RN Educação 04

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EDITORIAL

Leitura desde cedo Educadores defendem hábito da leitura como forma de estímulo ao conhecimento no Ensino Fundamental e além.

Pg. 18 O futuro no intercâmbio Experiência no exterior através dos programas de intercâmbio pode significar garantia de novas oportunidades no mercado de trabalho.

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IFRN: em ritmo de expansão Abertura de novas unidades como o Centro de Formação Profissional da Av. Rio Branco fortalecem a instituição no Rio Grande do Norte.

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Quatro anos de amor à Educação Há muito que o simples discurso do oportunismo político deu lugar ao desejo sincero de ver um país pronto para o futuro através do que ele tem de mais precioso: as suas crianças. Neste quarto número especial da revista RN Educação, a revista reafirma a sintonia com nossos parceiros de estrada e tem o orgulho de apresentar ao leitor mais uma edição voltada ao que nos parece de maior relevância quando a ideia é traduzir uma nova realidade perceptível em cada rincão do Brasil. Em busca do que há de mais construtivo na participação da família em relação à escola, entrevistamos um psicólogo e uma pedagoga de renome, tema da matéria central que intitula a capa da revista; a inserção do processo cognitivo em torno de uma proposta recreativa, nos fez mergulhar no mundo mágico das brinquedotecas e de como elas podem influenciar positivamente no desenvolvimento da criança. No outro extremo, onde convive a vanguarda do universo acadêmico, visitamos uma verdadeira "fábrica de doutores" que há cada ano multiplica suas possibilidades e reafirma lugar de destaque entre as maiores instituições de Pós-Graduação no país: a UFRN. Foi do próprio Reitor Ivonildo Rêgo a afirmação da impressionante produção científica local, testemunho de uma forte vocação para permanecer como referência de alta credibilidade no meio. Mais cedo, quando é necessário olhar para jovens ameaçados pela sombra das drogas, a ação do PROERD foi vista de perto pela revista ao entrar em contato com dois oficiais da PM - ela, Major Margarida Brandão, coordenadora; ele, o Capitão Arthur Emílio, sub-coordenador do Programa no estado - que deram detalhes acerca do nobre trabalho desenvolvido junto às escolas públicas. Idealistas, mas atentos às armadilhas da realidade, ambos mostraram que é possível chegar a resultados satisfatórios com um método fundamentado sobre inteligência e a colaboração da sociedade. Tudo isso nos enche de satisfação ao colocar nas ruas mais esta edição da revista, não sem deixar de reconhecer a participação fundamental das instituições parceiras que continuam a nos dar um precioso voto de confiança. A RN Educação agradece e festeja essa vitória da persistência. Estamos todos de parabéns!

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Família e Escola ... 12 e 13 Casa Escola ... 15 Degraus do Saber ... 16 O Despertar da Leitura ... 18 Meio Ambiente ... 20 Brinquedoteca Inteligente ... 22 Civismo nas Escolas ... 24 PROERD ... 26 Colégio Prince ... 30 e 31 Projeto Potiguar ... 32 O Mestre ... 36 Intercâmbio ... 40 e 41 ENEM ... 42 e 43 Overdose ... 44 e 45 Tecnologia ... 46 IFRN ... 48 Pós-Graduação ... 50 e 51 Modelo de Escola Pública ... 52



Família e Escola

Acompanhamento é fundamental Especialistas consideram participação da família no contexto escolar como parte essencial de um processo que influi decisivamente no rendimento do aluno Em busca de uma visão mais apurada sobre o acompanhamento de pais e responsáveis ao desenvolvimento da criança na escola, RN Educação conversou com o psicólogo Francisco Pereira e a pedagoga Vanucci Rodrigues. A abordagem de ambos, lúcida o bastante para esclarecer pontos que muitas vezes soam como verdades absolutas à ótica do leigo, re-velou surpresas que podem ser lidas no texto a seguir. RN Educação - Qual a visão da presença do acompanhamento da família em relação à escola nos dias de hoje? Até que ponto isto é benéfico? Francisco Pereira - A relação família-escola é colocada como algo novo em relação à Educação. Isto ficou mais evidente a partir da década de 1980, mas a gente observa tanto ganhos, quanto questões que nos trazem determinadas problemáticas nessa relação. Para o aluno, é positiva. Já sob um contexto educacional, pode trazer alguns elementos que, de repente, podem parecer preocupantes. A presença da família no processo educacional do aluno, é fantástica, fundamental sob o ponto de vista do acompanhamento, do desenvolvimento, mas ela não sub-stitui o processo da escola formal em termos de socialização. RN Educação - O que de fato mudou quando se compara o modelo antigo ao atual? Francisco Pereira - Observamos que há muito saudosismo em relação àquela família do modelo antigo, patriarcal. Na relação de gênero, a mãe, a mulher, era

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responsável pela continuidade, cobrança em relação ao filho. Hoje a gente sabe que em se tratando principalmente de classe média, a família é multifacetada. Há n possibilidades de uma relação familiar. Dessa forma, também há n possibilidades de acompanhamento em relação à escola, inclusive quanto à noção de que a família está relegando à escola ao papel de gestora da educação como um todo. Tanto sob o ponto de vista da educação formal, quanto da informal. RN Educação - Há um modo pré-estabelecido de se gerar o acompa-nhamento por parte dos pais? Francisco Pereira - É preciso conceituar esse acompanhamento, estar junto, questionar o filho quanto ao seu processo de aprendizado, acompanhar a escola dentro do que ela propõe confiando no processo pedagógico da escola. Há que se distinguir dois mundos nesse processo: o das escolas públicas e o das escolas privadas. Enquanto a gerência da escola pública deve ser do conhecimento da população como um todo, cada escola privada tem uma linha político-pedagógica que corresponde ao que o MEC estabelece, mas com suas nuanças. É importante que, em ambos os casos, os pais entrem em contato com essas escolas e verifiquem detalhes que dizem respeito a essa proposta pedagógica. RN Educação - Como não exagerar nesse acompanhamento? Vanucci Rodrigues - Às vezes, por não se compreender o projeto pedagógico da esco-

Pedagoga Vanucci Rodrigues

la, há o conflito dos pais com a instituição. Eles precisam ter noção de como esse processo é desenvolvido, de como acontecem as avaliações, a metodologia de ensino, as atividades que são desenvolvidas na escola, por quem é formado esse corpo docente. Isso, para a família, é fundamental. Ao escolher essa escola, seja ela pública ou privada, aí sim, acompanhar no sentido de se estar atento ao que está sendo desenvolvido, ao próprio desenvolvimento do filho, pedagogicamente falando. De repente, se qualquer acontecimento negativo no processo de aprendizagem ocorrer, buscar junto à escola as razões do problema. A própria escola, hoje, busca essa integração de forma acentuada. As que têm um pensamento mais crítico, procuram atrair as famílias até mesmo com uma finalidade social. RN Educação - O papel da comunidade é realmente importante para facilitar essa relação? Vanucci Rodrigues - Como ele mencionou, o processo é mais fácil em relação à escola privada. Em contrapartida, quando a gente encontra a família ou o conselho de bairro mais atuante - e na escola pública você encontra - não só em termos de gerenciamento elas têm uma melhoria no processo administrativo que influencia na qualidade do processo pedagógico. Geralmente são escolas que apresentam bons resultados, onde a evasão diminui, o rendimento acadêmico melhora. Isso, no entanto, não exime a eficiência profissional dos educadores. A participação da família não tira a responsabilidade pedagógica dos educadores. Quando isso é equilibrado, todos ganham.


Família e Escola

RN Educação - O agressor deve ser necessariamente eliminado desse processo com todo o rigor?

Psicólogo Francisco Pereira

RN Educação - Qual o futuro das reuniões tradicionais de pais e mestres? Francisco Pereira - Reuniões da escola com a família são importantes, desde que a escola tenha esse espaço para circular o discurso. Que se discuta a família e, ao mesmo tempo, seus processos. Hoje você já não encontra a reunião pontual de pais e mestres, e sim, vários momentos em que eles podem estar na escola. Quase não há mais aquele formato de entrega de boletins. O espaço está sendo mais processual. Na esfera pública, os pais cada vez mais estão dentro de conselhos, necessários inclusive para a distribuição das verbas públicas assistenciais.

Francisco Pereira - Hoje, o "bullying" está muito em moda, não por um modismo em si, mas pela conjuntura de violência que a gente vive na sociedade como um todo. Como a escola espelha também esse processo social, nós também o observamos. Está na esfera pública, na privada. Ele reflete na escola o que de intolerância ocorre lá fora, do não saber lidar com o diferente. Na nossa própria cultura, quando fazemos piadas com determinados segmentos sociais, essas piadas jocosas refletem o perfil da nossa sociedade. Com o bullying também, tanto do aluno para o aluno, quanto do aluno para o professor e vice-versa.

