RN Educação 2018

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revista

NOME DA SEÇÃO

2018

www.rneditora.com.br | Ano XII | edição 12

Novo Enem Mudanças no Exame têm avaliação positiva

Entrevista

Rossandro Klinjey orienta pais e filhos

Imortal

Escritor potiguar toma posse na ABL

Bullying

Atuar na prevenção é a solução www.rneditora.com.br | RNEducação

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EDITORIAL/SUMÁRIO

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Novidades em alta

As mudanças na aplicação do Enem dominaram os assuntos em salas de aula, redes sociais e conversas entre estudantes, por isso também são destaque na capa da RN Educação. Abordamos ainda o combate ao bullying e ao analfabetismo. O novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), o escritor potiguar João Almino, e o psicólogo e fenômeno nas redes sociais, Rossandro Klinjey, são os entrevistados especiais desta edição. O incentivo à educação com o Festival Literário de Natal, a Cientec, o projeto Música Potiguar nas Escolas e o Sítio Histórico Gamboa do Jaguaribe também estão nas páginas da revista. Por fim, trazemos ainda matérias especiais sobre os cuidados com a saúde alimentar e com a mente. Mantendo nosso papel de deixar você sempre atualizado, desejamos uma ótima leitura! Equipe RN Educação 8 | RNEducação | www.rneditora.com.br

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Novo Enem

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RN Alfabetizado

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Festival Literário

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Rossandro Klinjey

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Música

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Mudanças no Exame foram bem avaliadas

Pacto prevê redução do analfabetismo

Grandes nomes da cultura estiveram em Natal

Especialista orienta pais na educação dos filhos

Projeto leva artistas potiguares para escolas

Imortal Escritor potiguar João Almino toma posse na ABL

expediente

Edição Júlio Rocha Revisão Angélica Fonseca

Diretor Idalécio Rêgo

Projeto e diagramação Terceirize Editora - www.terceirize.com

Marketing Sandra Oliveira

Impressão Gráfica Sul

Fone: (84) 3222-4001 | 98891-4001 Site: www.rneditora.com.br | E-mail: rneditora@rneditora.com.br / idaleciorego@gmail.com



CAPA

Novidades do

Enem foram aprovadas Professor e alunos avaliaram modificações

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CAPA

O Exame Nacional do Ensino Médio 2017 (Enem) foi marcado por várias novidades, entre as quais a aplicação em dois domingos e a alteração da Redação para o primeiro dia. O diretor do Over Colégio e Curso, Carlos André, apontou que o novo modelo diminui o cansaço dos estudantes que vivenciavam uma verdadeira maratona de provas em um único final de semana. “Um dos maiores problemas do Enem era o cansaço gerado pelos dois dias seguidos de aplicação. Esse novo modelo, sem dúvida, resolve esse detalhe. Porém, sendo uma prova tão decisiva na vida de tantos jovens é inevitável que qualquer movimento, mesmo que positivo, gere novas consequências problemáticas. A semana entre as provas permite que o aluno descanse, mas implica em muita expectativa para o segundo dia e um grande desafio psicológico para lidar com a ansiedade”, explicou o professor. Ainda segundo Carlos André, “o grande pilar da nova mudança é o encontro das matérias de exatas todas no mesmo dia. Surgiram ‘memes’ na internet se referindo a Física, Química e Matemática como os Três Cavaleiros do Apocalipse. Virou uma prova muito específica que requer uma preparação de alto rendimento, o que não acontece em grande parte

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CAPA

Carlos André, diretor do Over Colégio e Curso das escolas, no atual sistema de educação público do país. O INEP deveria, no mínimo, reduzir o número de questões de 90 para 70”, avaliou o diretor do Over. A respeito da redação que para muitos foi um tema surpreendente sobre os desafios de educação dos surdos, o professor afirmou que o assunto chegou a ser discutido com alunos na sala de aula, como também nas redes sociais. “Discutimos exaustivamente a inclusão de alunos especiais dentro do atual sistema educacional brasileiro. Mesmo assim, ser tão específico a um tipo de aluno especial não deixou de

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ser surpreendente. A nível de Brasil, sem dúvida, a maioria dos candidatos se surpreendeu, mas, passado o susto inicial, muitos conseguiram se recuperar e fazer uma boa redação. Os textos motivadores ajudaram bastante. Na verdade, o bom aluno deve estar sempre apto a escrever independentemente do tema. Não pode ficar preso a antecipação de escolas e/ou professores”, relembrou. Sobre o nível das provas no novo modelo de aplicação, o professor avalia que, apesar de difíceis, ficaram dentro do esperado. “Foram mais difíceis, porém, dentro do esperado. A concorrência é cada vez maior e, ine-

vitavelmente, requer uma prova mais elaborada. A cada ano o Enem se torna uma prova mais conteudista, já faz parte da nossa contabilidade que sempre haverá essa evolução”, explicou Carlos André. Os professores, segundo ele, devem estar cada vez mais adaptados ao perfil exigido pelo Enem que está em constante evolução. “Enquanto a maioria das escolas não investir pesado em treinamento dos professores, a resposta a essa pergunta será negativa. O Enem já está entrando em uma nova fase e eu digo que a maioria dos professores do Brasil não atingiu a primeira adaptação”, concluiu.


CAPA

Maria Inês, Presidente do Inep e Mendonça Filho, Ministro da Educação

Mateus Ferreira, estudante

Estudantes aprovam novo modelo Cerca de 159 mil potiguares se inscreveram no Enem, mas com a abstenção média de 29%, o número de candidatos caiu para 113.236. Em nível nacional, a porcentagem de ausentes ficou em 32%, além de 842 participantes desclassificados. Para o Ministro da Educação, Mendonça Filho, este foi o Enem mais seguro dos últimos anos, com todo planejamento seguido à risca. “Conseguimos alcançar o objetivo geral. Foi um Enem tranquilo, com mais conforto para os estudantes e, finalmente, premiado pelo mérito e

bom desempenho”, afirmou. A presidente do Inep, Maria Inês Fini, também comemorou a realização do Enem nesse novo modelo. “As mudanças foram extremamente positivas. Agradeço o envolvimento de todas as equipes que trabalharam para o sucesso deste Exame”, reconheceu. Para aplicar as provas para 6,7 milhões de participantes, o Inep mobilizou 600 mil pessoas em todo o país. O estudante Airon Charles, que busca uma vaga no curso de Medicina, gostou do nível das provas

e do novo modelo de aplicação. “Estudando o ano todo e fazendo simulados, vamos nos ambientando com o estilo de prova do Enem. O segundo dia geralmente é mais puxado, mas para quem já vem se preparando consegue se dar bem”, explicou Airon. O aluno Mateus Ferreira também avaliou o nível da prova dentro do esperado. “Tinham algumas questões com pegadinhas, mas tendo um pouco mais de atenção dava para resolver com calma e conseguir uma boa nota no final”, avaliou Ferreira.

