Revista Pérola - Violência contra a mulher

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Editorial

Perola CARTA AO LEITOR A revista Pérola faz parte de um projeto editorial desenvolvido por estudantes de Design da Universidade Nove de Julho. Em sua edição Nº01 convidamos o leitor a ler sobre a mulher em um contexto geral. O mercado editorial está cheio de revistas que dizem ser para mulheres, mas que só falam sobre fofocas, novela, como ter o “corpo ideal“ e etc. Mas nós da revista Pérola buscamos fazer uma revista para a mulher sem colocar estereótipos e de carter informativo. Toda a revista foi planejada com carinho e cuidado pela nossa equipe.

Equipe Bruna Vasconcelos Leandro Soares Matheus Barbosa Richard Oliveira Ronaldo Guimarães Fotografia Pexels Ronaldo Guimarães Colaboradores Alice Barbosa Paloma Giovana Samantha Cunha

Professores Orientadores Domitila Carolino Rafael Campoy Turma Memorial - Manhã São Paulo, 2019


SUMÁRIO

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MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA

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CANTINHO DA RAPUNZEL

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ABORTO

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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

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PARTO HUMANIZADO

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SAÚDE DA MULHER

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DST’S

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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FEMINICÍDIO

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TIPOS DE PROTEÇÃO

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ENTEVISTA COM A ESPECIALISTA

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HISTÓRIA DO PÉROLA BYINGTON


Desenhada para revelar a beleza das suas curvas


Mulheres Que Fizeram História Aqui poderemos ver um pouco da história da mulher e uma pequena linha do tempo onde foi destacada algumas mulheres que fizeram história. Devido á um processo histórico, as mulheres estiveram confinadas dentro do lar por milênios, sendo encarregadas pelos trabalhos domésticos, e funções de esposa e mãe. O fato de ela abrir mão dessas funções lhes causava receio, pelo risco de substituição pelas extra domésticas. Além disso, outros fatores culturais e morais daquela época impediam que elas abrissem mão do serviço doméstico para trabalhar fora de casa. As grandes e significativas vitórias nesse sentido foram conquistadas pelas mulheres até o presente século, se lembrarmos que esta situação de inferioridade arrastava-se há séculos no mundo todo, havendo fases em que as mulheres e as crianças, nem mesmo eram contadas nos censos demográficos e não tinham sua vontade e direitos respeitos. As mulheres eram tratadas como mero objeto de procriação e considerada como propriedade dos homens, aos quais devia obediência e subordinação. 7


Quando elas passaram a se inserir no mercado de trabalho, as condições de trabalho e ausência de garantia de direitos já eram duras para os homens, pior ainda era a situação das mulheres que trabalhavam, pois seu trabalho sofria duplo preconceito: o biológico, pelas diferenças físicas existentes entre os sexos, cuja maior delas é a maternidade, e o social, no qual o trabalho feminino era visto como inferior ao masculino e, portanto, de menor valor. A mulher esteve em um estado de dormência durante várias gerações, aceitando essa espécie de dependência e subordinação. A sua luta, inicialmente, foi esparsa, começando por pequenas revoltas a fim de expressar sua opinião sobre 1903

MARIE CURIE

Nasceu em 1867 na Polônia. Cientista, foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel e a única mulher a ganhar o prêmio duas vezes. O 1° prêmio foi o Nobel de Física em 1903, que dividiu com seu marido Pierre Curie e o físico Henri Becquerel, pelas suas pesquisas conjunta sobre o fenômeno da radiação e o 2° foi o Nobel de Química em 1911, por descobrir os elementos químicos rádio e polônio.