Geralmente chega na mídia a agressão física, mas a verbal também ocorre. Quanto mais se permitir que esse discurso circule nas escolas de forma preventiva, melhor. Quanto mais a escola estiver preparada, assim como a família, melhor. Não tem receita. Cada caso é um caso, mas o ideal é o enfrentamento. Não se pode, igualmente, ver o agressor de forma descontextualizada, porque se ele faz isso, é porque está em algum processo. Essa pessoa precisa ser ajudada no sentido de que existe algo aí que não foi bem construído. Não adianta apenas mudá-lo de escola e transferir o problema.

RN Educação - Como vocês encaram o "bullying" no Brasil e a melhor forma para combatê-lo? Vanucci Rodrigues - Há todo um esforço para que isto seja conversado, não permaneça como um tabu, um assunto que ninguém fala. É um assunto que deve ser circulado entre todos, para que no momento em que acontecer algo, se saber como a escola e o aluno se posicionam diante do fato. Para que se crie no educando uma criticidade sobre aquele assunto, seja violência ou preconceito.

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Crédito das fotos:FERNANDO CHIRIBOGA

Casa Escola

Uma Escola à frente do seu tempo Casa Escola utiliza filosofia de ensino que promete ser o futuro da sala de aula

"Aqui a gente tem direito a ter opinião, ela é bem aceita pelos professores, é levada a sério. Todos nós queremos ter a opinião respeitada". Esta fala é do aluno Vinícius Nogueira, 14 anos, do 8º ano, e traduz bem a filosofia do IECE - Instituto Educacional Casa Escola. Este modo de educar é reforçado pelas palavras de Daniel Gusmão, 14 anos, também do 8º ano: "o legal na Casa Escola é que temos liberdade com envolvimento no que estamos aprendendo, nossa relação com os professores é muito próxima". Com as decisões compartilhadas, o IECE acredita que contribui para a formação de um cidadão crítico, consciente e com autonomia sobre as suas atitudes. "É um lugar que nos torna mais humanos. O fato de ter alunos especiais também faz com que a gente aprenda muito a respeitar o outro, a ser mais solidário, a não discriminar ninguém", conta Carolina Diniz, 15 anos, 9º ano. Com 26 anos de existência e pioneira no RN na inclusão de portadores de deficiência e na aplicação do construtivismo, a Casa Escola é também a primeira escola de Natal a adotar a filosofia de ensino vanguardista, conhecida como Gestão Participativa.

pensamento", explica Ana Priscila Griner diretora da Casa Escola. E não é só ela que comunga deste pensamento; o jeito novo de aprender é aprovado por quem vive a prática diária. "Essa forma nos faz ter mais responsabilidade, faz brotar dentro da gente a vontade de estudar. Estou no último ano da escola e o que mais vou sentir falta é da segurança que tenho aqui. É como se fosse minha casa", diz Ana Cecília, 9º ano, 14 anos. A Casa Escola oferece ensino para crianças a partir de um ano e oito meses, desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental (9° ano) nos turnos da manhã e tarde. A estrutura é ampla e bem projetada para acolher os alunos. Seu espaço conta com: salas arejadas que recebem no máximo 22 alunos, sala de informática, sala de TV e vídeo, biblioteca viva, laboratório de ciências, consultório odontológico, espaço coberto para lazer e artes, campo de futebol, dois parques infantis, piscina, horta e viveiro com animais. "Alguns dos projetos desenvolvidos no cotidiano escolar proporcionam o contato do estudante com experiências nas

É uma moderna concepção de ensino onde os alunos participam ativamente do que vão aprender, planejando o tempo a ser dedicado aos estudos a partir das atividades e trabalhos a serem realizados, isto com a ajuda do professor . "Essa forma de ensinar tem mudado a nossa visão, o que tem dado muito certo aqui e em outras escolas respeitadas do Brasil que adotaram o mesmo

O Projeto Viveiro incentiva as crianças ao contato com a terra

História chamado Favela Viva, que nos marcou muito e nos levou a refletir sobre o que é uma favela. Primeiramente fizemos um texto e em seguida visitamos algumas comunidades de baixa renda. Quando fomos para a rua, comparamos se havia coerência entre a nossa visão e a realidade. Concluímos que tínhamos uma ideia preconceituosa da favela. Lá existe uma organização e muitas pessoas do bem, trabalhadores", descreve a aluna Maria Júlia Gusmão, 6º ano, 12 anos. "Diante das transformações da sociedade, é preciso construir saberes, desconstruir concepções ultrapassadas, repletas de preconceitos, e, quanto a isso, na Casa Escola é notável o modo como os alunos estão sendo atualizados e, tão jovens, já têm muito o que nos ensinar", afirma Homero de Oliveira Costa, professor de Ciências Políticas da UFRN e pai de duas alunas da escola.

A biblioteca viva é um dos lugares mais acolhedores da escola

quais ele participa de forma ativa; o aluno constrói internamente e socialmente conhecimentos que podem ser compartilhados, apropriados e utilizados em sua vida pessoal e no exercício da cidadania", conclui Priscila.

Além de salas arejadas, a Casa Escola conta com amplo espaços de Lazer

"Este ano tivemos um projeto na disciplina de

Matrículas abertas IECE - Instituto Educacional Casa Escola Rua João Alves Flor, 3.711 - Parque das Colinas - Natal/ RN - (84) 3207.2183 www.iece.com.br www.rneditora.com.br | RN

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Degraus do Saber

O conhecimento como fator de integração Escola enfatiza vínculo com a família e metodologia que inclui calendário diferenciado movimento é intenso em qualquer um dos dois turnos, mas em cada turma é possível se perceber os bons resultados de uma orientação pedagógica digna das mais avançadas instituições de ensino. Esse é o perfil do Colégio Degraus do Saber, há 18 anos referência educacional na Zona Norte e exemplo de credibilidade para os pais que buscam algo mais que um simples "espaço para aprender".

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Coordenadora pedagógica de Ensino Fundamental e Infantil, a pedagoga Danielle Cunha acompanhou a equipe da RN Educação numa visita ao colégio, satisfeita por ter diante de si a concretização de um projeto que vem se desenvolvendo com o

máximo de atenção às necessidades da criança desde o primeiro dia de aula: "Do Ensino Fundamental ao Pré-Vestibular, o nosso compromisso é assegurar todas as condições para que a criança e o adolescente possam desenvolver seu potencial de forma completa. Contamos hoje com o maior e melhor espaço infantil dessa região, tudo para tornar essa proposta plenamente viável", explicou enquanto se dirigia ao anexo infantil da instituição, do outro lado da rua. O espaço ao qual Danielle se refere, inclui parque e área verde especialmente planejada para conferir a perfeita integração da criança ao meio ambiente: sombras generosas compõem um cenário harmonioso, organizado de acordo com a configuração das turmas ao redor de um amplo jardim. Característica especial do Degraus do Saber, é o estabelecimento de um calendário semanal onde aspectos paradidáticos são processados com o intuito de proporcionar ao aluno paralelos com a realidade. Eventos regulares como o Dia da Fruta, Dia do DVD e Dia do Brinquedo - além da criativa Noite do Pijama - batem recordes de participação e enriquecem o calendário do colégio. Já durante todo o período letivo, determinado tema é explorado em consonância a algum aspecto que a Diretoria considera relevante sob o ponto de vista educacional:

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Danielle Cunha, coordenadora pedagógica de Ensino Fundamental e Infantil

"Para 2010 escolhemos a Copa do Mundo. É uma forma de abordar a competição pelo lado construtivo, de participar e evoluir em busca de um ideal", revelou Danielle Cunha. Outros diferenciais incluem a Maratona do Conhecimento - alternativa inteligente ao tradicionalismo das feiras de ciências e o Cantinho da Leitura, espaço destinado a atividades literárias que contribuem para o enriquecimento cultural das turmas. Outra característica do Degraus do Saber, é a ênfase na participação da família, aspecto valorizado no dia-a-dia como forma de suporte à formação moral e educacional do aluno. "Aqui, pais, responsáveis e professores interagem para dar ao jovem uma perspectiva humana e realista do mundo. Isso nos dá condições de viabilizar o nosso projeto com a participação da comunidade", esclareceu Danielle. Rua Felipe dos Santos, 454 - Igapó Natal / RN - Portaria: 021/2008 - SECD 7335 Fone / Fax: 84 3214-7 E-m mail: cdsnatal@yahoo.com.br



O despertar da leitura

Um prazer essencial para o conhecimento Educadora enfatiza importância da leitura em casa e na sala de aula para a formação do indivíduo

iteratura no mais amplo sentido. Para a professora do Ensino Fundamental Edileide Lima, há 23 anos no Magistério, eis uma regra que deveria ser aplicada logo nos primeiros anos da infância, independente se incorporada ou não ao conteúdo letivo. Esse "despertar do prazer pela leitura" é compromisso firmado entre Edileide e suas turmas como forma de facilitar a comunicação e o aprendizado, além de, obviamente, propiciar conhecimento nas suas mais diversas formas: "Conto histórias, coloco a criança como personagem de um mundo imaginário estimulante. Na minha sala de aula, vale a descoberta espontânea sem imposições ou barreiras", defende.