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Foto: Márlio Forte

CIDADANIA

Secretária de Educação Claudia Santa Rosa no lançamento do Programa RN Alfabetizado

PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO Equipe da Secretaria de Educação divulga o Programa RN Alfabetizado

RN lança programa contra analfabetismo Meta é zerar o analfabetismo entre maiores de 15 anos até 2025 A Secretaria Estadual de Educação e Cultura lançou, no último mês de setembro, o Programa RN Alfabetizado. O objetivo da iniciativa é reduzir os índices de analfabetismo por meio de parcerias com órgãos públicos, sociedade civil organizada e o próprio cidadão individualmente. Para isso, pactuou um termo de cooperação chamado Pacto pela Alfabetização dos Potiguares- PactoAlfa. “O Pacto pela Alfabetização dos Potiguares – PactoAlfa vai contribuir de modo significativo para a conquista da cidadania plena dos potiguares”, destacou a secretaria de Educação do RN, Cláudia Santa Rosa. Com o RN Alfabetizado, o Governo do Estado pretende garantir que, em quatro anos, 100% das crianças de até 7 anos de idade estejam alfabetizas. Da mesma maneira, reduzir 50%, em até 4 14 | RNEducação | www.rneditora.com.br

anos, e 100%, até 2025, da taxa de analfabetismo absoluto de pessoas a partir dos 15 anos, promovendo a inclusão delas na educação de jovens e adultos. Durante o lançamento do Programa, ocorreu ainda a assinatura do Termo de Parceria com a Fundação Telefônica Vivo, contemplando os projetos Inova Escola, Escolas Conectadas e Pense Grande, que promovem a formação continuada de gestores e professores, bem como a reflexão e crescimento dos estudantes com base em diversos conteúdos. Também houve a apresentação do Vale-Livro 2017, inserido no projeto RN Mais Leitor, e a entrega simbólica do Vale-Livro no valor de um milhão de reais para que todas as escolas da rede estadual de ensino adquiram exemplares nas Feiras de Livros de Natal e Mossoró.

Com o programa, o governo espera melhorar a taxa de analfabetismo no Rio Grande do Norte, que atualmente, de acordo com o IBGE, é de 15,76%; além de aumentar o índice de leitura do Estado, que é de 63,34%, conforme dados da pesquisa do Instituto Certus e Instituto de Desenvolvimento da Educação- IDE. “Essa é mais uma ação adotada pelo Governo do Estado no sentido de avançar no cumprimento das metas do Plano Estadual de Educação (PEE) para o período de 2016-2025 ”, destacou Santa Rosa.

PROJETOS Atualmente, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura, possui um leque de projetos em andamento e, através do PactoAlfa, os órgãos públicos, privados e sociedade civil podem colaborar e, ou, apresentar um de iniciativa própria. Alfabetização com Qualificação Social e Profissional; Alfabetização de jovens, adultos e idosos; Alfabetizo você; Alfabetização e Letramento; e Rn Mais Leitor são alguns dos projetos integrantes do PactoAlfa.



ESPORTe

Equipe de vôlei do Teresa de Lisieux é destaque nacional Time conseguiu o 3º lugar nos Jogos Escolares em Curitiba O Centro Educacional Teresa de Lisieux mantém-se como referência no voleibol escolar no Rio Grande do Norte, destacando-se em competições nacionais. Na categoria infantil, com atletas de 12 a 14 anos, a equipe masculina conquistou o 3º lugar nos Jogos Escolares da Juventude, em Curitiba-PR. “Nós competimos desde 2014. Representamos o estado contra várias equipes do país, chegamos invictos até a semifinal, conquistamos o terceiro lugar e por pouco não obtivemos o título: derrotamos os campeões no início da competição”, afirmou Artur Souza, que há 8 anos é professor de vôlei na escola. A equipe acumula experiência nacional, disputando os Jogos em Londrina-PR, Fortaleza-CE, João Pessoa-PB e Curitiba-PR. Um dos pontos fortes da turma, segundo Artur, é a responsabilidade e experiência dos alunos que já estão há mais tempo nas competições. “Do nosso grupo deste ano, cinco estiveram nos Jogos Escolares no ano passado e três estiveram em 2015, o que mostra certa maturidade para as competições que disputamos”, falou o professor. Em Curitiba, os atletas da escola ficaram entre os melhores da competição, com destaque para Gabriel Mesquita no bloqueio e ataque, e 16 | RNEducação | www.rneditora.com.br

Equipe de vôlei do Teresa de Lisieux disputa os Jogos Escolares da Juventude Luan na defesa e saque. “Temos um time inteiro que se dedica e ganha cada vez mais evidência no processo de renovação”, reinterou Artur. Além do esporte, o professor ressaltou que os atletas devem manter foco nos estudos. “Nós cobramos que se dediquem nos estudos, conciliando o tempo com os horários de treinos e competições, eles levarão a disciplina vivida no esporte para a formação cidadã por toda a vida”, reforçou Artur. Gabriel Mesquita, 14 anos, capitão do time e aluno do 9º Ano, comentou os benefícios do esporte escolar. “Tenho me tornado mais atencioso e responsável por meio do vôlei, conciliando com os estudos. Quem sabe seguirei a carreira profissional no esporte”, afirmou o atleta

que já disputou jogos em equipes juvenis e sub-21. Apesar de contar com jovens jogadores, o voleibol do Teresa de Lisieux tem histórico de tradição com a conquista de todos os títulos que disputou nos últimos quatro anos em nível estadual, com destaque nos jogos da Juventude Escolar do RN (Juverns) e nos Jogos escolares do Rio Grande do Norte (Jerns). Dois ex-alunos da escola estão, inclusive, atuando na equipe do Cruzeiro-MG, atual pentacampeão da Liga Nacional de Vôlei. Para o próximo ano, a equipe do Teresa de Lisieux quer manter a tradição. “Vamos buscar novamente a vaga para os Jogos da Juventude, agora serão duas equipes por região. Temos como meta chegar ao Sulamericano de Vôlei”, assegurou Artur Souza.



