Folha Lagunense - Edição#02

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bem estar

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OS PERIGOS DOS INIMIGOS QUASE INVISÍVEIS: OS ÁCAROS

tradição

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ÉIS FILHO DE QUEM? A TRADIÇÃO QUE PASSA POR GERAÇÕES

esporte

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EQUIPE DE FUTSAL FEMININO É DESTAQUE NO SUL DO PAÍS

coluna

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RENATO SOUZA: UTOPIA E PAIXÃO, A SAGA DO POVO LAGUNENSE

FolhaLagunense Laguna, Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2013 - Ano 01 - Edição 02 - Distribuição Gratuita

De Laguna, para os lagunenses!

Prefeito cede entrevista exclusiva Everaldo dos Santos abre as portas do seu gabinete e responde as questões enviadas pelos leitores.  p 04

Farol de Sta. Marta

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Orla da Prainha destruída desde a ressaca do mar em agosto ainda se encontra na mesma situação.

IV Mostra Cultural Escola de Educação Básica

Saúl Ulysséa  p03


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FolhaLagunense

04 de dezembro de 2013

Expediente Jornal Folha Lagunense Laguna - SC Contato (48) 9608-1889 redacao@folhalagunense.com.br Comercial Romulo Camilo (romulo@folhalagunense.com.br)

Colaboradores Mayra Lima (mayra@folhalagunense.com.br) Renato Souza (renato@folhalagunense.com.br) Marcinho Rodrigues (marcio@folhalagunense.com.br)

Impressão Diário Catarinense Tiragem 1.000 exemplares Todas as opiniões expressadas são de inteira responsabilidade dos seus autores. Distribuição Gratuita

Ronaldo Amboni inaugura um novo espaço para expor suas obras Conhecido pelas belas imagens de botos e paisagens de Laguna, o fotógrafo Ronaldo Amboni abre novo espaço, com maiores dimensões para comportar suas obras. No novo local, Ronaldo continuará ministrando seus cursos além de reservar um espaço para apoiar a exposição de outros artistas lagunenses. O novo ateliê foi projetado pela arquiteta Manuela Kuerten, da empresa Casa,

> charge da semana

Coisa e Tal. e conta com uma iluminação especial e decoração que deixam os visitantes ainda mais envolvidos pelas obras. O espaço está localizado na Av. Senador Galotti, em frente ao Hotel Flipper.

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Charge por FABICO

coluna

> Renato Souza renatosouza@infosc.com.br www.renatosouza.blog.br

“Utopia” uma palavra que representa uma fantasia, um lugar que não existe, um mundo paralelo, inatingível. “Paixão” sentimento intenso que ofusca a razão. A união das palavras define parte do povo Lagunense, vivendo em um mundo paralelo onde sonhamos com algo inatingível acreditamos que vamos ter um dia uma cidade mais ordeira, onde o poder público proteja o cidadão, o patrimônio natural e suas belezas conservando e fomentando o conhecimento de sua história, ledo engano. A paixão deixa-nos cegos perante a quase morta cidade, esquecemos de tudo na hora da escolha de nossos representantes, ficamos embriagados com as mais variadas promessas falsas e discursos de uma Laguna melhor, discursos que após tantas outras repetidas vezes já soam como piadas, porém já não rimos mais, do engraçado ao pitoresco para não dizer grotesco apenas continuamos ano após ano seguindo como cordeiros os lobos travestidos de pastores, nossa terra continua crescendo, para baixo, sem auto promoção vivemos do já teve, sonhamos e continuamos apaixonados por utopias. Pouco se faz para melhorar a imagem da terra de Anita, notícias ruins correm os noticiários em rede nacional com frequência, tampouco existe preocupação em elevar a autoestima do cidadão, o que vemos são projetos feitos para agradar alguns poucos, a lei da “farinha pouca meu pirão primeiro” é a máxima de um reino falido, não existe vontade em proteger os nossos botos e nossa história, nossos antepassados estão a deriva, eventos considerados de baixo custo feitos por uma minoria que ainda insiste em acreditar que vale a pena não recebem a importância devida, jet skis desafiam todas as leis e ninguém fiscaliza, monumentos apodrecem entre sujeira, maltratos e vandalismo, cães abandonados e gatos proliferam nas ruas e nos molhes da barra sem um olhar mais atento dos responsáveis pela saúde pública, artistas de várias áreas sofrem para se promoverem, até o mais simples que é um conserto de um banco da praça principal da cidade é esquecido pelo paço municipal, simples cuidados são deixados em terceiro plano. Sonhamos em reviver uma época que não volta mais, vivemos de memórias a cada dia mais esquecidas. Mas nós Lagunenses não desanimamos, orgulhosos dos feitos históricos continuamos apaixonados, esperando por algo mais, torcemos pelo inusitado que nos faça encher o peito e dizer “somos lagunenses e daí?” com o coração e a alma repleta de amor por nossa terra, enamorados a cada por do sol nas docas do cais do porto esperamos por outro dia, outro novo amor, outro encantamento. O futuro clama por algo mais concreto e mais verdadeiro, precisamos deixar de sonhar com as utopias e vivermos a plenitude das paixões, é preciso dar início as revoluções partindo das idéias a concretização das atitudes.