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1960

1963

MARGARET HAMILTON

VALENTINA TERESHKOVA

Nasceu em 1936 nos E.U.A. Podemos denominar ela como Cientista da Computação, foi dirigiu a Divisão de Software do Laboratório de Instrumentação do MIT, onde foi desenvolvido o programa de voo da primeira missão tripulada à Lua, o famoso Apollo 11. Escreveu o código para fazer o programa funcionar de fato, o software desenvolvido impediu que o pouso na Lua fosse abortado. saiu do MIT em meados de 1970 para trabalhar na iniciativa privada. Ela foi co-fundadora da empresa Higher Order Software e estabeleceu a Hamilton Technologies 10 anos depois.

Nasceu em 1937 na Rússia. Cosmonauta, comandou a Vostok 6 ela deu 48 voltas ao redor da terra, totalizando 71 horas no espaço. Foi a primeira mulher no espaço e a única a fazer um voo sozinha. Se tornou uma heroína na Rússia. Em 2011 foi eleita Deputada pelo partido Rússia Unida.


a situação e luta por seus direitos. Mas na sociedade atual, a mulher moderna possui plena consciência do seu potencial e seus direitos e passa a demonstrar grande interesse pela valorização e melhoria de seus direitos como cidadã, mãe e trabalhadora. Apesar de os direitos das mulheres nas relações trabalhistas ter sofrido uma grande evolução nas últimas décadas, ainda sofre inúmeras restrições e ocasiões em que deve se evoluir, como a desigualdade salarial entre homens e mulheres que trabalham no mesmo ramo, a quantidade reduzida de mulheres que ocupam os cargos mais altos das empresas se comparado ao dos homens, a diferença gritante entre as mulheres que se candidatam a algum cargo do Poder Legislativo e Judiciário. 1977

RACHEL DE QUEIROZ

Nasceu em 1910 no Brasil Escritora, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. e a primeira mulher a receber o Prêmio Camões. Foi também jornalista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance “O Quinze”, ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha.

1979

MARGARET THATCHER

Nasceu em 1925 no Reino Unido A “Dama de Ferro” foi a primeira mulher a ocupar o posto de Primeira–Ministra da Grã-Bretanha. Embora ela afirmasse que não gostava do feminismo, foi uma das primeiras mulheres na política a defender o aborto e a descriminação homossexualidade, mesmo sendo do Partido Conservador.

2006

MARIA DA PENHA

Nasceu em 1945 no Brasil É uma farmacêutica que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Hoje é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica. Em 2006 foi sancionada a lei que leva seu nome: a Lei Maria da Penha, importante ferramenta legislativa no combate à violência doméstica e familiar contra mulheres no Brasil. 9


Além disso, observa-se que o número de mulheres que se inscrevem em determinados concursos públicos é muito inferior a quantidade de homens. Os mesmos problemas que afligiam as mulheres no período antes da Revolução Industrial, continuam a limitá-las na sociedade pós-Revolução em diversos aspectos. A sociedade moderna evolui a todo instante e as alterações normativas devem ser feitas a fim de regulamentar e organizar a sociedade, possibilitando o bem estar social e efetivação do princípio da igualdade e dignidade da pessoa humana.

2008

2014

FRANÇOISE BARRÉSINOUSSI

MALALA YOUSAFZAI

Nasceu em 1947 na França Virologista, por seus estudos sobre os vírus causadores do câncer de colo do útero (HPV) e sobre o HIV descoberto por ela na década de 80. Foi uma das ganhadoras do Prêmio Nobel de Medicina de 2008 junto com Harald zur Hausen e Luc Montagnier.

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Nasceu em 1997 no Paquistão É uma militante dos direitos das crianças, que foi vítima de um atentado por defender o direito das meninas de ir à escola. Com 17 anos, foi a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.

2019

KATIE BOUMAN

Nasceu em 1989 nos E.U.A Cientista da Computação, liderou o projeto do buraco negro e a criação de um dos algoritmos usados para “costurar” os dados dos radiotelescópios espalhados ao redor do globo e transformar na primeira imagem feita de um buraco negro.



