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Boa leitura!

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Eis que Abril chega, meio solarengo, meio chuvoso. Uma indecisão que nos invadirá assim que chegar a hora de escolhermos como interpretar o próximo Inverno. Afinal, Março e os seus infindáveis desfiles nas capitais da Moda trouxeramnos um leque de possibilidades infinitas. Possibilidades que incluímos na edição deste bimestre, para que se tenha uma ideia abrangente do que abalou Paris, Milão, Londres e Nova Iorque. Não nos esquecemos, contudo, dos palcos nacionais: a nossa Lisboa e o nosso Porto, e os seus cada vez mais proeminentes Moda Lisboa e Portugal Fashion. Mas a Moda não acaba na roupa, o que nos levou a incluir uma rubrica de decoração de interiores, que poderão espreitar mais à frente. Tivemos ainda a oportunidade de entrevistar a blogger Mónica Lice, do conhecido blogue “mini-saia”. Blogues que assumem uma importância de tal modo notória, que levam à organização de eventos onde se juntam bloggers de Moda de todo o país. Foi o caso do Fashion Bleeting, cujo testemunho encontrarão nas nossas páginas. Ainda olhando para trás e revendo o que Março nos trouxe, seleccionámos o melhor da Moda dos Óscares. Numa era em que o digital se instala confortavelmente no nosso quotidiano, questionámos o lugar da Televisão nos nossos dias. E numa civilização que se alimenta de imagens como as crianças de doces, olhámos um pouco para o fenómeno dos vídeoclipes e o seu impacto na indústria musical. Se os vossos sentidos se encontrarem subitamente inebriados, é porque esta RTRO cheira a Opium, uma fragrância que revisitámos. Ou isso, ou será o olhar magnético de Baptiste Giabiconi que vos perseguirá na leitura da revista. Estas são apenas algumas das propostas da casa RTRO para Abril/Maio. Sem passerelle, sem estilista principal, sem aplausos no fim. Apenas a certeza de que a paixão cobre todas as páginas como um manto de veludo e sonhos.

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Editorial

Margarida Cunha Editora


rtro staff

Editora Margarida Cunha

Redactores Adriana Couto Ana Dias Ana Rodrigues Catarina Oliveira Cátia Marques Joana Fernandes Joana Vilaça José Pinheiro Liliana Ferreira Margarida Cunha Mónica Dias Patricia Silvério Pedro Resende Sílvia Cardoso

Fotografia Catarina Oliveira

Paginação Manuel Costa Ana Dias

Modelo Capa Ana Oliveira

www.rtromagazine.com

A rtro está sempre à procura de modelos, fotógrafos, stylists, maquilhadores, designers, que queiram colaborar, expor os seus trabalhos, se achas que tens o que é preciso contacta-nos para o nosso email.

geral@rtromagazine.com


Índice

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Focus on Designer best sunday dress®

Color me Coral

Blogger Chat thegirlchic.com

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Smells like Opium

Raf Simons The last show at Jil Sander

It boy! Baptiste Giabiconi

It girl! Clémence Poésy

94 T-shirts Estampadas

98 Boneca Showroom

104 Jovens Talentos Silvestre Sil

118 Fashion Bleeting


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44

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Television Y U rule the nation?

Semanas da Moda

Moda Lisboa & Portugal Fashion

Vídeoclipes Que papel desempenham na índústria musical?

68

74

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90

Óscares fashion review

ID Values for the gentleman

Svart Støy

112 Ler. Ver. Ouvir. Ir...

116 Wishlist Chic vs Cheap!

House clear and minimalist



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Focus on Designers best sunday dress® por Sílvia Cardoso www.laissezmoi.blogspot.com

O Domingo deixou de ser chato


Focus on Desingers


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“E ao sétimo dia descansarás”, diz-nos a Bíblia. Eu digo que o sétimo dia ganhou todo um novo significado e dimensão, cunhado por modernidade e sofisticação através da emergência da marca “best sunday dress®” que inaugura o Focus on Designer falado por novos talentos em Portugal.

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asceu em 2010 pelas mãos da Paula Valério Marques mas o grande empurrão foi dado no início deste ano. Quem as veste é a mulher citadina: a que trabalha ou vai às aulas, anda de metro e lancha com as amigas e quer, em qualquer ocasião, estar confortável sem que isso signifique cair na vulgaridade ou no desleixo. A Paula conta-nos que “quis ter uma marca que definisse e transmitisse” o seu “ponto de vista estético” e nós sabemos que não é só pela roupa que isso acontece. Daí trabalhar em colaboração com uma designer responsável por toda a imagem gráfica e comunicação da marca. Numa altura em que se fala em desenvolvimento sustentável, é importante lembrar que ele também passa pela moda. Não é por acaso que na confecção das roupas da ”best sunday dress®” são utilizadas malhas orgânicas com fibras naturais e respiráveis que, para além de protegerem o ambiente, ainda têm melhor qualidade. Quem não quer ser fashionably conscious?

O ano tem quatro estações mas as colecções lançadas não as acompanham. Para manter a individualidade e a noção de exclusividade cada vez que é comprada uma peça, são criadas edições limitadas ao longo do ano. A Primavera trouxe-nos a “mineral blooms” embrulhada, como nos descreve, “num design limpo, linhas rectas e fluidas, cortes e acabamentos em bruto, numa palete de cores de branco, cru , vermelho cereja, cinza e preto”. É 100% portuguesa mas pode andar pelo mundo. Em breve, todas as colecções estarão disponíveis para venda nacional e internacional na loja on-line que mora neste endereço: bestsundaydressclothing.com.

Nunca foi tão bom ser sunday.


Focus on Desingers



Color me

por Catarina Oliveira qatch.wordpress.com


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oral foi a cor escolhida para esta edição da RTRO. Não é apenas uma mistura entre rosa e laranja. É um apelo ao calor, à frescura e aos sorvetes. É uma cor tão rica que não poderia ficar de fora.

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Color Me

Oficialmente tendência para 2012, coral está em todo o lado. Nos acessórios, blusas, vestidos, saias, sapatos... É uma cor que liga muito bem com transparências e tecidos bastante finos, marcando a posição na estação primaveril. O desafio está, não só na forma de combinar, mas também na definição desta cor. Variando entre uma tonalidade mais rosada e outra mais forte, podemos definir coral como algo que atrai boas energias. É forte e convidativa ao dinamismo. Não é de certeza uma cor calma. Coral pode ser à partida associada a algo tropical. Há inclusive corais desta cor nas águas do mar. É uma cor feminina e vibrante, que cria dramatismo sem se separar da delicadeza (proveniente dos tecidos, por exemplo). O ideal é associá-la com pastéis, por exemplo, para criar efeito de color blocking ou com branco, para quem não quiser soar demasiado arriscado. No entanto, os designers modernos levam esta cor a um patamar acima: conjuntos totalmente em coral. É o caso das fantásticas sugestões de Jill Stuart e Christian Siriano para esta estação, como se vê nas imagens. Acima de tudo tem um potencial descontraído que não devemos ignorar. O importante é ter pelo menos uma peça desta cor no armário e começar já a vestir, pois o calor está a bater à porta! c


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Coral thierry lasry net-a-porter.com

wallis.co.uk

inlovewithfashion.com

topshop.com

jill sander net-a-porter.com missselfridge.com

vincecamuto.com proenzaschouler www.forwardforward. com

Antes 1 Christian Siriano - Primavera/Verao 2012 Aqui 2 Jill Stuart - Primavera/Verao 2012 3 SugestĂľes Coral


Blogger Chat Who’s that girl? por Sílvia Cardoso www.laissezmoi.blogspot.com

www.THEGIRLCHIC.COM

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T heGirlC hic é um espaço arejado, como se alguém tivesse lá aber to uma janela enorme com cor tinados brancos a esvoaçar e a deixar entrar um dia luminoso. É assim que o vejo, na primeira pessoa, enquanto fã deste blogue. É arrumado, é inovador e realmente chic na sua simplicidade. Assim o é a autora: uma loura cheia de pinta. Diz-se simples e metódica mas sonha com a lua que é para onde o caminho a leva, aos poucos e amando sempre muito. O lema do blogue e da vida falam em uníssono: “conhecer, amar e sonhar ”. Na cabeceira, tem Fernando Pessoa e o “Livro do Desassossego”, desassossego esse que transpor ta para a vida que a inquieta pela sociedade em que está inserida. Veste, essencialmente, preto mas a viagem preferida é Cuba, aquele país cheio de cor. 2012 a 2022 viverá a década dos 30 precedida por uns 20 em pleno e empacotada em novos desafios. L adies and gentlemen, a ver y chic g irl!


