Rneducacao2015

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revista

Assunto

2015

www.rneditora.com.br | Ano IX | edição 9

+ educação robótica

tecnologia e interatividade se tornam aliadas no aprendizado escolar

alimentação

Confira dicas na hora de montar a lancheira dos filhos de forma saudável

perfil

Pesquisa inédita detalha realidade do hábito de leitores de Natal

parceria

Ministro da Educação fala sobre aproximação entre universidades e escolas www.rneditora.com.br| RNEducação | 1


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Editorial/sumário

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Tecnologias

para Educação Vivemos a modernidade tecnológica, que a cada dia expande-se no nosso cotidiano e influencia diretamente o processo educacional, por isso trazemos o tema à tona na nova edição da Revista RN Educação. Destacamos na capa a iniciativa lúdica e motivacional da robótica em sala de aula, além de outros meios que aproximam professores e alunos como construtores mútuos do conhecimento. Também trazemos a tradicional e centenária trajetória da Escola Doméstica, referência na educação feminina. A hora do lanche, preferida dos alunos, também precisa da atenção dos pais nas escolhas dos alimentos saudáveis. A RN Educação traz também entrevistas especiais com o escritor infanto-juvenil Pedro Bandeira, o ministro da Educação Henrique Paim, a reitora da UFRN, Ângela Paiva, e a secretária de Educação, Justina Iva. Destacamos ainda ações culturais e de formação de jovens para o mercado de trabalho, por meio de trabalhos sociais. Desejamos uma boa leitura!

robótica

Ferramentas educacionais atraem maior participação dos alunos no aprendizado

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NUTRIÇÃO

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leitores

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centenário

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parceria

Veja dicas para alimentação saúdavel na escola

Pesquisa revela perfil do leitor natalense e suas preferências

Conheça história de 100 anos da Escola Doméstica

Ministro da Educação fala sobre universidade e escola

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Pós-graduação Continuação dos estudos gera maior expectativa de carreira de sucesso

expediente

Diretor Idalécio Rêgo

Edição Júlio Rocha

Marketing Sandra Oliveira

Revisão Angélica Fonseca Foto de capa Demis Roussos

Projeto e diagramação Terceirize Editora www.terceirize.com Impressão Gráfica Sul

Endereço: Av. Prudente de Morais, 507 - Sala 103 - Petrópolis. Natal/RN - Fone: (84) 3222-4001 Site: www.rneditora.com.br | E-mail: rneditora@rneditora.com.br / idaleciorego@gmail.com

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capa

Robôs

são aliados no aprendizado Tecnologia atrai atenção de alunos e escolas A robótica é uma ciência multidisciplinar que a cada dia ganha mais espaço no ambiente educacional, por tratar-se de uma atividade lúdica e desafiadora, que une aprendizado e prática. Além disso, valoriza o trabalho em grupo, a cooperação, planejamento, pesquisa, tomada de decisões, definição de ações, promove o diálogo e o respeito a diferentes opiniões. Em Natal, a empresa RoboEduc, que atua na incubadora Inova Metrópole, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), desenvolve aulas temáticas utilizando a robótica para alunos, que variam da faixa etária de 4 até 17 anos, em seis escolas parceiras, de Natal e Mossoró, e no prédio do Metrópole Digital, na universidade. “O nosso intuito é levar o aprendizado por meio da robótica para alunos divididos em grupos de faixa etária, com conhecimento teórico e prático, aliado a outras disciplinas”, afirmou Aderson Reis, diretor da RoboEduc. Em uma aula

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aderson reis, diretor da roboeduc

temática sobre eleições, por exemplo, além de explicar a importância do pleito, os estudantes conhecem o funcionamento do sistema biométrico e de sensores. A empresa, que existe há cinco anos, está em


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processo de incubação, mas já conta com uma equipe de 25 profissionais, divididos em gerências específicas, advindos em sua maioria de cursos tecnológicos e de computação da UFRN. Além de despertar a atenção e envolvimento dos alunos, com a robótica estão em conjunto o desenvolvimento prático de habilidades pessoais, como organização, raciocínio lógico, cooperativismo, senso de liderança e a criatividade na resolução de problemas. “A robótica está se tornando muito popular entre os estudantes de todo o Estado, tivemos várias equipes na Olimpíada Brasileira de Robótica, feiras e mostras científicas”, afirmou Reis.

A robótica está se tornando muito popular entre alunos de todo o Estado”.

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capa As aulas de robótica acontecem três vezes por semana com duração de três horas, em que são vistos aspectos teóricos, contexto multidisciplinar e aprendizado prático. “Levamos toda orientação do professor, como também a instrumentação dos kits de robótica, em que os alunos montam o próprio robô, de acordo com o aprendizado do dia”, enfatizou o diretor da RoboEduc. Com as aulas temáticas, os estudantes sempre são surpreendidos por novidades. “Para 2015, estamos desenvolvendo nosso próprio material didático, como também os kits de robótica educacional, em árduo desenvolvimento por nossa equipe de hardware”, afirmou Aderson Reis.

Reconhecimento nacional A robótica aplicada está em forte expansão, dentre o alunato potiguar. É o que aponta o professor universitário Aquiles Burlamaqui, que junto com outros professores, organizou no mês de agosto, na UFRN, a etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica. “Notamos o aumento do interesse na Olimpíada, no ano passado, tivemos 60 equipes inscritas e, neste ano, alcançamos o número de 101 equipes de todo o Estado, o que resultou no RN em quinto lugar nacional com maior número de participantes”, afirmou Aquiles. Classificaram-se para a etapa nacional quatro equipes potiguares, sendo uma do Ensino Fundamental e três do Ensino Médio. As competições seguem até o mês de novembro. Na Olímpiada Brasileira de Robótica 2014, em todo país, inscreveram-se aproximadamente 70 mil alunos, divididos em pouco mais de 1800 equipes. As competições acontecem nas modalidades prática e teórica. “Quando uma criança vê um robô, pensa que é um brinquedo, é uma coisa lúdica. Também é uma forma de unir assuntos que ela estuda na escola, como matemática, raciocínio lógico e até linguística”, detalhou Aquiles.

alunos interagem com robôs durante aulas

10 motivos para fazer Robótica 1. Demonstração prática de conceitos científicos; 2. Desenvolve as habilidades mentais; 3. Desafio de criar e ser flexível; 4. Aprimora a coordenação motora e manual; 5. Incentiva as habilidades de projetar e planejar; 6. Apura a imaginação; 7. Interesse pelo trabalho em equipe; 8. Entendimento dos próprios limites; 9. Reconhecimento do valor da paciência e da disciplina; 10. Desenvolvimento da meta cognição.

aquiles burlamaqui fala da olimpiada brasileira de robótica

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Assunto

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nutrição

hora do lanche

nutricionista dá dicas aos pais na escolha de alimentos saudáveis O lanche escolar é uma refeição intermediária entre duas refeições principais, e serve para dar energia à criança. Porém, muitos pais ainda têm dúvidas sobre qual escolha fazer para uma alimentação balanceada e saudável, na hora de montar a lancheira dos seus filhos. A revista RN Educação conversou com a nutricionista Carolie Catherinne, a fim de esclarecer o que escolher para a alimentação dos pequenos. “Independente da faixa etária, uma alimentação balanceada deve conter proporções de água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, de acordo com a necessidade individual. Os hábitos adquiridos na infância são os maiores responsáveis pela formação de adultos saudáveis”, explicou Carolie. Atualmente, o consumo de alimentos altamente calóricos, ricos em gordura, sal e açúcar, pobres em vitaminas, minerais e outros micronutrientes tornou-se cotidiano no meio infantil, seja por in-

O QUE PODE e O QUE NÃO PODE NA HORA DO LANCHE Evitar - Alimentos refinados; - Biscoito recheado; - Queijo amarelo; - Bolo industrializado; - Salgados; - Frituras; - Embutidos; - Refrigerante; - Sucos industrializados; - Guloseimas.

