Revista Cultura Aberta

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Cultura Aberta Maio 2016

Termômetro dos Melhores sucessos de Charlie Brown Jr. Planet Hemp e Cone Crew Diretoria Maquiagem acessível para todos

Paraíba cultural, sim senhor Di Caprio e O Regresso Streetwear: O estilo que vem das ruas

: r e d Tin

s n e g a t n a v e Riscos o sucesso v i t a c i l p a o d s n e v o j s o e entr



Cultura Aberta Quem somos

A Cultura Aberta é composta por Aline Medeiros e Pâmela Lopes, concluintes do curso de Jornalismo na Faculdade Maurício de Nassau, e com intuito de tonar a cultura acessível e dinâmica, a revista foi criada. Com matérias de entretenimento, o universo cultural mundial e local, e também diversas dicas de utilidade física e intelectual. De uma forma simples e leve, a revista trás a diversidade de temas que vai do contexto histórico brasileiro a acontecimentos com temas polêmicos, de forma imparcial ou não. Nossa intenção vai além de informar, e sim conseguir resultados positivos no ambiente cultural das pessoas, ampliando sua forma de pensar e também de agir sobre tudo que está acontecendo à sua volta. Pois às vezes ficamos muito presos a pensamentos antigos e repetitivos não é mesmo? Abra sua mente, abra a Cultura Aberta e aproveite.

EXPEDIENTE MATÉRIAS Aline Medeiros/ Pâmela Lopes REVISÃO Aline Medeiros/ Pâmela Lopes ORIENTAÇÃO Prof. Esp. João Pedrosa Wanderley Neto CAPA José Roberto F. de Araújo PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO José Roberto F. de Araújo joserfaraujo@gmail.com

editorial

O

que você entende por cultura? Cultura vai além de uma crítica cinematográfica ou do nosso antropocentrismo em achar que apenas a nossa cultura é melhor que as demais. Cultura consiste nas nossas crenças e costumes desenvolvidas através de um grupo. O Brasil, apesar de possuir um estilo muito próprio, traz referências norte-americanas e europeias bem fortes, seja no modo de se vestir ou ao estilo musical. Não há mais uma estrita divisão entre as influências culturais ao redor do mundo. Nós, da Cultura Aberta, falamos de Drogas e a luta por sua legalização, a liberdade sexual, o feminismo e também do universo pop mundial, que é a nossa maior motivação. A revista traz matrizes jornalísticas e é voltada para a Cultura Pop. Trazemos matérias de grandes personagens da indústria musical pop, além de curiosidades e novidades no meio da música. Temos como principal proposta, abordar de maneira leve, com uma linguagem clara e voltada para o público jovem, temas da atualidade e que sempre instigam à discussão e debates, ampliando assim, os conceitos sobre diversos assuntos que ainda são motivo de embates entre nossos familiares ou até amigos.


conteúdo Maio 2016 12 Geração

Tinder Riscos e vantagens do aplicativo CAPA 5 Mulheres, violência e o

23 Maquiagem acessível

16 Charlie Brown JR.

24 Streetwear O estilo que vem

combate contra o machismo

18 Termômetro dos melhores

sucessos de Charlie Brown JR.

20 Planet Hemp e Cone Crew Diretoria Música e causa andam lado a lado

para todos

das ruas

29 Reality Shows 30 A arte da caopoeira

26 Di Caprio e O Regresso

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Paraíba cultural, sim senhor


Comportamento

Mulheres, violência e o combate contra o machismo Por Pâmela Lopes

E

Carlos Alkmin

m um país que conta com o número de mulheres elevado (6,3 milhões a mais que os homens), segundo o Institulo Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE. Mulheres são vítimas frequentes de crimes brutais durante todo o ano. Diariamente, cerca de 38,72% das mulheres vivem em situação de agressão, segundo o site Maria da Penha. Falar em mulheres, violência e seus direitos também é falar em feminismo, que em sua maioria é mal interpretado por leigos sobre o assunto. A estudante Daisy Pereira fala como conheceu os movimentos feministas e qual a vertente que ela luta pelo direitos das mulheres. “A minha vertente é a interseccional, que une as

mulheres, homens trans e pessoas trans não-binarias, que é de quem sofre opressão de gênero. Também lutam fazendo recortes de opressões que cada pessoa sofre, como exemplo: uma mulher hétero, por mais que sofra machismo ela ainda pode oprimir uma lésbica por que ela tem privilégios hétero, então ela vai dar o lugar de fala para a lésbica quando o assunto for homofobia, vai reconhecer seus privilégios e se conscientizar para nao ser homofóbica”, comenta Daisy. Na Paraíba, o principal grupo feminista é o Cunhã Feminista que desde 1990 está em atuação e não tem fins lucrativos. No seu site, elas definem a ideologia do grupo e explica a origem do nome: “tem como

Mulheres em protesto no movimento ‘Marcha das Vadias’.