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Blogger Chat

Descreve-nos a GirlChic que ainda não conhecemos. Sou uma rapariga simples, com um rosto normal e uma vontade de conquistar o mundo, só isso. A personalidade e os desejos estão latentes no blogue, o resto por enquanto é meu e privado. Acho que lá só não mostro o rosto. Sinceramente acho as minhas costas mais interessantes, deixam margem para imaginação! Durante algum tempo achavam que era morena, é giro isso, haver imagens mentais de ti, baseadas apenas naquilo que escreves. “Serei sempre uma eterna sonhadora, que fez replay a muitos filmes com finais felizes. Tento construir o meu percurso feliz, uns dias mais empenhada, outros mais a deixar o tempo fluir.” O teu primeiro post foi em Outubro. Disseste “back for business”. Meses depois, tens quase 600 seguidores e milhares de visitas no contador. Esmagada pelo sucesso? Não considero sucesso mas percurso. Foi tudo um processo gradual e normal marcado por uma interrupção. Eu disse “back for business” porque já tinha cá estado mas a verdade é que não tive coragem para continuar. Por isso já devia ter uns 200 visitantes dessa prévia incursão neste mundo. Esse passado faz com que não me leve muito a sério. Costumo dizer que sou uma rookie e que bloggers são aqueles que têm blogues que já levam mais que 12 meses disto, que resistem independentemente das circunstâncias. Quem te acompanha há mais tempo sabe que os símbolos do teu blogue significam “conhecer, amar e sonhar”. É neste sentido que conduzes a tua vida? Sempre. Uma vez escrevi no blogue “só tenho uma oportunidade de viver cada dia, porquê ficar pelo céu se posso ir à lua?” E na verdade acho que só conseguimos ir à lua se sonharmos com ela, se amarmos o suficiente para termos o combustível necessário, e se conhecermos para sabermos o caminho. Serei sempre uma eterna sonhadora, que

fez replay a muitos filmes com finais felizes. Tento construir o meu percurso feliz, uns dias mais empenhada, outros mais a deixar o tempo fluir. Tens o blogue dividido por categorias e fazes mental maps semanalmente. É como se percorrêssemos uma linha de metro só tua: organizada mas com paragens que podem levar ao desconhecido. Também já me disseste que gostas das coisas planeadas. Nessa organização há improbabilidade? Devo confessar que pouca. Sou tradicionalmente metódica, organizada. Os mental maps estão a revelar-se uma verdadeira obsessão para me organizar, permitem-me analisar as semanas, tirar sumo desta incursão na blogosfera e principalmente ajudam-me a sintetizar. Acho que vou gostar muito de os ler daqui a um tempo. São textos egoístas e muitas vezes resultado de pensamentos anotados no iPhone. Como evoluiu o teu estilo? Qual foi o teu pior fashion mistake? Para o mundo, devo ter tido muitos. A identidade é um caminho progressivo, que se conquista através de experiências. E eu, como qualquer outra pessoa, passei por várias fases, até me começar a definir. Mas no fundo eu não acredito muito em erros, há pessoas que têm a capacidade de vestir os erros mais icónicos e estarem simplesmente incríveis. Eu certamente que não estive sempre incrível, mas sempre assumi aquilo que vestia. Tenho que gostar. Não visto, nem uso algo em que não me reveja. “A identidade é um caminho progressivo, que se conquista através de experiências.” O que torna uma girl, chic? Atitude, personalidade, timing e empowerment! Esqueçam o resto! Podes vestir uma t-shirt básica e umas calças rasgadas e ser mais chic que alguém que veste Chanel head-to-toe! Acredito muito nisto. Mas sem nunca esquecer o contexto – onde? quando? com quem?.


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O que é que gostas mais e menos na blogosfera em Portugal?

Descobriste alguma coisa sobre ti desde que começaste o blogue?

Prefiro não fazer muitos juízos de valor sobre a blogosfera, porque conheço uma fracção pequena. Na maior parte das vezes são espaços pessoais, e quem sou eu para criticar isso? Mas quando pensei em voltar a isto, pensei sempre que se alguém clicasse no meu blogue, pelo menos devia ler algo novo e ver uma imagem preparada para ali. Claro que pontualmente também agrego conteúdos mas tem que haver alma por trás. Sejamos sinceras, agregadores de conteúdos há muitos e profissionais. Por isso, o TheGirlChic tem que acrescentar um ponto. Não sei se acrescenta, espero que sim, tento que sim. Não gosto de ir a um blogue e ler press-releases, são como as playlists da rádio, retiram qualquer criatividade que possa existir no locutor e não deixam que nasçam coisas novas.

O TheGirlChic principalmente deu-me um espaço novo, onde posso ser mais criativa e menos presa a dogmas sociais. É fácil aos 30 anos sermos influenciados e às vezes usar óculos opacos em relação à realidade, e o mesmo em relação à moda. Precisava disto, apenas para me expressar sem objectivo algum. Sabes, sou uma pessoa que define muito facilmente objectivos e os torna metas alcançáveis, e isso é cansativo, às vezes é preciso ter algo em que não se pensa, age-se. Acho que no blogue não penso, escrevo. Acabo por ser mais sincera. E às vezes oiço críticas interessantes sobre a minha escrita, logo eu que sempre achei que escrevia mal. “Não gosto de ir a um blogue e ler press-releases, são como as playlists da rádio, retiram qualquer criatividade que possa existir no locutor e não deixam que nasçam coisas novas.”


Blogger Chat

Quais são as tuas fontes de inspiração? No dia-a-dia inspira-me o amor, a paixão e a dedicação. Sou daquelas pessoas que acredita que se morre por amor. Isso inspira-me a querer chegar aos 90 anos com a sensação de ter amado muito, não me quero perder na rotina. Na moda inspiram-me as pessoas com atitude, Kate Lanphear no mundo editorial e por exemplo Angelica Blick na blogosfera. Hoje em dia, optas, maioritariamente, pelo preto e pelos tons neutros. Vem aí o Verão. Continuarás no modo “Did you say black again?” Sempre fui uma pessoa de preto. Herdei da minha mãe. Trata-se de uma opção inteligente, para alguém que se cansa muito facilmente de tudo o que tenha padrões ou cor. O preto sou eu, sempre fui! Sou muito básica e não arrisco muito em cores e padrões, arrisco sim em acessórios e sapatos. Aí gosto de um pouco de extravagância. Assumo muito as skinny pretas, com uma camisa ou uma t-shirt preta, um bomber e uns saltos bem arriscados. “Simple yet edgy” - sinceramente se tivesse que me enquadrar era aí. De qualquer modo não gosto de rótulos e prefiro pensar que o meu estilo sou eu, e que não se define. Mas haverá sempre espaço para cor naquilo que visto. O Verão passado teve muito de fluo e até pastel. Com tanta profusão este ano, não sei se conseguirei vestir tanto. Apesar de não me limitar por tendências, confesso que gosto de novidades, e aquilo que é tendência raramente é novidade. Não sou nenhuma hipster mas simpatizo com o conceito.

Coisas banais. Qual é a tua viagem, música, filme, comida do momento? A minha viagem preferida vai ser sempre aquela que me leva à minha verdadeira casa. Quando vejo a placa Alentejo, sinto que é ali que pertenço. Mas respondendo mesmo à tua questão e sequencialmente: Cuba, Foster The People - Pumped Up Kicks AllSaints Basement Sessions, José e Pilar, Salada de rúcula, requeijão e salmão, com pão a acompanhar (tenho o pão nos genes). Andas a ler o “Livro do Desassossego”. Queres partilhar um verso connosco? E dizer-nos o que te desassossega? O que me fascina mais no “Livro do Desassossego” é que Pessoa, por Bernardo Soares, escreve-nos trechos que podiam ser ditos hoje. A actualidade é incrível. "Quando nasceu a geração a que pertenço, encontrou o mundo desprovido de apoios para quem tivesse cérebro, e ao mesmo tempo coração. O trabalho destrutivo das gerações anteriores fizera que o mundo, para o qual nascemos, não tivesse segurança que nos dar na ordem religiosa, esteio que nos dar na ordem moral, tranquilidade que nos dar na ordem política. Nascemos já em plena angústia e a verdade é que lhes tenho dado pouca atenção!”. “Na moda inspiram-me as pessoas com atitude, Kate Lanphear no mundo editorial e por exemplo Angelica Blick na blogosfera.” Sou desassossegada por natureza. Acho que a minha alma é inquieta. Desassossega-se por coisas boas mas também por aquilo que precisa de mudar.


20 – 21 | A sociedade inquieta-me muito. Perdemos tempo a discutir vírgulas e não olhamos para o conteúdo, para os ideais. Vivemos muito com base em ideias pré-estabelecidas. Por exemplo, desassossega-me muito os direitos femininos. Não acredito, nem compactuo com nada que não tenha fundamentos de igualdade. E isso não quer dizer que queira mulheres à semelhança de homens (muito menos quotas), nada disso, apenas as mesmas oportunidades. Chateia-me que tudo o que tenha uma feminilidade associada seja considerado fútil. Acho que isso comprova o quão machista é a sociedade em que vivemos, o que muitas vezes começa nas mulheres e no papel a que se delegam. Temos que mudar. Chateia-me que sejam passos tão pequenos os que se dão, mas chateia-me mais que sejam tão pouco valorizados. Balanço dos 20 e desafios para os 30! Quero que me contes tudo. Cada ano que vivi entre 2002 e 2012 conquistei muito. Considero-me uma privilegiada em muitos

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aspectos mas também trabalho muito por alcançar o que quero. Sinto-me realizada mas sempre com aquela sensação a dizer-me que me falta qualquer coisa. É isso que me faz vibrar. Durante os 30, quero ter a coragem para prosseguir à procura do que me falta (ainda), não ceder à rotina, e claro continuar a querer ir à lua diariamente. Quero trabalhar por fazer quem me rodeia sentir-se especial, transmitir boas vibrações, ser cada vez mais confiante e principalmente deixar o tal improviso entrar, deixar levar-me ao sabor do vento quando for preciso. A revista chama-se RTRO. Que conceito atribuis à palavra “retro”? Inspiração versus saudosismo. A favor do primeiro e renitente sobre o segundo. c “A sociedade inquieta-me muito. Perdemos tempo a discutir vírgulas e não olhamos para o conteúdo, para os ideais. Vivemos muito com base em ideias pré-estabelecidas.”



