Membro Honorário da Ordem do Mérito
Boletim do Rotary Club de Carnaxide
“MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
Informações sobre o Clube e este Boletim PRESIDENTE: Manuel Fernandes Barroso Praceta Augusto Ferreira Geirinhas, Lt. 2 - 2ºB—2685-023 SACAVÉM SECRETÁRIA: SANDRA ISABEL DE MATOS BRANCO Rua Alegre, 5-r/c, Esqº.—1495-012 ALGÉS SECRETÁRIA ADMINISTRATIVA: ESMERALDA PIRES FIGUEIREDO CANEDO TRINDADE Praceta Gomes Leal, Lote 1—Atibá—2645-292 Alcabideche REUNIÃO SEMANAL – 5ªs. Feiras 21:30H na Sede - na 3.ª Semana é de Jantar pelas 20:30H no Amazónia Jamor Hotel, em Queijas SEDE: Largo Frederico de Freitas, 16-C, - 2790-077 Carnaxide HOTEL: Rua Tomás Ribeiro, 129 – Queijas CONTACTOS: rccarnaxide@gmail.com Telemóveis: 00 351 917 584 563 / 965 086 848 / 917 958 889 Membro de Rotary International nº 28 489 — Distrito 1960 Admitido em Rotary International: 17 de Janeiro de 1992 Constituído em Associação por Escritura Pública de 15 de Março de 2005 Pessoa Colectiva nº. 506 602 672 Editor do Boletim: Esmeralda Pires Figueiredo Canedo Trindade Revisor: José Manuel Trindade
Sumário Editorial Mensagem do Presidente de R.I. Notícias de R.I. Artigo de Fundo Aqui há Saúde Notícias do Clube Curiosidades O Cantinho das letras Espaço dos Gulosos Informações Úteis
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geis, que são os filhos. Nas classes mais abas‐ tadas e instruídas, as separações são normal‐ mente fruto do egoísmo e da intolerância. o que gera nos filhos um desequilíbrio psíquico que afecta as suas vidas, muitas vezes de maneira irreparável.
A Família Rotária Rotary International dedica o mês de Dezem‐ bro a um maior envolvimento da Família Rotária. Esta é a época do ano em que os sentimentos de amor, fé, esperança e fraternidade se tor‐ nam mais visíveis, e os seres humanos se aproximam mais uns dos outros Mas é na família – a Instituição mais antiga do mundo – que efectivamente encontramos o apoio indispensável para que juntos possa‐ mos obter forças e compreensão. Com efeito, quando um homem se liga a uma mulher e eles passam a conviver harmoniosamente, as perspectivas de uma vida melhor são muito grandes. Os filhos desse casal serão, certa‐ mente, os maiores beneficiados com a segu‐ rança desse entendimento pacífico. Ao con‐ trário, quando o pai e a mãe se desajustam, os filhos são os que mais sofrem, pois falta‐lhes a confiança e o exemplo de quem tem a obri‐ gação de os orientar.
A nossa Organização tem consciência desse problema, e já há alguns anos que vem reco‐ mendando que o mês de Dezembro seja dedi‐ cado a este tema, mas que o deverão fazer o ano inteiro.. Por isso a Família tem sido uma das ênfases presidenciais nos últimos anos, e por isso também é recomendado aos clubes que desenvolvam acções para atenuar os efeitos dessas situações. Assim, cada Rotary Club deve promover iniciativas que contribuam para evitar a desagregação familiar. Nesta altura, precisamos enfatizar o sentido maior que nós rotários devemos dar ao conceito de família, que abrange não apenas as relações resultantes dos laços de sangue, mas engloba também a grande Família Rotária, represen‐ tada não só pelos nossos familiares, na con‐ cepção restrita da palavra, mas também pelo Companheirismo e pela Amizade que une os Rotários e os seus familiares. A todas estas pessoas devemos o nosso apre‐ ço, amor, admiração e carinho, compartilhan‐ do um ideal que foi implantado no mundo há mais de cem anos, e que nos anima a prosse‐ guir na tarefa de Fazer o Bem no Mundo.
Infelizmente, a desagregação das famílias tor‐ nou‐se normal em todas as camadas sociais. Nas classes menos favorecidas, as separações são encaradas como corriqueiras, e até com desprezo pelo futuro dos envolvidos mais frá‐
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Para o mês de Dezembro de 2011 Queridos Irmãos e Irmãs em Rotary,
No final de Agosto, eu e a Binota estáva-
Uma das minhas principais prioridades é incentivar a participação da família nos serviços rotários. Tenho certeza que os rotários nunca devem ter que escolher entre o Rotary e suas famílias. O Rotary deve servir para unir ainda mais as famílias. Para mim, se eu não puder levar a Binota comigo a um evento, eu simplesmente não vou! O Rotary não é apenas para mim, mas sim para nós os dois. Quero encorajar os distritos a receber as famílias nas Conferências Distritais, envolver os cônjuges e crianças em projectos humanitários e planear reuniões levando em consideração as famílias dos rotários. Quanto mais as famílias participarem, mais a nossa organização crescerá. O que é o Rotary? Sem dúvida muitas coisas, porém pode resumir-se nesta frase: Ame ao próximo como a si mesmo.