missão promover a igualdade de gênero, tendo como referências a defesa dos direitos humanos, o feminismo, a justiça social e a democracia. A palavra cunhã significa mulher na língua Tupi. É também é uma flor bastante comum na Paraíba, conhecida como Clitoria ternatea, muito parecida com o órgão genital feminino. O Cunhã possui um site onde podem ser encontradas informações sobre o movimento, avisa sobre ações a serem realizadas, dá consultorias e também vendem alguns produtos feitos por mulheres do Cariri. Participar de um grupo feminista é algo importante, mas você também pode fazer sua parte como mulher mesmo não participando de um grupo. Conversamos com a guitarrista da banda Noskill, Aline Mirtes, que nos falou sobre a ideologia da banda de HardCore formada somente por mulheres. Elas defendem a causa em seus shows e em suas músicas: “a Noskill é uma banda de HardCore com um som monopolizado pelos homens, quando criamos a banda pensamos em não só fazer som, mas sim fazer som com uma causa, a causa das mulheres. Em nossos shows a vocalista toca de short curto e sutiã, já para deixar claro que roupas curtas não tem nada a ver com caráter, personalidade ou som. Ou, às vezes, até tem, mas o fato de usá-las não as diminui ou deve deixá-las vulneráveis. Não participamos de nenhum grupo mas dessa maneira deixamos o nosso recado contra esse machimos que nos assola”, termina Aline. CULTURA ABERTA

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Música

PARAÍBA

CULTURAL, SIM SENHOR Por Aline Medeiros 6

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Arquivo pessoal/ Banda Saramaguรก

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SEU PEREIRA E COLETIVO 401

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Leonardo Accioly

Arquivo pessoal/ Seu Pereira

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ertamente você já ouviu falar que a Paraíba é a terra do forró e, durante muitos anos, esse ritmo prevaleceu como estilo padrão ao ser comparada com os demais estados. Porém, ao longo dos anos, isso tem mudado e outros estilos têm crescido e ganhado espaço no cenário musical nacional. Um bom exemplo disso é a banda Dois Africanos que recentemente participou e foi finalista do programa Super Star da Rede Globo. Formada Opai Bigbig e Izy Mistura, estudantes da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, a dupla mostrou aos paraibanos e ao Brasil um pouco do Hip Hop. Em entrevista para a Cultura Aberta, a dupla fala sobre a receptividade dos paraibanos e também de como chegaram ao Super Star. “Nós nos sentimos muito bem acolhidos pela Paraíba. O povo sempre foi muito carinhoso e nunca terá comparação, o amor que nos mostraram durante o Superstar. E queríamos aproveitar isso para dizer: Nossa gratidão é eterna. Muito obrigado!’’, comentou a dupla e completam falando como foi a chegada ao programa global e sua experiência. “Nós não nos inscrevemos no programa Superstar. Nós fomos inscritos sem ser avisados por um amigo, Diego Rezende, que sempre esteve conosco e que sempre acreditou em nós. Profissionalmente foi um grande ponto de partida, aprendemos muito, crescimento na musicalidade, também no plano da organização, porque algo é lidar com uma banda independente com pouco público, outra coisa é lidar com as coisas com um tamanho maior, então é tudo muito mais trabalhoso, é preciso se

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CULTURA ABERTA

Dupla conhecida pelo nome de ‘Dois Africanos’. Da direita para a esquerda, com camisas verdes: Izy Mistura e Opai BigBig.

estruturar melhor”, termina a dupla. Falar em música também é falar do nosso cenário político econômico. Em meio à uma crise, um processo de impeachment e uma inflação que chega aos seus quase 10,3%, o mercado de trabalho para todas as áreas encontra-se escasso quando falamos de oportunidade para as novas bandas que decidem se dedicar no meio musical. O vocalista da Banda Saramaguá, Lucas Di Faria, conta um pouco da sua trajetória artística, os maiores desafios e o espaço no meio musical

Integrantes da Banda Saramaguá. Da esquerda para a direita: Lucas Di Faria, Igo Fernandes e Pedro Lira.


Leonardo Accioly

paraibano. “O conceito central é que para ser artista na música é preciso criar uma obra (compor músicas, lançar álbuns autorais, defender um trabalho próprio), ou seja, temos aí um paradoxo para o músico. Aquele que se submete a tocar o que todo mundo já toca, possui espaço. Mas aquele que pretende construir uma obra e levar o nome do estado para fora não tem espaço em eventos do estado e menos ainda em bares e eventos privados”, termina Lucas. Em meio à diversos desafios encontrados no meio musical, muitos músicos desistem ou deixam a esse trabalho de lado, para se dedicar à outras

áreas e construir sua independência financeira. Entretanto, graças à determinação de alguns músicos, o cenário musical paraibano se encontra em variação, afinal, recebemos ao longo dos meses shows que variam do Reggae ao Rock. Que a paraíba tem músicos, diversidade e talento, não podemos duvidar. Então, para nós ouvintes e admiradores do som desses artistas talentosos, cabe ouvir e acompanhar seus passos que tendem a crescer ao longo dos anos. Confira a entrevista na integra com a banda Seu Pereira e Coletivo 401!