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Television,

Y U rule the nation? por Margarida Cunha

Fotografia Catarina Oliveira Styling e Maquilhagem CĂĄtia Marques Modelo Ana Oliveira


Television, Y U rule the nation?


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Television, Y U rule the nation?

“Television! Teacher, mother, secret lover”. Trata-se de uma mítica afirmação de Homer Simpson, patriarca de um clã que dispensa apresentações. De facto, um estudo conduzido pela Ofcom (a autoridade britânica independente para a regulação dos media), e que foi divulgado em 2011, concluiu que 44% do público em geral (dos 16 aos 64 anos) sentiria mais falta da TV do que da Internet (17%), caso lhe fossem retiradas. Por outro lado, um inquérito levado a cabo este ano pelo Boston Consulting Group perguntou aos internautas de que estariam dispostos a abdicar para se manterem ligados. Na primeira posição surgiu o chocolate, com 77% dos votos, seguindo-se o álcool (73%), o café (69%) e, por último, o sexo (21%) (durante um ano). Afinal, o que nos prende tanto ao ecrã? Quando a “caixinha mágica” surgiu em meados da década de 20 – e como é expectável no aparecimento de algo novo – poucos

a conheciam e lhe tinham acesso. Teríamos de esperar até ao final da década de 40 para assistir a uma revolução no mercado. Já nos anos 50 surge a televisão a cores. Não foi preciso mais do que isso para que, em 1954, se tornasse na maior plataforma mediática a difundir publicidade. A sedução da fusão das componentes áudio e visual tornou-se evidente, embora a sua recepção não fosse consensual. Pensadores como Arnheim afirmaram que “a televisão é um novo e rigoroso teste para a nossa sabedoria”. Já a Escola de Frankfurt, popularizada por Adorno e Horkheimer, defendia que os mass media (de que a TV era expoente máximo) eram instrumentos de poder usados para manipular e alienar a população. Com efeito, ver televisão é uma actividade de reduzida exigência: basta observar e absorver os conteúdos que desfilam perante os nossos olhos; o estímulo mental é escasso e o efeito


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Television, Y U rule the nation?

Numa era que alia os valores do individualismo à democratização das ferramentas tecnológicas, estar calado é uma carta fora do baralho.


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é imediato: tudo à volta desaparece e os problemas da realidade parecem-nos subitamente tão longe. Um potencial de tal modo poderoso que justifica a hegemonia da televisão relativamente a outros media e que se manteve inabalável até há bem pouco tempo. Afinal, o que pode ser melhor do que uma plataforma audiovisual que nos entretém e informa? Simples: uma plataforma audiovisual que faça tudo isso e ainda permita a nossa participação – bemvindos à era da Internet. Com a chegada da era digital, as massas já não têm de assumir um papel meramente passivo, podendo contribuir activamente para a produção de conteúdos.

Um exemplo dessa participação é precisamente o revolucionário canal YouTube, surgido em 2005. Segundo Jean Burgess e Joshua Green, esta plataforma possibilitou o surgimento de vídeos amadores, tornando o utilizador em produtor e realizador de conteúdos. Uma vez dotado da capacidade de intervir e orientar as suas escolhas mediáticas, o internauta dificilmente abdicaria dessa prerrogativa. Tal levou a que muitos preconizassem o fim da TV, desconhecendo o seu voraz instinto de sobrevivência. Algo de que as cadeias televisivas e os gigantes da comunicação rapidamente se aperceberam. Como tal, não demorou muito a

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Television, Y U rule the nation?

que a TV mostrasse as suas capacidades adaptativas: agora, não só é possível assistir aos programas da nossa eleição, como nos é permitido interagir com os mesmos – seja através de chamadas telefónicas, emails, SMSs ou comentários nas redes sociais, podemos participar em concursos, votações ou expressar a nossa opinião. Numa era que alia os valores do individualismo à democratização das ferramentas tecnológicas, estar calado é uma carta fora do baralho. Características que a televisão soube ler para criar novas estratégias. Com a TV interactiva, podemos escolher ângulos, comprar filmes, gravar e/ou rever programas e até, mais recentemente, criar o nosso próprio canal. Uma outra estratégia da inteligência televisiva prende-se com o desenvolvimento da televisão em dispositivos móveis – a mobile TV. Nada melhor do que poder acompanhar as actualizações dos nossos conteúdos favoritos ao minuto, enquanto estamos no comboio. Tudo isto sem termos de batalhar pela posse do comando da TV.

De facto, a televisão com que muitos de nós crescemos – que se limitava a reproduzir conteúdos para nossa absorção passiva – pode estar bem perto do fim. Mas subestimar a capacidade de adaptação da plataforma mediática mais influente da História seria ingénuo. Afinal, ainda que abominemos a qualidade dos seus conteúdos, muitos de nós continuamos a não dispensar o barulho de fundo, a companhia que proporciona. O que talvez explique que, nos EUA, mais de 80% da população que possui um smartphone ou tablet afirme já ter usado esses dispositivos enquanto via TV. Como afirmava a dupla electrónica francesa Daft Punk na música com o mesmo nome, “television rules the nation”. E o que é um smartphone ou um tablet senão uma reprodução em miniatura de uma caixinha mágica só nossa, com que podemos interagir? c


E o que é um smartphone ou um tablet senão uma reprodução em miniatura de uma caixinha mágica só nossa, com que podemos interagir?


Television, Y U rule the nation?


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Semanas da Moda Um bilhete de ida para a Estação Fria por Margarida Cunha


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Semanas da Moda

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arço e Setembro são meses tradicionalmente preenchidos. As Semanas da Moda de Nova Iorque, Londres, Paris e Milão chegam em todo o esplendor, materializando projectos, visões e conceitos criativos de meses e até anos. Março de 2012 não foi excepção e revelou ao mundo as propostas dos criadores para a próxima estação fria. A RTRO resume aqui as tendências que desfilaram nos principais palcos mundiais e reserva ainda um olhar para o que foi apresentado em Portugal. Opondo-se à liberdade e fluidez das estações quentes, as propostas de Outono e Inverno colocaram a tónica em looks escuros, reservados e muito sóbrios. É o caso de Givenchy, que pautou as suas criações por um estilo gótico. Presentes estiveram também apontamentos militares, que protagonizaram outras passerelles. O rigor do frio inspirou alguns criadores a apostarem em materiais mais aconchegantes, tais como Dior e os seus casacos com muito pêlo, e o doce toque do veludo que marcou algumas criações Gucci. Gucci que apresentou o seu dark side numa paleta onde predominaram a cor de vinho, o preto ou o verde musgo. Já Alberta Ferretti apostou forte no preto, enquanto a casa McQueen abusou do pêlo nas golas e nas mangas. Criações pouco discretas que se traduziram em vestidos muito folhados e vistosos, em looks que muitos dizem invocar Lady Gaga. Mas nem todas as interpretações do Outono/Inverno foram rigorosas e sóbrias. Uma das protagonistas da estação foi a cor laranja. Foi a eleita de nomes como Carolina Herrera – que a usou em vestidos conjugados com luvas pretas – ou Prada, que optou por looks totais compostos por casacos apertados


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Semanas da Moda


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e calças curtas. Já Blugirl brincou com o vermelho e azul nas suas propostas. Azul que, ainda em Milão, surgiu na passerelle Cavalli, a que se juntaram os bordados e os casacos em pele. Mas se o tema é bordados, falemos de Balmain. A casa desfilou verdadeiras obras de arte, peças protagonizadas por grandes bordados florais e brocados. Subitamente o Inverno transforma-se numa estação risonha e refinada! Por momentos, foi possível esquecer a crise e escapar para um universo em que o luxo e a riqueza dos pormenores dominavam. Um conceito adoptado igualmente por Dolce & Gabbana. Para além das peças em preto, adornadas por complementos angelicais e em pérola, a dupla italiana de criativos encheu as passerelles de flores, ao torná-las nas protagonistas das suas criações. Estas marcam forte presença em bordados nos vestidos, bem como saias e casacos, acompanhadas por grandes brincos e malas (também elas em flor). Um look romântico que vai até aos sapatos e que confere à estação fria uma outra leveza. Interpretação que contrasta com a viagem de comboio que nos propõe Louis Vuitton. Em looks clássicos e burgueses, a casa francesa apostou no look de viagem e fez desfilar malas e sacos de todos os tamanhos e feitios, sempre complementados por chapéus. Às modelos competia apenas o papel de desfilar a roupa, sendo que os funcionários, alguns passos atrás, carregavam a bagagem. Já por sua conta, Marc Jacobs tornou os chapéus nos grandes protagonistas da sua colecção. De várias cores e feitios, mas sobretudo em materiais confortáveis como o pêlo e o veludo, o criador certificou-se sobretudo de que eram grandes e vistosos.