Espaço foi criado em decorrência do Projeto Rapunzel Solidária, que atua desde 2014 arrecadando doações de cabelo e distribuindo perucas para mulheres vítimas de câncer. O Hospital Pérola Byington, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista, inaugura às 11h desta terça-feira 08 de março, no Dia Internacional da Mulher, o “Cantinho da Rapunzel”. A área será destinada para uma oficina de perucas, com profissionais treinados que farão desde a coleta da doação de cabelos até a confecção e entrega de perucas para pacientes que perdem os cabelos em decorrência de tratamentos médicos. A unidade de saúde da mulher, é uma das principais referências em tratamento de câncer de mama e ginecológico. Ela recebe pacientes de todo o Estado de São Paulo e a anualmente realizada em média 14,5 mil sessões de quimioterapia, que tem como um dos efeitos colaterais a perda do cabelo. Por isso, o Hospital aderiu ao Projeto Rapunzel Solidária. O Projeto tem como objetivo ajudar mulheres que perdem o cabelo em decorrência de tratamentos médicos,

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como a quimioterapia, através da coleta de doação de cabelo humano e confecção de perucas. A arrecadação de cabelo têm crescido, em 2014 foram 2,1 mil doações e em 2015 ano, até setembro foram mais 4,2 mil. A entrega de perucas prontas saltou de 3 para cerca de 15 mensalmente. Até hoje, a iniciativa já ajudou mais de 190 mulheres, entre elas 60 pacientes do Pérola, levando além da peruca, alegria, autoestima e esperança. Resgatar a autoestima de mulheres que perderam o cabelo por conta da quimioterapia é a missão no novo espaço chamado “Cantinho da Rapunzel” no Hospital Pérola Byinton, uma das principais referências em tratamento de câncer de mama e ginecológicoem São Paulo. A área será destinada para uma oficina de perucas, com profissionais treinados que farão desde a coleta da doação de cabelos até a confecção e entrega de perucas para pacientes que perdem os cabelos em decorrência de tratamentos médicos.


A arrecadação de cabelo têm crescido, em 2014 foram 2,1 mil doações e em 2015 ano, até setembro foram mais 4,2 mil. A entrega de perucas prontas saltou de 3 para cerca de 15 mensalmente. Até hoje, a iniciativa já ajudou mais de 190 mulheres, entre elas 60 pacientes do Pérola, levando além da peruca, alegria, autoestima e esperança

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ABORTO ABORTO Abordando este assunto, não podemos esquecer de esclarecer a diferença entre Aborto espontâneo que é quando a morte é produto de alguma anomalia ou disfunção não prevista nem desejada pela mãe. Aborto provocado é quando a morte do bebê é procurada de qualquer maneira: doméstica, química ou cirúrgica. O aborto tem sido discutido desde sempre por causar controvérsias no âmbito religioso, social e científico. No ponto de vista médico o aborto implica em dois pontos, deixar a mulher morrer por complicações ao realizar um aborto clandestino ou permitir que interrompam a gravidez em um lugar próprio com pessoas competentes. É quase unânime a decisão dos médios em relação a essa questão de que o processo precisa ser feito por um médico em lugar próprio e seguro. A controvérsia maior está nas questões morais e religiosas. Do ponto de vista econômico, segundo o ginecologista Jefferson Drezett, coordenador do Ambulatório de Violência Sexual e de Aborto Legal do Hospital Pérola Byington, em São Paulo, “os recursos que gastamos para tratar as graves complicações do aborto clandestino são muito 14

maiores que os recursos de que precisaríamos para atender as mulheres dentro de um ambiente seguro e minimamente ético e humanizado”. A quantidade de mortes ou de sequelas graves desnecessárias é o preço que se paga pela proibição, principalmente para a camada mais pobre, que não tem recursos para realizar esse procedimento com segurança, as mulheres brasileiras passam por experiências que em outros lugares do mundo não passariam, pois o aborto não é ilegal, exemplos são as russas e as britânicas. É inadmissível que as pessoas coloquem questões morais ou religiosas acima do que deveria ser uma questão de saúde da mulher, e acima disso uma escolha pessoal dela, quem é contra o aborto tem uma saída simples: não o pratique. Ninguém é nem nunca será obrigado a abortar. Por outro lado, a mulher deve ser dona do próprio corpo e ter o direito de decidir se deseja ou não seguir com uma gravidez.


VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA A violência obstétrica ocorre quando há: agressões verbais, recusa de atendimento à gestante pelos médicos, impedimento do acompanhante durante o parto e utilização das intervenções desnecessárias (principalmente contra a vontade da gestante. O Ministério da Saúde desenvolveu uma estratégia em 2011 para a melhoria da qualidade no atendimento à mulher durante a gestação, o parto e também ao recém-nascido. A Rede Cegonha, como é chamada, já funciona no Sistema Único de Saúde (SUS) de algumas cidades brasileira.

Frequentemente as mulheres têm seus períneos [região entre o ânus e a vagina] cortados na intenção de ampliar o canal de parto. Isso do ponto de vista científico é altamente questionado. Mas isso tem sido feito como rotina, sem perguntar ou informar a mulher, destacou a obstetra Renata Reis

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O QUE É UM PARTO ? O D A Z I N

Há muita polêmica sobre o que é um parto-humanizado , mas a maioria aceita que é aquele em que as decisões da mulher são levadas muito mais em conta do que em um parto convencional. Isso significa deixar a natureza fazer o seu trabalho, realizar um mínimo de intervenções médicas e apenas as autorizadas pela gestante sempre levando em consideração a segurança e saúde dela e do bebê. Para isso acontecer, é preciso que ambos estejam bem e saudáveis, sem nada que exija cuidados extras. “Não importa se ele ocorre na cama, na água, em casa, no hospital. Em um parto humanizado, a ação é toda da mulher que segue o processo fisiológico do parto. O médico fica ali apenas como um expectador e só interfere se ocorrer algum problema”, explica a doula Ana Cristina Duarte, diretora do Gama (Grupo de Apoio a Maternidade Ativa). “Quando você humaniza um parto, a grávida fica mais livre para escolher o que a faz se sentir melhor. Pode andar durante o trabalho de parto e escolher quem quer ao seu lado, por exemplo”, diz a enfermeira obstétrica Helen Mendes, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

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COMO SE PREPARAR PARA UM PARTO HUMANIZADO? O primeiro passo é fazer um bom pré-natal para saber se a sua saúde e a do bebê estão bem, só assim é possível realizar um parto sem intervenções. Procurar um obstetra que goste e saiba conduzir um parto desta forma é o segundo passo. Converse com o médico que lhe atende e com o qual você tem afinidade VANTAGENS sobre suas escolhas. Caso seja necessário, DO PARTO troque de médico. Procurar ajuda em grupos de apoio ao parto humanizado HUMANIZADO? aumenta as chances de encontrar um profissional com o perfil que você deseja. Sem estrutura mínima Existem muitas vantagens para este tipo de parto, e sem um para a mãe e filho. Como não obstetra e sua equipe motivados há necessidade de recuperação e treinados para fazê-lo, não é da anestesia, nem de uso de possível alcançar plenamente medicamentos, nem da episiotomia, o objetivo. além do maior conforto emocional, a tendência é de um restabelecimento mais “A gestante precisa rápido, além de uma percepção mais positiva querer um parto da experiência do parto. Para os bebês, as humanizado, com vantagens não estão completamente claras em todas as suas longo prazo, mas sabe-se que com menos stress emoções e e uso de drogas/medicamentos envolvidos no desconfortos. processo, o risco de complicações tende a diminuir. Não deve Além disso, teoricamente, ele nasce de uma forma escolher isso mais tranquila e a amamentação acontece ainda na sala apenas de parto, o que promove o vínculo entre mãe e bebê, tão porque está importante nesse começo de vida. na moda”, alerta o O QUE A DOULA FAZ? obstetra Lobão. Novos profissionais ganham destaque com o parto humanizado, como a doula, uma profissional que cuida da gestante antes, durante e depois do parto.A doula ajuda a parturiente a se sentir mais confiante no momento do parto. Auxilia com técnicas alternativas à anestesia, como massagens para controlar as dores das contrações. No pós-parto ajuda, por exemplo, com a amamentação e os cuidados ao recém-nascido. 17