Arquivo pessoal/ Banda Saramaguá CULTURA ABERTA

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Seu Pereira - Então, acho que entre 2000 e 2001, o Falcão contactou o Vitor para começar uma banda com ele. Queria fazer algo bem franqueado, então, Vitor que tocava em uma outra banda, no final da década de 90, me falou que um outro amigo tinha interesse em fazer a banda. Foi aí que eu conheci o Falcão. Fizemos uma banda chamada “A Função”, e ai essa banda deu uma circulada em João Pessoa durante um tempo, tocamos até o ano de 2006. Entre 2006 e 2009, demos uma parada, pois Falcão foi morar em Campina Grande. Em 2009 resolvemos voltar a tocar, porém, com um outro nome para a banda. Havia entrado um outro tecladista e um outro guitarrista, daí resolvemos mudar o nome para “Seu Pereira e Coletivo 401”. Esse coletivo, é um ônibus que passa na Avenida Beira Rio, que passa por dentro do bairro da Torre, e pegavamos muito esse ônibus, daí surgiu a idéia de botar o nome “Pereira” que é o sobrenome de Falcão, e o “Pereira” também simboliza toda a missigenação do Brasil, e daí dentro do ônibus estamos em contato com todas as raças e culturas, daí surgiu o Seu Pereira, que herdou algumas músicas da época que ainda era A Função, porém, com uma outra roupagem. A música “Já era” é um dos maiores sucessos da carreira da banda e é sempre aclamada na maioria de seus shows. Em especial, essa música, ela tem uma história por trás ? Conta um pouco da história dessa música. 10

CULTURA ABERTA

Assessoria da banda

Cultura Aberta - O que é ser Seu Pereira?

Jonathas Pereira Falcão, mais conhecido como Seu Pereira.

Bom, não tem uma história por trás dessa música. É uma das composições de Falcão, como a maioria das músicas da banda. São invenções, porém, são momentos que muitos de nós já vivemos ou algo parecido. A frustação de não ser correspondido, namoro rompido ou até mesmo ser trocado por outro, enfim, são situações que todos nós estamos suscetíveis a acontecer. Talvez o falcão tenha feito uma reeleitura moderna de “Mangangá” e são poucas músicas que tem uma história verídica por trás, ou que tem uma ligação direta. São crônicas do dia-a-dia.

do ônibus, então a gente tinha pensado em um piso, o do chão do ônibus, mas não deu certo e daí surgiu a ideia de Make Deodato fazer a capa. Ele é cunhado do Falcão e se propôs a fazer a capa, demos a ideia e ele fez. Então fizemos a capa dentro do interior do ônibus, e a capa veio com algumas citações de músicas, como Menina ET, Atrás de mim, tem também o Perê da Silva, que é um indío que está atrás de esmeraldas, tem também Cabidela, que é uma criança pedinte dentro do ônibus, fazendo referência ao que eu ja havia dito em uma outra resposta, sobre o Falcão ser um crônista do interior CA - Me fala um pouco so- dos ônibus. bre o novo CD da banda? CA - Como a banda ver o SP - A gente sabia que tinha mercado musical na que ter a ver com o interior Paraíba?


isso muito legal, mesmo não fazendo parte do Camdomblé ou da Umbanda eu me indentifico bastante, enfim, mas eu acho que a música tem essa espiritualidade, é algo invisivel que nos toca de uma forma surpreendente. Também tem a música pop, que já vem desse contexto de brega.

diretor de comerciais , Falcão é designer gráfico, Esmeraldo Daniel e Felipe trabalham exclusivamente com música, acho que a música tem uma boa parcela. CA - Quais os principais meios de divulgação da banda?

SP - Bom, nós temos página CA - A música é a principal atividade para os componen- no Facebook e diariamente tes da banda ou possuem out- recebemos mensagens de pessoas perguntando quando ro emprego? vamos estar em sua cidade ou SP - Não, a música ainda cidades próximas, buscamos não é nosso principal susten- sempre responder a galera. to, porém, temos conseguido Enfim, sem a internet, essa levar isso bem. Eu trabalho construção tão rápida, não com saúde mental, Vitor tra- seria possível, então é uma balha com comerciais, ele é ferramenta essencial.

Integrantes da banda Seu Pereira e Coletivo 401.

Site G1

SP - Somos uma banda independente, e, claro que para uma banda independente é sempre mais difícil, sobretudo se você não vive de covers de alguém, então sempre foi difícil pra gente. Ultimamente as pessoas tem negociado muito os cachês, eu acredito que seja por um fator preconceituoso, por produzirmos música própria, pelas pessoas desacreditarem desse som. Acho que é bastante difícil para eles acreditarem, já que estão acostumados a lotar os bares com tributos. Mas, aos poucos, vamos conseguindo o nosso espaço. Indepente de dinheiro, somos muito sinceros com o nosso trabalho, a gente gosta bastante disso, vivemos isso, respiramos isso. Então, quanto aos desafios, o que mais nos atrapalha é essa falta de confiança no nosso trabalho por parte de algumas empresas. Lembramos sempre de um episódio com o Chico César, que após um show que fizemos em Maio de 2014, ele chegou e nos disse: “Cara, eu estou emocionado aqui. Eu nunca vi uma banda da Paraíba, sem ter saído da Paraíba, ter sido ovacionada dessa forma” e isso me deixou muito feliz,aquilo foi o maior dos reconhecimentos. CA - Quais as principais influências que vocês usam para a banda? SP - A nossa principal referência é o cotidiano, porém, a gente cresceu ouvindo música em barzinhos e sempre tocava brega, eu sempre admirei os groves das músicas. Tinha muitos terreiros, perto das nossas casas, e também uma escola de samba, e eu sempre achei

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Google imagens

Comunidade Sacramento

Capa

Comportamento

Geração Tinder Riscos e vantagens do aplicativo Por Aline Medeiros e Pâmela Lopes