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Preferir - Alimentos integrais; - Bolacha água e sal; - Iogurte desnatado; - Queijo branco - Bolo caseiro simples - Tapioca; - Frutas; - Castanhas; - Água de coco; - Suco natural.

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carolie catherinne, nutricionista

fluências dos fatores ambientais, do marketing das indústrias alimentícias, das condições socioeconômicas dos responsáveis, dentre outros. “A alimentação inadequada atua como fator de risco para diversas patologias, que estão se tornando cada vez mais presente nessa faixa etária, como alguns tipos de câncer, doenças infecciosas, anemia, desnutrição, obesidade, dislipidemias, hipertensão e diabetes tipo 2, podendo induzir também a puberdade precoce, déficit no desenvolvimento cognitivo, crescimento e desenvolvimento físico das crianças”, alerta a nutricionista. Para adaptar as crianças a uma alimentação saudável é indicado preferir alimentos naturais, pratos coloridos com frutas e verduras de forma gradativa. “É indispensável aos responsáveis conversar de forma calma e encorajadora com as crianças, dando uma maior importância ao que se pode comer, além de trabalhar com diferentes estratégias e recursos, como as atividades lúdicas, a fim de despertar maior interesse infantil para alimentação saudável”, recomenda Carolie.


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Alimentação

Nutrição funcional Para a Escola Lápis de Cor, a educação nutricional, inserida no ambiente escolar, constitui-se em um ato pedagógico e social, compreendido e incorporado às atividades escolares como facilitador da aprendizagem. Inclusa na coletividade escolar (funcionários, professores, direção) e na comunidade de pais, a educação nutricional tem como objetivo principal promover atitudes de conscientização quanto à alimentação saudável, observando necessidades orgânicas, a fim de fazer boas escolhas alimentares ao longo da vida. Sempre vanguarda em seus projetos, a Escola Lápis de Cor vai implantar, em 2015, a nutrição

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Escola lápis de cor inova na educação alimentar promovendo a alimentação saudável

funcional na escola. O objetivo é ir muito além das necessidades diárias de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos). Assim, a nutrição funcional oferta os 44 nutrientes que as células precisam para sua manutenção, crescimento, trabalho e reparação do organismo. Com isso, intensifica-se o atendimento quanto às leis da nutrição nos seguintes aspectos: proporcionalidade (equilíbrio entre os nutrientes); moderação (açúcar, gorduras saturadas, sal, etc) e variedade. Além da nutrição funcional, também será implementada uma Cozinha Ecológica na Escola Lápis de Cor. A Cozinha Ecológica funciona com a oferta de alimentos funcionais, orgânicos e vegetarianos. Além dos produtos orgânicos, que já são utilizados atualmente, serão priorizados outros ingredientes, ressaltando a utilização de alimentos terapêuticos para desintoxicar, nutrir e proporcionar mais vitalidade, incorporando, assim, o conceito de gastronomia mais sustentável. A Cozinha Ecológica respeita as safras, obtendo assim um cardápio variado, conforme a estação do ano. A escola acredita que os alunos com uma alimentação adequada exibem melhor rendimento escolar, alcançam o equilíbrio ideal para o seu crescimento e desenvolvimento, bem como adoecem menos. Nesse sentido, a Lápis de Cor ampliará o serviço de orientação nutricional para que as crianças, desde cedo, formem hábitos saudáveis a médio e longo prazo, revertidos em qualidade de vida.


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Assunto cultura

Cristo Rei

promove Festival Literário e Cultural Com a finalidade de envolver alunos e professores no universo da cultura popular e literatura, a Escola Cristo Rei Ensino Infantil e Fundamental realizou o 3º Festival Literário e Cultural, que contou com apresentações, peças e participação de toda a comunidade escolar. De acordo com a diretora da escola, Marilú Lourenço, as apresentações envolveram alunos da educação infantil, níveis III, IV e V e as turmas do 2º e 5º ano do ensino fundamental. “O festival é uma forma de desenvolver as ações culturais na escola. Estamos no terceiro ano de festival”, explicou a diretora. A terceira edição do Festival realizou apresentações especiais também durante a Mostra Sesc de Arte e Cultura na Zona Norte, promovida pelo Sistema Fecomércio, evento que contou com participação de diversas escolas convidadas e grupos

Escola desenvolve criatividade dos alunos

culturais, além de um grande público que aplaudiu a iniciativa cultural. As turmas do Cristo Rei apresentaram releituras, por meio de peças de obras literárias, como “Cantar Era Seu Sonho”; “Cora, Coração, Coralina” e “A Lenda do Saci-Pererê” (editora Paulus); “O Chapeuzinho Verde” e a “Centopeia Teteia” (coleção cores vivas das autoras Marilú Lourenço e Marilda Salvador). O festival também foi apresentado na escola com a presença dos pais e professores. “Por meio de ações culturais e literárias, desenvolvemos o aprendizado e a criatividade dos alunos”, enfatizou Marilú Lourenço.

escola cristo rei Rua Salto Veloso, 2865 Conj. Santa Catarina - Natal/RN E-mail: escolacristorei@uol.com.br Fone: 84 3214-5470 18 |

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Assunto tradição

EDUCAR, UM ATO DE AMOR E COMPROMISSO SOCIAL Neste ano em que se comemoram os 65 anos da escola Dom Marcolino Dantas, celebra-se com toda a Família Vicentina a transformação e formação de crianças e jovens, seguindo os passos de São Vicente e Santa Luisa, tornando-se assim os “arautos da ternura de Cristo”, no mundo de hoje. Destacam-se os “Educadores Vicentinos”, que com criatividade, humildade, doçura, respeito, mansidão, jovialidade e alegria transmitem, ano após ano, o conhecimento e as competências impostas pela sociedade aos educandos. É no ambiente da escola que nossos educandos adquirem consciência e responsabilidade, principalmente numa sociedade transpassada por constante afirmação de valores étnicos, religiosos, políticos e culturais.

“ensina teu filho a andar no caminho correto, e mesmo quando velho não se desviará dele”. (Provérbios, 22.6).

A EDMD nos seus 65 anos de história na educação, formou e forma pessoas para a construção de um tempo de paz e de vida digna. “Fundamentando a educação nos Princípios Vicentinos, paramos para refletir quem realmente somos desde as séries iniciais, recuperando valores, e vivenciando dias mais Humanos” (educador vicentino). Em conformidade com essa visão, a escola concebe cidadãos críticos, atuantes na democracia e conscientes de seus direitos e deveres. As Irmãs Filhas da Caridade possuem parcela significativa nesse aprendizado. O amor pela educação, a devoção, a caridade e a simplicidade nas palavras e gestos tornam-as primordiais em todo o processo de aprendizagem contínua dos educando e educadores. Para elas, o “Amor é inventivo ao infinito.” (SVP). Durante o ano letivo, proporcionamos momentos educativos, informativos, cívicos, religiosos, lazer, práticas esportivas, passeios pedagógicos e, para o júbilo dos 65 anos, um calendário especial foi elaborado para transmitir a toda comunidade educativa a alegria sentida ao educar.

