas de sua espécie, destacando-se o complexo gengivite-estomatite-faringite dos felinos (CGEF), e a lesão de reabsorção dentária dos felinos (LRDF), essa última também chamada de "cárie dos felinos". Ambas apresentam alta incidência entre os gatos domésticos. Nessa primeira parte da matéria, iremos abordar o CGEF. Complexo-gengivite-estomatite-faringite (CGEF) O CGEF é uma patologia complexa, muitas vezes frustrante para o médico veterinário e desesperante para o proprietário, devido à sua freqüência, à severidade e caráter clínico das lesões, com freqüentes reagudizações, e sobretudo à refractabilidade aos tratamentos até agora disponíveis. Não se conhece ainda a causa certa dessa patologia, no entanto acredita-se na associação do acúmulo de placa bacteriana a uma disfunção do sistema imunológico, ou seja, o organismo responde de maneira exacerbada e agressiva à placa bacteriana presente nos dentes, ocasionando uma inflamação severa da gengiva e outros tecidos orais. A moléstia caracteriza-se por um quadro crônico e severo de inflamação da cavidade oral que pode ser de caráter ulcerativo ou proliferativo. O gato com a afecção apresenta dificuldade de se alimentar, dor ao toque e resistência ao exame oral, salivação intensa muitas vezes com estrias de sangue, mauhálito e perda de peso. Ao abrirmos a boca do animal, veremos as mucosas todas inflamadas e, em muitos casos, com proliferação (aumento) tecidual.

M.V. Danyel Segundo

Pós-graduando em Odontologia veterinária pela ANCLIVEPA / SP e membro da ABOV (Associação Brasileira de Odontologia Veterinária), Sócio-proprietário do Oral Pet - Centro de Odontologia Veterinária em Natal / RN.

O tratamento pode ser iniciado com uma simples profilaxia (respagem e polimento) de todos os dentes, rea-lizada por um odontoveterinário. No entanto, é necessário que desse momento em diante o animal tenha seus dentes muito bem escovados diariamente, evitando assim que a placa bacteriana se forme novamente. Mas, como nem todos os proprietários estão dispostos a escovar os dentes do seu gato "religiosamente" todos os dias, a segunda opção é a extração de todos os dentes pré-molares e molares (dentes distais aos caninos). Pode parecer um tratamento bastante agressivo, mas se o CGEF começa com a placa bacteriana e essa não será removida com a escovação, é melhor que este paciente não tenha mais esses dentes. Com esse tratamento cerca de 60% dos animais melhoram consideravelmente e voltam à vida normal. Entre os outros 40%, 20% deles voltam a se alimentar bem, têm uma melhora discreta clinicamente, mas continuam com algumas regiões inflamadas. Os 20% restantes não apresentam melhora alguma, sendo necessário extrair inclusive caninos e incisivos. Mesmo após a extração total, existe uma parcela desses animais que não apresenta melhora, daí a solução para manter o bem-estar desses gatos ser o uso de medicamentos imunossupressores, como os corticosteróides, para o resto da vida. Os corticóides devem ser utilizados como último recurso e, mesmo assim, com muito cuidado, uma vez que podem causar diversos efeitos colaterais indesejáveis, principalmente quando usados por muito tempo. Com tudo isso que acabamos de comentar, percebese o quanto é importante que o clínico veterinário abra a boca de seus pacientes felinos durante o exame clínico geral, pois muitas vezes o problema do animal está apenas na boca.

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Prevenção

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OS CÃES TAMBÉM PEGAM GRIPE?

Sim, assim como nós, os cães também estão sujeitos a contrair gripe. Conhecida como "tosse dos canis" ou Traqueobronquite Infecciosa Canina, é uma doença multifatorial que ocorre junto a agentes infecciosos bacterianos (Bordatella bronchiseptica) e virais (Adenovirus canino tipo 2 e Parainfluenza canina). São agentes altamente infecciosos e causam quadros de tosse persistente, seca com duração de 2-3 semanas, devido ao processo inflamatório do trato respiratório superior e inferior. Os casos aumentam com a chegada do inverno e as mudanças bruscas de temperatura.

A mortalidade é baixa vai de 10-25% e atinge a forma grave apenas pelas complicações bacterianas secundárias (levando o animal a falta de apetite, tristeza, secreção nasal e ocular purulenta, vômitos e ou diarréia).