Semanas da Moda

Houve ainda criadores que apostaram numa abordagem minimal. Foi o caso de Giorgio Armani, que optou por um masculino chique de cortes simples e calças cinza. Também Diane Von Furstenberg enveredou pela elegância e sobriedade no corte e nas combinações, relegando a criatividade para as clutches. Estas tomaram a forma de peças de dominó e relógios ou apareceram lisas com lábios desenhados em relevo. A tendência lady like também se fez notar pelas mãos de Lagerfeld ou Victoria Beckham, que optaram por peças seguras, em looks sóbrios e pouco reveladores. Se a casa francesa Chanel decidiu ocultar as pernas com vestidos compridos ou tailleurs por cima de calças, a exSpice Girl desenhou vestidos monocromáticos em azul, verde ou vermelho, apenas atravessados ocasionalmente por uma ou duas riscas pretas e com golas Peter Pan.


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Semanas da Moda

Duas das tendências de maior relevo foram a cor verde esmeralda e a incorporação de jóias na roupa. Tendências que Lanvin fundiu irrepreensivelmente. A joalharia marcou presença quer a solo (em colares), quer incrustada nas peças, conferindo à colecção um requinte que merece todo o destaque. Felizmente, as interpretações da estação fria são muitas e o leque de opções bastante alargado, não se confinando ao estereótipo de Outono e Inverno escuros, tapados e rigorosos. Felizmente, a Moda soube voltar às origens e fazer aquilo em que sempre se destacou: a capacidade de nos levar para qualquer lado sem termos de pertencer a parte alguma. c

36-37 Givenchy Gucci Christian Dior Alexander Mcqueen 38-39 Carolina Herrera Prada Balmain Dolce & Gabbana Cavalli Louis Vuitton 40-41 Marc Jacobs Diane Von Furstenberg Giorgio Armani Victoria Beckham 42-43 Lanvin


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Moda Lisboa & Portugal Fashion

Cor e Elegância à beira-mar plantadas por Margarida Cunha

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or cá, as principais tendências da estação também marcaram presença, embora, geralmente, num registo mais subtil. O que não impediu que os maiores eventos de Moda do país – o Moda Lisboa Freedom, que decorreu de 8 a 11 de Março; e o Portugal Fashion que, na sua 30ª edição, arrancou em Lisboa e voltou à Invicta para os restantes 3 dias, preenchendo o calendário de 21 a 24 de Março – conferissem à paisagem cultural portuguesa um outro glamour.



Moda Lisboa & Portugal Fashion

Na verdade, as interpretações dos criadores foram múltiplas e até díspares, reflectindo as diferentes visões que desfilaram nas principais capitais da Moda. Se Felipe Oliveira Baptista apostou em alguns estampados em zebra e casacos com decote em V acentuado, Carlos Gil privilegiou as cores vivas, como laranja e roxo – laranja que, recordemos, foi um dos protagonistas da estação, tendo sido eleito por casas como Prada ou Carolina Herrera. Já Luís Buchinho apresentou peças assimétricas, como que recortes compostos de diferentes materiais. Um dos nomes mais internacionais da nossa praça, Fátima Lopes – a quem coube abrir a conceituada Semana da Moda de Paris – fez desfilar a colecção “À flor da pele”. Desta constavam vestidos e fatos femininos estampados, recortados por apontamentos em pele e com acessórios em vermelho (quase sempre chapéus), em sintonia com os lábios das modelos, sempre pintados dessa cor. Um jogo de cores que nos transportou para o Oriente. Já Susana Bettencourt, com a sua “WEB – Wide Entangled Being”, trouxe-nos um Inverno que aposta no conforto, dando prioridade aos estampados que jogam com o azul e o vermelho, e os motivos étnicos. Mas foi com Teresa Martins e as suas “Threads of Identity” que fizemos a viagem mais multicultural. A estilista idealizou um espectáculo que substituiu as modelos por bailarinas, que apresentaram as criações ao som de “Hair” de Lady Gaga. Uma fusão inesperada de cores e texturas que se destina a “mulheres reais”.


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Moda Lisboa & Portugal Fashion

Destaque ainda para Katty Xiomara. Acompanhando a tendência cada vez mais visível de que ser geek é cool, a luso-venezuelana acrescentou óculos de armação preta pintados à mão no rosto das modelos. Óculos que complementavam um look sóbrio (camisola/casaco e saia) em malhas confortáveis, em preto ou cinzento, sempre rematado por um cabelo apanhado em cima. A caracterização dos corpos e rostos marcou também a interpretação futurista de Valentim Quaresma. No Moda Lisboa, abriu o dia 10 de Março desfilando armações em metal no rosto das modelos. Apontamento a que se juntaram troncos pálidos como estátua. Numa abordagem igualmente sóbria mas menos rigorosa, Filipe Faísca explorou uma paleta à base de tons neutros como preto, creme ou branco, sempre com luvas pretas. Um registo elegante mas geralmente contido, à excepção de uma ou outra peça mais transparente. Ainda no interior de um registo mais sombrio, Maria Gambina recriou ora jogos de vermelho e azul, ora looks em preto que nos recordaram Rooney Mara em “The girl with the dragon tattoo”. Combinações que exibiram uma cabeça sempre tapada, seja por lenços, chapéus ou gorros. Destacamos, por último, Miguel Vieira. Tendo-se proposto vestir o Fado, a sua colecção pautou-se pela sobriedade. Sobressaíram, assim, fatos elegantes onde dominaram o preto e o cinza, muitas vezes pontuados por pormenores militares e atenuados por sapatilhas; o guarda-roupa feminino foi também abundante em preto, com detalhes em pêlo nas golas ou nas mangas e sapatos metalizados à frente.


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Apostado em olhar para o futuro, o Portugal Fashion não se esqueceu do Espaço BLOOM – que descreve como “uma passerelle informal onde a criatividade dos novos talentos se traduz em performances de moda plenas de ousadia e originalidade”. O destaque concedido nos media internacionais aos maiores eventos de Moda em Portugal é o reflexo de um fenómeno que passou de discreto a obrigatório no calendário. Seja pela afluência de pessoas que produz, pelo street style que nesses dias se parece libertar ou pelas criações em si, com o Moda Lisboa e o Portugal Fashion, Lisboa tem sem dúvida mais encanto. c

Antes Felipe Oliveira Batista Carlos Gil Luís Buchinho Fátima Lopes Susana Bettencourt Aqui Teresa Martins

Katty Xiomara Valentim Quaresma Filipe Faísca Maria Gambina Miguel Vieira


Vídeoclipes Que papel desempenham na indústria musical?

por Mónica Dias

Já há muito que os music videos representam uma parte da indústria musical numa mistura de artes que influencia gerações.


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Music Videos

À 1ª Arte, entendida como a arte do som, segue-se a 2ª Arte, a da dança/ coreografia ou seja, a do movimento. É certo que a música, por si só, é autónoma e consegue alcançar fronteiras. Já Ludwig van Beethoven defendia que “a música é uma revelação maior do que qualquer filosofia”. Mas, se pudermos unir à audição a emoção visual, juntamos-lhe um significado, uma coerência entre as duas artes que nos chama a atenção e nos prende por alguns momentos. Os music videos fazem exactamente isso: misturam estas duas faculdades, alimentando fantasias, influenciando estilos, chocando, lançando tendências e tudo isso com o objectivo único de dar um significado ao single que está a ser promovido.

Os music videos podem então ser entendidos como um suporte visual. Um suporte que hoje em dia é muito mais do que isso e é tão importante como as músicas que apresentam. Ao mesmo tempo que ajudam o single a transmitir um significado ao espectador, ajudam também o artista na criação de uma identidade que o marca, distinguindo-o dos outros. É uma estratégia de marketing que facilita em muito o aumento do número de fãs e que faz com que estes anseiem não só o lançamento do single como também o do videoclip, que hoje em dia já não se limita aos 3 e 4 minutos e estendese por 15 ou mais para contar uma história. São as necessidades da era digital em que vivemos, necessidades que nós próprios fomos estipulando com o passar dos tempos e


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que não trazem só aspectos positivos. Infelizmente, devido ao forte papel destes vídeos e dos seus artistas na influência, e por vezes até no lançamento de tendências, tem sido dada cada vez mais atenção ao look e não tanto às aptidões artísticas de quem os promove. No que respeita ao factor look, as críticas foram elevadas à mais alta fasquia sobretudo no mundo do Pop. Podemos dizer que muitos artistas desse género musical devem a sua carreira e reconhecimento aos videoclips que lançaram, que prenderam a atenção de

milhares. Se não fosse isso, talvez mais de metade das músicas que venderam não teriam tanta adesão. O que começou por ser uma forma de expandir a arte, acabou por se tornar num jogo de “vamos atrair as atenções para vender”. Os artistas transformaram-se em produtos que persuadem as emoções de cada um que se deixa levar por utopias. Infelizmente, é assim a sociedade de hoje mas, enquanto existirem sonhadores, existirá sempre quem se queira aproveitar deles. c

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Smells like…

Opium! por Pedro Resende

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alar de perfumes é falar muito mais da história de cada marca e mesmo da humanidade do que alguma vez se pôde imaginar. Prova disso é a capacidade comunicativa que cada fragrância, nome ou frasco possuem quando se associam ao seu criador ou a um evento em particular. Que o diga (ou dissesse) Yves Saint Laurent sobre o seu Opium, que tanta polémica teve como vendas ao longo dos anos. Lançado em 1977, Opium foi talvez o nome mais pronunciado de todos os que designaram as fragrâncias da maison francesa, mas não pelos melhores motivos. A ligação ao Oriente que o criador expressou ao criar a fragrância trouxe memórias de um passado que a China tentou esquecer. A dependência da população chinesa da droga indiana trazida pelos britânicos, as guerras que decorreram pelo mesmo motivo, tudo recordações que a população do oriente


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em geral tentou esquecer e que um ocidental levantou de novo tão depressa quanto abriu o frasco do seu novo perfume. E a polémica surtiu efeito. O contrário! Em vez de retirada conforme pretendido, as vendas da provocatória fragrância dispararam sem se perceber se pela qualidade, pela publicidade ou pela provocação a um povo que ainda não havia sido explorado na sua plenitude. Hoje, Opium é já aceite e ostenta um status inegável no campo da perfumaria. A novidade? As campanhas. O destaque dado à fragrância parece ser cada vez maior, e desta feita foi na troca de rosto que incidiu a polémica, se assim se pode chamar. Novo rosto e novo corpo, Emily Blunt (a eterna Emily de “O Diabo Veste Prada”) dá, desde há uns meses, um fulgor renovado a um perfume que fez diabo um Yves Saint Laurent que, mais do que criador, se tornou lenda.