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A professora, responsável por turmas de 4º e 5º Ano no Instituto Reis Magos, desenvolveu um método bastante peculiar para incentivar o hábito da leitura nos pequenos: apoiada pela biblioteca da escola, trabalha com o empréstimo de livros desde cedo, tal como no sistema adulto convencional. O aluno escolhe o livro espontaneamente, leva-o para casa e se compromete a devolvê-lo no prazo estabelecido, o que, ao mesmo tempo, irá desenvolver princípios como responsabilidade, honestidade e zelo pelo material alheio. Determinados elementos são valorizados pela educadora dentro do processo de leitura: "O ambiente precisa estar favorável, acolhedor, bem arejado e iluminado. A criança também deve ter à disposição títulos dos mais variados gêneros e autores", acrescentou. Essa diversidade, bem administrada, dará futuramente

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condições propícias ao progresso natural do leitor, à ampliação do seu universo literário, aspecto valorizado a partir do momento em que se começa a ter maior percepção da realidade. De acordo com Edileide Lima, qualquer tipo de pressão no sentido da obrigatoriedade à leitura, pode resultar na gradativa repulsa da criança a um hábito necessariamente prazeroso.

isa te prec hedor, n e i b m “O a acol orável, v do. a f r a t es ilumina ter e o d a j e bem ar também deve a A crianç ão títulos dos siç e à dispo dos gêneros a i r a v mais ” autores Do 1º ao 5º Ano, a professora procura despertar a fantasia de cada um e de tal experiência, descobriu reações curiosas: "Os meninos apresentam assimilação mais rápida. Eles buscam significados na realidade, questionam o que tem ou o que não tem a ver com o mundo real. Já as meninas, viajam na história, embarcam na imaginação, se demoram muito mais no texto. Ficam mais tempo limi-

Edileide Lima, professora do Ensino Fundamental

tadas àquele universo. Preferem sempre o papel da Princesa, da bela, e não da Bruxa", observou. Outro aspecto, diz respeito à valorização da rima na Poesia. Esse apego à forma clássica, é curiosamente comum a todas as crianças. Na biblioteca da escola, meticulosamente organizada, foi possível encontrar alguns alunos em trabalho de pesquisa, valendo-se do acervo de revistas e enciclopédias disponível para consulta. Comportados, já demonstravam noção da conduta em espaços do tipo, prova de que a professora está mesmo no caminho certo. "Eles chegam a pedir mais tempo para a leitura. Gostam de ler e querem mais. É isso que me estimula a continuar trabalhando nesse ritmo", frisou Edileide Lima. “O trabalho com textos literários reintroduz na leitura o lado do prazer que é definido pelos atrativos do lúdico, da recreação e da fantasia. A criança, ao mergulhar na fantasia, dá vazão às próprias emoçoes. Portanto, a escola deve ser um espaço dinâmico de promoção da leitura e socialização do saber”, enfatizou.



Educaçăo Ambiental

O respeito à vida na prática IDEMA/RN busca despertar senso de preservação ecológica aos alunos da rede pública no entorno do Parque das Dunas Turismo, História, entre outras). É formado por um laboratório de Botânica que abriga um herbário com mais de 400 exsicatas, uma xiloteca (coleção de madeiras contendo, aproximandamente, 55 amostras), além de um laboratório de Zoologia com animais nativos conservados por meio líquido, bem como espécimes vivos.

Para cada árvore criminosamente cortada ou animal agredido, centenas de crianças dispostas a mudar o panorama e exercer efeito multiplicador sobre a comunidade. Com o objetivo de despertar a consciência de preservação ao meio ambiente em alunos da rede pública, o IDEMA/RN continua atuante nos seus propósitos, segundo informou a educadora ambiental do Parque das Dunas, Edite Paulino dos Santos. Localizado no interior do espaço, o Centro de Pesquisa do órgão reúne registros e testemunhos (amostras) da riqueza natural do local, estando disponível para estudos e pesquisas realizadas por profissionais e estudantes de diversas áreas (Biologia, Geografia,

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Em si, o Parque das Dunas, oferece estrutura dividida em diversas áreas para visitação - Centro de Visitantes, Parque Infantil, Unidade de Vegetação Nativa das Dunas, Viveiro de Mudas - além de setores de atendimento que vão de um auditório com 100 lugares, até um restaurante e anfiteatro. Desde 1997 envolvida em um esforço de conscientização ambiental que inclui ações periódicas e pontuais junto às escolas da rede pública, a técnica atualmente trabalha com a Escola Estadual Antonio V. S. Rocha, cuja localização próxima à Rua da Torre propiciou o desenvolvimento do projeto em curso. Periodicamente os alunos são levados a conhecer o parque, onde percorrem trilhas na mata, recebem noções sobre meio ambiente e compreendem a importância de se respeitar fauna e

Edite Paulino dos Santos, educadora ambiental do Parque das Dunas

flora de um sistema cuja importância para Natal não se resume à simples finalidade do lazer pelo lazer. "Ao estudarmos a comunidade da Rua da Torre, percebemos que muita gente desconhecia a finalidade do Parque das Dunas no que ele tem de mais importante: a sobrevivência de Natal em termos de sustentabilidade. A noção popular é de que isto se resume a caminhadas e atividades físicas, o que não é verdade", sintetizou. Edite Paulino explicou que numa das etapas anteriores à execução do projeto, é aplicado um questionário junto à comunidade para avaliar as demandas e adequar o trabalho a uma programação viável. Desse levantamento foi que surgiram alternativas ao próprio sistema de execução do projeto: é assim que pessoas não ligadas às escolas podem participar de atividades como Ginástica Aeróbica, Tai-ChiChuan e Yoga, mediante o pagamento de uma taxa anual de R$ 20,00. De posse de uma credencial, ela pode usufruir do Parque das Dunas sem maior burocracia. "Educação ambiental é trabalhar a realidade para preservar", afirma a educadora, que anunciou o próximo projeto do IDEMA/RN, agora centrado em Coleta Seletiva.



Brinquedotecas

Brincadeira tem hora Espaço das brinquedotecas é cada vez mais valorizado e tido como aliado no processo de aprendizagem "Criança aprende mais pelo que vê do que pelo que ouve". A frase proferida pela pedagoga Luciana Fortunato, revela um aspecto interessante do que as brinquedotecas representam no processo de aprendizagem contemporâneo. De acordo com Luciana, se empregados dentro de todo um contexto pedagógico, os brinquedos podem desenvolver aspectos cognitivos, motores e emocionais da criança, além da socialização propriamente dita: "Nesse espaço, ela aprende o ato de compartilhar. É a prática do lúdico pela representatividade", explicou.

Além de estimular a imaginação, algumas brinquedotecas trabalham arquétipos relacionados ao mundo real, onde o ambiente doméstico é reproduzido em menor escala. É através desse modelo que os pequenos aprendem o estabelecimento da hierarquia familiar. Não se trata de uma brincadeira livre, mas associada a técnicas que envolvem outros processos, entre os quais a Contação de Histórias onde a finalidade literária perpassa cada ativi-

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dade. "A ação é verticalizada pelo professor. Para as crianças maiores, trabalhamos com a aplicação de jogos simbólicos através de blocos lógicos", detalhou Luciana Fortunato. A brinquedoteca da escola é um espaço generoso, onde utensílios domésticos e material indicado às descobertas naturais da criança convivem para a formação de um cenário familiar. Ali de forma espontânea, se aprendem noções práticas de quantificação, seriação, ordenação, cores, formas e tamanhos; um mundo sensorial explorado com prazer por cada turma. Para os maiores, é estimulada a autonomia do pensar na construção do que a educadora chama de "textos e contextos". Na brinquedoteca, as crianças participam de atividades onde o uso da História Contada e da História Cantada serve de suporte à assimilação do conhecimento, porém, sob uma perspectiva que excede ao puramente lúdico: "Buscamos a autonomia do pensar, para que o indivíduo, desde pequeno, tenha maior poder crítico, analítico", apontou. Nesse verdadeiro laboratório onde as duas mãos do inter-relacionamento aluno-professor/professor-aluno se dão em clima de brincadeira, o processo de cognição é tratado acima das convenções, daí a importância do coletivo no lugar do individual. "Se uma criança não convive bem socialmente, não terá esse desenvolvimento cognitivo a contento", ponderou Luciana Fortunato.