A transmissão ocorre pelo ar ou contato com animais doentes. Locais fechados como banho e tosa, abrigos, exposições, hotéis, passeios pela rua, parques, são locais de fácil contaminação.

A prevenção contra a gripe canina é feita pela imunização através da vacina subcutânea em duas doses ou intranasal aplicada em dose única por gotejamento direto nas narinas. Ambas se fazem necessárias repetir anualmente. Em qualquer idade o animal pode ser vacinado. Para filhotes, a primeira dose deve ser aplicada a partir dos 70 dias de vida. Procure o médico veterinário de sua confiança e vacine seu animalzinho. O seu companheiro e amigo precisa dos seus cuidados e atenção para continuar saudável e feliz ao seu lado por toda a sua vida! Dra. Suziane Barreto Para proteger o seu cão você, deve vaciná-lo com Bronshi-Shield III, a 1ª vacina intra-nasal contra gripe canina. Seu cão estará protegido em apenas 72 horas.

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É preciso ter raça

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Yorkshire Mimoso desde filhote, o Yorkshire se destaca pela inteligência e comportamento altamente adaptável ao dono

O Yorkshire manteve sua popularidade em alta, especialmente pelo tamanho diminuto, sendo escolhido, principalmente, por pessoas que moram em apartamentos e casa pequenas, ou sem quintal. Embora sejam rústicos e fortes por natureza, há que se ter especial cuidado com exemplares muito pequenos, com menos de 1,3 kg. Eles costumam ter problemas de ordem genética, que impedem um desenvolvimento correto e saudável, quanto menor o cão, mais delicado, sujeito a acidentes e a alguns males que ocorrem na raça e menos resistentes a doenças ele se torna. Além disso, a procura por exemplares pequenos criou termos oficialmente inexistentes, como "micro" ou "zero". Não há tais classificações na raça. Não se deve comprar o primeiro filhote em que se põe os olhos. É importante que se visite alguns criadores primeiro e que se faça uma consulta ao Kenel local, a fim de melhor informar-se quanto à idoneidade do criador escolhido. Um bom criador dará garantias reais quanto à saúde de seu cão e estará disposto a efetuar o ressarcimento, caso venha a ocorrer algum problema com o filhote que seja de origem genética ou oriundo de seu canil. Alguns bons criadores chegam mesmo a se recusar a vender um cão, caso achem que o temperamento ou estilo de vida do comprador não combina com o York. Um dos motivos que tornam o cão tão encantador, tem suas raízes na própria função original: ele é um Terrier, raça que se caracteriza por ser ativa, destinada a localizar e caçar animais em tocas, sem a ajuda humana, daí seu caráter independente, esperto, vivaz, auto-confiante e sua atitude sempre alerta. Aliás, como todo bom caçador, o Yorkshire dará o alarme ao menor ruído estranho à rotina da casa. Por essa característica marcante, muitos o usam como cão de alarme, função na qual é extremamente eficiente.

Possui ainda um temperamento carinhoso e afável, fato que o torna uma companhia excelente. A despeito de seu tamanho, é um cão extremamente ativo e independente, podendo conviver amigavelmente com crianças, embora deva-se ter cuidado para que estas não o machuquem com brincadeiras rústicas, às quais ele reagirá prontamente, mostrando seus limites. Não aprecia o convívio com outros, com os quais certamente disputará território, não importando quão maior seja o outro cão. A distribuição e a tonalidade das cores do Yorkie são sofisticações muito valorizadas desde seu primeiro padrão. É definido que deve ter duas cores: o azul-aço escuro e o fulvo. Pode-se definir o azul-aço como sendo um cinza brilhante, quase preto, tendendo ao azulado, e o fulvo como um amarelo tostado. O azul-aço não deve ser escuro demais a ponto de ficar preto, nem muito claro a ponto de ficar prateado. Aliás, embora o prateado seja proibido pelo padrão, é frequentemente obtido por criadores. Já os pêlos fulvos, são levemente mais claros nas pontas do que nas raízes e produzem colorido dourado intenso. É muito importante que uma cor não invada a outra.