ESCOLA DOM MARCULINO DANTAS Da Educação Infantil ao Ensino Médio Rua Jaguarari, 1678 – Alecrim Telefone: (84) 3213-6889 escoladmd_natal@yahoo.com.br 22 |

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tecnologia

Interatividade com

lousas digitais

Prefeitura usará tecnologia em escolas de Natal Com investimentos de mais de R$ 900 mil, a Prefeitura de Natal confirmou a instalação de lousas digitais em escolas de ensino fundamental da rede municipal para o ano letivo de 2015. Ao todo, serão instaladas 220 lousas, distribuídas de acordo com o tamanho e a estrutura das escolas. “A ideia é criar um espaço informatizado dentro da escola, uma espécie de sala temá24 |

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tica para onde os alunos serão deslocados, e assim poderem ter aulas especiais”, disse a secretária municipal de Educação, Justina Iva. Para ela, os benefícios serão inúmeros, pois com os novos equipamentos, os professores serão desafiados a elaborarem aulas cada vez mais dinâmicas, proporcionando aos alunos novas experiências e um ensino de maior qualidade.


tecnologia

As crianças, hoje em dia, já nascem familiarizadas com a tecnologia e ter a oportunidade de um espaço como esse na escola será imensamente favorável ao aprendizado”.

“As crianças, hoje em dia, já nascem familiarizadas com a tecnologia e ter a oportunidade de um espaço como esse na escola será imensamente favorável ao aprendizado, pois ali elas terão acesso a informações, imagens e vídeos sobre diversos assuntos. Uma aula de matemática, por exemplo, poderá ser mais dinâmica do que o habitual”, explicou Justina. A intenção é ampliar o investimento para que, futuramente, todas as salas de aula das escolas da rede municipal de ensino de Natal tenham a tecnologia. Das 220 lousas, 105 são de 64 polegadas, 50 são de 78’ e 20, de 89’. “A lousa é como um computador multimídia, com internet e outros recursos, o que permite vários tipos de estudos. Os alunos podem ver os órgãos do corpo humano em 3D, acessar o Google Maps e jogos educativos, conhecer o Coliseu, as pirâmides do Egito, fazer estudo do relevo em três dimensões. As possibilidades são ilimitadas com o uso do equipamento, que eu vejo como um potencializador de recursos pedagógicos”, diz Justina Iva. Com a tecnologia sendo utilizada na sala de aula, a secretária não tem dúvidas de que professores e alunos terão um estímulo maior. “A interatividade torna tudo muito mais interessante e estimulante, permite a criação de coisas antes inconcebíveis”, aponta.

Justina Iva, secretária de educação

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inovação

Tecnologias na educação

incentivam alunos Recursos modernos ampliam construção do conhecimento A escola em pleno século XXI está diante de um grande desafio: abrir caminhos para formação de crianças e jovens, de forma que gestores e educadores percebam os avanços sociais, a fim de buscar qualificação na utilização das novas tecnologias para o aprendizado. “Inserida na modernidade tecnológica, a escola precisa estar aberta ao mundo de possibilidades que se oferece, a sala de aula hoje não pode mais ocupar um espaço de transmissão de conhecimento, mas sim de construção de conhecimento, em que o aluno também por meio dos recursos tecnológicos recebe um convite a produzir conhecimento”, afirmou Ilce Maria, assessora educacional do colégio Marista. Segundo ela, a tecnologia da educação (smartphones, tablets) possibilita democratizar o ensino, promovendo a inclusão, não só digital, mas tam-

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Ilce Maria, assessora educacional do colégio marista

bém social. “O aluno gosta da velocidade das informações, ele é muito dinâmico, muito ativo. Esses dispositivos, se bem usados, são excelentes ferramentas didáticas no ambiente de aprendizagem, que vai além da sala de aula. Eles possibilitam a criatividade e uma maneira mais significativa de entender o conteúdo. Com eles, o aluno sente-se desafiado a inovar e a promover uma maneira diferente de aprender”, destacou Ilce. Contudo, é preciso que haja limites para que não se desvirtuem os benefícios das tecnologias na educação. “O limite está relacionado à compreensão e não a imposição. Se o aluno compreende a importância do uso das tecnologias no ambiente educativo, proporcionamos diversas possibilidades educativas. Porém, se não compreendido tanto o aluno, como a escola, podem se perder na condução do ambiente de aprendizagem”, concluiu Ilce Maria.


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pesquisa

leitores

em baixa

levantamento inédito traça perfil e revela que o natalense lê em média quatro livros por ano Uma pesquisa inédita desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) e o instituto Certus apontou o perfil do leitor natalense. Os resultados da “Relação da população com a leitura: Uma abordagem Quantitativa” mostraram que o leitor natalense lê em média quatro livros por ano. Eles revelaram também que os leitores mais atuantes estão concentrados, em sua maioria, na zona norte da cidade (38% dos entrevistados) e são, principalmente, mulheres, cuja renda familiar é de até três salários mínimos por mês. O público leitor registrado pela pesquisa compreende apenas a 39% dos entrevistados, o 30 |

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que torna os dados preocupantes, pois em um questionário aplicado a 805 pessoas, de bairros diferentes, 61% dos entrevistados confessaram não serem adeptos à leitura. A diretora do IDE, Claudia Santa Rosa, afirma que pesquisa é curiosa porque também quebra alguns preconceitos, já que o público leitor aparece concentrado na zona Norte, e não na zona Sul, como o senso comum faz pensar, além de evidenciar que a maioria dos leitores (43%) possuem apenas o ensino médio (completo e incompleto), enquanto pós-graduados totalizam apenas 5% dos entrevistados.


pesquisa

Claudia santa rosa, diretora do ide

“No geral, temos a ideia de que quanto mais estudado mais a pessoa lê, e a pesquisa revela que não é bem assim. Muitas vezes o livro está associado ao status. Sair com uma sacola da livraria parece ser ‘chique’, mas na realidade, em alguns casos, quando essa pessoa chega em casa, coloca o exemplar na prateleira e não lê. É claro que devemos levar em conta também o fato de essa pesquisa ser quantitativa, e não qualitativa”, diferencia. Os homens entre 25 e 34 anos leem mais (27,93%) e as mulheres entre 35 e 49 são as maiores leitoras (26%). “Acredito que quebramos paradigmas e preconceitos estabelecidos a partir dessa pesquisa que identifica a necessidade imediata da implantação de quatro bibliotecas em cada uma das regiões do município até 2017”, afirma Santa Rosa. Para a implantação das bibliotecas, estão previstos R$ 10 milhões com recursos municipais e federais.

Metodologia Na pesquisa, realizada de 14 a 22 de junho, foram entrevistadas 805 pessoas, a partir de 14 anos, em 34 bairros, das quatro regiões da capital. Elas responderam perguntas que revelavam o perfil do público leitor de Natal, suas preferências, suas práticas de leitura, assim como suas principais dificuldades no acesso à leitura. O levantamento investigou a forma de relação desse público com as novas tecnologias para o acesso ao livro, identificou o perfil de leitores de outras modalidades de leitura, como jornais e revistas, e também colheu opinião dos natalenses sobre as ações e iniciativas público-privadas que apresentam potencial de estimular a leitura. “A pesquisa nos mostra, em dados mais brutos, que quatro em cada dez natalenses mantém o hábito da leitura, o que pode ser considerado uma boa média para o nosso panorama. Mas traz dados preocupantes, como o fato de 80% da população não ter qualquer cadastro junto às bibliotecas. Por isso se faz urgente uma política pública para implantação desses estabelecimentos como vetores de compartilhamento do livro entre os natalenses”, finaliza. A pesquisa está disponibilizada no site www.ideducacao.org.br.