mos no Gana quando o vice-chairman do Conselho de Curadores da Fundação Rotária Sam Okudzeto e rotários locais nos levaram à cerimónia de inauguração de um projecto de água numa pequena vila chamada Abutia Teti, há aproximadamente 60 quilómetros de Acra. Chegamos lá por volta das 11 horas da manhã, e parecia que toda a comunidade estava à nossa espera desde cedo para nos dar as boas-vindas. No passado, as mulheres precisavam de caminhar cerca de 5 km carregando baldes de água que pegavam no rio. Agora, eles possuem uma fonte de água limpa e segura vinda do poço da vila. Este foi um projecto simples, porém eficaz, que o Rotary organizou em conjunto com a USAID. O que mais nos impressionou naquele dia foram as famílias: homens, mulheres e crianças, todos dançando, cantando e dan- O Rotary é amor, e este amor começa do-nos as boas-vindas. Aquele momento connosco e com aqueles mais próximos fez-me pensar que em todo o mundo as de nós. comunidades são formadas por famílias. Fico muito feliz que a prioridade do Rotary este ano seja a família, onde a vida, o nosso dia e o serviço rotário devem começar. Porque é a família, não o indivíduo que é a base da comunidade e do Rotary. “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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Parte de uma foto panorâmica doada pelo Rotary Club de Rapid City Rushmore, South Dakota, EUA, que mostra rotários em frente à igreja batista de Council Bluffs, Iowa, durante a Convenção de 1928. (Rotary Images) Os arquivos do Rotary estão repletos de artefactos, fotografias e documentos. As generosas con‐ tribuições dos clubes e de rotários criaram uma valiosa colecção que narra mais de 100 anos de Dar de Si Antes de Pensar em Si. As doações incluíram cartas escritas por Paul Harris, partituras de músicas sobre o Rotary e scrapbooks (álbuns de fotografias e recortes) documentando as actividades do clube e do distri‐ to. O Rotary Club de Rapid City Rushmore, South Dakota, EUA, doou três fotografias panorâmicas de 1920, entre elas uma foto tirada durante a Convenção do RI de 1926 em Denver, Colorado. Luis Casero Guillén, que serviu dois mandatos como presidente do Rotary Club de Santiago de Cuba em 1930, documentou a sua vida familiar e actividades do Rotary em 29 scrapbooks. Após a sua morte, a família doou as partes do scrapbook sobre os eventos do clube e distrito até 1950. Estes artigos doados foram adicionados ao arquivo do Rotary, pois fornecem informações sobre áreas de interesse. Os arquivos também contêm documentos sobre as decisões do Conselho Director do RI e publicações produzidas pelo Rotary International, incluindo a revista The Rota‐ rian e anais de convenções. Você possui um tesouro rotário que gostaria de doar? Se sim, entre em contacto com o departa‐ mento Rotary History and Achives pelo e‐mail history@rotary.org. Materiais de convenções pas‐ sadas, de presidentes e outros itens podem ajudar a contar a história do Rotary. Em antecipação ao 50° aniversário do Interact em 2012, estamos especialmente interessados em artefactos, documentos e fotografias relacionados ao início da história deste programa. Artigo obtido no Boletim 151 “O Prudentão”
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Trabalho pela água Gerando interesse pela água
Durante uma apresentação numa recente reunião de clube Val Johnson, associada do Rotary Club de New Brighton/Mounds View, EUA, ouviu um rotário falar à pessoa que estava ao seu lado: "Um bando de alunos da oitava série passou à nossa frente." Johnson conta a história com um sorriso no rosto, porque os alunos sobre os quais o rotário estava a falar eram de uma organização sem fins lucrativos que ela ajudou a fundar em 2007. A H2O for Life faz parceria de escolas dos Estados Unidos com escolas de países em desenvolvimento que não têm instalações hídricas e de saneamento, ajudando os alunos americanos a realizarem actividades de arrecadação de fundos. Os estudantes da escola Highview Middle School em New Brighton, por exemplo, angariaram US$13.000 para construir uma represa na região de Kwa Kasolo, no Quénia. Até agora, os estudantes arrecadaram mais de US$1 milhão para projectos em escolas de 26 países. Cada iniciativa requer uma equiparação de 100% da ONG responsável pela sua implementação. Em Maio, a H2O for Life lançou um projecto piloto com o Grupo Rotários em Acção pelos Recursos Hídricos e Saneamento, Procter & Gamble e Africare. A organização fornece recursos para ajudar professores a falarem sobre a água, conduzirem experiencias e ensinarem os alunos sobre a cultura do país beneficiário. "Nós envolvemo-nos nesta iniciativa achando que estávamos beneficiando as pessoas dos países em desenvolvimento", diz Johnson. "Mas o que vimos foi como esses países estão a transformar os nossos alunos." “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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Rotary forma parceria com o maior Instituto de Ensino em Água do mundo Através da parceria estratégica entre a Fundação Rotária e o Instituto UNESCO-IHE para Educação em Água, os Rotary Clubs poderão ajudar a treinar engenheiros e cientistas para sanar problemas relativos a recursos hídricos e saneamento, especialmente em países em desenvolvimento. Os clubes poderão solicitar à Fundação Subsídios Globais pré-definidos, para financiar anualmente até oito bolsas de estudos para profissionais, da área de recursos hídricos, cursarem um dos três programas de mestrado do instituto Deft, na Holanda. O Instituto e o Rotary compartilham a visão de facilitar o acesso à água e saneamento para todas as pessoas, e esta parceria apoia directamente a área de enfoque de recursos hídricos e saneamento. "Através desta parceria estratégica com o UNESCO-IHE, o Rotary estará ao lado de um líder mundial no treino de profissionais da área de recursos hídricos", disse William B. Boyd, chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária. "Ao identificar candidatos qualificados e com potencial, os Rotary Clubs estarão desempenhando um papel importante na resolução de um problema global muito sério." "Oitenta por cento das doenças em países em desenvolvimento são causadas por falta de água e saneamento inadequado", explica András Szöllösi-Nagy, Director da Unesco. "A cooperação com o Rotary é um marco importante e necessário para enfrentar esta crise." Desde 1957, cerca de 14.500 profissionais de mais de 160 países obtiveram diplomas de mestrado e doutoramento em recursos hídricos através do UNESCO-IHE. O Instituto também promove pesquisas e projectos de capacitação, administra uma rede mundial de institutos e organizações educacionais no sector de água, fornece educadores experientes e desempenha um papel importante no estabelecimento de padrões internacionais para pós-graduação na área de recursos hídricos e treino profissional contínuo. “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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Missão A actividade da GESESA é orientada por um sólido conjunto de valores que demonstram os nossos mais sérios compromissos. Oferta das melhores condições aos nossos colaboradores , com a garantia de satisfação dos clientes e com o respeito que cada vez mais devemos ter pelo nosso planeta. Tecnologia e Operações Introdução de métodos inovadores para aumentar a qualidade e a produtividade em Centros Hospitalares e Escolares. Vantagens Maior capacidade de Limpeza Menor consumo de água e produtos de limpeza . Grande poder de absorção Não deixa rastos. Grande resistência a lavagens frequentes .