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04 de dezembro de 2013

IV Mostra Cultural Escola de Educação Básica Saul Ulysséa

Por Mayra Lima

Música, Van gogh, Richard Calil Bulos, literatura, fotografia entre outras artes enfeitam e colorem os corredores. Crianças e adultos se encantam pelos projetos que enchem os olhos e os professores de orgulho. As artes fazem parte da Quarta Mostra Cultural do colégio Saul Ulysséa, realizada na última quinta-feira (28). O evento tem como objetivo, expor os trabalhos feitos durante o ano letivo. A mostra é aberta ao público e acontece todos os anos. Os trabalhos são escolhidos pelos professores. No decorrer dos semestres são separados os melhores para a exposição. “Ao ensinar um tema com os alunos, os professores já ficam atentos aos

resultados. E assim, quando todos os alunos têm um bom rendimento em alguma tarefa eles guardam para a futura exposição anual”, explica a diretora Glaucia Guedes. O evento influencia no maior desempenho dos alunos durante o ano letivo. “Como eles já sabem da existência da mostra, muitos se esforçam para que seus trabalhos sejam expostos no final do ano”, afirma Glaucia. Segundo a diretora, a mostra cria talentos e incentiva a cultura, “Muitos alunos, ao verem os trabalhos realizados pelos colegas, sentem-se capazes de realizar seus próprios projetos. É importante que a mostra sirva como um despertar”, afirma.

As Mil e uma histórias de Laguna Há alguns meses atrás nasceu a vontade de falar mais sobre a cidade. Luís Claudio J. Abreu, 13 anos, lagunense e apaixonado por história, escreve semanalmente em seu blog “As Mil e uma histórias de Laguna”. A página já recebeu três mil visualizações. Luís quer ser Jornalista e acredita que o blog ajuda a desenvolver melhores formas de mostrar fatos. “Escrevo o que tenho vontade. Gosto de contar histórias pras pessoas através do meu olhar. Pretendo estudar e seguir essa linha como forma de trabalho também”, garante. O nome do blog surgiu em uma aula sobre a influência árabe na cultura brasileira. Foi a professora de História, Andrea Matos

Pereira, quem incentivou o garoto a criar seu espaço. “O professor só é bom a partir do momento que vê seu aluno o superando. Sou leitora assídua e me sinto lisonjeada de ter feito parte desse projeto”, declara. De acordo com a professora, a turma tem crescido junto com Luís. “Eles passaram a se interessar mais pela aula”, explica.

Sociedade Nua Analisar grandes nomes da música e da poesia brasileira é um grande desafio. Renato Russo, Cazuza, Raul Seixas e Vinícius encantam e emocionam gerações. Com a ideia de levar ao público um olhar diferente, crítico e reflexivo sobre as obras dos mestres citados, o Terceirão 01, criou na aula de sociologia, o livro Sociedade Nua. De acordo com o professor de sociologia e orientador da obra, Luiz Paulo Matias, a interpretação serve para ensinar os alunos a não acreditarem em tudo que veem e captar a essência positiva dos fatos. “Um ser só aprende a ser crítico, criticando. Tudo que é escrito é intencional. Ninguém escreve sem um propósito interpretativo. A intenção é formar jovens que não seguem a massa e sim tocam os gados”, anota. Segundo a aluna, Jéssica dos Santos Gonçalves, a criação do livro e as aulas de interpretação a ensinaram a ouvir música de outra forma. “Parece que tudo ficou claro. Como se um mundo tivesse se aberto a partir do momento

Dos exaustos de pagarem a conta, mas que ainda sonham em colher os frutos de uma grande gestão. Aguardem...

que comecei a prestar atenção e interpretar textos e canções. Espero que esse nosso trabalho tenha continuidade e que outras turmas lancem seus próprios livros”, elucida entusiasmada. A obra teve uma tiragem de 300 exemplares. Para adquirir seu livro basta entrar em contato com os alunos através do telefone 98248916. A arrecadação vai ajudar na viagem de fim de ano da turma.

Professor Luiz Paulo Matias, orientador da obra.

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Capa

FolhaLagunense

04 de dezembro de 2013

EXCLUSIVA: Prefeito responde as questões enviadas pelos leitores Por Romulo Camilo Fotos por Elvis Palma

Nesta segunda-feira (2), o prefeito Everaldo dos Santos abriu as portas do gabinete para o Folha Lagunense. As perguntas foram enviadas pelos leitores para a redação do jornal. De plano diretor à projetos para o próximo ano, Everaldo revela informações exclusivas.