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educação infantil

Colégio Prince:

20 anos de desenvolvimento

Em entrevista, a diretora, Silvia Helena Maia, faz uma retrospectiva de como tudo começou e quais os diferenciais da escola Como surgiu a ideia do Colégio Prince? O desejo surgiu desde a infância, período em que via a minha mãe trabalhar como professora e, muitas vezes, participava das rotinas e eventos escolares. Para seguir o caminho da educação foi um pulo. Como tudo começou? A construção da escola teve início em maio de 1994, já com a finalidade de manter os cursos de educação infantil e ensino fundamental I. No entanto, iniciamos o ano letivo em março de 1995, após o término da construção, somente com o ensino da educação infantil, mas com intuito de aumentar gradativamente os níveis. Como foi a caminhada até os dias de hoje? Não foi fácil, mas o amor, a perseverança e a determinação em construir este sonho foram capazes de torná-lo realidade. Paulatinamente, fomos conquistando a confiança da comunidade no entorno da escola, o que resultou em um crescimento significativo no número de alunos. Além disso, surgiram solicitações, por parte dos pais, para que fossem criadas as séries seguintes, e assim fomos, a cada ano, aumentando novos níveis. Paralelo a isso, iniciamos o atendimento em tempo integral, um sucesso desde sua fundação. 32 |

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De onde veio a ideia de trabalhar com bebês e crianças menores de dois anos? A ideia do berçário surgiu para atender a grande demanda dos pais que trabalhavam e não tinham onde, e com quem, deixarem seus filhos. Iniciamos esse trabalho, a princípio, dentro da própria estrutura física da escola, entretanto, a rápida expansão e procura, cada vez mais frequente, fizeram surgir a necessidade de espaço independente, nascendo assim, o Pequeno Prince. Você pode falar sobre a missão, valores e visão do Prince? Nossa missão baseia-se na formação integral do aluno, no desenvolvimento das possibilidades intelectuais, afetivas e motoras, adotando métodos de observação e experiências, para que se torne um sujeito crítico e capaz de atuar na construção de uma sociedade mais justa, partindo da compreensão de si mesmo e do mundo ao seu redor. Já nossa visão é ser considerada uma escola modelo, na Cidade de Natal, no ensino de crianças do berçário ao fundamental I. São valores da escola: ética; respeito às diferenças; acolhimento a família; responsabilidade social; ser humano e honestidade. Em seu ponto de vista, qual o diferencial da escola? As salas de aula com número reduzido de alunos é um fator que garante maior qualidade no ensino e mantém a cumplicidade escola/família, que favorece o desenvolvimento do aluno.


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centenário

Escola Doméstica

completa 100 anos Conheça a história da tradicional escola para meninas Uma das mais tradicionais escolas de Natal completa 100 anos de atuação ininterrupta na educação de meninas, inspirada no padrão suíço, trazido a Natal por Henrique Castriciano. A Escola Doméstica (ED) mantém-se em cenário de destaque e compõe a Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, junto à escola Henrique Castriciano e ao Centro Universitário do RN (UNIRN). O atual presidente da Liga de Ensino, Manoel Brito, contou a revista RN Educação a trajetória centenária da ED, passando por momentos de dificuldades e fortalecimento. Segundo ele, tudo começou em 1909, quando o escritor e político 34 |

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Henrique Castriciano visitou a Suiça e observou um modelo de educação de meninas inovador, que as preparava além do conhecimento de sala de aula para as atividades do lar e participação na sociedade. “Como no Estado as condições ainda eram precárias e a mulher tinha pouca participação, Henrique trouxe a ideia da criação da Escola Doméstica, que na época contou com o apoio do governador Alberto Maranhão, responsável pela estruturação da escola. Assim, a Liga de Ensino foi criada e teve início em 1 de setembro de 1914, ainda na Ribeira”, destacou Brito que há 15 anos preside a Liga.


centenário

Segundo ele, a escola e seus incentivos à educação e participação feminina na sociedade, influenciaram o Estado no pioneirismo no voto feminino, em Mossoró, como também a eleição da primeira prefeita do Brasil, em Lajes. Os primeiros docentes da ED eram professores da Romênia, como também as diretoras que eram “importadas” dos Estados Unidos e Alemanha. “Somente em 1927, com Emiliana Silva, tivemos a primeira diretora brasileira”, explicou Manoel. Na década de 1930, a escola vivenciou um momento delicado, com apoio mínimo do Governo que passava por interventores nomeados pelo presidente. Somente em 1942, com Manoel Varela Santiago Sobrinho assumindo a Liga de Ensino, houve a consolidação da escola. “Nessa época conseguimos a doação do terreno em que hoje está instalado o complexo de ensino, inaugurado em 1953”, reforçou o professor. Em 1944, a professora Noílde Ramalho assumiu a direção da escola, no período que durou 65 anos, e manteve o crescimento da ED. Em 2010, Maria Margarida Teixeira Cabral Morgantini assumiu, mas faleceu no mesmo ano, sendo sucedida por Ângela Guerra Fonseca, atual diretora. Em 1987, A Liga de Ensino instituiu a escola mista Henrique Castriciano e na década seguinte, em 1998, o Centro Universitário do RN, compondo o Complexo de Ensino ED/HC/UNIRN. “Chegar aos 100 anos é um marco para a ED, e mereceu solenidades como um marco comemorativo do centenário, audiência pública na Câmara e a entrega da Medalha Henrique Castriciano a 10 personalidades da sociedade potiguar”, concluiu Manoel.

marco histórico para comemorar os 100 anos

educação que passa por gerações

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esporte

Natação

estimula desempenho escolar Alunos desenvolvem disciplina e concentração A natação é um dos esportes com mais reconhecimento de benefícios para a saúde, desde a melhor forma física até a coordenação motora e de equilíbrio. A novidade é que o esporte melhora também o desempenho escolar, o raciocínio, a disciplina e a busca por melhores resultados. “Além dos benefícios para a saúde, depois de um dia de atividade escolar, praticar a natação com orientação adequada dá a sensação de segurança para os ambientes de piscina e praias, como também a disciplina e concentração”, afirmou o professor de natação do colégio Salesiano Dom Bosco, Bernardo Moraes. A prática na escola também faz com que os alunos sejam incentivados a dar o seu melhor tanto no esporte como na sala de aula. “Da mesma forma que buscam o ouro na competição, eles buscam as melhores notas no boletim”, disse o professor. Alunos do Salesiano já conquistaram importantes resultados em competições escolares Norte-Nordeste, e até mesmo campeonatos internacionais. “Temos um acordo com os alunos, para viajarem em competições impor-

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Bernardo Moraes, professor de natação

tantes precisam estar com boletins com boas notas”, explicou Bernardo. Ao final do ano, a escola também realiza a entrega da Comenda Domingos Sávio para os melhores esportistas que alcançam a melhor média de notas.