ARTIGO

Por: Maria Anunciada da Silva Fernandes, pedagoga

Leitura e escrita, práticas indissociáveis Escrever e ler são indissociáveis, por isso é de suma importância proporcionar ao aprendiz um contato bem elaborado com bons materiais de leitura e propor situações reais de escrita, alertando para a dimensão e relevância do ato de escrever. “Cabe, portanto, à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e interpretá-los.” (PCN Língua Portuguesa, 1997, p.30). “O processo de alfabetização tem passado por muitas transformações ultimamente. No Brasil, especialmente a partir da década de 1970, os estudos psicogenéticos de Piaget interferiram radicalmente na visão que se tinha a respeito da aprendizagem. O foco dos estudos passa então do processo de ensinar para o processo de aprender, vinculado ao desenvolvimento do indivíduo. A partir da década de 1980, Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1988) desenvolveram estudos e pesquisas sobre o aprendizado da escrita, a psicogênese da língua escrita, alterando profundamente a visão sobre os processos de alfabetização.” Assim, as pesquisas têm esclarecido a profunda relação de interdependência entre a oralidade e a escrita no sistema da língua portuguesa. A escrita é uma atividade que cumpre diferentes funções, aponta para uma tarefa cognitiva comple-

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xa, um conhecimento com regras, padrões e estruturas. Trata-se de uma ação de construção e interação, pois as crianças reconhecem no percurso questões relacionadas à representação desse sistema, como a organização do conteúdo e a sua forma estrutural, com a qual se apresenta o texto escrito. Ao se tratar sobre aprendizado da escrita, é interessante destacar que as hipóteses formuladas pelas crianças servem de alicerce, tanto para elas quanto para o professor, na realização de atividades as quais promovem reflexões sobre as dimensões que compõem a linguagem escrita. Com a intenção de oferecer às crianças um convívio estimulante com a leitura e com a prática de escrita sugerem algumas ações: dispor de livros infantis, revistas, jornais, tornar o material atraente e convidativo, deixar o aprendiz livre para escolher e considerar os diferentes interesses, ler em voz alta. O momento da contação de história deve ser criativo para atrair a atenção do aprendiz e estimulá-lo à curiosidade, bem como favorecer a apropriação do sistema de escrita pela criança, a compreensão e valorização da cultura escrita; além da apropriação do sistema de escrita, produção de textos escritos, desenvolvimento da oralidade, escrita de palavras, utilizando o alfabeto móvel e o silabário.

“Cabe, portanto, à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e interpretá-los.” PCN Língua Portuguesa, 1997, p.30.





NUTRIÇÃO

Alimentação saudável para

o desenvolvimento pleno Nutricionista sugere escolhas para estimular crianças Uma alimentação saudável é essencial para a promoção do desenvolvimento pleno do organismo. Segundo a nutricionista Jocélia Guedes, “os nutrientes oriundos dessa dieta fazem parte das estruturas básicas e colaboram para o funcionamento adequado de nossa ‘máquina’. Crianças e adolescentes, que possuem uma alimentação de qualidade, desfrutam de um estado de saúde e aprendizado otimizados”. Ainda de acordo com a profissional, o ambiente escolar é rico em oportunidades para o aprendizado não só pedagógico como também alimentar. “Podem ser criados projetos direcionados a cada faixa etária com o intuito de influenciar, ensinar às crianças a importância de selecionar alimentos nutritivos para o lanche e demais refeições. Peças teatrais, musicais, trabalhos de arte, palestrinhas, culinárias, contação de histórias e conversa de roda são ferramentas maravilhosas que podem ser utilizadas com esse objetivo. O resultado é fantástico”, explicou Jocélia. Comparações com situações cotidianas das crianças são meios para fazê-las compreender as con22 | RNEducação | www.rneditora.com.br

Jocélia Guedes, nutricionista

Crianças manipulam alimentos

sequências das preferências alimentares. “Se colocarmos um combustível errado ou ruim no tanque do carro, o que vai acontecer? Pois o mesmo acontece com o nosso corpo se escolhermos alimentos ruins. Estaremos danificando engrenagens ou deixando de funcionar bem, adoeceremos mais frequentemente, o aprendizado e o crescimento ficarão comprometidos, entre outros efeitos”, alertou a nutricionista. A família é de grande importância nesse processo, pois o hábito alimentar familiar é o que reflete nos lanches escolares e nas escolhas de cada criança e adolescente. “As famílias, de maneira geral, estão mais conscientes da

sua influência: pais que não possuem hábito de comer salada, por exemplo, fazem com que a criança também não aceite esse tipo de alimento, e fica muito difícil alcançarmos resultados positivos”, destacou Jocélia. A nutricionista afirma que a estimulação é o segredo. “Estimular é a chave. Em uma educação nutricional que escola e família estão envolvidas, conseguimos realizar um trabalho com resultados a curto e duradouro prazo. É indescritível a sensação de ver crianças evoluindo qualitativamente em suas escolhas, fruto de uma ação realizada com amor e dedicação de todos os participantes no processo de educação”, disse a nutricionista.


#OrgulhodeSerEDMD #EducaçãoVicentina #AndorinhaVicentina

Escola DOM MARCoLINO dantas Olá, querido leitor! Somos a Escola Dom Marcolino Dantas! Mais um ano temos a oportunidade de apresentar nosso trabalho educativo como uma forma de compartilhar o processo de construção de ideias, orientado por princípios Cristãos e Vicentinos, de toda equipe pedagógica e discentes, nosso grande motivo para crescimento enquanto estabelecimento educacional. Somos uma instituição que valoriza a realidade social e ambiental. Por esse motivo, neste ano de 2017, trabalhamos o projeto anual com a temática MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE, propondo, assim, melhorias para o meio em que vivemos. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, os conteúdos de Meio Ambiente foram integrados às áreas, por meio da transversalidade, de modo que impregne toda a prática educativa e, ao mesmo tempo, crie uma visão global e abrangente da questão ambiental, visualizando os aspectos físicos e histórico-sociais, assim como as articulações entre a escala local e planetária desses problemas. Trabalhar de forma transversal significa buscar a transformação dos conceitos, a explicitação de valores e a inclusão de procedimentos, sempre vinculados à realidade cotidiana da sociedade, de modo que os participantes sejam mais atuantes. Cada professor, dentro da especificidade de sua área, adequou o tratamento dos conteúdos para contemplar o Tema Meio Ambiente, assim como os demais Temas Transversais. Nessa intenção de relacionar ética ao cuidado com a nossa terra, ambiente

familiar, e outros ambientes em que vivemos, obtivemos um resultado positivo diante da comunidade educacional, instigando a uma visão crítica sobre a abordagem, por meio de projetos de formação trazidos para alunos de todos os segmentos, aulas de campo e práticas de experiências trabalhadas em parceria com universidades do Estado. Querido leitor a nossa proposta pedagógica objetiva despertar nos alunos o interesse e vontade de buscar seus objetivos com seus próprios esforços, o professor deve ser um

mero orientador do processo. Entendemos que construímos o conhecimento a partir da mediação e da troca de experiências. Desejamos uma boa leitura! Agradecemos desde já a todos que contribuíram para a evolução do nosso trabalho institucional! Estendemos esse sucesso à família que em nós tem depositado confiança, aos educadores que com amor e dedicação tem se consolidado como um dos pilares que erguem a nossa escola e, por fim, à administração pedagógica que tem realizado um trabalho de excelência.