Plano Diretor Folha Lagunense: Na semana passada a

câmara aprovou o plano diretor com artigos polêmicos que o Ministério Público recomendava a retirada pela ilegalidade e inconstitucionalidade. O senhor afirmou para a mídia que vetaria o plano. Esse veto será parcial ou total?

Everaldo: “Vai ser parcial. Vou ir de encon-

tro com o que foi sugerido pelo Ministério Público. As emendas que dizem respeito à Praia da Galheta e ao Gravatá serão vetadas. Os outros artigos ainda serão estudados.”

Folha Lagunense: Vetando essas emendas que foram propostas em grande parte por vereadores da sua bancada, não haverá um risco em gerar um desconforto entre as partes?

Everaldo: “Eles têm suas posições, assim como tenho a minha. Essa situação é muito delicada. Além de eles enfrentarem uma grande dificuldade com a população, principalmente na região da ilha, ali é um local que deve ser preservado. Eles avançaram muito nessa emenda dando espaço à construção de casas e mansões. Eu sou totalmente contra em relação a isso.” Folha Lagunense: Sabe-se que hoje com

dois terços dos votos da câmara consegue-se quebrar o seu veto. Qual é o seu posicionamento diante disso?

Everaldo: “Eu já conversei com os verea-

dores Hirã, Thiago e Valdomiro e mais alguns vereadores que acompanharam essa votação, falei sobre a minha intensão de vetar e alertei sobre a responsabilidade que eles estão assumindo . Eles vão ter que arcar com as consequências. Vejo o entrosamento entre o Ministério Publico Estadual e Federal para intervenção com uma ação civil pública contra as pessoas que aprovarem as emendas e derrubarem e veto”.

Folha Lagunense: Vetando o Plano Diretor o que fica evidenciado é a falta de alinhamento entre a bancada governista e sua administração. O senhor pretende fazer mudanças na composição dos cargos e secretarias, visto que muitos comissionados e cargos de confiança são indicações dos vereadores contrários a sua linha de governo, estes vereadores ainda são aliados na gestão do município, ou seria o momento de romper acordos e dar a po-

pulação uma resposta mais firme?

Everaldo: “Eu vejo com uma outra ótica. Tenho uma base na câmara que esta lá para aprovar ou rejeitar aquilo que for de interesse público. Vejo que tem até vereadores da oposição que se sente confortável em acompanhar o meu veto. Eu não vou obrigar nenhum vereador e nem dizer como ele tem que votar. Obviamente o vereador que é da base e viu a minha posição, em respeito à mim e a população, deverá acompanhar o veto. Mas caso o contrário não é por isso que eu cortarei o diálogo, não é por ai. Fui vereador por quatro mandatos e nunca contrariei o posicionamento do Ministério Público”. Não quero interferir no poder legislativo, mas não quero que amanhã ninguém diga que o prefeito não avisou”. Folha Lagunense: Tendo em vista a discussão quanto ao desenvolvimento da região da Ilha, quais são as alternativas que o senhor daria? Everaldo: “Existem vários locais que podem se desenvolver sem ser a praia do Gravata. No caso da região da ilha, com o ecoturismo. Não há a necessidade de desmatar para construir casas e mansões. Por exemplo, os empresários responsáveis pelos negócios do Ronaldinho Gaúcho e seu irmão estão viabilizando um condomínio fechado que compreende à região entre Campos verdes até o Canto da Lagoa. Eles estão ali com um empreendimento de grande porte que será importante para a cidade de Laguna e região. Tudo isso preocupado em não degradar o meio ambiente”.

Temporada de Verão Folha Lagunense: Nossas vias de acesso

estão precárias. Qual a sua estratégia para fazer com que o nosso turista chegue à cidade e aproveite a temporada de verão, valendo à máxima: “A primeira impressão é a que fica”.

Everaldo: “Estarei conversando com o vice-governador ainda essa semana para viabilizar a estrada da Praia do Sol/Praia do Gi e uma segunda situação, a Estrada Geral da Barbacena. Essas duas estradas tentaremos entregar ainda esta temporada. A estrada da Madre, que liga Laguna à Tubarão, pela região da ilha, a prefeitura de Tubarão está realizando a obra na parte que compete à

eles e na nossa parte já estão contratadas as máquinas para iniciar as obras. Assim, amenizaremos o problema dos veranistas vindo da região da Amurel. Quem vem do Rio Grande do Sul estamos com as obras da SC-100 bem adiantadas. Estamos focados realmente no acesso norte da cidade. E tudo depende dessa conversa que teremos essa semana. Para resumir, o acesso Br 101/Praia do Sol/Laguna Internacional “.

Folha Lagunense: Essas são obras que

demandam bastante tempo e energia por parte do senhor. Por outro lado há problemas que aparentemente são fáceis de resolver, mas que ainda estão sem uma solução. Estamos desde junho sem a iluminação e sinalização no trevo da cidade. O que o senhor tem a dizer quanto a isso?