O que não pode faltar Jogos Educativos - Aplicados com a finalidade de estimular o raciocínio lógico e o respeito à competitividade leal, são parte indissociável do cenário. Brinquedos Lego - Clássicos de uma geração, estimulam a capacidade construtiva e a criatividade por meio dos tradicionais tijolinhos coloridos. Artefatos Esportivos - Bola, bambolê, boliche e a ênfase no formato esférico sugerem ação e encantam aqueles mais voltados à prática esportiva. Stationary - Compõe um vasto arsenal de criatividade, com lápis de cor, de cera, massa de modelar, blocos de desenho e cadernos. Induz à arte. Utensílios Domésticos - Irresistíveis para as meninas, a replicar objetos e eletrodomésticos usados em copas e cozinhas. Jogos Eletrônicos - Hoje fazem parte do universo lúdico das crianças, de acordo com a aplicação, necessários para o desenvolvimento da coordenação motora e flexibilidade de raciocínio (caso dos RPGs). Bonecas e Bonecos Uma brinquedoteca não seria a mesma sem eles. Devem ser comprados com a maior diversidade possível.



Civismo

Muito mais que amor à pátria Escolas como Freinet valorizam atos cívicos como o hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional

escola, filas de meninos e meninas uniformizadas cantam o Hino Nacional numa clara demonstração de respeito às tradições do país. Atitude retrógrada? Muito pelo contrário, ao se considerar o que a diretora da escola, Marinalva Fernandes, revelou à RN Educação pouco antes da solenidade de arriamento da bandeira: "Devido ao período da Ditadura Militar, muitas escolas deixaram de valorizar esse momento ao associarem o hasteamento da bandeira com o sistema adotado nos quartéis. Com o tempo, as novas gerações compreenderam que era preciso dissociar uma coisa da outra, já que atitude cívica nada tem a ver com opressão ou imposição disciplinar", explicou.

odas as quintasfeiras, pontuamente às 16h30, quem passa diante da Escola Freinet (COOPERN) em Natal, pode testemunhar: alinhadas diante dos mastros que sustentam as bandeiras do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil e da própria

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Segundo ela, a tradição é mantida pela escola desde sua fundação há 14 anos e sempre foi encarada com prazer pelos alunos, independentemente de sexo ou faixa etária. Preocupados em cantar o Hino Nacional corretamente ao contrário do que muitos atletas e até mesmo autoridades populares conseguem fazer - eles se empenham ao máximo no momento da solenidade, embora sem o mesmo requinte que o procedimento oficial obedece quando

em ocasiões menos informais. "É claro que, por aqui, precisamos adaptar o ritual que dispensa certos cuidados como o da bandeira ser dobrada depois do arriamento, do toque de corneta próprio ao ato, entre outros detalhes que nos exigiriam mais tempo e até estrutura. Mas vale a intenção e o que fica da nossa atitude", acrescentou. Tampouco a prática das quintas fica apenas no ato por si: condizentes à filosofia da Freinet, hasteamento e arriamento se enquadram num contexto mais amplo, da formação de cidadãos políticos cientes de suas responsabilidades, direitos e deveres. Trata-se de um componente moral importante acrescentado à *Lei No. 1.533, de 19 de Maio de 1993 que torna obrigatório o hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional nas escolas municipais. "É feita uma escala para a organização da cerimônia. Achamos até engraçado, porque nos dias de chuva, quando não podem sair das salas para a área externa, eles se queixam por não poderem cumprir a tradição", observou a diretora Janete Oliveira. *Lei No. 1.533, de 19 de Maio de 1993 Artigo 1º - Fica obrigatório, em todas as escolas e pré-escolas municipais, o hasteamento diário da Bandeira Nacional no início do período matutino das atividades escolares, bem como o arriamento diário da mesma Bandeira Nacional, no término das atividades do período vespertino.



PROERD

Em nome da prevenção Programa Educacional de Resistência às Drogas se expande no estado e reafirma parceria entre escolas e Polícia Militar Cap. Arthur

meaça à integridade física e mental de milhões de crianças e adolescentes ao redor do mundo, as drogas ganharam um combatente feroz no Brasil. Definido como programa de caráter social preventivo, posto em prática pela Polícia Militar, o PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas é aplicado nas escolas da rede de ensino público e privado, através do esforço cooperativo entre Polícia Militar, Escola e família, oferecendo atividades educacionais em sala de aula.

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Fernandes e sub-coordenadoria do Capitão PM Arthur Emílio Monteiro de Araújo. Em junho de 2003, o programa recebeu o Diploma do Mérito pela Valorização da Vida da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD). Segundo a Major, as lições visam o desenvolvimento da auto-estima, o cultivo da felicidade, controle das tensões, civilidade, além de ensinar técni-

Chegou ao Brasil em 1992, através da PM do Rio de Janeiro e no estado de São Paulo em 1993, através da Academia de Polícia Militar do Barro Branco de onde expandiu-se para os demais estados. Tendo por base o projeto D. A. R. E. (Drug Abuse Resistance Education) criado em 1983 nos Estados Unidos, o PROERD é hoje desenvolvido em 58 países e desde 2002 em todos os estados do Brasil. No Rio Grande do Norte, são 26 instrutores habilitados e 17 municípios atendidos com mais de 60 mil crianças e adolescentes incluídos sob coordenação da Major PM Margarida Brandão

cas de autocontrole e resistência às pressões dos companheiros e às formas de oferecimento de drogas por pessoas estranhas ao convívio das crianças e adolescentes. Como conse-

Emilio e Maj or Margarid a Brandão

quência, a presença do Policial PROERD na escola traz segurança a toda comunidade escolar. O início do programa na escola é precedido por uma reunião com pais e educadores, no sentido de divulgá-lo e orientar o engajamento e a participação de todos no processo. Cuidados na apresentação preveem que o policial deve comparecer à escola fardado, uma vez por semana, ao longo de um semestre, acompanhado do professor da turma, para ministrar as aulas aos estudantes. As aulas, aplicadas em 10 lições de 60 minutos para alunos do 5º Ano que se encontram na faixa etária dos nove aos 12 anos e dos adolescentes do 7º Ano entre os 12 e os 14, têm como suporte material direcionado: além de um livro específico, a criança recebe um kit de comunicação visual composto por uma camiseta e um boné com a logomarca do programa, distribuídos no dia da foormatura e acompanhado pelo certificado de conclusão do curso, quando o aluno formando presta o compromisso diante da Polícia, da Escola e da Família de resistir às drogas e à violência. O PROERD também oferece um curso especifico à família, é desenvolvido em 5 (cinco) encontros, uma vez por semana, durante duas horas. Tem como objetivo capacitar os pais a ajudarem os seus filhos a fazerem escolhas positivas. São discutidas informações relacionadas com fatores de risco e proteção, rede de apoio, resolução de conflitos, técnicas de comunicação, entre outros.

PROERD Av. Amintas Barros, 4083 Lagoa Nova - Natal/RN CEP:59075-250 Anexo ao CIASP (Centro Integrado de Apoio ao Policial) 26

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Colégio Prince

A formação do ser humano como princípio básico Prince chega aos 15 anos reafirmando proposta de uma educação voltada para a excelência

o dia 06 de março de 2010 o Colégio Prince completa 15 anos. A escola tem como filosofia de trabalho o desenvolvimento do pensar, a afetividade e os valores essenciais para a formação do ser humano. Segundo a diretora da escola, Silvia Helena Maia, o objetivo é ir além da base proposta pelo referencial curricular da Educação Infantil e Ensino Fundamental e criar um vínculo afetivo com o aluno para facilitar o processo de rendimento pedagógico.

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Para um melhor desempenho, a escola oferece um número reduzido de alunos por sala para que, além do

conteúdo pedagógico, sejam desenvolvidos o esquema corporal, a coordenação motora ampla, saúde, nutrição, higiene, autonomia, sociabilidade e afetividade da criança. A Instituição também tem como proposta estimular nos alunos o convívio social e ético, a saúde pessoal, coletiva e a educação ambiental. Além da estrutura física, construída para ser uma escola, o Colégio Prince procura sempre fundamentar e qualificar seus profissionais em busca da excelência em educação. Outra grande preocupação é com relação à aproximação da família com a escola.