ESCOLA DOM MARCoLINO DANTAS Da Educação Infantil ao Ensino Médio Rua Jaguarari, 1678 – Alecrim Telefone: (84) 3213-6889 | 2030-4942 EscolaDomMarcolinoNatal escoladmd_natal@yahoo.com.br www.escoladommarcolinonatal.com.br www.rneditora.com.br | RNEducação

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IDIOMAS

Senac é referência entre escolas de idiomas do RN Com cerca de 20 anos de experiência no ensino de idiomas no Rio Grande do Norte, o Senac se consolida como uma referência entre as instituições que atuam nesse segmento no estado Por ano, a escola contabiliza cerca de 7.500 matrículas, distribuídas em cursos de Inglês, Francês, Espanhol, Italiano, Alemão e Libras. Atualmente, o Senac disponibiliza turmas nos municípios de Natal, Mossoró, Macaíba e Assú. Ao todo, são mais de 60 níveis diferentes. O diretor regional do Senac RN, Fernando Virgilio, explica alguns dos diferenciais da Instituição. “Somos reconhecidamente referência na área, contando com carga horária diferenciada e instrutores certificados internacionalmente. O Senac dispõe de cursos em diversos níveis, desde o básico ao avançado, para diferentes perfis, a partir de crianças com nove anos de idade”, destacou. 26 | RNEducação | www.rneditora.com.br

Fernando Virgilio acrescenta que um dos motivos para o crescimento de das matrículas é exatamente o fato da Instituição oferecer opções de cursos para múltiplos perfis. “Nossos programas são variados, com opções de aulas de todos os dias a uma vez por semana. Aliado a isso, o alto nível de qualificação dos instrutores, infraestrutura e utilização de equipamentos que facilitam a aprendizagem são alguns dos diferenciais que ajudam os alunos a decidirem pelo Senac”, disse. Os instrutores do Senac possuem certificações internacionais para o ensino dos idiomas, são nativos ou possuem vivência na língua ensinada, além de capacitação pedagógica para lecionar.

O curso de inglês do Senac tem a Certificação TEFL, selo de excelência no ensino de língua inglesa. TEFL, em inglês, quer dizer Teaching English as a Foreign Language ou “Ensinando Inglês como Língua Estrangeira”. Dessa forma, o processo de certificação trata de todas as técnicas e normas para o ensino de Inglês para alunos cuja língua materna não é esta. A certificação TEFL é, portanto, a garantia de que o professor está habilitado e orientado sobre a maneira mais correta e eficaz de promover o aprendizado. Outras informações sobre os cursos do Senac podem ser obtidas pelo telefone 4005-1000 ou no site www. rn.senac.br.



CULTURA

Festival Literário

reúne grandes nomes da música e literatura

Zuenir Ventura, Jessier Quirino, Tom Zé e Zélia Duncan foram alguns dos nomes no FLIN Henfil, Ariano Suassuna, Zuenir Ventura e o movimento Tropicalista foram os quatro pilares que nortearam muitas das discussões na edição 2017 do Festival Literário de Natal – FLIN, ocorrido no mês de novembro, na praça Augusto Severo e Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão, na Ribeira. Realizado pela Prefeitura de Natal por meio da Secult/Funcarte, o FLIN fomenta novos debates entre os intelectuais e resulta em grande contribuição para a cultura brasileira. “Seu conteúdo engloba as muitas vertentes do fazer literário, mas vai além ao refletir sobre trajetórias relevantes, localmente ou em âmbito nacional, como é o caso das mesas-redondas sobre Veríssimo de Melo, Nísia Floresta, Manoel Dantas, Frei Miguelinho e Woden Madruga”, explicou o secretário de Cultura, Dácio Galvão. 28 | RNEducação | www.rneditora.com.br

Visitar a obra e a trajetória de um autor com a presença do próprio homenageado é um momento singular, pois é a oportunidade de entender o contexto de cada livro ou personagem. E assim foi com esteve presente na interlocução entre o jornalista e cronista Zuenir Ventura, o escritor e jornalista Edney Silvestre e o filho Mauro Ventura, diretor de teatro e cinema e jornalista. O mossoroense recém-empossado na Academia Brasileira de Letras, João Almino, esteve pela primeira vez em uma mesa literária no FLIN, ao lado do também potiguar Humberto Hermenegildo. Eles falaram sobre seus escritos e a relação entre ficção e memória. O poeta e ensaísta, Antônio Cícero, discorreu sobre o “vale tudo da poesia”, ao lado de Nelson Ascher. Tom Zé, Zélia Duncan e Antônio Nóbrega participaram de bate-papos

sobre interesses literários e realizaram shows musicais. Dentro do evento também aconteceu o Festival de Violeiros, com apresentações de cultura popular, poesia oral e shows com nomes, entre eles, Ivanildo Vilanova, Raimundo Caetano, Amâncio Sobrinho e uma participação especial de Jessier Quirino. Também estiveram representadas a Academia Norte-Riogradense de Literatura de Cordel e o espaço Estação do Cordel. A parceria com o Sesc-RN complementou a programação com a presença de jovens autores, ilustradores, a discussão sobre temas do universo digital, quadrinhos, cultura pop e o teatro. Nos estandes das editoras Cooperativa Cultural da UFRN, Sebo Vermelho, Queima Bucha, Jovens Escribas. CJA, Academia Norte-riograndense de Letras ocorreram vários lançamentos.