Everaldo: “Estou cobrando do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transito). Essa semana ainda vou conversar com os responsáveis do DNIT para tomar uma medida paliativa, ao menos para atender ao turista e veranista e melhorar a visibilidade do acesso à Laguna. Os problemas que tem hoje são por causa da obra. Depois de concluído a obra a iluminação vai até a Ponte Anita Garibaldi. Vão ser quase três quilômetros de iluminação. Isso é uma outra discussão que eu estou tendo com o Ministério dos Transportes e o DNIT. Porque o problema não é a iluminação, mas sim quem vai pagar a conta. O município não tem condição de bancar a conta de toda essa energia. No trevo, por enquanto, adotaremos a uma medida paliativa com quatro refletores de mil watts e placas indicativas para a entrada de Laguna nos dois sentidos. Inclusive já há uma licitação lançada para a

sinalização Turística na BR-101 de Itapirubá até a Ponte Anita Garibaldi. Para isso, foi disponibilizada pelo Ministério do Turismo uma verba de R$500 mil”.

Folha Lagunense: Medidas emergenciais já foram tomadas perante o esgoto da praia. O que temos de concreto para a solução do problema?

Everaldo: “Estou cobrando fortemente da CASAN quanto a esse caso. No Mar Grosso a CASAN cobra um valor altíssimo para a taxa de esgoto. O que eu propus a CASAN é uma parceria técnica. O maior problema é o esgoto clandestino cloacal ligado à rede pluvial, a solução seria fazer uma ligação direta com o emissário submarino. Gostaria muito de resolver esse problema ainda nessa temporada, mas não depende só da prefeitura”. Folha Lagunense: E quanto a Avenida

João Marronzinho?

Everaldo: Foi protocolado no BRDE (Ban-

co de Desenvolvimento do Extremo Sul) 10,6 milhões, o governo do estado disponibilizou 6 milhões e o resto vem de contrapartida do município.

Folha Lagunense: E o prazo de conclusão

da obra?

Everaldo: “Estimo que pela complexidade da obra levará de 1 ano e 3 meses à 1 ano e meio. A estratégia que usaremos é fazer um lado da pista primeiro, e quando essa estiver pronta, partimos para a finalização do outro lado. Pelo menos, para a próxima temporada, um lado já estará pronto”.


FolhaLagunense Folha Lagunense: Quanto aos eventos

que irão acontecer na Praça Seival, a prefeitura terá participação no investimento?

Everaldo: “Não, mas deveria, já que vários municípios fazem isso e dão contrapartida. Mas, fizemos um acerto de cedermos o local público e a empresa entrar com o investimento. Mas para isso, propomos que os primeiros lotes terão preços especiais e arrecadação de alimentos destinadas para entidades filantrópicas da cidade”. Folha Lagunense: Carnaval. Muito foi falado sobre a alteração do trajeto tradicional do Bloco da Pracinha. A ideia parte da secretaria de Turismo. Hoje, como está a questão do trajeto? Qual a sua opinião sobre isso e o que está decidido? Everaldo: “A princípio, o secretário de turis-

mo João Carlos, queria fazer uma mudança, onde o bloco sairia do porto e iria até a orla. Pensando na segurança dos foliões. Houve um entendimento entre a Polícia Militar, a Secretaria de Turismo e a diretoria do bloco para a permanência do trajeto tradicional. Quem sabe em 2015 conseguimos alterar”.

Folha Lagunense: O prefeito não acha

que alterando o trajeto mudaria a essência do carnaval de Laguna, já que o bloco é o mais tradicional da cidade?

Everaldo: “Acho que não. Tudo depende de reeducar os foliões. E mostrar pras pessoas que “O tamanho da batata não altera a maionese”. Quem vai ao bloco pra festar e aproveitar, o trajeto mal importa. Eu penso principalmente na questão da segurança”. Folha Lagunense: Há pouco tempo sur-

giu uma empresa para a captação de recursos para o carnaval. Qual a intenção da prefeitura em ceder a responsabilidade do evento para a empresa?

Everaldo: “Isso era algo que já deveria ser

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04 de dezembro de 2013 feito nas administrações anteriores, faltou criatividade. A prefeitura, mais precisamente a secretaria de Turismo, elaboraram projetos, abrimos uma licitação e credenciamos a empresa para buscar os recursos. Foi feito um trabalho de marketing para desenvolver alternativas e parcerias. O que vai ser diferente esse ano é que não precisaremos investir uma verba que poderia ser usada para sanar outros problemas da cidade”.