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Os Pontos Críticos do Rotary Companheiros. Sinto que o Rotary de hoje possui quatro grandes pontos críticos. São eles os pontos que mais têm atraído as atenções, mais têm sido abordados e enfatizados pelos dirigentes rotários de todos os níveis. É onde o Rotary mais tem concentrado as suas ações. É com esses pontos críticos que o Rotary se vem preocupando nos últimos tempos. Eles são constantemente temas de conferências distritais, seminários, fóruns. Por que são pontos críticos? Porque mesmo com todo o esforço despendido, com todos os programas e recursos empregados, não se consegue eliminá-los, resolvê-los, nem mesmo abrandá-los. Eles são críticos, porque apesar de tudo o que se fez e se faz, eles continuam desafiadores, intangíveis. Na minha opinião, o Rotary de hoje depende da resolução desses quatro pontos críticos. Somente a você, rotarianos e a ninguém mais, cabe a missão de levantar e identificar esses pontos críticos do Rotary, para estudá-los, compreendê-los e finalmente, agir no sentido de eliminá-los, para que o Rotary volte a crescer livre, pujante, dinâmico, realizador, eficiente e eficaz. SÃO ELES: Primeiro Ponto Crítico: Imagem Pública (Transparência, visibilidade) A Imagem Pública do Rotary precisa de brilho. Precisamos fazer com que as luzes da ribalta focalizem mais o Rotary. Um ponto crítico é, sem dúvida, a sua imagem pública. Apesar de toda uma mudança de concepção, na prática o esforço despendido não tem surtido o efeito esperado. O Rotary precisa aparecer mais. O que percebemos é que o Rotary tem uma visibilidade muito limitada aí fora. Tudo o que fazemos hoje em nossos clubes, todo o trabalho dos rotarianos, seja nas creches, nos centros de apoio a deficientes, nas comunidades, tem tido uma repercussão muito restrita, muito limitada, entre o público que nos observa. De maneira geral, os rotarianos se omitem na divulgação dos feitos de seus clubes. Eles não repassam à mídia qualquer tipo de matéria. Bastaria uma pequena lauda com fotos, em linguagem bem atrativa, com a descrição dos trabalhos e do envolvimento do Clube. Precisamos criar mecanismos em nossos clubes, envolvendo os associados neste trabalho importantíssimo para a transparência do Rotary, principalmente porque esta é a melhor forma de atrair futuros companheiros para engrossar nossas fileiras. Nossos clubes falham neste quesito, apesar da prioridade que o Rotary vem dando à Imagem Pública, transformando-a em uma das mais importantes ênfases presidenciais de RI nos últimos anos. Segundo Ponto Crítico: Inovação (Mudança, flexibilidade) James Hunt, autor do livro “O Monge e o Executivo” disse: “O cúmulo da insanidade é tentar obter resultados diferentes e continuar fazendo a mesma coisa, do mesmo jeito, sempre.”
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O segundo ponto crítico do Rotary, a meu ver, é a inovação, que hoje também é uma das ênfases presidenciais em 2011-2012, trazida pelo Presidente Kalyan Banerjee. Inovação se consegue levando para nossos clubes a mudança de paradigmas e a quebra da rotina massacrante. O Rotary nunca mudou tanto quanto nesses últimos quinze anos. Ele fez uma verdadeira revolução, em se tratando de inovação. Começou antes do ano 2000, criando o PLD (Plano de Liderança Distrital), o PLC (Plano de Liderança de Clube), e o Planejamento Estratégico. Somente estes três itens representaram uma enorme transformação em Rotary. Foram mecanismos muito úteis para barrar o marasmo e a acomodação que tomava conta dos clubes, que impedia o seu desenvolvimento. Seus resultados ainda não foram sentidos inteiramente, mas o principal benefício foi a continuidade das ações, das metas e objetivos, que passaram a ser de curto, médio e longo prazo. Na Fundação Rotária, o Plano Visão de Futuro, ainda em fase experimental, também representa uma tremenda transformação em seus programas, métodos e ações. O PLD, por si só, representou uma profunda mudança na estrutura dos distritos rotários, com a criação e estruturação das funções do Instrutor Distrital, dos Governadores Assistentes, dando uma ênfase especial aos Treinamentos, como PETS, GATS, Equipe Distrital, além do Seminário de Capacitação e dos Seminários da Fundação Rotária, Imagem Pública e Desenvolvimento do Rotary. Ainda há muito a melhorar como, por exemplo, a pouca profundidade na abordagem dos assuntos, devido à exiguidade do tempo disponível, pois os seminários são feitos concomitantemente no espaço de uma manhã. Apesar da repetição em várias cidades do Distrito, falta avaliar e divulgar os resultados desses treinamentos. Qual foi efetivamente o alcance das informações recebidas, que mudanças acarretaram e qual foi o resultado das ações daí advindas? Treinamento e capacitação são hoje fatores determinantes de sucesso. O próprio PLC já sofreu mudanças em 2010, com a criação da Quinta Avenida de Serviços, dedicada Às Novas Gerações, de suma importância para o futuro do Rotary. No Distrito 4.500, o meu clube, o RC do Recife-Boa Viagem, faz parte do Programa Piloto de Rotary chamado Inovação e Flexibilidade. São apenas duzentos clubes no mundo inteiro e somente dois no Brasil. O que um clube de Rotary pode fazer dentro deste programa Inovação e Flexibilidade? Ele pode virar pelo avesso coisas que sempre foram sagradas em Rotary, como o Estatuto do Clube, antes só alterado mediante proposta aprovada no Conselho de Legislação e submetida à votação pelos delegados votantes dos clubes do mundo, de 3 em 3 anos. Como clube piloto deste programa, o RC Recife-Boa Viagem pode tentar novas experiências, buscar novos paradigmas, novas formas de se reunir e de agir, desde que, claro, fazendo os devidos relatórios. Então, companheiros, uma das preocupações de RI é justamente a mudança para acompanhar as transformações da vida moderna. Quando falamos em mudanças, nos referimos a transformações, não apenas a melhorias. A melhoria é como tornar um gato magro num gato gordo e bonito, mas ele continuará sendo sempre um gato. A transformação significa tornar o gato magro em um tigre, o