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ARTIGO

Por: Edileide Lima e Marinete Araújo

A Formação de Leitores Ativos Desde cedo, são necessárias práticas efetivamente de leitura. Investir na formação de leitores implica compreender a leitura como um processo de construção de sentidos. Para tanto, é fundamental oferecer aos alunos textos autênticos, que circulam em diferentes esferas (literária, jornalística, de divulgação cientifica, publicitária, cotidiana) e que representam a variedade de gêneros textuais própria de uma sociedade letrada como a nossa. O leitor tem um papel ativo durante o processo: deve estabelecer relações entre o que sabia antes e o que está lendo, ser crítico e saber avaliar hipóteses. Associar o texto à imagem sempre rende bons frutos. Unir diferentes formas de expressão é muito importante para que os alunos tenham a oportunidade de transitar entre universos estéticos diferentes, mas complementares. Além disso, a educação do olhar é também importante para o despertar da análise crítica. Não se pode esquecer que toda leitura, inclusive de imagem, é diretamente influenciada pela experiência de vida do leitor. A fim de tornar os alunos bons leitores e escritores, o professor deve, portanto, colocar-se na situação de principal parceiro, agrupá-los para favorecer a circulação de informação entre eles, oferecer uma diversidade de textos escritos e participar de atos de leitura de fato. É necessário convencê-los de que tanto a leitura como a escrita são interessantes e desafiadoras, algo que, quando certos disso, dá aos alunos autonomia e independência linguística. Uma prática de leitura e escrita que 32 | RNEducação | www.rneditora.com.br

não desperte e cultive o desejo de ler e escrever, não é uma prática pedagógica eficiente. Para planejar técnicas diárias de leitura, algumas condições são necessárias: possibilitar à criança a escolha de suas leituras e o contato com os livros, tendo-os em suas mãos, por exemplo, no momento de atividades diversificas; garantir que a criança possa ouvir a história tal qual está escrita, imprimindo o ritmo à narrativa e dando uma ideia correta do que significa ler; dispor de um acervo em sala com livros e outros materiais, como gibis, revistas, enciclopédias e jornais, classificados e organizados com a ajuda da criança; organizar momentos de leitura livre nos quais o professor também leia. Para os alunos não acostumados com a participação em atos de leitura, e que não conhecem o valor que ela possui, é fundamental ter o professor como um bom modelo. O imaginário é sem dúvida um elemento importante para o desenvolvimento psíquico e para o amadurecimento emocional da criança. O prazer e as emoções que estas narrativas proporcionam, o simbolismo implícito nas palavras, no enredo, nas ações das personagens e as “produções imaginárias” agem no inconsciente do indivíduo, ajudando-o a resolver os seus conflitos interiores. A conquista do pequeno leitor se dá através da relação prazerosa estabelecida com o livro infantil, quando sonho, fantasia e imaginação se misturam em uma realidade única, e levam-no a vivenciar as emoções em parceria com as personagens da história, introduzindo assim situações da realidade.

É ouvindo histórias que se pode sentir (Também) emoções importantes com a tristeza, raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, é viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve, com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar... Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! (Abramovich, 1995.p.17).



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ENTREVISTA ROSSANDRO KLINJEY

A disciplina, por exemplo, é um tipo de comportamento que vale em qualquer época da história, assim como organização e respeito

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ENTREVISTA ROSSANDRO KLINJEY

Rossandro Klinjey fala sobre os desafios da educação Especialista destaca papel dos pais na formação dos filhos Escritor, psicólogo clínico, mestre em Saúde Coletiva e doutor em Psicanálise, Rossandro Klinjey esteve em Natal palestrando sobre educação dos filhos e qualidade de vida emocional. Com o senhor vê a educação atualmente? Por efeito dominó, quando a família não dá certo, isso repercute na escola e, na sequência, pelas falhas e quebras morais que as famílias têm dado aos filhos, as crianças não respeitam educadores e a educação. Como reverberação disso no mundo do trabalho e na sociedade em geral, vemos pessoas sem compromisso e sem ética. Falo aos pais que ainda dá tempo: é preciso força, energia e investimento emocional, mas ainda dá tempo de resgatar os filhos. Quais os principais problemas na escola e na família? Nas escolas, os professores sentem angústia, sentem que falam para o nada e que esta geração tem indiferença às aulas, olham com entojo. Muitos professores se afastam por depressão. Gosto de ir às escolas porque digo coisas que a escola não

Fenômeno com vídeos de grande repercussão na internet, Klinjey falou para a RN Educação sobre os desafios da educação nas famílias e escolas, confira o bate-papo abaixo:

pode. Falo das teorias e da experiência, de exemplos do cotidiano, do que vai refletir no futuro. Muitos pais ficam chocados, mas acho isso positivo, porque eles tomam medidas para mudar o comportamento dos filhos. Sempre digo aos pais, que tiveram relação difícil com os próprios pais: o pior erro é esquecer a educação que os tornou quem são. Você tem que fazer adequações ao tempo, história e cultura, mas não abrir mão de tudo. Algumas coisas são perenes para o essencial da construção da família. O processo está deixando a desejar na disciplina? Uma coisa é eu ter uma geração hoje com um diálogo maior com os filhos do que aquele que o meu pai tinha comigo. Isso é bem-vindo, é um ganho. Mas sair da posição de pai e de mãe para me tornar amiguinho, isso é uma perda, porque você sai de uma posição que ninguém substitui para

uma que todo mundo ocupa. Quando ele tem raiva de um amiguinho do colégio, o que faz? Ah, não vou falar mais com ele. Com pai e mãe não é bem assim. E essa perda de hierarquia fragiliza a relação. É mais desafiador ser pai hoje? Sim, mas os princípios que vivíamos na nossa geração são essenciais. A disciplina, por exemplo, é um tipo de comportamento que vale em qualquer época da história, assim como organização e respeito. Contudo, os pais acabaram perdendo essa noção. Na geração deles tiveram que sofrer para obter conquistas e dizem ‘meu filho não vai passar por isso’, o que é algo ruim, pois a pessoa que você se tornou é reflexo de tudo o que passou. É importante mostrar aos filhos o valor das coisas, a gratidão pelo que os pais oferecem e não achar que você é um mero propiciador de bens, satisfazendo todos os desejos.