Folha Lagunense: O senhor falou que a empresa vai investir uma certa quantia em dinheiro no carnaval de Laguna e ela provavelmente espera ter um lucro em cima disso. A dúvida é: O carnaval passará a ter algum custo para o folião? Tenta-se assim elitizar o carnaval de Laguna? Everaldo: “Não, não altera em nada. O carnaval continua o mesmo. A diferença é que teremos uma marca de cerveja apoiando o evento, um produto a ser vendido. Laguna só terá vantagens com essa parceria. Ninguém vai pagar nada e ainda teremos shows nacionais, algo que nunca houve na história da cidade. Sem custo nenhum ao município e muito menos ao folião. Além de toda a mídia em cima do evento. Estaremos em rede nacional”. Folha Lagunense: Sobre as escolas de

samba houve uma dúvida do leitor. Sabe-se que no carnaval de 2013 o Governo Estadual e o próprio município passaram para as escolas de samba 600 mil reais. O leitor gostaria de saber para onde vai o dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos e do estacionamento cobrado.

Everaldo: “Quem pode responder isso é o presidente da liga. É a liga quem administra esse recurso. Estamos tentando novamente, com o governo do estado, a liberação de 800 mil reais para as escolas de samba”. Folha Lagunense: Qual a programação

para o Réveillon?

Everaldo: “A novidade é que a mesma empresa que será responsável pelo carnaval vai ficar responsável pelo réveillon. Também te-

remos shows nacionais abertos ao público no evento de final de ano. Há uma expectativa de 400 mil pessoas”.

Folha Lagunense: A prefeitura vai arcar com esses custos de toda essa estrutura? Everaldo: “Não, todos os anos a prefeitura paga as atrações, estrutura, segurança, banheiro químico. Este ano será diferente, tudo ficou a cargo da empresa que ganhou a licitação para captação dos recursos. A prefeitura se encarregará somente do show pirotécnico. Serão 15 minutos de fogos instalados em dois pontos do Mar Grosso. Um em frente ao Ponto Dez e outro nos Molhes da Barra. Para a população elogiar e não criticar”. Folha Lagunense: O problema dos cães

de Laguna vem se alastrando a cada dia. O que falta para a construção do espaço para acolhimento e tratamento desses animais. Isso envolve a saúde pública. Quais as ações nesses 11 meses de mandato para solucionar o problema?

Everaldo: “Uma das coisas que nos preocupa é a situação do canil. Mas é uma situação difícil, se fosse fácil até a administração anterior tinha resolvido. Em breve solucionaremos o problema. Já foram contratados médicos veterinários e já se tem uma parceria com a iniciativa privada. Mas, deixei tudo isso a cargo do secretário de Saúde, Luiz Felipe Remor. Ele está tratando diretamente desse assunto”. Folha Lagunense: Chegaram informa-

ções que as doações feitas pela iniciativa privada estão armazenadas indevidamente. A informação procede?

Everaldo: “Isso se trata de um boato. Colocamos técnicos para averiguar esse assunto e o que foi passado é que o cimento doado não estraga facilmente quando a embalagem está lacrada. Mesmo quando aberto, a validade é de 15 a 30 dias. Se ele for lacrado devidamente tem durabilidade de, aproximadamente, 9 meses”.

Em primeira mão, o prefeito Everaldo dos Santos mostrou ao Folha Lagunense o projeto do novo pórtico da cidade. O novo pórtico será um monumento que remeterá as belezas e à história de Laguna. “Devemos licitar a obra em Janeiro. Estamos esperando à definição das obras do trevo. O custo do projeto não é uma “Babilônia” serão investidos 457 mil reais. Se não conseguirmos com o governo do estado vamos fazer com verba do próprio município”.

Oportunidades Folha Lagunense: Hoje o SINE de Laguna tem uma taxa de empregabilidade entre as melhores do estado, muito deve-se as obras na ponte. Qual a estratégia que o senhor vê para continuarmos com esses ótimos índices para os próximos anos? Everaldo: “Uma das estratégias para isso é a recuperação de uma área de interesse público para a criação de um distrito industrial e trazer mais empresas. Estamos levantando um projeto e em breve viabilizaremos essa área industrial próxima a BR para dar acesso à ferrovia e ao porto de Imbituba.”.

Política Folha Lagunense: O prefeito está prepa-

rado para enfrentar a opinião pública e defender sua coligação as vésperas de um ano eleitoral, sabendo do acordo nacional já pré-estabelecido com PMDB, PP e PT? O político Everaldo dos Santos subirá no palanque com o ex-prefeito Célio Antônio do PT e o presidente da câmara Roberto Alves do PP?

Everaldo: Não, eu não sou simpático ao ex-

-prefeito Célio Antônio. Passei muito trabalho resolvendo pepino dia-a-dia, trabalhando dez meses, até nos finais de semana só pra regularizar problemas de outras gestões. Teve até funcionário que apagou senha para atrasar nosso trabalho.

Folha Lagunense: Então qual será a es-

tratégia para conseguir votos sem precisar subir ao palanque?