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Para que possamos falar sobre a saúde da mulher no Brasil e de certa forma no mundo. Devemos analisar que o âmbito social foi desde o começo dos tempos, desvalorizando os direitos da mulher. Em um quadroabertamente falando, o Brasil, engatinhou a questão dos direitos da mulher, seja eles; políticos, trabalhistas, educacionais e mediantes a saúde. O direito ao voto foi apenas no ano de 1932 e reorganizado pela constituição no ano de 1946, em que todas as mulheres tinham direito ao voto, dados (Constituições brasileiras: 1946. Brasília:Senado Federal e História Wdas Constituições). Entendendo estes pontos citados, voltamos aos anos 80, aqui no Brasil, em que foi o período de grandes marcos, inclusive de conquistas das mulheres. Era um período em que se tinham outros olhos para

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a importância da mulher, que era visto apenas como um meio reprodutivo. Contudo devido á leis e inúmeros protestos igualitários, surgiu o (PAISM-MS; Resolução 123 do Inamps) que incluíram, serviços públicos de contracepção, e que visavam à incorporação da própria mulher cuidando da sua saúde. Já em 1988 o governo havia criado várias coisas em beneficio da população, no mesmo ano era inaugurado o SUS (Sistema único de Saúde) porém não havia operacionalização. No ano de 2000 foi publicada a emenda constitucional da saúde 29, e quatro anos depois, foi instituída a lei de (Politica Nacional de Atenção à Saúde da Mulher). Essa lei aprimorou os cuidados e atenção á mulher além dos atendimentos maternos, oferecendo atendimento materno; Lógica descentralizada; Regionalizada e Hierarquizada.


2010 – Rede de atenção à Saúde no âmbito dos SUS. 2011 – Aprovação da Politica Nacional de Atenção Básica. Nesse mesmo ano criou-se a rede Cegonha (Qualificação obstétrica e Neonatal). Que visa cuidados a Mortalidade materna, parto, pósparto e na infância de 2 anos 2012 – Estabeleceu valores mínimos aplicados pelas esferas do governo e ações anualmente. 2015 – A emenda que altera os artigos: (165, 166 e 198) tornou obrigatória a programação de execução orçamentária.

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Infecção causada por bactéria. Na mulher, tem quadro clínico variado, desde formas quase sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelado e com odor forte na vagina (vaginite) e uretra.

Sífilis : É uma infecção causada por bactéria. No homem e na mulher, 20 a 30 dias após o contato sexual, surge uma pequena ferida (úlcera) nos órgãos genitais (pênis, vagina, colo do útero e reto).

Tricomoníase: A causa é pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher causa corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. Não há sintomas em homens. 20

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Gonorreia :

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Vamos falar sobre algo extremamente preocupante em respeito a saúde das mulheres, as DST’s (Doenças Sexualmente Transmissiveis). Essas doenças estão diretamente ligadas ao contato sexual, de várias situações tanto homem quanto mulher podem estar tendo as doenças a seguir:


Condiloma acuminado ou crista de galo:

Candidíase:

Causado pelo HPV, uma virose que está ligada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. É caracterizado por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher.

Infecção causada por micose que provoca corrimento, causa muita coceira e afeta de 20 a 30% das mulheres jovens e adultas. No homem causa coceira no pênis, vermelhidão na glande e no prepúcio.

Clamídia:

Cancro mole ou bubão :

É a doença sexualmente transmissível de maior incidência no mundo, podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde recém-nascidos de mães contaminadas. Nas mulheres, vem desde os recém-nascidos de mães. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento.