Colégio Prince

Silvia Helena Maia, diretora do Colégio Prince

"No momento em que a escola e a família trabalham em busca de um só propósito, em movimentos que se complementam, vão propiciar ao aluno a estabilidade de que ele necessita para construir sua identidade e formar uma visão crítica do mundo, e, assim, a conquista de sua independência", disse a diretora.

O espaço estimulação (berçário) da escola é um ambiente aconchegante e atende crianças a partir dos seis meses. Lá elas são assistidas por profissionais especializados e possuem uma rotina adequada às idades, com objetivos bem planejados e direcionados. Além disso, uma nutricionista fica responsável pelo cardápio da meninada, que começa a aprender desde cedo a comer verduras, legumes e frutas. São desenvolvidos o esquema corporal, a coordenação motora ampla, saúde, nutrição e higiene. O espaço estimulação também trabalha com o intelectual, ou seja, com a autonomia através da aquisição de conhecimentos e das descobertas. Quanto à área

social, são enfocados os aspectos da sociabilidade e da afetividade. Fundado em 1995, o Colégio Prince conta com ensino para crianças a partir dos seis meses de idade até o 5º ano do Ensino Fundamental.


Literatura

Por uma didática regional Autora conhecida pela polivalência em Educação se afirma como expoente da Literatura Didática e Infantil na Zona Norte Marilú do Nascimento Salvador Lourenço. O nome extenso, impresso em um marcador de livros, quase não pode comportar o número de informações que definem a dinâmica diretora da Escola Cristo Rei. Pedagoga de formação, Marilú está à frente de uma das mais surpreendentes iniciativas editoriais do estado, já que dirigida ao público estudantil em caráter didático: a Editora Jovem.

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por meio de correlações a humor, analogias com a família/sociedade e situações do cotidiano. "A Dança dos Famosos no Zoológico é um exemplo. Estava assistindo ao Domingão do Faustão. Vendo o concurso da Dança dos Famosos, pensei no que aconteceria se aquilo fosse realizado entre os animais. Deu no livro", contou Marilú.

Produzidos em conjunto com o marido Pedro Lourenço, dois projetos já saíram da pena da autora: o primeiro, intitulado Projeto Potiguar, foi publicado em dois volumes (História e Geografia) para o 3º e o 4º ano via Editora Saraiva. O segundo, chamado Cores Vivas e dirigido ao público infantil, reúne cinco títulos no formato de fábula onde a ideia é conjugar atualidade e fantasia através de textos com margem paradidática.

Uma peculiaridade, no entanto, diferencia a produção da pedagoga dos títulos encontrados nas livrarias em época de material escolar: a elaboração parte de uma autora norterio-grandense, cuja abordagem respeita rigorosamente a fidelidade a fatos históricos de relevância para quem vive aqui. "É diferente de um autor que só conhece o Rio Grande do Norte através de outras fontes, que nunca pisou aqui e não domina as nossas características", observou Marilú Lourenço.

No conjunto, O Leão Sabichão, Chapeuzinho Verde, A Dança dos Famosos no Zoológico, A Centopeia Teteia e a Família Formigone foram criados numa parceria entre Marilú e os ilustradores Andrey Salvador e Márcio Lima como uma forma de se levar a criança a traçar paralelos com o mundo de verdade

Dispostos sobre a mesa da autora, as duas coleções se somam a exemplares avulsos de menor tiragem, como o elogiado Ensinar a Aprender ou Aprender a Ensinar? dirigido ao professor. "Deixo claro que é essencial não esquecer a família como parte de um processo integral de aprendizado. Ao deixar

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Marilú Lourenço: entusiasmo a sala de aula e cruzar aquele portão, o aluno precisa ver o lar como um prolongamento real do que aprende no seu dia. Meus livros fazem parte desse cenário", explicou enquanto apontava para uma das salas de aula do Cristo Rei. Projetos da autora incluem novos títulos para a série Cores Vivas e outros volumes que deverão se somar aos já existentes com finalidade didática. Interessados na produção da autora podem entrar em contato. E-m mail: escolacristorei@uol.com.br telefones (84) 3214-5 5470 / 3662-1 1598





O Mestre

Inspiração na luz do saber Proposta pedagógica avançada e ênfase na formação moral tornaram O Mestre sinônimo de Educação de qualidade na Zona Norte

ocalizado no Conjunto Parque dos Coqueiros, o Instituto Educacional O Mestre firmou-se, ao longo dos seus 15 anos de existência, como uma das mais importantes instituições educacionais da Região Norte potiguar. Com mais de 1200 alunos distribuídos entre Ensino Infantil, Fundamental e Médio, todos bem orientados por um corpo docente criteriosamente selecionado - entre graduados e mestres nas áreas que lecionam - a instituição também é uma empresa sólida, a empregar dezenas de funcionários garantindo salário digno para todos eles e suas respectivas famílias.

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Tudo é resultado do trabalho de Nemezio Felix de Souza e Rita de Almeida, desde as origens do projeto, empenhados em tornar a escola um exemplo de proficiência educacional junto à comunidade do Parque dos Coqueiros e adjacências. Ao oferecer aos jovens uma educação alicerçada em princípios ético-morais cristãos e uma arrojada proposta pedagógica, o Mestre confirma a concretização de um sonho que não teria sido possível sem o inexorável apoio da filha do casal, Cátia de Almeida, apaixonada e incentivadora dos esportes. Foi ela que lutou para a construção de uma quadra e para a inclusão da prática esportiva durante as aulas da disciplina de Educação Física. Mãe e filha são uníssonas ao conceber o desporto como um forte instrumento de inclusão social, de oportunidades e de transformação do indivíduo. Hoje o Mestre encontra-se entre as grandes potências do Handebol Escolar, não só do estado (já que detentor de vários títulos dos JERNS), mas também do País: conquistou o quarto lugar na divisão especial de Handebol Escolar das Olimpíadas Escolares em Poços de Caldas (MG) e foi campeão da etapa estadual da Copa Petrobras, além de vice-campeão na etapa regional em Belém. Em 2009, a escola tornou-se referência no desporto escolar, conquistando títulos importantes em Basquetebol (principalmente a base, com atletas a partir dos nove anos de idade), Futebol de Salão, Futebol de Areia e Handebol de Areia.

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Ao trabalho sério da equipe de professores devem-se tais conquistas, bem como ao de alguns atletas, provando que o Esporte constitui-se em fator coadjuvante sob o ponto de vista do aprimoramento cognitivo. Meta de muitos deles, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte já é destino certo, assim como outros alunos do Pré-Vestibular que lutam pelo ingresso na UFRN. Rita de Almeida sintetizou a satisfação de ter alcançado seu objetivo: "Tudo isso é motivo de alegria, pois estamos convictos de que estamos transitando pelo caminho certo ao longo do qual Deus, em sua infinita misericórdia e amor, nos têm protegido para que venhamos a iluminar outras consciências na árdua jornada da vida em busca do conhecimento", reconheceu.

Rua Jardineira, 648 - Conjunto Parque dos Coqueiros 1347 ( 8 4 ) 3 6 6 4 -7 7 2 9 7 / 3 6 6 4 -1 inst.edu.omestre@hotmail.com





Intercâmbio

Passaporte para a independência Valorização do Real, destinos encantadores e perspectivas profissionais atraem interessados de todas as idades aos programas de Intercâmbio e depender dos programas de Intercâmbio que operam no Rio Grande do Norte e já proporcionaram experiências inesquecíveis fora do país a centenas de jovens, o antigo sonho de estudar ou trabalhar em um país do exterior, está cada vez mais fácil de ser realizado. Foi o que o empresário e diretor de uma das mais bem conceituadas agências de Natal, Gustavo Diógenes, revelou à RN Educação quando questionado sobre o mito dos programas corresponderem a orçamentos elevados demais para o bolso dos pais classe média: "Com R$ 5 mil já é possível escolher boas escolas no Canadá e garantir permanência pelo tempo previsto, desde que haja planejamento e economia", explicou da sua sala na Av. Prudente de Morais.