Everaldo: Eu disse a Ministra Ideli Salvatti

o seguinte: Aonde o ex-prefeito Célio Antônio estiver no palanque eu não subo. Se quiserem que eu ajude a presidente Dilma, até por motivo de lealdade, já que tenho conseguido uma boa abertura com o Governo Federal por conta dela, não vou ter vergonha em trabalhar para ela, desde que não tenha interferência do ex-prefeito Célio Antônio.

Planos para 2014 Folha Lagunense: O que o senhor tem a dizer para a população na véspera de um novo ano. Laguna terá realmente um algo novo em 2014 para se orgulhar? Qual o projeto que o senhor irá eleger como prioritário para mudar a imagem do executivo junto à opinião pública? Teremos de fato uma nova Laguna? Everaldo: Estamos trabalhando no projeto das usinas de energia eólica, o acesso via Praia do Sol, a construção da estatua Santo Antônio, contribuindo para o turismo religioso e a estadualização do porto de Laguna. Além disso, teremos o início da obra da Avenida João Marronzinho e Estrada Geral da Barbacena. Outra novidade é a realização da República Anita Garibaldi e o Festival Gastronômico. Concretizar tudo isso é a meta pra 2014.


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04 de dezembro de 2013

coluna

Marcinho Rodrigues marcinho@folhalagunense.com.br

Na cantina da Universidade. Há alguns poucos dias, que de tão poucos não somam um punhado, fui, como de costume, ao Restaurante Universitário, local frequentado por, querendo ou não, a elite da educação catarinense. Aqueles jovens no topo da cadeia alimentar do conhecimento, a nata que repousa sobre o leite brasileiro da educação. Servi-me do já costumeiro buffet simples e equilibrado de cada dia, que, como dizem as más línguas, não chega a ser nem bom, nem ruim. É simplesmente um e cinquenta. Opções simples, que não chegam a encher os olhos de um advogado, mas alimentam os de um estudante de orçamento contido. Sim, é o que há de melhor possível a simplórios um real e cinquenta centavos. Mais barato do que uma... Eu ia dizer coxinha, mas as coxinhas estão custando muito mais de R$ 1,50... O RU (érre-u para os calouros, ou simplesmente Ru para os mais habituados) é um local onde ricos, pobres, engravatados, largados, hippies, roqueiros, e outras tantas tribos se encontram para o sagrado almoço de cada dia. Creio ser o local na UFSC onde o termo Universidade tenha seu real significado. Como disse, o cardápio não tem muitas opções: arrozes (parbolizado e integral), feijão (sem chouriços ou frescuras, para agradar todos os gostos – especialmente o dos vegetarianos, neste caso), lentilha, algum acompanhamento quente (macarrão com algum tempero, aipim cozido, batatas-doces, brócolis, couve-flor...), e uma porção de carne, servida por uma gentil servidora do restaurante. Costumeiramente há duas a três opções de salada, e uma sobremesa. Você deve estar pensando: “Poxa vida, e tudo isso a R$ 1,50?”. Sim. Eu acho ótimo, mesmo. Além de equilibrada, tem um preço módico, que chega a ser simbólico. Bem... Após ter me servido dos pratos quentes e pular a guardiã da proteína – sem deixar de, contudo, dar-lhe um sorriso seguido de um “Não como carne, muito obrigado.”, servi-me de agrião e tomate e cebola. Parti rumo à busca de um lugar para me aconchegar e fazer a principal refeição de meu dia. Sim, havia um mar de gente, como todos os dias. Não sei ao certo a quantidade de refeições que são servidas diariamente naquele lugar. Mas volta e meia me pego pensando nesse numeral. Ao avistar um espaço vago, indaguei gentilmente às pessoas próximas se, por acaso, alguém estaria ocupando previamente aquele assento e se ali poderia me sentar. Uma bonita moça que estava à frente do meu pretenso refeitório, dona de belos cabelos lisos castanhos, e com traços levemente orientais, igualmente com gentileza, respondeu um breve “Pois não.”, seguido de um sorriso amistoso, simplesmente cordial. Portava-se com extrema leveza à mesa, bastante educada. Contrapartida, ao meu lado, uma outra jovem moça, que se portava de modo a dar inveja aos ruminantes. Eu jurava escutar o barulho das quatro câmaras de seu estômago. Uma tristeza sem fim. Tentei me concentrar em minha kitsch refeição de cada dia. Aquela moça fina, ao sair, lançou um breve “Com licença”, seguido de um outro sorriso, sem qualquer tom lascivo. Aquela sensação me prendeu pelos minutos que procederam meu almoço e um pouco mais ainda. Fiquei surpreso de como os simples gestos de bons modos que demonstrara me fascinaram. Prenderam minha atenção, de verdade. Minha conclusão não teria como ser outra: poucos gestos podem ser tão sensuais como a demonstração de bons modos à mesa, seja num restaurante refinado, seja num Restaurante Universitário. Àqueles que insistem em mastigar de boca aberta, segurar os talheres de maneira estranha, peço a devida vênia. Educação à mesa é o verdadeiro “sexy, sem ser vulgar.”. A antítese é verdadeira.