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ade Sacr amento

Manoela Bertol

Comunid

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amoso entre os jovens, o aplicativo “Tinder” é sinônimo de agito e interação da nova geração. Encontrar o par perfeito, ou “quase” perfeito, ficou ainda mais fácil. Os famosos matches tornaram-se populares, e o número de encontros e relacionamentos, consequentemente, também aumentou. Disponível em 25 idiomas, e apresentado na versão paga e gratuita, o aplicativo disponibiliza a opção de marcar o que lhe atrai, sendo homem,

mulher ou ambos. A plataforma é utilizada através de geoglobalização, ou seja, você configura qual a distância limite para conhecer alguém. Segundo o site Toda Tech, Justin Mateen, co-fundador e CMO do Tinder fala sobre seu objetivo. “Sabíamos que havia um número suficiente de redes sociais realizando um ótimo trabalho para ajudar as pessoas a cultivarem seus relacionamentos existentes, entretanto não havia uma plataforma so-

cial que efetivamente ajudava pessoas a se conhecerem. O objetivo do Tinder é conectar pessoas para qualquer fim, seja amizade, namoro, negócios ou qualquer outra atividade”, afirma Justin. O Tinder é uma ferramenta útil para quem quer conhecer pessoas novas, mas é preciso cuidados. É sempre bom marcar encontros em lugares públicos, como shoppings, barzinhos, para evitar o que aconteceu com a Engenheira Glaucia Lopes, de Recife. CULTURA ABERTA

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Viviane Cristina

Aplicativo Tinder ajudando as pessoas a se conhecerem.

“Dei match com o garoto e batemos um papo muito agradável, ele me chamou para tomar um vinho na casa dele que ficava bem longe de onde moro aqui em Recife. Peguei meu carro e fui. Quando cheguei ao local, depois que bebemos, ele começou a forçar a barra e eu tive de ser grossa. Ele não gostou e me trancou no apartamento dele, por sorte sempre que vou encontrar homens do Tinder levo uma faquinha de escoteiro na bolsa. Então saquei a minha e ele ficou com medo e logo me deixou ir. Continuo utilizando o aplicativo mas agora marco na minha casa, ou em barzinhos onde sei que estou segura.” comenta Glaucia. Sobre o crescimento do aplicativo no Brasil, Matten afirma. “Estamos muito empolgados com o nosso crescimento inicial no Brasil e felizes por ver que o nosso produto foi tão bem aceito na cultura brasileira”. 14

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Entre as diversas qualificações que constituem esse aplicativo, uma das maiores delas, é o cuidado que a plataforma tem em violar a privacidade de seus usuários. Além da privacidade, o Tinder é uma grande ferramenta para as pessoas que possuem dificuldades de interação, pois tudo acontece anonimamente, evitando o famoso “fora”. O principal recurso usado pela plataforma digital são fotos, que vão das mais tradicionais a perfis criativos e inovadores. Muitos usuários usam a plataforma de forma deliberadamente errada. Temos como exemplo, empresas que usam a plataforma para

divulgar suas determinadas marcas ou eventos. Baixando a qualidade e seletividade do aplicativo com seus usuários. Mostramos o caso de Bianca e Igor que se conheceram no Aplicativo e namoram até hoje, mas também tem os casos mais rápidos, como é o caso da jornalista Pâmela Lopes, da Cultura Aberta. “Conheci um Espanhol no Tinder, ele tinha acabado de chegar em João Pessoa, e como não falava Português. Ficamos muito próximos pois falo Inglês e Espanhol. Começamos a ficar desde o primeiro encontro, até que quando completamos um mês ele avisou que não poderíamos mais

“Começamos a ficar desde o primeiro encontro, até que quando completamos um mês ele avisou que não poderíamos mais ficar porque o namorado dele Francês estava chegando a cidade.” Pâmela Lopes, jornalista.


“Um mês depois, estávamos no whatsapp, e a galera tava perguntando se estávamos namorando. Eu contei pra ela que meus amigos estavam brincando, dizendo que eu estava namorando, daí ela chegou e perguntou “E ai? vai ou não?”, daí eu disse que estávamos namorando. O pedido foi feito pelo Whatsapp.” Bianca e Igor, estudantes. guntando se estávamos namorando. Eu contei pra ela que meus amigos estavam brincando, dizendo que eu estava namorando, daí ela chegou e perguntou “E ai? vai ou não?”, daí eu disse que estávamos namorando. O pedido foi feito pelo Whatsapp.”, disse Igor e

Bianca. Ao perguntarmos sobre os planos do casal e se recomendam o aplicativo, eles responderam, “Pensamos em casar futuramente. Quanto ao Tinder, claro, com certeza. Tinder é vida, ou melhor, era, (risos)”, termina Igor.

Marcell Compan

ficar porque o namorado dele Francês estava chegando a cidade. Fiquei surpresa, mas acho o App incrível, para sexo casual, namoro, para quem viaja sozinho e quer conhecer pessoas. Afinal o que importa não é o tempo que dura, mas a intensidade com que acontece. ’’, disse Pâmela. O Tinder tem ajudado na união de diversos casais, e como prova disso entrevistamos Bianca Lapenda e Igor da Mata, que estão juntos há nove meses. “Eu vi uma foto de Bia, achei ela uma gatinha, curti e pronto. Acabei recebendo no mesmo dia, o match.”, comenta Igor. O casal conta como aconteceu o pedido de namoro. “Um mês depois, estávamos no whatsapp, e a galera tava per-

O aplicativo Tinder contabiliza cerca de 12 milhões de matches por dia.