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Por: Edileide Lima e Marinete Araújo

artigo

O Papel da Escola

na Formação

do Leitor “Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo.“ ABRAMOVICH (1997, p 16)

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Trabalhar a promoção da leitura, inevitavelmente, passa pela formação do leitor, com uma pedagogia e uma teoria renovada à luz da interdisciplinaridade e do resgate do homem, indivíduo, cidadão, que precisa sentir-se sujeito histórico para interagir no ato de ler. É indiscutível que o hábito e o gosto pela leitura deveriam começar no seio familiar, na primeira infância. A leitura, como prática sociocultural, deve estar inserida em um conjunto de ações socias e culturais, e não exclusivamente escolarizadas. Porém, na maioria dos casos isso não acontece. Acesso à leitura significa ter acesso à escola e nela obter as habilidades e os conhecimentos necessários para a participação no mundo da escrita. Assim, como destaca BORDINI (1985), “se o professor estiver comprometido com uma proposta transformadora da educação, ele encontrará no material literário o recurso mais favorável à consecução de seus objetivos”. Ler e ouvir histórias desperta na criança o prazer pelo mundo mágico da escrita, o que lhe falta é o estabelecimento de uma relação prazerosa com o texto literário, tanto no sentido lúdico, quanto no sentido afetivo, e é aí que começa o papel da escola nessa ponte transformadora. Com esse pensamento, constata-se a urgência de que a escola seja preparada para formar leitores, para não fazer da literatura um mero instrumento pedagógico. A escola deve não só sugerir como também estimular seus alunos, por meio de uma atmosfera agradável, e propiciar um ambiente que convide a leitura na própria sala de aula, ou fora dela, demonstrando assim que essa é uma atividade importante e indispensável.

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O leitor em formação deve receber constantes estímulos para interagir com as obras literárias dos mais diversificados gêneros, dos clássicos até os contemporâneos. Quanto mais acesso a autores e obras, mais facilmente o leitor amplia sua capacidade reflexiva e o domínio do idioma, o que tem reflexos em sua formação. O professor não deve se limitar ao ensino da leitura, mas criar condições para criança realizar sua própria aprendizagem, conforme suas próprias necessidades, interesses e fantasias. A leitura não é só uma das ferramentas mais importantes para o estudo e o trabalho, é um instrumento muito prazeroso à vida. Ela permite entrar em contato com um mundo inexplorado e conhecer lugares e épocas diferentes, ampliando a capacidade cognitiva de cada ser. A motivação para ler é fator preponderante no desenvolvimento dos hábitos de leitura, mas este também recebe influência da família, da escola e da sociedade. Considerando então que é na escola que os indivíduos aprendem a ler e exercitam esse aprendizado, o estudo das práticas pedagógicas e a participação escolar nesse processo é essencial. Transformar uma criança em um leitor é um processo. Criança não vira leitor da noite pra o dia. A linguagem e os enredos literários proporcionam-na a possibilidade dessa transformação em duas dimensões: a primeira é que a criança pode viver no livro aquilo que mais a atrai, sem receio de ser assistida e pode lidar com seus problemas e angústias em tempos e espaços só seus; a segunda mantém ela relacionada ao real, com a consciência que não deixa de ser leitor.


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formação

Cidadania do RN para o Brasil Programa de Educação Cidadã é pioneiro no país

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formação

Formar cidadãos quanto ao conhecimento de seus direitos e deveres é algo primordial para a construção de uma sociedade melhor e mais justa, porém muitas vezes é negligenciado pelos poderes competentes. Pensando em reverter esse cenário, no mês de setembro, tradicionalmente dedicado à Pátria, o juiz Jarbas Bezerra e a advogada Lígia Limeira lançaram a proposta, que se tornou Lei Complementar, criando o “Dia Estadual de Educação Cidadã” e o “Setembro Cidadão” em todo o Rio Grande do Norte, iniciativa pioneira no Brasil. “Já atuávamos na publicação dos manuais práticos das eleições, mas sentíamos a necessidade de um trabalho ampliado que atingisse o público escolar, que está sendo formado e precisa de orientações para entender até onde vai a sua cidadania”, explicou o juiz. A advogada Lígia Limeira afirmou que decidiram procurar o Poder Executivo para apresentar

a proposta que foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pela governadora. “O nosso objetivo é que a discussão sobre a formação cidadã chegue às escolas, torne-se uma disciplina e ultrapasse os muros do RN, já que é um Programa Brasileiro de Educação Cidadã. Vamos focar no público de Educação Fundamental, que serão os cidadãos do futuro do nosso país”, explicou a advogada. A dupla lançou a cartilha “Cidadania de A à Z”, com uma linguagem acessível que busca ser uma ferramenta de primeiro contato desses jovens com o contexto cidadão, com assuntos, como meio ambiente, educação, respeito e direitos. “Muitas vezes não vemos mais os jovens, nem a população de uma forma geral terem o orgulho da sua Pátria, seja pelos acontecimentos da política, falta de infraestrutura ou educação deficitária”, explicou a advogada. A cartilha conta com dois personagens principais, um menino que se chama Edu (derivado do nome Educação) e a menina que se chama Cidinha (derivado de Cidadania). O símbolo do Setembro Cidadão também é um lacinho verde e amarelo para valorizar a relação com as cores da bandeira do Brasil. Fatos como os recentes protestos que, de maneira pacífica, mostraram ao Brasil a indignação com a falta de respeito ao cidadão é um dos fatores que reforça o exercício da cidadania. “Está na hora de termos uma ruptura com o modelo de abandono da cidadania, para que seja repensado e possamos colher os resultados no futuro de forma que não continue havendo inversão de valores”, destacou Jarbas Filho. Durante o mês de setembro várias atividades em escolas, datas comemorativas e sessão solene na Assembleia Legislativa foram realizadas.

lígia limeira e jarbas bezerra criaram programa brasileiro de educação cidadã

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capacitação

Consultoria de gestão escolar empresa oferece software e acompanhamento técnico A gestão educacional é reconhecida como um dos elementos determinantes do desempenho de uma escola. Pensando em otimizar essa realidade, muitas escolas estão buscando o auxílio tecnológico e de capacitação de um sistema capaz de gerir informações confiáveis e completas, e que subsidie a estratégia de crescimento. Em Natal, a empresa Activesoft realiza consultorias em estabelecimentos de ensino, capacitando equipes e gestores com um sistema eficiente e tecnológico de gestão. “Nosso trabalho começa desde o diagnóstico inicial, passando por análises, parametrização, capacitação e acompanhamento no ambiente escolar e entrega de resultados”, afirmou a coordenadora do setor de Atendimento, Luciana Karla Inácio de Freitas. Hoje a empresa desenvolve ações segmentadas, de acordo com o porte da escola, e realiza o acompanhamento após a implantação. “As escolas são atendidas em grupos personalizados, com um gestor da empresa que entende a realidade particular daquele estabelecimento de ensino”, destacou Luciana, entre as vantagens de se ter acompanhamento especializado em serviços como emissão de boletos, cantina, sistema de matrículas. O processo de diagnóstico até a implantação dura em média três meses, dependendo do que é solicitado pelo cliente. Segundo Luciana, a empresa também é certificada pelo MPS-BR do setor de desenvolvimento. Atualmente oferece consultorias a escolas na região Nordeste e já iniciou a ampliação para o Norte, com atendimentos a escolas em Belém/PA. A empresa também buscou mais uma certificação de qualidade voltada para serviço, o MPS-BR-SVC nível F.