que é radicalmente diferente. Essas transformações ainda precisam atingir a todos os clubes, com todos os associados trabalhando em conjunto, cada qual em sua comissão, fazendo com que as metas e objetivos sejam realmente alcançados e avaliados. Terceiro Ponto Crítico: Liderança (Integração, participação) O terceiro ponto crítico que eu vejo em Rotary é a formação de novos líderes. Nunca o Rotary foi tão carente de lideranças. “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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Se olharmos para nossos líderes, eles são, desde muito, aqueles de sempre, os mesmos. Nossos clubes precisam de líderes para mobilizar o quadro associativo. São esses líderes que integram os rotarianos dentro do clube, que fazem uns interagirem com os outros, que fazem com que todos participem e se envolvam nos programas do clube e do Rotary. Assim, o Rotary depende dos líderes, precisa de lideres, são os líderes os responsáveis pelo dinamismo, pela pujança do clube e do Quadro Associativo. Onde estão os novos líderes dos clubes? Eles deveriam estar presentes e alertas, incentivando e levando os companheiros para o caminho proposto pelo PLC, para que o clube cresça e alcance suas metas. Onde estão os novos líderes? Eles estão fazendo muita, muita falta mesmo, nos clubes, nos Distritos e até em Rotary International. Ouvi alguém dizer: mas são os próprios líderes que impedem o surgimento de novos, para não perder espaço. Não acredito, respondi. A verdadeira liderança é aquela que forma novos líderes para abraçar e seguir seus ideais. É assim no Rotary. A formação de novos líderes começa em nossos clubes, com a convocação de companheiros para trabalhos e apresentações, para palestras e exposições. O que muito ajuda na preparação e divulgação destas novas lideranças são as reuniões conjuntas de dois ou mais clubes, os interclubes temáticos e o intercâmbio de rotarianos em reuniões plenárias e palestras em outros clubes. Quarto Ponto Crítico: Seriedade (Comprometimento, ética) E o último ponto crítico, na minha ótica, chama-se Seriedade. Quando eu digo seriedade, eu falo em Comprometimento e Ética, e quando falo em Ética, falo em Prova Quádrupla. Não é a totalidade, graças a Deus, mas podemos ter a certeza que para a maioria dos rotarianos, falta seriedade no compromisso rotário. O que é seriedade? Seriedade é não ficar acomodado, não empurrar com a barriga as obrigações para com o grupo, nem os compromissos que, como rotariano assumiu. Hoje em dia é o que você vê a maioria dos associados fazer. Quem não tem seriedade, quem não vê o Rotary com seriedade, não comparece às reuniões, não assume funções e quando as tem, não se empenha no trabalho, não faz jus ao distintivo, nem ao título de rotariano. Esses Quatro Pontos Críticos aparecem nitidamente quando se faz uma análise a partir dos problemas que nossos clubes enfrentam. Eles precisam vencer e superar estes Quatro Pontos Críticos, para que nossa associação volte a crescer numericamente e possa produzir ações cada vez mais importantes para a humanidade. Acredito que os CENTROS DE ESTUDOS ROTÁRIOS dos Distritos possam dar uma efetiva colaboração nesse sentido. Precisamos fazer alguma coisa, começando dentro de nossa casa, para depois, fortalecidos e unidos como um FEIXE DE VARAS, podermos defender um BRASIL cada vez melhor, alegre e feliz. Alberto Bittencourt Rotary Club do Recife-Boa Viagem; D-4500 Governador do Centenário 2004/05 Classificação: engenharia civil “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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Entendendo a Pressão Alta O sangue leva para nossas células todo o combustível necessário para manter a nossa vida: - açúcar (glicose), oxigênio, hormônios e alegria. E retira das células o lixo da combustão ácidos, gás carbônico e eventuais tristezas. Para realizar este trabalho, o sangue precisa circular por todo o organismo.
Assim como todos os rios correm para o mar, o sangue corre sempre para o coração. O sangue sai com força do coração, percorre “quilómetros” de artérias e volta ao coração trazido pelas veias. Para que o sangue possa circular pelo corpo é necessário que uma bomba (o coração) faça força (pressão) para empurrar este sangue por dentro das artérias.
Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma resistência (pressão), provocada pelo atrito.
Quanto mais estreita é a artéria, maior a resistência (pressão) à passagem do sangue.
A força do coração para bombear o sangue é chamada de pressão máxima, ou sistólica. A resistência que a artéria oferece à passagem do sangue é chamada de pressão mínima, ou diastólica. Desta forma, quando o médico diz que sua pressão é 12 por 8, ele está informando que a pressão (força) exercida pelo seu coração para empurrar o sangue pelas artérias é igual a 12 milímetros de mercúrio (mmHg) e que a pressão (resistência) que suas artérias estão oferecendo à passagem do sangue é de 8 mmHg. A pressão máxima tem que ser sempre maior do que a mínima, para que o sangue possa circular. Não existe pressão de 8 por 12, nem 6 por 10, porque se a mínima for maior do que a máxima, o sangue não circula. “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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artéria normal
A pressão arterial depende da largura (calibre) da artéria.
artéria estreitada
Artérias com calibre normal permitem que as pressões máxima e mínima sejam também normais. Se o calibre da artéria se estreitar aumenta o atrito do sangue e a pressão mínima; o coração terá que fazer mais força para empurrar o sangue dentro da artéria, aumentando a pressão máxima. pressão normal
Veja os exemplos:
pressão aumentada
Artéria com calibre normal. O sangue passa sem dificuldade. Pressão arterial normal, tipo 12 x 7.
Neste caso, a força que o coração faz - pressão máxima - está normal, porque a artéria tem calibre adequado e não faz grande resistência à passagem do sangue (pressão mínima normal).
Artéria com calibre reduzido. O sangue passa com dificuldade. Pressão arterial alterada, tipo 18 x 10.