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Música

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banda composta originalmente por Chorão, Champignon, Marcão, Thiago Castanho e Pelado lançou seu primeiro álbum em 1997. De lá até o último, lançado em 2013 após a morte do vocalista e do baixista, o som do Charlie Brown Junior mudou bastante, e nosso termômetro musical analisa essa transição sonora. Por Pâmela Lopes

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CULTURA ABERTA


Site Charlie Brown Jr.

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CULTURA ABERTA


Charlie brown jr.

Termômetro dos melhores sucessos de

Transpiração contínua prolongada

100% Charlie Brown Jr, abalando sua fábrica

Preço Curto, Prazo Longo Álbum com muitas músicas, são 25 faixas ao todo. Algumas sem letra, apenas melodia, como é o caso da empolgante Do Surf. Outras com seis minutos de duração como “Não deixe o mar te engolir”. Desst cd saíram muitos sucessos da banda como “Te levar”, que fez parte da abertura de da novela da Globo “Malhação” por anos. As letras continuaram ácidas nesse disco, “Cruzei uma doida” é um bom exemplo disso.

Fim do som da banda que conhecíamos antes. Nesse disco o grupo se firmou ainda mais no pop rock e abandona as letras ácidas. Desse cd saíram os hits, “Lugar ao Sol”, “Hoje eu acordei feliz”, e “Como tudo deve ser”. Apesar de abandonar o som antigo, a banda se aproximou do estilo musical ‘Hard Core’ e fez ótimos sons, como “Descubra o que há de errado com você”...

Primeiro álbum do grupo, com bastante influências de reggae, ska, rock, e rap. Letras ácidas que denunciavam o estilo de vida do grupo. Sexo, Maconha, Alcool e muita festa.

Nadando com os tubarões

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Nesse álbum, o rock do Charlie Brown começa a ficar mais pop. Saíram muitos hits que inflamaram as rádios. É o caso de “Não é sério”, sucesso da banda em parceria com a cantora Negra Li, e, “Tudo mudar” que também foi trilha de Malhação. Contudo, ainda era possível perceber as raízes do grupo na faixa “Transar no Escuro”.


Bocas Ordinárias Álbum que fez o Charlie Brown se firmar como a maior banda de pop rock nacional. O cd foi o mais tocado do ano nas rádios. O primeiro hit “Papo Reto”, apesar de ter uma letra totalmente sexual, agradou desde crianças até idosos. Esse cd causou polêmica, os antigos fãs da banda criticaram por julgarem o cd excessivamente comercial. O vocalista Chorão, nessa época, participou do comercial da marca de refrigerante Coca Cola, causando ainda mais controvérsia. Acusado de hipócrita, a saída do vocalista foi focar nos fãs novos e esquecer os antigos, pois aqueles estavam decepcionados. E a tática funcionou.

Tamo aí na atividade Após romper com o estilo antigo da banda, nesse cd há uma retomada das letras ácidas e do antigo som. Álbum cheio de hits e músicas marcantes. Como a popular “Longe de Você”, “Lixo e Luxo” e “Champanhe e água benta”.

Camisa 10 joga bola até na chuva Thiago Castanho retorna ao grupo e parece trazer o Chorão de volta ao começo do grupo. Apesar de conter as faixas bastante pops, o grupo retoma as raízes com o som “Só pra vadiar”, “Puro sangue” e “Comigo ninguém tira onda”.

La família 013

Acústico Mtv, Charlie Brown Junior O acústico MTV sempre teve a fama de ser utilizado por bandas que estavam em baixa para retomar o sucesso. Mas como tudo sempre foi diferente na trajetória do Charlie Brown ,dessa vez não poderia ser diferente. A banda foi o primeiro grupo a estar no auge a topar fazer um acústico MTV e como sempre foi um sucesso. Algumas músicas do grupo ficaram ainda melhores na releitura acústica.

Imunidade Musical Após uma briga feia, Champignon, Pelado e Marcão saíram da banda (Thiago castanho já havia saído no ano 2000, no meio da produção do 100% Charlie Brown abalando sua fábrica). Embora muitos achassem que seria o fim da banda, Chorão provou que era a alma do grupo, trouxe novos integrantes, e fez um álbum cheio de hits incríveis como “Lutar pelo que é meu”, “Ela vai voltar”, “I feel so good today”.

Infelizmente o último álbum do grupo. O disco estava pronto para ser lançado quando o Chorão morreu decorrente de uma overdose de cocaína. A depressão que o cantor vinha sofrendo fica bastante clara nesse disco, as letras, apesar de conterem mensagens positivas como já era marca da banda, tem um tom melancólico. Isso fica muito claro na música “Meu novo mundo”, que muitos acham ser uma carta de despedida do cantor e na “Samba triste”.