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Gustavo Diógenes, empresário

Gustavo confirmou que a estabilidade e valorização da moeda brasileira vêm facilitando as condições para a concretização de projetos acalentados com muita expectativa por pessoas decididas ao aprimoramento profissional ou aumento de proficiência em idiomas estrangeiros como Francês, Inglês e Espanhol. Pelo menos na Experimento, instituição que coordena, o empresário conta com quatro programas de grande demanda entre uma clientela que só tende a aumentar: High School, Curso de Idiomas, Au Pair e Work & Travel, cada qual dono de características especialmente combinadas para a necessidade do interessado. High School Durante o programa, o participante vivencia o dia-a-dia do país escolhido como um cidadão local, compartilha atividades sociais, culturais e desportivas e enfrenta o primeiro grande desafio da sua vida: assumir a responsabilidade por suas próprias decisões. A lista de países inclui potências como Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Japão.

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A palavra de quem fez "Fiz intercâmbio nos Estados Unidos, em uma pequena cidade chamada Yuma que fica no estado do Arizona. Viajei em Julho de 2008 e cheguei em Junho de 2009. Foram aproximadamente 11 meses fora do país. Durante o início do meu intercâmbio, senti muita dificuldade na adaptação. A cultura, as pessoas, a cidade e a maioria das coisas são muito diferentes das nossas. Precisei me adaptar ao estilo de vida deles e isso demorou um tempinho. O que também influenciou muito no processo de adaptação, foi a saudade que permaneceu intensa durante pelo menos os dois primeiros meses. Mas aos poucos tudo foi melhorando e acabou sendo um ano perfeito! Com certeza, esse tempo fora foi uma experiencia de vida inesquecível. Conheci lugares e pessoas incríveis e vivi momentos inimagináveis na minha vida. Também posso acrescentar que aprendi que o Brasil é a minha verdadeira casa e que a minha família é a minha fonte mais preciosa no mundo." - Thaís Germano "Meu intercâmbio foi realizado em Vancouver, no Canadá. Cheguei em Março e fiquei quatro meses e meio. Houve muita facilidade para me adaptar, em primeiro lugar porque a minha família canadense me fez sentir como parte dela; em segundo, porque meus amigos sempre estavam por perto quando eu precisava de algo ou tinha alguma dúvida." - Diogo Giglio

Curso de Idiomas Ideal para o aperfeiçoamento numa língua estrangeira, o programa propicia convivência de perto com a cultura de outros países tanto em sala de aula quanto em família ou na vida social. Instituições como a Experimento trabalham com as mais renomadas escolas de idiomas do mundo, incluindo além do curso propriamente dito, preparatórios para exames, combinados a interesses específicos, a esportes e para executivos.

Intercâmbio

Au Pair Das mais bem-sucedidas modalidades de Intercâmbio, o Au Pair oferece a jovens brasileiras a oportunidade de passar 12 meses nos Estados Unidos morando com uma família americana, cuidando de seus filhos e estudando. Autorizado pelo Governo norte-americano, oferece excelente custo-benefício, incluindo salário mensal, férias remuneradas, bolsa de estudos e passagens aéreas subsidiadas. Work & Travel Quem pretende, além de aprender um idioma estrangeiro, trabalhar no exterior e adquirir experiência em outros campos, pode se valer das facilidades do modo Work & Travel, programa segmentado em quatro opções: Work Adventure, Temporary Work, Camp America e Volunteer Work, o famoso trabalho voluntário em parceria com grandes instituições "worldwide". Segundo Gustavo Diógenes, países como Austrália, Nova Zelândia e África do Sul - em função da Copa do Mundo em 2010 - começam a disputar a preferência dos jovens brasileiros junto aos tradicionais Canadá, Inglaterra e Estados Unidos. Lá eles descobrem uma realidade que se mostra bem diferente dos cartões postais ou noticiários da TV, o que significa ampliação da perspectiva de mundo e mudança de atitude ao regressar ao Brasil. "Muitos desembarcam de volta com a ideia de montar uma empresa, seguir seus próprios passos. Eles compreendem na prática

que o estilo de vida nos países de Primeiro Mundo tem tudo a ver com independência, autonomia. Não aceitam mais depender dos pais", reforçou. As instituições responsáveis pelo Intercâmbio ainda providenciam toda a orientação necessária nas questões diplomáticas, de embarque e desembarque, bem como nos procedimentos de adaptação fundamentais ao brasileiro em outras terras.

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ENEM

Um novo (e bem-vindo) desafio Paralelo com o dia-a-dia torna exame bem mais palatável, segundo autoridade em preparação para o Vestibular

cone de gerações de estudantes que o consideram personalidade capital dos cursinhos preparatórios, o professor de Física Carlos André é um dos que também saúdam o ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - como instrumento revolucionário na aferição do conhecimento no país. O próprio perfil das provas, condizente à realidade do aluno e não apenas fundamentado sobre questões puramente formulaicas, favorece a quem busca uma boa pontuação. "O modelo que se usava antes para a Física, não levava o aluno a aprender, enxergando a matéria no dia-a-dia dele", exemplificou. Esse tipo de ensino, que não levava o aluno a chegar a um ponto mais longínquo, acabou ficando defasado. Segundo o professor, a proposta do MEC para o exame, é que esse aluno estude e compreenda a finalidade desse estudo.

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Embora a UFRN ainda não tenha adotado o ENEM - ao contrário da UERN e do IFRN - a primeira fase do Vestibular tradicional por lá, deverá se converter no sistema. Ao ocorrer tal mudança, todos precisariam fazê-lo, já que o novo pré-requisito passaria a ser indispensável. "O que se espera num futuro breve, é que o ENEM seja uma etapa de todas as provas no Brasil e algumas universidades adotem uma segunda fase", esclareceu Carlos André. O exame, por se basear no modelo norteamericano de ingresso à Universidade, deverá se transformar numa prova nacional em todo o país, com a possibilidade do uso da nota obtida para ingresso em qualquer estado, mais precisamente com o limite estabelecido em até cinco universidades. "Outra coisa que acho interessante no ENEM, é que o aluno faria a sua opção pós-prova, ou seja, de posse do resultado, ele teria uma noção da chance para disputar uma vaga em determinadas universidades", acrescentou o professor. Ele citou o exemplo de alunos que hoje não se arriscariam a ingressar em universidades com alto nível de exigência em outros estados, temendo reprovação. "A família tem medo de encarar despesas

com viagem, hospedagem, sem a certeza de que o filho tem chance", observou. Em termos de preparação, Carlos André enxerga o assunto sob o ponto de vista filosófico: de como seria o material de estudo, as apostilas, os simulados. Das discussões que participou, percebeu que o consenso recai sobre o professor. Se ele não for capaz de se adaptar ao novo modelo, será com o tempo excluído do processo. Quem conseguir relacionar de forma satisfatória a experiência do dia-a-dia com o conteúdo aplicado em sala de aula, terá, na sua opinião, maior possibilidade de se adaptar. Ele cita, por exemplo, pessoas que não dispensam a leitura de livros, jornais, que se preocupam em se atualizar.


ENEM

provou o estilo "anti-decoreba" das provas. Por outro lado, há a preocupação de que o aluno possa dispor de condições equânimes em disciplinas que se lhe afigurem mais difíceis, de acordo com o estado em que são aplicadas. O aluno potiguar pode, por exemplo, ter desempenho superior em Física, mas enfrentar dificuldades em Geografia e História; já o inverso, ocorrer ao gaúcho ou ao cearense.

da por milhares de alunos Brasil afora, ou seja, havia a necessidade de se integrar uma disciplina a outra, ao invés de mantê-las compartimentadas, como se não se interrelacionassem na vida prática. "Em plena aula, o professor de Física começa a abordar um assunto relacionado a Ondas e de repente parte para Fotossíntese, Física Quântica, Química, tudo integrado em um só universo. O efeito de uma aula dessas para o aluno, é uma coisa sensacional", revelou Carlos André.

E o professor?

Na escola que dirige, o professor diz ter realizado o primeiro simulado "online" do ENEM no estado. Para sua surpresa, o primeiro lugar foi obtido pelo irmão de um aluno graduado após a Univesidade, ou seja, que há mais de oito anos não via pela frente a matéria abordada nos cursinhos convencionais. "Ele teve um resultado fora do normal. Das 90 questões, acertou as 80 primeiras sem errar nenhuma. Isto prova que o modelo é ideal para quem gosta de estar atualizado, que acompanha os sites em tempo real, de noticiários", reiterou Carlos André. Curioso para saber como se daria no exame, tambem se surpreendeu ao atingir uma pontuação acima da média, resultado que com-

"Quando a UFRN mudou o Vestibular em 1998, isso representou uma revolução no ensino de Fisica, já que as provas mudaram radicalmente de formato". Essa mudança justificaria a dificuldade de alguns em se adaptarem, resultando na gradativa saída do mercado. "Foi aberta oportunidade para uma nova geração recém-saída da Universidade que havia sido formada por ela, rumo a essa nova filosofia de prova", argumentou Carlos André. A ideia do ENEM veio amadurecendo ao longo do tempo, por quem já percebia que os antigos conceitos de avaliação não condiziam mais à realidade vivencia-

Graças ao formato adotado pelo ENEM, uma nova geração de professores estará emergindo, sem necessariamente ser substituída. É tudo uma questão de se adaptar com inteligência e jogo de cintura.