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Luciana Freitas, coordenadora de atendimento da activesoft


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literatura

pedro

bandeira

Escritor aponta Língua Portuguesa como prioridade, em palestra durante a Cientec na UFRN Para o escritor Pedro Bandeira, “Quem promove o desenvolvimento de um país não é o seu governante, mas o seu povo, através da educação e do conhecimento”. Na palestra de abertura da Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura – CIENTEC, na UFRN, o escritor paulista fez uma comparação entre a colonização americana e a colonização brasileira, destacando que, enquanto na colonização dos Estados Unidos valorizou-se a educação, em especial, o letramento; no Brasil, a colonização esqueceu essa importante tarefa. A palestra do escritor foi descontraída, um misto de exposição pedagógica e teatral. Bandeira contemporizou quando falou das dificuldades dos jesuítas no processo de evangelização e das dificuldades atuais dos professores brasileiros no processo de educação. Nos dois casos, destacou o escritor, é como se o professor e o aluno falassem línguas diferentes e assim não se entendessem. Sobre a dificuldade encontrada no processo de alfabetização no sistema de educação 50 |

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pedro bandeira realizou palestra na cientec

brasileira, Bandeira defende que a educação fundamental priorize o ensino da Língua Portuguesa como forma de promover a leitura e melhorar o aprendizado das outras disciplinas. Para ele, “o Brasil continua sendo um país subdesenvolvido, não porque o nosso povo é pior, mas porque não tem pleno acesso ao conhecimento, à cultura e às tecnologias”.


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social

Transformação pela Educação

Casa do Menor Trabalhador é exemplo na formação de jovens Com o objetivo de atuar no resgate social do adolescente por meio de ações socioeducativas de formação continuada, promoção de ações formativas de qualificação social e profissional, a Casa do Menor Trabalhador (CMT) desenvolve importante papel ao longo de quase 30 anos no bairro do Alecrim, em Natal. A Casa do Menor Trabalhador de Natal é uma instituição filantrópica, de assistência social e sem fins lucrativos. De acordo com seu Estatuto, a CMT trabalha buscando evitar que crianças e jovens permaneçam ociosos nas ruas ou ocupando atividade lucrativa não formal. A iniciativa partiu, em 1987, da religiosa da congregação das Filhas da Caridade, irmã Lúcia Montenegro. Desde então, milhares de jovens carentes tiveram acesso à formação escolar, cultural e encaminhamento para o mercado de trabalho. “Desenvolvemos uma política de educação integral, com uma equipe de professores no turno escolar e uma formação continuada, visando o conhecimento para o mercado de trabalho, por meio de parcerias com empresas e instituições governamentais”, explicou a irmã Lúcia. Quanto à formação profissional, a Casa do Menor Trabalhador desenvolve importante parceria com o Instituto George Mark Klabin (IGMK) para a criação de turmas para diversas áreas, como: hote52 |

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irmã lúcia montenegro, diretora da cmt

laria, assistente administrativo, bartender e turismo, com uma oferta média de 700 vagas. No primeiro semestre, por meio do convênio, cerca de 2.500 alunos se formaram e uma grande parcela está inserida no mercado de trabalho. A Casa do Menor Trabalhador visa utilizar, de modo especial, políticas emancipatórias para adolescentes e jovens de baixa renda e baixa escolaridade. A instituição trabalha para que as crianças e jovens sejam protagonistas de suas histórias, trabalhem em conjunto na transformação da realidade que enfrentam na família e na comunidade.


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educação

parceria

educativa

Ministro Henrique Paim defende interação entre universidade e escolas, e destaca avanços do Rio Grande do Norte

Ministro da educação, henrique paim durdura

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O ministro da Educação (MEC), Henrique Paim, defendeu, durante palestra em Natal, o fortalecimento da cooperação entre universidades e escolas de ensino básico, com destaque para os cursos técnicos. “O Brasil sempre renegou o ensino profissional, apesar dos empresários sempre defenderem isso. Aqui no Rio Grande do Norte, conseguimos 240 mil matrículas no Pronatec, um esforço do também da Secretaria de Educação. Foram 8 milhões de matrículas no Brasil, um esforço muito relevante, com mais de 4 mil municípios com acesso ao programa”, disse. O ministro também relembrou a ampliação do número de campi do IFRN, passando de cinco para 16 novos. “Em termos de interiorização, ainda temos alguns campi previstos, para chegar a 23 o total de novos Institutos Federais. Também temos a perspectiva de um INI em Petróleo, em Mossoró, e um, em Natal, em parceria com a universidade”, disse. Para o ministro, é necessário que a ampliação dos campi de ensino no estado esteja ligada diretamente ao trabalho para melhoria na formação dos profissionais, estreitando a relação entre a UFRN e o setor do ensino básico.


educação

“Tivemos um avanço do Nordeste em termos de inovação e qualidade do ensino. A UFRN fez um esforço na continuidade da gestão e trabalho relevante. Precisamos continuar. A universidade precisa ter compromisso com a educação básica, formação de professores e internacionalização”, disse. Para o ministro, a presença da universidade na qualificação do ensino básico começa pela formação do professor. Atualmente, apenas 32,8% dos que atuam no ensino fundamental possuem licenciatura na área em que lecionam. Até 2024, o Governo Federal planeja ampliar essa formação para 100% dos professores – e, para isso, é preciso um diálogo per-

manente com as universidades. “Existia um medo muito grande no começo com relação à ampliação do número de matrículas e a interiorização das universidades. Não iria afetar a qualidade do ensino superior, criar um escolão? Não! Conseguimos o contrário: que as universidades tivessem destaque e relevância, não só pelo Enade, mas pelos rankings naconais e internacionais”, explicou o ministro. Durante a visita à UFRN, o ministro Henrique Paim também participou da inauguração das instalações do Instituto Metrópole Digital (IMD), que surge como pólo tencológico para todo o Estado oferecendo cursos técnicos até formação de pós-graduação.

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empreendedorismo

RN é destaque em incubação de empresas IFRN já graduou 16 ideias para o mercado Pioneira no Rio Grande do Norte, a Incubadora Tecnológica Natal-Central (ITNC) foi instalada no Campus Natal-Central do IFRN, em 1998, com o intuito de fornecer suporte ao surgimento de empresas de base tecnológica, principalmente, com foco nas áreas de atuação do Instituto. Possui infraestrutura física exclusiva com mais de 700m² disposta para empresas, sala de reunião, sala de treinamento e sala de coordenação. Os empreendedores também dispõem da infraestrutura integral do instituto, como: estacionamento, vigilância, restaurante, bibliotecas, auditórios e laboratórios. “Os serviços oferecidos aos empreendedores iniciam antes da incubação e incluem a sensibilização para o empreendedorismo, a prospecção de novas empresas e a qualificação dos novos empreendedores. Durante a incubação, os empreendedores contam com assessoria e consultoria tecnológica, financeira, de mercado e de gestão, bem como acompanhamento e avaliação do mercado e de gestão”, afirmou o gestor da ITNC Gabriel Lacerda. A ITNC, que já graduou 16 empresas, tem seu 56 |

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equipe da incubadora tecnológica do ifrn

público-alvo voltado para os estudantes do IFRN, alunos egressos, pesquisadores e desenvolvedores de novas tecnologias e empreendedores em geral. Atualmente, a incubadora inicia novas ações e atividades voltadas à implantação do modelo CERNE da Anprotec. Esse modelo prevê o aperfeiçoamento contínuo de diversos processos-chave, em especial, nas dimensões do desenvolvimento pessoal do empreendedor, desenvolvimento tecnológico de produtos e processos, aperfeiçoamento das estratégias de gestão empresarial, comercial, financeira e de marketing.