Tradição de gerações

Por Mayra Lima

Éis filho de quem? A cada dois metros encontra-se um conhecido, amigo do amigo, primo distante, amigo da família ou ex-colega de classe. A sensação que os lagunenses têm ao caminhar nas ruas da cidade é a de conhecer, praticamente, todos que estão ali. Quando há dúvidas sobre quem é tal pessoa, vem aquela pergunta, geralmente dita pelos antigos: Tu és filho de quem? E basta alguns minutos para descobrir de onde vem o fulano. Esse efeito circular do conhecer que existe entre as famílias lagunenses é frequente para muitos na cidade. Uns admiram a tradição e acreditam que ao conhecer a maioria das pessoas, o lugar se torna mais seguro. Outros não gostam dos rótulos intitulados pelos antigos. Entre prós e contras, ao caminhar no Centro é mais fácil cumprimentar quem lhe dá um sorriso, vai que é um parente distante? Menina Loirinha A tradição das gerações faz parte da escritora Renata Braz desde pequena. “Aquela menina loirinha, filha do Renato do Bloco Rosa, sabe?”, segundo ela, essa frase é comum aos seus ouvidos. Para Renata, essa forma de informação rotula. “Desde sempre escuto essa referência, mas prefiro ser conhecida por quem eu sou”, afirma. De acordo com Renata, para conquistar seu próprio espaço é preciso aprender a desvincular. “Hoje posso dizer que estou no caminho, tudo que conquistei foi com muito esforço e não por carregar um bom nome”. Renata é autora da trilogia Apaixonei-me pelo meu ídolo – Para Dante.

Os Belinhas Thiago Roussenq também é participante dessa cultura de cidade pequena. A avó tinha uma peixaria, muito conhecida na cidade, chamada Belinha (apelido da proprietária), no bairro Magalhaes. Segundo ele, poucos o conhecem pelo seu nome. “Alguns me chamam de Thiago Belinha, outros só de Belinha. Meu pai é o Dê da Belinha, meus tios são o Nado da Belinha, Dico da Belinha, e assim por diante. Todos carregam o nome consigo”, ressalta. O lagunense já foi reconhecido até em outra cidade por conta da sua avó. “Em meados de 2009 estava em um restaurante no Rio de Janeiro e fui identificado pelo sotaque “cantado” típico da terra. O garçom era de Porto Alegre e já havia estado de em nossa capital Juliana. Me apresentei como Thiago, disse que era do Magalhães e morava próximo a peixaria da Belinha. Para minha surpresa ele perguntou: Tu és parente da belinha da peixaria? Me identifiquei como neto e ele se mostrou surpreso, conhecia minha avó”, conta. Para Thiago o rótulo é positivo, “É interessante essa ligação que existe em razão do parentesco. É algo único, típico da cultura Lagunense e não deve se perder como muitas outras coisas que foram deixadas de lado pelo município”, lembra.


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Orla da Prainha do Farol continua sem reforma Construída em 2008, a orla da Prainha do Farol foi danificada pela ressaca do mar em Agosto e desde então se encontra na mesma situação. Por Romulo Camilo Por Romulo Camilo

A orla da Prainha do Farol foi construída a partir de fevereiro de 2008 e teve um custo ao município e ao Ministério do Turismo de R$195.133,00. A obra foi realizada em 270 metros e incluiu a pavimentação da avenida, calçadas de passeio, estacionamento, iluminação do passeio, bancos, floreiras, arborização e adaptações para cadeirantes. Em agosto desse ano, após dias de muita chuva e ressaca do mar, parte da orla foi danificada tirando o acesso do calçadão a areia e deixando a tubulação a mostra, e, até o momento encontrasse na mesma situação. A Prainha do Farol é o centro do comércio e turismo naquela região abrigando bares, restaurantes e pousadas. Os comerciantes alegam que com a orla na situação que se encontra, os turistas buscam outras praias como o Cardoso e Cigana, enfraquecendo o comércio naquela localidade. “Desde agosto estamos com a prainha nesse estado, o turista não tem como descer para a praia e dos poucos que tentaram, alguns chegaram a se machucar. O secretário prometeu a reforma, mas diz que os projetos estão parados por falta de verba. Isso mexe com o nosso comércio e com o turismo.” Elder Ávila, comérciante na Prainha.

Orla destruída dificulta o acesso à praia impactando no comercio local.