Quando o calibre da artéria fica reduzido aumenta a resistência à passagem do sangue e, conseqüentemente, se eleva a pressão mínima. Quando a pressão mínima se eleva, o coração tem que fazer muito mais força para empurrar o sangue, e, conseqüentemente, se eleva também a pressão máxima. A hipertensão arterial (ou pressão alta) tem sua origem no estreitamento do calibre das artérias (e consequente aumento de pressão), o que obriga o coração a também aumentar a sua pressão para poder empurrar o sangue por dentro destas artérias estreitadas. “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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Não se conhece, até hoje, o motivo pelo qual as artérias ficam mais finas. Enquanto não se descobrir este motivo não haverá cura para a pressão alta.
Os remédios para a pressão alta têm a finalidade de dilatar a artéria, fazendo com que ela volte para seu calibre normal. Quem tem pressão alta deve tomar seus remédios regularmente. Não adianta tomar medicamentos durante um certo tempo e achar que está curado.
Quando a pessoa pára de tomar os medicamentos a pressão volta a ficar alta. Isto acontece porque o remédio não está atuando sobre a causa da hipertensão (não se sabe qual é), mas sim sobre seus efeitos (o estreitamento da artéria). Quem tem pressão alta geralmente pode, a critério médico, deixar de tomar remédios (e manter sua pressão normal) se: *Reduzir o peso corporal e mantê-lo normal *Praticar exercícios físicos regulares, tipo caminhadas (de preferência todos os dias), por no mínimo 30 minutos. *Usar bebida alcoólica com muita moderação. *NUNCA fumar. *Evitar alimentos com muito sal e gordura. “MÃE D’ ÁGUA”- Boletim n.º 6 - Dezembro/2011-2012 - rccarnaxide@gmail.com
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A A pressão alta está a tornar-se também uma doença das crianças, porque elas estão engordando e comendo muito sal e doces (sanduíches, pipocas, biscoitos, etc).
PRESSÃO ALTA (hipertensão arterial)
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O JANTAR DE NATAL DO NOSSO CLUBE AS FOTOS
O Presidente da Associação Projecto Família Global
O nosso Presidente
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O Compº. José Luis Perestrelo organizador do nosso Jantar de Natal
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O nosso Clube entregou cabazes de Natal com todos os produtos essenciais para esta Quadra a 20 Famílias carenciadas
Um exemplo do que foi entregue a cada Família carenciada e com assistência domiciliária dada pela Associação “Projecto Família Global”
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Largo Comandante Augusto Madureira 4 B 1495 - 012 Algés Telf: 21 412 27 00/07 Fax: 21 412 27 08/09 geral@sandrabranconotaria.pt
www.sandrabranconotaria.pt
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Origem da canção "Noite Feliz" atrai turistas à Áustria Em 24 de Dezembro, milhares de turistas irão mais uma vez para Oberndorf, perto de Salzburgo (região central da Áustria), onde há 185 anos foi composta "Noite Feliz", uma das mais conhecidas canções natalícias."Stille Nacht, Heilige Nacht" em alemão, "Noite Feliz" em português, "Silent Night" em inglês, "Douce Nuit" em francês: hoje traduzida para 330 idiomas, a canção de Natal austríaca foi criada por acaso, quando quebrou o órgão da igreja do povoado de 6.000 habitantes. Em 1818, dois dias antes do Natal, o antigo órgão da igreja de São Nicolau, a paróquia do padre Joseph Mohr, parou de tocar. Para não decepcionar os fiéis, o sacerdote pediu ao amigo Franz Xaver Gruber, maestro e organista do vizinho povoado de Arnsdorf para compor uma melodia para um texto de Natal que ele havia escrito dois anos antes. Na Missa do Galo de 24 de Dezembro, o padre Joseph Mohr, com sua bela voz de tenor, e que tocava violão, e Gruber, com sua bela voz de baixo, interpretaram pela primeira vez, em alemão, a canção "Noite Feliz". O facto era totalmente incomum na época, quando os textos religiosos ainda eram escritos em latim. Mas Mohr achava que uma letra simples e fácil de entender era o mais adequado para seus fiéis, na grande maioria barqueiros e camponeses.
Em 1831, um coral que se dedicava a executar cantos populares tiroleses incorporou a canção natalícia do padre Mohr no seu repertório durante uma viagem pela Rússia. Dali, a canção viajou para Nova York, onde foi interpretada por um coral tirolês em 1839, mas onde seus autores e sua origem permaneceram desconhecidos. Trinta e seis anos depois, a corte prussiana, que procurava a partitura original da canção, consultou o pároco de São Pedro de Salzburgo que, para surpresa geral, disse que Mohr e Gruber, mortos no anonimato em 1848 e 1863, respectivamente, eram os autores daquela canção que tinha sido atribuída ao compositor austríaco Michael Haydn. Hoje, Oberndorf vela para que os dois homens não sejam esquecidos. Em 1937 foi construída uma capela no mesmo local onde, no século anterior, ficava a paróquia de São Nicolau, que foi destruída em 1913 por uma inundação. A ela foi dado o nome de "Noite Feliz" e em seus vitrais aparecem os retratos de Mohr e Gruber.A capela é hoje uma atração turística que recebe 150 mil visitantes por ano. Mas, como a capela só tem capacidade para 20 pessoas, em 24 de Dezembro o padre Nikolaus Erber celebra a missa ao ar livre, visto que tradicionalmente 7.000 pessoas acompanham a Missa do Galo em Oberndorf.