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Fotos: Diogo Ferreira

MEIO AMBIENTE

Rio Jaguaribe e belezas naturais atraem estudantes

Oca construída para visitas na Gamboa do Jaguaribe

Sítio Histórico preserva cultura indígena em natal Gamboa do Jaguaribe deixa visitantes fascinados

Já pensou em um dia conhecer a história dos índios que nos antecederam, como também conhecer suas práticas e um local de preservação ambiental com árvores nativas, afluentes de rios e contato direto com a natureza, sem sair de Natal? Isso é realidade no Sítio Histórico Ecológico Gamboa do Jaguaribe, localizado na Zona Norte da capital, na região do Alto da Torre, e desde o ano passado está aberto à visitação de grupos e escolas. A área de preservação ambiental existe desde 2004 com o objetivo de conservar os aspectos naturais e pos-

Objetos da cultura indígena 38 38| |RNEducação RNEducação| |www.rneditora.com.br www.rneditora.com.br

sibilitar o estudo sobre a cultura indígena, mas, somente no ano passado, começou a receber visitações públicas. “São 5 hectares de área verde preservados com vegetação natural de diversas espécies, nascentes de rios, fauna e salvaguarda da cultura indígena, deixando os visitantes fascinados”, explicou Diogo Iguatemi, colaborador do Gamboa. Durante a visita são apresentados hábitos indígenas, incluindo uma oca, culinária, instrumentos musicais e de ritos, jogos de peteca e a prática do arco e flecha. “O local também é histó-

rico, pois foi onde habitavam as tribos indígenas do RN. O próprio Felipe Camarão viveu por aqui”, falou Iguatemi. A equipe do Gamboa também realiza, uma vez ao mês com entrada gratuita para a comunidade em geral, o “Cine Oca”, projeto que exibe filmes e propõe debates sobre a história e cultura dos nativos. As visitas são agendadas e o valor individual é de R$ 15,00 para manutenção e conservação da área. A Gamboa do Jaguaribe funciona todos os dias de 8h às 17h. Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone: 98838-0585.

Alunos vivenciam cultura indígena


PROjeTO eDUcATIvO MARISTA

Thiago e Adelina, da coordenação do Ensino Médio, com o aluno Bruno Uchoa, 1º lugar geral na UFRN em 2016

Preparação desde a Educação Infantil reflete em bons resultados no ENEM Os bons resultados acadêmicos e aprovações em universidades públicas, no Colégio Marista de Natal, são frutos de um planejamento pedagógico estratégico da unidade, desde a educação infantil ao 3º ano do ensino médio. Tudo em sintonia com o Projeto Educativo Marista Adelina Maria Fonseca Nunes de Oliveira, coordenadora do 3º ano do ensino médio, aponta como diferenciais na preparação para o ENEM: o acompanhamento sistemático ao educando, a equipe pedagógica direcionada com objetivos definidos para as metas de aprendizagem, os simulados diversificados, os projetos de intervenção, o acompanhamento dos educadores e uma monitoria que estimula os estudantes em busca de mais conhecimentos. A preparação em leitura e redação para o ENEM também tem sido fundamental no avanço do processo ensino-aprendizagem. “A

redação trouxe grandes contribuições para a entrada nos cursos de maior proficiência. Considerando nosso primeiro crescimento em redação, naturalmente investimos também para somar nas proficiências das outras áreas, o que explica hoje bons resultados em cursos que exigem maior desempenho”, explicou Adelina. No 3º ano do ensino médio, são direcionadas ações para atividades que promovem interação entre as áreas, estimulando o aluno à extrapolação, aula para intervenção, olímpiadas, monitoria, além de análise de resultados e das aulas com recursos tecnológicos.

Família Os resultados não seriam alcançados em sua plenitude sem a parceria escola-família. É relevante destacar que, no Colégio Marista de Natal, as famílias são co-responsáveis pela curva ascendente dos resultados e aprovações nas importantes universidades públicas do país. “As famílias acreditam no Projeto Educativo do Brasil Marista e na missão de educar e evangelizar crianças, adolescentes e jovens, fundamentada em São Marcelino Champagnat, para formar cristãos e cidadãos comprometidos na construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária”, afirmou Ilce Mara, vice-diretora educacional da unidade.



Visita de Escolas Referência no campo do turismo pedagógico, o Aquário Natal desenvolve uma tríplice atividade com o trabalho turístico, a reabilitação de animais silvestres e a Educação Ambiental, além de oferecer oportunidade de estágio aos estudantes de vários cursos, como Biologia, Veterinária, Zootecnia, Turismo, Aquicultura e Ecologia para aprimorar seus conhecimentos acadêmicos. Nas palestras que tem como foco principal a Educação Ambiental, colocamos em prática a preocupação com a preservação da natureza, buscando dados e informações atualizadas nos casos de risco de extinção, degradação do meio ambiente e seus impactos ambientais com o intuito de desenvolver o senso crítico do nosso público-alvo, apresentando medidas simples de sustentabilidade que cada cidadão pode adotar em sua rotina, procurando tornar evidente a responsabilidade do ser humano, no cuidado com o meio em que ele está inserido.


InTeRnAcIOnAL

CEI Romualdo ofertará

Middle School

Projeto para o Ensino Fundamental com a University of Missouri Com a proposta de inovar na internacionalização do currículo, o colégio CEI Romualdo Galvão trará, no ano letivo de 2018, o programa Middle School Global Leaders, em parceria com College of Education da University of Missouri (EUA) e destinado aos estudantes do 7º e 8º anos do Ensino Fundamental. A representante do College of Education, Síndia Torres, explicou que o novo projeto conta com mais de 600 aulas, com duração de três anos e 17 disciplinas. “Não é uma escola de inglês, mas sim uma escola em inglês”, esclareceu Síndia durante apresentação aos pais e estudantes. 42 | RNEducação | www.rneditora.com.br

Equipe responsável pelo Middle School no CEI Romualdo A diretora pedagógica do CEI Romualdo, Cristine Rosado, destacou o caráter inovador da escola. “A apresentação da proposta teve ótima

repercussão com os alunos. Mais uma vez nossa escola é vanguarda”, salientou Rosado. Os alunos não nativos na língua inglesa terão um currículo integrado mantido pelo College of Education, abordando tópicos da agenda global, tecnologia, artes, ciência, engenharias, além do foco no estudante como agente de mudança e colaboração em equipes. “Haverá imersão em inglês dentro da escola, em horário complementar, com os alunos lendo, escrevendo, ouvindo e falando o idioma”, explicou Síndia Torres. Ao final do 8º ano, os estudantes receberão certificado emitido pela University of Missouri.