O Ministério Publico, através de ofício com data de 16 de outubro, instaurou um Procedimento Preparatório para apurar supostas irregularidades na execução da obra, solicitou o envio de toda a documentação referente a licitação da obra e determinou que o município realize a verificação através dos seus engenheiros, dos materiais utilizados, se eram apropriados e se os danos ocorridos são resultados de uma má execução por parte da empresa contratada. Caso a constatação de má execução for positiva, o Ministério Público solicita a informação das medidas adotadas pelo município contra a referida empresa. De acordo com o Prefeito Everaldo dos Santos, a obra para restauração da orla custaria em torno de R$862.000,00 segundo levantamentos da Secretaria de Planejamento e a prefeitura não teria como arcar com os custos sem ajuda do governo estadual ou federal. “A questão da Orla da Prainha é financeira. De acordo com levantamentos a obra custará R$862 mil, já que terá uma estrutura que suporte as próximas ressacas. O projeto está na Defesa Civil a quase dois meses, eu mesmo levei ao Governador e ao Vice-Governador. E é pela Secretaria da Defesa Civil que virá a ajuda.” Relata o Prefeito Everaldo dos Santos. Para uma nova obra ser executada e resolver o problema na Prainha do Farol, segundo o Procurador do Município, Dr. André Oliveira dos Santos, é necessário o laudo dos engenheiros atestando se o dano causado foi decorrente de má execução por parte da empresa contratada, confirmado o parecer o município aplicará sanções a empresa e então, a partir de dotação orçamentária abrirá nova licitação. A finalização do processo e a abertura de uma nova licitação ou sanções a empresa responsável deve levar de 45 a 60 dias

Ofício encaminhado ao Prefeito Everaldo dos Santos pelo Ministério Público

Saiba mais A orla da Prainha do Farol foi construída a partir de fevereiro de 2008 e teve um custo ao Ministério do Turismo de R$195 mil e uma contrapartida do Governo Municipal de R$ 32 mil. A obra foi realizada em 270 metros da orla e incluiu a pavimentação da avenida, calçadas de passeio, estacionamento, iluminação do passeio, bancos, floreiras, arborização e adaptações para cadeirantes.


FolhaLagunense

04 de dezembro de 2013

Futsal feminino de Laguna é destaque no sul do país

Por Romulo Camilo

Todas as dificuldades não foram suficientes para fazer o técnico Gabriel Marçal desistir do sonho de levar suas equipes de Futsal feminino e o nome de Laguna pelas quadras do estado. O resultado de toda essa dedicação foi a excelente campanha das equipes treinadas por Gabriel, trazendo para Laguna o título da etapa estadual do torneio sul-brasileiro e o credenciamento para a etapa interestadual da mesma competição.

Para treinar as equipes da categoria sub15 e sub-17, Gabriel relata que ele e a própria equipe dividem as despesas e que para as viagens

organizam eventos, bingos e rifas. “Temos alguns colaboradores, mas que não são fixos, ajudam quando precisamos viajar e o dinheiro que falta, buscamos através dos eventos, bingos e rifas” argumenta Gabriel. Saiba mais A equipe treina desde 2009 e além das atletas lagunenses, há também meninas de outras cidades da região. Nas finais da etapa catarinense do torneio Sul-Brasileiro, a equipe Sub-15 ficou com a terceira colocação e a equipe Sub-17 sagrou-se campeã. Além da premiação por equipe, ainda tiveram dois destaques por atuação da goleira Maria Alice Fautino, de 14 anos, por ser a menos vazada da competição e a artilheira do campeonato Thainá Martinho, de 17 anos.

O Técnico Gabriel Marçal e a goleira menos vazada Maria Alice Faustino, de 14 anos

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bem estar Ácaros: Minúsculos e perigosos Um dos maiores responsáveis por doenças respiratórias, os ácaros são invisíveis aos olhos humanos. Eles podem ser encontrados em carpetes, cortinas, almofadas, travesseiros e outros móveis, especialmente quando esses locais são quentinhos e cheios de escamação humana e animal. Para se livrar desses pequenos moradores indesejados é necessário realizar limpezas periódicas Para combater os àcaros a empresa Dona da Limpeza investiu maciçamente na na higienização NANO UV-C. Essa tecnologia associada a métodos químicos de desinfecção, torna completo o processo de higienização de objetos. Em um colchão comum, por exemplo, pode ter de 100 mil a 10 milhões de ácaros. O sistema de desinfecção através de lâmpadas germicidas (semelhante a uma lâmpada fluorescente), que produzem luz de Ultravioleta-C de ondas curtas, ioniza o oxigênio para produzir ozônio, letal não só aos ácaros, mas também a bactérias, vírus e outros micro-organismos presentes.

Entenda o processo Os micro-organismos são estruturas orgânicas simples que facilmente absorvem o comprimento de onda UV-C, atuando diretamente e alterando o material genético (DNA) das células, impedindo assim sua reprodução. A perda genética provoca a morte celular ou a incapacidade de se reprodução, tornando-se inofensivos. Isso ocorre devido a uma frequência eletromagnética com comprimento de onda menor do que a luz visível, maior que a do raio X (portanto com menor energia que a do raio X, maior que a luz visível). E com capacidade para produzir alterações físicas quando absorvidas por substâncias orgânicas.


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