Ritmo, Ritual e Responsa Outro cd cheio de hits. 22 faixas bastante puxadas para o pop rock. Cd agradável, mas bem distante da essência do Charlie Brown. CULTURA ABERTA

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Planet HemP e ConeCrew Diretoria música e causa andam lado a lado Por Pâmela Lopes

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Música

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Christopher Polk / Divulgação

os anos 1990 a música brasileira conheceu um grupo de rap, vindo do Rio de Janeiro, o qual Rihanna apresenta seu novo trazia algo no som que até álbum, Anti. então nunca havia sido visto por aqui. Suas letras falavam de maconha e legalização. Uma mistura de rock com rap bastante ousada, causou polêmica e confusões. Naquela época, o assunto ainda era um tabu e o usuário da maconha ainda era marginalizado. Diversas vezes, durante suas apresentações o grupo foi preso, acusado de fazer apologia à erva. O líder do grupo Marcelo

D2 (Planet Hump) nunca se intimidou e continuou a fazer barulho, (bordão que ele mesmo usa em seus shows até hoje), sem se preocupar com a recriminação social e da justiça brasileira. O Planet Hemp teve um papel fundamental na história da música e da sociedade brasileira. Ele abriu portas para discussão de um assunto até então velado. O grupo influenciou diretamente vários outros artistas. Foi o caso dos jovens cariocas que formaram o grupo de rap também do Rio de Janeiro, ConeCrew Diretoria. Em 2008, o grupo lançou

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Site ObaOba

Site RND

Site Noisy

Formigão (esquerda), BNegão e Marcelo D2 da banda Planet Hemp.

Fãs no show da banda Cone Crew Diretoria.

Site Cult Magazine

um demo tape de estreia, “A música é alimento da alma e é importante não só para ser chamado Ataque Lírico, que trilha de momentos marcantes mas também para abrir discussões contava com as faixas gravasobre assuntos polêmicos que precisam ser discutidos” das pela equipe até então. No (Planet Hemp) final de 2010, já finalizado “O álcool mata bancado pelo código penal seu primeiro álbum oficial, Onde quem fuma maconha é que é o marginal a Cone lançou o single “ChaE por que não legalizar? E por que não legalizar? ma Os Mulekes”, o primeiro Estão ganhando dinheiro e vendo o povo se matar” do álbum “Com os Neurônios Evoluindo”. O álbum, lança“Porque eles querem vir tentam roubar minha paz do em 22 de março de 2011, Porque tenho que me esconder dos policiais conta com participações de Porque eles não me veem como um bom rapaz Marcelo D2, Don L. e Shawlin. Porque não fumo pouco, porque eu fumo demais Marcelo D2 não só parEu quero fazer parte de um governo eficaz ticipou do álbum como apaRepressão e seca, problemas habituais” drinhou o grupo, “após (ConeCrew Diretoria) se ver neles”, como disse em diversas entrevistas. O som da Cone, assim como o Planet, fala sobre maconha Crew Diretoria. É possível e legalização. Mas diferente perceber a clara semelhando ocorrido nos anos 1990, o ça e a indagação do porquê grupo não causa repúdio e de não acabar a hipocrisia conquista cada dia mais fãs de social acerca do tema. É postodas as faixas etárias. Isso se sível refletir uma sociedade deve a diversos fatores, uma - onde álcool e o cigarro são ainda que pequena - evolução vendidos livremente e a masocial no que se diz respeito ao conha pode fazer um usuário assunto, e por fazerem parce- ser preso e maltratado, tendo rias pops, como com a cantora em vista que a primeira e a Anitta e a rapper Flora matos. segunda drogas causam relIntegrantes do grupo, Rany evantes problemas sociais. Money, Ari, Batoré, Maomé O caminho da legalização e Papatinho, tem um jeito no Brasil ainda está sendo simpático de abordar um trilhado, mas é importante assunto tão polêmico. Os tre- que o assunto seja cada dia Marcelo D2, chos acima são da música mais cantado e discutido para integrante da banda Planet “Legalize já” do Planet Hemp provocar uma evolução menHemp. e de “Sem a Planta” da Cone- tal e uma justiça social. 22

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Maquiagem Moda e Beleza

acessível para todos

Por Pâmela Lopes

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e usada corretamente a maquiagem tem o poder de deixar as pessoas ainda mais bonitas. Antigamente esses produtos eram mais caros, e eram itens exclusivos da burguesia. Mas hoje em dia é possível ter um estojo de maquiagem incrível, gastando pouco. Hoje vamos dar dicas de alguns produtos baratinhos que realizam verdadeiros milagres.

Base liquida Quem disse Berenice: R$ 49,90 Deixa a pele bastante uniforme, e opaca, que é o necessário para uma pele perfeita.

Pó compacto Quem disse Berenice: R$: 39,90 Vários tons, além de deixar a pele linda o tamanho do estojo é bem pequeno e fino, ótimo para colocar na bolsa.

Makeoverday Quem Disse Berenice

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Blush Vult: R$ 16,90 O Preço é ótimo e o efeito também, em várias cores, para vários tons de pele. Também muito fácil de encontrar nas farmácias pelo Brasil. i

Mercado Livre

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Rímel The Colossal Volume da Maybelline: R$ 29,90 Um dos melhores do mercado, apenas com duas aplicações deixa seu olhar incrível, bem “vivo’’, e o melhor, super fácil de encontrar, todas as farmácias vendem.