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integração

Fonoaudiologia potencializa processo de aprendizagem Ações aperfeiçoam comunicação e linguagem de alunos O trabalho do fonoaudiólogo educacional tem com objetivo principal a prevenção das alterações ligadas à comunicação, sejam orais ou escritas. Ou seja, por meio de ações, visa aperfeiçoar o desenvolvimento dos educandos, o que refletirá, diretamente, na qualidade de seu aprendizado geral e impedirá o surgimento ou agravamento de problemas fonoaudiólogos interfira neste aprendizado. “Nessa situação, cabe ao fonoaudiólogo desenvolver ações, em parceria com os educadores, que contribuam para a promoção, aprimoramento, e prevenção de alterações dos aspectos relacionados à audição, linguagem, motricidade oral e voz e que favoreçam e otimizem o processo de ensino e aprendizagem”, afirmou a fonoaudióloga Bárbara Dantas, que atua no Instituto Maria Auxiliadora. Bárbara destacou a capacitação dos professores para as principais alterações fonoaudiológicas.

“Com isso, transformo os professores em multiplicadores do meu trabalho, assim, eles auxiliam na identificação das dificuldades ou alterações presentes nos alunos”, afirmou. O atendimento fonoaudiológico educacional ocorre de forma diferenciada, com atividades em grupo. “Além de detectar e prevenir problemas, podemos também pensar a atuação do fonoaudiólogo em termos de desenvolvimento de potencialidades, mesmo no caso de crianças que não sejam consideradas patológicas ou em situação de risco”, explicou Bárbara. A fonoaudiologia também é importante no processo de integração de alunos com necessidades educacionais especiais, “pois posso desenvolver atividades específicas para cada caso, colaborando com a equipe de educadores e, assim, melhorando a vida e a autoestima do aluno nesse processo”, conclui.

fonoaudióloga bárbara dantas realiza ações com grupo de alunos no ambiente escolar

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ensino superior

Qualidade em primeiro lugar

No Brasil, na última década, houve uma expansão da oferta de ensino superior com ênfase na rede particular. O segmento enfrenta, ainda, muitos problemas externos e internos. No entanto, são enormes os benefícios para a sociedade de maneira geral, pela existência da rede brasileira de ensino superior particular. Vale acrescentar que o Prouni é uma excelente iniciativa de inclusão social por meio da democratização do ensino superior. “Manter a qualidade da proposta pedagógica é a nossa meta sempre. Quantidade nunca será uma visão estratégica do Centro Universitário do Rio Grande do norte (UNI-RN). Voltamos nosso olhar para atendermos melhor e com maior eficiência o nosso aluno. Implantamos, recentemente, o Núcleo de Carreiras na nossa instituição de forma a promover a empregabilidade do aluno ao final do curso e o seu bom desempenho no mercado de trabalho”, afirmou à revista RN Educação, o reitor do UNI-RN, professor Daladier da Cunha Lima. Segundo o reitor, alinhar ensino, pesquisa e extensão é um dos princípios do UNI-RN. Essa prática pedagógica é algo bem mais complexo do que se imagina, pois envolve a formação de uma cultura institucional, a qual daladier da cunha lima, não se consegue do dia para a reitor do uni-rn noite, ou somente por um ato administrativo. Essa prática acadêmica garante uma formação completa, base para novos estudos e para uma carreira de sucesso. “O maior patrimônio do UNI-RN são os seus bons alunos. A instituição tem apenas o mérito de oferecer as condições para que eles possam crescer intelectualmente, mas o grande mérito per62 |

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UNI-RN alinha ensino, pesquisa e extensão

tence aos próprios alunos, que sabem aproveitar as oportunidades. Prova disso, é o Congresso de Iniciação Científica que realizamos anualmente. É o maior evento acadêmico da instituição e é o momento em que alunos e professores, principalmente, os alunos, mostram os resultados dos seus estudos e pesquisas durante meses”, enfatizou Daladier da Cunha Lima. Através da iniciação científica, os alunos se sentem mais inclinados aos estudos, fortalecem o aprendizado e tendem a se tornar autônomos no processo de construção do conhecimento. O hábito do uso do método científico estimula a busca por novos saberes, o estudante passa a ser mais ativo no processo ensino-aprendizagem. É por essa razão que a iniciação científica faz parte do projeto pedagógico do UNI-RN. “O UNI-RN não é uma instituição de pesquisa na acepção maior da palavra, mas é uma instituição que valoriza o pensamento científico e incentiva a investigação científica. Uma ação, inclusive, que foi reconhecida pelo CNPq ao conceder bolsas de iniciação científica para os nossos alunos. Isso não é comum acontecer em instituições privadas. Além disso, o UNI-RN foi contemplado com bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras, que nos permite enviar nossos alunos para intercâmbio no exterior”, reforça o reitor. Ao longo de 15 anos de atuação na área da educação superior é a única instituição particular do Estado a atingir IGC 4 pela 3ª vez. O IGC é o principal indicador de avaliação acadêmica do MEC. “Estamos em 1º lugar entre as instituições particulares de ensino superior do RN, em 1º lugar entre os centros universitários das regiões norte, nordeste, centro-oeste e sul do país, somos o 3º melhor centro universitário entre os 143 existentes no Brasil e temos um dos melhores cursos de Direito do Brasil, tendo, inclusive, recebido o selo nacional de qualidade do Programa OAB Recomenda”, conclui Daladier da Cunha Lima.


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Ronaldo Rizzuti/UNITAU/Divulgação

estudo

Pós-graduação abre porta de oportunidades UFRN destaca importância de educação continuada Ao concluir a graduação, a grande maioria dos formados não se dá conta de que o estudo precisa ser aperfeiçoado. Para tanto, algumas instituições de ensino superior disponibilizam a esses formados a continuidade do ensino, com base na demanda mercadológica e nas necessidades mais correntes da carreira escolhida. No Rio Grande do Norte, a UFRN, principal instituição de ensino superior, oferece uma gama de oportunidades para a educação continuada. “O ensino da pós-graduação tem como ob64 |

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jetivo a formação de docentes, pesquisadores e profissionais de alto nível. Abrange Programas de Pós-graduação Stricto Sensu, Cursos de Pós-graduação Lato Sensu (Especialização, Aperfeiçoamento e Residência Médica). Conta, atualmente, com 43 cursos de Mestrado, 24 cursos de Doutorado, cerca de 60 cursos de Especialização e 21 Programas de Residência Médica, exercendo, assim, um forte impacto na formação de recursos competentes para atuação em ciência e tecnologia”, afirmou a reitora da UFRN, Ângela Paiva Cruz.