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Raf Simons

The last show at Jil Sander por Ana Rodrigues toroseparade.blogspot.com

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uando vi o desfile Jil Sander Outono/inverno 2012 fiquei atónita. Dizia eu para mim mesma: “Alguma vez conseguiria lembrar-me de utilizar tecidos, cortes e formas que resultassem tão bem e, ainda assim, criar peças extremamente simples?”. A colecção está absolutamente fantástica, onde se comprova a velha teoria less is more. Rosa claro, nude, preto e vermelho vivo em peças minimalistas que primam pela atitude e elegância, caracterizam, sem dúvida, a colecção apresentada. Os materiais são tecidos brilhantes, nos vestidos-camisola até ao tornozelo, vinil e couro. As propostas são todas elas irresistíveis e foi, para mim, uma das melhores colecções já apresentadas da marca, apesar de significar a despedida de Simons após todos estes anos.


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Raf Simons

Nas imagens que merecem imediato destaque estão presentes os maxi-casacos com linhas simples e precisas em tons pastel, os vestidos com cortes simétricos e ainda a mistura do vinil com outros materiais. No que diz respeito a acessórios, para completar cada um dos conjuntos apresentados, a mistura de materiais foi também aplicada aos sapatos (vinil e tecidos de cores variadas) e malas num estilo vintage. Simons despediu-se da marca com um trabalho, no mínimo, emocionante. Raf Simons nasceu na Bélgica em 1968 e formou-se em design industrial e mobiliário. O seu primeiro contacto com o mundo da moda surgiu num trabalho de decoração e apresentação dos desfiles de Walter Van Beirendonck. Imediatamente se tornou designer de moda para homem em 1995, lançando a sua própria marca: Raf Simons. Apesar de ter passado uma época afastado da companhia, em que surgiu como professor no Departamento de Moda da Universidade de Artes Aplicadas de Viena, Áustria, volta a lançá-la em 2004 e, um ano depois, cria uma nova marca: Raf by Raf Simons. Os primeiros passos na Jil Sander surgiram em Julho de 2005, em que foi nomeado director criativo da marca. Foram anos de colecções espantosas recheadas de criatividade, simplicidade (lema da própria marca) e distinção que muito inspiraram todo o mundo da moda. c


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it boy!

Baptiste Giabiconi

from boy to toy por Pedro Resende

A velha história do patinho feio que vira cisne já é, de facto, um cliché dos mais habituais no mundo da moda, mas parece ser das mais recorrentes a mais verídica. Baptiste Giabiconi passou por uma adolescência em que o seu visual não o satisfazia nem a si nem aos outros e foi nesse clima que se aninhou do mundo num outro mundo, só seu: a música. Homem dos sete ofícios (ou não fosse apelidado de Boy Toy) passa pela indústria aeronáutica antes de se industrializar a si próprio como modelo e como imagem de marca. Ginásio e uma mudança drástica na imagem de si próprio, e o modelo estava pronto a ser descoberto e a alcançar a fama que lhe valeu a mítica frase de Naomi Campbell: “Todos temos defeitos! Tu não tens nenhum!”. Mais ainda, valeu-lhe uma

ascensão rápida ao limiar da fama, que culminaria já no ano de 2008 ao ser descoberto por Karl Lagerfeld, do qual se tornaria inspiração e sonho idílico. Desde então, é rosto (e corpo!!) das diversas campanhas Chanel, Fendi e Karl Lagerfeld. Tendo recentemente apostado numa via diferente, enveredou por uma outra casa francesa de renome que lhe viria a trazer o reconhecimento, além da predilecção do mestre alemão: a Dior Homme. Baptiste é, então, um Deus entre os Homens ou um Homem entre os Deuses? É corpo, rosto e alma de produtos e representações, fruto semiótico de uma sociedade que venera o corpo e a mente em uníssono e cujos patinhos feios são admirados na transformação que os torna cisnes e ícones de beleza e estilo.


It boy! Baptiste Giabiconi


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Antes 1 H&M Spring Summer 2011 Aqui 2 Chanell Spring Summer Accessories 2009 3 http://baptiste-giabiconi.eu 4 Com Lagerfeld por Bauer Griffin 5 Dior Homme Fall Winter 2011



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It girl!

Clémence Poésy por Ana Dias

As mulheres francesas sempre foram consideradas possuidoras de uma beleza celestial: pele de porcelana, uma confiança assertiva no andar e a consciência de um poder e sensualidade arrebatadores. A it girl com sotaque francês Clémence Poésy representa a mulher com substância que não se extingue apenas nas etiquetas que tem nos armários, mas antes se afirma como influente voz de estilo. A actriz francesa conseguiu o seu primeiro papel aos 14 anos de idade, por influência do pai, que era actor/director de teatro. Desde então decidiu estudar drama e dedicar-se inteiramente à carreira de actriz. Pode não ter ficado mundialmente conhecida com os diversos filmes franceses que fez ou com um pequeno papel, como feiticeira Fleur Delacour, nos filmes de Harry Potter. Foi a sua participação em Gossip Girl que a evidenciou como a francesa talentosa, linda e sofisticada. Clémence, com 28 anos, destaca-se pelo seu próprio estilo com a suas produções preocupadas. Sabe como aliar a sua beleza ao

guarda roupa escolhendo peças intemporais e confortáveis, looks propositadamente desconstruídos, muitas sobreposições, muitos chapéus e xailes. Para acompanhar os pés opta por sapatos estilo boneca, oxfords e sandálias. A It girl francesa habituou-nos a assistir a uma mistura dos seus looks descontraídos com os sofisticados, resultando na perfeição. Não só vence na representação mas também em campanhas publicitárias: em 2007 foi escolhida para ser um dos rostos da campanha de uma nova fragrância para a Chloé e, em 2008, representou algumas campanhas da GAP. Por conta do seu estilo e simpatia, Clémence já apareceu em inúmeras revistas de moda, tais como Marie Claire, Tatler, Vogue UK e Galamour UK. Temporada após temporada, Clémence é presença assídua em desfiles como Chloé, Lanvin, Balenciaga e principalmente Chanel. Obviamente esta actriz de estilo clássico, cabelos loiros e olhos azuis mostrou a alma e elegância de uma jovem francesa.

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It Girl! Clémence Poésy


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Antes images.bruce-juice.com Aqui Fotos from www.clemence-poesy.org


Svart Støy

Fotografia Daniela Alves http://daniela-alves.pt.vu

Modelo Estefânia Silva (Just Models)


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Óscares

fashion review “And the Oscar goes to…”

por Joana Vilaça thefashiondreamcatcher.blogspot.com

Quando falamos nos Óscares pensamos inevitavelmente no mundo cinematográfico, nos melhores e nos mais badalados filmes do ano. Porém, os Óscares são muito mais do que uma gala atribuição de prémios. É sem dúvida uma noite repleta de magia, onde as maiores celebridades do mundo desfilam, posam e fotografam na red carpet. Esta cerimónia, é o momento perfeito, para as maiores estrelas de cinema ostentaram os vestidos mais exclusivos do Mundo. Este ano não poderia ser excepção: o bom gosto e glamour foram as palavras de ordem. Para além dos vestidos, os acessórios, o cabelo e a maquilhagem devem apresentar-se irrepreensivelmente requintados. No entanto, a saber é que nem todas as estrelas apresentaram-se imaculadas nesta cerimónia tão especial. É neste contexto que nos parece apropriado rever um pouco daquilo que se destacou na passadeira vermelha, pelas melhores e pelas piores razões.


Óscares fashion review

The best

Gwyneth Paltrow surpreendeu com um memorável vestido assinado por Tom Ford e jóias Anna Hu. O vestido minimal, mas elegante e sofisticado, foi complementado com uma capa, que tornava o look ainda mais único e especial. Os acessórios acompanharam também a vertente mais minimalista, com apontamentos dourados e prata. Gwyneth Paltrow, requintada e esbelta, é apontada indubitavelmente como uma das melhores vestidas da noite.