Batom Ultramate Avon: R$ 19,90 O batom mate é uma sensação do momento, a avon aumentou sua linha e agora tem várias cores disponíveis. CULTURA ABERTA

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Streetwear o estilo que vem das ruas

Moda e Beleza

Por Aline Medeiros

hardcore, reggae e hip hop, o estilo surgiu no ano de 1980 no cenário artístico de diversas áreas do centro de Nova Iorque e tem crescido ao longo dos anos. “Acredito que o estilo streetwear está muito

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Site E stadã

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moda que vem das ruas é chamada de street wear, estilo usado por diversos skatistas, cantores de hip hop e também modelos. Com referências voltadas para o skate, punk,


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relacionando com a vida urbana, consequentemente irão surgir novos movimentos que influenciem novas tendências”, comentou Victoria Fernandez, designer Industrial. Diversos jovens usam peças que podem se caracterizar no quadro de street wear, porém, desconhecem o estilo. É o caso do jovem Aldo Medeiros, “eu uso algumas peças e usaria algumas a mais nesse estilo, porém, não sabia que poderíamos fazer referências dessas peças à esse estilo”, disse Aldo. Já a jovem Raphaela César, que acompanha as tendências do universo da moda, relata que “você monta o look ao seu modo e gosto. O estilo é para quem tem personalidade, atitude e ousadia. Nunca usei, porém, usaria sim”, disse Raphaela. O streetwear vem ganhando um grande espaço no mundo da moda, que já adquirido pela modelo Cara Delevingne e a cantora Rihanna, além de marcas especializadas no estilo, como supreme, Hood By Air e Off-White. Conversamos com a paraibana, publicitária e blogueira de moda Karol Alves, ela deu umas dicas de como usar a moda Street no seu dia a dia. Cultura Aberta - Karol você gosta dessa tendência street? É adepta?

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Karol - Sim, sou adepta total. Acho muito boa, porque ela é fácil e confortável, é ótima para várias ocasiões e as roupas nesse estilo não são caras, você encontra facilmente em lojas de departamento, brechós.

“O streetwear é a mistura do chique com o rústico, para acertar não tem segredo, basta mixar uma peça elegante com uma básica, nos pés um tênis básico e está pronta para arrasar em qualquer lugar.”

Karol Alves, publicitária e blogueira de moda.

CA - Para quem gostou dos looks e quer usá-los, qual a dica que você dá para não errar? Karol - O streetwear é a mistura do chique com o rústico, para acertar não tem segredo, basta mixar uma peça elegante com uma básica, nos pés um tênis básico e está pronta para arrasar em qualquer lugar. CA - Qual a sua maior inspiração quando você monta looks com esse estilo? Karol - Sem dúvida é a cantora Iggy Azalea, ela consegue misturar peças mais do Hip Hop com salto alto por exemplo, fica street e bem feminino. No blog da Karol também tem várias dicas de Streetwear, para quem se interessou é só acessas o www.itkarol.com e ficar pronta para receber muitos elogios por aí. CULTURA ABERTA

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Cinema

DiOCaprio Regresso

e

Por Aline Medeiros

L

eonardo Di Caprio e sua longa jornada em busca do Oscar, rendeu, além grandes interpretações, muitos memes (nome dado à montagens com cunho humorístico). Em termos de doação teatral, Di Caprio leva os cinéfilos ao delírio, afinal, “O Regresso” é um longa que possui poucos diálogos, exigindo mais expressão facial e corporal do ator. Baseado na história do guia de explorações, Hugh Glass, o filme é ambientado no século 19. Glass foi traído por seus companheiros após ser atacado por um urso e ser deixado para morte. Embora apresente aspectos de um filme de velho oeste em diversas cenas de ação, não podemos incluir o longa nessa categoria.

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CULTURA ABERTA


Site Cinema com Rapadura

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Site Updateordie

Dirigido por Alejandro Iñárrite, o filme, exige certos sacrifícios. Em se tratando de “O Regresso” podemos afirmar que eles foram excessivos. O filme - que resultou no primeiro Oscar de melhor ator para Leonardo Di Caprio durou nada menos que nove meses de filmagens, pois foi rodado em luz natural, atribuindo aos cinegrafistas cerca de uma hora de filmagem por dia. Além dessa escolha do diretor, é válido ressaltar a avalanche em uma das cenas do filme,

que foi real, e foi causada pela produção do filme, na cidade de Alberta, no Canadá. Além dos desafios de Di Caprio e da produção, o ator coadjuvante Tom Hardy também fez seus sacrífícios para terminar essa produção de 156 minutos. Hardy abriu mão do papel de Rick Flagg no filme “Esquadrão Suicida”. Di Caprio, Hardy ou Alejandro, merecem toda a conquista e visibilidade que “O Regresso” conquistou nos últimos meses, porém, não

Estrelinha Blog

Leonardo DiCaprio como Hugh Glass, um corajoso aventureiro americano que se tornou lenda pelos seus grandes feitos. 28

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No centro da imagem, Leonardo Di Caprio e o diretor do filme, Alejandro González, em um dos sets de filmagem que incluia locais como o Canadá e a Argentina.

podemos esquecer de Emmanuel Lubezki, o diretor de fotografia do filme, o qual foi o primeiro a ganhar três Oscars consecutivos, sendo terceiro foi conquistado em “O Regresso”. O longa traz Di Caprio ao topo novamente, porém, não podemos esquecer de filmes que marcaram a carreira do ator e que, sem dúvida, mereceram um digno oscar em seus respectivos anos. Temos a performace em “O aviador” (2004), e também em “Diamante de sangue” (2006). Após essa conquista, fica a expectativa de quais serão os próximos passos da trajetória do ator norte-americano.