estudo Os cursos de especialização têm por objetivo preparar profissionais graduados em setores específicos de estudos, abrangendo atividades práticas e teóricas. São projetos voltados de forma diferenciada aos Programas de Pós-Graduação, de forma a atender às suas necessidades específicas. “Cada curso é objeto de um projeto específico, tem um coordenador responsável pelo seu funcionamento acadêmico e administrativo, e duração mínima de 360 horas”, explicou. A Pró-Reitoria de Pós-Graduação é o órgão responsável por apoiar programas e cursos, dando prioridade ao desenvolvimento de projetos que visem à manutenção dos altos níveis de qualidade já alcançados e o aprimoramento do desempenho dos programas ainda não totalmente consolidados. Dentre as ações da Pró-Reitoria, destacam-se: monitoramento dos programas através de avaliação interna continuada e de projetos especiais de apoio; internacionalização da pós-graduação; definição de políticas que orientem a expansão do sistema; valorização da discussão acadêmica na Comissão de Pós-Graduação e também por meio da promoção de eventos; aperfeiçoamento da interação entre a Pós-Graduação, Graduação, Pesquisa e Extensão; realização de diagnóstico e aperfeiçoamento dos Programas Interinstitucionais; elaboração de estratégias para incorporar à Pós-Graduação as vantagens da tecnologia de ensino à distância e de novas metodologias de ensino; definição de programas especiais, juntamente com as demais Pró-Reitorias, visando o fortalecimento das atividades-fim da Universidade. Com programas de pró-graduação em todas as áreas, a UFRN desponta, no momento, de acordo com a avaliação da Capes, na pós-graduação de Engenharia de Materiais e Física, que obtiveram o conceito 6, e em Administração, Ecologia, Sistemas e Computação e Ciências Contábeis, que passaram para o conceito 5, além dos programas de Psicobiologia, Ciências da Saúde, Psicologia e Biotecnologia, que continuaram com esse mesmo conceito (5).

Ângela Paiva Cruz, reitora da ufrn

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interação

Neuroeducação desenvolve potencial de alunos da rede pública projeto leva Instituto do Cérebro para escola municipal Pesquisas científicas apontam que a educação fundamental precisa acompanhar a evolução do conhecimento sobre o cérebro. A explicação é que as conexões cerebrais se estabelecem de maneira acelerada durante a infância e a adolescência, necessitando de um ambiente que possa proporcionar o melhor desenvolvimento.

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Visando atender essa demanda em um problema complexo como a educação pública, o Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), desenvolve há cinco anos o projeto “Escolas Acadêmicas”, em parceria com a Escola Municipal Juvenal Lamartine, no Alecrim. “O objetivo geral é oferecer para os estudantes um ambiente de qualidade adequado para o desenvolvimento do cérebro dessas crianças e adolescentes. Buscamos conhecer quais são as necessidades da escola em várias áreas. É uma iniciativa que desenvolve junto com esporte, incentivo à leitura e interação com a tecnologia mais atual”, explicou o coordenador do projeto e professor do Instituto do Cérebro, Antônio Pereira.


INTERAÇÃO Outro aspecto essencial para a realização do projeto é a formação continuada dos professores do ensino fundamental para que entendam as transformações e as necessidades dos seus alunos nesse período crítico do seu desenvolvimento. “Trabalhamos junto com a escola. Não temos a solução pronta. Todas as ações são discutidas aqui com os professores que conhecem as necessidades do ambiente escolar e, do diálogo, surgem às intervenções, que envolvem vários departamentos e professores da UFRN”, disse. O projeto iniciou com uma formação continuada sobre a “Neuroeducação” envolvendo o Instituto do Cérebro, Departamentos de Pedagogia, Fonoaudiologia, Psicologia, além da equipe da escola Juvenal Lamartine. A escola passou a contar também com um Núcleo de Cognição Aplicado à Educação, local para que as atividades sejam planejadas e desenvolvidas. “Os alunos se interessaram e tivemos participantes em Olimpíadas de Robótica. Houve um crescimento na avaliação da Prova Brasil e todos foram capacitados para aprender melhor.

Temos, por exemplo, o Laboratório de Robótica e a Leitura com Neurociências, desenvolvendo as capacidades dos nossos alunos”, afirmou a diretora da escola, Jeana Magalhães. Dentro das ações desenvolvidas pelo projeto Escolas Acadêmicas, alunos do curso de Engenharia Elétrica desenvolvem na escola municipal o projeto “Engenheiros do Futuro” em que os alunos do ensino fundamental aprendem a teoria e prática da Engenharia Robótica.

Antônio pereira, coordenador do projeto

alunos desenvolvem aprendizado na robótica

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qualificação

Senac-RN

Entidade responde por cerca de 40% de ofertas de cursos

é destaque em ofertas do PRonatec Por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego – Pronatec, o Governo Federal, em parceria com os governos estaduais, municipais, Sistema “S” e institutos federais, está oferecendo bolsas de estudo e financiamento para cursos de qualificação profissional. A meta é que 8 milhões de pessoas em todo Brasil possam ter acesso a oportunidades de capacitação até o fim do ano. No Rio Grande do Norte, o Sistema Fecomércio, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), oferece cerca de 40% das vagas do Estado. “Somente através do Pronatec fechamos, em 2013, com aproximadamente 20 mil vagas oferecidas. O que nos coloca, inclusive, em posição de destaque estadual (quase 40% das vagas do Programa estão sendo ofertadas por nós) e até nacional (somos o quinto maior ofertante do país no Pronatec)”, enfatizou Marcelo Queiroz, presidente do Sistema Fecomércio. A expectativa do Senac é beneficiar 80 municípios norte-rio-grandenses com cursos de capacitação ofertados neste Programa. “Essa é uma forma de oportunizarmos a democratização do acesso ao ensino profissional no Rio Grande

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Marcelo Queiroz, presidente do sistema fecomércio

do Norte e ampliarmos as chances daqueles que querem o primeiro emprego ou necessitam de maior qualificação na atividade que desempenham”, explicou Queiroz. O Programa subdivide-se em duas modalidades: Pronatec – FIC, cujo objetivo é a formação inicial e continuada do jovem trabalhador, por meio de cursos profissionalizantes com carga horária a partir de 160 horas-aula, e o Pronatec– TEC, cujo objetivo é a oferta de cursos técnicos de nível médio.


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internacional

Ciência Sem Fronteiras O Ciência sem Fronteiras é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira, por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), e de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas pelo Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Para participar, os estudantes devem ter nota global igual ou superior a 600 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em qualquer edição a partir de 2009; precisam ter concluído o mínimo de 20% e máximo de 90% do currículo previsto para o curso; e devem apresentar teste de proficiência no idioma aceito pela instituição de destino. Além disso, é preciso a homologação da inscrição pela instituição de Ensino Superior de origem.

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Meta do programa até 2015 é oferecer 101 mil bolsas no exterior

O candidato precisa estar cursando uma das áreas contempladas pelo programa. Os estudantes selecionados recebem uma mensalidade na moeda local, auxílio-instalação, seguro saúde, auxílio-deslocamento para aquisição de passagens aéreas e auxílio-material didático para compra de computadores portáteis ou tablets. Áreas Contempladas • Engenharias e demais áreas tecnológicas; • Ciências Exatas e da Terra; • Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde; • Computação e Tecnologias da Informação; • Tecnologia Aeroespacial; • Fármacos; • Produção Agrícola Sustentável; • Petróleo, Gás e Carvão Mineral; • Energias Renováveis; • Tecnologia Mineral; • Biotecnologia; • Nanotecnologia e Novos Materiais; • Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; • Biodiversidade e Bioprospecção; • Ciências do Mar; • Indústria Criativa (voltada a produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação); • Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva; • Formação de Tecnólogos.


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