Rooney Mara foi um dos focos de atenção nesta edição dos Óscares, tendo-se apresentado com um vestido Givenchy, num look muito igual a si própria. Foi sem dúvida uma preferência arriscada, mas que resultou muito bem, combinou a sua beleza subtil com um vestido bastante estruturado e elaborado. A maquilhagem e o cabelo não destoaram, acompanhando perfeitamente a beleza estonteante deste vestido.


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Emma Stone numa proposta de Giambattista Valli, jóias Louis Vuitton, foi sem dúvida uma das mais elegantes da noite. O vestido vermelho e o seu laço bastante dramático chamam a atenção pelas razões mais positivas. Há quem o compare ao emblemático vestido de Nicole Kidman nos Óscares de 2007. Apesar das semelhanças, temos que reconhecer que o sumptuoso laço torna este look divinal. A actriz optou por uma maquilhagem discreta, enquanto o cabelo encontrava-se apanhado num simples mas sofisticado toque.

Mila Jovovich apostou num look glamoroso, com um vestido Elie Saab Couture, completando o mesmo com jóias Jacob & Co. O vestido one shoulder é sem dúvida deslumbrante, com todos os detalhes e brilhos que o acompanham, tornaram assim a actriz a epítome de elegância nesta noite. O cabelo encontrava-se requintadamente apanhado, enquanto na maquilhagem os lábios vermelhos à la Old Hollywood destacavam-se.

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Jessica Chastain brilhava num vestido de Alexander McQueen, com jóias Harry Winston. Não é fácil à priori compreender a beleza única deste vestido, mas é certo que a actriz destilava beleza com o mesmo. Os detalhes tornam-no numa peça de arte única e maravilhosa, onde o dourado e preto cruzam-se para criarem elementos profundamente intrincados. O cabelo, bem como a maquilhagem, estavam bastante simples, já que um vestido destes fala por si só.


Óscares fashion review

The worst

Sandra Bullock desfilou pela red carpret com um vestido Marchesa e jóias Lorraine Schwartz. O vestido não continha as proporções certas, parecendo muito largo na parte de cima e muito justo na parte de baixo do mesmo. Não foi a escolha mais acertada, sobretudo depois de termos visto a mesma Sandra Bullock a brilhar na passadeira com um vestido Marchesa, como sucedeu nos Óscares de 2010.

Meryl Streep, vencedora do Óscar para Melhor Actriz, não convenceu com um vestido Lanvin e jóias Fred Leighton. Demasiado brilhante, metálico e ofuscante, não se traduzia em elegância. O corte também não é o mais indicado para a esta brilhante actriz.


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Natalie Portman, vencedora em 2011 com Óscar de melhor actriz, não deslumbrou neste vestido Christian Dior, com jóias Harry Winston. O padrão “polka dots” é demasiado informal para o evento como os Óscares, ainda que o tom vermelho seja uma boa opção, no geral neste vestido não foi.

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Jennifer Lopez num vestido assinado por Zuhair Murad, pecou pelo excesso. Excesso esse que é visível no profundo decote do vestido e nas demais transparências. O sumptuoso cabelo, ainda que apanhado numa forma elegante, torna o look final ainda mais exagerado e desconexo.

Viola Davis num vestido Vera Wang, com jóias Lorraine Schwartz, errou na escolha do vestido, parecendo algo deselegante. Não foi a melhor opção, já que os brilhos, os diferentes cortes, o plissado, a cor, não se conjugam harmoniosamente.

É de salientar que na passadeira vermelha deste ano vislumbraram-se muitos brancos, pérolas e afins. A tendência dos metálicos, bem como os brilhos, nomeadamente as lantejoulas, também se fizeram sentir na passadeira vermelha. As jóias no geral eram elegantes, prevalecendo as pulseiras e os brincos.

Quanto à maquilhagem pudemos verificar que as estrelas de cinema apostaram bastante nos lábios vermelhos. Já os cabelos, salvo algumas excepções, encontravam-se apanhados, em simples mas sofisticados penteados. c


ID Values

for the gentleman por Patricia SilvĂŠrio pumpsfashionpatriciasilverio.blogspot.com


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ID Values é uma marca de roupa exclusivamente de homem, que nasceu em meados de 2006. Apresenta o refinar da arte da melhor alfaiataria tradicional de luxo e daí nasce a excelência do seu serviço personalizado, onde cada pormenor, cada centímetro de corte, são pensados individualmente para o universo de cada cliente… ponto por ponto! A marca ID Values caracteriza-se pela inspiração de cores e tecidos com origem nas primeiras décadas do século XX; o corte de cada peça procura reflectir a simplicidade, o pormenor, o apontamento que define a excelência dos materiais utilizados. O vintage mantém o seu lugar central no “formal renovado”, reforçado pelo trespasse dos fatos, pelos sobretudos com traços senhoriais e pela sua perfeita conjunção com a modernidade e o carácter exclusivo que definem cada coleção ID Values. Somos saber quem é o homem que está por detrás da marca de alfaiataria de luxo tradicional e também o mentor de “Braga Capital da Moda Portuguesa”.

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ID Values

Parícia: Como é que nasceu a marca ID Values? Paulo Marques: É resultado de uma abordagem e perspectiva da moda que vai para além da sua utilização a nível profissional ou social, tornando-se num apoio sofisticado à individualidade e expressão pessoal dos “New Perspective Seeker’s”. WWW (World Wise Wear). O projecto juntou um perspective seeker que sentiu que era possível ir além da normal abordagem de roupa masculina e do seu posicionamento e marketing; criadores que adoram ilustração e que criam cada peça para ser única (trabalhando no entanto em múltiplas combinações); designers gráficos que vêem a comunicação não apenas como uma mensagem enviada a alguém, mas sim um canal bidireccional que obriga a um diálogo contínuo; fotógrafos que recusam a publicidade pura e só aceitam as imagens como forma de expressar a vida, e marketers que acreditam em oferecer, mais do que imagens, valor real. Parícia: Como é que define o homem ID Values? Paulo Marques: Um homem que constrói e molda o seu mundo, define o seu caminho individual, o seu estilo de vida e tira o máximo prazer de tudo o que faz. Reflecte a expressão pessoal de criatividade e liberdade intelectual de homens com valores na vida e comprometidos em criar valores para a vida.

Patrícia: A ID Values é a marca “mãe” com uma clara orientação internacional, enquanto a ID Tailoring é uma marca de alfaiataria tradicional de luxo que trabalha em exclusivo para o mercado nacional. Como é que as define individualmente? Paulo Marques: A marca é a mesma, com dois conceitos complementares. A marca “mãe” é um projecto mais vasto de uma lógica de venda por colecção e escala maior. É um projecto que se vai desenvolvendo com o desenrolar do tempo e com a crescente visibilidade da marca que vai abrindo “portas” no retalho internacional. É um projecto a médio/longo prazo. A vertente de Bespoke Tailoring é o presente. É um serviço da marca, onde a aposta é maior e mais focada, por ser o posicionamento estratégico da marca no médio prazo. Lembro que nesta vertente junta algo que considero absolutamente único em Portugal (admito que exista, mas não conheço outro projecto) e diferenciador, isto é, alta alfaiataria com moda e passarelle. Lembro que todas as peças passadas nos nossos desfiles no Portugal Fashion são peças de Bespoke Tailoring. Patrícia: Qual é o mercado alvo que a marca pretende atingir? Paulo Marques: Homens... do, e no mundo!


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ID Values


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Patrícia: A marca já foi representada em vários showrooms, Moda Lisboa e Portugal Fashion. Como é que foi a experiência e o feedback na sua participação nas semanas da moda em Portugal? Paulo Marques: Excelente a nível de imagem de marca. Péssima a nível comercial. Patrícia: A ID Values tem como sede principal a cidade de Braga, e filiaos no Porto e brevemente em Lisboa. Porquê Braga? Paulo Marques: Braga tem um enorme potencial de moda, na minha opinião. É um excelente sítio, provavelmente único em Portugal, para se testar tendências.

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ID Values

Patrícia: O Paulo é o mentor do projecto “Braga Capital da Moda”. Conte-nos como é que surgiu este movimento… Paulo Marques: Surge como forma de aproveitar uma real lacuna de posicionamento no mercado Português. É real: Braga deveria ser mesmo a Capital da Moda em Portugal, na mesma proporção que, por exemplo, Milão é em Itália, ou Paris em França. Assim, este projecto tem como objectivo único estimular a intervenção cívica e política para o desenvolvimento de uma estratégia, efectiva e concertada, no sentido de posicionar a cidade de Braga como “Capital da Moda em Portugal”, aproveitando as condições únicas e diferenciadoras da cidade. Patrícia: O movimento “Braga Capital da Moda” tem um perfil no Facebook. O feedback por parte dos apoiantes atingiu os seus objectivos? Paulo Marques: Crescente. Todos os dias mais pessoas se juntam e apoiam.