CULTURA

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CULTURA

Projeto leva música potiguar para as escolas Alunos interagem com artistas e conhecem produção local Com o objetivo de apresentar o trabalho de artistas potiguares para as novas gerações, despertando o olhar dos jovens para o talento desses profissionais, bem como para a produção musical do nosso estado, foi lançado neste ano o projeto “Música Potiguar Nosso Som nas Escolas”. “Partiu de uma inquietação não só minha, mas de vários artistas da terra. Entendemos que teríamos que chegar junto da nossa população de forma direta, e tem sido uma experiência muito positiva. Significa união e visibilidade, as novas gerações olharem os artistas potiguares de perto”, explicou a cantora Valéria Oliveira, uma das idealizadoras do projeto. Desde o lançamento, no dia 8 de março, no colégio CEI Romualdo Galvão, as escolas parcerias vêm trabalhando a biografia, discografia e letras dos artistas potiguares em suas propostas pedagógicas. No decorrer deste ano já ocorreram várias apresentações: a Escola Municipal Vereador José Sotero recebeu Sérgio Groove, Daniel GetUp e Sueldo Soares; o Colégio CEI Romualdo Galvão recebeu Plutão Já Foi Planeta, Carlinhos Zens, Diogo Guanabara, Larissa Costa e Hilkelia; a Escola Estadual Luiz Soares recebeu

Banda Plutão Já Foi Planeta interage com estudantes Nara Costa e Caio Padilha; a Escola Estadual Tiradentes recebeu Plutão Já Foi Planeta; a Escola Municipal Professor Zuza recebeu Camila Masiso, Luiz Gadelha, Marcos Souto e Valéria Oliveira; e a Escola Graciliano Lordão recebeu Daniel GetUp. Vocalista da banda Plutão Já Foi Planeta, Natália Noronha relatou a experiência de tocar nas escolas. “A gente fica muito feliz em trazer nossas músicas para as crianças e adolescentes que muitas vezes não conhecem. Ficamos muito empolgados com a grande repercussão”, destacou Noronha. “É incrível! Estamos colocando em prática artes nas escolas, envol-

vendo os estudantes com um trabalho musical que tem enfoque na cidade”, disse Carlinhos Zens, artista renomado no cenário local. Nos próximos meses, outros encontros serão realizados em escolas públicas e privadas da Grande Natal, por meio de parcerias com a Green Point – uma das idealizadoras. A campanha está aberta a receber tanto artistas quanto escolas potiguares interessadas em colaborar com o projeto. Para participar, é necessário entrar em contato através do e-mail monica@greenpoint.art. br, situando no assunto “Música Potiguar nas Escolas”.

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RecOnHecIMenTO

Escritor potiguar torna-se imortal da Academia Brasileira de Letras João Almino é o quarto norte-rio-grandense a ocupar cadeira em 120 anos O Rio Grande do Norte tem um novo imortal na Academia Brasileiras de Letras (ABL), trata-se do diplomata e escritor João Almino, o primeiro mossoroense e o quarto potiguar em 120 anos da instituição. Na posse ocorrida em julho, Almino ocupou a cadeira 22, que pertencia ao médico Ivo Pitanguy. O escritor potiguar falou sobre a importância em ser eleito para a ABL. “A Academia me serve de estímulo a continuar meu trabalho com toda a liberdade. É representativa no campo das letras. É uma instituição independente, não está sujeita aos governos nem ao Estado. Sobreviveu até mesmo a diferentes regimes políticos e, em 2017, completa 120 anos. Continua e continuará fazendo sentido”, afirmou. Após a posse, o diplomata relatou a experiência de ser um “autor imortal”. “Fiquei surpreso ao perceber que essa alegria foi compartilhada por muitos. Onde estive recebi manifestações, tão somente, de contentamento e de carinho, no Nordeste, em Brasília e até mesmo no Sul do país”, falou. Almino publicou sete romances bem recebidos pela crítica. O último deles, lançado em novembro deste ano, intitulado “Entre Facas, Algodão”. Também escreveu ensaios literários e filosóficos. Seus livros de ficção foram traduzidos para o inglês, francês, espanhol, italiano e outros idiomas. Muitas das personagens de João Almino são nordestinos que decidem ganhar a vida no Planalto Central. “Brasília é um Brasil de Brasis”, o que permite, segundo Almino, “ter uma visão do país um pouco mais ampla do que uma a partir de um único lugar”, refletiu. 48 | RNEducação | www.rneditora.com.br





EnSInO SUPeRIOR

UNI-RN: ensino de qualidade em primeiro lugar O RUF (Ranking Universitário Folha) comprova: o UNI-RN é campeão, entre as instituições de ensino superior particulares do Estado, em qualidade de ensino. O RUF é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha de S. Paulo desde 2012. De acordo com o ranking, o UNI52 | RNEducação | www.rneditora.com.br

-RN aparece na frente de todas as instituições de ensino superior (IES) particulares do Estado no quesito qualidade de ensino, em todos os seus cursos, exceto o de Arquitetura e Urbanismo, por se tratar de um curso novo na Instituição – ainda formando a sua primeira turma e que, portanto,

não foi avaliado. A triagem dos cursos deu-se tomando por base pesquisas realizadas pelo instituto Datafolha com uma amostra de 2.224 professores avaliadores do MEC, considerando o percentual de professores da instituição com dedicação integral e parcial, nota


EnSInO SUPeRIOR

Reitor do UNI-RN, professor Daladier Pessoa Cunha Lima

obtida pela instituição no ENADE, e o percentual de professores com doutorado e mestrado na instituição. “A recente divulgação do RUF comprovou uma verdade da qual jamais tivemos dúvidas, e que, ao longo da história do UNI-RN, sempre afirmamos com convicção, porque o nosso compromisso sempre foi o de oferecer uma educação de qualidade, afinal, somos uma instituição idealizada e administrada por educadores”, ressaltou o reitor do UNI-RN, professor Daladier Pessoa Cunha Lima.

Na edição de 2017, o RUF analisou as universidades e os cursos de graduação. Na listagem das universidades, foram classificadas 195 instituições brasileiras de ensino superior públicas e privadas, levando-se em conta cinco indicadores: ensino, pesquisa, internacionalização, mercado e inovação. No ranking de cursos, foram considerados os indicadores: ensino e mercado. É aqui que o Centro Universitário do Rio Grande do Norte se destaca. O UNI-RN ficou à frente de

todas as instituições particulares de ensino superior do Estado no critério ensino de qualidade, em todos os seus cursos da graduação. Os dados, que compõem os indicadores de avaliação do RUF, são coletados por uma equipe da Folha de S. Paulo em bases do MEC/ Inep, ENADE, Capes, CNPq e em pesquisas de opinião feitas pelo instituto Datafolha com empregadores e docentes de todo o país, inclusive aqueles docentes que também são avaliadores do MEC. www.rneditora.com.br | RNEducação