É causado pela bactéria Haemophilus ducrey. Nesse caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.

Herpes genital: Causado por vírus, em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se rompem e causam ardência ou queimação e cicatrizam.

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Sintomas Os sinais de alerta devem ser ligados a diversos sintomas relacionados a possível presença de uma doença sexualmente transmissível (DST). Algumas DSTs não apresentam nenhum sintoma, tais são: Tricomoníase, Gonorreia e Clamídia. O corrimento pelo colo do útero e / ou vagina (branco, cinza ou amarelado), coceira, dor ao urinar e/ou dor durante a relação sexual, mau cheiro na região. Escoando pelo canal urinário, de cor amarela purulenta ou mais clara. Às vezes com mau cheiro, pode vir acompanhado de coceira e sintomas urinários, como dor ao urinar e vontade de urinar frequente. Sífilis, Cancro mole e Herpes genital. Presença de uma ou várias feridas na região genital, dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não de “íngua” na virilha. (referência, Saúde Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis)

Tratamentos Cada doença sexualmente transmissível (DST) tem um tipo de tratamento específico, dependendo muitas vezes do tipo de infecção que se trata. As DSTs podem ser causadas por bactérias, fungos ou vírus, e muitas delas não apresentam sintomas. Desse modo, é fundamental realizar exames de rotina, além de usar o preservativo para prevenir a contaminação. Entre as gestantes, o não tratamento de DSTs pode gerar abortos espontâneos, natimortos, baixo peso ao nascer, infecção 22

congênita e perinatal, nas mulheres com infecções por gonorreia ou clamídia que não são tratadas. Para que se rompa a cadeia de transmissão da DST, é importante envolver seu parceiro sexual no tratamento, mesmo que ele não apresente sintomas. Isso serve para a maioria das doenças, exceto corrimento por vaginose bacteriana e candidíase. O médico ginecologista deverá orientar a respeito. Se você tiver qualquer dúvida, aproveite a oportunidade e pergunte.. Saber qual é o


Cuidados

procedimento indicado no caso de qualquer doença, é preciso que seja identificado por um médico. Buscar informações na internet ou com amigos pode trazer ainda mais dúvidas, então é importante manter um canal de comunicação aberto com seu médico. (dados Ministério da Saúde Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis)

Os cuidados principais quando se refere à prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) é simples: usar camisinha. o preservativo, feminino ou masculino, protege contra a grande maioria das DSTs, garantindo um sexo seguro e sem preocupações. Além disso, previne uma eventual gravidez indesejada. Quando desconfiar de alguma alteração na região vaginal, procure atendimento médico. Os exames proporcionarão informações ao profissional de saúde, indicando quais são os procedimentos necessários para restaurar seu bem-estar. Seja um quadro mais corriqueiro de infecção ou uma doença que exija maiores cuidados, ter um diagnóstico preciso em mãos é o primeiro passo para a recuperação. Deve estabelecer uma relação de confiança com o médico, responsável pelo seu atendimento, quando existem barreiras entre você e o profissional que está atendendo, as orientações que ele dará podem não se adequar a você. 23




Violência domés Violência domés Violência domés Violência doméstica constitui todo tipo de violência ou abuso causado num contexto doméstico, causando morte, lesão física, sexual e psicológica, dano moral ou patrimonial. Sob diversas formas e intensidades a violência doméstica é recorrente e se apresenta no mundo todo, com maior incidência em países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, motivando crimes hediondos e graves violações dos direitos humanos. Sendo em maior número crimes cometidos por homens contra mulheres. De acordo com os dados da BBC News Brasil de fevereiro de 2019; 1,6 milhões de mulheres sofreram algum tipo de agressão, e 42% foram em ambiente doméstico, e mais da metade não denunciou. Uma das imagens mais relacionadas a violência doméstica contra a mulher é a de um homem, namorado, marido, ex…Que agride a parceira por sentimento de posse sobre a vida e as escolhas daquela mulher, as vezes por não aceitar o fim do relacionamento, os motivos variam mas casos como esse são os mais comuns. No Brasil sempre houve muitos casos de violência contra a mulher, principalmente em âmbito doméstico, mas de algumas décadas pra cá as coisas começaram a mudar, o que causou a criação da lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, a fim de proteger, e em caso de abuso levar a justiça e punir o responsável. Mas mesmo facilitando os mecanismos de denúncia e criminalização contra as violências domésticas os casos continuam em número alarmantes, as vezes só levando o agressor à justiça após a morte da vítima.