Televisão

Reality Shows Coluna de opnião por Pâmela Lopes

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que qualquer pessoa um dia pode estar lá dentro e desfrutar de seus três meses de fama. Alguns intelectuais consideram o programa fútil, outros consideram genial a oportunidade de observar como o confinamento age na mente da pessoa, e também as mudanças de personalidade que ocorrem quando está em jogo um milhão de reais. Fútil ou não, o fato é que o Big Brother é um sucesso, e o motivo pelo qual isso acontece é que o ser humano tem uma das suas maiores qualidades ou até mesmo defeito, a curiosidade. Quem nunca ficou em uma janela tentando observar o que acontecia na casa do

Google imagens

s Realitys shows são sucesso por todo mundo. A cada dia aparecem mais programas nesse formato. Temos Realitys Shows de culinária, de investigação criminal, de relacionamentos amorosos, de pessoas transgenero, de família famosa, entre outros. Antes de expor meu ponto de vista sobre esse formato televisivo, conto um pouco da história. O primeiro Reality aconteceu em 1971, chamado “An American Family” o programa mostrava o dia a dia de um casal da Califórnia. Após ele surgiram alguns outros, como o The Real World da MTV, que ficou muito famoso aqui no Brasil também, pois mostrava jovens confinados em uma casa, se divertindo, se relacionando e curtindo muitas festas. Mas o sucesso desse tipo de programa só aconteceu em 1999, quando surgiu o Big Brother. Big Brother este que considero meu Reality favorito, na verdade acho genial, pessoas comuns confinadas em uma casa cheia de câmeras, passando por todos os tipos de situações e claro, se divertindo muito. O que mais me atrai nesse programa é o fato de

vizinho? Aliás, essa é o principal motivo de distração entre muitas idosas, ou você nunca flagou uma senhora parada na janela por horas só olhando para os apartamentos alheios? Outro Reality que me agrada bastante, é o da família mais famosa do mundo, The Kardashians. Atribuo o sucesso desse, ao fato de podermos ver o que acontece na vida de uma celebridade. O que fazem, o que comem, por onde andam. Afinal, nós meros mortais e trabalhadores sonhamos em obter sucesso no nosso campo profissional (ou ganhar na loteria mesmo) para quem sabe um dia, ter uma vida de luxo. The Kardashians te dá uma amostra grátis de como é estar nessa vida. Não importa se é Big Brother, The Kardashians ou Masterchef, o fato é que esse tipo de programa é incrível e continuará invadindo as nossas televisões durante anos. A grama do vizinho é sempre mais verde amiga, e você sempre vai querer saber o que se passa por lá.

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Cotidiano

A arte da capoeira Por Pâmela Lopes

A

capoeira é uma expressão cultural do Brasil e é uma mistura de artes maciais com esporte, cultura popular e música. Foi desenvolvida no nosso país pelos escravos africanos. Ela possui uma diferença importante da arte marcial, pois é aplicada com música. Em suas aulas os alunos não aprendem apenas a lutar mas a também tocar e cantar, cantos típicos. No Brasil um dos principais grupos de capoeira chama Capoeira Brasil, eles praticam o estilo Capoeira Regional Conteporânea. Foi fundado em 1989, no ano da comemoração de 100 anos da abolição da escravatura no nosso país. Tem filiais e, vários estados brasileiros, dentre eles a Paraíba, e em países como a Austrália e os Estados Unidos O grupo existe na capital e suas aulas são ministradas pelo mestre Ligeirinho. O mestre é uma das maiores referências na capoeira paraibana e suas aulas acontecem em vários locais da cidade, tais como o Centro de Juventude de Mangabeira, na Associação de moradores da comunidade bancária e universitária e em diversas academias. 30

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O objetivo de suas aulas é proporcionar o bem estar físico e a valorização da cultura brasileira. Um dos alunos de Ligeirinho, o Antônio Silva, contou um pouco da sua experiência com a capoeira e como aluno dele. Confira a entrevista na íntegra!

Cultura Aberta - Quais os benefícios da arte em sua vida? Antônio - Muitos. Aprendi a tocar berimbau, os cantos da capoeira, além disso, fico muito menos estressado quando faço as aulas.

Cultura Aberta - E como é Cultura Aberta - Como você ter Ligeirinho como descobriu a capoeira? mestre?

“Assim que vi me interessei e comentei com minha mãe que queria fazer, mas ela me achava muito novo para praticar. Então, quando fiz 10 anos, insisti muito e ela acabou deixando. ” Antônio Silva, aluno do mestre Ligeirinho.

Antônio - Pela televisão, quando era menor. Assim que vi me interessei e comentei com minha mãe que queria fazer, mas ela me achava muito novo para praticar. Então, quando fiz 10 anos, insisti muito e ela acabou deixando. Descobri pelos amigos aqui em Mangabeira que havia aulas no bairro fui atrás e estou até hoje.

Antônio - É ótimo. Ele é como um pai para os alunos, sempre nos passando boas lições. A capoeira é cultura brasileira pura, o site do grupo é o www.capoeirabrasilparaiba. wordpress.com/about/ para quem se interessou e quer mais informações.



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