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Noite Feliz na 1.ª Guerra Mundial Finalmente parou de chover. A noite está clara, com céu limpo, estrelado, como os soldados não viam há muito tempo. Ao contrário da chuva, porém, o frio segue sem dar trégua. Normal nesta época do ano. O que não seria normal em outros anos é o fedor no ar. Cheiro de morte, que invade as narinas e mexe com a cabeça dos vivos – alemães e britânicos, inimigos separados por 80, 100 metros no máximo. Entre eles está a “terra de ninguém”, assim chamada porque não se sobreviveria ali muito tempo. Cadáveres de combatentes de ambos os lados compõem a paisagem com cercas de arame farpado, troncos de árvores calcinadas e crateras abertas pelas explosões de granadas. O barulho delas é ensurdecedor, mas no momento não se ouve nada. Nenhuma explosão, nenhum tiro. Nenhum recruta agonizante gritando por socorro ou chamando pela mãe. Nada! E de repente o silêncio é quebrado. Das trincheiras alemãs, ouve-se alguém cantando. Os companheiros fazem coro e logo há dezenas, talvez centenas de vozes no escuro. Cantam “Stille Nacht, Heilige Nacht”. Atónitos, os britânicos escutam a melodia sem compreender o que diz a letra. Mas nem precisam: mesmo quem jamais a tivesse escutado descobriria que a música fala de paz. Em inglês, ela é conhecida como “Silent Night”; em português, foi batizada de “Noite Feliz”. Quando a música acaba, o silêncio retorna. Por pouco
tempo.“Good, old Fritz!”, gritam os britânicos. Os “Fritz” respondem com “Merry Christmas, Englishmen!”, seguido de palavras num inglês arrastado: “We not shoot, you not shoot!”(“Nós não atiramos, vocês também não”). Estamos em algum lugar de Flandres, na Bélgica, em 24 de Dezembro de 1914. E esta história faz parte de um dos mais surpreendentes e esquecidos capítulos da Primeira Guerra Mundial: as confraternizações entre soldados inimigos no Natal daquele ano. Ao longo de toda a frente ocidental – que se estendia do mar do Norte aos Alpes suíços, cruzando a França –, soldados cessaram fogo e deixaram por alguns dias as diferenças para trás. A paz não havia sido acertada nos gabinetes dos generais; ela surgiu ali mesmo nas trincheiras, de forma espontânea. Jamais acontecera algo igual antes. É o que diz o jornalista alemão Michael Jürgs em seu livro Der Kleine Frieden im Grossen Krieg – Westfront 1914: Als Deutsche, Franzosen und Briten Gemeinsam Weihnachten Feierten (“A Pequena Paz na Grande Guerra – Frente Ocidental 1914: Quando Alemães, Franceses e Britânicos Celebraram Juntos o Natal”, inédito no Brasil). Quando chovia forte, a água batia na altura dos joelhos. Dormia-se em buracos escavados na parede e era comum acordar assustado no meio da noite, por causa das explosões ou de uma ratazana mordiscando seu rosto. Durante o dia, quem levantasse a cabeça sobre o parapeito era um homem morto.
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Os franco-atiradores estavam sempre à espreita (no final da tarde, praticavam tiro ao alvo no inimigo e, quando acertavam, diziam que era um “beijo de boa-noite”). O soldado entrincheirado passava longos períodos sem ter o que fazer. Horas e horas de tédio sentado no inferno. Só restava esperar e olhar para céu – onde não havia ratazanas nem cadáveres. Ainda assim, era difícil imaginar o que estava por vir. Na noite do dia 24, em Fleurbaix, na França, uma visão deixou os britânicos intrigados: iluminadas por velas, pequenas árvores de Natal enfeitavam as trincheiras inimigas. A surpresa aumentou quando um tenente alemão gritou em inglês perfeito: “Senhores, minha vida está em suas mãos. Estou caminhando na direcção de vocês. Algum oficial poderia me encontrar no meio do caminho?” Silêncio. Seria uma armadilha? Ele prosseguiu: “Estou sozinho e desarmado. Trinta de seus homens estão mortos perto das nossas trincheiras. Gostaria de providenciar o enterro”. Dezenas de armas estavam apontadas para ele. Mas, antes que disparassem, um sargento inglês, contrariando ordens, foi ao seu encontro. Após minutos de conversa, combinaram de se reunir no dia seguinte, às 9 horas da manhã. No dia seguinte, 25 de Dezembro, ao longo de
toda a frente ocidental, soldados armados apenas com pás escalaram suas trincheiras e encontraram os inimigos no meio da terra de ninguém. Era hora de enterrar os companheiros, mostrar respeito por eles – ainda que a morte ali fosse um acontecimento banal. O capelão escocês J. Esslemont Adams organizou um funeral colectivo para mais de 100 vítimas. Os corpos foram divididos por nacionalidade, mas a separação acabou aí: na hora de cavar, todos se ajudaram. O capelão abriu a cerimónia recitando o salmo 23. “O senhor é meu pastor, nada me faltará”, disse. Depois, um soldado alemão, ex-seminarista, repetiu tudo em seu idioma. No fim, acompanhado pelos soldados dos dois países, Adams rezou o pai-nosso. Outros enterros semelhantes foram realizados naquele dia, mas o de Fleurbaix foi o maior de todos. Oiça a versão inglesa por um coro de crianças em: http://youtu.be/4puLybRGSAw
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ção? Perguntei, não vislumbrando qualquer relação. Isabel Guerra Madaleno ‐ Sabe? Eu fiz um pequeno altar, num cantinho do meu quarto, onde tenho o Santo Padre que NÃO ME FALHES é o Deus da minha devoção. Então estas flores Encontrei‐o na rua e apanhava flores. Um são para enfeitar e dar vida àquele lugar onde ramo de margaridas enchia‐lhe a mão enruga‐ rezo e escuto. Vê agora como as flores têm a da. Da outra caía um saco cheio de nada. Eu ver com a fé? ultrapassava‐o, na minha passada apressada, Calei‐me e interiorizei aquelas palavras acom‐ sem eu própria saber o porquê de tal frene‐ panhadas de consolação reveladoras das suas sim. Mesmo assim chamou‐me a atenção e convicções. Lembrei‐me de uma frase que um detive‐me, com alguma surpresa, a observá‐lo. dia ouvira: “ os ricos têm todas as razões para Ora essa, um homem daquela idade a apanhar acreditar em Deus e os pobres para acreditar flores pelos jardins, e