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Gestăo educacional

A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A GESTÃO EDUCACIONAL Por *João Neto

Todas as grandes transformações na sociedade foram marcadas pelo uso intensivo das tecnologias. Desde a década passada a Tecnologia da Informação (TI) vem provocando, em praticamente todos os segmentos, mudanças significativas na forma de pensar, no relacionamento social e no modo de viver das pessoas. Atualmente, na chamada Sociedade do Conhecimento, a educação se torna cada vez mais ampla e complexa, cabendo aos gestores de instituições de ensino oferecer os recursos necessários para o desenvolvimento integral de todos os envolvidos na comunidade escolar. Nesse sentido, o bom gerenciamento das informações torna-se um diferencial competitivo para o sucesso da gestão educacional e, consequentemente, a TI desponta como uma poderosa ferramenta na melhoria da realização dos processos de trabalho, tanto no âmbito pedagógico como no administrativo e financeiro. Do ponto de vista pedagógico, é preciso que o Gestor assuma um papel de Líder para estimular e desafiar todo o corpo docente a conhecer as inúmeras possibilidades de se melhorar o processo de ensino e aprendizagem com a utilização das novas tecnologias. Seja através de softwares educativos ou dos recursos de internet. Os laboratórios de informática podem e devem ser explorados como recurso pedagógico para uso dos funcionários, professores, pais

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e alunos no cotidiano escolar. É importante ressaltar que o desafio maior para o gestor não é apenas disponibilizar um espaço com computadores nas escolas, mas sim de promover a formação das habilidades necessárias nos professores para que estes possam incluir projetos educacionais que utilizem as tecnologias disponibilizadas pela escola nos seus planejamentos. Capacitar os funcionários da escola no uso dessas ferramentas é tão importante quanto manter professores bem reconhecidos na área acadêmica. No âmbito administrativo e financeiro, os sistemas de informação mais modernos promovem uma revolução sem precedentes no processamento, armazenamento e disseminação dos dados em toda escola. A otimização de processos ocorre, por exemplo, com as soluções on-line, nas quais os professores podem realizar a digitação das notas e relatórios avaliativos em qualquer computador que esteja conectado à internet. Pais e alunos podem efetuar consultas a notas e faltas, situação financeira, além de emitir segunda via de cobranças ou de fazer atualizações cadastrais - tudo à distância, integrado com os aplicativos utilizados pelos setores internos da instituição, como a tesouraria e a secretaria. Também existem hoje outros softwares que permitem a informatização da bi-

blioteca, a automatização da cantina ou lanchonete, o gerenciamento de material de estoque, controle de acesso de alunos, controle de contas a pagar e a receber. Todas essas soluções podem ajudar os dirigentes na elaboração do planejamento estratégico da instituição e principalmente nas tomadas de decisão. Além dos sistemas citados, outra tecnologia da informação que proporciona bastante agilidade na disseminação das informações é a utilização da Internet para manter sites, blogs e comunidades virtuais otimizando a divulgação interna e externa da instituição. Ressalta-se o baixo custo destas soluções e o grande alcance de público. Atualmente, não se pode mais adiar a necessidade do conhecimento da potencialidade da TI nas organizações educacionais. Nesse sentido, o gestor moderno é aquele que consegue enxergar todos os benefícios proporcionados pelo uso correto das tecnologias nas atividades pedagógicas e administrativas. É preciso estar atento as inovações disponíveis no mercado e principalmente que se esteja disposto a propiciar as mudanças necessárias para a implementação da TI no cotidiano escolar. *Especialista em Gestão e Organização Escolar jcsneto@gmail.com



IFRN

A palavra é “expansão” Instituição chega aos 100 anos com mais de 11 mil alunos matriculados mente restaurado - no último mês de Setembro. Parte das 11 unidades da instituição hoje em funcionamento somando-se aos campi avançados em construção de Nova Cruz, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante - o espaço funciona como um centro de Formação Cultural, oferecendo cursos de Tecnologia em Produção Cultural, Técnico em Turismo e Restauração de Patrimônio Artístico e Cultural. Belchior enfatiza que o momento representa uma ampliação fantástica da Educação Profissional no estado, inclusive no campo da Licenciatura para o interior nas áreas de Ciência e Matemática, Física, Química, Biologia como suporte na Educação Básica do Rio Grande do Norte pela extrema carência de professores. "Às vezes uma escola do interior passava o ano inteiro sem aula de Física ou Química por não ter professor e quando tinha, ele não era formado na área", acrescentou. A ampliação significa a fixação desse quadro no interior, já que o professor formado na capital, geralmente não tenciona se deslocar para cidades distantes da sua.

A reabertura do Campus Central do IFRN na Av. Rio Branco, Cidade Alta, significa, em um contexto mais amplo, Educação Profissional de qualidade para todos os rincões do estado. É o que o diretor Belchior Oliveira declarou à RN Educação poucos dias antes da abertura oficial da unidade - um prédio de 1914 inteira-

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Os alunos da nova unidade, assim como aqueles dos demais, são concluintes do Ensino Médio que fazem Vestibular para o ingresso no IFRN. Com a adoção do ENEM em 2010, novas turmas se agregarão a partir da passagem pelo exame. A mudança confirma que apesar dos seus 100 anos, o Instituto é uma instituição moderna, que vem acompanhando a modernidade do país. A tradição passada

Belchior Oliveira, diretor da IFRN

de pai para filho no início do século XX, deu lugar a um conceito de aprendizado regular através da primeira escola criada para a geração de uma nova realidade profissional no Brasil. "A instituição também cresce em um momento de amadurecimento e responsabilidade, ao levar para o interior a mesma experiência que já existe aqui na capital. Entendemos que esta foi uma aposta correta do Governo ao levar qualificação profissional para todo o interior do país", considerou. Segundo o diretor, o IFRN verticaliza todo o conhecimento, ou seja, o aluno pode ingressar para fazer o Ensino Médio e concluir a Graduação no mesmo local. "É um diferencial em relação à própria Universidade que só conta com Graduação e Pós-Graduação", reforçou Belchior Oliveira. Para ele, a adoção do ENEM como instrumento de avaliação e ingresso no Instituto - ao exigir mais raciocínio e menos memória com maior interdisciplinaridade - agilizará o processo seletivo com qualidade, segurança e economia. Serão mantidas as cotas de 50% de vagas destinadas à Escola Pública, prática adotada há mais de 10 anos pela instituição. Essa democratização do acesso permanece, mesmo após a adoção do ENEM. "O que acontecia antes da medida, é que o antigo CEFET estava ficando elitizado, daí termos adotado a chamada Ação Afirmativa", concluiu o diretor.



Pós-Graduaçăo

Fábrica de doutores Números da UFRN revelam que instituição já é considerada internacionalmente referência em Pós-Graduação

ma verdadeira "fábrica de doutores", hoje com padrão invejável entre as maiores instituições universitárias de todo o Brasil. Assim poderia ser definida a Universidade Federal do Rio Grande do Norte segundo dados fornecidos pelo reitor Ivonildo Rêgo ao conceder entrevista exclusiva para a RN Educação diretamente do seu gabinete. Visivelmente satisfeito ao admitir os resultados, Rêgo acrescentou: "Acho que essa é a grande conquista da nossa Universidade. De 1995 para cá, ela se consolidou como instituição de pesquisa que produz conhecimento. Só para você ter uma ideia, com 73 doutorados e 45 mestrados, qualquer uma do mundo é considerada universidade de pesquisa. São esses os nossos números atualmente", comemorou.

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O Reitor citou programas como o Crutac - Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária que já representavam vanguarda nas décadas passadas como referência nacional e modelo para outras universidades. De acordo com o Reitor, o curso líder em demanda para Mestrado e Doutorado na UFRN é Educação, embora o de Administração também apresente alto índice de concorrência. Engenharia do Petróleo, único da área fora do eixo Rio-SP, bate recorde: são mais de 100 professores-doutores e 500 alunos matriculados.