Patrícia: Do seu ponto de vista, o que é que falta para a cidade de Braga evoluir em relação à capital? Paulo Marques: À capital portuguesa? A nível de moda, absolutamente nada. Na minha opinião, bastantes “furos” acima. Neste contexto Braga é única no contexto nacional. O que falta a Braga é a “cidade” nas suas diversas dimensões gostar mais de si própria. Não compreendo porquê, mas Braga tem uma imagem menos boa quando “fala” dela própria. Patrícia: Em breve ocorrerá em Braga, o Encontro Nacional de Alfaiates. Como é que surgiu esta ideia? Paulo Marques: Será algo único em Portugal. Surge como resposta e iniciativa já enquadrada neste universo de “Capital da Moda”. Em breve teremos novidades, já consolidada a iniciativa. c


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BRAGA CAPITAL DA MODA ARGUMENTOS FAVORÁVEIS SEGUNDO PAULO MARQUES

● Não existe ainda nenhuma cidade em Portugal que tenha assumido este posicionamento de “Capital da Moda”; ● Cidade com elevado índice de juventude; ● Cidade de inovação e empreendedorismo; ● Localização geográfica que lhe permite estar no coração da indústria têxtil nacional; ● Bom gosto e gosto pela moda dos cidadãos; ● Capacidade de compra dos habitantes e visitantes; ● Centro histórico com tecido empresarial de excelência; ● Forte capacidade e potencial turístico; ● Capital Europeia da Juventude 2012; ...

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ID Values


Info Morada: Rua D. Paio Mendes, 77 4700-424 Braga Telefone: +351 910 318 378 email: info@idvalues.com Site: http://www.idvalues.com/ Facebook Boneca: https://www.facebook.com/iDVALUES Fotografias ID Values, Patrícia Silvério e João Mota


House

clear and minimalist por Ana Rodrigues toroseparade.blogspot.com


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Numa altura em que o estilo minimalista está tanto em voga surgem diversas ideias no que diz respeito a design de interiores. Dar um toque clear aos espaços da casa faz parecer que o que importa no momento é utilizar apenas o essencial, criar um ambiente que cumpra os objectivos primários. Branco é a cor chave e, quando conjugado com móveis de linhas simples, obtemos belíssimos resultados. Organizar e arrumar aquilo que não nos faz tanta falta e em que a regra principal é a ordem.


House: clear and minimalist

As propostas que a RTRO vos apresenta este mês são algumas das ideias DIY - do it yourself - inspiradas no blog da Ivania Carpio para conseguir criar espaços do género. Num estilo minimalista, a Ivania construiu sistemas de arrumação para roupa bastante simples e que funcionam muito bem quando utilizados neste tipo de decoração. Na imagem que se segue, estão duas dessas propostas: o floating e o branche clothing rack.


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São ambos fáceis de obter: para o primeiro são apenas precisos um tubo de madeira (ou outro material, conforme o resultado que se pretenda obter) e um cabo de metal; e para o segundo, um tronco assimétrico, tinta branca e um cabo de metal. Os resultados estão à vista e são fantásticos. Outra das ideias que a Ivania apresenta no seu blog são caixas para arrumação transparentes e o resultado é também bastante agradável.

São ideias que acompanham as tendências que têm surgido no mundo da moda e que se enquadram em muitos estilos de vida em que apenas procuramos o mínimo necessário para viver. Propostas acessíveis que são sinónimo de originalidade e funcionalidade. c


T-Shirts

estampadas por Liliana Ferreira www.chicreaction.com

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uem de nós não tem uma ou outra t-shirt estampada algures perdida no armário? Pelo menos perdida, pois elas há muito invadiram o nosso dia-a-dia. Desde as que têm frases, às de desenhos, assim como caras ou referências da nossa infância e adolescência. Muitas delas deixam-nos com um sorriso na cara se nos cruzamos com a sua frase engraçada na rua ou então porque nos recorda algo “de bom”. Além das habituais frases, um pouco cliché até, vistas (e revistas) nas lojas de fast fashion , ainda existem aquelas t-shirts do concerto memorável ao qual fomos, a t-shirt do

irmão ou do namorado, não esquecendo as de lembrança das viagens. Elas estão realmente por todo o lado e um olhar mais atento faz-nos constatar isso mesmo. Além destas, agora cria-se também um nicho neste mercado onde se brinca um pouco com a crise e torna aquilo que é mais cinzento um pouco mais colorido. Há para todos os gostos e, se não encontra o estampado que se pretende, pode ainda fazer-se o seu próprio, pois já existem lojas da especialidade em todo país. De seguida ficam alguns exemplos dos temas mais vistos.


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www.amomuito.com

www.stylistki.pl/

www.missselfridge.com

www.missselfridge.com

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T-shirts Estampadas

www.truffleshuffle.co.uk/ www.wonhundredatcoggles.com

www.net-a-porter.com www.stylistki.pl/

www.singer22.com/


96 – 97 |

www.idontlikemondays.us

www.idontlikemondays.us

www.topshop.com

www.store.delias.com

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Boneca

Showroom

Colecção Primavera/Verão 2012 por Patricia Silvério pumpsfashionpatriciasilverio.blogspot.com

Joana Vilaça thefashiondreamcatcher.blogspot.com

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showroom Boneca aconteceu no passado dia 25 de Fevereiro em Braga, onde clientes e admiradores desta loja única puderam ver de perto algumas propostas para a nova estação. O evento contou com a presença da actriz Catarina Gouveia que, na novela “Doce Tentação”, interpreta o papel de Núria Freitas. Confessa: “Quando fui fazer o teste de imagem fiquei encantada com as peças. Os tops e os vestidos Manoush são lindíssimos, muito femininos e distintos”. Também Amélia Nunes – cujas criações se encontravam expostas – compareceu no evento. Outras presenças notáveis foram as de diversas bloggers, que assumem uma crescente importância no mundo da Moda. Exemplo disso mesmo é Mónica Lice. A blogger subiu da capital até a cidade de Braga, onde foi uma convidada especial no showroom Boneca. Formada em Direito, criou o blogue “mini-saia” na Guiné – Bissau em 2006. Actualmente o espaço com dicas para mulheres já gerou um livro intitulado “Dicas de Beleza”. A blogger e também consultora de imagem viu a sua vida dar uma volta de 180º com o sucesso do blogue, que inicialmente surgiu como um refúgio do quotidiano. A RTRO Magazine esteve no showroom Boneca e conversou com ela.


Boneca Showroom

Patricia: Como é que nasceu o blo gue a Mini- Saia? Mónica Lice: O Blogue nasceu por acaso - quando estava na Guiné-Bissau a dar aulas de Direito. Estive por lá cerca de cinco anos e quando comecei a ter Internet em casa surgiu a ideia de criar um blogue - uma espécie de revista de Moda e Beleza, que servisse de escape ao meu dia-a-dia, pouco rosa, de vida em África. Como lá não tinha acesso a nada de moda ou beleza, o blogue começou a ser a ponte para esse mundo, mais cor-de-rosa e permitiu tornar os meus dias mais animados. Criei, assim, um hobby. Patricia: A Mónica esteve na Guiné- Bissau e afirmou que "Por lá passei 5 anos, enquanto docente e por lá criei este blog. O que começou por brincadeira acabou por se tornar num caso mais sério, que me deu a volta à vida, aquando do meu regresso a Portugal

(em Outubro de 2008)." Dava aulas de Direito e de repente o blogue mudou-lhe a vida!? De que forma? Como é que caracteriza a sua vida antes e depois do blogue? Mónica Lice: A mudança de vida deu-se depois de regressar a Portugal - nessa altura, equacionei deixar o Direito e dedicar-me em exclusivo ao blogue e à Moda e Imagem. Foi por isso que tirei um curso de styling e outro de consultoria de imagem e comecei a tentar rentabilizar o blogue, de modo a conseguir mudar de vida. Essa mudança acabou por ser bem sucedida e hoje posso dizer que sou blogger profissional e que o que antes era um hobby é agora o meu trabalho. Claro que, antes do blogue a vida era um pouco diferente - não comunicava com tanta gente, via Internet. Na Guiné, por exemplo, sentia-me conectada com vários pontos do globo, e isso acabava por colmatar, de certa forma, o isolamento e a vida num dos países mais pobres do mundo.


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Boneca Showroom


102 – 103 | Patricia: Salvo erro, o Mini - Saia tem 6 anos de existência. Como é que consegue manter este espaço sempre activo e interessante? Mónica Lice: Procuro escrever sempre sobre assuntos interessantes, que possam ir de encontro às preferências de quem me lê. Como mulher que sou, sempre procurei escrever sobre coisas que me interessam e que, penso, serão também do interesse de outras mulheres. Há sempre muita coisa interessante a acontecer, o que dá óptimos pretextos para bons posts. O fundamental é saber agarrar esse material e trabalhá-lo bem. Patricia: A Mónica foi uma convidada especial no showroom Boneca em Braga. Fez uma reportagem intensiva sobre a nova colecção primavera/verão do evento. O conceito da loja é fenomenal. O que é que a deslumbrou mais? Mónica Lice: Gostei muito da loja, das peças, da mistura que é feita entre o nacional e o inter-

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nacional. Acho que a loja Boneca é um excelente exemplo do que existe de bom fora dos grandes centros urbanos que são Lisboa e Porto. Infelizmente, há uma ideia, errada, de que a Moda se concentra nessas grandes cidades, mas a Boneca vem provar o contrário e mostra que, mesmo em cidades mais pequenas, como Braga, se pode vestir muito bem e encontrar peças de renome, a nível mundial. Patricia: A cidade de Braga é a Capital Europeia da Juventude, é jovem e cheia de estilo. Gostou da sua estadia? Mónica Lice: Sim, gostei muito. Já é a terceira ou a quarta vez que visito Braga e gosto sempre de cá voltar. Descubro sempre coisas novas, a cada visita. Vejo sempre gente gira na rua, com muito estilo. É, por isso, um destino a reter e a voltar, sem dúvida! c