a sorrir enquanto as no Papa”. Quase me pediu que concordasse. apanhava, como se recebesse um presente, Para quê contrariar sentimentos tão podero‐ não deixou de me fazer pensar. sos e tão belos? A sua razão era mais forte do Afinal as flores, essa dádiva da natureza, signi‐ que tudo. ficam algo muito especial para todos sejam, Ainda bem que o senhor é tocado por essa velhos ou ricos, urbanos ou campestres. De espiritualidade. Pior seria se não fosse. E se repente, aquela imagem fez‐me lembrar um vai roubando, aqui e ali, essas flores para velho agricultor orgulhoso do seu pomar embelezar e dar vida aos santos nenhum mal colhendo os seus frutos enquanto agradece à lhe pode suceder pois eles nunca o permiti‐ terra e aos deuses tal dádiva. rão! ‐ É preciso ter fé minha senhora!... Não acredi‐ ‐ Sei lá! Seja o que Deus quiser. Já tenho 85. A ta? minha mulher tem uma reforma igual à ‐ Acredito!...Respondi, não sem mostrar admi‐ minha. Às vezes nem compro os remédios ração. E são pessoas como o senhor que me todos porque o dinheiro não chega. Ela per‐ levam a acreditar. deu uma perna e já lá vão muitos anos que ‐ Ai minha senhora não há dinheiro para nada, vive numa cadeira de rodas. Sabe a senhora o muito menos para flores. Olhe vou tirando que lhe digo todos os dias? Olho‐a bem nos umas aqui, outras ali!... Qualquer dia vou pre‐ olhos e peço‐lhe: ‐ não me falhes! E ela res‐ so ou então obrigam‐me a pagar uma multa. ponde‐me com lágrimas de luz! Essa luz fica a Se me levarem preso terão que me alimentar. brilhar em mim o dia inteiro e acredite que é É o castigo que lhes dou. Quem é que paga tudo quanto preciso de ouvir. É assim que nos uma multa quando ganha de reforma 220 amamos. euros? ‐ É o amor que nos salva. Respondi, embara‐ ‐ Sabe a senhora para que quero as flores? çada, ao ouvir aquelas palavras de sabedoria.‐ ‐ Possivelmente vai oferece‐las à sua mulher. ‐ Somos pobres e o tempo que já vivemos ‐ Não, não são para a minha mulher. Se as flo‐ ensinou‐nos a construir laços de ferro que res lhe dessem saúde, a minha casa era um ninguém poderá destruir. Oiça o que lhe digo: jardim permanente. O que eu sofro com o se alguém ousar beliscar a nossa união então sofrimento dela. Tenho fé e acredito, especial‐ é a minha vez de levantar este braço e, com mente, no nosso Santo Padre ‐ aquele que já um leve toque, obrigá‐lo a uma passeio ao morreu ‐ o Papa João Paulo II. hospital; este braço tem mais ferro dentro do ‐ E que têm as flores a ver com a sua convic‐ que uma armadura.
Conto da nossa Companheira
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É a minha defesa mas também é o meu ata‐ que. A mão ficou intacta, agora o braço ia mesmo ficando sem ele. Tive mesmo muita sorte em terem reconstruído esta obra de engenharia. Pode tocar‐lhe…experimente… Pediu‐me com insistência. Enquanto falava encostou o braço ao meu, talvez convencido que dessa forma eu não duvidaria. ‐ Foi um acidente que tive quando trabalhava na Namíbia. ‐ Imagino o seu sofrimento mas vejo que ultrapassou… ‐ Sabe a senhora porque estou a falar consi‐ go? ‐ Diga, diga!... ‐ É que preciso de falar com alguém! Alguém que me oiça! A senhora não deve saber mas, quando somos pobres e ainda por cima velhos, ninguém fala connosco. Não nos dão ouvidos. Julgam que falamos para pedir, fazem‐se apressados e, às vezes, até viram a cara para o lado. Parecem cegos e surdos e nós ficamos a falar sozinhos, é o que é! Ao dizer isto parou e fixou os olhos nos meus como que a dizer: “o que digo é para ti que estás aqui na minha frente”. ‐ Faz muito bem falar. O senhor é extraordi‐ nário. Com tantos incidentes na sua vida e continua de paz com Deus. Sabe? A maior parte das pessoas quando as coisas correm mal zangam‐se com Ele. Pensam que a fé é uma espécie de negócio e, se a vida corre bem, tudo está bem mas, se corre mal partem a loiça toda. Ora o senhor é vertical e íntegro. ‐ Fui sempre pobre desde que nasci. O meu pai, que Deus tem, era padeiro. ‐ Levava pão quente para casa, acrescentei com entusiasmo. ‐ Não levava. O que comi foi o pão que o dia‐ bo amassou!... ‐ Então? ‐ Quando eu tinha três anos e já podia comer pão, o meu pai andava desorientado com tan‐ tos problemas e matou‐se! Veja a minha sina. Quantas vezes, então, o pão que comi era duro e cheio de bolor. ‐ Agora há que continuar em frente e, ao olhar para trás, orgulhar‐se de tudo o que construiu na sua vida. Posso saber o seu nome? Afinal estamos aqui a conversar e …
‐ José Moreira. Moro mesmo aqui. Vê aquela janela com roupa estendida? É a minha casa. ‐ Afinal somos vizinhos. Vamos ver‐nos mais vezes com certeza. ‐ Obrigada por me ter ouvido. Desabafei con‐ sigo e isso fazia‐me falta. ‐ Sr. José Moreira se pensarmos um pouco, acabamos por verificar que há pequenas coi‐ sas que, muitas vezes nem vemos, que nos vão sucedendo e que são tão gratificantes. Sei lá o perfume dos campos, uma noite de luar, um abraço de um amigo ou uma melodiosa música que nos enche a alma e nos faz sentir eternos! Se estivermos atentos descobrimos coisas maravilhosas que a vida nos vai ofere‐ cendo. Estarmos vivos é também ter a capaci‐ dade de nos espantarmos com o mundo. ‐ Sim, sim, é verdade mas… O homem parou e olhou não o céu, mas o chão que pisava. Num gesto de gratidão abra‐ çou o perfume das flores que a Terra oferece‐ ra e partiu… ‐ Estimei em conhecê‐la e até qualquer dia. ‐ Agradeço‐lhe, afinal confiou em mim sem me conhecer… Gostei de conversar consigo. Desejo felicidades para vós. Até um dia des‐ tes. Regressei a casa num ritmo mais calmo, não fosse escapar‐me alguém a precisar de um “olá”. Aquelas palavras saltavam como pedras no meu caminho e na minha mente. Liguei o rádio e uma voz anunciava: “um país é desenvolvido se tratar com dignida‐ de a população mais velha e silenciosa”. Um país é feito por todos os nomes. Eu, tu, ele…
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Batem leve, levemente, Como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente E a chuva não bate assim.