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Algumas peculiaridades devem ser esclarecidas a quem pensa em galgar um estágio avançado na carreira acadêmica: há a Pós-Graduação Strictu-Sensu (Mestrado e Doutorado) e a Lato Sensu (chamada Especialização, não controlada por instituições do Governo). A primeira é rigidamente gerenciada pela Capes Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior. A Capes tem um sistema de avaliação que há mais de 30 anos é tido como um dos melhores do mundo. Foi tal sistema que fez o Brasil possuir hoje provavelmente o melhor sistema de Pós-Graduação de todos os países em desenvolvimento. Esse é o grande contraste verificado segundo o reitor, já que o Ensino Público, de péssima qualidade, possui diferença gritante em relação àquele praticado na Universidade Federal. A estrutura para Gradução, considerada forte, não possui, entretanto, índice elevado de matrícula: jovens na faixa dos 18 aos 24 anos, que correspondem a uma faixa reduzida, de apenas 12%. O índice, usado para aferir a inclusão em Educação Superior, no caso do Brasil significa que de cada 100 jovens nessa faixa, há somente 12 no Ensino Superior. Já em termos de Pós-Graduação, o Brasil supera os demais países da América Latina em frequência e qua-

Ivonildo Rêgo, reitor da UFRN

lidade, resultado que torna o país hoje responsável por 2% da produção científica mundial, posicionado entre a 15ª e a 16ª colocação. "A avaliação da Capes para os cursos, parte de 1 a 5 pontos. Para o Mestrado pleitear o nível de Doutorado, precisará de nível 4", explicou Ivonildo Rêgo. Líder no Rio Grande do Norte, a UFRN detém atualmente mais de 94% das matrículas em Mestrado e Doutorado, número que impressiona. Ivonildo Rêgo esclareceu: "A PósGradução Strictu-Sensu é o ambiente natural para se fazer pesquisa, um sistema que forma hoje 10 mil doutores por ano, o que de fato coloca o Brasil numa situação diferenciada nesse nível. Isto significa que, automaticamente, se pode contar com um sistema eficiente para a formação de professores no Ensino Superior", afirmou Rêgo. Por esse raciocínio, só melhorando a Educação Superior, há condições de se melhorar a Educação Básica, preocupação de qualquer país comprometido com a evolução do Ensino em nível acadêmico. A Pós-Graduação forma profissionais altamente qualificados, que são


Pós-Graduaçăo

As dúvidas mais comuns 1. Quais as diferenças entre Mestrado e Doutorado?

treinados para fazer pesquisa. Nessa engrenagem, a própria Indústria absorve esse tipo de profissional apto a resolver problemas de alta complexidade. São expoentes responsáveis pela criação e desenvolvimento de novas técnicas no processo produtivo. O Reitor também ressaltou a diferença de remuneração no mercado de trabalho para profissionais com Pós-Graduação. Na UFRN, os números não mentem: são hoje cerca de 3.500 postulantes a Doutorado e 1.100 professores.

Em média, o Mestrado consome dois anos; o Doutorado, quatro. Para o Mestrado, há uma Dissertação no final do processo, que leva um ano. Para o Doutorado, em média três anos na produção de uma tese. O postulante deve apresentar seu trabalho final a uma banca examinadora no Mestrado composta por três examinadores, um dos quais extra-instituição. No Doutorado, de quatro a cinco examinadores assumem a tarefa. Quase sempre os trabalhos produzidos para Doutorado geram publicações em revistas científicas nacionais e internacionais. Mais tarde, poderão ser encontrados na Biblioteca Central Zila Mamede ou acessados por via digital. 2. Cursos de Graduação e Pós-G Graduação em instituições de Ensino Superior podem ser cobrados? O ensino de graduação e pós-graduação stricto sensu ministrado pelas universidade públicas deve ser gratuito, em expresso cumprimento ao dispositivo constitucional. Os cursos de Especialização e Aperfeiçoamento, ou seja, de PósGraduação Lato Sensu, não se configuram como atividade de ensino regular e, por conseguinte, tem-se por correta a cobrança efetuada pelas universidades públicas pelos instrumentos que, no exercício de sua autonomia constitucional definirem. 3. Quando concluído o curso, qual a graduação dada à pessoa? Existem três possibilidades: quem conclui a pós lato sensu é especialista, quem conclui o mestrado é considerado mestre em sua área; os concluintes do doutorado são chamados de doutores. 4. Em que consiste a bolsa da Capes no exterior? Consiste de valor básico, auxílio instalação, adicional-dependente, seguro saúde, pas-

sagem aérea e pagamento de taxas escolares, sendo o último exclusivo para doutorado pleno no exterior. A passagem aérea corresponde aos bilhetes aéreos de ida e volta para o bolsista, em classe econômica e tarifa promocional. O bilhete aéreo de ida será concedido quando o bolsista estiver residindo no Brasil e as atividades acadêmicas no exterior não tiverem sido iniciadas, no momento da implementação da bolsa. Também são concedidos bilhetes aéreos de ida e volta, quando atendidas as condições anteriores, para um dependente de bolsista de doutorado pleno no exterior. 5. Quais os requisitos para se ingressar em cursos de Pós-G Graduação? O requisito básico é possuir diploma de graduação válido, emitido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação. Para além disso, cada programa de pós determina suas exigências no edital de abertura de vagas. O candidato a Mestrado precisa, no mínimo, dominar uma língua estrangeira; já a Doutorado, duas. 6. Qual o valor das bolsas de Mestrado e Doutorado no Brasil e no exterior? No Brasil Mestrado: R$ 1.200,00 Doutorado: R$ 1.800,00 Pós-Doutorado: R$ 3.300,00 No Exterior O valor das bolsas no exterior não é fixo como no Brasil, pois não é possível fixar um valor médio de bolsa. Depende do tipo (se Doutorado, DoutoradoSanduíche, Pós-Doutorado, etc), dependendo do país de destino (pois a Capes concede bolsas em diferentes moedas, dependendo do local de realização dos estudos). Verifique nos editais de candidaturas que estão vigentes na página da agência. Lá, será possível encontrar os vários valores que são praticados em cada bolsa.

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Exemplo de Escola

A construção do conhecimento Reconhecida como um promissor laboratório de formação docente, Emília Ramos se destaca em Cidade Nova Populoso e movimentado, o bairro de Cidade Nova, Zona Oeste de Natal, pode se orgulhar de oferecer às suas crianças uma das mais avançadas instituições de ensino da região: a Escola Municipal Emília Ramos. Desde o início do ano, quando teve sua estrutura ampliada graças à cessão de um novo prédio anexo ao original que se mantém do outro lado da rua, a escola de Ensino Fundamental passou a atender ao 4º ano. "Nossa maior preocupação é que o professor não pare no tempo. Enfatizamos a importância dos nossos grupos de estudos", ressaltou Marta dos Santos Freire, diretora. Os temas, originários das próprias necessidades dos grupos, surgem espontaneamente e mais tarde podem vir a representar soluções para a própria escola em termos de aplicação prática. Além da preocupação com esse aspecto, a escola não abre mão de proporcionar ao aluno condições para o aprendizado abrangente dos seus limites e possibilidades na construção do conhecimento. São aproximadamente 1016 estudantes, incluindo tur-

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mas da EJA e Projovem. "Buscamos a relação com a família no diaa-dia. A escola é aberta à comunidade, estimula a participação dos pais em um processo que continua em sala de aula", complementou a vice-diretora Regina Dantas. Desde 2007 a Emília Ramos vem desenvolvendo um projeto que visa melhorar a alimentação das crianças por meio de cardápios de alto poder nutricional, ação realizada ao longo do tempo e hoje considerada essencial. Mesmo sem ainda poder aplicar o Esporte de uma forma sistemática em função da carência de espaço físico mais generoso, a escola mantém trabalho diário no sentido de aprimorar valores como cooperação e socialização. "Nosso intuito não é apenas encarar a atividade esportiva pelo lado competitivo. Preferimos incentivar o lado da participação, de desenvolver as habilidades de cada um com uma finalidade mais voltada ao sentido comunitário", explicou Marta Freire. Sonho dividido pelas duas é transformar o anexo em um complexo esportivo dotado de condições práticas de funcionamento. Sobre as

14 salas do novo espaço e nove do prédio mais antigo, diretora e vice concordam que ainda falta adequação da parte estrutural às crianças que, pela própria faixa etária particular, carecem de uma configuração arquitetônicacondizente às suas características. Hoje a Emília Ramos é encarada como um exemplo de educação pública administrada com a atenção que a área merece. "Nossa sorte é que temos uma equipe muito boa. Assumimos no ano passado e estamos conseguindo chegar ao nosso ideal", acrescentou a diretora antes de conduzir a reportagem a uma visita às salas do primeiro pavimento. Os 21 anos da escola também resultaram na frequência dos moradores de bairros vizinhos que se viram atraídos pela qualidade oferecida e não se arrependeram.






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