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FEMINICÍDIO 28

Muitos países, incluindo o Brasil, possuem uma cultura na qual resulta em uma dominação masculina e diversos tipos de hostilidade em relação às mulheres. Casos de violência física, psicológica, sexual, moral são comuns de se encontrar em diversos contextos, no ambiente de trabalho, na comunidade, no ambiente familiar, nas relações matrimoniais, crimes que são realizados pelo desprezo ao gênero feminino. Milhares delas são assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. A este crime se dá o nome de feminicídio. Outro termo existente é o de misoginia, um prejuízo muito antigo causado às mulheres, que se apresenta em forma de ódio ou aversão às mesmas e podem ser apresentado de diferentes formas, principalmente através da discriminação sexual, denigrição da imagem, violência e objetificação sexual das mulheres.Os crimes praticados contra a mulher nem sempre se refere às condições patológicas dos ofensores, mas, sobretudo ao desejo de posse que os agressores têm por essas mulheres. Na maioria das situações elas são culpabilizadas por não cumprirem os papéis de gênero designados pela cultura. Na tentativa de minimizar a violência contra as mulheres, a Lei do feminicídio entrou em vigência em março de 2015, qualificando o homicídio de mulheres como crime hediondo, se este resultar de violência doméstica e familiar ou em razão de menosprezo ou descriminação da condição de mulher.Além da lei Feminicidio, existe no Brasil a Lei Maria da Penha 11.304/2006 que consiste em punir violência contra mulheres no âmbito doméstico, e providenciar as medidas protetivas de urgência.



De

TIPOS

Proteção

Após a aprovação da Lei Maria da Penha, nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, surgiram as redes de apoio às mulheres que sofrem de violência doméstica. Atualmente contamos com nove delegacias especializadas no atendimento à mulher na capital de São Paulo, (DEAM’S). Além disso, temos também o CRAS, Centro de Referência de Assistência Social, que propicia a escuta qualificada, sigilosa e que disponibiliza o acesso aos benefícios como bolsa família e auxílio moradia, são denominados de benefício de prestação continuada. As vítimas podem contar também com o centro de referência de atendimento à mulher, CRAM’S, local que oferece acolhimento acompanhamento social e psicológico, além de encaminhamentos para serviços médicos e para casas de abrigo. As casas de abrigo por sua vez propiciam abrigo temporário e protegido para as vítimas em situação de violência, por fim contamos com a central de atendimento à mulher 180, esse canal oferece orientação sobre os direitos e redes de apoio. Vale ressaltar que mesmo com a crescente ampliação da rede de apoio à mulher, esses meios ainda são insuficientes para atender as demandas, é necessário então criar mais políticas públicas para prevenir, promover e proteger essas vítimas 30


BASTA ! Violência contra

MULHER

Atendimento 24 horas

180 180

é crime DENUNCIE


ENTREVISTA COM

Especialista

Samantha

Curvelo da Cunha

Psicóloga

CRP 06/144813

Qual sua visão em relação a agressão? Vejo a agressão como um problema que infelizmente está enraizado no Brasil, e que não faz distinção de classe social, raça,cor e etnia, atingindo todos em qualquer idade da vida e em diversos contextos, como nas escolas, locais de trabalho, nas ruas, meios de transportes e no ambiente doméstico. No caso da violência contra a mulher podemos tratar como uma questão de políticas públicas e que para sua compreensão é necessário analisar a história do feminino em nossa sociedade. A mulher em sua história era até então submissa ao homem, considerada objeto de troca e posse, a cultura local também pode contribuir para intensificar, naturalizar e cristalizar a violência . contra o feminino