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COMPORTAMenTO

Pais e professores devem ficar atentos à prevenção

não se brinca com o

bullying

Os recentes casos de violência no ambiente escolar, o que vitimou alunos em Goiás e o que evidenciou conflitos entre torcidas escolares em Natal, trouxeram novamente à tona um tema diretamente relacionado à formação cidadã e social das crianças e adolescentes, o bullying. A prevenção a esse tipo de violência caracterizada por agressões intencionais e repetitivas, verbais ou físicas, deve ocorrer de forma contínua no ambiente educacional. “Não se pode abordar o tema somente quando algum caso adquire dimensões gigantescas, como o de Goiás, deve-se trabalhar na prevenção no contexto escolar como um todo, sala de aula, setores de psicologia, orientação. É preciso um olhar diferenciado dos educadores em relação a comportamentos retraídos dos alunos que podem estar sofrendo bullying”, explicou a orientadora educacional e

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Janaina Pontes, psicopedagoga

Marcela Montenegro, psicóloga

psicopedagoga, Janaina Pontes. Em crianças e adolescentes, o bullying pode desencadear diversos malefícios, principalmente quando as vítimas não pedem ajuda, é o que revela a psicóloga de crianças e adolescentes, Marcela Montenegro. “Podem apresentar queda no rendimento escolar, problemas de atenção, angústia, tristeza, isolamento social, baixa autoestima, resistência em ir para a escola. Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência apontou que

41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas”, reforçou a psicóloga. O enfrentamento ao bullying demanda conscientização. “Passa por ações para conscientizar os alunos sobre o respeito à diversidade e inclusão. É fundamental estimular relacionamentos afetivos, valores e tolerância, como também a resolução de conflitos através da cultura da paz e da não violência, de forma contínua em todas as fases da educação escolar”, pontuou Janaína Pontes.



CIÊNCIA

Cientec supera cortes e desenvolve programação especial Foram mais de 1300 atividades em três dias A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) promoveu, de 25 a 27 de outubro, a XXIII Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (Cientec) com a apresentação de trabalhos científicos, minicursos e oficinas, que juntos somam mais de 1.300 atividades. A maior feira científica do estado viabiliza o diálogo entre a sociedade e a universidade, momento no qual a UFRN evidencia todo trabalho desenvolvido em prol da comunidade potiguar. 56 | RNEducação | www.rneditora.com.br

Afetada pelo corte no orçamento da universidade, a Cientec precisou se adaptar, com criatividade, à nova realidade de dimensionamento e revezamento de espaços. O assunto inclusive foi tema do “Dia C da Ciência”, que reuniu pesquisadores, professores e a reitora Ângela Paiva Cruz. “O principal fator de desenvolvimento social de uma região é a produção de conhecimento. O contingenciamento em Educação, Ciência e Tecnologia traz grandes prejuízos ao


CIÊNCIA

nosso estado, seja economicamente ou na área de recursos humanos, como uma fuga de cérebros do país”, pontuou a reitora da UFRN, Ângela Paiva. Ainda segundo a reitora, é preciso a sociedade estar cada vez mais integrada na defesa da pesquisa e ciência. “O que é feito nas universidades impacta quando precisamos das tecnologias existentes em um hospital, por exemplo. A sociedade e a UFRN precisam defender o investimento digno em pesquisa para o desenvolvimento sustentável”, destacou a reitora. Apesar das dificuldades, a feira manteve a tradição de reunir grande público de visitantes, em sua maioria, estudantes de escolas de todo o estado que interagiram em vários ambientes com os universitários. A programação cultural também foi um

atrativo a parte. O Núcleo de Arte e Cultura (NAC), responsável pela programação cultural, montou cinco polos no Campus Central (Anfiteatro, Escola de Música, Capela, Galeria Conviv’art e Deart) e organizou apresentações durante o evento, abrangendo atividades no período da manhã, tarde e noite. O Anfiteatro da Praça Cívica contou com audições do grupo TropeteArte, do músico Sami Tarik e do cantor e violeiro baiano Xangai. A Escola de Música recebeu a Mostra de Teatro, enquanto a Capela acomodou as performances dos grupos de Teatro de Bonecos. Já na Galeria Conviv’art, houve apresentação do Projeto Isto não é um magritte: Para que serve a Arte?, com espetáculo, roda de conversa e coquetel de encerramento.

60 Anos UFRN A próxima edição da Cientec irá homenagear os 60 anos da UFRN com o tema: UFRN e RN do ontem ao amanhã - 60 anos de evoluções. “A programação alusiva à data das seis décadas terá certamente, na Cientec 2018, um dos seus pontos altos,

já que neste evento mostramos à sociedade potiguar boa parte do que devolvemos em benefícios para o nosso estado”, argumentou a reitora. Em virtude disso, em 2018, a Cientec acontecerá em junho, mês em que foi criada a UFRN no ano de 1958.

Visitantes conhecem trabalhos e interagem com universitários

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NeUROcIêncIA

Entenda a importância da ginástica para o cérebro Método Supera desenvolve habilidades cognitivas em todas as idades Potencializar a capacidade cognitiva aumentando a criatividade, foco, autoestima, e coordenação motora, são as principais finalidades da ginástica para o cérebro implementada pelo Método Supera, presente em mais de 200 unidades em todo o país. A diretora da unidade franqueada de Parnamirim, Danyelli Lustosa, destacou a importância de conservar o cérebro em movimento. “A ginástica cerebral desenvolve e mantém ativa nossas conexões neurais, as habilidades cognitivas, capacidade de memória e concentração para o desenvolvimento pessoal e profissional”, explicou a diretora. As aulas, ministradas uma vez por semana com turmas de no máximo 12 alunos e duração de duas horas, são dinâmicas e contagiantes, com atividades que agradam todo tipo de público. “A metodologia pode ser aplicada a todas a idades a partir de 6 anos, tendo como ferramentas: o ábaco – antigo instrumento de cálculo; jogos; exercícios; dinâmicas; neuróbicas e Supera online, com graus de desafios crescentes potencializando as habilidades”, destacou o especialista em ginástica do cérebro, Thales Jefferson. O curso possui duração de 18 meses, mas muitos alunos continuam após o período. Além das aulas presenciais, são disponibilizadas apostilas

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Idosos mantêm ativismo com exercícios estimuladores

Crianças desenvolvem concentração e habilidades cognitivas

de acordo com o nível de evolução. O método Supera também é procurado e dispõe atividades destinadas aos idosos, que muitas vezes se sentem excluídos da sociedade. “Com os idosos nos trabalhamos com foco na

mente e no emocional para que sintam que continuam sendo importantes e úteis. A ginástica para o cérebro retarda o processo degenerativo dos neurônios, mantendo qualidade de vida e saúde mental”, concluiu Danyelli.




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