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LIVRO

Dicas

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HISTÓRIA DE BICHO

DVD

Minha vida por um latido Por *Luciana Karla de Farias

Novos Animais de Estimação Pequenos Mamíferos Autor: Jean-François Quinton Destinado tanto ao clínico quanto ao estudante de veterinária, esta obra, completa e didática, reúne a essência dos conhecimentos necessários à recepção, consulta e acompanhamento dos Novos Animais de Estimação no ambiente veterinário. As particularidades desses animais geram conhecimentos e técnicas complementares àquelas dos animais domésticos mais comuns. Este livro é uma obra prática para o aprendizado sobre clínica e cirurgia dos Novos Animais de Estimação. Em cada uma das quatro partes (mustelídeos, lagomorfos, caviomorfos e miomorfos), os capítulos abrangem um grande leque de assuntos relativos a cada espécie: Aspectos gerais, indispensáveis ao entendimento desses animais (histórico, características anatômicas e fisiológicas, e reprodução); Descrições precisas de vários procedimentos técnicos, considerando as particularidades anatômicas (contenção, anestesia, cirurgia); Realização e interpretação de exames de sangue, orientações para diagnósticos radiográficos; Doenças freqüentemente constatadas (de origem infecciosa, parasitária ou endócrina, sem esquecer as disfunções neurológicas e cardíacas), com possíveis etiologias, sintomas, diagnóstico diferencial e tratamento.

Desde pequena fui muito mimada por meus pais, pois tive uma infância vivida em corredores de hospitais, devido a uma série de doenças com as quais tive que aprender a conviver. Os anos foram se passando e consegui vencer algumas das doenças, a não ser uma deficiência respiratória, que me obriga a um controle diário. Então, me vi sozinha, sem amigas que suportassem meu eterno mau humor e minha arrogância. Eu agia assim porque minha fragilidade física me deixava com um sentimento de inferioridade. Até que Hanna apareceu em minha vida... Era noite de Carnaval, chovia muito e eu, sozinha como sempre, estava na varanda quando ouvi um som fraco e triste vindo do quintal. Era um latido. Olhando pela janela lateral vi um homem correndo após deixar em nossa porta um saco que se mexia. Esqueci a doença e, movida por um sentimento de angústia, mesclado com curiosidade, corri no meio da chuva. Ao abrir o saco lá estava ela, pequena, cabia na palma de minha mão. Havia mais dois filhotes, mas estavam mortos, e ela estava lá, Hanna... Pela primeira vez na minha vida não me importava com a minha saúde, mas a saúde daquela cachorrinha que tinha dias de vida. Como ela poderia morrer de frio, corri e comecei a enxugá-la e aquecê-la. Meus pais se espantaram com minha reação, mas correram para me ajudar. Foram para a cozinha preparar leite morno para Hanna. Os dias foram se passando e Hanna já arriscava seus primeiros passos pela casa, seus olhos azuis como o céu brilhavam cada vez que estávamos por perto. Ela se apegou a todos, mas comecei a achar engraçado a maneira que ela me vigiava. Comecei a conhecer pessoas que também tinham cães e fazer amizades, coisa que eu achava impossível. E até minhas crises respiratórias começaram a diminuir com os passeios diários com Hanna. As crises tinham diminuído, mas Hanna sempre me viu tendo crises e tomando os remédios. Mas naquele dia, quatro anos mais tarde, Hanna seria mais do que uma espectadora de minha doença. Hoje devo minha vida à Hanna. Minha vida por um latido. Hanna, muito obrigada!

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Paulie - O Papagaio Bom de Papo Dentro da atual moda de bichos falantes, o melhorzinho é Paulie-O Papagaio Bom de Papo, do estúdio de Steven Spielberg, a Dreamworks, que fez razoável carreira nos EUA. É um filme que, se por momentos escorrega na vulgaridade (o bicho tem que arrotar), na maior parte do tempo tem um tom poético, sentimental e bastante divertido. Às vezes até mais acessível aos adultos que propriamente às crianças. O herói desta vez é um papagaio (ou maritaca) que aprende a falar (sua dona é uma menina gaga e ele acompanha as aulas de fonoaudiologia com ela), mas na melhor tradição do gênero os dois são separados (Paulie fala demais e isso, ensina o filme, pode causar problemas) e o resto do tempo, passando por diversos donos e aventuras, ele tenta reencontrar a garota (se mudou para a Califórnia, do outro lado do país). Contado em flashback por Paulie para um novo zelador imigrante russo que veio trabalhar no Instituto de Pesquisas onde ele está preso. Os vilões são justamente mais uma vez os cientistas, ambiciosos e venais, que desejam se aproveitar do animal para proveito próprio, quebrando promessa (coisa muito importante também, ensina a fita).


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MAIO - 2009

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