Como auxiliar uma mulher que sofre viloência doméstica? Para confortar uma vítima de violência doméstica é necessário um trabalho muito amplo que engloba profissionais das mais diversas áreas, como Psicólogos, Médicos, profissionais da segurança, justiça e assistência social, só um conjunto de serviços especializados é capaz de prevenir, identificar, registrar, orientar e Quais conscientizar essas vítimas,só assim é possível auxiliar tipos a mulher agredida. Muitas vezes a vítima por medo de trauma e/ ou vergonha não faz a denúncia, por isso é essa mulher de suma importância o atendimento em pode desenvolver, redes, com a confiança e apoio dos mais após ser agredida? diversos setores é possível auxiliála, pois muitas vezes a denúncia As consequências são as mais não é realizada em virtude diversas, pode variar entre as esferas do descrédito no sistema físicas, sociais e emocionais, além de de proteção e insônia, pesadelos ou casos mais graves justiça a mulher. como Transtorno do Estresse pós-traumático , transtornos de ansiedade e transtornos depressivos. 32


Como uma mulher demonstra quando é agredida ? Os sinais podem variar dependendo do tipo de violência sofrida. Nesse contexto, precisamos compreender primeiro os tipos de violência e suas características (sinais). A violência física pode ser caracterizada como empurrões, socos, queimaduras, bofetadas e tentativas de homicídios, ou seja, qualquer dano à integridade física da mulher, a violência psicológica que engloba chantagem, insulto, isolamento, ridicularização, xingamentos, humilhação e desvalorização, sempre para obter, manter e exercer controle sobre a mulher. A violência sexual que se delimita como ato sexual forçado com ou sem a ocorrência de penetração, se caracterizando também como sexo oral ou com uso de objetos. Os sinais mais comuns de identificar são decorrentes da agressão física, em virtude das marcas no corpo, todavia também podemos observar o isolamento social, ou seja, a vítima passa a se distanciar de amigos ou familiares. Além disso, podemos verificar problemas de auto imagem, sentimentos de insegurança, desamparo e desvalorização. Conjuntamente podemos averiguar queixas no discurso das vítimas, como relatos de insultos e empurrões.

Como ajudar uma mulher que tem vergonha de dizer que está sofrendo agressão? O primeiro passo é a conscientização e orientação, muitas vezes a mulher por diversos fatores históricos, sociais e psicológicos têm dificuldade de sair do ciclo de violência doméstica, assim, esclarecer que existe uma rede de proteção capaz de auxiliá- la é fundamental. Outro fator que corrobora para a perpetuação da violência é que a mulher acredita que o companheiro não voltará a agredi-la. 33


PÉROLA BYINGTON Fundada por Pérola Byington em parceria com a educadora sanitária Maria Antonieta de Castro, em 1930 nasce então " A Cruzada" com o objetivo de coordenar e ampliar os esforços feitos em prol das crianças e das gestantes. Após alguns anos (1959) inaugura o Hospital Infantil e Maternidade da Cruzada Pró-infância, onde além dos atendimentos à população, eram oferecidos cursos de formação. Pérola Byington foi diretora geral da cruzada desde

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a fundação até sua morte (1963). Depois de sua morte o Hospital recebe seu nome, como referência e homenagem, uma forma de levar seu legado adiante, poís na época em que foi fundado, a mulher não tinha muitos direito. Atualmente o Hospital passou por uma reforma em sua estrutura e em sua identidade visual, ficando muito mais moderno e dando continuidade a sua referência que foi Perola Byington (sua fundadora). O Redesign trás como proposta a ideia de acolhimento e o sistema reprodutor feminino.




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