Info Morada: Rua D. Gonçalo Pereira, 21, Braga Telefone: 253 092 820 Horário: Seg-Sab 10h-19h. Site: http://www.gabrieladeazevedo.com Facebook Boneca: https://www.facebook.com/pages/ BONECA/285250258162441 Facebook mini-saia: https://www.facebook.com/minisaia Site mini-saia: http://mini-saia.blogs.sapo.pt/ Fotografias Facebook Boneca, Patrícia Silvério


Jovens Talentos

Silvestre Sil por JosĂŠ Pinheiro

Vencedor do University Fashion’10


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Jovens Talentos: Silvestre Sil

RTRO - O que é te levou a ingressar no mundo da moda? Silvestre Sil: Tudo começou por mera brincadeira por volta dos meus 18 anos, tendo na altura concorrido em conjunto com um grupo de amigos. Consequentemente, gostei da experiência e adquiri o "bichinho". Desde então comecei a efectuar alguns desfiles e o gosto foi aumentando. Foi também há 3 anos que participei na primeira edição do Face Model of the Year, concretizando-se na minha agenciação. Assim sendo, intriguei-me ainda mais pelo mundo da moda, tendo-me sido concedida a oportunidade de vivenciar momentos fantásticos, ao mesmo tempo que conhecia pessoas interessantes. Em suma, o que me levou mesmo a entrar neste mundo foi a paixão, a emoção, a competitividade que existe, contrastando com algum companheirismo que encontrei em pessoas que se tornaram grandes amigos.


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RTRO - Descreve-nos a sensação que experimentaste aquando do teu anúncio enquanto vencedor do University Fashion’10? Silvestre Sil: Fiquei completamente boquiaberto, não estava à espera. Havia um enorme potencial em cada finalista, e ficaria igualmente contente se tivesse sido qualquer um dos meus colegas. É claro que fiquei imensamente feliz e agradecido por ter sido eu, embora o grande prémio tenha sido ganho por todos nós, já que passámos uma semana fantástica em Guimarães. Deste modo foi este o galardão que todos recebemos. RTRO - Que tipo/géneros de trabalhos tens realizado nos tempos mais recentes? Silvestre Sil: Actualmente tenho tido "saída" tanto em fotografia como em passerelle, participando nas edições do Moda Lisboa/Portugal Fashion, para além de alguns editoriais/ catálogos. c


Fashion Bleeting 02/2012 por Cátia Marques http://behindcatiseyes.blogspot.pt/

No dia 11 de Fevereiro realizou-se o Fashion Bleeting, que ficou marcado como o primeiro encontro oficial de bloggers de moda em Portugal e o Hotel Altis, situado mesmo no centro de Lisboa, foi o local escolhido para os acolher. Como blogger de moda, não pude deixar de estar presente! O evento foi organizado por dois bloggers de moda, Sara Mangeon e Pedro Portela, cujo objectivo foi reunir e aproximar os bloggers num local físico, onde todos pudessem partilhar a mesma paixão: a moda. O evento contou com a presença de mais de 100 bloggers de todos os cantos do país e foi marcado por 4 palestras, iniciadas pelos testemunhos de Mónica Lice do blog “mini-saia” e Susana Marques do blog “The Stiletto Effect” sobre o seu percurso e experiência como bloggers profissionais. De seguida, Paulo Faustino, autor do livro “De desconhecido a pro-blogger”, apresentou algumas dicas práticas de como gerar dinheiro com o blog (para os interessados) e, por último, Pedro Crispim falou do seu percurso como modelo, stylist, e personal adviser, e deu-nos a conhecer o seu projecto mais recente: o “Atelier Styling Project” que oferece uma série de cursos profissionais e workshops na área.


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Assistimos a tudo ao sabor do vinho "Bastardo” e os nossos looks foram captados pela objectiva da fotógrafa Sofia Quintas da “Foi Assim”. Foi sem dúvida uma experiência agradável! Pessoalmente, acho este tipo de eventos muito interessante pois permitenos conhecer as pessoas que estão por de trás dos blogs que lemos frequentemente e ao mesmo tempo dar-nos a conhecer novos blogs e estilos muito inspiradores que por lá passam. Inicialmente, o objectivo dos organizadores era tornar o evento anual mas este foi de tal forma um sucesso que ponderam já realizar a próxima edição em Setembro deste ano e não apenas em Fevereiro do próximo ano. Tudo indica que este evento veio para ficar, e com ele a importância acrescida à moda em Portugal através dos bloggers já que, segundo Pedro Crispim, “naquela sala estavam, não somente bloggers Portugueses, mas muitos dos futuros profissionais da indústria de moda...”.

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Fashion Bleeting


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Ler. Ver. Ouvir.


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Ler

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Ir...

Urban Sketchers em Lisboa desenhando a cidade Autor: Eduardo Salavisa Editora: Quimera Ano: 2011 O prazer da arte de desenhar uniu cerca de duzentas pessoas de mais de vinte países na cidade de Lisboa com o único intuito de desenharem e falarem sobre desenho. Dezoito espaços no Chiado e zonas envolventes foram objecto da observação e do registo por parte destes apaixonados, que usam o caderno como suporte para este tipo de desenho de observação. O livro é o resultado dessa troca de experiências.

BARCELOS Música O quê? La La La Ressonanc Quando? 21 de Abril Onde? Claustro da Câmara Municipal de Barcelos

BRAGA Cinema O quê? Festival Fast forward Quando? 21 de Abril Onde? Velha-a-branca e Theatro Circo

GUIMARÃES Exposição

por Ana Dias

O quê? Missão Fotográfica: Paisagem Trangénica Quando? Até 19 de Maio Onde? Palácio Vila Flor


Ler.Ver.Ouvir.Ir...

Ver We Bought a Zoo Realização: Cameron Crowe Ano: 2012 Género: Comédia/Drama We Bought a Zoo é um filme para ver em família, inspirado nas memórias de Benjamin Mee, realizado por Cameron Crowe. É um filme com factos verídicos, em que um pai de família (Matt Damon) decide começar de novo as suas vidas, após ter passado um momento delicado: o falecimento da sua esposa. Não só tem de lidar com o luto, mas também com a revolta do filho mais velho Dylan (Colin Ford), com quem tem uma relação um pouco conturbadora com a doce e pequena Rosie (Maggie Elizabeth Jones). Decididos a ter uma vida nova, mudam-se para um zoológico em péssimo estado de conservação que, com a ajuda dos trabalhadores do zoo, como Kelly Foster (Scarlett Johansson), tentam fazer com que o local retome ao seu esplendor, já desaparecido. Se é amante de um bom drama/comédia familiar aconselho a ver este filme, não só pela mensagem que o realizador quer transmitir ao espectador mas também pelo grande elenco que tem. É um típico filme que nos faz fazer pensar sobre as lições da vida e sobre as relações de uma família; só a história em si já nos prende a atenção. Além disso, é um filme com belas paisagens, capazes de cortar a respiração e de fazer sentir várias coisas de uma só vez. Mas, como sempre, os filmes quando se baseiam em factos verídicos, sofrem umas pequenas transformações, justificadas, pois, se não houvesse esse tipo de modificações, teríamos um filme muito “maçudo”.

por Joana Fernandes


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Ouvir

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PORTO Exposições

Born to die

O quê? Massa Falhada, de André Alves Quando? Até 3 de Março Onde? Galeria Dama Aflita www.damaaflita.com

Musico: Lana del Rey Editora: Universal

Música

Ano: 2012 Controverso, o álbum apresenta 15 faixas que exploram

O quê? The Magnetic Fieldsr Quando? 1 de Maio Onde? Casa da Musica

anos 60. Fugindo da trivialidade presente em boa parte da

O quê? Russian Circles +Deafheaven Quando? 12 de Maio Onde? HardClub

música pop actual, Lana Del Rey refugia-se num som com

Teatro

a cantora como uma personagem sensual inspirada nos

contornos épicos, sonoridade depressiva e melancólica, mas ao mesmo tempo com uma insuspeita felicidade. Com este álbum mostra que sabe fazer algo na linha indie pop,

O quê? A Farsa da Rua W Quando? 27 a 29 Abril Onde? Teatro Carlos Alberto Exposições

com arranjos orquestrais bem produzidos.

O quê? 250 Anos de Imprensa Literária Quando? Até 30 de Abril Onde? Museu Nacional Da Imprensa

VILA NOVA DE FAMALICÃO Música O quê? B Fachada Quando? 28 de Abril Onde? Casa das Artes

VILA NOVA DE GAIA Música O quê? Festival de Jazz e Blues de Gaia Quando? 27 e 28 de Abril Onde? Gaia Municipal Auditorium

por Ana Dias


Wishlist

vs 4

por Ana Rodrigues toroseparade.blogspot.com

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Chic 3

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Acne, 834€

Alexander Wang, 225€

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Acne, 158€

Maison Martin Margiela, 395€


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Cheap! 3 2

Topshop, 50€

H&M, 35€

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Zara, 40€

Zara, 50€

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