E descalcinhos, doridos... A neve deixa inda vê-los, Primeiro, bem definidos, Depois, em sulcos compridos, Porque não podia erguê-los!...
É talvez a ventania: Mas há pouco, há poucochinho, Nem uma agulha bulia Na quieta melancolia Dos pinheiros do caminho...
Que quem já é pecador Sofra tormentos, enfim! Mas as crianças, Senhor, Porque lhes dais tanta dor?!... Porque padecem assim?!...
Quem bate, assim, levemente, Com tão estranha leveza, Que mal se ouve, mal se sente? Não é chuva, nem é gente, Nem é vento com certeza.
E uma infinita tristeza, Uma funda turbação Entra em mim, fica em mim presa. Cai neve na Natureza - e cai no meu coração.
Fui ver. A neve caía Do azul cinzento do céu, Branca e leve, branca e fria... -Há quanto tempo a não via! E que saudades, Deus meu! Olho-a através da vidraça. Pôs tudo da cor do linho, Passa gente e, quando passa, Os passos imprime e traça Na brancura do caminho... Fico olhando esses sinais Da pobre gente que avança, E noto, por entre os mais, Os traços miniaturais Duns pezitos de criança...
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"Quebrando Nozes No Paraíso" Trilho o Caminho do Mundo Misturo-me com a poeira do Tempo Encho-me de sons Humanos Abro os ouvidos ao piar das coisas Oiço os pássaros cantando em coro Estou no Paraíso por momentos a cada virar de página Viro-me para o Sol para o adorar todos os dias Abraço a Lua como se a uma noiva o fizesse Atiro-me ao mar de braços e mente abertos Mergulho nas profundezas da vida e do ser Lavo-me das impurezas e dos bocados de pecado Visto-me de laço e terno para a noite da eternidade Lanço-me festa adentro até ao seio do Universo Só de lá volto após um bom repasto na ultima ceia Saio mais humilde e cabisbaixo do que nunca Venho vergado do peso da alegria que me cerca o coração Trago a Alma solta e sem mágoas algumas As minhas asas espraiam-se pelo horizonte todo Voo para lá da existência em um imaginário sem fim… Escrito por Manuel de Sousa, em Luanda, Angola, a 22 de Dezembro de 2011, em Homenagem aos Mestres Maiores da Iluminação e do Pensamento Inteligente... e dedicatória a todos os que celebram o Natal...
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O AMOR DEPOIS DOS 50 Na nossa idade, depois do meio século, o amor já percorreu estradas, dobrou esquinas e optou em encruzilhadas. Já errou, já acertou, já deslizou, Já se arrependeu e, inevitavelmente, o tempo se foi. Viveu‐se o amor, perdeu‐se o amor, alguns pelas mãos de Deus, outros pelo enfraquecimento do viver a dois Hoje o nosso olhar em direção ao amor continua mais lindo, pois na longa caminhada dos sentimentos, aprendemos a somar, a dividir e a multiplicar, sem chances de diminuir no conhecimento do sentimento do amor. O amor maduro chega de mansinho e aloja‐se em nossa vida, sem tempo para acabar. O caminhar a dois é mais sereno, a cumplicidade existe, o carinho é mais espontâneo, não nos inibimos diante do querer, a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades,
que guardamos, de um tempo que não volta mais. Namorar na nossa idade é carregar a ternura no olhar. O brilho é mais intenso, a vontade de acertar é mais forte. A construção do caminhar a dois é a soma do querer, é o encontro de duas almas aplaudidas por dois corações que dividem a emoção de amar. As pequeninas atitudes, os gestos e os detalhes são os alimentos que sustentam este amor. Viver a dois é a alegria da companhia, dos beijos ainda quentes, dos insinuantes olhares quando o desejo se manifesta Amar nunca é demais. Feliz daquele que tem um enorme coração, capaz de amar e acima de tudo de saber ser amado. Autor Desconhecido
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OSSOBUCO À MINHA MODA Tipo de receita: Prato Principal- Tempo de Preparação: 10minutos Tempo de Confecção/Cozedura: 1 hora - Dificuldade: Fácil
A Pedido do meu Compº. Hélder Raimundo Ingredientes: 2 Ossobuco 2 Tomates maduros 2 Cenouras 1/2 Courgette 1/2 Lata de cogumelos 2c.s Tomate frito ou polpa de tomate 1 Cebola 2 Dentes de alho Azeite q.b. Alecrim a gosto 2 Cravinhos Vinho branco q.b.
Preparação: Fiz um refogado com cebola e alho picado em azeite. Juntei o tomate descascado em pedaços e a cenoura em rodelas. Juntei também um pouco de tomate frito (pode ser polpa de tomate) Deixei refogar um pouco. Juntase a carne e tempera-se com sal, pimenta, cravinho e alecrim. regue com um pouco de vinho e deixe estufar até a carne estar tenrinha. Se necessário vá juntando um pouco de água. Cerca de 5 a 10 minutos antes do final da cozedura adicione a curgete em meias luas, se gostar, e os cogumelos. Servi com esparguete cozido (acho que ficaria melhor um puré de batata, mas a massa foi mais rápido..)
Bom apetite!!
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Aniversários no nosso Clube Não se esqueçam de os felicitar pelo seu dia JANEIRO 04—PAULA (Esposa do Compº. José Luis Perestrelo) 16—Compº. JOSÉ MANUEL TRINDADE 21—Compº. JOSÉ LUÍS PERESTRELO 26—Compª. NANÁ SUZANA d’ALMEIDA 29—MANUELA (Esposa do Compº. Manuel Barroso) FEVEREIRO 22—Compº. LUÍS BARRETO BORGES 23—Compº. JOSÉ LUIZ BARRETO
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